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PORTUGUESE-CANADIAN NEWSPAPER www.voicenews.ca Membro do Grupo de Publicações Sol Proud Member of the Sol Publishing Group Ano XXV – Edição 1301 Terça-feira, 10 de Setembro de 2013 Director: Vasco M. C. Evaristo Telefone: 416 534-3177 Fax: 416 588-6441 E-mail: [email protected] $1.50 Festas portuguesas de Santo Cristo dos Milagres atraem milhares de devotos à cidade de Brampton 14 Talho português expande rede com terceiro estabelecimento no hipermercado Joe’s No Frills 2 Madeira Park fecha temporada com tourada à corda e “julgamento” dos compadres 12

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    Ano XXV Edio 1301Tera-feira, 10 de Setembro de 2013

    Director: Vasco M. C. EvaristoTelefone: 416 534-3177Fax: 416 588-6441E-mail: [email protected]

    $1.50

    Festas portuguesas de Santo Cristo dos Milagres atraem milhares de devotos cidade de Brampton

    14Talho portugus expande rede com terceiro estabelecimento no hipermercado Joes No Frills

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    Madeira Park fecha temporada com tourada corda e julgamento dos compadres

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  • | 10 de Setembro de 2013QUALIDADE SEM IGUAL

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    Director: Vasco M. C. Evaristo

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    CANAD

    Talho portugus expande rede com terceiro estabelecimento no hipermercado Joes No Frills

    Por Antnio Perin

    conquista do mercado canadiano, a empresa luso-canadiana Pavo Meats inaugurou sexta-feira (6) o seu terceiro

    estabelecimento em Toronto, um espao localizado no interior do hipermercado Joes No Frills, no centro comercial Dufferin Mall.

    Resultado duma parceira entre as duas empresas, o balco fornecido inteira-mente pela equipa Pavo cujos produtos incluem carnes frescas e embaladas, enchidos e outras especialidades que nos ltimos anos tm vindo a entrar na cadeia de distribuio de vrios supermercados canadianos.

    A parceria desta empresa de razes aorianas com a filial Joes No Frills j o segundo balco da firma no interior de um hipermercado da rede No Frills e representa um reforo da marca para alm dos embalados nestes estabelecimentos.

    A inaugurao na passada sexta-feira

    levou a uma situao que podemos clas-sificar de nica j que at data nunca tnhamos assistido a to grande multido num evento deste gnero.

    Um mar de gente tornava impossvel

    equipa de funcionrios manter as pratelei-ras abastecidas e ao balco os empregados no tinham mos a medir para atender os pedidos do pblico.

    Joe Scre, proprietrio do hipermer-

    cado No Frills com o seu nome, e Lus Pavo, dono da Pavo Meats, estavam claramente satisfeitos com o resultado desta parceria.

    Ambas as empresas so conhecidas pela sua reputao de fornecerem produtos de grande frescura e qualidade a preos mais baixos, concentrando-se em aumentar o volume de vendas para darem rentabili-dade aos seus estabelecimentos, pelo que consideram o encaixe perfeito.

    Aps a experincia h um ano com a abertura do primeiro balco Pavo Meats noutro estabelecimento No Frills, este novo espao veio reforar a aposta das empresas na sua parceria e Lus Pavo confirmou-nos que muitos mais esto para vir, j que tencionam expandir para diferentes pontos da cidade.

    Cientistas encontraram partculas de plstico nos lagos Michigan e Ontrio

    Os cientistas encontraram finas partculas de plstico em todos os Grandes Lagos. Num primeiro momento das investigaes, o ano passado, encontraram partculas de plstico nos lagos Superior, Huron e Erie; este Vero en-contraram pequenas concen-traes nos lagos Michigan e Ontrio.

    Mary Balcer, Directora do Instituto de Pesquisas do Lago Superior na Universidade de Wisconsin-Superior, que es-tudou as ameaas ecolgicas mais tradicionais nos Grandes Lagos, no tem dvidas de que o plstico a mais recente

    e uma das mais perigosas ameaas ecolgicas para os Grandes Lagos.

    A acumulao de partcu-las de plstico uma grande ameaa para o nosso ecossis-tema natural e para os seres humanos que utilizam o Lago Superior como abastecedor de gua potvel, afirmou Balcer.

    Lorena Rios-Mendoza, professora assistente de qu-mica na Universidade de Wisconsin-Superior, apre-sentou as concluses preli-minares das investigaes, revelando que o Lago Erie parece ser o que tem maior concentrao de partculas de plstico, provavelmente porque as partculas seguem o curso da gua desde os lagos que esto nos nveis mais altos.

    No entanto, o plstico no foi encontrado apenas a flutuar na gua, foi tambm encontrado depositado nos se-dimentos do Lago Superior.

    Neste momento, a tese de Rios-Mendoza de que as partculas de plstico j chegam aos Grandes Lagos em tamanho muito pequeno, possivelmente provenientes de produtos de limpeza para casas, ou produtos de limpeza

    facial, ou mesmo de algumas pastas dentfricas. As partcu-las so to pequenas que con-seguem passar pelos filtros e pelos monitores das centrais de tratamento de guas.

    As partculas de plstico no so apenas um proble-ma em si mesmas, sublinha

    Rios-Mendoza, pois as inves-tigaes revelaram tambm que elas podem absorver qumicos txicos persistentes, alguns deles j conhecidos por causarem problemas en-dcrinos nos humanos. Por isso, as pequenas partculas

    flutuantes funcionam como pequenas esponjas txicas, e isso perigoso, porque a sua dimenso suficientemente pequena para serem confun-didas como alimento, pelos pequenos peixes, acabando por entrar, eventualmente, na cadeia alimentar humana.

    Borboletas-monarcas a caminho da extino

    No Vero de 2011, um pequeno grupo de cientistas do Ontrio realizou a investigao mais ambiciosa j algu-ma vez proposta em torno da borboleta-monarca, uma espcie em perigo. A liderar o trabalho de campo esteve Tyler Flockhart, que percorreu mais de 35 mil quilmetros atravs dos Estados Unidos e do Canad para apanhar e etiquetar centenas de borboletas que foram, depois, sujeitas a uma anlise de laboratrio para determinar os seus locais de origem.

    Do que eu conheo, esta a amostra mais ampla de borboletas-monarcas de toda uma poca de reproduo, em toda a Amrica do Norte, disse recentemente Flockhart. Os resultados do esforo confirmaram o que os entomolo-gistas temiam h anos: a borboleta est a caminhar para a extino. Em 2012, o nmero de espcimes da populao foi o mais baixo de sempre.

    As borboletas passam os meses mais frios nas florestas centrais do Mxico, viajando na Primavera para os Estados Unidos e o Canad.

    No ltimo Inverno, no Mxico, as borboletas ocuparam pouco menos do que um hectare de floresta uma dimi-nuio de 59 por cento em relao aos quase trs hectares do Inverno de 2011/12, de acordo com o World Wildlife Fund (WWF). A causa parece estar nas variaes climticas extremas, sentidas nos Estados Unidos e no Canad, que secam os ovos e matam as larvas de borboleta.

    No entanto, outros investigadores apontam tambm outros agentes suspeitos de estarem na causa da dimi-nuio destes espcimes. Alguns referem os herbicidas pulverizados nas produes de milho, que matam as ervas daninhas mas tambm limitam os lugares onde as borbo-letas e os outros insectos podem colocar os seus ovos. Simultaneamente, a fonte de alimento das Borboletas-monarcas vai desaparecendo medida que os campos so substitudos pela construo urbana.

  • 10 de Setembro de 2013 | QUALIDADE SEM IGUAL

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    PORTUGAL

    Breves de Portugal

    LISBOA: Exposio de fotografia agradece a idosos da freguesia de So Jos

    Fotografias dos rostos de residentes idosos da freguesia de So Jos, Lisboa, compem uma exposio inaugurada segunda-feira no Jardim do Torel, Lisboa, anunciou a au-tarquia.

    Um agradecimento em forma de retrato, quelas pessoas que nos tm acompanhado e acarinhado, partilhando os seus sorrisos, as suas histrias e experincias o objectivo dos 14 retratos, da autoria de Artur Cabral e Miguel Sequeira Ao, que estaro patentes durante o ms de Setembro.

    A exposio integra um programa de actividades da Junta de Freguesia de So Jos para assinalar a extino da freguesia de So Jos e comemorar a constituio da nova freguesia de Santo Antnio resultante da fuso com as antigas freguesias de So Mamede e Corao de Jesus.

    Sbado, a Praa da Alegria recebe o evento G-L--R-I-A e a despedida da ex-freguesia ser marcado com o At Sempre, So Jos, no dia 13, no Jardim do Torel, com a presena do St. Dominics Gospel Choir.

    CASTELO BRANCO: Inaugurao de monumento celebra 500 anos da Misericrdia

    A Santa Casa da Misericrdia de Castelo Branco vai comemorar os 500 anos de existncia at Junho do prxi-mo ano, com a realizao de conferncias, um concurso escolar e uma exposio sobre a histria da instituio, entre outras actividades.

    O programa tem incio no dia 13, com a inaugurao de um monumento a Bartolomeu da Costa, o fundador da instituio.

    Cardoso Martins, o provedor da Santa Casa da Misericrdia de Castelo Branco, disse na apresentao do programa que a maior prenda que a instituio pode-ria receber era sem dvida a autorizao de abertura da unidade de cuidados continuados.

    O edifcio, que custou cinco milhes de euros est pronto desde Dezembro, mas a instituio continua espera de luz verde do Governo para a sua entrada em funcionamento, encontrando-se a pagar os encargos com o emprstimo.

    Primeiro-ministro quer mostrar ao mundo que Portugal no precisa de resgates de 15 em 15 anos

    O Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou sbado (7) que os prxi-mos anos so decisivos para mostrar ao mundo que no h nenhuma razo para que Portugal tenha um resgate internacional de 15 em 15 anos.

    O lder do PSD considerou que as prximas eleies autrquicas vo tambm marcar um novo ciclo da vida do pas.

    Falando no encerramento da Conveno Autrquica do PSD, em Gaia, Passos Coelho entendeu que as eleies autrquicas so uma forma do Governo comunicar com todos os portugueses para dizer que o executivo est a seguir o caminho.

    Para o Primeiro-ministro, o esforo que os portugueses tm feito nos ltimos dois anos est a valer a pena, porque o pas est a crescer confirmadamente no segundo trimestre e existem boas razes para acreditar que o terceiro tambm ser de crescimento.

    Passos Coelho defendeu tambm ser preciso olhar para o investimento e para o territrio de outra forma, afirmando que isso exige de todos uma grande dispo-nibilidade para desenhar uma estratgia nacional.

    O Primeiro-ministro sublinhou ainda que no se deve exigir do Estado tudo, defendendo o empenho de todos os outros agentes para o pas vencer e pedindo aos portugueses que no se importem de dar o litro.

    Passos Coelho definiu como objec-

    tivo do PSD para estas eleies do dia 29 ganhar com o maior nmero de Cmaras, o maior nmero de freguesias e de mandatos.

