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1 PORTO FLUVIAL DE PORTO PORTO FLUVIAL DE PORTO PORTO FLUVIAL DE PORTO PORTO FLUVIAL DE PORTO DE PORTO ALEGRE DE PORTO ALEGRE DE PORTO ALEGRE DE PORTO ALEGRE Integrantes: Mauricio Beinlich Pedro Granzotto Características físicas: O Porto de Porto Alegre é o mais meridional do Brasil. Geograficamente, privilegiado em sua localização, está no centro da hidrovia que une o centro produtor regional com o maior porto marítimo do Mercosul, o porto de Rio Grande. Com um perfil atual de porto importador, capacita-se, pelos investimentos que estão sendo feitos como um dos principais elos da cadeia logística do comércio do Rio Grande do Sul. Contando com 25 armazéns para carga geral e graneis com área total em torno de 70.000m², bem como uma grande área de armazenagem descoberta (pátios), apresenta condição facilitada à logística de cargas diversas, fator determinante que faz do Porto de Porto Alegre um dos maiores do sistema portuário brasileiro e um dos mais importantes do Mercosul.

Trabalhos PORTO FLUVIAL PORTO ALEGRE Mauricio Beinlich ... · A região abrangida pela Bacia é a mais populosa e mais desenvolvida do Estado, contendo as maiores cidades e os maiores

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PORTO FLUVIAL DE PORTO PORTO FLUVIAL DE PORTO PORTO FLUVIAL DE PORTO PORTO FLUVIAL DE PORTO

DE PORTO ALEGREDE PORTO ALEGREDE PORTO ALEGREDE PORTO ALEGRE

Integrantes:Mauricio BeinlichPedro Granzotto

Características físicas:

� O Porto de Porto Alegre é o mais meridional do Brasil. Geograficamente, privilegiado em sua localização, está no centro da hidrovia que une o centro produtor regional com o maior porto marítimo do Mercosul, o porto de Rio Grande.

� Com um perfil atual de porto importador, capacita-se, pelos investimentos que estão sendo feitos como um dos principais elos da cadeia logística do comércio do Rio Grande do Sul.

� Contando com 25 armazéns para carga geral e graneis com área total em torno de 70.000m², bem como uma grande área de armazenagem descoberta (pátios), apresenta condição facilitada à logística de cargas diversas, fator determinante que faz do Porto de Porto Alegre um dos maiores do sistema portuário brasileiro e um dos mais importantes do Mercosul.

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Sistema Hidroviário

� O Sistema Hidroviário do Rio Grande do Sul é composto de uma rede hidroviária e diversos portos de diferentes categorias, desde um porto da importância do Porto de Rio Grande atépequenos portos fluviais.

Identificação da Malha viária básica

Bacia do Sudeste

� A Bacia do Sudeste é formada pela Laguna dos Patos, Lagoa Mirim, Canal de São Gonçalo, Lago Guaíba e os principais rios, que são o Jacuí e seu afluentes Taquari, Caí, Sinos e Gravataí.

� A extensão total navegável é de 1.100 km com um calado mínimo de 2,50 m assegurado por dragagem e um sistema de eclusas.O sistemaliga-se ao oceano através da barra da Laguna dos Patos em Rio Grande.

� O trecho entre Rio Grande e Porto Alegre permite a navegação de navios oceânicos com calado de até 17 pés, que podem acessar também o porto de Pelotas, situado no Canal de São Gonçalo e o Pólo Petroquímico , a montante do porto de Porto Alegre.

� O segmento da hidrovia com calado de 17 pés tem uma extensão aproximada de 315 km, dos quais 80 km correspondem à canais artificiais dragados, com 80 m de largura no fundo e talude de 45º.

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Bacia do Sudeste

� O nível de água no rio Jacuí é garantido por 3 barragens eclusadas(Amarópolis, Anel de Don Marco e Fandango); e no rio Taquarí, por 1 barragem eclusada (Bom Retiro do Sul). Estas eclusas, com exceção de Fandango, que tem 90 m por 15 m, possuem 120 m de comprimento e 17 m de largura e profundidade de 3,00 m. na soleira.

