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STAT Working papers STAT Documents de travail STAT Documentos de trabajo No. 95-4 INQUÉRITOS DE POPULAÇAO ACTIVA, EMPREGO, DESEMPREGO E SUBEMPREGO MANUAL DA O.I.T. SOBRE CONCETTOS E MÉTODOS PARTEE Ralf Hussmanns, Farhad Mehran e Vjjay Venna RECEIVED 2 7 nv es '.•»'••. ..Tico ¡LG r* tr ' BIT 36109 INTERNATIONAL LABOUR OFFICE, Bureau of Statistics BUREAU INTERNATIONAL DU TRAVAIL, Bureau de statistique OFICINA INTERNACIONAL DEL TRABAJO, Oficina de Estadística

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STAT Documents de travail

STAT Documentos de trabajo No. 95-4

INQUÉRITOS DE POPULAÇAO ACTIVA, EMPREGO,

DESEMPREGO E SUBEMPREGO

MANUAL DA O.I.T. SOBRE CONCETTOS E MÉTODOS

PARTEE

Ralf Hussmanns, Farhad Mehran

e Vjjay Venna

R E C E I V E D

2 7 nv es • ' . • » ' • • . ..Tico

¡LG r* tr ' BIT 36109

INTERNATIONAL LABOUR OFFICE, Bureau of Statistics

BUREAU INTERNATIONAL DU TRAVAIL, Bureau de statistique

OFICINA INTERNACIONAL DEL TRABAJO, Oficina de Estadística

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Copyright © International Labour Organisation 1995

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A edicao original deste trabalho foi publicada pela Organizacáo Internacional do Trabalho sob o título inglés "Surveys of economically active population, employment, unemployment and underemployment: an 1LO manual on concepts andmethods" e é reproduzida em língua portuguesa mediante autorízatelo. Copyright © Organizacáo Internacional do Trabalho 1990 Primeira edicao 1990

As publicacóes da O.I.T. gozam de direitos de autor de acordó com o Protocolo da Convencáo Universal de Direitos de Autor. Contudo, podem ser reproduzidos pequeños excertos sem autorizacáo, desde que mencionada a fonte. Relativamente aos direitos de reproducao ou traducáo , deve ser feita solicitacáo ao Servico de Publicacóes (Direitos e Permissóes ), Organizado Internacional do Trabalho, CH - 1211 Genebra 22, Suica. A Organizacáo Internacional do Trabalho agradece tais solicitacoes.

Hussmans, R., Mehran, F., Verma, V. Inquéritos de populacáo económicamente activa, emprego, desemprego e subemprego: Manual da OIT sobre conceitos e métodos Genebra, Organizacáo Internacional do Trabalho, 1990 /Manual/, /Definicao/5es, /Recolha de dados/, /Método/logia estatística, /Internacional/ /Norma/s, /Medicáo/, /Forga de trabalho/, /Emprego/, /Desemprego/, /Subemprego/. 13.01.2 ISBN 92-2-106516-2

Catalogacáo de Publicacáo de Dados da O.I.T.

As designacoes empregues ñas publicacóes da OIT, que estáo em conformidade com as praticadas ñas Nacoes Unidas, e a apresentacáo do material incluso nao implicam a expressáo de qualquer opiniáo, da parte da Organizacáo Internacional do Trabalho, em tudo quanto diga respeito ao estatuto legal de cada país, área ou territorio ou as suas autoridades ou se refira á delimitacao das suas fronteiras. A responsabilidade por opinioes expressas em artigos assinados, estudos e outras contribuicoes é exclusivamente dos seus autores e a sua publicacáo nao constituí urna subscricáo pela Organizacáo Internacional do Trabalho das opinioes veiculadas nos mesmos. As referencias a nomes ou firmas e a produtos e processos comerciáis nao implicam a sua aprovacáo pela OIT, e qualquer ausencia de mencao de urna firma, produto ou processo comercial específico nao constituí um sinal de desaprovacáo. As publicacóes da OIT podem ser obtidas nos principáis livreiros ou em escritorios locáis da OIT em muitos países, ou directamente das ILO Publications, International Labour Office, CH-1211 Geneva22, Switzerland. Um catálogo livre de encargos poderá ser enviado a partir deste endereco.

Traducáo e adaptacáo á língua portuguesa efectuada no Departamento de Estatística do Ministerio do Emprego e da Seguranca Social pelo Assessor Principal, Manuel Joáo de Matos Duarte.

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índice Parte Dois: Métodos

10 Planifícacáo, desenho e restruturacáo do inquérito 195 1 Introducáo 195 2 Fontes de dados sobre populacáo activa 196

Inquentos por amostragem ás familias 196 Recenseamentos da populacáo 196 Recenseamentos e inquentos por amostragem aos estabelecimentos 197 Fontes administrativas 199

3 A estrutura e organizacáo do inquérito 199 Inquentos continuos e inquentos ocasionáis 200 Período de referencia 203 Articulacáo com outros inquentos 204 As características comuns dos inquentos de populacáo activa 208

4 Questóes básicas na planifícacáo e desenho do inquérito 210 Escolha da estrutura e dimensáo do inquérito 210 Planifícacáo e organizacáo da actividade do inquérito 212 Desenho técnico 213

5 Restruturacáo do inquérito 214 Obiectivos da restruturacáo 214 Estrategias para a restruturacáo 215

Referencias 217

11 Desenho da amostra 219 1 Introducáo 219 2 Especificacáo da populacáo a estudar 219

Conteúdo da populacáo 220 Amplitude da populacáo 222

3 Estruturas de amostragem e a utilizacáo da amostra-máe 223 Estrutura primaria de amostragem 224 Estruturas secundarias de amostragem 229 Utilizacáo de urna amostra-máe 232

4 Alguns aspectos práticos do desenho da amostra 233 5 A amostragem ao longo do tempo 239

Amostragem para inquentos únicos ou ocasionáis 239 Consideracoes adicionáis sobre a amostragem para inquentos continuos 243

6 Procedimentos de estimativa 249 Estimativas simples nao enviesadas 250 Utilizacáo de ponderacóes extemas 252 Estimativas compostas com amostras sobrepostas 254 Algumas questóes especiáis 255

7 Restruturacáo da amostra 257 Referencias 259

12 Desenvolvimento e desenho do questionário 261

III

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Inquéntos de populado activa

12 Desenvolvimento e desenho do questionário 261 1 Introducao 261

Importancia das tarefas de desenvolvimento do questionário 261 Requisitos organizativos previos 262 Ámbito do capítulo 263

2 Especificacáo do conteúdo e resultados do inquérito 264 Consideracóes básicas 264 Especificacáo das variáveis do inquérito e dos diagramas de fluxos do questionário 265

Traducáo das variáveis do inquérito em perguntas do inquérito 268 3 Algumas ilustracoes retiradas de inquéritos nacionais a máo-de-obra 269

Actividade do momento e emprego 270 Desemprego 278 Subemprego 279 Actividade habitual 281

4 Principios e técnicas de desenho de questionário 282 Estruturacáo da entrevista 282 Prescricóes para controlar a consistencia e os procedimentos 283 Instrucóes para os entrevistadores 283 Redaccáo e traducáo das perguntas 284 Estruturacáo das categorías de resposta 286 Divisáo do questionário em seccoes 290 Ordem das perguntas e instrucóes de "salto" 291

5 Implementacáo do questionário 291 Delineamento e ensaio 291 Apresentacáo e impressáo 293

Referencias 294 13 Operacoes do inquérito e processamento de dados 297

1 Introducao 297 2 Recrutamento e formacao de pessoal 298

Organizacáo e pessoal do inquérito 298 Formacao 300

3 Testagem dos instrumentos e procedimentos do inquérito 301 4 Estrutura de amostragem e seleccáo da amostra 302

Actualizacáo da estrutura 302 Seleccáo e documentacáo da amostra 303

5 Recolha de dados 304 Restricóes temporais 304 Organizacáo, supervisáo e controlo 304 Distribuicáo do pessoal no terreno 305

6 Preparacáo e processamento de dados 305 A tarefa de processamento de dados 305 Codificacáo 306 Introducao e validacáo de dados 309

7 Quadros de resultados, informacao e disseminacáo 313 Estrategia da informacáo 313 Quadros de resultados 313 Arquivo e difusáo de dados 314 Lista ilustrativa dos quadros e variáveis principáis de um inquérito máo-de-obra 314

Referencias 317 14 Precisáo e avaliacáo dos dados 319

1 Estrutura da avaliacáo 319 Tipos de erros 319 Métodos de avaliacáo 322 Estrategia geral para a avaliacáo de dados 323 Referencias úteis 326

3V

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Indi

2 Erros de cobertura e erros afins 327 Descricáo dos erros de cobertura 327 Erros na seleccáo da amostra e na sua implementacáo 329 Efeitos dos erros de cobertura e de outros erros afins 329 Avaliacáo 330

3 A náo-resposta 332 Fontes 332 Impacto 332 Medicáo: calculando as taxas de náo-resposta 333 Algins exemplos de taxas de náo-resposta em inquéritos á máo-de-obra 336 Medidas associadas 336

4 Erros de amostragem 337 Importancia dos erros de amostragem 338 Estimacáo 338 Padroes de variacao 339 Versatilidade 340 Um exemplo 341

5 Erros de resposta 342 A natureza e fontes dos erros de resposta 342 Enviesamento da resposta 343 Variáncia da resposta 346

6 Erros de processamento 349 Avaliacáo do erros de codificacáo 349 Gravacáo de dados 351

Referencias 351

Apéndices 353

Extractos de questionáriosde inquéritos nacionais á mao-de-obra: 355 5. Canadá 357 6. Estados Unidos 359 7. Irlanda 363 8. Costa Rica 368 9. Equador 370

10. Ruanda 372 11. Zimbabwe 382 12. Paquistao 384 13. SriLanka 389

Quadros 20. Tipos de erros em dados de inquéritos por amostragem 32] 21. Erro padrao relativo como funcao da dimensao da estimativa 341 22. Cálculo do índice de inconsistencia de um inquérito com entrevistas repetidas 347

Figuras 10. Exemplos de especificacáo de categorías de resposta 288

Diagramas H P flnyn< 9. Diagrama de fluxos do questionário: Emprego, desemprego, subemprego visivel e

características económicas (Estrutura de actividade do momento) 267 10-13 Questionáriosde inquéritos nacionais á máo-de-obra: Exemplos 1-4 271

índice temático 397 índice Temático por Ordem Alfabética 399

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Planifíca^áo, desenho e reestrutura9ao do inquérito

1. Introducáo A Parte Dois deste manual analisa varías questóes metodológicas do desenho e execucáo dos

inquéntos de popula9áo activa, com especial relevancia para as condicoes e requisitos do trabalho com inquéritos deste tipo em países estatisticamente menos desenvolvidos. Este capítulo possibilita um exame dos aspectos da planificacáo e desenho dos inquéritos de máo-de-obra ou, mais geralmente, dos inquéritos de populacáo activa. Nos capítulos seguintes, é feita urna discussáo mais técnica e completa dos problemas relativos ao desenho e operacóes do inquérito.

Em muitos países, e particularmente em países estatisticamente menos desenvolvidos, os inquéritos por amostragem as familias constituem a fonte principal de informacáo sobre as actividades económicas da populacáo. Esta é urna das razóes principáis para que este manual se interesse, preferencialmente, por este tipo de inquérito. Contudo, os inquéritos por amostragem as familias nao sao a única fonte desse tipo de informacáo. Na Seccáo 2 deste capítulo sao analisadas outras fontes, tais como os recenseamentos da populacáo e os registos administrativos, com as suas vantagens e limitacóes. As diferentes fontes podem ser combinadas e utilizadas para se complementaren! no fornecimento da informacáo requerida. A escolha da combinacáo de fontes de dados mais adequada, é o primeiro passo numa planificacáo estatística.

Os inquéritos ás familias sao passíveis de urna variedade de desenhos e formas de organizacáo, com a fínalidade de obter informacáo sobre emprego, desemprego, subemprego e outros aspectos da actividade económica. A determinante principal da estrutura do inquérito é o tipo de dados requeridos. Podem ser levados a cabo inquéritos de forma continua, para obter urna serie temporal de dados conjunturais ou, com menor frequéncia, para obter informacáo de natureza mais estrutural e sobre alteracóes de longo prazo. A necessidade de ligacáo com outros inquéritos pode ser um importante factor, já que os inquéritos ás familias sao utilizados, cada vez mais, como fonte de dados de urna grande variedade de outros temas, para além do da máo-de-obra. Estes e outros factores, que determinam a estrutura geral do inquérito, sao apreciados na Seccáo 3 deste capítulo. A Seccáo 4 trata de questóes básicas da planificacáo e desenho de inquéritos da populacáo activa. Entre elas incluem-se, a determinacáo da estrutura e dimensáo do inquérito, a planificacáo e organizacáo das tarefas relativas ao inquérito e outros assuntos envolvidos na sua execucáo, tendo em conta tres conjuntos de factores: objectivos do inquérito e necessidades de dados; as limitacóes pláticas e as condicoes de implementacáo dos inquéritos; e os requisitos para a articulacáo com outras operacóes estatísticas, em particular, com outros tipos de inquéritos ás familias.

Muitos países já implementaram inquéritos á máo-de-obra, sendo-lhes necessário, periódicamente, reestruturar e melhorar o sistema de inquérito existente. Embora os principios gerais do desenho do inquérito se apliquem á sua reestruturacáo, é necessário ter em conta muitos factores adicionáis na revisáo de um sistema existente. Por essa razáo, este capítulo termina com urna seccáo independente (Seccáo 5) onde se descrevem os objectivos e estrategias da reestruturacáo do inquérito.

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Inquéritos de populado activa

2. Fontes de dados sobre populacáo activa Os recenseamentos da populacáo e os inquéritos por amostragem as familias ou individuos constituem,

geralmente, meios adequados de recolha de dados sobre populafáo activa, que podem ser relacionados com outros dados de temas conexos. Os inquéritos aos estabelecimentos e os registos administrativos podem também servir como fontes, para a obtenc^o, nalguns casos com maior precisao, frequéncia e detalhe, de estatísticas sobre componentes específicos da populacáo activa. As diferentes fontes de informacao devem ser consideradas como complementares e podem ser utilizadas em conjunto para, quando necessário, délas fazer derivar conjuntos integrados de estatísticas... Décima Terceira Conferencia de Estaticistas do Trabalho (CIET), Resolucáo I, § 3 (OIT,1983).

Inquéritos por amostragem as familias Os inquéritos as familias permitem a medicáo conjunta das pessoas com emprego, dos

desempregados e dos inactivos. Podem ser desenliados para abranger virtualmente toda a populacáo de um país, todos os ramos de actividade económica, todos os sectores da economía e todas as categorías de trabalhadores, incluindo os trabalhadores por conta própria, os trabalhadores familiares nao remunerados e pessoas ocupadas em trabalho ocasional ou actividade económica marginal. Desta forma, estes inquéritos apresentam urna vantagem importante, para se obter informacao sobre a totalidade da máo-de-obra e a sua estrutura. Como os conceitos, defínicóes e detalhes deste tema podem fácilmente ser adaptados aos requisitos de dados específicos, é possível medir-se os diferentes graus de vínculo á máo-de-obra, entre os varios grupos da populacáo. Há também urna flexibilidade considerável quanto aos tipos de dados que podem ser abrangidos. Dado que, nos inquéritos as familias, sao contactados directamente os agregados ou os individuos, pode ser obtida informacao suplementar relevante sobre características demográficas e socio-económicas dos inquiridos, com um custo adicional relativamente baixo, de par com informacao sobre as características da máo-de-obra (Nacóes Unidas, 1984, §§ 11.10-11.11). Este facto oferece multas possibilidades para a análise de dados. Com um desenho e regras de associacáo adequadas, os inquéritos as familias podem também fornecer um meio de recolha de informacao sobre os estabelecimentos de carácter familiar ou de pequeña dimensáo.

Embora os inquéritos as familias constituam urna fonte principal de informacao sobre populacáo activa, alguns dos dados podem também ser obtidos a partir de outras fontes. Urna decisáo básica na planificacáo estatística diz respeito a escolha de urna combinacáo apropriada de métodos, que satisfacam da melhor forma possível as varias necessidades de dados, mima situacáo determinada. Para além dos inquéritos as familias, as principáis fontes de dados de máo-de-obra incluem: (1) recenseamentos da populacáo; (2) recenseamentos e inquéritos por amostragem aos estabelecimentos; e (3) registos administrativos de diferentes tipos. As varias fontes diferem em cobertura, ámbito, unidades de medida e métodos de recolha de dados. Cada fonte tem vantagens e limitacoes em termos de custos, qualidade e tipo de informacao produzida. Em geral, cada abordagem tende a ser mais forte onde outra é mais fraca, e vice-versa. Contudo, as varias fontes tendem a ser complementares, mais do que competitivas ou mutuamente exclusivas. Os seus resultados podem ser combinados, desde que os conceitos, defínicóes, cobertura, períodos de referencia, classificacoes, etc. estejam, o mais possível, em concordancia. Na parte restante desta seccao, sao analisadas as principáis fontes alternativas de dados sobre populacáo activa, com referencia aos inquéritos por amostragem as familias.

Recenseamentos da populacdo Em principio, os recenseamentos da populacáo e os inquéritos as familias cobrem as mesmas

áreas de populacáo e empregam o mesmo tipo de unidades de medida (agregados familiares e individuos). As diferencas entre as utilizacóes que podem ser feitas dos recenseamentos da populacáo e dos inquéritos ás familias, derivam fundamentalmente da dimensáo diversa das operacoes envolvidas (inquiricáo completa versus amostragem), o que conduz a diferencas na metodología, condicóes práticas de implementacáo, prazos e complexidade dos dados recomidos. O primeiro objectivo de um recenseamento é a obtencáo de informacao relativamente breve, mas completa, sobre o volume e características básicas da populacáo, e o fornecimento do máximo

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Planificado, desenho e reestruturafáo do inquérito

detalhe possível para zonas localizadas e pequeñas regióes ou para grupos específicos da populacáo. Habitualmente, num recenseamento da populacáo, só sao investigados temas seleccionados sobre características económicas. Sao os seguintes os temas a ser incluidos de acordó com as Recomendacóes das Nacoes Unidas, tendo prioridade o conjunto identificado em primeiro lugar (Nacoes Unidas, 1980, §§ 2.180-2. 219): - condicáo perante o trabalho; profissáo; actividade económica; situacáo na profissao; e - tempo trabalhado; rendimento; sector de emprego.

Em geral, num recenseamento, tem de se limitar o número de perguntas utilizadas, a urna por cada item ácima referido que se pretenda investigar. Pelo contrario, um inquérito por amostragem ás familias, em virtude da sua menor dimensáo, pode ser desenliado para obter urna grande variedade de dados destinados a diferentes tipos de analises. Pode ser estruturado de forma flexível, para responder a urna variedade de necessidades dos utilizadores e de métodos de recolha de dados. Os inquéritos as familias, embora sejam dispendiosos, tém obviamente menos custos do que os recenseamentos. Podem ser repetidos com maior frequéncia e, assim, fomecer informacáo sobre alteracóes conjunturais ao longo de um período de tempo. Dada a sua menor dimensáo, os inquéritos por amostragem também permitem um melhor controle dos erros de resposta e de outros erros "alheios á amostragem", e os dados obtidos podem ser processados com maior rapidez.

Dada a limitada dimensáo das amostras, a maior restricáo dos inquéritos aos agregados familiares é a sua incapacidade para fornecer pormenores suficientes de pequeñas zonas territoriais ou subgrupos da populacáo. Para além disso, as amostras de dimensáo media, embora muitas vezes aptas para proporcionar boas estimativas de Índices, taxas, rácios, etc., tendem a ser menos satisfatórias para estimar os valores de agregados populacionais (por exemplo, o número total de pessoas desempregadas num grupo específico) e as alteracóes nos mesmos, informacóes estas que podem ser de particular interesse para o utilizador. Para obter estimativas fiáveis de agregados populacionais, é normalmente necessáno complementar ou ajustar dados amostráis utilizando informacáo de outras fontes, invariavelmente a partir de recenseamentos ou registos da populacáo, quando disponí veis.

As funcóes de mutuo apoio e as utilizacoes combinadas dos recenseamentos e dos inquéritos por amostragem a populacáo foram descritos em muitas fontes (e.g. Nacoes Unidas, 1984, §§ 1.7 - 1.11; Kish e Verma, 1986). O método de amostragem pode ser utilizado com proveito, para facilitar a plaruficacáo, testagem, controle, avaliacáo, processamento e como complemento da recolha de dados do recenseamento. Por seu lado, os conhecimentos retirados do recenseamento fornecem a infra-estrutura, o quadro de amostragem, os dados de referencia, etc., que sao necessários para realizar inquéritos por amostragem ás familias, de par com um incentivo geral para o desenvolvimento da capacidade estatística. Estas contribuicoes sao particularmente importantes para inquéritos por amostragem de grande dimensáo, com urna ampia cobertura, como sejam os inquéritos nacionais a máo-de-obra.

Também existem combinacoes dos dois métodos. O recenseamento da populacáo é desenliado em muitos países, para ter duas componentes: (a) um inquérito da populacáo e das suas características básicas, nomeadamente as demográficas, mima base de 100 por cento, complementado por (b) urna amostra ampia, ligada ao recenseamento e cobrindo um mais vasto conjunto de questóes. Tal tipo de esquema pode melhorar consideravelmente o papel dos recenseamentos como urna fonte de dados sobre a populacáo activa e os temas com ela relacionados.

Deve ser salientado, para além disso, que os dados dos recenseamentos populacionais e dos inquéritos á máo-de-obra estao, com técnicas estatísticas adequadas, a ser cada vez mais utilizados em conjunto, para produzir estimativas actualizadas relativamente a áreas geográficas específicas e outros dominios restritos, no pós-recenseamento.

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Inquéritos de populacáo activa

Recenseamentos e inquéritos por amostragem aos estabelecimentos Dependendo das necessidades específicas, os dados sobre emprego e outros temas afins

podem também ser obtidos dos recenseamentos e inquéritos por amostragem aos estabelecimentos, de forma distinta dos recenseamentos populacionais e dos inquéritos por amostragem ás familias. As diferencas entre estes dois sistemas dizem respeito á populacáo abrangida, ás unidades de medida e ao ámbito da informacáo recolhida.

Comparados com os inquéritos ás familias, os recenseamentos e inquéritos que utilizam os estabelecimentos como unidades de medida, podem por em evidencia questóes mais específicas, serem mesmo mais precisos e económicos mas, ao mesmo tempo, podem ser mais limitados quanto ao universo abrangido e conteúdo. Em relacáo ao universo abrangido, podem distinguir-se dois tipos de estabelecimentos: os de grande dimensáo, pertencentes ao sector mais organizado da economía, em principio formalmente registados e empregando mais que um certo número de pessoas; e os pequeños estabelecimentos no sector relativamente nao estruturado, que podem ser estabelecimentos nao familiares ou puramente actividades de base familiar, prosseguidas por agregados familiares segundo principios de direitos de propriedade ou parceria. Razoes de custos, dificuldades logísticas ou objectivos específicos restringem muitos inquéritos apenas aos estabelecimentos de maior dimensáo. Os dados sobre emprego obtidos de tais inquéritos tendem, por conseguinte, a cingir-se aos trabalhadores por conta de outrem do sector mais organizado da economía. Muitas vezes, tais inquéritos cobrem somente ramos específicos de actividade económica, como por exemplo, as industrias extractivas, as transformadoras e a construcáo civil. Normalmente, tém por base listagens de estabelecimentos já existentes e estáo tendencialmente sujeitos ás maiores ou menores deficiencias de cobertura, comuns a tais suportes.

Para além do mais, as regras de associacáo entre os varios tipos de unidades de inquérito podem ser bastante complexas. As unidades amostráis utilizadas para seleccáo, as pessoas que fomecem a informacáo e as unidades de inquiricao e análise, para as quais é procurada a informacáo no inquérito, podem tornar-se difíceis de identificar e de associar consistentemente urnas com as outras. As dificuldades práticas para, de forma consequente, fazer a distincáo entre empresas e estabelecimentos, sao bem conhecidas. Um exemplo de outro tipo de dificuldade, mostraría como um sistema de inquérito aos estabelecimentos, ao inquirir os postos de trabalho ocupados, com base em pessoas listadas em folhas de pagamentos, excluiría trabalhadores com um posto de trabalho, mas temporariamente ausentes sem remuneracáo e contaría, por mais de urna vez, os trabalhadores com pluriemprego. Tais problemas nao acontecem nos inquéritos ás familias.

A importancia dos inquéritos aos estabelecimentos reside na sua maior especificidade, quer em termos de cobertura, quer de conteúdo. Quando o interesse se centra em actividades específicas, os inquéritos aos estabelecimentos, com urna adequada estrutura de amostragem, podem obter desenhos de amostra e procedimentos mais eficientes do que os dos inquéritos ás familias cobrindo toda a populacáo. Pode ser obtida informacáo mais fiável e mais detalhada sobre certos temas, nos inquéritos aos estabelecimentos, especialmente quando podem contar com folhas de pagamentos e outros registos disponí veis. Este tipo de inquérito pode proporcionar urna oportunidade para recolher informacáo sobre muitas outras variáveis económicas, tais como a producáo, custos, investimento e factores tecnológicos e organizativos, as quais podem ser directamente relacionadas com a informacáo sobre emprego, salarios e produtividade, dando azo á formacáo de urna base mais completa para a análise da actividade económica. Também os dados sobre emprego podem estar relacionados com mais precisáo aos dados sobre ganhos, qualificacóes, profissáo e actividade.

Os inquéritos aos estabelecimentos também podem ser mais económicos e mais rápidos do que os inquéritos ás familias. Tal facto resulta de que, os inquiridos dos inquéritos aos estabelecimentos, tém a tendencia para se encontrarem agrupados e serem assim mais facéis de contactar. Mesmo nos países em vías de desenvolvimento, podem algumas vezes ser utilizados métodos de inquiricáo com custos inferiores, tais como o envió dos questionários por correio ou as entrevistas por telefone, em vez das entrevistas pessoais, que resultam mais caras. Outro factor de reducáo de custos consiste em que, a informacáo requerida sobre todas as pessoas que

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Planificaçâo, desenho e reestruturaçâo do inquérito

trabalham em grandes estabelecimentos, pode ser obtida através de um inquirido, ou apenas de alguns.

Relativamente aos pequeños estabelecimentos, a distinçâo entre inquéritos aos estabelecimentos e inquéritos as familias é menos nitida. Em gérai, näo se encontram disponiveis as listagens para os pequeños estabelecimentos, os quais se caracterizam por grandes flutuaçôes e, muitas vezes, carecem de características que os tomem reconhecíveis. Por isso, a única abordagem exequível é o comum inquérito as familias baseado mima amostra multi-etápica de áreas, com urna listagem especial de unidades na última etapa. Todavía, ao contrario dos agregados familiares, os pequeños estabelecimentos têm tendencia a estar distribuidos de urna forma um tanto irregular na populaçào, apresentando frequentemente bolsas de concentraçào consideráveis, por tipo de actividade económica. Torna-se muitas vezes necessária a informaçào sobre o modelo de distribuiçào, a partir dos recenseamentos e de outras fontes, para melhorar a organizaçâo e a eficiencia do desenho e da implementaçào do inquérito (ver, p.ex., Murthy e Roy, 1970).

Fontes Administrativas As estatisticas baseadas em registos administrativos sao normalmente subprodutos de

processus administrativos. Assim, estes registos podem ser urna fonte bastante económica de informaçào estatistica. Estâo muitas vezes alicerçados em actividades com funcionamento continuo, podendo ser urna fonte útil de estatisticas de fluxos e de outros dados longitudinals. No entanto, podem também softer de varios inconvenientes tais como, o seu ámbito e conteúdo limitados, as definiçôes e conceitos inflexíveis, as imperfeiçôes e incompatibilidades e as restriçôes ao seu acesso devidas a imposicöes legáis ou administrativas. Como se refere no Handbook of household surveys {Manual de inquéritos as familias) (Naçôes Unidas, 1984, §§ 1.13 e 1.14), nos países em vias de desenvolvimento com mercados de trabalho desorganizados, as fontes administrativas como o seguro de desemprego e as inscricöes nos centros de emprego, muitas vezes nào existem ou estâo limitadas a certas categorías de trabalhadores definidas de forma restrita. Naturalmente, quando estas fontes estâo disponiveis e sao coligidas com intervalos fréquentes e regulares, podem ser utilizadas com vantagem em análises específicas. Outros registos administrativos tais como as folhas de pagamentos e ficheiros de serviços administrativos civis, empresas estatais e outras instituiçôes públicas, podem também ser explorados de forma útil para obter informaçào sobre o emprego nó sector publico. No entanto, urna variada utilizaçâo de tais fontes é sobretudo encontrada nos países desenvolvidos.

As fontes administrativas podem ser utilizadas para organizar e actualizar as estruturas de amostragem dos inquéritos ao emprego e inquéritos similares que se baseiem em amostras de estabelecimentos, pelo menos no que respeita aos grandes estabelecimentos dos sectores mais organizados da economía.

3. A estrutura e organizaçâo do inquérito

De acordó com a resoluçào adoptada pela Décima Terceira CIET, o programa de estatisticas da populaçào activa deve abranger todos os ramos da actividade económica, todos os sectores da economía e todas as categorías de trabalhadores, e deve ser desenvolvido, no maior grau possível, de harmonía com as outras estatisticas económicas e sociais. Na sequência do que foi referido na anterior secçào deste capítulo, pode aduzir-se que os inquéritos as familias sao particularmente adequados para cumplimento destes objectivos. A Décima Terceira CIET especificou aínda o seguinte: O programa (de estatisticas da populaçào activa) deve específicamente satisfazer, quer as necessidades estatisticas de curto prazo, quer as de longo prazo, i.e., estatisticas correntes recolhidas frequentemente, com carácter periódico, e estatisticas coligidas em intervalos mais alargados, para utilizaçâo em análises estruturais aprofundadas e como dados de referencia. (a) O programa de estatisticas correntes deve abarcar estatisticas da populaçào activa do momento e suas

componentes, de forma a que as tendencias e variaçoes sazonáis possam ser adequadamente observadas...

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Inquéritos de populacáo activa

(b) O programa de estatísticas nao correntes, isto é, de menor frequéncia, que pode incluir recenseamentos e inquéritos, deve fomecer: (i) dados completos sobre a populacáo activa; (ii) estatísticas aprofundadas sobre o padrao de actividade da populacho activa ao longo do ano e as rela?6es entre emprego, rendimento e outras características socio- económicas; e (iii) dados sobre outros temas específicos (p.ex. criancas, jovens, mulheres, agregados familiares) consoante o que for determinado pelas necessidades permanentes e de longo prazo.

Décima Terceira CIET, 1982, Resolucao I, § 2 (OIT, 1983). Os requisitos mínimos sobre a frequéncia, o ámbito e as classificacóes das estatísticas foram

estabelecidas na Recomendacáo de Estatísticas do Trabalho (N° 170), adoptada pela Conferencia Internacional do Trabalho em 1985 como complemento á Convencáo de Estatísticas do Trabalho (N° 160):

1.(1) Devem ser calculadas, pelo menos urna vez por ano, estatísticas correntes da populacáo activa, do emprego, do desemprego, quando for relevante e do subemprego visível, quando for possível.

(2) Estas estatísticas devem ser classificadas segundo o sexo e, quando possível, por grupos de idade e por ramos de actividade económica.

2. (1) Tendo em vista ir ao encontró das necessidades de longo prazo em materia de análises detalhadas e de dados de referencia, devem ser apuradas estatísticas da estrutura e distribuicao da populacáo activa, pelo menos urna vez em cada dez anos.

(2) Estas estatísticas devem ser classificadas pelo menos segundo o sexo, grupo de idade, grupo profissional ou níveis de qualificafao, ramo de actividade, área geográfica e situacao na profissao (empregador, trabalhador por conta própria, trabalhador por conta de outrem, trabalhador familiar nao remunerado, membro de cooperativa de produtores). Recomendacáo sobre Estatísticas do Trabalho (OIT, 1988)

Nos inquéritos as familias sobre populacáo activa sao possíveis variados desenhos e tipos de organizacáo. Os principáis factores determinantes sao os objectivos essenciais do inquérito, isto é, o conteúdo, a complexidade e a períodicidade da informacáo procurada. O inquéríto pode ser desenliado para obter regularmente series temporais de dados sobre níveis e tendencias conjunturais; de forma alternativa ou complementar, pode centrar-se em informacáo menos frequente, com um carácter mais estrutural e com importancia a mais longo prazo. O conteúdo do inquérito pode ser detalhado e especializado para dar informacáo, por exemplo, sobre a dinámica da máo-de-obra ou os fluxos brutos entre as diferentes categorías da mesma; pelo contrario, o inquérito pode estar confinado a um pequeño grupo de características básicas da máo-de-obra, tais como os níveis de emprego e de desemprego. Estas consideracoes essenciais definiráo também as datas e a frequéncia adequadas, bem como o período de referencia e a organizacáo da amostra e demais aspectos da estrutura do inquérito. Os requisitos do relacionamento adequado com outros inquéritos, tanto em termos de conteúdo, como de actividades no terreno, pode ser outro factor importante para determinar a estrutura e organizacáo do inquérito.

