32
159 Núm. 27, pp. 159-190, ISSN 1405-2768; México, 2009 USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ETNOBOTÂNICO NA COMUNIDADE SÍTIO PINDURA, ROSÁRIO OESTE, MATO GROSSO, BRASIL Déborah Luíza Moreira* Germano Guarim-Neto Depto. de Botânica e Ecologia. Instituto de Biociências. Universidade Federal de Mato Grosso. 78 060-900 – Cuiabá - MT. Correio eletrônico: [email protected]; [email protected] RESUMO Em virtude do impacto causado pela agropecuária e pelo acelerado processo de industrialização, a flora do Cerrado vem sendo profundamente alterada, assim como a cultura popular das pessoas que vivem desse bioma, pelo avanço da cultura moderna. Neste contexto, sob o enfoque da etnobotânica, o presente trabalho tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as espécies e famílias botânicas com potencial de uso no cerrado. A presente pesquisa foi realizada na Comunidade Sítio Pindura, no Município de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil (lat. 14º 49’ 41” S, e long. 56º 24’ 51” W). Foi utilizada a técnica de “bola de neve” (snow ball), para a escolha dos 35 informantes. Para coleta dos dados foram usadas entrevistas semi-estruturadas, ques- tionários, e percursos em trilhas no cerrado com moradores da Comunidade. No levan- tamento etnobotânico foram catalogadas 142 espécies, pertencentes a 123 gêneros e distribuídas em 60 famílias botânicas. As espécies vegetais foram inclusas em diver- sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado um grande conhecimento sobre a flora do cerra- do, através da intensa utilização de plantas nativas pelos moradores locais. O saber local sobre os recursos vegetais do cerrado tem origem nas adaptações humanas e interações com o ecossistema, conhecimento adquirido através de observações e vivências com o meio ambiente, e que possibilita um saber ecológico que é materializado em suas prá- ticas cotidianas. Palavras-chave: Flora, Cerrado, Múltiplos usos, Etnobotânica. RESUMEN Debido al impacto causado por la agro- pecuaria y por el acelerado proceso de industrialización, la flora de las sabanas está siendo profundamente alterada, así como la cultura popular de este bioma por el avance de la cultura moderna. En este contexto el presente trabajo tiene el objetivo de ampliar el conocimiento sobre las especies y fami- lias botánicas con potencial de uso en el *Bolsista CAPES.

USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

159

Núm. 27, pp. 159-190, ISSN 1405-2768; México, 2009

USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ETNOBOTÂNICO NA COMUNIDADE SÍTIO PINDURA, ROSÁRIO OESTE,

MATO GROSSO, BRASIL

Déborah Luíza Moreira*Germano Guarim-Neto

Depto. de Botânica e Ecologia. Instituto de Biociências. Universidade Federal de Mato Grosso. 78 060-900 – Cuiabá - MT.

Correio eletrônico: [email protected]; [email protected]

RESUMO

Em virtude do impacto causado pela agropecuária e pelo acelerado processo de industrialização, a flora do Cerrado vem sendo profundamente alterada, assim como a cultura popular das pessoas que vivem desse bioma, pelo avanço da cultura moderna. Neste contexto, sob o enfoque da etnobotânica, o presente trabalho tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as espécies e famílias botânicas com potencial de uso no cerrado. A presente pesquisa foi realizada na Comunidade Sítio Pindura, no Município de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil (lat. 14º 49’ 41” S, e long. 56º 24’ 51” W). Foi utilizada a técnica de “bola de neve” (snow ball), para a escolha dos 35 informantes. Para coleta dos dados foram usadas entrevistas semi-estruturadas, ques-tionários, e percursos em trilhas no cerrado com moradores da Comunidade. No levan-tamento etnobotânico foram catalogadas 142 espécies, pertencentes a 123 gêneros e distribuídas em 60 famílias botânicas. As espécies vegetais foram inclusas em diver-sas categorias de uso, tais como: alimentar,

construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado um grande conhecimento sobre a fl ora do cerra-do, através da intensa utilização de plantas nativas pelos moradores locais. O saber local sobre os recursos vegetais do cerrado tem origem nas adaptações humanas e interações com o ecossistema, conhecimento adquirido através de observações e vivências com o meio ambiente, e que possibilita um saber ecológico que é materializado em suas prá-ticas cotidianas.

Palavras-chave: Flora, Cerrado, Múltiplos usos, Etnobotânica.

RESUMEN

Debido al impacto causado por la agro-pecuaria y por el acelerado proceso de industrialización, la fl ora de las sabanas está siendo profundamente alterada, así como la cultura popular de este bioma por el avance de la cultura moderna. En este contexto el presente trabajo tiene el objetivo de ampliar el conocimiento sobre las especies y fami-lias botánicas con potencial de uso en el

*Bolsista CAPES.

Page 2: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

160

Abril 2009Núm. 27: 159-190

cerrado dentro del contexto etnobotánico que presupone la relación establecida entre seres humanos y plantas. Este estudio fue realizado en la comunidad “Sítio Pindura”, en el municipio de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil (lat. 14º 49’ 41” S, e long. 56º 24’ 51” W). Para la colecta de datos fue utilizada la técnica snow ball, donde fueron entrevistados 35 informantes, en entrevistas semiestructuradas, cuestionarios y recorrido de trillas en la región con habitantes de la co-munidad. Fueron catalogadas 142 especies, pertenecientes a 123 géneros y distribuidas en 60 famílias botánicas. Las especies vegetales fueron incluidas en diversas categorías de uso, tales como: medicinal, alimentaria, leña, construcción, vigas y cercas, entre otras. La comunidad reveló un gran conocimiento sobre la fl ora de la sabana, a través de la intensa utilización de plantas nativas en su cotidiano. Así, los datos refl ejan que este saber local sobre los recursos vegetales de las sabana tiene origen en las adaptaciones humanas e interacciones con el ecosistema, conocimiento adquirido a través de observaciones y vivencias con el medio ambiente, posibilitando un saber ecológico que se materializa en sus prácti-cas cotidianas.

Palabras clave: fl ora, sabana, usos múlti-ples, etnobotánica.

INTRODUÇÃO

O bioma cerrado está localizado basicamen-te no planalto central do Brasil e é o segun-do maior bioma do país em área, apenas superado pela fl oresta amazônica (Ribeiro & Walter, 1998). Segundo Mendonça et al. (1998) este bioma possui uma fl ora estimada em sete mil espécies.

Entretanto, o crescimento populacional e a demanda por mais alimentos, associados às condições edafo-climáticas favoráveis do cerrado, transformou essa região em im-portante área para atividades agropecuárias. O ritmo acelerado desta ação antrópica nas últimas décadas tem levado à perda de ma-terial genético vegetal nativo, praticamente desconhecido do ponto de vista científi co (Viera & Martins, 2000).

Ainda há necessidade de estudos voltados para a identifi cação de plantas potencial-mente úteis do cerrado, principalmente quando comparada à diversidade e à área ocupada. O desconhecimento de sua ri-queza e possibilidades são graves lacunas, especialmente quando Ratter et al. (1997) estimam que cerca de 40% do bioma já tenha sido devastado e Kaplan et al. (1994) mostram que o cerrado possui somente 1.5% de sua extensão protegida por lei, sendo atualmente a vegetação em maior risco no Brasil. É preciso considerar que os recursos vegetais encontrados neste bioma, uma vez extintos, estarão indisponíveis às futuras gerações. Entre estes, por exemplo, pode-se considerar o recurso terapêutico oferecido pelas plantas medicinais (Guarim-Neto & Morais, 2003).

Guarim Neto (2001) ressalta que o cerrado no estado do Mato Grosso apresenta-se ainda repleto de possibilidades de aprovei-tamento dos seus recursos vegetais, e os primeiros detentores desse conhecimento botânico são as populações locais que utili-zam desses recursos vegetais.

Em virtude do impacto causado pela agro-pecuária e pelo acelerado processo de in-dustrialização, a fl ora do cerrado vem sendo

Page 3: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

161

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

reduzida, assim como a rica cultura popular, pelo próprio avanço da cultura moderna.

Neste contexto este trabalho tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as espé-cies e famílias botânicas com potencial de uso no cerrado, tornando esta informação disponível a posteriores pesquisas.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

O presente estudo foi realizado em uma zona rural conhecida por Sítio (comunidade) Pindura, distante cerca de 24 km da sede de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil. O município de Rosário Oeste pertence à mesorregião Centro-Sul Mato-grossense, distante aproximadamente 124 km da Capi-tal, Cuiabá, trafegando pela BR-163. Apre-senta uma área de 8 530.37 km² de superfi cie territtorial, localizando-se geografi camente entre 14º50’10”S de latitude e 56º25’39”W de longitude, a 192 m de altitude.

O número de habitantes está em torno de 18.450 com densidade demografi ca de 2.17 hab/Km2, sendo que 43% da população estão concentrados em zona rural (IBGE, 2000). As principais atividades econômicas do município são baseadas na agropecuária, acentuando-se o cultivo de arroz e milho, havendo, em menor escala, atividades não econômicas como a agricultura de subsis-tência (Ferreira, 2001).

A formação geológica do município ca-racteriza-se por coberturas dobradas do Proterozóico, Grupo Alto Paraguai e Cuia-bá. Os solos predominantes são Podzólico vermelho amarelo (Tb Eutrófi co abrúptico A moderado, textura média/argilosa, relevo

suave ondulado) e Cambissolo (Tb Álico A moderado, textura média, relevo suave ondulado). O relevo é do planalto dos Gui-marães, depressão rio Paraguai, província serrana, calha do rio Cuiabá (Ferreira, 2001).

A bacia hidrográfi ca relaciona-se as grandes bacias do Amazonas como a bacia do Prata Miranda & Amorim (2000). O município abriga as cabeceiras mais altas do impor-tante rio Cuiabá. O clima é tropical quente e sub-úmido, com período de 5 meses de seca, a temperatura média anual é em torno dos 24º C e a precipitação anual em torno de 2000 mm. Pela classifi cação climática de Köppen pode-se caracterizar o clima local em Tropical de Savana (Aw).

Entre as fi sionomias componentes do cerra-do do município de Rosário Oeste estão o cerrado (stricto sensu), o cerrado de encosta, o cerradão, o campo-limpo, o campo-sujo, a mata ciliar (de cursos d’água no cerrado, temporários; das margens do rio Cuiabá, com feição fl orestal), a vereda/buritizal, o campo úmido, o campo de murundus (Gua-rim Neto et al., 2007).

Métodos de coleta de dados

Foram utilizadas técnicas etnográfi cas co-rrentes, sendo priorizado uma abordagem qualitativa na coleta de dados. Usando questionários estruturados, entrevistas semi-estruturadas e percursos em trilhas no cerrado, realizada com os moradores, diário de campo e gravação.

As categorias de uso amostradas na Tabela 1 e a aplicabilidade terapêutica das espécies medicinais tratada na Tabela 2 seguiram a classifi cação êmica.

Page 4: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

162

Abril 2009Núm. 27: 159-190

“Valor de uso de cada espécie” (VUsp) representa a importância cultural das es-pécies.

