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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ TÓPICOS EM GRAM. NORMATIVA PROFA. CLAUDETE LIMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA Tema: Sujeito Delimitação do tema: O ensino do sujeito gramatical aos alunos do 7° ano Autores João Victor Duarte Fontenele Ana Cláudia Nascimento Icleane Borges Leudilânio Alves Elyne Lima Nº de aulas: As atividades serão divididas em 2 aulas geminadas de 50 minutos, com um total de 4 aulas. Série a que se destina: 7º ano Período de realização: 1º semestre Introdução Nesta sequência, será trabalhado o ensino do sujeito gramatical a fim de fazer com que os alunos reconheçam e identifiquem os sujeitos em textos, sejam eles os sujeitos simples, composto, oculto e indeterminado sob o ponto de vista sintático e produzam textos que reforcem o uso desses sujeitos. Desse modo, alunos também terão a oportunidade de reconhecer uma oração sem sujeito. Além de reconhecer e fazer uso do sujeito gramatical, poderão desenvolver a competência leitora, visto que durante a execução das atividades, entrarão em contato com diversos gêneros textuais.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ TÓPICOS EM GRAM. …€¦ · simples, composto, oculto e indeterminado sob o ponto de vista sintático e produzam textos que reforcem o uso desses

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

TÓPICOS EM GRAM. NORMATIVA – PROFA. CLAUDETE LIMA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Tema: Sujeito Delimitação do tema: O ensino do sujeito

gramatical aos alunos do 7° ano

Autores

João Victor Duarte Fontenele

Ana Cláudia Nascimento

Icleane Borges

Leudilânio Alves

Elyne Lima

Nº de aulas: As atividades serão divididas em 2

aulas geminadas de 50 minutos, com um total de

4 aulas.

Série a que se destina: 7º ano

Período de realização: 1º semestre

Introdução Nesta sequência, será trabalhado o ensino do sujeito gramatical a fim de fazer com que

os alunos reconheçam e identifiquem os sujeitos em textos, sejam eles os sujeitos

simples, composto, oculto e indeterminado sob o ponto de vista sintático e produzam

textos que reforcem o uso desses sujeitos. Desse modo, alunos também terão a

oportunidade de reconhecer uma oração sem sujeito. Além de reconhecer e fazer uso

do sujeito gramatical, poderão desenvolver a competência leitora, visto que durante a

execução das atividades, entrarão em contato com diversos gêneros textuais.

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Objetivo geral Fazer com que os alunos sejam capazes de reconhecer a função desempenhada por um

sujeito dentro de um texto.

Módulo Didático 1

o Introdução

O sujeito faz parte dos termos essenciais da oração. Trata-se do ser sobre o qual se faz

uma declaração (CUNHA e CINTRA, 2008) e apresenta uma palavra mais importante

dentro de uma sentença, o núcleo. Os sujeitos da 1ª e 2ª pessoa equivalem ao “eu” e o

“tu” no singular. Já os de 1ª e 2ª pessoa do plural equivalem ao “nós” e “vós”. Quanto

ao pronome da 3ª pessoa do singular e plural, possuem como núcleo um substantivo,

pronomes pessoais, demonstrativos e numerais. Os sujeitos podem ser classificados

como determinado e indeterminado. Neste primeiro módulo, nos concentraremos no

sujeito determinado, que é dividido em simples, composto e oculto.

o Objetivos específicos

compreender a função do sujeito gramatical em diversas situações

comunicativas;

identificar os sujeitos simples, composto e oculto, sob o ponto de vista sintático;

produzir textos que reforcem esses tipos de sujeito;

desenvolver a criatividade e a competência comunicativa.

o Conteúdo abordado

Neste módulo será abordado o sujeito determinado: sujeito simples, composto e

oculto. Para a execução desta aula será imprescindível que os alunos já devam ter

estudado os tempos verbais (para reconhecerem um sujeito oculto a partir de sua

desinência verbal) e o conceito de oração.

