85
Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução

Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Transformações sociais

(Revolução Industrial e Revolução Francesa).

Page 2: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Mudanças ideológicas (Laicismo – educação exercida por

leigos – Iluminismo o uso da razão como meio para satisfazer

as necessidades do homem)

Page 3: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Portugal marcado pelo suntuoso reinado de Dom João VI

(riquezas do ciclo do ouro das Minas Gerais).

Page 4: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Reformas do tirano Marquês de Pombal.

Fundação das Arcádias com finalidade de combater o exagero do Barroco.

Page 5: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

retorno ao equilíbrio

clássico.

o ideal de simplicidade, de

naturalidade.

o mito do bom selvagem de

Rousseau.

a linguagem clara e

moderada.

fingimento poético.

retorno ao equilíbrio

clássico.

o ideal de simplicidade, de

naturalidade.

o mito do bom selvagem de

Rousseau.

a linguagem clara e

moderada.

fingimento poético.

Page 6: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

temas: fugir da cidade, idealização do bucólico, viver o

momento (o carpe diem).

poesia encomiástica (bajulação).

o burguês é o novo herói sem bravura nem aventura.

Page 7: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Manuel Maria Barbosa du Bocage, ingressou na

marinha e foi para Goa e Macau.

Sofreu enorme desgosto (Gertrudes e Gil

Bocage).

Sua poesia satírica e as idéias antimonárquicas levam-no à prisão.

Apresenta traços pré-românticos nas suas obras líricas, afastando-

se assim das convenções do Arcadismo.

Page 8: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

TRISTE QUEM AMA ... CEGO QUEM SE FIA...

Nascemos para amar; a humanidade

Vai tarde ou cedo aos laços da ternura.

Tu és doce atrativo, ó formosura,

Que encanta, que seduz, que persuade:

...

Enleia-se por gosto a liberdade;

E depois que a paixão n’alma se apura

Alguns então lhe chamam desventura,

Chamam-lhe alguns então felicidade...

Bocage

Page 9: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

O século XVIII, é considerado como século do ouro, graças à

descoberta de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais.

Page 10: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Pelos portos do Rio de Janeiro

escoavam-se as riquezas

brasileiras para Portugal.

Pelos portos do Rio de Janeiro

escoavam-se as riquezas

brasileiras para Portugal.

Page 11: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Multiplicam-se as vilas e cidades formando-se em Vila Rica

(atual Ouro Preto) um grupo que passou para a História por

sua atuação em dois campos: a política e a literatura.

Multiplicam-se as vilas e cidades formando-se em Vila Rica

(atual Ouro Preto) um grupo que passou para a História por

sua atuação em dois campos: a política e a literatura.

Page 12: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

A atuação política, questionando os tributos cobrados pelo

governo português e pregando a independência do Brasil,

levou este grupo a participar da Inconfidência Mineira.

A atuação política, questionando os tributos cobrados pelo

governo português e pregando a independência do Brasil,

levou este grupo a participar da Inconfidência Mineira.

Page 13: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

As obras do Arcadismo assumiram no Brasil características

próprias.

As paisagens da Antiguidade foram substituídas pela realidade

brasileira.

As paisagens da Antiguidade foram substituídas pela realidade

brasileira.

Page 14: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Nascido em 1729 - Mariana (MG), cursou a

Faculdade de Direito em Coimbra.

(pseudônimo – Glauceste Satúrnio)

Retornou a Vila Rica, ocupou cargos administrativos foi um dos

principais nomes da Inconfidência Mineira e suicidou-se na prisão

em 1789.

Retornou a Vila Rica, ocupou cargos administrativos foi um dos

principais nomes da Inconfidência Mineira e suicidou-se na prisão

em 1789.

Page 15: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Como primeiro árcade, escreveu poemas ainda próximos ao Barroco.

Quanto aos temas, contemplou o amor, provocando o sofrimento e o

desencontro.

O eu-lírico é um pastor que tenta sensibilizar a pastora a quem ama

(NISE).

Como primeiro árcade, escreveu poemas ainda próximos ao Barroco.