Para calcular o “valor de uso” empregou-se:

a. O “valor de uso de cada espécie” (sp) por cada informante (i), dado como:

∑ Uspi Nspi

Onde, Uspi é o número de usos mencionados por informante i por espécie sp em cada evento, e nspi é o número de eventos com o informante i por espécie sp.

b. O “valor de uso global de cada espécie” (VUsp), dado como:

∑ VUspi ns

Onde, ns é o numero de informantes entre-vistado por cada espécie.

O valor de uso global das espécies foi cal-culado somente para planta citada por mais de um ator social.

O material botânico não identifi cado em campo foi identifi cado por meio de consul-ta a especialista, por meio de bibliografi as especializadas e através da comparação com excicatas do Herbário da Universida-de Federal de Mato Grosso. A grafi a dos taxa e dos autores foi conferida por meio da consulta à base de dados do Missouri Botanical Garden.

VUspi =

VUsp =

No protocolo de campo, inicialmente foi feita uma visita para o reconhecimento da área de estudo, com o intuito de contatar moradores da comunidade para o desenvol-vimento do estudo.

Foram entrevistados 35 informantes, incluí-dos na amostra através da técnica de bola de neve (snow ball) (Thiollent, 1994, Becker, 1993). Foram priorizados atores sociais como raizeiros, benzedeiras, antigas par-teiras, pessoas idosas e antigos moradores, com base nos pressupostos etnobotânicos de Martin (1995) e Alexiades (1996), que esta-belecem critérios e formas dessa obtenção.

As visitas aos domicílios ocorreram nos períodos matutino e vespertino, e as entre-vistas foram feitas de forma individual, na residência dos informantes.

Ao utilizar os recursos vegetais o ser huma-no estabelece uma relação com o ambiente, elaborando um conceito próprio de seus elementos, defi nindo as relações etnoecoló-gicas locais entre ele e o ecossistema, através da valoração que dá as plantas. A relativa importância de cada uso para as plantas que conhece e que maneja são expressas por informações que apontam o grau de consenso entre os informantes para deter-minada espécie vegetal, ou seja, o valor de uso, refl etindo as preferências das espécies mencionadas para os diversos usos particu-lares. Informações consensuais de valor de uso refl etem a importância de cada uso ou espécie por informante, visto que, em um maior número de situações, é razoável as-sumir que o aumento de evidencia sobre um dado uso ou planta refl etirá, provavelmente, na menção destes (Phillips, 1996).

Page 5: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

163

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No levantamento etnobotânico foram catalo-gadas 142 espécies do cerrado, pertencentes a 123 gêneros e distribuídas em 60 famílias. A família botânica com maior número de espécies foi Fabaceae (19 espécies), seguida de Bignoniaceae (7 espécies) e Apocynaceae e Vochysiaceae com seis espécies cada (tabela 1).

As espécies vegetais catalogadas foram inclusas em diversas categorias de uso, tais como: medicinal, alimentar, lenha, cons-trução, mourões/cercas, moveis e utensílio (Fig. 1). As categorias nas quais as plantas foram agrupadas correspondem às catego-rias éticas, nomeadas pelos pesquisadores.

A categoria de uso mais representativa foi a medicinal (122 espécies), como Camarea ericoides A. St.-Hil.(arnica), Palicourea xanthophylla M. Arg. (douradinha), Simaba ferruginea A. St.-Hil. (calunga), seguin-

do-se as espécies com uso alimentar (21 espécies), como Hancornia speciosa B.A. Gomes (mangaba), Eugenia dysenterica DC. (orvalho), Ecclinusa ramifl ora Mart. (fruta-banana) e para lenha (21 espécies), como Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. (angico), Byrsonima coccolobifolia Kunth (semaneira), Dipteryx alata Vogel (cumba-ru). Sendo que 45 espécies pertencem a mais de uma categoria de uso.

As espécies usadas com fi nalidades me-dicinais muitas vezes pertencem também a outras categorias. Entre estas podemos citar Dipteryx alata Vogel (cumbaru), Ana-denanthera falcata (Benth.) Speg. (angico), Hancornia speciosa B.A. Gomes (manga-ba), mostrando assim uma multiplicidade de usos e maximização do recurso. A categoria medicinal é representativa em trabalhos realizados no estado de Mato Grosso, como apontam van den Berg (1980), Guarim Neto (1984; 1987; 1996), Duarte (2001), Morais (2003) e Xavier (2005).

Fig. 1. Categorias de usos das espécies catalogadas no levantamento etnobotânico na Comunidade Sítio Pindura, Mato Grosso, Brasil.

Page 6: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

164

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

aC

ateg

oria

de

uso

VU

sp

Aco

parí

Rhee

dia

bras

ilien

sis (

Mar

t.) P

lanc

h. &

Tria

naC

lusi

acea

e M

e 1

Agu

açú

Atta

lea

spec

iosa

Mar

t. ex

Spr

eng.

Are

cace

ae

Me,

A

1.14

A

lgod

ão-d

o-ca

mpo

C

ochl

ospe

rmum

regi

um (S

chra

nk) P

ilg.

Coc

hlos

perm

acea

e M

e 1.

25

Am

bura

na

Ambu

rana

cea

rens

is (A

llem

ão) A

.C. S

m.

Faba

ceae

M

e, M

o 1

Am

esci

ca

Prot

ium

hep

taph

yllu

m (A

ubl.)

Mar

chan

dB

urse

race

ae

Me

2 A

naná

s, an

anaz

inho

An

anas

sativ

us S

chul

t. &

Sch

ult.

f.B

rom

elia

ceae

M

e, A

1

Ang

élic

a,tib

orni

aH

imat

anth

us o

bova

ta (M

. Arg

.) W

oo

Apo

cyna

ceae

M

e 1.

33A

ngic

oAn

aden

anth

era

falc

ata

(Ben

th.)

Speg

.Fa

bace

ae

Me,

Le,

MC

, Mo

1.84

Ang

iqui

nho

Cal

liand

ra p

arvi

flora

Ben

th.

Faba

ceae

M

e 1

Ara

çáPs

idiu

m fi

rmum

O. B

erg

Myr

tace

ae

Me,

A

1.21

Arn

ica,

arn

iqui

nha

Cam

area

eri

coid

es A

. St.-

Hil.

Mal

pigh

iace

ae

Me

1.21

Aro

eira

Myr

acro

druo

n ur

unde

uva

Alle

mão

Ana

card

iace

ae

Me,

Le,

Cç,

MC

3.

57

Ass

a-pe

ixe

Vern

onia

ferr

ugin

ea L

ess.

Ast

erac

eae

Me

1.25

Aze

dinh

aO

xalis

hir

sutis

sim

a M

art.

ex Z

ucc.

Oxa

lidac

eae

Me

1.16

Bar

batim

ão-v

erm

elho

Ja

cara

nda

cusp

idifo

lia M

art.

Big

noni

acea

eM

e 1.

28B

arba

timão

; fav

eira

St

ryph

node

ndro

n ad

stri

ngen

s (M

art.)

Cov

ille

Faba

ceae

M

e 1.

28B

atat

ãoH

olos

tylis

reni

form

is D

uch.

Aris

tolo

chia

ceae

M

e 1.

66B

irici

, sem

anei

ra

Byrs

onim

a co

ccol

obifo

lia K

unth

Mal

pigh

iace

ae

Me,

A, L

e 1.

28B

irici

, sem

anei

ra

Byrs

onim

a ve

rbas

cifo

lia (L

.) R

ich.

Ex

Juss

.M

alpi

ghia

ceae

M

e, A

, Le

1.07

Boc

aiúv

eira

Ac

roco

mia

acu

leat

a (J

acq.

) Lod

d. e

x M

art.

Are

cace

ae

Me,

A, U

t 1.

76B

uriti

Mau

ritia

flex

uosa

L. f

.A

reca

ceae

M

e, A

, Ut

1.14

Bút

uaC

issa

mpe

los o

valif

olia

DC

.M

enis

perm

acea

e M

e 1

Cai

apiá

, car

apiá

D

orst

enia

asa

roid

es H

ook.

Mor

acea

e M

e 1.

18

Cai

aran

a G

uare

a gu

idon

ia (L

.) Sl

eum

erM

elia

ceae

M

e 1

Tabe

la 1

. Esp

écie

s do

cerr

ado

utili

zada

s pel

a C

omun

idad

e Sí

tio P

indu

ra, M

T.

Page 7: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

165

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

aC

ateg

oria

de

uso

VU

sp

Caj

uzin

ho-d

o-ca

mpo

An

acar

dium

hum

ile A

. St.-

Hil.

Ana

card

iace

ae

Me,

A

1.3

Cal

ção-

de-v

elho

C

ordi

a in

sign

is C

ham

.B

orag

inac

eae

Me

1.33

C

alun

gaSi

mab

a fe

rrug

inea

A. S

t.-H

il.Si

mar

ouba

ceae

M

e 1.

46

Cam

bará

-am

arel

o,

esco

rreg

a-m

acac

oVo

chys

ia d

iver

gens

Poh

l V

ochy

siac

eae

Me,

Cç,

Mo

1.25

Can

inha

-do-

brej

o C

ostu

s ara

bicu

s L.

Zing

iber

acea

eM

e 1

Cap

im-b

arba

-de-

bode

Bulb

osty

lis sp

adic

eus (

H. B

. K.)

Kuk

.C

yper

acea

e M

e 1

Cap

im-s

apé

Impe

rata

bra

silie

nsis

Trin

.Po

acea

e M

e 1.

12C

apot

ãoSa

lver

tia c

onva

llari

odor

a A

. St.-

Hil

Voc

hysi

acea

e M

e, M

C

1C

aran

dáC

oper

nici

a al

ba M

oron

g ex

Mor

ong

& B

ritto

nA

reca

ceae

M

e 1

Car

obin

haJa

cara

nda

decu

rren

s Cha

m.

Big

noni

acea

eM

e 1.

15

Car

rapi

cho

Acan

thos

perm

um h

ispi

dum

DC

.A

ster

acea

e M

e 1.

08

Car

vão-

bran

co

Cal

listh

ene

fasc

icul

ata

Mar

t.V

ochy

siac

eae

Me,

Cç,

MC

1.

42

Ced

roC

edre

la fi

ssili

s Vel

l.M

elia

ceae

M

e, M

o 1

Chá

-de-

frad

e, g

uaça

tong

a C

asea

ria

sylv

estri

s Sw

.Fl

acou

rtiac

eae

Me

1.27

C

hapé

u-de

-cou

ro

Echi

nodo

rus g

rand

iflor

us (C

ham

. & S

chltd

l.)

Mic

heli

Alis

mat

acea

e M

e 1

Chá

-por

rete

Cen

taur

ium

um

bella

tum

subs

p. a

ustr

iacu

mR

onn.

Gen

tiana

ceae

M

e 1

Chi

co-m

agro

Gua

zum

a ul

mifo

lia L

am.

Ster

culia

ceae

M

e 1.

1 C

inco

-fol

has

Serj

ania

ere

cta

Rad

lk.

