UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI – CAMPUS DE ERECHIM

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Camila Calderolli

AVALIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE O CONSUMO ENERGÉTICO DO FORNO DE

MICROONDAS E DO FOGÃO A GÁS

ERECHIM - RS

2010

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Camila Calderolli

AVALIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE O CONSUMO ENERGÉTICO DO FORNO DE MICROONDAS E DO FOGÃO A GÁS

Trabalho apresentado para obtenção do título de Licenciada em Matemática, no curso de graduação em Matemática – Licenciatura, do Departamento de Ciências Exatas e da Terra, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim. Orientador Prof. Cláudio Zakrzevski

ERECHIM - RS 2010

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus pais Geltrudes Terezinha Ziolkoski e Jadir Calderolli, pela

oportunidade a vida e pelo apoio e incentivo que me motivaram a estar escrevendo

estas palavras neste momento, sinônimo de minha vitória.

A Força Maior que gerou e governa tudo, Deus, obrigada por me levantar quando

não via mais escorras.

Aos amigos e colegas e em especial a Michele Ziolkoski. minha colega, amiga,

tia, madrinha, presente em todos os momentos bons ou ruins de minha vida, a pessoa

que me apoiou quando sozinho não mais conseguia percorrer meu caminho, agradeço.

Aos professores, em especial ao meu orientador Cláudio Zakrzevski, registro

aqui meus agradecimentos pela orientação proporcionada de forma a garantir o máximo

de aproveitamento durante mais esta etapa da minha vida.

Finalizando, agradeço a todos aqueles que não pude citar, a todos que um dia

cruzaram meu caminho e que com pedras ou com flores colaboraram para que me

tornasse o que sou, registro aqui meu muito obrigado.

4

"Jamais considere seus estudos como uma obrigação,

mas como uma oportunidade invejável para aprender a

conhecer a influência libertadora da beleza do reino do

espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito

da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer".

Albert Einstein

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RESUMO

Neste trabalho visamos conhecer melhor as características de cada um dos equipamentos domésticos (microondas e fogão à gás) em termos energéticos e de custos. Para isto realizamos experimentos comparando o gasto em energia e em reais de cada aparelho aquecendo água e preparando uma pizza. Para melhor precisão dos resultados, os experimentos foram repetidos 5 vezes. Determinamos uma quantidade de 250g de água, esta deveria atingir 70ºC (temperatura medida com um termometro digital), aquecemos no microondas que estava acoplado a 2 multimetros que mediam tensão e corrente elétricas; após a mesma quantidade de água era aquecida na boca do fogão à gás, em uma panela de alumínio de massa 165g . Um medidor de vazão fazia a leitura do gás gasto em m³. O mesmo procedimento foi feito com a pizza, porém observavamos seu aspecto (derretimento do queijo e sua cobertura) . Constatou-se que o rendimento energético do microondas é maior do que o do fogão no aquecimento de água, mas seu custo se torna mais elevado. Já com a pizza, a energia consumida em kcal é maior por parte do forno do fogão e este tem valores bem mais elevado em reais do que o microondas, tornando-se mais em conta. Palavras-chave: microondas, fogão à gás, rendimento energético.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Forno de microondas com os multímetros.....................................................15

Figura 2 – Fogão com o medidor de vazão de GLP........................................................16

Figura 3 – Medidor de vazão utilizado nos experimentos do fogão à gás......................17

Figura 4 – Comparativo de rendimento energético do fogão e microondas para

aquecimento da água .....................................................................................................22

Figura 5 – Comparativo de custo para aquecimento de 10 litros de água em microondas

e fogão.............................................................................................................................23

Figura 6 - Parâmetros medidos para preparo da pizza no microondas..........................24

Figura 7 - Parâmetros medidos para preparo da pizza no fogão à gás..........................25

Figura 8 – Comparativo de energia consumida em kcal para o preparo da pizza no

microondas e fogão.........................................................................................................26

Figura 9 - Comparativo de custo para o preparo da pizza no microondas e forno....... 27

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LISTA DE TABELAS Tabela 1- Parâmetros medidos para aquecimento de água no forno de microondas....20 Tabela 2- Parâmetros medidos para aquecimento de água em fogão à gás GLP.........22

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SUMÁRIO

1.0 - INTRODUÇÃO........................................................................................................09 2.0 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................10 3.0 – MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................14 4.0 – RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................20 5.0 – CONCLUSÕES......................................................................................................28

6.0 – REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................29

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1.0 Introdução

Este trabalho visa conhecer melhor as características, em termos energéticos e

de custos cada um dos equipamentos domésticos ( microondas e fogão à gás),

comparar a eficiência energética do fogão a gás e microondas no aquecimento de água

(utilização da boca do fogão), bem como comparar a eficiência energética do fogão a

gás e microondas ao assar uma pizza (utilização do forno do fogão a gás), verificando

assim o custo da utilização de ambos os equipamentos, nas condições já citadas.