    Para isso, o Primeiro-ministro pediu a todos os candidatos do PSD presentes nes-

    ta conveno muito trabalho, muita humildade, afirmando-se orgulhoso por o partido se apresentar s autrquicas com as melhores candidaturas, os melhores candidatos.

    Se as concelhias e as distri-tais no servem para escolher os nossos candidatos ento no servem para nada. Devemos respeitar as decises e foi assim que aconteceu e por isso con-seguimos encontrar to boas solues, sustentou.

    Passos Coelho lamentou, contudo, que nalguns stios no tivesse sido possvel conseguir candidatos que unissem todo o partido, afirmando que h sempre pessoas que olham mais para o seu in-teresse do que os interesses para o seu municpio.

    Governo estima criar 1.400 vagas para apoio a deficientes at final do anoO m i n i s t r o d a

    Solidariedade, do Emprego e da Segurana Social, Pedro Mota Soares, afirmou sexta-feira (6) que vo ser criadas, at ao final do ano, 1.400 novas vagas em instituies sociais de apoios s pessoas com deficincia.

    Estimamos, at ao final

    do ano, assinar 3.000 novas vagas de acordos de coope-rao, sendo uma dimenso muito significativa para a rea da deficincia, disse aos jornalistas o ministro Pedro Mota Soares no final da assinatura do protocolo do programa especial da Polcia de Segurana Pblica

    Significativo Azul, que visa contribuir para a segurana de pessoas com deficincia.

    Nesse sentido, o ministro avanou que devero ser assinados, at ao final do ano, acordos para a criao de 1.400 novas vagas em instituies de apoio na rea da deficincia, tendo em

    conta que o sector continua com enormes carncias, e que preciso reforar efec-tivamente.

    Segundo Pedro Mota Soares, as 3.000 novas vagas vo exigir, ao longo deste ano e de 2014, cerca de 20 milhes de euros de investimento em instituies sociais.

  • | 10 de Setembro de 2013QUALIDADE SEM IGUAL

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    PORTUGAL

    Breves de Portugal

    MADEIRA: Voluntrios apanham mirtilos nas serras para fins sociais

    Cerca de 200 voluntrios participaram sbado numa apa-nha de mirtilos em vrias serras da Madeira que sero trans-formados em compotas e posteriormente comercializadas, revertendo as receitas para iniciativas de carcter social.

    A iniciativa promovida pela Associao de Desenvolvimento da Costa Norte da Madeira (ADENORMA), no mbito do programa Economia Solidria, integrado no projecto Natureza Rica que visa aproveitar e rentabilizar os recursos naturais da ilha.

    A aco decorreram nos matos da Madeira, nas zonas do Paul da Serra, Poiso e Fonte do Bispo, os frutos sero confeccionados pela ADENORMA, depois comercializados numa superfcie comercial, promovendo assim uma forma de rentabilizao dos recursos naturais e favorecendo a capaci-dade da Associao para promover novos tipos de interveno social, informam os organizadores em comunicado.

    LISBOA: Carris e Metro promovem transportes pblicos na Semana da Mobilidade

    A Carris e o Metro vo relanar a campanha de sensibili-zao Crescer com o Transporte Pblico, durante a Semana Europeia da Mobilidade (SEM), que pretende dobrar a quota de mercado at 2025, segundo um comunicado das empresas.

    A campanha identifica alguns exemplos de impactos positivos gerados pela utilizao do transporte pblico em detrimento do transporte individual: cidades mais compe-titivas e verdes, com comunidades em crescimento e mais eficientes energeticamente, l-se no documento.

    Afirmando que andar nos transportes pblico meio caminho andado para crescer numa cidade mais limpa e amiga do ambiente, as empresas frisam que em cidades com uma utilizao do transporte pblico mais elevada, o custo de transporte para a comunidade pode ser at 50% menor do que em cidades onde o automvel domina.

    VILA VERDE: Antiga escola reabre como Museu do Linho

    A antiga escola primria de Marrancos, em Vila Verde, reabriu no sbado transformada em Museu do Linho, infor-mou fonte municipal.

    O museu permitir aos visitantes vivenciar as vrias fases do ciclo do linho, deste o cultivo at ao trabalho no tear.

    Alm dos engenhos e das peas usadas no ciclo de produo do linho, o museu oferece tambm uma rea interpretativa, com suportes informtico e multimdia, onde com vdeos e registos fotogrficos do cultivo, passando pela recolha no campo e a espadelada de linho tradicional, at ao tear e ao pano.

    Em breve, na zona de Ribeira do Neiva, o concelho de Vila Verde ter um outro museu, dedicado ao mundo rural e agrcola.

    REDONDO: CAAR exporta vinho para a Blgica em garrafas de plstico

    A Casa Agrcola Alexandre Relvas (CAAR), produtor vitivincola do concelho de Redondo, anunciou que est a exportar para a Blgica vinho em garrafas de plstico, estando as vendas j 30% acima das expectativas da empresa.

    O investimento para a exportao de vinho em garrafas de PET (um polmero termoplstico) rondou os 50 mil eu-ros e pretendeu dar resposta ao pedido de um dos clientes internacionais da empresa.

    Com este investimento, desenvolvido em parceria com a Logoplaste, a CAAR pretende ainda alcanar novas reas de negcio, afianou o produtor vitivincola.

    A empresa revela ainda que, no mercado nacional, em parceria com uma cadeia de hipermercados, acabou de lanar um novo vinho, intitulado Monte dos Amigos, nas verses branco e ros.

    ALCCER DO SAL: Acasalamento dos veados em foco no Alccer dos 5 Sentidos

    Os rituais de acasalamento dos veados so a prxima actividade do programa turstico Alccer dos 5 Sentidos, promovido pela Cmara de Alccer do Sal, estando a sada de campo agendada para dia 14 deste ms.

    Segundo a Cmara, a actividade vai decorrer na Herdade de S. Bento, naquele concelho alentejano, tendo os partici-pantes uma oportunidade nica para observar na natureza os rituais de acasalamento destes cervdeos.

    O ponto de encontro est marcado para as 08h00 de dia 14, na margem sul do rio Sado.

    INE confirma crescimento econmico de 1,1% no segundo trimestre

    O Instituto Nacional de Estatstica (INE) confirmou sexta-feira (dia 6) o crescimento de 1,1% do PIB no segun-do trimestre do ano, face ao trimestre anterior, mas piorou a estimativa da contraco em termos homlogos de 2% para 2,1%.

    H trs semanas o INE publicou a sua estimativa rpida para as contas nacio-nais trimestrais referentes ao segundo trimestre, dando conta de um crescimento trimestral do Produto Interno Bruto (PIB), em cadeia, pela primeira desde os ltimos trs meses de 2010, ou seja, aps 10 tri-mestres consecutivos de quebra.

    O INE confirma agora que o PIB cres-

    ceu 1,1% entre Abril e Junho deste ano, em comparao com os primeiros trs meses do ano, altura em que caiu 0,4% tambm em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior).

    Segundo o INE, existem dois grandes factores que motivam este crescimento. A procura interna apresenta um contributo positivo para o PIB na ordem dos 0,8 pontos percentuais.

    Dentro da procura interna, existe uma queda menos acentuada do consumo privado porque as famlias gastaram mais em bens no duradouros, como os bens alimentares.

    Por outro lado, houve tambm uma

    reduo muito menos expressiva do in-vestimento, que passa de uma queda em termos homlogos de 15,9% no primeiro trimestre, para uma reduo de 2,3% no segundo trimestre.

    Esta menor queda no investimento explica-se com uma queda reduzida a metade no investimento em construo (que passa de -26,1% para -13%) e ainda pelo investimento em equipamento de transportes, que segundo o INE, se ex-plicam no s pelo efeito base (a queda j tem sido to grande que mais fcil a variao positiva ter valores expressivos) como tambm pelo impacto da impor-tao de aeronaves.

    Emprego remunerado cai para o nvel mais baixo de h 16 anosA economia portuguesa

    criou 36,3 mil empregos no segundo trimestre do ano, mas o nmero de empregos remunerados continuou a cair e atingiu no mesmo perodo o valor mais baixo dos ltimos 16 anos e meio, segundo o INE.

    Segundo os dados includos nas contas nacionais trimes-trais, sexta-feira (6) divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE), o nmero de empregos voltou a crescer pela

    primeira vez desde o incio de 2011, criando cerca de 36.300 empregos.

    Isto faz com que a queda no emprego passe de -5,2% no primeiro trimestre, em termos homlogos, para -4,1% no segundo trimestre. Face ao tri-mestre anterior, o crescimento de 0,8%. O total de emprego na economia ficou nos 4,499 milhes.

    No entanto, o nmero de empregos remunerados

    desceu no segundo trimestre, reduzindo-se este nmero em cerca de 5.300, para os 3,85 milhes.

    Este o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 1997, altura em que o nmero de empregos remunerados es-tava em crescimento, ou seja, dos ltimos 16 anos e meio.

    Segundo o INE, os traba-lhadores no remunerados so indivduos que exercem uma actividade na empresa/insti-

    tuio e que, por no estarem vinculados por um contrato de trabalho, sujeito ou no a forma escrita, no recebem uma remunerao regular, em dinheiro e/ou gneros pelo tempo trabalhado ou trabalho fornecido. Inclui nomeada-mente os trabalhadores com emprego por conta prpria, os trabalhadores familiares no remunerados, os membros de cooperativas de produo e os trabalhadores destacados.

    Governo quer agncia que atraia imigrantes e ajude a travar sada de jovens

    O Governo quer atrair novos imigrantes que ajudem a travar a sada de jovens do pas, criando uma agncia que ajude captao de novos fluxos migratrios, disse Lusa o secretrio de Estado Pedro Lomba.

    A nova agncia dever resultar do aumento e adaptao da ca-pacidade de interveno do Alto Comissariado para a Imigrao e Dilogo Intercultural, explicou em Leiria o secretrio de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional.

    necessria uma nova ambio para as polticas de imi-grao, na qual se d prioridade importao de alto valor acrescentado tambm como forma de reter e fixar jovens portugueses qualificados, sustentou, margem de umas jor-nadas dedicadas ao debate sobre as migraes.

    Pedro Lomba defendeu que a atraco de investimento tambm feita com a captao de pessoas que ajudem a contrariar esta dinmica de sada de jovens portugueses, pro-curando atrair quadros de empresas, estudantes, investigadores e investidores.

    Esta uma das sadas para a crise. A importao de crebros tambm uma forma de reter os nossos crebros, sublinhou o governante, afirmando que a poltica de integrao de imi-grantes no s poltica social, tambm poltica econmica, e a boa poltica econmica tambm poltica social.

    As declaraes do secretrio de Estado quinta-feira (5), foram realizadas margem de umas jornadas promovidas pela associao AMIGrante Associao de Apoio ao Migrante subordinadas ao tema A face humana das Migraes em Portugal.

    Antes, o responsvel pela gesto do Programa de Retorno Voluntrio e pelas operaes da Organizao Internacional para as Migraes (OIM) em Portugal adiantou que mais de sete mil imigrantes pediram ajuda para sair do pas nos ltimos cinco anos.

    A esmagadora maioria dos imigrantes de nacionalidade brasileira, do gnero masculino, que se encontram em situao irregular e que chegaram h quatro anos, sendo que 46% dos pedidos de ajuda resultam da situao de desemprego na qual se encontram, explicou Lus Carrasquinho.

