79
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO ANDRIELI BIANCA RODRIGUES CAMILO HABILIDADES SOCIAIS, QUALIDADE DE VIDA E SOBRECARGA EM IDOSOS CUIDADORES INFORMAIS SÃO PAULO 2015

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS … · universidade sÃo judas tadeu programa de pÓs-graduaÇÃo stricto sensu mestrado em ciÊncias do envelhecimento andrieli bianca

  • Upload
    dolien

  • View
    220

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO

ANDRIELI BIANCA RODRIGUES CAMILO

HABILIDADES SOCIAIS, QUALIDADE DE VIDA E SOBRECARGA EM

IDOSOS CUIDADORES INFORMAIS

SÃO PAULO

2015

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO

ANDRIELI BIANCA RODRIGUES CAMILO

HABILIDADES SOCIAIS, QUALIDADE DE VIDA E SOBRECARGA EM

IDOSOS CUIDADORES INFORMAIS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Ciências do

Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu

(USJT), para banca examinadora como requisito

para obtenção do título de Mestre.

Área de Concentração: Saúde, Educação

e Qualidade de Vida.

Orientadora: Profa. Dra. Carla Witter

SÃO PAULO

2015

Camilo, Andrieli Bianca Rodrigues

C183h Habilidades sociais, qualidade de vida e sobrecarga em idosos

cuidadores informais / Andrieli Bianca Rodrigues Camilo. - São Paulo,

2015.

78 f.; 30 cm.

Orientadora: Carla Witter.

Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São

Paulo, 2015.

1. Bem estar. 2. Cuidadores. 3. Envelhecimento. I. Witter, Carla. II.

Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu

em Ciências do Envelhecimento. III. Título

CDD 22 – 155.67

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da

Universidade São Judas Tadeu Bibliotecária: Daiane Silva de Oliveira - CRB 8/8702

Sua Majestade A Bengala

O grande Presidente Getúlio Vargas

Bengala ele usava

Um tanto era charme

Outro tanto precisava

Quem escreve estes versos

Bengala está usando

Não tem nada de charme

Mas muito está precisando

Com o peso dos anos

Tudo vai mudando

A Bengala é o apoio

Quando se vai andando

Sou grato a minha Rosa

Que muito está me ajudando

Ela é bengala viva

E felizes vamos caminhando

As rugas e cabelo branco

São marcas que vão ficando

E com o passar dos dias

Noto que vão aumentando

Obrigado bengala amiga

Pela utilidade

De coração agradeço

Sua grande Majestade

(Angelo Bermamim)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ser minha força e amparo, meus pais que

me ensinaram tudo o que sei e transmitiram com perfeição os valores essenciais para

minha formação como ser humano e a quem devo tudo o que sou. Minhas irmãs,

Andreza pela amizade e apoio e Roberta pelo companheirismo nos trabalhos e

disciplinas cursadas em conjunto e as longas conversas sobre nosso futuro.

À minha avó Lídia que me fez perceber o quanto é necessário a presença de um

cuidador no processo de envelhecimento.

Ao meu companheiro, esposo e amigo Rodrigo pelo amor, dedicação, paciência,

força, carinho, compreensão e incentivo nos momentos de indecisão e fraqueza, ao meu

anjinho Ian que mesmo sem saber é minha energia e motivação para continuar

caminhando.

À minha querida e saudosa Profa. Geraldina Porto Witter, que foi minha

professora, orientadora profissional, amiga, companheira e que me mostrou o

verdadeiro significado da palavra humildade, a quem devo o incentivo pelo ingresso no

mestrado.

Aos meus queridos amigos Professores Gilberto Luiz Moraes Selber e Ana

Maria de Mattos Rettl pelo incentivo e compreensão nos momentos de ausência no

trabalho para dedicação ao curso e ao Professor Valdevino Soares de Oliveira pela

leitura do trabalho e ótimas conversas sobre o tema envelhecimento.

À minha orientadora Professora Dra. Carla Witter, por estar sempre à disposição

para esclarecer e direcionar minhas ideias, dando-me forças nos momentos mais

difíceis, sendo meu impulso para continuar essa caminhada, obrigada pelo carinho e

amizade!

Às professoras Dra. Anita Liberalesso Neri e Dra. Cláudia Gil por aceitarem o

convite para participar da minha banca.

Aos idosos cuidadores que aceitaram participar e contribuir com essa pesquisa.

Aos docentes do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do

Envelhecimento que complementaram com muita competência minha formação e aos

amigos que contribuíram com palavras de carinho e apoio em todos os momentos.

A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste

trabalho, o meu muito obrigado!

Apoio financeiro:

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.

RESUMO

Camilo ABR. Habilidades Sociais, Qualidade de vida e sobrecarga em idosos

cuidadores informais. Dissertação de Mestrado apresentada e defendida no programa

de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento. São Paulo:

Universidade São Judas Tadeu, 2014.

Introdução: Com o aumento da expectativa de vida da população idosa, as doenças

crônicas degenerativas se tornam cada vez mais evidentes e o ser humano se torna mais

vulnerável, necessitando da presença de um cuidador. O cuidador pode ser considerado

como formal quando é um profissional que recebe formação específica e remuneração e

informal quando não recebe capacitação e preparo para exercer a atividade, geralmente

sendo um membro da família. Objetivo: verificar e analisar as habilidades sociais, a

qualidade de vida e a sobrecarga de idosos cuidadores informais de pessoas na velhice.

Método: estudo do tipo transversal, descritivo com a participação de 30 idosos

cuidadores de ambos os gêneros, que foram contatados para responder a quatro

instrumentos de avaliação: (1) Instrumento para caracterização da amostra, (2) Escala

Zarit Burden Interview, (3) Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida –

WHOQOL–Old e (4) Inventário de Habilidades Sociais para Idosos. O projeto foi

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu

(CEP/USJT) sob parecer nº 489.039 emitido no dia 11/12/2013 e CAEE nº

16308513.7.0000.0089. Aos idosos que aceitaram participar da presente pesquisa, foi

solicitada a assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Posteriormente, foram aplicados os quatro instrumentos na sequência apresentada com

duração, aproximada, de sessenta minutos. Resultados: A amostra foi composta por 30

idosos cuidadores informais, o gênero feminino representou 93,3%, os instrumentos

apresentaram correlação entre Qualidade de Vida e Habilidades Sociais quando avaliado

a autoafirmação na expressão de sentimentos e o funcionamento dos sentidos,

autonomia, atividades passadas, presentes e futuras e participação social, constatando

que os idosos pesquisados veem de forma positiva o processo do envelhecimento e

participam de atividades sociais, quando avaliado a Qualidade de Vida com a

Sobrecarga. Observou-se, também, que há relação entre Autonomia e o fator Relação

Interpessoal demonstrando que quanto maior a autonomia mais disposto a

relacionamentos interpessoais o idoso cuidador se encontra e por fim a sobrecarga

correlacionou-se negativamente com as Habilidades Sociais, demonstrando que quanto

maior a percepção de sua auto eficácia no desempenho das atividades, menor é o

controle da agressividade, indicando que o cuidador por dominar as tarefas que

envolvem o cuidado, pode se sobrecarregar, não solicitando auxílio de demais pessoas,

ficando vulnerável a perda de controle da agressividade. CONCLUSÃO: Foi possível

verificar que o grupo de idosos cuidadores de pessoas na velhice, embora enfrentem as

dificuldades relacionadas as atividades de cuidar, juntamente com o acúmulo de funções

domésticas, encaram positivamente o processo de envelhecimento e buscam uma

melhora em sua qualidade de vida, mesmo estando sobrecarregados o que pode gerar

uma vulnerabilidade à agressão. Espera-se com esse trabalho, contribuir para

diagnosticar o perfil dos idosos cuidadores de pessoas na velhice, possibilitando futuros

trabalhos que envolvam cuidadores no ambiente familiar e que não frequentam

atividades grupais devido a demanda domiciliar, desenvolvendo assim políticas de

apoio e assistência a esses idosos.

Palavras-chave: Envelhecimento; cuidar; bem estar.

ABSTRACT

Camilo ABR. Social skills, quality of life and overload on elderly informal

caregivers. Master's dissertation presented and advocated in the Stricto Sensu Post-

Graduate in Aging Sciences program. São Paulo: São Judas Tadeu University, 2014.

Introduction: With the increase in life expectancy of the elderly population,

degenerative chronic diseases are becoming more evident and the human being becomes

more vulnerable, requiring the presence of a caregiver. The caregiver can be considered

as formal when the person is a professional who receive specific training and

compensation, and informal when this person do not receive training and preparation to

perform the activity, usually a family member. Objective: To check and analyze the

social skills, the quality of life and the overload of elderly informal caregivers of people

in old age. Method: Transversal and descriptive study, involving 30 elderly caregivers

of both genders who were contacted to answer four assessment instruments: (1)

Instrument to characterize the sample, (2) Scale Zarit Burden Interview, (3) Assessment

Instrument of Quality of Life - WHOQOL-Old and (4) Social Skills Inventory for

Elderly. The project was approved by the Ethics Committee of the São Judas Tadeu

University (CEP / USJT) under position No. 489 039 issued on 12/11/2013 and CAEE

No.16308513.7.0000.0089. The elderly who agreed to participate in this research, the

signature was requested in the Informed Consent (IC). Subsequently, the four

instruments were applied in this sequence shown with the duration, approximated, sixty

minutes. Results: The sample consisted of 30 elderly informal caregivers, females

represented 93.3%, the instruments showed correlation between quality of life and

social skills when assessed self-assertion in the expression of feelings and the

functioning of the senses, autonomy, past, present and future activities, and social

participation, noting that elderly people surveyed see positively the aging process and

attend social activities, as assessed the Quality of Life with the overload. It was

observed also that there is a relation between Autonomy and the Interpersonal

Relationship factor demonstrating that how much greater autonomy more willing to

interpersonal relationships the elderly caregiver is, and finally the overload was

negatively correlated with the Social Skills, demonstrating that how much greater the

perception of their self-effectiveness in performing activities lower is the aggression

control, indicating that the caregiver, by mastering tasks involving care, can overload

themselves, not requesting assistance from others, becoming vulnerable to lose control

of aggressiveness. CONCLUSION: It was verified that the group of elderly caregivers

of people in old age, though they face the difficulties related activities of caring coupled

with the accumulation of domestic functions, they positively perceive the aging process

and seek an improvement in their quality of life, even being overloaded which can

create a vulnerability to aggression. It is hoped that this work could contribute to

diagnose the profile of elderly caregivers of people in old age, enabling future work

involving caregivers in the home environment, who can not attend group activities due

to household demand, thus developing policies to support and assist those elderly.

Keywords: Aging; care; well-being.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1........................................................................................................33

Tabela 2........................................................................................................36

Tabela 3........................................................................................................38

Tabela 4........................................................................................................39

Tabela 5........................................................................................................41

Tabela 6........................................................................................................42

Tabela 7........................................................................................................43

Tabela 8........................................................................................................44

Tabela 9........................................................................................................46

Tabela 10......................................................................................................47

Tabela 11......................................................................................................49

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................12

Cuidador Familiar: Papéis e Funções........................................................14

Sobrecarga.................................................................................................18

Qualidade de Vida......................................................................................21

Habilidades Sociais....................................................................................23

OBJETIVOS..........................................................................................................27

MÉTODO..............................................................................................................28

Delineamento.............................................................................................28

Participantes...............................................................................................28

Critérios de Inclusão..................................................................................28

Critérios de Exclusão.................................................................................28

Materiais.....................................................................................................29

Procedimento..............................................................................................32

Análise Estatística......................................................................................32

RESULTADO E DISCUSSÃO..............................................................................33

Perfil dos cuidadores..................................................................................33

Sobrecarga..................................................................................................36

Qualidade de Vida......................................................................................39

Habilidades Sociais....................................................................................42

Análise dos três instrumentos....................................................................45

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................51

REFERÊNCIAS....................................................................................................53

APÊNDICES.........................................................................................................66

ANEXOS...............................................................................................................70

12

INTRODUÇÃO

O envelhecimento está associado a alterações socioeconômicas, assim como a

mudanças no perfil epidemiológico e nos serviços de saúde (Paz, Santos & Eidt, 2006 e

Areosa, Henz, Lawisch & R.C.Areosa, 2014). Nos dias atuais, muito tem se pensado em

quem cuidará da população crescente de idosos e como serão vividos os anos com o

aumento da expectativa de vida. Além das doenças crônicas degenerativas, os idosos

longevos, com mais de 80 anos, são uma população mais vulnerável, que necessita de

cuidadores para garantir seu bem estar. Para Baltes (2000, citado por Teixeira e Neri,

2008) o envelhecimento bem sucedido segue uma sequência de seleção, otimização e

compensação, conhecido pela sigla SOC, sendo a seleção direcionada para o

desenvolvimento, envolvendo a escolha das estruturas para a obtenção de metas

satisfatórias, que são redefinidas de acordo com as perdas individuais e sociais, a

otimização potencializa os meios selecionados, utilizando recursos internos e externos

para eficiência do resultado e a compensação, a aquisição ou ativação de novos meios

para compensar o declínio. Baltes e Smith (2003) destacam que o foco é a contínua

busca por uma forma de lidar com as perdas utilizando estratégias psicológicas e

direcionando recursos internos.

Os trabalhos de Pavarini, Mendiondo, Barham, Varoto e Filizola (2005) e Neri

(2013) revelam que a maioria da população idosa apresenta alguma doença crônica

degenerativa, característica do processo de envelhecimento que requer a ajuda de um

cuidador. Em um estudo desenvolvido por Varoto, Truzzi e Pavarini (2004) com idosos

participantes de um grupo de terceira idade, constatou-se que de 225 pessoas

pertencentes ao grupo, 42 desistiram por motivos de doença, como a osteoporose,

hipertensão e diabetes. No contexto brasileiro, os sistemas de seguridade social e saúde

pública não são suficientemente preparados para dar suporte aos idosos, com isso, o

suporte familiar tende a desempenhar um papel decisivo nos cuidados dos idosos.

Neri (2013) em uma pesquisa destinada a identificar entre outros aspectos, as

condições de fragilidade em idosos urbanos comunitários nas localidades de Campinas

(SP), Belém (PA), Parnaíba (PI) Campina Grande (PB), Poços de Caldas (MG), Ivoti

13

(RS) e distrito de Ermelino Matarazzo em São Paulo (SP) denominado Fragilidade em

Idosos Brasileiros – FIBRA, verificou que cerca de 90% dos idosos que não

apresentavam déficits cognitivos de demência, relataram ter pelo menos uma doença

crônica e entre as mais comuns foram elencadas: hipertensão arterial (62,3%), artrite e

artrose (43,5%) e osteoporose (27,4%). O termo fragilidade, muito utilizado pela

Gerontologia e a Geriatria, caracteriza-se como condição de alto risco para quedas,

hospitalização, incapacidade, institucionalização e morte de idosos. (Fried, Tangen,

Walston, Newman, Hirsch, Gottdiener, Seeman, Tracy, Kop, Burke, McBurnie, 2001).

Alguns autores consideram que se trata de uma síndrome clínica, ao contrário do que se

pensava como sinônimo de comorbidade ou deficiência. Neri (2013) também destaca

que essa fragilidade não se trata de doença e nem de consequência obrigatória do

envelhecimento em encontro às doenças crônicas e à incapacidade, porém quanto maior

o nível de fragilidade maior se torna a dependência de outras pessoas que possam cuidar

desses idosos fragilizados.

