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1 Ano 3 • Ed. 17 • jun 2010• PArA os mElhorEs lEitorEs. VERSÁTIL entrevista Murilo Rosa e Camilla Camargo saúde TDAH esporte Utimate Frisbee meio ambiente Billings turismo Vendi tudo e fui viajar negócios Contribuições do Futebol game Wolfestein cidadania Multa Moral

Versátil MAgazine Edição 18

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Revista de variedades da região do Butanta, Granja Vianna e Morumbi. Sempre trazendo entrevistas exclusivas com personalidades do mundo artístico e cultural, a Versátil é um excelente canal para divulgação de sua empresa. Seja Versátil!

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Ano 3 • Ed. 17 • jun 2010• PArA os mElhorEs lEitorEs.

VERSÁTIL

entrevista

Murilo Rosa e Camilla Camargo

saúdeTDAHesporteUtimate Frisbee meio ambienteBillingsturismoVendi tudo e fui viajarnegóciosContribuições do FutebolgameWolfesteincidadaniaMulta Moral

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editorial expediente

Caros leitores,

Trouxemos para vocês um pouquinho da doçura de dois atores, Murilo Rosa e Camilla Camargo. Ele vive o lendário cavaleiro mascara-do em Zorro, O Musical – espetáculo em cartaz em São Paulo. Assis-timos a uma passagem de cena e indicamos a nossos leitores! Murilo, que também produziu o espetáculo, contou a emoção de atuar, pela primeira vez, em um musical. Já a doce Camilla, a mocinha da trama, conversou conosco não só a respeito do atual trabalho, mas também sobre o quanto ama a carreira que vem desenvolvendo.

Nossa equipe aposta muito nos projetos artísticos da região, onde se concentram intelectuais e artistas maravilhosos. Desta vez, presenciamos a tradicional Festa do Boi no Morro do Querosene. A simplicidade foi a tônica do evento, que proporcionou aos mora-dores e visitantes muita alegria, dando continuidade a importantes tradições realizadas pelos primeiros moradores do bairro, negros descendentes de escravos, que permaneceram na comunidade. Hoje, Mestre Tião Carvalho é uma das pessoas mais compromissa-das a manter vivas as tradições.

Seguindo pedidos de nossos leitores, a seção Educação traz um depoimento comovente e elucidativo da mãe Silvia Lopes sobre a dificuldade de lidar com um problema especialmente comum nos dias de hoje: o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hipera-tividade). Ela demonstra que o “melhor remédio” ainda é o amor de mãe! Como a medicação é imprescindível em algumas situa-ções, a seção Saúde contou com a experiente fonoaudióloga Laíze Brandão Nogueira Borges para elucidar mais ainda o tema. Ela evi-denciou a necessidade do diagnóstico realizado por médicos para posterior tratamento com ou sem medicação.

Novamente, deixamos aqui nosso agradecimento a todos que têm permitido nossa presença em suas residências e empresas e a todas as pessoas queridas que nos auxiliam, direta ou indiretamen-te, na divulgação do nosso trabalho.

E, permitam a imitação, obter reconhecimento através de um traba-lho árduo, mas feito com amor e comprometimento “não tem preço”!

Boa diversão!

PublisherClaudia Liba Produtor ExecutivoHorácio Sei Redaçã[email protected] DutraValéria DinizClaudia Liba

Jornalista Responsável Silvia Dutra – MTb [email protected]

[email protected]+Q Artes Gráficas

Assistente de arteAura RosaMariana Alves

Produção Gráfica+Q Artes Gráficas Revisã[email protected]éria Diniz

ColaboradoresSilvia Lopes - educaçãoLaise Brandão - SaúdeCamila Brandão - Meio AmbienteAlexandre Lourenço - DiversatilidadeSilvia Dutra - CidadaniaCarolina Battellino - PetsGabriel Leicand - GastronomiaMarília Coutinho - Esporte JCastro - NegóciosCamila Momesso - Turismo [email protected] Penteado

Pré-Impressão, Impressão e AcabamentoW Gráfica

Distribuição Butantã, Vl. Indiana, Jd. Rizzo, Jd. Bonfiglioli, Vl. Gomes, Cidade Universi-tária, Caxingui, Jd. Ester, Morumbi, Jd. Guedala, Vl. Sônia, Pq. dos Príncipes Vl. São Francisco e Granja Viana.

Tiragem20.000 exemplares

Para Anunciar(11) [email protected] www.revistaversatil.com.br

VERSÁTILVersátil Magazine é uma publicação mensal, distribuída gratuitamente e não se responsabiliza por eventuais mudanças na pro-gramação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição. Todos os preços e informações apresentados em anúncios publicitários são de total responsabilidade de seus respectivos anunciantes, e estão sujeitos a alterações sem prévio aviso. É proibida a reprodução parcial ou total de textos e imagens publicados sem prévia autorização.

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educaçãoDesatentos por Natureza

saúdeTDAH

cidadaniaMulta Moral

esporteUtimate Frisbee

petNão Deixe seu Bicho com Raiva

meio ambienteBillings

turismoVendi Tudo e Fui Viajar

capaMurilo Rosa e Camilla Camargo

gastronomiaHarmonize Já

receitaFoie Grasl

decoraçãoEstilo Vintage, Nostalgia e Elegância

negóciosContribuições do Futebol

gameWolfestein

mosaico

mix culturalLivros,Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro

diversatilidadeO Fabuloso Mundo da Web 2.0

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sumário

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Meu filho Lucas recebeu diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) aos 7 anos e meio de idade, em 1995, após ava-liação de profissionais indicados pela orientadora pedagógica da escola: Pedro Lupércio, neurologis-ta de Campinas (já falecido) e Maria Amildes Men-nichelli, psicopedagoga.

Lucas tinha dificuldade para seguir a classe e re-petiu a primeira série. Antes do diagnóstico, eu já pressentia haver algo errado, mas não sabia exata-mente o quê.

A gravidez foi normal e desejada. Nunca bebi ou usei drogas durante a gestação, e ele não foi pre-maturo. Mas, desde pequeno, era agitado. Com 21 dias, movimentava-se de uma extremidade a outra do berço. Alimentava-se bem, mas dormir era pro-blema. Chorava muito e parecia não gostar de colo.

Crescia a olhos vistos. Engatinhou, sentou, cami-nhou no tempo certo e a pediatra não levou a sério minhas queixas de sono agitado, que, em muitas noites, sequer ocorria. Dormia, no máximo, 4h por dia, de forma entrecortada.

educação_Desatentos por Natureza

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DESATENTOS POR NATUREZA

Eu vivia exausta, irritada, com cefaleia por privação de sono. Com o tempo, notei nele uma tremenda de-satenção. Desconfiei de problema auditivo, mas a au-diometria descartou essa suspeita.

Não estabelecia contato visual, tinha dificuldade para seguir ordens e vocabulário limitado. Ao comen-tar com a pediatra que eu temia algum grau de au-tismo, ela riu e quis receitar-me um calmante. Foi a primeira de uma série de profissionais que desprezou minhas observações e fez sentir-me idiota.

Quando tinha 4 anos, a irmã nasceu. Ao observá-la, confirmei a intuição de mãe: havia algo errado. Um bebê normal gosta de ser embalado, acariciado, dor-me muitas horas por dia, estabelece contato visual desde as primeiras semanas – Lucas, não.

Na escola, o problema piorou. O atraso da linguagem tornou-o alvo de chacotas, isolou-o do grupo. Fez te-rapia com fonoaudióloga, sem sucesso. Desatenção e agitação perturbavam atividades e eram interpretadas como indisciplina. Era punido e repreendido na escola e também em casa, mas repetia os mesmos compor-tamentos. Sentia-se perdido, irritado, infeliz - assim como eu, por vê-lo sofrer sem saber ajudar.

Enfrentei miríades de problemas, com professores e fa-miliares acusando-me de não saber educar meu filho. Vá-rios pediatras e psicólogos desprezaram minhas observa-ções e angústias e atrasaram, em alguns anos, a solução.

Após o diagnóstico, lendo sobre TDAH, vi que mi-nha história era típica. Muitas famílias vivem dificulda-des semelhantes.

O tratamento consistiu em sessões semanais com a psicopedagoga, que trabalhou a parte emocional e aju-dou-o a desenvolver técnicas para estudo, e acompanha-mento mensal com neurologista. Para ajudar no equilíbrio e excesso de energia, introduzi natação e artes marciais. Lucas precisou de medicamentos até os 17 anos, sob supervisão do neurologista. Resultados apareceram em poucas semanas: melhoras no sono, na coordenação motora, fala, memória, concentração, na interação com colegas, autoestima e autoconfiança. O desempenho es-colar aumentou e manteve-se estável. Com seus progres-sos, a atmosfera familiar tornou-se mais serena.