Quanto aos temas, contemplou o amor, provocando o sofrimento e o

desencontro.

O eu-lírico é um pastor que tenta sensibilizar a pastora a quem ama

(NISE).

OBRAS:

Obras poéticas (1769)

Vila Rica (1837)

Page 16: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• Nascido em Portugal, Tomás passou parte

da infância e da juventude no Brasil, depois

se mudou para Portugal, onde se formou em

Direito. (pseudônimo – Dirceu)

• Nascido em Portugal, Tomás passou parte

da infância e da juventude no Brasil, depois

se mudou para Portugal, onde se formou em

Direito. (pseudônimo – Dirceu)

• Exerceu o cargo de ouvidor em Vila Rica e se apaixonou

pela jovem Maria Dorotéia (Marília).

• Aderiu a Inconfidência Mineira, foi condenado ao degrado

na África, onde se casou com Teresa.

• Exerceu o cargo de ouvidor em Vila Rica e se apaixonou

pela jovem Maria Dorotéia (Marília).

• Aderiu a Inconfidência Mineira, foi condenado ao degrado

na África, onde se casou com Teresa.

Page 17: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Obras :

Cartas Chilenas (satírica)

Marília de Dirceu (lírica)

O poema Marília de Dirceu foi composto nos padrões árcades,

em linguagem simples. Nos seus temas, existem a caracterização

do poeta como pastor, a declaração de amor por Marília.

Page 18: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Características das Liras de Marília de Dirceu

 

Obra: lírica que mais se comunica com o leitor.

Há dois elementos não-convencionais da poesia árcade:

O lirismo como expressão pessoal (subjetivismo na segunda parte das Liras).

Características das Liras de Marília de Dirceu

 

Obra: lírica que mais se comunica com o leitor.

Há dois elementos não-convencionais da poesia árcade:

O lirismo como expressão pessoal (subjetivismo na segunda parte das Liras).

Page 19: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

A imitação direta da natureza de Minas (e não da natureza

reproduzida pelos poetas clássicos).

Preferências temáticas: ideal de vida simples, pastoralismo,

bucolismo e carpe diem.

Tudo isso se mistura à expressão de um ideal burguês.

Page 20: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Primeira Parte das Liras

Época do noivado (convencional e neoclássica).

Projetos de vida futura, os quadros descritivos amenos,

expressão otimista e o narcisismo do poeta.

Page 21: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

 Segunda Parte das Liras

 

Escrita no cárcere (aproxima-se dos escritos românticos).

Momentos de revolta, desconsolo, amargura e solidão; mas o

estilo é equilibrado preso ao clássico.

Page 22: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

poema satírico

Gonzaga = Critilo

Ataca o governador de Minas D. Luís da Cunha Menezes.

Cláudio Manoel da Costa = Doroteu

Governador Cunha Menezes = Minésio, o Fanfarrão

poema satírico

Gonzaga = Critilo

Ataca o governador de Minas D. Luís da Cunha Menezes.

Cláudio Manoel da Costa = Doroteu

Governador Cunha Menezes = Minésio, o Fanfarrão

Page 23: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Silva Alvarenga (Vila Rica, 1749 – Rio, 1814) - (pseudônimo

Alcindo Palmireno).

• Obra – Glaura, exemplo perfeito do estilo rococó em

nossa literatura. Com seus rondós e madrigais, envolvidos

por intensa musicalidade.

Alvarenga Peixoto (Rio, 1744 – Angola, 1792).

• Poesia encomiástica e, por vezes, assumiu uma posição

crítica diante da política colonialista portuguesa.

• Atribui-se ao poeta o lema da bandeira da Inconfidência

“Liberdade, ainda que tardia”.

Page 24: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

José Basílio da Gama (Minas Gerais, 1741 –

Lisboa 1795) Termindo Sipílio.

Ficou órfão e foi para o Rio de Janeiro. Entrou

em 1757 para a Companhia de Jesus.

José Basílio da Gama (Minas Gerais, 1741 –

Lisboa 1795) Termindo Sipílio.

