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Tire suas dúvidas sobre habite-se, regularização da obra, contabilidade, alvará e muito mais. NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto simples, armado e protendido - Procedimento Parte 1 Pré-Lajes Unidirecionais 3 Definições Para os efeitos da Parte 1 desta Norma são adotadas as definições de 3.1a 3.8. 3.1 Laje pré-fabricada unidirecional São lajes nervuradas constituídas por nervuras principais longitudinais (NL) dispostas em uma única direção. Poderão ser empregadas algumas nervuras transversais (NT) perpendiculares às nervuras principais. 3.1.1 Vigotas pré-fabricadas Constituídas por concreto estrutural, executadas industrialmente fora do local de utilização definitivo da estrutura, ou mesmo em canteiros de obra, sob rigorosas condições de controle de qualidade, conforme a NBR 9062. Englobam total ou parcialmente a armadura inferior de tração, integrando parcialmente a seção de concreto da nervura. Podem ser dos tipos: a) de concreto armado (comum) - (VC): com seção de concreto usualmente formando um "T" invertido, com armadura passiva totalmente englobada pelo concreto da vigota (fig.1a), utilizadas para compor as lajes de concreto armado (comum) - LC. b) de concreto protendido (VP): com seção de concreto usualmente formando um "T" invertido, com armadura ativa pré-tensionada totalmente englobada pelo concreto da vigota (fig. 1.b), utilizadas para compor as lajes de concreto protendido - LP. c) treliçadas (VT): com seção de concreto formando uma placa, com armadura treliçada (Projeto 02:107.01-004), parcialmente englobada pelo concreto da vigota (fig.1.c), devendo, quando necessário, ser complementada com armadura passiva inferior de ração totalmente englobada pelo concreto da nervura, utilizadas para compor as lajes treliçadas - LT.

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Tire suas dúvidas sobre habite-se, regularização da obra,contabilidade, alvará e muito mais.

NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto simples, armado e protendido - Procedimento

Parte 1 Pré-Lajes Unidirecionais

3 Definições

Para os efeitos da Parte 1 desta Norma são adotadas as definições de 3.1a 3.8.

3.1 Laje pré-fabricada unidirecional

São lajes nervuradas constituídas por nervuras principais longitudinais (NL) dispostas em uma única direção. Poderão ser empregadas algumas nervuras transversais (NT) perpendiculares às nervuras principais.

3.1.1 Vigotas pré-fabricadas

Constituídas por concreto estrutural, executadas industrialmente fora do local de utilização definitivo da estrutura, ou mesmo em canteiros de obra, sob rigorosas condições de controle de qualidade, conforme a NBR 9062. Englobam total ou parcialmente a armadura inferior de tração, integrando parcialmente a seção de concreto da nervura. Podem ser dos tipos:

a) de concreto armado (comum) - (VC): com seção de concreto usualmente formando um "T" invertido, com armadura passiva totalmente englobada pelo concreto da vigota (fig.1a), utilizadas para compor as lajes de concreto armado (comum) - LC.

b) de concreto protendido (VP): com seção de concreto usualmente formando um "T" invertido, com armadura ativa pré-tensionada totalmente englobada pelo concreto da vigota (fig. 1.b), utilizadas para compor as lajes de concreto protendido - LP.

c) treliçadas (VT): com seção de concreto formando uma placa, com armadura treliçada (Projeto 02:107.01-004), parcialmente englobada pelo concreto da vigota (fig.1.c), devendo, quando necessário, ser complementada com armadura passiva inferior de ração totalmente englobada pelo concreto da nervura, utilizadas para compor as lajes treliçadas - LT.

3.1.2 Elementos de enchimento

Componentes pré-fabricados com materiais inertes diversos, sendo maciços ou vazados, intercalados entre as vigotas em geral, com a função de reduzir o volume de concreto, o peso próprio da laje e servir como fôrma para o concreto complementar. São desconsiderados como colaborantes nos cálculos de resistência e rigidez da laje.

Page 2: Tire suas dúvidas sobre habite

(Conclusão GT Elementos de Enchimento: 19/10/98)

3.1.3 Armadura complementar

Adicionada na obra, deve ser quantificada, dimensionada e disposta de acordo com o projeto da laje, conforme 5.1. Poderá ser:

a) longitudinal: admissível apenas em lajes treliçadas quando da impossibilidade de integrar na vigota treliçada toda a armadura inferior de tração necessária;

b) transversal: compõe a armadura inferior das nervuras transversais de travamento das lajes e treliçadas;

c) de distribuição: posicionada na capa no sentido transversal e longitudinal, para a distribuição das tensões oriundas de cargas concentradas e para o controle da fissuração;

d) superior de tração: disposta sobre os apoios nas extremidades das vigotas, no mesmo alinhamento das nervuras e posicionada na capa, proporcionam a ancoragem das nervuras destas com o restante da estrutura, o combate à fissuração e a resistência ao momento fletor negativo, de acordo com o projeto da laje, conforme o item 5.1.

Nota: O aço que compõe o banzo superior das armações treliçadas eletrosoldadas, de acordo com o projeto de norma 02:107.01-004, pode ser considerado como de armadura de distribuição e superior de tração desde que posicionado como descrito em 3.1.3.c e 3.1.3.d.

(29ª Reunião - 26/04/99)

3.1.4 Capa

Placa superior da laje pré-fabricada cuja espessura é medida a partir da face superior do elemento de enchimento.

3.1.5 Concreto complementar

Preparado de acordo com a NBR 12655, adicionado na obra, com a resistência, trabalhabilidade e espessuras especificadas de acordo com o projeto da laje e as especificações de execução conforme o item 5.1, aplicado em:

a) Complementação das vigotas pré-fabricadas para a formação das nervuras, bem como para a formação das nervuras transversais das lajes treliçadas.

b) Formação da capa superior da laje.

3.2 Intereixo

Intereixo é a distância entre eixos de vigotas pré-fabricadas, entre as quais serão montados os elementos de enchimento.

3. Flecha

Maior deslocamento vertical do plano da laje. Este valor deverá respeitar os limites prescritos pela NBR 6118.

Page 3: Tire suas dúvidas sobre habite

3.4 Contra-flecha

Deslocamento vertical intencional aplicado nas vigotas pré-fabricadas durante a montagem das mesmas, por meio do escoramento, contrário ao sentido da flecha.

3.5 Escoramento (cimbramento)

Estrutura provisória, destinada a auxiliar as vigotas pré-fabricadas a suportar a carga de trabalho durante a montagem da laje e durante o período de cura do concreto complementar lançado na obra.

3.6 Cargas (Ações)

As cargas devem ser especificadas por sua intensidade e localização sobre a laje.

3.6.1 Peso próprio

Somatória do peso dos componentes pré-fabricados (vigotas e elementos de enchimento) e dos materiais complementares (armaduras adicionais e concreto complementar).

3.6.2 Carga acidental

Carga distribuída uniformemente ou concentrada sobre a laje, de acordo com a sua utilização, conforme definido na NBR 6120.

3.6.3 Carga de trabalho

Cargas incidentes sobre a laje durante a fase de montagem, até que o concreto complementar alcance a resistência definida pelo projeto estrutural.

3.6.4 Cargas permanentes adicionais

São as decorrentes de alvenarias, revestimentos, contra-pisos, etc., que serão parte integrante da carga da laje.

3.6.5 Carga adicional total

É a somatória das cargas acidentais e permanentes adicionais não se incluindo neste valor, para efeito de especificação, o peso próprio da laje.

3.6.6 Altura total (h)

Distância entre o plano inferior e o plano superior da laje acabado, já com o concreto complementar lançado, adensado e regularizado (nervuras e capa).

3.7 Vão

3.7.1 Vão livre (Arqº Reinaldo Moreira – definição da NB1) (31/07/00)

3.7.2 Vão teórico (Arqº Reinaldo Moreira – definição da NB1) (31/07/00)

3.8 Altura total da vigota

Page 4: Tire suas dúvidas sobre habite

Distância entre o plano inferior e o plano superior da vigota. No caso de vigota treliçada, o topo do banzo superior determina o plano superior.

4 Condições gerais

4.1 Campo de aplicação

As especificações descritas na parte 1 desta Norma são aplicáveis a lajes unidirecionais para qualquer tipo de edificação, observando-se os limites da Tabela 1, conforme o tipo de vigotas a ser utilizado:

Tipo de vigota

Altura total máxima da laje

(cm)

Intereixo máximo (cm)

Carga total máxima (kN/m2)

VC 17,0 40,0 05

VP   100,0 ----

VT   100,0 ----

Vão máximo: as lajes devem respeitar a NBR 6118 em relação ao número exigido de nervuras transversais. Sob responsabilidade do fabricante da laje, permite-se a redução ou a eliminação do número de nervuras transversais desde que empregados recursos alternativos cuja eficácia seja expressamente garantida.

4.2 Altura total

São padronizadas as seguintes alturas totais para as lajes pré-fabricadas, em função das alturas padronizadas dos elementos de enchimento, conforme a Tabela 2.