Hoje Lucas tem 22 anos, faz Ciências da Computa-ção na University of Central Florida, Estados Unidos. É Primeiro Dan e Faixa-Preta em Taek Won Do pela ATA (American Taek Won Do Association).

Continua distraído, com energia acima da média, mas desenvolveu habilidades para conviver bem com a forma com a qual seu cérebro funciona. E não usa mais medicamentos.

Tenho convicção de que é fundamental a ajuda pro-fissional - quanto mais cedo, melhor. Tratamento mul-tidisciplinar e apoio familiar aumentam as chances do portador de TDAH ter uma vida feliz, normal e produtiva.

por Silvia Lopes.

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saúde_TDAH

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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: COMO DIAGNOSTICAR?

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TDAH _saúde

Como fonoaudióloga, tenho observado situa-ções que requerem análise e reflexão. Na maio-ria dos casos, crianças e adolescentes com distúrbios de aprendizagem têm sido denomi-nados portadores do TDAH (Transtorno de Dé-ficit de Atenção e Hiperatividade) pela família e pela escola.

Deste modo, toda criança que apresenta comportamento mais agitado - que pode ser motivado por uma educação mais permissiva - é considerada hiperativa.

Porém, como se trata de um transtorno, é ne-cessário um diagnóstico clínico realizado, pre-ferencialmente, por neuropediatra ou psiquiatra infantil. Estes profissionais possuem competên-

cia para pesquisar e avaliar condições biológi-cas envolvendo a parte anatômica e funcional do sistema nervoso central.

Somente a partir de exame clínico criterioso e exames suplementares, o profissional pode prescrever medicação adequada. Necessária em muitos casos, ela não é suficiente para me-lhorar a qualidade de vida do portador do TDAH. Dependendo dos comprometimentos existen-tes, o diagnóstico precisa ser complementado com avaliação de outros profissionais.

O fonoaudiólogo levanta problemas relaciona-dos à aquisição da linguagem oral e escrita, e a condição da vida escolar é pesquisada pelo psicopedagogo. O psicólogo trabalha com a criança e a família, pois o TDAH, geralmente, cria conflitos e altera vínculos familiares, ge-rando sentimentos que dificultam a vivência do problema.

O trabalho terapêutico deve ser planejado de forma individual e ponderada e é importante que todos os profissionais envolvidos entrem em contato com a escola. Através de linguagem adequada, podem transmitir conhecimentos e propiciar reflexões sobre o trabalho realizado com o aluno em questão.

Não existe medicação milagrosa, nem receita para lidar com esses pacientes. O tratamento necessita comprometimento da família na ob-servância em relação a mudanças de compor-tamento, medicação e disciplina do trabalho terapêutico.

Crianças e adolescentes com TDAH têm con-dição de um desenvolvimento harmônico, des-de que assistidos de forma adequada na área médica, pedagógica e psicológica.

Laise Brandão Nogueira Borges é Fonoaudióloga e Mes-tre em Fonoaudiologia pela PUC/SP. [email protected]

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MULTA MORAL

Muito bonito, hein...?

Você está se aproveitando

da ineficiência da fiscalização para arrepiar

o direito dos outros cidadãos.

INFRAÇÃO

� Estacionar sobre o passeio público

� Estacionar ou avançar na faixa de pedestres

� Obra no passeio sem canaleta para pedestres

� Lixo fora de horário

� Falar ao celular enquanto dirige

� Jogar bituca de cigarro no chão

� Sujar a rua, o passeio ou canteiros e jardins

� Lavar a calçada com água corrente

� Outros

� Por favor, sinta-se obrigado a doar R$ 50,00 para

uma instituição de caridade.

� E prometa nunca mais fazer travessuras nas ruas

de nosso bairro (ou de qualquer outro).

O conhecimento obriga!

Gostou da iniciativa? Solicite um talonário em

http://arvoredavila.wordpress.com/

Seja a mudança que

você quer para o mundo.

(Mahatma Gandhi)

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cidadania_Multa Moral

Embora seja um conceito amplo, que pode re-presentar, ao longo do tempo, coisas distintas em diferentes sociedades, cidadania sempre esteve relacionada, no mundo inteiro, a uma premissa bá-sica: estabelecer e respeitar os direitos humanos.

Um bom sinônimo para cidadania seria justiça, em letras maiúsculas. Ou solidariedade. E um sím-bolo sugestivo seria a centopeia, com seus vários pares de pernas, reproduzindo-se nos subterrâ-neos, esgueirando-se pelos cantos. Movendo-se com cautela, avançando e recuando, devagar e sempre.

No Brasil a luta por cidadania confundiu-se, em vários momentos, com movimentos de caráter humanista - como a abolição da escravatura - ou patrióticos, como as lutas pela independência de Portugal. Já na República, outras lutas vieram em diferentes arenas. Conforme as conquistas acon-teciam, outras necessidades entravam na lista.

As mulheres brasileiras, que hoje são chefes de grande parte dos lares do país, só conquistaram o direito de voto há meros 78 anos. Antes disso não eram cidadãs e viviam numa condição de inferiori-dade de fato e de direito.

Poder votar foi um grande passo, mas cidadania é muito mais do que isso. Vai além da mera con-quista de direitos. Passa, também, pela consciên-

cia e pelo cumprimento dos deveres inerentes à vida em sociedade. Cidadania pressupõe Educa-ção. Não só a formal, dos diplomas e certificados, mas aquela mais básica, das boas ações, que se deve aprender em casa, com a família. O velho e bom ensinamento de “não faça aos outros aquilo que não gostaria que lhe fizessem”.

Por isso, conquistar cidadania é batalha contí-

nua, sem tréguas, que toda pessoa compromissa-da com a Justiça deve estar disposta a travar. Pa-rece missão impossível, tarefa grande demais para ser concluída. De certa maneira, é mesmo. Mas, como ponto positivo, vale dizer que as frentes de batalha são tantas que as opções de atuação se tornam tão grandes quanto as dificuldades.

As crianças de hoje, se bem educadas, serão os bons cidadãos de amanhã.

E para tentar mudar mentalidades de adultos

toscos um bom instrumento, nascido da criativi-dade brasileira, é o talonário de Multa Moral, um jeito bem-humorado de chamar a atenção daque-les que ainda não aprenderam noções básicas de civilidade e cidadania. Imprima seu talonário em papel vermelho ou amarelo, para dar uma aparên-cia oficial, e entre nessa luta.

Disponível para cópia em http://arvoredavila.fi-les.wordpress.com/2010/05/multa-moral.pdf

M U L T AM O R A L

por Silvia Dutra

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esporte_Utimate Frisbee

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O Ultimate Frisbee (UF) é um esporte de equipe onde dois times se confrontam para marcar pontos dentro de um campo aberto. Coisa mais comum do mundo, certo? Errado: ele é o único esporte do mundo praticado sem árbitros. Um grande tapa na cara de quem critica o esporte competitivo e de alto rendimento como fonte de conflito, violência e agressividade. O UF veio para mostrar que “Es-porte é da Paz”.

Praticado com um disco de 175g arremessado entre os jogadores, o UF assemelha-se, em estra-tégia, ao rugby e ao futebol americano. O objetivo é chegar com o frisbee na zona de gol. Cada equi-pe tem 7 jogadores e ganha aquela que fizer mais gols.

Milhares de pessoas praticam UF – de forma recreacional ou em alto rendimento. Mundialmen-te, o esporte é regulamentado por organizações internacionais como a WFDF (World Flying Disk Federation) e a BULA (Beach Ultimate Lovers As-sociation). No Brasil, quem o representa é a FPD (Federação Paulista de Disco).

A WFDF tem 35 países membros regulares, 18 provisórios e dezenas de representantes em paí-ses ainda não federados. É um esporte mais po-pular do que muitos outros, mais midiáticos.

A paixão dos praticantes deu origem a uma flo-rescente indústria de notícias, informação técnica e equipamento de jogo, espalhada pelo mundo inteiro.

Quase tão interessante quanto a autogestão or-ganizativa do UF é sua história: o disco, chamado Frisbee, nasceu do uso criativo que os estudan-tes de Yale fizeram das formas de torta (ou das tampas de latas de biscoito, há uma controvérsia) da fábrica fundada por William Russel Frisbie, que levava seu nome. Na década de 1950, Walter Fre-derick Morrison aproveitou a febre nacional ameri-cana com discos voadores extraterrestres e criou o protótipo do “Frisbee-disco-voador”.

Seja pelo caráter pacífico ou pelo jeitão do equi-pamento, é um esporte de outro planeta! Um bem mais civilizado do que o nosso.

