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¹Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuapé SP, [email protected] ² Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuapé SP, [email protected]com. 3 Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuapé SP, [email protected] 4 Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuapé SP, [email protected] 5 Coordenador e professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Car- los Drummond de Andrade Tatuapé SP, [email protected] 6 Coordenador e professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Car- los Drummond de Andrade Tatuapé SP, [email protected] 7 Coordenador e professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Car- los Drummond de Andrade Tatuapé SP, [email protected] TURBINA A GÀS Bruno Costa ¹, Luan dos Santos ², Sergio Botelho ³, Thadeu Piemonti 4 , Marcos Henrique 5 , Luis Quintino 6 , Valter Menegatti 7 , RESUMO Este artigo ira aborda o tema turbinas, mais especificamente turbinas a gás, que são as mesmas utilizadas em aeronaves, neste mesmo será descrita um pouco da história de sua criação, desenvolvimento e evolução no decorrer do tempo e como é aplicado atualmente, o foco principal deste artigo é a elaboração de um projeto que represente o funcionamento do modelo de uma turbina a qual será simulado em um tamanho reduzido afim de demos- tras uma ideia de como esta turbina seria em seu tamanho real a metodologia de montagem e elaboração. Todos os resultados que serão demonstrados na fase de desenvolvimento e testes serão apresentados. Palavras-chave: Turbina, historia, projeto.

TURBINA A GÀS · ¹Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade – Tatuapé – SP, [email protected] ² Graduando em Engenharia

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Graduando em Engenharia Eletrnica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuap SP,

[email protected]

Graduando em Engenharia Eletrnica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuap SP,

[email protected] 3Graduando em Engenharia Eletrnica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuap SP,

[email protected] 4Graduando em Engenharia Eletrnica pela Universidade Carlos Drummond de Andrade Tatuap SP,

[email protected] 5Coordenador e professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrnica pela Universidade Car-

los Drummond de Andrade Tatuap SP, [email protected] 6Coordenador e professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrnica pela Universidade Car-

los Drummond de Andrade Tatuap SP, [email protected] 7Coordenador e professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrnica pela Universidade Car-

los Drummond de Andrade Tatuap SP, [email protected]

TURBINA A GS

Bruno Costa , Luan dos Santos , Sergio Botelho , Thadeu Piemonti 4,

Marcos Henrique5, Luis Quintino

6, Valter Menegatti 7 ,

RESUMO

Este artigo ira aborda o tema turbinas, mais especificamente turbinas a gs, que so as

mesmas utilizadas em aeronaves, neste mesmo ser descrita um pouco da histria de sua

criao, desenvolvimento e evoluo no decorrer do tempo e como aplicado atualmente,

o foco principal deste artigo a elaborao de um projeto que represente o funcionamento

do modelo de uma turbina a qual ser simulado em um tamanho reduzido afim de demos-

tras uma ideia de como esta turbina seria em seu tamanho real a metodologia de montagem

e elaborao. Todos os resultados que sero demonstrados na fase de desenvolvimento e

testes sero apresentados.

Palavras-chave: Turbina, historia, projeto.

mailto:[email protected]:[email protected]

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1. Introduo

Turbina pode ser definida de maneira simples como um equipamento construdo

para captar energia mecnica e convert-la em trabalho de eixo. Um fato conhecido so-

bre turbinas sua larga aplicao na gerao de energia e propulso a jato. Para enten-

der mais profundamente como o referido equipamento se tornou uma das mquinas

mais importantes da engenharia atual preciso citar a histria de sua criao.

Podemos iniciar com Heron de Alexandria e seu invento o Eolipila, que basi-

camente uma esfera que utiliza vapor direcionado atravs de dois tubos para gerar mo-

vimento em seu prprio eixo. Porm, apesar do potencial para ser usada como fonte de

energia mecnica, esta descoberta foi tratada apenas como um experimento cientifico

curioso. (PEREIRA; 2010)

Figura 1. Ilustrao representativa de Eolipila. Fonte - PEREIRA; 2010.

Com a inveno do foguete no sculo XI, os chineses tambm tiveram sua con-

tribuio para o que futuramente seria utilizado como meio de propulso de avies. En-

tretanto na poca essa inveno era utilizada apenas como fogos de artificio, para meio

de entretenimento e posteriormente essa tecnologia passou a ser usada para propelir

armamentos de efeito moral.