A pesquisa realizada por Medina, Shirassu e Goldfeder (1998) revelou que 40%

dos indivíduos com 65 anos ou mais necessitam de algum tipo de ajuda para realizar

suas tarefas como, por exemplo, ir ao supermercado, ao banco, preparar refeições,

limpar e organizar a casa, sendo que uma parcela menor que 10% requer auxílio em

tarefas básicas, como tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se, locomover-se,

entre outras atividades, tornando a presença do cuidador essencial. Menéndez, Guevara,

Arcia, Díaz, Marín, & Alfonso (2005), em pesquisa sobre doenças crônicas e limitações

funcionais em idosos em sete cidades da América Latina e Caribe, observaram que

19,4% dos idosos apresentavam dificuldades na realização de atividades diárias,

consideradas básicas, e ainda, 28,6% da amostra necessitavam de ajuda para a

realização de pelo menos uma atividade instrumental, consideradas mais complexas,

como ir ao banco, cuidar das finanças, fazer compras, como já exemplificado.

Rodriguez e Bertoni (2010) lembram que o cuidado existe desde o começo da

vida, e os seres humanos, como todos os demais animais, têm a necessidade de ser

cuidado, pois é um ato que permite a continuidade da espécie e destacam ainda que as

pessoas necessitam de atenção desde que nascem até a sua morte, sendo o cuidado

fundamental para a vida e para o grupo social. A tarefa de cuidar não se caracteriza

14

apenas por uma pessoa realizar atividades no lugar da outra, mas como destaca o

Ministério da Saúde (2008) consiste em estimular a pessoa cuidada a conquistar sua

autonomia, mesmo que em pequenas tarefas, o que requer paciência e tempo. Portanto,

o cuidador deve apresentar características específicas para executar a tarefa (Witter &

Camilo, 2011).

Com as mudanças na estruturação das famílias, por exemplo, a expressiva

inserção da mulher no mercado de trabalho e a diminuição do número de filhos,

observa-se que famílias que antes eram amplas, cada vez mais se tornam nucleares, com

novos arranjos. E é cada vez mais comum, um membro da família que é idoso cuidando

de outro idoso. Como demonstra o estudo de Inouye, Pedrazzani e Pavarini (2008)

realizado com 25 octogenários e seus cuidadores na cidade de São Paulo, observou-se

que a faixa etária média do grupo de cuidadores era de 60,32 anos, observado também

por Areosa et al (2014), em estudo sobre cuidadores no Rio Grande do Sul, no qual 42%

da amostra tinha entre 60 a 75 anos, indicando aumento no número de cuidadores

idosos.

Cuidador Familiar: Papéis e Funções

Karsch (2003) destaca que, com o aumento do número de idosos no Brasil,

ocorreu também, um aumento nos casos de dependência de uma ou mais pessoas para

suprir suas necessidades na realização das atividades de vida diária, sendo a

dependência relacionada à impossibilidade de autocuidar-se. O autor enfatiza que

devido à dificuldade financeira de obter uma assistência hospitalar e institucional de

idosos nessas condições em países em desenvolvimento, como o Brasil, a

responsabilidade de cuidar acaba sendo transferida para a família. Lemos e Medeiros

(2002) e Neri e Sommerhalder (2002) classificam os cuidadores em três categorias:

cuidador primário ou principal que se encarrega da maior parte das tarefas, incluindo as

atividades básicas e instrumentais de vida diária dos idosos durante a maior parte do dia,

cuidadores secundários que colaboram com tarefas mais específicas e de menor

responsabilidade, correspondendo a outros familiares, voluntários ou profissionais que

desempenham tarefas complementares e cuidadores terciários que realizam tarefas

15

esporádicas, sem a responsabilidade de cuidar diretamente do idoso, não necessitam de

contato direto.

A família acaba se tornando a maior prestadora de atenção à saúde do idoso. É

uma das mais antigas e fortes instituições sociais, um sistema cuja socialização e

interação mútua afetam de maneira mais ou menos intensa cada um de seus membros,

na qual um membro assume a função de cuidador principal no caso de incapacidade ou

limitação de algum familiar. (Rodriguez & Bertoni, 2010).

Nesse sentido Camarano, Pasinato e Lemos (2007) em uma pesquisa realizada

na cidade de São Paulo revelou que 95% dos cuidadores eram membros de família,

sendo 92% do gênero feminino, das quais 44% eram esposas e 31,3% filhas. A mesma

tendência aparece na pesquisa de Gonçalves, Leite, Hildebrandt, Bisogno, Biasuz,

Falcade (2013) desenvolvida em Florianópolis-SC; Jequié – BA, Belém-PA,

Palmeira das Missões – RS e Porto-Portugal, a qual revelou que 89% dos cuidadores

eram do gênero feminino, sendo 50% filhas e 19% esposas. No contexto geral, um

membro da família assume a responsabilidade de cuidar do idoso como se fosse natural

e esperada essa atitude do familiar, por vezes, declinando da sua vida pessoal e

profissional, principalmente, no caso dos parentes descendentes do gênero feminino.

Neri (1993) ressalta que devido a fatores predominantemente culturais, a mulher

é vista como a cuidadora, sendo ainda uma atribuição esperada pela sociedade. Em

concordância, Santos (2008) reforça que predominantemente o sexo feminino exerce a

função de cuidar, justificado por ser a mulher que detém o papel de cuidadora, embora o

homem também esteja se destacando nessa tarefa.

Gonçalves, Alvarez, Sena, Santana e Vicente (2006) destacam os motivos para

um parente se tornar cuidador, dentre eles a obrigação moral fundamentada em aspectos

culturais e religiosos, a condição matrimonial, a ausência de pessoas para exercer a

função de cuidados e, também as dificuldades financeiras que obrigam um membro da

família a se dedicar a esta função. Nesse caso, a principal figura cuidadora se torna o

cônjuge, que muitas vezes também é idosa, não havendo tempo para trabalhar

dificuldades físicas e psicológicas, pois a doença acomete o parente inesperadamente.

Andrade (2012) lembra que quando a família recebe um membro com algum tipo de

enfermidade incapacitante, sofre mudanças em sua dinâmica e funcionamento,

16

provocando muitas vezes alterações emocionais e cognitivas que agravam a situação do

idoso, aumentando a tensão entre os membros da família e dificultando a tarefa de

cuidar daqueles que assumem a função principal.

Oliveira e Limongi (2011) ressaltam que embora as consequências de possuir

um membro dependente na família reflita em todos os familiares, o cuidador principal

assume a responsabilidade de dar apoio físico, emocional, medicamentoso e,

frequentemente apoio financeiro, que nesse caso complementa a aposentadoria recebida

pelo idoso. Na maioria das vezes, as tarefas do cuidador principal são assumidas sem a

devida orientação e treinamento de profissionais, e principalmente, sem o apoio de uma

rede social o que pode interferir negativamente na vida pessoal, familiar e social,

impactando diretamente na qualidade de vida. (Seidl & Zannon, 2004; Oliveira &

Limongi, 2011; Loureiro, Fernandes, Marques, Nóbrega, Rodrigues, 2013). A pesquisa

de Camargos et al (2012) realizada em Brasília – DF, revela que os cuidadores de idosos

com demência apresentaram distúrbios do sono, além de altos níveis de hormônios

relacionados ao estresse, impactando diretamente na qualidade de vida dos mesmos.

As principais atividades que englobam a atividade de cuidar envolvem desde

ouvir e dispor atenção na alimentação, higienização e medicação, o que requer do

cuidador paciência e técnica (Witter & Camilo, 2011, Suzuki, 2013, Magalhães & Silva,

2014). Além disso, o cuidador é diariamente exposto a diversos fatores estressantes,

como por exemplo: quantidade de tarefas a serem desempenhadas; doenças

consequentes das exigências do trabalho e de suas próprias características pessoais,

agravadas muitas vezes, por não ter preparo específico e não dispor de informação

necessária para lidar com as diversas situações; falta de apoio físico, psicológico e

financeiro (Martins, Ribeiro e Garrett, 2003).

Andrade (2012) destaca que o estresse no cuidador repercute na qualidade do

cuidado que o idoso recebe e pode interferir no problema de saúde e em sua melhora,

repercutindo na saúde do cuidador com o aparecimento de problemas cardiovasculares,

físicos, transtornos emocionais como depressão e ansiedade, assim como alteração nas

suas relações de trabalho e sociais, entre outros agravos. A autora ainda enfatiza que o

sentimento do cuidador é de que sua vida mudou desfavoravelmente com a presença do

idoso, sendo visto como um fardo a ser carregado, influenciando na interação dos

17

mesmos.

Rodrigues (2011) destaca que o cuidador se sente muitas vezes, confrontado

com as alterações no estado de saúde do seu familiar e incapaz de evitar a evolução da

doença da pessoa com quem conviveu durante muito tempo. É necessário voltar a

atenção à saúde do cuidador do idoso, pois a atividade de cuidar de um adulto

dependente torna-se muito desgastante e implica sérios riscos à sua saúde, sendo

consequente a necessidade de prevenir perdas e agravos à saúde também do cuidador,

que além de colocar em risco a qualidade de atendimento e manutenção do próprio bem-

estar, pode até mesmo colocar em risco a vida do assistido. (Leal, 2000, Shaffer, Dooley

& Williamson, 2007). Como destacam Areosa et al (2014), nosso sistema de saúde é

frágil e não dispõe de dados suficientes sobre idosos dependentes, e isso prejudica a

criação de políticas que auxiliem o cuidador de idosos, e quando o mesmo é idoso, há a

preocupação também com a responsabilidade de cuidar de seu companheiro, administrar

suas limitações físicas e psicológicas e enfrentar a problemática que envolve o próprio

envelhecer.

Como revelam Ferreira et al (2010) com a presença de um doente na família, há

a necessidade de reorganização da dinâmica familiar com redefinição de papéis e tarefas

para atender a esta nova realidade. Diogo, Ceolim e Cintra (2005) mostram que a esposa

frequentemente se torna a cuidadora primária de idosos, que também possui idade

avançada, portanto pessoas que vivenciam o envelhecimento ou que se encontram já na

velhice assumem a tarefa de cuidar mesmo apresentando alguma alteração na

capacidade funcional e na saúde.

Hilgeman, Allen, De Caster e Bugio (2007) realizaram uma pesquisa na cidade

de Filadélfia, no estado da Pensilvânia-EUA, sobre o acompanhamento de cuidadores

de idosos portadores de Alzheimer e constataram que quando o tempo de dedicação é

menor, há mais satisfação na prestação dos serviços. Os autores destacam que

dependendo do grau de autonomia que o idoso apresenta, pode necessitar de maior

dedicação do cuidador, ainda mais quando este é um membro da família e desempenha

sozinho a função, o que pode gerar situações negativas, como por exemplo, a

sobrecarga. Neste sentido, é necessário a presença de profissionais que possam orientá-

lo em como proceder na realização das tarefas, caracterizando uma supervisão ou

18

capacitação, evitando que o cuidador fique exposto a doenças, que sofra prejuízos

negativos em seu estado emocional e perda do convívio social, pois o idoso cuidado

também pode sofrer as consequências como ficar vulnerável a cuidados inadequados e

insuficientes, podendo acarretar até mesmo o abandono e maus tratos. (Areosa et al,

2014).

A partir de dados um projeto da Universidade de São Paulo, que monitora o

envelhecimento populacional no Brasil, publicados no Jornal Folha de São Paulo em 11

de maio de 2014, Colucci (2014) destaca que o número de idosos que cuidam de outros

idosos teve um crescimento importante, o que pode ocasionar um prejuízo no

atendimento disponibilizado ao idoso doente, visto que não há um preparo ou orientação

para exercer a função. Nakatani, Souto, Paulette, Melo e Souza (2003) destacam que o

papel de cuidar é cansativo e soma-se a problemas vividos no processo de

envelhecimento normal como desgaste fisiológico e problemas crônico-degenerativos.

Para Py e Oliveira (2011) além da dificuldade enfrentada diariamente no

atendimento ao idoso, o cuidador tem que administrar sentimentos como o medo da

perda do familiar. Nesse sentido, as autoras enfatizam que existe uma necessidade de

capacitação dos cuidadores com o objetivo de minimizar tensões, favorecendo um

preparo para a prática de cuidados. Pinquart e Sorensen (2007) revelam que os danos à

saúde do cuidador pode estar relacionado aos seguintes aspectos: (a) ao esforço físico na

atividade desempenhada, que pode desencadear tensão muscular, lesão na coluna,

agravamento de doenças crônicas pré existentes, (b) diminuição em atividades que

mantem o bem estar físico como prática de exercícios e realização de dietas, (c) efeitos

fisiológicos do estresse como depressão que pode favorecer a uma exposição a

infecções e (d) alterações cardiovasculares que aumentam o risco de hipertensão e

doenças cardiovasculares.

Sobrecarga

Os cuidados dispensados a um paciente com doença crônica podem levar o

cuidador a desenvolver diversos transtornos, devido ao desempenho do papel, que pode

ocasionar mudanças e principalmente sobrecarga, interferindo diretamente na vida do

19

cuidador. (Stone, 1991, Ocampo et al, 2007, Magalhães & Silva, 2014). Fernandes e

Garcia (2010) destacam que a sobrecarga do cuidador é um termo utilizado

internacionalmente na literatura gerontológica para descrever aspectos negativos da

relação de cuidado. Santos, Sousa, Brasil & Dourado (2011) descrevem a sobrecarga

como um conjunto de problemas físicos, psicológicos, emocionais, sociais e até

financeiros decorrentes do cuidado a alguém. Assim como destacam Vitaliano, Zhang,

Scanlan (2003) o desempenhar dessa tarefa pode ser excessiva e estressante,

desencadeando sintomas psiquiátricos como a depressão

Fernandes (2009) enfatiza que o processo de conviver e cuidar de um familiar

caracteriza-se como uma tarefa difícil, podendo em alguns casos gerar uma crise

familiar, ocasionando ao cuidador principal uma sobrecarga que pode ter como

consequência a ruptura do equilíbrio familiar. Schulz e Beach (1999) também ressaltam

que a vulnerabilidade biológica, o excesso na realização da tarefa de cuidar e a

exposição frequente a eventos estressores pode prejudicar o funcionamento fisiológico e

aumentar o risco de problemas de saúde e mortalidade entre os cuidadores. Luzardo e

Waldman (2004) enfatizam que os cuidadores ao assumir as tarefas sozinho no

domicílio, manifestam desconforto e sentimentos de solidão, principalmente quando não

sentem apoio de outros membros da família.

A exaustão causada pela execução das tarefas pode ocasionar também uma

substituição de valores, sendo o idoso o foco principal, como destacam Gratão et al

(2013) por a tarefa ser muito complexa, muitas vezes o cuidador esquece de si para

atender a necessidade da pessoa cuidada, tendo com isso sentimentos positivos e

negativos. Os autores constataram em uma pesquisa que grande parte dos cuidadores

moravam com os idosos, que os idosos avaliaram essa situação como fator positivo,

pois recebem atendimentos às suas necessidades prontamente, porém para os cuidadores

é visto de forma inversa devido à exposição diária aos efeitos do processo de cuidar.

Ferreira et al (2010) e Bandeira, Calzavara e Castro (2008) concordam que a

sobrecarga é caracterizada como inquietação resultante do convívio com a dependência

física e incapacidade mental do indivíduo cuidado. Destacam que, muitas vezes, os

20

familiares embora se sintam sobrecarregados no papel de cuidadores também sentem

satisfação por exercer a função.