Essas informações podem orientar o consumidor no momento de sua utilização

ou servirem de fonte de informação para ser repassada a alunos de Ensino Médio.

Para tanto, o presente trabalho é composto por uma revisão bibliográfica que traz

informações relevantes ao assunto, seguido da descrição de materiais e métodos

utilizados para a realização das pesquisas que proporcionaram os resultados obtidos e

discutidos em capítulo específico, levando a inferir as conclusões que finalizam o

presente trabalho.

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2.0 Revisão Teórica

A idéia de usar micro-ondas para cozinhar alimentos foi descoberta por Percy

Spencer que trabalhava na empresa Raytheon, fabricando magnetrons para aparelhos

de radar. Um dia estava trabalhando num aparelho de radar ativo quando observou

uma sensação repentina e estranha, e viu que uma barra de chocolate que tinha no seu

bolso tinha derretido. Percy não era nenhum estranho às descobertas e experiências,

devido ao seu suporte a 120 patentes e entendeu perfeitamente o que tinha acontecido.

O primeiro alimento a ser cozinhado deliberadamente com micro-ondas foram pipocas,

e o segundo um ovo, que cozinhou de dentro para fora e explodiu devido à pressão.

Em 1946 a empresa Raytheon patenteou o processo de cozinhar por micro-

ondas e em 1947, construíram o primeiro forno de micro-ondas comercial, o Radarange.

Tinha 1,70 m de altura e pesava 340 kg. Era arrefecido a água e produzia 3000 watts,

aproximadamente três vezes a quantidade de radiação produzida por fornos de micro-

ondas atuais (bp.blogspot.com).

2.1 FUNCIONAMENTO GERAL

A energia elétrica, na forma de uma corrente alternada (alta e baixa tensão) é

transformada em corrente contínua por intermédio de um circuito formado por um

transformador, diodos e capacitores. A corrente que chega do transformador através do

triplicador serve para alimentar o magnetron (www.wikipedia.org).

2.2 AÇÃO DAS MICRO-ONDAS SOBRE AS MOLÉCULAS DE ÁGUA

11

A molécula de água, H2O, é formada por um átomo de oxigênio e dois de

hidrogênio. Ela é bipolar, o que significa que o baricentro das cargas negativas e o das

cargas positivas não coincidem. Isto se deve ao fato do átomo de oxigênio ter maior

eletronegatividade que o hidrogênio.

Quando sujeita a uma radiação, a molécula de água absorve a energia das

ondas eletromagnéticas se estas têm uma freqüência que limita as das micro-ondas

(2450 MHz). Esta absorção traduz-se numa rotação da molécula de água.

As moléculas de água de um alimento em estado normal estão em desordem:

não respeitam nenhuma ordem de orientação específica. Mas quando sujeitas a um

campo elétrico contínuo os pólos negativos das moléculas de água têm tendência a

orientar-se em direção a este último.

Quando sujeitas às micro-ondas, as moléculas de água do alimento orientam-se

em direção do campo elétrico que compõe estas ondas. Este campo, ao ser alternado,

faz com que os pólos orientem-se sucessivamente num sentido e seguidamente no

outro, o que resulta em várias mudanças de orientação (cerca de 2.450.000.000 vezes

num segundo) ao mesmo ritmo que a onda que oscila 2.450.000.000 vezes por

segundo.

As fricções entre as moléculas de água criadas por este grande número de

rotações liberam calor. Após esta liberação de calor, este se transmite às diferentes

camadas do alimento por condução e reaquecimento a uma parte do alimento. Quando

há liberação de calor das moléculas de água, têm tendência a passar do estado líquido

ao estado gasoso, o volume de vapor assim produzido não pode necessariamente ser

contido no alimento e é por isso que certos alimentos explodem.