Ficou órfão e foi para o Rio de Janeiro. Entrou

em 1757 para a Companhia de Jesus.

Dois anos depois a ordem é expulsa do Brasil e o poeta foi para

Portugal e depois para Roma, onde foi admitido na Arcádia Romana. De

volta a Lisboa, foi condenando devido às suas ligações com os jesuítas;

salvou-o um poema que dedicou à filha do Marquês de Pombal, que o

indultou e protegeu.

Dois anos depois a ordem é expulsa do Brasil e o poeta foi para

Portugal e depois para Roma, onde foi admitido na Arcádia Romana. De

volta a Lisboa, foi condenando devido às suas ligações com os jesuítas;

salvou-o um poema que dedicou à filha do Marquês de Pombal, que o

indultou e protegeu.

Page 25: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Obra: O Uraguai – epopéia em cinco cantos, com

versos brancos e estrofe livre.

Page 26: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

PERSONAGENS:

• Herói do poema: General Gomes Freire de Andrade;

• Herói indígena: Cacambo, chefe indígena;

• Vilão da história: Pe. Lourenço Balda;

• Outras personagens: Cepê, Lindóia (esposa de Cacambo), Caitutu,

Tanajura (velha feiticeira).

Page 27: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• Narra o conflito entre os índios de Sete Povos das Missões

e o exército luso-espanhol.

Page 28: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• Não segue o modelo camoniano, é um caminho para

paisagismo romântico, usa o sobrenatural e o indígena é

tomado como herói, prenunciando o índio do Romantismo.

Page 29: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Nos olhos Caitutu não sofre o pranto,

E rompe em profundíssimos suspiros,

Lendo na testa da fronteira gruta

De sua mão já trêmula gravado

O alheio crime e a voluntária morte.

Nos olhos Caitutu não sofre o pranto,

E rompe em profundíssimos suspiros,

Lendo na testa da fronteira gruta

De sua mão já trêmula gravado

O alheio crime e a voluntária morte.

Page 30: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

E por todas as partes repetido

O suspirado nome Cacambo.

Inda conserva o pálido semblante

Um não sei quê de magoado e triste,

Que os corações mais duros enternece.

Tanta era bela no seu rosto a morte!

E por todas as partes repetido

O suspirado nome Cacambo.

Inda conserva o pálido semblante

Um não sei quê de magoado e triste,

Que os corações mais duros enternece.

Tanta era bela no seu rosto a morte!

Page 31: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Frei José de Santa Rita Durão - (Minas Gerais, 1722 – Lisboa, 1784)

Também pronunciava os elementos românticos.

Obra: Caramuru, poema épico,

que segue o modelo Camoniano

Poema que narra o naufrágio, o

salvamento e as aventuras de

Diogo Álvares Correia, o

Caramuru.

Page 32: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Fragmento

Perde o lume dos olhos, pasma e treme,

Pálida a cor, o aspecto moribundo,

Com mão já sem vigor, soltando o leme,

Entre as salsas escumas desce ao fundo:

Mas na onda do mar, que irado freme,

Tornando a aparecer desde o profundo:

“Ah! Diogo cruel!” disse com mágoa,

E sem mais vista ser, sorveu-se n’água.

Fragmento

Perde o lume dos olhos, pasma e treme,

Pálida a cor, o aspecto moribundo,

Com mão já sem vigor, soltando o leme,

Entre as salsas escumas desce ao fundo:

Mas na onda do mar, que irado freme,

Tornando a aparecer desde o profundo:

“Ah! Diogo cruel!” disse com mágoa,

E sem mais vista ser, sorveu-se n’água.

Page 33: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Fragmento

Choraram da Bahia as ninfas belas,

Que nadando a Moema acompanhavam;

E vendo que sem dor navegam delas,

À branca praia com furor tornavam:

Nem pode o claro herói sem pena vê-las,

Com tantas provas, que de amor lhe davam;

Nem mais lhe lembra o nome de Moema,

Sem que ou amante a chore, ou grato gema.