Sapi

ndac

eae

Me

1 C

inco

-fol

has-

do-c

ampo

Ac

osm

ium

ele

gans

Vog

el

Faba

ceae

M

e 1.

08

Cip

ó-ch

umbo

Cas

syth

a fil

iform

is L

.La

urac

eae

Me

1 C

ongo

nha,

erv

a-m

olá

Ru

dgea

vir

buni

oide

s (C

ham

.)Ben

th.

Rub

iace

ae

Me

1

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Page 8: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

166

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

aC

ateg

oria

de

uso

VU

sp

Cor

oa-d

e-fr

ade

Dis

coca

ctus

hep

taca

nthu

s (B

arb.

Rod

r.) B

ritto

n &

Ros

eC

acta

ceae

M

e 1

Cum

baC

rani

olar

ia in

tegr

ifolia

Cha

m.

Mar

tyni

acea

e M

e 1

Cum

baru

Dip

tery

x al

ata

Vog

el

Faba

ceae

M

e, L

e, C

ç, M

C,

A2.

69

Dou

radã

oPa

licou

rea

rigi

da K

unth

Rub

iace

ae

Me

1 D

oura

dinh

aPa

licou

rea

xant

hoph

ylla

M. A

rg.

Rub

iace

ae

Me

1.33

Em

baúb

aC

ecro

pia

pach

ysta

chya

Tré

cul

Cec

ropi

acea

e

Me

1.18

Erva

-mol

áC

roto

n an

tisyp

hilit

icus

Mar

t.Eu

phor

biac

eae

Me

1Er

va-d

e-pa

ssar

inho

Ps

ittac

anth

us sp

.Lo

rant

hace

ae

Me

1.12

Fi

guei

raFi

cus s

p.M

orac

eae

Me

1 Fr

uta-

do-lo

boSo

lanu

m ly

coca

rpum

A. S

t.-H

il.So

lana

ceae

M

e, A

2

Ger

bão

Stac

hyta

rphe

ta d

icho

tom

a (R

uiz

& P

av.)

Vah

lV

erbe

nace

ae

Me

1.3

Ger

gilim

-do-

mat

o,

ange

lim

Vata

irea

mac

roca

rpa

(Ben

th.)

Duc

ke

Faba

ceae

M

e, M

C, C

ç, M

o 1.

75

Gon

çale

iro

Astr

oniu

m fr

axin

ifoliu

m S

chot

t ex

Spre

ng.

Ana

card

iace

ae

Me,

MC

1

Gra

vatá

Br

omel

ia b

alan

sae

Mez

Bro

mel

iace

ae

Me

1 H

orte

lã-d

o-ca

mpo

H

yptis

can

a Po

hl e

x B

enth

.La

mia

ceae

M

e 1.

75

Insu

lina

Cis

sus s

icyo

ides

L.

Vita

ceae

M

e 1

Ipê-

roxo

Tabe

buia

impe

tigin

osa

(Mar

t. ex

DC

.) St

andl

.B

igno

niac

eae

Me,

Cç,

MC

2.

25

Jape

cang

a

Smila

x go

yaza

na A

. DC

.Sm

ilaca

ceae

M

e 1

Jato

báH

ymen

aea

stig

onoc

arpa

Mar

t. ex

Hay

ne

Faba

ceae

M

e, L

e, C

ç, M

C,

Mo,

A

2.78

Jequ

itibá

, pilã

o-de

-mac

aco

Car

inia

na e

stre

llens

is (R

addi

) Kun

tze

Lecy

thid

acea

e M

e, C

ç, M

o 1.

4 Jo

ão-d

a-co

sta

Peix

otoa

hir

ta M

art.

Mal

pigh

iace

ae

Me

1.11

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Page 9: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

167

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

aC

ateg

oria

de

uso

VU

sp

Lixe

ira

Cur

atel

la a

mer

ican

a L

Dill

enia

ceae

M

e, L

e, M

o 1.

92

Lixe

irinh

a, li

xinh

a D

avill

a el

liptic

a A

. St.-

Hil.

Dill

enia

ceae

M

e 1.

22M

alva

-bra

nca

Wal

ther

ia d

oura

dinh

a Sa

int-H

ilaire

Ster

culia

ceae

M

e 1.

14

Mam

a-ca

dela

; al

godã

ozin

ho

Bros

imum

gau

dich

audi

i Tré

cul

Mor

acea

e M

e, A

2.

54

Mam

ica-

de-p

orca

; m

ama-

de-p

orca

Zant

hoxy

lum

rhoi

foliu

m L

am.

Rut

acea

e M

e 1

Man

acá

Spir

anth

era

odor

atis

sim

a A

. St.-

Hil.

Rut

acea

e M

e 1

Man

gaba

, man

gava

H

anco

rnia

spec

iosa

B.A

. Gom

esA

pocy

nace

ae

Me,

A

1.93

Man

gava

-bra

va

Lafo

ensi

a pa

cari

A. S

t.-H

il.Ly

thra

ceae

M

e 1.

18M

ão-d

e-an

taC

ybis

tax

antis

yphi

litic

a (M

art.)

Mar

t.B

igno

niac

eae

Me

1 M

aqui

néZa

mia

bol

ivia

na (B

rong

n.) A

. DC

.C

ycad

acea

e M

e 1

Mar

cela

Ac

hyro

clin

e sa

ture

oide

s DC

.C

ompo

sita

eM

e 1.

33

Mar

mel

ada-

bola

Al

iber

tia e

dulis

(Ric

h.) A

. Ric

h. e

x D

C.

Rub

iace

ae

Me,

Le,

A

2.15

Mar

mel

ina

Alib

ertia

ver

ruco

sa S

. Moo

reR

ubia

ceae

M

e, A

1.

33M

ilho-

de-c

obra

Ta

ccar

um w

edde

llian

um B

rong

n. e

x Sc

hott

Ara

ceae

M

e 1

Mor

cegu

eira

An

dira

cuy

aben

sis B

enth

. Fa

bace

ae

Me,

Cç,

Mo

2N

egra

min

a (q

uent

e)

Sipa

runa

gui

anen

sis A

ubl.

Sipa

runa

ceae

Me

1N

ó-de

-cac

horr

o H

eter

opte

rys a

phro

disi

aca

O. M

ach.

M

alpi

ghia

ceae

M

e 1.

3Pa

inin

ha (3

folh

as p

eq.)

Pseu

dobo

mba

x lo

ngifl

orum

(Mar

t. &

Zuc

c.) A

. R

obyn

sB

omba

cace

ae

Me

1.11

Para

-tudo

, par

atud

inho

G

omph

rena

offi

cina

lis M

art.

Am

aran

thac

eae

Me

1 T

ripa-

de-g

alin

ha, c

ipó-

tripa

-de-

galin

ha

Bauh

inia

gla

bra

Jacq

. Fa

bace

ae

Me

1.1

Pata

-de-

vaca

(cab

elud

a)

Bauh

inia

rufa

(Bon

g.) S

teud

.Fa

bace

ae

Me,

Le

1.28

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Page 10: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

168

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

aC

ateg

oria

de

uso

VU

sp

Pata

-de-

vaca

(lis

a)

Bauh

inia

sp.

Faba

ceae

M

e 1

Para

tudo

Tabe

buia

och

race

a (C

ham

.) St

andl

.B

igno

niac

eae

Me

1.41

Pau-

d’ól

eo, o

leiro

C

opai

fera

lang

sdor

ffii D

esf.

Faba

ceae

M

e, L

e 1.

69Pa

u-de

-alh

oG

alle

sia

inte

grifo

lia (S

pren

g.) H

arm

sPh

ytol

acca

ceae

M

e 1

Pau-

de-b

icho

(cap

itão-

do-

mat

o)

Term

inal

ia a

rgen

tea

Mar

t. C

ombr

etac

eae

Me

1

Pau-

doce

Voch

ysia

rufa

Mar

t.V

ochy

siac

eae

Me

1.12

Pa

u-te

rra

Qua

lea

gran

diflo

ra M

art.

Voc

hysi

acea

e M

e, L

e 1

Pau-

terr

aQ

uale

a pa

rvifl

ora

Mar

t.V

ochy

siac

eae

Me,

Le

1.25

Pe

nte-

de-m

acac

o Ap

eiba

tibo

urbo

u A

ubl.

Tilia

ceae

M

e 1

Pind

uva,

pim

entin

ha

Xylo

pia

arom

atic

a (L

am.)

Mar

t.A

nnon

acea

e M

e, L

e, C

ç 1

Piqu

iC

aryo

car b

rasi

liens

e C

ambe

ssC

ayoc

arac

eae

Me,

A

1.46

Pu

rga-

de-la

garto

Ja

trop

ha e

llipt

ica

(Poh

l) O

ken

Euph

orbi

acea

eM

e 1

Gue

iroba

Syag

rus o

lera

cea

(Mar

t.) B

ecc

Are

cace

ae

Me

1Q

uina

Stry

chno

s pse

udoq

uina

A. S

t.-H

il.Lo

gani

acea

e M

e 2.

06R

abo-

de-c

axin

gang

a Ph

lebo

dium

dec

uman

um (W

illd.

) J. S

m.

Poly

podi

acea

e M

e 1.

66R

aiz-

de-b

ugre

By

ttner

ia m

elas

tom

ifolia

A. S

t.-H

il.St

ercu

liace

ae

Me

1R

osqu

inha

, sac

a-ro

lhas

H

elic

tere

s sac

arol

ha A

. St.-

Hil.

, A. J

uss.

&

Cam

bess

.St

ercu

liace

ae

Me

1.11

Rui

barb

o-do

-cam

poTr

imez

ia ju

ncifo

lia K

latt

Irid

acea

e M

e 1

Sals

a-do

-mat

o H

erre

ria

sals

apar

rilh

a M

art.

Smila

cace

ae

Me

1Sa

ngra

-d’á

gua

Cro

ton

uruc

uran

a B

aill.

Euph

orbi

acea

eM

e 1

Sene

Cha

mae

cris

ta d

esva

uxii

(Col

lad.

) Kill

ipFa

bace

ae

Me

1.5

Sete

-san

gria

Euph

orbi

a hy

ssop

ifolia

L.

Euph

orbi

acea

eM

e 1

Sipu

táSa

laci

a el

liptic

a (M

art.

ex S

chul

t.) G

. Don

Hip

pocr

atea

ceae

Me

1.07

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Page 11: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

169

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

aC

ateg

oria

de

uso

Vus

p

Sucu

pira

, fav

a, fa

veira

Pt

erod

on p

ubes

cens

(Ben

th.)

Ben

th.

Faba

ceae

M

e, L

e, M

C, C

ç 2.

36

Suss

uara

O

rtho

papp

us a

ngus

tifol

ius (

Sw.)

Gle

ason

Ast

erac

eae

Me

1Ta

pera

-vel

ha

Hyp

tis su

aveo

lens

(L.)

Poit.

Lam

iace

ae

Me

1Ta

rum

ã Vi

tex

cym

osa

Ber

tero

ex

Spre

ng.

