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EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DA CRASE

Trabalho da deza

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EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DA CRASE

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Há se, ao substituirmos um substantivo feminino por um masculino, o “a” der lugar a “ao”:

Fui à escola.Fui ao colégio.

Crase

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Não pode haver crase antes dos substantivos:a) terra (= terra firme e diferente de bordo); eb) casa (= lar).Depois de tantos dias no mar, chegamos a terra. Fui a casa, mas regressei em poucos minutos.

Contudo, vindo tais substantivos com modificador, o “a” passa a receber o acento: Depois de tantos dias no mar, chegamos à terra procurada.Fui à casa dela, mas regressei em poucos minutos.

Crase

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CraseHá em se tratando de aquele, aqueles, aquela,aquelas, aquilo, basta que haja a preposição “a” antes dessas palavras para que ocorra a crase.

Nos casos em que aparece esses pronomes demonstrativos não importa, o gênero gramatical:Dei um lápis àquela menina. (= para aquela)Dei um lápis àquele menino (= para aquele)

Se na expressão “para aquele menino” substituirmos o “para” por “a”, teremos dois “aa” seguidos, que deverão contrair-se: a + aquele = àquele.

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Crase

Facultativa antes de pronome possessivo feminino: Refiro-me a sua colega, e não a minha. (ou)Refiro-me à sua colega, e não à minha.

Há antes de nomes próprios femininos quando se tratar de amizade íntima:Faço referência à Maria, e não à Rosa.

Não há antes de nome próprio de pessoa célebre (Maria Stuart, Ana Bolena etc.):

Ninguém fez alusão a Joana d’Arc.

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CraseFacultativa antes dos seguintes nomes: “Europa, Ásia, África, França, Inglaterra, Espanha, Holanda e Escócia”: Fui a Europa. (ou)Fui à Europa.

Porém, antes dos demais nomes de lugares deve-se usar o “macete”: “vir da”, crase há; “vir de”, crase para quê?

Fui a Portugal. (= Vim de Portugal.)Fui à Bahia. (= Vim da Bahia.)

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Crase

Há em expressões como “Vestir-se à Luís XV”; “Móveis à Luís XIV” o “a” aparece craseado, por modificar a palavra feminina “moda”, oculta nessas frases:

Vestir-se à (moda de) Luís XV.

Decorou o salão com móveis à (moda de) Luís XIV.

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CraseAs expressões “devido a”, “relativo a”, “referente a”, “com respeito a”, “quanto a”, “em obediência a” e outras devem ter o “a” craseado quando vêm antes de nomes femininos:

“devido à morte do pai”; “referente à prisão”; “com respeito à situação”; “em obediência às leis” etc.

O conhecimento da regência verbal ajuda a diminuir dúvidas quanto à utilização da crase.

Os verbos “obedecer” e “desobedecer” exigem crase: Obedeço às leis. / Desobedeceu às normas.

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Crase

Há antes das formas de tratamento Sr.ª, Sr.ta e D. (Dona):

Enviei o pedido à D. Maria.

Jonas escreveu uma carta à Sr.ª Luísa.

Falará tudo à Sr.ta Maria.

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Crase

Não há: quando a distância não é explicitada, como em:

Vi um barco a distância.

Há: quando a distância está especificada, como em:

Vi um barco à distância de 800 metros.

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Crase

Pode ser indicada, nas locuções de modo ou instrumento, para evitar ambiguidade:

à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à mão, à navalha, à espada, à baioneta.

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CraseNota: o Gramático Napoleão Mendes de Almeida afirma que não se emprega a crase quando, substituindo-se na locução de modo ou de instrumento o nome feminino por outro masculino, não aparece a forma “ao”.

Por isso, não se deveria crasear o “a” da expressão: “Ele foi ferido a bala”, porque não se diz: “Foi ferido ao cacete”.

Por essa mesma razão não se poderia grafar: “Escrever uma carta à máquina, à mão, à tinta”, porque não se diz: “Escrever uma carta ao lápis”. O mesmo se aplicaria a “pagamento à vista”, pois não se diz “pagamento ao prazo”. Grafa-se, porém, “O resultado está à vista de todos” (= O resultado está ao alcance de todos; na vista de todos).