Inquéritos continuos e inquéritos ocasionáis Inquéritos continuos para dados correntes. Os inquéritos continuos sao realizados,

principalmente, para gerar series temporais de dados sobre níveis e tendencias conjunturais; com um desenho adequado e com dados de qualidade suficientemente boa, o inquérito pode também fornecer estimativas de alteracoes e fluxos brutos de individuos, entre diferentes condicóes perante o trabalho e tipos de actividade económica. Em geral, um inquérito deste tipo consiste mima serie continuada de "ciclos" de inquérito, estando cada ciclo destinado a produzir estimativas independentes abrangendo um período de tempo especificado.

Os inquéritos continuos sao utilizados para analisar o funcionamento da economía; para obter indicadores das alteracoes ñas taxas actuáis de participacáo na máo-de-obra, emprego, desemprego e subemprego; e para medir a tendencia e as variacóes, cíclicas e sazonáis, nessas taxas. Embora em principio, e com um desenho adequado, o inquérito possa também proporcionar informacáo sobre alteracoes e fluxos brutos (a nivel individual), nem sempre é possível fazé-lo com suficiente fiabilidade.

Normalmente, sao encontrados entre os inquéritos continuos dois tipos de modalidades. A primeira consiste em realizar o inquérito numa base continua, isto é, o trabalho no terreno é levado a cabo ininterruptamente. Em geral, a informacáo é obtida utilizando um período de referencia móvel, isto é, um período de referencia relativo a um lapso de tempo especificado e imediatamente anterior á entrevista, o qual varia de inquirido para inquirido, dependendo da data

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Planificado, desenho e reestruturacáo do inquérito

da entrevista. Se o ciclo do inquérito tem uma duracáo suficientemente grande, pode ser subdividido em "subciclos", cada um deles abrangendo uma amostra representativa de uma parte do periodo completo do ciclo do inquérito. A divisáo em subciclos permite melhorar a cobertura da amostra, no sentido de uma maior representatividade, através de segmentos de tempo mais curtos durante o ciclo (tal como meses, ou trimestres, ao longo do ano). Os resultados obtidos nos subciclos podem, assim, ser utilizados, para estudar as variacóes sazonáis ou de outro tipo, durante o ciclo. Este sistema permite também uma mais frequente e atempada publicacáo dos resultados. A distincáo entre ciclos e subciclos tem por base, sobretudo, a dimensáo da amostra. No caso de cada um dos ciclos, com uma amostra de maior dimensáo obtida pela acumulacáo de subciclos, é possível processar e analisar dados com todo o detalhe; enquanto que no caso dos subciclos individuáis, a dimensáo da amostra é apenas suficientemente grande para produzir as principáis estimativas com uma precisáo adequada, mas com menor desagregacáo, nomeadamente ao nivel geográfico. Com o trabalho no terreno dividido em subamostras representativas para cada segmento de tempo (subciclo), sao melhorados os próprios resultados agregados para todo o ciclo, visto que as variacóes sazonáis e outras variacóes temporais durante o ciclo sao abrangidas ou rateadas de uma forma mais equilibrada. A divisáo em subciclos pode também ter importantes vantagens operacionais: o trabalho no terreno pode ser melhor controlado e ser distribuido de forma mais equilibrada ao longo de um período de tempo. O custo do sistema vira evidentemente aumentado dado o aumento das deslocacóes, necessárias para abranger amostras dispersas em cada um dos subciclos.

A segunda modalidade é a de inquéritos periódicos com trabalho no terreno intermitente, concentrado em intervalos de tempo relativamente curtos. Podem existir certas vantagens em concentrar o trabalho no terreno. Em primeiro lugar, pode tornar-se mais fácil controlar e implementar as operacóes. Em segundo lugar, é mais fácil obter informacáo com um período de referencia fixo, isto é, com o mesmo periodo de referencia para todos os inquiridos em termos de datas fixas de calendario. Como se indica na subseccáo seguinte, é necessário e/ou preferivel, para certas finalidades, utilizar tais períodos de referencia fixos.

No entanto, podem existir algumas desvantagens em concentrar o trabalho no terreno. Primeiro, porque as condicóes medias ao longo de um período, como por exemplo um ano, podem nao ser táo bem representadas em inquéritos periódicos, como o sao em inquéritos continuos, em que o trabalho no terreno está uniformemente distribuido durante todo o período. Em segundo lugar, os inquéritos periódicos nao proporcionam aos inquiridores uma carga de trabalho continua e uniformemente distribuida. Tem assim de ser feita uma opcáo entre (a) empregar pessoal permanente para actividades no terreno, deixando-o inactivo durante parte do tempo; (b) recorrer á utilizacáo de pessoal temporario durante os períodos de trabalho no terreno; e (c) dispor de pessoal permanente para actividades no terreno e utilizá-lo, durante os periodos de inactividade, para outras actividades de inquéritos, tais como actualizacáo da amostra, edicáo, codificacáo ou outros trabalhos estatísticos. A primeira opcáo, (a), envolve obviamente gastos supérfluos, embora pareca ter sido seriamente considerada em algumas situacóes, em que a utilizacáo de inquiridores permanentes e bem preparados é considerada essencial para assegurar a qualidade dos dados, sendo os custos do pessoal para trabalho no terreno relativamente reduzidos, em consequéncia das baixas remuneracoes praticadas. A pertinencia para se considerar a opcáo (b), isto é, a utilizacáo de pessoal temporario, deriva da observacáo de um certo número de inquéritos nacionais á máo-de-obra (OIT, 1986), os quais mostram que cerca de metadc os países que realizam os seus inquéritos de forma periódica (em vez de continua), contratum pelo menos algum pessoal temporario, para reduzir o problema das cargas de trabalho irregulares que é inerente á estrutura do inquérito. Pelo contrario, de acordó com a mesma observacáo, praticamente nenhum país, com um modelo continuo de trabalho no terreno, utilizou esse tipr de pessoal. Naturalmente que as políticas de pessoal das organizacóes sao influenciadas por ni ÍOSOS factores, mas as variacóes na carga de trabalho sao, provavelmente, uma consic áo importante.

váo (c) é de uso comum, especialmente em países com infra-estruturas estatísticas bem implai.~idas, onde um corpo permanente de inquiridores estacionado em diferentes zonas do país

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Inquéritos de populado activa

pode tratar de uma variedade de tarefas de recolha de dados, incluindo as entrevistas do inquérito as familias. Nos intervalos entre os períodos de trabalho, o pessoal no terreno pode continuar com a recolha de dados para outras estatísticas. Uma alternativa diferente será a utilizacáo do pessoal entre os ciclos do inquérito, nao para outro trabalho no terreno e para recolha de dados, mas para editar, codificar, condensar e avahar os dados do inquérito da máo-de-obra recomidos durante o precedente ciclo de trabalho no terreno. Com os rápidos desenvolvimentos na tecnología dos micro computadores, está a tornar-se exequível descentralizar mais funcoes do processamento de dados, tais como a sua introducáo e validacáo. O envolvimento na preparacáo e processamento de dados, do pessoal com tarefas no terreno, pode acelerar toda a operacáo. Esta pode ser uma consideracáo importante, já que, muitas vezes, o processamento de dados é o principal factor de estrangulamento que atrasa a conclusáo dos inquéritos. Esse envolvimento no processamento pode também aumentar a qualidade dos dados recomidos em ciclos subsequentes, porque melhora a compreensáo do questionário por parte dos inquiridores.

Dado que a principal finalidade dos inquéritos continuos, através de trabalho no terreno continuo ou periódico, é a de criar uma sequéncia de dados regular, é imperativo que, em tais inquéritos, os resultados sejam publicados regular e oportunamente, e que o volume e complexidade da informacao recomida nao venha a submergir a capacidade de processamento de dados e da sua comunicacáo por parte da organizacáo. De outro modo, os dados nao processados acumular-se-áo em quantidades crescentes e todo o objectivo de proporcionar estatísticas actualizadas será anulado.

Muitos exemplos de inquéritos á máo-de-obra continuos podem ser encontrados tanto em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento; uma observacáo das práticas nacionais actuáis é dada em OIT (1986).

Inquéritos ocasionáis para informacao de carácter mais estrutural. Podem ser realizados, com menor frequéncia, inquéritos ampios sobre populacáo activa, para obtencáo de dados de referencia e de informacao estrutural detalhada. Neles se poderá incluir, por exemplo, a informacao detalhada sobre a populacáo activa por actividade, por profissáo, por situacáo na profissáo, sobre os tipos de emprego ao longo do ano, a permanencia no posto de trabalho, o pluriemprego, a formacáo escolar e profissional, as horas trabalhadas, o rendimento do emprego, etc.. De forma semelhante, a populacáo inactiva pode ser classificada segundo os seus diversos tipos e características socio-económicas e demográficas. Na planificacáo do desenvolvimento sao necessários tais inquéritos para analisar as condicóes de emprego no inicio do periodo do plano e para fixar objectivos e metas. Embora os inquéritos deste tipo nao sejam desenhados para produzirem fluxos continuos de estatísticas correntes ou informacao sobre as alteracóes em períodos curtos, eles estáo bem adequados para fornecer, com menor frequéncia, a informacao necessária sobre as características estruturais essenciais e sobre as alteracóes de longo prazo. Como estas características nao se modificam rápidamente, nao é necessário realizar tais inquéritos mais do que uma vez, num conjunto pequeño de anos. Por exemplo, podem ser levados a cabo de cinco em cinco anos, como inquéritos pós-recenseamento ou inter-recenseamento, em países com recenseamentos populacionais de dez em dez anos. Em qualquer caso, é vulgar nao ser exequível efectuar tais inquéritos detalhados com maior frequéncia, devido as limitacóes de recursos existentes.

O momento de realizacáo do inquérito tem de ser cuidadosamente determinado. Os resultados devem estar disponíveis quando os dados estruturais e de referencia sao mais necessários, como por exemplo, na fase de formulacáo dos planos de desenvolvimento. Para os inquéritos serem válidos a longo-prazo, as suas datas nao devem coincidir com períodos de condicóes anormais ou transitorias de emprego (a menos que a medicáo de tal anormalidade constitua, em si própria, o principal objectivo de realizacáo de um inquérito especial). O periodo do inquérito deve também ter em conta as variacóes sazonáis e outras variacóes de curto prazo. Por estas razóes, pode ser útil distribuir o trabalho no terreno ao longo de todo o ano, abrangendo todas as estacóes; isto pode ser feito numa base continua, com trabalho no terreno ininterrupto durante o ano (como é feito, por exemplo, nos ciclos da máo-de-obra do Inquérito Nacional por

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Planificado, desenho e reestruturacáo do inquénto

Amostragem da índia), ou sob a forma de períodos mais concentrados de trabalho no terreno, espacados ao longo do ano.

Ocasionalmente, podem ser realizados inquéritos mais especializados para investigar em profundidade certas relacoes, fenómenos especiáis, problemas e assuntos controversos ou grupos de populacáo de interesse especifico. Exemplos possíveis sao as relacoes entre utilizacáo da mao-de-obra, formacáo e permanencia no posto de trabalho, por um lado e rendimento do emprego, rendimento da familia, bem-estar, etc., por outro. No entanto, tais inquéritos tendem a ser bastante complexos no seu conteúdo e envolvem organizacáo e pessoal especializados, e custos e esforcos relativamente elevados. Consequentemente, eles sao em geral realizados urna vez ou com pouca frequéncia, tendo habitualmente um ámbito de cobertura inferior ao nacional e amostras mais pequeñas e menos dispersas. Na medida em que um inquérito especializado está "orientado para a investigacáo", (isto é, aspira a proporcionar informacáo de interesse a longo prazo para melhorar a compreensáo geral dos assuntos e dos problemas, mais do que ir ao encontró de algumas das necessidades de dados mais imediatas) pode existir urna considerável flexibilidade no seu período de realizacáo. Pela mesma razáo, a amplitude do seu conteúdo e a alta qualidade dos dados podem ser consideracoes mais importantes, do que a extensáo do ámbito e a rapidez de publicacáo dos resultados.

Finalmente, deve referir-se que, algumas vezes, os objectivos do inquérito requerem a recolha de informacáo adicional sobre grupos específicos da populacáo que revistam um interesse especial, tais como os deficientes, emigrantes, mulheres chefes de familia, jovens desempregados ou trabalhadores subempregados. Quando tais grupos sao pequeños, podem ser necessários métodos especiáis, tais como amostras multi-etápicas, com um sistema de seleccáo que inclua um número suficiente de inquiridos. Nos inquéritos continuos, há também a possibilidadde de acumular os casos deste tipo, provenientes de varios ciclos. Se a informacáo adicional requerida sobre grupos de interesse especial, é demasiado detalhada ou complexa, pode ser necessário organizar a sua recolha como urna operacáo separada do inquérito principal á mao-de-obra (utilizando por exemplo questionários especiáis e/ou entrevistadores especiáis), ainda que esteja com ele coordenada de urna forma adequada.

Período de referencia Outro aspecto básico da estrutura do inquérito é o tipo de periodo ou períodos de referencia

utilizados para a recolha de informacáo. Varias consideracoes substantivas, envolvidas na escolha dos períodos de referencia, foram já examinadas na Parte Um do manual. Aqui, o objectivo é o de sumariar alguns pontos principáis, no contexto dos diferentes tipos de inquéritos de máo-de-obra descritos anteriormente.

Recordar-se-á que, para a medicáo da condicáo perante o trabalho do momento, é requerido um período de referencia curto, de urna semana ou de um dia. Para a medicáo da condicáo perante o trabalho habitual é utilizado um período de referencia longo, abrangendo um ano inteiro. O período de referencia curto será normalmente adequado para o tipo de inquérito continuo, dirigido principalmente para a producáo de indicadores conjuntarais. Em inquéritos menos frequentes, orientados para as características estruturais com interesse a longo prazo, pode ser considerada a utilizacáo combinada dos períodos de referencia curto e longo. O período de referencia longo e a abordagem da condicáo perante o trabalho habitual, podem ser particularmente adequados para os inquéritos em profundidade, cujo objectivo seja a investigacáo das relacoes complexas subjacentes, entre a actividade económica e outras variáveis.

O periodo de referencia pode ser fixo, isto é, definido em termos de datas específicas de calendario, ou pode ser um período de referencia móvel, definido com urna duracáo especificada e medido retroactivamente a partir da data da entrevista. Cada um destes sistemas tem as suas vantagens. A utilizacáo de um período de referencia fixo fornece informacáo relacionada com um período de tempo definido, que é o mesmo para todas as unidades entrevistadas. Este sistema pode evitar o diferencial resultante dos "efeitos de período" (por exemplo, a influencia do fim-de-semana ou de fim do mes) ñas respostas dos diferentes inquiridos. Pode também, algumas vezes, ser mais adequado para estabelecer ligacSes com dados de outras fontes, ou ser necessário até,

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Inquérítos de populado activa

tendo em vista algumas exigencias legáis ou convencionais, para a producáo de estimativas referentes a períodos (de calendario) definidos. Por outro lado, a utilizacao de um período de referencia fixo, tende a tomar a distancia do período a evocar (isto é, o intervalo de tempo relativamente ao período de que o inquirido tem de recordar a informacáo a ser declarada), nao só mais afastado, mas também diferente de inquirido para inquirido, dependendo de quando é realizada a entrevista em cada agregado familiar concreto. Este problema pode ser importante, quando o trabalho no terreno se espalha ao longo de um período relativamente longo. Para o evitar, o próprio trabalho no terreno pode ter de ser concentrado, isto é, levado a cabo de maneira periódica, de preferencia a continua, embora isso ocasione, por sua vez, cargas de trabalho desequilibradas ou irregulares para o pessoal no terreno. Consequentemente, os inquérítos continuos levados a cabo mediante ciclos periódicos, tém tendencia a utilizar o período de referencia fixo, tal como o fazem os inquérítos ocasionáis, cujo trabalho no terreno se realiza num período de tempo curto. As desvantagens do período de referencia fixo, como por exemplo, o prolongamento e a irregularidade do período a recordar, sao reduzidas, quando o trabalho no terreno está concentrado ao longo de um período de tempo limitado. Os problemas de uma carga de trabalho desigual tendem a tornar-se menos perturbadores com o aumento da frequéncia dos inquérítos. Na realidade, os inquérítos mensais a máo-de-obra sao periódicos por natureza (com o trabalho no terreno concentrado em uma ou duas semanas durante o mes), e utilizam a última semana ou mes de calendario como período de referencia fixo (OIT, 1986). Os inquérítos periódicos menos frequentes tém mais tendencia a utilizar períodos de referencia movéis.

Naturalmente que, com um trabalho continuo no terreno, é geralmente mais adequado um período de referencia móvel. Isto aplica-se tanto no caso de o inquérito ser, em si mesmo, de carácter continuo, como quando se trata de um inquérito ocasional de "carácter estrutural": em ambos os casos, as desvantagens dos dilatados e desiguais períodos de tempo a evocar, que advém da utilizacao do período de referencia fixo, tomam-se mais importantes com um trabalho no terreno que se estende durante um período longo, tal como o ano. As vantagens de um período de referencia móvel sao o período mais curto a evocar, e o "alisamento" da sazonalidade e de outros efeitos de período, sobre a amostra no seu conjunto. No entanto, os dados resultantes referem-se a um ponto ou período de tempo menos bem definido e, para os inquiridos individuáis, os resultados podem ser influenciados por efeitos dos períodos diferidos.

Articulacao com outros inquérítos Existe, em muitos países, um aumento da utilizacao dos inquérítos as familias como fonte de

uma grande variedade de informacáo estatística. Como consequéncia, é muitas vezes necessário realizar inquérítos, quer sobre a populacáo activa, quer sobre outros temas, como parte de um sistema ou programa conjunto de inquérítos, ou pelo menos para garantir que todos os inquérítos estao perfeitamente coordenados. Estas exigencias podem ser particularmente importantes no caso de inquérítos sobre populacáo activa, os quais muitas vezes se mostram abrangentes quanto ao seu ámbito, que é de alcance nacional e tem uma dimensáo relativamente grande. A necessidade dessa articulacao torna-se mesmo maior, quando um inquérito implica operacoes regulares que se repetem periódica ou continuamente, dado que as mesmas podem afectar ou ser afectadas grandemente por outras operacoes, ñas quais o organismo estatístico está simultáneamente envolvido.

A articulacao entre inquérítos envolve dois aspectos gerais: (a) coordenacáo aos níveis de desenho e operacionalidade, em que seráo utilizados

procedimentos, sistemas e meios comuns, para aumentar a economía e flexibilidade das operacoes; e

(b) integracao a um nivel substantivo ou temático, em que certo número de temas sao abrangidos em conjunto, para permitir a producáo de estatísticas interrelacionadas que possam ser analisadas de forma integrada. A coordenacáo implica que cada um dos inquérítos seja desenliado e realizado, com

adequadas relacoes operativas entre eles, utilizando procedimentos e infra-estruturas comuns, entre as quais se incluem os sistemas organizativos, a estrutura de amostragem e outras

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Planificado, desenho e reestruturacáo do inquéríto

componentes, as equipas técnicas e de supervisáo, o pessoal no terreno e de escritorio, assim como o transporte, o processamento de dados, a impressao e outros meios. O grau de coordenacáo e de reparticáo dos meios pode variar, dependendo do tipo de organizacáo envolvida, da natureza das suas operacóes, dos requisitos especiáis, do financiamento e de outros preparativos para o inquérito, etc.. Enquanto que os inquéntos mais pequeños e ocasionáis podem muitas vezes ser realizados com base em acordos mais ou menos específicos ou ad hoc, é muito menos provável que seja esse o caso das grandes operacóes, como os inquéritos nacionais á máo-de-obra. Muitas vezes, esses inquéritos sao levados a cabo como parte das operacóes regulares de um organismo nacional de estatística, e o seu planeamento requer uma cuidadosa consideracáo pelas ligacóes operacionais com outras realizacóes e uma avaliacáo dos possiveis constrangimentos e problemas (tais como a pressáo crescente sobre os meios disponiveis para processamento de dados e a equipa técnica), bem como das oportunidades e flexibilidade que estas articulacóes podem oferecer.

A integrando ao nivel substantivo implica a utilizacáo de uma mesma populacáo como objecto de estudo; definicóes e conceitos comuns; um sistema comum de classificacáo e, possivelmente, perguntas do inquérito normalizadas para classificacóes de frequente utilizacáo, tais como a idade, o sexo, o grupo étnico, a educacáo e a condicáo perante o trabalho, e amostras de inquiridos comuns ou sobrepostas (Nacóes Unidas, 1986, p.6; 1983, § 1364). Algumas vezes, é utilizado o termo "integracáo completa" para indicar a inclusáo de múltiplos temas num único inquérito, com base numa única amostra e, possivelmente, mediante uma única entrevista com o inquirido. Pelo contrario, o termo "integracáo parcial" implica uma situacáo em que os varios temas sao abrangidos utilizando a mesma amostra de áreas, mas com diferentes amostras de familias dentro de cada área. Apenas a completa integracáo permite a ligacáo dos dados a um nivel dedetalhe.1

Na prática, podem ser encontradas varias modalidades quanto á forma e ao grau de ligacóes dos inquéritos á máo-de-obra com inquéritos sobre outros temas. (1) O inquérito á máo-de-obra pode ser organizado como uma operacáo mais ou menos independente dos outros inquéritos; (2) um inquérito de máo-de-obra com um conteúdo limitado pode ser incorporado em algum outro inquérito continuo como um "módulo"; ou, reciprocamente, (3) um mais completo inquérito de máo-de-obra pode servir de veículo para englobar outros temas afins; (4) um inquérito de máo-de-obra pode fazer parte de um inquérito de propósitos múltiplos, abarcando uma variedade de temas; ou (5) pode ser realizado como um ciclo de um sistema de inquéritos continuo, o qual está centrado em diferentes temas em cada um dos ciclos. Estas varias organizacóes possiveis sao analisadas a seguir.

Inquéritos de mao-de-obra independentes Certos países em vias de desenvolvimento e desenvolvidos (p.ex. Dinamarca, Egipto,

Finlandia, Espanha, Tailandia) levam a cabo inquéritos que estáo relacionados, principal ou exclusivamente, com temas sobre a máo-de-obra. No presente contexto, os mesmos podem ser descritos como "independentes". A sua concentracáo num único tema nao impede, naturalmente, a sua coordenacáo operacional e a utilizacáo de meios e organizacóes, em comum com outros inquéritos, ou o uso de ámbito, conceitos, definicóes e classificacóes idénticas. O que implica o termo "independente" é a sua concentracáo num único assunto e um considerável grau de independencia no desenho e na execucáo. Essa independencia pode muitas vezes ser útil para proporcionar melhor controle e supervisáo, e maior flexibilidade no desenho e realizacáo do inquérito.

y

O termo "integrado" tem sido utilizado algumas vezes para referir ligacñes, tanto em aspectos substantivos, como em aspectos operacionais e de desenho; o termo "coordenacáo" referir-se-á entao a uma forma menos intensiva de integracáo. No entanto, é preferível a distincao entre os dois termos, conforme se utilizou anteriormente: tanto a coordenacáo, como a integracáo, podem variar em intensidade ou em grau.

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Inquéritos de populacáo activa

O "módulo " da mao-de-obra incorporado noutros inquéritos Os recenseamentos da populacáo, os inquéritos demográficos, os inquéritos as receitas e

despesas familiares e outros inquéritos, recolhem muitas vezes informacáo básica sobre as características económicas e as actividades da populacáo. Estes temas podem ser incluidos noutros inquéritos por dois motivos. Em primeiro lugar, o objectivo pode ser o de proporcionar variáveis "explicativas" que sejam úteis á classificacáo cruzada e á análise daquelas características que constituem o principal assunto focado pelo inquérito. Embora neste caso, o inquérito nao tenha por finalidade fomecer estimativas para as variáveis da mao-de-obra per se, pode ser útil para melhorar a compreensáo das relacoes entre a máo-de-obra e outras características, tais como a fecundidade, o cuidar das enancas, a saúde, o rendimento, os hábitos de consumo, etc.. Na verdade, alguns temas estáo táo estreitamente relacionados com as características da máo-de-obra, que qualquer inquérito sobre aqueles, pode implicar também uma cobertura razoavelmente ampia destas. Por exemplo, um inquérito sobre migracáo pode necessitar da inclusáo de assuntos, como as condicoes perante o trabalho e o emprego, a profissáo, a actividade, o sector de emprego e o rendimento, tanto antes como depois da migracáo, a fim de ajudar a compreender as suas causas e consequéncias.

Em segundo lugar, e mais directamente relevante no presente contexto, o objectivo de incluir um "módulo" de máo-de-obra em inquéritos centrados sobre outros temas, pode derivar de um interesse intrínseco e de uma necessidade de dados reais sobre a máo-de-obra. A inclusáo de assuntos básicos noutros inquéritos continuos, pode ser uma via extremamente económica de obter alguma informacáo essencial sobre a máo-de-obra e as suas características. Isto será particularmente útil, quando nao pode ser levado a cabo um inquérito á máo-de-obra de grande dimensáo, devido aos limitados recursos ou a outras prioridades enfrentadas. Pode ser incluido noutros inquéritos, de forma ocasional, um módulo sobre assuntos da máo-de-obra, como foi feito, por exemplo, no Inquérito as Receitas e Despesas Familiares da Guatemala em 1979-81. Ou pode ser possível fazé-lo numa base mais sustentada, como foi por exemplo o caso dos Inquéritos Nacionais Socio-Económicos da Indonésia(SUSENAS). Com efeito, um certo número de países estabeleceram sistemas de inquéritos que proporcionam uma cobertura razoavelmente extensa e regular dos temas base da máo-de-obra.

No entanto, é também necessário reconhecer algumas limitacoes neste método. Em primeiro lugar, existem limites para o número e detalhe dos assuntos da máo-de-obra que podem ser inseridos, de forma razoável, em operacoes que se referem principalmente a outros temas. Num recenseamento da populacáo, por exemplo, cada um dos escassos items sobre a máo-de-obra que podem ser incluidos, teráo de se limitar, em geral, a uma única e simples pergunta. Deve ser tido cuidado, para assegurar que essa inclusáo nao vem afectar negativamente a qualidade total da informacáo obtida num recenseamento ou inquérito, devido á excessiva carga de respostas para o inquirido, a atrasos no processamento dos dados ou outras consequéncias do aumento de dimensáo e de complexidade da operacáo.

Em segundo lugar, para assegurar a qualidade dos dados e a utilidade dos resultados, é necessário que os varios temas incluidos num mesmo inquérito sejam compatíveis em termos de conceitos, definicoes, metodología, períodos de referencia, ámbito e outros requisitos do desenho do inquérito. Nem sempre é possível ou fácil atingir tal compatibilidade (ver, por exemplo, a discussáo sobre o relacionamento entre volume de emprego e bem-estar económico no Capítulo 8). Ao mesmo tempo, o requisito de compatibilidade com os outros temas abrangidos no mesmo inquérito pode, ele próprio, limitar a utilidade dos dados resultantes sobre máo-de-obra. Para além do mais, os inquéritos podem estar confinados a grupos restritos da populacáo, de forma que os ciados da máo-de-obra só podem ser utilizados como variáveis explicativas para outros temas. Um exemplo muito conhecido desta última situacáo é proporcionado pelos dados sobre o historial de trabalho dos casáis, obtidos no Inquérito Mundial de Fecundidade (1975), os quais, qualquer que fosse a sua importancia como variáveis explicativas, provaram ser de pouco valor na producáo directa de informacáo relativa as características sobre máo-de-obra da populacáo total.

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Planificado, desenho e reestruturacáo do inquénto

O inquérito á mao-de-obra como veículo para outros dados A realizacáo de um inquérito continuo á máo-de-obra pode ser um empreendimento pesado e

relativamente dispendioso. Urna vez que esteja a funcionar, o inquérito pode ser explorado de forma útil como um veiculo para abranger outros temas e para servir de suporte a varios outros inquéritos as familias noutras áreas. Um exemplo disso é-nos dado pelo Inquérito á mao-de-obra do Canadá (Canadá, 1976). O inquérito foi originalmente estabelecido em 1945 para fornecer estimativas trimestrais das características da máo-de-obra a nivel nacional. Em 1952 passou a inquérito mensal e comecou a produzir também algumas estimativas a níveis inferiores ao nacional. Gradualmente, a maior parte dos inquéritos as familias realizados pelo Organismo de Estatística do Canadá comecou a utilizar as capacidades criadas pelo inquérito á máo-de-obra e nele vieram a integrar-se, quanto a desenho e operacóes, a varios níveis. Isto inclui inquéritos realizados como complemento ao Inquérito á Máo-de-Obra, tais como inquéritos periódicos sobre os equipamentos e utensilios das familias, o financiamento ao consumo e os alugueres, e inquéritos proporcionando dados mais detalhados sobre a populacáo e a máo-de-obra, como as inquiricoes relativas aos regimes de trabalho, oportunidades de emprego, trabalho voluntario, ausencias ao trabalho, financiamento dos estudos, educacao, viagens, hábitos de fumar, e actividades dos tempos livres. Alguns inquéritos, com maior independencia, utilizaram as mesmas áreas de amostra do Inquérito á Máo-de-Obra, mas com diferentes conjuntos de familias e períodos de inquérito distintos. Podem apontar-se como exemplos, os inquéritos sobre financiamentos ao consumo e sobre gastos das familias. Outros inquéritos, tais como o inquérito á saúde em áreas urbanas, reduziram custos no seu desenho e implementacáo ao utilizar a mesma estrutura do Inquérito á Máo-de-Obra, mas empregando amostras independentes quanto a áreas e familias. Outros exemplos bem conhecidos, sáo-nos dados pelo Inquérito á Populacáo Actual dos Estados Unidos da América que. regularmente, abrange urna grande variedade de temas para além da máo-de-obra (Estados Unidos, 1978) e o Inquérito á Máo-de-Obra da Australia (Australia, 1985).

Os inquéritos de finalidades múltiplas A integracáo anteriormente referida, pode também tomar urna forma mais extrema, na qual

um grande número de temas detalhados sao combinados num único sistema abrangendo varios assuntos. Em principio, as principáis vantagens dos inquéritos extensos de finalidades múltiplas, sao as economías de escala que se possam obter, e as possibilidades para validaedes cruzadas e para análises combinadas de dados detalhados sobre varios temas. Os inquéritos com múltiplas finalidades podem assim oferecer urna informacáo rica sobre as variáveis da máo-de-obra, juntamente com outros temas, desde que as amostras sejam suficientemente grandes. Incluem-se, como exemplos, o Inquérito Socio-Económico (SUSENAS) na Indonesia e o ENDEF (Estudo Nacional de Despesa Familiar) do Brasil realizado em 1974. Neste último, a informacáo foi recolhida para urna amostra de 55.000 familias (a qual constituía urna subamostra, do entáo inquérito á máo-de-obra trimestral), relativamente a urna grande variedade de características socio-económicas, participacáo da máo-de-obra, orcamento e despesa familiar, alimentacáo, etc. (Brasil, 1980). Ainda como outro exemplo, temos os inquéritos com múltiplas finalidades e varios ciclos, abrangendo, com grande detalhe, o rendimento, o consumo, o emprego e urna variedade de outros temas, que foram realizados em varios países da África sub-Sahariana, no ámbito do Projecto Dimensoes Sociais de Ajustamento, do Banco Mundial.

