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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EDUCAÇÃO FÍSICA TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE (HIIT) CALISTÊNICO ALIADO AOS MÉTODOS GRUPADO POR SEGMENTO E ALTERNADO POR SEGMENTO E SEUS IMPACTOS NA COMPOSIÇÃO CORPORAL, DESEMPENHO E INTENSIDADE. Natália Gusmão Orientador: Prof. Dr. Érico Chagas Caperuto São Paulo 2020

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

EDUCAÇÃO FÍSICA

TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE (HIIT)

CALISTÊNICO ALIADO AOS MÉTODOS GRUPADO POR SEGMENTO E

ALTERNADO POR SEGMENTO E SEUS IMPACTOS NA COMPOSIÇÃO

CORPORAL, DESEMPENHO E INTENSIDADE.

Natália Gusmão

Orientador: Prof. Dr. Érico Chagas Caperuto

São Paulo

2020

Page 2: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

2

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO........................................................................................

1.1. Objetivo............................................................................................

1.2. Objetivo específico...........................................................................

08

10

10

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO.....................................................................

2.1. Diferentes métodos (sistemas) de treinamento de força.................

2. 3.Treinamento calistênico...................................................................

2. 4.Treinamento intervalado de alta intensidade...................................

2. 5.Treinamento intervalado de alta intensidade calistênico.................

12

12

14

16

20

3. MÉTODO................................................................................................

3. 1. Amostra...........................................................................................

3. 2. Critérios de Inclusão.......................................................................

3. 3. Critérios de Exclusão......................................................................

3.4. Aspectos Ético.................................................................................

3. 4. Intervenção.....................................................................................

3. 5. Avaliações.......................................................................................

3. 6. Analise Estatística...........................................................................

23

23

23

23

23

24

26

31

4.

5.

6.

7.

RESULTADOS........................................................................................

4. 1. Composição corporal......................................................................

4. 2. Força...............................................................................................

4. 3. Intensidade do treino......................................................................

DISCUSSÃO...........................................................................................

5.1. Composição corporal......................................................................

5.2. Desempenho....................................................................................

5.3. Intensidade do treino.......................................................................

CONCLUSÃO.........................................................................................

APLICAÇÕES PRÁTICAS......................................................................

32

32

36

39

43

43

44

47

52

53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................

ANEXOS.........................................................................................................

APÊNDICES...................................................................................................

54

64

66

Page 3: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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LISTA DE TABELAS

Tabela n. Página 1. Média, desvio padrão e N, das características demográficas dos

participantes da pesquisa (idade, altura, peso e IMC), divididos em grupo alternado e grupo grupado. (Fonte própria)...........................

32

Page 4: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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LISTA DE FIGURAS

Figura n. Página 1. Demonstração de uma sessão de treino........................................... 25 2. Demonstração da disposição dos exercícios nos diferentes grupos. 26 3. Exemplo de medidas de circunferência............................................. 28 4. Disposição dos testes durante o período de treino........................... 31 5. Classificação das medidas de tamanho de efeito (D de Cohen) que

serão utilizadas no presente trabalho (CARDOSO, MELLO e FREITAS, 2013)................................................................................

31

6. Média e desvio padrão das variáveis peso (em quilos) e massa magra (M. MAGRA) (em quilos), dos grupos alternado e grupado nos momentos pré e pós. (Fonte própria).........................................

33

7. Média e desvio padrão das variáveis massa gorda (M. GORDA) (em quilos) e percentual de gordura (% GORDURA) (em %) dos grupos alternado e grupado nos momentos pré e pós. (Fonte própria)..............................................................................................

34

8. Média e desvio padrão das variáveis de circunferência (em centímetros) do peitoral, da cintura e do quadril, dos grupos grupado e alternado e dos momentos pré e pós. * p< 0,05 em relação aos momentos pré e pós. (Fonte própria).............................

35

9. Média e desvio padrão das variáveis circunferências (em centímetros) de bíceps, coxa e perna, em dois diferentes grupos (grupado e alternado) e em diferentes momentos (pré e pós). * p< 0,05 na comparação dos momentos pré e pós no grupo grupado. (Fonte própria)...................................................................................

36

10. Média e desvio padrão, das variáveis IVS (Impulsão vertical sem auxilio) (em centimetros), T. ABD. (Teste abdominal) (contagem do número de exercícios em 1 minuto), T. FLEXÃO (Teste de flexão) (contagem do número de exercícios em 1 minuto), dos grupos grupado e alternado nos momentos pré e pós. * p< 0,05 em relação aos momentos pré e pós. (Fonte própria).............................

37

11. Média e desvio padrão, da variável IH (Impulsão horizontal) (em centímetros), nos grupos grupado e alternado e nos momentos pré e pós. * p< 0,05 em relação aos momentos pré e pós. (Fonte própria)..............................................................................................

38

12. Média e desvio padrão das variáveis PMAX (potência máxima) e PMED (potência média) (em Watts), nos grupos alternado e grupado, em relação aos momentos pré e pós. * p< 0,05 em relação aos momentos pré e pós. (Fonte própria).............................

39

13. Média e desvio padrão da contagem do número de exercícios (número de exercícios) de uma sessão de treino do grupo grupado e uma do grupo alternado. * p<0,05 na comparação entre os grupos. (Fonte própria)......................................................................

40

14. Média e desvio padrão das medidas de lactato (mmol/l), da semana 1 dia 1 (Terça, sem 1), semana 1 dia 2 (Quinta, sem 1), semana 2 dia 1 (Terça, sem 2) e semana 2 dia 2 (Quinta, sem 2), e dos dois grupos alternado e grupado nestes momentos. * p<0,05 em comparação aos momentos descritos acima. § p<0,05 na comparação entre grupos. (Fonte própria)...................................

41

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15. Média e desvio padrão das frequências cardíacas (FC) (em batimentos por minuto (bpm)), dos grupos alternado e grupado. * p< 0,05 em comparação com o outro grupo. (Fonte própria)............

41

16. Média e desvio padrão do Borg (em escala de 0 a 10), dos grupos grupado e alternado. * p< 0,05 em comparação ao outro grupo. (Fonte própria)...................................................................................

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Resumo

O HIIT calistênico, tem os mesmos princípios do HIIT tradicional (alta

intensidade, seguidos de períodos de descanso), no entanto, utiliza o peso

corporal como ferramenta de treino. Por ser considerada uma novidade o HIIT

calistênico não tem bem definido um protocolo de treino fixo, uma das questões

que não se encontra bem definida é a ordem dos exercícios. Alguns métodos

de treinamento de força utilizam a ordem dos exercícios como estratégia,

dentre eles o método alternado por segmento e grupado por segmento. Sendo

assim, o objetivo do presente estudo foi analisar os métodos grupado por

segmento e alternado por segmento, associados ao HIIT calistênico, e seus

impactos na composição corporal, desempenho e intensidade. A amostra foi

composta por 21 pessoas, de 20 a 30 anos, as quais foram divididas em dois

grupos, (grupo alternado por segmento e grupo grupado por segmento). A

intervenção foi composta por 10 sessões de cada método de treinamento que

foram realizadas em 15 dias, cada sessão teve duração média de 30 minutos.

Foram realizadas avaliações de composição corporal, força e intensidade de

treino. Para análise estatística foi usado o teste Anova de duas vias e o Teste T

de Student, foram considerados estatisticamente significativos os valores de

p<0,05. Os dois grupos tiveram aumento significativo na força e nenhum dos

grupos teve mudança na composição corporal. O grupo alternado teve melhora

significativa na potência muscular e o grupo grupado diminuiu

significativamente medidas de circunferência. O grupo alternado apresentou

resultados de intensidade maior quando comparado ao grupo grupado. A partir

dos resultados encontrados por este trabalho podemos concluir que o grupo

alternado por segmento teve resultados melhores em relação a intensidade de

treino em comparação ao grupo grupado. Em relação a composição corporal

nenhum dos grupos obteve diferença significativa em relação ao peso, massa

magra, massa gorda e % de gordura, no entanto, o grupo grupado teve

diminuição significativa da circunferência de peitoral e de coxa. Por fim,

relacionado ao desempenho, ambos os grupos tiveram melhoras significativas

das variáveis de força de membros inferiores, resistência abdominal e

resistência de membros superiores, a demais, o grupo alternado demonstrou

um aumento da potencia muscular máxima do momento pré para o pós.

Concluímos também que treinamento alternado foi mais afetivo, por apresentar

uma intensidade mais alta, atingindo um dos preceitos do HIIT. Por fim,

afirmamos que a mudança na ordem dos exercícios influenciou tanto na

intensidade do treino, quanto em seus resultados.

Palavras chave: Treinamento intervalado de alta intensidade calistênico,

composição corporal, desempenho, intensidade.

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Abstract

The calisthenic high intensity interval training (HIIT), consists of

performing high intensity exercises, followed by recovery periods, however,

using the body weight as training load. Because it is a novelty, the calisthenic

high intensity interval training does not have a proper protocol, and one

important question is the exercises order. Some resistance training methods,

use exercise order as a training strategy, they are named alternated by

segment and grouped by segment. The aim of this study was to verify the

alternated by segment and grouped by segment methods, associated to

calisthenics HIIT, and its impacts in body composition, performance and

intensity. We recruited 21 participants, from 20 to 30 years, divided into two

different groups: alternated by segment (11) and grouped by segment (10). The

intervention lasted 15 days, and 10 sessions of each method were made. All

sessions lasted an average of 30 minutes. We measured body composition,

strength and training intensity variables. As statistical analysis we used Anova

two way and Student T Test, significance was set to p<0.05. Both groups

increased strength significantly, however body composition did not change. The

alternated by segment group increased muscle power significantly and the

grouped by segment group decreased circumferences significantly. The

alternated by segment group presented larger results of intensity when

compared to the grouped by segment group. Thus, we concluded that

alternating training by segment is more effective compared to grouped training

by segment, we also concluded that the change in order of exercises influenced

the intensity of the training and consecutively its results.

Key words: Calisthenic high intensity interval training, body composition,

strength, intensity.

Page 8: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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INTRODUÇÃO

O treinamento intervalado de alta intensidade, mais conhecido como

HIIT (high intensity interval training), se constitui de períodos curtos de alta

intensidade, que são intervalados entre si, além disso, o HIIT é um tipo de

treino que tem como uma de suas características um tempo menor das

sessões, do que outras modalidades como a musculação e a ginástica de

academia (COSTIGAN et al, 2015; BOUTCHER, 2010).

Outra característica importante do HIIT, é que o mesmo pode ser feito

com diferentes tipos de exercícios, sendo assim, são inseridos dentro do

modelo de alta intensidade com períodos intervalados entre si, variadas formas

de exercício, desde de sprints em bicicleta ergométrica, até exercícios

calistênicos (ROTTA, 2014).

Na literatura científica, alguns benefícios do treinamento intervalado de

alta intensidade já estão bem documentados, dentre eles, melhora nas

variáveis antropométricas, na aptidão física, aptidão cardiorrespiratória,

melhora de variáveis metabólicas e da composição corporal, essas melhorias

ocorrem tanto para adultos, quanto para adolescentes (CONSTIGAN et al,

2015).

O HIT calistênico, segue os mesmos princípios descritos acima, no

entanto utiliza o peso corporal como ferramenta de treino (carga), podendo ser

uma estratégia interessante para o trabalho de aptidão física como um todo

(MACHADO et al, 2018).

A metodologia do HIT aplicado ao treinamento calistênico, ainda é nova

e por isso, existem poucos artigos que documentem seus efeitos na aptidão

física, metabolismo e composição corporal. Além disso, dos poucos estudos

sobre o assunto, são variadas as metodologias de treino propostas, não há um

consenso entre o tempo total da sessão, tempo de realização de determinado

exercício ou do tempo de descanso, etc (MACHADO et al, 2017).