Mais informações www.frisbeebrasil.com.br

Dra. Marília Coutinho é consultora esportiva, personal trai-ner, atleta e [email protected]

UTIMATE FRISBEE:VOCÊ CONHECE ESSE ESPORTE DA PAZ?

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Utimate Frisbee_esporte

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pet_Não Deixe seu Bicho com Raiva

Em agosto, a prefeitura iniciará a campanha de vaci-nação contra a raiva. É o mês do “cachorro louco”.

Na verdade, ela poderia acontecer em qualquer mês. Mas, historicamente, era em agosto que ha-via mais cadelas no cio - o que atraía maior nú-mero de cães. As brigas pela fêmea facilitavam a propagação da raiva canina.

A raiva é uma doença viral infecto-contagiosa carac-terizada por comprometimento neurológico. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus rábico, que se multiplica no sistema nervoso causando encefalite.

A transmissão ocorre através da mordida, pois o vírus também está presente nas glândulas saliva-res. Clinicamente, observa-se alteração compor-tamental, agressividade, hiperexcitabilidade e, no caso de cães, latido bitonal.

Antigamente, a doença era denominada “hidrofo-bia”, pois o animal não conseguia beber água. De fato, o vírus pode provocar paralisia dos músculos da deglutição, fazendo com que o cão não consi-ga engolir nem a própria saliva e fique “espuman-do” pela boca.

Nas zonas urbanas, a principal preocupação é a raiva canina. Já nas áreas rurais, bovinos e equi-nos são atacados por outro transmissor, o morce-

go hematófago, que se alimenta de sangue.

Não há cura para a doença, que pode levar à mor-te. A única forma de controle é vacinar os animais. Muitos donos não o fazem alegando que a vacina é culpada por adoecimentos posteriores – o que não é verdade.

O problema não está na vacina mas, sim, no fato de a maioria das pessoas achar que o cão tem que tomar só a vacina anti-rábica e não vaciná-lo contra outras doenças virais, como a cinomose.

Se houver aglomeração de cães na fila da vacina-ção e algum estiver com cinomose, esta poderá ser transmitida por contágio direto, pela elimina-ção do vírus no ar.

Portanto, é fundamental vacinar os cães não só contra a raiva, mas contra todas as doenças vi-rais. Também é importantíssimo o uso de seringas e agulhas descartáveis, para evitar contaminação e transmissão de doenças.

Não deixe de vacinar seu cão ou gato contra a raiva. Você estará contribuindo com o controle de uma doença fatal.

Carolina Battellino é Médica Veterinária pela UNESP e Mestre em Patologia Experimental e Comparada pela USP. Contato 11 9689 7630

NÃO DEIXE SEU BICHO COM

R A I V A !

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Grupo NobreEstrada Fernando Nobre, 1190 – Condomínio Beverly Hills - JandiraTelefone: 4618 1270 E-mail: [email protected]

Não Deixe seu Bicho com Raiva_pet

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meio ambiente_Billings, Exemplo de Uso Múltiplo da Água

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BILLINGS, EXEMPLO DE

USO MÚLTIPLO DA ÁGUA

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Billings, Exemplo de Uso Múltiplo da Água_meio ambiente

Em 27 de março de 1925, o presidente da repúbli-ca em exercício, Arthur Bernardes, concedeu à em-presa Light & Power Co. o direito de represamento de alguns rios localizados na Região Metropolitana de São Paulo. O represamento teve como conse-quência a formação de um reservatório no Alto da Serra do Mar.

O intenso desenvolvimento da região no início do século XX justificou a concessão, pois houve aumento da demanda por energia elétrica. Para supri-la, engenheiros da empresa utilizaram o desnível de mais de 700m da Serra do Mar para a construção da Represa Billings. Sendo um lago artificial, propiciaria a geração de energia no com-plexo Henry Borden, que teve a usina Externa fina-lizada em 1926 e a Subterrânea na década de 50. Atualmente o complexo é composto por grupos de geradores com capacidade de 469 MW.

O nome da represa homenageia o engenheiro americano White Asa Billings, responsável pelo projeto que represou os rios Grande (ou Jurubatu-ba), Ribeirão Pires, Pequeno, Pedra Branca e Ta-quacetuba, os ribeirões Bororé, Cocaia e Guacuri e os córregos Grota Funda e Alvarenga.

Na década de 40, começou o processo de desvio de parte da água do rio Tietê e afluentes para o reser-vatório, com o objetivo de aumentar o volume da re-presa e, consequentemente, a capacidade de gera-ção de energia elétrica do complexo Henry Borden.

Com o tempo, o crescimento da população oca-sionou situações que refletiram no local, como a ne-cessidade de aumento da oferta hídrica e a questão do uso e ocupação do solo. Uma das políticas ado-tadas para atender a crescente demanda hídrica foi a captação de água da Billings para a represa Guarapiranga - que abastece parte significativa da população da Região Metropolitana de São Paulo – através do braço do rio Taquacetuba.

Inicialmente elaborada para gerar energia elétri-

ca, hoje, a Billings também é utilizada como ma-nancial, sendo foco de discussões sobre qualida-de da água e uso e ocupação do solo. Enfatiza o dilema da sociedade moderna: o equilíbrio entre o bem-estar econômico, social e ambiental.

Camila Brandão Nogueira Borges é Economista pela PUC-SP, Mestre em Saúde Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública da USP e Professora Universitária.

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turismo_Vendi Tudo e Fui Viajar

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Eduardo nadando no lago Llanquihue, ao fundo, Vulcão Osorno

Vendi tudo e fui viajar

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Vendi Tudo e Fui Viajar_turismo

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Sempre imaginei que vulcões seriam como os de livros escolares, com base larga em forma de cone e pico nevado. Sem decepção, passei dias maravilhosos ao redor de dois ícones chilenos, o vulcão Villarrica e o Osorno, no sul do Chile (feliz-mente, sem erupções).

Da comunidade indígena Mapuche, fui até Pu-cón, cidade base para um dos trekkings mais buscados por turistas e amantes do esporte: a subida até a cratera do Villarrica, de onde se avis-ta o lago de lava em atividade. São 1.800m de subida; 800, na neve. O preço da subida guiada varia de R$ 170 a R$ 100 - dependendo da agên-cia e da qualidade do equipamento para cami-nhada na neve. Mas, sem um bom preparo físico, melhor não arriscar. Meu noivo aventurou-se em busca de boas fotos e contou que a vista e a sen-sação à beira da cratera de 250m de diâmetro expelindo gases são únicas e surpreendentes.

O destino seguinte foi Valdívia, cidade com forte influência da cultura alemã, cortada pelo rio Calle-Calle, com belas pontes. Os leões ma-rinhos nos píeres e a cervejaria Kunstmann são duas das principais atrações.

Na região dos lagos, a cidade de Frutillar é outro lugar agradável de conhecer. Também com influência alemãs, fica às margens do lago Llanquihue e proporciona uma visão especial do vulcão Osorno, como se estivesse dentro das águas calmas do lago.

Levados pela tranquilidade da paisagem, viaja-mos por todas as cidades ao redor do Osorno e do Llanquihue - Puerto Octay, Llanquihue, Puerto Varas e Ensenada. Sem exceção, oferecem vis-tas impressionantes do vulcão, além de serem aconchegantes, com tradição musical e gastro-nômica deliciosas.

Nossa colaboradora Camila Momesso está viajando pela América do Sul para registrar e difundir cultura, tradições e

aspectos geográficos do continente. Ela conta aqui um pouco de suas aventuras.

Camila Momesso é Administradora pela Universidade Ibero-Americana. [email protected]

www.americaelementall.com

foto Camila Momesso

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capa_Murilo Rosa e Camilla Camargo

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MURILO ROSA CAMILLA CAMARGO

por Claudia Liba

Murilo Rosa é o protagonista de Zorro, O Musical, baseado na obra da escritora chi-lena Isabel Allende. Também produtor do espetáculo, o ator contracena com a atriz Camilla Camargo, filha do cantor sertanejo Zezé Di Camargo. Na direção, o premiado Roberto Lage.

O espetáculo, consagrado em Paris e Lon-dres, já levou 100 mil pessoas ao teatro e fica em cartaz até 24 de outubro em São Paulo.

Zorro, O Musical é considerado “teatro conceito”, em que a composição de figuri-no e cenário e a caracterização do ambien-te já se notam desde a entrada do teatro, no hall, na recepção, bilheteria e sala, pro-porcionando ao espectador uma atmosfera presente do enredo em sua época original.

De acordo com Roberto Lage, “quando o público chegar, não encontrará a neutralida-de que normalmente vê no teatro. Isso faci-lita muito nosso trabalho no palco, porque o público já entra envolvido no espetáculo. Isso agrega valor porque o espetáculo já vem aquecido por esta customização, entorno.”