    J a Alta Comissria para a Imigrao e Dilogo Intercultural, Rosrio Farmhouse, lembrou que Portugal tem procurado ser um exemplo ao nvel de acolhimento de imigrantes, assumindo-se como um modelo de boas prticas para o qual tem contribudo a histria migratria, o consenso poltico, as polticas de integrao dependentes de um ministrio que transversal e uma opinio pblica positiva.

    VIZELA: novo centro escolar custou 1,3 ME e abre dia 11

    A Cmara de Vizela inaugura a 11 de Setembro um novo centro escolar, um equipamento que custou 1,3 milhes de euros e que vai servir 240 alunos.

    Segundo Dinis Costa, o novo centro escolar, em Caldas de Vizela, resultou de uma interveno de fundo na antiga EB1 de Enxertos, que foi recuperada e ampliada.

    O centro passa a dispor de oferta de educao pr-escolar e de espaos de utilizao comum, como biblioteca, recreio coberto e refeitrio escolar, acrescentou.

    Sublinhou que, a partir de agora, os alunos passaro a ter uma verdadeira escola a tempo inteiro, da qual no ser necessrio sair para tomar a refeio escolar.

  • 10 de Setembro de 2013 | QUALIDADE SEM IGUAL

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    Presidente da Repblica enaltece qualidade e competncia dos arquitectos portugueses

    O Presidente da Repblica enalteceu sexta-feira a qualida-de e competncia dos arquitec-tos portugueses, sublinhando que o seu trabalho representa um meio de promoo e afir-mao do patrimnio cultural portugus no estrangeiro.

    A qualidade e a compe-tncia dos arquitectos por-tugueses, reconhecidos pela atribuio de prestigiados prmios, tm vindo a projectar a sua obra na esfera internacio-nal. O seu trabalho representa no apenas um contributo importante para a vivncia do quotidiano da nossa socie-dade, mas tambm um meio de promoo e afirmao do patrimnio cultural portugus no exterior do Pas, afirmou Cavaco Silva, numa interven-o na cerimnia de entrega do Prmio Aga Khan para a Arquitectura, em Lisboa.

    Destacando o panora-ma arquitectnico singular portugus, Cavaco Silva fez

    referncia ao investimento que tem sido feito na recuperao e revalorizao do patrimnio, procurando-se novas formas de sustentabilidade e funcio-nalidade.

    Paralelamente, acrescentou, Portugal tem provas dadas

    na capacidade de criar uma linguagem arquitectnica con-tempornea de referncia.

    No seu discurso, o Presidente da Repblica deixou ainda uma palavra sobre a Fundao Aga Khan, sublinhando a misso assumida em vrias partes do mundo de incentivar e apoiar a preservao do patrimnio, bem como o seu vasto tra-balho de revitalizao social, econmica e cultural.

    Relativamente ao Prmio Aga Khan, que foi neste dia atribudo a cinco projectos lo-calizados no Sudo, Palestina, Marrocos, Iro e ustria, que vo partilhar um milho de dlares (770 mil euros), Cavaco Silva notou que a dis-

    tino constitui um eloquente exemplo do compromisso da Rede Aga Khan para com o desenvolvimento humano, nas suas diversas vertentes.

    O Prmio identifica e reco-nhece o esforo e o talento de variadas escalas e geografias, constituindo um estmulo precioso para a concepo de obras de excelncia que contribuem para uma melhoria das condies de vida das co-munidades em que se inserem e que valorizam a identidade e a tradio, mas tambm a inova-o e criatividade, disse.

    O Presidente da Repblica fez igualmente referncia honra que receber em Portugal esta cerimnia.

    Trata-se, antes de mais, do reconhecimento da capacidade de Portugal como anfitrio de grandes iniciativas, no apenas numa perspectiva estritamen-te turstica, mas tambm do ponto de vista da organizao de eventos internacionais de referncia, sustentou.

    Os projectos vencedores foram: o Centro de Cirurgia Cardaca Salam, em Cartum, no Sudo, a revitalizao do centro histrico de Birzeit, na Palestina, o projecto urbano de infra-estrutura da Ponte Hassan II, em Marrocos, a re-abilitao do Bazar de Tabriz, no Iro, e o Cemitrio Islmico em Altach, na ustria.

    Feira Afonsina em Guimares de 13 a 15 de Setembro com recriaes histricas

    A Feira Afonsina, de 13 a 15 de Setembro, evento marcante no calendrio de Guimares, que recria no seu centro histrico episdios da Histria de Portugal, entre mostras de gastronomia, arte e msica.

    A terceira edio do certame, tem um oramento a rondar os 150 mil euros, semelhana do ano em que Guimares foi Capital Europeia da Cultura, encarada como um evento que representa um esforo da autarquia para atenuar o efeito ressaca ps Guimares 2012.

    Pelas ruas do centro histrico viver-se- o perodo aps a morte do Conde D. Henrique, no qual D. Teresa, a viva, pretendia unir o Condado Portucalense Galiza. A pretenso seria contrariada pelo cavaleiro D. Afonso Henriques, filho da prpria D. Teresa, levando independncia do condado e nascimento de Portugal.

    Guimares um dos locais mais especiais de Portugal para uma feira medieval. Esto garantidas todas as condies para que a Feira Afonsina seja, mais uma vez, um elemento marcante no calendrio cultural e turstico da cidade, apontou o vereador do Turismo da Cmara Municipal de Guimares, Amadeu Portilha.

    Com uma rea mais alargada do que nas edies anteriores, a Feira Afonsina de 2013 ser uma montra para mais de 40 artesos, 10 mercadores alimentares, 17 comerciantes de doaria e 29 associaes.

    Esta uma iniciativa que se pode incluir como um legado da Capital Europeia da Cultura Guimares 2012, segundo a verea-dora da Cultura, Francisca Abreu.

    Alis, a preocupao com a transio de Guimares 2012 e a transio para o espao temporal subsequente sentida na aco

    da Cmara, explicou o presi-dente da autarquia, Antnio Magalhes.

    Temos encontrado solu-es de carcter pontual, ou no, para mais facilmente fazermos a transio daquele que foi um ano de excelncia, disse.

    Assim, Guimares vai-se tornar refgio de larpios e meretrizes no Quelho das Desgraas, ter um Arraial,

    uma Zona de Mercadores e de Iguarias, o Jardim dos Infantes, entre outros locais de recriao do ambiente do ento Condado Portucalense.

    Os espectculos Aos olhos de D. Teresa e Os reforos do Mestre esto a cargo da cooperativa Oficina, mas toda a populao convidada a participar.

    A entrada na Feira Afonsina gratuita e est garantida animao para toda a famlia, com actividades pensadas para os mais jovens, explanou Francisca Abreu.

    No final da apresentao, Antnio Magalhes deixa um pedido: O S. Pedro que espere mais uns dias para deitar gua c para baixo.

  • | 10 de Setembro de 2013QUALIDADE SEM IGUAL

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    OPiNiO

    De Freitas do Amaral a SoaresNum destes dias recentes surgiu a

    notcia de que faltam algumas fotogra-fias na fotobiografia de lvaro Cunhal, onde este surge, por exemplo, com Mrio Soares. E logo, como teria de dar-se, surgiu Carlos Brito a salientar que se trata de um acto de autntico estalinismo. Ao ouvir esta notcia, j perto da uma da noite, de pronto disse: tinha de ser.

    Custa-me a crer que lvaro Cunhal, se estivesse hoje vivo, se preocupasse com tais pormenores, mas natural que tais fotografias sejam retiradas de uma homenagem como a que lhe est a ser prestada durante este ano, comemorativa do centenrio do seu nascimento.

    A prova de que assim est na atitude dos dirigentes do CDS/PP, de um modo geral os actuais, que logo retiraram das paredes do partido a fotografia de Diogo Freitas do Amaral, apenas por este ter aceitado ser membro do Governo de Jos Scrates, que era at um Governo claramente neoliberal, embora com

    fortes preocupaes sociais.Alm do mais, Diogo Freitas do

    Amaral nem era j filiado no CDS/PP, tal como se d com a generalidade dos fundadores do CDS que ainda se encon-tram vivos. No fundo, se quisermos ser objectivos, trata-se de um fenmeno de reaco de curto prazo e que nem teve que ver com mudana ideolgica do fundador principal do CDS.

    Em contrapartida, desde o seu pri-meiro Governo, Mrio Soares sempre tomou a direita como sua aliada, elegen-do o PCP como adversrio principal. E bom no esquecer as recentes palavras de Domingos Abrantes a propsito do encontro de Paris, uns cinco dias antes de 25 de Abril de 1974, onde o PS de-fendeu e sufragou o antnimo do que depois veio a dizer e a fazer.

    Termino, pois, com esta pergunta: achar Carlos Brito que o acto do CDS/PP para com Diogo Freitas do Amaral foi o de um puro macartismo? Lembra-se o leitor de alguma refern-cia de Carlos Brito, ou de Zita Seabra, por exemplo, ao redor da retirada da fotografia de Freitas do Amaral? Mas lembra-se, certamente, de que houve at familiares e amigos que deixaram de lhe falar? Portanto, onde est a di-ferena? E porqu a pronta vinda lia de Carlos Brito neste caso de Cunhal e o seu silncio no de Freitas do Amaral? Percebe agora o leitor a razo de se ter chegado ao actual estado de coisas?

    Por Hlio Bernardo Lopes

    Achar Carlos Brito que o acto do CDS/PP para com

    Diogo Freitas do Amaral foi o de um puro macartismo?

    EscndalosDizem-me que h sacerdotes to atarefados com

    as obrigaes desta vida que se esquecem, muitas vezes, da outra.

    O mesmo ocorre naqueles que se encontram perto do sagrado: a familiaridade leva-os a olvi-darem Cristo.

    Esquecer Jesus, sendo reprovvel, hu-mano, j que Sua Me O esqueceu, tambm, no templo. S que Maria confiou no pai e cristos h que, desconfiando do Pai, confiam nos homens.

    Perde-se Jesus perdendo a f, e perde-se, quantas vezes, na Igreja, porque h quem invoque o nome de Cristo por orgulho. Participa-se por vezes em Movimentos e fundam-se obras de assistncia para honrar vaidades, e no a Deus.

    Propsito igual verifica-se nos polticos, e at em alguns ministros de Deus. No servem, mas servem-se do crente para alcanarem prestgio social.

    Infelizmente, tambm, h duplos na Igreja. Oram no templo, mas no tm sentido cristo na vida.

    Neste caso, o termo leigo sinnimo de ignorncia, j que no entendem que para alcanarem a Vida, mister levar o esprito do Evangelho vida.

    Acompanha, em alguns crentes, outro escndalo: a diviso dos cristos. Escndalo que no provm da separao em

    certa medida, pode ser benfico mas pensar que senhor da Verdade, esquecendo que h outras Verdades, ainda que a Verdade seja uma.

    Admiro-me que sendo Deus ou Al, como dizem os irmos da Arbia Amor, os crentes pelejem e odeiem-se. Como se Deus proclamasse:

    Odiai-vos uns aos outros e no: Amai-vos uns aos outros.