Segundo Machado et al (2017), o melhor método a ser utilizado, para o

HIT calistênico, inclui uma sessão com duração total de 30 minutos, com

intensidade controlada pela percepção subjetiva de esforço de escore 9 a 10, e

Page 9: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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tempo de duração de cada exercício de 1 minuto. Em relação ao tempo de

recuperação a variação pode ser de 1 a 2 minutos dependendo do nível de

condicionamento do aluno.

Outro fator que não está bem fundamentado na literatura é a disposição

dos exercícios durante a sessão. Uma forma interessante de disposição dos

ciclos de exercícios na sessão poderia ser alterná-los por segmento e grupá-los

por segmento.

Existem diversos métodos de treinamento de força, entre eles, alguns

usam a estratégia de mudar a ordem dos exercícios, para que determinados

objetivos sejam atingidos. Isso acontece no caso das metodologias citadas

acima, alternado por segmento e grupado por segmento (SENNA et al, 2010).

O método alternado por segmento consiste na aplicação alternada de

exercícios com diferentes grupos musculares, por exemplo: o primeiro exercício

é flexão de braço (envolvendo os grupos musculares dos membros superiores,

tríceps braquial, deltoide e peitoral), em seguida é realizado o agachamento

(que envolve membros inferiores, quadríceps, gluteo e triceps surral). Nessa

metodologia não se repete o mesmo grupo muscular do exercício anterior

(SENNA et al, 2010).

Em relação ao outro método, o grupado por segmento, traduz-se

exatamente no contrario da estratégia anterior. Nessa metodologia o aluno

deve realizar diversos exercícios do mesmo grupo muscular ou do mesmo

segmento corporal, em um mesmo ciclo de execução. Por exemplo, o atleta

tem de fazer na mesma sequência, agachamento e avanço, os dois exercícios

que envolvem grupos musculares dos membros inferiores (SENNA et al, 2010).

A partir de todas as informações colocadas, da falta de uma

padronização nos protocolos de treino do HIIT calistênico e mesmo da falta de

informação em relação à ordem proposta dos exercícios, o problema que

originou o presente trabalho foi: Quais os impactos dos distintos métodos de

treinamento, aliados ao HIIT calistênico, na composição corporal, desempenho

e intensidade de treino?

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Sendo assim, nossa hipótese é de que os distintos métodos de

treinamento, relacionados ao HIIT calistênico, terão resultados iguais em

relação ao desempenho e a composição corporal, e serão vistos resultados

distintos na variável de intensidade do treino, sendo esperado que o grupo

grupado por segmento tenha maior intensidade que o grupo alternado por

segmento.

Em relação às diferenças esperadas do momento pré para o pós,

esperamos que, haja diferença nas medidas de desempenho. No entanto não

acreditamos que vão haver diferenças do momento pré para o pós nos

parâmetros de composição corporal e intensidade de treino.

O trabalho se justifica por estudar um programa de treinamento

considerado novo e com poucas evidências científicas dos seus efeitos e

também propor duas metodologias de treino diferentes, e verificar quais os

efeitos delas associadas ao HIIT calistênico. Dessa maneira podemos propor,

uma padronização da metodologia deste tipo de treino, para que sejam

atingidos determinados benefícios, gerando informações importantes para os

profissionais da área conseguirem melhores resultados com este tipo de

treinamento alcançando os objetivos dos clientes. O trabalho também pode

transformar o HIIT calistênico, em uma modalidade mais frequente nas

academias e demais locais de treinamento, visando saúde, condicionamento

físico e estética, podendo ser praticado por qualquer pessoa.

OBJETIVO

O objetivo do presente estudo foi analisar os métodos grupado por

segmento e alternado por segmento, associados ao HIIT calistênico, e seus

impactos na composição corporal, desempenho e intensidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar o treinamento intervalado de alta intensidade calistênico

associado aos métodos grupado por segmento e alternado por segmento e

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seus impactos no peso, massa magra, massa gorda, percentual de gordura e

circunferências.

Analisar os métodos alternado e grupado por segmento juntamente com

o HIIT calistênico e seus resultados na força, resistência muscular e potência

muscular.

Por fim, analisar a associação entre HIIT calistênico e os métodos

alternado e grupado por segmento e seus diferentes impactos na frequência

cardíaca e percepção subjetiva de esforço (Borg), lactato e contagem de

número de exercícios.

Page 12: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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REFERENCIAL TEÓRICO

Diferentes métodos (sistemas) de treinamento de força

O treinamento de força e o resistido, se referem a diversos tipos de

treinos, dentre eles o treinamento funcional, calistênico, pliométrico e

basicamente qualquer treinamento que envolva a resistência dos músculos

contra uma força oposta (FLECK e KRAEMER, 2017).

Já o treinamento com pesos está ligado diretamente, a exercícios com

pesos livre ou em máquinas, ou seja, principalmente a musculação (FLECK e

KRAEMER, 2017). O treinamento resistido caracterizado pela musculação é

uma das modalidades que mais cresceu e continua a crescer em número de

praticantes e academias, esse grande crescimento se deve pelos diversos

benefícios que a mesma proporciona aos seus praticantes (KRAEMER e

RATAMESS, 2004).

Alguns dos benefícios deste tipo de treinamento são: o aumento da força

muscular e da potência muscular, a melhora da aptidão física, a melhora da

composição corporal, performance motora e coordenação motora. Além disso,

este tipo de exercício também pode beneficiar pessoas com doenças,

cardiovasculares, doenças musculoesqueléticas, ou hipertensas (KRAEMER e

RATAMESS, 2004; FLECK e KRAEMER, 2017).

Dentro do treinamento resistido existem diversos sistemas de treino,

alguns dentre eles são, drop set, treinamento em circuito, série única, séries

múltiplas, sistema pirâmide, supersérie, pré-exaustão, sistema negativo,

agonista–antagonista, alternado por segmento e grupado por segmento

(FLECK e KRAEMER, 2017; SALLES e SIMÃO, 2014).

Os termos treinamento de força, treinamento com pesos e

treinamento resistidos são todos utilizados para descrever

um tipo de exercício que exige que a musculatura corporal

se movimente (ou tente se movimentar) contra uma força

oposta, geralmente exercida por algum tipo de

equipamento (FLECK e KRAEMER, pg. 1, 2017).

Page 13: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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Boa parte dos sistemas de treinamento foi criado para suprir demandas

de grupos específicos, como atletas de diferentes modalidades, fisiculturistas

ou atletas de levantamento de peso olímpico. Demandas essas como os

objetivos do treinamento de cada aluno, como força, hipertrofia,

emagrecimento, e características como a necessidade de um treino de curta ou

longa duração do treino, a disponibilidade de materiais e o local dos treinos

(FLECK e KRAEMER, 2017).

Dentre os sistemas de treinamento citados acima, dois foram utilizados

neste estudo, são eles, alternado por segmento e grupado por segmento.

No sistema alternado por segmento faz-se um movimento relacionado a

um segmento corporal e em seguida não se repete o mesmo segmento

corporal, ou seja, treina-se braço e depois perna, o mesmo segmento não se

repete logo em seguida (SENNA et al, 2010).

Como neste sistema de treinamento acontece a alternância entre

segmentos corporais, há um maior tempo de recuperação para os músculos,

do que se os mesmos tivessem sendo usados seguidamente, gerando assim

menos stress para os músculos, isso faz com que o aluno que pratique este

tipo de treino tenha mais resistência a aulas de longa duração (FLECK e

KRAEMER, 2017).

Existem estudos que utilizam este tipo de sistema na literatura, no

entanto, muitas vezes o princípio é o mesmo, de se alternar o segmento

corporal a cada exercício feito, mas o sistema de treinamento é chamado de

nomes diferentes, dentre esses autores estão: Senna et al (2010); Romero,

Caperuto e Costa Rosa (2005); Aniceto et al (2013); Flecker e Kraemer (2017);

Vale, Novaes e Dantas (2005); Uchida et al (2013); Castro et al (2009) e

Almeida e Silva (2014).

O Sistema grupado por segmento é o oposto do alternado por segmento,

nele os exercícios ocorrem em somente um segmento corporal, por exemplo o

primeiro exercício é flexão na barra e o segundo é flexão de tríceps, assim, o

mesmo segmento corporal é exercitado repetidamente (FLECK e KRAEMER,

2017).

Page 14: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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Quando o indivíduo treina usando o sistema grupado por segmento,

principalmente quando se trabalha os mesmos grupos musculares

seguidamente, ele promove um aumento do fluxo sanguíneo para o grupo

muscular treinado, facilitando o processo de hipertrofia muscular além do

aumento da quantidade de água que é direcionada para as células. Esse tipo

de sistema também envolve um maior stress para o segmento muscular

escolhido e é considerado mais intenso e mais efetivo, especialmente em

relação a hipertrofia (FLECK e KRAEMER, 2017; UCHIDA et al, 2013).

O sistema grupado por segmento, também é utilizado por outros autores

em seus trabalhos, este tipo de treino também pode ser encontrado com outros

nomes, mas sempre com a mesma proposta, fazer exercícios do mesmo grupo

muscular e mesmo segmento corporal, seguidamente um do outro. Entre estes

autores temos: Romero, Caperuto e Costa Rosa (2005); Flecker e Kraemer

(2017); Uchida, et al (2013); Costa, et al (2017); Gentil, et al (2006); Calder, et

al (1994); Kraemer, et al (2001); Cunha, et al (2013) e Salles e Simão (2014).

Treinamento calistênico

Segundo Flecker e Kraemer (2017), treinamento resistido e treinamento

de força são termos utilizados para identificar vários tipos de treino, dentre eles

o treinamento calistênico.

A palavra calistenia vem do grego Kallos (beleza) e sthenos (força)

(MACHADO et al, 2017). Ela consiste em exercícios físicos que não utilizam

pesos ou equipamentos para sua realização, sendo que a única coisa utilizada

como carga de trabalho é o próprio peso corporal (MARTINEZ et al, 2017).

A calistenia teve seu início na Grécia Antiga, depois disso, só em 1785

os exercícios com peso corporal começaram a ser utilizados como uma prática

de atividade física. Em 1829 foi criado o primeiro livro sobre a calistenia, o qual

colocava a mesma como uma nova modalidade de ginástica, onde, foram

retirados aparatos e aparelhos e foi inserido o ritmo (ALIJAS e TORRES,

2015).

Page 15: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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Esses exercícios com peso corporal são baseados em habilidades

motoras básicas, locomoção (saltar, correr e andar), estabilização (equilibrar,

flexionar e girar) e manipulação (arremessar, lançar e agarrar). Essas são

habilidades que além de serem desenvolvidas nos exercícios calistênicos,

também estão envolvidas nas nossas atividades diárias (ALIJAS e TORRES,

2015).

Alguns esportes, modalidades e grupos específicos utilizam-se da

calistenia como treinamento ou como reabilitação, alguns deles são: as

ginásticas (rítmica, artística, aeróbica, acrobática e de trampolim), ela também

é utilizada em atividades circenses, no Cross Fit, no Pole Dance, é aplicada no

treinamento de soldados e nos EUA é usada também como forma de

fisioterapia (ALIJAS e TORRES, 2015; MARTINEZ et al, 2017).

Atualmente a calistenia ou exercícios com peso corporal, tem crescido

muito em popularidade, sendo considerado em 2015 o primeiro na lista de

tendências fitness, nos anos subsequentes (2016 e 2017) ficou com o segundo

lugar e em 2018 permaneceu na quarta colocação (THOMPSON, 2017).

Esse movimento vem ocorrendo pela grande utilização deste tipo de

treinamento por clubes, academia, acessorias esportivas e demais espaços

destinados a prática de atividade física. O treinamento com peso corporal

oferece algumas facilidades como, não necessitar de equipamentos, além de

poder ser praticado em qualquer espaço, ambientes abertos, fechados, em

parques ou até mesmo em casa (THOMPSON, 2017).