Deve ser referido, no entanto, que os inquéritos complexos de utilizacoes múltiplas podem ter serios inconvenientes, e tém-nos muitas vezes, especialmente em circunstancias mais dificeis nos países em vias de desenvolvimento. Como se assinalou no Manual de Inquéritos as Familias (Nacóes Unidas, 1984, §§ 1.20-1.28), tais inconvenientes incluem o aumento da extensáo e complexidade da entrevista, o maior esforco para os inquiridos, o possível incremento dos erros nao amostráis, a reducáo da eficiencia no desenho para qualquer tema específico, devido a compromissos necessários á conciliacáo de diversos requisitos, e o perigo de demoras e falhas na fase de processamento. devido ao aumento e complexidade dos dados recomidos. Pode limitar-se o alcance de alguns destes problemas utilizando, por exemplo, diferentes subamostras para

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Inquéritos de populacao activa

diferentes conjuntos de temas, enquanto que outros temas essenciais tém por base a amostra geral (em casos deste tipo, como é evidente, nem todos os temas podem estar interligados a nivel de detalhe); ou organizando o processamento de dados em separado, para diferentes conjuntos de temas. Mesmo assim, sao necessárias as devidas precaucóes para evitar que se construa um sistema de inquéritos demasiado complexo e pesado.

Sistema de inquéritos com variacao do assunto focado Outro tipo de integracáo, o qual pode estar particularmente adequado as condicóes e

requisitos de alguns países em vias de desenvolvimento, consiste em estabelecer um sistema continuo de inquéritos, com variacao do principal assunto focado, de ciclo para ciclo.

Cada ciclo pode abranger um período especificado, tal como o ano, e urna amostra independente e representativa. O sistema de inquéritos pode utilizar em comum, a organizacáo, e o pessoal e outros meios, mas o assunto a tratar muda de ciclo para ciclo, com a possível excepcáo de alguns assuntos essenciais que sao comuns a todos os ciclos. Periódicamente, um sistema deste tipo pode incluir inquéritos completos da populacao activa, como principal objectivo dos ciclos. O inquérito completo pode fornecer informacáo estrutural ou aprofundada com importancia a longo prazo. Um sistema destes tem mu i tas vantagens potenciáis para o trabalho de inquérito nos países em vias de desenvolvimento.

O Inquérito Nacional por Amostragem da India constitui um exemplo desse sistema de inquéritos. O inquérito continuo está dividido em ciclos anuais, centrando-se cada um deles num conjunto de temas distintos mas relacionados. O emprego. o desemprego, a máo-de-obra rural e temas afins podem, por exemplo, ser abrangidos em ciclos anuais, de cinco em cinco anos. Ainda que este sistema nao proporcione um fluxo continuo de estatísticas conjunturais ou informacáo sobre alteracóes em períodos curtos, pode funcionar correctamente no tocante ao fornecimento de informacáo periódica sobre características estruturais essenciais e, também, sobre as alteracóes a longo prazo. As vantagens importantes dum sistema como este sao: (a) poder abranger urna variedade de temas relevantes de forma equilibrada, em vez de dedicar os limitados recursos disponiveis a um único tema, com exclusáo dos restantes; e (b) poder centrar-se ñas características estruturais e ñas alteracóes de longo prazo, que sejam mais adequadas para ir ao encontró das necessidades nacionais de dados. Ambos os aspectos tornam o sistema atractivo para muitos países em vias de desenvolvimento. Exemplos de sistemas similares incluem o Programa Integrado de Inquéritos Continuos as Familias do Botswana, o Programa de Inquéritos por Amostragem e de Avaliacáo Nacional do Quénia e outros programas de inquéritos em África, Asia e América Latina estabelecidos em cooperacáo com o Programa das Nacóes Unidas para a Capacidade Nacional na Realizacáo de Inquéritos ás Familias.

As características comuns dos inquéritos de populacao activa As práticas nacionais na realizacáo de inquéritos a máo-de-obra ou, mais geralmente, os

inquéritos de populacao activa, variam grandemente em funcáo das necessidades específicas de dados e das condicóes e possibilidades dos inquéritos. No entanto, com base na informacáo empírica disponivel, pode ser identificado um certo número de características comuns.1

1. Os inquéritos a máo-de-obra tendem a ser inquéritos de dimensáo relativamente grande sobre toda a populacao; tém muitas vezes um ámbito nacional e possuem um certo carácter oficial. Especialmente em países em vias de desenvolvimento, tais operacóes relevantes, apenas podem ser realizadas pelo organismo estatístico nacional ou por alguma outra entidade pública que se dedique específicamente a trabalho estatístico. Em muitos casos, os principáis utilizadores da informacáo sao também os principáis organismos públicos. Por exemplo, entre 44 países nos quais a informacáo relevante está disponivel no estudo da OIT (1986), os organismos nacionais de estatística foram apresentados como responsáveis pelo inquérito, no todo ou em parte, em 39

Para lá da indagacao feita pela OIT(1986) sobre as práticas nacionais. é apresentada pelas Nacoes Unidas (1980, Parte III) urna visao das experiencias regionais na realizacáo de inquéritos á m5o-de-obra, urna descricao mais detalhada para países da Asia e Pacífico, é dada por Rao (1985).

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Planificado, desenho e reestruturacao do inquérito

dos casos; e em quase todos os restantes países, o inquérito foi realizado por unidades estatísticas ou departamentos do Ministerio do Trabalho. Da mesma maneira, 38 dos inquérítos foram apresentados como sendo de ámbito nacional, á parte algumas exclusóes de pormenor; os restantes inquéritos abrangem apenas o sector urbano.'

(2) Muitos países, quer desenvolvidos, quer em vias de desenvolvimento, realizam inquérítos á máo-de-obra numa base continua, com o objectivo de medir o seu nivel e alteracoes conjunturais. O estudo da OIT, ácima mencionado, procura abranger todos os países com inquéritos á máo-de-obra realizados anualmente ou com frequéncia superior. Os inquéritos mensais ou trimestrais constituem o tipo predominante em países desenvolvidos. A grande maioria dos países em vias de desenvolvimento incluidos no estudo, declararam levar a cabo inquéritos a máo-de-obra com frequéncia trimestral ou inferior. Os países que realizaram inquéritos extensos de populacáo activa numa base ocasional e nao continuada, nao foram abrangidos por este estudo. Um certo número de países realizaram inquéritos que procuram fornecer informacáo estrutural mais detalhada com importancia a longo prazo, devido ao valor que tém estes inquéritos como fonte de informacáo essencial para o planeamento e a formulacáo de políticas, especialmente em países em vias de desenvolvimento. Talvez esse valor nem sempre tenha sido completamente apreciado, havendo alguns casos em que foi dada demasiada relevancia a producáo de estatísticas sobre dados conjunturais, em contraposicáo á informacáo estrutural com importancia no longo prazo.

(3) Na maior parte dos países, a informacáo relativa as familias e individuos nos inquéritos á máo-de-obra, é recolhida através de entrevistas pessoais. por inquiridores no terreno, os quais visitam os inquiridos no seu domicilio privado. Outros métodos de recolha de dados, tais como o correio e a entrevista pelo telefone, sao normalmente impraticáveis em países em vias de desenvolvimento. Mesmo em países desenvolvidos, os inquéritos a máo-de-obra pelo correio encontraram serios problemas de nao respostas e de fraca qualidade dos dados, enquanto que a utilizacáo da entrevista pelo telefone tem aumentado.

As características comuns dos inquéritos da máo-de-obra, tracadas anteriormente, tém um certo número de consequéncias para o desenho e execucáo do inquérito. Em primeiro lugar, devido ao seu carácter oficial e ámbito nacional, os inquéritos á máo-de-obra estáo, provavelmente, a ser sujeitos a exigencias muito rigorosas sobre as datas, a precisáo dos dados e a consistencia interna, especialmente no que se refere ás series temporais geradas pelo tipo de inquérito continuo. Estes requisitos apenas podem ser encontrados através de amostras probabilísticas de tamanho razoavelmente grande, concebidas a partir de urna boa estrutura que abranja toda a populacáo e déla seja representativa, nao só geográficamente, mas também durante todo o período de tempo, tendo em conta as variacóes sazonáis ou de outro tipo. Tanto quanto possível, as estimativas do inquérito tém de ser consistentes com os dados externos resultantes de outras fontes oficiáis. Muitos utilizadores requerem estimativas de grupos ou de totais da populacáo (em separado ou como complemento de estimativas de medias, índices e taxas) e estimativas de alteracoes em tais grupos. Estas requerem, em geral, a utilizacáo de estimadores de índices adequadamente inflaccionados pelos totais de controle obtidos exteriormente ao inquérito.

Em segundo lugar existem mu i tas situacoes em que o organismo que realiza o inquérito á máo-de-obra está também envolvido em varios outros inquéritos e operacóes estatísticas. Isto aumenta a importancia da coordenacáo e integracáo no planeamento, desenho e execucáo do inquérito.

Em terceiro lugar, devido á necessidade de realizar entrevistas pessoais, o tempo e o custo das viagens para efectuar o trabalho no terreno sao muitas vezes a principal componente de custo total do inquérito. Por conseguinte, a amostra tem de ser agrupada através de um desenho multi-etápico com base em áreas. Muitas operacóes tém de ser descentralizadas, o que acarreta um

Como em qualquer inquérito bascado numa resposta parcial, existe a possibilidade de enviesamento nos resultados do estudo da OIT. É possível que os países que nao respondem. incluam mais casos com inquérítos mais pequeños, de extensao e ámbito mais limitados

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Inquéritos de populacáo activa

aumento da necessidade de urna completa formacáo do entrevistados de urna supervisáo e de outras medidas de controle de qualidade.

Ao mesmo tempo, no entanto. pode existir urna tendencia para a rotina e para o esquecimento quanto á experimentacáo e a inovacáo, devido á dimensáo, á regularidade e ao carácter repetitivo das operacóes. Portanto, deve ser prestada urna adequada atencáo á avaliacáo continua e á restruturacáo periódica dos métodos e procedimentos do inquérito. Isto nao é, de forma alguma, urna tarefa fácil. O problema pode ser serio quando, como é mu i tas vezes o caso, os recursos disponíveis sao limitados e existe urna pressáo para aumentar a quantidade (variedade, volume) das estatísticas geradas de forma rotineira, a custa da avaliacáo e da melhoria da sua qualidade. A calendarizacáo rígida da recolha de dados pode acentuar aínda mais a problema do controle de qualidade.

4. Questóes básicas na planificacáo e desenho do inquérito

Escolha da estrutura e dimensáo do inquérito A medicáo da actividade económica é urna tarefa complexa. Isto é particularmente assim

quando, como sucede em muitos países em vias de desenvolvimento, a actividade económica é, pela sua própria natureza. irregular, desorganizada, marginal e difícil de distinguir da actividade nao-económica. Na prática, no entanto, qualquer inquérito concreto sobre a populacáo activa deve ser desenliado para se dirigir a objectivos muito específicos e para ir ao encontró de necessidades de dados claramente definidas e delineadas. Esta questao evidente merece ser sublinhada porque, por vezes, os países menos desenvolvidos importam e adoptam, sem qualquer critica previa, os desenhos e práticas de inquéritos de países estatisticamente mais avancados, onde os mesmos foram desenvolvidos em diferentes circunstancias e, muitas vezes, com o objectivo de ir ao encontró de diferentes necessidades de dados.

Estrutura do inquérito Como se viu na seccáo anterior, a escolha respeitante ao tipo de inquérito é entre (a) urna

operacáo continua, destinada a gerar series temporais de informacáo sobre os níveis conjunturais de emprego, desemprego e subemprego e sobre as alteracóes de curto prazo; ou (b) investigacoes ocasionáis ou menos frequentes, mas possivelmente mais detalhadas, para obter informacáo de natureza mais estrutural e indiciadores de alteracóes a longo prazo. Para ir ao encontró das necessidades de dados enumeradas ñas normas internacionais (citadas no inicio da seccáo anterior), ambos os tipos de inquéritos podem ser necessários. Contudo, um país com recursos limitados pode, em alguma altura, ter de escolher entre os dois ou, pelo menos, dar mais atencáo a um sistema do que a outro, dependendo da situacáo específica e da necessidade de dados.

Urna questao afim, diz respeito á escolha da(s) medida(s) da "populacáo activa": esta pode ser em termos de "populacáo activa do momento", medida em relacáo a um curto período de referencia, de urna semana ou um dia (ver Capítulo 3), ou em termos de "populacáo habitualmente activa", medida em relacáo a um longo período de referencia, tal como um ano (ver Capítulo 4); ou entáo. ambas as medidas combinadas. Por exemplo, se é requerida urna serie temporal de informacáo sobre os níveis conjunturais e alteracóes de curto prazo, o modelo de inquérito continuo com um curto período de referencia, será o mais adequado. No entanto, se for mais útil (como pode ser o caso em muitos países em vias de desenvolvimento, especialmente ñas áreas rurais) obter informacáo mais detalhada sobre as características da actividade habitual e sobre as alteracóes de longo prazo, será mais adequado optar por inquéritos menos frequentes, mas mais detalhados. utilizando um período de referencia longo. Como é natural, e sempre que seja possível, os varios modelos podem ser utilizados de forma combinada para obter urna maior riqueza de dados, podendo estes ir, mais satisfatoriamente, ao encontró das diversas necessidades de informacáo. Em especial, quer seja escolhido um modelo de inquérito continuo ou um ocasional, pode ser útil combinar a medicáo da populacáo habitualmente activa com a da

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Planificado, desenho e reestruturacao do inquérito

populacáo activa do momento, para que se obtenham classificacóes cruzadas entre a condicáo perante o trabalho habitual e a do momento.

Qualquer que seja o tipo de estrutura do inquérito, é importante ter devidamente em conta as exigencias quanto a prazos. No tipo de inquérito continuo, incluem-se entre as questoes importantes, a frequéncia com que os dados necessitam de ser recolhidos, a frequéncia com que devem ser publicadas as estimativas (a qual pode, ou nao. ser a mesma da recolha de dados) e a importancia relativa dos varios tipos de estimativas (estimativas dos niveis actuáis, das tendencias ou alteracóes líquidas de um periodo para outro, de alteracóes brutas a nivel individual, etc.). Da mesma maneira, o tipo de inquérito menos frequente, mais estrutural e detalhado, pode ter de ser distribuido ao longo do tempo, para medir ou, pelo menos, para ter adequadamente em conta, as variacóes sazonáis ou de outro tipo. Para além disso, as exigencias ou condicóes específicas, tais como a preparacáo de um plano de desenvolvimento ou o lancamento de um recenseamento da populacáo, podem determinar um calendario adequado para toda a operacáo.

Dimensáo das operagoes do inquérito Determinar a dimensáo das operacóes do inquérito é uma decisáo fundamental no

planeamento do mesmo. Está na dependencia e, por sua vez, afecta, quase tudo o resto, incluindo a forma de recolha de dados, a organizacáo das operacóes, o método de processamento de dados, as necessidades e as qualificacóes de pessoal, a importancia, pontualidade e precisáo dos dados resultantes e, ácima de tudo, os custos do inquérito. Deve referir-se que, a "dimensáo" de um inquérito nao é apenas o tamanho da sua amostra: mais do que isso, é uma medida do esforco total requerido na sua execucáo. Depende de factores como:

- número de unidades a ser inquiridas (tamanho da amostra); - a acessibilidade das unidades, o que tem a ver com a distribuicáo e características da

populacáo, os meios de transporte, a forma de recolha de dados, o sistema de amostragem e outros aspectos do desenho do inquérito;

- a complexidade e volume da informacáo a ser recolhida e, mu i tas vezes, de maneira mais crítica ainda, da informacáo a ser processada;

- a frequéncia da recolha de dados e da publicacáo das estimativas do inquérito; e - o tempo disponível para conclusáo da tarefa, o que determina o ritmo a que o trabalho

deve ser realizado. No planeamento e desenho de inquéritos, devem ser tidas totalmente em conta as implicacoes

da dimensáo da operacáo estatística em causa. E evidente que, em qualquer inquérito, a dimensáo da amostra e o volume e frequéncia da informacáo a ser recolhida tem de ser determinada em relacáo aos objectivos principáis do inquérito. A dimensáo da amostra tem de ser suficientemente grande para manter os erros de amostragem dentro dos limites que permitam ao inquérito fornecer informacáo válida para a investigacáo e a tomada de decisóes. Contudo, a precisáo da amostra é apenas um componente da qualidade total do inquérito. Os resultados estáo sujeitos nao só a erros de amostragem. mas também a erros de cobertura, de conteúdo e de execucáo, provenientes de uma variedade de causas. Estes erros "alheios a amostragem" dependem da correccáo com que sao executadas as operacóes do inquérito, as quais, em determinadas condicóes, dependem da dimensáo da operacáo correspondente. E importante assegurar que a dimensáo da amostra é mantida dentro de limites controláveis. As tentativas para abarcar amostras excessivamente grandes tem sido um problema comum a muitos inquéritos.

O volume e a complexidade da informacáo a ser recolhida deve ser determinada, em primeiro lugar, pelas exigencias dos utilizadores. Estes podem pedir inquéritos complexos sobre múltiplos assuntos. Para isso, podem conseguir-se importantes economías de escala, utilizando um inquérito existente para a recolha de informacáo adicional sobre outros temas afins. De maneira semelhante. a informacáo sobre temas complexos, tais como a actividade económica ñas variadas e complicadas situacóes que sao encontradas nos países em vias de desenvolvimento, apenas pode ser recolhida com consistencia e qualidade, tendo por base entrevistas

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Inquéritos de populaçào activa

cuidadosamente conduzidas e questionários correctamente formulados. Contudo, para lá de um certo limite, urna carga excessiva sobre quem recolhe ou quem fornece a informaçâo, afectará de forma adversa a qualidade dos resultados obtidos.

Enquanto que a relaçào entre dimensäo da amostra e custo do inquérito é bem percebida, a relaçào entre essa dimensäo e a pontualidade nem sempre é compreendida. O cumplimento de prazos é importante para qualquer inquérito, mas pode ser um requisito particularmente crítico se o inquérito implica operaçôes continuas e quando os aspectos públicos do projecto impöem um calendario restrito para a publicaçâo de resultados. A dimensäo, complexidade e frequência do inquérito deve ser limitada, para assegurar que os dados apenas sao recomidos ao ritmo a que podem ser processados. De outra forma, urna operaçâo continua provocará um atraso acumulado, malogrando o verdadeiro objectivo da recolha de estatísticas conjuntarais. Urna consideraçâo igualmente importante no lançamento de urna operaçâo de um inquérito continuo, consiste em determinar a sua dimensäo de urna forma que assegure que ele pode ser mantido, sem quebras na série temporal de dados, para cujo fornecimento esse inquérito foi designado. Isto requer que se tenha previsto alguma capacidade de reserva, de modo a que se possa estar apto a encarar pedidos imprevistos e circunstancias adversas.

Planificaçào e organizaçâo da actividade do inquérito Ainda que os inquéritos de populaçào activa tenham as suas próprias características e

requisitos, aplicam-se-lhe da mesma forma os principios básicos do desenho e das operaçôes de um inquérito de grande dimensäo as familias. A Parte I do Manual de inquéritos as familias (Naçôes Unidas, 1984) dá urna descriçao detalhada do planeamento e organizaçâo de inquéritos em geral. Essa descriçao tem urna perspectiva ampia de um sistema ou programa de inquéritos relacionados, e näo de um único inquérito considerado isoladamente. Isto torna o documento ainda mais relevante para os inquéritos sobre a populaçào activa, os quais, como se referiu anteriormente, necessitam habitualmente de ser desenliados e implementados em estreita relaçào com outros inquéritos. A planificaçào e o desenho de programas integrados de inquéritos as familias é considerado mais específicamente em Naçôes Unidas (1986). Extraídos destas fontes, sao sumariados a seguir alguns pontos importantes no planeamento e organizaçâo da actividade do inquérito.

Os inquéritos as familias sao urna parte essencial dos sistemas nacionais de estatistica, mas nâo representam todo o sistema estatístico. Portanto, a planificaçào dos inquéritos as familias deve ser feita dentro do contexto da planificaçào e das prioridades estatísticas gérais. A relaçào dos inquéritos as familias com outras fontes de dados, deve ser avahada numa fase inicial do processo de planificaçào, urna vez determinadas as necessidades gérais de dados. Têm de ser avahadas as varias fontes possíveis, em termos da sua capacidade para satisfazer as necessidades de dados, tendo em conta os custos envolvidos e as necessidades de qualificaçôes técnicas e humanas, relativamente aos meios que se encontram disponíveis. Em geral, é mais eficaz procurar urna combinaçào de fontes complementares, explorando as potencialidades de cada urna, do que concentrar-se num único tipo de fonte.

Tem especial importancia a ligaçào entre inquéritos as familias e recenseamentos da populaçào e da habitaçào. Qualquer projecto de inquérito tem de ser desenvolvido com a devida consideraçâo pelas necessidades de formaçâo, pelos requisitos especiáis e pela carga de trabalho do recenseamento. Embora a actividade do inquérito tenha de ser reduzida durante o período do recenseamento (especialmente se o mesmo organismo é responsável por ambos), a sua conclusäo pode dar um grande impulso aos inquéritos. O período que se lhe segue ¡mediatamente constituí a oportunidade mais adequada para a avaliaçâo completa e a reestruturaçào profunda de um sistema de inquérito já existente, ou para iniciar a implementaçâo de um sistema desses.

A planificaçào específica da actividade de um inquérito inclui, nomeadamente, as seguintes etapas:

- identificaçào dos temas a ser abrangidos e das exigencias quanto a prioridades e prazos; - identificaçào de requisitos especiáis de desenho em cada caso;

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Planificaçâo, desenho e reestruturaçâo do inquérito

- agrupamento dos temas em diferentes inquéritos ou ciclos de inquéritos, de acordó com consideraçôes relativas ao seu conteûdo. desenho e execuçâo:

- determinaçào dos prazos. frequência. dimensâo adequada. populaçào abrangida e estrutura gérai de cada inquérito: e

- desenvolvimento de um plano de operaçoes, tendo totalmente em conta o ambiente em que se desenrolam as operaçoes e as restriçoes relacionadas com factores tais como, as características da populaçào alvo, o acesso as unidades da amostra e a disponibilidade de diversos meios, que incluem componentes da amostra, pessoal a varios níveis e capacidade de processamento de dados (Naçôes Unidas, 1986, pp. 20-38).

No que se refere à organizaçào da actividade, o Manual de inquéritos as familias (Naçôes Unidas, 1984, $$. 2.2-2.14) faz notar que. independentemente de como está organizado o serviço nacional de estatística, sao essenciais determinadas capacidades funcionáis mínimas, de carácter administrativo e técnico, para levar a cabo qualquer actividade de inquérito. Cada inquérito nécessita, pelo menos, de dispor de urna equipa base de profissionais que sejam capazes de dominar ou ter acesso a urna variedade de qualificaçôes. entre as quais se incluem:

- funçôes de planificaçâo e gestäo, como sao o estabelecimento de prioridades, definiçâo de calendarios para implementaçào, atribuiçâo de recursos e de pessoal, etc.;

- desenho de materias de estudo específicas, incluindo a determinaçào do seu conteûdo detalhado. conceitos e definiçôes, desenvolvimento de questionários e desenho de quadros de resultados e respectiva análise:

- desenho e cálculo da amostra e aspectos relacionados com o desenho do inquérito; - operaçoes relativas ao trabalho no terreno, incluindo testes piloto, recrutamento de

pessoal, e sua formaçâo e supervisào, realizaçâo de entrevistas, e respectivo controle e avaliaçào de qualidade:

- processamento de dados, incluindo análise de sistemas, programaçâo, ediçào, codificaçâo, o processamento propriamente dito e o arquivo e documentaçâo de dados;

- qualificaçôes em serviços de apoio, tais como a operaçào de computadores, registo de dados, ediçào de documentos e técnicas similares.

Desenho técnico O desenho técnico do inquérito é um processo que requer, simultáneamente, que se tenham

em consideraçào e se assumam. compromissos relativamente a uma variedade de requisitos teóricos e práticos. Inicia-se com a especificaçào de objectivos concretos, que incluem o tipo de informaçào necessária, a frequência com que ela tem de ser proporcionada, a populaçào a ser estudada, os ámbitos da populaçào para os quais serào produzidas estimativas separadas, os prazos e precisào exigidos e as prioridades entre os diferentes objectivos. Isto deve sugerir as possiveis formas de recolha de dados, a estrutura gérai e a dimensâo das operaçoes requeridas e os prováveis custos envolvidos. Estes últimos têm de ser avahados à luz das exigencias práticas da implementaçào do inquérito e de acordó com as condiçôes que nele sao preponderantes: disponibilidade orçamental; meios técnicos, qualificaçôes e pessoal; restriçoes de tempo; e, especialmente no caso de um grande projecto, possiveis ligacöes com outras operaçoes, tanto em termos operacionais como de conteûdo. Ao longo do processo podem ser necessários ajustamentos que reconciliem o teóricamente desejável com as possibilidades práticas.

Varios aspectos do desenho do inquérito sao examinados em detalhe nos capítulos seguintes. Neles se incluem a especificaçào da estrutura do inquérito e do desenho da amostra (Capítulo 11); desenvolvimento do questionário (Capítulo 12); determinaçào de procedimentos e organizaçào do inquérito piloto, da recolha de dados e do processamento respectivo (Capítulo 13); e avaliaçào e controle da qualidade de dados (Capítulo 14). A revisào e restruturaçâo dos instrumentos e procedimentos do inquérito, realizada periódicamente corn base na experiencia anterior e na nova informaçào e necessidades. é uma parte essencial do processo e será analisada a seguir.

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Inquéritos de populado activa

5. Reestruturacao do inquérito

Existem já muitos países que implementaram os inquéritos a máo-de-obra e revela-se necessária a sua revisáo e aperfeicoamento periódicos. As questoes de reestruturacao estáo mais claramente relacionadas com o tipo de inquérito continuo, mas muitos dos pontos aqui examinados sao igualmente relevantes para inquéritos ocasionáis realizados com menor frequéncia, dado que o seu desenho também precisa de ser melhorado ao longo do tempo. Os principios gerais do desenho do inquérito sao, da mesma forma, aplicáveis á reestruturacao. Contudo, alguns factores adicionáis necessitam de ser considerados, quando se levar a cabo a reestruturacao de um sistema existente. Isto devido a que, a reestruturacao periódica, embora essencial na melhoria ou mesmo na manutencáo, da eficiencia dos procedimentos e desenho do inquérito durante um período de tempo, pode também ser factor de perturbacoes. Por exemplo, a introducáo de novos conceitos e procedimentos pode afectar a continuidade e compatibilidade de series temporais já existentes. Da mesma forma, a reestruturasáo pode requerer novos e maiores investimentos para a preparacáo dos materiais do inquérito, formacáo de pessoal, programacáo para o processamento de dados, etc.. Por isso, é necessário um compromisso entre a necessidade de melhorar constantemente o desenho técnico e os procedimentos, por um lado, e as exigencias de preservacáo da comparabilidade e o valor dos investimentos existentes, por outro.

Objectivos da reestruturacao Os actuáis desenho e procedimentos do inquérito, podem necessitar de ser modificados por

diferentes razoes. Em primeiro lugar, podem existir alteracóes nos objectivos essenciais do inquérito, entre as

quais: a sua extensáo e ámbito; as definicóes e conceitos utilizados; os temas a ser abrangidos; o tipo, frequéncia e precisáo das estimativas requeridas; a populacáo objecto de estudo; e as subclassificacóes geográficas e de outro tipo que se pretendem.

Em segundo lugar, a reestruturacao do inquérito pode tornar-se necessária devido a alteracóes no volume de recursos disponiveis, ñas circunstancias operacionais e noutros factores externos. Quando fór possível prever tais factores, poder-se-á planear o ajustamento dos procedimentos do inquérito. Contudo, nem sempre é este o caso. Por exemplo, nao é raro que um organismo estatístico se tenha de confrontar com reducóes substanciáis no seu orcamento, porventura de urna forma súbita e imprevisível. Por vezes ficam disponiveis recursos devido a que, algures, ocorreram poupancas inesperadas. As secas ou outros factores climáticos, os problemas de seguranca, etc., podem obligar a importantes ajustamentos na realizacáo de um inquérito. Muitas vezes, na promocáo e lancamento das operacóes de inquéritos continuos em países em vias de desenvolvimento, nao é dada a suficiente importancia a possíveis efeitos de perturbacáo devidos a esses factores. As perturbacoes podem ser limitadas, adoptando desenhos e procedimentos flexíveis, destinados a facilitar ajustamentos rápidos a novas circunstancias e requisitos.

Em terceiro lugar, numa operacáo ininterrupta de grande envergadura, como o é um inquérito continuo á máo-de-obra, urna consideracáo muito importante é a da possibilidade de utilizar o inquérito, como veículo para a recolha de dados, sobre outros temas e para outros inquéritos. Em determinados casos, através de urna serie de restruturacóes, os inquéritos á máo-de-obra foram evoluindo gradualmente de projectos mais ou menos ligados a um único assunto, para se tornarem em inquéritos de finalidades múltiplas.

Em quarto lugar, e mais frequentemente, o objectivo da restruturacáo do inquérito consiste na melhoria da qualidade dos dados e na reducáo dos custos, a serem alcanzadas através de um desenho e de procedimentos mais eficientes, com base numa informacáo mais actualizada sobre a dimensáo e as características da populacáo estudada, sobre a qualidade da estrutura de amostragem, dos erros de amostragem e daqueles que a ela sao estranhos, e sobre os custos e as características operacionais do inquérito. A oportunidade mais adequada para urna grande restruturacáo deste tipo, é proporcionada pela disponibilidade dos resultados de um novo recenseamento da populacáo. Os resultados do recenseamento podem permitir que a amostra seja

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Planificaçâo, desenho e reestruturaçâo do inquérito

actualizada, a fim de reflectir o crescimento da populaçào, as alteraçôes nas suas características e as modificaçoes nos limites das regiöes de recenseamento e de outras divisöes estatísticas e administrativas. A dimensào e distribuiçào da amostra podem ser ajustadas para que reflictam as alteraçôes nos dominios da informacäo. Ao mesmo tempo, o aperfeiçoamento nos procedimentos de recolha de dados, no processamento e na inferencia, pode ser introduzido com base na experiencia acumulada, e nas melhorias tecnológicas e de disponibilidade de meios.

Vale a pena mencionar, como urna questâo em separado, que o desenvolvimento (a descoberta) de desequilibrios importantes no desenho existente, pode por vezes, levar à necessidade de urna restruturaçâo drástica do ámbito, conteúdo, dimensào, estrutura e procedimentos do inquérito ou, mesmo, de todo o processo de recolha de dados. Tais alteraçôes podem equivaler à organizaçào de um inquérito mais ou menos novo, em lugar de restruturar e aperfeiçoar o actual.

Estrategias para a reestruturaçâo Como se assinalou anteriormente, a reestruturaçâo do inquérito exige um compromisso entre

a necessidade de melhoramento e a necessidade de assegurar a continuidade, minimizando os efeitos de perturbaçào dos procedimentos estabelecidos. A continuidade pode ser necessária para manter a consistencia e a compatibilidade dos dados das séries temporais, para evitar inconvenientes administrativos ou operacionais (cujos efeitos podem ser agravados, quando o tempo ou as qualifîcaçôes técnicas disponíveis para a restruturaçâo sao limitados) e para preservar o valor dos investimentos já efectuados.

Estas restriçôes nao implicam que as alteraçôes, em geral, devam ser sempre evitadas ou minimizadas. Certamente que, urna restruturaçâo periódica de maior ou menor importancia é essencial numa operaçào de um inquérito continuo, dado que nao é possível continuar indefinidamente com um mesmo desenho e com as mesmas práticas. A questâo a pôr é que, ao mesmo tempo, é necessário proceder com precauçào, minimizando os efeitos perturbadores das alteraçôes e evitando as constantes mudanças e rupturas. Na maioria dos casos, a estrategia adequada consiste em acumular as necessárias alteraçôes, introduzindo-as apenas periódicamente nas grandes revisöes, abrangendo simultáneamente tantos aspectos quantos for possível. Mesmo assim, as alteraçôes apenas devem ser introduzidas com basé numa nitida evidencia e numa clara necessidade.

Embora seja muitas vezes desejável manter. tanto quanto possível, o desenho e os procedimentos existentes, há contudo ocasiöes, em que a estrategia mais eficaz é a renuncia radical em vez da abordagem gradativa.

Por vezes, o efeito perturbador das alteraçôes pode ser reduzido, realizando inquéritos paralelos que utilizam, simultáneamente, o velho e o novo desenho, e proporcionando estimativas e "quebras" alternativas durante o periodo de transiçào. No entanto, um sistema duplo como este pode levar a que o aumento de custos e da carga de trabalho sejam superiores aos beneficios resultantes e, por isso. pode nao constituir urna opçâo exequível. Para além do mais, alguns utilizadores nâo vêm interesse em serem confrontados com dois conjuntos de estimativas.