� Além destas quatro barragens, existe uma outra barragem eclusadano Canal de São Gonçalo, com as mesmas dimensões das demais, a qual serve para impedir a entrada de água salgada na Lagoa Mirim, nos períodos de estiagem mais intensa.

� Os efeitos de cheia e estiagem nos rios, não chegam a afetar a navegação, a não ser em casos extraordinários onde a alta velocidade das águas afeta a segurança da navegação ou em anos excepcionalmente secos que reduzem a profundidade em alguns trechos de montante.

� A região abrangida pela Bacia é a mais populosa e mais desenvolvida do Estado, contendo as maiores cidades e os maiores centros industriais.

� Além dos diversos portos interiores, a bacia dispõe de 3 portos ligados a navegação marítima: Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas. Cabe ressaltar ainda que os terminais da COPESUL (Santa Clara) e da TRANSPETRO (TERGASUL) recebem também navegação marítima.

HIDROVIAS NO RIO GRANDE DO SULFonte: SPH - Superintêndencia de Porto e Hidrovias

Potencialmente navegável76Lagoas do litoral

Nas cheias350Rio Ibicuí

Potencialmente navegável600Rio Uruguai

2,532Rio Jaguarão

2,5180Lagoa Mirim

Total = 70 km2,558“

5,212Canal São Gonçalo

Total = 56 km até S.Leopoldo1,540“

2,516Rio dos Sinos

Total = 55 km até Montenegro1,525“

2,530Rio Caí

2,587Rio Taquarí

Total = 228 km2,5192“

436Rio Jacuí

Acesso ao Polo5,27Canal Sta.Clara

Acesso ao Polo5,219,5Delta do Jacuí

4,510Rio Gravataí

5,265Lago Guaíba

5,2250Lagoa dos Patos

ObservaçõesCALADO

( m )

EXTENSÃONAVEGÁVEL

( Km )CURSO DE ÁGUA

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Hidrovias interiores

65,0 kmCalado de 1,50 m

595,0 kmCalado de 2,50 m

384,5 kmCalado de 4,00 a 5,20 m

Resumo

Rotas de Navegação Interior

Rota 1: Porto Alegre/Região Metropolitana – Rio Grande – Porto Alegre/Região Metropolitana

� Esta é a principal rota de transporte hidroviário interior do Rio Grande do Sul. Com uma extensão de aproximadamente 315 km, é feita por embarcações de até 4,50 m de calado transportando graneis líquidos e sólidos e carga geral e contêineres entre os terminais localizados no Porto de Rio Grande e os terminais do Porto de Porto Alegre e os terminais privativos localizados no entorno do delta do Jacuí. As principais cargas são produtos petroquímicos, derivados de petróleo, farelo e óleo de soja, celulose, no sentido de Rio Grande e fertilizantes no sentido de Porto Alegre.

� Dentro dessa Rota deve-se considerar também uma navegação marítima, que opera com calado de 17 pés, transportando fertilizantes, sal, produtos petroquímicos, frangos congelados, bobinas de papel e outras cargas.

� Esta rota é administrada e mantida pela SPH, que realiza dragagens periódicas nos 80 km de canais artificiais e efetua a manutenção do balizamento entre os portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, num total de 210 sinais. Os recursos para estes serviços são oriundos do orçamento estadual em sua maior parte e também do recolhimento da Quota de Contribuição Hidroviária, paga pelos terminais situados na Bacia do Sudeste.

� Uma sub-rota inserida dentro desta é a rota entre Pelotas e Morretes (foz do rio Caí ) , que opera com o transporte de clínquer.

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Rotas de Navegação Interior

Rota 2 : Cachoeira do Sul – Rio Pardo Charqueadas Santa Clara – Porto Alegre – Rio Grande

�Esta Rota , com 543 km de extensão total e 2,50 m de calado, confunde-se, no trecho Porto Alegre-Rio Grande, com a rota anterior.

