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OSSO TEMPORALRadiologia e Diagnóstico por Imagem
R2 Izabela Cristina de SouzaR2 Rodrigo Ferrari
ANATOMIA
• CANAL AUDITIVO• Porção cartilaginosa• Porção óssea (2/3)
ANATOMIA
• CAVIDADE TIMPÂNICA• Paredes:
– Teto tegmentar– Assoalho (jugular)– Parede lateral (membranácea)– Parede medial (labiríntica)– Parede anterior (carótica)– Parede posterior (mastóidea)
• Tuba auditiva (ant)• Antro mastóideo (post-sup)• Ossículos da audição• Músculos estapédio e tensor do tímpano• Corda do tímpano (ramo do N. VII)
ANATOMIA
• CAVIDADE TIMPÂNICA• Martelo • Bigorna• Estribo• Janela oval• Janela redonda• Músculo tensor do tímpano• Músculo estapédio
ANATOMIA
ANATOMIA
Modelos tridimensionais
• ORELHA INTERNA• Labirinto ósseo– Cóclea
• Modíolo• Grande curva basilar
– Vestíbulo– Canais semicirculares (ant, pot e lat)
• Labirinto membranáceo– Endolinfa / Perilinfa – Vestibular: utrículo e sáculo– Ductos semicirculares– Ducto coclear
ANATOMIA
CÓCLEA
• Nível hipotimpânico:– Porção mais abaixo da cavidade timpânica– Ant-Med: tuba auditiva– Canal Musc. Tensor do tímpano: paralelo à
tuba– Imagens: • Canal carotídeo• Fossa jugular• Abertura da tuba auditiva• Fissura petro-occipital• ATM• Porção descendente do NVII
ANATOMIASecções Axiais: Caudais a Cefálicas
L M
Boneco de neve
• Nível Timpânico:– Canal auditivo externo– Canal carotídeo– Aqueduto coclear– Processo longo do martelo
ANATOMIASecções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível mediotimpânico:– Porção central da cavidade timpânica– Limitada lateralmente pelo escudo
(esporão) e pela membrana timpânica– Imagens:• Membrana timpânica• Processo longo do martelo• Aqueduto colcear
ANATOMIASecções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível do Canal Auditivo Interno e Epitímpano:– Epitímpano forma a porção superior da
orelha média– Porções maciças do martelo e a bigorna– Ligado ao antro mastóideo (aditus ad
antrum).– Cabeça redonda do martelo + bigorna
(articulação incudomaleolar)– Estapédio: arco sobre a janela oval– Canal auditivo interno
ANATOMIASecções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível do Canal Semicircular Lateral:– Canal semicircular– Aqueduto vestibular– Ducto endolinfático (RM)– Antro mastoide (promontório)– Células da mastoide– TC: canal semicircular posterior e sua
ampola
ANATOMIASecções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível Timpânico Anterior Coronal:
ANATOMIA
• Nível Mediotimpânico Coronal:
ANATOMIA
• Nível da Janela Oval Coronal:
ANATOMIA
• Nível da Orelha Média Posterior Coronal:
ANATOMIA
• Nível do Forame Jugular Coronal:
ANATOMIA
ANATOMIA
• TC e RM são complementares.• TC de alta resolução: – Avaliar anatomia– Estruturas ósseas – Espaços aéreos
• RM:– Fluido cerebroespinhal– Cérebro– Nervos cranianos– Vasos sanguíneos
• Radiografia convencional– Controles pós-operatórios (implantes cocleares)
TÉCNICAS DE IMAGEM
• TC de alta resolução:– 0,5 – 1mm– Contraste não é essencial para avaliação (se processo
infeccioso ou neo)– Adquirir as imagens com FOV aberto fechado em cada
ouvido– Axial / Coronal / Sagital– Projeção de Stenvers (oblíquo longitudinal):
• fraturas e espiras da cóclea
– Imagens tridimensionais
TÉCNICAS DE IMAGEM
• Distúrbios neurossensoriais• Distúrbios de condução• Avaliar o canal do nervo facial cuidadosamente.– Dentro do assoalho da orelha média ou atravessando a janela
oval.• Malformações do labirinto membranoso TC normal.
• ANORMALIDADES DOS OSSÍCULOS– Fusão do martelo e da bigorna à parede epitimpânica lateral– Anquilose do colo do martelo na placa atrésica.– Deformidades no processo longo da bigorna.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• MICROTIA:• Atresia ou ausência da orelha externa.• Estreitamento ou agenesia do canal auditivo ósseo externo.• Associada a anomalias da orelha média.– Síndromes (Pierre Robin, Goldenhar)
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• DEFORMIDADE DE MICHEL• 3ª semana embriológica.• Ausência total de desenvolvimento da orelha interna.
