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ESCOLA DE MASSOTERAPIA SOGAB www.sogab.com.br Apostila de Cinesiologia www.sogab.com.br – Fone (51) 3066-8930 Cinesiologia - A Importância dos Movimentos A cinesiologia é a ciência que tem como enfoque a análise dos movimentos do corpo humano. O nome Cinesiologia vem do grego kínesis = movimento + logos = tratado, estudo. A finalidade da Cinesiologia é compreender as forças que atuam sobre o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento tais que o desempenho humano possa ser melhorado e lesão adicional possa ser prevenida. Embora os humanos tenham sempre sido capazes de ver e sentir as suas posturas e movimentos, as forças que afetam os movimentos (gravidade, tensão muscular, resistência externa e atrito) nunca são vistas e raramente são sentidas. Conhecer onde essas forças atuam, em relação a posições e movimentos do corpo no espaço, é fundamental para a capacidade de produzir movimento humano e modificá-lo. A Cinesiologia é a ciência que estuda os movimentos humanos. A própria respiração demanda cinética muscular através das contrações das hemicúpulas diafragmáticas, mas temos outros exemplos de movimento, como bombear sangue através do corpo, ou mesmo movimentar o bolo alimentar e fecal. Nossos movimentos são possíveis pela ação muscular. É através da contração dos músculos que o ser humano é capaz de realizar façanhas extraordinárias, como saltar 2,45 metros de altura, pular mais de 8 metros de distância, correr 100 metros em menos de 10 segundos, terminar uma maratona em pouco mais de 2 horas, levantar mais que o próprio peso corporal no halterofilismo, realizar vários giros no ar na ginástica, saltos ornamentais ou no skate. Acariciar alguém, pintar um quadro, dançar uma valsa, também são exemplos desse magnífico controle que temos sobre os músculos. Ações inconscientes, como controlar o fluxo sanguíneo para nossos órgãos, arrepiar os pêlos ao sentir frio, regular o foco da visão, ou simplesmente sorrir são possibilitadas pela ação dos nossos músculos. O corpo precisa do movimento. O movimento musculoesquelético, é de suma importância para a manutenção da saúde. Pacientes portadores de patologias graves das articulações e do sistema nervoso ou sistema musculoesquelético, apresentam em geral severos comprometimentos. Pacientes que permanecem por tempo muito prolongado em decúbito ou em sedestação, apresentam complicações funcionais, como as respiratórias. No decúbito ou na sedestação a expansibilidade pulmonar não é plena e muitas vezes este fator pode prejudicar a função e a higiene deste órgão, podendo agravar os quadros de infecção respiratória. Os membros em desuso permanente sofrem involução funcional, como atrofia, degeneração ou encurtamento que prejudicam a amplitude de movimento das articulações que diminuem inclusive sua lubrificação. A pele comprimida pelo corpo, pode gerar déficits circulatórios, que potencialmente evoluem para ulcerações conhecidas como escaras. A circulação periférica no repouso excessivo pode manifestar ou agravar distúrbios, como trombose e o baixo gasto energético de um indivíduo restrito ao leito, podem gerar obesidade que enfim trará mais complicações.

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Cinesiologia - A Importância dos Movimentos

A cinesiologia é a ciência que tem como enfoque a análise dos movimentos do corpo humano. O nome Cinesiologia vem do grego kínesis = movimento + logos = tratado, estudo. A finalidade da Cinesiologia é compreender as forças que atuam sobre o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento tais que o desempenho humano possa ser melhorado e lesão adicional possa ser prevenida. Embora os humanos tenham sempre sido capazes de ver e sentir as suas posturas e movimentos, as forças que afetam os movimentos (gravidade, tensão muscular, resistência externa e atrito) nunca são vistas e raramente são sentidas. Conhecer onde essas forças atuam, em relação a posições e movimentos do corpo no espaço, é fundamental para a capacidade de produzir movimento humano e modificá-lo.