Tem utilidade distinguir entre dois tipos de restruturaçôes, embora existam muitas situaçôes intermédias ou mistas: (a) Urna restruturaçâo que procura principalmente melhorar a eficiencia do inquérito em termos

de representatividade, precisâo da amostra, custos, procedimentos de trabalho no terreno e no escritorio, qualidade de dados, etc.. mas sem que isso implique grandes alteraçôes nos conceitos, definiçôes, conteúdo do inquérito, período de referencia ou condiçôes e modalidades básicas de recolha de dados. Sâo exemplos: a expansâo gradual da dimensào da amostra ou, mesmo, da populaçào alvo: a redistribuiçâo da amostra entre os varios ámbitos populacionais: desenho da amostra e procedimentos de estimaçâo mais eficientes, com base numa estrutura e informacäo auxiliar mais actualizadas; logística e organizaçào do trabalho no terreno mais eficazes; melhor supervisâo e controle; melhoria de procedimentos para um processamento de dados mais oportuno.

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Inquéritos de populado activa

(b) A restruturacáo realizada principalmente em resposta a alteracoes significativas nos objectivos do inquérito ou ñas condicoes operacionais com que deve ser realizado o inquérito. Esta pode envolver alteracoes nos conceitos, definicSes, período de referencia, periodicidade, tipos de estimativas requeridas, dominios para os quais tém de ser fomecidas estimativas do inquérito, a dimensáo das operacóes, os métodos de recolha de dados, etc.. O primeiro destes tipos de restruturacáo pode nao ser muito perturbadora da continuidade e

comparabilidade de dados ao longo do tempo e, na realidade. é realizada como rotina em muitos países, a seguir a cada recenseamento da populacáo. Os exemplos mais documentados de restruturacáo periódica na sequéncia de cada recenseamento da populacáo sao, talvez, proporcionados, pelo Inquérito á Populacáo Actual dos Estados Unidos e pelo Inquérito á Máo-de-Obra do Canadá. Nestes inquéritos. cada restruturacáo é precedida por um importante programa de investigacáo destinado a avaliar o desenho e procedimentos existentes. Para além de modificar ou reestruturar a amostra, de modo a reflectir as alteracoes na populacáo, sao examinados em detalhe muitos aspectos importantes, ou mesmo secundarios, do inquérito, a fim de identificar áreas onde devem ser feitas modificacóes. Por exemplo, a seguir ao recenseamento de 1980, o Inquérito á Populacáo Actual foi reestruturado para fornecer estimativas mais precisas a nivel de Estado, para além das estimativas a nivel nacional. Da mesma maneira, a seguir ao Recenseamento do Canadá, o seu Inquérito á Máo-de-Obra foi reestruturado nao só para melhorar a eficiencia da amostra (sem alteracoes ñas suas características básicas, tais como o modo de recolha de dados e a sua periodicidade), mas também com o objectivo explícito de obter maior flexibilidade para utilizacáo do Inquérito á Máo-de-Obra como meio de realizacáo de outros inquéritos ás familias. A maior parte dos inquéritos as familias realizados pelas Estatísticas do Canadá já utilizam a varios níveis a capacidade do Inquérito á Máo-de-Obra. O objectivo da pesquisa para a restruturacáo foi o de explorar as possibilidades de aperfeicoar estas ligacoes. (Para urna descricáo detalhada da metodología dos dois inquéritos, ver Estados Unidos, 1978, e Canadá, 1976.).

O segundo tipo de reestruturacáo afectará normalmente a comparabilidade dos dados de forma muito mais acentuada. Este é especialmente o caso dos inquéritos á máo-de-obra onde as estimativas resultantes, tais como as taxas de participacáo na máo-de-obra, emprego e desemprego, podem ser muito sensíveis ao periodo de referencia e á utilizacáo de conceitos e definicoes precisas. Por conseguinte, as alteracoes nestas áreas de desenho e procedimentos do inquérito, necessitam de ser introduzidas com maior precaucáo, interpretando com mais cuidado os seus efeitos.

O exemplo do Inquérito á Máo-de-Obra Finlandés dá a imagem de urna reestruturacáo profunda de todo um sistema de recolha de dados. Antes de 1983, o inquérito foi realizado com o envió por correio dos questionários. Isto conduziu a dados de insuficiente qualidade e a elevadas taxas de náo-resposta (ácima de 30 por cento). O novo desenho substituiu o inquérito por via postal, pelas entrevistas, cerca de 90 por cento por telefone e as restantes pessoalmente. Estas alteracoes levaram a melhorias no conteúdo do inquérito. ñas taxas de resposta e na qualidade dos dados (Salmi e Kiiski, 1984).

O Inquérito á Máo-de-Obra da Tailandia dá um exemplo de reestruturacáo envolvendo alteracoes fundamentáis ao nivel de conceitos e de definicoes, as quais, naturalmente, também afectaram a comparabilidade dos dados entre os varios anos. O inquérito foi estabelecido em 1963, e a partir de 1971 foram introduzidos dois ciclos por ano, para abranger, separadamente, as estacoes agrícolas e nao-agrícolas. De 1977 a 1982 o inquérito utilizou a estrutura da "utilizacáo da máo-de-obra", a qual foi posteriormente abandonada por varios motivos. Outras alteracoes importantes introduzidas com a reestruturacáo diziam respeito ao tratamento dos trabalhadores familiares nao remunerados, das pessoas disponíveis para trabalhar e das pessoas sem emprego mas á espera da estacáo agrícola. Previamente, os trabalhadores familiares nao remunerados que trabalhavam menos de 20 horas durante a semana de referencia e que nao queriam trabalhar mais horas, foram considerados como estando fora da máo-de-obra; depois da revisáo (e seguindo as novas normas internacionais), os trabalhadores familiares nao remunerados foram incluidos na máo-de-obra se trabalharam pelo menos durante urna hora. As

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Planificacao, descnho e reestruturacao do inquérito

pessoas que nao trabalharam mas que declararam estar disponíveis para trabalhar foram incluidos como "desempregados"' Urna revisao importante, levando á reclassificacáo de mais de 5 milhóes de pessoas, foi a relativa aqueles que afirmaram que nao estavam disponiveis para trabalhar durante a semana de referencia, mas habitualmente trabalham e estavam á espera da. "estacáo agrícola". No inquérito revisto, foram incluidos na máo-de-obra total, mima subcategoria identificada separadamente como 'Inactivos sazonais"(Tailándia, 1985).

Deve ser referido que nem todas as alteracóes formáis nos conceitos e definicoes afectam necessariamente a comparabilidade das series temporais. Em primeiro lugar, algumas alteracóes podem dar meramente um reconhecimento formal de certas práticas do trabalho no terreno que estáo já generalizadas. Isto pode acontecer se, por exemplo, as instrucoes e procedimentos anteriores nao eram realistas e. por isso, na prática. eram ignorados ou nao eram seguidos uniformemente pelos entrevistadores. Por exemplo. se o período de referencia para identificar as pessoas que procuram emprego activamente, foi previamente especificado num inquérito como um curto período pouco realista (tal como urna semana), é bem possível que a informacáo obtida se refira a um período mais ampio e realista, aínda que, de certa maneira, mal definido (tal como varias semanas antes da entrevista). Se tal facto se confirma, é na realidade desejável adoptar formalmente um período de referencia mais ampio, de forma a reduzir as discrepancias entre as instrucoes e as práticas e, também, entre as práticas de diferentes entrevistadores.

Em segundo lugar, é muitas vezes possível recuperar a comparabilidade, através da classificacáo da categoría alterada em subcategorias separadas, algumas das quais podem nao ter sido afectadas pela alteracáo. Por exemplo, se a definicáo de "desempregado" foi alargada para incluir nao só aqueles que "procuram emprego e estáo disponíveis para trabalhar", mas também aqueles que ''estáo disponiveis para trabalhar mas nao procuram emprego", entáo a primeira subcategoria mencionada pode ainda ser calculada separadamente e comparada com os resultados baseados na antiga definicáo. Um exemplo similar foi dado ácima para a Tailandia relativamente á subcategoria "sazonalmente inactivos".

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Desenho da Amostra

1. Introdujo

Este capítulo examina as questóes técnicas e práticas relativas ao desenho e cálculo da amostra, que tém particular relevancia para os inquéritos á máo-de-obra.

A escolha do desenho da amostra, para qualquer inquérito, depende das necessidades específicas de dados e das condicóes em que será realizado. No Capítulo 10, foram descritas as características gerais e os tipos comuns de modalidades dos inquéritos á máo-de-obra. Estes aspectos comuns que se aplicam a muitos inquéritos, nao obstante as grandes variacóes ñas práticas e circunstancias nacionais, devem ser tidos em conta na análise que a seguir se expóe sobre o desenho e os procedimentos da amostra.

Deve ser realcado, que o ámbito do presente capítulo está limitado ao exame dos temas seleccionados sobre amostragem em relacáo aos inquéritos a máo-de-obra, com especial enfáse quanto as condicóes e necessidades dos países em vias de desenvolvimento. A exposicáo nao se refere aos principios gerais de amostragem, os quais estáo convenientemente tratados em muitos manuais técnicos e textos sobre o assunto. Urna boa seleccáo de matenais de referencia habitual, incluí livros de Yates (1949), Hansen, Hurwitz e Madow (1953), Cochran (1953), Sukhatme (1954), Deming (1960), Kish (1965) e Murthy (1967). Para além destes, deve ser feita referencia as publicacóes das Nacóes Unidas: A short manual on sampling (1960), Handbook of Household surveys (1984) e Sampling frames and sample designs for integrated Household survey programmes (1986).

O material deste capitulo está organizado da forma seguinte: Na Seccáo 2, sao examinadas as questóes relativas á identificacáo da populacáo alvo para o

desenho da amostra. A Seccáo 3 considera os requisitos da estrutura de amostragem para representar a populacáo alvo. Nela se analisa também o conceito relacionado de amostra-máe, a qual pode ser utilizada económicamente para relacionar amostras de diferentes inquéritos e de ciclos de inquérito. Na Seccáo 4 sao esbocados, de forma breve, alguns aspectos práticos do desenho da amostra. Nele nao se pretende oferecer qualquer exame substancial das complexas teoría e prática do desenho de amostras, para inquéritos as familias, de grande dimensáo. A Seccáo 5 tem em consideracáo a amostragem no seu vector temporal, o que constituí urna exigencia básica de muitos inquéritos á máo-de-obra. Os processos de estimacáo descrevem-se na seccáo 6. Qualquer operacáo de um inquérito continuo requer avaliacoes e reavaliacóes periódicas dos objectivos e métodos do inquérito para, nessa base, se proceder á ratificacáo ou reestruturacáo periódica dos procedimentos. A reestruturacáo do inquérito é um dos aspectos mais importantes deste processo, sendo comentada na 7a e última seccáo.

2. Especificado da populacáo a estudar

A definicáo da populacáo, para a qual seráo generalizados os resultados amostráis, é um aspecto fundamental da plamficacáo e desenho do inquérito. O ámbito da populacáo a abranger foi introduzido no Capítulo 2 do manual. Foi ai referido que os inquéritos da populacáo activa

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Inquéritos de populado activa

devem, em principio, abranger toda a populacáo, independentemente da sua condicáo perante o trabalho, sexo, estado civil, grupo étnico, etc., mas que, na prática, podem ser necessárias certas restricoes. Por exemplo, o ámbito de muitos inquéritos tem de estar confinado á populacáo civil nao-institucional, excluindo os membros das forcas armadas e outros pessoas residindo em instituicóes de varios tipos. Por razoes de ordem prática, o inquérito pode aínda excluir certos outros grupos de populacáo, tais como os estrangeiros, os nómadas, os emigrantes sazonáis, pessoas sem lar ou pessoas que vivam em locáis remotos ou inacessíveis. Dentro dos agregados familiares abrangidos, as criancas abaixo de urna determinada idade mínima, para quem o inquérito sobre actividade económica nao tem significado, também seráo normalmente excluidas.

Esta seccáo examina as varias questóes envolvidas na definicáo do ámbito da populacáo a ser abrangida, mais específicamente relacionadas com os processos de amostragem. Embora as decisoes básicas acerca da natureza e ámbito da populacáo a ser abrangida, sejam muitas vezes tomadas anteriormente, no processo de planificacáo do inquérito, o conteudo e dimensáo da populacáo tem de ser especificados, com maior precisáo, na fase de desenho técnico. Esta especificacáo faz-se em termos de:

- conteudo da populacáo, isto é, o tipo e características dos elementos que a compóem; - a sua extensáo no espaco (isto é, os limites da sua cobertura geográfica) e no tempo (isto

é, o período de tempo ao qual se refere).

Conteudo da populacáo Nos inquéritos á máo-de-obra que abrangem a populacáo em geral, os seus elementos com

interesse sao normalmente os individuos, com algumas características especificadas, e os agregados familiares e outros grupos sociais nos quais vivem. Portanto, para definir a populacáo a ser abrangida, é necessário especificar (a) o tipo de agregados familiares e agrupamentos sociais a ser incluidos; (b) as regras para associar os individuos com essas unidades (p.ex. definir o que constituí um agregado familiar); e (c) as características que determinam a inclusáo ou exclusáo de individuos na populacáo alvo do inquérito.

Agregados familiares e outros grupos sociais de individuos O grupo com mais interesse é, desde logo, o das pessoas que vivem em agregados

familiares particulares. As definicóes de agregados familiares recomendadas intemacionalmente sao dadas em Principies and Recommendations for Population and Housing Censuses (Nacoes Unidas, 1980). O agregado familiar é definido como "urna pessoa ou pessoas que acordaram, individualmente ou em grupos, em se prover a si próprios de alimentos ou outros meios essenciais de vida". Ñas Recomendacoes é feita urna distincáo entre agregados unipessoais e pluripessoais sendo, para além disso, estes últimos, classificados em: agregados nucleares, que consistem numa única unidade familiar; agregados familiares ampliados, os quais incluem alguma(s) pessoa(s) para além da familia nuclear; e agregados compostos, formados por pessoas que nao tem lacos de parentesco. Contudo, as Recomendacoes assinalam igualmente, que os países podem entender adequado modificar a definicáo e classificacáo, de acordó com as circunstancias nacionais. Por exemplo, nalguns países de África, existem zonas rurais ñas quais a populacáo vive característicamente em recintos, em grupos de 30 ou 40 pessoas; em tal situacáo, tem constituido urna solucáo prática definir o agregado familiar como um grupo de pessoas que "vivem e se alimentam em conjunto" (Nacóes Unidas, 1984, § 20.12). Da mesma forma, nalguns países Árabes, o conceito de agregado familiar pode necessitar de ser modificado para ter em conta situacóes de poligamia, ñas quais as esposas de um mesmo marido podem estar a viver em residencias separadas (ibid. § 21.18). Em muitas outras situacóes, a associacáo de certas categorías de individuos (tais como hospedes, pensionistas, empregados domésticos) com determinados agregados familiares, pode nao ser clara e requerer urna atencáo especial (ibid. § 10.64).

Será útil distinguir entre urna situacáo em que o próprio agregado constituí urna unidade para efeitos de recolha, processamento e análise de dados e outra(s) em que é meramente urna

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Desenlio da amostra

unidade estatística utilizada para identificar e seleccionar pessoas a ser incluidas no inquérito. No primeiro caso, a escolha da definicáo concreta a ser utilizada pode ter importantes implicacóes a nivel de conteúdo. No segundo caso, o requisito principal consiste apenas em que. operacionalmente, a definicáo abranja, de modo exaustivo e sem duplicacoes, todos os individuos com interesse e que seja possível aplicar a definicáo, de forma consistente e do mesmo modo, em diferentes operacóes relacionadas, tais como ciclos diferentes do inquérito e, dentro de cada ciclo, durante a classificacáo, as entrevistas e as suas possíveis repeticóes.

Além disso, para as pessoas que vivem em agregados familiares particulares, é também necessário especificar o tratamento daquelas que vivem em determinadas situacóes especiáis. As práticas nacionais variam a este respeito e nao é possível fazer recomendacóes gerais, excepto para insistir na necessidade de (a) ter cuidadosamente em consideracáo, em cada caso, a justificacáo para excluir qualquer grupo especial (b) especificar claramente os grupos excluidos, assim como a sua dimensáo e características relevantes; (c) testar e avaliar o impacto destas exclusóes na aplicabilidade e precisáo dos resultados do inquérito; e (d) assegurar, o mais possível, a consistencia do ámbito ao longo do tempo e para diferentes inquéritos, especialmente quando o inquérito á máo-de-obra faz parte de um programa integrado de inquéritos. Quando possível, a informacáo sobre os grupos excluidos, como por exemplo as torcas armadas, pode ser obtida de outras fontes para complementar os resultados dos inquéritos ás familias.

Regras de associacáo Em seguida, há que definir o conteúdo da populacáo, o que requer a especificacáo das regras

para associar individuos com agregados familiares ou com outros agrupamentos pertinentes, para efeitos de seleccáo da amostra e de análise de dados. A escolha básica está entre a definicáo de ámbito de facto e de jure. A abordagem de jure, define a associacáo de acordó com o local habitual de residencia da pessoa. Os residentes habituáis sao incluidos, mesmo que se encontrem temporariamente ausentes no momento da inquiricáo; os visitantes sao excluidos. A abordagem de facto, incluí as pessoas de acordó com o local em que elas se encontravam na altura do inquérito, independentemente do seu local habitual de residencia. Esta última abordagem tenderá a dar um menor número de náo-respostas e de falta de contactos, e é mais adequada quando o, período do inquérito é curto ou quando tém de ser inquiridas populacóes com urna mobilidade muito elevada (tais como os nómadas ou os sem lar). Pelo contrario, a abordagem de jure fornece urna mais clara e mais estável associacáo, entre as características dos agregados e as dos individuos. E também mais conveniente para um inquérito continuo, especialmente quando está envolvida urna inquiricáo repetida, distribuida ao longo de um considerável periodo de tempo. Por estas razóes, esta é a abordagem mais comummente utilizada nos inquéritos á máo-de-obra. A dificuldade com a abordagem de jure reside ñas complexidades que podem surgir, quando da definicáo e identificacáo de "residentes habituáis".

Existe pouca informacáo empírica disponível, sobre o grau com que a abordagem escolhida afecta o ámbito, as náo-respostas e outros aspectos de implementacáo da amostra. Um estudo de resultados obtidos em mais de 10 países em vias de desenvolvimento, indicou que 5 a 10 por cento dos agregados da amostra tinham um ou mais visitantes no momento do inquérito; ao mesmo tempo, verificou-se que, em geral, o dobro dessa percentagem de agregados deciarou que se encontravam temporariamente ausentes um ou mais dos seus residentes habituáis. A volta destes valores medios, existia urna grande variabilidade entre países (Verma, 1980). Estes resultados tém algumas implicacóes interessantes. Em primeiro lugar, embora os residentes temporariamente ausentes possam ser identificados ("abrangidos") utilizando a abordagem de jure, nao poderáo habitualmente ser contactados, nem entrevistados de forma directa, devido á ausencia no momento da entrevista, podendo portante constituir urna náo-resposta. Os valores ácima mencionados indicam que o número de tais pessoas pode ser bastante importante. A sua inquiricáo será possível, se a informacáo fornecida por outros (entrevista a um intermediario) puder ser aceite. Em segundo lugar, a abordagem de facto é habitualmente introduzida para reduzir os náo-contactos (individuos a ser entrevistados que nao se conseguiu contactar). É particularmente útil quando a informacáo do inquérito tem de ser obtida directamente das pessoas

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Inquéritos de populado activa

a que diz respeito, e nao por intermediarios. Em principio, a abordagem defacto reduz as náo-respostas, substituindo os residentes temporariamente ausentes (que nao podem ser contactados) pelos visitantes que se encontram no agregado da amostra. O estudo anteriormente referido indica que tal "compensacáo" é muito parcial, porque o segundo grupo tem, em media, apenas metade da dimensáo do primeiro. A diferenca entre os dois grupos pode, em parte, ser devida as pessoas "em tránsito", isto é, fora da populacáo dos agregados no momento do inquérito; pode também reflectir a inclusao errónea de membros da familia a residirem efectivamente noutro local. As pessoas em tránsito nao sao identificadas na abordagem de /acto, nem mesmo como "náo-resposta"; elas representam, mais propriamente, urna falha de cobertura da populacáo alvo. Tal erro de "cobertura" pode ser bastante importante e selectivo nos inquéritos que utilizam a abordagem defacto, embora muitas vezes nao se suspeite da sua existencia.

Regras de inclusao A inclusao de individuos na populacáo alvo do inquérito está habitualmente condicionada

pelas características demográficas e por outras características individuáis. A característica mais importante é a da idade da pessoa, implicando a exclusáo do inquérito detalhado sobre a actividade económica, de criancas com idade inferior a determinado mínimo (e possivelmente de pessoas idosas, ácima de urna certa idade máxima). Varias consideracoes envolvidas na escolha destes limites de idade foram discutidas no Capítulo 2, Seccáo 2. Foi ai referido que, qualquer que fosse o limite mínimo de idade adoptado, pode ainda existir, em certos países, um número substancial de criancas abaixo dessa idade, que estáo ocupadas em algum tipo de actividade económica. Em tais situacoes, pode haver urna necessidade de obter dados complementares, pelo menos de forma ocasional, sobre o número, características e condicóes de trabalho de tais criancas, tendo em vista, por exemplo, o estudo da fase de transicáo das actividades escolares para a vida activa, ou para revelar a relacáo entre a frequéncia escolar e a participacáo na vida activa.

Algumas vezes um inquérito á máo-de-obra é desenliado para focar grupos especiáis da populacáo, tais como trabalhadores migrantes, trabalhadores estrangeiros, estudantes ou deficientes. Podem ser necessárias operacóes especiáis de filtragem, no sentido de identificar as concentracóes de tais grupos, para que se obtenha urna seleccáo eficaz da amostra.

Amplitude da populacáo A amplitude tem dois aspectos: (a) limites da cobertura geográfica da populacáo, e (b) o

periodo de tempo ao qual se refere.

Cobertura geográfica Muitos inquéritos á máo-de-obra estáo desenliados para serem de ámbito nacional, isto é,

para cobrir todas as zonas geográficas do país, tanto urbanas como rurais. Como é natural, existem muitas situacoes em que se pretende que a cobertura nao abranja todo o país. Em primeiro lugar, tal facto pode resultar de o inquérito ter objectivos limitados. Por exemplo, alguns países restringem os inquéritos a máo-de-obra apenas ás áreas metropolitanas, outros incluem as principáis cidades e, ainda outros, cobrem as áreas urbanas em geral, incluindo as pequeñas cidades e vilas. A prática de excluir as áreas rurais tem sido mais comum na América Latina e ñas Caraibas do que em outras regióes; sao exemplos disso os inquéritos da Argentina, Brasil, Colombia, Jamaica, México e Uruguai (OIT, 1986). De forma semelhante, certos ciclos do Inquérito Nacional por Amostragem da India incluíram inquéritos á máo-de-obra em áreas urbanas, mas nao em zonas rurais. As razóes para este modelo podem ser os recursos limitados, mas residem, mais frequentemente, na conviccáo de que as exigencias de dados e as condicóes (e por isso a estrutura de custos e as metodologías adequadas) diferem entre as zonas urbanas e as zonas rurais, devido aos distintos padróes de actividade económica. Algumas vezes os países realizam inquéritos separados para os dois sectores, que diferem nos períodos de inquérito e de referencia, bem como em outros aspectos da metodología do inquérito. Na verdade, pode ser argumentado que, no lancamento de inquéritos á máo-de-obra, muitos países em vías de

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Descnho da amostra

desenvolvimento prestaram uma atencao insuficiente as diferentes exigencias de dados e de condicoes para o inquérito entre as áreas urbanas e as zonas rurais.

Em segundo lugar, consideracóes de custos e de natureza prática podem também exigir a exclusáo de algumas áreas ou subpopulacóes. É importante que se reavalie periódicamente, se permanecen! válidos os pressupostos com que foram excluidas certas áreas ou grupos, procurando em cada caso, uma justificacáo clara para a sua exclusáo. Algumas vezes, pode ser possível adoptar disposicóes especiáis ou usar amostras desproporcionadamente pequeñas das partes mais difíceis e dispendiosas da populacáo alvo, em vez de as excluir por completo. É também importante documentar em cada caso o alcance das exclusoes, dado que elas definem os limites dentro dos quais, em geral e cientifícamente, podem ser feitas as inferencias dos resultados do inquérito; e, da melhor forma possível, deverá avaliar-se o impacto das referidas exclusoes na representatividade nacional dos resultados do inquérito. Algumas vezes, as exclusoes relativamente pequeñas podem nao afectar grandemente as taxas e rácios estimados a partir dos inquéritos, mas podem afectar mais seriamente as estimativas dos agregados populacionais.

A dimensao temporal Em qualquer populacáo, as unidades e as suas características mudam com o tempo. Para

além de seleccionar unidades da populacáo total, um inquérito também implica a seleccáo de um segmento particular de tempo, dentro do intervalo completo no qual podem ser utilizados os resultados da amostra. Na verdade, muitas vezes, a representatividade em termos de espaco pode ter prioridade sobre a representatividade em termos de tempo, dado que as correlacoes sao maiores para uma determinada unidade ao longo do tempo, do que o sao para unidades contiguas no espaco (Kish, 1965, seccáo 12.5). Pela mesma razao, pode muitas vezes ser tolerada uma maior ambiguidade na definicáo dos limites temporais, ao contrario dos limites espaciáis, que sao identificados com maior clareza.

Contudo, pode ser muito importante a adequada representatividade na dimensao tempo, especialmente quando predominam variacoes temporais pronunciadas, com carácter sazonal, cíclico ou de outro tipo. Somente uma seleccáo representativa de períodos de tempo (meses, trimestres, estacóes, etc.individuáis) pertencentes ao período completo sob observacáo (p.ex. um ano), pode permitir que sejam feitas inferencias estatísticas a partir das observacoes amostráis, sobre as condicoes medias ao longo do período de inquérito. Muitas vezes, na prática, este requisito é injustificadamente ignorado. As consideracóes sobre desenho da amostra, de acordó com este requisito, seráo examinadas em detalhe na Seccáo 5.

3. Estruturas de amostragem e a utilizacao de amostras-mae

Uma vez definida a populacáo que irá ser inquirida, ela tem de ser representada numa forma física, a partir da qual podem ser seleccionadas as amostras do tipo requerido. Essa representacáo é denominada de estrutura de amostragem. Uma estrutura de amostragem deve permitir a seleccáo de uma amostra "probabilística" de unidades elementares que facam parte da populacáo, isto é, uma seleccáo que, com a aplicacáo de processos aleatorios adequados, possa assegurar que toda a unidade tem uma probabilidade de ser seleccionada, a qual é conhecida e diferente de zero.

O tema das estruturas de amostragem e dos desenhos de amostras para programas de inquéritos as familias, tem sido tratado extensivamente ñas Nacóes Unidas (1986). A presente seccáo destaca os pontos importantes de particular relevancia para os inquéritos á máo-de-obra, proporcionando algumas clarificacoes a esse respeito.

Para os inquéritos as familias, a amostra é habitualmente seleccionada num certo número de etapas. A primeira etapa envolve a seleccáo das unidades primarias de amostragem, as quais sao, normalmente, unidades de área com dimensao relativamente grande. Estas unidades devem ter limites claros e náo-sobrepostos, e todas elas, em conjunto, devem abranger exaustivamente a populacáo a estudar. Uma estrutura de tais unidades consistirá na sua explícita listagem, acompanhada de mapas, descricóes e outra informacáo pertinente para a sua identificacáo e

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Inquéritos de populado activa

seleccáo. Boas estruturas incluiráo, também, a informacáo sobre a dimensáo e outras características das unidades, o que melhorará a eficacia na seleccáo e estimativa da amostra. Uma estrutura de unidades primarias de amostragem abrangendo toda a populacáo do inquérito é denominada estrutura primaría de amostragem.

Com um desenho multietápico, a amostragem, em cada uma das etapas, está limitada as unidades seleccionadas na etapa anterior. Isto significa que, uma vez seleccionada uma amostra de unidades primarias a partir da estrutura primaria de amostragem, as estruturas para a próxima etapa de seleccáo sao requeridas, apenas para as unidades primarias de amostragem seleccionadas. O mesmo se aplica para a amostragem com unidades seleccionadas na segunda etapa, e assim sucessivamente. A hierarquia das estruturas, abaixo da estrutura principal de amostragem, sao chamadas estruturas secundarias de amostragem.

Estrutura primaria de amostragem Existe uma diferenca fundamental entre a estrutura primaria de amostragem e as estruturas

secundarias. Dado que as estruturas secundarias de amostragem estáo limitadas a uma amostra de unidades seleccionada na(s) etapa(s) anterior(es), pode muitas vezes ser possível criá-las e manté-las para um único inquérito ou para utilizacáo durante um período de tempo determinado. No entanto, á estrutura primaria de amostragem é exigido que abranja toda a populacáo. O estabelecimento e manutencáo de uma completa e eficaz estrutura primaria de amostragem, que englobe as unidades de tipo e dimensáo adequados, de par com a informacáo auxiliar necessária, é um requisito crítico para a realizacáo de inquéritos á máo-de-obra ou de outro tipo, que tenham um ámbito e uma extensáo ampios. A estrutura primaria de amostragem representa um grande investimento que, normalmente, apenas pode ser realizado, quando exista uma expectativa de utilizacáo repetida dessa estrutura para varios inquéritos e ciclos de inquérito, durante um periodo de tempo. Estas condicóes, sao habitualmente encontradas no contexto dos inquéritos nacionais á máo-de-obra, devido á sua grande dimensáo, ampio alcance, requisitos precisos quanto ao seu ámbito e natureza continua das opera?6es. Para além do mais, como se referiu anteriormente, os inquéritos á máo-de-obra sao adequados, pelo seu desenho e operacóes, para articularen» com outros inquéritos baseados no conjunto da populacáo, pelo que, os custos de desenvolvimento e manutencáo de boas estruturas primarias de amostragem, podem normalmente ser repartidos entre o inquérito á máo-de-obra e outros inquéritos.

As propriedades desejáveis para uma boa estrutura de amostragem podem ser classificadas em tres tipos (Nacóes Unidas, 1986, pp. 63-79): (1) propriedades relacionadas com a qualidade, as quais ajudam a minimizar os erros náo-amostrais, incluindo a disponibilidade de unidades bem definidas, actualizadas e estáveis, com identificadores adequados e uma completa cobertura da populacáo; (2) propriedades relacionadas com a eficacia, que permitam um desenho e estimativas estatisticamente eficientes, incluindo bons mapas e informacáo complementar actualizada sobre a dimensáo e outras características destinadas á estratificacáo e seleccáo da amostra; e (3) propriedades relativas aos custos, incluindo baixos custos e facilidade de compilacáo, utilizacáo e manutencáo da estrutura.

As etapas chave no desenvolvimento e manutencáo das estruturas primarias de amostragem sao discutidas adiante. Entre elas incluem-se: a determinacáo dos objectivos e da estrategia que permitam maximizar a utilidade da estrutura para diversas finalidades; a escolha das unidades primarias de amostragem adequadas á construcáo da estrutura; a representacáo física dessas unidades para um acesso, utilizacáo e manipulacáo facéis; e a manutencáo e a actualizacáo da estrutura, a fim de permitir a sua repetida utilizacáo durante um período de tempo.

Determinagao dos objectivos e estrategia O investimento que pode justificadamente ser feito para o desenvolvimento e manutencáo de

uma estrutura primaria de amostragem, dependerá de quáo extensiva e prolongada vier a ser a sua utilizacáo. A estrutura pode servir como quadro geral de seleccáo de amostras, relacionadas ou independentes, para diversos inquéritos as familias. Pode ser desenvolvida em combinacáo com uma listagem hierárquica das subdivisoes administrativas do país e, a diferentes níveis de

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Dcsenho da amostra

agregacáo, pode estar ligada a diversas bases de dados estatísticas derivadas de varias fontes. Em particular, é urna boa estrategia, ligar estreitamente o desenvolvimento da estrutura primaria de amostragem com os trabarnos do recenseamento da populacáo, e ter em conta os requisitos da estrutura, na planificacáo do recenseamento, incluindo a escolha das áreas de recenseamento a inquirir, o sistema de numeracáo, os esquemas de tabelas de dados para as áreas de inquiricáo, o trabalho cartográfico do recenseamento, etc..