A molécula de água não é a única a vibrar na presença de micro-ondas, há

também os açúcares e as gorduras. Mas o que faz com que a molécula de água seja a

única a desempenhar um papel na liberação de calor é a sua dimensão: é a única que é

bipolar e que pode girar graças à sua pequena dimensão (www.midroondas.com.br).

12

2.3 PENETRAÇÃO DAS ONDAS NO INTERIOR DO ALIMENTO

A penetração das ondas nos alimentos difere em função deste, da sua

concentração e composição. Quando um alimento é sujeito a uma radiação de micro-

ondas, ele tem tendência a rejeitar uma parte da onda e a armazenar a outra. A parte

absorvida é chamada de energia calorífica e é graças a ela que o alimento aquece. A

parte rejeitada é chamada de onda refletida. Para evitar que certas partes do alimento

sejam queimadas ou outras fiquem frias é necessário que a distribuição das ondas seja

a mesma em todas as zonas do alimento. Para este efeito as paredes da cavidade

fazem refletir as ondas e o prato em rotação permite a distribuição homogênea das

ondas ao alimento (www.wikipedia.org)

Segundo P. Fellows (1994, p. 355), as microondas e a energia radiante são

formas disitintas de energia eletromagnética, ambas se transmitem em forma de ondas

que penetram nos alimentos e se convertem em calor.

Entre elas existem algumas diferenças, uma delas seria que: com a penetração

nos alimentos a energia radiante é menor. A condutividade térmica diz que está aqui

um papel mais importante, digamos assim, que do aquecimento por microondas (P.

Fellows, 1994, p. 356).

2.4 AQUECIMENTO POR MICROONDAS

A estrutura de uma molécula de água está definida por um átomo de oxigênio,

carregado negativamente, e dos átomos de hidrogênio, carregados positivamente. A

molécula adquire, portanto, a forma de um dipolo elétrico.

O microondas tem a capacidade de transmitir o calor no centro dos alimentos, o

que em outros métodos é difícil de acontecer, pois o aquecimento se dá de fora para

dentro, formando muitas vezes uma “crosta superficial”.

13

Os aparelhos de microondas já não constituem novidade no comércio e

residências. Muitos são os alunos que já se utilizam dele em suas casas. Esse fato

pode ser aproveitado para mais uma atividade experimental, visto que, nada impede

que um desses aparelhos participe de uma Feira de Ciências.

Nesse projeto apresentaremos, como exemplo, a determinação da potência

desenvolvida por um forno de microondas (experimento de fácil realização) (P.

Fellows, 1994, p. 357).

2.5 CARACTERÍSTICAS DO GÁS LIQUIFEITO DE PETRÓEO (GLP)

Na pressão atmosférica, a temperatura de ebulição do GLP b de -30° C em

estado gasoso é mais pesado que o ar: 1 m3 de GLP pesa 2,2 kg. Com isso, em

eventuais vazamentos, acumula-se a partir do chão, expulsa o oxigênio e preenche o

ambiente. Em estado liquido o GLP é mais leve que a água, pesando 0,54 kg por litro.

(www.cnbc.com.br).

Segundo o Ministério de Minas e Energia (2009), o GLP possui densidade de

550 kg/m3 no estado líquido e poder calorífico de 11.500 kcal/kg r 1 litro de GLP líquido

corresponde a 270 litros de GLP gasoso.

14

3.0 Materiais e Métodos

Os procedimentos experimentais que proporcionaram subsídios para responder

ao questionamento central deste trabalho foram divididos em duas etapas: a primeira é

relativa ao aquecimento de água no forno de microondas e no fogão à gás e a segunda

refere-se ao cozimento de pizza também em ambos os aparelhos, com a diferença de

que no fogão à gás foi utilizado o forno.

3.1 Aquecimento de Água Destilada (Microondas)

O procedimento experimental utilizado para a comparação do consumo

energético entre o forno de microondas e o fogão à gás para aquecimento de água foi

executado utilizando-se os seguintes materiais:

Balança semi-analítica

Copo de Becker de 250 ml

Balão volumétrico de 250ml

Termômetro digital

Forno de Microondas

2 multímetros digitais

Fogão doméstico

Medidor de vazão de gás GLP

Panela de alumínio

Inicialmente foi estabelecido que o volume de água destilada a ser aquecida

seria de 250 ml. A partir disso, procedeu-se a medição desse volume em um Bécker.