Ver

bena

ceae

M

e 1

Tim

ati

Myr

cia

albo

tom

ento

sa D

C.

Myr

tace

ae

Me,

Le

1.42

Ti

mbó

-miri

m

Serj

ania

car

acas

ana

(Jac

q.) W

illd.

Sapi

ndac

eae

Me

1 U

rtiga

, juá

So

lanu

m v

iaru

m D

un

Sola

nace

ae

Me

1.16

V

elam

eM

acro

siph

onia

vel

ame

(A. S

t.-H

il.) M

üll.

Arg

.A

pocy

nace

ae

Me

1 V

elud

o-br

anco

Gue

ttard

a vi

burn

ioid

es C

ham

. & S

chI.

Rub

iace

ae

Me

1.14

Ver

ga-te

sa, a

lecr

im-d

o-ca

mpo

An

emop

aegm

a ar

vens

e (V

ell.)

Ste

llfel

d &

J.F.

So

uza

Big

noni

acea

eM

e 1.

2

Vin

hátic

oPl

athy

men

ia re

ticul

ata

Ben

th.

Faba

ceae

M

e, L

e, M

C, C

ç 1.

25

Xim

búva

Ente

rolo

bium

con

tort

isili

quum

(Vel

l.) M

oron

gFa

bace

ae

Me,

Le,

MC

, Mo

2 U

ruba

mba

Des

mon

cus p

olya

cant

hos M

art.

Are

cace

ae

Ut

NC

Tim

bóM

agon

ia p

ubes

cens

A. S

t.-H

il.Sa

pind

acea

e Le

, Cç,

MC

2

Miri

ndib

aBu

chen

avia

tom

ento

sa E

ichl

erC

ombr

etac

eae

Le

NC

Just

a-co

nta

Tach

igal

i vul

gari

s Aub

l.Fa

bace

ae

Le

NC

Puru

ruca

Cas

eari

a ru

pest

ris E

ichl

erFl

acou

rtiac

eae

Le, C

ç N

C

Car

vão-

verm

elho

D

ipty

chan

dra

aura

ntia

ca T

ul.

Faba

ceae

M

C, C

ç N

C

Sucu

pira

-pre

taBo

wdi

chia

vir

gilio

ides

Kun

thFa

bace

ae

MC

N

C

Cor

ação

-de-

negr

o Po

ecila

nthe

sp.

Faba

ceae

M

C

NC

Pero

ba-m

irim

As

pido

sper

ma

mac

roca

rpon

Mar

t.A

pocy

nace

ae

Mo

NC

Pero

baAs

pido

sper

ma

tom

ento

sum

Mar

t.A

pocy

nace

ae

Mo,

NC

Gua

tam

bu

Aspi

dosp

erm

a pa

rvifo

lium

A. D

C.

Apo

cyna

ceae

M

o, C

ç N

C

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Page 12: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

170

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

aC

ateg

oria

de

uso

VU

sp

Lour

oC

ordi

a gl

abra

ta (M

art.)

A. D

C.

Bor

agin

acea

e M

o, C

ç N

C

Gua

nand

íC

alop

hyllu

m b

rasi

liens

e C

ambe

ss.

Clu

siac

eae

Mo,

NC

Aric

á, c

arijó

Ph

ysoc

alym

ma

scab

erri

mum

Poh

lLy

thra

ceae

C

ç N

C

Frut

a-ba

nana

Ec

clin

usa

ram

iflor

a M

art.

Sapo

tace

ae

A

NC

Pé-d

e-pe

rdiz

Sim

arou

ba v

ersi

colo

r A. S

t.-H

il.Si

mar

ouba

ceae

To

N

C

Orv

alho

Euge

nia

dyse

nter

ica

Dc.

M

yrta

ceae

A

N

C

Cor

oinh

aC

ompo

man

esia

cam

bess

edea

na B

erg.

M

yrta

ceae

A

N

C

Ara

ticum

An

nona

cra

ssifl

ora

Mar

t. A

nnon

acea

e A

N

C

Ara

ticum

An

nona

cor

iace

ae M

art.

Ann

onac

eae

A

NC

Lege

nda

= C

ateg

oria

s de

uso:

A =

Alim

enta

r; Le

= L

enha

; Cç

= C

onst

ruçã

o; M

e =

Med

icin

al; M

C =

Mou

rões

e C

erca

s;

Mo

= M

ovei

s; U

t = U

tens

ílio;

VU

sp =

Val

or d

e us

o gl

obal

de

cada

esp

écie

; NC

= N

ão c

alcu

lado

.

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Page 13: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

171

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Guarim Neto (1985) ressalta o potencial da fl ora do cerrado do Estado de Mato Grosso, considerando o uso das espécies vegetais com diferentes fi nalidades, tais como, uti-lização da madeira, o valor medicinal e as com frutos comestíveis.

A Comunidade utiliza as espécies do ce-rrado com diversas finalidades, fazendo desde a extração de remédios como quina (Strychnos pseudoquina A. St.-Hil.), arnica (Camarea ericoides A. St.-Hil.), mangava-brava (Lafoensia pacari A. St.-Hil.), a coleta de frutos tais como o orvalho (Eugenia dysenterica DC.), a mangaba (Hancornia speciosa B.A. Gomes) o piqui (Caryocar brasiliense Cambess.), o uso de lenha, como a semaneira (Byrsonima coccolobifolia Kunth, Byrsonima verbascifolia (L.) Rich. ex Juss.), o angico (Anadenanthera falcata (Benth.) Speg.), e a fabricação de utensílios domésticos como peneiras e vassouras, uti-lizando o buriti (Mauritia fl exuosa L.) e a bocaiúva (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.) como matérias primas.

Vale salientar a importância das espécies arbustivas e arbóreas como fonte de com-bustão (lenha), para preparar os alimentos. A busca da lenha no cerrado em geral é uma atividade feminina. As mulheres cole-tam ramos caídos no solo, confeccionando feixes desse material, que são amarrados e carregados até a moradia sob os braços ou na cabeça, esta protegida por pequena rodilha de tecido, para não machucar.

Atualmente, um dos grandes problemas das comunidades tradicionais do Centro-Oeste do Brasil, é a ausência de segurança ali-mentar, reforçada pela falta de mecanismos que promovam a geração de renda. Neste contexto o cerrado apresenta uma grande

riqueza de espécies negligenciadas que podem ser consideradas “plantas do futuro” (Agostini-Costa et al., 2006).

Dentre as espécies nativas citadas para uso alimentar destacam-se o piqui (Caryocar brasiliense Cambess), a mangaba (Hancor-nia speciosa B.A. Gomes), o buriti (Mauritia fl exuosa L.), o orvalho (Eugenia dysenterica Dc.), a fruta-banana (Ecclinusa ramifl ora Mart.) muito apreciados pelos moradores, sendo obtidos através do extrativismo. As frutas do cerrado complementam a dieta alimentar do sitiante. Siqueira (1981); Gua-rim Neto (1985); Almeida & Silva (1994); Almeida et al. (1998); Proença et al. (2000) validam o potencial econômico das espécies frutíferas do cerrado para a vida e economia das populações humanas que habitam essas áreas.

Como planta tóxica foi apontada apenas a planta denominada popularmente de pé-de-perdiz (Simarouba versicolor A. St.-Hil.) que de acordo com os entrevistados não tem nenhuma utilidade. . “...Pé-de-perdiz não presta pra nada, esse é veneno, não presta pra remédio nem pra madeira, a lenha dele se a fumaça for no olho cega...” (mulher, 76 anos).

Os recursos vegetais do cerrado têm um papel importante na vida dos membros da comunidade pela diversidade de usos, manifestada na quantidade de espécies po-tencialmente econômicas que inclui as ali-mentícias, artesanal, medicinais, forrageiras, madeireiras, oleíferas, entre outros.

A riqueza de espécies do cerrado tanto da fl ora quanto da fauna é muito expressiva, representando cerca de 30% da biodiversi-dade brasileira (Eiten 1972; Ribeiro & Wal-

Page 14: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

172

Abril 2009Núm. 27: 159-190

ter, 1998). O cerrado brasileiro está entre os biomas de maior diversidade fl orística do planeta com 6.249 espécies de plantas vasculares registradas até o momento (Mendonça et al., 1998). Entretanto, em função da facilidade de desmatamento, boas condições de topografi a e tipo de terreno, o cerrado representa a principal região brasi-leira, produtora de grãos e gado de corte. Com a ocupação das terras do cerrado para a produção agrícola mecanizada, as áreas nativas vêm sendo removidas em uma es-cala muito acelerada (Aguiar & Camargo, 2004). Myers et al. (2000) apontam que nada menos do que 80% da área original do cerrado já devem ter sido convertidas para áreas antrópicas, restando apenas 20% de áreas consideradas originais ou pouco perturbadas. Tal situação também pode ser percebida nos remanescentes de cerrado do município e Rosário Oeste, onde a necessidade de implantação de unidades de conservação de uso sustentável é extre-mamente necessária e urgente.

As plantas medicinais - Os entrevistados demonstraram um vasto conhecimento sobre plantas do cerrado com potencial medicinal, manifestado através das dife-rentes experiências práticas do cotidiano. A vegetação é percebida como fonte vital para a Comunidade, sendo um importante componente da paisagem do Sítio Pindura. Pode-se observar que o uso de plantas como medicamentos é antigo, constituindo parte integrante da cultura local, que é mantida e perpetuada entre seus membros.

Nesta categoria de uso, foram catalogadas 122 espécies, distribuídas em 109 gêneros e 59 famílias botânicas (Tab. 2).

Entre as plantas medicinais, a família botâ-nica com maior número de espécies citadas foi Fabaceae (17), seguida de Bignoniaceae (7), Rubiaceae (6) e Vochysiaceae(6).

Percebe-se que este saber sobre as utilida-des da fl ora é dinâmico, sendo fortemente

Fig. 2. Principais famílias botânicas e respectivo número de espécies usadas na medicina caseira pela Comunidade Sítio Pindura, Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Page 15: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

173

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Form

a de

pr

epar

o A

plic

abili

dade

te

rapê

utic

a

Aco

parí

Rhee

dia

bras

ilien

sis (

Mar

t.) P

lanc

h. &

Tr

iana

Clu

siac

eae

Óle

o C

ozid

o

Bro

nqui

te

Agu

açú

At

tale

a sp

ecio

sa M

art.

ex S

pren

g.A

reca

ceae

Cas

tanh

a Pó

A

nem

ia

Alg

odão

-do

-cam

po

Coc

hlos

perm

um re

gium

(Sch

rank

) Pi

lg.

Coc

hlos

perm

acea

e R

aiz

Chá

, gar

rafa

da

Infla

maç

ão e

m

gera

l, pr

oble

ma

de p

róst

ata

Am

bura

na

Ambu

rana

cea

rens

is (A

llem

ão) A

.C.

Sm.

Faba

ceae

Cas

ca

Chá

Pn

eum

onia

Am

esci

ca

Prot

ium

hep

taph

yllu

m (A

ubl.)