Como é natural, nao se pode esperar que alguma estrutura primaria de amostragem possa satisfazer as necessidades de todos os possíveis inquéritos. Tém de ser preparadas estruturas separadas, para os inquéritos que requeiram diferentes tipos de unidades, como por exemplo, os inquéritos aos estabelecimentos, os inquéritos regionais á agricultura, ou os inquéritos que requerem um acesso eficaz a sectores muito especializados da populacáo. Contudo, mesmo em situacóes táo diferentes, a disponibilidade de urna boa estrutura baseada na populacáo em geral, pode algumas vezes ser utilmente explorada de diversas formas. Primeiro, reorganizando e modificando os estratos para diferentes dimens5es e para outras características relevantes das suas unidades, pode ser possível utilizar a mesma estrutura para urna eficiente seleccáo das amostras de inquéritos com diferentes objectivos. Por exemplo, o Inquérito Nacional por Amostragem da índia aplica, á mesma estrutura primaria de amostragem baseada no recenseamento e em cada ciclo anual, um certo número de alteracóes na estratificacáo das áreas de inquiricáo, em funcáo do(s) assunto(s) concretamente focado(s) no ciclo (Murthy and Roy, 1975, pp. 15-16). Em segundo lugar, a utilidade de urna estrutura com propósitos genéricos, pode algumas vezes ser alargada a finalidades mais especializadas pela inclusáo de alguma informacáo auxiliar relevante. Por exemplo, Murthy e Roy (1970) descrevem um inquérito aos estabelecimentos de pequeña dimensáo das industrias transformadoras, levado a cabo com base numa estrutura obtida do recenseamento, a qual incluiu informacáo complementar sobre concentracóes dos estabelecimentos com interesse para o inquérito. (A Indonesia implementou um esquema com objectivos semelhantes no seu recenseamento da populacáo de 1990). Este caso prático, vindo de um país em vias de desenvolvimento, também proporciona um bom exemplo sobre a forma como a qualidade de urna estrutura pode ser melhorada, comparando a informacáo proveniente de mais de urna fonte. Em terceiro lugar, a estrutura geral pode também ser utilizada para complementar as listas ou outros tipos de estruturas com finalidades especiáis. As estruturas ou listas com finalidades especiáis costumam representar bastante bem as bolsas de concentracáo de unidades de interesse especial (particularmente as unidades de grande dimensáo), o que permite urna seleccáo eficaz da amostra, nao proporcionando, no entanto, a completa cobertura das unidades de interesse específico dentro de toda a populacáo. Urna estrutura de finalidades genéricas, embora nao seja por si própria urna fonte eficaz para a seleccáo da amostra em tais situacóes, pode fornecer o complemento necessário para assegurar urna cobertura completa.

Escolha do tipo de unidades primarias de amostragem Urna decisáo da máxima importancia no desenvolvimento e compilacáo da estrutura de

amostragem, é a escolha das unidades primarias de amostragem. Esta escolha dependerá de varias consideracoes: (a) as utilizacóes potenciáis para as quais a estrutura primaria de amostragem se aplicará; (b) as fontes e materiais disponíveis, a partir dos quais a estrutura pode ser construida, incluindo o custo e trabalho envolvido; e (c) os problemas logísticos do trabalho no terreno e de desenho e implementacáo da amostra, incluindo custos, viabilidade e requisitos de controle de qualidade. As metas deveráo ser: assegurar a integridade da cobertura; flexibilidade no caso de utilizacóes imprevistas da estrutura; estabilidade das unidades para a sua utilizacáo repetida a longo prazo; possibilidade de coordenacáo entre inquéritos relacionados e ciclos de inquéritos que utilizem a estrutura; facilidade de manutencáo e actualizacáo e, como é obvio, eficiencia estatística do desenho da amostra e da estimacáo.

A escolha das unidades primarias de amostragem pode ter urna grande influencia sobre a qualidade e o custo de um inquérito. As unidades precisam de ser bem definidas, com limites claros, bons mapas e descricóes para a sua identificacáo e demarcacáo, e informacáo actualizada sobre a sua dimensáo e outras características. As unidades devem ser relativamente estáveis ao

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Inquéritos de populado activa

longo do tempo, especialmente se o inquérito envolve inquiricóes repetidas ou se se estende ao longo de um período prolongado, ou se existe um grande intervalo de tempo, entre a compilacáo da estrutura e seleccáo da amostra e a realizacáo do trabalho no terreno. Custos baixos e urna carga de trabalho controlável na compilacáo, manutencáo, utilizacao e actualizacáo das unidades, sao outras das características desejáveis da amostra. As unidades primarias de amostragem devem ter urna dimensáo "adequada", de acordó com a organizacáo e estrutura de custos da operacáo de recolha de dados do inquérito; elas também devem ter urna dimensáo sensivelmente uniforme em cada dominio da amostra. Se as unidades sao demasiado grandes, pode nao ser possível seleccionar e trabalhar um suficiente número délas para obter urna boa distribuicáo da amostra; para além do mais, o custo de criacáo e manutencáo de estruturas secundarias de amostragem, assim como o custo do trabalho no terreno em grandes unidades primarias de amostragem, pode ser excessivamente elevado em algumas circunstancias. Por outro lado, se as unidades sao demasiado pequeñas, podem nao ter limites claros ou estabilidade suficiente ao longo do tempo. Pode ser difícil obter urna distribuicáo suficiente da amostra dentro das unidades primarias ou englobar as necessidades de diferentes inquéritos/ciclos de inquérito que requeiram amostras independentes a partir das mesmas unidades.

O que constituí a dimensáo "adequada" das unidades numa dada situacáo, é urna questáo muito complicada para ser tratada em termos gerais. No entanto, com base ñas práticas nacionais de realizacáo de inquéritos á máo-de-obra e de outros inquéritos ás familias, é possível distinguir, pelo menos, quatro tipos, com sensível clareza.

Em primeiro lugar, num extremo, alguns países utilizam unidades de primarias de amostragem muito grandes. Muitas vezes, o número total de unidades na populacáo nao é grande e apenas é seleccionado um pequeño número délas para a amostra. Tais unidades necessitam de ser relativamente heterogéneas e cuidadosamente construidas e estratificadas. Cada unidade representa um investimento importante em mapas, em listagens e na preparacáo de estruturas secundarias de amostragem e, talvez aínda mais importante, no recrutamento, formacáo e apoio dos inquiridores para realizar as entrevistas ñas áreas da amostra. Embora possam estar envolvidas poucas ou nenhumas deslocacóes dos inquiridores entre unidades primarias de amostragem, as viagens e a mobilidade dentro délas pode ser bastante importante e requerer meios de transporte baratos e adequados ao meio local. Outro aspecto deste sistema consiste em que, para salvaguardar os importantes investimentos feitos no estabelecimento de unidades da amostra, é conveniente manter o mesmo conjunto de unidades para muitos inquéritos e ciclos de inquérito diferentes, durante um período de tempo. A "rotacáo" e renovacáo da amostra pode ter de ser feita, em grande parte, dentro do conjunto fixo de unidades primarias de amostragem; e, mesmo na fase de completa reestruturacáo da amostra, pode ser considerado desejável reter na nova amostra tantas das antigás unidades, quanto o seja estatisticamente permitido. Sendo adequadamente projectado, neste sistema podem incluir-se as seguintes principáis vantagens: estabilidade dos limites e doutras características das grandes unidades; economía e comodidade de urna prolongada utilizacao do mesmo conjunto de áreas amostráis; e menor necessidade de deslocacóes entre unidades, para o pessoal encarregado do trabalho no terreno. Nao obstante o pequeño número de unidades seleccionadas, a amostra pode ser aínda razoavelmente eficiente devido á grande dimensáo e heterogeneidade das unidades.

Talvez o mais conhecido e documentado exemplo deste tipo de utilizacao de unidades primarias de amostragem, seja o do Inquérito á Populacáo Actual dos Estados Unidos, que é um inquérito mensal de grande envergadura destinado a "fornecer estimativas do emprego, do desemprego e de outras características da máo-de-obra em geral, da populacáo como um todo e de varios subgrupos da populacáo" (Estados Unidos, 1978). Neste inquérito, as maiores unidades que sao sujeitas ao processo de amostragem (as denominadas "unidades primarias de amostragem que nao sao autorepresentadas"), podem chegar a ter urna extensáo de 4.000 a 5.000 quilómetros quadrados ou urna populacáo até 250.000 pessoas. O sistema permite o recrutamento local de entrevistadores a tempo parcial. Sao muitas vezes senhoras ocupadas em tarefas domésticas que, com adequadas qualificacóes e experiencia, sao capazes de executar um trabalho de alta qualidade, apesar da remuneracáo auferida ser relativamente baixa. Os entrevistadores podem

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Desenlio da amostra

normalmente trabalhar, partindo de sua casa e cobrindo distancias importantes dentro das suas unidades, no seu próprio carro.

Em segundo lugar, no outro extremo, as amostras podem consistir num numeroso conjunto de unidades primarias de amostragem muito pequeñas. Um sistema desses pode ser adequado em áreas urbanas densamente povoadas, onde se dispóe de listas de unidades de habitacáo e/ou de mapas muito detalhados de pequeños segmentos de área e onde, devido a estarem muito desenvolvidos os meios de transporte e dadas as pequeñas distancias a percorrer, as deslocacóes entre unidades nao apresentam dificuldades de maior. De novo, o Inquérito á Populacáo Actual dos Estados Unidos fornece urna imagem deste modelo. Nos estratos urbanos daquele inquérito (as denominadas unidades primarias de amostragem "autorepresentadas"), sao seleccionadas directamente pequeñas áreas chamadas segmentos (constituindo assim as efectivas unidades primarias de amostragem). O número das unidades assim seleccionadas é bastante grande, dado que, em qualquer momento, cada unidade seleccionada contribuí apenas com poucas (aproximadamente quatro) unidades de habitacáo para a amostra total.

Nenhuma destas duas variantes extremas é habitual nos inquéritos dos países em vias de desenvolvimento porque, em conjunto, nao é possível reunir as condicóes básicas para que funcionem eficientemente. No entanto, como se referirá adiante, alguns países em vias de desenvolvimento utilizam nos seus inquéritos, unidades primarias de amostragem muito grandes, mas normalmente por razoes bem diferentes. No que se refere á utilizacáo ñas grandes unidades, de entrevistadores recrutados localmente, que tenham urna grande mobilidade dentro de urna área amostral, deve ser referido que é difícil recrutar, a nivel local, inquiridores com experiencia e qualificacáo adequadas, em muitos países em vias de desenvolvimento. Em geral, a supervisáo e o controlo é mais fácilmente assegurada com pessoal permanente a tempo completo, do que com pessoas a tempo parcial, recrutadas ocasionalmente. Sobretudo, as condicóes de transporte podem ser bastante variadas nos países em vias de desenvolvimento: existe muitas vezes urna rede suficientemente desenvolvida de boas estradas principáis para facilitar as viagens entre áreas, mas as deslocacóes locáis podem ser muito mais difíceis e demoradas, mesmo se as distancias físicas envolvidas sao pequeñas (Verma, 1977).

A utilizacáo de numerosas unidades primarias de amostragem pequeñas é também menos comum nos países em vias de desenvolvimento, dada a ausencia de mapas e de outros materiais para definir adequadamente as unidades de áreas pequeñas. A irregularidade da construcáo e a falta de um sistema adequado de enderecos, sao também factores influentes. Contudo, realizaram-se inquéritos em países em vias de desenvolvimento, especialmente em áreas urbanas, baseados em muitas unidades primarias de amostragem pequeñas. Alguns exemplos sao dados pelos inquéritos de fecundidade na Colombia, Panamá, Perú, Filipinas, Sri Lanka e Venezuela (Verma, 1980).

Em terceiro lugar, o sistema predominante na maior parte dos países em vias de desenvolvimento, consiste em dispor de estruturas primarias de amostragem para os inquéritos á máo-de-obra e outros inquéritos ás familias, baseadas em áreas de inquiricáo retiradas do recenseamento populacional mais recente. Normalmente, as áreas de inquiricáo do recenseamento contém, em media, entre algumas dezenas e um número pequeño de centenas de agregados familiares. Em muitas situacoes, as áreas de inquiricáo do recenseamento sao razoavelmente uniformes quanto a sua dimensáo e possuem, de forma suficientemente adequada, mapas, descricoes e informacáo sobre a dimensáo e outras características relevantes da populacáo. Normalmente, as áreas de inquiricáo sao definidas como subdivisóes de áreas administrativas ou de outras zonas significativas e podem ser organizadas, hierárquica e geográficamente, para definir os estratos da amostra e os ámbitos da informacáo, ou combinadas para criar unidades maiores na estrutura. Por vezes, a estrutura primaria de amostragem pode também ser melhorada, segmentando algumas das áreas de inquiricáo maiores e combinando as mais pequeñas para obter unidades de urna dimensáo mais adequada.

A quarta variante digna de ser mencionada, é a prática existente em alguns países em vias de desenvolvimento que consiste em utilizar poucas unidades primarias de amostragem, de grande dimensáo. Poderáo existir varias razoes para esta prática, mas, em geral, sao bastante diferentes

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Inquéritos de populado activa

daquelas que discutimos em relacao á primeira das variantes analisadas anteriormente. Em alguns países, simplesmente. nao existem estruturas primarias de amostragem que possam ser utilizadas e que contenham unidades mais pequeñas (e geralmente mais adequadas), pelo menos para uma parte da populacáo. Habitualmente, isso significa que houve um trabalho cartográfico inadequado durante o recenseamento. Por exemplo, muitos inquéritos realizados na República Unida dos Camaróes utilizaram, como unidades primarias de amostragem, os arrondissements, dos quais existem apenas 144 no país. Para inquéritos em alguns países árabes, por exemplo, Jordania, Siria e Egipto, foram utilizadas cidades completas como unidades primarias de amostragem. Isto pode ser devido, em parte, á falta de uma estrutura adequada para as áreas mais pequeñas e, noutra parte, ao custo e dificuldade prática de expandir as amostras para muitas cidades distintas. O segundo motivo principal, para utilizar unidades primarias de amostragem muito grandes em alguns países em vias de desenvolvimento, é a conveniencia administrativa, efectiva ou aparente. Com frequéncia, as estruturas de amostragem para áreas mais pequeñas estáo disponíveis de facto ou podem ser coligidas, mas tal informacáo é apenas utilizada para preparar estruturas secundarias de amostragem dentro das unidades primarias de amostragem seleccionadas. Por exemplo, os inquéritos á máo-de-obra e outros inquéritos na Tailandia utilizaram, até há pouco tempo, os changwat (provincias) como unidades primarias de amostragem, das quais só existem 71 no país. De forma semelhante, na China, inquéritos recentes utilizaram amostras multi-etápicas ñas quais os municipios (com uma dimensáo media populacional de 500000 habitantes) eram as unidades primarias de amostragem. Em ambos estes casos as razóes para a escolha foram principalmente de índole administrativa ou logística, sem que se tenha baseado na disponibilidade de estruturas contendo unidades mais pequeñas ou numa consideracáo cuidada dos custos do trabalho no terreno.

Representando física da estrutura A representacáo física das unidades da estrutura tem de ser escolhida com o objectivo

genérico de assegurar o seu fácil acesso, uso e manipulacáo. Um objectivo adicional é a producáo de resumos e totais de controlo que possam ajudar no desenho e estimativa da amostra, e fornecer um meio para controlar a representatividade e integridade da estrutura. A estrutura primaria de amostragem deve ser uma listagem ordenada de unidades, de acordó com as divisóes administrativas, dominios principáis de informacáo, estratos primarios e outros agrupamentos significativos e, dentro destes, as unidades podem ser ordenadas por localizacáo, dimensáo ou outros criterios relevantes. A questáo importante é assegurar que cada unidade tem um único identificador e que dispóe de informacáo que pode ser utilizada para a sua classificacáo e ordenacáo, podendo ser diferente para distintos usos da estrutura. A este respeito, pode ser particularmente conveniente a informatizacao da estrutura primaria de amostragem. Outra informacáo a incluir na estrutura, pode ser a de um registo da utlizacáo de cada unidade em anteriores amostras, de resumos das características das unidades e de mapas e descricóes para definicáo e identificacáo das unidades.

Procedimentos para a manutencao e actualizacáo da estrutura O primeiro requisito consistirá em assegurar o desenvolvimento de planos e procedimentos

para a manutencao e actualizacáo periódica da estrutura e que estes procedimentos sejam devidamente documentados: as Nacóes Unidas (1986, p. 102) contém exemplos negativos de países onde aparentemente nao existem esse tipo de descricóes.

Em segundo lugar, é um bom principio centralizar, tanto quanto possível, as operacóes de actualizacáo da estrutura e normalizar os procedimentos. Isto é particularmente importante numa grande organizacáo estatística, onde a mesma estrutura tem múltiplos utilizadores e variadas utilizacóes. Ao mesmo tempo, é importante que as organizacóes estatísticas cooperem e tirem partido do trabalho de outros organismos especializados na producáo de mapas para diversos fins.

É normalmente mais conveniente realizar as grandes actualizacóes da estrutura em conjunto com o recenseamento da populacáo. Periódicamente, entre recenseamentos, podem ser levadas a

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Desenho da amostra

cabo actualizaçôes mais limitadas. Quaisquer délas requerem a identifïcaçâo de fontes adequadas de informaçâo para aperfeiçoar a estrutura, a determinaçâo da frequência apropriada das actualizaçôes. a definiçâo de criterios para criar novas unidades e para anular as que se extinguem e o estabelecimento de procedimentos para registo de alteraçôes nos limites e características das unidades. Um ponto importante a ser considerado é se as unidades e a informaçâo antigás necessitam, ou näo, de estar relacionadas com as novas. Muitas vezes a actualizaçào de urna estrutura pode nao envolver, nem a adiçâo, nem a supressäo de unidades, mas meramente a modificaçào da definiçâo, limites ou características das listagens (unidades) existentes.

Finalmente, dever-se-á ter presente que nâo é essencial que todas as unidades na estrutura sejam actualizadas da mesma forma ou ao mesmo tempo. Frequentemente, a actualizaçào é útil, mesmo quando apenas é possível cobrir urna parte da estrutura.

Estruturas secundarias de amostragem Com um desenho amostral multi-etápico, é apenas requerido para as selecçôes de amostras

em qualquer etapa posterior, que a estrutura compreenda as unidades escolhidas na etapa anterior. Por esta razâo, é algumas vezes possível desenvolver e manter estruturas secundarias de amostragem, em especial para um inquérito determinado, ou para utilizaçâo por um periodo de tempo mais limitado do que o das estruturas primarias de amostragem. Ao mesmo tempo, as estruturas secundarias de amostragem tendem a ter menor duraçâo dado que, em geral, as unidades e as suas características se tornam menos estáveis, à medida que passamos das unidades maiores, situadas em etapas de ordern superior, para as unidades mais pequeñas, das etapas inferiores.

Apesar desta aptidâo, o desenvolvimento e manutençâo de estruturas secundarias de amostragem pode representar um investimento muito importante, requerendo a sua utilizaçâo repetida e prolongada, até onde a estabilidade das unidades e das suas características o permita. Nos desenhos de inquérito onde as unidades primarias de amostragem sao suficientemente grandes e extensas, a amostra de unidades também cobre, muitas vezes, urna grande parte da populaçâo total, para a quai é necessário desenvolver e manter urna estrutura de unidades da segunda etapa. A estrutura secundaria de amostragem, dentro de cada unidade primaria seleccionada, pode representar um investimento de tal forma importante, que se torna altamente desejável manter urna amostra fixa de unidades para utilizaçâo repetida ao longo de um certo número de anos, maximizando a permanencia das antigás unidades, mesmo na altura de urna importante restruturaçâo da amostra como, por exemplo, após um novo recenseamento da populaçâo. O exemplo do Inquérito à Populaçâo Actual dos Estados Unidos já foi apresentado neste contexto. O mesmo se aplica a alguns outros inquéritos como o Inquérito à Mäo-de-Obra do Canadá.

Nos desenhos de inquérito utilizando unidades primarias de amostragem mais pequeñas e mais compactas, o investimento por unidade envolvido no desenvolvimento e manutençâo de estruturas secundarias de amostragem, pode ser menor. Contudo, em tais desenhos, o número de unidades primarias de amostragem contidas na amostra é geralmente muito maior, de forma que, o custo total das estruturas secundarias de amostragem, pode também representar um grande investimento.

As unidades da estrutura secundaria de amostragem ñas duas últimas etapas da amostra têm urna importancia especial e serào discutidas mais achante com maior detalhe. Sao também feitos breves comentarios sobre as regras de associaçào entre diferentes tipos de unidades nos inquéritos à mäo-de-obra.

Unidades de área fináis As unidades de área fináis referem-se as unidades de área na etapa inferior da amostragem.

Trata-se de unidades relativamente pequeñas e compactas, para além das quais o processo de amostragem passa da selecçào de áreas, para a extracçâo de amostras a partir de listas de pessoas, agregados familiares, unidades de habitaçâo ou seus pequeños agrupamentos. Isto deve-

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Inquéritos de populado activa

se a que, á medida que se diminuí a dimensáo da área, os seus limites se tornam mais instáveis e difíceis de definir e identificar. Para lá de certo ponto, a continuacáo da segmentacáo em áreas mais pequeñas envolve mais custos e é menos eficiente, do que listar directamente as unidades fináis e extrair a amostra correspondente. Outra razáo para introduzir a listagem e a extraccáo da amostra, após determinado ponto, é a de que elas permitem repartir a amostra das unidades fináis entre os agrupamentos. Em muitos países em vias de desenvolvimento, em especial ñas zonas rurais, a falta de bons mapas e de sistemas adequados de enderecos postais, e a configuracáo geralmente irregular que tem a construcáo urbana, leva a que as unidades de área fináis utilizáveis tenham de ser de urna dimensáo bastante considerável, muitas vezes a totalidade dos povoados. Em tais situacóes, as unidades de área fináis podem também constituir as unidades básicas para a organizacáo das listagens e do trabalho no terreno, e para a manutencáo de registos da seleccáo e implementacáo da amostra. Na prática, em muitos inquéritos, as unidades de área fináis sao táo grandes, que todo o desenho pode envolver apenas duas etapas: as próprias unidades de área fináis como unidades primarias de amostragem, de par com a listagem e a seleccáo da amostra de agregados familiares individuáis ou unidades similares, dentro das unidades de área fináis seleccionadas (ver, por exemplo, Verma, 1977). Os individuos que residem na mesma área, ou ñas proximidades, podem ter características e actividades económicas similares. Por conseguinte, nos inquéritos á máo-de-obra, é geralmente necessário repartir a amostra por muitas unidades de área fináis, para evitar a utilizacáo de unidades muito pequeñas e compactas e seleccionando apenas um pequeño número de individuos dentro de cada unidade de área final da amostra.

Unidades de amostragem fináis As unidades de amostragem fináis sao as unidades seleccionadas no termo do processo de

amostragem, as quais coincidem ou estáo directamente associadas aos elementos da populacáo que constituem as unidades de observacáo e análise. Nos inquéritos á máo-de-obra, assim como em outros inquéritos as familias, as unidades de amostragem fináis podem ser (a) pessoas individuáis, (b) agregados familiares, (c) enderecos ou unidades de habitacáo, (d) pequeños grupos de unidades de residencia vizinhas, definidos a partir de listas e croquis, ou (e) as próprias unidades de área fináis, dentro das quais cada elemento é inquirido. Esta lista está ordenada de acordó com o grau crescente de permanencia ou estabilidade das unidades envolvidas.

A última opcáo mencionada, (e), é denominada como amostragem "completa" ou "de agrupamentos compactos". Nao implica subamostras, nem, possivelmente, listagens separadas de agregados familiares ou unidades de residencia, dentro das unidades de área fináis. A vantagem deste esquema é a maior estabilidade das unidades e o menor grau de erros de cobertura. No entanto, esta abordagem nao é particularmente adequada para inquéritos á máo-de-obra, especialmente em países em vias de desenvolvimento. Um problema comum que afecta o trabalho de inquiricáo nestes países, devido á falta de mapas de áreas pequeñas e de outros matenais cartográficos, é o de como evitar a criacao de unidades de área que sejam demasiado grandes, para urna listagem e inquiricáo económica. Para além do mais, as unidades de área que estáo disponiveis ou podem ser criadas, nao tém muitas vezes urna dimensáo suficientemente uniforme, para que urna amostragem eficiente possa exigir a sua seleccáo com "probabilidade proporcional á dimensáo", ou por algum método similar requerendo urna subamostragem posterior. Como já foi referido, as pessoas residindo na mesma área podem ter características similares quanto á máo-de-obra, pelo que é mais eficiente seleccionar um pequeño número de individuos de cada urna das varias áreas, do que seleccionar muitos individuos de um pequeño número de áreas. Contudo, nos inquéritos que pretendam inquirir elementos raros da populacáo, a amostragem '"completa" ou "de agrupamentos compactos" pode ser, na realidade, um método adequado (Kish, 1965, seccáo 11.4).

A seleccáo de pequeños grupos de unidades vizinhas, a partir de listagens (opcáo (d)), evita a excessiva aglomeracáo de unidades de amostragem fináis que tem lugar em (e), mantendo da mesma forma algumas vantagens, como a maior estabilidade das unidades e os menores erros de cobertura. (Para um exame da possível contribuicáo deste método na reducáo dos erros de

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Desenho da amostra

cobertura, em contraste com a seleccáo individual de habitacóes ou agregados familiares, ver Kish e Hess, 1958). No entanto, este método é declarado poucas vezes, como tendo sido utilizado em inquéritos nos países em vias de desenvolvimento; talvez seja útil ensaiá-lo mais frequentemente, quando for viável.

A opcao (a), isto é, a listagem e a amostragem directa dos individuos, pode ser necessária em certas situacóes especiáis. Por exemplo, no Senegal e em alguns outros países, muitas pessoas vivem em grandes recintos, onde os agregados familiares ou habitacóes nao se constituem como unidades de amostragem significativas ou convenientes, pelo que o único processo prático consiste em listar e seleccionar os individuos directamente no recinto. O método pode também ser utilizado quando for desejável minimizar a probabilidade de seleccionar mais do que um individuo do mesmo agregado. No entanto, a listagem e amostragem de pessoas individuáis como unidades de amostragem fináis é, em geral, desnecessária e dispendiosa, e deve ser utilizada num prazo de tempo mínimo, dadas as rápidas alteracóes.

Por conseguirte, em muitos inquéritos, a opcao mais frequente quanto ás unidades de amostragem fináis situa-se entre (b) e (c), isto é, entre os agregados familiares e as unidades de habitacáo. Estas últimas sao unidades estruturais definidas pelo seu endereco ou localizacáo, enquanto os agregados familiares sao unidades sociais definidas pelos individuos que as compóem. A listagem de unidades de habitacáo nao requer, normalmente, o contacto com os individuos ou agregados familiares e pode, por conseguirte, ser muito mais rápida e barata do que a listagem de agregados. Os agregados que nao sao ¿mediatamente identificáveis pelos seus aspectos exteriores, exigem geralmente urna inquincáo para estabelecer a sua identidade. Ainda mais importante é o facto de que, quando sao requeridas listas para serem utilizadas ao longo de um período extenso ou repetidamente, como pode ser o caso de um inquérito a máo-de-obra continuo, as unidades de habitacáo tém a vantagem de serem mais estáveis, do que os agregados familiares (Nacóes Unidas, 1986, pp. 113-114).

Porém, existem circunstancias em que é preferível ou inevitável utilizar os agregados familiares em vez das unidades de habitacáo, como unidades de amostragem fináis. A informacáo sobre as características dos agregados pode, por exemplo, permitir urna estratificacáo mais elaborada, o que é útil para aumentar a eficiencia da amostra (embora possa também ser possível alguma estratificacáo simples, mas útil, com listas de habitacóes; para um esclarecimento, ver Kish e Hess, 1958). Em qualquer caso, em áreas rurais de muitos países em vias de desenvolvimento, o sistema de vida predominante e a ausencia de um sistema normal de direccóes postais, significa que, muitas vezes, os agregados familiares, e nao os edificios ou as unidades de habitacáo, sao as unidades que podem ser definidas e identificadas de forma válida.

A utilizacáo de unidades de habitacáo como unidades de amostragem fináis tem sido referida com maior frequéncia em inquéritos na América Latina, e a de agregados familiares em inquéritos da Asia e África. Parece que, em geral, existem algumas vantagens em utilizar as unidades de habitacáo mais estáveis (ou mesmo pequeños agrupamentos destas), ñas operacoes de inquéritos á máo-de-obra, pelo que deve ser tentada urna mais frequente utilizacáo deste tipo de unidade, quando as circunstancias o permitam.

Regras de associagao Um inquérito pode envolver unidades de varios tipos. Em primeiro lugar, estáo as unidades

elementares (como os individuos) que formam e definem a populacáo em estudo. As unidades sobre as quais a informacáo é recolhida e aquelas cuja informacáo é analisada, podem diferir das unidades elementares e, por vezes, podem ser distintas entre si. Um inquérito aos agregados familiares pode ser desenliado para recolher e analisar informacáo sobre mais do que um destes tipos de unidades. Por exemplo, embora um inquérito a máo-de-obra recolha principalmente informacáo sobre pessoas individuáis, também pode ser recolhida informacáo sobre o rendimento, a habitacáo e outras características socio-económicas próprias das familias, agregados familiares, unidades de ganhos ou despesas, comunidades ou outros agrupamentos sociais. Para além disso, os dados recolhidos a níveis inferiores podem ser agregados e analisados para unidades a um nivel mais elevado ou, em alternativa, os dados recolhidos para as unidades superiores podem ser

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Inquéritos de populaçâo activa

imputados a cada unidade de nivel inferior e analisados a esse nivel. (Ver Kish, 1965a, para um exame interessante de alguns assuntos sobre niveis múltiplos de recolha e análise de dados; um exame mais completo no contexto de dados a nivel de comunidade é proporcionado em varios artigos de Casterline (ed.), 1985).

Em segundo lugar, num desenho multietápico, estâo envolvidas unidades de amostragem de varios tipos. Como já se referiu, elas constituent, normalmente, urna hierarquia de unidades de área, com unidades de habitaçào ou agregados familiares na última etapa. As unidades de amostragem podem coincidir, ou näo, com as unidades elementares de recolha e análise.

Em terceiro lugar, também existe muitas vezes urna distinçào entre os tipos de unidades ácima mencionados e as unidades que efectivamente fornecem a informaçâo. Por exemplo, a informaçâo sobre agregados familiares pode ser fornecida por qualquer adulto residente ou por alguma pessoa específicamente designada; de forma similar, a informaçâo sobre um individuo pode ser fornecida pelo proprio ou através de respostas de um intermediario ou intermediarios. As unidades que fornecem a informaçâo, podem ser determinadas de acordó com as regras estabelecidas no inquérito para os inquiridos.

Devido aos varios tipos de unidades envolvidas num inquérito, é necessário estabelecer adequadas regras de associaçâo entre as unidades. O objectivo destas regras é o de assegurar urna amostra probabilistic, isto é, garantir que toda a unidade elementar e, mesmo, toda a unidade de análise na populaçâo, tenha urna probabilidade de aparecer no inquérito que seja conhecida e diferente de zero. Sao necessárias regras de associaçâo (a) entre os diferentes niveis de unidades de amostragem; (b) entre as unidades de amostragem fináis e as unidades elementares; (c) entre as unidades elementares e as unidades de recolha e análise; e, finalmente, (d) entre as unidades de recolha (a respeito das quais é recolhida informaçâo) e os inquiridos no inquérito (que fornecem a informaçâo).

Utilizaçào de urna amostra-mäe Em qualquer inquérito com um desenho amostral multietápico, cada urna das etapas do

processo de amostragem envolve tarefas de preparaçâo da estrutura e de selecçâo da amostra, até que, finalmente, seja obtida urna amostra de unidades de amostragem fináis. Por razöes económicas e de conveniencia, podem ser combinadas ou compartilhadas urna ou mais etapas deste trabalho, entre varios inquéritos. A amostra resultante das etapas compartilhadas é denominada amostra-mäe. O seu objectivo é o de fornecer urna amostra comum de unidades até certa etapa, a partir da quai se poderäo obter novas amostras para satisfazer as necessidades dos inquéritos individuáis.