O diretor afirma que, depois de Zorro, O Musical, “muitos outros vão se utilizar des-tes mesmos recursos, tendo um ganho maior nessa primeira função do teatro, que é divertir. Sem diversão não tem teatro.”

O espetáculo conta a trajetória de Don Diego de La Vega, um rapaz rico que deixa a Califórnia para estudar em Barcelona. Lá, encontra um grupo de músicos ciganos ao qual se une. Com a morte do pai, o irmão de Don Diego assume o poder na Califórnia, mas torna-se um vilão. Diego volta aos EUA com seus amigos ciganos e cria o Zorro, o herói mascarado que enfrentará a tirania.

A Versátil Magazine conversou, também, com o ator Murilo Rosa, que nos contou o desejo de imprimir à peça profundidade, sen-sualidade e adequação à realidade brasileira.

Murilo divide o personagem com o ator Jarbas Homem de Mello e não estará pre-sente, inclusive, na estreia do espetáculo. O ator será o protagonista da próxima novela da Rede Globo, “Araguaia”, devendo ausen-tar-se no mês de julho para as filmagens.

Nossa equipe assistiu a uma brilhante pas-sagem de cena, que nos levou a indicar a vo-cês o espetáculo.

Coreografado por Kátia Barros, a monta-gem mescla a dança flamenca com a con-temporânea e os atores tiveram preparo vo-cal com o regente Willy Verdaguer. Músicas do grupo Gipsy Kings, lutas de esgrima, orquestra, cenário e figurino deslumbrantes completam esta grande produção.

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capa_Ilana Volcov

Versátil Magazine _ Como foi a trajetória para fazer este musical?Murilo Rosa _ É realmente muito difícil fazer. Uma correria que requer um ritmo alucinado. Este espetáculo, para mim, é a realização de um sonho muito importante: fazer um musical. Já fiz alguns musicais, mas nada assumida-mente musical. Então, este é o meu primeiro. Estive em Paris, num teatro maravilhoso, espe-cialmente para assistir ao Zorro, que fez um su-cesso extraordinário. E, conversando, alguém me convidou e fiquei deslumbrado com esta junção da lenda do Zorro com a música. Parece que nasceram um pro outro.

Versátil Magazine _ Quais dificuldades você encontrou na transposição da linguagem ver-bal para a corporal, considerando o desejo de manter a profundidade do texto?Murilo Rosa _ A dificuldade é, de forma sua-ve, sair do que está sendo falado e entrar no que está sendo cantado. O barato é ver, neste tipo de trabalho, que contamos uma história, porque a letra da música faz parte da história. A grande dificuldade é fazer tudo parecer ex-tremamente natural. Fazer aquelas cenas des-lumbrantes com emoção e, na hora de cantar, o tom da voz ser diferente do tom falado. Esta passagem é difícil, uma das coisas mais impor-tantes de manter. Tive que descobrir o Zorro, um homem com uma certa virilidade. Não pode cantar muito fininho. Sou tenor, a peça é pra tenor e tem que encontrar, dentro dos agudos, um calor na voz. É bem difícil. Versátil Magazine _ Em relação ao que o Zorro pode representar para os jovens - poder, sen-sualidade, heroísmo -, você se identifica com o personagem? Murilo Rosa _ Muito. O Zorro é um personagem de ação e gosto disso. O Solano, personagem que vou fazer na novela “Araguaia”, tem coisas parecidas. Eles lutam pela mesma coisa, têm um humor mais forte. Mas o Zorro, o homem de preto, é diferente: não é todo homem que anda por aí com uma capa. Eu me visto com o personagem e gosto do seu humor.

Nossa equipe também teve o prazer de conver-sar com Camilla Camargo, cuja personagem Luiza, apaixona-se pelo homem mascarado. Ela contou que se identifica muito com ela, pela semelhança de serem firmes e decididas. Gentilmente, ao chegar para a entrevista, a atriz distribuiu abraços e conversou com todos os colegas. Ela chama a atenção pela delicadeza. Camilla falou sobre perspectivas futuras, a

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Ilana Volcov_capa

trajetória que tem percorrido depois de for-mar-se em Rádio e TV e a necessidade de andar com as próprias pernas.

Versátil Magazine _ Quando percebeu a voca-ção para atriz e como foi sua história em rela-ção ao musical Zorro?Camilla Camargo _ Eu fiz sapateado quando ti-nha 12 anos, um ano apenas. Em 2005, fiz meu primeiro musical “O Musical dos Musicais”. E gostava muito de dançar. Sabe aquela criança que, em festinha, começa dançando e encer-ra na pista? Eu era daquelas que dançava sem vergonha mesmo! (rs) Acho que quando a gente gosta de fazer uma coisa, a gente se joga e faz mesmo. E, aí, você consegue!

Versátil Magazine _ Como se deu o desenvolvi-mento da dança e do canto no palco?Camilla Camargo _ Eu nunca tinha cantado. Ti-nha dançado e senti que precisava me aprimo-rar. A partir daí, comecei um curso com a Fer-nanda Chamma: aulas de dança voltadas para musical, com balé clássico e jazz. Quero fazer o clássico para aprimorar coisas como “linha cor-poral”. Sobre cantar, fiz aulas por uns 6 meses com o Thiago Gimenes, atual preparador vocal do musical. Ele foi o responsável por soltar a voz que estava presa em algum lugar, dentro de mim.

Versátil Magazine _ Aliás, o fato de você cantar não é algo quase “hereditário”?Camilla Camargo _ Que nada, para mim era no-vidade. Porque eu falo que minha mãe é mega desafinada (rs) Ela que não fique brava comigo, mas é! Não deve ser genético.

Versátil Magazine _ Que estilo de música você prefere?Camilla Camargo _ Ouço de tudo! Pagode, rock, pop, música flamenca agora. Gosto muito de cantoras latinas e da italiana Laura Pausini. Sou

Murilo Rosa e Camilla Camargo_capa

muito eclética. Lá em casa, meu pai ouve muito country, MPB, sertanejo de raiz, moda de viola. Minha irmã já é mais POP, gosta da Madonna. Meu irmão é DJ, então, ouço também música eletrônica. No carro, vindo para cá, ouvi Micha-el Jackson. Se você entrar no meu carro, vai dar risada. Tem CD de música black, pagode, MPB, sertanejo, que eu adoro. Não tinha como fugir da música: música o dia inteiro.

Versátil Magazine _ E como aconteceu a con-quista do personagem Luiza? Camilla Camargo _ Sempre, quem vive no meio artístico fica sabendo de audições. Eu estava descobrindo que meu caminho era este, fazer trabalhos vocais. Mandei o currículo na hora em que soube. Achei que tinha o perfil, porque sou morena, latina, porque o Zorro é isso: México, Espanha. Depois, comecei a correr atrás de ou-tros projetos e, quando me chamaram, fiquei super feliz. Mas, quando fui fazer a audição, es-tava com distensão na coxa, pois tinha passa-do o final de semana jogando futebol. Fui fazer a audição com dor, precisava sapatear. Fui sem andar direito, mas fui. Era a chance! O que que-ro é atuação.

Versátil Magazine _ Como é ser filha do Zezé Di Camargo estando, agora, em tão grande evi-dência na mídia? Camilla Camargo _ Ele é um pai super amoro-so, nunca me induziu a nada e sempre esteve do meu lado. Eu também nunca pedi a ele que me ajudasse, porque quero andar com as pró-prias pernas. Poderia ter muita ajuda dele, mas não quero assim. Por outro lado, meu pai sem-pre me incentiva. Quando pergunto a ele o que fazer, sempre está presente. Mas tem um lado difícil, como o que acompanhei quando minha irmã iniciou a carreira de cantora. Ela sofreu muito com críticas e eu não queria aquilo para mim. Agora, abracei a carreira e quero seguir. Não tem jeito: é o que quero.

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capa_Ilana Volcov

foto Beto Macahiba

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Murilo Rosa e Camilla Camargo_capa

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ZORRO, O MUSICAL. Baseado no romance de Isabel Allende. Criação de Stephen Clark e Helen Edmundson. A história do herói mascarado criado pelo jovem Don Diego de La Vega para combater um capitão tirano na Califórnia. Há uma disputa amorosa entre a cigana Inês e Luiza, que deseja saber quem é o homem por trás da máscara. Direção de Roberto Lage. Músicas de Gipsy Kings. Com Murilo Rosa, Camilla Camargo, Claudio Curi, Naíma, Gerson Steves, Jarbas Homem de Melo e Luiz Araújo. Até 24/10.