M

arch

and

Bur

sera

ceae

C

asca

Chá

G

ripe,

dor

de

cabe

ça, l

uta

da

corr

ução

*1

Ana

nás,

anan

azin

ho

Anan

as sa

tivus

Sch

ult.

& S

chul

t. f.

Bro

mel

iace

ae

Rai

zC

Bro

nqui

te

Ang

élic

a,tib

orna

H

imat

anth

us o

bova

ta (M

. Arg

.) W

ood

Apo

cyna

ceae

Folh

a

Chá

D

epur

ativ

o

Ang

ico

Anad

enan

ther

a fa

lcat

a (B

enth

.) Sp

eg.

Faba

ceae

Cas

ca

Chá

B

ronq

uite

A

ngiq

uinh

o C

allia

ndra

par

viflo

ra B

enth

.Fa

bace

aeFo

lha

Chá

Fe

bre

Ara

çáPs

idiu

m fi

rmum

O. B

erg

Myr

tace

aeFo

lha

Chá

D

iabe

te

Arn

ica,

arni

quin

ha

Cam

area

eri

coid

es A

. St.-

Hil.

Mal

pigh

iace

ae

Rai

zG

arra

fada

, chá

, tin

tura

In

fecç

ão,

mac

huca

dura

,de

pura

tivo,

dor

es

mus

cula

res

Aro

eira

M

yrac

rodr

uon

urun

deuv

a A

llem

ãoA

naca

rdia

ceae

C

asca

C

há, x

arop

e D

iarr

éia

Ass

a-pe

ixe

Vern

onia

ferr

ugin

ea L

ess.

Ast

erac

eae

Folh

a C

Grip

e A

zedi

nha

Oxa

lis h

irsu

tissi

ma

Mar

t. ex

Zuc

c.O

xalid

acea

e Fo

lha

Chá

, ban

ho

Dia

rréi

a, d

órdo

i

Tab

ela

2. E

spéc

ies d

o ce

rrad

o ut

iliza

das n

a m

edic

ina

case

ira p

ela

Com

unid

ade

Sítio

Pin

dura

, Mat

o G

ross

o, B

rasi

l.

Page 16: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

174

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

B

arba

timão

-ve

rmel

ho

Jaca

rand

a cu

spid

ifolia

Mar

t. B

igno

niac

eae

Cas

ca,

entre

casc

a M

olho

, ban

ho

Cor

rimen

to,

infla

maç

ão

Bar

batim

ão-

amar

elo;

Fa

veira

Stry

phno

dend

ron

adst

ring

ens (

Mar

t.)

Cov

ille

Faba

ceae

Cas

ca,

entre

casc

aM

olho

, ban

ho

Cor

rimen

to,

infla

maç

ão, d

or

de b

arrig

a

Bat

atão

H

olos

tylis

reni

form

is D

uch.

A

risto

loch

iace

ae

Rai

z Pó

, doc

e D

erra

me,

pu

rgat

ivo,

es

tom

ago,

fíga

do

Biri

cí,

sem

anei

ra

Byrs

onim

a co

ccol

obifo

lia K

unth

M

alpi

ghia

ceae

C

asca

B

anho

C

icat

rizan

te

Biri

cí,

sem

anei

ra

Byrs

onim

a cr

assa

Nie

d.

Mal

pigh

iace

ae

Cas

ca

Ban

ho

Cic

atriz

ante

Boc

aiuv

eira

Acro

com

ia a

cule

ata

(Jac

q.) L

odd.

ex

Mar

t.A

reca

ceae

Frut

o

Coz

ido

B

ronq

uite

But

ua

Cis

sam

pelo

s ova

lifol

ia D

C.

Men

ispe

rmac

eae

Rai

z C

Esto

mag

o C

aiap

iá,

cara

piá

Dor

sten

ia a

saro

ides

Hoo

k.

Mor

acea

eR

izom

a C

Dep

urat

ivo,

grip

e

Bur

iti

Mau

ritia

flex

uosa

L. f

.A

reca

ceae

Sem

ente

M

acer

ação

R

ins

Cai

arãn

a G

uare

a gu

idon

ia (L

.) Sl

eum

erM

elia

ceae

C

asca

G

arra

fada

Fo

rtific

ante

C

ajuz

inho

-do

-cam

po

Anac

ardi

um h

umile

A. S

t.-H

il.

Ana

card

iace

ae

Rai

z C

há, b

anho

D

iabe

te,

infla

maç

ão

Cal

ção-

de-

velh

o C

ordi

a in

sign

is C

ham

. B

orag

inac

eae

Folh

a C

há, g

arra

fada

D

ores

em

ger

al,

reum

atis

mo

Cal

unga

Si

mab

a fe

rrug

inea

A. S

t.-H

il.Si

mar

ouba

ceae

R

aiz

Chá

Es

tom

ago,

ver

me

Cam

bará

-am

arel

o Vo

chys

ia d

iver

gens

Poh

l V

ochy

siac

eae

Folh

a X

arop

e G

ripe,

toss

e

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 17: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

175

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

C

anin

ha-d

o-br

ejo

Cos

tus a

rabi

cus L

.Zi

ngib

erac

eae

Riz

oma

Chá

R

ins

Cap

im-

barb

a-de

-bo

de

Bulb

osty

lis sp

adic

eus (

H. B

. K.)

Kuk

. C

yper

acea

ePl

anta

inte

ira

Torr

ada*2

Fr

aque

za n

as

junt

as

Cap

im-s

apé

Impe

rata

bra

silie

nsis

Trin

.Po

acea

e R

aiz

C

Inca

ndes

cênc

ia

Cap

otão

Sa

lver

tia c

onva

llari

odor

a A

. St.-

Hil

Voc

hysi

acea

e B

roto

, ca

sca

Chá

D

iabe

te

Car

andá

C

oper

nici

a al

ba M

oron

g ex

Mor

ong

& B

ritto

nA

reca

ceae

Bro

to

Mol

ho

Dia

rréi

a

Car

obin

ha

Jaca

rand

a de

curr

ens C

ham

. B

igno

niac

eae

Rai

zG

arra

fada

, chá

D

epur

ativ

o

Car

rapi

cho

Acan

thos

perm

um h

ispi

dum

DC

. A

ster

acea

ePl

anta

inte

ira

C

Dia

bete

Car

vão-

bran

co

Cal

listh

ene

fasc

icul

ata

Mar

t. V

ochy

siac

eae

Cas

ca,

folh

a C

Hep

atite

, in

cand

escê

ncia

C

edro

C

edre

la fi

ssili

s Vel

l. M

elia

ceae

Cas

ca

Mol

ho

Para

gal

inha

não

ad

oece

r C

há-d

e-fr

ade

Cas

earia

sylv

estr

is S

w.

Flac

ourti

acea

eFo

lha

Chá

A

nem

ia

Cha

péu-

de-

cour

oEc

hino

doru

s gra

ndifl

orus

(Cha

m. &

Sc

hltd

l.) M

iche

liA

lism

atac

eae

Folh

aC

Prob

lem

a de

rins

Chá

-por

rete

C

enta

uriu

m u

mbe

llatu

m su

bsp.

au

stria

cum

Ron

n.G

entia

nace

ae

Rai

zC

Rin

s

Chi

co-

mag

ro

Gua

zum

a ul

mifo

lia L

am.

Ster

culia

ceae

Folh

a C

atap

lasm

a Fe

rida,

qu

eim

adur

a

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 18: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

176

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

C

inco

-fo

lhas

Se

rjan

ia e

rect

a R

adlk

. Sa

pind

acea

eR

izom

a G

arra

fada

D

epur

ativ

o

Cin

co-

folh

as-d

o-ca

mpo

Acos

miu

m e

lega

ns V

ogel

Fa

bace

aeFo

lha

Chá

D

epur

ativ

o

Cip

ó-ch

umbo

C

assy

tha

filifo

rmis

L.

Laur

acea

e Fo

lha

Chá

G

ripe

Cor

oa-d

e-fr

ade

Dis

coca

ctus

hep

taca

nthu

s (B

arb.

R

odr.)

Brit

ton

& R

ose

Cac

tace

aePl

anta

inte

ira

Cat

apla

sma

Íngu

a

Con

gonh

a,

erva

-mol

á

Rudg

ea v

irbu

nioi

des

(Cha

m.)B

enth

. R

ubia

ceae

Folh

a C

Rin

s

Cum

ba

Cra

niol

aria

inte

grifo

lia C

ham

.M

arty

niac

eae

Frut

a Pó

Pi

cada

de

cobr

a C

umba

ru

Dip

tery

x al

ata

Vog

el

Faba

ceae

Cas

ca

Mac

eraç

ão

Dia

rréi

a,

cica

triza

nte

Dou

radã

o Pa

licou

rea

rigi

da K

unth

Rub

iace

aeFo

lha

Chá

R

ins

Dou

radi

nha

Palic

oure

a xa

ntho

phyl

la M

. Arg

.R

ubia

ceae

Fo

lha

C

Rin

s Em

baúb

a C

ecro

pia

pach

ysta

chya

Tré

cul

Cec

ropi

acea

eC

asca

e

água

*3M

olho

, in

natu

ra,

diss

olvi

do

Cic

atriz

ante

,di

abet

e, d

ores

m

uscu

lare

s, do

res

na c

olun

a Er

va m

olá

Cro

ton

antis

yphi

litic

us M

art.

Euph

orbi

acea

e Fo

lha

Chá

R

ins

Erva

-de-

pass

arin

ho

Psitt

acan

thus

Mar

t. Lo

rant

hace

ae

Folh

a

Sum

o

Sapi

nha

Figu

eira

Fi

cus s

p.M

orac

eae

Láte

x C

atap

lasm

a V

erru

ga

Frut

a do

lo

bo

Sola

num

lyco

carp

um A

. St.-

Hil.

So

lana

ceae

Fr

uto

verd

e D

oce

Fíga

do,

hem

orró

ida

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 19: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

177

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

G

erbã

o St

achy

tarp

heta

dic

hoto

ma

(Rui

z &

Pa

v.) V

ahl

Ver

bena

ceae

Fo

lha

Mac

era,

ban

ho

Fíga

do

Ger

gilim

-do

-mat

o Va

tair

ea m

acro

carp

a (B

enth

.) D

ucke

Fa

bace

aeC

asca

M

acer

ação

R

eum

atis

mo

Gon

çale

iroAs

tron

ium

frax

inifo

lium

Sch

ott e

x Sp

reng

.A

naca

rdia

ceae

C

asca

B

anho

G

ripe

Gra

vatá

Br

omel

ia b

alan

sae

Mez

B

rom

elia

ceae

R

aiz,

frut

a X

arop

e B

ronq

uite

, tos

se

Hor

telã

-do-

cam

po

Hyp

tis c

ana

Pohl

ex

Ben

th.

Lam

iace

aeFo

lha

Xar

ope

Grip

e, v

erm

e

Insu

lina

Cis

sus s

icyo

ides

L.

Vita

ceae

Folh

a

Chá

(d

ecoc

ção)

D

iabe

te

Ipê-

roxo

Ta

bebu

ia im

petig

inos

a (M

art.

ex D

C.)

Stan

dl.

