Upload
others
View
4
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Caric
The Coon & THE COOL
Continuidade e ruptura na representação iconográfica de músicos e performers afro-americanos do Minstrel Show ao Jazz
The Edison Minstrels, 1913
Minstrel Show Primeira e mais longeva forma de expressão musical estadunidense
(oriundo da primeira metade do séc. XIX)
Espetáculo paródico de baixo calão congregando dança, música, canto,
comédia, teatro e variedades
Baseado em caricaturas raciais criadas por artistas brancos
The Edison Minstrels, 1913
Minstrel Show Forma do minstrel show consolidada na
década de 1850
Minstrel show dividido em três partes: 1ª - trupe em formato semicircular
2ª - olio (show de variedades) 3º - afterpiece musical ou peça cômica
Convenções e imagens desenvolvidas
por menestréis brancos posteriormente adotadas por menestréis
afroamericanos
Imaginário do minstrel show absorvido pelo vaudeville e pelo ragtime ao fim do
século
Elementos iconográficos:
Blackface (cortiça queimada) Olhos escancarados, boca avermelhada e nariz exagerado Luvas brancas Roupas largas Cores berrantes
The High School Minstrel Book: Suitable Minstrel Material For High School Presentation, 1938
Elementos iconográficos:
Black fool/clown
Instrumentos afroamericanos típicos
(bones, tamborim, rabeca africana e o banjo) e sincopação
Stage Dialect
The darkies' barbecue, Jas S. Putnam, capa de partitura, 1881
Virginia Minstrels, capa de partitura, 1843
De Bully's Weddin' Night: song and chorus, capa de partitura, 1896
Dusty Rag Song, capa de partitura, 1912
The Grand Parade,
anúncio de filme, 1930
Cakewalk Dança compósita de origem mista Origem nas plantations (escravos imitavam as danças de salão de seus senhores) « By the time the rag-time era began in 1896, the cakewalk was being performed by blacks imitating whites who were imitating blacks who were imitating whites. » Cake Walk, 1903
Minstrel poster, 1896
Prancing Pickaninnies, capa de partitura, 1899
Plantantion "Darkies"
Sambo/Tambo - the happy "darkie" Figura dócil e infantil, naturalmente preguiçosa e por isso dependente do seu mestre Dialeto e malapropismos Plantation nostalgia
When It's Nightime in Dixieland, capa de partitura, 1914
Turkey in the Straw, capa de partitura, 1920
Jim Crow, cerca de 1830
Figura criada por Thomas D. "Daddy" Rice Quase dândi Ignorante e grotesco Vestindo trapos Aparece na segunda parte do minstrel show
Zip Coon, capa de partitura, década de 1830
O dândi urbano
Figura prototípica: Zip Coon, criado por G. W. Dixon Trickster (não conhece o seu lugar) Afetado e pretensioso, porém tolo e preguiçoso Trajado de forma ostentatória No Antebellum, é um preto forro; em cenários pós-guerra, um habitante citadino Aparece na primeira parte do show
Dandy Jim, from Caroline, capa de
partitura, 1844
Hold Dat Train, capa de partitura, 1909
Criado por Hugh Harman e Rudolf Ising em 1927 Primeiro personagem dos Looney Tunes
Cena de Bosco in Person (1933)
COON SONGS (RAGTIME)
Elemento criminoso adicionado à figura do coon Furto de galinhas; navalha
Coon! Coon! Coon!, capa de partitura, cerca de 1900
The Entertainer, capa de partitura, cerca de 1902
A iconografia visual e sonora do dândi
Stepin Fetchit (Lincoln Perry) em Big Timers (1945)
Black Minstrelsy
Trupes de menestréis negros eram identificadas pelos desígnios Georgia, Colored e Slave Menestréis negros deram continuidade às convenções e estereótipos raciais criadas por menestréis brancos Black minstrel shows se tornaram mais populares do que white minstrel shows Performances de menestréis negros eram comercializadas e percebidas pelo público branco como mais "autênticas" Incorporação de spirituals e uso menos frequente de blackface
Pôster, começo dos anos 1870 (Billy Kersands foi o primeiro grande menestrel afro-americano)
Pôsteres de 1903
Pôsteres de 1907
Great Ethiopian Songs, capa de livro de partituras, década de 1880
Songs of the Virginia Serenaders,
capa de livro de partituras, 1844