Este tipo de treino pode gerar diversos benefícios para seus praticantes,

são vistos ganhos na parte motora como melhora da coordenação motora,

aumento da força e melhora do equilíbrio, existem benefícios fisiológicos como

diminuição da pressão arterial e batimentos cardíacos em repouso, além disso

também são proporcionadas melhoras em questões psicológicas e sociais

(ALIJAS e TORRES, 2015).

Muitos estudos tem como foco, observar os efeitos deste tipo de

treinamento na aptidão física e seus efeitos fisiológicos, em diferentes grupos.

Page 16: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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Em relação a aptidão física, muitos estudos comprovam o aumento de

força em jovens, adultos e idosos. Thomas et al (2017) e Chaves et al (2017)

relatam melhora na força de jovens adultos, respectivamente em 8 e 9

semanas de treinamento calistênico. Braga et al (2008) e Krishinan e

Arumugam (2013), observaram melhora na variável força em adolescentes. Por

fim, Tsuzuku et al (2018) conseguiram em 12 semanas aumentar a força de

mulheres idosas.

Também foram notadas melhoras na flexibilidade (KRISHINAN e

ARUMUGAM, 2013), na coordenação motora (KAYA et al, 2012), na agilidade

(CHAVES et al, 2017) na composição corporal em geral (THOMAS et al, 2017;

TSUZUKU et al, 2018) e na postura (THOMAS et al, 2017).

O treinamento calistênico também foi capaz de promover alterações nas

respostas fisiológicas e metabólicas. Cassady e Nielsen (1992) fizeram

treinamento calistênico em ambiente terrestre e aquático com indivíduos

adultos e observaram que sessões de treino com peso corporal são capazes

de aumentar o Vo2 e a FC.

Marin, Salerno e Variane (2015), notaram a diminuição da dor e melhora

no condicionamento cardíaco de idosos com doença arterial obstrutiva

periférica em um período de 3 meses. Lawrence, Shaw e Shaw (2014),

demonstraram em seu estudo que o treinamento calistênico em casa, pode ser

uma forma de diminuir o risco de hipertensão em adultos com obesidade e

sobrepeso.

Hoje o treinamento calistênico tem começado a ser utilizado em

associação a um método chamado HIIT - treinamento intervalado de alta

intensidade.

Treinamento intervalado de alta intensidade

O treinamento intervalado de alta intensidade ou mais conhecido como

HIIT, é uma metodologia de treinamento que consiste na realização de

exercícios em alta intensidade, seguidos de um período de descanso, outra

Page 17: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

17

característica do HIIT é a pouca duração das sessões (GIBALA e MCGEE,

2008).

Em boa parte dos artigos sobre HIIT, o método é usado de duas formas,

em corrida em esteira (FAELLI et al, 2019; GEROSA-NETO et al, 2019;

GAHETE et al, 2019; ALIZADEH et al, 2019) e em bicicleta, ergométrica ou não

(BURGOMASTER et al, 2008; MAHJOUB et al, 2019; BOFF et al, 2019;

ABDELBASSET et al, 2019).

Mesmo com a grande maioria dos estudos sendo em esteira e bicicleta,

o HIIT também é utilizado em outras modalidades, natação (GOMES, DANTAS

e CAMERON, 2003) e exercícios calistênicos ou com peso corporal

(BATRAKOULIS et al, 2019; SCHAUN et al, 2018; GIST et al, 2015; MCRAE et

al, 2012).

O treinamento intervalado de alta intensidade é utilizado tanto por

populações consideradas saudáveis (BENÉTEZ-FLORES et al, 2019;

MAHJOUB et al, 2019; BROWN et al, 2018), quanto por populações com algum

tipo de doença: obesos (GEROSA-NETO et al, 2019; BATRAKOULIS et al,

2019; ABDELBASSET et al, 2019; PLAVSIC et al, 2019) diabéticos

(POTASHNER et al, 2019; ABDELBASSET et al, 2019; BOFF et al, 2019),

pessoas com problemas cardíacos (DUN et al, 2019; BESNIER et al, 2019;

RIBEIRO et al, 2017), com câncer (ALIZADEH et al, 2019; ALIZADEH et al,

2019), síndrome metabólica (DUN et al, 2019) e pessoas com lesões crônicas

na medula espinhal (MCMILLAN et al 2019).

Como é possível ver, o treinamento intervalado de alta intensidade tem

uma ampla gama de estudos e, portanto, já foram documentados muitos

benefícios que este tipo de treinamento promove. Foram documentados

ganhos na aptidão física, em marcadores hemodinâmicos e no metabolismo,

em populações saudáveis ou não saudáveis (DALPIAZ et al, 2016; GIBALA e

MCGEE, 2008; WEWEGE et al, 2017; SULTANA et al, 2019).

Entre os ganhos na aptidão física, estudos demonstram melhora da

composição corporal, na aptidão cardiorrespiratória e na força muscular.

Page 18: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

18

Faelli et al (2019), testou dois diferentes protocolos de HIIT em

corredores amadores e após 8 semanas observou melhoras na composição

corporal, diminuição da massa gorda e aumento da massa magra. Brown et al

(2018), também observou melhoras na composição corporal, aumentos na

massa magra, no peso corporal, IMC e também na massa óssea e houve uma

diminuição na massa gorda.

Outros estudos também demonstram os benefícios do HIIT na

composição corporal. Plavsic et al (2019), fizeram 3 meses de intervenção,

com dois diferentes grupos, um grupo só fazia dieta e outro fazia dieta e

treinavia HIIT, após o fim da intervenção ambos os grupos tiveram melhoras no

IMC, no percentual de gordura e na circunferência da cintura. Dun et al (2019),

observaram melhoras na circunferência de cintura, na massa gorda e massa

magra em pacientes com síndrome metabólica. O protocolo de HIIT também

promoveu melhoras na composição corporal em populações com sobrepeso e

obesidade (WEWEGE et al, 2017).

Muitos estudos tem o objetivo de verificar os efeitos do treinamento

intervalado de alta intensidade em relação a aptidão cardiorrespiratória.

Gerosa-Neto et al (2019), demonstraram melhoras na aptidão aeróbia após 6

semanas de HIIT. Boff et al (2019), obtiveram melhoras na mesma variável em

apenas 8 semanas, estudando um grupo de diabéticos tipo 1. Wen et al (2019),

demonstram melhoras no VO2max em 4 semanas de HIIT.

Outros estudos também observam a melhora da capacidade

cardiorrespiratória com o treinamento de alta intensidade. Sultana et al (2019)

comparou 3 grupos, HIIT, exercícios contínuos e sem exercícios e notou que o

grupo HIIT mostrou um maior aumento na aptidão cardiorrespiratória

comparado aos demais grupos. Faelli et al (2019); Benítez-Flores et al (2019) e

Brown et al (2018) comprovam a melhora da aptidão aeróbica em seus

estudos.

Alguns autores demonstram que o HIIT também pode ser uma boa

alternativa para o aumento de força. Benítez-Flores et al (2019), demonstraram

melhora na força do corpo inteiro em um protocolo de HIIT com exercícios

resistidos. Brown et al (2019) e Menz et al (2019), ambos verificam a melhora

Page 19: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

19

da força e da resistência muscular, em seus estudos com diferentes protocolos

de HIIT.

O treinamento intervalado de alta intensidade também promove

mudanças em marcadores hemodinâmicos. São observadas melhoras na

pressão arterial (GEROSA-NETO et al, 2019; PLAVSIC et al, 2019; DUN et al,

2019; ABDELBASSET et al, 2019), diminuição da frequência cardíaca em

repouso (PLAVSIC et al, 2019; BESNIER et al, 2019; ABDELBASSET et al,

2019) e melhora nos índices glicêmicos (PLAVSIC et al, 2019; DUN et al,

2019).

Também foi possível observar ganhos na função endotelial (BOFF et al,

2019), redução nos triglicerídeos (DUN et al, 2019), aumento nos volumes do

átrio esquerdo (ABDELBASSET et al, 2019) e melhora nos lipídios vicerais

(ABDELBASSET et al, 2019).

O HIIT também provoca melhoras em questões metabólicas, como

aumento da capacidade muscular oxidativa (GIBALA e MCGEE, 2008;

BURGOMASTER et al, 2008), aumento de catecolaminas, glicerol e o aumento

da capacidade oxidativa da lipólise (BOUTCHER, 2010; WHYTE, GILL e

CATHCART, 2010; TRAPP, CHISHOLM e BOUTCHER, 2007).

As mudanças metabólicas demonstrada pelo treinamento intervalado de

alta intensidade, são as mesmas demonstradas pelo exercício continuo, no

entanto, o HIIT é considerado mais eficaz por ter um menor volume e uma

menor duração do treino (GIBALA e MCGEE, 2008; BURGOMASTER et al,

2008).

Apesar de existirem estudos sobre HIIT com diferentes populações, o

mesmo deve ser praticado com os devidos cuidados, deve ser realizado

sempre sobre a supervisão de um profissional de educação física, o qual saiba

como manipular as variáveis de treino corretas para cada objetivo. Sendo que,

o protocolo a ser aplicado a uma pessoa saudável, deve ser diferente de um

aplicado a uma pessoa sedentária ou obesa e de uma pessoa com doença

cardíaca. Eliminando assim, riscos que um protocolo mal aplicado pode ter

para a saúde (DALPIAZ et al, 2016).

Page 20: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

20

Treinamento intervalado de alta intensidade calistênico

O HIIT calistênico, é a modalidade de treinamento intervalado de alta

intensidade que usa o peso corporal como carga de treino, na qual, não são

utilizados pesos como carga, somente o peso corporal (MACHADO et al,

2017).

Na literatura ainda existem poucos estudos sobre HIIT calistênico, além

disso, há uma diversidade de nomes que podem ser utilizados para se referir a

esta modalidade, por exemplo: whole-body training, HIIT body work e whole-

body calisthenics, o que acaba por dificultar a pesquisa sobre o tema

(MACHADO et al, 2017).

Como dito anteriormente, no HIIT calistênico, são feitos exercícios que

se utilizam do peso corporal como carga de treino. A maioria dos autores se

utiliza de 4 a 5 tipos de exercícios, por sessão de HIIT calistênico

(EVANGELISTA et al, 2017; MACHADO et al, 2018; MACHADO et al, 2018;

RICA et al, 2018; MCRAE et al, 2012; SCHAUN et al, 2019; SCHAUN et al,

2018; EVAGELISTA et al, 2019), no entanto, também há trabalhos que utilizam

apenas um exercício (GIST et al, 2015).

A maioria dos artigos acadêmicos utiliza os mesmos exercícios durante

a execução do HIIT calistênico, sendo eles, burpee (GIST et al, 2015),

polichinelos, mountain climber, agachamento com salto, split e meio burpee

(EVANGELISTA et al, 2017; MACHADO et al, 2018; MACHADO et al, 2018;

RICA et al, 2018; MCRAE et al, 2012; SCHAUN et al, 2019; SCHAUN et al,

2018; EVAGELISTA et al, 2019).

Apesar deste trabalho ser inspirado nos estudos de HIIT calistênico

citados acima, ele tem uma metodologia nova e original por reunir algumas

características dos diferentes métodos citados.

Em relação aos treinos intervalados de alta intensidade não existe um

consenso claro de duração dos treinos, quantas vezes na semana se deve

praticar, ou mesmo, qual o tempo da execução dos exercícios de alta

intensidade, ou ainda qual o tempo de descanso (GIST, FREEZE e CURETON;

2014).