Tabela 2 Altura total (cm)

Altura do elemento de enchimento

Altura total da laje

7,0 10,0 - 11,0 - 12,0

8,0 11,0 - 12,0 - 13,0

10,0 14,0 - 15,0

12,0 16,0 - 17,0

16,0 20,0 - 21,0

20,0 24,0 - 25,0

24,0 29,0 - 30,0

29,0 34,0 - 35,0

(31/07/00)

4.2.1 Outras alturas, desde que superiores à mínima padronizada, poderão ser utilizadas, mediante acordo prévio e expresso entre fornecedor e comprador, desde que atendidas todas as demais disposições desta Norma.

4.2.2 A designação da laje deve ser composta por sua sigla (LC, LP e LT), seguida da altura total, da altura do elemento de enchimento, seguida do símbolo "+" e da altura da capa, sendo que todos os valores são expressos em ‘cm". Exemplo: a) LC 11 (7+4), b) LP 12 (8+4) e c) LT 16 (12+4).

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4.3 Intereixo

Os intereixos mínimos variam em função do tipo da vigota e das dimensões do elemento de enchimento de acordo com o item 4.4.3, sendo os mínimos padronizados os estabelecidos na Tabela 3.

Tabela 3 Intereixos mínimos padronizados

Tipo de vigota Intereixos mínimos padronizados (cm)

VC 33,0

VP 40,0

VT 42,0

4.3.1 No caso da utilização de vigotas treliçadas e h </= 13,0 cm, permite-se adotar intereixo mínimo de 40,0 cm.

4.4 Materiais

4.4.1 Concreto

O concreto que compõe as pré-lajes treliçadas e o concreto complementar deve atender às especificações das NBR-12655 e NBR 6118 e NBR 8953 e respeitando o disposto na NBR 12654. A resistência à compressão será a especificada pelo projeto estrutural, sendo exigidas no mínimo Classe C20 para vigotas e Classe C20, de acordo com a NBR 6118 para o concreto complementar. No caso da execução concomitante do concreto complementar e do concreto da estrutura, prevalece o maior valor da resistência característica (fck) especificado no projeto.

O concreto da Classe C20 corresponde a resistência característica à compressão aos 28 dias, de 20 MPa.

(31/07/00)

4.4.2 Aço

O aço para fins de utilização em lajes pré-fabricadas deve atender ao disposto na Tabela 4

Outras dimensões, desde que superiores à mínima padronizada, poderão ser utilizadas, mediante acordo entre fornecedor e comprador.

Tabela 4 Aço para utilização em lajes pré-fabricadas

Produto Norma Brasileira

Diâmetro nominal mínimo (mm)

Diâmetro nominal máximo (mm)

Barras/fios de aço CA 50/CA 60

NBR 7480 6,3 (CA 50)

4,2 (CA 60)

20,0(CA 50)

10,0(CA 60)

Tela de aço eletrosoldada

NBR 7481 3,4 ---------

Fios de aço p/ protensão

NBR 7482 3,0 ---------

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Cordoalhas de aço p/protensão

NBR 7483 3 x 3,0 ---------

Treliça de aço eletrosoldada

Projeto

02:107.01.004

Diagonal (sinusóide): 3,4

banzo superior: 6,0

banzo inferior: 4,2

Diagonal (sinusóide): 7,0

banzo superior: 12,5

banzo inferior: 12,5

Armação Treliçada eletro soldada

 

Projeto 02:107.01.004

Diagonal (sinusóide): 3,4

Banzo superior: 6,0

Banzo inferior: 4,2

Diagonal (sinusóide): 7,0

Banzo superior: 12,5

Banzo inferior: 12,5

29,0 - 30,0

    Ø min. / Ø máx. > = 0,56  

Nota: O diâmetro do banzo inferior deve ser pelo menos igual ao diâmetro do diagonal (sinusóide).

4.4.3 Elementos de enchimento

Devem ter as dimensões padronizadas estabelecidas na Tabela 5 e Figura 2, e compostos por materiais leves, suficientemente rígidos, que não produzam danos ao concreto e às armaduras. Devem ainda ter resistência característica à carga mínima de ruptura de 1 kN, suficiente para suportar esforços de trabalho durante a montagem e concretagem da laje. Para os elementos de enchimento com 7 e 8 cm de altura, admite-se resistência característica para suportar a carga mínima de ruptura de 0,7 kN.

(Conclusão do GT Elementos de Enchimento – 19/10/98)

Tabela 5 - Dimensões padronizadas dos elementos de enchimento (cm)

Altura (A) 7,0 (mínima), 8,0 – 10,0 - 12,0 - 16,0 - 20,0 - 24,0

Largura (B) 25,0 (mínima), 30,0 - 32,0 – 37,0 - 39,0 - 40,0 - 47,0 – 49,0

Comprimento (C) 20,0 (mínimo)

Aba de encaixe

(D)

(E)

3,0

1,5

Devem obedecer ao disposto no projeto estrutural quanto às dimensões e armaduras e às tolerâncias de fabricação conforme estabelecidos nesta Especificação, principalmente quanto ao apoio dos elementos de enchimento. Para a definição dos parâmetros de inspeção e recepção quanto à aparência, cantos, cor, rebarbas, textura, ausência de agentes desmoldantes na superfície e assemelhados, o fabricante deve apresentar amostras representativas da qualidade especificada, que devem ser aprovadas pelo proprietário ou seu preposto, e constituir o termo de comparação para o controle de qualidade do produto acabado.

Obs.: Aceitação do limite mínimo de 7cm de altura para elemento de enchimento em EPS, suportando no mínimo 70kgf.

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(33ª Reunião – 30/08/99)

Obs.: Elaboração do texto sobre a inclusão do elemento CCA, como elemento de enchimento.

Engº Nóe (coordenador) – Sugestão: Material de ruptura frágil, como o bloco, cerâmica e outros, devem atender a metodologia do bloco EPS. Ficou estabelecido que o elemento CCA será classificado como material de enchimento e o texto na norma deverá ser elaborado com um grau de generalidade, absorvendo um ou outro, indicando somente qual requisito de ensaio para materiais de ruptura frágil e dúctil

(34ª Reunião – 27/09/99).

4.4.3.1 Outras dimensões dos elementos de enchimento, desde que superiores à mínima padronizada, poderão ser utilizada, mediante acordo prévio e expresso entre fornecedor e comprador, desde que atendidas todas as demais disposições desta Norma.

(Conclusão GT Elementos de Enchimento – 19/10/98)

4.4.3.2 O lote de elementos de enchimento fornecido, deverá estar acompanhado por especificação emitida pelo fornecedor onde estarão identificadas suas dimensões nesta ordem: altura, largura e comprimento.

(Conclusão GT Elementos de Enchimento – 19/10/98)

4.4.3.3 Para os elementos de enchimento serão adotados os métodos de ensaio, de acordo com ANEXO B desta Norma. Para elementos de enchimento cerâmicos e de concreto (anexo B.1) e elementos de EPS (anexo B.2)

(Conclusão GT Elementos de Enchimento – 19/10/98)

4.4.3.4 Resultados dos Ensaios

Do lote de elementos de enchimento correspondente ao estabelecido no item 6 desta Norma (200 m2), deve-se retirar aleatoriamente 1 (uma) peça para ensaio. Após o ensaio e tendo a peça ensaiada atingido o limite mínimo para resistência característica à carga de ruptura estabelecido por esta Norma, considerar-se-á o lote aprovado. No caso da peça ensaiada romper-se antes de se atingir o limite mínimo de ruptura estabelecido, serão retiradas aleatoriamente mais 3 (três) peças para novo ensaio. Neste segundo ensaio as 3 (três) peças ensaiadas deverão atingir o limite mínimo de ruptura estabelecido para o lote seja aprovado.

(Conclusão GT Elementos de Enchimento – 19/10/98)

4.5 Condições gerais

1. Vigotas

4.5.1.1 Nas vigotas de concreto armado (comum) exige-se a colocação de espaçadores distanciados de no máximo 50,0 cm, com a finalidade de garantir o posicionamento das armaduras durante a concretagem.

Page 8: Tire suas dúvidas sobre habite

Obs.: Registra-se no sub-item 4.5.1.1 - Especificar o espaçamento da armadura inferior da vigota protendida. (35ª Reunião - 25/10/99).

4.5.2 Elementos de enchimento

Devem ter forma, dimensões e tolerâncias de fabricação conforme estabelecidos na Tabela 5 e na Figura 2, podendo ser maciços ou vazados. A face inferior deve ser plana e as laterais devem apresentar ressaltos para apoio nos banzos das vigotas, mantidas as tolerâncias de fabricação especificadas no projeto e nesta Especificação. Devem manter íntegras as suas características durante a sua utilização, bem como estar isentos de partes quebradas e trincas que comprometam o seu desempenho ou que permitam a fuga do concreto (capa e nervuras).

4.5.3 Montagem

A montagem dos elementos pré-fabricados deve obedecer ao disposto no projeto estrutural quanto ao arranjo físico e às especificações das vigotas e dos elementos de enchimento. Devem ser executados o nivelamento dos apoios das vigotas, a montagem do escoramento provisório conforme projeto, a colocação das vigotas e dos elementos de enchimento dentro das tolerâncias especificadas de montagem, a colocação das armaduras previstas no projeto, a instalação de passadiços para o trânsito de pessoal e transporte do concreto, o lançamento, adensamento e cura do concreto (capa e nervuras).