Fragmento

Choraram da Bahia as ninfas belas,

Que nadando a Moema acompanhavam;

E vendo que sem dor navegam delas,

À branca praia com furor tornavam:

Nem pode o claro herói sem pena vê-las,

Com tantas provas, que de amor lhe davam;

Nem mais lhe lembra o nome de Moema,

Sem que ou amante a chore, ou grato gema.

Page 34: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Revolução Industrial,

1750

• produção artesanal X

industrial;

• proletariado – mudança.Revolução Francesa, 1789

• ideais revolucionários (liberdade, igualdade e fraternidade);

• ideais da burguesia recém chegada ao poder;

• nova perspectiva estética.

Page 35: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Cultura Clássica

• imitação da natureza;

• razão, ordem, equilíbrio,

harmonia,

impessoalidade.

Arte Agora

• aspectos tumultuosos e pessoais da existência

como paixão,

amor, sonho, o devaneio, a loucura, o tédio, a

morbidez, a

rebeldia.

Page 36: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Romantismo renovou a língua, com neologismos e uma

linguagem mais acessível ao gosto da burguesia.

Page 37: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

1 – A ruptura com a disciplina clássica

Liberdade à extensão do poema aos

temas e às formas.

2 – A mescla de gêneros

Poesia + tom coloquial da prosa.

3 – O Subjetivismo

Romantismo = particularismo da pessoa, emoção,

linguagem exclamativa, dupla pontuação, metáforas e

carregada de adjetivos.

Page 38: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

4 - Nacionalismo

Desenvolve a cor

local / Manifestações

nacionais e populares.

5 – O idealismo e o escapismo

Rebeldia dos poetas escondiam-se, ou melhor, refugiavam

sua frustração na boêmia, na solidão, morbidez, desejo de

morrer, na evasão no tempo (negação do presente);

na evasão no espaço (lugares longínquos e exóticos).

Page 39: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

6 – Ilogismo

Negação da lógica da razão / Atitudes antiéticas (conflito).

7 – Idealização da mulher

Anjo / demônio.

Poder – leva o homem à loucura.

Page 40: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• Invasão napoleônica – Bloqueio Continental (1807 – 1811).

• Fuga da família real para o Brasil.

• Invasão napoleônica – Bloqueio Continental (1807 – 1811).

• Fuga da família real para o Brasil.

Page 41: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• Independência do Brasil (1822).

• Guerra civil entre absolutistas e liberais (1828 – 1834).

• Independência do Brasil (1822).

• Guerra civil entre absolutistas e liberais (1828 – 1834).

Page 42: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• Almeida Garrett

• Alexandre Herculano

• Antônio Feliciano de Castilho

• fortes ressonâncias neoclássicas

• medievalismo

• Almeida Garrett

• Alexandre Herculano

• Antônio Feliciano de Castilho

• fortes ressonâncias neoclássicas

• medievalismo

Obra de início do Romantismo português:

Camões (1825) de Almeida Garrett

Obra de início do Romantismo português:

Camões (1825) de Almeida Garrett

Page 43: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Camões (1825) de Almeida GarrettCamões (1825) de Almeida Garrett

Poema narrativo (composição e publicação de Os Lusíadas) Poema narrativo (composição e publicação de Os Lusíadas)

Romântico:

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

Romântico:

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

Page 44: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799 – 1854)

• Iniciou-se neoclássico.

• Conheceu por diversas vezes o exílio (militante da Revolução Liberal).

• Conheceu o individualismo melancólico de Byron, o homem de Rousseau.

• João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799 – 1854)

• Iniciou-se neoclássico.

• Conheceu por diversas vezes o exílio (militante da Revolução Liberal).

• Conheceu o individualismo melancólico de Byron, o homem de Rousseau.

Page 45: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Poesia:

Camões (1825)

Dona Branca (1826)

Folhas Caídas (1853)

Prosa:

Viagens na minha terra (1843)

Poesia:

Camões (1825)

Dona Branca (1826)

Folhas Caídas (1853)

Prosa:

Viagens na minha terra (1843)

Page 46: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• São fatos importantes de sua vida o exílio na Inglaterra e na França e uma

polêmica que travou com o clero, ambos decorrentes de sua participação

nas lutas liberais.