A Cinesiologia é a ciência que estuda os movimentos humanos. A própria respiração demanda cinética muscular através das contrações das hemicúpulas diafragmáticas, mas temos outros exemplos de movimento, como bombear sangue através do corpo, ou mesmo movimentar o bolo alimentar e fecal. Nossos movimentos são possíveis pela ação muscular. É através da contração dos músculos que o ser humano é capaz de realizar façanhas extraordinárias, como saltar 2,45 metros de altura, pular mais de 8 metros de distância, correr 100 metros em menos de 10 segundos, terminar uma maratona em pouco mais de 2 horas, levantar mais que o próprio peso corporal no halterofilismo, realizar vários giros no ar na ginástica, saltos ornamentais ou no skate. Acariciar alguém, pintar um quadro, dançar uma valsa, também são exemplos desse magnífico controle que temos sobre os músculos. Ações inconscientes, como controlar o fluxo sanguíneo para nossos órgãos, arrepiar os pêlos ao sentir frio, regular o foco da visão, ou simplesmente sorrir são possibilitadas pela ação dos nossos músculos.

O corpo precisa do movimento. O movimento musculoesquelético, é de suma importância para a manutenção da saúde. Pacientes portadores de patologias graves das articulações e do sistema nervoso ou sistema musculoesquelético, apresentam em geral severos comprometimentos. Pacientes que permanecem por tempo muito prolongado em decúbito ou em sedestação, apresentam complicações funcionais, como as respiratórias. No decúbito ou na sedestação a expansibilidade pulmonar não é plena e muitas vezes este fator pode prejudicar a função e a higiene deste órgão, podendo agravar os quadros de infecção respiratória. Os membros em desuso permanente sofrem involução funcional, como atrofia, degeneração ou encurtamento que prejudicam

a amplitude de movimento das articulações que diminuem inclusive sua lubrificação. A pele comprimida pelo corpo, pode gerar déficits circulatórios, que potencialmente evoluem para ulcerações conhecidas como escaras. A circulação periférica no repouso excessivo pode manifestar ou agravar distúrbios, como trombose e o baixo gasto energético de um indivíduo restrito ao leito, podem gerar obesidade que enfim trará mais complicações.

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TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES

Existem três tipos de fibras musculares: tipo I; tipo IIA; tipo IIB. Todas estas estão presentes no músculo esquelético, porém em proporções maiores ou menores dependendo do músculo.

O tipo I (de contração lenta ou oxidativo lento) é de cor escura devido a grande quantidade de mitocôndrias e mioglobia (hemoglobina muscular que armazena oxigênio) presentes em sua estrutura. Apresentam grande quantidade de enzimas oxidativas, associadas ao metabolismo aeróbico – O2.

O tipo IIA (de contração rápida ou glicolíticas rápidas), por ter menos mitocôndrias e mioglobinas em sua estrutura, é mais pálido. Apresentam grande quantidade de enzimas glicolíticas, associadas ao metabolismo anaeróbico – sem O2. Devido ao seu diâmetro maior, desenvolvem maior força de contração, e produzem uma contração em menos tempo que as fibras musculares tipo I, mas no entanto, as fibras tipo IIA fadigam mais rapidamente que as fibras tipo I, que são mais resistentes à fadiga.

O tipo IIB (oxidativo rápido-glicolítico) é intermediário em características como cor, quantidade de mitocôndrias, tamanho, velocidade de contração e velocidade de fadiga.

Como dito anteriormente, os três tipos de fibras estão presentes na maioria dos músculos esqueléticos, porém sua quantidade varia de indivíduo para indivíduo, e varia em determinadas partes do corpo. Por exemplo: no músculo sóleo da perna há grande quantidade de fibras tipo I, de contração lenta, porém, no orbicular do olho a quantidade destas é muito baixa. Em geral, todos os músculos que apresentam como características contração intensa e baixa resistência à fadiga têm em sua estrutura maior quantidade de fibras tipo IIA. Contração Muscular É o resultado da interação de filamentos de actina e miosina nos sarcômeros, o que resulta no encurtamento das fibras musculares.

Tono muscular (Tônus Muscular)

Os músculos dos indivíduos com seu sistema neuromusculoesquelético intacto exibem uma firmeza à palpação, denominada tono muscular. A firmeza presente nos músculos é observada em repouso, mesmo nos músculos de indivíduos bem relaxados. A firmeza, no entanto, esta prejudicada se o nervo motor que supre o músculo não estiver intacto. Os músculos relaxados exibem pelo menos uma quantidade palpável de tono muscular, mas os investigadores não lograram detectar quaisquer potenciais de ação musculares para responsabilizar-se por este tono (Clemmeson, 1951; Basmajian, 1952; Ralston e

Libet, 1953). Assim, o tono dos músculos relaxados em pessoas com sistema neuromusculoesquelético intacto parece constituir o resultado de propriedades físicas básicas do músculo, tais com elasticidade, viscosidade e plasticidade.