Portanto, a sobrecarga do cuidador familiar informal é um fato que merece ser

estudado, uma vez que pode alterar a dinâmica familiar e prejudicar tanto o cuidador

como o idoso cuidado. A sobrecarga pode ser definida de duas formas, a primeira como

objetiva que engloba sintomas e comportamentos dentro dos ambientes sociais e suas

consequências, relacionada ao desempenho das tarefas, envolvendo os transtornos e

impactos que ocorrem diretamente na vida social e ocupacional dos familiares,

inclusive, considerando impacto financeiro e a segunda, subjetiva que está relacionada a

processos psicológicos, percepção e sentimentos de familiares, como um incômodo ao

exercer as funções de cuidador. (Bandeira, Calzavara e Castro, 2008). O cuidador

familiar, por estar diretamente ligado ao idoso cuidado, com carga horária de dedicação

alta pode apresentar a sobrecarga objetiva e/ou subjetiva interferindo diretamente em

sua qualidade de vida. (Bocchi, 2004)

A sobrecarga de tarefas, o desgaste físico e emocional para o cuidador,

principalmente quando a dedicação ocorre por longo tempo e por uma única pessoa,

desencadeia limitações na vida diária do cuidador e interfere na sua qualidade de vida.

(Nardi & Oliveira, 2008, Nardi, 2012). Essa dedicação exigida no cuidado de um idoso

dependente demanda recursos econômicos, planejamento, organização familiar e

pessoal que necessita de uma rede de apoio social, que como ressaltam Berkman e

Syme (1999) diminui os aspectos negativos provocados pela execução da tarefa,

contribui para a melhoria da saúde do cuidador e para uma melhora na qualidade dos

cuidados prestados. Observa-se que a sobrecarga é mais evidente em familiares com

situação socioeconômica inferior, como verificou o estudo de Camargos, Lacerda,

Viana, Pinto e Fonseca (2009) com 56 cuidadores com a utilização da Escala Zarit

Burden Interview.

Uma pesquisa realizada por Loureiro (2011) em João Pessoa na Paraíba avaliou

a sobrecarga de 52 cuidadores e observou que 84,6% apresentavam sobrecarga e destes

72,7% sobrecarga moderada e leve e 27,3% moderada e grave. Resultados semelhantes

foram observados, também, no estudo de Silva (2011) em Minas Gerais que encontrou

21

um grau de sobrecarga leve a moderada em 51,7% dos 58 cuidadores familiares

pesquisados, evidenciando a existência da sobrecarga na execução da atividade de

cuidar. Portanto, há a necessidade de se voltar atenção ao cuidador, quer ele seja um

familiar (informal) ou um profissional (formal) que de acordo com Ferreira et al (2010)

deve ser considerado um parceiro na prestação de cuidados ao doente, além de ser

também alvo de cuidados, principalmente o cuidador familiar informal. Como destacam

Breinbauer, Vásquez, Mayanz, Guerra e Teresa (2009) esses cuidadores,

principalmente, os familiares não buscam ajuda de um profissional de saúde para

verificar seus sintomas, postergando a busca de ajuda e priorizando os problemas que

envolvem sua família, esquecendo de cuidar-se em detrimento de cuidar do idoso.

Qualidade de Vida

Para Sousa, Galante e Figueiredo (2003) o envelhecimento bem sucedido, está

acompanhado de qualidade de vida e bem estar e deve ser promovido ao longo do

desenvolvimento, sendo importante diferenciar os efeitos ocasionados pela idade e de

uma doença crônica degenerativa, pois algumas pessoas demonstram declínio no estado

de saúde física e cognitiva precoce, enquanto outras vivem de maneira saudável. Fleck

et al (2000) enfatizam que a definição do Grupo de Qualidade de Vida da Organização

Mundial de Saúde (The WHOQOL Group, 1995) aborda a qualidade de vida como a

percepção do indivíduo com relação a sua posição social na vida, no contexto da cultura

e sistemas de valores nos quais está inserido em relação aos seus objetivos,

expectativas, padrões e preocupações.

Para Neri (1993) avaliar a qualidade de vida na velhice implica a adoção de

vários critérios de natureza biológica, psicológica e sócio estrutural, tendo elementos

determinantes ou indicadores de bem estar na velhice como longevidade, saúde

biológica, saúde mental, satisfação, controle cognitivo, competência social, renda,

continuidade de papéis familiares e ocupacionais e continuidade de relações informais

com grupos primários como a família. Seidl e Zannon (2004) afirmam que saúde e

doença são um processo contínuo e estão diretamente ligados a aspectos econômicos,

socioculturais e estilos de vida que são determinantes para a qualidade de vida dos

idosos.

22

Minayo, Hartz e Buss (2000) definem a qualidade de vida como um

conhecimento humano e ao grau de satisfação na vida familiar, amorosa, social e

ambiental, sendo o termo abrangente em vários significados, refletindo conhecimentos,

experiências e valores do indivíduo e da coletividade, portanto, uma construção social

com a marca da relatividade cultural. Vecchia, Ruiz, Bocchi, e Corrente (2005)

ressaltam que o conceito de qualidade de vida é subjetivo e depende do nível

sociocultural, faixa etária e motivações pessoais do indivíduo.

Para Yokoyama, Carvalho e Vizzotto (2006) e Witter e Buriti (2011) o conceito

de qualidade de vida não pode ser único, pois irá variar de acordo com os aspectos que

estão sendo considerados. Portanto, o que pode ser avaliado como qualidade de vida

para o idoso ou seu cuidador pode variar e ser diferente conforme a percepção subjetiva

das pessoas sobre a própria vida influenciada pelos aspectos filogenéticos,

ontogenéticos e culturais.

Neri (2006) destaca que as perdas cognitivas e as alterações comportamentais,

emocionais, envolvendo até mesmo a personalidade do idoso exigem uma grande

capacidade de adaptação do cuidador para o bom convívio. Portanto, compreender o

envelhecimento como um processo sociovital multifacetado e um processo irreversível é

extremamente importante para que todos os envolvidos como os profissionais da saúde,

governo, sociedade e os próprios idosos, percebam a velhice como um momento no

ciclo da vida que exije cuidados específicos.

Witter e Camilo (2011) destacam que o cuidador de idoso deve ter algumas

características para garantir um atendimento que assegure sua qualidade de vida e do

atendido, tais como: ser paciente, manter autocontrole, conhecer e respeitar o idoso

cuidado, respeitar os próprios limites, ouvir e respeitar opiniões de outros profissionais,

tomar decisões conjuntas com profissionais, membros da família e com a própria

pessoa. Deve ainda, ser companhia adequada, paciente, com autocontrole, sendo

necessário conhecer o outro e respeitá-lo em suas características individuais, respeitar

seus próprios limites, dividir com os demais envolvidos suas preocupações, ouvir e

respeitar a opinião de profissionais envolvidos e tomar decisões conjuntas com os

demais membros da família e, sobretudo, com a própria pessoa cuidada. Neste contexto,

23

Vecchia et al (2005) destacam que ações que busquem melhorar a qualidade de vida do

idoso, devem considerar as dimensões e diferenças sobre o que valorizam na busca de

seu bem estar.

A qualidade de vida do idoso cuidador, pode ser diretamente influenciada, como

revela a pesquisa de Pinto et al (2009) com cuidadores de idosos com doença de

Alzheimer, na qual concluiu que quanto maior o comprometimento funcional do idoso,

maior a alteração na qualidade de vida do cuidador. Ferreira, Alexandre e Lemos (2011)

também constataram que cuidadores de idosos com mais de 60 anos, do sexo feminino,

filhas ou cônjuges do idoso cuidado, com maior tempo de dedicação aos cuidados do

idoso e que sofreram grandes mudanças em sua rotina, foram as que tiveram pior

percepção de sua qualidade de vida. Argiman, Limon e Cabezas (2005), verificaram que

quando os cuidadores informais foram indagados sobre o que influenciava a qualidade

de vida, associaram ao bem estar psicológico, serenidade, bem estar geral, estabilidade

financeira, liberdade e tranquilidade; e com relação ao idoso relacionaram boa saúde e

maior independência e, também, o apoio de outra pessoa na prestação de auxílio no

cuidado.

Habilidades Sociais

O suporte social do idoso com doença crônica é fundamental, pois o idoso

apresenta incertezas, desgastes físicos e emocionais, dependência e mudança no estilo

de vida. Por isso, uma comunicação empática e compreensiva facilita a interação do

cuidador, do idoso cuidado e de todos os envolvidos nessa interação. (Herrera, Florez,

Romero & Montalvo, 2012). Como o cuidador principal tende a dedicar todo o seu

tempo ao cuidado, suas relações sociais acabam sendo prejudicadas. E conforme os

autores enfatizam, Carneiro, Falcone, Clark, Del Prette e Del Prette (2007), as relações

sociais podem promover condições favoráveis à saúde e promover o bem estar e manter

a qualidade de vida.

Carneiro e Falcone (2004) lembram que o desenvolvimento social do indivíduo

inicia-se no nascimento, sendo na infância que o repertório de habilidades sociais se

torna mais elaborado, passando a ser mais exigido na adolescência quando a família e a

24

escola cobram comportamentos sociais mais complexos. Na vida adulta, novas

habilidades sociais são exigidas como a realização de tarefas em grupo, desempenho de

liderança, habilidades sexuais e independência. Na velhice, onde há a diminuição das

capacidades sensoriais, algumas habilidades se tornam importantes como o contato

social com outras pessoas e até mesmo a administração de comportamentos sociais

decorrentes de preconceitos contra a velhice.

Caballo (1986) define que:

“O comportamento socialmente habilidoso é esse conjunto de

comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto

interpessoal que expressa os sentimentos, atitudes, desejos,

opiniões ou direitos desse indivíduo, de um modo adequado à

situação, respeitando esses comportamentos nos demais, e que

geralmente resolve os problemas imediatos da situação enquanto

minimiza a probabilidade de futuros problemas.”

Del Prette e Del Prette (1999) enfatizam que um comportamento socialmente

habilidoso pode ser aprendido e abrange dimensões pessoais, situacionais e culturais.

Embora as habilidades sociais sejam aprendidas ao longo da vida, quando as condições

não favorecem essa aquisição, o processo pode ser recuperado por meio de treinamento.

(Caballo,1996).

De acordo com Linehan (1984, citado por Caballo 1996), podem ser

identificados três tipos básicos de consequências do comportamento: (a) a eficácia para

melhorar os objetivos da resposta; (b) a eficácia para manter ou melhorar a relação com

a outra pessoa e (c) a eficácia para manter a auto-estima da pessoa socialmente

habilidosa. Para Caballo (1996) as habilidades sociais são condutas necessárias para

interagir e relacionar-se com outras pessoas de forma efetiva e satisfatória. Del Prette e

Del Prette (2001) destacam que as habilidades necessárias para as relações interpessoais

satisfatórias requerem habilidades como comunicação assertiva, empatia, civilidade

entre outras, sendo divididos por classes de maior e menor abrangência, destacando-se:

(a) Habilidades de comunicação – realizar e responder perguntas, solicitar e dar

feedback, elogiar, começar, manter e finalizar conversas; (b) Habilidades de civilidade –

25

utilizar palavras como “por favor”,” obrigada”, apresentar-se, cumprimentar e (c)

Habilidades assertivas de enfrentamento ou defesa dos direitos e cidadania – expressar a

própria opinião, discordar de algo, fazer pedidos, recusar-se a realizar algo, interagir

com outros níveis de profissionais ou autoridades, lidar com críticas, com a raiva

expressa por outra pessoa, solicitar mudança de comportamento entre outras.

Falcone (1999, 2001) enfatiza a importância das habilidades de empatia e de sua

vinculação com as habilidades assertivas para que as interações sociais sejam bem

sucedidas, sendo a empatia a capacidade de compreender e expressar compreensão

sobre a perspectiva e sentimentos de outra pessoa, favorecendo a compaixão e interesse

pelo bem-estar. O comportamento socialmente adequado deve considerar a capacidade

que o indivíduo tem de obter satisfação pessoal e, também, motivação para compreender

e atender às necessidades de outra pessoa. (Falcone & Ramos, 2005).

Piovesan e Batistoni (2012) relatam que a maioria das pessoas que assumem a

atividade de cuidadores de indivíduos portadores de doenças crônicas apresentavam

falta de habilidade e conhecimentos para desempenhar o papel de cuidador, gerando

baixo senso de auto-eficácia e despreparo. Os autores ainda destacam que as habilidades

eficazes na resolução de problemas estão diretamente associadas ao bem estar do

cuidador e em contrapartida, cuidadores que não respondem adequadamente estão mais

vulneráveis a depressão, ansiedade e outros problemas de saúde. A falta e/ou deficiência

em demonstrar empatia e assertividade pode originar padrões de comportamento

socialmente inadequados, como a esquiva ou a agressividade, que acabam prejudicando

a qualidade da interação e contribuindo para conflitos sociais. (Carneiro et al, 2007).

Pearlin e Skaff (1996) destacam que o estresse no cuidador ocorre quando ele

tem dificuldade em lidar com as demandas das tarefas e do papel. A resposta ao estresse

pode ser mediada pelo suporte social e pelos recursos de enfrentamento que tem

disponíveis. Carneiro et al (2007) lembram que a ausência ou a deficiência na

manifestação da empatia e assertividade pode ter como consequência padrões de

comportamento sociais inadequados, como a esquiva ou a agressividade, favorecendo a

ocorrência de conflitos sociais. Destacam ainda, que as deficiências em habilidades

sociais contribuem para a queda na qualidade de vida. Braz (2010), também, ressalta

26

que para os idosos, a promoção das habilidades sociais assertivas, possibilita a

expressão e o exercício de seus direitos. Neste sentido, Carneiro e Falcone (2004)

enfatizam que a capacidade de interagir socialmente é importante para que o idoso

possa adquirir e manter redes de apoio social e garantir sua qualidade de vida. Portanto,

o desenvolvimento das habilidades sociais é importante na relação interpessoal

estabelecida entre o cuidador, o idoso e demais membros da família.

27

OBJETIVOS

Objetivo Geral

O objetivo geral do trabalho foi caracterizar o perfil de um grupo de

cuidadores familiares idosos, analisar as variáveis: senso de sobrecarga, percepção de

qualidade de vida e habilidades sociais, assim como investigar associações entre essas

condições no mesmo grupo.

28

MÉTODO

Delineamento

O presente estudo é de tipo transversal, descritivo, com delineamento

correlacional, que possibilita investigar as possíveis correlações entre as seguintes

variáveis: habilidades sociais, qualidade de vida e sobrecarga em cuidadores informais

de idosos.

Participantes

Participaram da pesquisa, 30 idosos de 60 a 75 anos de ambos os gêneros, que

realizam a atividade de cuidadores informais de idosos, selecionados por conveniência,

conforme indicação de outros idosos e de pessoas que conviviam ou conheciam idosos

que cuidam de idosos. Também, foram recrutados cuidadores que acompanhavam os

idosos em atividades de duas instituições de ensino superior particular na cidade de São

Paulo, sendo que uma presta atendimento à pacientes com problemas no equilíbrio

corporal e outra com atendimento fisioterápico.

Critérios de Inclusão

Os critérios de elegibilidade definidos foram: ser idoso (60 a 75 anos); ser

cuidador de idoso pelo menos há um ano; morar junto com o idoso ou permanecer, no

mínimo, oito horas do dia na função de cuidador e ser o cuidador principal do idoso.

Critérios de Exclusão

Os critérios de exclusão estabelecidos foram: os idosos não alfabetizados e/ou

que não conseguiam compreender os instrumentos de coleta de dados; idosos com

algum comprometimento cognitivo segundo critério do pesquisador e cuidadores

formais, que recebam qualquer tipo de remuneração para a realização dos cuidados ao

idoso.

29

Materiais

1. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, conforme as

normas estabelecidas pela Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde para as

pesquisas envolvendo Seres Humanos, o termo apresentou e esclareceu os objetivos e

procedimentos para a coleta de dados em linguagem acessível ao idoso para que, como

participante, pudesse aceitar participar voluntariamente da pesquisa (Apêndice 1);

2. Instrumento de Caracterização dos Cuidadores Idosos – elaborado

pela pesquisadora, teve como objetivo coletar informações sociodemográficas dos

participantes. (Apêndice 2).