• São fatos importantes de sua vida o exílio na Inglaterra e na França e uma

polêmica que travou com o clero, ambos decorrentes de sua participação

nas lutas liberais.

• Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo

(1810 – 1877), nasceu em Lisboa, não cursou

nenhuma faculdade.

Page 47: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

• Na ficção de Herculano predomina o caráter histórico dos enredos,

voltados para a Idade Média, enfocando as origens de Portugal como nação

e também muitos temas de caráter religioso.

Page 48: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco

(1825 – 1890).

Transição entre medievalismo e a observação da realidade.

Fase ultra-romântica.

Novelas passionais.

Page 49: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Amor de Perdição (romance – 1862);

Amor de Salvação (1864)

A queda de um anjo (1866)

Page 50: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Júlio Dinis (pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho

(1839 – 1871) – prosa.

Antecipação do Realismo;

Romance de costume, atitude crítica dos realistas.

Antecipação do Realismo;

Romance de costume, atitude crítica dos realistas.

Page 51: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

As Pupilas do Senhor Reitor (1867) o romance

mais popular de Júlio Dinis.

Margarida e Clara acima, as personagens principais da obra que

se passa numa aldeia portuguesa.

Page 52: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

família real no Rio de Janeiro

independência do Brasil (1822)

longo Período de Regência

o orgulho nacional despertado pela independência.

Page 53: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Principais Autores:

Gonçalves de Magalhães

Gonçalves Dias (1823-1864)

Obra de início: SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES de

Gonçalves de Magalhães.

Page 54: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

 Minha terra tem palmeiras,

Onde

canta o Sabiá

As aves, que aqui

gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Gonçalves Dias

 Minha terra tem palmeiras,

Onde

canta o Sabiá

As aves, que aqui

gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Gonçalves Dias

Page 55: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Fragmento de “I – JUCA PIRAMA” Gonçalves Dias

 

“Tu choraste em presença da morte?

Na presença de estranhos chorastes?

Não descende o cobarde do forte;

Pois choraste, meu filho não és!

Possas tu, descendente maldito

De uma tribo de nobres guerreiros,

Implorando cruéis forasteiros,

Seres presa de vis Aimorés.

Page 56: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

mal do século

morte, tédio, dúvida

Escapismo, Pessimismo

Excessos do subjetivismo

Spleen (melancolia byroniana)

Page 57: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

LEMBRANÇA DE MORRER

Eu deixo a vida como deixa o tédio

Do deserto, o poento caminheiro

Como as horas de um longo pesadelo

Que se desfaz ao dobre de um sineiro

Page 58: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

SAUDADES 

Nas horas mortas da noite

Como é doce meditar

Quando as estrelas cintilam

Nas ondas quietas do mar;

Page 59: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

temas sociais e políticos

liberdade

tom declamatório

condoreirismo

Page 60: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Antônio Frederico de Castro Alves,

conhecido como “poeta dos escravos”,

nasceu em Curralinho (BA) em 1847.

Morre com o agravamento da doença

pulmonar em 1871.

Obras

Espumas flutuantes (1870);

Vozes d’África e Navio Negreiro (1880);

Page 61: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

...

Senhor Deus dos desgraçados

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se é loucura ... se é verdade

Tanto horror perante os céus...

...

Senhor Deus dos desgraçados

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se é loucura ... se é verdade

Tanto horror perante os céus...

Page 62: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Ó mar! por que não apagas

Co’a esponja de tuas vagas

De teu manto este borrão?...

Astros! Noite! Tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão!...

Ó mar! por que não apagas

Co’a esponja de tuas vagas

De teu manto este borrão?...

Astros! Noite! Tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão!...

Page 63: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade), nasceu em

Guimarães no Maranhão, em 1832, e morreu em São Luís, em

1902.

Grande viajante percorreu a Amazônia, boa parte da América

Latina e da Europa.

Sua obra mais importante O Guesa, tem uma visão crítica do

capitalismo norte-americano e da situação dos povos sul e centro-

americanos.