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o Recursos didáticos

Quadro branco;

Data show;

o Descrição detalhada do encontro

Para a execução desta atividade é necessário que o professor siga o comando da

atividade na ordem das questões, defina um tempo para a resolução de cada questão e

faça uso do quadro para sistematizar as respostas de cada questão. Na primeira

questão, é necessário dar um tempo aos alunos para que façam uma leitura silenciosa

do texto. Ao finalizarem a leitura, é importante que o professor discuta o texto com os

alunos, levando, dessa forma, opiniões e questionamentos, e em seguida dê um tempo

para que respondam as questões. Na segunda questão é importante o professor falar

um pouco sobre o gênero anúncio publicitário e seu propósito comunicativo. O

anúncio trabalhado visa persuadir o interlocutor, convencê-lo a ir para caixa, ou seja,

seu objetivo é atingir o interlocutor, o “tu”. O aluno precisará se apoiar nessa

informação para responder a questão. A avaliação sugerida é composta por duas

questões. A primeira questão é composta por uma música do grupo “O Teatro

Mágico”. Nesta atividade será trabalhada a criatividade do aluno. Ele criará uma

definição de sujeito com base na música.

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/professora-desenho-634209.shtml

o Exercícios

Texto 1

A professora de desenho

Falando a verdade, escola é uma chatice. Pelo menos a minha era uma chatice.

Essa história de aprender tabuada, fazer prova, lição de casa... eu não gostava. Ficava

feliz quando aparecia uma gripe. Existe coisa melhor? Eu juntava todos os brinquedos

em cima da cama. Traziam revistinhas. Chocolates. Televisão no quarto. Era ótimo.

Disse que a escola era muito chata, mas esqueci de uma coisa: as aulas de

desenho. Essas eram legais.

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Toda sexta-feira, depois do recreio, a dona Marisa (naquele tempo a gente não

chamava a professora de "tia", nem usava só o nome dela, sem nada, assim: "Marisa";

tinha de ser "dona Marisa") - enfim, a dona Marisa saía da sala, e entrava a professora

de desenho. A dona Andréia.

A dona Marisa era meio gorducha, usava coque no cabelo e se pintava feito

louca. Batom. Sombra azul nos olhos. Meio perua. Eu não gostava da dona Marisa.

Mas aí entrava a professora de desenho. A dona Andréia era mocinha. Tinha

cabelos castanhos. Lisos e compridos.

A aula de desenho era uma farra. A gente abria os cadernos, que não tinham

linhas, só folhas de papel em branco, para a gente fazer o que quisesse. Podia. Dona

Andréia deixava.

Ela era linda.

Um dia, ela se atrasou. O tempo ia passando, e ela não chegava. Todo mundo

estava louco para ter aula de desenho.

Por que será que ela estava atrasada?

Nessa idade, a gente sabe muito pouco da vida dos adultos. Talvez a dona

Andréia tivesse brigado com o namorado. Pode ser que o diretor da escola tivesse dado

uma bronca nela. Vai ver que tinha alguém doente na família.

Mas a gente não queria saber de nada. Só queria ter aula de desenho.

Foi quando a dona Andréia apareceu. Todos nós ficamos contentes.

Não foi só contente. Foi uma espécie de alegria total, de gritaria, de explosão.

Ela entrou na classe.

Alguém gritou:

- É a Andréia!

Não era o jeito certo de falar. Tinha de dizer "dona Andréia". Mas àquela

altura ninguém estava ligando. Todo mundo começou a gritar:

- É a Andréia! É a Andréia!

O berreiro foi ganhando ritmo. Como se fosse torcida de futebol.

- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!

Parecia um jogador entrando em campo. Ou um cantor de rock.

- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!

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Ela começou ficando alegre com a zoeira. Deu um sorriso. O sorriso dela era

lindo.

- AN-DRÉ-IA!

Depois, ela ficou um pouco assustada. Não estava entendendo a bagunça.

- AN-DRÉ-IA!

Foi então que eu vi. Ela começou a chorar.

E saiu da sala.

Na hora, não entendi.

Fiquei pensando.

Quem sabe ela se assustou muito. Talvez não imaginasse que a gente gostava

tanto dela.

E, às vezes, muito amor assusta as pessoas.

Pode ser que ela tivesse ficado brava. Tínhamos de dizer "dona Andréia", e

não dissemos. Era meio chocante só dizer "Andréia", como se ela fosse irmã da gente,

ou apresentadora de televisão, ou empregada.

Ela também pode ter chorado por outro motivo qualquer. Estava triste com o

namorado, ou com alguma doença da família, e toda aquela alegria da gente

atrapalhando os sentimentos dela.

A Andréia nunca mais voltou.

As aulas de desenho acabaram. Comecei a perceber uma coisa.

É que às vezes, quando a gente gosta demais de uma pessoa, não dá certo. Dá

uma bobeira na gente. A gente começa a gritar:

- Andréia! Andréia!

E a Andréia fica sem jeito. Não sabe o que fazer. Se assusta. Se enche.

Ouça este conselho.