Teatro das Artes Shopping Eldorado - 3º pisoAvenida Rebouças, 3.970 - PinheirosInformações: 11 3034 0075

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gastronomia_Harmonize Já

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Harmonize

JÁ!Na hora de escolher o vinho para acompanhar determinado prato, não basta o truque simples de “brancos para peixes” e “tintos para carnes”. Quanto mais queremos apreciar a be-bida e a comida, mais devemos pen-sar na combinação do que temos na mesa.

Para aproveitar cada taça de um Cha-teau Pétrus (famoso e raro Merlot de Bordeaux) melhor consumi-lo sem re-feição alguma. É importante que comida e bebida equilibrem-se e não se sobreponham, tanto por similaridade de aroma ou sa-bor quanto por contraste e, principal-mente, por peso.

Comidas gordurosas vão bem com vi-nhos taninos (bife de chorizo com Mal-bec) e com vinhos ácidos (Fois Gras com Sauternes), que também acom-panham muito bem as comidas doces (Espumante Moscatel com morango). Já os vinhos doces harmonizam com comidas salgadas. Não é preciso saber regras de harmo-nização. Bom mesmo é lembrar aro-mas e pesos da bebida, provando-a junto à comida.

Salada verdes são leves, com sabor “erbal”. Ficam melhores com um Sau-vignon Blanc do que com um Chardon-nay, que tem mais peso e untuosidade.

Se não envelhecido em madeira, o vi-nho terá mais chance de equivaler, em peso e aroma, com o prato. Se a salada tiver roquefort e peras, nenhum vinho branco ou tinto possuirá corpo para acompanhá-la. Uma boa opção seria um vinho doce e fortificado, como o Sauternes. Para quem aprecia salmão, a dica é o Pinot Noir, um tinto leve.

Nem todas as comidas e sobremesas vão bem, necessariamente, só com vinhos. Cervejas e destilados casam com diversos pratos. Por que não Gui-ness com chocolate ou cerveja Pale Ale com salmão defumado?

Afinal, surpreender e surpreender-se com a comida é um dos melhores pra-zeres da vida.

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Foie Gras_receita

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Ingredientes

150 g de foie gras1 maracujá maduro10 g de alface romana10 g de radíquio10 g de mâche10 g de alface americanaSal e pimenta do reino branca a gosto2 colheres de sopa de açúcar1 g de ágar-ágar *2 ramos de cerefólio

MolhoCorte o maracujá e coloque a polpa em uma panela com o açúcar. Deixe em fogo brando até ferver. Então, retire metade e reserve.

CubosAinda na mesma panela, adicione o ágar-ágar. Passe a mistura para uma forma de gelo e dei-xe resfriar naturalmente (ágar-ágar gelifica em temperatura ambiente). Quando gelificar, retire da forma de gelo e corte em formato de cubi-nhos de 1cm.

Foie GrasTempere com sal e pimenta do reino branca moída e faça cortes em forma de X em toda a extensão, sem dividi-lo, apenas marcando-o. Aqueça uma frigideira com fogo bem alto por dois minutos, sem óleo, e grelhe o fígado por dois minutos de cada lado – primeiro o lado marcado com faca.

MontagemMonte a salada lavada e seca no prato com o mo-lho de maracujá por cima. Ao lado, coloque o foie gras grelhado com os cubos gelificados da fruta. Decorar com uma folha de cerefólio.

Harmonizar com Sauternes ou colheita tardia semelhante.

FOIE GRAS

* pode ser substituído por gelatina – a quantidade varia dependendo do fabricante e da apresentação do produto: em pó ou em folha (siga a sugerida na embalagem)

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decoração_Estilo Vintage, Nostalgia e Elegância

Móveis e peças de décadas passadas podem acrescentar toques de nostalgia, tradição, história e uma atmosfera de aconchego a qualquer ambiente.

Chamado nos Estados Unidos de Estilo Vintage, tal modo de decorar é facilmente obtido e dos mais con-venientes se o orçamento não permitir grandes liber-dades. Antenado com tendências atuais, promove a reciclagem do que possuímos.

Muitos designers baseiam criações modernas em peças do passado. Você pode consegui-las - com pre-ços atraentes, qualidade e durabilidade - em brechós, bazares de pechinchas e lojas de antiguidades e mó-veis usados. Ou, ainda, escondidas e esquecidas em casas de parentes e amigos.

Outra boa maneira de encontrar esses tesouros é ler classificados de jornais. Procure anúncios de famílias que estão mudando ou desfazendo casas de parentes falecidos.

Podem-se utilizar peças de décadas e estilos dife-rentes. Uma mesa de jantar em madeira nobre, que pertenceu a bisavós, pode conviver com cadeiras mo-dernas. Uma cama contemporânea ganha um toque retrô se recoberta com uma colcha de crochê. Ou se, ao lado dela, houver tapetes de retalhos com cores combinando com as de outros elementos decorativos.

Baús de madeira, malas antigas empilhadas, caixas de papelão encapadas com pôsteres ou papéis com motivos de décadas passadas, são maneiras charmo-sas para guardar itens não utilizados frequentemente.

Sofás modernos podem fazer parceria feliz com uma mesa de centro da década de 60. Ou uma pa-rede ser recoberta com discos de vinil, com ou sem capas, puro anos 50. Ou, ainda, com tecido ada-mascado, requinte da era vitoriana. Fotos, postais e cartas antigas emolduradas adicionam personalidade aos ambientes.

Abuse de tecidos de algodão, seda e linho em almo-fadas e luminárias. Toalhas bordadas ou com barrados de crochê dão um toque vintage a banheiros, onde va-sos de cristal guardam bolas de algodão ou coloridos sais de banho.

Cômodas podem guardar CDs, equipamentos de vídeo e DVD embaixo de uma moderna televisão de tela plana. Máquinas de costura antigas viram balcões para computador e impressora. Uma chapeleira no quarto ou no hall de entrada organiza bolsas, sombri-nhas, chapéus, cintos e echarpes.

Criatividade para reciclar o que resistiu ao tempo, sem abrir mão de conveniências modernas, é a síntese do estilo vintage.

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ESTILO VINTAGE, NOSTALGIA E ELEGÂNCIA

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Estilo Vintage, Nostalgia e Elegância_decoração

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negócios_Contribuições do Futebol

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Contribuições do Futebol_negócios

Durante a Copa do Mundo, todos leram, falaram e escreveram sobre futebol.

Evidentemente, eu também não pude ficar de fora: era o clima, embora meu conhecimento futebolístico esteja mais para torcedor do que para comentarista.

Tudo o que diz respeito ao assunto chamou muito a atenção e, lendo a matéria “Dossiê Futebol e Ges-tão – Líderes de Curto Prazo”, na revista HSM Ma-nagement, observei um comentário que gostaria de colocar como discussão.

Em 2009, o jornal The Times escolheu o treinador e manager do Manchester United, Sir Alex Ferguson, 67 anos, o homem mais influente no esporte britâni-co, vencedor de mais campeonatos do que qualquer outro treinador do futebol inglês.

Só este fato já seria digno de nota, mas o que inte-ressa é discutir sua “receita de sucesso”.

Palavra-chave: LIDERANÇAPara ele, existem três QUALIDADES que todo líder

deve ter:• CONTROLE• GERIR MUDANÇAS• OBSERVAR AMEAÇAS E OPORTUNIDADESSegundo Ferguson, o sucesso do controle é o que

o gestor busca. É muito difícil controlar se você não é bem-sucedido.

A segunda qualidade, gerir mudanças, é o que se vê nas organizações e no mundo corporativo o tempo todo, e saber administrá-la exige do gestor um traba-lho árduo.

Fundamental, também, em todo Planejamento Es-tratégico, é a terceira qualidade - observar ameaças e oportunidades internas e externas. Isto obriga o gestor a observar os perigos que rondam toda orga-nização e, ao mesmo tempo, estar atento às oportu-nidades que se apresentam para atingir os resultados esperados.

Como podemos observar, esta é mais uma lição que o futebol nos proporciona, principalmente no momento em que os clubes estão passando por um processo de profissionalização, inserindo-se no am-biente corporativo e tornando-se organizações em-presariais.

Necessitamos de grandes LÍDERES.Pense nisto!

JCASTRO é Economista, Professor Universitário, Empreendedor e Especialista em Empreendedorismo e Recuperação de Empre-sas. [email protected]

CONTRIBUIÇÕES DO FUTEBOL AO

AMBIENTE CORPORATIVO

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Vinte anos após o lançamento do Wolfenstein 3D, que marcou o mundo dos games (principalmente os de Ação em Primeira Pessoa), seu mais novo sucessor encontra-se nas lojas de todo o mundo: o Wolfenstein.