Em 1290, aps estudar teorias de matemticos renomados como o inventor gre-

go Arquimedes, um monge ingls chamado Roger Bacon escreveu que o ar, assim como

a gua, tinha algumas caractersticas de slidos, e chegou concluso de que se pudesse

ser desenvolvido uma mquina com as caractersticas adequadas, o ar a suportaria assim

como a gua suporta um navio. (PEREIRA; 2010)

3

1.1 Hlices

Quanto ao surgimento da hlice sabe-se que na antiga China elas j eram utiliza-

das para propulsionar embarcaes, e tambm h esboos do matemtico, engenheiro e

inventor Leonardo da Vinci que retratava por meio de desenhos, planos para um heli-

cptero primitivo que fazia uso de uma hlice slida sem ps. Possivelmente, ele tenha

sido o primeiro homem a relacionar hlices com propulso area.

O pioneiro em projeo de hlices foi Alberto Santos Dumont, a projetar hlices

com o intuito de us-las para propelir aeronaves. Ele aplicou o seu conhecimento para

produzir uma hlice com ps de alumnio no seu biplanador 14 bis. Alguns dos seus

projetos usavam uma folha de alumnio dobrado como ps, foi a primeira vez que o

alumnio foi usado na construo de hlices.

Os estudos sobre as hlices avanaram com os irmos Wright. Nesta poca o co-

nhecimento que se tinha sobre o assunto era obtido apenas de maneira prtica, ou seja,

tentativa e erro. A principal descoberta dos irmos Wright foi que o ngulo de ataque

variava de ponto para ponto nas ps em relao ao movimento, com isso se fazia neces-

srio uma curvatura ou toro ao longo da envergadura de cada p, isso fez com que

suas ps de hlices fossem apenas 5% menos eficientes em comparao com as que so

usadas atualmente, aproximadamente um sculo depois. (ARAUJO; 2017)

Figura 2. Hlices em funcionamento. Fonte: ARAUJO; 2017

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1.2 Motores turbojatos

J foram citadas algumas datas e eventos que tiveram importncia para o desen-

volvimento das turbinas aeronuticas, todavia, foi apenas no sculo 20 em que diversos

engenheiros progrediram com os estudos, at que em 1928 a turbina a gs finalmente

tomou corpo com o conceito de sir Frank Whittle, dando origem ao formato dos turboja-

tos que conhecemos atualmente. Whittle era apenas um cadete da fora area real brit-

nica quando submeteu suas ideias sobre motor e reao a turbina aos seus superiores,

seu conceito foi patenteado em 1932 e tinha como base dois compressores axiais ali-

mentando um compressor centrifugo de tal modo que o ar era comprimido e direcionado

para a cmera onde se misturava com combustvel e posteriormente esse fluxo era diri-

gido as turbinas. Entretanto, seu conceito s saiu do papel em 1937 quando conseguiu

funcionar um prottipo da turbina a gs. (JORDO; 2012)

Paralelamente ao projeto de Whittle, que mesmo com seu potencial reconheci-

do, no despertou ateno dos fabricantes e do governo britnico. Na Alemanha o enge-

nheiro Hans Von ohain trabalhava em um conceito semelhante referente a propulso por

meio de turbinas a gs, e mesmo Hans tendo conseguido esboar suas ideias apenas de

maneira experimental, a indstria Ernst Heinkel em pouco tempo firmou parceria para

que fossem desenvolvidas aeronaves dotadas de um motor a reao a turbina. A partir

desse ponto o desenvolvimento dessa tecnologia acabou se dando por uma corrida entre

ingleses e alemes, principalmente com o incio da segunda grande guerra. Apesar de

nenhum combate areo ter ocorrido entre turbojatos, os ingleses avanaram bastante

com a tecnologia, o provvel motivo de no a usarem nas batalhas era o receio que a

Alemanha obtivesse essa tecnologia. Depois desses acontecimentos os motores a jato

inauguraram uma nova era tanto na aviao militar quanto na civil.