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Tono postural é um termo usado para descrever o desenvolvimento de tensão muscular em músculos particulares que estão ativamente engajados em manter diferentes partes do esqueleto em relação apropriadas para manter posturas particulares. O tono postural é acompanhado por

atividade elétrica registrável a partir da unidade motora ativa. Os músculos usados mais frequentemente para manter o corpo em uma posição ereta são designados músculos antigravitacionais. De maneira geral, os músculos do tronco, os músculos flexores das extremidades superiores e os músculos extensores das extremidades inferiores são considerados músculos antigravitacionais. Tônus Muscular: Grau de contração muscular permanente existente na musculatura de uma pessoa. A eutonia, paciente eutônico é o paciente com tônus ou seja grau de contração

permanente da musculatura em níveis normais. Hipertonia define o aumento do tônus muscular e a Hipotonia refere-se a diminuição deste tônus. Tanto a hipotonia quanto a hipertonia ocorrem em situações de injúria no sistema nervoso. Na figura acima paciente pediátrico com hipotonia devido a paralisia cerebral. Abaixo paciente em postura de OPISTÓTONO, devido a estado de hipertonia causada pelo Tétano. No entanto o Acidente Vascular Cerebral e a Paralisia Cerebral também pode causar hipertonia.

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Os centros motores fornecem impulsos nervosos que influenciam a excitabilidade dos neurônios motores inferiores nos segmentos da medula espinhal que suprem os músculos antigravitacionais. Os centros motores incluem áreas motoras no córtex cerebral, gânglios basais, centros facilitadores e inibidores no mesencéfalo, formação reticular do bulbo e o cerebelo. O tono postural é um fenômeno reflexivo (involuntário) que é influenciado por impulsos aferentes a partir dos receptores sensitivos e por mecanismos eferentes a partir dos neurônios.

Clinicamente falando, o tono muscular postural normal foi descrito como “suficientemente alto para manter a cabeça, corpo e extremidades contra a gravidade, todavia suficientemente baixo para possibilitar movimento” (De Mauro, 1994). A quantidade apropriada de tono muscular assegura que o músculo esteja pronto para resistir qualquer alteração em comprimento, desse modo ajudando a manter a postura. O tono muscular também assegura que o músculo esteja pronto para contrair-se ou relaxar-se prontamente quando sinais de controle apropriado atingir os neurônios motores para produzir movimento coordenado. O tono pode ser influenciado por doença ou lesão em vários níveis do sistema nervoso e desse modo causar sintomas de tono muscular insuficiente (tono baixo, hipotonia) ou tono muscular excessivo (tono alto, hipertonia).

Tônus • Grau de contração permanente

encontrado na musculatura. • Estado reflexo • Controle baseado na fisiologia do

sistema nervoso periférico, medula, Gânglios da Base, Cerebelo e Sistema Labiríntico.

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Fuso Neuro-muscular É um receptor sensorial intramuscular que monitora mudanças inesperadas no comprimento do músculo. É composto de fibras musculares especializadas, as fibras intra-fusais. Os fusos Musculares estão presentes em quase todos os músculos, mas são mais numerosos nos músculos dos braços e das pernas, e estão especialmente abundantes nos pequenos músculos da mão e do pé. De maneira geral, os fusos musculares, possuem inervação aferente e eferente. Os FM funcionam como um receptor ao estiramento, enviando impulsos sensitivos para axônios aferentes que “informam” outros neurônios da medula espinhal e cérebro sobre o comprimento do fuso muscular e a velocidade com que o estiramento muscular está ocorrendo. Os fusos musculares também contêm fibras contráteis que são controladas por impulsos nervosos que os atingem via axônios motores de pequeno diâmetro a partir da medula espinhal. O grau de encurtamento das porções contráteis do fuso muscular regula a sensibilidade da porção receptora a estiramento do fuso muscular.