O jogo foi desenvolvido não só pela ID Softwa-re, responsável pelo Wolfenstein 3D e títulos como “Doom” e “Quake”, mas também pelas antigas Acti-vision e Raven Software e a Endrant studios.

Wolfenstein é a continuação do lançamento de 2001, “Return to Castle Wolfenstein”, e dá segui-

mento à novela de J. K. Blazkowichz. O agente secreto americano investiga novas máquinas e fer-ramentas usadas pelos nazistas em rituais ocultis-tas para obterem a “Black Sun Energy” da obscura “Black Sun Dimension”.

Desta vez, Blazkowichz infiltra-se em Isenstadt,

cidade alemã e campo de batalha dos nazistas con-tra as forças rebeldes da Alemanha. Aliado aos re-beldes, o agente secreto descobre portais nazistas que trazem criaturas bizarras da “Black Sun Dimen-sion” para nossa Dimensão.

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negócios_Planejamento de Vida e Carreira

WOLFENSTEIN

games_Wolfestein

Douglas Muratore.

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Planejamento de Vida e Carreira_negócios

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Mantendo os elementos responsáveis pelo sucesso do Wolfenstein 3D, o jogo acres-centa muitos outros de games atuais - tanto de RPG quanto de ação – além de belos e detalhados gráficos e ambientes dignos dos sucessos da ID Software.

Certamente, Wolfenstein agradará tanto os gamers fiéis ao título original de 1990, quanto aqueles em busca de modernos jo-gos de ação, capazes de levar a adrenalina à flor da pele.

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game_Prince of Persia

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Para vestir

BEATRIZ GHENEIMMulheres, cuidado: o espaço vicia! O atendimento é especial e as sugestões da equipe aju-dam você a ficar linda. Cada peça tem originalidade e qualidade únicas. Aproveitem a temporada 30% off, com roupas incríveis. Av. São Camilo, 333 - salas 2, 3 e 4 Granja VianaFone 11 4617 4048

Loja nova

Inaugurada recentemente, a loja de roupas JABÔ tam-bém possui acessórios. Na festa de inauguração, a pro-prietária Sandra Negretti mostrou que simpatia e delica-deza estarão sempre presentes no atendimento. Ao lado, a loja PETIT POLA tem peças para crianças e bebês.Estrada Fernando Nobre, 1.196 - Centro Comercial Be-verly Hills - CotiaFone 11 4206 2100

Para comer de joelhos...

Robalo com castanha de caju e arroz marroquino.Do restaurante TANTRA. Apesar do trabalho que foi es-

colher um prato... Valeu a pena todo o “esforço” que fize-mos para sugerir a vocês o robalo. Preparado de forma especial, a consistência do peixe é perfeita. Já no preparo do cuscuz marroquino, a delicadeza contrasta com o mo-lho de castanha de caju. Av. São Camilo, 988 - Granja VianaFone 11 4702 6883

Pizza de Abobrinha

Da forneria CANTO DA MATA.Recém inaugurada, a forneria possui espaço amplo e atendimento excelente. A pizza de abobrinha é um da-queles prazeres que faz você voltar e pedir de novo o mesmo sabor. Mas, se você experimentar outro, conte pra gente!Avenida Martim Luther King, 1.861 – Colina São FranciscoFone 11 3681 7469

TEMAKI DE OVAS

Da temakeria NOKYOSKI Sushi Bar. O restaurante, com ótimo espaço na Vila do Jardineiro, agora ganhou mais uma loja, dentro do Posto BR no Mo-rumbi. Destaque para o temaki de ova. Divino. Prove! Avenida Francisco Morato, 1.359 – MorumbiFone 11 3721 2751

MOSAICO

mosaico

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Prince of Persia_game

Para ler

PRÊMIO SÃO PAULO DE LITERATURA 2010A terceira edição de um dos mais importantes prêmios literários do país elegerá o melhor livro do ano e o me-lhor autor estreante. Os vencedores serão conhecidos no dia 2 de agosto em cerimônia no Museu da Língua Por-tuguesa, em São Paulo. Entre os finalistas, Chico Buar-que, Bernardo Carvalho, Luiz Ruffat, João Ubaldo Ribei-ro Raimundo Carrero, Reinaldo Moraes, Ricardo Lísias, Rodrigo Lacerda e o angolano Ondjaki. Estreantes: Brisa Paim Duarte, Carlos de Brito e Mello, Edney Silvestre, Ca-rol Bensimon, Cíntia Lacroix, Ivana Arruda Leite, Claudia Lage, Ivone Castilho Benedetti, Lívia Sganzerla Jappe, Maria Carolina Maia. Para criança brincar

O ESPAÇO OFICINAZ tem uma programação de férias muito especial para as crianças. É uma graça ver criança pequena fazendo yoga depois de fazer desenhos e traba-lhinhos com tinta, papel, madeira, cola, giz, tecido.Rua Hugo Carotini, 623 – Butantã Fone 11 3384 0523

Para aprenderCURSOS DE LÍNGUAS na USPAcompanhe pela Internet os cursos de extensão ofereci-dos pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Huma-nas da USP. Já estão disponíveis no site os cursos que acontecerão no segundo semestre. www.fflch.usp.br

Isenções na FUVEST A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), res-ponsável pelo vestibular da USP, oferece 65 mil isenções de taxa para o vestibular 2011. Os candidatos podem requerer isenção ou redução da taxa de inscrição junto à Coseas (Coordenadoria de Assistência Social) da USP. Acesse www.fuvest.br até 11 de agosto.

Teatro na ESTAÇÃO CIÊNCIA A peça “Larguem Tudo, Vamos Voar!” será apresentada em todos os domingos, de 4 de julho a 29 de agosto. Con-ta a vida e as invenções de Santos Dumont. Com Cauê Mattos e Luanna Jimenes, o espetáculo é uma realização da Cia. Fábula da Fíbula, da Cooperativa Paulista de Tea-tro. Darci Figueiredo é o autor e diretor da montagem. Gratuito e indicado a todas as idades.Teatro Ernst W. Hamburger - Estação Ciência Rua Guaicurus, 1.274 - Lapa

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mix cultural_Livros por Valéria Diniz

A DESCOBERTA DO MUNDO. Clarice Lispector. CONTOS E CRÔNICAS. Publicados no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, os textos mostram elementos da escritora reflexiva que se preocupava com a essência humana e da que recusava a fama de hermética e de-sejava uma troca profunda com o leitor. Editora Rocco.

A FEITICEIRA DE FLORENÇA. Salman Rushdie. RO-MANCE. Antonino viveu na Florença renascentista até perder os pais para a peste. Sozinho, tenta a sorte em terras distantes e acaba à frente das forças otomanas. O autor lançará Luka e o Fogo da Vida em agosto, na FLIP (Feira Literária de Paraty). Companhia das Letras.

A INVENÇÃO DO MUNDO PELO DEUS-CURU-MIM. Braulio Tavares e Fernando Vilela. INFANTO-JUVENIL. Inspirados em mitos indígenas sobre a criação do mundo, os autores unem talentos e contam uma fábula misteriosa que fala sobre a relação entre a linguagem e o mundo e na qual as próprias letras são personagens. Prêmio Jabuti 2009. Editora 34.

A MARAVILHOSA SABEDORIA DAS COISAS. Ulisses Tavares. APÓLOGOS. O autor retoma a arte de criar apólogos, um jeito de compartilhar ética, senti-mentos e emoção em que os personagens são objetos inanimados ou entidades abstratas. Com leveza, refletem sobre o tempo, o mundo, a vida, as coisas profundas do coração humano. Editora Cortez.

A PRÉ-HISTÓRIA PASSO A PASSO. Colette Swin-nen. INFANTO-JUVENIL. Guia ilustrado, prático e detalhado com o qual as crianças aprendem sobre a história remota da Terra e do homem, além de termos e questões como arqueologia, darwinismo, a ocupação do planeta pelo Homo sapiens, o desenvolvimento da linguagem. Companhia das Letras.

AS DIVAS DA RÁDIO NACIONAL. Ronaldo Conde de Aguiar. COMUNICAÇÃO. Vida e obra de cantoras como Dolores Duran, Maysa, Marlene, Angela Maria, Dalva de Oliveira, Elizete Cardoso, Linda e Dircinha Ba-tista e outras. Com CD de gravação original de músicas regravadas por novas cantoras da MPB. Editora Casa da Palavra.

AVATAR. James Cameron. CINEMA. Através de fotos e notas geográficas, relata e cataloga detalhes do planeta Pandora, das criaturas do povo Navi’, plantas exóticas, cultura, linguagem e fisiologia da população nativa, assim como a tecnologia RDA e suas armas. Tradução de Marcelo Barbao. Editora Lua de Papel.