Big

noni

acea

eC

asca

G

arra

fada

B

atim

ento

do

cora

ção

Jape

cang

a

Smila

x go

yaza

na A

. DC

. Sm

ilaca

ceae

Águ

a (ti

rar

próx

imo

do b

roto

)

In n

atur

a D

or-d

e-ou

vido

Jato

Hym

enae

a st

igon

ocar

pa M

art.

ex

Hay

neFa

bace

aeR

esin

a C

há, x

arop

e B

ronq

uite

, grip

e

Jequ

itibá

, pi

lão-

de-

mac

aco

Car

inia

na e

stre

llens

is (R

addi

) Kun

tze

Lecy

thid

acea

e C

asca

,ra

izC

há, b

anho

, tin

tura

In

flam

ação

, dor

-m

uscu

lar

Lixe

iraC

urat

ella

am

eric

ana

L.

Dill

enia

ceae

Folh

a,

casc

aC

Dia

rréi

a, lu

ta d

a co

rruç

ão

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 20: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

178

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

(p

regu

iça)

, ci

catiz

ante

Lixi

nha

Dav

illa

ellip

tica

A. S

t.-H

il.

Dill

enia

ceae

Folh

a C

Cic

atriz

ante

, re

ndid

ura*4

João

-da-

cost

aPe

ixot

oa h

irta

Mar

t. M

alpi

ghia

ceae

R

aiz

Chá

D

or n

o co

rpo,

re

umat

ism

o M

alva

-br

anca

W

alth

eria

dou

radi

nha

A. S

t.-H

il.

Ster

culia

ceae

Plan

tain

teira

C

Ant

ibio

tico,

in

flam

ação

de

mul

her

Mam

a-ca

dela

;al

godã

ozin

-ho

Bros

imum

gau

dich

audi

i Tré

cul

Mor

acea

eR

aiz,

casc

aC

há, g

arra

fada

D

epur

ativ

o, ri

ns

Mam

ica-

de-

porc

am

ama-

de-

porc

a

Zant

hoxy

lum

rhoi

foliu

m L

am.

Rut

acea

eC

asca

H

emor

róid

a

Man

acá

Spir

anth

era

odor

atis

sima

A. S

t.-H

il.R

utac

eae

Rai

z G

arra

fada

R

eum

atis

mo

Man

gaba

, m

anga

va

Han

corn

ia sp

ecio

sa G

omes

A

pocy

nace

aeLá

tex

In n

atur

a*5,

cata

plas

ma

Dia

bete

,re

ndid

ura

Man

gava

-br

ava

Lafo

ensi

a pa

cari

A. S

t.-H

il.

Lyth

race

aeC

asca

Mol

ho

Esto

mag

o

Mão

-de-

anta

Cyb

ista

x an

tisyp

hilit

ica

(Mar

t.) M

art.

Big

noni

acea

eFo

lha

B

anho

M

alin

a*6

Maq

uiné

Za

mia

bol

ivia

na (B

rong

n.) A

. DC

.C

ycad

acea

eR

aiz

Chá

, pó

Dia

rréi

a M

arce

laAc

hyro

clin

e sa

ture

oide

s DC

. A

ster

acea

eFo

lha

C

Vom

ito, d

iarr

éia

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 21: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

179

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

M

arm

elad

a-bo

la

Alib

ertia

edu

lis (R

ich.

) A. R

ich.

ex

DC

.R

ubia

ceae

Folh

a C

Grip

e

Mar

mel

ina

Alib

ertia

ver

ruco

sa S

. Moo

reR

ubia

ceae

Cas

ca

Chá

R

ins

Milh

o-de

-co

bra

Tacc

arum

wed

delli

anum

Bro

ngn.

ex

Scho

ttA

race

aeR

izom

a C

atap

lasm

a Pi

cada

de

cobr

a

Mor

cegu

ei-

raAn

dira

cuy

aben

sis B

enth

. Fa

bace

aeFr

uto

Ver

me

Neg

ram

ina

(que

nte)

Si

paru

na g

uian

ensi

s Aub

l. Si

paru

nace

aeFo

lha

B

anho

M

alin

a

Nó-

de-

cach

orro

Het

erop

tery

s aph

rodi

siac

a O

. Mac

h.

Mal

pigh

iace

ae

Rai

z C

há, i

n na

tura

R

ins

Pain

inha

(3

folh

as p

eq.)

Pseu

dobo

mba

x lo

ngifl

orum

(Mar

t. &

Zu

cc.)

A. R

obyn

sB

omba

cace

ae

Rai

z C

Hem

orró

ida

Para

-tudo

, pa

ratu

dinh

o G

omph

rena

offi

cina

lis M

art.

Am

aran

thac

eae

Rai

zC

há, b

anho

D

entiç

ão

Pata

-de-

vaca

(cab

elud

a)

Bauh

inia

rufa

(Bon

g.) S

teud

. Fa

bace

aeFo

lha,

ra

izC

Dia

bete

Pata

-de-

vaca

(lis

a)

Bauh

inia

sp.

Faba

ceae

Folh

a C

há, b

anho

D

erra

me

Para

tudi

nho

Tabe

buia

och

race

a (C

ham

.) St

andl

.B

igno

niac

eae

Cas

ca

Chá

Fe

bre,

toss

e Pa

u-de

-bi

cho

(cap

itão-

do-

mat

o)

Term

inal

ia a

rgen

tea

Mar

t. C

ombr

etac

eae

Rai

z C

Dia

rréi

a

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 22: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

180

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

Pa

u-do

ce

Voch

ysia

rufa

Mar

t. V

ochy

siac

eae

Cas

ca

Mol

ho

Prob

lem

a de

vis

ta

(Lav

ar o

s olh

os),

diar

réia

Pau-

d’ól

eo

Cop

aife

ra la

ngsd

orffi

i Des

f. Fa

bace

aeC

asca

,ól

eo

Chá

, dilu

ído

em á

gua

Bro

nqui

te,

colu

na, g

ripe

Pau-

de-a

lho

Gal

lesi

a in

tegr

ifolia

(Spr

eng.

) Har

ms

Phyt

olac

cace

ae

Cas

ca

Chá

, ban

ho

Der

ram

e Pa

u-te

rra

Qua

lea

gran

diflo

ra M

art.

Voc

hysi

acea

e Fr

uto

Mel

ado

Frie

ra

Pau-

terr

a Q

uale

a pa

rvifl

ora

Mar

t. V

ochy

siac

eae

Cas

ca,

brot

o C

Esto

mag

o,

insô

nia,

dia

rréi

a Pe

nte-

de-

mac

aco

Apei

ba ti

bour

bou

Aub

l. Ti

liace

aeR

aiz

Tint

ura

Dor

mus

cula

r

Pind

uva

Xylo

pia

arom

atic

a (L

am.)

Mar

t. A

nnon

acea

eC

asca

C

Cor

ação

(b

ated

eira

) Pi

qui

Car

yoca

r bra

silie

nse

Cam

bess

Cay

ocar

acea

eFo

lha

Ban

ho

Infla

maç

ão

Purg

a-de

-la

garto

Ja

trop

ha e

llipt

ica

(Poh

l) O

ken

Euph

orbi

acea

e R

aiz

Chá

Pu

rgan

te

Que

iroba

Sy

agru

s ole

race

a (M

art.)

Bec

c A

reca

ceae

Pa

lmito

A

ssad

o Fí

gado

Q

uina

St

rych

nos p

seud

oqui

na A

. St.-

Hil.

Lo

gani

acea

eC

asca

M

acer

acão

A

nem

ia, q

ueda

-de

-cab

elo

Rab

o-de

-ca

xing

anga

Phle

bodi

um d

ecum

anum

(Will

d.) J

. Sm

. Po

lypo

diac

eae

Riz

oma

Chá

, Xar

ope,

Inca

ndes

cênc

ia,

tiriç

a*7, h

epat

ite

Rai

z-de

-bu

gre

Byttn

eria

mel

asto

mifo

lia A

. St.-

Hil.

St

ercu

liace

aeR

aiz

Chá

, gar

rafa

da

Infe

cção

de

garg

anta

, re

umat

ism

o

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 23: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

181

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

R

osqu

inha

, sa

ca-r

olha

sH

elic

tere

s sac

arol

ha A

. St.-

Hil.

, A.

Juss

. & C

ambe

ss.

Ster

culia

ceae

Rai

z C

há, g

arra

fada

D

epur

ativ

o,

mul

her r

esgu

ardo

R

uiba

rbo-

do-c

ampo

Tr

imez

ia ju

ncifo

lia K

latt

Irid

acea

e C

asca

C

há, p

ó D

epur

ativ

o

Sals

a-do

-m

ato

Her

reri

a sa

lsap

arri

lha

Mar

t. B

igno

niac

eae

Folh

a C

Dep

urat

ivo

Sang

ra-

d’ág

ua

Cro

ton

uruc

uran

a B

aill.

Eu

phor

biac

eae

Cas

ca

Chá

In

flam

ação

Sene

Cha

mae

cris

ta d

esva

uxii

(Col

lad.

) K

illip

Faba

ceae

Folh

a

Chá

(d

ecoc

ção)

TP

M, i

ncom

odo

de se

nhor

a

Sete

-san

gria

Euph

orbi

a hy

ssop

ifolia

L.

Euph

orbi

acea

e Pl

anta

inte

ira

Chá

A

fina

o sa

ngue

Sipu

Sala

cia

ellip

tica

(Mar

t. ex

Sch

ult.)

G.

Don

Hip

pocr

atea

ceae

Fo

lha

Chá

D

iabe

te

Sucu

pira

, fa

vaPt

erod

on p

ubes

cens

(Ben

th.)

Ben

th.

Faba

ceae

Frut

o C

há,

garr

afad

a,

mac

eraç

ão

Grip

e, in

fecç

ão

Suss

uara

O

rtho

papp

us a

ngus

tifol

ius (

Sw.)

Gle

ason

Ast

erac

eae

Plan

tain

teira

C

Grip

e

Tape

ra-

velh

a H

yptis

suav

eole

ns (L

.) Po

it.La

mia

ceae

Folh

a,

raiz

Chá

, ban

ho

Rin

s

Taru

Vite

x cy

mos

a B

erte

ro e

x Sp

reng

.V

erbe

nace

ae

Cas

ca,

brot

o

Hem

orró

ida

Tim

atí

Myr

cia

albo

tom

ento

sa D

C.

Myr

tace

aeEn

treca

s-ca

Cat

apla

sma

D

or d

e de

nte

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 24: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

182

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Nom

e ve

rnac

ular

E

spéc

ies

Fam

ília

Pa

rte

utili

zada

Fo

rma

de

prep

aro

Apl

icab

ilida

de

tera

pêut

ica

Ti

mbó

-m

irim

Se

rjan

ia c

arac

asan

a (J

acq.

) Will

d.