Órgão Tendinoso de Golgi

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O órgão tendinoso de Golgi (OTG) é um receptor de tensão muscular, e fica localizado no tendão do músculo esquelético perto do ponto de inserção da fibra muscular no tendão. O OTG é estimulado pela tensão produzida pelo pequeno feixe de fibras musculares. Os impulsos nervosos descarregados são transmitidos por axônios aferentes de condução rápida à medula espinhal e cerebelo. A chegada dos impulsos do OTG na medula espinhal excita interneurônios inibidores os quais, por sua vez, inibem os neurônios do músculo de contração, assim limitando a força desenvolvida àquela que pode ser tolerada pelos tecidos que estão sendo tensionados. Tiras do tendão, no entanto, podem ser arrancadas dos pontos naturais de inserção pela aplicação abrupta de uma contração forçada ou pelo estiramento passivo abrupto dos tecidos. TROFISMO O trofismo refere-se a massa muscular, quer dizer área de secção transversa do músculo. Assim Hipertrofia significa aumento da massa muscular de um indivíduo. Hipotrofia significa diminuição da

massa muscular. A hipertrofia ocorre com o treinamento muscular.Não aumenta o número de células (fibras musculares). Aumento do volume através do aumento do número de componentes filamentares, protéicos, como miofilamentos e miofibrilas.

A hipotrofia é comum nos pacientes que passam por um tempo prolongado de imobilização, principalmente quando ocorrem fraturas, entorses ou procedimentos cirúrgicos. Hipertrofia, Atrofia e Hipotrofia A hipertrofia ocorre quando há aumento no calibre das fibras musculares. O aumento é devido à contração repetitiva com forças submáximas e máximas. Ao contrair a musculatura há o aumento da velocidade da síntese das proteínas contráteis, o que resulta em um aumento do número de filamentos de actina e miosina

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nas miofibrilas, sendo que estas últimas sofrem aumento no seu diâmetro e não na sua quantidade numérica. Por outro lado quando o músculo não é utilizado ocorre degradação das proteínas contráteis ocorrendo o processo inverso: reduzem o número de miofibrilas e do calibre das fibras, ou seja, há a diminuição do volume muscular, o que chamamos de hipotrofia muscular. Isso ocorre em casos de imobilização devido a fraturas ou algumas patologias neurológicas, podendo levar até ao quadro de atrofia, que se caracteriza por uma hipotrofia acentuada e irreversível.

Hiperplasia Muscular: • Aumento do número de células (fibras musculares). • Não ocorre no treinamento normal. • É estimulado pelo uso de anabolisantes esteroidais, com associação a um treino avançado, mesmo assim ocorrendo com um percentual muito baixo. • Conceito controverso, pois muitos autores dizem que a hiperplasia muscular nada mais é do que a segmentação de uma parte de um miócito que contêm núcleo celular, considerando que uma célula muscular contém vários núcleos. (Formação de células satélites).

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Tipos de Contração Contração Muscular Isométrica. Chamamos de ISOMETRIA, a característica de contração muscular onde se tem um equilíbrio entre os músculos agonista e antagonista de um movimento (contração mantida), ou seja, existe contração muscular em dois ou mais sentidos de uma articulação, mas não se nota um movimento decorrente das contrações, visto serem aplicadas forças iguais entre agonista e antagonista de um movimento. Nesse tipo de contração, o comprimento do músculo não se altera, não ocorre deslizamento das miofibrilas nem realização de trabalho. O gasto de energia é menor. Não há encurtamento do sarcômero e também não ocorre movimento articular. Contração Muscular Isotônica A palavra isotônica é derivada do grego isos, igual, e tônus, tensão. Também conhecida por contração dinâmica, é a contração muscular que provoca um movimento articular. Há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima. Possui alto consumo calórico e geralmente é de rápida duração. A contração isotônica divide-se em dois tipos: Concêntrica e Excêntrica. Isotônica Concêntrica: Contração que decorre através da ação da musculatura agonista gera aproximação ou encurtamento do sarcômero, pode atuar no movimento contra a força gravitacional o na sua anulação. Ex.: flexores do cotovelo quando um indivíduo está levando um copo d’água até a boca. Isotônica Excêntrica: Contração que decorre através da ação da musculatura antagonista, gera aproximação ou encurtamento do sarcômero, age no movimento a favor da gravidade. As contrações excêntricas desaceleram segmentos do corpo e fornecem absorção de choque (amortecimento) quando aterrissando de um salto ou ao andar. Ex.: Os flexores do cotovelo quando

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o copo d’água é abaixado até a mesa. Termos: Músculo Agonista: Um músculo (ou grupo muscular) que está se contraindo e que é considerado o principal músculo produzindo um movimento articular ou mantendo uma postura. Músculo Antagonista: É um músculo (ou grupo muscular) que possui a ação anatômica oposta à do agonista. Usualmente não está se contraindo e nem auxilia e nem resiste ao movimento, mas passivamente se alonga ou encurta para permitir que o movimento ocorra.