5 Condições específicas

5.1 Projeto da laje

O projeto da laje é composto por três partes distintas, a saber:

a) Projeto estrutural da laje;

b) Especificações de execução da laje;

c) Manual de colocação e montagem.

5.1.1 Projeto estrutural da laje

O cálculo e dimensionamento das lajes (vãos, cargas, nervuras, alturas, armaduras e materiais de enchimento) devem ser elaborados por profissional habilitado e de acordo com a NBR 6118, NBR 9062 e projetos da obra.

Especial atenção deve ser dispensada à verificação de flechas, levando-se em conta os efeitos de deformação lenta e outros efeitos dependentes do tempo.

O cálculo e dimensionamento, apresentado sob a forma de memorial de cálculo, deve conter:

a) Direção das vigotas;

b) Vinculação de apoios;

c) Área das armaduras;

d) Vãos;

Page 9: Tire suas dúvidas sobre habite

e) Cargas consideradas conforme 3.6;

f ) Distância máxima entre linhas de escoras;

g) Detalhamento de apoio e ancoragem das vigotas;

h) Dimensões e posicionamento das armaduras complementares;

i ) Resistências características dos materiais;

j ) Resistência do concreto complementar;

k) Largura das nervuras;

l ) Forma, dimensões e materiais constituintes dos elementos de enchimento;

m) Intereixos;

n) Detalhamento das ancoragens;

o) prazo e forma de retirada do escoramento.

5.1.2 Especificações de execução da laje

Documento que deve acompanhar a entrega do produto e contemplando o seguinte:

a) posição, limites de distanciamento e a quantidade de linhas de escoramento;

b) Quantidade, disposição, vãos e direção de apoios das vigotas

c) Contra-flechas;

d) Disposição e especificação das nervuras de travamento;

e) Quantidade, especificação e disposição das armaduras;

f) Especificação dos materiais complementares componentes (concreto, aços e elementos de enchimento);

g) Previsão de consumo de concreto e aço complementar por m2 da laje; (29ª Reunião-26/04/99)

h) Altura total da laje e da capa de concreto complementar; (29ª Reunião - 26/04/99)

i) Altura total da vigota;

j) Cargas consideradas;

k) Peso próprio;

l) Detalhamento de apoios e ancoragem das vigotas;

Page 10: Tire suas dúvidas sobre habite

m) identificar o desvio máximo de planicidade do conjunto (36ª Reunião - 29/11/99).

5.1.3 Manual de colocação e montagem

Deve conter as informações que orientem a execução do projeto da laje na obra, complementado por 5.1.2. Recomendações especiais devem ser feitas quanto às

interferências das instalações hidráulicas, elétricas e de utilidades em geral com a estrutura da laje.

5.2 Espaçamento entre linhas de escoramento

O espaçamento entre linhas de escoramento deve ser determinado no projeto de execução da laje, considerando tipo de vigota e as cargas na fase de montagem. Genericamente pode-se adotar os espaçamentos indicados nas Tabelas a seguir:

a) VC: O espaçamento máximo entre linhas de escoramento deve ser de 1,20 m, sendo que para vigotas menores ou iguais a 1,20m, deve ser colocada uma linha de escoramento.

b) VP

Vãos Espaçamento

até 3,20 m não necessita escoramento para qualquer altura

de 3,21 m até 6,50 m uma linha de escoramento no meio do vão

De 6,51 m até 10,0 m duas linhas de escoras centralizadas, sendo o espaçamento entre elas igual a 1/5 do vão e a distância de cada uma aos apoios das vigotas iguais a 2/5 do vão

acima de 10,0 m será necessário um projeto específico de escoramento

 

c) VT

TABELA 5.2

Alturas padronizadas das lajes

10 cm

11 cm

12 cm

13 cm

14 cm

15 cm

16 cm

17 cm

20 cm

21 cm

24 cm

25 cm

29 cm

30 cm

Componentes das Treliças Vãos livres padronizados entre linhas de escoramento (m)

A cm B mm C mm                            

08 6,0 3,4 1,30 1,20 1,10 1,00 - - - - - - - - - -

12 6,0 4,2 - - - 1,30 1,30 1,20 1,20 1,20 1,20 1,10 1,10 1,10 - -

12 7,0 4,2 - - - 1,70 1,70 1,70 1,70 1,60 1,60 1,50 1,40 1,40 - -

16 7,0 4,2 - - - - - - - 1,60 1,50 1,40 1,30 1,30 1,10 1,10

20 7,0 5,0 - - - - - - - - - 2,00 1,90 1,90 1,80 1,70

25 8,0 5,0 - - - - - - - - - - - - 1,30 1,30

Page 11: Tire suas dúvidas sobre habite

A = Altura da armação treliçada

B = Diâmetro do aço do banzo superior da armação treliçada

C = Diâmetro do aço da diagonal (sinusóide) da armação treliçada

Esta tabela considera:

- intereixo de 40,0 cm a 45,0 cm para elemento de enchimento de cerâmica

- intereixo de 60,0 cm para elemento de enchimento de EPS

- passo da armação treliçada igual a 20,0 cm

- abertura máxima da armação treliçada igual a 10,0 cm (medida externa)

Os vãos livres entre linhas de escoramento devem ser definidos em projetos. A Tabela 5.2 estabelece vãos livres entre linhas de escoras para os casos particulares de componentes das treliças indicadas. Outros vãos poderão ser admitidos desde que garantidos por dimensionamento do fabricante por outros tipos de componentes das treliças.

5.2.1 O fornecedor deve garantir que a laje pré-fabricada projetada, montada de acordo com as instruções do projeto, atenda as exigências de projeto quando da etapa de montagem e quando colocada em

serviço. O comprador poderá solicitar, sob suas expensas, provas de carga que demonstrem o comportamento nas duas situações, conforme descrito no Capítulo 6, item 6.2.

5.3 Capa de compressão

Será considerada como parte resistente se sua espessura for, no mínimo, igual a 3,0 cm. No caso da existência de tubulações a espessura mínima da capa de compressão acima destas será de, no mínimo 2,0 cm, suplementada com armadura adequada à perda da seção resistentes, observados os limites estabelecidos na Tabela 5.3.

Tabela 5.3. - Capa mínima resistente para as alturas totais padronizadas (cm)

Altura total da laje  

10,0

11,0 12,0 13,0  

14,0

16,0 17,0 20,0 21,0 24,0 25,0 29,0 30,0 34,0

Espessura mínima da capa resistente 3,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 5,0 4,0 5,0 5,0

Obs.: Tabela alterada em 31/07/00

5.4 Vigotas e nervuras

As vigotas devem ter uma largura mínima tal que permita, quando montadas em conjunto com os elementos de enchimento, a execução das nervuras de concreto complementar com largura mínima de 4,0 cm e atendendo o disposto na NBR 6118.

5.5 Armadura longitudinal

Page 12: Tire suas dúvidas sobre habite

A armadura longitudinal deve ser distribuída uniformemente pelas vigotas sendo que, pelo menos 50% da seção da armadura deve ser mantida até os apoios, obedecendo ao disposto na NBR 6118.

5.6 Armadura de distribuição

Deve haver uma armadura de distribuição, colocada na capa de concreto complementar, com seção de no mínimo 0,9 cm2 / m para aços CA 25 e de 0,6 cm2/m para os aços CA 50 e CA 60, contendo pelo menos

três barras por metro, conforme o descrito na Tabela 5.4.

Tabela 5.4- Área mínima e quantidade de armadura de distribuição

Aço Área mínima No. de barras / m

    Ø 5,0 mm Ø 6,3 mm

CA 25 0,9 cm2 / m 5 3

CA 50, CA 60 0,6 cm2 / m 3 3

5.7 Marcação

Todas as vigotas deverão ter marcação que identifique o fabricante e sua correlação com o projeto.

6 Inspeção

Considera-se como lote de fornecimento todo o conjunto de componentes para lajes pré-fabricadas entregues na obra, correspondentes a até 200 m2, para cada produto.

(Conclusão GT Elementos de Enchimento – 19/10/98)

6.1 Inspeção geral

Em todas as obras, os componentes de lajes pré-fabricadas deverão ser submetidos à inspeção geral pelo comprador ou seu representante, para verificação de suas características, observando-se o disposto nesta Norma, além de se verificar a compatibilidade geométrica entre as vigotas e os elementos de enchimento para utilização conjunta e a

compatibilidade das características dos componentes entregues com os especificados no projeto da laje.

 

6.2 Inspeção por ensaios

a) Componentes: para obras que apresentem pelo menos uma das seguintes características em lajes pré-fabricadas:

- Lote, conforme descrito no item 6

- Vão superior a 6,0 m

Page 13: Tire suas dúvidas sobre habite

- Carga acidental superior a 500 kg/m2

Todos os materiais complementares deverão atender as respectivas Normas.

b) Laje acabada: prova de carga demonstrando o real desempenho da laje em serviço, de acordo com a NBR 9607.