�No trecho entre Charqueadas e Santa Clara, numa extensão de 25 km é utilizada para transporte de carvão para o Pólo Petroquímico.

�Nesta rota encontram-se as barragens eclusadas de Fandango, Anel de Don Marco e Amarópolis., que são operadas pela AHSUL.

�A rota foi implantada na década de 1970, com a construção das barragens e o derrocamento e dragagens dos canais de navegação.

�Face o baixo uso, feito apenas por pequenas embarcações que dragam e transportam areia para construção civil, as necessárias dragagens periódicas de manutenção não tem sido feitas, motivando o assoreamento de diversos canais de navegação. Sua manutenção está na esfera da SPH.

Rotas de Navegação Interior

Rota 3 : Estrela – Taquarí – Porto Alegre – Rio Grande

� Esta Rota, com 452 Km de extensão é utilizada por embarcações com 2,50 m de calado que transportam grãos, farelo e óleo de soja de Estrela para Rio Grande e cavacos de madeira, de Taquarí para Rio Grande. Entre Estrela e Taquarí as embarcações tem de transpor a barragem eclusada de Bom Retiro , administrada pela AHSUL.

� Foi implantada na década de 1970, com a construção da barragem eclusada e a execução de serviços de derrocamento e dragagem de cascalho. Periodicamente são feitas dragagens de manutenção e éfeita a conservação do balizamento. Estes serviços estão a cargo da AHSUL

� No trecho entre a foz do rio Taquari e Rio Grande esta rota confunde-se com as duas anteriores.

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Identificação do Setor Portuário

� O Rio Grande do Sul possui 4 (quatro) portos organizados, o porto marítimo de Rio Grande, e os portos flúvio –lacustres de Porto Alegre, Estrela e Pelotas.

� O Porto de Rio Grande é constituído de quatro segmentos básicos, com finalidades e características específicas e que desempenham papeis mais ou menos importantes dentro do complexo portuário, destacando-se:� cais de saneamento;� porto velho;� porto novo e,� superporto.

� O Porto de Porto Alegre acha-se localizado á margem esquerda do Lago Guaíba, a 310 km á montante de Rio Grande. Seus acessos rodoviário e ferroviário são feitos diretamente a partir das malhas rodoviária e ferroviária.

� Suas principais instalações são:

Cais Mauá

� Cais Mauá, com 3.240 m de extensão, com 16 armazéns para carga geral. O Cais Mauácompreende um trecho retilíneo utilizado pela navegação marítima, com calado de 17 pés e quatro docas utilizadas pela navegação de pequeno porte.

� Dispõe de 2 guindastes de 6,3 t e 1 guindaste de 12 t, para descarga de graneis.

� Este Cais está sendo objeto de um processo de revitalização, visando transformá-lo em área de turismo e lazer. Parte dele já está sendo utilizada para atividades culturais.

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Cais Navegantes

� Cais Navegantes, com 3.268 m de extensão, calado com 17 pés, com 09 armazéns para carga geral e graneis sólidos, um silo vertical , para 18.750 t (pertencente àCESA) e dois armazéns graneleiros privados com capacidade total de 65.000 t e 4 tanques para óleo vegetal, com capacidade total de 4.400 t. Dispõe de um guindaste de 40 t. e deverá receber os guindastes de 6,3t e 12t do Cais Mauá.

� Originalmente construído como cais de saneamento, foi aproveitado como extensão do porto. Com a desativação do Cais Mauá, todas as operações portuárias serão transferidas para o Cais Navegantes.

Cais Navegantes

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Cais Marcilio Dias

� Cais Marcílio Dias, com 1.366 m , com profundidade de 4 m é utilizado por embarcações da navegação interior, principalmente transportadores de areia.

Cais Marcílio Dias

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Vila DEPRC

� Área não portuária , pertencente ao porto e utilizada para depósitos de areia e base de operação de armadores da navegação interior.