Page 64: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

burguesia classe dominante.

público sem bagagem cultural, buscava

emoções fortes, herói com heroína e um final

feliz.

nasce o folhetim, a matriz da prosa romântica.

A divisão entre personagens “bons” e

“maus”, o enredo linear com temas de

mistérios, de revelações surpreendentes

inspiraram as populares telenovelas.

Page 65: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

HISTÓRICO Inspiração no passado histórico. Clima da época.

URBANO

Vida na corte. Luxo da burguesia. Tipos humanos detalhados.

INDIANISTA

o índio como marca nativista. Rousseau (mito do bom selvagem). O indígena corrompido pelo progresso.

REGIONALISTA

os sertanejos simbolizando a nacionalidade. Costumes registrados como um documento.

Page 66: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

O folhetim diariamente nos jornais, semelhante às telenovelas

atuais, teve grande popularidade.

O folhetim diariamente nos jornais, semelhante às telenovelas

atuais, teve grande popularidade.

Captava os costumes da época,

exteriorizando uma visão

superficial da vida.

Page 67: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Teixeira e Souza – cronologicamente o primeiro

romancista , com O Filho do Pescador, 1843.

Romance de início:

A Moreninha, 1844

Diplomou-se em medicina, foi professor do Colégio Pedro II, exerceu

duas vezes o cargo de deputado, foi também poeta, jornalista e

historiógrafo.

Page 68: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

A MoreninhaUma novela ingênua e sentimental

de Joaquim Manuel de Macedo,

publicada em 1844, foi o nosso

primeiro “best seller”.

 A trama folhetinesca, os amores

de Carolina e Augusto, a retratação

da paisagem e dos costumes do

Rio de Janeiro.

Page 69: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Augusto e Carolina, o par romântico, formava um belo

casal.

Augusto e Carolina, o par romântico, formava um belo

casal.

A inconstância de Augusto e a meninice de Carolina

mostram que os dois se guardam para o verdadeiro

amor.

A inconstância de Augusto e a meninice de Carolina

mostram que os dois se guardam para o verdadeiro

amor.

Carolina, uma mocinha cheia de vida e de

opiniões próprias, atrai a atenção de Augusto.

Carolina, uma mocinha cheia de vida e de

opiniões próprias, atrai a atenção de Augusto.

Page 70: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Nasceu em Mecejana no Ceará em 1829, e morreu no Rio de Janeiro

em 1877.

• Um romântico incorrigível, José de Alencar é considerado o maior

escritor em prosa do Romantismo brasileiro.

• Consolida o romance nacional, compondo um painel do Brasil.

Page 71: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)
Page 72: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Ceci era a cópia física das heroínas

românticas européias e Peri, o índio alto de

beleza selvagem, retratava o perfeito

cavaleiro medieval apaixonado, sempre

pronto para servir sua senhora.

Protagonistas:

PERI – Cacique dos goitacás, rapaz alto, cabelo preto, “dentes Alvos e

rosto oval de beleza selvagem”. Apaixonado por Ceci.

CECI – Com olhos azuis e longos cabelos louros, Ceci tinha 18 anos e

obedecia à severa educação dos pais. Sonhava com um príncipe

encantado protetor e se apaixona por Peri.

Page 73: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

PRINCIPAIS PERSONAGENS

Dom ANTÔNIO – pai de Ceci.

Dona LAURIANA – mãe de Ceci.

Dom DIOGO – filho do casal, irmão de Ceci

Dona ISABEL – sobrinha do casal Antônio e Lauriana.

ÁLVARO DE SÁ – o cavaleiro de confiança de Dom Antônio.

LOREDANO – Ex-frade italiano que desistiu do hábito por

ganância.

Page 74: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Iracema > anagrama de América.

• Iracema a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros

que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

• O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia

no bosque como seu hálito perfumado.

Page 75: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Relação amorosa entre

Iracema e Martim

metáfora da história da

colonização da América.