O objetivo deste trabalho desenvolver um prottipo de uma turbina, para anali-

sar a propulso que ps, com tamanho reduzido e sendo movimentadas por um motor

eltrico, podem gerar. Alm da experincia de vivenciar todas as dificuldades que en-

volve uma montagem desse tipo, onde tantas outras pessoas que estudaram turbinas

tiveram, e por fim relatar todos os resultados. (ARAUJO; 2017)

https://www.tecmundo.com.br/autor/46-fabio-jordao/

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Figura 3.Motor Turbo jato J85/CJ-610 Fonte: ARAUJO; 2017

2. Metodologia

Para ser efetuada a montagem de uma turbina extremamente necessrio enten-

der a terceira lei de newton, esta lei afirma que para cada ao h uma reao igual ou

oposta. Entende-se por "ao" a fora que o corpo exerce em um segundo, e reao a

fora que um segundo corpo exerce sobre o primeiro. Este o princpio fsico por trs

do funcionamento de um turbojato.(MORAN; 2103).

A turbina capta o ar pela parte da frente onde ele pressurizado at um nvel

elevado, aps isso ele misturado ao combustvel do avio e feita a combusto, pro-

duzindo um jato de gases quentes que gera a acelerao do eixo da turbina, fazendo com

que mais ar seja sugado pela parte da frente e maior seja a presso do ar. Para que o

movimento do avio seja iniciado, a fora exercida pelos gases para trs deve ser maior

que a fora de atrito nos rolamentos das rodas do avio, causando assim propulso para

frente. Em resumo tudo pode ser definido pela terceira lei de Newton. O gs da turbina

expelido pelo avio de modo que ele exerce uma fora para trs, e como toda ao tem

uma reao, surge uma fora contraria exercida pelos gases da turbina, fazendo com que

o avio se movimente para a frente.(PAUL; 2009).

O nosso prottipo baseia-se inteiramente nos turbojatos, porm existem diversas

diferenas, a principal delas o meio pela qual ser gerada a rotao do eixo da turbina.

No usaremos um motor a combusto, e sim um motor eltrico localizado na parte ex-

terna da turbina.

A seguir, ser detalhada o processo de montagem do prottipo. Para melhor

compreenso, na maioria das vezes comparamos as partes que constituem uma turbina

6

profissional (que so fabricadas por processo industrial), com as que fizemos ou utili-

zamos de outros equipamentos para operarem seu papel no nosso projeto.

2.1 Cubo central ou eixo da turbina

O eixo responsvel pela sustentao das hlices nas suas devidas posies, as-

sim como por manter a distncia necessria e sua ligao com o encapsulamento da tur-

bina, de tal modo que ele precisa ter uma parte mvel para permitir o giro das hlices e

outra fixa e estvel para dar sustento ao encapsulamento na figura 4 e possvel ter uma

ideia do eixo central.

Figura 4. Cubo central de uma turbina Fonte: Pratt & Whitney; 2107

Para desempenhar esse papel utilizamos um cubo de rolamento

para bicicletas, uma pea que atende as caractersticas necessrias para o projeto, alm

de tamanho apropriado, possui um formato cilndrico e rolamento, ou seja, ela consti-

tuda de parede dupla com cavidades internas onde se localizam esferas que movem os

rolamentos, permitindo assim que o eixo gire de forma constante e a parte externa do

cubo permanea parada e fixa ao encapsulamento. (LIMA; 2107)

http://www.pw.utc.com/company/about-pratt-and-whitneyhttp://www.pw.utc.com/company/about-pratt-and-whitney

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Figura 5. Cubo de rolamento para bicicletas. Fonte: LIMA; 2017

2.2 Ventoinha e turbina

A parte do turbojato responsvel pela captao do ar para se iniciar o

efeito de propulso a ventoinha. Ela se situa na entrada da turbina e o seu funciona-

mento similar ao de um ventilador. O modo pelo qual ela desenvolve esse papel se d

atravs de suas ps que formam uma hlice. Quanto ao seu rendimento, uma hlice em

seu melhor regime atinge em torno de 50% a 87% de eficincia, pois h vrios fatores

que influenciam no seu desempenho, como por exemplo, o ngulo de ataque das ps ou

o ngulo entre a direo da velocidade resultante. (FILHO; 2014)

Figura 6. Representao de um turbina. Fonte: FILHO; 2014.