3. Escala de Sobrecarga Zarit Burden Interview (ZBI – Anexo 1) - trata-

se de escala desenvolvida por Zarit em 1987 e validada no Brasil por Sequeira (2010) e

Scazufca (2002), composta por 22 questões que possibilitam avaliar a sobrecarga do

cuidador informal, a escala avalia quatro fatores:

I. Impacto na prestação de cuidados: encontram-se os itens relativos ao impacto

dos cuidados no contexto do cuidador, como falta de tempo, desgaste físico e

mental, alteração nas relações familiares, envolvem os itens 1, 2, 3, 6, 9, 10, 11,

12, 13, 17 e 22.

II. Relação interpessoal: grupo de questões que investiga informações sobre o

relacionamento entre o cuidador e o dependente, itens 4, 5, 16, 18 e 19.

III. Expectativas face ao cuidar: questões que investigam os medos, receios e

disponibilidade em relação aos cuidados prestados pelo cuidador, itens 7, 8, 14 e

15.

IV. Percepção de auto eficácia: questões que investigam a percepção que o cuidador

possui em relação ao seu desempenho ao praticar os cuidados, sendo os itens 20

e 21.

Os itens são do tipo Likert, sendo: (0) nunca; (1) quase nunca; (2) às vezes; (3)

muitas vezes; (4) quase sempre, sendo a última questão (22), indagando se está se

sentindo sobrecarregado no papel de cuidador e as possíveis respostas são: (0) nem um

30

pouco, (1) um pouco, (2) moderadamente, (3) muito e (4) extremamente.

O escore total da escala é obtido somando todos os itens e podem variar de 0 a

88, e quanto maior o escore maior a sobrecarga.

4. Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida - WHOQOL – OLD

(Fleck, Chachamovich & Trentini, 2000, Chachamovich & et al, 2008 - Anexo 2),

contém 24 questões divididas em seis facetas, incorporando questões relacionadas ao

envelhecimento, sendo:

I. Funcionamento dos sentidos: consequências da perda do funcionamento dos

sentidos na qualidade de vida do indivíduo, envolvem os itens 01, 02, 10 e 20,

sendo que os itens 01, 02 e 10 tiveram seus valores invertidos, devido a

pontuação ser negativa;

II. Autonomia: independência do idoso para a ser autônomo e tomar decisões, itens

03, 04, 05 e 11;

III. Atividades passadas: presentes e futuras: relacionadas com realizações na vida e

objetivos, itens 12, 14, 15 e 19;

IV. Participação social: participação em atividades da vida diária e em comunidade,

itens 13, 16, 17, 18;

V. Morte e morrer: situações acerca da morte e morrer, itens 06, 07, 08 e 09. Os

itens tiveram seu valor invertido, devido a pontuação ser negativa.

VI. Intimidade: capacidade de ter relacionamentos íntimos e pessoais, itens 21, 22,

23 e 24.

5. Inventário de Habilidades Sociais para Idosos – IHSI, criado por Del

Prette & Del Prette (em fase de normatização) destinado a pessoas acima de 60 anos,

tem por objetivo avaliar as habilidades sociais de idosos. O inventário é composto por

38 questões que correspondem a uma ação ou sentimento diante de uma dada situação.

Seguindo uma escala do tipo Likert com 5 pontos, variando de 0 – nunca/raramente ou

0 a 2 vezes, 1 – regular pouca frequência ou 3 a 4 vezes, 2 – regular frequência ou 5 a 6

31

vezes, 3 – muita frequência ou 7 a 8 vezes, 4 – sempre/quase sempre ou 9 a 10 vezes.

(Braz, 2010). Os itens avaliam cinco fatores:

I. Fator 1 – Enfrentamento e autoafirmação (itens 1, 2, 5, 7, 9, 11, 12, 14, 15, 16,

20 e 21) que avaliam a assertividade, as questões 2 e 9 tiveram suas questões

invertidas, por representarem a pontuação negativa;

II. Fator 2 – Autoafirmação na expressão de sentimentos positivo (3,6,8,10,28,30 e

35) são avaliadas demandas interpessoais de afeto positivo e auto-estima, a

questão 8 teve seu valor invertido por apresentar pontuação negativa;

III. Fator 3 – Conversação e desenvoltura social (13, 17, 19, 11, 24, 36 e 37) avalia o

conhecimento de normas de relacionamento cotidiano por meio da apresentação

de situações sociais neutras de aproximação demandando na conversação, as

questões 13, 17, 19, 24, 36 e 37 tiveram seus valores invertidos, por

apresentarem pontuação negativa;

IV. Fator 4 – Autoexposição a desconhecidos e situações novas (itens 9, 14, 23 e 26)

avaliando o desempenho em situações que envolvem a abordagem de pessoas

desconhecidas, as questões 9, 23 e 26 tiveram seus valores invertidos, por

apresentarem pontuação negativa;

V. Fator 5 – Autocontrole da agressividade (itens 18, 31 e 38) na qual se avalia a

reação a estimulações aversivas do interlocutor, demandando controle de raiva e

agressividade, a questão 18 teve seu valor invertido, devido a pontuação ser

negativa.

O referido inventário foi disponibilizado para utilização por meio de uma

autorização especial dos autores à pesquisadora, a qual assinou um termo de

comprometimento de uso, exclusivo, para pesquisa em conjunto com a sua orientadora.

Os dados da presente pesquisa servirão para contribuir com a normatização do

instrumento. Por solicitação dos autores do Inventário, foi solicitado que não houvesse

nenhum tipo de divulgação do material, por esse motivo o material não se encontra em

anexo. Foi anexado o termo assinado pela pesquisadora e orientadora (Apêndice 3).

32

Procedimento

O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da

Universidade São Judas Tadeu – USJT e aprovado pelo parecer consubstanciado cujo

protocolo de 11/12/2013 tem o número 470.034 e o número de CAAE:

16308513.7.0000.0089. Os participantes foram contatados e convidados a participarem

da pesquisa. Aos que aceitaram, foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido - TCLE e em seguida a aplicação dos instrumentos de coleta de dados. As

aplicações foram individuais, em local reservado e de melhor conveniência para o

participante, sendo a aplicação do TCLE e de todos os instrumentos de,

aproximadamente, 60 minutos.

Análise Estatística

Os dados da pesquisa foram organizados no software Statistical Package for the

Social Science - SPSS versão 22. Os cálculos dos escores gerais e fatoriais dos

instrumentos foram realizados de acordo com as recomendações de seus manuais. Para

os dados obtidos foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais,

adotando o nível de significância de 0,05 (p<0,05). Foi utilizado o teste t para comparar

a pontuação dos instrumentos com as variáveis sociodemográficas quando os

pressupostos foram atingidos.

33

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Perfil dos cuidadores

A amostra foi composta por 30 idosos cuidadores informais (Tabela 1), sendo

em sua maioria do gênero feminino (93,3%) como verificado também na pesquisa de

Abreu, Sena, Oliveira, Lopes e Sardinha (2013), na qual 95% da amostra de 40

cuidadores correspondiam ao referido gênero. Pode-se afirmar que os resultados

corroboram com a literatura da área (Simonetti e Ferreira, 2008, Pimenta, Costa,

Gonçalves e Alvarez, 2009, Paula, Roque e Araújo, 2008) que revela a feminização

desta etapa da vida, fato que se estende aos cuidadores de idosos que estão na velhice.

Portanto, é notória a importância da mulher no cuidado dos idosos e da família.

Tabela 1

Caracterização dos idosos cuidadores informais

Variável f % Média Desvio Padrão

Gênero

Feminino 28 93,3

Masculino 2 6,7

Nível Educacional

Ensino Fundamental 11 36,7

Ensino Médio 19 63,3

Idade do Cuidador - - 67,83 4,602

Parentesco

Cônjuge 18 60,0

Filho 12 40,0

Doença do Cuidador

Física 27 90,0

Mental 3 10,0

Doença do Idoso Cuidado

Física 21 70,0

Mental 9 30,0

Idade do Idoso Cuidado - - 78,77 9,547

Atividades Domiciliares

Domésticas 25 83,3

Administrativas 5 16,7

Com relação ao nível educacional, observou-se que 63,3% possuíam o Ensino

Médio, fato observado também por Vieira e Fialho (2010) em pesquisa realizada com

cuidadores familiares de idosos com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, na qual

34

46,2% possuíam o Ensino Médio Completo. O nível educacional do idoso cuidador

pode impactar nas suas competências e habilidades para desempenhar o papel e as

funções do cuidador e, inclusive, facilitar a compreensão da necessidade de ajuda e dos

cuidados específicos que os idosos necessitam para o seu bem estar, os quais muitas

vezes são informados por profissionais da saúde e por membros da própria família.

A média de idade dos cuidadores foi de 67,83 (±4,602) e a média de idade dos

idosos cuidados foi de 78,77 (±9,547). Estudos como o de Rodrigues, Watanabe e

Derntl (2006) identificaram que a idade dos cuidadores de idosos variavam entre 68 a

81 anos, assim como a pesquisa de Inouye, Pedrazzani e Pavarini (2008) realizado com

25 octogenários e seus cuidadores no interior do Estado de São Paulo, constatou que a

faixa etária média do grupo de cuidadores era de 60,32 anos. No estudo de Areosa et al,

2014, também foi observado que 42% da amostra de cuidadores tinha entre 60 a 75 anos

de idade. A idade do cuidador é uma variável que merece atenção, pois quanto mais

avançada maior será a dificuldade em atender o idoso cuidado, devido a própria

fragilidade do cuidador decorrente da própria idade.

Com relação ao parentesco com o idoso cuidado, observou-se que 60% da

amostra era cônjuge do idoso, fato que, também, foi observado por Camarano, Pasinato

e Lemos (2007) em uma pesquisa realizada com cuidadores na cidade de São Paulo, na

qual 92% eram do gênero feminino, sendo 44% esposas e 31,3% filhas dos idosos

cuidados. Vale ressaltar que esse resultado reforça a necessidade de pesquisas que

avaliem não somente o gênero feminino, mas também, o seu papel e significado na

dinâmica familiar nesta etapa da vida.

Os dados mostram que as principais doenças que afetam o idoso cuidado são as

físicas (70,0%), tais como: acidente vascular encefálico, hipertensão, cardiopatias,

artrose, bronquite crônica, pneumonia, osteoartrose, diabetes, lombalgia, entre outros.

Os resultados se assemelham ao estudo de Torres, Reis, Reis e Fernandes (2009), no

qual os problemas de saúde em idosos dependentes do interior do Nordeste, foram

93,16% da amostra, sendo as patologias principais hipertensão arterial, acidente

vascular encefálico e artrose em joelhos. A realização de estudos com cuidadores idosas

e as principais doenças crônicas do idoso como variável seriam importantes para

verificar se o tipo de doença que influencia no estresse e sobrecarga do idoso, assim

como no seu relacionamento com o próprio idoso e a família para a condução de

35

intervenções e estratégias que facilitem essa dinâmica.

A dedicação ao idoso cuidado é em média de 11,5 horas diárias (±5,191) do seu

tempo, em um trabalho de dedicação de 13,67 anos (±4,037). Nota-se que, praticamente,

metade das horas do dia são dedicadas ao cuidado com o idoso, em uma tarefa diária

desempenhada a mais de 13 anos que dependendo da forma como é exercida e o apoio

da rede social que recebe, podem acarretar em uma sobrecarga do cuidador,

principalmente, quando ele, também, é idoso. A pesquisa realizada por Ferreira,

Alexandre e Lemos (2011), encontrou que o tempo de dedicação foi 9 meses a 52 anos e

as horas de dedicação em 67,5% da amostra foi integral, correspondendo de 18 a 24

horas por dia. Por isso, Fernandes e Garcia (2009) destacam que a carga empenhada no

cuidado de idosos dependentes torna o cuidador merecedor de atenção tanto quanto o

idoso cuidado, pois a execução dessa atividade tem impacto em sua saúde, bem-estar e

qualidade de vida. No caso de cuidadores idosos, essa atenção deve ser redobrada e

mais pesquisas devem ser realizadas para a compreensão do fenômeno em virtude da

longevidade da população.

Os cuidadores também informaram possuir doenças físicas, principalmente com

90% dos resultados para: diabetes, hipertensão, artrite, artrose, lombalgia e 10%

referiram a depressão, ansiedade, problemas de memória como doença mental. A

maioria dos idosos apresentava uma ou duas doenças crônicas, fato relacionado ao

processo de envelhecimento e cujo agravamento pode estar ligado à tarefa de cuidar,

pois como ressalta Karsch (2003) o ato de cuidar de um indivíduo idoso e incapacitado

durante longo período, sem intervalo de descanso, não é uma tarefa que deva ser

desempenhada por uma mulher sozinha, acima de 50 anos, sem algum tipo de apoio ou

serviços que atendam sua necessidade.

Nos resultados referentes às atividades desenvolvidas no domicílio, verificou-se

que 83,3% relacionaram a atividade doméstica, assim como, os dados encontrados por

Ferreira, Alexandre e Lemos (2011) onde 52,5% cuidavam da casa além de exercer a

função de cuidados ao idoso. Esses resultados revelam que além da responsabilidade

dos cuidados ao idoso, o cuidador familiar também é responsável pelas atividades

domésticas, tais como: cozinhar, lavar a louça e arrumar a cozinha; fazer às camas e

limpar a casa; cuidar das roupas entre outras atividades. A realização das atividades

domésticas e dos cuidados com o idoso, sem a existência de uma rede social ativa e

36

mesmo com a colaboração familiar, podem sobrecarregar o cuidador idoso.

Sobrecarga

Como a sobrecarga representa um desgaste para o cuidador, fez-se necessário

avaliar quais variáveis correlacionavam, conforme os dados apresentados na Tabela 2.

A idade do cuidador apresentou relação linear negativa com o fator Relação

Interpessoal, que estuda questões nas quais envolvem o relacionamento entre o

cuidador e o dependente, indicando que quanto maior a idade menor o desempenho

nesse item. Lavinsky e Vieira (2004) revelam que a situação de despreparo pode

acarretar sobrecarga pessoal no cuidador, pois ele não consegue administrar o cuidado

de si, na medida que cuidam do outro. Os autores constataram na sua pesquisa, sobre o

sentimento de cuidadores familiares de idosos com acidente vascular encefálico, um

misto de sentimentos envolvendo principalmente retribuição, amor, satisfação, medo,

pena, nervosismo e impaciência na prestação de cuidados.

Tabela 2

Correlação de Pearson entre os fatores da Escala de Sobrecarga Zarit - ZBI e as

variáveis idade do cuidador, horas de dedicação e tempo de atuação (valores de r)

*p≤0,05

Gratão et al (2013) verificaram em estudo sobre a Sobrecarga e o Desconforto

Emocional, haver correlação estatisticamente significativa entre a idade do cuidador e a

sobrecarga. Pode-se levantar a hipótese que quanto maior for a idade do cuidador idoso

pior será a relação interpessoal, pois maiores são as dificuldades e o cansaço para

realizar todas as tarefas que o cuidar exige.