Sapi

ndac

eae

Riz

oma

Chá

Se

cant

e de

ferid

as

Trip

a-de

-ga

linha

, ci

pó-tr

ipa-

de-g

alin

ha

Bauh

inia

gla

bra

Jacq

. Fa

bace

aeC

aule

, ra

izC

Dia

rréi

a

Urti

ga, j

Sola

num

via

rum

Dun

So

lana

ceae

Es

pinh

o C

atap

lasm

a Zi

pela

*8

Vel

ame

Mac

rosi

phon

ia v

elam

e (A

. St.-

Hil.

) M

üll.

Arg

.A

pocy

nace

aeR

aiz

Mac

eraç

ão

Dep

urat

ivo

Vel

udo-

bran

co

Gue

ttard

a vi

burn

ioid

es C

ham

. &

SchI

.R

ubia

ceae

Cas

ca

Chá

D

or n

as c

adei

ra,

rins

Ver

ga-te

sa,

alec

rim-d

o-ca

mpo

Anem

opae

gma

arve

nse

(Vel

l.)

Stel

lfeld

& J.

F. S

ouza

B

igno

niac

eae

Plan

tain

teira

M

acer

ação

H

iper

tens

ão,

cora

ção

(bat

edei

ra)

Vin

hátic

o Pl

athy

men

ia re

ticul

ata

Ben

th.

Faba

ceae

Cas

ca

Gar

rafa

da

Reu

mat

ism

o,

hem

orro

ida

Xim

buva

En

tero

lobi

um c

onto

rtis

iliqu

um (V

ell.)

M

oron

gFa

bace

aeC

asca

C

há, b

anho

H

emor

róid

a

*1. L

uta

da c

orru

ção

– “.

..É u

ma

mol

eza

que

dá n

o co

rpo,

um

a pr

egui

ça q

ue a

gent

e só

que

r fi c

ar d

eita

do, d

á in

té fe

bre,

par

ece

que

a ge

nte

ta g

ripa

do...

”*2

. To

rrad

a - p

roce

sso

de se

cage

m d

a pl

anta

no

fogã

o à

lenh

a.

*3. Á

gua

da p

lant

a –

cons

iste

em

faze

r um

furo

no

caul

e da

pla

nta

(no

fi m d

a ta

rde)

e c

oloc

ar u

ma

vasi

lha

para

apa

rar a

águ

a at

é a

mad

ruga

da d

o di

a se

guin

te.

*4. R

endi

dura

– “

... e

sse

dá e

m m

enin

o, é

qua

ndo

o sa

co fi

ca re

ndid

o e

vai c

aind

o, se

não

cui

da m

orre

...”

*5. I

n na

tura

– c

onsi

ste

em d

isso

lver

got

as d

o lá

tex

da m

anga

beira

em

águ

a.*6

. Mal

ina

– “

É um

a do

r de

cabe

ça q

ue d

oi lá

no

mio

lo, é

mui

to p

erig

osa,

tem

de

cuid

a, q

uem

trab

alha

mui

to n

o so

l que

nte

fi ca

mai

s doe

nte,

por

que

o so

l dá

essa

qu

entu

ra n

a ca

beça

, mas

aqu

i tem

gen

te q

ue b

enze

con

tra

quen

tura

...”

*7. T

iriça

– “

…É

um a

mar

elão

que

no c

orpo

, e d

á um

des

conf

orto

e u

ma

dor n

o pé

da

barr

iga…

”*8

. Zip

ela

– “.

.. é

uma

verm

elhi

dão

que

dá n

a pe

le, e

dói

mui

to...

Tabe

la 2

. Con

tinua

ção.

Page 25: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

183

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

transmitido através da oralidade, residindo aí também um dos motivos da importância do registro escrito deste conhecimento, necessário para a manutenção de um saber local consolidado no cotidiano das vivências e experiências humanas. Os entrevistados demonstraram grande respeito aos poderes curativos das plantas, como abaixo trans-crito:

“... todas as plantas deve ter alguma ser-ventia, deve servir como remédio pra curar alguma doença, agente que não sabe, se tá aqui é porque é boa e servem pra alguma coisa...” (mulher, 76 anos). Entre os entrevistados, cada espécie possui uma forma de uso, que envolve desde a parte coletada até a forma e período do dia e estação a ser colhida:

“... para tirar a água da embaúba tem que fa-zer pra tirar a água da embaúba tem que fazer

um furo de tardinha na casca, e colocar uma vasilha pra aparar a água, e só tirar cedinho, tem de ser no inicio da seca que é quando tem mais água...” (mulher, 69 anos).

As principais partes das plantas citadas para o preparo de remédios caseiros foram a casca, a folha e a raiz (Fig.3).

Sobre este aspecto, Pasa et al. (2005) tam-bém apontaram a casca, a raiz e a folha como as partes mais usadas pela Comunidade de Conceição-Açu, em Cuiabá, Mato Grosso.

Morais (2003) salienta que o uso de folhas no preparo dos chás é expressivo, desta-cando-se das demais partes das plantas usadas na Comunidade do Sítio Angical, comunidade também do município de Ro-sário Oeste. È sabido que as plantas possuem diferentes concentrações de compostos químicos em

Fig. 3. Partes das plantas usadas na medicina caseira na Comunidade do Sítio Pindura, Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Page 26: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

184

Abril 2009Núm. 27: 159-190

suas partes. Ao longo do tempo foi desen-volvido um conhecimento que permitiu ao ser humano conhecer quais partes são mais úteis para uma dada fi nalidade. Pode-se concluir que a utilização das folhas como remédio pode ser vista como uma estratégia de manejo, coletando um órgão que não comprometerá o desenvolvimento da planta. Em contrapartida, houve destaque para a utilização de cascas e raízes, partes que se coletadas sem cuidados podem colaborar para o comprometimento das espécies:

“...A arniquinha, só usa a raiz, aí agente põe no álcool, na garrafada ou faz o chá, mas hoje tá mais difícil de encontrar, têm uns lugares que eu sei que tem, mas o povo que mora praquelas banda tira muito...” (mulher, 76 anos).

Foram mencionadas pela população local, várias formas de utilização das plantas, sendo que a mais expressiva foi o chá, com

Fig. 4. Principais formas de uso das plantas usadas na medicina caseira na Comunidade do Sítio Pindura, Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

43%, no entanto outras formas também foram citadas (Fig. 4).

Através da bibliografi a analisada para esta pesquisa, podemos apontar que ainda há grande carência de estudos voltados para a identifi cação de espécies com potencial medicinal no cerrado. Portanto, faz-se ne-cessária a realização de pesquisas como esta, para que possibilitem subsidiar posteriores estudos, como por exemplo, das qualidades terapêuticas destas plantas, antes que o con-hecimento e as espécies desapareçam.

Etnoclassificação: como a comunidade percebe o ambiente circundante - o conhe-cimento sobre a biodiversidade do cerrado estabelece-se pela transmissão cultural processada pela relação cotidiana da Comu-nidade, e a forma como percebe os recursos vegetais a sua volta é manifestado através de suas experiências práticas.

Page 27: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

185

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

A identificação dos vegetais geralmente se dá pela percepção visual, tátil e olfativa treinada através da observação da fl ora. A tabela 3 resume como são classifi cados e sistematizados aspectos relacionados às plantas, em relação a uma classificação eticista (pela Ciência) e emicista (pela Co-munidade).

Os moradores da Comunidade Sítio Pindura identifi cam as espécies vegetais através de seus nomes populares, usando principalmen-te as partes foliares, os caules e frutos para

esse reconhecimento. O que expressa o valor da planta para a população é a sua utilidade, assim as espécies com maior número de usos são mais valorosas.

Analisando e utilizando os dados referentes à fi sionomia da vegetação local, e partindo da percepção e classifi cação oral da comu-nidade estudada, podemos indicar, com relação às unidades de paisagem do cerrado, seis tipos de fi sionomias: “Cerrado de pe-dra”, “Cerrado de areia”, “Mata”, “Várzea”, “Chapada” e “Campo” (tabela 4).

COMPONENTEÉTICO

COMPONENTE ÊMICO

Súber Casca – “... A mangava-brava agente conhece pela casca, é aquela que tá sempre descascando...”

Tronco Pau – “...O cumbaru é fácil de sabe, é só olha o pau dele que nunca mais esquece quando ver outro...”

Pigmentação Cor – “... Muitas plantas tem cor diferente, igual o barbatimão que tem dois, um é da casca amarela e o outro é do vermelho...”

Folha Forma da folha – “... Essa planta aqui chama mão de anta, sabe por quê? A folha é iguazinha uma mão de anta...” Cheiro – “... a negramina agente sabe qual é só pelo cheiro, vê o tanto que fede...”

Composiçãoquímica

Planta quente – “... as plantas quentes dão calor, quando tá com gripe ou resfriado tem que tomar remédio de planta quente, mas depois que toma não pode sair na friagem e nem tomar banho frio, essas são perigosa, tem que ter dieta se toma...”

Planta fria – “... essas planta fria são fresca, num pode nem pensar em tomar ela se tiver gripado, faz um mal que só vendo, essas planta tira o calor, é bom tomar quem tá com febre...”

Tabela 3. Sistema perceptivo e classifi catório: etnotaxonomia das espécies vegetais.

Page 28: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

186

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Tabela 4. Sistema perceptivo e classifi catório: etnotaxonomia das unidades de paisagem.

TIPOLOGIA TRADICIONAL TIPOLOGIA FOLK Unidades de Paisagens

CERRADO (s.s.) - Formado por espécies subarbustivas e herbáceas, inclinadas, tortuosas, com ramificações retorcidas. As plantas lenhosas são entremeadas por gramíneas.

CERRADO de PEDRA - “... no Cerrado de pedra as plantas são baixas, bem tortas e com bocado de capim, tem bastante lixeira (.....), Capotão (......), semaneira (.......), pau-terra (......) Timatí (....), acoita-cavalo (......) e Magabeira (........)”

CERRADO de AREIA –cerrado de solo arenoso, em geral com poucas plantas lenhosas e com herbáceas aparentes.

CERRADO de AREIA - “... o Cerrado de Areia é aquele que tem muita areia, e as planta que mais tem é babaçu (......) e tucum(......), tem pouca plantas de outras qualidade, mais é esses que dá coquinho...”

CERRDÃO e MATA CILIAR -Formado por arvores mais altas, mais eretas, com espécies de Cerrado (s.s.) e Cerrado (l.s.).

MATA – “... Esse tem as plantas mais altas, a fava-preta (......), o carvão-branco (......), o carvão-vermelho (......), o vinhático (....) e jequitibá (.....) ...”

VEREDA – O buriti (.....) é uma espécies emergente nesta unidade e apresenta solo hidromórficos, saturado a maior parte do ano.

VARZEA – “...A várzea é aquele ali do fundo do quintal, que tem os buriti (.....) e fica um alagado, lá tem bastante hortelã-da-várzea...”

CERRADO RUPESTRE – com herbáceas, lenhosas e em altitude, em morrais (elevações).

CHAPADÃO – “... Nesses chapadão tem bastante morro, esse aí da Serra do Marzagão é um chapadão, tem bastante Timatí (....) e pau-terra (.....) ...”

CAMPO – Estrato predominante herbáceo-arbustivo, com baixa estatura, com uma densa camada de gramínea.