Diversos foram os desafios para criaes das hlices do projeto, tanto para a da

ventoinha frontal, como para as hlices traseiras. Como a terceira lei de Newton explica,

8

no processo de impulso realizado pela turbina atuam duas foras: uma de ao e outra

de reao. Quando ns tratamos dos turbojatos elas so classificadas como trao e for-

a de arrasto, nesta ordem e o que determina o equilbrio dessas duas foras justamen-

te o ngulo das ps de cada hlice. (FILHO; 2014)

Figura 7. Foto da hlice (lado esquerdo) e da ventoinha acoplada ao eixo (lado direto).

Fonte: AUTORES.

O processo contrrio da captao a impulso do ar para fora, e os componentes

responsveis por essa tarefa em nosso projeto so as hlices traseiras que foram desen-

volvidas da mesma forma que a da ventoinha, porm, com a finalidade de empurrar o ar

ao invs de sug-lo alm da quantidade ser maior. Foram usadas duas hlices para de-

semprenhar esse papel, como apresentado na figura 8.

Figura 8. Foto das hlices responsveis pela capitao e escape de ar da turbina. Fonte: AUTORES.

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2.3 Motor

Os motores utilizados nos turbojatos so do tipo combusto interna. Depois que

o ar sugado pela ventoinha ele passa por um compressor rotativo para ser comprimido

em sucessivos estgios, de modo que ele atinja maior presso antes de passar pela cma-

ra de combusto. O ar comprimido se mistura ao combustvel, que queimado na cma-

ra de combusto com auxlio de ignitores. Este processo faz com que a temperatura do

gs seja elevada a nveis significativos, fazendo com que o referido se expanda atravs

da turbina na qual a fora extrada para movimentar o compressor. O gs expandido

sai da turbina atravs dos bocais de sada do motor, produzindo um jato de alta veloci-

dade.(WALKER; 2012).

De maneira resumida, o processo inteiro similar ao motor de quatro tempos,

porm, a admisso, compresso, exploso e exausto se do ao mesmo tempo em dife-

rentes sees do motor. A eficincia mecnica deste motor depende da razo de com-

presso (presso de combusto/presso de entrada) e da temperatura da turbina no ciclo.

Figura 9. Representao de uma turbina e seus estgios. Fonte: JORDO; 2012.

O motor usado em nosso projeto foi do tipo eltrico de baixa potncia, sua esco-

lha ser justificada no decorrer do trabalho assim como suas caractersticas de funcio-

namento e os resultados que obtivemos com ele. (JORDO; 2012)

Figura 10. Foto do Motor DC de baixa potncia. Fonte: AUTORES.

https://www.tecmundo.com.br/autor/46-fabio-jordao/https://www.tecmundo.com.br/autor/46-fabio-jordao/

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2.4 Custo do Projeto

A seguir ser apresentada uma tabela com os gastos de cada material

necessrio para o projeto.

Tabela 1. Custo e quantidade dos matrias

Fonte: AUTORES.

No item da tabela 1, chapa de inox, consta o preo do material que utilizamos

para desenvolver as hlices, assim como o cano de PVC foi o material do encapsula-

mento.

3. Resultados e Discusso

No decorrer da montagem ficou claro que nosso maior desafio para realizao

deste projeto seria equilibrar o peso dos materiais utilizados com sua eficincia, tais

como resistncia, quando se trata de peas para estrutura e desempenho das partes que

geram movimento ou so movimentadas. Para que a melhor escolha fosse tomada, fi-

zemos diversos testes e os resultados sero demonstrados e analisados, assim como a

justificativa de cada escolha.

3.1 Encapsulamento

Na primeira tentativa de montagem do encapsulamento adotamos como critrio

principal dar uma maior ateno para a resistncia dessa pea. Essa deciso foi tomada

11

por consequncia do seu principal papel para turbina, que encapsular seu eixo e suas

hlices, resistindo a todas as vibraes consequente do trabalho realizado pelo motor e

da passagem de ar. Tais motivos nos levaram a escolher o ao SAE 1020 que um tipo

de ao carbono, muito utilizado em componentes mecnicos como engrenagens, eixos,

virabrequins, eixos-comando, pinos guia, entre outros. Utilizando torno mecnico o ao

foi modulado no formato necessrio.

Figura 11. Foto da primeira tentativa de encapsulamento. Fonte: AUTORES.