Fatores ZBI Idade do

cuidador

Tempo de

atuação

Horas de

dedicação

1 – Impacto na prestação de

cuidados -0,09 -0,06 0,07

2 – Relação interpessoal -0,35* -0,15 0,04

3 – Expectativas face ao cuidar -0,30 -0,27 -0,13

4 – Percepção de auto eficácia -0,04 0,30 0,25

37

Também foram analisadas as variáveis relacionadas a dedicação do cuidador:

tempo de atuação e horas de dedicação, porém não apresentou correlação entre as

variáveis, ou seja, a dedicação do idoso cuidador não teve relação com os fatores da

escala de sobrecarga. Esses resultados revelam que cuidadoras idosas que são cônjuges

não percebem as atividades de cuidar do idoso, seu marido, como uma sobrecarga, pois

para essa geração é responsabilidade inerente e condizente com as suas expectativas de

vida e o seu papel social de esposa. Além disso, já era uma tarefa desempenhada pela

idosa durante todo o matrimônio, no sentido de cuidar da casa, da alimentação, das

roupas do marido e demais afazeres domésticos. Provavelmente, a idosa cuidadora só

percebe que aumentou os cuidados em relação ao marido devido a perda de sua

autonomia e maior fragilidade.

Ao contrário do verificado por Gonçalvez et al (2006), quando o cuidado é

desempenhado por mulheres, que acumulam papéis como de mãe, esposa entre outros, a

sobrecarga compromete o autocuidado, como foi observado na sua pesquisa que 22,5%

da amostra relataram não ter tempo para cuidar de si próprios, 43,1% tiveram que

reduzir seu tempo de lazer, 33,6% apresentavam cansaço e 22,4% percebiam uma queda

na qualidade da sua saúde. Oliveira et al (2006), também, destacam que a exposição do

idoso a tal situação o coloca ao risco de fadiga, estresse, isolamento social, depressão

entre outras consequências, confirmado em 17,6% da amostra de cuidadores de idosos

de Londrina.

Na Tabela 3, observa-se o resultado do Teste U, no qual foi verificado a

diferença estatística no fator Impacto na prestação de cuidados e as atividades

domiciliares realizadas pelos cuidadores, sendo a média maior nas atividades

domésticas, devido ao número de mulheres que representarem 93,3% do total dos

participantes. As atividades domésticas realizadas envolvem inúmeras tarefas, incluindo

limpeza da casa, cozinha, lavagem e organização de roupas, preparação de alimentos,

entre outras atividades que repercutem no atendimento ao idoso, como por exemplo, a

administração de medicação, o cansaço para auxiliar a locomover-se ou banhar-se, não

interferindo diretamente nos demais itens . No estudo de Coelho et al (2013), também,

foi verificado sobre o Perfil Sociodemográfico e necessidades de educação de

38

cuidadores de idosos em Ilhéus - Bahia, que as atividades desempenhadas pela mulher

como segunda jornada de trabalho, contribuem para que a sobrecarga se torne excessiva.

Tabela 3

Média, desvio padrão e Teste U da pontuação nos fatores da Escala de Sobrecarga

Zarit – ZBI com atividades domiciliares (Domésticas n= 25 e Financeiras n= 5).

Fatores ZBI Atividades

Domiciliares Média

Desvio

padrão U P

1 – Impacto na

prestação de cuidados

Domésticas 15,0 3,0 -2,097 0,036*

Financeiras 10,0 3,3

2 – Relação interpessoal Domésticas 9,0 2,2 -1,128 0,259

Financeiras 7,0 1,4

3 – Expectativas face ao

cuidar Domésticas

13,3 3,0 -0,980 0,327

Financeiras 14,2 4,4

4 – Percepção de auto

eficácia Domésticas 15,20 2,3 -1,314 0,189

Financeiras 13,0 2,0

*p≤0,05

Conforme o score estabelecido por Zarit (1987 apud Ferreira et al 2010), neste

estudo, 13 cuidadores (56,52%) apresentaram sobrecarga moderada, oito (34,78%)

sobrecarga moderada a severa e dois (8,70%) sobrecarga severa, demonstrando a

presença da sobrecarga neste grupo de cuidadores, que se divide entre as atividades

domiciliares, cuidados ao idoso e o próprio processo de envelhecimento. Nota-se a

necessidade de desenvolvimento de estudos voltados para essa população que, na

maioria das vezes, inclusive acompanha o idoso em consultas ou tratamentos e

poderiam receber algum tipo de auxílio nesse momento.

Neste mesmo sentido, o estudo de Wachholz, Santos e Wolf (2013) sobre a

sobrecarga e qualidade de vida de cuidadores de idosos frágeis, detectou 20 (44,44%)

cuidadores com sobrecarga moderada, 14 (31,11%) e três (6,67%) severa. O estudo de

Oliveira et al (2011) também corrobora os resultados, pois identificou 60 (68,2%) dos

39

cuidadores com sobrecarga moderada, 34 (38,6%) moderada a severa e 02 (2,27%),

evidenciando que a sobrecarga está relacionada a atividade de cuidar.

Qualidade de Vida

Ao analisar as variáveis sociodemográficas como a idade, tempo de dedicação e

atuação que poderiam interferir nas facetas do Instrumento Whoqol Old (Tabela 4),

como o funcionamento dos sentidos, entre outros, contrariando as expectativas da

presente pesquisa, verificou-se não haver correlação entre as variáveis. Já o estudo de

Lezak, Howieson e Loring (2004) constatou que na velhice há uma diminuição nos

recursos cognitivos (atenção, memória operacional e velocidade de processamento) ,

podendo ocasionar dificuldades nas estratégias cognitivas para codificar e recuperar a

informação, prejudicando assim sua qualidade de vida.

Tabela 4

Correlação de Pearson entre as facetas do Whoqol - Old e as variáveis idade, horas de

dedicação e tempo de atuação (valores de r).

p≤0,05; p≤0,01

Possivelmente, as 30 participantes da pesquisa, na maioria mulheres percebe que

a sua qualidade de vida independe do fato de ter que cuidar do idoso, pois não houve

alteração substancial na rotina de sua vida. De certa forma, o cuidar do idoso já fazia

Facetas Whoqol – Old Idade do

cuidador

Horas de

dedicação

diária

Tempo de

atuação

1 – Funcionamento dos sentidos 0,05 -0,15 0,10

2 – Autonomia -0,08 -0,16 -0,09

3 – Atividades Passadas, Presentes

e Futuras -0,03 -0,11 0,31

4 – Participação Social -0,07 -0,18 0,25

5 – Morte e Morrer -0,04 0,18 -0,10

6 – Intimidade 0,10 -0,01 0,23

40

parte das suas tarefas cotidianas, assim como o convívio diário, não sendo percebido

pela cuidadora idosa que o tempo de dedicação com os cuidados dos idosos

aumentaram.

Ao analisar o tipo de doença do idoso cuidado e as facetas do Whoqol-Old

(Tabela 5), observou-se somente diferença estatisticamente significante na faceta 6

relacionada à Intimidade (p=0,008), que avalia a capacidade de estabelecer

relacionamentos íntimos e pessoais, sendo a média maior em doenças mentais,

indicando que a dedicação do cuidador a idosos com problemas mentais acaba afetando

seus relacionamentos. As doenças como a demência atingem grande parte dos idosos e

exigem uma dedicação maior do cuidador, como verificou o trabalho de Noveli et al

(2010), sobre cuidadores de idosos com demência, 38,0% sentiam cansaço acima de

sete em uma escala de avaliação de zero a dez, interferindo no tempo e dedicação a

relacionamentos pessoais. Paula, Roque e Araújo (2008) verificaram que cuidadores de

idosos com demência relatavam mais cansaço, desgaste, revolta, depressão entre outros

problemas de saúde em nível maior do que familiares de idosos com outras patologias.

41

Tabela 5

Média, desvio padrão e Teste t da pontuação nas facetas do Whoqol - Old com as

doenças do cuidado (Doença Física n=18 e Doença Mental n=12)

Facetas Whoqol Old Doença do

cuidado Média

Desvio

padrão t p

1 – Funcionamento dos

sentidos

Física 66,2 10,9 -0,71 0,48

Mental 69,5 13,5

2 – Autonomia Física 51,0 16,0 -0,55 0,60

Mental 55,0 23,1

3 – Atividades Passadas Física 53,0 14,2 -1,24 0,22

Mental 59,0 8,3

4 – Participação Social Física 44,2 18,0 -1,72 0,96

Mental 56,0 15,3

5 – Morte e Morrer Física 51,5 17,3 -0,62 0,54

Mental 56,0 15,1

6 – Intimidade Física 59,0 13,3 -0,30 0,008**

Mental 75,0 16,0

**p≤0,01

Serbim e Fiqueiredo (2011) em trabalho sobre a Qualidade de vida de idosos de

um grupo de convivência constataram que a faceta intimidade foi afetada ao verificar

que 53,3% da amostra eram viúvos, outros 26,7% eram divorciados e 20% viviam

sozinhos. Pinto et al (2009), enfatizam que cuidadores de pacientes com doenças

mentais, como a demência, possuem maiores chances de ter sintomas psiquiátricos,

problemas de saúde, maior frequência de conflitos familiares entre outros problemas se

comparados a pessoas da mesma idade que não exercem esse papel.

42

Habilidades Sociais

Assim como foi realizada a correlação entre a Qualidade de Vida e Sobrecarga

com as variáveis idade, tempo de atuação e horas de dedicação do cuidador, realizou-se

também a correlação com Habilidades Sociais, constatando não haver relação linear

entre os fatores do inventário IHSI (Tabela 6), ou seja, essas variáveis não interferem no

repertório de habilidades sociais desse grupo de cuidadores. Em contraponto com o

estudo de Carneiro e Falcone (2004) que constataram que a maioria dos idosos que

frequentam a Universidade da Terceira Idade precisava desenvolver a habilidade

assertiva para lidar com situações como fazer pedidos, solicitar mudança de

comportamento, recusar pedidos, responder críticas entre outras.

Tabela 6

Correlação de Pearson entre os fatores do Inventário de Habilidades Sociais - IHSI

para Idosos e as variáveis idade do cuidador, horas de dedicação e tempo de atuação

(valores de r).

*p≤0,05; **p≤0,01

Para verificar se havia diferença significante entre o nível educacional dos

cuidadores e os fatores do Inventário de Habilidades Sociais para Idosos, foi utilizado o

Fatores IHSI Idade do

cuidador

Horas de

dedicação

Tempo de

atuação

1 – Enfrentamento e autoafirmação -0,032 -0,062 0,218

2 – Autoafirmação na expressão de

sentimentos positivos -0,159 -0,274 0,013

3 – Conversação e desenvoltura

social 0,256 -0,103 -0,129

4 – Autoexposição a

desconhecidos e situações novas -0,004 -0,045 0,077

5 – Autocontrole da agressividade 0,004 -0,037 -0,048

43

Teste t que constatou diferença somente no item Autoexposição a desconhecidos e

situações novas, indicando a média maior no Ensino Médio (Tabela 7), mostrando que

quanto maior a formação educacional melhor o repertório de habilidades sociais, além

disso, como os idosos foram contatados em ambiente de atividades grupais com

atividades muitas vezes frequentada por pessoas diferentes, esse resultado era esperado.

Como destaca o estudo de Resende, Bones, Souza e Guimarães (2006) as relações

sociais possuem valores diferentes de acordo com o período de vida das pessoas,

gênero, estado civil, tipo de arranjo domiciliar, questões culturais, educacionais e

políticas e do contexto que estão inseridos.

Tabela 7

Média, desvio padrão e Teste t da pontuação nos fatores do Inventário de Habilidades

Sociais para Idosos - IHSI com o Nível Educacional (Fundamental n=11 e Médio

n=19)

*p≤0,05

Fatores Nível

Educacional Média

Desvio

padrão t P

1- Enfrentamento e

autoafirmação

Fundamental 23,0 7,0 -0,90 0,37

Médio 25,0 6,2

2- Autoafirmação na

expressão de sentimentos

positivos

Fundamental 15,4 4,3 -0,50 0,62

Médio 16,3 4,7

3- Conversação e

desenvoltura social

Fundamental 15,0 4,0 1,17 0,25

Médio 13,3 3,2

4- Autoexposição a

desconhecidos e

situações novas

Fundamental 4,4 1,9 -2,36 0,02*

Médio 7,0 3,4

5- Autocontrole da

agressividade

Médio 7,3 3,0

-1,36 0,18 Fundamental 9,0 2,5

44

Com a utilização do Teste U foi possível verificar uma diferença

estatisticamente significante na doença do cuidador (Tabela 8), sendo a média maior em

doenças físicas, indicando que o tempo de dedicação influencia na autoexposição a

desconhecidos e a situações novas, podendo estar relacionado às necessidades que o

idoso cuidado apresenta, como a doença física exige maior dedicação do cuidador em

atividades como alimentação, troca de roupas, banho entre outras, dificulta o idoso a se

expor mais. No trabalho de Bueno, Oliveira e Oliveira (2001) a autoexposiçao a

desconhecidos ou a situações novas, correlacionou-se positivamente com a extroversão

e equilíbrio emocional, indicando que pessoas que relataram enfrentar situações de risco

de reação indesejável, se descreveram como mais extrovertidas e abertas a novas

experiências

Tabela 8

Média, desvio padrão e Teste U da pontuação nos fatores do Inventário de Habilidades

Sociais para Idosos - IHSI com a Doença do Cuidador (Fundamental n=27 e Médio

n=03)

Facetas Doença do

Cuidador Média

Desvio

padrão U p

1 – Enfrentamento e

autoafirmação

Física 24,0 6,4 -0,31 0,75

Mental 25,6 6,5

2 – Autoafirmação na

expressão de

sentimentos positivos

Física 16,1 4,5

-0,72 0,46 Mental 14,3 5,1

3 – Conversação e

desenvoltura social

Física 14,0 3,4 -0,83 0,40

Mental 12,0 2,6

4 – Autoexposição a

desconhecidos e

situações novas

Física 6,4 3,1

-2,19 0,28 Mental 2,6 0,5

5 – Autocontrole da

agressividade

Física 8,0 2,5 -0,03 0,97

Mental 8,3 3,2

p≤0,05; p≤0,01

45

Análise dos três instrumentos

Ao correlacionar o instrumento de Qualidade de Vida para Idosos – Whoqol Old

e o Inventário de Habilidades Sociais - IHSI (Tabela 9), verificou-se correlação positiva

no fator Autoafirmação na expressão de sentimentos positivos, com as facetas

Funcionamento dos Sentidos, Autonomia, Atividades Passadas, Presentes e Futuras e

Participação Social indicando que os cuidadores embora enfrentem as dificuldades do

processo de envelhecimento, encaram positivamente o planejamento de ações futuras e

participam de atividades sociais. Esse fato foi esperado também pelo local onde

ocorreram as seleções, sendo grupos de idosos que se encontram semanalmente e

compartilham vivências e planejamento de novas atividades. Assim como a presente

pesquisa, o trabalho de Carneiro, Falcone, Clark, Del Prete e Del Prete (2007) sobre

Qualidade de Vida, Apoio Social e Depressão em Idosos, constatou que a maioria dos

participantes da amostra apresentava um repertório mais elaborado de habilidades

sociais em situações que envolviam autoafirmação na expressão de sentimentos

positivos.

A correlação positiva entre as quatro facetas do Whooqol-Old e o Inventário de

Habilidades Sociais, também, podem indicar que as idosas tem maior facilidade de

expressar os sentimentos positivos para demostrar que estão bem de saúde, com

autonomia preservada e com o funcionamento dos sentidos suficiente para a velhice.

Além disso, também, expressam os seus sentimentos em relação ao passado, presente e

futuro, provavelmente, pelo fato de muitos idosos fazerem um balanço da vida nesta

fase de seu desenvolvimento. De qualquer forma, é mais facil para essa geração de

idosos demonstram suas emoções sobre essas quatro facetas, o que já não ocorre com as

duas últimas, justamente por abordarem o tema da Morte e Morrer e da Intimidade que,

ainda, são vistos como tabu não só pelos idosos, mas pela sociedade.