    Como pode o pago acreditar no Senhor, com tais crentes?

    Tambm na Igreja se perde Cristo, se os fiis seguem seus desejos e no a vontade Dele.

    H manual de instruo, que no pode ser alterado, nem adulterado, que a Bblia. Livro que inclui os Evangelhos. Os que A no seguirem deixam de ser discpulos.

    No h pareceres. Apenas o ensino de Jesus, Filho do Altssimo, vlido.

    O Escndalo nasce em qualquer parte, mas se tem origem no templo, escandaliza o mundo e afronta o Cu, afastando descrentes do Caminho.

    Pautar a conduta pelo Evangelho ainda que, certas vezes, no seja fcil a vereda correcta para prosseguir a jornada at ao sono eterno.

    [email protected]

    Por Humberto Pinho da Silva

    Participa-se por ve-zes em Movimentos

    e funda-se obras de assistncia, para honrar vaidades, e

    no a Deus.

    Correspondente do Brasil:

    de causar espanto a braveza da presidente Dilma contra o diplomata brasileiro que retirou o senador boliviano exilado na embaixada numa aco cine-matogrfica. Gostaramos de ver a presidente e seus diplomatas com essa ferocidade contra a Bolvia, a Venezuela e a Argentina, que destratam

    e maltratam o nosso pas nas relaes comerciais e polticas.

    O diplomata pode ter sido inspirado pelo filme Argo, que tratou da evacuao de diplomatas estadunidenses escondidos na embaixada do Canad no Iro. O certo que ele promoveu a retirada do senador boliviano asilado na embaixada em La Paz. Cabe ressaltar que o senador ficou na embaixada por mais de 450 dias por no receber salvo-conduto, em ms condies. E, mais, nem Pinochet, cruel ditador, recusava-se a dar salvo-conduto para asilados.

    Mas essa histria comeou antes, com a eleio de Evo Morales. Na viso turva deste aspirante a ditador, o Brasil trocou o Acre por um cavalo. No esqueamos que ele defendeu a revogao da reso-luo das Naes Unidas que veta a mastigao da folha de coca.

    Em 2006, Evo resolveu nacionalizar a explorao de petrleo e gs no pas. A Petrobras, que uma empresa estatal brasileira, representava 15% do PIB daquele pas. preciso lembrar que, desde 1996, investiu-se 1,5 mil milhes de dlares (americanos) naquele pas e mais dois mil milhes para trazer o gs de l. A Petrobras no foi somente nacionalizada, mas foi ocupada pelo Exrcito. No foram policiais nem burocratas, mas soldados de guerra. Uma clara mensagem ao governo brasileiro. Que fez o qu? Nada! Nem reclamar em foro internacional, que tinha direito, foi. Lula jogou a toalha. Medo? Indeciso? Incompetncia!

    O senador boliviano Roger Pinto refugiou-se na Embaixada do Brasil em La Paz em Maio do ano passado. Desde ento, o senador ficou confinado numa salinha, sem direito a receber visitas nem te-lefonemas. No era um asilado, mas um prisioneiro. E o diplomata brasileiro, seu carcereiro. bvio que o senador entrou em depresso.

    No nos esqueamos que o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, refugiou-se na embaixada brasileira em 2009 e no perodo que permaneceu l no s recebia visitas como coordenava a resistncia de dentro da embaixada.

    E neste imbrglio, doze corintianos foram presos na Bolvia. Pelas evidncias, estava claro que era retaliao e chantagem. E com a libertao deles, depois de mais de 150 dias, por falta de provas, ficou mais que confirmado.

    O diplomata Eduardo Sabia no tinha muito o que fazer: assistir a um provvel suicdio ou esperar que uma comisso diplomtica resolvesse a situao. Com os indicativos de que a comisso era para ingls ver, ele tomou uma deciso humana e humanitria. Utilizou dois carros da embaixada, com placas consulares, e acompanhando-se de dois fuzileiros navais que fazem a segurana da embaixada, levaram o senador para o Brasil. Foi uma longa viagem de 22 horas, saindo na sexta-feira (23/8), passando por cinco controles militares, incluindo os da fronteira, at chegar, mil e seiscentos quilmetros depois, no domingo, em Corumb, Mato Grosso do Sul.

    Mrio Eugnio Saturno (mariosaturno.blog.com) Tecnologista Snior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

    O Argo brasileiro

    Por Mrio Eugnio Saturno

    O senador boliviano Roger Pinto refugiou-se na Embaixada

    do Brasil em La Paz em Maio do ano passado. Desde ento, o senador ficou confinado em uma salinha, sem direito a re-

    ceber visitas, nem telefonemas. No era um asilado, mas um

    prisioneiro.

    Aumento de estrangeiros faz subir ocupao hoteleira no Algarve em Agosto

    A ocupao mdia nos hotis algarvios durante o ms de Agosto foi superior a 90 por cento e aumentou relati-vamente ao ano passado devido subida do nmero de turistas estrangeiros.

    Segundo informaes duma associao do sector, as dormidas dos turistas portugueses caram 4,9% face a Agosto de 2012, mas a quebra foi compensada pela subida dos mercados francs (mais 37,9%), alemo (mais 21,8%) e britnico (mais 10,4%), adiantou, em comunicado, a Associao de Hotis e Empreendimentos Tursticos do Algarve (AHETA).

    Elidrico Viegas, presidente da associao, explicou agncia Lusa que apesar de o mercado francs ter au-mentado exponencialmente este ano, as dormidas dos turistas desse pas representam apenas 4,9% do total, sendo o mercado britnico aquele que continua a ter maior expresso no Algarve, em nmero de turistas.

    O dirigente da AHETA salientou ainda que o aumento da taxa de ocupao, superior em 2,4 por cento face a Agosto do ano passado, no se traduz num aumento das receitas para as unidades hoteleiras, obrigadas a praticar preos mais baixos para garantir ocupao.

    De acordo com aquele responsvel, as taxas de ocupao previstas para Setembro e Outubro devero acompanhar o crescimento mdio de 5% que se verifica desde Janeiro, face aos valores registados no ano de 2012, trazendo boas perspectivas para o sector.

    excepo do mercado espanhol e portugus, todos os outros tm subido. Aps quatro anos de estagnao total, em que no houve aumentos, este ano de 5%, o que significa que podemos estar em perodo de recupe-rao, frisou.

    Elidrico Viegas estimou que, a manter-se a tendncia de crescimento que tem sido registada, o Algarve pode-r, dentro de 4 a 5 anos, apresentar as mesmas taxas de ocupao que obteve no passado.

    Em Agosto, a zona de Albufeira foi a que registou, em Agosto, a taxa de ocupao mdia mais elevada (95,8%) do Algarve, enquanto a zona de Tavira registou a mais baixa, com 86%.

    As zonas de Carvoeiro e Armao de Pra, em Silves, Monte Gordo e Vila Real de Santo Antnio e Albufeira foram as que apresentaram as maiores subidas em termos de taxas de ocupao.

  • 10 de Setembro de 2013 | QUALIDADE SEM IGUAL

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    AOReS

    Vasco Cordeiro quer aorianos que saem da escola com emprego em quatro meses at 2020

    O presidente do Governo dos Aores deixou sbado (7) o compromisso de que qualquer aoriano que saia da escola tenha, em 2020, no prazo de quatro meses, emprego, um estgio na regio ou na UE, ou um curso superior.

    Nos Aores nenhum jovem sair do sistema educativo sem uma qualificao profissional ou uma habilitao, declarou Vasco Cordeiro, no mbito da inaugurao das novas instalaes da escola de formao profissional Eprosec, situadas na periferia de Ponta Delgada.

    Vasco Cordeiro defendeu que os Aores no podem aceitar os condicionalismos conjunturais ou estruturais, geogrficos ou sociais, polticos ou econmicos que os possam fragilizar antes pelo contrrio.

    Da que o presidente do executivo aoriano preconize que o tecido empresarial aoriano deve ser dotado de uma maior e melhor capa-cidade humana de criao de riqueza, atravs de nveis de profissionalismo e inovao ainda superiores que contrariem as fragilidades incontornveis.

    Vasco Cordeiro sustentou que no captulo da formao os Aores cumpriram de forma pioneira o desiderato da Comisso Europeia (CE) de que as polticas para a empregabilidade devem ser executadas em parceria entre o governo e os parceiros sociais.

    Esta escola profissional de um sindicato o exemplo disto, no que a prpria CE j referencia como o caso aoriano, destacando o facto

    de mais de 25 por cento das verbas investidas nos Aores nas polticas de emprego, serem-no, efectivamente, em parceria com parceiros sociais e a sociedade civil, especificou.

    Vasco Cordeiro lembrou que se est perante um momento de grande exigncia, da que a estratgia para o desenvolvimento dos Aores

    no pode ignorar que, no horizonte 2020, 85 por cento dos empregados sero qualificados.

    E queremos este futuro prspero, qualifica-do, implicando as pessoas, dando-lhes, assim, qualidade de vida, referiu o presidente do Governo dos Aores, frisando que acabou-se para sempre o estigma do ensino profissional como ensino de segunda.

    Vasco Cordeiro preconizou uma nova e intensa centralidade das polticas para a empregabilidade, sobretudo para os jovens

    aorianos.Com estas instalaes para as quais quis

    o Governo dos Aores, com muito gosto, contribuir, a Eprosec pode desenvolver ainda melhor e ainda mais a sua misso de formar jovens, mas tambm de formar desempregados, de actualizar os conhecimentos de activos e de

    criar um esprito de inovao e de empreende-dorismo to necessrio aos Aores, declarou Vasco Cordeiro.

    As novas instalaes da Eprosec esto ora-das em oito milhes de euros, contemplam 30 salas de formao, um auditrio com capacidade para 150 lugares, refeitrio, sala de estudo, biblioteca, sala para associao de estudantes e um gabinete para mdico e psiclogo.

    A Eproseca j formou 7 mil alunos ao longo de 21 anos de existncia.

    Lus Cabral destaca trabalho dos profissionais de sade que todos os dias curam e salvam pessoas

    O secretrio regional da Sade destacou sbado (7) o papel dos profissionais de sade que constituem as equipas que, nos hospitais e nas unidades de sade, pela sua dedicao e pelo seu conhecimento, todos os dias curam e salvam pessoas.

    Lus Cabral falava na cerimnia destinada a assinalar o 25. aniversrio da inaugura-o da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santo Esprito da Ilha Terceira (HSEIT), que foi presidida pelo vice-presidente do Governo dos Aores, Srgio vila.

    Tem todo o sentido destacar os servios e quem trabalha na sade, principalmente pelo sentimento que se foi criando de que tudo est mal neste sector, confundindo-se e aproveitando-se a disputa partidria e

    poltica para denegrir instituies, afirmou Lus Cabral.

    O secretrio regional salientou que o sector da sade nos Aores tem insuficincias e limitaes, mas tem tambm muitas capaci-dades, tanto no campo tcnico e tecnolgico,

    como na competncia dos seus profissionais.