Page 21: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

21

Assim como os treinos de alta intensidade mais tradicionais (por

exemplo a corrida em esteira), o HIIT calistênico também não tem um

consenso na literatura de como deveriam ser realizados os treinos.

Machado et al (2017), levanta alguns pontos, como a duração da sessão

que deve ser de 30 minutos, a intensidade que deve ser controlada pela

percepção subjetiva de esforço, que deve marcar de 9 a 10 no score da escala,

o tempo de duração de cada exercício deve ter em média 1 minuto e o tempo

de recuperação ficaria entre 1 minuto e 2 dependendo do nível do aluno.

Os artigos sobre treinamento intervalado de alta intensidade calistênico,

tratam de assuntos diversos, como, composição corporal (EVANGELISTA et al,

2019; MACHADO et al, 2018), força e resistência muscular (EVANGELISTA et

al, 2019; SCHAUN et al, 2019; MCRAE et al, 2012), capacidade aeróbica

(SCHAUN et al, 2018; MCRAE et al, 2012), imagem corporal (RICA et al,

2018), taxa de sudorese (MACHADO et al, 2018), mudanças de humor e

afetividade (EVANGELISTA et al, 2017) e aptidão física como um todo (GIST et

al, 2015).

Como existem poucos estudos sobre o tema, os benefícios deste tipo de

treinamento ainda não estão muito bem documentados. Dentre as mudanças já

documentadas estão, aumento de força e resistência muscular (EVANGELISTA

et al, 2019; SCHAUN et al, 2019), melhora na aptidão cardiorrespiratória

(SCHAUN et al, 2018; MCRAE et al, 2012), maior taxa de sudorese quando

comparado a programas com menor intensidade (MACHADO et al, 2018) e

redução da massa corporal (MACHADO et al, 2018).

Evangelista et al, 2019 e Schaun et al, 2018 destacam também que o

treinamento intervalado de alta intensidade calistênico é tão efetivo quanto o

tradicional treinamento de alta intensidade (em esteira e em bicicleta

ergométrica) e o treinamento de intensidade moderada, para a melhora de

parâmetros de aptidão física e de saúde.

A partir, do que foi exposto, o objetivo do presente estudo foi analisar os

métodos grupado por segmento e alternado por segmento, associados ao HIIT

Page 22: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

22

calistênico, e seus impactos na composição corporal, desempenho e

intensidade.

Page 23: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

23

MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho é considerado experimental, assim caracterizado por

manipular as variáveis de pesquisa (THOMAS e NELSON, 2002).

Amostra

A amostra se caracteriza como não probabilística, pois os participantes

da pesquisa foram selecionados arbitrariamente. A mesma foi composta por 21

participantes, homens de 20 a 30 anos de idade, considerados saudáveis e que

eram praticantes de atividade física, os mesmos não poderiam estar praticando

qualquer protocolo de HIIT, 2 meses antes do início do dos treinos propostos

por este trabalho e durante a realização do mesmo.

Os participantes foram divididos, por meio de sorteio, em dois grupos, 11

participantes ficaram no grupo alternado por segmento – e 10 participantes

fizeram parte do grupo grupado por segmento.

Critérios de Inclusão

Foram inclusos no projeto, participantes homens de 20 a 30 anos,

considerados saudáveis e que fossem praticante de atividade física regular, a

mais de seis meses.

Critérios de Exclusão

Foram excluídos do trabalho os indivíduos que apresentarem mais de

25% das faltas previstas, que estivessem praticando qualquer treino de HIIT

até dois meses antes do inicio do protocolo de treinos deste trabalho e durante

o mesmo. Também foram excluídas pessoas que tinham doenças como

diabetes mellitus, hipertensão, doenças cardiovasculares, doenças ósseas,

doenças respiratórias, síndrome metabólica e doenças auto imunes.

Aspectos Éticos

Este trabalho foi submetido e aprovado pelo comitê de ética em

pesquisa com o número CAAE 02273318. 7. 0000. 0089. Antes da realização

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24

de qualquer avaliação foi entregue para cada participante o termo de

consentimento livre esclarecido (TCLE), o mesmo foi lido pelo participante e

depois assinado, alguém responsável pela pesquisa sempre esteve presente

neste momento para solucionar qualquer duvida do participante.

Intervenção

O protocolo de intervenção foi realizado na Universidade São Judas, na

sala de expressão corporal e/ou no ginásio poliesportivo. A intervenção foi

composta por 10 sessões de treino, sendo elas feitas em cinco dias

consecutivos da semana, ou seja, de segunda a sexta, com pausas aos fins de

semana, sendo assim, a duração do protocolo foi de 15 dias (duas semanas).

Cada sessão teve duração média de 30 minutos, e foi organizada da

seguinte maneira: a sessão era composta por 3 ciclos de exercício.

Cada ciclo continha 5 exercícios diferentes (cada exercício tinha a

duração de 45 segundos e entre os exercícios foi determinado um intervalo de

20 segundos de descanso) que foram repetidos duas vezes.

Durante cada treino foram utilizados diferentes exercícios como, burpee,

agachamento e agachamento com salto; mas também foram utilizados

exercícios oriundos dos treinos de resistência da modalidade de ginástica

artística. Este trabalho também utilizou um maior número de tipos de exercício

por sessão totalizando 15. Entre cada um dos 3 ciclos ocorreu um intervalo

maior de descanso de um minuto e meio. (Exemplo de protocolo de treino e

exercícios Apêndice 3).

Page 25: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

25

Figura 1 – Demonstração de uma sessão de treino. (Fonte própria)

Disposição dos exercícios em cada grupo:

Grupo Alternado por Segmento (GAS) – treino alternado por segmento:

cada ciclo foi composto por exercícios alternados entre si de membros

inferiores, membros superiores e tronco, variados entre si, sem repetir o

mesmo segmento corporal, sendo assim, alternando-os entre si, perna, depois

braço, tronco, braço; sem repeti-los em sequência.

Grupo Grupado por Segmento (GGS) – treino grupado por segmento:

cada ciclo foi composto de exercícios de apenas um segmento corporal, ou

seja, primeiro ciclo de exercícios que priorizem os membros superiores,

segundo ciclo de exercícios de tronco e terceiro de exercícios de perna.

Page 26: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

26

Figura 2 - Demonstração da disposição dos exercícios nos diferentes grupos.

(Fonte própria).

As sessões de treinamento foram de alta intensidade, que foi verificada

e aferida, principalmente e em todas as aulas, pela percepção subjetiva de

esforço, o instrumento que será utilizado para estimar a intensidade será a

escala de percepção subjetiva de esforço adaptada (BORG, 1970), a qual vai

de 0 a 10 pontos, sendo alcançados nas aulas valores entre 8 e 10 pontos na

escala, do ponto de vista individual do participante.

Sendo assim, os participantes realizaram os exercícios, até a falha, até o

seu nível máximo de cansaço, ou até o máximo de vezes que conseguiam até

o final do tempo de realização do exercício, tentando alcançar assim, a maior

intensidade possível.

Avaliações

A maioria dos testes ocorreu antes da intervenção e 5 dias após o fim da

mesma, no entanto os testes de composição corporal foram feitos 48 após o

fim do último treino.

Avaliações de Composição Corporal

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27

Os testes relacionados a fim, de verificar a composição corporal, foram os

seguintes:

Altura, realizada por meio de estadiômetro. (Retirado de MATSUDO,

2005).

Bioimpedância: um teste que verifica diversos aspectos da

composição corporal do indivíduo;

O protocolo aplicado foi de jejum de comida e água, por 2 horas e

abstinência de exercícios por 12 horas antes da realização do teste

que deveria ser realizado com roupas leves.

O participante deveria subir na balança descalço e sem nenhum

componente de metal no corpo e segurar a barra com os eletrodos

para a realização do teste, que dura cerca de 20 segundos. O teste

foi realizado em uma balança de bioimpedância do modelo Inbody

120. (De acordo com o manual do equipamento INBODY120).

Circunferência de bíceps, o participante se posicionou em pé, com o

braço direito em um ângulo de 90 graus e com a mão esquerda

sustentou o outro braço, quando o avaliador deu o comando o

avaliado fez força com o braço direito e o avaliador utilizou a fita

métrica para medir a circunferência. (Retirado de MATSUDO, 2005).

As demais medidas de circunferência, foram realizadas a partir do

modelo abaixo. Circunferência de tórax, de cintura, de quadril, coxa

média e circunferência de perna. (Retirado de PITANGA, 2008).

Page 28: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

28

Figura 3 - Exemplo de medidas de circunferência. Imagem

encontrada em (PITANGA, p. 84, 2008).

Estes testes foram feitos antes do período de treinamento e 48

horas após o fim dos treinos.

Avaliações de Aptidão Física

Teste de impulsão vertical sem auxílio (IVS) – O teste foi realizado da

seguinte maneira:

O corpo do avaliado foi alinhado lateralmente a parede, os calcanhares

estavam encostados no chão e os pés juntos. O participante então

deveria estender o braço e colocar a mão com pó de giz sobre a fita

métrica. O avaliado então realiza 3 saltos encostando as mãos na

parede.

Page 29: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

29

Por se tratar de um teste sem auxílio de membros superiores o

participante deveria, antes de saltar, permanecer com os dois braços

estendidos (para cima).

Com a fita métrica foi posicionada em sentido descendente, o avaliador

registra a melhor marca do salto alcançado pelo participante e subtrai a

marca de referência obtendo assim, o valor do seu salto. (Retirado de

MATSUDO, 2005).

Teste abdominal - O participante deveria durante um minuto, fazer o

máximo de abdominais possíveis, sendo que este deveria estar deitado

em decúbito dorsal com as pernas flexionadas, braços cruzados e com

as mãos sobre a região das escapulas e clavículas, o abdominal só seria

contado quando o participante encostasse o braço em sua perna, sendo

que os braços não deveriam se descolar do peito do sujeito. (Retirado

de MATSUDO, 2005).

Teste de flexão, o participante deveria permanecer na posição de

prancha com os braços estendidos, o mesmo, deveria realizar em um

minuto o máximo de flexões possíveis. (Como utilizado por

EVANGELISTA et al, 2019).

Teste de impulsão horizontal – Foi estendida no chão uma fita métrica

em sentido vertical, o participante se posicionou no marco zero da fita, o

participante deveria saltar sobre a fita o máximo que conseguisse e

caterrissar nela sem se desequilibrar, por fim foi feita a medição da

distância do salto realizado. (Retirado de MATSUDO, 2005).

Teste de Wingate, foi realizado para avaliar potência muscular – (após

aquecimento de 5 minutos, pedalando a 60% FC. máxima) Consistiu em

pedalar uma vez durante 30 segundos no seu ritmo máximo, contra a

resistência de 4% do peso corporal total de cada participante, para

registro da potência muscular gerada. (INBAR, BAR e SKINNER, 1996).

Os testes de Aptidão Física foram realizados no período pré intervenção

e pós intervenção (5 dias após o fim das sessões de treino).

Para todos os testes o participante deveria ter se alimentado com uma

refeição leve, a pelo menos duas horas.

Page 30: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

30

Avaliações relacionadas a Intensidade do treino

Foram utilizadas as seguintes técnicas para verificar a intensidade do treino:

Aferição da frequência cardíaca (FC), a partir da contagem de

batimentos cardíacos durante 15 segundos (a qual foi multiplicada

por quatro), na região da carótida, que foi realizada após o fim de

cada ciclos, em todas as aulas.

Verificação do lactato sanguíneo, feita por meio de um furo na ponta

do dedo para a coleta de aproximadamente 50ul de sangue e análise

no lactímetro de bancada (Yellow Springs 2900), ao final de 2 aulas

em cada semana.

Contagem do número de exercícios realizados, em uma das sessões

de treino. (Como utilizado por SCHAUN et al, 2019).