46

Tabela 9

Correlação entre as facetas do Whoqol Old e os fatores do Inventário de Habilidades

Sociais para Idosos-IHSI

Whoqol - Old

IHSI

1-

Enfrentamento e

autoafirmação

2-

Autoafirmação

na expressão de

sentimentos

positivos

3-

Conversação e

Desenvoltura

social

4-

Autoexposição a

desconhecidos e

situações novas

5-

Autocontrole

da

agressividade

1-Funcionamento

dos Sentidos

0,112 0,419* 0,011 0,258 0,050

2-Autonomia 0,070 0,442* 0,212 0,146 0,434*

3-Atividades

Passadas,

Presentes e

Futuras

0,304 0,587** -0,025 0,186 0,220

4-Participação

Social

0,304 0,474** 0,065t 0,063 0,199

5-Morte e Morrer 0,086 -0,074 -0,260 -0,030 0,215

6-Intimidade 0,137 0,314 0,199 0,081 0,258

*p≤0,05; **p≤0,01

O fator Autocontrole da agressividade teve relação linear com a faceta

Autonomia, indicando que o idoso cuidador primário por dominar o cuidado,

geralmente sozinho, percebe-se com maior controle de sua agressividade. Já a pesquisa

de Oliveira e Caldana (2012) verificou-se que fatores como: a sobrecarga de cuidar

sozinho e por tempo prolongado, as limitações e erros do cuidador, o acúmulo de

fatores estressantes e a agressividade do próprio idoso cuidado podem ocasionar a perda

da paciência que se faz presente no cotidiano. As autoras verificaram nos discursos dos

cuidadores o sentimento de raiva ou até a vontade de agredir fisicamente.

Possivelmente, o cuidador não percebe sua agressividade, pois como trata-se de um

ambiente de interação entre ele e a pessoa cuidada, não identifica seus comportamentos

47

como agressivo, principalmente, se esta relação era marcada por conflitos entre o casal

ou entre pais e filha.

A correlação entre Qualidade de Vida – Whoqol Old e a Sobrecarga – ZBI

(Tabela 10), verificou relação linear entre os fatores Autonomia e Relação Interpessoal,

sugerindo que quanto maior a autonomia mais disposto a relacionamentos interpessoais

o idoso cuidador se encontra. Observou-se no discurso dos idosos participantes, que

indicaram realizar outras atividades paralelas ao cuidado, como ida a encontros de

amigos, atividades voltadas a grupos de idosos, como a Faculdade da Terceira Idade,

entre outros.

Tabela 10

Correlação entre as facetas do Whoqol Old e os fatores da Escala de Sobrecarga Zarit

Burden Interview - ZBI

Whoqol - Old

ZBI

1-Impacto na

prestação de

cuidados

2-Relação

Interpessoal

3-Expectativas

face ao cuidar

4-Percepção de

auto eficácia

1-Funcionamento

dos Sentidos

-0,321 -0,001 -0,277 -0,259

2-Autonomia -0,143 0,405* 0,143 -0,252

3-Atividades

Passadas

-0,034 0,316 0,051 -0,223

4-Participação

Social

-0,019 0,247 0,144 -0,167

5-Morte e Morrer -0,016 0,119 -0,042 -0,248

6-Intimidade -0,196 0,174 -0,323 -0,379*

*p≤0,05

Flores, Borges, Budó e Mattioni (2010) constataram em um estudo sobre o

cuidado intergeracional com o idoso na cidade de Porto Alegre, que a autonomia é um

fator fundamental para a qualidade de vida e preservação da dignidade, que quando

sentem sua perda, geralmente a relacionam com desrespeito às decisões e também à

48

dependência econômica. Essa pesquisa ainda revelou que os idosos que se sentiam

autônomos, percebiam ser respeitados por outras gerações. Portanto, pode-se supor que

a questão da autonomia é um fator central e determinante para a qualidade de vida de

qualquer idoso, seja o cuidador ou mesmo quem está sendo cuidado.

A correlação mostrou haver relação linear entre os instrumentos de Habilidades

Sociais para Idosos e a Sobrecarga de Zarit (Tabela 11), indicando que quanto maior a

percepção da autoeficácia menor o autocontrole da agressividade, podendo indicar que o

cuidador ao perceber o domínio sobre o idoso cuidado , pode demonstrar agressividade

ou a intenção de realizá-la na interação com a pessoa cuidada e as demais pessoas

envolvidas nesse processo. Observado também por Pinto e Barham (2014) em trabalho

sobre habilidades sociais e estratégias de enfrentamento do estresse de cuidadores de

idosos com alta dependência, quanto maior a percepção de autocontrole pelo cuidador,

menor é o impacto percebido por ele no relacionamento com outras pessoas.

49

Tabela 11

Correlação entre os fatores do Inventário de Habilidades Sociais para Idosos - IHSI e

Escala de Sobrecarga Zarit Burden Interview- ZBI.

*p≤0,05;

Os resultados da Tabela 11 tiveram 12 correlações negativas, embora só uma

tenha sido significante, o que demonstra uma tendência em sentido de direção inverso

entre as variáveis correlacionadas, ou seja, de modo geral quanto maior for a sobrecarga

menor será a habilidade social do idoso e a recíproca, também, é válida na medida que

quanto maior for a habilidade social menor será a sobrecarga do idoso. Possivelmente, o

idoso que tem mais habilidade e competência social consegue expressar os seus

sentimentos para os familiares e, consequentemente, consegue uma rede de apoio mais

efetiva e eficaz para auxílio ao idoso que necessita de cuidados, logo, fica menos

sobrecarregado. Inclusive todos os itens de relação interpessoal do ZBI apresentou

correlação positiva com o Inventário de Habilidades Sociais, o que reforça a tendência

IHSI

ZBI

1-Impacto na

prestação de

cuidados

2-Relação

Interpessoal

3-Expectativas

face ao cuidar

4-Percepção de

autoeficácia

1-Enfrentamento

e autoafirmação

-0,189 0,304 0,168 -0,011

2-Autoafirmação

na expressão de

sentimentos

positivos

-0,319 0,073 -0,091 -0,188

3-Conversação e

desenvoltura

social

-0,057 0,153 -0,051 -0,196

4-Autoexposição

a desconhecidos e

situações novas

-0,185 0,204 -0.354 0,011

5-Autocontrole da

Agressividade

-0,073 0,200 0,162 -0,379*

50

de quanto melhor ou maior as relações sociais, melhor será o desempenho social do

idoso, embora os dados encontrados não sejam significantes.

51

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o objetivo proposto, este trabalho permitiu caracterizar o perfil

de um grupo de cuidadores familiares idosos, que são em sua maioria mulheres,

cônjuges, que exercem a função de cuidar juntamente com atividades domiciliares,

possuem nível educacional de fundamental a médio, sendo constatado que a

escolaridade influenciou na avaliação do repertório de Habilidades Sociais indicando

que quanto maior a formação, mais o cuidador se dispõe a participar de novas atividades

e se relacionar com outras pessoas. A doença do cuidador apresentou grande destaque

na categoria física, indo ao encontro com as funções desempenhadas em atividades

paralelas ao cuidar, impactando nos índices de sobrecarga, sendo que dois cuidadores

apresentaram sobrecarga severa.

Na análise dos três instrumentos foi possível verificar que a Qualidade de Vida e

as Habilidades Sociais apresentaram maior correlação, sendo o destaque para o fator

Autoafirmação na expressão de sentimentos com as facetas Funcionamento dos

Sentidos, Autonomia, Atividades Passadas, Presentes e Futuras e Participação Social,

constatando que os idosos pesquisados veem de forma positiva o processo do

envelhecimento e participam de atividades sociais, fato que pode estar relacionado ao

local de coleta dos dados, realizada em grupos que desenvolvem atividades semanais

com idosos.

A Qualidade de Vida também apresentou correlação com a Sobrecarga na faceta

Autonomia com o fator Relação Interpessoal, demonstrando que quanto maior a

autonomia mais disposto a relacionamentos interpessoais o idoso cuidador se encontra.

A Sobrecarga correlacionou-se negativamente com as Habilidades Sociais,

sugerindo que quanto maior a auto eficácia no desempenho de suas atividades, menor é

o controle da agressividade, o cuidador por dominar as tarefas que envolvem o cuidado,

pode se sobrecarregar, não solicitando auxílio de demais pessoas, ficando vulnerável a

perda de controle da agressividade.

Foi possível verificar que o grupo de idosos cuidadores de pessoas na velhice,

embora enfrentem as dificuldades relacionadas às atividades de cuidar, juntamente com

o acúmulo de funções domésticas, encaram positivamente o processo de

52

envelhecimento e buscam uma melhora em sua qualidade de vida, mesmo estando

sobrecarregado, o que pode gerar uma vulnerabilidade à agressão.

Espera-se com esse trabalho, contribuir para avaliar o perfil dos idosos

cuidadores de pessoas na velhice, é fundamental que sejam realizadas outras pesquisas

sobre cuidadores idosos que estão no ambiente familiar e que não frequentam atividades

grupais devido a demanda domiciliar, desenvolvendo assim políticas de apoio e

assistência a esses idosos.

53

REFERÊNCIAS

Abreu, T.G.T. , Sena, L.B., Oliveira, A.S.de , Lopes, M.L.H. , Sardinha, A.H.de L. (2013).

Cuidadores familiares de idosos portadores de condição crônica. Rev Pesq Saúde, 14(3),

145-149. Disponível

http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahuufma/article/view/2788/8

55

Andrade, A.M.E (2012). Factores de riesgo de carga em cuidadores informales de adultos

mayores con demencia. Rev Cubana de Salud Pública, 38 (3), 393-402. Disponível em

http://bvs.sld.cu/revistas/spu/vol38_3_12/spu06312.htm

Areosa, S.V.C, Henz, L.F., Lawisch, D. & Areosa, R.C. (2014). Cuidar de si e do outro:

estudo sobre os cuidadores de idosos. Psicologia, Saúde & Doenças, 15 (2), 482-494.

Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-

07072008000200009

Argiman, J.M., Limon, E., Vila, J. & Cabezas, C. (2005). Health-related quality-of-life of

care-givers as a predictor of nursing-home placement of patients with dementia.

Alzheimer. Dis Assoc Disord.,19(1), 41-4. Disponível em

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15764871

Baltes, P. &Smith, J. (2003). New frontiers in the future of aging: From successful aging of

the young old to the dilemmas of the fourth age. Gerontology, 49 (2), 123-135.

Disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15764871

Bandeira, M., Calzavara, M.G.P. & Castro, I. (2008). Estudo de validade da escala de

sobrecarga de familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos. J. Bras. Psiquiatr., 57

(2), 98 -104. Disponível em

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852008000200003

Berkman, L.F.& Syme, S.L. (1999). Social network, host resistance, and mortality: a nine-

year follow-up study of Alameda Country residents. American Journal of

54

Epidemiology, 109 (2), 186-204. Disponível em

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/425958

Bocchi, S.C.M. (2004). Vivenciando a sobrecarga ao vir-a-ser um cuidador familiar de

pessoa com acidente vascular cerebral (AVC): análise do conhecimento. Rev. Latino-

Am. Enfermagem, 12(1), 115-121. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0104-

11692004000100016

Braz, A.C. (2010). Programa de Habilidades Sociais Assertivas com idosos: avaliação sob

delineamento placebo. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos,

São Carlos.

Breinbauer, H., Vásquez, V.H., Mayanz, S.S., Guerra, C. & Millán, K.T. (2009).Validación

El Chile de la Escala de Sobrecarga del Cuidador de Zarit em sus versiones original y

abreviada. Rev. Méd. Chile, 137: 657-665. Disponível http://dx.doi.org/10.4067/S0034-

98872009000500009

Bueno, J. M.H, Oliveira, S.M.da S Oliveira, J.C.da S. (2001). Um estudo correlacional entre

habilidades sociais e traços de personalidade. Psico-USF, 6 (1), 31-38. Disponível

http://www.scielo.br/pdf/pusf/v6n1/v6n1a05.pdf

Caballo, V.E. (1986). Evaluación de las habilidades sociales. In R. Fernández Ballesteros &

J.A.Carrobles. (orgs). Evaluación conductual. Metodologia y aplicaciones (3ª edição).

Madrid: Piramide.

Caballo, V.E. (1996). Manual de Técnica de Terapia e Modificação do Comportamento. São

Paulo: Santos.

Camarano, A.A., Pasinato, M.T. & Lemos, V.R. (2007). Cuidados de longa duração para a

população idosa: Uma questão de gênero? In A.L. Neri. Qualidade de vida na velhice:

Enfoque multidisciplinar. Campinas: Alínea.

Camargos, M.C.S., Perpétuo, I.H.O.& Machado, C.J. (2005). Expectativa de vida com

incapacidade funcional em idosos em São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Publica,

17(5/6), 379–86. Disponível

55

http://www.eurohex.eu/bibliography/pdf/Camargos_RPSP_2005-

1582631170/Camargos_RPSP_2005.pdf

Camargos, M.C.S., Lacerda, T.T.B.de, Viana, S.O., Pinto, L.R.A.& Fonseca, M.L.S.

(2009). Avaliação da sobrecarga do cuidador de crianças com paralisia cerebral através

da escala Burden Interview. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., 9 (1), 31-37. Disponível

http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292009000100004

Camargos, E.F., Souza, A.B., Nascimento, A.S., Silva, A.C.M., Quintas, J.L., Louzada, L.L.

et al. (2012). Use of psychotropic medications by caregivers of elderly patients with

dementia: is this a sign of caregiver burden? Arq. Neuro-Psiquiatr, 70, (3), 169-174.

Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2012000300003

Carneiro, R.S. & Falcone, E.M.de O. (2004). Um estudo das capacidades e deficiências em

habilidades sociais na terceira idade. Psicologia em Estudo, 9 (1), 119-126. Disponível

http://www.scielo.br/pdf/pe/v9n1/v9n1a15

Carneiro, R. S., Falcone, E., Clark, C., Prette, Z. D. & Prette, A. D. (2007). Qualidade de

Vida, Apoio Social e Depressão em Idosos: Relação com Habilidades Sociais.

Disponível http://www.scielo.br/pdf/prc/v20n2/a08v20n2.pdf

Carneiro, R.S., Falcone, E., Clarck, C. Del Prette, Z.A.P. & Del Prette, A. (2007).

Qualidade de vida, apoio social e depressão em idosos: relação com habilidades sociais.

Psicologia: Reflexão e Crítica, 20 (2), 220-237. Disponível

http://www.scielo.br/pdf/prc/v20n2/a08v20n2

Coelho, E.R., Sacerdote, D.S., Cardoso, L.T.S., Barreto, R.M.C.S., Souza, R.C.(2013).

Educação em saúde para cuidadores de idosos. Rev Bras Med Fam Comunidade. Rio de

Janeiro, 8(28):172-9. Disponível DOI: 10.1037/0033-2909.129.6.946

Chachamovich, E. et al. (2008). Desenvolvimento do instrumento WHOQOL – OLD. In

M.P.A. Fleck et al.(orgs). A avaliação de qualidade de vida: guia para profissionais da

saúde. Porto Alegre: Artmed.

Colucci, C. (2014, 11 de maio). Cresce o número de idosos que cuidam de idosos doentes.

Folha de São Paulo. Disponível em

56

(http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/05/1452288-cresce-o-numero-de-

idosos-que-cuidam-de-idosos-doentes.shtml)

Dancey, C. & Reidy, J.(2006), Estatística Sem Matemática para Psicologia: Usando SPSS

para Windows. Porto Alegre, Artmed.