CAPÍTULO I

“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas

frondes da carnaúba;

Verdes Mares, que brilhais, como líquida esmeralda aos raios do sol

nascente, perlongando as alvas praias ensolaradas de coqueiros;

Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o

barco aventureiro manso resvale à flor das águas. (...)”

CAPÍTULO I

“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas

frondes da carnaúba;

Verdes Mares, que brilhais, como líquida esmeralda aos raios do sol

nascente, perlongando as alvas praias ensolaradas de coqueiros;

Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o

barco aventureiro manso resvale à flor das águas. (...)”

Page 76: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

PRINCIPAIS PERSONAGENS

IRACEMA – a índia de cabelos negros e longos.

MARTIM – o guerreiro branco de olhos azuis.

POTI – amigo de Martim.

ARAQUÉM – pajé tabajara; pai de Iracema.

IRAPUÃ – cacique tabajara.

Page 77: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Este romance retrata as contradições da sociedade urbana brasileira do

séc. XIX.

A trama gira em torno de amor e dinheiro. A divisão do livro em “O

preço”, “Quitação”, “Posse” e “Resgate”, comprova a importância

financeira da burguesia.

Page 78: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

FERNANDO SEIXAS: salário baixo e vida de

rico: era assim que Fernando se mostrava

para a sociedade era ambicioso e bonito, o

grande amor de Aurélia.

AURÉLIA CAMARGO: moça recatada, bonita e

inteligente heroína sem defeito, fiel ao seu

primeiro amor Fernando.

ADELAIDE AMARAL: a moça por quem Fernando trocou Aurélia na adolescência.

TIO LEMOS: tio de Aurélia, chegou a propor à sobrinha pobre que se tornasse prostituta de luxo e ele, seu rufião.

PRINCIPAIS PERSONAGENS

Page 79: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Aurélia e Fernando dançam a valsa dos casados.

O contato físico entre eles faz com que Aurélia desmaie.

CENA IMPERDÍVEL

Page 80: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Nos romances regionalistas, José de Alencar, descreveu a pátria

brasileira, em sua diversidade, destacando a sociedade rural:

• O Gaúcho (1870)

• O Sertanejo (1875)

• Til (1872)

• O Tronco do Ipê (1872)

Page 81: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Em seus romances urbanos, exercita seu conhecimento a

respeito da psicologia feminina e da sociedade fluminense:

• Cinco Minutos (1856)

• A Viuvinha (1857)

• A Pata da Gazela (1870)

• Sonhos d’Ouro (1872)

• Encarnação (1877)

• Diva (1864)

• Lucíola (1862)

• SENHORA (1875)

• Cinco Minutos (1856)

• A Viuvinha (1857)

• A Pata da Gazela (1870)

• Sonhos d’Ouro (1872)

• Encarnação (1877)

• Diva (1864)

• Lucíola (1862)

• SENHORA (1875)

Page 82: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

Pseudônimo de um “brasileiro”.

Criou o anti-herói numa época de idealizações.

Retratou a classe popular, seus costumes.

Não agradou por ser absolutamente inovador.

Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de

Janeiro, filho de pais humildes. Estudante de

Medicina, publica a obra Memórias de um

Sargento de Milícias em, folhetins semanais.

Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de

Janeiro, filho de pais humildes. Estudante de

Medicina, publica a obra Memórias de um

Sargento de Milícias em, folhetins semanais.

Page 83: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

LEONARDO PATACA: português, que na

vinda para o Brasil conhece Maria da

Hortaliça.

MARIA DA HORTALIÇA: camponesa

bonitona, portuguesa rude que se casou

com Pataca, mãe de Leonardo.

LEONARDO (Leonardinho): Sempre irresponsável, veio ao

mundo para se divertir. É o tipo do malandro que se deu bem na

vida – apesar das encrencas.

BARBEIRO: padrinho de Leonardinho.

Page 84: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

A COMADRE: madrinha de

Leonardinho.

MAJOR VIDIGAL: representava a

justiça.

LUISINHA: sem graça, magra e sem

ação.VIDINHA: um caso de

Leonardinho.

DONA MARIA: tia de Luisinha.

JOSÉ MANUEL: marido de

Luisinha.

Page 85: Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)