Se você gosta muito de alguém, tome cuidado antes de fazer escândalo. Não

fique gritando "Andréia! Andréia!". Finja que você só está achando a pessoa legal,

nada mais. Senão a Andréia sai correndo.

Quando a gente gosta de alguém, tem de fazer como sorvete. Dá uma

mordidinha. Mas não enfia o nariz e a boca na massa de morango. Senão, vão achar

que a gente é idiota.

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As pessoas da minha classe gostavam tanto da Andréia, que ela foi embora. Se

a gente fosse mais esperto fingia que não gostava tanto.

http://novaescola.org.br/fundamental-1/professora-desenho-634209.shtml

1. Com base na leitura do texto responda as questões a seguir:

a) Do que trata o texto?

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b) Qual conflito o texto nos apresenta?

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c) Na linha 5, o verbo “disse”, de acordo com sua forma verbal, pode assumir tanto um

pronome de primeira pessoa, quanto um de terceira. De acordo com o contexto, qual

seria o sujeito deste verbo?

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d) Releia as linhas 9 e 10 e diga a quem os verbos “era”, “ usava” e “pintava” se

referem. Trata-se de um sujeito simples ou composto?

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2. O anúncio publicitário é um gênero facilmente encontrado em nosso cotidiano. Pode

estar presente em out doors, televisão, internet, entre outros. São textos que divulgam

algum objeto com a intenção de venda, compra, ou mesmo, com a intenção de divulgar

uma ideia. Analise o anúncio abaixo e responda o que se pede:

O sujeito pode não estar materialmente expresso em uma oração, ele também pode

aparecer de forma oculta. A partir dessa explicação, identifique o sujeito presente

nesse anúncio e explique como chegou a esta resposta.

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3. Sujeito é o elemento de quem se fala e que recebe ou pratica a ação verbal. Dentre

os sujeitos, destaca-se o sujeito composto que possui dois ou mais núcleos que vêm

expressos na oração. Leia a música de autoria do cantor Renato Russo e responda as

questões.

Texto 2

Eduardo e Mônica

“Eduardo e Mônica eram nada parecidos

Ela era de Leão e ele tinha dezesseis

Ela fazia Medicina e falava alemão

E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus

De Van Gogh e dos Mutantes

Do Caetano e de Rimbaud

E o Eduardo gostava de novela

E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central

Também magia e meditação

E o Eduardo ainda estava

No esquema "escola, cinema, clube, televisão"

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia

Teatro e artesanato e foram viajar

A Mônica explicava pro Eduardo

Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer

E decidiu trabalhar

E ela se formou no mesmo mês

Em que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos

E também brigaram juntos, muitas vezes depois

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E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa

Que nem feijão com arroz”

a) Qual sujeito expresso na canção nos versos 1, 10, 15 e 16? Exemplifique.

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b) Quais as diferenças entre os personagens?

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c) Na sua opinião, qual o propósito do compositor ao mostrar as divergências entre o

casal?

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4. O termo meme é usado para descrever um conceito de imagem, vídeo ou algo

relacionado ao humor, que se espalha via internet. Leia atentamente o meme e, em

seguida, responda as questões propostas.

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a) De acordo com o que foi estudado, o “eu” denota que tipo de sujeito?

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b) O que causou o efeito de humor no meme?

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c) Segundo o meme, qual a interpretação dada ao sujeito?

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Módulo Didático 2

o Introdução

Estudaremos, neste módulo, o sujeito indeterminado. Segundo Almeida, este é o

sujeito que não vem expresso na oração, ou por não desejar que ele seja conhecido, ou

pela impossibilidade de sua explicação.

o Objetivos específicos

inferir acerca dos conhecimentos que os alunos possuem sobre o assunto que

será estudado;

expor oralmente e através da escrita os conceitos sobre esse tipo de sujeito;

capacitar os alunos para identificar o sujeito indeterminado nas diferentes

situações sociais;

tornar os alunos aptos para a criação de exemplos que envolvam o sujeito

indeterminado;

criar textos com os alunos que contenham o sujeito indeterminado.

o Conteúdo abordado

Neste módulo será abordado o sujeito indeterminado. Para a execução desta aula será

imprescindível que os alunos já devam ter estudado os tempos verbais, para

reconhecerem um sujeito oculto a partir de sua desinência verbal, e o conceito de

oração.

o Recursos didáticos

Quadro branco; Data show;

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o Descrição detalhada do encontro