� Os acessos rodoviário e ferroviário são feitos por vias urbanas

MOVIMENTAÇÃO DO PORTO DE PORTO ALEGRE

� Nos últimos anos, tem-se observado uma queda acentuada na movimentação de mercadorias no cais do porto de Porto Alegre. De 2000 a 2003 esse decréscimo foi da ordem de 24,4%, quando a movimentação passou de 1,053 milhões para 800,4 mil de toneladas. Quando verificamos os dados da década de 90, a queda é ainda maior, pois em 1991 o Porto chegou a movimentar 2,049 milhões, em 1995 decresceu para 1,629 milhão de toneladas

� Essa movimentação inclui, as cargas operadas nos trechos dos cais de Mauá, Navegantes e Marcílio Dias, onde o porto não participa diretamente de todas as operações.

� A queda de movimentação de mercadorias no caís, deveu-se basicamente ao comportamento das operações de desembarque do material de construção (areia e cascalho) movimentado pela navegação fluvial, devido à abertura de vários terminais areierosna costa do rio Guaíba e Gravataí, desconcentrando o mercado deste setor do caís navegantes. No comércio internacional, a madeira passou a ser movimentada pelo Porto de Rio Grande e o trigo com o aumento da oferta interna reduziu as importações.

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MOVIMENTAÇÃO DO PORTO DE PORTO ALEGRE

� Por outro lado verifica-se um crescimento, bastante acentuado nas cargas movimentadas pela navegação marítima de longo curso, freqüentada por embarcações de médio porte, operando em linhas que integram o Brasil e os países parceiros do Mercosul, mais precisamente os do Prata.

� Foi a partir do início da década de 90, com as aberturas econômicas, promovidas pelo governo da época, que os fluxos internacionais obtiveram expressivos crescimentos, o porto de Porto Alegre também foi beneficiado por esta abertura, tanto é que os movimentos de carga realizados pela navegação de longo curso cresceram de 258.000 toneladas em 1991, para 704 600 toneladas em 1996, representandoum aumento de 446,6 mil toneladas ou 173%, conforme apresentado nos quadros estatísticos no final do capítulo, no entanto houve um novo desaquecimento, tanto que em 2003 os navios de longo curso movimentaram 486,1 mil toneladas. Com uma maior participação do setor privado nos investimentos do Porto, acredita-se que em uma retomada do mercado.

� A movimentação de carga tipo granel sólido, onde estão classificadas o fertilizante e o sal, nos últimos anos (quadro II.1), mostra uma queda gradual ano a ano, quando analisa-se o período de 2000 a 2003, constata-se um decréscimo mais acentuado no período chegando a -22%.

Porto de Porto AlegreMovimento Anual – Carga geral2000 - 2003

Tipo de Carga 2000 2003/20002001/2000 2002/2001 2003/2002

(t) (t) (%) (t) (%) (t) (%) (%)

Carga Geral 64.435 43.289 -32,8% 63.469 46,62% 28.670 -54,83% -55,51%Conteiner 2.836 - - 2.359 - - - -Granel Sólido 986.512 823.146 -16,6% 770.690 -6,37% 771.755 0,14% -21,77%Soma 1.053.783 866.435 -17,8% 836.518 -3,45% 800.425 -4,31% -24,04%

Fonte : SPH- Porto Alegre

2001 2002 2003

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MOVIMENTAÇÃO DO PORTO DE PORTO ALEGRE

� O principal produto da classe de granel sólido, movimentado no Porto de Porto Alegre é o fertilizante (nutrientes), que segundo dados observados no quadro acima, mostra-se em recuperação, haja vista que em 2000 o volume movimentado foi acima das 450 mil toneladas, chegando a descender no ano seguinte ficando pouco abaixo das 300 mil toneladas, no entanto há uma retomada do mercado até pelo fato de aumento do consumo interno, motivado pelo aquecimento das exportações de soja no mercado internacional, isto fez com que no ano de 2003 o movimento atingido foi de 389 mil toneladas.

� O comportamento cíclico verificado mostra que há uma tendência de aumento da demanda sobre o observado em 2003, tendo em vista que o porto já participou com maior fatia do mercado atendido pelas indústrias da Capital.