Sabendo-se que a densidade da água é de 1 g/cm3, e que 1 cm3 é equivalente a 1 ml,

conclui-se que 250 ml de água destilada possui massa de 250 g. Sendo assim utilizou-

15

se uma balança semi analítica (com 3 casas decimais) para pesar a água contida no

Bécker e determinar o volume de água acima citado.

A segunda etapa constituiu-se na medição da temperatura da água antes de

aquecê-la no forno de microondas. Após, o frasco foi colocado no forno para que a

água atingisse 70 °C. Esta temperatura foi escolhida por não estar próxima do ponto de

ebulição da água, condição que poderia tornar a análise um pouco mais complexa.

O tempo de permanência da água no forno foi determinado através de várias

tentativas até chegar ao valor mais adequado para a água atingir a temperatura de 70

°C, conforme mostra a tabela 1.

Simultaneamente ao aquecimento das amostras de água procedeu-se a medição

da tensão e corrente elétrica fornecidas ao aparelho com dois multímetros digitais a fim

de calcularmos a energia elétrica total necessária para o processo de aquecimento. A

figura 1 mostra o forno de microondas e os multímetros que proporcionaram as

medições de corrente e tensão elétricas.

16

Figura 1 – Forno de microondas com os multímetros

O procedimento acima foi repetido por 5 vezes para obtermos o valor médio de

energia consumida no experimento.

A realização do experimento, agora utilizando-se o fogão à gás, foi feita

adotando-se as mesmas condições iniciais já descritas anteriormente com relação á

determinação da quantidade de amostra de água a ser utilizada e medição de sua

temperatura inicial.

Foi utilizado um fogão à gás doméstico e o aquecimento foi feito em uma panela

de alumínio de massa 165 gramas.

Na entrada de gás do fogão conectou-se um medidor de vazão de gás para

monitorar a quantidade desse combustível necessária ao processo como mostra a

figura 2.

17

Figura 2 – Fogão com o medidor de vazão de GLP

O medidor de vazão mostrado na figura 3 possui como menor divisão de escala

0,2 dm3 .

18

Figura 3 – Medidor de vazão utilizado nos experimentos do fogão à gás

A temperatura da água foi monitorada com um termômetro digital durante o

aquecimento até que atingisse 70 °C. Nessa temperatura a chama do fogão era

desligada e fazia-se a leitura do valor do consumo de gás. A fim de uniformizar a

temperatura no frasco, a água era agitada com um bastão de vidro durante o

aquecimento.

Da mesma maneira que no experimento anterior, o procedimento descrito foi

repetido 5 vezes para obtermos valores médios para serem utilizados como parâmetros

de trabalho.

19

3.2 Cozimento de Pizza

O segundo experimento proposto foi o de comparar o consumo energético entre

o forno de microondas e o forno do fogão à gás para o cozimento de pizza. Para isso os

materiais utilizados nos experimentos foram:

2 pizzas pequenas

Forno de Microondas

Fogão a gás

Balança semi-analítica

Medidor de vazão de gás GLP

Cronômetro

2 multímetros digitais

Para fazer a comparação entre o consumo energético necessário para o

cozimento de uma pizza no forno de microondas e no fogão à gás, foram utilizadas 2

pizzas de mesmo sabor e tamanho sendo que para igualarmos suas massas foi

necessário retirar alguns pedaços de uma delas. O valor da massa de ambas foram

184,25 gramas. Em seguida colocou-se uma pizza no forno de microondas e estipulou-

se o tempo necessário para o cozimento da mesma como 2,5 minutos. A evidência de

cozimento foi considerada como sendo o derretimento do queijo da sua cobertura.

Durante este processo mediu-se com os multímetros a intensidade de corrente elétrica

e a tensão fornecida para o forno a fim de determinar a energia elétrica necessária para

o processo.

O experimento de preparo da outra pizza com a mesma massa no forno do fogão

à gás foi realizado medindo-se o tempo necessário para o cozimento da mesma

também levando-se em conta a condição de derretimento do queijo de sua cobertura.

Para a determinação da energia utilizada, mediu-se a quantidade de GLP

consumida no processo.

20

4.0 Resultados e Discussões

4.1 Aquecimento de Água

Os valores obtidos no experimento de aquecimento de água através do forno de

microondas são mostrados na tabela 1.