O professor deve começar a aula perguntando aos alunos o que eles sabem sobre

sujeito indeterminado. Depois, conceituar o sujeito em análise. Isso pode ser feito da

seguinte maneira: colocando o conceito no quadro e o explicando. Depois, mostrando

exemplos desse tipo de sujeito. Em seguida, explica para os alunos como eles podem

criar textos envolvendo o conteúdo aprendido. Por último, deve propor como atividade

a criação de um pequeno texto com este tipo de sujeito para ser apresentado na mesma

aula.

o Exercícios

1. A partir do que foi visto em sala, os alunos podem criar um texto simples,

demonstrando que compreenderam o conceito de sujeito indeterminado. Cada

produção textual é livre, por isso os alunos podem falar sobre qualquer assunto, desde

de que o propósito da atividade seja alcançado.

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2ª questão – Dos enunciados abaixo, identifique aqueles que contenham sujeito

indeterminado e os justifique:

1. Casaram semana passada.

2. Choveram canivetes naquela discussão.

3. Não quero nada além do seu amor.

4. Roubaram o Banco do Brasil.

5. Havia muitas pessoas na fila.

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6. Precisam-se de cozinheiros para o novo restaurante.

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Chave resposta: A partir dos conhecimentos adquiridos até aqui, os alunos devem estar

aptos a identificar o sujeito indeterminado e explicar como chegaram a essa definição.

Módulo Didático 3

o Introdução

Neste módulo, estudaremos as orações sem sujeito. Essas orações não se atribuem a

nenhum ser e não há o propósito de esconder o sujeito, como acontece com o sujeito

indeterminado. Ocorre em orações que denotam fenômeno da natureza (chove,

trovejou ontem, anoitece tarde durante o verão) e as que têm os verbos haver, fazer,

ser, empregados de forma impessoal. Ex:

Fazia muito frio naquele mês.

Seriam talvez duas horas da tarde.

A impessoalidade se estende aos verbos auxiliares, por exemplo:

Não podia haver notícias mais tristes.

Vai fazer cinco anos que você se casou.

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o Objetivos específicos

mostrar que nem todas as orações possuem sujeito;

identificar e analisar orações sem sujeito;

apresentar os verbos impessoais.

o Conteúdo abordado

Neste módulo será abordado a oração sem sujeito. Para a execução desta aula, o aluno

já deverá ter conhecimento sobre os tipos de sujeito e saber como identificá-los.

o Recursos didáticos

Quadro branco;

Data show.

o Descrição detalhada do encontro

1º Passo: sondagem

O primeiro passo de abordagem do professor deve ser a sondagem das capacidades

dos alunos em sala. Para isso ele deve apresentar uma oração que esteja em acordo

com o tema da aula, pedindo em seguida aos alunos, que com base naquilo que já foi

estudado sobre o sujeito, tentem identificar o sujeito da oração em questão. Este passo

permite ao professor verificar se seus alunos, apoiados apenas em seu próprio

raciocínio, conseguem notar a ausência do elemento “sujeito” dentro da composição

sintática, desta maneira incentivando o raciocínio com relação à língua.

2º Passo: conceituação

A conceituação engloba toda a definição, exemplos e quaisquer outras características

fornecidas pelo professor e apoiadas pelo material didático usado em sala de aula.

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Neste passo o professor deve apresentar a definição de oração sem sujeito, dando em

seguida exemplos. Além disso,deve apresentar as características deste tipo de oração.

Isso quer dizer que ele deve explicar que estas orações caracterizam-se por serem

formadas apenas por predicados que não se referem a nenhum ser e que fazem uso de

verbos impessoais. Em seguida, com os verbos impessoais, o professor pode destacar

cada caso em que a oração não terá sujeito, demonstrando que ela é construída com

verbos que indicam fenômenos da natureza, com os verbos “fazer” e “haver” no

sentido de tempo decorrido, com o verbo “haver” quando significa “existir” ou

“acontecer” e com os verbos “fazer” e “estar” quando estes tem sentido de

temperatura.

3º Passo: Atividades e discussão

Nesta etapa os alunos irão resolver as questões propostas pelo professor. É de suma

importância que eles resolvam estas questões em sala para que o resultado de cada

uma delas seja discutido na presença de toda a turma. Por isso, o professor deve dar

aos alunos um tempo para resolução da primeira questão que imediatamente após o

término do tempo será discutida em sala. Deve-se fazer isso com todas as questões

propostas aos alunos. Desta maneira, pretende-se que nossos alunos pensem na

estrutura da língua e atentem para o porquê de suas conclusões nas questões que foram

resolvidas por eles. Este método permite que em meio à discussão os alunos vejam que

a língua está além de conteúdos que devem ser simplesmente decorado e que ela não

só pode como deve ser discutida.

o Exercícios

Atividade I

Leia o texto e responda às questões.