Del Prette, Z.A.P & Del Prette, A. (1999). Psicologia das habilidades sociais: Terapia e

educação. Petrópolis, RJ: Vozes.

Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2001). Inventário de habilidades sociais: Manual de

aplicação, apuração e interpretação. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Diogo, M. J. D, Ceolim, M.F.& Cintra, F.A. (2005). Orientações para idosas que cuidam de

idosos no domicílio. Rev Esc Enferm USP; 39 (1): 97-102. Disponível

http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342005000100013

Falcone, E. (1999). A avaliação de um programa de treinamento da empatia com

universitários. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 1(1), 23–32.

Disponível http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/267

Falcone, E. (2001). Uma proposta de um sistema de classificação das habilidades sociais. In

H. J. Guilhardi; M. B. B. P. Madi; P. P. Queiroz & M. C. Scoz (Eds.), Sobre

comportamento e cognição: Expondo a variabilidade. Santo André, SP: ESETEC.

Falcone, E.& Ramos, D.M. (2005). Atribuição como componente cognitivo das habilidades

sociais e seu impacto na satisfação conjugal. In H. J. Guilhardi & N. C. Aguirre (Eds.).

Sobre comportamento e cognição: Expondo a variabilidade. Santo André, SP: ESETEC.

Fernandes J.J.B.R. (2009). A sobrecarga do cuidador familiar. Dissertação de Mestrado.

Lisboa (POR): Faculdade de Medicina de Lisboa.

Fernandes, M.G.M. & Garcia,T.R. (2010) Efeitos da provisão de cuidados sobre o

cuidador familiar: uma análise conceitual. Enferm. Atual, 55, 23-8.

57

Fernandes, M. G. M.; Garcia, T. R. (2009). Determinantes da tensão do cuidador familiar de

idosos dependentes.Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 62, n. 3, p. 393-

399. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672009000100009

Ferreira, F., Pinto, A., Laranjeira, A., Pinto, A.C., Lopes, A., Viana, A. et al (2010).

Validação da escala de Zarit: sobrecarga do cuidador em cuidados paliativos

domiciliários, para população portuguesa. Cadernos de Saúde, 3 (2), 13-19. Disponível

http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/10936/1/CSaude_3-2_2010(2).pdf

Ferreira, C.G., Alexandre, T. da S.& Lemos, N.D. (2011). Fatores Associados à Qualidade

de Vida de Cuidadores de Idosos em Assistência Domiciliária. Saúde Soc., 20 (2), 398-

409. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011000200012

Fleck, M. P. A., Louzada, S., Xavier, M., Chachamovich, E., Vieira, G., Santos, L. et al.

(2000). Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da

qualidade de vida “WHOQOL-bref ”. Revista Saúde Pública, 34(2), 178-183.

Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102000000200012

Fleck, M.P. A, Chachamovich, E.& Trentini, C. (2006). Development and validation of the

Portuguese version of the WHOQOL-OLD module. Rev Saúde Pública, 40 (5), 785-91.

Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006000600007

Flores, G.C.; Borges, Z.N.; Budó, M.de L.D.; Mattioni, F.C. (2010). Cuidado

intergeracional com o idoso: autonomia do idoso e presença do cuidador. Rev. Gaúcha

Enferm. (Online),31(3) Porto Alegre. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S1983-

14472010000300009

Fried, L.P, Tangen, C., Walston, J., Newman, A., Hirsch, C., Gottdiener ,J., Seeman, T. et

al. (2001). Frailty in older adults: Evidence for a phenotype. J Gerontol; 56A (3), 146-

156. Disponível http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11253156

Gonçalves, L.H.T., Alvarez, A.M., Sena, E.L. da S., Santana, L.W. da S.& Vicente, F.R.

(2006). Perfil da família cuidadora de idoso doente/fragilizado do contexto sociocultural

de Florianópolis, SC. Texto Contexto Enfermagem, 15 (4), 570-577. Disponível

http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n4/v15n4a04

58

Gonçalves, L.T.H., Leite, M.T., Hildebrandt, L.M., Bisogno, S.C., Biasuz, S. & Falcade,

B.L. (2013). Convívio e cuidado familiar na quarta idade: qualidade de vida de idosos e

seus cuidadores. Rev Bras. Geriatr. Gerontol, 16(2), 315-325. Disponível

http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232013000200011

Gratão, A.C.M., Talmelli, K,F, da S, , Figueiredo, L.C., Rosset, I, Freitas, C.P.& Rodrigues,

R.A.P. (2013). Dependência funcional de idosos e a sobrecarga do cuidador. Rev Esc

Enferm USP; 47 (1), 137-44. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0080-

62342013000100017

Hilgeman, M.M., Allen, R.S., De Caster, J. & Burgio, L.D. (2007). Positive aspects of

caregiving as a moderator of treatment outcome over 12 months. Psychology and

Aging, 22 (2), 361-371. Disponível

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2579267/

Herrera, L.A., Flórez, T.I.E., Romero, M.E.& Montalvo, P.A. (2012). Soporte social a

cuidadores familiares de personas com enfermedad crônica en Cartagena. AQUICHAN,

12 (3), 286-297. Disponível http://www.scielo.org.co/pdf/aqui/v12n3/v12n3a08

Inouye, K., Pedrazzani, E.S.& Pavarini, S.C.I. (2008). Octogenários e cuidadores: perfil

sócio-demográfico e correlação da variável qualidade de vida. Texto contexto – enferm,

17 (2), 350-357. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072008000200018

Karsch, U.M. (2003). Idosos dependentes: famílias e cuidadores. Cad. Saúde Pública, 19

(3): 861-866. Disponível http://www.scielosp.org/pdf/csp/v19n3/15890.pdf

Lavinsky, A. E.; Vieira, T. T. (2004). Processo de cuidar de idosos com acidente vascular

encefálico: sentimentos dos familiares envolvidos. Acta scientiarum. Health sciences.

26, (1): 41–25.

Leal, M.G.S. (2000). O desafio da longevidade e o suporte ao cuidador. Terceira Idade.

11(20).

Lemos, N. & Medeiros, L.M. (2002). Suporte social ao idoso dependente. In E.V. de

Freitas, L. Py, A.L Neri, F.A.X. Cançado, M.L. Gorzoni & S.M. da Rocha. Tratado de

geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

59

Lezak, M. D., Howieson, D. B. & Loring, D. W. Neuropsychological Assessment (4th ed.).

(2004). Neuropsychological assessment. New York: Oxford University Press. Nova

Iorque: Oxford University Press, 2004.

Loureiro, L.de S. N. (2011). Sobrecarga em cuidadores familiares de idosos dependentes

com vivência comunitária. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da

Paraíba/João Pessoa.

Loureiro, L. de S. N.; Fernandes, M. das G.M., Marques, S., Nóbrega, M.M.L.da &

Rodrigues, R.A.P.R. (2013). Sobrecarga de cuidadores familiares de idosos: prevalência

e associação com características do idoso e do cuidador. Revista da Escola de

Enfermagem da USP, 47 (5): 1133-40. Disponível

http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n5/pt_0080-6234-reeusp-47-05-1129.pdf

Luzardo, A.R.& Waldman, B.F. (2004). Atenção ao familiar cuidador do idoso com doença

de Alzheimer. Acta Sci Health Sci, 26 (1): 135-45. Disponível

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHealthSci/article/viewFile/1640/1067

Magalhães, M.J.S.& Silva, A.C. (2014). Knowledge and difficulties faced by caregivers

about elderly bedridden. Rev Enferm UFPI, 3 (1):32- 8. Disponível

http://www.ojs.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/1138

Martins, T., Ribeiro, J.P & Garrett, C. (2003). Estudo de Validação do Questionário de

Avaliação da Sobrecarga para cuidadores informais. Psicologia, Saúde & Doenças, 4(1),

131-148. Disponível http://repositorio.ispa.pt/handle/10400.12/1050

Medina, C.; Shirassu, M.& Goldfeder, (1998). M. Das incapacidades e do acidente

cerebrovascular. In. Envelhecimento com Dependência: Revelando Cuidadores, 199-

214, São Paulo: EDUC.

Menéndez, J., Guevara, A., Arcia, N., Díaz, E.M.L., Marín, C. & Alfonso, J. (2005).

Enfermedades crónicas y limitación funcional en adultos mayores: Estudio comparativo

en siete ciudades de américa latina y el Caribe. Revista Panamericana de Salud Pública,

17(5-6) 353-361. Disponível http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v17n5-6/26272.pdf

60

Minayo, M.C., Hartz, Z.M.de A.& Buss, P.M. (2000). Qualidade de vida e saúde: um

debate necessário. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1): 7-18. Disponível

http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232000000100002.

Ministério da Saúde. (2008). Guia Prático do Cuidador. Série A. Normas e Manuais

Técnicos. Brasília: DF.

Nakatani, A.Y.K., Souto, C.do C. S., Paulette, L.M., Melo, T.S.de, Souza, M.M. (2003).

Perfil dos cuidadores informais de idosos com déficit de autocuidado atendidos elo

Programa de Saúde da Família. Revista Eletrônica de Enfermagem, 5 (1), 15–20.

Disponível em http://www.fen.ufg.br/revista/revista5_1/pdf/perfil.pdf

Nardi, E. F. R.& Oliveira, M. L. F. (2008). Conhecendo o apoio social ao cuidador familiar

do idoso dependente. Revista Gaúcha de Enfermagem, 29, (1), 47-53. Disponível

http://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/5263

Nardi, R.F.E. (2012). Rede e apoio social, sobrecarga e qualidade de vida de cuidadores de

idosos com incapacidade funcional. Tese de Doutorado em Enfermagem, Escola de

Enfermagem, Universidade de São Paulo.

Neri, A.L. (org.). (1993). Qualidade de Vida e Idade Madura. Campinas, Papirus.

Neri A.L. & Sommerhalder, C. (2002). As várias faces do cuidado e do bem-estar do

cuidador. In: Neri AL (org). Cuidar de idosos no contexto da família: questões

psicológicas e sociais. Campinas: Alínea; 2002. p. 9-63

Neri, A.L. (2006). Qualidade de vida no adulto maduro: interpretações teóricas e evidências

de pesquisa. In: Neri AL (org.). Qualidade de vida na idade madura. Campinas (SP):

Papirus; p.9-56.

Neri, A.L. (org.) (2013). Fragilidade e qualidade de vida na velhice. Campinas, SP: Editora

Alínea.

Ocampo, J.M. Herrera, J.A., Torres, P. Rodriguez, J.A., Loboa, L.& Garcia, C.A. (2007).

Sobrecarga associada com El cuidado de ancianos dependientes. Colomb. Med., 38,1, p.

40-46. Disponível http://www.bioline.org.br/pdf?rc07007

61

Oliveira, R.de F.& Limongi, S.C.O. (2011). Qualidade de vida de pais/cuidadores de

crianças e adolescentes com síndrome de Down. J. Soc. Fonoaudiol., 23 (4): 321-7.

Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912011000400006

Oliveira, A.P.P.de, Caldana, R.H.L. (2012). As Repercussões do Cuidado na Vida do

Cuidador Familiar do Idoso com Demência de Alzheimer, Saúde Soc., 21 (3), 675-685.

Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902012000300013

Paula, J. A. de, Roque, F.P., Araújo, F. S. de, Qualidade de vida em cuidadores de idosos

portadores de demência de Alzheimer, J Bras Psiquiatr. 2008;57(4):283-287. Disponível

em http://www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v57n4/a11v57n4.pdf

Pavarini, S.C.I, Mendiondo, M.S.Z.de, Barham, E.J., Varoto, V.A.G. & Filizola,

C.L.A.(2005). A arte de cuidar do idoso: gerontologia como profissão? Texto Contexto

Enfermagem, 14 (3): 398-402. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0104-

07072005000300011

Paz, A.A., Santos, B.R.L.dos & Eidt, O.R. (2006). Vulnerabilidade e envelhecimento no

contexto da saúde. Acta Paul Enferm, 19 (3), 338-42. Disponível

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002006000300014

Pearlin, L. I., & Skaff, M. M. (1996). Stress and the life course: A paradigmatic alliance.

Gerontologist, 36, 239–247. Disponível

file:///C:/Users/andrieli.bcamilo/Downloads/9781441910202-p1.pdf

Pimenta, G.M.F., Costa, M.A.da S. M.C. da, Gonçalves, L.H.T., Alvarez, A.M. (2009).

Perfil do familiar cuidador de idoso fragilizado em convívio doméstico da Grande

Região do Porto, Portugal. Rev.Enferm USP, 43 (3): 609-614. Disponível

http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n3/a16v43n3

Pinquart, M., Sorensen, S. (2007). Correlates of Physical Health of Informal Caregivers: A

Meta-Analysis. J Gerontol B Psychol Sci Soc Sci 62 (2): 126-P137. Disponível

http://psychsocgerontology.oxfordjournals.org/content/62/2/P126.long

Pinto, F.N.F.R., & Barham, E.J. (2014). Habilidades sociais e estratégias de enfrentamento

de estresse: relação com indicadores de bem-estar psicológico em cuidadores de idosos

62

de alta dependência. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17, 525-539.

Disponível: org/10.1590/1809-9823.2014.13043

Pinto, M.F., Barbosa, D.A., Ferreti, C. E. de L., Souza, L.F. de, Fram, D.S. & Belasco,

A.G.S. (2009). Qualidade de vida de cuidadores de idosos com doença de Alzheimer.

Acta Paul Enferm , 22(5):652-7. Disponível http://www.scielo.br/pdf/ape/v22n5/09.pdf

Piovesan, M. & Batistoni, S.S.T. (2012). Habilidades de resolução de problemas e estresse

entre cuidadores de idosos dependentes. Revista Kairós Gerontologia,15(5), 95:116.

Disponível http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/8990

Projeto de Lei nº 284/2011. Dispõe sobre o exercício da profissão de cuidador de idoso.

Senado Federal. Disponível http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes

Py, L. & Oliveira, J.F.P. (2011). Um cuidador a ser cuidado. In: Moritz, R.D. (Org.).

Conflitos bioéticos do viver e do morrer, 89-99. Brasília (DF): Conselho Federal de

Medicina

Resende, M.C.de; Bones, V.M. ; Souza, I.S.; Guimarães, N.K. (2006). Rede de relações

sociais e satisfação com a vida de adultos e idosos. Psicol. Am. Lat.(5) México.

Disponível http://psicolatina.org/Cinco/rede.html

Rodrigues, S.L.A. , Watanabe, H.A.W. , Derntl, A.M. (2006). A saúde de idosos que

cuidam de idosos. Rev Esc Enferm USP 2006; 40(4):493-500. Disponível

http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n4/v40n4a06.pdf

Rodriguez, S.V.& Bertoni, J.S. (2010). Cuidado Informal, um reto assumido por la mujer.

(2010). Ciencia y Enfermeria, XVI (2): 9-16. Disponível

http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95532010000200002

Rodrigues, M. da P. G. (2011). Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador

Informal – Versão Reduzida. Dissertação de Mestrado. Mestrado em Enfermagem

Comunitária. Universidade do Porto

63

Santos, D.I.F.A (2008). As vivências do cuidador informal na prestação de cuidados ao

idoso dependente: um estudo no Concelho da Lourinhã. Dissertação de Mestrado em

Comunicação em Saúde. Universidade Aberta, Portugal.

Santos, R.L., Sousa, M.R.B. de, Brasil, D. & Dourado, M. (2011). Intervenções de grupo

para sobrecarga de cuidadores de pacientes com demência: uma revisão sistemática.

Rev Psiq Clín.,38(4):161-7. Disponível http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-

60832011000400009&script=sci_abstract&tlng=pt

Scazufca, M. (2002). Brazilian version of the Burden Interview scale for theassessment of

burden of care in carers of people with mental illnesses. Rev Bras Psiquiatr, 24(1):12-7.