7 Aceitação e rejeição

Os componentes que não atenderem ao item 6.1 serão retirados do lote e substituídos.

Se, quando submetido ao disposto em 6.2.a, o conjunto de componentes não atender às condições mínimas exigidas, o lote deverá ser submetido à contraprova nas mesmas condições. No caso de novo não atendimento às condições mínimas, o lote será rejeitado.

Se, quando submetido ao disposto em 6.2.b, a laje acabada não atender às condições mínimas estabelecidas em projeto, a laje será rejeitada, sendo a responsabilidade do fornecedor limitada aos componentes e especificações por ele fornecidos.

_________________

Parte 2 Lajes bidirecionais

3 Definições

Para os efeitos da Parte 2 desta Norma são adotadas as definições de 3.1 e 3.2.

3.1 Laje pré-fabricada bidirecional

Nas lajes que empregam vigotas pré-fabricadas de concreto armado ou de concreto protendido não se admite que possam ser executadas nervuras transversais às vigotas. As nervuras transversais às vigotas somente podem ser executadas quando se empregam vigotas treliçadas.

3.2 Armaduras Complementares (29ª Reunião - 26/04/99)

a. Transversal : armadura disposta ao longo das nervuras transversais da laje, que formam a armadura inferior de tração na direção perpendicular às vigotas treliçadas. (26/04/99)

b. Complementar longitudinal : admissível apenas em lajes treliçadas quando da impossibilidade de integrar na vigota treliçada toda armadura inferior de tração necessária.

(26/04/99)

4 Condições gerais

4.1 Campo de aplicação

As lajes construídas com vigotas podem ser consideradas como nervuradas, quando atender a NBR 6118. (26/04/99)

Page 14: Tire suas dúvidas sobre habite

4.2 O dimensionamento e verificação das lajes bidirecionais deverão atender aos dispositivos previstos na NBR 6118. (26/04/99)

4.2.1 Determinação dos esforços solicitantes das nervuras

Nas lajes com vigotas treliçadas, a eventual presença de apenas uma ou duas nervuras transversais não altera esta hipótese de cálculo.

As lajes bidirecionais, construídas com vigotas treliçadas, podem ser calculadas como lajes apoiadas nos quatro lados, desde que o intereixo das nervuras, tanto longitudinais como transversais não supere 105 cm. Quando apenas o intereixo das nervuras transversais supera 105 cm, a laje deve ser calculada como unidirecional, apoiada apenas em dois lados. Quando os dois intereixos, tanto longitudinal quanto transversal, superam 105 cm, a estrutura laminar deve ser calculada como grelha ou como um conjunto de vigas isoladas.

 

versão 27/10/97

http://www.curitibaconstrucao.com.br/nbr6118.htm, dia 10 de Fevereiro de 2013, sábado

Laje Alveolar R4 :          Perguntas Frequentes & Respostas.

Nesta seção colocamos as dúvidas mais frequentes sobre a utilização de lajes alveolares.

Se a sua dúvida não constar da lista abaixo, entre em contato. Teremos prazer e ajudá-lo.

Page 15: Tire suas dúvidas sobre habite

Perguntas Frequentes :

01. Quando escolher por laje alveolar?

02. Qual a altura ideal para cada pano de vão/sobrecarga?

03. Como é produzida a laje alveolar?

04. Como são recortados os painéis alveolares ?

05. O que é contra-flecha? Quanto é a contra-flecha da laje alveolar?

06. Quais os cuidados no transporte dos painéis alveolares?

07. Como é feita a montagem dos painéis alveolares?

08. Qual o apoio mínimo dos painéis alveolares?

09. Preciso engastar a laje alveolar na estrutura?

10. A Laje Alveolar dispensa o uso de escoramentos ?

11. Como é feito o capeamento?               Quais as funções do capeamento da laje alveolar?

12. É possível dispensar o uso de capeamento na laje alveolar ?

13. É possível fazer furos na laje alveolar para passagem de tubulações?

14. Outras dúvidas? Análise de projetos? Solicitações especiais?

01. Quando escolher por laje alveolar?

Normalmente a escolha pela laje alveolar leva em conta os seguintes parâmetros :

Page 16: Tire suas dúvidas sobre habite

Área mínima de lajes.Sob o ponto de vista de área mínima, a laje alveolar fica realmente econômica a partir dos 250 m² de área de obra. É possível executar obras de 100m², porém, o custo de montagem da laje (custo com guindaste ou munk) será diluído em uma área menor, e portanto, o custo por m² de obra será mais elevado.

Vão de laje.

- Vãos menores que 5,0m : A laje alveolar é uma opção para obras que necessitem de velocidade (dispensa a utilização de escoramentos), lajes com sobrecarga elevada, ou obras com pé-direito elevados (grande custo de escoramentos). Lajes que utilizam escoramentos costumam ser mais econômicas nesta faixa de vão;

- Vãos de 5,5m a 7m : A laje alveolar apresenta custos bastante competitivos;

- Vãos acima de 7m : Normalmente a laje alveolar é uma excelente opção em termos econômicos.

Sobrecarga.A laje alveolar é especialmente interessante para :- Vãos menores que 5,0m - sobrecargas >= 500Kgf/m²;- Vãos maiores que 6,0m - qualquer sobrecarga.

Velocidade de Montagem.O índice usual de montagem é de 300m²/dia por equipe de montagem.Por dispensar escoramentos, a opção por lajes alveolares acelera o ritmo da obra, liberando os pavimentos rapidamente para os serviços de acabamento.

Acabamento inferior.A laje alveolar apresenta excelente acabamento inferior, dispensando serviços adicionais para a maioria das aplicações.Estuque é comum em obras de alto acabamento, com superfície de concreto aparente.

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02. Qual a altura ideal para cada pano de vão/sobrecarga ?

Um erro comum é achar que quanto menor o h da laje mais econômica ela é.A armadura protendida de uma laje alveolar é dividida em cerca de 10 a 12 classes.As primeiras 6 classes são as mais econômicas. A partir daí, se a arquitetura permitir, prefira trabalhar com um h maior de laje.

Uma segunda vantagem em trabalhar com h maiores é que estas combatem melhor a sensação de vibração comum em lajes muito esbeltas.

Page 17: Tire suas dúvidas sobre habite

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03. Como é produzida a laje alveolar ?

A laje alveolar é produzida com um tipo especial de aço, denominado aço para protensão.É produzida em pistas com 150m de comprimento em um único painel, por extrusão, e depois cortada.As fotos abaixo ilustram o processo de fabricação dos painéis alveolares.

1 - Cordoalha - aço para protensão.2 - Cabeceiras de protensão.3 - Pista de 150m, com laje alveolar já extrudada.4 - Pista de 150m, com cordoalhas sendo posicionadas para fabricação de lajes.5 - Macaco de protensão de cordoalhas.

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04. Como são recortados os painéis alveolares ?

Page 18: Tire suas dúvidas sobre habite

Os painéis alveolares são cortados por discos diamantados, em qualquer dimensão ou ângulo de corte, em máquinas especiais para este fim.

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05. O que é contra-flecha? Quanto é a contra-flecha da laje alveolar?

Os painéis alveolares apresentam um leve curvatura para cima no meio do vão, devido às cargas de protensão e a esbeltez dos painéis alveolares. Esta curvatura é denominada por contra-flecha.

As contra-flechas são, basicamente, geradas de acordo com o módulo de elasticidade do concreto na hora de liberar a protensão e corte dos painéis alveolares (Fase de Fabricação).

Atualmente não exitem parâmetros de norma para contra-flechas.

Dado um mesmo projeto, um mesmo fck de fabricação de lajes alveolares, as contra-flechas podem variar de acordo com :

Durante a fabricação :

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- A quantidade de água : o módulo de elasticidade inicial do concreto que é extremamente sensível à quantidade de água do concreto; - A temperatura média do dia em que foram fabricadas;- O tempo em que os painéis alveolares ficaram sem carga de protensão (durante o processo de fabricação);- O vão, que quanto maior, mais difícil é controlar as contra-flechas.

Pós-fabricação :

- A contra-flecha pode ainda alterar durante o transporte das peças da fábrica até a obra.

Como vemos, é difícil pré-determinar ou controlar a contra-flecha em peças protendidas tão esbeltas como as lajes alveolares.

Após a concretagem do capeamento, com o peso próprio do mesmo, a contra-flecha tende a diminuir.

Olhando-se por baixo é difícil se verificar esta curvatura. Recomenda-se medir antes de concretar o capeamento para verificar o capeamento médio das lajes alveolares.

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06. Quais os cuidados no transporte dos painéis alveolares ?

O principal cuidado diz respeito ao empilhamento de painéis alveolares :1. Os painéis devem ser empilhados separados por peças de mesmas dimensões (obrigatoriamente).2. Os apoios devem ficar em torno de 30cm das extremidades painéis alveolares.3. Os apoios dos painéis devem ter o mesmo alinhamento, evitando que as peças superiores sobrecarreguem as inferiores.4. Manter pilhas distante uma das outras pelo menos 10cm, para evitar que colidam durante o transporte.

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07. Como é feita a montagem dos painéis alveolares?

Para dimensionamento de equipamento de montagem, considerar :

Peso próprio do painel alveolarh16 : 220 Kgf/m².