De Coon Dat Had De Razor, capa de
partitura, 1885
Sam Luca's Great Songs, capa de partitura, 1875
Oh Dem Golden Slippers, capa de partitura, década 1880
Dan Lewis' Songs capa de livro de partituras, 1880
Ernest Hogan
All Coons Look Alike to Me: A Darkey Misunderstanding, capa de partitura, 1896
The Oyster Man, capa de partitura, 1907
The 9th Batallion on Parade, capa de partitura, 1896
Ma Gal's de Town Talk, capa de partitura, data indeterminada
Bert Williams & George Walker
Why Don't You Get a Lady of Your Own, capa de partitura, cerca de 1898
Williams & Walker's Album of Gems,
capa de livro de partituras, cerca
de 1899
He's Up Against The Real Thing Now, capa de partitura, cerca de 1898
« the title alone [...] seems to confront and challenge black character types previously formed by the wants and whims of white audiences and white performers. The cover design is also a visual assertion of this idea. Positioned at the center is a photo of Williams and Walker in comic guise. But that central picture is flanked by individual photos of the real men who play the roles: Williams, dignified and refined, and Walker, handsome and composed. The actors are not tucked away or dwarfed by racial caricature. Rather, they beam assertively, even triumphantly, policing the periphery of their comic selves—characters they have inherited, but characterizations they control. »
Dunson, Stephanie. Black Misrepresentation in Nineteenth-Century Sheet Music Illustration. pp 60-61
Primeira gravação de jazz: 1917 Equipamento de gravação caro e de propriedade de brancos Race records: ● música para e pela audiência afro
americana ● lojas de disco especializadas em race music ● forma de explorar e pagar mal os músicos
Race Records se expandem para as audiência brancas e são renomeadas como R&B
Various Artist Collection (Black Swan Records), Reimpressão 2011
Big Jay Mcneely, Olympic Auditorium, 1953
Mercado do público adolescentes branco “Sambo”: ritmos quentes e a música preta ● ritmo “natural” ● “natureza
libidinosa”
Big Jay Mcneely, Welcome to California, Reimpressão 2009
Louis Armstrong e seu trompete
LOUIS JORDAN
Hallelujah... Louis Jordan Is Back!, capa de disco, 1958
Popularidade nas paradas brancas Apresentava música com tema de “happy darkies” Usava estereótipos de menestréis: palhaçadas, preguiçoso, embriagado, uso de ternos Ultrajante; indomável (diferente de James Baskett em Zip-a-Dee-Doo-Dah, bastante submisso) Abordagem maníaca: humor ultrajante; atuação inquieta no palco
Man, We're Wailin', capa de disco, 1958
Louis Armstrong, When It’s Sleepy Time Down South, 1942
Louis Armstrong e seu trompete, 1953
When It’s Sleepy Time Down South, 1942
Bebop: a era do surgimento dos direitos civis e do orgulho preto
Dizzy Gillespie, capa do disco The Greatest Trumpet of them all
Charlie Parker, capa do disco The original recordings, gravação 1944, lançamento 1956
Charlie Parker e Miles Davis, capa de The Best of Charlie Parker With Miles Davis
Coltrane e Dizzy, 1951
Miles Davis no Festival de Música de Schaefer, Nova Iorque, 1969
Transgressão de um papel social predeterminado Novo código social: o Cool Orgulho, confiança, prazer, excesso, drogas, desafio Semente da adoração do herói masculino afro-americano Contraponto: expressividade, interioridade, soberania, melancolia
Miles: the birth of the cool
John Coltrane, Capa de “Blue Train”, 1957
John Coltrane e a Quietude: Pensativo e determinado. subjetividade imagética e sônica, espiritualidade, ética, capacidade. “A love supreme”: entrega à transcendência e à virtude “Love, prayer and Jazz”
Capa do Documentário Chasing Trane: The
John Coltrane Documentary, 2017
‚Distinct from ‘silence’, ‘quiet’ points to a capacious and deep inwardness, the affirmation and recognition of which is crucial to the struggle for racial justice and the understanding of a black cultural production‛ QUASHIE, Kevin. The Quiet of Blackness: Miles Davis and John Coltrane, 2018.