Disponível http://www.bv.fapesp.br/pt/publicacao/96030//

Seidl, E.M. F. & Zannon, C. M. L. da C. (2004). Qualidade de vida e saúde: aspectos

conceituais e metodológicos. Cad. Saúde Pública, 20 (2):580-588. Disponível

http://www.scielosp.org/pdf/csp/v20n2/27.pdf

Sequeira, C.A. da C. (2010). Adaptação e validação da Escala de Sobrecarga do Cuidador

de Zarit. Revista Referência , 2 (12). Disponível

https://www.esenfc.pt/rr/index.php?module=rr&target=publicationDetails&&id_artig

o=2173&pesquisa

Serbim, A.K. , Figueiredo, A.E.P.L. (2011) Qualidade de vida de idosos em um grupo de

convivência Scientia Medica (Porto Alegre), 21 (4), 166-172. Disponível

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/9405/7236

Shaffer, D.R., Dooley, W.K. & Williamson, G.M. (2007). Endorsement of proactively

aggressive caregiving strategies moderates in relation between caregiver, mental health

and potencially hrmful caregiving behavior. Pschology and Aging, 22(3): 494-504.

Disponível http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17874950

Schulz, R.& Beach, S.R. (1999). Caregiving as a risk factor for mortality: the Caregiver

Health. Effects Study. JAMA, 282 (23): 2215-9. Disponível

http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=192209

64

Silva, C. F. da. (2011). Frequência e Repercussão da Sobrecarga em cuidadores familiares

de idosos com demência. Dissertação de Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde do

Adulto. Universidade Federal de Minas Gerais.

Simonetti, J.P., Ferreira, J.C. Estratégias de coping desenvolvidas por cuidadores de idosos

portadores de doença crônica. Rev Esc Enferm USP 2008; 42(1):19-25. Disponível

www.ee.usp.br/reeusp/

Sousa, L., Galante, H. & Figueiredo, D. (2003), Qualidade de vida e bem-estar dos idosos:

um estudo exploratório na população portuguesa. Rev Saúde Pública, 37 (3), 364-71.

Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102003000300016

Stone, R. (1991). Defining family caregivers of the elderly: implications for research and

public policy. Gerontologist, 31, 724-725. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1800244

Suzuki, M.Y. (2013). Para uma proposta de educação destinada a cuidadores de idosos,

focada em cuidados paliativos. Revista Kairós Gerontologia, 16, 2, 223-234. Disponível

http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/17642/13139

Teixeira, I.N.D.O.T. & Neri, A.L. (2008). Envelhecimento Bem – Sucedido: uma meta no

curso de vida. Psicol. UsP, 19(1), 81-94. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0103-

65642008000100010

Torres, G. de V., Reis, L.A., Fernandes, M.H. (2009). Qualidade de vida e fatores

associados em idosos dependentes em uma cidade do interior do Nordeste J Bras

Psiquiatr.,58(1):39-44. Disponível http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852009000100006

The WHOQOL Group (1995). The World Health Organization quality of life assessment

(WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc. Sci., 41: 1403-9.

Disponível http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/027795369500112K

Varoto, V.A.G. Truzzi, O.M.S. & Pavarini, S.C.I. (2004). Programas para idosos

independentes: um estudo sobre seus egressos e a prevalência de doenças crônicas.

Texto Contexto Enferm, 13(1),107-14. Disponível em Disponível em:

http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=71413115

65

Vecchia, R.D., Ruiz, T., Bocchi, S.C.M. & Corrente, J.E. (2005). Qualidade de vida na

terceira idade: um conceito subjetivo. Rev Bras. Epidemiol., 8 (3), 246-52. Disponível

http://repositorio.unesp.br/handle/11449/11992

Vieira, C.P. de B., Fialho, A.V.de M. (2010). Perfil de Cuidadores Familiares de Idosos

com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Rev. Rene. Fortaleza, 11 (2), 161-169.

Disponível em

http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/view/385/pdf

Vitaliano, P.P., Zhang, J. & Scanlan, J.M. (2003). Is caregiving Lazardous to one’s physical

health? A meta – analysis. Psychol. Bull, 129 (6), 946 – 72. Disponível DOI:

10.1037/0033-2909.129.6.946

Wachholz, P.A.; Santos, R.C.C.; Wolf, L.S.P. Reconhecendo a sobrecarga e a qualidade de

vida de cuidadores familiares de idosos frágeis. Rev. bras. geriatr.

gerontol. vol.16 no.3 Rio de Janeiro July/Sept. 2013. Disponível

http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232013000300010

Witter, C. & Buriti, M.de A. (orgs). (2011). Envelhecimento e contingências da vida.

Campinas, SP: Editora Alínea.

Witter, G. P.& Camilo, A.B.R. (2011). Cuidador do Idoso. In C. Witter & M.de A. Buriti

(orgs). Envelhecimento e contingências da vida. Campinas, SP: Editora Alínea.

Yokoyama, C.E., Carvalho, R.S.de & Vizzotto, M.M. (2006). Qualidade de vida na velhice

segundo a percepção de idosos frequentadores de um centro de referência. Psicólogo

inFormação, 10(10), 57-82.

66

APÊNDICES

APÊNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(TCLE)

Eu, _________________________________________________________, R.G.

______________, voluntário(a) e conscientemente, concordo em participar da pesquisa

intitulada “Habilidades Sociais, Qualidade de Vida e Sobrecarga em Idosos

Cuidadores Informais”.

Assinando este termo de consentimento, estou ciente de que:

1) O objetivo do estudo é avaliar qualidade de vida, sobrecarga e as habilidades sociais

de trinta idosos cuidadores de idosos;

2) Participarei como voluntário do projeto de pesquisa supracitado, sob

responsabilidade da pesquisadora Andrieli Bianca Rodrigues Camilo, sob orientação da

Profa. Dra. Carla Witter.

3) Estou ciente que durante a pesquisa responderei a quatro instrumentos, com duração

de 60 minutos:

1. Caracterização dos participantes,

2. Inventário de Habilidades Sociais para Idosos,

3. Escala de Sobrecarga e

4. Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida.

4) Estou ciente que os riscos de participar na pesquisa são mínimos, mas que poderei

sentir algum constrangimento ao responder aos instrumentos de avaliação, porém fui

orientado que poderei parar de responder ou de participar da pesquisa se assim desejar.

Também, fui informado que os dados serão coletados pela pesquisadora que tem

formação em psicologia, a qual me ajudará e se for preciso me encaminhará para o

Centro de Psicologia Aplicada da Universidade São Judas Tadeu.

5) Estou ciente que os benefícios da minha participação estão relacionados a

oportunidade de ter maior conhecimento sobre as minhas habilidades sociais, sobre o

meu papel como cuidador de idoso e sobre a minha qualidade de vida. Fui informado

que poderei solicitar uma apresentação e análise crítica dos meus resultados.

67

6) Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo, a fim de manter a minha integridade

moral, e os resultados obtidos serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do

trabalho, expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada;

7) Fui informado que, se necessário, poderei entrar em contato com as pesquisadoras

responsáveis Andrieli Bianca Rodrigues Camilo (973566640) e Profa. Dra. Carla Witter

(999717753) ou com o Comitê de Ética em Pesquisa da USJT (2799-1999 ramal 1665,

ou e-mail: [email protected]).

8) Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a

minha participação no referido estudo;

9) Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, rubricadas e assinadas, sendo que

uma permanecerá em meu poder e outra com o pesquisador responsável.

São Paulo, ____ de ________________ de ___________.

____________________________________________________

Participante e/ou Representante Legal

Pesquisadoras Responsáveis:

_________________________________

Andrieli Bianca Rodrigues Camilo

[email protected]

__________________________________

Profa. Dra. Carla Witter

[email protected]

68

APÊNCIDE 2 - INSTRUMENTO DE CARACTERIZAÇÃO DE CUIDADORES

DE IDOSOS

A) CARACTERIZAÇÃO

a) Nome (Iniciais): _______________________________________________

b) Idade:_________ Sexo:_______

c) Nível Educacional: ___________________

d) Filhos: _____ Quantas pessoas moram na residência: ____

e) Parentesco com o idoso que é cuidado:______________________

f) Doença acometida: ____________________________ Idade:_________

g) Há quanto tempo atua como cuidador (a): ___________________________

h) Diariamente quanto tempo dedica aos cuidados?_____________________

i) É cuidador primário ( ) Sim ( ) Não

j) Teve algum preparo para esta tarefa? ( ) Sim ( ) Não

k) Tem apoio de algum profissional? Sim ( ) Não ( )

l) De qual especialidade: __________________________________________

m) Tem apoio de algum parente? Sim ( ) Não ( )De que forma: ( ) Ajuda

Financeira ( ) Nos cuidados ( ) Apoio Emocional

( ) Outra, qual: __________________________________________

n) Realiza outras atividades dentro da casa, além de cuidador (a)? Sim ( )

Não ( ). Quais:

_________________________________________________________

o) Pratica alguma atividade fora do contexto familiar (ex: grupos de atividade física):

______________________________________________________

p) Você tem alguma doença crônica (diabetes, hipertensão, reumatismo, etc)

( ) sim ( ) não. Quais___________________________________________

Marque abaixo o grau de instrução do chefe da família

( ) Analfabeto/Primário incompleto

( ) Primário Completo/Ginasial incompleto

( ) Ginasial Completo/Colegial Incompleto

( ) Colegial Completo/Superior incompleto

69

PÊNDICE 3 - Termo de Compromisso para utilização do Inventário de

Habilidades Sociais para Idosos

70

ANEXOS

ANEXO 1: Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit

INSTRUÇÕES: A seguir, encontra-se uma lista de afirmativas que reflete como as

pessoas algumas vezes sentem-se quando cuidam de outra pessoa. Depois de cada

afirmativa, indique com que frequência o Sr./Sra. se sente daquela maneira: nunca,

raramente, algumas vezes, frequentemente, ou sempre. Não existem respostas certas ou

erradas.

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

1.O Sr./Sra. sente que a pessoa cuidada pede mais ajuda do que ele realmente necessita?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

2. O Sr./Sra. sente que por causa do tempo que gasta com a pessoa cuidada, não tem

tempo suficiente para si mesmo?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

3. O Sr./Sra. se sente estressado (a) entre cuidar de a pessoa cuidada e suas outras

responsabilidades com a família e trabalho?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

4. O Sr./Sra. se sente envergonhado (a) com o comportamento da pessoa cuidada?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

5. O Sr./Sra. se sente irritado (a) quando a pessoa cuidada está por perto?

71

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

6. O Sr./Sra. sente que a pessoa cuidada afeta negativamente seus relacionamentos com

outros membros da família ou amigos?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

7. O Sr./Sra. sente receio pelo futuro de a pessoa cuidada?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

8. O Sr./Sra. sente que a pessoa cuidada depende do Sr./Sra.?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

9. O Sr./Sra. se sente tenso (a) quando a pessoa cuidada está por perto?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

10. O Sr./Sra. sente que a sua saúde foi afetada por causa de seu envolvimento com a

pessoa cuidada?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

11. O Sr./Sra. sente que não tem tanta privacidade como gostaria, por causa da pessoa

cuidada?

72

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

12. O Sr./Sra. sente que a sua vida social tem sido prejudicada porque está cuidando da

pessoa cuidada?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

13. O Sr./Sra. não se sente à vontade de receber visitas em casa, por causa da pessoa

cuidada?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

14. O Sr./Sra. sente que a pessoa cuidada espera que cuide dela/dele, como se fosse o a

única pessoa de quem ele/ela pode depender?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

15. O Sr./Sra. sente que não tem dinheiro suficiente para cuidar da pessoa cuidada,

somando-se as suas outras despesas?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

16. O Sr./Sra. sente que será incapaz de cuidar da pessoa cuidada por muito mais

tempo?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

17. O Sr./Sra. sente que perdeu o controle da sua vida desde a doença da pessoa

cuidada?

73

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

18. O Sr./Sra. gostaria simplesmente de deixar que outra pessoa realizasse os cuidados?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

19. O Sr./ Sra. se sente em dúvida sobre o que fazer pela pessoa cuidada?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

20. O Sr./Sra. sente que deveria fazer mais pela pessoa cuidada ?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

21. O Sr./Sra. sente que poderia cuidar melhor da pessoa cuidada?

0 1 2 3 4

NUNCA RARAMENTE ALGUMAS

VEZES

FREQUENTEMENTE SEMPRE

22. De uma maneira geral, quanto o Sr. /Sra. se sente sobrecarregado (a) por cuidar da

pessoa cuidada?

1 2 3 4 5

NEM UM

POUCO

UM

POUCO

MODERADAMENTE MUITO EXTREMAMENTE

74

Anexo 2: WHOQOL - OLD

As seguintes questões perguntam sobre o quanto você tem tido certos sentimentos nas

últimas duas semanas.

75

old_01 Até que ponto as perdas nos seus sentidos (por exemplo, audição, visão,

paladar, olfato, tato), afetam a sua vida diária?

Nada Muito pouco Mais ou menos Bastante

Extremamente

1 2 3 4 5

old_02 Até que ponto a perda de, por exemplo, audição, visão, paladar, olfato, tato,

afeta a sua capacidade de participar em atividades?

old_03 Quanta liberdade você tem de tomar as suas próprias decisões?

old_04 Até que ponto você sente que controla o seu futuro?

old_05 O quanto você sente que as pessoas ao seu redor respeitam a sua liberdade?

old_06 Quão preocupado você está com a maneira pela qual irá morrer?

old_07 O quanto você tem medo de não poder controlar a sua morte?

old_08 O quanto você tem medo de morrer?

old_09 O quanto você teme sofrer dor antes de morrer?

76

As seguintes questões perguntam sobre quão completamente você fez ou se

sentiu apto

fazer algumas coisas nas duas últimas semanas.

old_10 Até que ponto o funcionamento dos seus sentidos (por exemplo, audição, visão,

paladar, olfato, tato) afeta a sua capacidade de interagir com outras pessoas?

old_11 Até que ponto você consegue fazer as coisas que gostaria de fazer?

old_12 Até que ponto você está satisfeito com as suas oportunidades para continuar

alcançando outras realizações na sua vida?

old_13 O quanto você sente que recebeu o reconhecimento que merece na sua vida?

old_14 Até que ponto você sente que tem o suficiente para fazer em cada dia?

As seguintes questões pedem a você que diga o quanto você se sentiu satisfeito, feliz ou

bem sobre vários aspectos de sua vida nas duas últimas semanas.

old_15 Quão satisfeito você está com aquilo que alcançou na sua vida?

old_16 Quão satisfeito você está com a maneira com a qual você usa o seu tempo?

77

old_17 Quão satisfeito você está com o seu nível de atividade?

old_18 Quão satisfeito você está com as oportunidades que você tem para

participar de

atividades da comunidade?

old_19 Quão feliz você está com as coisas que você pode esperar daqui para frente?

old_20 Como você avaliaria o funcionamento dos seus sentidos (por exemplo,

audição, visão, paladar, olfato, tato)?

As seguintes questões se referem a qualquer relacionamento íntimo que você

possa ter. Por favor, considere estas questões em relação a um companheiro ou uma

pessoa próxima com a qual você pode compartilhar (dividir) sua intimidade mais do

que com qualquer outra pessoa em sua vida.

old_21 Até que ponto você tem um sentimento de companheirismo em sua vida?

old_22 Até que ponto você sente amor em sua vida?

old_23 Até que ponto você tem oportunidades para amar?

old_24 Até que ponto você tem oportunidades para ser amado?

78

OBRIGADO(A) PELA SUA COLABORAÇÃO.