    Nesta cerimnia foi tam-bm homenageado o m-dico Joo Leal, que foi responsvel pela instalao da Unidade de Cuidados Intensivos no hospital de Angra do Herosmo e que, ao longo destes anos, deixou bem vincada na instituio e na sociedade a sua dedicao, o seu gosto pelo conhecimen-to e o seu empenho em criar

    um servio com qualidade e eficcia e que, merc disso, tantas vidas salvou.

    Lus Cabral considerou mesmo que Joo Leal uma referncia na sua gerao e um exemplo para os novos profissionais que todos os anos renovam os quadros dos nossos servios de sade.

    A administrao do hospital colocou uma placa junto Unidade de Cuidados Intensivos em homenagem ao trabalho que Joo Leal desenvolveu e que agora vai deixar por ter atingido o limite de idade.

    Diversidade geolgica atrai dezenas de cientistas europeus aos Aores

    Dezenas de cientistas de vrias universidades eu-ropeias encontram-se nos Aores em misso cientfica devido sua grande diver-sidade geolgica, de acordo com Victor Hugo Forjaz, do Observatrio Vulcanolgico e Geotrmico dos Aores.

    Os meses de Agosto e de Setembro esto a ser excepcionais na visita de cientistas s diferentes ilhas dos Aores, refere Vtor Hugo Forjaz.

    O vulcanlogo aoriano aponta que esto no terreno equipas cientficas geol-gicas da Universidade de Helsnquia (22 gelogos juniores e uma catedrti-ca), Granada, em Espanha

    (15 gelogos de mestrado e trs catedrticos), Paris, Clermont, Marselha (Frana), Bruxelas (Blgica), Milo, Siena (Itlia), Londres (Reino Unido), Gotemburgo (Sucia) e Bremen (Alemanha), entre outras, considerando que um nmero invulgar.

    Victor Hugo Forjaz revela que para alm dos cientistas europeus chega aos Aores a 18 de Setembro uma outra equipa de importantes peri-tos dos EUA especializados em vulcanologia.

    O cientista refere que os Aores podem vir a assumir-se como protagonistas do turismo cientfico, uma vez que no arquiplago existe uma grande diversidade

    geolgica, desde os calcrios da ilha de Santa Maria, com oito milhes de anos, at aos pretextos geolgicos da ilha das Flores.

    Existem no arquiplago vulces do tipo havaiano, stromboliano, poliniano, ve-suviano, entre muitos outros, bem como lavas escoadas e torrentes de pedra tambm com vrias composies, explica.

    Os servios oficiais dos Aores ainda no perceberam a importncia desse nicho de turismo que o turismo cientfico, quer seja para ver fumarolas, vulces ou roche-dos, declara Victor Hugo Forjaz, defendendo aces de promoo nesta rea.

  • | 10 de Setembro de 2013QUALIDADE SEM IGUAL

    8

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    Centenas participaram nas vindimas ao vivo da Festa do Vinho Madeira

    Centenas de residentes e turistas participaram sbado (7) numa vindima ao vivo no Estreito de Cmara de Lobos, um evento includo no programa da Festa do Vinho Madeira e que contribuiu para uma ocupao hoteleira na ordem dos 90 por cento.

    Devido grande afluncia de pessoas na localidade, a secretria regional do Turismo da Madeira, Conceio Estudante, afirmou neste dia que enquanto houver vinho haver a Festa do Vinho.

    A governante falava aps ter participado na apanha de uvas, onde as latadas foram pequenas para acolher as centenas de pessoas que quiseram participar nesta aco, inserida no programa da Festa do Vinho da Madeira, que se prolongou at domingo, representando um investimento do executivo insular na ordem dos 100 mil euros.

    Esta iniciativa, que est a ganhar cada vez maior projec-o, cada vez a atrair mais pessoas, insere-se numa estratgia de animao de um calendrio continuado de eventos na regio que sejam capazes de atrair turistas no ano inteiro, eventos que tm a marca de ter uma temtica que nossa, declarou Conceio Estudante, considerando que este tipo de aces com autenticidade criam originalidade.

    Segundo a responsvel notrio o interesse renovado dos participantes, que fazem a vindima, participam os rituais antigos, argumentando ser necessrio criar conti-nuidade, dar garantia aos operadores que podem continuar a promover com segurana, excedendo as expectativas dos visitantes.

    Conceio Estudante referiu que devido grande procura as latadas vo ter que crescer para acolher tantas pessoas, considerando que a grande afluncia um desafio para o qual necessrio encontrar alternativas.

    Alm da apanha da uva, a freguesia do Estreito de Cmara de Lobos foi ainda palco para um cortejo alegrico no mbito do qual desfilaram 14 colectividades mostrando tradies relacionadas com o vinho e as vindimas.

    A Festa do Vinho da Madeira comeou no passado domingo (1) no Funchal, envolve quase 1.400 pessoas, tendo o programa includo, entre outras aces, a Semana Europeia de Folclore, um festival de cocktails, exposies etnogrficas, quadros vivos, msica tradicional e gastro-nomia regional nas placas centrais da avenida Arriaga no Funchal.

    Nesta zona, 12 figurantes, com roupas inspiradas no tema do vinho, interagiram com os visitantes e os pro-dutores de vinho realizaram prova de vinhos e de outros produtos regionais.

    Universidade da Madeira atribui honoris causa a investigador alemo

    A Universidade da Madeira decidiu atribuir o ttulo de doutoramento Honoris Causa ao investigador Ludwig Paul Streit, a 13 de Setembro, dia em que a academia madeirense assinala os 25 anos da sua fundao, disse Lusa fonte da reitoria.

    Este o terceiro doutoramento Honoris Causa atribudo pela universidade da Regio, a mais jovem instituio de en-sino superior do pas, tendo o primeiro acontecido em 1995, ao bilogo alemo Gunther E.Maul, que viveu no Funchal entre 1930 e 1997.

    O segundo foi em 2011, numa aco repartida por mais de onze universidades portuguesas, ao reitor de Macau, Wei Zhao.

    O reconhecimento a Ludwig Paul Streit surgiu de uma proposta do actual reitor da universidade, Jos Carmo, foi aprovada pela Comisso Acadmica do Senado em Junho e a sesso solene de atribuio do ttulo faz parte do programa das comemoraes da abertura do ano acadmico, que coincide com a celebrao dos 25 anos da criao da universidade (13 de Setembro de 1988).

    Ludwig Paul Streit tem 75 anos, natural da Alemanha, leccionou na Universidade de Bielefeld, sendo profes-

    sor catedrtico convidado na Universidade da Madeira (UMa) h mais de 20 anos e professor jubilado da academia insular.

    A mesma fonte destaca que Ludwig Paul Streit autor de uma vasta obra na rea da Fsica-Matemtica, quer na rea do ensino, leccionando cursos em diversos pases e colabora na elaborao de um manual de Fsica para o ensino secundrio, adoptado em muitas das ilhas das Filipinas.

    Na rea da investigao, tem o seu nome ligado a mltiplas publicaes, orientaes, actividades de dinamizao cientfica e colaboraes internacionais com investigadores de vrios continen-tes.

    Destacou a sua capacidade de criao e organizao de ambientes propcios investigao, merecendo particular relevo o seu papel na direco e dinamizao do ZiF (Zentrum fr interdisziplinre Forschung) da Universidade de Bielefeld, bem como na criao do BiBoS (Bielefeld-Bochum-Stochastic), actual Bielefeld-Bonn-Stochastic, um centro de investi-gao em Fsica-Matemtica, centros por onde passaram grandes matemticos dos ltimos 40 anos.

    Ludwig Paul Streit colaborou na cria-

    o do Centro de Cincias Matemticas (CCM) da Universidade da Madeira em 1995, estrutura de investigao que j obteve duas classificaes de excelente na avaliao desenvolvida pela Fundao para a Cincia e Tecnologia (FCT) e durante 15 anos organizou os bianuais Madeira Math Encounters (Encontros de Matemtica da Madeira).

    Esta sua actividade foi fundamental para o desenvolvimento cientfico e para a internacionalizao da Universidade nesta sua curta histria, reala a mesma fonte da reitoria da UMa.

    A Universidade da Madeira foi criada a 13 de Setembro de 1988 e, ao longo da sua histria, integrou na sua estrutura a Escola Superior de Educao (1989), o Instituto Superior de Artes Plsticas (1992) e a Escola Superior de Enfermagem (2004).

    A UMa tem cerca de 3.300 alunos, 135 funcionrios no docentes e 210 docentes, os quais cobrem cerca de duas dezenas de reas consolidadas do saber e, para o ano acadmico de 2013/2014, abriu vagas para 18 cursos de licenciatura, 13 mestrados, seis doutoramentos e ainda dois mestrados profissionais no mbito da parceria com a Carnegie Mellon.

    Ponta do Pargo organiza XXIX Festa do Pro

    A Casa do Povo da Ponta do Pargo organiza no prximo fim-de-semana a XXIX Festa do Pro, que todos os anos leva at quela freguesia milhares de visitantes.

    um certame importante para a localidade, tanto para os agricultores como para o comrcio tradicional local.

    A direco da Casa do Povo vai apresentar o programa da festa em conferncia de imprensa, hoje, tera-feira (10), no Bar-Restaurante O Farol, com detalhes sobre a animao do evento assim como outras informaes importantes sobre a Festa do Pro 2013.

    Antiga casa no Funchal transformada em escola que ensina num contexto familiar

    Numa antiga moradia do Funchal nasceu agora, em contra-ciclo, um pro-jecto educativo inovador e alternativo, baptizado de Bicho-da-Seda, que oferece s crianas um processo de aprendizagem num ambiente familiar e criativo.

    As crianas precisam sentir-se em casa () e o espao est desenhado, com todos os cantinhos e recantos, salas mais pequenas, para que se sintam efectivamente em casa, para poderem aprender e no fim do dia sarem daqui muito felizes, explica agn-cia Lusa a proprietria deste Centro de Estudos Criativos da Criana.

    Segundo Hermnia Pontes, o centro um projecto que pretende dar uma res-posta educativa alternativa s existentes na Madeira, sendo inovador pelo tipo e dimenso de edifcio e porque congrega no mesmo espao vrios servios para diferentes idades.

    A responsvel admite que surge em contra-ciclo, numa altura em que encerram esco-las por falta de crianas e con-traria a poltica educativa do aumento do nmero de alunos por sala, argumentando que

    mesmo numa situao muito m, os pais querem o melhor para os seus filhos.

    O Bicho-da-Seda nasceu numa moradia de dois an-dares, constituda por cinco divises cozinha, casas de banho, quintal, garagem e arrecadao sendo um investimento exclusivamente privado na ordem dos 60 mil euros, para acolher uma redu-zida populao entre os trs e os 15 anos, em diferentes valncias.

    Hermnia Pontes refere ser difcil oferecer um ensino com qualidade com turmas de 27 alunos e considera que o conceito de grandes escolas, tipo supermercados de me-ninos, est desactualizado, pelo que compara este novo centro a uma espcie de mer-cearia ali na esquina.

    Com base nesta filosofia, o centro oferece cinco projectos que decorrem em simultneo, sendo que a tempo inteiro vai admitir em creche apenas 20 crianas, os denominados casulos.