Por exemplo, na sequência da preparaçâo de urna estrutura primaria de amostragem, pode ser seleccionada urna amostra-mäe de unidades primarias para utilizaçào de varios inquéritos ou ciclos de inquérito. Para qualquer inquérito concreto, podem ser tomadas algumas ou todas as unidades primarias de amostragem na amostra-mäe, para continuar o processo de amostragem exigido pelo inquérito. Neste exemplo, o trabalho de construir e estratificar a estrutura primaria e de seleccionar urna amostra inicial de unidades primarias, é comum a todos os inquéritos que utilizem a amostra-mäe. As unidades primarias inicialmente seleccionadas, podem estar sujeitas a urna subamostragem posterior em cada um dos inquéritos individuáis. As subamostras das unidades de amostragem primarias extraídas para diferentes inquéritos, embora derivadas da amostra-mâe, podem ser independentes ou estarem relacionadas; as subamostras podem ser idénticas, parcialmente sobrepostas ou inteiramente distintas.

A selecçâo inicial de urna amostra de unidades primarias de amostragem para utilizaçoes múltiplas é o requisito mínimo envolvido no conceito de amostra-mâe. É evidente, que se torna muitas vezes útil continuar o processo compartilhado de amostragem, durante urna ou mais das etapas inferiores, a fim de obter urna amostra-mäe de unidades da segunda etapa, ou de unidades de área fináis ou, mesmo, de unidades de amostragem fináis. A amostragem para os inquéritos individuáis estará entäo confinada à etapa inferior das unidades obtidas com a amostra-mäe.

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Dcsenho da amostra

Entre os objectivos de utilizaçâo do método da amostra-màe, incluem-se os seguintes: (a) economizar os custos relativamente ao desenvolvimento das estruturas e demais

materiais de amostragem, e ao desenho e selecçào da amostra, devido à sua repartiçâo entre os diferentes inquéritos;

(b) facilitar a coordenaçào entre diferentes inquéritos e ciclos de inquérito, tanto em relaçào ao seu conteúdo, como quanto à sua execuçào;

» (c) facilitar, mas também restringir e controlar quando necessário, a obtençào de amostras múltiplas para varios inquéritos, a partir da mesma estrutura.

O ponto mencionado em último lugar pode ser especialmente importante, quando varias * organizaçôes diferentes estâo envolvidas na realizacäo de inquéritos sobre a mesma populaçào.

Todos estes aspectos constituem boas razöes para a utilizaçâo do método da amostra-màe nos inquéritos à mäo-de-obra. Em primeiro lugar, como será examinado em pormenor mais adiante na Seccäo 5, um inquérito à mäo-de-obra é muitas vezes conduzido na forma de ciclos e subciclos, cada um dos quais envolvendo a inquiricäo de urna amostra espacialmente representativa, durante um intervalo de tempo especificado. Estas amostras nao podem ser todas seleccionadas independentemente, devendo estar relacionadas de urna forma determinada, derivada dos requisitos de conteúdo e operacionais do inquérito. A sua selecçào a partir de urna amostra-màe comum facilita estes relacionamentos.

A segunda razào baseia-se em que, os inquéritos à mäo-de-obra, por implicarem operaçôes continuas de grande dimensäo, estäo muitas vezes ligados de diversas formas a inquéritos sobre outros temas (ver Capítulo 10, Seccäo 3). Em particular, urna vez que o inquérito à mäo-de-obra esteja introduzido, pode ser útil como instrumento de suporte à realizacäo de inquéritos sobre outros temas, aos agregados familiares. Estas possibilidades necessitam de ser exploradas, mas ao mesmo tempo controladas, para garantir que as operaçôes subsidiarias nao afectam, de forma adversa, o trabalho do inquérito principal à mäo-de-obra, por exemplo, através de conflitos na calendarizaçao das operaçôes no terreno ou da excessiva carga sobre os inquiridos, resultante da repetida utilizaçâo da mesma amostra. Urna amostra-mäe é um instrumento de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, de controlo destas relaçôes.

4. Alguns aspectos práticos do desenho da amostra

O desenho de amostras para inquéritos socio-económicos complexos é urna tarefa altamente técnica, acerca da qual existe urna ampia literatura teórica e prática. Nao é necessário, nem possível, abarcar plenamente o tema neste manual. O objectivo dos parágrafos seguintes é, meramente, o de fornecer algumas indicaçôes que podem ser úteis no trabalho prático de desenho de amostras para inquéritos à mäo-de-obra.

Necessidade de ohentaçào prática Normalmente, os inquéritos à mäo-de-obra représentai« um esforço em grande escala, têm

varios objectivos e dependem de métodos de selecçào complexos. É desejável que resultem de métodos e procedimentos que sejam fiáveis e práticos, a fim de assegurar que o efectivo desempenho dos trabarnos no terreno e em "escritorio", nao se afastem demasiado dos requisitos do desenho. Existe urna longa cadeia de operaçôes, do desenho à selecçào em escritorio e à observaçâo no terreno, regressando ao escritorio para codificaçâo, processamento e análise estatística. Para completar este circuito com urna segurança razoável, os procedimentos de amostragem devem ser suficientemente "robustos" (Kish, 1977). É preferível adoptar desenho e procedimentos que, mesmo que nao sejam os mais precisos e refinados em condiçôes óptimas, possam contudo ultrapassar as situaçôes inesperadas e desconhecidas que invariavelmente se encontram no trabalho prático de um inquérito, especialmente os erros humanos. A amostragem, na prática, deverá basear-se na natureza e inter-relacionamento das correspondentes operaçôes no terreno, nao só aquando da implementacäo de um desenho concreto de inquérito, mas também na fase de recolha de dados para o inquérito no seu conjunto. O técnico responsável pela amostra, deve estar a todo o tempo consciente do que pode e nao pode esperar-se do pessoal administrativo

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Inquéritos de populado activa

e do de trabalho no terreno, efectivamente envolvidos na implementacáo da amostra. Embora a teoria da amostragem forneca a base prática da amostragem e, muitas vezes também, os meios de avaliacáo, urna vez seleccionada a amostra, ela nao está, em muitos casos, apta a fomecer solucoes óptimas, únicas ou definitivas. É quase urna verdade banal afirmar que a amostragem é, em parte, urna ciencia e, em parte, urna arte. A arte encontra um lugar na ciencia, algumas vezes para consternacáo do teórico, quando as decisóes tém de ser baseadas no "sentir" da situacáo, em resposta aos constrangimentos que limitam as opcóes. Em última análise, o factor decisivo é, urna vez mais, a natureza e o interrelacionamento no terreno, das operacóes envolvidas (Verma, 1977).

Utilizctfao da amostra probabilística Na Seccáo 3 do Capítulo 10, certas características comuns dos inquéritos á máo-de-obra

foram identificadas com base ñas práticas correntes nos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Foi referido que, devido ao seu carácter frequentemente oficial e ao seu ámbito nacional, os inquéritos á máo-de-obra estáo, provavelmente, a ser sujeitos a exigencias bastante severas quanto a calendarios, precisáo relativamente ao que é mensurável, e consistencia interna e ao longo do tempo. As estimativas do inquérito devem ser consistentes com os dados provenientes de outras fontes. Para além do mais, os próprios inquéritos a máo-de-obra podem tornar-se um meio para a recolha de diversos dados sobre outras variáveis, assim como servirem de base (p.ex. em termos de suporte da amostra) para outros inquéritos relacionados com a populacáo. Estes requisitos apenas podem ser encontrados em amostras probabilísticas de urna dimensáo razoavelmente grande, obtidas de urna boa estrutura que abranja toda a populacáo. A amostragem probabilística requer que, cada unidade na populacáo, tenha urna probabilidade conhecida e diferente de zero de ser seleccionada para a amostra, sendo apenas nessa base que os resultados da amostra podem ser objectiva e científicamente generalizados para toda a populacáo. Com amostragens náo-probabilísticas, as estimativas a partir da amostra e relativas á populacáo em apreco, apenas podem ser efectuadas com base em alguns pressupostos adicionáis e essencialmente arbitrarios. Para alguns inquéritos intensivos e de dimensáo relativamente pequeña, destinados a investigar certas relacóes em profundidade, pode ser considerado aceitável o recurso á amostragem náo-probabilística. No entanto, em inquéritos de grande dimensáo, especialmente aqueles que tém por objectivo a producao de estimativas agregadas da populacáo, nunca há praticamente nenhuma justificacáo para recorrer á amostragem por quotas, á opinativa ou a outras formas de amostragem náo-probabilística.

Contudo, existem situacóes em que podem ser justificados pequeños desvíos a este principio geral nos inquéritos á máo-de-obra, por razoes práticas e de custos. Algumas vezes, devido á falta de urna adequada estrutura de amostragem, ou por outros motivos, pode ser impossível ou proibitivamente dispendioso obter urna amostra estritamente probabilística para urna pequeña parte da populacáo em estudo, pelo que tém de ser tomados procedimentos aproximativos. Estes procedimentos devem limitar-se ao mínimo possível.

Alguns procedimentos de amostragem (tais como a seleccáo de números predeterminados a partir de listas, cujo número total é desconhecido) podem proporcionar amostras em que sao conhecidas as probabilidades relativas de seleccáo das unidades, mas em que se desconhecem os valores absolutos das probabilidades de seleccáo. Podem fornecer estimadores aceitáveis de medias ou de outros racios a partir da amostra (dado que dependem apenas das probabilidades relativas e do número de casos no numerador e no denominador), mas nao estimativas a nivel global, de totais ou agregados populacionais. Os totais apenas podem ser estimados com a ajuda de informacáo externa, se disponível. Por esta razáo, tais procedimentos de seleccáo devem ser evitados tanto quanto possível.

As substituicoes para estas unidades seleccionadas para a amostra, que caiam fora do ámbito ou que nao contenham qualquer elemento de interesse (p.ex. edificios desabitados), nao só distorcem as probabilidades amostráis, mas também podem, mesmo, invalidá-las. Únicamente por esta razáo, a substituicáo é geralmente urna má prática em inquéritos.

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Desenho da amostra

Moderacao na escolha da dimensao da amostra Como é obvio, a dimensao da amostra tem de ser suficientemente grande, para ir ao encontró

dos requisitos substantivos e específicos do inquérito. Porém, em muitos casos, a qualidade dos inquéritos diminui, devido á escolha de dimensóes da amostra inadequadamente grandes. Essa escolha inadequada pode resultar de: (1) insistencia excessiva na precisáo da amostra, negligenciando a necessidade de controlar os erros alheios á amostragem e de assegurar a relevancia e a oportunidade dos resultados; (2) aceitacáo de niveis de precisáo pouco razoáveis e desnecessários, tendo em vista os objectivos das políticas; (3) desejo de produzir demasiadas análises, com muito detalhe; (4) falta de apreciacáo da diferenca entre a importancia substantiva e a importancia estatística dos resultados; (5) incapacidade para compreender que, muitas vezes, os resultados podem ser satisfatoriamente acumulados ao longo do tempo, para criar qualquer maior detalhe que possa ser necessário; (6) falha na aplicacáo de tempo e recursos suficientes, para documentar e analisar a informacáo útil que permita aperfeicoar os procedimentos de desenho e as estimativas; e, ácima de tudo, (7) subestimacáo do custo e esforco requeridos na recolha e processamento de dados.

Apesar destas consideracóes de ordem prática, a amostra deve ser, como é obvio, suficientemente grande, para produzir informacáo com a precisáo suficiente, de modo a que seja útil ás análises que é preciso efectuar. O tamanho mínimo da amostra, depende claramente do tipo de análises e da utilizacáo que se pretenda dar aos dados. Os principáis determinantes neste contexto sao (1) o número de dominios de informacáo (tais como regióes geográficas ou outros subgrupos populacionais) para os quais tém de ser produzidos processamentos distintos; (2) o grau de detalhe essencial (p.ex. classificacáo de actividades ou de profissoes), necessário para a populacáo com emprego; (3) o tipo e frequéncia das estimativas requeridas (p.ex. niveis anuais em oposicáo a alteracóes mes a mes); e, é claro, (4) o grau de precisáo amostral solicitado.

O tamanho total necessário para a amostra, aumentará com o número de dominios de informacáo. Porém, por varias razoes, este aumento é normalmente menos que proporcional. Os dominios individuáis sao muitas vezes mais homogéneos do que a populacáo nacional no seu todo, de forma que, para urna mesma precisáo amostral, pode ser mais pequeña a dimensao da amostra para um dominio, do que aquela que é requerida para toda a populacáo. Em segundo lugar, quando os subgrupos a observar na populacáo estáo uniformemente dispersos ñas áreas da amostra, o mesmo desenho amostral pode ser, em sentido relativo, mais eficiente para a obtencáo de estimativas para tais subgrupos, do que para a populacáo no seu conjunto. (Para subgrupos dispersos, os denominados "efeitos de desenho" sao menores, do que os da amostra total (ver Capítulo 14).) Em terceiro lugar, as exigencias quanto á precisáo amostral sao muitas vezes, na prática, menos severos para os dominios individuáis, do que para um país inteiro, reflectindo a maior importancia substantiva que tém , em geral, as estimativas a nivel nacional.

No que respeita ao tipo e frequéncia das estimativas, deve referir-se que, na prática, qualquer inquérito é solicitado a produzir urna gama de estimativas de diferentes tipos, pelo que nenhuma estimativa isolada pode ser tomada como única determinante da dimensao da amostra. Contudo, há que esperar que os diferentes tipos de estimativas difiram quanto á sua importancia relativa e, por essa razáo, ñas suas exigencias de precisáo, tudo dependendo dos objectivos específicos do inquérito, pelo que é frequentemente possível identificar um subconjunto de estimativas que podem ser consideradas criticas, para a determinacáo da dimensao mínima requerida para a amostra. Por exemplo, a dimensao da amostra pode ser substancialmente mais pequeña, quando o principal interesse é a identificacao das categorías principáis da populacáo com emprego (digamos, as principáis divisóes da classificacáo por actividades, por profissoes ou. por situacáo na profissáo), do que numa situacáo em que o interesse é observar as alteracóes numa pequeña categoría, tal como a dos desempregados. A medicáo das alteracóes (especialmente pequeñas tendencias) requer normalmente amostras maiores, do que a medicáo, com o mesmo grau de precisáo, dos niveis actuáis. Da mesma maneira, os inquéritos por amostragem podem estimar taxas e rácios com maior precisáo, do que o fazem para os totais da populacáo ou para os valores absolutos.

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Inquéritos de populacáo activa

Deduz-se das anteriores consideracóes que nao tem significado tentar especificar, em geral, os requisitos da dimensáo da amostra para inquéritos á máo-de-obra. Para indicar, de forma aproximada, a ordem de grandeza que pode estar envolvida, dáo-se os seguintes exemplos simplificados. Supunhamos que o requisito crítico num inquérito é a estimativa de um índice (p. ex. taxa de desemprego), o qual constituí aproximadamente 10 por cento de um dominio particular de informacáo (ou subgrupo populacional) em estudo, e que esta quantidade tem de ser estimada com uma margem de erro de +1 por cento, com um nivel alto de confianca. Dependendo da eficiencia do desenho, este caso pode requerer uma dimensáo de amostra da ordem dos 5.000 individuos; ou, se existem, em media, 2 individuos seleccionáveis em cada agregado familiar, uma amostra de 2.000-3.000 agregados. Para estimar alteracóes ou diferencas com este nivel de precisáo, a dimensáo necessária para a amostra tem de ser duas vezes maior.

Na prática, o processo para determinar a dimensáo da amostra pode encontrar-se da forma que a seguir se indica. Dados os principáis dominios para os quais se requer informacáo em separado, e dado o tipo de estimativas necessárias, a dimensáo mínima da amostra pode ser determinada de acordó com os mais críticos requisitos de precisáo. No entanto, é importante que a dimensáo da amostra assim calculada, nao exceda o máximo que, segundo certas restricdes práticas, é considerado exequível. Se a escolha inicial excede este máximo, entáo é melhor reconsiderar, e ajustar os objectivos e requisitos de informacáo do inquérito, de preferencia a tentar impor uma dimensáo da amostra irrealisticamente grande. Num tipo de inquérito continuo, a escolha inicial pode ser melhorada subsequentemente, em funcáo da determinacáo dos erros amostráis e náo-amostrais, dos requisitos de política e análise revistos e, possivelmente, também das alteracóes das limitacoes práticas.

Estratificando Estratificar significa dividir as unidades a ser seleccionadas em grupos relativamente

homogéneos, realizando uma amostragem independente em cada grupo. Podem mencionar-se algumas conclusóes de carácter geral relativas a estratificacáo. (1) Normalmente, a estratificacáo pode reduzir as discrepancias amostráis com um custo adicional pequeño. (2) Os ganhos com a estratificacáo para as amostras aleatorias simples sao, muitas vezes, bastante modestos, mas podem ser muito mais substanciáis em amostras multi-etápicas por agrupamentos, do tipo quase sempre utilizado em inquéritos de grande dimensáo aos agregados familiares. Portanto, é normalmente útil ter um certo cuidado para obter uma boa estratificacáo, particularmente para a seleccáo de unidades ñas etapas superiores. (3) E mais eficaz a utilizacáo de uma multiplicidade de variáveis de estratificacáo, cada uma délas com um número limitado de categorías, do que usar muitas categorías pormenorizadas com uma única variável. Isto é devido ao facto de o ganho marginal decrescer, á medida que o número de estratos formados aumenta, quando se utiliza uma única variável. (4) Os estratos devem abranger ou estar contidos dentro dos dominios geográficos (isto é, nao cruzarem os seus limites) para os quais as estimativas do inquérito sao necessárias. (5) Em muitas situacóes, a estratificacáo geográfica simples, de par com a estratificacáo por tipo de localidade, proporciona um meio mais eficaz de melhorar a eficiencia e a distribuicáo da amostra. Tal tipo de estratificacáo é simples e requer pouca informacáo auxiliar. Tende também a ser útil para muitos fins e relativamente estável ao longo do tempo. (6) A amostragem sistemática a partir de listas ordenadas é um meio barato e eficiente de obter os mesmos efeitos da estratificacáo. (7) A miúdo, vale a pena levar a estratificacáo até ao último detalhe possível, mesmo até ao ponto em que apenas existe uma unidade por estrato para seleccionar, ou entáo, utilizar procedimentos especiáis de "seleccáo controlada". Embora a avaliacáo dos erros de amostragem necessite normalmente que, pelo menos, sejam seleccionadas duas unidades de cada estrato, é muitas vezes preferível ter uma amostra que seja mais precisa em si mesma, do que uma amostra menos definida, mas cuja precisáo se possa estimar melhor. (8) Uma das principáis utilizacoes da estratificacáo consiste em proporcionar flexibilidade na escolha do desenho da amostra e dos respectivos procedimentos. Nao existe nenhuma razáo para que o desenho e os procedimentos sejam uniformes em todos os estratos.

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Dcsenho da amostra

Normalmente, exige-se que os inquéritos á máo-de-obra abranjam toda a populacáo em geral, de preferencia a que se centrem em áreas particulares ou grupos de pessoas com características específicas. No entanto, na seleccáo de áreas da amostra, as variáveis mais adequadas (e as mais simples) para a estratificacáo sao, invariavelmente: (a) o tipo de localidade, como por exemplo urbana, rural ou, com vantagens, urna classificacáo mais detalhada, distribuindo as localidades por grupos de dimensao diferentes, por exemplo: áreas metropolitanas, outras cidades grandes, cidades pequeñas e medias, e grandes, medias e pequeñas vilas; (b) as regióes administrativas e/ou estatísticas do país, de preferencia com um detalhe considerável aos diferentes níveis da classificacáo hierárquica; e (c) dentro de cada estrato, urna ordenacáo geográfica de áreas, para seleccáo sistemática da amostra. A informacáo sobre actividade económica, se disponível, pode ser utilizada para melhorar a eficiencia do sistema de amostragem. Por exemplo, com base num recenseamento económico (ou informacáo sobre a actividade económica dos agregados familiares, se tiver sido obtida num recenseamento populacional recente), pode ser possível estratificar áreas, de acordó com o sector ou tipo de actividade que proporciona maior emprego na área.

Dentro das áreas de amostragem, os agregados familiares podem ser estratificados para a seleccáo da amostra, em funcáo do tipo de informacáo recolhido na fase de arrolamento dos agregados (ou unidades de habitacáo). A dimensao do agregado familiar é urna variável útil e habitualmente utilizada. Em particular, ñas áreas urbanas, pode ser requerido a quem realiza esse arrolamento, que forneca alguma indicacáo aproximada e subjectiva do estatuto socio-económico da unidade (por exemplo, a classificacáo das unidades como altas, medias ou baixas, em funcáo da observacáo das condicóes de habitacáo), o qual pode ser utilizado para estratificar as listas. Se necessário, a informacáo pode também ser recomida durante a operacáo de listagem dos agregados, para identificar e sobrerepresentar aqueles que apresentam características particulares (tal como os das mulheres que sao chefes de familia), os quais podem ser de especial interesse no inquérito.

Amostras auto-ponderadas Tal como em outros inquéritos sobre a populacáo, existem fortes razoes para preferir

amostras auto-ponderadas nos inquéritos á máo-de-obra. Urna amostra "auto-ponderada" significa que cada unidade elementar na populacáo tem a mesma probabilidade, diferente de zero, de pertencer á amostra. Isto implica que, com regras unificadas de associacáo entre as unidades elementares (p.ex. pessoas) e as unidades de amostragem fináis (p.ex. agregados familiares, unidades de residencia, ou grupos destas), estas últimas sao seleccionadas com a mesma probabilidade constante. As unidades de amostragem de etapas superiores podem, como é obvio, ser seleccionadas com probabilidades diferentes, mas de forma a que essas diferencas ñas probabilidades de seleccáo, ñas varias etapas, se anulem. Com amostras auto-ponderadas, podem ser preparadas estimativas da amostra a partir de dados nao ponderados, sendo os resultados entáo multiplicados por um factor constante, se necessário.

Algumas vezes é preciso utilizar taxas de sondagem distintas para diferentes dominios de amostragem e/ou de informacáo mas, mesmo neste caso, a amostra pode ser auto-ponderada dentro de cada dominio. Entende-se por dominio de amostragem, as partes da populacáo que requerem desenhos da amostra e procedimentos diferentes. Na medida em que estes dominios difiram significativamente em termos de custos unitarios de inquérito ou de variáncias, a sua distribuicáo "óptima" pode requerer que as amostras deles obtidas tenham diferentes taxas. Por exemplo, as áreas remotas ou escassamente povoadas podem ter custos de inquérito unitarios significativamente superiores á media e, por conseguinte, nelas pode ser escomida urna amostra com urna taxa abaixo da media; de forma semelhante, em dominios como as grandes cidades, onde se encontra urna grande diversidade de condicóes de emprego e de actividade económica, podem ser escomidas amostras com taxas mais elevadas. Entende-se por dominios de informando, as partes da populacáo para as quais sao precisas estimativas separadas para o inquérito, normalmente com urna precisáo especificada, em cada caso. Estes requisitos podem ditar diferentes taxas de sondagem, para diferentes dominios de informacáo (normalmente

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Inquéritos de populacáo activa

envolvendo amostras sobrerepresentadas dos pequeños dominios). Podem distinguir-se tres ampias modalidades de dominios de informacáo: dominios geográficos, tais como áreas urbanas e rurais ou regióes do país (normalmente, os dominios de amostragem coincidindo com, ou fazendo parte, deste tipo de dominio de informacáo); dominios "transversais", tais como subgrupos específicos da populacáo que se encontram bem dispersos em varias áreas geográficas; e dominios "mistos", que sao subgrupos da populacáo relativamente concentrados, nao estando porém completamente isolados. Os dominios geográficos, e em menor grau os mistos, prestam-se melhor para urna amostragem nao proporcional; pode ser muito mais difícil fazé-lo para dominios transversais, isto é, para subgrupos da populacáo bastante dispersos em varias áreas geográficas.

Existem varias razóes que favorecem os desenhos auto-ponderados (integralmente ou, pelo menos, em cada dominio de amostragem ou de informacáo). (1) As ponderacóes aumentam a complexidade das operacóes do inquérito: tém de ser calculadas e retidas durante um certo periodo, para as usar na programacáo e processamento posteriores; a sua existencia deve ser comunicada aos utilizadores do suporte magnético de dados; e, tanto a dimensáo da amostra ponderada, como a da nao ponderada, devem ser mostradas nos quadros de resultados publicados, se diferirem de forma apreciável. (2) As ponderacóes acidentais, que nao estáo relacionadas com as variáncias da populacáo, aumentam a variáncia dos resultados. Quanto maior for a variedade dos ponderadores, maior é o aumento ñas variáncias. Este aumento da variáncia e da complexidade deve ser compensado em cada etapa da análise. Assim, na medida em que a análise se torna mais prolongada e complexa, maiores seráo as perdas relativas devidas ao abandono do desenho autoponderado. (3) A ponderacáo pode reduzir a flexibilidade e facilidade com que a mesma amostra pode ser utilizada para diversas finalidades e diferentes inquéritos. Para ir ao encontró dos requisitos de diferentes temas e inquéritos, o compromisso de partilha por usos múltiplos pode muitas vezes vir a aproximar-se da autoponderacáo. (4) A repetida extraccáo de amostras da mesma lista é bastante simples com a autoponderacáo, mas as probabilidades de seleccáo tornam-se muito mais complexas, se as seleccóes previas a partir da estrutura nao foram feitas com probabilidades iguais. (5) As amostras auto-ponderadas sao mais fácilmente compreendidas e aceites pelo utilizador náo-estatístico e pelo público em geral. (6) Deve referir-se que, os desvíos moderados á auto-ponderacáo tém poucos efeitos ñas variáncias. Isto significa que a sobrerepresentacáo da amostra para obter urna partilha ou ponderacáo óptimas, a fim de compensar as náo-respostas ou, na fase de inferencia, para melhorar a precisáo, etc., apenas faz sentido quando estáo envolvidos desvios relativamente grandes em relacáo á auto-ponderacáo.

As consideracóes anteriores favorecendo os desenhos autoponderados (integralmente ou dentro de cada dominio) aplicam-se em particular aos inquéritos de base ampia relativos á populacáo em geral, tais como os inquéritos aos agregados familiares sobre máo-de-obra. Em inquéritos económicos aos estabelecimentos, pelo contrario, é muitas vezes mais eficiente seleccionar os estabelecimentos maiores com probabilidades mais elevadas.

Etapas da amostragem e selecgáo da amostra Deve ser evitada a introducáo de etapas desnecessárias no desenho da amostra . As etapas

adicionáis apenas devem ser acrescentadas, quando existam claras vantagens de reducáo de custos, de menores variáncias ou por conveniencia operacional.

Nos desenhos multietápicos, as unidades de área sao muitas vezes seleccionadas com probabilidades proporcionáis á dimensáo. Na última etapa, as unidades fináis podem seleccionar­se com probabilidades inversamente proporcionáis á dimensáo. Tal sistema tem a dupla vantagem de (a) oferecer urna amostra autoponderada de unidades fináis, e (b) permitir urna carga de trabalho quase constante dentro das áreas. A carga de trabalho variará segundo o grau de aproximacáo das medidas de dimensáo, utilizadas na seleccáo da amostra. Por vezes, para manter a carga de trabalho absolutamente constante, o número de unidades de amostragem fináis a ser seleccionadas é fixado, em vez de utilizar as taxas de sondagem a ser aplicadas para obter urna amostra totalmente autoponderada. Tal procedimento pode acarretar urna serie de complexidades e problemas, pelo que a sua utilizacáo quase nunca se justifica nos inquéritos á máo-de-obra.

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Desenho da amostra

Nos inquéritos á máo-de-obra, as medidas de dimensáo adequadas sao, normalmente, as estimativas actualizadas da dimensáo da populacáo. O número de agregados familiares, ou a populacáo ácima de uma determinada idade, pode também ser utilizada se estiver disponível.

Também se pode referir que, na prática, é desejável centralizar, tanto quanto possível, o processo de seleccáo da amostra. A amostragem efectuada pelo pessoal no terreno, "conforme vio avancando", pode muitas vezes originar serios enviesamentos.

5. A amostragem ao longo do tempo

Foi realcada na Seccáo 2 a importancia de assegurar a representatividade da amostra do inquérito á máo-de-obra, nao só na sua vertente espacial, mas também temporalmente. A presente seccáo analisa o desenho amostral á luz deste requisito. Será útil distinguir entre os dois tipos básicos de inquérito á máo-de-obra (ver Capítulo 10, Seccáo 3): (a) inquéritos únicos ou ocasionáis, que visam a obtencáo de informacáo com importancia a longo prazo, relativamente as condicóes e padróes medios prevalecentes durante um período de tempo; e (b) inquéritos continuos, focando principalmente a obtencáo de estimativas conjunturais de níveis e tendencias.

No primeiro caso, o argumento básico consiste em que, se os dados recomidos para periodos específicos durante o inquérito, se destinam a ser aplicados, mais geralmente, a um longo periodo de observacáo, entáo os períodos específicos devem, de certa maneira, ser representativos do período mais extenso. Pela mesma razao, o período do inquérito deve ser suficientemente extenso para captar as flutuacoes sazonáis e outras variacóes temporais; é preferível ampliar o período do inquérito, do que realizar um grande inquérito confinado a um único segmento de tempo arbitrariamente escolhido. Para além do mais, para estimar e nivelar adequadamente as flutuacoes sazonáis e outras variacóes, o periodo do inquérito deve ser dividido em segmentos de tempo mais pequeños (subciclos) e, durante cada um deles, ser inquirida uma amostra espacialmente representativa.

Num inquérito continuo, o objectivo é o de produzir estimativas conjunturais (assim como estimativas das alteracoes) com uma determinada frequéncia, como por exemplo, uma vez por mes, por trimestre ou por ano. Por conseguinte, o inquérito organizar-se-á geralmente sob a forma de uma serie continuada de ciclos, estando cada ciclo destinado a produzir estimativas separadas, abrangendo um periodo definido pela frequéncia da divulgacáo. Da mesma maneira que anteriormente, um ciclo de inquérito pode ser dividido em subciclos. De certa forma, um inquérito único ou ocasional é como um ciclo isolado de um inquérito continuo. Outra questáo importante a ser considerada num inquérito continuo, é a do grau com que as amostras correspondentes aos diferentes ciclos devem ser independentes e até que ponto devem estar correlacionadas ou sobrepostas. Isto é determinado pelo "modelo de rotacáo" adoptado para o inquérito.

Amostragem para inquéritos únicos ou ocasionáis

Calendarizacao e duragao gerais do inquérito Como é obvio, a calendarizacao do inquérito no seu conjunto deve ser determinada de

acordó com os seus objectivos. Por exemplo, se o inquérito está destinado a proporcionar dados para a preparacáo de um plano de desenvolvimento nacional, ele terá de estar concluido (incluindo as fases de processamento de dados e de publicacáo) antes que essa preparacáo comece; mas nao muito antes, para assegurar que os dados resultantes sao táo actualizados quanto possível, para a finalidade visada. Mais geralmente, tais inquéritos sao levados a cabo para fornecer informacáo sobre características estruturais e outras questóes essenciais com interesse a longo prazo; os seus resultados pretendem ter aplicacáo as condicóes medias durante um período de tempo relativamente longo, cujos limites apenas podem ser definidos de uma forma vaga. Por conseguinte, a calendarizacao do inquérito deve ser determinada para que sejam evitadas situacóes atípicas.

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Inquérítos de populado activa

Para além disso, o período do inquérito deve ser distribuido ao longo do tempo, para ter efectivamente em conta, e "alisar", as variacoes sazonáis, cíclicas e aleatorias de interesse passageiro. Por estes motivos, o periodo de inquérito estende-se normalmente ao longo de um ano inteiro ou, pelo menos, abrange as principáis estacóes do ano. Nao existem quaisquer casos conhecidos de um período de inquérito que se estenda por mais do que um ano. Contudo, pode na realidade ser argumentado que, para representar as condicoes medias de todo o periodo de tempo, para o qual os resultados do inquérito tém de ser válidos e utilizáveis, o periodo de inquérito deve ser, em si mesmo, o mais ampio possível, abrangendo cada segmento de tempo com urna subamostra espacialmente representativa. Tal modelo foi denominado de "amostra rotativa", e a ideia básica consiste em acumular dados recomidos durante um período extenso, a fim de captar as condicoes medias durante esse período. Para que esta acumulacáo seja eficiente, as subamostras nao devem sobrepor-se.

Divisao do período do inquérito em subciclos Em muitos casos é útil dividir o período total do inquérito em segmentos de tempo que

podem ser denominados de "subciclos". A ideia foi introduzida no Capítulo 10, Seccáo 3. Dentro de cada subciclo, é inquirida urna amostra espacialmente representativa, com base na qual podem ser produzidas estimativas separadas para o subciclo. Cada subciclo pode cobrir um segmento de tempo da mesma duracáo, tal como um mes ou um trimestre; ou, alternativamente, podem ser definidos subciclos que coincidam com as estacoes com principal interesse, tais como as estacoes agrícolas e os periodos de baixa actividade. Os dados de varios subciclos podem ser agregados para produzir resultados medios para a totalidade do periodo do inquérito; os resultados dos diferentes subciclos podem ser comparados para estimar variacoes sazonáis e outras tendencias. Será proveitoso ilustrar aquí este assunto, com algumas práticas nacionais.