• CAVIDADE COMUM• 4ª semana.• Cavidade labiríntica simples.• Sem presença de vestíbulo, cóclea ou canais semicirculares.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• MALFORMAÇÃO DE MONDINI• 7ª semana.• Ausência, hipoplasia ou presença de apenas uma espira
rudimentar da cóclea.• Geralmente bilateral e associado a dilatação do aqueduto
vestibular.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
Projeção de Stenvers
• GRANDE AQUEDUTO VESTIBULAR• 5-8as semanas.• Dilatação do aqueduto vestibular e do saco endolinfático.• Evento isolado
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• Carótida intratimpânica ectópica
• Anomalias da veia e do bulbo jugular
ANOMALIAS VASCULARES
• OTITE MÉDIA AGUDA E SUBAGUDA• Opacificação da orelha média.• Mastoidite: opacificação ou níveis de fluido nas células aéreas da
mastoide.• Otite média serosa ≠ otite purulenta.• Otite média subaguda: espessamento focal ou difuso da mucosa.• RM: sugere complicações intracranianas (abscesso epidural,
empiema subdural, trombose do seio sigmoide)
LESÕES INFLAMATÓRIAS
• OTITE MÉDIA AGUDA E SUBAGUDA
LESÕES INFLAMATÓRIAS
• OTITE MÉDIA CRÔNICA E MASTOIDITE CRÔNICA• Formação de tecido de granulação obscurece margens dos
conteúdos da orelha média.• Timpanoesclerose calcificações da membrana timpânica, dos
ligamentos, dos ossículos e da mucosa.• Membrana timpânica retraída.• Células da mastoide pouco desenvolvidas.
LESÕES INFLAMATÓRIAS
• OTITE MÉDIA CRÔNICA E MASTOIDITE CRÔNICA
LESÕES INFLAMATÓRIAS
• OTITE MÉDIA CRÔNICA E MASTOIDITE CRÔNICA
LESÕES INFLAMATÓRIAS
LESÕES INFLAMATÓRIASCOLESTEATOMA
• Perfuração crônica da membrana timpânica;
• Maioria ocorre no segmento da pars flacida;
• Expandam-se para o antro/mesotímpano, causando deslocamento medial dos ossículos;
• TC – formação tecidual no ouvido médio, associada à destruição óssea (do escudo, dos ossículos e do tegumento timpânico);
• Difícil diferenciar OMC de colesteatoma na TC;
LESÕES INFLAMATÓRIAS• RM – não diferencia colesteatoma de outras lesões
inflamatórias;
• Se colesteatoma > 5 mm – imagens ponderadas de difusão com sinal hiperintenso;
• Pode ocorrem paralisia facial e erosão do canal facial;
• Raro fístulas para o labirinto, expansão para cápsula óptica ou fossa craniana média;
LESÕES INFLAMATÓRIASOTITE EXTERNA MALIGNA (necrozante)
• Infecção por Pseudomonas;
• Idosos, imunodeprimidos, diabéticos;
• Pode cursar com destruição óssea e acometer os tecidos moles adjacentes, inclusive a naso/orofaringe (fissuras de Santorini);
• Acometimento intracraniano (meningite, osteomielite dos ossos do crânio)
TC/RM
• Espessamento dos tecidos moles do CAE; formação tecidual no ouvido médio e mastóide;
• Extensão para tecidos moles adjacentes e destruição óssea associada;
• Pode realce pelo contraste com múltiplos abscessos focais;
LESÕES INFLAMATÓRIASABSCESSO INTRACRANIANO OTOGÊNICO
• Tem origem nos processo inflamatórios do temporal;
• Localização epidural, lobo temporal e cerebelo;
• Apicite petrosa – TC – destruição óssea do ápice petroso; RM - hiperintensa T1, sinal misto em T2 com contraste;
• Pctes com lesões do ápice petroso cursam com a sind. de Gradenigo (paresia do abducente e neuralgia do trigêmeo);
• Colesteatomas – podem acometer a fossa craniana média e posterior;
• TC/RM – elevação e realce da dura-máter com extensão de pus para o espaço epidural;
NEOPLASIAS BENIGNASOSTEOMAS E EXOSTOSES
• Tumores benignos mais comuns do osso temporal;
• Osteomas – surgem no processo mastóide, na bigorna e no CAI;
• Exostoses – massas ósseas multinodulares de ambos os canais auditivos externos; associação com exposição prolongada a água fria (nadadores);
• TC – áreas de ossos densos;
NEOPLASIAS BENIGNASSCHWANOMAS ACÚSTICOS
• Tumores benignos do VIII PC ocorrem no CAI/ângulo cerebelopontino, surgindo na junção das células da glia com as de Schwann; Associação com neurofibromatose tipo 2;
• Sintomas dependem da localização do tumor (há compressão dos nervos coclear e vestibular (CAI) – zumbido, diminuição acuidade auditiva;
• RM método de escolha (nervo espessado e com realce pelo contraste; podem ser císticos;); diferencia schwanomas pequenos dos nervos normais;
NEOPLASIAS BENIGNAS
• Podem ser massas pequenos ou grandes;
• Grandes – distorção da fossa posterior; hérnia de tronco, hidrocefalia e compressão do IV ventrículo;
• TC alta resolução – mostras alterações ósseas do CAI, porus acusticus e cápsula óptica; Assimetria dos CAI > 2mm sugere MASSA!!