Aferição da percepção subjetiva de esforço, com o uso da escala de

Borg adaptada, que foi realizada ao fim de cada ciclo, em todas as

aulas. (Como sugerido por MACHADO et al, 2017).

As sessões de teste (já descritas acima), foram (cada uma delas, Pré e

Pós) realizadas em dois dias, tanto o primeiro quanto o segundo dia tiveram

duração de duas horas de coleta de dados. As sessões foram marcadas e

feitas, de acordo com a disponibilidade dos sujeitos.

Page 31: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

31

Figura 4 – Disposição dos testes durante o período de treino. Os testes foram

realizados de acordo com o que foi descrito nos tópicos acima. (Fonte própria).

Analise Estatística

Para a realização da analise estatística os dados foram submetidos ao

teste Shapiro Wilk para verificar a normalidade dos dados, após isto, os

mesmos foram analisados pelo Teste Anova de duas vias seguido do post hoc

de Tukey, Para as medidas de intensidade do treino (FC, Borg e número de

exercícios), foi utilizado o Teste T de Student. Para verificar o tamanho do

efeito foi utilizado o teste D de Cohen. Os programas utilizados foram o SPSS

versão 20 e Excel versão 7. Foram considerados estatisticamente significativos

os dados com p<0,05.

Figura 5 – Classificação das medidas de tamanho de efeito (D de Cohen) que

serão utilizadas no presente trabalho (CARDOSO, MELLO e FREITAS, 2013).

Page 32: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

32

RESULTADOS

O objetivo do presente estudo foi analisar os métodos grupado por

segmento e alternado por segmento, associados ao HIIT calistênico, e seus

impactos na composição corporal, desempenho e intensidade

Abaixo, são apresentados os dados demográficos dos participantes do

estudo, divididos em grupo, sendo que os mesmos são todos homens e

totalizam 21 participantes.

Características N Média Desvio padrão

Idade Alternado

11 26,4 anos

± 7,39

Idade Grupado

10 25 anos

± 7,29

Altura Alternado

11 171 centímetros

± 0,08

Altura Grupado

10 175 centímetros

± 0,09

Peso Alternado

11 73,8 quilos

± 12,4

Peso Grupado

10 76,2 quilos

± 11,6

IMC Alternado

11 25,1 Kg/m²

± 2,80

IMC Grupado

10 24,55 Kg/m²

± 2,79

Tabela 1 - Média, desvio padrão e N, das características demográficas dos

participantes da pesquisa (idade, altura, peso e IMC), divididos em grupo

alternado e grupo grupado. (Fonte própria).

Composição Corporal

A seguir, serão apresentados os resultados de composição corporal,

peso, massa magra, massa gorda, % de gordura e medidas de circunferência.

Page 33: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

33

Neste tópico não foram observadas diferenças entre os grupos, somente

diferenças entre os momentos pré e pós.

Não foi possível observar diferenças significativas na variável peso no

grupo grupado em relação aos momentos pré e pós (pré 73,80 ± 12,41; pós

73,88 ± 12,92; p= 0,806; d=0,022), nem no grupo alternado (pré 76,22 ± 11,61;

pós 76,42 ± 11,62; p= 0,521; d= 0,058).

Na variável massa magra também não houve diferenças significativas no

grupo grupado em relação aos dois momentos (pré 32,65 ± 6,21; pós 33 ±

6,24; p= 0,143; d= 0,140), nem no grupo alternado (pré 34,86 ± 5,95; pós 35 ±

5,64; p= 0,540; d= 0,058).

Figura 6- Média e desvio padrão das variáveis peso (em quilos) e massa

magra (M. MAGRA) (em quilos), dos grupos alternado e grupado nos

momentos pré e pós. (Fonte própria).

Não foi observada nenhuma diferença significativa, na variável massa

gorda no grupo grupado em relação aos momentos pré e pós (pré 16,13 ± 7,20;

pós 15,63 ± 7,05; p= 0,213; d= 0,187), no grupo alternado também não foram

notadas diferenças significativas (pré 15,01 ± 6,80; pós 14,96 ± 7,23; p=0,884;

d= 0,018).

Na variável percentual de gordura, nem no grupo grupado (pré 21,59 ±

8,33; pós 20,91 ± 8,33; p= 0,196; d= 0,238) e nem no alternado (pré 19,70 ±

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PESO GRUPADO PESO ALTERNADO M. MAGRA GRUPADO

M. MAGRA ALTERNADO

Qu

ilos

PRÉ PÓS

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34

7,48; pós 19,20 ± 7,57; p= 0,306; d= 0,182) foram observadas diferenças

significativas.

Figura 7 – Média e desvio padrão das variáveis massa gorda (M. GORDA) (em

quilos) e percentual de gordura (% GORDURA) (em %) dos grupos alternado e

grupado nos momentos pré e pós. (Fonte própria).

Nas variáveis de circunferência foram observados os seguintes

resultados; em relação a circunferência do peitoral foi possível identificar uma

diminuição significativa no grupo grupado, com um valor de tamanho do efeito

considerado grande, relacionado aos momentos pré e pós (pré 91,85 ± 9,58;

pós 89,45 ± 8,07; p= 0,025; d= 0,807), enquanto no grupo alternado não foram

notadas diferenças significativas em relação a essa circunferência (pré 93,24 ±

8,40; pós 93,13 ± 7,57; p= 0,909; d= 0,038).

Na circunferência de cintura o grupo grupado teve tendência na

diminuição da variável, com um tamanho de efeito de valor médio (pré 80,95 ±

10,39; pós 79,40 ± 9,61; p= 0,086; d= 0,409), no grupo alternado (pré 80,52 ±

7,19; pós 80,25 ± 6,94; p= 0,742; d= 0,101), não foi obsevada nenhuma

mudança significativa.

Por fim, relacionado a circunferência de quadril, ambos os grupos

(grupado pré 99,05 ± 8,54; pós 97,58 ± 8,42; p= 0,143; d= 0,504) (alternado pré

97,49 ± 6,17; pós 98,34 ± 6,26; p= 0,364; d= 0,340) não demonstraram

mudanças significativas, o grupo grupado teve um tamanho de efeito médio.

0

5

10

15

20

25

30

35

M. GORDA GRUPADO M. GORDA ALTERNADO

%GORDURA GRUPADO

%GORDURA ALTERNADO

Qu

ilos

e %

PRÉ PÓS

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35

Figura 8 – Média e desvio padrão das variáveis de circunferência (em

centímetros) do peitoral, da cintura e do quadril, dos grupos grupado e

alternado e dos momentos pré e pós. * p< 0,05 em relação aos momentos pré

e pós. (Fonte própria).

Na variável circunferência de bíceps nem o grupo grupado (pré 33,25 ±

3,85; pós 32,80 ± 3,72; p=0,138; d= 0,231) nem o alternado (pré 33,50 ± 4,15;

pós 33,62 ± 3,83; p= 0,674; d= 0,060) demonstraram mudanças significativas.

Para a circunferência de coxa foi observada uma diminuição significativa

no grupo grupado em relação aos momentos pré e pós do mesmo (pré 54,00 ±

2,40; pós 52,25 ± 3,44; p= 0,058; d= 1,024), no entanto, no grupo alternado não

foram notadas mudanças significativas (pré 52,50 ± 4,93; pós 51,78 ± 3,99; p=

0,391; d= 0,340), o valor do tamanho do efeito para o grupo grupado foi

considerado muito alto.

Em relação a circunferência de perna ambos os grupos (grupado pré

37,05 ± 3,24; pós 36,95 ± 3,59; p= 0,594; d= 0,054) (alternado pré 37,40 ±

3,41; pós 37,15 ± 3,16; p= 0,179; d= 0,137) não demonstraram mudanças

significativas.

0

20

40

60

80

100

120

Cen

tím

etro

s

PRÉ

PÓS

*

Page 36: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

36

Figura 9 – Média e desvio padrão das variáveis circunferências (em

centímetros) de bíceps, coxa e perna, em dois diferentes grupos (grupado e

alternado) e em diferentes momentos (pré e pós). * p< 0,05 na comparação

dos momentos pré e pós no grupo grupado. (Fonte própria).

Desempenho

A seguir, serão apresentados os resultados relacionados ao

desempenho, força e potência muscular.

Neste tópico não houveram diferenças entre grupos, apenas diferenças

entre os momentos pré e pós.

Em relação a variável IVS foi possível observar que o grupo grupado

teve melhora significativa do momento pré para o momento pós (pré 37,11 ±

5,62; pós 42,30 ± 6,20; p= 0,004; d= 2,208) e o tamanho do efeito foi

considerado muito grande, no grupo alternado também houve melhora

significativa (pré 39,27 ± 6,13; pós 44,27 ± 5,76; p= 0,004; d= 2,050), o

tamanho do efeito teve um valor classificado como muito grande.

Para a variável teste abdominal, ambos os grupos tiveram um aumento

significativo (grupado pré 37,30 ± 9,32; pós 45,00 ± 11,94; p= 0,000; d= 2,290;

alternado pré 39,36 ± 12,37; pós 45,90 ± 12,65; p= 0,000; d= 1,849), em

relação ao tamanho do efeito, os dois apresentaram valores muito grandes.

0

10

20

30

40

50

60

70

Cen

tím

etro

s

PRÉ

PÓS

*

Page 37: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

37

Na variável Teste de flexão, o grupo grupado obteve uma melhora

significativa (pré 27,80 ± 15,36; pós 33,40 ± 13,68; p= 0,011; d= 1,469) e teve

um valor considerado muito grande de tamanho do efeito. Enquanto isso, no

grupo alternado, também foi observado um aumento significativo (pré 27,72 ±

10,32; pós 34,81 ± 11,75; p= 0,001; d= 1,925), o tamanho do efeito teve um

valor muito grande.

Figura 10 – Média e desvio padrão, das variáveis IVS (Impulsão vertical sem

auxilio) (em centimetros), T. ABD. (Teste abdominal) (contagem do número de

exercícios em 1 minuto), T. FLEXÃO (Teste de flexão) (contagem do número

de exercícios em 1 minuto), dos grupos grupado e alternado nos momentos

pré e pós. * p< 0,05 em relação aos momentos pré e pós. (Fonte própria).

Em relação a variável IH foi possível observar que houve melhora

significativa tanto no grupo grupado (pré 222,38 ± 20,21; pós 241,70 ± 24,94;

p= 0,002; d= 4,168) quanto no grupo alternado (pré 230,36 ± 24,45; pós 251,72

± 23,07; p= 0,000; d= 4,382), ambos os grupos tiverem um tamanho de efeito

classificado como muito grande.

0

10

20

30

40

50

60

70

IVS

(ce

ntí

met

ros)

; dem

ais

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dad

e d

e ex

erc

ício

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s)

PRÉ

PÓS

* * *

* * *

Page 38: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

38

Figura 11 – Média e desvio padrão, da variável IH (Impulsão horizontal) (em

centímetros), nos grupos grupado e alternado e nos momentos pré e pós. * p<

0,05 em relação aos momentos pré e pós. (Fonte própria).

Na variável potência máxima, foi possível notar que não houveram

diferenças significativas, no grupo grupado (pré 445,23 ± 99,64; pós 459,17 ±

96,14; p= 0,634; d= 0,765) e o valor do tamanho do efeito foi considerado

médio, enquanto no grupo alternado foi observado uma melhora significativa

(pré 464,96 ± 97,85; pós 501,41 ± 73,78; p= 0,020; d= 3,934), conjunto a isso o

tamanho do efeito teve um valor classificado como muito grande.

Já para a variável potência média tanto o grupo grupado (pré 351,20 ±

89,53; pós 365,48 ± 79,59; p= 0,609; d= 0,618), quanto o grupo alternado (pré

376,73 ± 76,64; pós 383,88 ± 72,93; p= 0,478; d= 0,826) não obtiveram

mudanças significativas, no entanto, quando analisa-se o tamanho do efeito o

grupo grupado teve um valor considerado médio, enquanto o grupo alternado

teve um valor classificado como grande , dado que corrobora a informação

anterior.