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz,

Sentirá o ar sem se mexer,

Sem desejar como antes sempre quis,

Você vai rir... sem perceber,

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Felicidade é só questão de ser,

Quando chover... deixar molhar...

Pra receber o sol quando voltar.

Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz,

Se chorar, chorar é vão,

Porque os dias vão pra nunca mais...

(Marcelo Jeneci – Felicidade. Disponível em https://www.vagalume.com.br/marcelo-

jeneci/felicidade.html)

a) No primeiro trecho “Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz”, é correto

afirmar que os dois verbos “haverá” possuem sujeito? Justifique.

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Chave resposta: A primeira oração não possui sujeito, enquanto a segunda, sim, pois a

expressão “haverá de ser” equivale a “será”. Logo, o sujeito da segunda oração é

simples.

b) Na música, existem orações em que não se pode atribuir pessoalidade ao verbo. Que

orações são essas?

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Chave resposta: “Haverá um dia”, “Quando chover”, “deixar molhar”.

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Atividade 2

Observe as duas orações abaixo:

“Haviam árvores na praça.”

“Existiam árvores na praça”

Aponte a existência, ou não, de um sujeito nas orações, baseado nos conceitos de

sujeito indeterminado, simples e oração sem sujeito.

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Chave resposta: Haver no sentido de existir é impessoal, mas existir é pessoal. Logo, a

primeira oração não possui sujeito e a segunda possui sujeito simples.

Forma de avaliação Sugerimos ao professor que usem materiais didáticos com gêneros diversificados e

propomos a utilização da música abaixo. É importante ressaltar o trabalho da

intertextualidade, a interpretação, a criatividade e o papel comunicativo que o sujeito

gramatical exerce nos textos.

Com base nas definições de sujeito que foram trabalhadas em sala de aula, reflita sobre

o conceito de sujeito dado pelo autor na canção abaixo. A que tipo de sujeito você

acha que o autor se refere? Tome como base para a explicação o sujeito simples,

composto e oculto. Use a criatividade.

Sintaxe à vontade

Sem horas e sem dores

Respeitável público pagão

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a partir de sempre

toda cura pertence a nós

toda resposta e dúvida

Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser

todo verbo é livre para ser direto ou indireto

nenhum predicado será prejudicado

nem tampouco a frase, nem a crase nem a vírgula e ponto final!

afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas

e estar entre vírgulas é aposto

e eu aposto o oposto que vou cativar a todos

sendo apenas um sujeito simples

um sujeito e sua oração

sua pressa e sua prece

Que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não

que enxerguemos o fato

de termos acessórios para nossa oração

separados ou adjuntos, nominais ou não

façamos parte do contexto da crônica

e de todas as capas de edição especial

sejamos também o anúncio da contra-capa

mas ser a capa e ser contra-capa

é a beleza da contradição

é negar a si mesmo

e negar a si mesmo

É muitas vezes, encontrar-se com Deus

com o teu Deus

Sem horas e sem dores

Que nesse encontro que acontece agora

cada um possa se encontrar no outro

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até porque...

Tem horas que a gente se pergunta...

por que é que não se junta

tudo numa coisa só?

Momento de produção Agora é a sua vez de produzir! Você está atrasado para a primeira aula na escola. A

parada do ônibus está cheia e você não consegue subir no ônibus. Quando consegue

entrar no ônibus, acontecem alguns imprevistos que acabam atrapalhando a sua

chegada na escola. Construa um texto a partir dos verbos abaixo, com sujeito

determinado, indeterminado e oração sem sujeito, explicando o seu atraso. Escolha

pelo menos 5 verbos e não esqueça de conjugá-los no tempo adequado.

SUBIR VENDER CORRER

CONTAR RIR SUAR

PULAR COMER ANDAR

SER CHOVER RELAXAR

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Bibliografia ALMEIDA, Nilson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos,

vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares. 9. Ed. rev. e atual. São Paulo. Saraiva,

2009

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. rev, ampl e atual.

Conforme o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2009.

Coelho, Marcelo. A professora de desenho. Nova escola.

<http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/professora- desenho-634209.shtml>

Acesso em: 28 maio. 2016

CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo.

5 ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

ROCHA LIMA, Carlos H. da. [1972] Gramática normativa da língua portuguesa. 15. ed.

Rio de Janeiro: José Olympio, 1972.