NEOPLASIAS BENIGNASSCHANOMAS DOS NERVOS FACIAIS
• Mais comuns no gânglio geniculado, labirinto e segmentos timpânicos;
• Sintomas – diminuição da acuidade auditiva, paralisia facial...
• RM – lesão isointensa T1 e iso/hiperintensa em T2;
• TC – erosões ósseas da porção antero-superior do CAI e do gânglio geniculado são sugestivas;
• Pode disseminação extracanicular – massa tumoral localizada além do canal do nervo facial, na área supralabiríntica, orelha média, mastóide, parótida;
NEOPLASIAS BENIGNASMENINGIOMAS
• Raros no osso temporal; maioria ocorre no osso petroso posterior; pode no ângulo cerebelopontino;
• RM – lesõs isointensas, com realce na fase com contraste; comum espessamento com realce que corresponde a dura-mater (cauda dural);
• TC – lesões calcificadas, podem simular exostoses e raramente acometem o CAI;
NEOPLASIAS BENIGNASPARAGANGLIOMAS
• Ocorrem no VIIII e X PC; tumores mais comuns do ouvido médio, e o segundo mais comum do osso temporal;
• São vasculares com crescimento lento; surgem de células quimiorreceptoras;
• Histologia de feocromocitoma; secretam catecolaminas em 10% casos;
• Multicêntricos – 10%, comportamento variável (benignos, malignos, mas ambos localmente agressivos;
NEOPLASIAS BENIGNAS• Nomenclatura de acordo com a localização;
• Tumores do glomus (bulbo jugular);
• Tumores da orelha média (glomus tympanicum);
• No corpo carotídeo;
• No glânglio do nervo vago (glomus vagale);
• Sintomas dependem da localização;
NEOPLASIAS BENIGNAS
Tumores da orelha média (glomus tympanicum):
• Surgem no promontório coclear, afetam a orelha média e a mastóide;
• TC – formação tecidual homogênea no promontório coclear sem destruição óssea, com realce pelo contraste
NEOPLASIAS BENIGNASTumores do glomus jugular
• TC – destruição óssea na separação da fossa jugular e do hipotímpano;
• • A invasão infra-labiríntica pode destruir as porções horizontal
e vertical do canal carotídeo;
• Comum o tumor disseminar-se para o pescoço pelo sistema jugular;
NEOPLASIAS BENIGNASCISTOS EPIDERMÓIDES
• São massas de restos ectodérmicos embriônicos; podem surgir em qlq parte do osso temporal;
• CAE – keratosis obturans;
• CAI – erosão óssea;
• São lesões expansivas císticas, bem definidas com contornos nítidos;
CISTOS EPIDERMÓIDES
• RM – hipointenso T1 e hiper T2, sem realce pelo contraste; Difusão – hiperintenso;
• TC – hipodenso; pode simular cisto aracnóide; as lesões podem ser sólidas e calcificadas;
NEOPLASIAS BENIGNAS
HEMANGIOMAS
• Mais comuns no glânglio geniculado, mas podem ocorrer no CAI;
• TC – lesão de esclerose mista, com erosão do canal do nervo facial; pode ter calcificações;
NEOPLASIAS MALIGNAS
• São incomuns no osso temporal;
• Mais frequente – carcinoma de células escamosas;
• Origina-se no epitélio do CAE, CAI ou da mastóide;
• Pode extender-se para parótida e articulação temporo-mandibular;
• Mtx e disseminação linfática são raras;
• TC – erosão óssea por uma massa de tecido mole das paredes do CAE ou CAI;
• Adenocarcinomas – achados iguais ao carcinomas de células escamosas, porém mtx para os linfonodos é mto comum;
• RABDOMIOSSARCOMAS – neoplasia mais comum em crianças; altamente agressiva;
• TC – massa de tecidos moles no CAI, causando destruição óssea;
• Tumores malignos que acometem o temporal secundariamente – nasofaringe, pele e glândulas salivares;
• Metástases – lesões osteolíticas (mama, pulmão, TGI, rins)/osteoblásticas (prostata);
FRATURASLONGITUDINAIS
• Ocorrem no eixo longitudinal da pirâmide petrosa; podem estender-se para porção escamosa e para a cavidade timpânica;
• Cursam com perda auditiva, paralisia facial;
FRATURASTRANSVERSAIS
• 20% casos;
• Atravessam o osso temporal de posterior para anterior;
• Causam disfunção labiríntica e “ouvido morto” se o traço de fratura atravessar o vestíbulo, canais semicirculares ou a cóclea; Pode paralisia facial;
BIBLIOGRAFIA• CT and MRI of the Whole Body. John R. Haaga
• Clinically Oriented Anatomy, 5th Edition. Moore, Keith L.; Dalley, Arthur F.
• Applied Radiological Anatomy for Medical Students. PAUL BUTLER; ADAM W. M. MITCHELL; HAROLD ELLIS.
• Atlas de Anatomia Humana. NETTER, Frank H. 2.ed.