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

GRUPADO ALTERNADO

Cen

tím

etro

s

IH PRÉ

IH PÓS

* *

Page 39: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

39

Figura 12 – Média e desvio padrão das variáveis PMAX (potência máxima) e

PMED (potência média) (em Watts), nos grupos alternado e grupado, em

relação aos momentos pré e pós. * p< 0,05 em relação aos momentos pré e

pós. (Fonte própria).

Intensidade do treino

Neste tópico serão apresentados os resultados de intensidade do treino,

Contagem do Número de Exercícios, Lactato, Frequência Cardíaca e Borg.

Neste tópico são observadas diferenças significativas entre os grupos e

entre momentos.

Em relação as medidas da contagem do número de exercícios foi

possível observar que o grupo alternado por segmento teve média de número

de exercícios significativamente maior que o grupo grupado, sendo o tamanho

do efeito considerado muito grande (grupado 860 ± 127,67; alternado 1049 ±

130,48; p= 0,03; d= 16,635).

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

PMAX GRUPADO

PMAX ALTERNADO

PMED GRUPADO

PMED ALTERNADO

Wat

ts

PRÉ

PÓS

*

Page 40: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

40

Figura 13 – Média e desvio padrão da contagem do número de exercícios

(número de exercícios) de uma sessão de treino do grupo grupado e uma do

grupo alternado. * p<0,05 na comparação entre os grupos. (Fonte própria).

Nas medidas de lactato foi possível observar diferenças entre os

momentos somente do grupo alternado, sendo eles: o lactato da semana 1 dia

1 foi significativamente maior que o da semana 2 dia 1 (semana 1 dia 1= 4,62 ±

1,36; semana 2 dia 1= 3,47 ± 1,05; p= 0,009; d= 1,047). Sendo o tamanho do

efeito considerado muito grande.

O lactato da semana 2 dia 2 foi significativamente maior que o lactato da

semana 2 dia 1 (semana 2 dia 1= 3,47 ± 1,05; semana 2 dia 2= 5,59 ± 0,97;

p=0,000; d= 2,109). O tamanho do efeito foi considerado muito grande.

Houve também diferença entre os grupos, o grupo alternado teve média

de lactato significativamente maior que o grupo grupado na segunda semana

dia 2 (alternado 5,59 ± 0,97; grupado 4,32 ± 0 ,76; p= 0,006; d= 1,365). O

tamanho do efeito foi considerado alto.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Grupado Alternado

mer

o d

e ex

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ício

s *

Page 41: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

41

Figura 14 – Média e desvio padrão das medidas de lactato (mmol/l), da semana

1 dia 1 (Terça, sem 1), semana 1 dia 2 (Quinta, sem 1), semana 2 dia 1 (Terça,

sem 2) e semana 2 dia 2 (Quinta, sem 2), e dos dois grupos alternado e

grupado nestes momentos. * p<0,05 em comparação aos momentos descritos

acima. § p<0,05 na comparação entre grupos. (Fonte própria).

Em relação a frequência cardíaca, o grupo alternado teve FC

significativamente mais elevada que o grupo grupado (alternado 157,02 ± 4,34;

grupado 137,28 ± 7,86; p= 0,000; d= 8,053) o tamanho do efeito também teve

um valor classificado como muito grande.

Figura 15 - Média e desvio padrão das frequências cardíacas (FC) (em

batimentos por minuto (bpm)), dos grupos alternado e grupado. * p< 0,05 em

comparação com o outro grupo. (Fonte própria).

0

1

2

3

4

5

6

7

Terça, sem 1 Quinta, sem 1 Terça, sem 2 Quinta, sem2

mm

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l

Grupado

Alternado

* * §

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

180,00

Grupado Alternado

bp

m

*

Page 42: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

42

Em relação a variável Borg, foi possível observar que a o grupo

alternado tem média significativamente maior que o grupo grupado (grupado

8,4 ± 0,5; alternado 9 ± 0,3; p= 0,003; d= 0,948), associado a isso, o valor do

tamanho do efeito é considerado grande.

Figura 16 - Média e desvio padrão do Borg (em escala de 0 a 10), dos grupos

grupado e alternado. * p< 0,05 em comparação ao outro grupo. (Fonte

própria).

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

9,5

Grupado Alternado

Bo

rg (

0 a

10)

*

Page 43: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

43

DISCUSSÃO

COMPOSIÇÃO CORPORAL

Em relação ao peso, massa magra, massa gorda e % de gordura,

ambos os grupos não obtiveram mudanças significativas. Enquanto o grupo

grupado por segmento obteve diminuições significativas na circunferência de

coxa e de peitoral.

Em relação as medidas de peso massa magra, massa gorda e % de

gordura duas semanas não foram suficientes para provocarem mudanças

significativas, no entanto em ambos os grupos há um indício de início de

mudanças dessas variáveis, podendo ser observado um aumento na massa

magra e uma diminuição da massa gorda. As diminuições das circunferências

pelo grupo grupado só corroboram com a teoria acima.

Machado, et al (2018), comparou as mudanças no IMC, peso corporal e

circunferência abdominal em um protocolo de HIIT calistênico (com duração

por sessão de 30 minutos), durante 4 semanas, em um grupo que praticava a

atividade 5 vezes por semana e outro 3 vezes por semana, sendo que 4

semanas foram suficientes para serem observadas diminuições significativas

no IMC e no peso corporal.

Apesar dos resultados demonstrados por Machado, et al (2018),

Evangelista, et al (2019), demonstrou resultados diferentes, mesmo após 6

semanas de HIIT calistênico (realizados 3 vezes por semana e com 20 minutos

de duração e 5 de aquecimento), não foram observadas diferenças

significativas no peso, IMC, massa gorda e magra e circunferência de cintura.

O que pode ser um indicativo de que um tempo de 30 minutos de

duração da sessão é tão importante quanto uma maior duração em semanas,

para bons resultados na composição corporal, em um protocolo de HIIT

calistênico.

Outros estudos com HIIT tradicional também demonstram resultados

positivos na composição corporal com um maior tempo de duração das

sessões. Dentre eles Chin et al (2020), que comparou o HIIT com frequência

de uma vez por semana, duas vezes por semana e três vezes por semana, e

observaram diminuição significativa na massa gorda em 4 semanas e aumento

de massa magra em 8 semanas.

Dupuit et al (2019), fez um protocolo de HIIT durante 12 semanas, 3

vezes por semana, com mulheres pós menopausa, demonstrando diminuições

significativas na massa gorda em geral. Zhang et al (2017), observou que um

protocolo de HIIT tradicional de 12 semanas foi tão eficaz quanto um protocolo

Page 44: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

44

de treinamento contínuo de intensidade moderada, na redução de gordura

visceral abdominal.

DESEMPENHO

FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR

Neste trabalho foram observadas melhoras significativas na força e

resistência muscular, e na potência muscular dos participantes.

Outros estudos sobre HIIT calistênico, também demonstram aumento de

força. Shaun et al (2019) comparou 16 semanas de HIIT calistênico com HIIT

em esteira e com treinamento de intensidade moderada. Já Evangelista et al

(2019) comparou 6 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade

calistênico, com o treino de intensidade moderada. Ambos os estudos

utilizaram protocolos de avaliação parecidos com o deste trabalho.

Enquanto Evangelista et al (2019) observou que o grupo que realizou o

HIIT obteve melhores resultados na força dos membros superiores, do que o

grupo que fez exercícios de intensidade contínua, no estudo realizado por

Shaun et al (2019) todos os grupos obtiveram melhora no parâmetro força

(força de membros inferiores e aumento do número de repetições dos

exercícios do HIIT calistênico), chegando à conclusão que o HIIT calistênico é

tão eficiente quando os demais tipos de treino para o aumento da força e

resistência.

Ambos os artigos corroboram com os achados deste trabalho, no

entanto os artigos citados acima os participantes tiveram mais tempo de treino

(6 semanas e 16 semanas) do que o realizado neste trabalho, o qual totalizou

apenas 2 semanas. Apesar do pouco tempo de treinamento, também foram

observadas melhoras mais amplas, na força e resistência de membros

superiores, inferiores e abdominal, o que não ocorreu nos artigos citados

anteriormente. O que possivelmente veio a acontecer pela maior gama de

exercícios do que os protocolos encontrados nos artigos de Evangelista et al

(2019) e Shaun et al (2019).

Um maior número de exercícios diferentes, proporciona maiores

experiências motoras do que apenas somente cinco exercícios, o que por sua

vez proporciona também uma maior aprendizagem, já que o aumento de força

e resistência no período de um mês é explicado pela aprendizagem dos

exercícios.

Outra probabilidade é que neste período houve o início do processo de

formação de massa magra, como demonstrado nos resultados descritos acima.

Gurd et al (2018), avaliou em seu estudo 12 semanas de treinamento de

alta intensidade intervalado com exercícios calistênicos, no qual seus achados

Page 45: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

45

corroboram com os resultados alcançados nos artigos anteriores, havendo

somente melhora da força de membros superiores

O estudo de Gist et al (2015), comparou 4 semanas de HIIT calistênico

com o treinamento tradicional militar, no protocolo de HIIT foi utilizado apenas

um exercício, o protocolo de HIIT não promoveu nenhum tipo de melhora no

desempenho ou na força. O que colabora com a teoria de que quanto mais

deferentes tipos de exercício maior podem ser as melhoras na condição de

força.

Em contraponto McRae et al (2012) comparou os efeitos de 4 semanas

de HIIT calistênico com treinamento aeróbico em esteira, tendo o HIIT

demonstrado resultados melhores de aumento de força de membros

superiores, inferiores e abdominal, o que se parece muito com os resultados

encontrados no presente estudo, apesar de um tempo maior de treinamento.

Mesmo utilizando apenas 5 exercícios McRae conseguiu ter efeitos mais

amplos na melhora da força que os demais estudos.

POTÊNCIA MUSCULAR

Os resultados demonstraram um aumento da potência máxima no grupo

alternado por segmento, enquanto o grupo grupado por segmento continuou

sem resultados.

O grupo grupado por segmento por ter trabalhado um segmento por ciclo

acabou gerando uma maior fadiga muscular, enquanto o grupo alternado por

segmento por realizar um treino onde não se repetiam os segmentos corporais

gerou menos fadiga e um maior descanso, fazendo com que os seus

praticantes recrutassem mais rapidamente e mais facilmente o determinado

grupo muscular de um determinado exercício, de certa forma, treinando assim

a potência muscular muito mais que o grupo grupado por segmento.

Alguns artigos corroboram com esse pensamento. Seo et al (2019),

estudou três grupos de HIIT (sprint) e um grupo controle, neste estudo um dos

grupos realizava o sprint por 30 segundos e tinha um descanso de 60

segundos, o segundo grupo, 30 segundos de exercício e 120 segundos de

repouso ativo, o terceiro grupo de HIIT, 30 segundos de exercício seguidos de

240 segundos de repouso ativo.

Foi observado que apenas os grupos 2 (30:120) e 3 (30:240),

demonstraram aumento na potência pós em relação a pós, enquanto o grupo

com menor tempo de descanso 1 (30:60) não obteve mudanças.

Em relação ao presente estudo podemos comparar o grupo grupado

com o grupo com menor tempo de descanso, enquanto o grupo alternado pode

Page 46: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

46

ser comparado aos grupos que obtiveram maior tempo de repouso, mostrando

que um repouso maior de um determinado segmento é importante para um

aumento da potência muscular.