No fim do processo obtivemos um encapsulamento com comprimento

de 18,5 cm e raio de 7,2 cm e o objetivo de ser uma pea resistente foi alcanado, porm

seu peso ficou em 800g, o que foi muito acima do esperado. Surgia ento um novo pro-

blema, o benefcio de resistividade da pea no compensava o seu peso, pois de maneira

alguma seria possvel a utilizarmos, se quisssemos atingir um efeito de propulso satis-

fatrio.

Para solucionarmos o problema o ao foi substitudo por um material

mais leve, este material foi o cano PVC de 75mm de raio. Para modelarmos no formato

da turbina utilizamos massa plstica, com isso obtivemos um encapsulamento com a

resistncia necessria e significativamente mais leve como apresentado na tabela 2

12

Tabela 2. Diferena de peso dos encapsulamentos

MATERIAL PESO EM (g)

Encapsulamento com ao 800g

Encapsulamento com cano PVC 350g

DIFERENA: 450g Fonte: AUTORES.

A figura 12 apresenta a foto do encapsulamento final escolhido para operar no

projeto.

Figura 12. Foto do encapsulamento utilizado no projeto. Fonte: AUTORES.

3.2 Motor

Quanto ao motor, a principal dificuldade da escolha se deu pelo fato de ser ne-

cessrio haver um equilbrio de torque (fora) e velocidade, pois ele deve ter torque

suficiente para movimentar o eixo e consequentemente as ps, assim como a velocidade

das hlices de extrema importncia para que uma quantidade suficiente de ar seja su-

13

gada e expelida, de modo que a turbina acoplada a base de madeira vena o atrito e gere

um deslocamento. Nos testes usamos 4 tipos diferentes de motor. Para melhor compre-

enso eles foram numerados de 1 a 4 como mostra a figura 13.

Figura 13. Foto dos quatro motores testados. Fonte: AUTORES.

As caractersticas de cada motor so apresentadas na tabela 3.

Tabela 3. Caractersticas dos motores

Fonte: AUTORES.

3.2.1 Teste com motor 1

O primeiro motor que testamos foi um micro motor eltrico DC com tenso no-

minal de 4.7V a 7.5V, que a tenso recomendada pelo fabricante. O motivo principal

desse motor ter sido escolhido para testes foi como meio comparativo, pois j tnhamos

receio de que ele no teria fora suficiente para movimentar o eixo da turbina. Todavia,

ele possui duas caractersticas muito favorveis: o seu peso, que de apenas 32g e sua

alta velocidade, de incrveis 24000 RPM (rotao por minuto) quando alimentado com

7.5V.

Figura 14. Foto do motor de teste 1. Fonte: AUTORES.

14

Se ele fosse capaz de causar rotao no eixo com seu desempenho total a turbi-

na teria apresentado resultados acima do esperado e ele com toda certeza seria o motor

escolhido. Porm, no foi o que ocorreu, ao ligarmos o motor ele no teve torque sufici-

ente para causar movimento do eixo, comprovando assim que deveramos equilibrar

torque e RPM na escolha do motor, para atingirmos um resultado satisfatrio.

3.2.2 Teste com motor 2

Referente ao motor de nmero 2, ele tambm possui uma alta velocidade de

17000 RPM quando energizado com apenas 3v e seu peso de 50g tambm muito bai-

xo. Esse motor normalmente utilizado para tracionar carros de brinquedo por esse fato

ele possui uma trao relativamente superior ao do motor nmero 1 e se tratando de

velocidade e peso, s ficou atrs do motor de testes nmero 1. Na prtica, quando aco-

plado ao eixo da turbina ele no conseguiu atingir 100% de sua capacidade, longe disso,

a turbina se mexia apenas levemente e para que isso ocorresse era necessrio dar um

impulso no eixo para a inercia ser vencida.

Figura 15. Foto do motor de teste 2. Fonte: AUTORES.

3.2.3 Teste com os motores 3 e 4

Como os motores 1 e 2 no tiveram torque suficiente para movimentar o eixo da

turbina atuando em sua capacidade mxima, a deciso ficou entre os motores de nme-

ros 3 e 4. Ambos tem torque necessrio para gerarem movimento no eixo sem que in-

15

fluencie no seu desempenho. Neste caso avaliamos os seguintes critrios: tenso em

volts (V), ou seja, qual motor desempenha um melhor papel com menos tenso de ali-

mentao, peso em gramas (g), para que sua massa no influencie na propulso da tur-

bina e por ltimo, velocidade angular em rotaes por minuto (RPM).