CAMPO – “...É no campo que agente deixa o gado porque tem muito capim e pouca arvore, bem ralo que mato lá...”

Page 29: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

187

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

No estudo sobre caracterização das unidades de paisagens do cerrado foi observado que os membros da comunidade usam a palavra “mato” para designar a vegetação. Então, quando se pergunta: “quais os tipos de mato que tem por aqui?”, eles indicam: “cerrado”, “mata”, “várzea”, “chapadão” e “campo” para distinguir os tipos de vegetação, clas-sifi cando o cerrado em dois tipos: “Cerrado de pedra” e “Cerrado de areia”.

A relação com o meio ambiente está ali-cerçada na subsistência e no uso de diferen-tes tipos de unidades de paisagem e sua in-tegração com a natureza proporciona várias práticas e atividades, de forma a maximizar o uso desses ambientes, como a extração e coleta dos recursos vegetais, pesca, caça, agricultura e pecuária de pequena escala.

CONCLUSÃO

A Comunidade do Sítio Pindura demonstrou um profundo conhecimento do cerrado, experimentado através da convivência, observando-o de perto e explorando suas potencialidades no cotidiano. Desta maneira a vegetação que os cerca desempenha um papel importante na sobrevivência desta Comunidade.

A Comunidade do Sítio Pindura possui um histórico cultural de interações com o ambiente cerrado, sustentada por um saber ecológico local, pois manejam e conser-vam os fragmentos de cerrado que servem como fonte direta de recursos naturais para Comunidade, de onde se obtém remédios, frutos comestíveis, lenhas e madeiras que são úteis e exploram ainda a possibilidade de criação de gado doméstico.

Este saber sobre os recursos vegetais do ce-rrado é fruto de suas adaptações e interações com o ecossistema, conhecimento adquirido por meio de observações e experimentação, que gera um saber ecológico que é materia-lizado em suas práticas cotidianas.

A Comunidade desenvolveu ao longo do tempo uma multi-utilização do ambiente e mais precisamente do cerrado, manipulando a paisagem natural, mas mantendo a hetero-geneidade de habitat e maximizando o uso da variabilidade biológica.

O multiuso que fazem do cerrado propor-ciona adaptações às condições ambientais e às variações sazonais, requerendo um manejo adaptativo ecológico de forma que desenvolveram um profundo conhecimento dos recursos e de seus ciclos ecológicos de renovação.

Assim, podemos caracterizar essa Comu-nidade como tradicional, com base nas condições de tempo de vivência, adaptabi-lidade à região e à manutenção de saberes e fazeres peculiares, demonstrando que o am-biente e mais precisamente a utilização das plantas convergem para a sustentabilidade das atividades tradicionais desenvolvidas pelos seus membros, homens e mulheres, seres humanos perfeitamente ajustados às paisagens regionais.

AGRADECIMENTOS

A primeira autora agradece a CAPES pela Bolsa concedida. Agradecemos ainda ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico-CNPq, pelo apoio fi nanceiro ao Projeto e à comunidade pela

Page 30: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

188

Abril 2009Núm. 27: 159-190

colaboração na pesquisa. Ainda, à Profa. Dra. Carmen E. Rodriguez Ortiz pelo re-sumen.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agostini-Costa, T. da S.; Silva, D.B. da; Vieira, R.F.; Sano, S.M. & Ferreira, F.R., 2006. “Espécies de maior rele-vância para a região Centro-Oeste”. In: Frutas nativas da região Centro-Oeste. Brasília. EMBRAPA. Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Aguiar, L.M.S. & Camargo, A.J.A., 2004. Cerrado: ecologia e caracterização. Brasília: EMBRAPA.

Almeida, S.P. de & Silva, J.A., 1994. Piqui e buriti – importância alimentar para populações dos cerrado. Planaltina (DF): EMBRAPA/CPAC.

Almeida, S.P. de; Proença, C.E.B.; Sano, S.M. & Ribeiro, J.F., 1998. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina (DF): EMBRAPA/CPAC.

Alexiades, M., 1996. Selected guidelines

for ethnobotanical research: a fi eld manual. New York: The New York Botanical Garden.

Becker, H.S., 1993. Métodos de pesquisa

em ciências sociais. São Paulo: Ed. HUCTEC.

Campos, M.D’O., 2002. “Etnociência ou etnografi a de saberes, técnicas e praticas?” In: Amorozo, M.C.M. et al. Métodos de coleta e análise de

dados em Etnobiologia, Etnoecologia e disciplinas correlatas. Rio Claro: UNESP/CNPq.

Coutinho, L.M., 1978. “O conceito de Cerra-do”. Revta. brasil. Bot., 1: 17-23.

Duarte, T.G., 2001. Um estudo etnoecoló-gico sobre o uso de recursos vegetais em Nova Xavantina, Mato Grosso. 134f. 2001 Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação da Biodi-versidade) – Instituto de Biociências, Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá: Mato Grosso.

Eiten, G., 1972. “The cerrado vegetation of Brazil”. The Botanical Review, 38: 210-341.

Ferreira, J.C.V., 2001. Mato Grosso e seus municípios. Cuiabá: Secretaria de Es-tado de Educação/Ed. Buriti.

Geertz, C.O., 2000. Saber local: novos en-saios em antropologia interpretativa. Petrópolis: Vozes.

Guarim Neto, G., 1984. “Plantas medici-nais utilizadas na medicina popular cuiabana- um estudo preliminar”. Rev. Universidade, 4(1): 45-50.

, 1985. “Espécies frutíferas do ce-rrado Matogrossense (I)”. Boletim da Fundação Brasileira para a Conser-vação da Natureza, 20: 46-56.

, 1987. Plantas utilizadas na me-dicina popular do Estado de Mato Grosso. Brasília: CNPq.

Page 31: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

189

Moreira & Guarim: Usos múltiplos de plantas do cerrado: um estudo etnobotânico na comunidade sítio pindura, Brasil.

M. & Almeida, S. P. Cerrado: Ambiente e fl ora. Planaltina (DF): EMBRAPA.

Miranda, L. & Amorim, L., 2000. Mato Grosso: atlas geográfico. Cuiabá: Entrelinhas.

Myers, N.; Mittermeier, R.A.; Mittermeier, C.G.; Fonseca, G.A.B. & Kents, J., 2000. “Biodiversity hotspots for conservation priorites”. Nature, 403: 852-858.

Morais, R.G., 2003. Plantas medicinais e representações sobre saúde e doenças na Comunidade de Angical (Rosário Oeste, MT). 153f. 2003 (Dissertação de Mestrado em Saúde e Ambiente) – Instituto de Saúde Coletiva, Uni-versidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT.

Noda, H., 2000. Na terra como na água: organização e conservação de re-cursos terrestres e aquáticos em uma comunidade da Amazônia brasileira. 182f. 2000 (Tese de Doutorado em Ecologia e Conservação da Biodi-versidade)-Instituto de Biociências, Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT.

Pasa, M. C.; Soares, J.J. & Guarim Neto, G., 2005. “Estudo etnobotânico na co-munidade de Conceição-Açu (alto da bacia do rio Aricá-Açu, MT, Brasil)”. Acta bot. Bras., 19(2): 195-207.

Posey, D.A., 1987. “Etnobiologia: teoria e prática”. In: Ribeiro, B. Suma etno-biológica Brasileira. vol. 1. Rio de Janeiro: Ed. Petrópolis.

Guarim Neto, G., 1996. Plantas medicinais do Estado de Mato Grosso. Brasília, ABEAS.

, 2001. “Flora medicinal, po-pulações humanas e o ambiente de cerrado”. Horticultura brasileira, 19: 203-206.

Guarim Neto, G. & Morais, R.G. de., 2003. “Recursos medicinais de espécies do Cerrado de Mato Grosso: um estudo bibliográfi co”. Acta Bot. Bras., 17(4): 561-584.

Guarim Neto, G.; Guarim, V.L.M.S.; Morei-ra, D.L.; Amaral, C.N. do & Ferreira, H., 2007. Estudo da fl ora, caracteri-zação da vegetação e etnobotânica no Município de Rosário Oeste, Mato Grosso. subsídios para conservação dos recursos vegetais em Cerrado. Cuiabá. UFMT/CNPq. Relatório fi nal apresentado ao CNPq.

IBGE., 2000. Instituto Brasileiro de Geo-grafi a e Estatística. Censo demográfi co ano 2000. Brasília: IBGE.

Kaplan, M.A.C.; Figueiredo, M.R. & Gottlieb, O.R., 1994. “Chemical diversity of plants from Brazilian Cerrados”. Anais da Academia Bra-sileira de Ciências, 66(Supl. 1-parte I): 50-55.

Martin, G.J., 1995. Ethnobotany. a methods manual. London: Chapman & Hall.

Mendonça, R.C. de; Felfi li, J.M.; Walter, B.M.T.; Junior, M.C.S.; Rezende A.V.; Filgueiras, T.S. & Nogueira, P.E., 1998. “Flora vascular do cerrado”. In Sano, S.

Page 32: USOS MÚLTIPLOS DE PLANTAS DO CERRADO: UM ESTUDO ... · sas categorias de uso, tais como: alimentar, construção civil, lenha, medicinal, mourões e cercas, entre outras. Foi constatado

190

Abril 2009Núm. 27: 159-190

Recibido: 18 enero 2008. Aceptado: 7 enero 2009.

Proença, C.; Oliveira, R.S. & Silva, A.P., 2000. Flores e frutos do cerrado. Brasília: EdUnB.

Ratter, J.A.; Ribeiro, J. F. & Bridgewater, S., 1997. “The brazilian cerrado ve-getation and threats to its biodiversi-ty”. Annals of Botany, 80: 223-230.

Ribeiro, J.F.; Fonseca, C.E.L. & Sousa- Silva, J.C., 2001. Cerrado: caracteri-zação e recuperação de matas de ga-leria. Planaltina (DF): EMBRAPA.

Ribeiro, J.F. & Walter, B.M.T., 1998. “Fi-tofi sionomias do bioma cerrado”. In Sano, S.M. & Almeida, S.P. Cerrado: Ambiente e flora. Planaltina (DF): Embrapa.

Siqueira, J.C., 1981. Utilização popular das plantas do cerrado. São Paulo: Ed. Loyola.

Thiollent, M., 1994. Metodologia da pesqui-sa-ação. São Paulo: Cortez.

Van Den Berg, M.E., 1980. Contribuição a fl ora medicinal do Estado de Mato Grosso. Ciência e Cultura. Suplemen-to. VI Simpósio de plantas medicinais do Brasil. pp. 163-170.

Vieira, R.F. & Martins, M.V.M., 2000. “Recursos Genéticos de Plantas Medi-cinais do Cerrado: uma compilação de dados”. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 3(1): 13-36.

Xavier, F.F., 2005. Conhecimento ecoló-gico tradicional e recursos vegetais em Nossa Senhora da Guia, Cuiabá-Mato Grosso. 89f. 2005 (Dissertação de Mestrado em Ecologia e Conser-vação da Biodiversidade) - Instituto de Biociências, Universidade Federal

de Mato Grosso. Cuiabá: UFMT.