Page 21: Tire suas dúvidas sobre habite

h21 : 270 Kgf/m².h26 : 270 Kgf/m².h30 : 270 Kgf/m² (idem h20).h40 : 350 Kgf/m².

A montagem é feita colocando-se um painel encostado no outro.

O capeamento acrescenta cerca de 150 Kgf/m² ao peso dos painéis.

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08. Qual o apoio mínimo dos painéis alveolares?

Para apoio mínimo sobre as vigas, considerar : h16 - 8 cm.h20 - 10 cm.h30 - 10cm a 15 cm, de acordo com a sobrecarga.h40 - 15cm a 20 cm, de acordo com a sobrecarga.

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09. Preciso engastar a laje alveolar na estrutura?

As lajes alveolares trabalham com apoio isostático em 90% dos projetos, sem engastamento nas vigas de apoio.

Em casos especiais é possível incorporar a armadura do capeamento à armadura das vigas, fazendo-se as vigas trabalharem em seção tipo "T".

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Page 22: Tire suas dúvidas sobre habite

10. A Laje Alveolar dispensa o uso de escoramentos ?

Esta é uma das grandes vantagens em se trabalhar com a laje alveolar.A laje dispensa escoramentos em todas as etapas construtivas, para vãos de até 19m (h40).

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11. Como é feito o capeamento?        Quais as funções do capeamento da laje alveolar?

O capeamento deve seguir as seguintes etapas executivas :

1. Alinhamento de contra-flechas.

Executado com um torniquete no meio do vão ou em três regiões do vão da laje, conforme foto abaixo.

ATENÇÃO : Esta etapa é de fundamental importância para um bom acabamento na superfície inferior da laje.

Algumas obras não executam o alinhamento por acreditar que as lajes já vieram com bom alinhamento de fábrica. Porém, com o peso de concretagem do capeamento as contra-flechas podem se acentuar, e a laje ficar visivelmente desalinhada pós cura do concreto de capeamento.

Page 23: Tire suas dúvidas sobre habite

2. Concretagem dos vãos entre os painéis alveolares.

Nesta etapa sugerimos executar da seguinte forma:- Preencher com uma argamassa seca o fundo do vão entre os painéis.  Tem a função de evitar que nata escorra para o fundo da laje, quando do lançamento do concreto de capeamento. - Preencher o vão entre as lajes com argamassa de cimento convencional.- Retirar os torniquetes.

Pronto, a laje estará alinhada e solidarizada, pronta para receber o concreto de capeamento estrutural.

3. Lançamento da tela de capeamento.

Lançar a tela de capeamento conforme projeto executivo.A tela tem a função de distribuir a sobrecarga entre diversos painéis de laje alveolar.

4. Lançamento do concreto de capeamento.

Lançar o concreto de capeamento conforme projeto estrutural.Normalmente o concreto de capeamento é de 5cm. Porém, como os painéis alveolares têm contra-flecha, recomenda-se estimar em 6,5cm de espessura média de capeamento (lâmina média), sendo 5cm no meio do vão e 7cm nas extremidades.

Principais funções do capeamento.

O capeamento da laje alveolar tem basicamente duas funções :- Função estrutural : contribuí na resistência final da laje.- Função de acabamento : nivela a laje, deixando-a pronta para receber o piso.Em algumas obras opta-se por utilizar o capeamento como piso final.

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12. É possível dispensar o uso de capeamento na laje alveolar ?

Para lajes de forro é comum dispensar a utilização do concreto de capeamento.O custo dos painéis alveolares aumenta, devido à perda da contribuição do capeamento para a resistência estrutural da laje.Porém, a laje resultante fica ligeiramente mais barata que a laje com capeamento.

Page 24: Tire suas dúvidas sobre habite

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13. É possível fazer furos na laje alveolar para passagem de tubulações?

É possível desde que não se rompam as cordoalhas protendidas da laje.Pode-se furar para utilizar os alvéolos dos painéis para passagem de instalações.As armaduras protendidas não ficam na região dos alvéolos.

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14. Outras dúvidas? Análise de projetos? Solicitações especiais?

Fale conosco.Teremos prazer em estudar a melhor solução para a sua obra!

http://www.r4tecno.com.br/laje.alveolar/perguntas.frequentes/#1_alveloar-no mesmo dia

Lajes Mistas: Aspectos construtivos e respectivas recomendações do Eurocódigo 4Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar as principais características e aspectos construtivos e tecnológicos das lajes mistas aço-concreto. Inicialmente faz-se uma revisão histórica da evolução do uso das lajes mistas, comparando-se as vantagens e inconvenientes das suas aplicações em soluções estruturais. A seguir, descrevem-se os componentes e as características dos sistemas com lajes mistas.

O processo de fabricação, a configuração, as dimensões regulamentares, a montagem e a proteção superficial das chapas perfiladas são apresentados. Os conectores assumem grande importância no comportamento mecânico da laje mista, devendo assegurar a perfeita ligação entre a chapa perfilada e o concreto.

Page 25: Tire suas dúvidas sobre habite

Os principais tipos de conectores, assim como as suas aplicações, o material usado, o equipamento utilizado na aplicação e as suas disiposições na laje são ilustrados. No seguimento, aborda-se o processo de execução das lajes mistas, desde a colocação da chapa perfilada, passando pelos remates nos perímetros, escoramento, execução de aberturas nas lajes, armaduras, preparação e execução da concretagem até o acabamento final da superfície do concreto.

Exemplos ilustrativos de utilização de lajes mistas em algumas obras na Europa são mostrados. Em todos os tópicos abordados, são feitos comentários em relação às especificações presentes no regulamento europeu (Eurocódigo 4). Ao final são feitos comentários e observações sobre a utilização das lajes mistas aço-concreto em sistemas estruturais.

1 - Introdução

Uma laje mista é constituída por uma chapa de aço perfilada, sobre a qual é concretado “in situ” o concreto armado, que contem uma armadura superior destinada a controlar a fissuração do concreto, comportando-se como uma laje unidirecional. Após o endurecimento do concreto, a estrutura açoconcreto constitui um elemento estrutural único, como ilustra a figura 1.

A resistência aos momentos fletores positivos atuantes é dada pela própria chapa perfilada de aço, estando o concreto comprimido nas suas nervuras. Nas zonas de momento negativo é necessário incorporar eventualmente uma armadura de reforço.

No entanto para que a seção possa funcionar como uma estrutura mista, o conjunto aço-concreto tem de apresentar uma boa conexão entre si. Para tal, é necessário que as chapas apresentem um perfil particular, quanto à forma das nervuras e das reentrâncias na sua superfície, de modo a existir uma certa adesão entre o concreto e as chapas, acompanhado por mecanismos de conexão, aplicados na laje, de modo a garantir que a seção tenha capacidade resistente à tensão longitudinal de cisalhamento solicitada na interface entre a chapa e o concreto.

Page 26: Tire suas dúvidas sobre habite

2 - Tipos de Chapas

As chapas perfiladas são formadas a frio e devem obedecer às especificações da parte 1.3 do Eurocódigo 3. Existem diferentes formatos de chapa como mostra a figura 2. As principais características que definem as chapas perfiladas são as seguintes:

Características geométricas:

• Altura da chapa, variando entre 50mm e 80mm;• Espessura, sendo as mais comuns: 0,7, 0,75, 0,8, 1,0, 1,2mm;• Reentrâncias (ver figura 3);• Espaçamento entre nervuras;• Área efetiva.

Características resistentes:

• Posição da linha neutra;• Inércia efetiva da seção (cm4/m);• Módulo de flexão efetivo (cm3/m).

Outras características:

• Peso por m2;• Volume de concreto por m2.

Page 27: Tire suas dúvidas sobre habite

3 - Conectores

Para que exista um comportamento eficiente, torna-se preponderante uma correta interação entre ambos os materiais aço-concreto, a qual é garantida por elementos metálicos denominados de conectores, aplicados nas vigas de suporte.

Os conectores podem ser classificados em dois tipos, flexíveis e rígidos. Neste artigo apenas são abordados os casos dos conectores flexíveis, ou seja, aqueles que apresentam com comportamento dútil, em particular os do tipo “pino com cabeça” (stud bolt) e os conectores X-HVB da marca “HILTI”, pois de um modo geral são os mais empregados na construção.