Figura 16. Foto dos motores de testes 3 e 4. Fonte: AUTORES.

Os resultados obtidos para ambos os motores esto apresentados no grfico da

figura 17.

Figura 17. Grfico da comparao entre os motores 3 e 4. Fonte: AUTORES.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PESO (g) TENSO (V) VELOCIDADE K ( RPM)

Comparao entre os motores 3 e 4

MOTOR 3 MOTOR 4

16

Analisando os dados, fica claro que o motor de nmero 4 obtm vantagem em

todos os critrios em relao ao motor de nmero 3, sua massa menor e ele atinge uma

velocidade maior com uma tenso de alimentao inferior. Outro motivo que nos levou

a escolher o motor de nmero 4 foi o fato deste modelo ter sido fabricado para uma fun-

o similar que exerce em nosso projeto, que a de gerar movimento a uma hlice,

pois sua principal utilizao em secadores de cabelo, enquanto o modelo nmero 3

normalmente usado em impressoras onde no exerce um papel de giro constante e us-

lo desta forma faria com que no atingisse todo seu potencial, alm de ter uma vida til

menor.

Figura 18.Foto do motor acoplado ao eixo da turbina. Fonte: AUTORES.

Figura 19. Foto final do prottipo. Fonte: AUTORES.

17

4. Concluses

A realizao deste trabalho nos proporcionou uma experincia muito satisfatria

referente aos meios necessrios para obteno de resultados em uma montagem dessa

complexidade. Um fato que ficou claro no processo de desenvolvimento foi que, quan-

do se trata da escolha de material ou modelo de pea, sempre se faz necessrio equili-

brar as vantagens que ele traz para o projeto com suas desvantagens. No poderamos

apenas visar o desempenho do referido equipamento em sua funo. Dois exemplos

deixam isso claro: a escolha do encapsulamento e motor. O encapsulamento inicial teve

de ser substitudo mesmo atendendo ao objetivo principal, que era dar resistncia a tur-

bina, isso ocorreu porque sua desvantagem referente ao peso era maior do que seu bene-

fcio de resistncia, j na escolha do motor a ideia inicial era de um motor com maior

RPM ( rotao por minuto ) pois dessa forma, a turbina geraria mais propulso, todavia,

notamos que os motores de maior velocidade eram os que tinham menor tamanho e tor-

que, isso se d pelo fato deles no terem sido projetados para movimentar uma carga

como o do cubo central de bicicleta. At mesmo os motores de pequeno porte, que con-

seguiam movimentar o eixo da turbina, deixavam claro em sua performance que no

estavam atuando em sua capacidade mxima, por isso se fez necessrio a escolha de um

motor com o RPM um pouco menor, mas de torque suficiente para que o mesmo atin-

gisse 100% de sua capacidade.

De modo geral, conclumos que o projeto atendeu as expectativas, tanto na difi-

culdade do processo de montagem e das pesquisas, quanto nos resultados obtidos. Foi

possvel notar que mesmo sem a utilizao de um motor potente a combusto, e sem os

compressores rotativos, a terceira lei de Newton se fez presente, conseguimos captar o

ar pela parte da frente e repeli-lo com velocidade na parte de trs pelas turbinas, e o ren-

dimento aumentava regulando a curvatura das ps de cada hlice, dessa forma gerando

movimento.

5. Agradecimentos

Agradecemos a Deus por nos conceder a vida, aos nossos pais pela dedicao e

ensinamento, ao mestres e coordenador Valter Menegatti da Universidade Drummond

pelo conhecimento transmitido e apoio, ao amigo graduando em Engenharia Eletrnica

pela Universidade Carlos Drummond de Andrade, Jorge L. Landim pelo apoio dado.

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Referncias

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. Acesso em: 28 Abr.2017.

FILHO, Joao Vieira Santana. Turbina de avio conceitos. Disponvel em: < ciencia-

tecnologiafoco.blogspot.com.br >out-2014. Acesso em: 28 Abr.2017.

JORDO, Fabio. Como funciona um motor com turbina a gs de avio. Disponvel

em: < https://www.tecmundo.com.br/aviao/33110-como-funciona-um-motor-com-

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WALKER, J. Fundamentos de fsica. 9.ed..LTC Editora, 2012- RJ.

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