Tabela 1 - Parâmetros medidos para aquecimento de água no forno de microondas

Temperat. Ambiente

(°C)

Temperat. Inicial da Água (°C)

Tempo de Aquecimento

(s)

Temperatura Atingida (°C)

Tensão (V)

Corrente (A)

Potência (W)

Experim 1 23.3 22.7 100 83,0 214 6,38 1365,3

Experim 2 23.8 23,0 80 67.2 214 6,17 1320,3 Experim 3 24,0 23.4 90 73,0 215 6,30 1354,5 Experim 4 24,0 23,0 85 73,0 216 6,30 1360,8 Experim 5 24.9 24.1 83 70.2 217 6,35 1377,9

Média 24,0 23.2 87.6 73.3 215,2 6,30 1355,8

Através das informações da tabela 1 podemos analisar a quantidade de energia

que foi absorvida pela água e a energia elétrica fornecida para o funcionamento do

forno de microondas.

Para o cálculo da energia absorvida pela água foi utilizada a expressão:

Q = m.c.ΔT (1)

Onde: m massa (g)

C calor específico da água no estado líquido (1 cal/g.°C)

ΔT variação da temperatura

Substituindo os valores médios nas variáveis descritas obtivemos um valor de

12.525 cal.

21

A energia elétrica fornecida para o processo foi calculada utilizando-se as

expressões:

P = U.i (2)

E = P.t (3)

Os valores médios medidos foram: U = 215,2 V

i = 6,30 A

Aplicando esses valores na expressão (2) obteve-se uma potência média de

1.355,8 W. Considerando que o tempo médio necessário para o aquecimento da água

foi de 87,6 s aplicou-se o valor da potência calculado anteriormente e o tempo

convertido em hora na expressão (3) e obteve-se o valor da energia elétrica fornecida

ao aparelho que foi de 0,032 kWh, ou seja, 27.401,02 cal.

O rendimento do forno elétrico é determinado pela razão entre a energia útil e a

energia total fornecida no processo. Sendo assim obtém-se um rendimento de 45,7%.

Para avaliação do mesmo processo, porém realizado no fogão à gás, conforme

procedimento descrito acima temos os dados apresentados na tabela 2.

Tabela 2 - Parâmetros medidos para aquecimento de água em fogão à gás GLP

Massa (g)

Temperat Inicial da Água (°C)

Temperat Final da Água (°C)

Tempo de Aquecimento

(s)

Quantidade de GLP

(m3)

Experim 1 250 18.1 70,0 110 0,0011 Experim 2 250 18.1 70,0 114 0,0014 Experim 3 250 17.8 70,0 120 0,0014 Experim 4 250 17.8 70,0 108 0,0013 Experim 5 250 18.2 70,0 107 0,0013

Média 250 18.0 70,0 111,8 0,0013

22

O cálculo da energia consumida pelo fogão à gás utilizando-se uma de suas

bocas para o aquecimento de água foi realizado tendo por base as seguintes

informações:

* 1 m3 de GLP no estado gasoso equivale a 2,2 kg

* O poder calorífico do GLP é de 11.500 kcal/kg (www.cnbc.com.br).

O calor absorvido pela água oriundo da chama do fogão foi calculado através da

equação 1 considerando-se a massa de 250 g, o calor específico da água 1 cal/g.°C e a

variação média da temperatura 52,0 °C. O resultado dessa operação nos revela um

valor de 13.000 cal que é a energia útil do sistema.

O calor produzido na queima do GLP foi quantificado considerando-se as

informações sobre o GLP já listadas acima. A quantidade média de gás consumido foi

de 0,013 m3 ou 0,0286 kg, queimado em um tempo médio de 111,8 s. A energia contida

neste combustível equivale a 328.900 cal.

A eficiência desse processo, a exemplo do que foi feito na determinação do

rendimento energético do forno de microondas, é obtida pela razão entre a quantidade

de energia útil e da energia total. Isso significa um rendimento de 3,9%.

Nos cálculos realizados até aqui desconsidera-se a capacidade térmica dos

recipientes.