3.1 - Conectores Soldados - "Stud Bold"

Este tipo de conector é soldado à mesa superior do perfil metálico (figura 4 (c)) por meio de uma pistola automática ligada a um equipamento de soldagem. O processo é iniciado quando se encosta a base do pino ao material base (mesa superior do perfil), quando então se aperta o gatilho da pistola, forma-se um arco elétrico provocando consequentemente a fusão entre o material base e o conector (as figuras 4(a) –(b) ilustram os procedimentos de soldagem na fábrica e na obra). A altura efetiva do conector é diminuída em cerca de 5mm ao ser soldado. De um modo geral, os conectores soldados através das chapas são de 19mm de diâmetro e de 75mm a 150mm de altura, com uma cabeça de aproximadamente 28mm de diâmetro, sendo o limite da tensão de ruptura do material de 450N/mm2. Deverão ser respeitadas as seguintes disposições construtivas, de acordo com o Eurocódigo 4 (1992):

1 - As espessuras da mesa da viga de suporte não devem ser inferiores a 7,6mm (para conectores soldados de 19mm). Este limite aumenta para diâmetros superiores;

2 - Os conectores devem sobressair 35mm, acima da face superior da chapa e devem ter um recobrimento mínimo de concreto, acima do topo do conector, de cerca de 15mm. Para impedir danos na chapa os conectores devem ser colocados sobre linhas predeterminadas e marcadas sobre a chapa. A distância entre o limite do conector e o limite da chapa, não deve ser inferior a 20mm (devido a esta limitação não é aconselhável usar vigas de suporte com mesas inferiores a 120mm). A distância entre conectores não deve ser inferior a 95mm na direção dos esforços de cisalhamento, e 76mm na direcção perpendicular aos esforços de cisalhamento;

3 - A distância entre conectores não deve ser superior a 450mm;

4 - Os conectores são colocados normalmente nas nervuras, alternadamente, em alguns casos aos pares em cada nervura.

Page 28: Tire suas dúvidas sobre habite

3.2 - Conectores X-HVB da marca "HILTI"

Os conectores da Hilti X-HVB são fixos por pregos zincados aos elementos da estrutura. Este processo é realizado através de uma pistola que faz disparar tiros de cartuchos de pólvora como ilustra a figura 5. Este sistema é rápido e econômico, por não haver a necessidade da utilização de energia elétrica para o seu funcionamento. Permite ainda que qualquer trabalhador com prática seja capaz de instalar os conectores com máxima segurança e confiabilidade. Podendo ser empregados em condições adversas (chuva, neve, condensação, etc.), pois em nenhuma circunstância diminui a qualidade da fixação.

Para execução da aplicação dos conectores são necessários a pistola, os pregos, os conectores e os cartuchos de pólvora como se pode observar na figura 5. Os conectores do tipo Hilti X-HVB são em aço zincado de 3μm, apresentando uma resistência mínima à tração de 295N/mm2.. Os pregos tipo Hilti são em aço zincado 8-16μm e apresentam uma resistência mínima à tração de 2.000N/mm2. As propriedades geométricas do conector e dos pregos estão indicadas em Saúde e Raimundo (2006).

A escolha do tipo de cartucho é igual ao tipo de prego e depende da espessura da chapa e da qualidade do aço da viga metálica onde se fixam os conectores. Uma vez disparado, é necessário comprovar que o prego está saliente entre os 8,5 e 11mm sobre o conector.

Page 29: Tire suas dúvidas sobre habite

4 - Armaduras

As armaduras utilizadas na construção de lajes mistas aço-concreto, normalmente são do tipo em malha em forma quadrada e de pequeno diâmetro, exceto em grandes vãos, onde é necessário proceder ao cálculo de uma armadura superior (ver figura 6).

A armadura atua principalmente na direção normal das vigas e cumpre as seguintes funções:

• Atua como uma armadura transversal que impede a fissuração ao longo do alinhamento de conectores;

• Faz com que se obtenha uma resistência à flexão nos apoios da laje no caso da ocorrência de fogo;

• Ajuda a reduzir a fissuração nos apoios;

• O controle a fissuração nos estados limites de serviço em lajes mista é efetuado pela chapa perfilada. Algumas fissuras sobre as vigas e apoios da laje podem ocorrer, no entanto essas fraturas não afetam a durabilidade e o desempenho da laje. No caso de ambientes agressivos as armaduras adicionais são imprescindíveis;

• Devem ser colocadas armaduras superiores em lajes de espessura reduzida a uma distância de 20mm, suportadas sobre a superfície superior da chapa. Na prática, tendo em conta as sobreposições, a malha deve situa-se entre os 20 e os 45mm da face superior da chapa. A sobreposição deve ser no mínimo de 300mm no caso de malha leve e de 400mm para malha pesada. É necessário a colocação de armadura suplementar nos seguintes casos:

• Por resistência ao fogo, normalmente barras no fundo das nervuras;

• Armadura transversal na zona de conectores. Este reforço é apenas utilizado quando os conectores são soldados;

• Reforço (barras adicionais) em aberturas de grande dimensão.

Page 30: Tire suas dúvidas sobre habite

5 - Processo de Execução

5.1 - Colocação das Chapas

Antes de se proceder à elevação das chapas é necessário que a estrutura metálica esteja totalmente executada. A montagem das chapas deve ser realizada de acordo com os planos de execução;Para um espaçamento entre vigas de suporte superior 2,5m, torna-se necessário aplicar um escoramento durante a concretagem e período de endurecimento do concreto (ver figura 7)

A montagem das chapas realiza-se a partir de um dos cantos dos edifícios, criando os montadores a sua própria plataforma de trabalho com as primeiras chapas montadas. Uma vez colocadas na posição definitiva, devem ser fixas antes de continuar a colocação das seguintes, sendo de evitar por motivos de segurança a existência de chapas soltas;

A união das chapas realizar-se topo a topo sendo lacradas através de uma banda adesiva;A distância de entrega da chapa sobre a viga deverá ser no mínimo de 50mmDevem ser evitadas cargas pesadas sobre as chapas, em especial nos espaços entre as vigas, dada a sua grande esbeltez.

5.2 - Acabamento das Chapas

Os acabamentos perimetrais (nas bordas) constituem os limites verticais das lajes e realizam-se à base de peças angulares de chapas de aço galvanizado. É muito importante que estejam corretamente posicionados e fixados para que não se deformem durante a concretagem (ver figura 8).

Os acabamentos perimetrais devem ter uma altura igual à espessura total requerida para laje de concreto. Para lajes em balanço é necessário fixar os acabamentos à estrutura principal através de tirantes separados de 0,6 a 1m, que servem para dar rigidez à parte superior da laje, como é mostrado na figura 8.

Page 31: Tire suas dúvidas sobre habite

5.3 - Aberturas na Laje

O sistema mais aconselhado para a formação de aberturas consiste na colocação de formas de madeiras na parte interior da abertura ou então utilizar blocos de poliestireno com a forma da chapa perfilada. A chapa perfilada só deve ser cortada após a laje mista ter adquirido a resistência suficiente. Este sistema tem a vantagem da chapa suportar cargas durante a concretagem sem que seja usado escoramento vertical até determinado vão. Os cortes da chapa devem ser reparados e protegidos com pintura de zinco de modo que não ocorra corrosão da chapa.

As pequenas aberturas quadradas ou circulares, até 200mm, não precisam normalmente de reforços, mesmo algumas lajes que estejam longe de atingir os estados limites, podem admitir aberturas até 300mm de lado sem necessidades de reforços. Aberturas maiores precisam de reforços adicionais nas lajes quando os esforços a absorver na zona interrompida são transmitidos lateralmente às nervuras adjacentes. Esta situação também se sucede quando aberturas de grandes dimensões estão muito juntas umas das outras.

Estes reforços adicionais devem ter a forma de barra e serem colocados nas nervuras da chapa adjacentes à abertura. As barras devem ter seção equivalente à da chapa interrompida, colocadas na mesma cota que a linha neutra da chapa e barras transversais centradas na zona das fibras de compressão.

5.4 - Operação de Concretagem

A face superior da chapa deve estar limpa de sujeira antes de se proceder a concretagem da laje. A chapa perfilada é produzida com uma camada de óleo superficial típica das chapas galvanizadas sendo aceitável enão afetando o comportamento na interface aço-concreto após a concretagem.

As uniões das chapas devem realizar-se topo a topo e devem ser lacradas, como pode ser observado na figura 9.

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Os trabalhadores enquanto fazem a concretagem da laje devem situarse junto dos apoios para evitar flechas excessivas da laje. Se isto acontecer evitam-se cargas desiguais sobre vãos adjacentes.A espessura da laje é determinada por espaçadores adequados (figura 10), de modo que não haja desperdícios. O concreto excessivo pode provocar deformações excessivas para as quais a estrutura não está dimensionada.

A operação de concretagem é realizada por meio de bomba. As tubagens de saída do concreto devem ser movimentadas freqüentemente e cuidadosamente para que se minimize os problemas de acumulação em zonas criticas da laje como por exemplo a meio do vão. Dependendo da fluidez do concreto poderá ser importante uma boa vibração, principalmente nas zonas dos conectores. A tubagem de saída deve estar sempre preparada e não deve ser elevada acima do joelho no momento de verter o concreto sobre a chapa perfilada.

5.5 - Sequência esquemática do processo

O processo de construção das lajes mistas tem que seguir uma ordem de elaboração de modo que todas as fases do processo sejam realizadas corretamente. Na figura 11 mostra-se uma sequência que permite que todos elementos trabalhem em equipe e em segurança.