O principal objectivo do Trigésimo segundo ciclo (1977-78) do Inquérito Nacional por Amostragem da índia foi o emprego, o desemprego e as despesas de consumo. O período de inquérito de um ano foi dividido em subciclos trimestrais. As unidades primarias de amostragem (vilas e quarteiroes de predios) foram distribuidas uniformemente pelos quatro subciclos. O trabalho no terreno, para cada subciclo, foi assim organizado para que, em cada mes do trimestre, fosse observado um número aproximadamente igual de unidades primarias de amostragem. O trabalho de campo foi levado a cabo continuamente ao longo do ano.

O inquérito á máo-de-obra no Sri Lanka realizou-se ao longo de um ano, de Maio 1980 a Abril 1981. Envolveu urna amostra de cerca de 1.000 quarteiroes do recenseamento (unidades primarias de amostragem), de cada um dos quais foram seleccionadas dez unidades de habitacáo para serem inquiridas durante o ano. O inquérito foi levado a cabo em quatro subciclos repartidos ao longo do ano. Contrariamente ao inquérito da índia, em cada subciclo foram inquiridas unidades de habitacáo em todas as quase 1.000 unidades primarias de amostragem. Dentro de cada área da amostra, cada subciclo abrangeu um conjunto diferente de unidades de habitacáo: duas habitacoes por quarteiráo no primeiro e terceiro subciclos e tres no segundo e quarto subciclos, dando um total de dez por unidade primaria de amostragem ao longo do ano.

De forma semelhante, no Paquistáo, um inquérito á máo-de-obra realizado durante um ano, de Setembro de 1978 a Agosto de 1979, foi repartido em quatro subciclos. As amostras foram seleccionadas sob a forma de quatro subamostras "interpenetrantes" de igual dimensáo, sendo inquirida urna subamostra em cada trimestre.

Existem varias vantagens na divisao do período de inquérito em subciclos. Dado que cada componente inquire urna amostra (espacialmente) representativa, a totalidade do inquérito é igualmente representativa, quer na sua dimensáo espacial, quer temporal, ao longo do ano do inquérito. Urna segunda vantagem importante é que, a comparacáo entre subciclos fornece informacáo adicional sobre alteracóes sazonáis e tendencias ao longo do ano, á parte as estimativas separadas, pelo menos para as principáis variáveis de cada subciclo. Em terceiro lugar, existem também vantagens operacionais. Por exemplo, o ritmo dos trabalhos no terreno pode ser mais uniforme e melhor controlado e ajustado; e o processamento de dados e a publicacáo de resultados podem ser organizados sequencialmente para os subciclos, cada um de

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Descnho da amostra

sua vez. A principal desvantagem do sistema é o alto custo envolvido na inquiricáo de amostras representativas e dispersas em cada subciclo. O custo adicional será menor, se cada subciclo inquirir apenas um subconjunto de unidades primarias ou de outras unidades de etapas superiores, como no caso do inquérito da índia referido anteriormente. O custo adicional será mais elevado, se a amostra completa das unidades primarias de amostragem (e de outras unidades de etapas superiores) ti ver de ser abrangida em cada subciclo, como no caso do inquérito do Sri Lanka. O custo unitario de producto de estimativas gerais (digamos, anuais) será bastante aumentado, se se inquirir repetidamente o mesmo conjunto de unidades fináis, por exemplo, urna vez em cada subciclo. Alguns inquéritos á máo-de-obra, por exemplo, ñas Filipinas e na República da Coreia, seguiram este modelo (ver a seguir).

Sobreposicao da amostra entre subciclos Dentro de um determinado inquérito, as amostras dos subciclos podem estar relacionadas de

varias formas: 1. Urna opcáo consiste em dispor de urna amostra independente para cada subciclo. Na

prática, isto significa normalmente que existe um desenho comum a todos os subciclos, mas assegurando que as amostras para os varios subciclos sao inteiramente distintas e nao sobrepostas, em todas as etapas. Cada subciclo inquire um conjunto distinto de unidades primarias de amostragem e, assim, as unidades sao distintas em todas as restantes etapas, incluindo as unidades de amostragem fináis, tais como os agregados familiares ou as unidades de habitacáo.

2. Cada subciclo pode inquirir um conjunto diferente de unidades de amostragem fináis, mas algumas, ou todas, as unidades primarias de amostragem, ou outras de etapas superiores, podem ser comuns a varios subciclos. Tais amostras aínda que nao sejam sobrepostas em termos de unidades fináis, nao sao independentes.

3. Como variante da anterior, pode ser retido um subconjunto de unidades fináis de amostragem de um ciclo para o seguinte, substituindo as restantes por novas unidades. Isto é um desenho rotativo, que proporciona correlacóes mais elevadas do que o caso anterior, entre amostras de diferentes subciclos, dependendo da extensáo e configuracáo da rotacáo/sobreposicáo.

4. Finalmente, é possível inquirir a mesma amostra de unidades de amostragem fináis em subciclos consecutivos.

A escolha do modelo dependerá dos objectivos do inquérito e de consideracóes sobre a eficiencia amostral e os custos. Podem ser obtidos do inquérito quatro tipos de estimativas:

- estimativas separadas sobre niveis, para cada ciclo individual, tais como estimativas mensais ou trimestrais;

- estimativas gerais do inquérito, agregadas ao longo de varios subciclos; - estimativas das diferencas ou alteracoes líquidas entre subciclos, por exemplo, alteracoes

mes a mes, trimestrais ou sazonáis; - estimativas das diferencas ou alteracóes brutas ao nivel de pessoas individuáis ou de

agregados familiares. A parte os ganhos de precisáo resultantes da estimativa composta ou de outras técnicas

especiáis (ver seccáo 6), a precisáo de estimativas de niveis nos subciclos individuáis, nao é afectada por sobreposicóes de amostra entre subciclos. A situacáo é diferente para outros tipos de estimativas. Estimativas para todo o periodo do inquérito (agregadas a partir dos subciclos) sao mais eficientemente produzidas, se as amostras que constituem os subciclos forem independentes ou náo-sobrepostas. Isto é devido a que, a covariancia positiva entre amostras correlacionadas ou sobrepostas, aumenta a variáncia dos resultados combinados. Por conseguinte, o modelo (1) é o mais adequado para produzir estimativas gerais agregadas ao longo de varios subciclos. Com os sistemas (2) e (3), isto é, com amostras sobrepostas parcialmente, a covariancia positiva resultante da utilizacáo de amostras relacionadas, aumenta a precisáo com a qual é possível medir os padróes sazonáis e as suas alteracoes. Este ganho é maximizado com o modelo (4),

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Inquéritos de populacáo activa

quando a mesma amostra é inquirida repetidamente em cada subciclo. A perda está na precisáo com que os resultados podem ser agregados ao longo dos subciclos, para um dado número total de entrevistas durante o inquérito. Com o modelo (4), e em menor grau com o (3), o esforco exigido aos inquiridos é também aumentado devido as repetidas inquiricóes.

É importante assinalar que, para medir as alteracóes sazonáis e de outro tipo a nivel agregado (i.e. para comparar estimativas agregadas para diferentes subciclos), nao é essencial ter amostras sobrepostas ou correlacionadas. As amostras inteiramente independentes extraídas da mesma populacáo forneceráo também estimativas de alteracóes, embora geralmente com menos precisáo. Contudo, para medir as alteracóes brutas a nivel individual, tais como o perfil sazonal de actividade económica de individuos concretos, é necessário seguir os mesmos individuos em diferentes subciclos. De forma semelhante, se certas variáveis tém de ser estimadas a nivel individual, por um espaco de tempo que abranja todo o período do inquérito (tais como a condicáo habitual perante a actividade económica ou o rendimento ao longo do ano, tendo por base a conjugacáo dos dados obtidos nos quatro subciclos trimestrais), entáo é necessário, ou (a) utilizar um período de referencia do inquérito mais longo, estendendo-se por todo o período que interessa (um ano), ou (b) inquirir repetidamente os mesmos individuos, se for utilizado um período de referencia mais curto. A primeira opcáo tem a vantagem de ser económica, mas tem o inconveniente de urna qualidade mais pobre da informacáo obtida, devido á possibilidade de maiores problemas de recordacáo, dados os períodos de referencia mais longos.

A escolha do modelo de rotacáo dependerá dos objectivos particulares e da importancia relativa dos diferentes tipos de estimativas. Em muitas situacóes, o requisito crítico consiste em ter urna amostra suficientemente grande para que o detalhe geográfico necessário possa ser obtido para resultados agregados ao longo de varios subciclos. Em tal situacáo, a melhor escolha é, claramente, o modelo (1), isto é, amostras completamente independentes ou nao-sobrepostas entre subciclos (como no exemplo anterior relativamente a India). O modelo (2) pode ser visto como urna tentativa para distribuir, de urna forma mais ampia, a amostra de unidades de amostragem fináis, a mais unidades de etapas superiores ou a todas elas, a fim de se obterem estimativas mais precisas para subciclos individuáis (como no exemplo dado anteriormente para o Sri Lanka). O modelo (3) é mais claramente urna solucáo de compromisso, para ir ao encontró de diferentes objectivos. O custo devido a reducáo da dimensáo total efectiva da amostra com o modelo (4) pode ser muito importante e o modelo deve ser utilizado apenas, quando a medicáo das alteracóes brutas a nivel individual é, nítidamente, o principal objectivo. Sao exemplos deste modelo, referido em ultimo lugar, o inquérito á máo-de-obra das Filipinas de 1976/77 e os inquéritos sobre populacáo activa na República da Coreia de 1977 e dos anos subsequentes. No primeiro destes inquéritos, pelo menos, foram assinalados problemas no acompanhamento da mesma amostra, devido a alteracóes e movimentos das unidades (Rao, 1985, p. 120).

Período de inquérito e periodo de referencia

O período de inquérito refere-se ao tempo durante o qual a informacáo é recolhida; o período de referencia é o período de tempo a que se refere a informacáo. Deve ser entendido que, o que se disse anteriormente em relacáo á "representatividade no tempo", se aplica, no sentido restrito, aos períodos de referencia abrangidos, e nao aos períodos de inquérito correspondentes. Por esta razáo, é importante compreender, claramente, a forma pela qual o periodo de referencia é abrangido pelo inquérito.

Considere-se um inquérito, no qual o trabalho no terreno é levado a cabo de urna forma continua e uniformemente distribuida ao longo do ano, com um período de referencia móvel de comprimento "x"(fraccáo de ano). Como é evidente, a informacáo obtida das unidades inquiridas logo no inicio do inquérito, referir-se-á ao intervalo x ¿mediatamente anterior ao período do inquérito. Consequentemente, o período total ao qual os dados do inquérito se referem é x mais o período de inquérito de um ano. O número de unidades para as quais a informacáo é obtida nao é uniforme ao longo dos (x+1) anos. Sobe de zero até um máximo durante o primeiro período x,

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Desenho da amostra

mantém-se no máximo para o (1-x) seguinte e, finalmente, cai para zero durante o último periodo x do ano. Isto nao causará muita diferenca se x for um pequeño período de referencia como, por exemplo, urna semana. Contudo, a situacáo é bastante diferente quando x é um período de referencia grande, como por exemplo um ano. Aqui, a informacáo refere-se a dois anos: o ano antes do inquérito e o ano do inquérito. O número de unidades fornecedoras de informacáo retrospectiva, referentes a qualquer momento durante estes dois anos, tem urna distribuicáo triangular, com um máximo no inicio do ano do inquérito. Por conseguinte, o inquérito nao proporciona estimativas para um único ano específico; para tal, necessitaria de urna ponderacáo nao eficiente da informacáo, do tipo inversamente proporcional ao número de unidades abrangidas em cada momento ao longo do ano, e da exclusáo da informacáo relativa ao tempo que fica fora do ano. Por outro lado, os resultados nao ponderados podem ser utilizados directamente, para estudar as variacóes mensais ou sazonáis, se nao for importante saber especificamente de qual dos dois anos provém os dados.

As dificuldades anteriores nao surgem quando se utiliza um periodo fixo de referencia, isto é, um período de referencia definido pelo mesmo calendario de datas fixado para todos os inquiridos. O problema de um periodo de referencia fixo, reside no prolongamento do periodo de recordacáo para alguns inquiridos, conforme se referiu no Capítulo 10, Seccáo 3.

Amostragem com réplicas ou interpenetrante Urna opcáo de desenho de amostra que provou ser útil para muitas finalidades é a da

utilizacáo da amostragem com réplicas ou interpenetrante. Quando duas ou mais amostras sao extraídas da mesma populacáo, pelo mesmo processo de seleccáo, sao denominadas amostras interpenetrantes. Essas amostras podem, ou nao, ser extraídas independentemente e podem existir diferentes níveis de interpenetracáo correspondentes a diferentes etapas num modelo de amostragem multietápico (Kendall e Buckland, 1980, p. 98). Por exemplo, se os conjuntos de unidades primarias de amostragem sao extraídos do mesmo estrato, as amostras que daí resultam sao interpenetrantes na primeira etapa; de forma semelhante, quando se extraem conjuntos de unidades da segunda etapa da mesma unidade primaria de amostragem, existe também interpenetracáo na segunda etapa. Os desenhos interpenetrantes sao úteis de diferentes formas, por exemplo, para a estimativa da variáncia, a avaliacáo e controle dos erros alheios á amostragem, a administracáo e comparacáo de procedimentos alternativos, etc.. Para urna boa análise destas aplicacóes, ver Lahiri (1957). As amostras para diferentes subciclos num inquérito, podem desenhar-se de forma a serem interpenetrantes, como se referiu no exemplo do Paquistáo dado anteriormente.

Geralmente, os termos "com réplicas" e "com interpenetracáo" sao utilizados indistintamente. No entanto, de urna forma mais precisa, o primeiro é um caso particular do segundo; as réplicas tém o requisito adicional de que as amostras sejam inquiridas simultáneamente, no decurso do mesmo inquérito por amostragem e em condicoes similares (Kendall e Buckland, 1980, pp.61 1 167). As amostras totais podem ser divididas em subamostras com réplicas, cada urna délas com representatividade espacial, e todas inquiridas concorrentemente durante o mesmo período. Os resultados das varias réplicas podem ser comparados e testados a fim de obter indicacoes sobre a fiabilidade dos dados e, com um desenho apropriado, para estimar as componentes amostral e náo-amostral do erro.

Consideracoes adicionáis sobre a amostragem para inquéritos continuos Os inquéritos continuos sao desenliados para produzir estimativas para urna sequéncia de

intervalos de tempo. O conceito de "ciclo" é, por conseguinte, central, para o desenho deste tipo de inquéritos. Dependendo do tipo de estimativas necessárias e da sua importancia relativa, a amostra pode sofrer urna "rotacáo" de ciclo para ciclo. Existem varios modelos de rotacáo, que seráo descritos com maior detalhe a seguir.

Naturalmente, cada ciclo pode ser dividido em subciclos, conforme se examinou na subseccáo precedente. Varias consideracoes ai referidas, em relacáo ás sobreposicóes da amostra entre subciclos, assim como amostragem com réplicas ou interpenetrante, etc., também se

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Inquéritos de populado activa

aplicam no caso de ciclos de inquéritos continuos. Um ponto digno de assinalar é que, no presente caso, é muitas vezes mais claro o objectivo da divisao em subciclos, para aumentar o controle operacional e assegurar urna distribuicáo uniforme da amostra ao longo do tempo, do que a producáo de estimativas independentes para cada subciclo. Na prática, por conseguinte, os resultados dos subciclos sao geralmente agregados, para produzir estimativas para todo o ciclo. Como se referiu anteriormente, isto é conseguido mais eficientemente com amostras nao sobrepostas para os subciclos, isto é, inquirindo um conjunto distinto de unidades da amostra em cada subciclo. Na verdade, é muitas vezes económico dividir as unidades primarias de amostragem a ser abrangidas num ciclo, em subconjuntos espacialmente representativos e nao sobrepostos, confinando cada subciclo a um subconjunto.

Modelos de rotaqao da amostra A rotacáo amostral significa que, de um ciclo para o seguinte, algumas ou todas as unidades

da amostra sao substituidas por novas unidades. Em inquéritos sociais, o modelo de rotacáo é normalmente "simétrico". Isto significa que se váo introduzindo novos conjuntos de unidades na amostra, em intervalos regulares e, urna vez introduzidos, cada conjunto é mantido ou eliminado da amostra de acordó com urna mesma norma. Estabelecido um sistema deste tipo, o mesmo proporciona um grau constante de sobreposicáo de qualquer ciclo em relacáo ao seguinte e entre quaisquer dois ciclos separados por um dado intervalo de tempo. Alguns exemplos esclareceráo esta questáo.

1. A partir de 1977, a amostra para o inquérito semestral á máo-de-obra em Hong-Kong baseou-se mima "amostra-máe" de 10 por cento, extraída do recenseamento de 1976. Esta amostra foi dividida em 15 subamostras equivalentes. Cada ciclo semestral inquire duas subamostras: sendo urna, a mesma que foi inquirida no ciclo anterior e, a outra, introduzida como nova. Isto significa que, entre ciclos consecutivos, existiría 50 por cento de sobreposicáo na amostra (sendo a sobreposicáo efectiva Hgeiramente inferior devido ás náo-respostas, movimento de unidades e outras alteracóes); entre dois ciclos separados por seis meses ou mais, nao existiría nenhuma sobreposicáo (Hong Kong, 1980).

2. O inquérito á máo-de-obra trimestral de Espanha utiliza um desenho de duas etapas, com "seccoes" como primeira etapa e habitacóes como unidades de segunda etapa. A parte qualquer reestruturacáo importante, as seccoes permanecem estáveis de um ciclo para o seguinte. Em cada ciclo, sao mantidos cinco sextos das habitacóes do ciclo anterior, sendo introduzidas na mesma seccáo, um sexto de novas unidades de habitacáo. Por conseguinte, existe virtualmente, urna sobreposicáo completa ao nivel de unidades primarias de amostragem. Ao nivel das unidades de amostragem fináis, as amostras em ciclos consecutivos sobrepóem-se em cinco sextos do total; há urna sobreposicáo de quatro sextos entre ciclos separados por um trimestre; tres sextos (50 por cento) entre ciclos separados por dois trimestres, e assim sucessivamente, com ausencia de sobreposicáo, ao nivel de unidades de amostragem fináis, para ciclos separados de 15 meses ou mais (Espanha, 1978). Para abranger de maneira mais uniforme o período do ciclo, a amostra correspondente é dividida em tres subamostras mensais independentes, sendo cada subamostra espacialmente representativa de toda a populacáo em estudo e abrangendo um terco das seccoes da amostra trimestral. Para além disso, para controlo operacional, a amostra é ainda dividida em cargas de trabalho semanais, designando as seccoes a ser abrangidas durante cada semana.

3. Outros membros da Comunidade Europeia também realizam inquéritos continuos a máo-de-obra: ciclos trimestrais na Holanda e Reino Unido, tal como em Espanha, e inquéritos anuais (no trimestre de Primavera) nos outros países. Na maior parte dos inquéritos sao utilizados modelos de rotacáo pouco complicados, embora com consideráveis diferencas no grau de sobreposicáo entre inquéritos. Por exemplo, a sobreposicáo da amostra de um ano para o outro é de 75 por cento na República Federal da Alemanha e na Grecia; dois tercos na Dinamarca e na Franca; 50 por cento em Portugal; um terco na Italia, tal como na Espanha; e 25 por cento na Irlanda e no Luxemburgo (EUROSTAT, 1988). A sobreposicáo diminui linearmente conforme o intervalo entre ciclos aumenta, excepto na Bélgica, onde a sobreposicáo (30 por cento) se verifica

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Desenho da amostra

apenas entre anos consecutivos, desaparecendo depois. O desenho do inquérito no Reino Unido é interessante. No essencial, a amostra consiste de duas partes:

(a) Urna componente trimestral, na qual as entrevistas se realizam uniformemente e que proporciona indicacóes de tendencias dentro desse periodo. Um endereco permanecerá na amostra por cinco ciclos trimestrais consecutivos, dando um elevado grau (80 por cento) de sobreposicáo da amostra, de um trimestre para o seguinte, e permitindo urna medicáo mais precisa das tendencias. A sobreposicáo diminuí linearmente até 20 por cento entre dois ciclos separados por um ano e é de zero posteriormente.

(b) Urna componente "de reforco", inquirida todos os anos durante o trimestre de Primavera, com urna dimensáo suficientemente grande (cerca de tres vezes a dimensáo de urna componente trimestral normal) para boas estimativas-teste de niveis, na Primavera de cada ano. Nesta parte da amostra, existe urna sobreposicáo de um terco, de ano para ano.

4. A rotacáo do inquérito á máo-de-obra do Canadá implica também a substituicáo parcial das unidades amostráis, e é realizada de tal forma que, a amostra para cada ciclo mensal é urna amostra probabilística da populacáo em estudo. A rotacáo das unidades da amostra ocorre em cada etapa do desenho multietápico adoptado para o inquérito. A unidade final de seleccáo, o agregado familiar, é substituida todos os seis meses, embora as unidades de etapas superiores sucessivas permanecam na amostra durante periodos de tempo maiores (Canadá, 1976). Isto significa que um sexto dos agregados familiares da amostra desaparece de um ciclo mensal para o seguinte e é substituido por novas unidades, embora os restantes cinco sextos se mantenham do ciclo anterior. Urna proporcáo muito inferior de unidades da etapa seguinte é mudada de mes para mes, proporcáo essa que vai diminuindo sucessivamente á medida que se passa para unidades de etapas superiores.

5. O inquérito trimestral á máo-de-obra da Indonesia (SAKERNAS), restablecido como um inquérito separado desde 1986, proporciona um exemplo proveniente de um país em vias de desenvolvimento. O modelo de rotacáo utilizado é relativamente simples: sao inquiridas duas subamostras em cada trimestre; no trimestre seguinte elimina-se urna das subamostras e é introduzida outra nova. Por outras palavras, urna subamostra permanece no inquérito durante dois trimestres consecutivos; há urna sobreposicáo de 50 por cento ñas áreas da amostra entre trimestres consecutivos e nenhuma sobreposicáo posteriormente. O sistema é mais adequado para medir alteracóes trimestrais do que anuais.

Os exemplos anteriores ilustram modelos de rotacáo de unidades de amostragem fináis relativamente simples. A amostra consiste em "n" subamostras; no inicio de cada periodo de inquérito é introduzida urna nova subamostra; e cada subamostra permanece no inquérito por "n" períodos (ciclos). A sobreposicáo entre ciclos diminui linearmente á medida que aumenta o intervalo que os separa. Para duas amostras introduzidas com um intervalo de tempo de "I" períodos, a sobreposicáo, ao nivel de unidade de amostragem final, é de (n - i)/n, até i = n - 1. Depois deste valor a sobreposicáo é zero. Devido ás náo-respostas, aos movimentos e demais alteracóes e, especialmente, quando é utilizada a definicáo de cobertura defacto, a sobreposicáo será, na prática, mais pequeña, do que a indicada ácima. Em geral, a sobreposicáo é maior para unidades em etapas superiores da amostra e diminui quando se desee na estrutura da amostra. Muitos inquéritos mantém urna amostra fixa de unidades primarias de amostragem, durante um período de tempo relativamente prolongado. Muitas vezes, os ciclos do inquérito sao divididos em subciclos, para assegurar urna distribuicáo mais uniforme da amostra ao longo do tempo e para melhorar o controlo operacional. Para este finí, a amostra do ciclo é usualmente dividida em subamostras equivalentes e nao sobrepostas, sendo cada urna délas espacialmente representativa.

Podem ser utilizados modelos de rotacáo mais complicados, para variar o grau de sobreposicáo da amostra e a forma como se altera com o aumento dos intervalos que separam os ciclos. Apresentam-se mais tres exemplos:

6. O Inquérito mensal á Populacáo Actual dos Estados Unidos (Estados Unidos, 1978) utiliza o modelo denominado por "4-8-4". Isto significa que, no inicio de cada mes, é introduzida urna nova subamostra no inquérito (chamada "grupo de rotacáo"); ela é inquirida durante quatro meses, retirada da amostra durante oito meses e inquirida de novo durante outros quatro meses,

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Inquéritos de populado activa

até ser definitivamente eliminada. Uma unidade concreta é, por c^nseguinte, inquirida durante oito meses (ao longo de um periodo de 16 meses); e pode ser visto que, durante qualquer mes, oito das subamostras sao inquiridas, uma délas pela primeira vez, outra pela segunda vez, e assim sucessivamente, até áquela que o é pela oitava vez. De um mes para o seguinte, duas das oito subamostras sao mudadas, uma eliminada temporariamente, para ser reintroduzida oito meses depois e a outra eliminada pela última vez. Isto dá uma sobreposicáo mensal de 75 por cento. A sobreposicáo reduz-se para 50 por cento após um intervalo de dois meses, 25 por cento passados tres meses e, posteriormente, é zero, até que aumenta de novo quando as unidades antigás sao reintroduzidas.

O objectivo principal ao introduzir este modelo complicado, é o da obtencáo de uma grande sobreposicáo anual entre amostras, para que se estimem as alteracóes anuais com maior precisáo. Com este modelo, a sobreposicáo volta a ser diferente de zero passados 9 meses e permanece assim até ao 16° mes, com um máximo de 50 por cento para inquéritos separados exactamente de 12 meses.

O que se referiu anteriormente aplica-se a unidades de amostragem fináis (habitacóes ou pequeños aglomerados délas). Nao há básicamente rotacáo das unidades de amostragem primarias "nao autorepresentativas".

7. O inquérito á máo-de-obra na Finlandia é realizado em ciclos trimestrais, sendo cada ciclo dividido em subciclos mensais. Em cada mes é introduzida uma nova subamostra, que é inquirida 5 vezes ao longo de um período de 16 meses: durante o primeiro, quarto, sétimo, décimo terceiro e décimo sexto meses depois da introducáo (Salmi e Kiiski, 1984). Pode observar-se que, em qualquer mes concreto, cinco dessas subamostras sao inquiridas (igual ao número total de vezes em que qualquer subamostra é inquirida). Diferentemente do exemplo anterior, nao existe qualquer sobreposicáo, de mes para mes, entre subciclos, o que implica que a medicáo da alteracáo mensal (distinta da trimestral) nao foi o objectivo principal do inquérito Finlandés. Contudo, de um trimestre para o seguinte, a amostra sobrepóe-se em 80 por cento. Isto é muito maior que a sobreposicáo trimestral de 25 por cento no exemplo precedente, e permite estimar com maior precisáo as variacoes trimestrais. A sobreposicáo anual é de 40 por cento, ligeiramente inferior á do exemplo anterior.

8. A ilustracáo final é a do inquérito a máo-de-obra do Japáo. A amostra actual é baseada no recenseamento da populacao de 1980 e utiliza, como unidades da primeira etapa, os distritos de recenseamento e como unidades de segunda (e última) etapa, as habitacóes. Os distritos de recenseamento sofrem uma rotacáo de acordó com o mesmo modelo "4-8-4" descrito anteriormente para o Inquérito á Populacao Actual dos Estados Unidos. Em cada distrito a inquirir na amostra, sao seleccionados dois conjuntos de unidades de habitacáo; um deles é inquirido durante dois meses consecutivos, sendo substituido pelo outro conjunto para os dois meses seguintes, em que o distrito permanece na amostra. O processo é repetido no ano seguinte, quando esse distrito volta á amostra durante outros quatro meses (Rao, 1985, p.83).

O modelo, embora similar ao do Inquérito á Populacao Actual dos Estados Unidos, difere deste em dois aspectos. Primeiro, o sistema "4-8-4" aplica-se á rotacáo de unidades primarias de amostragem, enquanto no Inquérito á Populacao Actual estas unidades permanecem fixas e a rotacáo é aplicada a unidades de amostragem fináis. Isto reflecte o facto de que, enquanto a amostra do inquérito dos Estados Unidos está baseada num pequeño número de grandes unidades primarias de amostragem, cada qual representando um grande investimento, a amostra para o inquérito á máo-de-obra japonés utiliza um grande número (3.000) de unidades primarias de amostragem relativamente pequeñas. A segunda diferenca reside em que, na amostra Japonesa, qualquer agregado familiar ou individuo é inquirido apenas quatro vezes no decurso de 16 meses, ao contrario das 8 vezes do Inquérito a Populacao Actual. Esta característica é introduzida para aliviar a carga dos inquiridos.

Alguns factores com influencia na escolha do modelo de rotaqao A consideracáo principal relaciona-se com os requisitos estatísticos determinados pelo tipo

de estimativas necessárias e pela sua importancia relativa. Quando a maior preocupacáo é a de

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Desenho da amostra

agregar dados durante um período de tempo, as amostras nao sobrepostas sao as mais adequadas. (É por isso que os ciclos sao normalmente divididos em subciclos nao sobrepostos, como acontece nos exemplos da Espanha e Finlandia dados ácima) Mediante o emprego de estimadores "compostos" de tipo especial (ver seccáo seguinte), pode ser melhorada a precisáo de estimativas conjuntarais, com amostras sobrepostas. Este aumento na precisáo, deriva das correlacóes positivas entre os dados de dois períodos, quando se utilizam amostras sobrepostas. Algumas vezes, para painéis de unidades fináis sobrepostos (Woodruff, 1963), os ganhos podem ser muito importantes, mas, em geral, sao modestos. Contudo, os ganhos em estimativas de alteracóes entre períodos podem ser relevantes, com amostras sobrepostas. Naturalmente, as alteracóes brutas apenas podem ser medidas, se as mesmas unidades elementares sao acompanhadas de um período para o seguinte, tal como nos desenhos tipo painel.

O grau de sobreposicáo e, assim, o modelo de rotacáo, dependerá também da extensáo do período, ou períodos, ao longo do(s) qual(is) as alteracóes tém de ser medidas. Os desenhos amostráis mais simples, anteriormente indicados {(1) a (5)}, salientam a medicáo da alteracáo ao longo de períodos consecutivos ou ciclos de inquérito, dado que a sobreposicáo é máxima para períodos consecutivos e depois diminuí gradualmente. Os modelos de amostras (6) a (8), mais complicados, foram introduzidos para aumentar as sobreposicóes entre períodos mais afastados, por exemplo, as alteracóes interanuais nos inquéritos americano e japonés e as alteracóes trimestrais no caso da Finlandia.

A escolha do modelo de rotacáo, como é obvio, deve também ter em conta factores de custo e operacionais. A substituicáo da amostra aumenta os custos, contando-se entre eles, a preparacáo dos materiais de amostragem, a seleccáo da amostra, deslocacóes ou alteracóes no trabalho no terreno, e localizacáo e contacto com os novos inquiridos. Estes custos tendem a aumentar quando tém de ser substituidas as unidades primarias de amostragem e outras unidades de etapas superiores. De facto, por razóes de eficiencia estatística e de esforco para os inquiridos, é mais útil e necessário substituir as unidades das etapas inferiores, do que as das etapas superiores. Por ambas estas razóes, as amostras tém normalmente urna maior rapidez de rotacáo ao nivel de urudade de amostragem final e sao mais lentas ou, algumas vezes, nao tém qualquer rotacáo, ao nivel de unidade primaria de amostragem.

A manutencáo das mesmas unidades fináis na amostra também apresenta problemas. Aumenta o esforco do inquirido, o que pode resultar em ausencia de resposta e perda da qualidade dos dados. As respostas podem estar condicionadas sem que se saiba. Um exemplo de condicionamento que foi referido, em muitos inquéritos á máo-de-obra com desenhos rotativos, é dado pelo denominado "enviesamento do grupo de rotacáo"; deixando de parte outros factores, os resultados obtidos parecem depender de quantas vezes urna subamostra foi inquirida anteriormente. As diferencas devidas ao condicionamento, sao mais notadas em subamostras inquiridas pela primeira vez e ñas que o foram anteriormente, urna ou mais vezes (p.ex. ver Estados Unidos, 1978, pp. 83-85.). O número de vezes que os inquiridos podem ser repetidamente entrevistados, depende das condicóes socio-culturais em que se realiza o inquérito, da natureza e conteúdo do inquérito, do tipo de organizacáo que efectúa o inquérito e da qualidade dos entrevistadores envolvidos. Em muitos países em vias de desenvolvimento, especialmente em zonas rurais, a populacáo é bastante cooperante em inquéritos estatísticos conduzidos por organismos oficiáis ou públicos. Mas essa cooperacáo nao pode ser considerada como garantida. A cooperacáo é multas vezes menor, em áreas mais desenvolvidas e urbanas. Podem também haver problemas devidos á variabilidade de resposta entre ciclos de inquérito, mesmo se se trata de informacáo relativa aos mesmos individuos. Este caso ocorre, particularmente, quando se permite a resposta dada por intermediarios.