    Ter tambm actividades de enriquecimento curricular para o 1. ciclo (as lagartas), 2. e 3. ciclo (metamorfo-ses), alm do projecto fio de seda destinado a crianas

    que no se enquadram na educao especial e precisam de apoio mais especfico, de-senvolvendo ainda ateliers de escrita criativa, etiqueta, discurso, expresso plstica ou pintura, teatro experimen-tal, entre outros.

    Hermnia Pontes sustenta que as pessoas opinam que os meninos hoje so diferentes e os valores se perderam, contrapondo: Se eles so diferentes temos de dar-lhes respostas diferentes.

    Tambm a comida con-feccionada na cozinha da es-cola, sendo servidas refeies saudveis e at o po fresco e quentinho nos lanches.

    O centro aplica uma me-todologia ligada a projectos com rotinas completamente diferentes das institudas noutros estabelecimentos e as crianas aprendem brincando e participam na

    planificao diria e semanal das actividades, percorrendo as diferentes divises da casa consoante os temas que esto a trabalhar.

    Cristina Santos, me de um dos meninos, diz que optou por este centro por ser um projecto inovador (), pelo conceito de famlia que lhe est intrnseco, a possi-bilidade dos pais poderem participar activamente e o facto de darem importncia criatividade, no descoran-do o desenvolvimento dos meninos.

    O meu filho agora diz que vem para a casa da Hermnia e no para a escola, declara.

    Idntica opinio tem Rubina Ramos, que conside-ra que este um lugar onde o filho pode aperfeioar cada vez mais os gostos pelas artes e ter um acompanhamento mais personalizado.

  • 10 de Setembro de 2013 | QUALIDADE SEM IGUAL

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    PORTUGUeSeS NO MUNDO

    Sabe o que est no ar que respira em sua casa?As alergias e as doenas so muitas vezes provocadas pelo ar que respiramos dentro de casa.

    Plos de animais d o m s t i c o s , excremento de ratos, pequenos parasitas, fungos e b a c t r i a s partilham o ar que respira, instalados

    no sistema de ventilao de sua casa.

    Sempre que a sua mquina de aquecimento liga, espalha por toda a casa todas as poeiras contaminadas dentro das condutas de ar.

    Reconhecido como um dos maiores problemas para as doenas de asma, alergias, dores de garganta, dores nos olhos e problemas respiratrios.

    Muitos mdicos recomendam que se faa uma limpeza ao sistema de ventilao.

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    H muitos portugueses a procurar a Amrica mas poucos a conseguirem vistos, diz Governo

    O secretrio de Estado das Comunidades, Jos Cesrio, afirmou Lusa que h, neste momento, muitos portugue-ses interessados na Amrica do Norte, no entanto, sa-lientou que h muito pouca gente a conseguir vistos para trabalhar.

    No temos qualquer espcie de dvidas sobre o enorme interesse que os Estados Unidos da Amrica (EUA) representam, neste momento, em muita gente em Portugal, referiu durante uma visita a Newark, onde se concentra uma grande comunidade de emigrantes portugueses.

    O governante fala em quadros que tm conseguido boas oportunidades, em toda a Amrica do Norte.

    H casos de pessoas que tm conseguido excelentes colocaes. S que as hip-teses de conseguirem essas colocaes, com vistos de

    trabalho, so muito limita-das, salientou.

    De acordo com Jos Cesrio, existem cerca de 1.4 milhes de pessoas nos EUA que assu-mem a origem portuguesa.

    Temos pessoas colocadas a todos os nveis da sociedade, desde o congresso federal at

    aos diversos rgos do poder poltico a nvel local ou esta-dual, deputados, senadores, mayors, empresrios ou professores universitrios, sublinhou.

    Conseguir o visto para tra-balhar nos EUA precisamente a grande dificuldade que os emigrantes tm que enfrentar. Mas no um problema de agora.

    Adriano Oliveira, 45 anos, veio para os EUA h 19 anos e, s seis anos depois, conse-guiu legalizar a sua situao. agncia Lusa disse que foi um processo complicado.

    Na dcada de 90 ficou desempregado em Portugal,

    depois de 21 anos a trabalhar como fiscal da rodoviria. Nessa altura veio de frias aos EUA e poucos dias depois j estava a trabalhar, na constru-o civil.

    L andei 21 anos com uma caneta e para aqui vim trabalhar no pesado, com muito peso, sacrifcio. Custou muito, salientou.

    Agora j est reformado e passa os dias numa pequena ga-ragem onde constri pequenas caravelas portuguesas e sonha com o regresso terra natal, em Mafra, onde gostaria de se dedicar agricultura.

    A mulher no quer regressar e, por isso, Adriano passa o tempo s voltas com as recor-daes da histria portuguesa e diz que as peas que faz se vendem bem entre a comu-nidade.

    Adriano Oliveira est atento ao que se passa em Portugal, v as notcias todos os dias e lamenta que, tambm ele, tenha sentido na pele os cortes na reforma que recebe no pas natal.

    Mas as coisas, segundo con-tou, tambm no esto fceis nos EUA.

    Quando vim para c com 100 dlares comprava um car-ro de supermercado cheio de comida. Hoje com 100 dlares no trago este barquito cheio. J viu o que isto aumentou? pssimo, no d, sublinhou.

    Adolescente luso-descendente encontrado morto na Venezuela

    Um adolescente luso-descendente, de 14 anos de idade, foi encontrado morto num campo desportivo em Marapa Piache, no Estado venezuelano de Vargas, a norte de Caracas.

    Segundo o Corpo de Investigaes Cientficas, Penais e Criminalsticas (Cicpc, antiga Polcia Tcnica Judiciria), um segu-rana de uma construo prxima avistou o cadver do adolescente e avisou a polcia que encontrou sinais de ter sido baleada trs

    vezes na cara.Fontes da comunidade portuguesa de

    Vargas explicaram telefonicamente Agncia Lusa que a vtima no tinha residncia fixa na zona, era conhecida pelo alcunha de El portuguesito, estava em situao de rua (mendigava) e que eram os comerciantes que davam alguma ajuda.

    A imprensa venezuelana d conta que este seria o terceiro assassinato de uma criana em Vargas, desde 1 de Setembro.

    Transmontano xerife de Essex, EUA, h 23 anos

    O xerife do municpio de Essex, na Nova Jrsia, um dos portugueses mais conhecidos neste estado americano: j foi eleito oito vezes para o cargo e sonha em fazer um cruzeiro no Douro.

    Armando Fontoura costuma almoar nos restaurantes portugueses que se espalham pela cidade de Newark, nos Estados Unidos da Amrica (EUA). Foi num deles que a agncia Lusa encontrou este transmontano, nascido em Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre.

    A conversa foi-se desenrolando num in-gls misturado com portugus. O xerife puxa pela memria para regressar s suas origens. Tinha apenas 11 anos quando os pais, um guarda-fiscal e uma filha de emigrantes, j nascida nos EUA, decidiram atravessar o Oceano para virem viver para a Amrica.

    Porque no falava ingls, a adaptao nos primeiros seis meses no foi fcil, principalmente na escola. Mas, cerca de outros seis meses depois, j estava tudo bem. Costumava praticar as palavras para no falar de forma diferente, referiu.

    Estudou, foi para o exrcito, deu aulas na mesma sala onde estudou e chorou e, mais tarde, decidiu ser polcia.

    Talvez por ser filho de um guarda-fiscal tinha o sonho de ser polcia. Queria fazer alguma coisa diferente, mais excitante. Dar pontaps nas portas e perseguir pessoas, afirmou.

    Fez carreira na polcia, graduou-se na Academia Nacional do FBI e no Instituto Nacional Executivo do FBI, integrou o Frum Nacional da Casa Branca sobre o Controle de Drogas e supervisionou um dos esquadres de deteco de bombas.

    Armando Fontoura explicou com orgu-

    lho que xerife o nico cargo nas foras policiais dos EUA que eleito pelo povo. Foi o primeiro portugus a ser eleito para este cargo, que ocupa h 23 anos. Foi eleito por oito vezes.

    Questionado sobre a criminalidade que afecta esta zona, o xerife responde que esto abertos 24 horas por dia.

    Temos pessoas a trabalhar a toda a hora. Temos homicdios, tiroteios, traficantes, temos tudo. Sou controlador. Sou o chefe, sou eu que estou encarregado. uma res-ponsabilidade muito grande, mas eu gosto, salientou.

    Armando Fontoura levanta-se todos os dias s 04:30, faz ginstica e fica atento a tudo o que se est a passar. Tem ainda tempo para ir espreitando as notcias que chegam de Portugal.

    Por causa da crise instalada na Europa, disse que a emigrao de portugueses para os EUA est a aumentar. Para mim difcil porque eu sou um polcia. Esto a vir muitos, legalmente ou no, referiu.

    O xerife assume-se como norte-america-no, mas disse que tem o melhor das duas cul-turas, a norte-americana e a portuguesa.

    Por isso mesmo, quando vai a um res-taurante, na hora de escolher o vinho opta sempre por um produzido em Portugal. Assume-se como um f do vinho do Porto, nctar que d sempre a provar aos seus convidados.

    Armando Fontoura j no vai a Portugal h cerca de oito anos, mas garante que quer regressar em breve para concretizar um sonho que tem com a mulher: fazer um cruzeiro no rio Douro.

    Essa uma das coisas que eu tenho que fazer antes de morrer, frisou.

    Abriu seco internacional de lngua portuguesa em Nice

    O deputado do PSD elei-to pelo Crculo da Europa, Carlos Alberto Gonalves, disse sexta-feira (6) em declaraes Agncia Lusa que foi aberta uma seco internacional de lngua por-tuguesa em Nice.

    uma novidade impor-tante para mim, que defendo h muito a criao de seces internacionais e o alargamen-to das seces internacio-nais, disse o deputado, que se reuniu nessa manh com a coordenadora do ensino de lngua portuguesa em Frana, Maria Adelaide Cristvo,

    com o objectivo de avaliar as condies de abertura do ano lectivo.

    Carlos Alberto Gonalves destacou que estas seces so tambm importantes

    no que tem que ver com a imagem da lngua portuguesa em Frana.

    As seces internacionais portuguesas so um subsis-tema do sistema educativo francs, e apoiadas pelo Governo portugus, que podem ser frequentadas do ensino primrio at ao 12 ano.

    Alm do ensino oficial francs, os alunos fre-quentam aulas de Lngua e Literatura portuguesa e de Histria e Geografia, segun-do os programas em vigor em Portugal.

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    ReLiGiO e CULTURA

    Historiadores defendem devoluo de arquivos da PIDE a Portugal

    O autor do livro Cunhal, Brejnev e o 25 de Abril, Jos Milhazes, defende que Portugal deve insistir na devo-luo de parte do arquivo da PIDE que ex-operacionais do KGB afirmam ter sido levado para a Unio Sovitica.

    A polmica sobre os ale-gados documentos da PIDE volta a surgir a propsito de novos dados publicados no livro Cunhal, Brejnev e o 25 de Abril, do historiador e correspondente da Lusa e residente em Moscovo desde os anos 1970.

    O autor deste livro escreve que os arquivos da PIDE-DGS que foram levados para Moscovo permitiram aos ser-vios secretos soviticos no s aceder a informao sobre Portugal mas tambm identifi-car uma toupeira da CIA no KGB, nos anos 1970.