Esses resultados são mostrados na figura 4

23

0 5

10 15 20 25 30 35 40 45 50

Microondas Fogão

Figura 4 – Comparativo de rendimento energético do fogão e microondas para

aquecimento da água

Com relação ao custo da energia consumida nos dois processos, sabe-se que o

valor do GLP é de R$ 42,00 o botijão de 13 kg (valor de junho de 2010) e R$ 0,55 o

kWh. O custo de GLP para realizar o processo descrito anteriormente é de R$ 0,0046 e

com a energia elétrica tem valor de R$ 0,0176. Para 10 litros de água, considerando

proporcional a energia e seu custo, os valores são de R$ 0,18 para GLP e R$ 0,72 para

a eletricidade.

24

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

Custo Microondas Custo Fogão

Figura 5 – Comparativo de custo para aquecimento de 10 litros de água em microondas

e fogão

4.2 Preparação de Pizza:

Os valores medidos no forno de microondas são apresentados na figura 6.

Figura 6 - Parâmetros medidos para preparo da pizza no microondas

Tempo de aquecimento (s)

Tensão (V) Corrente (A)

Experim. Microondas

150

212 6,62

25

Através da equação 2 e 3, calculou-se a potência e a energia consumida no

processo. A energia teve um valor de 0,058 kWh ou 50.290,49 cal.

O mesmo processo realizado no forno do fogão à gás resultou nos valores

apresentados na figura 7.

Figura 7 - Parâmetros medidos para preparo da pizza no fogão à gás

Tempo de aquecimento (s)

Quantidade de gás (m3)

Experim. Fogão à gás

840 0,0187

A quantidade de energia necessária para este processo foi calculada levando-se

em conta o teor energético do GLP já descrito. Sendo o consumo de 0,0187 m3 desse

combustível, o seu teor energético foi de 473.110 cal.

26

0

50

100

150 200

250

300

350

400 450

500

Microondas Forno

Figura 8 – Comparativo de energia consumida em kcal para o preparo da pizza no

microondas e fogão

O custo energético para o preparo de uma pizza no forno de microondas é de R$

0,032 e no forno do fogão à gás é de R$ 0,13.

27

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

0,14

Microondas Forno

Figura 9 - Comparativo de custo para o preparo da pizza no microondas e forno

28

5.0 Considerações Finais

Tivemos como objetivo com este trabalho, comparar em termos energéticos e de

custo em reais os equipamentos domésticos (microondas e o fogão à gás).

Podemos observar com facilidade, que, de acordo com os experimentos

realizados e cálculos revisados, o microondas, no aquecimento da água, tem maior

rendimento energético do que a boca do fogão à gás e mais custo em reais, obtendo-se

mais economia com o fogão. Já no preparo da pizza o microondas se torna a opção

mais econômica do que forno do fogão à gás.

Em se tratando de custo em reais da utilização de ambos os aparelhos a boca do

fogão à gás é bem mais econômica no aquecimento de água, do que o microondas.

Porém no preparo da pizza o aparelho mais custoso é o forno do fogão, dando

preferência para o microondas na hora de prepara-la.

Deixo como sugestão a comparação de rendimento energético com outros

equipamentos domésticos, como o forno elétrico. Com informações verídicas, os

consumidores podem escolher o melhor para sua economia e para preservação dos

recursos naturais.

29

6.0 REFERENCIAL TEÓRICO FELLOWS, P. Tecnologia del procesado de los alimentos: Principios y prácticas.

Zaragoza (España). Editorial Acribis, S.A, 1994.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – EMPRESA DE PESQUISA

ENERGÉTICA.Balanço Energético Nacional 2009. Rio de Janeiro: EPE, 2009.

Orientações sobre o forno microondas. Disponível em <Home Page

<http://www.midroondas.com.br/textos/ . . .> Acesso em 25 nov. 2009.

Penetração das ondas no interior dos alimentos. Disponível em

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Forno_de_micro-ondas. . .> Acesso em 11 dez. 2009.

Orientações sobre o forno microondas. Disponível em

<.bp.blogspot.com/_fR7XM4Jpb0o/SCwS01NOl6I/AA. . .> Acesso em 20 abr. 2010.

Características dos gases derivados do petróleo. Disponível em

<http://www.cnbc.com.br/glp_gas_liquifeito.html...> Acesso em 25 jun. 2010.

_____<http://ciadogas.com.br/wp-content/uploads/2009/10/C%C3%B3pia-de-

CARACTER%C3%8DSTICAS-DO-GLP.pdf. . . > Acesso em 28 jun. 2010.

_____<http://www.cnbc.com.br/glp_gas_liquifeito.html. . .> Acesso em 28 jun. 2010.