6 - Vantagens e Desvantagens das Lajes Mistas

As vantagens do uso de lajes mistas são: (i) ideais para edifícios altos em estrutura de aço, dada a sua rapidez de execução; (ii) as chapas são transportadas facilmente pois são leves, sendo fixadas no local por dois ou três trabalhadores; (iii) a qualidade das chapas e dos elementos de fixação é controlada em fábrica, com tolerâncias rígidas e procedimentos de qualidade estabelecidos; (iv) as chapas de aço depois de montadas, constituem uma excelente plataforma segura de trabalho, que permite a movimentação

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de pessoas e apoio para materiais; (v) como não necessita da aplicação de formas, para suportar a fase de endurecimento do concreto, simplifica em muito a execução da obra, permitindo velocidades de construção mais rápidas; (vi) menor quantidade de armazenamento de material no canteiro de obra.

Como desvantagens: (i) é necessário maior nível de especialização do pessoal e devem existir planos de montagem; (ii) detalhamento de aspectos construtivos; (iii) a resistência do aço sob ação do fogo.Existem hoje medidas preventivas ao fogo, que permitem mitigar este fenômeno através se sistemas de isolamento ou proteção, que por falta de espaço não são abordados neste artigo. O comportamento ao fogo das lajes mistas de acordo com as indicações do Eurocódigo 4 está abordado em Saúde e Raimundo (2006).

7 - Conclusão

No mundo da construção, as técnicas e processos construtivos estão em constante evolução, com necessidade de optimizar prazos, melhoria de aspectos técnicos de

Page 34: Tire suas dúvidas sobre habite

projecto de rapidez e simplificação de execução e no controle de qualidade dos materiais. As lajes mistas são assim um reflexo desses aspectos. Num contexto geral, as razões para a sua utilização são: (i) a cada vez maior necessidade de racionalização dos processos construtivos; (ii) a existência de prazos muito reduzidos para a execução das estruturas; (iii) a realização de edifícios cada vez mais altos com tecnologias cada vez mais complexas; (iv) a possibilidade de utilizar as chapas perfiladas como base de apoio, não necessitando formas para concretagem e (v) a não necessidade de escoramento da laje, até determinado comprimento de vãos.

É neste contexto, que as lajes mistas aço-concreto são soluções interessantes, especialmente quando combinadas com estruturas metálicas.

Referências Bibliograficas

Acies, (2005). Asociación de Consultores Independientes de Estructuras de Edificación, www.acies-ed.comCEN (Comité Européen de Normalisation). (1992). Eurocode 4 - Design of composite steel and concrete structures - Parte 1.1: General rules and rules for buildings, ENV 1993-1.1.Globalfloor. (2006). www.globalfloor.comHaironville (2001). www.haironville-pab.comHilti. (2005). Hilti Portugal, www.hilti.ptSaúde, J. e Raimundo, D. (2006) “Lajes Mistas Aço-Betão”, Seminário, Curso deEngenharia Civil, Instituto Politécnico de Tomar, Portugal.SSEDTA, 2001, www.ssedta.com.

Autor:

Jorge Saúde, Duarte RaimundoAlunos do Curso de Engenharia Civil, Instituto Politécnico de Tomar, PortugalLuís Carlos ProlaProfessor doutor da Escola Superior de Tecnologia de Tomar, PortugalIgor PierinMestre em Engenharia Civil pela UFSC, doutorando da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

http://www.metalica.com.br/lajes-mistas, no mesmo dia

Produtos » LAJES TRELIÇADAS

A laje pré-fabricada com o uso das TRELIÇAS vem ganhando espaço na construção

civil. Seu uso proporciona à laje maior rigidez, mais qualidade, segurança e a

capacidade para vencer grandes vãos e suportar altas cargas.

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O sistema construtivo com lajes treliçadas permite substituir, com vantagens, o uso das

lajes pré-fabricadas comuns e das lajes maciças ou protendidas.

A opção pela tecnologia das TRELIÇAS traz inúmeros benefícios ao processo

construtivo:

Capacidade de vencer grandes vãos;

Eliminação do uso de forma, restringindo assim a necessidade de utilização de

madeira;

Menor peso próprio, com conseqüente alívio das cargas em vigas, pilares e

fundações;

Redução do custo final da estrutura em até 30%, entre economia de aço,

concreto, forma, mão de obra e da quantidade de peças estruturais;

Perfeita condição de monoliticidade da estrutura, possibilitando ser utilizada em

qualquer tipo de obra, seja horizontal ou vertical com altura elevada;

Redução do escoramento devido à diminuição do peso próprio.

• Laje Treliçada com Cerâmica

• Laje Treliçada com EPS

• Laje Treliçada com Fôrmas Plásticas Removíveis

• Adesivo Acrílico Para Revestimentos – Eucocryl

• Caixa de Luz

Laje Treliçada com Cerâmica

A Lajes Santa Inês possui produtos com alto índice de qualidade, devido à escolha de

materiais e processos que permitem o máximo de resistência.

Page 36: Tire suas dúvidas sobre habite

A areia, brita e cimento provem de fornecedores cadastrados, o que permite a

padronização da resistência dos produtos.

A cerâmica utilizada segue padrões de mercado e normas brasileiras, detalhe de

fundamental importância, pois, a resistência da laje e a quantidade de concreto

dependem deste parâmetro.

VANTAGENS

Facilidade na montagem;

Ausência de fôrmas;

Dimensionamento de execução em sentido

unidirecional e bidirecional, dependendo das

características da laje;

Menores deformações devido a armação da treliça,

o que garante a ausência de trincas nas lajes;

Diminuição do custo da laje com uma altura de até

16 cm e pequenos vãos;

Laje Treliçada com EPS

Page 37: Tire suas dúvidas sobre habite

O uso do isopor ( E.P.S. ) no sistema treliçado substitui com vantagens outros materiais,

como lajotas cerâmicas ou de concreto, por ser um material extremamente leve e de boa

resistência mecânica.

As lajes nervuradas podem ser armadas em uma direção ou nas duas direções. No

primeiro caso, as nervuras, colocadas em apenas uma direção, descarregam suas cargas

em dois apoios. Dependendo do vão, são colocadas também nervuras na direção

transversal à direção principal, com a finalidade apenas de travamento das nervuras

principais.

Já as lajes armadas em duas direções são concebidas para assim distribuir as cargas, e

por isto apresentam menores esforços em cada direção, podendo ser projetadas com

alturas menores.

VANTAGENS

Isolamento térmico e acústico;

Facilidade de recortes nas tubulações e cantos

irregulares;

Menores cargas aliviando estrutura e fundações;

Redução do peso da laje;

Page 38: Tire suas dúvidas sobre habite

Diminuição do concreto;

Escoramento reduzido ( sustenta cargas menores );

Menor tempo de execução;

Fácil transporte.

Laje Treliçada com Fôrmas Plásticas Removíveis

PATENTE N. 9706689-3

As formas plásticas da Lajes Santa Inês reduzem o custo de forma, mão de obra e o

prazo de execução, além de facilitar a construção de lajes nervuradas.

São produzidas por moderno processo tecnológico: a injeção com a utilização de

polietileno virgem de alta qualidade. Proporciona grande resistência, durabilidade, baixo

custo, fácil colocação e desforma, sendo também reutilizáveis.

VANTAGENS:

Desnecessário o uso de mão de obra especializada,

pois as fôrmas são  plásticas, leves e de fácil manuseio;

Possibilidade de montagem rápida e redução de

escoramento;

Desforma em até 48 horas;

Capacidade em vencer grandes vãos, dando maior

flexibilidade à elaboração dos projetos;

Page 39: Tire suas dúvidas sobre habite

Aumento de produtividade no canteiro de obras;

Excelente relação custo/benefício;

Possibilidade de deixar o concreto aparente, sem

necessidade de acabamento com reboco ou gesso;

Redução do peso próprio e do consumo de

concreto, gerando economia global da obra - maior

intereixo;

Nada é mais barato que o vazio.

Características Técnicas:

Adesivo Acrílico Para Revestimentos – Eucocryl

A Lajes Santa Inês, além de oferecer lajes de alta qualidade, dispõe de produtos

diferenciados, com a função de facilitar e economizar a execução da laje.

Page 40: Tire suas dúvidas sobre habite

Com a preocupação de suprir as necessidades do cliente, a Lajes Santa Inês oferece o

EUCOCRYL, um adesivo sintético acrílico, compatível com cimento, próprio para

argamassas de chapisco em lajes com lajotas ou com EPS/ISOPOR, onde se necessita

de uma excelente ponte de aderência para sustentação do reboco.

VANTAGENS:

Proporciona aderência sobre os mais diversos

substratos;

Ótima textura do chapisco;

Melhora a trabalhabilidade, conferindo boa

elasticidade;

Permite boa estabilidade em presença de água e

umidade;

Maior velocidade da execução;

Economia de material e mão-de-obra;

Redução dos tradicionais respingos durante a

aplicação do chapisco;

Diminui o risco de fissuração pois evita a retração.

Page 41: Tire suas dúvidas sobre habite

Aplicação:

Chapisco;

Gesso corrido.

Caixa de Luz

A Lajes Santa Inês  mais uma vez inova e sai a frente de seus concorrentes. Ela

desenvolveu  um produto para facilitar e diminuir o custo da execução da obra, 

mostrando assim, que a empresa sempre coloca o cliente em primeiro lugar.

A caixa de luz consiste em uma estrutura de aço galvanizado anexado a uma  plaqueta

de concreto armado. Facilita a concretagem, pois a caixa de luz fica embutida no

material de enchimento (lajota/EPS).