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Plegia: Perda total da motricidade ou força muscular Parestesia: Dormência, formigamento. Hipoestesia: Diminuição da Sensibilidade aos estímulos sensoriais. Hemiplegia: Plegia em um lado do corpo. Hemiparesia: Paresia em apenas um lado do corpo. Tetraplegia/paresia: afecção de plegia/paresia em Membros Superiores e Inferiores. Monoplegia/paresia: afecção de plegia/paresia em um dos membros do corpo. PROPRIOCEPÇÃO E CINESTESIA A fisiologia do sistema nervoso possui atividades iniciadas pela experiência sensorial proveniente dos receptores sensoriais, quer seja dos receptores visuais auditivos e táteis na superfície corpórea ou dos receptores articulares, que são utilizados para nos dar ciência da posição do corpo e dos membros , assim como para nos munir com reflexos automáticos relacionados com a postura. A experiência sensorial pode causar uma reação imediata, ou sua memória pode ser armazenada no cérebro por minutos, semanas, ou anos ajudando a determinar as reações corporais num tempo futuro As informações sensorias caminham pelos nervos periféricos e são conduzidas nas áreas sensoriais múltiplas na medula espinhal.

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A propriocepção (do latim próprio, de si mesmo, mais ceptive, receber) significa a percepção da postura corporal estática, que se dá a partir de receptores nos fusos musculares, tendões e articulações para discriminar a posição articular e o movimento articular, incluindo direção amplitude e velocidade, bem como a tensão relativa dentro dos tendões.

O conhecimento que é designado cinestesia (do grego Kinen, mover, mais aisthesis, percepção) refere-se ao conhecimento do movimento dinâmico articular, ou seja, posição corporal em movimento.

Receptores sensoriais ou proprioceptores recebem informação sobre posição, grau de movimento, contração, tensão e alongamento de tecidos através da distorção e pressão sobre o receptor sensório. Depois que a informação sensória proprioceptiva é processada no sistema nervoso central, impulsos motores carregam a mensagem de resposta de volta aos músculos. Então, os músculos se contraem ou relaxam para restaurar ou mudar a postura, o movimento ou a posição.

Receptores articulares: vários tipos diferentes de receptores sensitivos são encontrado nas cápsulas articulares e nos ligamentos das articulações. A maioria dos receptores emitem vários potenciais de ação por segundo sob a forma de uma emissão “de repouso”. O receptor é estimulado ao ser deformado, dependendo da localização e da magnitude das forças deformadoras, certos receptores são estimulados e descarregam uma rajada de alta freqüência de impulsos nervosos quando a articulação é movida. Os receptores tipicamente adaptam-se (a freqüência de impulsos diminui) ligeiramente depois que o movimento cessa, e a seguir transmitem uma seqüência constante de impulsos nervosos daí em diante. Movimento adicional da articulação pode fazer com que um conjunto de receptores pare de descarregar impulsos e outro conjunto torna-se ativo. Assim a informação por feedback ao sistema nervoso para informar ao sistema nervoso angulação momentânea das articulações e a velocidade de movimento das articulações. PRINCIPAIS PRORIOCEPTORES: · Receptores articulares: Muitos receptores sensoriais são encontrados nas estruturas articulares e estes emitem vários potenciais de ação por segundo. Esses receptores são estimulados através da

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deformação que dependem diretamente do estímulo gerado e localização desses receptores.

· Receptores de Rufini: São chamados também de estatorreceptores e estão situados nas cápsulas articulares, nas camadas superficiais e, em maior quantidade, nas articulações proximais. Esses receptores possuem baixo limiar mecânico, são de adaptação lenta e ativados quando mobilizamos passivamente uma articulação em determinados ângulos de ativação, em torno de 15 a 30º, sendo característica de cada receptor e estando a articulação em repouso. · Corpúsculo de Pacini: São encontrados nas camadas profundas das articulações e coxins adiposos e são ativados em movimentos articulares rápidos, considerados como receptores de aceleração. São numerosos nas articulações distais, inativos em repouso.

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· Corpúsculo de Golgi: Estão situados nos ligamentos, sendo um mecanorreceptor dinâmico, assinalando essencialmente a posição e a direção dos movimentos, principalmente quando as articulações atingem graus extremos.