BAGAGEM. Adélia Prado. POESIA. Lançado em 1976, com elogios de Carlos Drummond de Andrade, o livro de estreia de uma das mais importantes escritoras bra-sileiras aborda temas diversos - o amor carnal, o amor divino, a vocação do poeta - mantendo unidade e fala peculiar. Editora Record.

DO BIG BANG AO UNIVERSO ETERNO. Mario No-vello. ASTRONOMIA. O cosmólogo demonstra que os cientistas produziram uma teoria da criação equivalente a mitos religiosos e analisa as condições que possibi-litaram outros cenários e teorias, como a do Universo eterno dinâmico, em que não há um começo determi-nado no tempo. Jorge Zahar.

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. José Saramago. ROMANCE. Um motorista parado no sinal, subitamen-te, fica cego. É o primeiro caso da “treva branca” que se espalha pela população. Presos em quarentena, os cegos percebem-se reduzidos à essência humana. A obra lembra ‘a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam’. Companhia das Letras.

“A poesia é o mais completo vazio a cada instante preenchido com tudo que a vida nos dá. É o sem explicação.”

PONTEIOS DA MADRUGADA. Francisco Moura Campos. POESIA. O diretor da UBE (União Brasileira de Escritores) e membro do júri do Prêmio Literário da Livraria Asabeça do Grupo Editorial Scortecci.

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por Valéria Diniz

LADRÃO DE CADÁVERES. POLICIAL. Patricia Mello. Acaso, violência e traição são elementos deci-sivos do livro. A trama começa quando o protagonista testemunha a queda de um avião no rio Paraguai. Na cabine, ao lado do corpo do piloto, encontra um paco-te de cocaína. Com o ritmo ágil e cortante, característi-co da escritora. Editora Rocco.

O ACIDENTE. Ismail Kadaré. ROMANCE. Táxi a cami-nho do aeroporto de Viena cai num barranco e o casal de passageiros albaneses morre na hora. Seria um casal comum não fosse ele colaborador do Conselho da Europa e especialista em assuntos balcânicos. Os serviços secretos da Sérvia e da Albânia investigam o caso. Companhia das Letras.

O BICHO VAI PEGAR. Edson Gabriel Garcia. Ilustrado por Elma. INFANTO-JUVENIL. Nos poemas, a galinha manda e-mail para o galo procurar outra, a minhoca não sabe de que lado fica sua cara, a cotia procura namorado, o sapo – cansado de ser o feioso das his-tórias - quer ser galã e o bicho-papão é guloso. Editora Cortez.

O HOMEM MAIS PROCURADO. John Le Carré. ROMANCE. Considerado pela mídia internacional o melhor romance de John Le Carré, um dos autores de maior destaque internacional. Após o 11 de Setembro, Hamburgo tornou-se uma cidade suspeita, pois aco-lhera alguns dos autores do atentado. Editora Record.

OS ASTRONAUTAS DE YAVEH. Juan José Benítez. FICÇÃO. A partir dos Evangelhos Apócrifos, rejeitados pela Igreja Católica, discorre sobre a intervenção de extraterrestres em passagens do Velho e Novo Testa-mento, na travessia do Mar Vermelho, na concepção virginal de Maria, no nascimento de Jesus Cristo. Editora Planeta.

POEMAS CONCEBIDOS SEM PECADO. Manoel de Barros. POESIA. Em 2009, o autor recebeu prêmio do Ministério da Cultura pelo conjunto da obra, soli-dificando-se como um dos maiores poetas brasileiros vivos. Apresenta estilo iconoclasta e ousado em cons-truções inusitadas e experimentações com a palavra. Editora Record.

POEMAS ESCOLHIDOS DE GREGÓRIO DE MATOS. POESIA. Org.: José Miguel Wisnik. O autor é considerado o maior nome da poesia barroca nas Américas portuguesa e espanhola. A coletânea apre-senta seleção de poemas em diversas modalidades: satírica, encomiástica, lírica amorosa, religiosa. Compa-nhia das Letras.

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DVDs

ABRAÇOS PARTIDOS. Pedro Almo-dóvar. DRAMA. Um escritor cego es-creve, vive e ama no escuro. E tenta eliminar as cicatrizes do acidente que lhe tirou a visão quando ainda usava seu nome real (Mateo), dirigia o último filme e perdia a mulher amada. Com Lluís Homar.

COMENDO PELAS BEIRADAS. Kevin Heffernan. COMÉDIA. Um ex-campeão dos pesos-pesados tem um restaurante em Miami. Para pagar uma dívida à máfia japonesa, lança um concurso que incentiva os garçons a vender mais. Vale tudo para ganhar ou, então, uma costela quebrada, cortesia do patrão. Com Michael Clarke. Lan-çamento: 27/07.

É PROIBIDO FUMAR. Anna Muylaert. ROMANCE. Baby deseja uma paixão.

O novo vizinho é a chance de realizar o sonho, mas, para isto, ela terá que abandonar o cigarro. Vencedor do Prêmio Grande Otelo 2010 (Academia Brasileira de Cinema). Com Glória Pires e Paulo Miklos.

ILHA DO MEDO. Martin Scorsese. DRAMA. Adaptação da obra de Dennis Lehane. Detetive americano investiga o desaparecimento de uma assassina num hospital psiquiátrico, encara os piores temores e entende que pode não sair vivo do lugar. Com Leonardo DiCaprio. Lançamento: 27/07.

DVD SINGLE E BLU-RAY DUPLO - UM OLHAR DO PARAÍSO. Peter Jackson. DRAMA. Baseado no best-seller de Alice Sebold. Susie é assas-sinada aos 14 anos. De um mundo intermediário, ajuda o pai a pegar o

assassino e protege sua família antes de, finalmente, partir. Traz o diário de produção de 15 semanas apresentado por Peter Jackson e Philippa Boyens, bastidores de filmagem e deslumbran-tes efeitos visuais HD. Com Susan Sa-randon. Oscar 2010.

EDIÇÃO ESPECIAL GREASE – NOS TEMPOS DA BRILHANTINA. Randal Kleiser. MUSICAL. Califórnia, década de 50. Danny e Sandy, um casal de estu-dantes troca juras de amor e separam-se quando ela volta à Austrália. Mas os planos mudam e ela, por acaso, matri-cula-se na escola de Danny. Traz entre-vistas com os atores, cenas inéditas do filme, coreografias, festa de lançamento do DVD de 25º aniversário e todos os sucessos da trilha sonora. Com John Travolta e Olivia Newton-John.

mix cultural_Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro por Valéria Diniz

MÚSICA

ANDREIA DIAS - Vol.2 MPB. Ela veio da periferia da Zona Sul de São Paulo e estreou em 2008 com o Vol.1 Elogia-da aqui e no exterior, lança o segundo disco. Participações de Zeca Baleiro, Marcelo Pretto, Arrigo Barnabé, Alzi-ra Espínola e Iara Rennó. Distribuição Tratore.

CANDY. Chet Baker. DVD. JAZZ. Gravação realizada em clima de total descontração na biblioteca da grava-dora Sonet em 1985. Um dos maiores músicos do jazz, Chet tocou “Bye Bye

Blackbird”, “Sad Walk”, “Love for Sale” e outras, sentado confortavelmente num sofá.

LIVE IN CANADA. Paul McCartney. ROCK. Oportunidade de conferir um dos artistas mais completos da música em uma de suas apresentações mais recentes (2008). Em 30 faixas imperdí-veis, Paul apresenta sucessos dos Be-atles e de seu trabalho solo.

SCHUMANN GOLD. Duplo. Vários. INSTRUMENTAL. Comemoração dos

200 anos do nascimento do compo-sitor alemão com 33 faixas gravadas por Martineau, Eschenbach, Bernstein, Nelson Freire, Karajan e outros grandes nomes da música.

THE SIX WIVES OF HENRY VIII – LIVE AT HAMPTON COURT PALA-CE. Rick Wakeman. ROCK. Primeiro álbum solo do tecladista, lançado em 1973, após saída do grupo Yes. Gravado ao vivo no 500º Aniversário da Ascensão de Henrique VIII ao trono inglês (2009).

BEBA MÚSICA! Beba Zanettini. MPB. Morador da Granja Viana, o pianista e compositor produz um excelente trabalho, com composi-ções bem elaboradas. Participações de Vânia Bastos, Ilana Volcov, Luciana Souza, Moda Gadelha. Distribuição Tratore.

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TEATRO

NOVELO. Zé Henrique de Paula. Cinco irmãos reencontram-se na sala de espe-ra de um hospital. Um homem internado na UTI pode ser o pai que os abandonou por 20 anos. Com Alexandre Freitas, Fá-bio Cador, Elvis Shelton, Flávio Baiocchi e Flávio Barollo. Até 15/08.