    Jos Milhazes recorda que a questo dos arquivos foi falada, pela primeira vez, pelo general Oleg Kaluguin, do KGB, que vive actualmente nos Estados Unidos, e que escreveu um livro nos anos 1990 sobre as actividades que desenvolveu nos servios secretos soviticos e onde fala da operao de transferncia dos arquivos da PIDE.

    Mais tarde, outro livro que se chama Arquivo Mitrokhine,

    (Vassili Mitrokhine agente so-vitico que fugiu para Londres no incio dos anos 1990 na pos-se de numerosos documentos secretos) e que foi publicado em Portugal, faz uma afirma-o semelhante. O Ministrio dos Negcios Estrangeiros (atravs do ento ministro Jaime Gama) at tentou con-tactar as entidades russas para que o arquivo fosse devolvido, mas depois de terem recebido a resposta dos russos de que no tinham nada, no insistiram, recorda Milhazes, consideran-do relevante o esclarecimento do assunto.

    Segundo aquilo que eu consegui apurar, a diplomacia respondeu que em Moscovo no havia arquivo nenhum, mas isto trata-se de um pro-cesso diplomtico e apresen-tando provas aos russos vai ser difcil eles dizerem que isso no aconteceu. Por exem-plo, pegar nas revelaes feitas pelos russos, com base nesse arquivo, afirma Jos Milhazes.

    Para o jornalista, a impor-tncia histrica dos arquivos enorme porque se ficaria a conhecer a rede internacio-nal da antiga polcia poltica portuguesa.

    Para a historiadora Irene Flunser Pimentel, autora da Histria da Pide, entre

    outras investigaes sobre a polcia poltica e o Estado Novo, a questo do arquivo da PIDE deve voltar a ser abordada.

    um assunto que j colo-quei Torre do Tombo, assim como colegas meus, porque eu acho que os arquivos devem regressar. Eles at podem ficar com cpias, mas os originais devem vir para c, afirma a historiadora, que defende que os historiadores devem pres-sionar outra vez para que o arquivo seja devolvido.

    Um grupo de historiadores deve comear a pressionar, outra vez, para que seja de-volvido, atravs do Ministrio dos Negcios Estrangeiros, mas tambm tem de haver interesse da Torre do Tombo, onde se encontra o arquivo da PIDE.

    Tal como Jos Milhazes, Irene Pimentel cita igualmente as fontes russas que referem a existncia dos documentos em Moscovo.

    H as fontes do arquivo Mitrokhine e h elementos do KGB que disseram que viram, de que coisas se tratavam, de que h muito material rela-cionado com as colnias e de tudo o que tem que ver com as agncias secretas e com as polcias. O que dizem que, sobretudo, tero ido muitas

    coisas sobre o relacionamento da PIDE e as agncias secretas. Aqui (em Lisboa) no h nada sobre a Scotland Yard, no h nada sobre o MI5 e MI6 e h muito pouca coisa sobre a CIA, diz Irene Pimentel.

    Para a historiadora Raquel Varela da Universidade Nova e autora do livro A Histria do PCP e a Revoluo dos Cravos (1974-1975), o Governo portugus tem obrigao de fazer um pedido formal de devoluo desse arquivo para se juntar ao restante arquivo da PIDE e pedir, no imediato, uma digitalizao e a abertura do mesmo aos investigadores portugueses, uma vez que, afirma, a regra bsica a aber-tura dos arquivos passados trinta anos.

    J estamos a falar de 45 anos e continuamos sem ter acesso a esse arquivo, disse Raquel Varela Lusa.

    Ns estamos a falar do arquivo da polcia poltica da mais longa ditadura da Europa e uma parte essencial desse arquivo diz respeito aos anos 1960 e 1970, um perodo absolutamente rico da nossa Histria, que envolve uma mudana imensa em Portugal, envolve a Guerra Colonial e conflitos internacionais muito importantes, conclui Raquel Varela.

    A paz possvel, diz Patriarca de Lisboa

    O Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, apelou sbado (7) fraternidade universal e citou os exemplos de Gandhi, Luther King ou Mandela para afirmar que a paz possvel, numa viglia pelo fim da guerra na Sria.

    Neste momento, na Sria e noutros pases, h irmos e irms cristos que arriscam a vida para fazer o que estamos aqui a fazer, to pacificamente, para se encontrarem e cele-brarem o sacramento da paz. Ns estamos com eles e eles esto connosco, afirmou Manuel Clemente, que celebrou a missa vespertina deste dia na S de Lisboa.

    Cerca de 300 fiis, que praticamente encheram a Igreja, responderam assim ao apelo lanado pelo Papa Francisco, que decretou para esse dia um dia de jejum e orao em todo o mundo pela paz na Sria e no Mdio Oriente.

    Sobre o conflito, que j provocou mais de 110 mil mortos desde Maro de 2011, de acordo com as Naes Unidas, o Patriarca de Lisboa defendeu que um dia [de guerra] j seria tempo demais. Ouvimos de um lado, ouvimos do outro. Ficamos perplexos quando os responsveis internacionais ficam hesitantes em tomar uma posio sobre os ataques na Sria, um pas destroado, afirmou.

    Manuel Clemente lembrou que o sculo XX foi marcado por calamidades, conflitos e genocdios, mas que tambm somos herdeiros de lderes histricos como Gandhi, Nelson Mandela ou Martin Luther King.

    No nos digam que no possvel [a paz]. No nos digam que no somos realistas, porque somos. s vezes chamam paz quilo que apenas um equilbrio momentneo de foras, mas acreditamos na raiz da paz, sublinhou.

    Entre os fiis, muitos participaram nesta missa na S por ser dedicada crise na Sria. Foi o caso de Maria do Carmo de Melo, acompanhada pelo marido e pelo neto, que destacou a mensagem de que no h religies, h um Deus, que o guia e o companheiro de todos.

    Depois da missa, os fiis mantiveram-se numa viglia de orao, que se prolongou at cerca das 23:00, uma das iniciativas que decorreu neste dia em Portugal.

    Em Ftima, o Bispo de Leiria-Ftima, Antnio Marto, presidiu noite a uma viglia de orao, decorrendo igual-mente iniciativas semelhantes em Braga, Porto, Santarm e vora.

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    COMUNiDADe

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    COMUNiDADe

    Adeus, at ao nosso regresso!Madeira Park fecha temporada com tourada corda e julgamento dos compadres

    Por Elsa Timteo e Antnio Perin

    Um julgamento de compadres, touradas corda moda da Terceira, espectculos de ran-chos folclricos, msica variada, gastronomia madeirense e a inaugurao de um campo de

    basquetebol foram as principais actividades que este fim-de-semana deram por encerrada a temporada no parque Madeira.

    Com pouca gente no sbado (7) natural-mente devido chuva intensa que se fez sentir durante quase todo o dia mas com a promessa de um domingo cheio de sol, a tourada corda prevista para esse dia no se pde realizar por no estarem reunidas as condies de segurana necessrias a esta prtica.

    Espalha-dos pelo vasto espao, com mesas portteis beira do carro, em auto-caravanas ou sentados no restaurante que existe neste parque, os que no faltaram iam entretendo o estmago com os petiscos ali servidos ou com o farnel trazido de casa.

    Ao som de xitos mais antigos e mais re-centes, numa oferta variada de estilos e artistas e com presena destacada para a msica tipi-camente madeirense que foi sendo passada

    pelo DJ Manuel da Ponte, do conjunto Vadios houve tempo para conversar, jogar s cartas, tentar a sorte s rifas ou simplesmente usufruir dos 50 hectares deste parque.

    Para alm das diversas

    infra-estruturas com que j contava, a partir deste fim-de-

    semana o parque passou a ter tambm um campo de basquetebol, feito essencialmente a pensar nos mais jovens, como disse o presidente da Casa da Madeira, Salom Gonalves.

    A pr-inaugurao foi celebrada com vinho Madeira, que Fernando Gonalves foi oportuna-mente buscar sua auto-caravana para brindar esta obra que custou cerca de 30 mil dlares.

    Como foi revelado, as bancadas erguidas em torno deste espao foram uma oferta dos empresrios lio Leal e Fernando Gonalves, da Ganadaria Sol e Toiros.

    Ausente por motivo de se encontrar a recu-perar de uma interveno cirrgica, lio Leal foi representado pela esposa, Louisa Leal, que participou no brinde juntamente com Fernando Gonalves e os presidentes da Direco e da Assembleia da Casa da Madeira, respectiva-mente Salom Gonalves e Jos de Freitas.

    De volta ao recinto da festa, j o lume se acendia para as famosas espetadas madeirenses que seriam o jantar de grande parte dos que ali se encontravam.

    Mal-assadas e Bolo do Caco, acabados de fazer, serviriam para adoar o fel que o julgamento que se esperava certamente iria trazer e que viu os compadres bonecos feitos de palha, vestidos com roupas representando um homem e uma mulher serem acusados de delitos que os condenaram inevitavelmente a serem queimados na fogueira.

    No julgamento imperou a critica social, o sarcasmo e a ironia, numa representao duma tradio que h mais de 50 anos integra as manifestaes populares culturais da freguesia da Santana, na Ilha da Madeira.

    Antes, porm, foi tempo para os adultos e crianas do Rancho Folclrico As Tricanas danarem as modas da regio centro que re-presentam, mais concretamente da Bairrada, apresentadas com algumas notas biogrficas que complementaram a sua actuao.

    Emocionado, Salom Gonalves agradeceu a presena do grupo, afirmando a disponibilidade do mesmo sempre que solicitados. Entretanto, e tocando a sineta para o jantar que comeava a ser servido, lembrou o programa de domingo que para alm da tourada corda contaria com o Rancho Folclrico Iinfantil Os Marotos.

    Ainda no sbado estava prevista a actuao dos ranchos folclricos da Associao Cultural do Minho, Casa dos Poveiros e Transmontano sendo que aps o julgamento dos compadres,

    altura em que a nossa equipa de reportagem se ausentou do local, ainda no tinham com-parecido.

    Presentes, no entanto, estiveram a Ritinha e o Ferreirinha, os compadres que no se entenderam nas escolhas polticas e apoiaram candidatos diferentes o Rei Alberto Joo e o Prncipe Albuquerque, aludindo ao presi-dente do Governo Regional da Madeira e ao presidente da Cmara do Funchal e que na realidade se defrontaram em eleies internas no partido a que pertencem.

    Em face das acusaes de favores ex-postas pelo advogado interpretado por Jos Leme os compadres ouviram a sentena, proferida por Jos de Freitas, que ltima hora teve que vestir a pele do juiz, e que ditou a condenao com a pena mxima: queimados na fogueira.

    O pblico acompanhou divertido a execuo da sentena e os compadres l arderam a bem da paz social.

    Nota ainda para uma pequena rbula prota-gonizada por Jos Leme sobre a inaugurao de uma rdio que emitir 25 horas por dia, para um pblico-alvo de surdos, com relatos de sueca e domin e programa de opinio exclusivamente para mudos e que numa primeira emisso pautada por ofertas de em-prego grotescas e notcias caricatas conseguiu arrancar gargalhadas ao pblico.