VANTAGENS:

A não utilização de escora individual para o ponto

de luz, visto que a caixa utiliza as vigas treliçadas

como apoio;

 

Elimina o uso de serragem, areia, jornal, como

enchimento da caixa de luz durante a concretagem;

 

Proporciona economia de mão de obra;

 

Page 42: Tire suas dúvidas sobre habite

Diminui o consumo de madeira na obra

http://www.lajesantaines.com.br/lajes.asp, no mesmo dia

LAJES PRÉ-FABRICADAS: VIGOTA E TAVELA

22 de maio de 2012 carolinekehl Deixe um comentário Go to comments

Projeto residencial dos arquitetos Léa Japur e Jean Grivot [via]

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O QUE SÃO LAJES PRÉ-FABRICADAS?

São denominadas lajes pré-fabricadas todas aquelas cujas partes constituintes são fabricadas em larga escala por indústrias. Existem diversos tipos, sendo as mais  usadas as lajes com vigotas treliçadas e as com vigotas de concreto armado.

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O QUE É VIGOTA E TAVELA?

As vigotas de concreto armado têm seção de concreto usualmente formando um “T” invertido, com armadura passiva totalmente englobada pelo concreto da vigota. As vigotas treliçadas são constituídas por uma armadura em forma de treliça parcialmente englobada pelo concreto da vigota, cujo banzo inferior é envolto por uma placa de concreto estrutural, formando um conjunto pré-moldado de boa resistência e fácil

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manuseio. Posteriormente, em conjunto com o concreto, formarão as nervuras longitudinais da laje.

Os elementos de enchimento são componentes pré-fabricados de materiais inertes diversos, podendo ser maciços ou vazados, sendo mais comuns as tavelas de cerâmica ou de EPS. Elas são colocadas entre as vigotas, com a função de reduzir o volume de concreto e o peso próprio da laje (se comparada com a laje maciça), além de servir como fôrma para o concreto de capeamento. Possuem as faces inferior e superior planas e nas laterais, abas de encaixe para apoio, que devem ser compatíveis com as dimensões das vigotas para permitir o nivelamento da laje e evitar a fuga do concreto durante a concretagem.

O concreto de capeamento serve, por sua vez, não só de proteção à armadura, devido a sua natureza alcalina, mas também de elo de ligação entre a zona comprimida e a tracionada. No caso de momentos negativos, essa região estará submetida a tensões de compressão e, portanto, a qualidade do concreto é de suma importância para a resistência da laje.

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QUANDO UTILIZAR?

As lajes pré-fabricadas vêm ganhando maior espaço na aplicação em construções residenciais de pequeno porte e até mesmo em edifícios de baixa altura, principalmente devido ao bom comportamento estrutural e facilidade de execução. O emprego dessas lajes não é permitido nas edificações industriais ou comerciais, as quais poderão exigir vãos maiores e sobrecargas não compatíveis com a sua utilização, visto que tais edificações dependem diretamente da natureza e magnitude das cargas aplicadas e do vão a ser vencido. Não é admissível também, para essas lajes, a ação predominante de cargas concentradas ou de cargas dinâmicas, de choque ou vibração, por mais elevada que seja a sua capacidade resistente. Para esses casos, devem ser feitos estudos por verificação experimental.

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COMO DIMENSIONAR?

As vigotas em forma de “T” invertido deverão ter dimensões padronizadas, devendo a sua altura ser maior ou igual a 8cm. As lajes pré-moldadas comuns vencem vãos até 5m entre os apoios. Em geral, os seus comprimentos variam de 10cm em 10cm. A vigota treliçada utiliza vergalhões soldados entre si formando uma treliça. Por isso, essa laje pode vencer vãos de até 12m entre apoios.

Os blocos cerâmicos terão também suas dimensões padronizadas, com alturas de 7, 8, 10 e 12 cm, e largura suficiente para permitir um intereixo que não deverá ser superior a 50cm.

O capeamento, moldado no local da obra, deverá ser uniforme e ter espessura mínima de 4cm para lajes de piso, a fim de absorver os esforços de compressão oriundos da flexão. Para lajes de forro, permite-se um capeamento de 3cm. O concreto para

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confecção das vigotas e para o capeamento deverá ter um fck≥20MPa. Na direção perpendicular às nervuras, será obrigatória a colocação de armadura complementar de distribuição de tensões e travamento das vigotas, posicionada na mesa de compressão sobre as vigotas, com área da seção transversal igual ou superior a 0,6cm² por metro de laje e composta de pelo menos três barras. O aço das vigotas deverá ser o CA 60.

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COMO EXECUTAR?

A sequência de execução de lajes pré-fabricadas é a seguinte:

1. Escoramento

Esta é a primeira providência e uma das etapas mais importantes na execução de sua laje pré-fabricada. O escoramento deve ser feito antes da colocação das vigotas, apoiado em base firme. Sob as escoras, utilizar pedaços de tábua para uma melhor distribuição de cargas no solo. Todos os vãos acima de 1,30m devem ser escorados com linhas de escora colocadas no sentido inverso ao apoio das vigas.

2. Aplicação de Contra-flecha

A contra-flecha é utilizada como um recurso para compensar as consequências indesejáveis das deformações devidas à ação das cargas nas lajes. A contra-flecha, nem sempre necessária, deve ser aplicada na fase de execução do escoramento de acordo com o projeto de montagem da laje ou das medidas de contraflechas aplicadas.

3. Montagem

Distribuir as vigotas de cada vão de acordo com o sentido e tamanho indicado na planta de montagem. É necessário que elas apoiem no mínimo 5cm sobre o respaldo das paredes ou vigas. Iniciar a montagem com a vigota junto a uma das extremidades da laje e prosseguir a distribuição colocando entre elas uma tavela em cada extremidade. Não deixar folgas e manter a distribuição sempre no esquadro. Colocar o restante das tavelas e marcar os pontos de luz com a colocação de vigotas já furadas ou da caixas de luz. Cuidado, nunca caminhar diretamente sobre as tavelas, utilizar tábuas para transitar sobre a laje até a concretagem.

4. Nervura de travamento

Para garantir maior estabilidade e reduzir o efeito das deformações, é necessária a execução de nervuras transversais sempre que haja cargas concentradas a distribuir (paredes) ou quando o vão for superior a 4m, exigindo-se duas nervuras se o vão ultrapassar a 6m.

5. Armadura de Distribuição e Ferragem Negativa

A armadura de distribuição deve ser utilizada em todas as lajes, a ferragem deve ser distribuída no sentido transversal às vigotas com barras na bitola 5mm (3/16″) espaçadas no máximo a cada 30cm. Esta armadura é importante, pois evita a fissuração

Page 45: Tire suas dúvidas sobre habite

do concreto de capeamento. A ferragem negativa é utilizada para garantir a situação de apoio das vigas tanto nas laterais como nos apoios intermediários formando a continuidade nos encontros de vigas. Deve ser distribuída no mesmo sentido das vigas.

6. Concretagem

Molhar muito bem as vigotas e tavelas antes do lançamento do concreto para evitar que as peças absorvam a água de cura do concreto. Utilizar o traço recomendado no projeto de execução e montagem das lajes. Espalhar bem o concreto preenchendo todos os espaços vazios, principalmente nos encontros entre as vigotas e tavelas, garantindo a solidez do conjunto. Molhar a laje durante 5 dias após o capeamento, efetuando assim a cura do concreto. Retirar o escoramento somente 21 dias após a concretagem.

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FOTOS:

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COMO REPRESENTAR?

Clique aqui para fazer o download do arquivo de SketchUp com o desenho acima!

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REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2002) . NBR 14859-1. Laje pré-fabricada – Requisitos – Parte 1: Lajes unidirecionais. Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003). NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro.

LAJES PRÉ-FABRICADAS TRELIÇADAS: UMA ANÁLISE EXPERIMENTAL REGIONAL SEGUNDO A NBR 14859 Ricardo Nakao (1), Elizete Da Paz Correa (2), Fafner Penze da Rocha (3), Jucimeire Neves da Silva (4), Nelson de Castro Júnior (5), Caio Saravi Cardoso (6) 1o. Encontro Nacional de Pesquisa-Projeto-Produção em Concreto pré-moldado. São Carlos 2005.

Coletânea Habitare – vol. 3 – Normalização e Certificação na Construção Habitacional – Capítulo 5: Projeto e execução de lajes pré-moldadas com vigotas de concreto

Page 48: Tire suas dúvidas sobre habite

armado: sugestões para elaboração de uma norma específica para lajes pré-fabricadas – João Eduardo Di Pietro.

SITES:

Kilaje Fazfácil

AUTORES:

Profª. Caroline Kehl e Prof. Juliano Vasconcellos

COLABOROU:

Acad. Rodrigo Noronha

http://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/05/22/lajes-pre-fabricadas-vigota-e-tavela/, no mesmo dia.

<<http://www.unama.br/novoportal/ensino/graduacao/cursos/engenhariacivil/attachments/article/128/SISTEMAS-ESTRUTURAIS-LAJES.pdf, para este doc:

de PDF.