Teatro Sérgio Cardoso Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista Informações 11 3288 0136

OLHE PRA TRÁS COM RAIVA. Adaptação de Look Back in Anger, de John Osborne. História de um homem em conflito com a mulher e a amante. É o retrato da geração que chegou à vida adulta após a II Guerra Mundial vendo os sonhos soterrados. Direção de Ulysses Cruz. Com Sergio Abreu, Karen Coelho, Thiago Mendonça e Maria Manoella. Até 22/08.

Teatro VIVO Avenida Dr. Chucri Zaidan, 860 Morumbi Informações 11 7420 1520 Entrada franca aos domingos para deficientes visuais e auditivos. Reservas 11 7420-1520

Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro_mix cultural

EXPOSIÇÕES

PORTINARI EM ISRAEL. O pintor esteve dez dias em Israel em 1956. Na viagem de volta e nos dois anos seguintes, criou a Série Israel, 122 obras com 11 técnicas diferentes, que mis-tura a cultura judaica com a brasileira. Até 05/09.

Centro de Cultura Judaica Rua Oscar Freire, 2.500 - Metrô Sumaré Informações: 11 3065 4333 - 3065 4333

DANÇA

GRUPO CORPO. Formado em Belo Horizonte, o Grupo comemora 35 anos de atividade. Apresenta os balés Lecuona (2004), com trilha musical do cubano Ernesto Lecuona, e Ímã (2009), com música do + 2 (trio formado por Moreno, Domeni-co e Kassin). Coreografias de Rodrigo Pederneiras. Até 15/08.

Teatro Alfa Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Jardim Dom Bosco Informações: 11 5693 4000

por Valéria Diniz

CINEMA

A EPIDEMIA. Breck Eisner. AÇÃO. Refilmagem de “O Exército do Exter-mínio”, dirigido por George Romero em 1973. Uma cidade é tomada por uma praga que leva as pessoas à insanida-de e à morte. A causa do problema é uma misteriosa toxina que contaminou o abastecimento de água. Com Timo-thy Olyphant. Estreia: 30/07.

À PROVA DE MORTE. Quentin Taran-tino. AÇÃO. Em momentos diferentes, oito mulheres são perseguidas por um dublê assustador que usa a habilidade com carros para executar planos de assassinato. Também lançado como filme único, parte do conteúdo está em “Grindhouse”, de Tarantino e Robert Rodriguez. Com Kurt Russell. Estreia 23/07.

ALMAS À VENDA. Sophie Barthes. COMÉDIA. História surrealista em que almas são extraídas e comercializadas como commodities. Apresenta o ator

Paul Giamatti como ele mesmo, an-gustiado com a interpretação de Tio Vanya, personagem de Tchecov. Com Emily Watson.

HADEWIJCH. Bruno Dumont. DRA-MA. Hadewijch é uma noviça que pos-sui fé fervorosa em Deus. Ela é manda-da pela madre superiora para viver fora dos limites do convento e passa a mo-rar com a família de um diplomata pari-siense. Com Julie Sokolowski, Yassine Salime, David Dewaele. Estreia: 23/07.

O BEM AMADO. Guel Arraes. COMÉ-DIA. Da obra de Dias Gomes. A história do prefeito Odorico Paraguaçu, cujo grande projeto é construir um cemitério em Sucupira. Mas ninguém morre na cidade. Ele não medirá esforços para o plano dar certo. Estreia: 23/07.

PONYO – UMA AMIZADE QUE VEIO DO MAR. Hayao Miyazaki. ANIMA-ÇÃO. Ponyo é uma peixinha dourada que conhece o garoto Sosuke. A ami-

zade entre os dois é tão grande que ela resolve tornar-se humana para ficar mais tempo ao lado do amigo. Dubla-do por Yuria Nara, Hiroki Doi. Estreia: 23/07.

UMA NOITE EM 67. Renato Terra e Ricardo Calil. DOCUMENTÁRIO. O III Terceiro Festival de Música Popular Brasileira (1967), que revolucionou a música com o Tropicalismo, e a produ-ção musical dos anos 1960. Imagens históricas e depoimentos inéditos de Chico Buarque, Caetano Veloso, Ro-berto Carlos, Edu Lobo. Estreia: 30/07.

VENCER. Marco Bellocchio. BIOGRA-FIA. Ida Dalser conheceu o futuro dita-dor Benito Mussolini quando ele ainda era um militante socialista. Tornou-se sua amante e participou do jornal Il Popolo d’Italia e da criação do Partido Fascista. Com Giovanna Mezzogiorno, Filippo Timi, Corrado Invernizzi. Estreia 23/07.

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diversatilidade_O Fabuloso Mundo da Web 2.0*

Eu tinha que terminar o relatório da empresa naquela noite. Como estava cansado, achei que precisa-va espairecer um pouco a cabeça antes de colocar a mão na massa; decidi navegar um pouco pela In-ternet.

Fazia um voo rasante por alguns sites de notícias quando tropecei nesta:

“CIENTISTAS CRIAM PRÓTESE PERFEITA”

Cientistas da Universidade de Camafeu conseguiram criar uma prótese perfeita das mãos. Inúme-ros desafios tiveram que ser supe-rados antes desse incrível feito. Um dos mais difíceis, de acordo com o chefe da pesquisa, o professor Borzoto Alencar, foi a calibração da força para que não houvesse o risco de destruir o que a mão mecânica segurava. “Foi preciso praticamente instalar um super-computador junto à prótese para contornar esse problema” disse ele. Milhares de pessoas que tive-ram as mãos amputadas vão ter a chance de testar a nova prótese e, em caso de sucesso do implante, voltar praticamente à normalidade.”

Tive um vislumbre animador de como seria nosso futuro. Pensei que meus filhos iriam beneficiar-se dessas incríveis descobertas médi-cas. Talvez eu mesmo, quem sabe?

Abaixo da notícia estavam lista-dos vários comentários dos inter-nautas que já haviam passado por ali. Fiquei curioso de saber o que as pessoas estavam pensando.

Creio que, de certa forma, eu que-ria compartilhar minha empolgação com esses avanços e talvez ficar a par de outras novidades interes-santes que alguém quisesse divul-gar. Comecei lendo o primeiro:

“ISSO É COIZA DO CAPETA AL-GUEM TEM QUE PARA COM ISSO O HOME NÃO É DEUS”

“Nossa, o que é isso?” pensei. Parti pro segundo:

“Aposto que só fizeram protisi da mão dereita. Os canhoto nunca são lembrado”

Suspirei. Parti pro próximo:“Muito interessante!”Resolvi ler até o fim:“Se tivessem investido a grana

($$$) dessa me#@&% pra canalizar o córrego aqui do bairro, o retorno era melhor. Tem gente aqui morren-do por conta dos ratos!”

“O que é proteze?”“Só podia ser no EUA! Aqui no

Brasil ninguém trabalha! O povo aqui só pensa em futebol!”

“Gostei da notícia!”“Estou com um problema no meu

computador: quando ele reinicia, aparece uma mensagem de erro dizendo que o arquivo WAUCTT32.DLL está corrompido. Alguém pode me ajudar?”

“Por que não fizeram prótese de pé?”

“Fantásticos os avanços da me-dicina! Estou surpresa e animada com as extraordinárias descober-tas que a área kédica vêm nos pro-poprcionando nos útl8imos anos. Estamos vivendo uma revolução

cinetífica!”“Aposto como esses racistas fi-

zeram prótese com pele branca!”“Porcaria de jornal! Onde tá a

matéria sobre a vitória do Santos?”“NAO INTENDI NADA”“Maravilhoso!”“Já tem prótese pra órgão sexual?”“Ô coió aí de cima, deixa de falar

bobagem! A reportagem é séria!”“Zumeca, aqui é um espaço de-

mocrático. Cada um fala o que qui-ser. Deixa o cara.”

“Por favor, me avisem quando essa mão chegar aqui: [email protected]

“VENDO TV DE TUBO OTIMO ESTADO FALAR COM ZÓZIMO DE PIRITUBA Tel XXXX-XXXX”

No final, estava mais perplexo com os comentários do que com a notícia da prótese.

— Querido, você terminou o re-latório da empresa? Eu queria sair pra comer uma pizza...

— Não, não terminei... Fiquei aqui lendo sobre as maravilhas da revolucionária Web 2.0.

* A Web 2.0 consiste em uma nova fase da Internet em que qual-quer um pode postar conteúdo na Rede (diferentemente da 1.0, quan-do a maioria era mera expectadora do conteúdo).

O FABULOSO MUNDO DA WEB 2.0*

Alexandre Lourenço é Veterinário, microbiologista, professor, bípede, mamífero e, agora, escritor. Não necessariamente nessa ordem.e-mail: [email protected]

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