Moghaddam et al (2019), trabalhou com um protocolo que se assemelha

com o do presente estudo, o mesmo, fez um estudo no qual foram testados

protocolos de 10:5 segundos e 20:10 segundos, durante 4 semanas (10

sessões), neste estudo foi utilizado um programa de HIIT calistênico, o qual,

era composto de seis ciclos de 6 exercícios e havia um período de repouso

entre os ciclos de 1 minuto (10:5) e de 2 minutos (20:10), infelizmente o autor

não deixa claro como foram disposto os exercícios durante a sessão.

O estudo apresentou melhoras significativas na potência de ambos os

grupos no momento pós em relação ao momento pré. Este estudo é um dos

pioneiros a demonstrar que um protocolo de HIIT calistênico é capaz de obter

melhora na potência anaeróbia, mostrando também que menores intervalos de

exercícios são capazes de ter efeitos positivos na potência anaeróbia,

contrariando os achados do estudo acima.

No entanto, pelo estudo não apresentar a ordem de disposição dos

exercícios, fica difícil de concluir se a potência muscular melhorou com o pouco

tempo de descanso, ou se os exercícios eram alternados entre os ciclos.

Da Silva Machado et al (2018), comparou diferentes protocolos de HIIT

durante 3 semanas, com sessões três vezes por semana, um protocolo com

muito baixo volume (com 4, 5 e 6 repetições de 60 segundos seguidos de 75

segundos de repouso) e outro de baixo volume (com 8, 10 e 12 repetições de

60 segundos, seguidos de 75 de repouso).

Os resultados do grupo de muito baixo volume tiveram potência

anaeróbica significativamente maior no momento pós em relação ao momento

pré, enquanto no grupo de baixo volume não foram encontradas diferenças

significativas. Esses resultados demonstram que um menor volume de

exercício (como um maior tempo de recuperação e menor fadiga) podem ser

mais efetivos para um aumento da potência muscular.

Monks et al (2017), comparou um grupo de atletas de Taekwondo, que

praticou HIIT por 4 semanas (11 sessões), que realizavam sprints de 60

segundos e descansavam 120 segundos, com um grupo que realizava corridas

contínuas de alta intensidade (5 Km de corrida), ambos os grupos mantinham a

mesma intensidade.

Apenas o grupo que praticou HIIT demonstrou melhoras significativas na

potência anaeróbica, enquanto o grupo de corrida contínua se manteve igual. O

trabalho de Monks et al (2017), demonstra novamente que é necessário um

período de repouso para que haja melhoras na potência muscular.

Page 47: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

47

Outro trabalho sobre HIIT tradicional também demonstra melhoras

significativas na potência muscular, utilizando um protocolo no qual se tinha o

tempo de exercício igual ao tempo de descanso (ARAZI et al, 2017).

Os trabalhos citados acima demonstraram, de forma comum a todos,

que um maior tempo de descanso (SEO et al, 2019; MONKS et al, 2017) ou

um menor volume de exercício (DA SILVA MACHADO et al, 2018;

MOGHADDAM et al, 2019), são importantes para que haja melhores resultados

na potência muscular, esses resultados também se traduzem no presente

trabalho, apesar dos dois protocolos utilizados neste estudo serem iguais a

mudança da ordem dos exercícios provocou um maior descanso para os

membros musculares em cada ciclo e também um menor volume de utilização

dos membros corporais em cada ciclo, para o grupo alternado.

INTENSIDADE DO TREINO

O grupo alternado demonstrou Número de exercícios, Lactato, Borg e

FC maiores que o grupo grupado. O grupo alternado por segmento, pela

alternância de segmentos e assim pelo descanso maior dos diferentes grupos

musculares, conseguia realizar com maior disposição os exercícios pela menor

fadiga. Conseguiam realizar mais vezes os exercícios tendo uma frequência,

Borg e número de exercícios maior.

Como o lactato é uma medida proporcionalmente ligada a intensidade,

pelo grupo alternado apresentar uma maior intensidade ele demonstrou maior

lactato. Como a intensidade do grupo grupado foi menor, foi encontrada uma

menor concentração de lactato. O grupo alternado também demostrou aumento

da concentração de lactato em comparação ao primeiro dia da segunda

semana e o último dia da mesma semana

LACTATO

Astorino e Vella (2018), fizeram comparação de três grupos HIIT, SIT e

treinamento contínuo de intensidade moderada. Tanto o HIIT e o SIT

demonstraram lactato e Borg significativamente maior que o outro grupo, o

autor ainda completa dizendo que o aumento de lactato está associado ao

aumento de Borg. Demonstrando assim, que conforme a intensidade é maior é

maior também o lactato.

Rodrigues e Soto (2017), (estudo descrito no tópico BORG E

FREQUÊNCIA CARDÍACA), demonstram novamente que protocolos de

Page 48: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

48

intervenção que tem a mesma intensidade (FC e Borg), tem as mesmas

condições de lactato.

No entanto Nuñes et al (2020), (estudo descrito no tópico BORG E

FREQUÊNCIA CARDÍACA), mostrou o contrario, mesmo os diferentes

protocolos testados, tendo a mesma FC e o mesmo Borg, o protocolo de HIC

teve lactato significativamente maior que o outro grupo, como ambos os

protocolos são equivalentes em volume, carga e tempo, segundo o autor o

protocolo de HIC exigiu mais dos participantes, no outro grupo o TRI houve

uma mescla de HIIT com circuito e assim um possível descanso ativo.

O protocolo de HIC teve uma maior exigência muscular comparado ao

outro, sendo essa a possível explicação para um lactato significativamente

maior para este grupo.

Eigendorf et al (2019), comparou três protocolos, um de treinamento

contínuo TC (a 50% do max), um de HIIT que era feito 30:30 (100% do max) e

um SIT que era feito 6:24 (250% do max), ambos os protocolos tinham a

mesma intensidade média de trabalho. No entanto mesmo com a mesma

quantidade de trabalho os grupos HIIT e SIT tiveram lactato significativamente

maior que o grupo de treinamento contínuo. Sendo a FC maior no SIT e HIIT

do que no grupo TC, mas a mesma só era significativa na relação SIT e TC.

Eigendorf et al (2019), também demonstra que a intensidade é um dos

fatores importantes para o aumento de lactato.

Os estudos (EIGENDORF et al, 2019; ASTORINO e VELLA, 2018;

RODRIGUES e SOTO, 2017), demonstram que uma maior concentração de

lactato está associada a uma alta intensidade, se a intensidade é alta o lactato

também vai ser.

Nuñes et al (2020), completa mostrando que mesmo a FC e Borg sendo

alta e igual em dois protocolos diferentes, se um dos protocolos tiver uma maior

exigência muscular metabólica, pode haver um aumento na concentração de

lactato neste protocolo.

Quando comparado ao presente estudo, podemos comprovar que o

grupo alternado por segmento, provavelmente tem uma concentração de

lactato maior por ter uma FC e Borg maiores que o grupo grupado, ou seja, ele

é mais intenso.

Os resultados de Nuñes et al (2020), também podem ajudar a explicar

porque a concentração de lactato foi maior no último dia da segunda semana,

do que no primeiro, o autor indica que a demanda muscular metabólica pode

interferir nos resultados do lactato.

Page 49: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

49

O protocolo do presente trabalho utilizou um protocolo onde eram

realizadas sessões de segunda a sexta, não havia um dia para descanso entre

as sessões, sendo assim a demanda muscular metabólica era maior na última

sessão da semana, em comparação com a primeira.

Os achados de Nuñes também nos fazem pensar, na nossa hipótese

inicial, que se o trabalho (número de exercícios) e consecutivamente assim, a

FC e o Borg, do grupo grupado tivesse sido igual ao do grupo alternado. O

grupo grupado poderia ter demonstrado lactato maior que o grupo alternado,

porque o treinamento do grupo grupado, gera uma maior demanda muscular,

por sempre trabalhar o mesmo segmento corporal.

BORG E FREQUÊNCIA CARDÍACA

Haines et al (2020), fez um estudo comparando um grupo de atividade

contínua, um grupo de realizava HIIT com períodos de exercício de 20 segundo

2 vezes e um grupo de HIIT que realizava o exercício por 5 segundos 8 vezes.

Os grupos de atividade contínua e de 20 segundos de exercício tiveram Borg

significativamente maior que o grupo que realizava exercícios por 5 segundos.

Isso pode indicar que quanto maior for o trabalho durante o período de

exercício maior é a percepção subjetiva de esforço. Em comparação com este

estudo o grupo alternado realizou mais exercícios que o grupo grupado, tendo

assim, um trabalho maior e consecutivamente maior Borg.

Kilpatrick et al (2015), fez um estudo comparando três protocolos com a

mesma duração de 24 minutos, 1:1, (30:30; 60:60; 120:120 segundos), a partir

disso foi observado que a FC foi significativamente menor no grupo 30:30 em

comparação com os outros grupos e que o Borg do grupo 120:120 foi

significativamente maior que os demais.

Demonstrando assim que um maior tempo de exercício juntamente com

um maior trabalho durante esse tempo, é o que leva a um maior Borg e FC,

durante o protocolo de HIIT. Kilpatrick et al (2015) ainda comenta que mais

intervalos com menor duração são menos efetivos que menos intervalos com

maior duração para o aumento da FC e Borg.

O protocolo utilizado pelo grupo grupado, pode ser comparado ao

protocolo com mais intervalos de menor duração, pois o mesmo sempre

utilizava o mesmo segmento corporal sem um descanso para o mesmo,

enquanto o grupo alternado pode ser comparado com o protocolo de menos

intervalos de maior duração, como o mesmo utilizava vários segmentos

corporais havia um maior tempo de descanso para cada segmento corporal.

Page 50: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

50

Da Silva Machado (2018), também demonstra o mesmo que os estudos

anteriores, o seu protocolo de 20:10 teve Borg significativamente maior que o

seu outro protocolo de 10:5. Ou seja, maior duração e maior trabalho, estão

associados a um maior Borg.

Nuñes et al (2020), comparou dois protocolos que continham HIIT e

Circuito de exercícios com peso, um HIC (High Intensity Circuit – circuito de

alta intensidade) realizava primeiro o HIIT e depois o circuito, e o TRI que

realizava uma mescla dos dois, ambos os protocolos tinham o mesmo tempo,

volume e carga. Ao compare-los foi observado que não havia diferença entre o

Borg e a FC dos dois.

Outros autores também demonstram em seus estudos que quando se

tem uma quantidade de carga, de trabalho, iguais entre os protocolos, não são

mostradas diferenças entre protocolos parecidos de treinamento intervalado de

alta intensidade e treinamento de velocidade intervalado de alta intensidade

(ASTORINO e VELLA, 2018; EIGENDORF et al, 2019).

Rodriguez e Soto (2017), compararam um protocolo de HIIT de 9 séries

de exercícios de tênis, cada série de dois minutos, com intervalos entre as

séries, com um protocolo de TI (treinamento intermitente) o qual, consistia na

realização do mesmo protocolo, mas com intervalo dentro das séries. Diferente

dos estudos acima, apesar de o TI ter pequenos tempos de recuperação entre

as séries e acabando por demonstrar menor tempo de execução dos

exercícios, ambos os protocolos não demonstraram diferenças significativas no

Borg e na FC.

Em relação a FC e ao Borg, a maioria dos estudos (DA SILVA

MACHADO et al, 2018; KILPATRICK et al, 2015; HAINES et al, 2020)

demonstram que quando há um maior tempo de exercício, consecutivamente

maior trabalho (maior quantidade de exercício), há um maior Borg e uma maior

FC, comparada a períodos menores de tempo (menos exercícios).

Os estudos também apontam (ASTORINO e VELLA, 2018; EIGENDORF

et al, 2019; NUÑES et al, 2020) que quando existem protocolos diferentes mas

com o mesmo tempo e mesma carga e quantidade de trabalho, é possível ver

que não há diferenças dos protocolos em relação a FC e Borg.