    Da diverso para algo bem mais srio, foi anunciada a abertura de uma conta bancria no Banco de Montreal (BMO), sucursal 2795, sita na Dupont & Symington, com o N. 8981-273, com vista recolha de fundos a favor das vtimas dos incndios da Madeira, bem como a realizao de um almoo e espectculo com artistas cuja receita reverter tambm para a mesma causa. A assinalar esta tragdia foi guardado um minuto de silncio em memria das vtimas mortais.

    Ainda no uso da palavra, Salom Gonalves aproveitou a oportunidade para lembrar que o prximo evento da colectividade, j na sede da Casa da Madeira, ter lugar no dia 21, com a realizao da popular Festa das Vindimas onde, como disse, entre outras coisas se provar o mosto.

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    ACTUALiDADe

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    COMUNiDADe

    Festas portuguesas de Santo Cristo dos Milagres atraem milhares de devotos cidade de Brampton

    Por Filipa Ribeiro e Nomia Gomes

    Localizada na cidade de Brampton, a parquia portuguesa de Nossa Senhora de Ftima esteve em festa no fim-de-semana, de 6 a 9 de Setembro, para celebrar as grandiosas festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

    Pelo stimo ano consecutivo, o evento contou com a com-parncia de grandes multides de peregrinos vindos de vrias comunidades luso-canadianas, devotos que se deslocaram parquia para venerar a imagem e culto do Santo Cristo, assim como prestar homenagem e pagar promessas.

    Em momentos mais marcantes, a prpria igreja tornou-se pe-quena para albergar os fiis que quiseram assistir s cerimnias religiosas e que, como tradio, foram complementadas por um programa diversificado de actividades profanas e laicas.

    O cartaz para estes quatro dias de festividades incluiu concertos com bandas filarmnicas, espectculos de grupos folclricos e actuao de diversos cantores em momentos de variedades que exemplificaram a diversidade de talentos e estilos musicais representados na comunidade portuguesa, quer local, quer vinda dos Estados Unidos.

    As comemoraes tiveram incio na sexta-feira (6), pelas 18h00, com a realizao de uma missa de Cura e Beno espe-cial para os doentes, celebrada pelo Padre Norberto Brum.

    O sacerdote veio propositadamente dos Aores para par-ticipar nestas comemoraes do Santo Cristo e segundo o presidente e impulsionador das festas, Guido Pacheco, nesta missa especial estiveram um total de 87 pessoas em cadeiras de rodas.

    Nunca vi a igreja to cheia; foi incrvel, proferiu, visivelmente emocionado e agradado com a afluncia de participantes.

    Foi feita ainda a beno da nova capa do Santo Cristo, uma oferta do casal Manuel e Maria Quarta, e o resto da noite registou a abertura da iluminao e um arraial, sendo de destacar a existncia de um bar, muitos petiscos e msica para danar a cargo do DJ Elite Soundsations.

    No dia seguinte, sbado (7), o primeiro evento significati-vo decorreu pelas 17h00 com a realizao da procisso da mudana da imagem, levada em digresso ao redor da igreja, seguida da celebrao de missa.

    O cortejo foi acompanhado pelas bandas Lira Portuguesa de Brampton, pela Filarmnica de Montreal, vinda de Quebeque, e pela orquestra Nossa Senhora da Luz, de Fall-River, EUA.

    Com o radialista Antnio Csar na apresentao destes dias de festa, o arraial contou com actuaes de artistas da comunidade portuguesa, como Lusa e Manuel, do conjunto Tesouros das Ilhas, de Hamilton, que cantou um tema em dedicao ao Senhor Santo Cristo dos Milagres, da dupla Lucy e Bela, e dos cantores Dcio Gonalves e Eddy Sousa.

    Actuou ainda cheio de energia o Rancho Folclrico do Centro Cultural Portugus de Mississauga e o artista vindo dos Estados Unidos, David de Melo acompanhado pela sua Banda Internacional.

    De muletas, devido a um acidente no dia anterior, o cantor luso-americano actuou e encantou o pblico, numa noite onde no faltou tambm um bazar e onde os comes-e-bebes foram uma constante, incluindo os clebres fritos doces tradicionais conhecidos por mal-assadas.

    Milhares na procisso de domingo

    As principais actividades religiosas tiveram lugar no domingo (8), a comear pela missa solene cerca das 13h00, com participao do padre visitante Norberto Brum, assim como do bispo John Boissonneau e outros sacerdotes.

    A grande procisso saiu rua duas horas mais tarde, percor-rendo algumas artrias da cidade num cortejo que incorporou a bandeira com a venerada imagem, opas vermelhas, a cruz paroquial, inmeros figurantes vestidos de anjos, o grupo coral da parquia e ministros da comunho.

    Elementos da Associao Feminina do Senhor Santo Cristo, dos Cavaleiros do Columbo e da Irmandade do Senhor Santo Cristo, os mordomos e algumas autoridades, inclusive a presidente da Cmara de Brampton, Susan Fennell, acom-

    panharam a procisso.O andor do Senhor Santo Cristo dos Milagres foi seguido

    por um grande nmero de fiis e por elemento de outros grupos religiosos, como o Grupo de Orao, o Movimento Missionrio, Legio de Maria, Carmelitas, Irmandade do Divino Esprito Santo e Romeiros, alm de estudantes universitrios da parquia e ranchos folclricos.

    O acompanhamento musical foi feito pelas filarmnicas Lira Portuguesa de Brampton, Nossa Senhora da Luz de Fall-River, Lira de N. S. de Ftima, Banda Filarmnica de Montreal e Banda do Senhor Santo Cristo de Toronto.

    No final da procisso, alguns dos sa-cerdotes e entidades polticas dirigiram algumas palavras ao pblico, inclusive o reverendo Andrzej Chilmon, proco

    da igreja de N. S. de Ftima, que agradeceu a presena de tantos fiis assim como a todos quantos tornaram possveis estas grandiosas festas.

    Escutaram-se igualmente o proco visitante, Norberto Brum, o deputado Kyle Seeback que presenteou o presidente das festas com uma distino em nome do governo federal a presidente da Cmara de Brampton, Susan Fennell, e o conselheiro regional, John Sanderson.

    Em nome da comisso de festas, Guido Pacheco fez um agradecimento especial ao pblico e equipa organizadora, aps o que o bispo John Boissonneau abenoou os devotos e apelou aos fiis para que no deixem a devoo na festa e sigam o esprito de Deus no dia-a-dia.

    No final deu-se seguimento ao profano, com uma srie de espectculos que incluiram a participao da Banda da Nossa Senhora da Luz de Fall-River, do grupo Tesouros das

    Ilhas de Hamilton, do STX, do Rancho Folclrico de Brampton e do cantor Mrio Marinho, bem como do artista convidado da noite anterior, David de Melo e a sua Banda Internacional.

    O ltimo dia das festivida-des foi ontem, segunda-feira (9), sendo de destacar o corte-jo de oferendas, que se iniciou pelas 18h00, logo seguido pela celebrao duma missa de Aco de Graas.

    Aps o acto religioso vol-tou o arraial, com a participao da Banda Lira de Brampton em concerto, bem como as tradicionais arremataes destina-das a angariar fundos para a parquia e as suas realizaes, dando assim por concluda mais uma edio daquela que uma das maiores realizaes de cariz religioso da comunidade portuguesa no sul do Ontrio.

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    iNTeRNACiONAiS

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    LUSOFONiA CPLP

    Confrontos entre polcia e manifestantes fazem pelo menos seis feridos no Rio de Janeiro

    O confronto entre agentes e manifestantes que sba-do (7) invadiram a rea reservada ao desfile militar no Rio de Janeiro fez pelo menos seis feridos, segundo os bombeiros.

    De acordo com a mesma fonte, no h registo de vtimas em estado grave de sade. Um dos feridos um fotgrafo do jornal Estado de So Paulo, atingido por um estilhao de bomba de gs. Os outros tiveram de ser atendidos devido a tiros de bala de borracha e efeitos de arma de choque (taser).

    O dia da independncia brasileira, comemorado sba-do, tradicionalmente um dia de diferentes manifestaes nas principais cidades, de grupos que pedem melhores condies para as minorias e criticam a corrupo.

    Este ano, no entanto, a onda dos protestos vivida no pas em Junho motivou o agendamento de actos em mais de 140 municpios. No Rio de Janeiro, o confronto ocorreu quando manifestantes invadiram a rea do desfile militar e foram reprimidos pela polcia. Oito pessoas foram detidas.

    Na cidade de Macei, no nordeste do pas, a invaso do desfile por participantes de um protesto fez com que o evento fosse cancelado 40 minutos antes do previsto, mas no houve confrontos.

    Em Braslia, o desfile militar ocorreu de forma tran-quila, apesar de ter atrado pouco pblico (cinco mil, face a uma expectativa de 30 mil, segundo a polcia). Aps a parada, um grupo de cerca de mil manifestantes reuniu-se na Esplanada dos Ministrios e em frente ao Congresso Nacional.

    A polcia chegou a usar gs pimenta para afastar os manifestantes do Congresso Nacional.

    Em So Paulo, protesto do Grito dos Excludos fez com que fossem encerradas algumas ruas da cidade, mas no houve registo de confrontos.

    Cultura brasileira ajuda na divulgao do portugus pelo mundoO Brasil alia a sua cultura, principal-

    mente a msica e a dana, propagao da lngua portuguesa pelo mundo atravs de Centros Culturais Brasileiros (CCB), presentes em 21 pases de Amrica, Europa e frica.

    Grande parte dos nossos alunos so pessoas que querem estudar no Brasil e as pessoas ligam muito a alegria brasileira vontade de estudar num pas alegre, comenta a coordenadora dos cursos do CCB no Chile, Helga Garrido, para quem o imaginrio ligado cultura brasileira contribuiu muito para o interesse dos estrangeiros pelo portugus.

    Subordinados ao Chefe da Misso Diplomtica ou repartio consular brasileira em cada pas, os CCB ofere-cem paralelamente ao curso de lngua portuguesa actividades de divulgao da literatura brasileira, exposies de artes e espectculos teatrais, alm de palestras, cursos e seminrios sobre a geografia e a

    histria do pas.O perfil dos estudantes, de acordo com

    os representantes de CCB ouvidos pela Lusa, variado e inclui desde aqueles que pretendem frequentar uma universidade ou ps-graduao no Brasil, at aos que querem apenas conhecer mais sobre o pas antes de viajar em turismo.

    H ainda um mercado crescente de empresas interessadas em oferecer cursos colectivos para os funcionrios locais, principalmente em filiais de empresas brasileiras no exterior.

    Hoje todas as aulas so ministradas no prprio centro, os professores no saem para atender empresas, mas acredito que a ideia ser atingir esse mercado dentro de mais uns dois anos, avana a coordena-dora do Chile, onde esse tipo de parceria j teve incio com a filial do Banco do Brasil em Santiago, que forneceu cursos de portugus para os funcionrios locais.

    No CCB-Mxico, que possui hoje

    cerca de 150 alunos, o cenrio no di-ferente - o perfil dos estudantes vai desde jove