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Crase

Não há antes de substantivo masculino:

andar a cavalo, andar a pé

Não há com o verbo ir e antes de nome próprio de cidade, quando for “vir de”:

Vou a Brasília.

Porém, se a frase é complementada por uma expressão, o uso da crase é necessário:

Vou à Brasília de JK.

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Crase

Não há antes de verbo:

Estou disposto a rever o processo.

A partir de amanhã retomaremos as obras.

Não há entre substantivos repetidos:

gota a gota, passo a passo, frente a frente, cara a cara.

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CraseNão há antes de numerais:

O curso será de 11 a 20 de maio.

Nasci a 18 de março.

Não há antes do artigo indefinido “uma”:

Dirigi-me a uma amiga.

Contudo, antes de horas, usa-se:

Cheguei à uma hora. (= Cheguei à 1h.)

Cheguei às duas horas. (= Cheguei às 2h.)

Almoço: das 12h às 13h.

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Crase

Não há diante de pronomes em geral (essa, esta, cada, qualquer, qual, cuja, toda, tudo, você, ele, ela, V. Ex.ª, V.S.ª etc.).

No entanto, o acento aparece em:

Não fale às outras. (= Não fale aos outros.)

São estas as cartas às quais responderei.

(= São estes os cartões aos quais responderei).

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Facultativa com a locução “até a”: Fui até a (até à) farmácia.

Isso porque com nomes masculinos ficaria assim: Fui até o (até ao) supermercado.

Não há na expressão “de segunda a sexta”, pois, como não há artigo antes de segunda, não há artigo antes de sexta.

Crase

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Não há antes de nome feminino tomado no sentido genérico ou indeterminado:

Não me refiro a mulheres.

O prefeito não dá ouvidos a reclamações.

Crase

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CraseNão há em locuções adverbiais de modo como substantivo no plural: “a portas fechadas”, “a dentadas”, “a duras penas”.

Contudo, usando-se toda a expressão no plural, aparece o acento: “às avessas”, “às favas”, “às escondidas”, “às pressas”.

Há nas seguintes locuções adverbiais de modo e de tempo: “à risca”, “à direita”, “à esquerda”, “à frente”, “à procura de”, “à mercê de”, “à custa de”, “à medida que”, “à proporção que”, “à força de”, “à espera de”, “à noite”, “à tarde”, “à mostra”, “à base de”.

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Crase

Não há antes de numerais que não precedem substantivos determinados: “Assisti a três sessões.” (dentre as várias); mas “Assisti às três sessões.” (só houve três);“Assisti às duas sessões do filme Piratas do Caribe”.

Não há antes de “a” indicando futuro: Voltaremos daqui a quatro semanas.Retornarei daqui a pouco.

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Nas frases que seguem, indique a crase, quando houver:

1) Resistimos a paixão mais por sua fraqueza do que por nossa força.

2) A rebelião contra os tiranos é obediência a Deus.3) Cristina chegou a uma hora e estava a procura do

Maurício.4) Simone voltou duas vezes a casa, a procurar o

passaporte.5) Aquele que sobrevive a seu inimigo, um dia só que seja,

atingiu a sua meta.

Crase

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6) O amor vê, a distância, a liberdade, mas prefere ficar preso a doçura de um sorriso.

7) Apressemo-nos a ceder a tentação, antes que ela se vá.

8) Os restaurantes de bordo servem lanches a base de sanduíche.

9) Quanto as experiências, os clubes enviam propostas a Ciranda da Ciência.

10) Há pessoas que compram a fama e outras que se vendem a ela.

11) Renunciamos a paz, a medida que queremos preservar nossa liberdade.

Crase

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12) A visita a National Gallery, em Londres, favoreceu a compreensão dos quadros de Monet.

13) Atribuía-se a iniciativa privada a maioria dos benefícios sociais.

14) A visita a reserva da Lagoa São Paulo provocou uma reação a crise ecológica.

15) A felicidade não é o pão, mas o sonho que se oferece as pessoas.

16) A lógica matemática permite as pessoas ordenar fatos, objetos e números.

17) É importante ser sensível as diferenças entre as pessoas e as suas emoções.

Crase