Joshua Redman e seu saxofone
BIBLIOGRAFIA:
BLAKEMORE, Erin. How ‘Race Records’ turned black music in real business. Disponível em: https://www.history.com/news/race-records-bessie-smith-big-bill-broonzy-music-business. Acesso: 27 de maio, 2020.
BROOKS, Tim. The Blackface Minstrel Show in Mass Media: 20th Century Performances on Radio, Records, Film and Television. McFarland, 2019.
BRUNDAGE, W. Fitzhugh (org.). Beyond Blackface: African Americans and the Creation of American Popular Culture, 1890-1930. University of North Carolina Press, 2011.
CHAPMAN, Dale. The Jazz Bubble: Neoclassical Jazz in Neoliberal Culture. University of California Press, 2018.
DEVEAUX, Scott. The Birth of Bebop: A Social and Musical History. University of California Press, 1997.
FARLEY, Jeff. Jazz as a Black American Art: Definitions of the Jazz Preservation Act. Journal of American Studies, 45 (2011), 1, 113–129. Cambridge University Press, 2010.
Bibliografia GRAY, Herman. Black Masculinity and Visual Culture. in: Callaloo, Vol. 18, No. 2 (Spring, 1995), pp. 401-405.. John Hopkins University Press, 1995.
GREEN, Alan W. C. Jim Crow," ‘Zip Coon’: The Northern Origins of Negro Minstrelsy. The Massachusetts Review, vol. 11, no. 2, 1970, pp. 385–397. Disponível em: www.jstor.org/stable/25087995. Acesso: 30 de maio, 2020.
JIM CROW MUSEUM OF RACIST MEMORABILIA. The Coon Caricature. Disponível em: https://www.ferris.edu/jimcrow/coon/. Acesso: 27 de maio, 2020.
JIM CROW MUSEUM OF RACIST MEMORABILIA. Negative Racial Stereotypes. Disponível em: https://www.ferris.edu/HTMLS/news/jimcrow/links/essays/vcu.htm. Acesso: 27 de maio, 2020.
MCLEOD, Ken. The Construction of Masculinity in African American Music and Sports. in: American Music, Vol. 27, No. 2 (Summer), pp. 204-226. University of Illinois Press, 2009.
OSTENDORF, Berndt. Minstrelsy & Early Jazz. The Massachusetts Review, vol. 20, no. 3, 1979, pp. 574–602. Disponível em: www.jstor.org/stable/25088987. Acesso: 15 de maio, 2020.
QUASHIE, Kevin. The Quiet of Blackness: Miles Davis and John Coltrane, in: Audio Culture: Readings in modern music. Bloomsburry, 2017.
Bibliografia SAMMOND, Nicholas. Birth of an Industry: Blackface Minstrelsy and the Rise of American Animation. Durham: Duke University Press Books, 2015
TAYLOR, Yuval; AUSTEN, Jake. Darkest America: Black Minstrelsy from Slavery to Hip-Hop. New York: W. W. Norton, 2012.
UNIVERSITY OF SOUTH FLORIDA LIBRARIES. History of Minstrelsy: From "Jump Jim Crow" to "The Jazz Singer". Disponível em: http://exhibits.lib.usf.edu/exhibits/show/minstrelsy. Acesso em: 20 de abril, 2020.