O protocolo deste estudo utiliza os mesmos parâmetros para os dois

protocolos alterando somente a ordem dos exercícios, com tudo, a alteração da

ordem dos exercícios gerou um trabalho (quantidade maior de exercícios) para

o grupo alternado. O grupo alternado pode realizar uma maior quantidades de

exercícios pois houve um descanso muscular maior que no grupo grupado.

Page 51: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

51

Por causa do maior tempo de descanso do grupo alternado o mesmo

pode realizar um maior trabalho e consequentemente ter uma maior FC e Borg,

comparado ao grupo grupado por segmento.

Page 52: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

52

CONCLUSÃO

A partir dos resultados encontrados por este trabalho podemos concluir

que o grupo alternado por segmento teve resultados melhores em relação a

intensidade de treino (maior Borg, maior FC, maior lactato e número de

exercícios) em comparação ao grupo grupado. Em relação a composição

corporal nenhum dos grupos obteve diferença significativa em relação ao peso,

massa magra, massa gorda e % de gordura, no entanto, o grupo grupado teve

diminuição significativa da circunferência de peitoral e de coxa. Por fim,

relacionado ao desempenho, ambos os grupos tiveram melhoras significativas

das variáveis de força de membros inferiores, resistência abdominal e

resistência de membros superiores, a demais, o grupo alternado demonstrou

um aumento da potencia muscular máxima do momento pré para o pós.

Sendo assim, também concluímos que o treino alternado por segmento

é mais efetivo comparado ao treino grupado por segmento, conseguindo

promover maior intensidade, alcançando dessa forma um dos parâmetros do

HIIT (alta intensidade) e levando aos resultados esperados para esse tipo de

treinamento.

Comparando os protocolos, observamos que o treino alternado foi capaz

de promover melhores respostas associadas ao treinamento HIIT, e que o

grupo grupado, teve alguns resultados semelhantes, mas por conta da

característica do grupo, apresentou outros resultados que o afastam da

proposta do HIIT.

No entanto, é necessário entender que para cada objetivo, diferentes

tipos de treinamento podem ser mais efetivos, da mesma forma que o

treinamento alternado por segmento pode ser mais efetivo, em relação a este

protocolo, para objetivos ou populações diferentes, os resultados poderiam ser

diferentes.

Fica demonstrado que a organização da ordem dos exercícios, mais

especificamente, quando agrupamos músculos de um mesmo segmento, ou

quando alternamos os segmentos, é grande a influência na intensidade do

treino e, portanto, em seus resultados.

Page 53: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

53

APLICAÇÕES PRÁTICAS

Este tipo de protocolo, da maneira como foi aplicado neste estudo, pode

ser aplicado em situações onde os indivíduos querem/precisam de resultados

rápidos, ou para a sequência de um trabalho de preparação física, como no

caso de uma pré-temporada para atletas (de futebol, vôlei, basquete, ginástica

artística e demais esportes que utilizem das características promovidas por

este tipo de treinamento), para um ganho rápido e inicial de condicionamento

físico e perda de circunferência, o qual pode ser utilizado em um ‘’projeto

verão’’ de pouco tempo para pessoas, que estejam aptas a praticar atividade

física.

Page 54: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

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64

ANEXO 1

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65

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APÊNDICE 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TREINO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE (HIIT) COM PESO CORPORAL ALIADO

A DIFERENTES MÉTODOS DE TREINO E SEUS IMPACTOS NA COMPOSIÇÃO

CORPORAL, INTENSIDADE E SISTEMA IMUNOLÓGICO.

Leia atentamente as explicações abaixo:

Sua assinatura quer dizer que você leu e entendeu as informações contidas neste termo de consentimento

e livre esclarecido. Em nenhum momento, você, mesmo após ter assinado, será obrigado a continuar o

procedimento de coleta de dados, podendo deixar de participar assim que achar necessário, sem nenhuma

penalidade ou prejuízo.

Objetivo da Pesquisa:

O objetivo será comparar diferentes métodos de treinamento, aliados ao HIIT com peso corporal, e seus

impactos na composição corporal, sistema imunológico e intensidade de treino.

O que será feito na pesquisa:

1 – Treinamento monitorado

Serão realizadas duas semanas de treino, os treinos ocorrerão em cinco dias consecutivos na

semana (de segunda a sexta feira, totalizando 10 sessões), as aulas terão duração de 30 a 34 minutos.

Você poderá faltar em apenas 2 dias de aulas previstas.

2 – Testes

Serão feitos testes para verificar o quão intenso é a aula (o quão forte é a aula), ocorrerá a medida

da sua frequência cardíaca, pediremos para você dizer o quão forte foi a aula e faremos uma medida de

lactato, a partir de uma gota de sangue retirada de um pequeno furo no seu dedo. Essas avaliações

ocorrerão em todos os dias de treino.

Serão feitas também avaliações de composição corporal, peso, quantidade de gordura corporal, de

massa muscular, a qual será feita a partir de bioimpedância uma balança que passa uma leve corrente

elétrica pelo seu corpo, a qual não gera nenhum tipo de dor ou efeito colateral, altura, circunferência de

perna, quadril, peitoral, coxa, bíceps, cintura, e será pedido para que você preencha um recordatório

constante de todas as suas refeições durante uma semana. Essas avaliações serão feitas antes dos treinos

de acordo com sua disponibilidade, dois dias após o fim das sessões de treino e 9 dias após as mesmas.

Serão realizados testes de força, nos quais você terá que fazer alguns saltos, abdominais e se

manter na posição de prancha (posição de preparo para a flexão de braços), além disso será realizado o

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teste de wingate, teste no qual você deverá pedalar durante 30 segundos o máximo que conseguir. Os

testes serão realizados no período pré treino e pós treino (5 dias após o fim das sessões de treino).

E por fim serão realizados testes para avaliar o sistema imunológico, dentre eles uma escala de 0 a

10, na qual será pedida para você avaliar seu nível de dor um dia após cada sessão de treino, também

pediremos para você preencher um teste de seu estado de humor logo após o fim de cada aula. Por fim,

faremos coleta de sangue venoso (assim como qualquer coleta de sangue convencional feita por você, em

laboratórios por pedido médico), a qual ocorrerá apenas uma vez, pré período de treinos (alguns dias

antes do começo dos treinos) e uma vez, 5 dias após o fim das aulas.

Para todos os testes você deverá ter se alimentado de maneira leve, com pelo menos duas horas de

antecedência, com exceção da coleta de sangue venoso, a qual precisará de 6 horas de jejum.

Os testes serão realizados em dois dias (alem daqueles que serão realizados durante as sessões de

treino), cada dia com duração de 2 horas, os mesmos serão marcados de acordo a sua disponibilidade.

Todos os testes serão realizados na Universidade São Judas Tadeu

Será entregue a você uma folha onde estarão descritos todos os procedimentos preparatórios para

os testes.

Após a tabulação dos resultados, todos os dados originais serão armazenados em um envelope

único que será selado e destruído após 5 anos de conclusão da pesquisa.

Na apresentação dos resultados da pesquisa não será usado nenhum dado que possa identificar

nominalmente os participantes.

Quaisquer dúvidas referentes às avaliações poderão ser esclarecidas pelos pesquisadores a

qualquer momento, no local da pesquisa ou pelos contatos telefônicos listados abaixo, tanto pelos

participantes da pesquisa quanto pelos responsáveis.

Riscos e Benefícios

O projeto apresenta riscos mínimos a saúde e integridade do sujeito, além daqueles que já são

calculados para qualquer tipo de esporte ou atividade física semelhante a qualquer treinamento de força.

Os participantes poderão sentir dor ou desconforto na coleta de sangue, na ponta do dedo, na

coleta de sangue venosa, os participantes poderão sentir dor e uma leve queda de pressão. Além disso

poderá haver algum desconforto na realização do teste de Wingate (onde os mesmos poderão se sentir

enjoados e ter uma eventual queda de pressão).

Você poderá desistir a qualquer momento da pesquisa, caso queira ou haja algum tipo de dor ou

desconforto. Mesmo assim, em caso de algum desconforto o participante será encaminhado para a

enfermaria da Universidade.

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68

A pesquisa proporciona como benefícios a melhora da percepção corporal e do repertório motor

dos participantes inseridos no projeto.

Após leitura dos itens citados anteriormente, estou ciente que obtive todas as informações

necessárias para poder decidir conscientemente sobre minha participação na referida pesquisa;

Os dados pessoais obtidos serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos por meio da

pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima, incluída sua

publicação na literatura científica especializada;

Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa Universidade São Judas Tadeu para apresentar

recursos ou reclamações em relação à pesquisa por meio do telefone (11) 2799-1944, e-mail

([email protected]) ou pessoalmente, no endereço: Rua Taquari, 546, Mooca, 2º andar, bloco C.

Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Prof. Dr. Erico Caperuto, sempre que

julgar necessário pelo telefone (11) 2799-1689 ramal 1494;

Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, uma permanecerá em meu poder e a outra será

entregue a Universidade.

Nome por extenso (letra de forma):

_________________________________ _________________________________

Responsável legal Pesquisador Responsável

Assinatura Assinatura

São Paulo, __________de _______________ de 2018

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APÊNDICE 2

Nome completo:_______________________________________________________________

Idade:______ Sexo:_______ Data de Nascimento:____/____/______

SESSÃO DE TESTES:_________

Avaliação da saúde

Coloque S ou N, S para quando tiver a doença referida e N se não tiver a doença referida.

Diabetes:______ Hipertensão:______ Algum tipo de doença cardiovascular:_________

Algum tipo de doença óssea ou articular:______ Alguma doença respiratória:________

Síndrome metabólica:_______ Alguma doença auto imune:______

Realiza alguma atividade física, se sim qual e quantas vezes na

semana:______________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Altura: _______ Peso:_________

Circunferência: Biceps_______ Peitoral________ Cintura_______ Quadril________

Coxa________ Perna_________

IVS:________ - _________=___________

IH:__________

T Abdominal:___________

T Flexão:____________

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APÊNDICE 3

PLANILHA DE TREINO Grupado por seguimento

Tempo Ciclo 1 Intervalo Ciclo 2 Intervalo Ciclo 3

45 segundo de

exercício seguido de 20 segundo de descanso

Cada ciclo deve ser repetido 2

vezes Ex. da repetição:

(1,2,3,4,5,1 2,3,4,5)

1-Salto grupado

Tempo de Intervalo entre os ciclos

1minuto e 30

segundos

6-Abdominal normal

1minuto e 30

segundos

11-Flexão

2-Flexão Plantar

7-Abdominal Oblíquo

alternado

12-Andar na prancha

3-Afundo com salto

8-Canoinha 13-Extensão e Flexão de quadril na Prancha

4-Agachamento

9-Canoinha invertida

14-Flexão de tríceps

5-Salto sapo 10-Abdominal remador

15-Prancha troca troca

PLANILHA DE TREINO Alternado por segmento

Tempo Ciclo 1 Intervalo Ciclo 2 Intervalo Ciclo 3

45 segundos de

exercício seguido de 20 segundos de

descanso Cada ciclo deve ser repetido 2

vezes Ex. da repetição:

(1,2,3,4,5,1 2,3,4,5)

1-Salto grupado

Tempo de Intervalo entre os ciclos

1minuto e 30

segundos

6-Abdominal normal

1minuto e 30

segundos

11-Flexão

2-Abdominal Obliquo

alternado

7-Andar na prancha

12-Flexão Plantar

3-Extensão e Flexão de quadril na Prancha

8-Afundo com salto

13-Canoinha

4-Salto sapo 9-Abdominal remador

14-Prancha troca troca

5-Canoinha invertida

10-Flexão de tríceps

15-Agachamento