Outro problema que se tem de enfrentar, ao manter a mesma amostra, é a dificuldade em seguir a localizacáo e identidade dos inquiridos. Em certas circunstancias, o problema pode, de certa maneira, ser reduzido, usando o método de cobertura de facto e seleccionando unidades estruturais mais estáveis (habitacóes, segmentos, etc.) como unidades de amostragem, em vez de familias ou pessoas, que tém urna mobilidade maior. Isto, como é natural, reduzirá a sobreposicáo efectiva entre ciclos, em termos de pessoas ou agregados familiares.

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Inquéritos de populaçâo activa

Substituiçào de unidades esgotadas. Considere-se um inquérito no quai as unidades de habitaçâo sofrem unia rotaçâo (substituiçào) de ciclo para ciclo, dentro de um conjunto fixo de agrupamentos de amostras. Após algum tempo, todas as habitaçôes dos agrupamentos mais pequeños podem estar "esgotadas". Para continuar o processo, numa situaçào destas, pode-se ou (a) voltar a utilizar as habitaçôes que já estiveram na amostra, ou (b) substituir os agrupamentos esgotados, por outros que nào tenham ainda sido utilizados. A primeira opçâo é mais simples e mais barata mas, algumas vezes nao é considerada desejável, devido à sobrecarga adicional para o inquirido e ao possível enviesamento "condicionante", que pode estar envolvido na entrevista feita as mesmas pessoas. A segunda opçâo pode aumentar o enviesamento da amostra, através da gradual eliminaçâo de unidades mais pequeñas, a menos que sejam adoptados procedimentos especiáis para evitar esse enviesamento.

Estes procedimentos especiáis podem tornar-se muito complicados. Isto deve-se a que, em muitos desenhos práticos, os agrupamentos ou áreas amostráis sao seleccionados mediante "amostragem com probabilidade variável sem reposiçào", um método que é teóricamente complexo, se aplicado repetidamente à mesma populaçâo. Sâo necessários métodos práticos e mais simples. Urna possibilidade, talvez a mais simples, consiste em juntar antes da selecçâo, os agrupamentos mais pequeños em unidades suficientemente grandes e utilizar estas unidades de maior dimensäo como unidades efectivas para fins de selecçâo e rotaçâo da amostra. Este método foi utilizado no Inquérito à Populaçâo Actual dos Estados Unidos (Estados Unidos, 1978, p. 25). O procedimento pode ser modificado, para reduzir o número de agrupamentos amostráis que necessitam de ser tratados durante o periodo de vida da amostra-mäe.

Manutençâo do controle sobre a dimensäo da amostra Outra questâo importante que deve ser mencionada, em ligaçâo com a amostragem para

operaçôes continuas, é a necessidade de assegurar que a dimensäo da amostra é mantida ao longo do tempo, conforme se pretende. Se sâo utilizados os mesmos desenho de amostra e taxas de sondagem fixas, ao longo de um período de tempo extenso, haverá urna tendencia para que a dimensäo da amostra aumente de forma automática, devido ao crescimento natural da populaçâo em estudo, na exacta medida em que tal facto se reflecte na estrutura. Para manter constante a dimensäo da amostra, será portanto necessário. ajustar periódicamente as taxas de sondagem. O método mais simples consiste em reduzir as taxas de sondagem globais (normalmente na última fase de selecçâo) através de um factor constante adequado, no momento em que a nova amostra para cada ciclo ou grupo de ciclos é seleccionada.

Desenhos tipo painel Um desenho tipo painel significa que se utiliza urna amostra fixa de unidades elementares.

Este desenho permite a mediçâo de alteraçôes brutas, tais como, o movimento de individuos entre diferentes categorías de actividade económica ou de profissöes, ou entre ramos ou sectores de actividade. Para além disso, observando o mesmo conjunto de individuos ao longo de um período prolongado, torna-se possível um verdadeiro estudo longitudinal dos aspectos dinámicos da alteraçâo e das relaçôes causais. Os inconvenientes dos sistemas de painel sao: altos custos; dificuldades em acompanhar os individuos ao longo do tempo; desgaste da amostra original devido aos movimentos, falecimentos e alteraçôes; a possibilidade do painel se tornar "velho" e nao representativo; a sobrecarga para os inquiridos e a possibilidade do aumento de erros de resposta devido ao condicionamento causado pelas entrevistas repetidas. Apesar destes problemas, em certas situaçôes e para determinados objectivos, nao existe substituto para a observaçâo longitudinal.

Urna combinaçâo dos desenhos de rotaçâo e de painel pode ser denominada "desenho de painel decomposto" (um termo introduzido por Leslie Kish). A ideia consiste em acrescentar um painel de unidades fixas, a um desenho de rotaçâo simétrico "clássico". A parte de rotaçâo do desenho, propriamente dita, pode ter ou nao sobreposiçôes. Este desenho de painel decomposto apresenta um certo número de potenciáis vantagens. As dimensöes relativas da amostra, tanto para a parte de painel, como para a de rotaçâo, podem ser escomidas e ajustadas com maior

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Desenho da amostra

independencia e flexibilidade. O mesmo nivel de sobreposicáo na amostra total pode ser mantido, uniforme e continuamente, ao longo de um extenso período. O painel constante proporciona um meio para estudar as alteracoes dinámicas e brutas. Ao mesmo tempo, por comparacáo com a parte de rotacáo, podem obter-se informacóes acumuladas para verificar os efeitos de mortalidade e de deterioracáo do painel. Assim, os desenhos de painel-decomposto tém a capacidade de aproveitar as vantagens específicas dos desenhos puros de rotacáo e de painel, evitando entretanto, alguns dos seus problemas.

Deve ser recordado que os desenhos elaborados com ciclos e subciclos curtos, exigem que se exerca um controlo estrito sobre a calendarizacáo das operacoes e o ritmo com que se leva a cabo o trabalho no terreno. Na prática, existem numerosos factores que podem resultar em deslizes e falta de controlo destes aspectos. Na ausencia de boas comunicacóes e de meios de transporte, leva tempo a descobrir, onde e quando, surgem os problemas. E mesmo quando descobertos, os problemas nao sao sempre facéis de tratar como, por exemplo, quando o grupo de trabalho no terreno nao pode ser deslocado fácilmente de um local para outro, devido a razóes lingüísticas ou étnicas e/ou custos e distancias envolvidos. Tais problemas causam muí tas vezes serias dificuldades no trabalho de inquérito dos países em vias de desenvolvimento. Por conseguinte, dever-se-á sempre procurar a simplicidade e a natureza prática, ao escolher a estrutura do inquérito.

6. Procedimentos de estimativa

Pode ser utilizado um ampio inquérito continuo á máo-de-obra, para produzir urna vasta gama de estimativas para diversas subpopulacoes e diferentes niveis de agregacáo.

Em primeiro lugar, podem estar envolvidos varios tipos de vaháveis, tais como taxas de participado na máo-de-obra, desemprego, condicáo perante o emprego, profissáo ou actividade, etc.. A frequéncia e a precisáo com que as diferentes estimativas necessitam de ser produzidas, dados os objectivos do inquérito, e podem ser produzidas, dadas a dimensáo e estrutura do inquérito, podem diferir de urna variável para outra.

Em segundo lugar, as estimativas sao normalmente necessárias nao só para o estudo da populacáo total, mas também para áreas geográficas ou administrativas em separado, tais como os sectores rural e urbano e as regióes do país, para diferentes subpopulacoes, tais como grupos específicos de idade, sexo ou etnia, e para diferentes niveis de agregacáo dentro de cada categoría. Tais categorías e niveis sao denominados dominios de informaqáo. Estes dominios podem ter formado, ou nao, dominios de amostragem explícitos, no processo de desenho e seleccáo da amostra (ver Seccao 4).

Em terceiro lugar, as estimativas podem ser requeridas para diferentes tipos de unidades de análise, tais como individuos, agregados familiares, familias e comunidades.

Em quarto lugar, em inquéritos por amostra, é importante fazer a distincáo entre estimativas de índices, medias, taxas e outros tipos de rácios, onde o numerador e o denominador sao obtidos do mesmo inquérito e segundo condicoes básicamente idénticas, e as estimativas de agregados da populacáo, tais como o número total de pessoas desempregadas, onde os resultados do inquérito tém de ser generalizados utilizando informacáo interna ou externa. Muitas vezes, os próprios inquéritos por amostragem de dimensáo moderada, tém possibilidades de fornecer estimativas de totais da populacáo, mas com menor precisáo (tanto em termos de variáncia, como de enviesamento) do que as estimativas de índices, medias, taxas e outros tipos de rácios.

Finalmente, podem ser distinguidos varios tipos de estimativas em termos de dimensáo temporal. Como foi referido anteriormente, nelas se incluem:

- estimativas de niveis conjunturais, requeridas para cada período de informacáo ou ciclo de inquérito, como por exemplo um mes ou trimestre;

- estimativas de medias ou agregados, para periodos de tempo maiores, como por exemplo um ano inteiro;

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Inquéritos de populado activa

- estimativas de tendencias ou alteracóes líquidas de um período para outro, tais como, alteracóes entre meses, variacóes sazonáis, ou alteracóes interanuais;

- estimativas de alteracóes brutas a nivel individual, como por exemplo, fluxos entre categorías de condicáo perante o trabalho.

Ha ainda que fazer mencáo ao estudo longitudinal da altera9áo dinámica e das relacóes causáis, através da observacáo de um conjunto fixo de unidades individuáis durante um período de tempo.

Os varios tipos ou formas de estimacáo listados anteriormente, podem aparecer em muitas combinacóes, apresentando urna enorme variedade de possibilidades. Os procedimentos de estimacáo adoptados em qualquer inquérito, tém de ter em conta os requisitos especiáis de cada caso. As subseccóes seguintes descrevem os principios básicos e alguns aspectos importantes dos procedimentos de estimacáo em inquéritos continuos á máo-de-obra. A descricáo também incluí os requisitos, algo mais limitados, dos inquéritos únicos ou ocasionáis.

Estimativas simples nao enviesadas É muito importante ter a capacidade de preparar estimativas simples nao enviesadas, a partir

dos dados do inquérito, muito embora eles possam ser posteriormente melhorados, ou modificados, aquando da producáo de estimativas fináis. No trabalho prático do inquérito, a expressáo "estimativas simples nao enviesadas" é utilizada num sentido aproximado. O que nela básicamente está implicado é que: (a) as estimativas sao produzidas directamente com base nos resultados do inquérito, sem recorrer a dados externos ao mesmo, e ponderando cada observacáo na proporcáo inversa á sua probabilidade de seleccao dentro da amostra; e (b) as estimativas assim produzidas sao aproximadamente nao enviesadas, em sentido estatístico, pelo menos em dimensóes amostráis medias ou grandes. Isto nao implica, necessanamente, que as estimativas produzidas estejam livres de enviesamentos, resultantes da implementacáo da amostra e dos erros de resposta. O que se pretende dizer é que, se o mesmo procedimento é aplicado sob idénticas condicóes, em repeticóes do inquérito, entáo, na ausencia dos erros mencionados, o valor esperado ou media dos resultados será aproximadamente igual ao valor da populacáo em estudo.

Tais estimativas só podem ser preparadas com amostragem probabilística, isto é, amostras seleccionadas de forma a que cada elemento na populacáo tem urna probabilidade conhecida e diferente de zero de ser seleccionado. E também necessário que os problemas de implementacáo da amostra, tais como a náo-resposta e a cobertura parcial, nao distorcam estas probabilidades e que, o seu efeito sobre as mesmas, possa ser quantitativamente estimado com um elevado grau de segurarla. Ainda assim, as boas estimativas simples implicam que, quaisquer ajustamentos que tenham de ser feitos posteriormente, para melhorar a sua precisáo, nao sejam demasiado grandes.

A capacidade para produzir boas "estimativas simples náo-enviesadas", indica que o inquérito foi desenliado e implementado de forma adequada e científica - daí a importancia das referidas estimativas.

Ponderacoes de desenho Os procedimentos de estimativa, nesta fase, sao relativamente simples: cada observacáo é

ponderada de acordó com o inverso da sua probabilidade de ser seleccionada para a amostra. Estas ponderacoes sao chamadas de "ponderadores de desenho". Os dados ponderados resultantes, podem entáo ser agregados de qualquer forma. Como se referiu na Seccáo 4, os inquéritos á máo-de-obra sao muitas vezes desenliados para serem "auto-ponderados". Neste caso, as estimativas amostráis podem ser preparadas a partir de dados nao ponderados e os resultados serem multiplicados por um factor constante, que é inversamente proporcional á taxa de sondagem global. Alternativamente, a taxa de sondagem pode diferir de um dominio amostral ou de informacáo para outro, mas com urna amostra auto-ponderada dentro de cada dominio. Neste caso, podem ser preparadas estimativas nao ponderadas, separadamente para cada dominio, tomando urna soma adequadamente ponderada (com factores de ponderacáo inversamente proporcionáis as taxas de sondagem do dominio), para produzir estimativas para

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Desenho da amostra

toda a populacáo. No caso geral, é normalmente de maior conveniencia atribuir um peso adequado ao registo de dados informatizado de cada unidade individual de análise, mesmo que sejam aplicados pesos uniformes dentro de certos grupos de unidades. Isto pode tornar mais fácil e mais flexível o processamento em computador e a preparacáo de quadros de resultados.

Ajustamento para nao-respostas Em certas situacóes, é necessário modificar as ponderacóes de desenho, para compensar

determinados problemas que surgem na fase de implementacáo. O mais frequente e importante desses problemas é o do ajustamento para a náo-resposta. A náo-resposta afecta os resultados do inquérito de varias formas:

1. Na medida em que as unidades que nao respondem diferem sistemáticamente daquelas que o fazem, a distribuicáo observada na amostra é distorcida e os resultados tornam-se enviesados.

2. Os totais da populacáo directamente estimados a partir da amostra obtida, estaráo sucessivamente enviesados, se nao se tém em conta as unidades em falta.

3. A náo-resposta reduz a dimensáo efectiva da amostra e, assim, aumenta a variáncia amostral.

4. Para além da "náo-resposta total", onde nao é obtido qualquer tipo de informacáo sobre algumas unidades da amostra, existe também a náo-resposta "parcial" ou "pontual", onde é obtida informacáo incompleta sobre algumas unidades. Este problema debilita e complica a análise dos dados do inquérito.

Nenhum ajustamento pode eliminar completamente o efeito da náo-resposta. O objectivo dos varios ajustamentos é a reducáo, tanto quanto possivel, do efeito da distorcáo. Sao feitos normalmente tres tipos de ajustamentos: substituicáo de unidades que nao respondem, por novas unidades, com algum tipo de correspondencia baseado ñas características de seleccáo; imputacáo dos valores em falta com base na informacáo parcial disponivel, na mesma ou em outras unidades; ou o ajustamento das ponderacóes do desenho, a fim de corrigir, o mais possivel, a distribuicáo e dimensáo global da amostra.

A substituicáo é urna prática comum em muitos inquéritos, mas tem mu i tas vezes poucas vantagens e pode fácilmente resultar em perda de controlo sobre as operacóes no terreno. Por isso, em geral, a nossa recomendacáo é negativa na maior parte das situacóes. A imputacáo dos valores em falta, é muitas vezes necessária e útil em inquéritos complexos, mas deve ser evitada a sua utilizacáo indiscriminada e em larga escala. (Para urna descricáo geral dos procedimentos de imputacáo para os inquéritos aos agregados familiares, ver Nacoes Unidas, 1982, pp. 99-102). Aqui, ocupar-nos-emos com o ajustamento mencionado em último lugar, nomeadamente, os métodos de ajustamento baseados em estimativas que implicam modificacóes ñas ponderacóes do desenho.

O procedimento básico de ajuste dos ponderadores amostráis, para compensar as náo-respostas, é o seguinte: a amostra é dividida em "células" que sejam relativamente homogéneas, de acordó com algum criterio importante e disponivel, tanto para as unidades que respondem, como para aquetas que o nao fazem. Para cada célula, é calculada urna adequada "taxa de resposta". (O cálculo das taxas de resposta para amostras ponderadas e nao ponderadas é analisado no Capítulo 14). A estimativa para a célula, ou o peso de cada unidade individual que a compóe, é multiplicado pelo inverso da taxa de resposta atribuida a célula.

É importante urna escolha adequada das células ou categorías utilizadas para o ajustamento. Naturalmente, é essencial que seja possivel classificar, nestas categorías, tanto as unidades que respondem, como as que nao respondem. Deveráo estar representadas as categorías importantes relativamente ao conteúdo substancial do inquérito, para que se assegure que a sua distribuicáo na populacáo está correctamente reflectida na amostra (ponderada). As categorías utilizadas no ajustamento devem ser internamente homogéneas, na maior medida possivel. É útil incluir categorías que possam ter, entre elas, diversas taxas de resposta e diferentes valores de variáveis chave. Deveráo ter urna dimensáo suficientemente grande para que os ajustamentos aplicados ás ponderacóes nao se tornem demasiado variáveis ou demasiado grandes. Isto porque a ponderacáo

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Inquéritos de populacáo activa

tende a aumentar as variáncias, muito embora possa ajudar a reduzir os desvíos. Finalmente, o procedimento deve ser simples.

Frequentemente, as categorías utilizadas para a aplicacáo do ajustamento das náo-respostas sao os estratos geográficos, as áreas principáis ou os grupos de unidades de área. Isto assegura que a distribuicáo geográfica da amostra obtida corresponde, pelo menos, a um conveniente nivel elevado de agregacáo, com a distribuicáo da amostra seleccionada. Algumas vezes, o ajustamento tem-se realizado ao nivel das pequeñas unidades de área fináis (ver, por exemplo, o Inquérito Mundial á Fertilidade, 1977, Apéndice V, o qual também analisa diversos outros aspectos dos procedimentos de ponderacáo); contudo, esta prática de utilizacáo de áreas muito pequeñas, para ajustar as ponderacoes da amostra, nao é em geral recomendada, devido aos grandes e variáveis pesos que pode envolver . A ponderacáo pode também efectuar-se por subclasses ou grupos que nao sejam de área, de acordó com as características dos agregados familiares ou dos individuos, na medida em que a informacáo necessária para a classificacao esteja disponível, tanto para as unidades que respondem, como para as que o nao fazem.

A questao seguinte relaciona-se com a definicáo das taxas de resposta. Para urna amostra auto-ponderada, a taxa de resposta é simplesmente a contagem de unidades inquiridas com éxito, dividida pelo número total de unidades seleccionadas (a soma das que foram inquiridas e das que nao foram inquiridas). Na prática, podem existir dificuldades para estabelecer com precisáo estas contagens. Por exemplo, numa amostra de agregados, o número de unidades elementares seleccionadas nao é fixo e pode nao ser conhecido; de modo semelhante, as listas da amostra costumam ter "espacos em branco", os quais podem nao ser perfeitamente distintos dos casos genuínos de náo-resposta. (Estes problemas sao analisados mais detalhadamente na Seccáo 3 do Capítulo 14 e em Marckwardt, 1984) Para amostras que nao sao auto-ponderadas, as contagens utilizadas na definicáo da taxa de resposta devem ser ponderadas pelo inverso das probabilidades de seleccáo das unidades envolvidas, quer das que respondem, quer das que nao respondem. Todas as ponderacoes para as unidades com resposta no grupo, sao entáo multiplicadas pelo inverso desta taxa de resposta ponderada.

Utilizagao de ponderacoes externas

Estimacao de totais A simples "expansáo" (isto é, a multiplicacáo de todos os dados da amostra pelo inverso das

probabilidades de seleccáo unitarias) anteriormente descrita pode, obviamente, ser aplicada para estimar rácios, assim como agregados da populacáo do inquérito. Contudo, embora este procedimento possa ser adequado para a estimativa de índices, medias, taxas, e outros tipos de rácios, em inquéritos por amostragem, é muitas vezes pouco satisfatório para estimar agregados populacionais, especialmente com amostras de dimensáo pequeña ou media. Isto deriva de que, com um desenho de amostra multi-etápica, a dimensáo da amostra é urna variável aleatoria e os agregados directamente estimados do inquérito podem ter grandes erros de amostragem. O problema pode ser mesmo mais serio, quando tém de ser feitas estimativas para totais de subcategonas da populacáo que estáo distribuidas através de agregados amostráis, pelo que a sua dimensáo nao pode ser adequadamente controlada na fase de desenho da amostra. Além do mais, as estimativas de agregados sao directamente enviesadas pelos erros de cobertura e outros erros afins.

O procedimento adequado em muitas situacóes consiste, portanto, na estimativa directa de rácios a partir da amostra (com possíveis ajustamentos que seráo descritos na subseccáo seguinte), mas multiplicando-os para estimar os agregados da populacáo, mediante o uso de informacáo auxiliar obtida de alguma fonte mais fiável, externa ao próprio inquérito. O seguinte exemplo simplificado deverá ajudar a clarificar a ideia.

Suponhamos que se pretende estimar a dimensáo total da populacáo activa (a que chamaremos Y). Suponhamos aínda que, na amostra, o número de pessoas activas é (y) e o numero de pessoas na correspondente populacáo base, é x. (Admite-se que a amostra é auto-ponderada, com um factor global de multiplicacáo = F, isto é, urna taxa de amostragem = 1/F)

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Desenlio da amostra

Finalmente, suponhamos que o total da populacáo de base, conhecido com seguranca, através de urna fonte extema, é X. O valor agregado Y pode entáo ser estimado de duas formas:

- estimador simples nao enviesado = F x y y

- estimador tipo rácio = — * X x

A segunda forma, embora técnicamente enviesada, pode ter urna variáncia e um erro medio quadrático muito menores. O valor e a aplicabilidade deste procedimento depende, contudo, de varios factores. Em primeiro lugar, o coeficiente de correlacáo entre (y) e (x) deve ser positivo e de preferencia grande, ou seja, maior que 0,6 ou 0,7, pelo menos. Em segundo lugar, X deverá estar disponível com muito maior precisáo do que (F, y); por outras palavras, a fonte externa deve ser fiável. Em terceiro lugar, o X na populacáo e o x na amostra devem estar baseados numa cobertura e numa medicáo essencialmente idénticas. Urna diferenca considerável entre ambos, pode introduzir um grande enviesamento na estimativa. Isto requer, frequentemente, que os valores de x sejam obtidos de urna fonte externa e nao directamente das medicóes no inquérito, embora, como é obvio, isso se deva verificar para as unidades concretas incluidas na amostra (Kish, 1965, seccáo 6.5D).

Controlos sobre os dados da populacáo Estes controlos referem-se as estimativas actualizadas dos totais de populacáo obtidas

externamente, as quais podem ser utilizadas para multiplicar as varias taxas e rácios estimados a partir do inquérito, a fim de obter estimativas de agregados para as correspondentes variáveis. Para aplicacáo aos dados do inquérito á máo-de-obra, tais controlos sao necessários, nao só para a populacáo total, mas também para subgrupos importantes da populacáo, classificados, por exemplo, por sexo, grupos de idade ampios, características étnicas ou outras socialmente relevantes, distribuicáo entre zonas urbanas e rurais ou regióes geográficas. Estes controlos sao, essencialmente, projeccóes a curto prazo da populacáo, normalmente derivadas do mais recente recenseamento da populacáo, complementadas por informacáo de fontes administrativas e de inquéritos sobre componentes da alteracáo populacional. Os métodos típicos de estimativa e projeccáo da populacáo tém sido descritos em detalhe em varias fontes e nao necessitam de ser aqui repetidos. Em particular, deve ser feita referencia as series das Nacoes Unidas em Manuals on methods of estimating population (Manual I sobre a populacáo total; Manual III sobre a projeccáo por sexo e idade; e Manual VIII sobre projeccáo por zonas urbanas e rurais). Urna análise útil dos controlos dos dados da populacáo, a um nivel mais elementar, está disponível em Estados Unidos (1966).

Estimativa de rácios com ponderacdes extemas A utilizacáo de totais de populacáo externos, para converter rácios amostráis em agregados

de populacáo, é um caso particular dos procedimentos gerais que recorrem a ponderacdes externas para ajustar os resultados da amostra. A finalidade da utilizacáo de ponderacóes externas é a de melhorar a precisáo das estimativas simples nao enviesadas e, se possível, corrigir também os enviesamentos derivados dos erros de cobertura, ou de outro tipo, na implementacáo da amostra.

O procedimento básico desenrola-se da seguinte forma. A amostra é dividida num certo número de partes, com base em certas características importantes. A distribuicáo da amostra por estas características é comparada com a distribuicáo da populacáo total pelas mesmas características. Com base em rácios destas distribuicóes, sao deduzidos factores ou coeficientes de correccáo os quais, quando aplicados aos casos amostráis, fazem com que a distribuicáo amostral esteja conforme com as normas externas. Tal ponderacáo correctora pode ser aplicada como urna operacáo única ou, de urna forma sequencial, para varias características ou grupos de características ou, mesmo iterativamente, para obter a melhor adaptacáo global.

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Inquéritos de populaçâo activa

Essencialmente, aplica-se o mesmo procedimento as estimativas de rácios e de agregados. A única diferença consiste em que, no primeiro caso, os dados externos pertinentes têm a forma de distribuiçoes relativas, enquanto no segundo caso envolvem valores absolutos da populaçâo. Muitas vezes, as primeiras estào disponiveis corn maior precisâo do que os segundos. Em ambas as situaçôes, os pesos relativos dos casos individuáis da amostra sao modificados da mesma forma.

Podem ser úteis alguns exemplos. No Inquérito à Mäo-de-Obra da Tailandia, as taxas e rácios estimados a partir da amostra sao ponderados de acordó com os totais da populaçâo por grupos de idade de cinco anos cada (21 grupos), separadamente por tipo de área (tres grupos: áreas municipais, "distritos sanitarios" e áreas rurais) e cinco regiöes. Por conseguinte, o procedimento envolve um grande número (cerca de 300) de células de controlo e é aplicado numa operaçâo única (Tailandia, 1985, pp. 13-15).

O Inquérito à Populaçâo Actual dos Estados Unidos faz urna série de ajustamentos. Primeiro, dentro de células ampias, definidas por raça e residencia, a populaçâo do recenseamento ñas unidades primarias de amostragem seleccionadas em cada célula, é comparada com o total da populaçâo recenseada na célula. Esta comparaçâo dá os factores a ser aplicados, para corrigir o facto de aparecer apenas urna amostra de unidades primarias de amostragem no inquérito. O objectivo consiste em reduzir a contribuiçâo da primeira etapa de selecçâo, para as variâncias amostráis. No segundo passo, sao ajustadas as estimativas amostráis da populaçâo à escala nacional, num número de grupos de idade-raça-sexo, as estimativas da correspondente populaçâo actual em cada um deste grupos, obtidas de forma independente. O terceiro passo, implica aínda outro ajustamento das ponderaçôes, através de factores independentes calculados por sexo, raça e grupos de idade de cinco anos e, separadamente, por cada um dos oito "grupos de rotaçâo" (isto é, subamostras correspondentes ao mes no qual elas foram pela primeira vez introduzidas), dando um total de mais de 500 células estimadas (Estados Unidos, 1978, pp.58-61).

Em principio, as ponderaçôes externas de ajustamento podem ser aplicadas a qualquer amostra, independentemente da natureza probabilística e da representatividade da propria amostra. Elas podem corrigir erros brutos ou distorçôes na amostra. Contudo, nâo dâo qualquer garantía contra os enviesamentos, se a amostra for básicamente de fraca qualidade, ou se os dados extemos sâo de precisâo duvidosa. O procedimento correcto consiste em desenliar e implementar a amostra adequadamente, usando procedimentos estritos de probabilidade, e em introduzir ponderaçôes correctoras, apenas se a fonte externa for reconhecida como sendo claramente superior à amostra no fornecimento de informaçâo, sobre a dimensâo e distribuiçâo da populaçâo das varias células a estimar. Os factores de correcçâo que se afastem substancialmente de 1.0, significam que o desenho e procedimentos da amostra sao deficientes.

Muitas vezes, em países estatisticamente menos desenvolvidos, nâo estâo disponiveis dados externos bons e actualizados e, em particular, a sua classificaçao em muitas células detalhadas a estimar carece de fiabilidade. Por esta razâo, é necessário ser cauteloso ao aplicar ponderaçôes externas destinadas a "corrigir" os resultados amostráis e, certamente, evitar a sua acçâo correctora, a um nivel muito detalhado de classificaçao. Se a precisâo dos dados externos é duvidosa, provavelmente eles nao seräo úteis para melhorar as estimativas de inquéritos que se apresentem básicamente sólidas; na verdade, eles podem levar mais a introduzir enviesamentos, do que a retirá-los. A utilizaçâo principal da ponderaçâo extema, em tal situaçâo, será provavelmente para corrigir deficiencias graves na amostra, a um nivel de agregaçâo razoavelmente elevado.

O ajustamento indiscriminado e elaborado dos resultados da amostra, com base em dados extemos de qualidade insuficiente, tem sido, infelizmente, urna prática comum em inquéritos à mäo-de-obra em muitos países. Isto deve ser fortemente desencorajado.

Estimativas compostas com amostras sobrepostas Os resultados de diferentes períodos (ciclos) com amostras sobrepostas estâo positivamente

correlacionados. A magnitude da correlaçâo dependerá da natureza da variável e da populaçâo a

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Desenho da amostra

ser estudada, do grau de sobreposicáo, da etapa da amostragem em que a sobreposicáo tem lugar e, é claro, do intervalo de tempo entre os periodos considerados. Para muitas das variáveis inquiridas nos inquéritos a máo-de-obra, podem ser esperados niveis bastante altos de correlacáo, pelo menos no curto prazo. O objectivo dos procedimentos de estimacáo compostos consiste em utilizar estas correlacoes positivas no tempo, entre unidades iguais ou relacionadas, com o fim de melhorar a precisáo das estimativas dos niveis conjunturais e, especialmente, das estimativas de alteracoes. Quando for preciso agregar os dados ao longo de diferentes periodos (ciclos), a presenca de correlacoes positivas em amostras relacionadas tende a reduzir a precisáo dos resultados agregados. As estimativas compostas podem, algumas vezes, ser utilizadas para reduzir a magnitude desta perda.

A ideia essencial das estimativas compostas consiste em substituir urna estimativa única por urna soma ponderada de estimativas da mesma quantidade, obtidas por diversos procedimentos ou de diferentes fontes.

Considere-se, por exemplo, urna amostra rotativa simples, onde urna certa proporcáo aleatoria da mesma permanece de um ciclo para outro e a parte remanescente é substituida. Cada urna das duas partes estimará o nivel actual com igual precisáo (á parte o efeito habitual da dimensáo da amostra), e as duas partes seráo combinadas normalmente para produzir a estimativa, a qual nao é afectada pelo grau de sobreposicáo. Contudo, ao estimar a alteracao de um ciclo para o seguinte, a parte sobreposta dá resultados relativamente mais precisos, do que a náo-sobreposta, por causa da sua correlacáo positiva. Consequentemente, a estimativa da alteracao pode ser melhorada, dando maior peso á primeira e menor á segunda. Kish (1965, seccáo 12.4) mostra que é obtida a variáncia mínima das diferencas, diminuindo o peso relativo da parte náo-sobreposta pelo factor (1 - R), onde R e o coeficiente de correlacáo, período a periodo, para o mesmo painel de observacóes. O inverso aplica-se á estimativa de agregados ou a somas ao longo dos dois periodos. Neste caso, a precisáo pode ser melhorada, aumentando o peso relativo da parte náo-sobreposta (pelo factor (1 + R)).

As estimativas dos niveis conjunturais podem também ser melhoradas com amostras sobrepostas, fazendo uso da informacáo obtida em ciclos anteriores e das correlacoes positivas período-a-período. A teoría deste procedimento, conforme é aplicado nos inquéritos mensais nos Estados Unidos, foi descrita por Woodruff (1963). Essencialmente, esse procedimento implica a obtencáo de urna estimativa conjuntural melhorada, como soma ponderada de duas componentes: (a) a estimativa conforme foi obtida directamente do ciclo actual; e (b) a estimativa do ciclo anterior, ajustada com a alteracao observada entre o ciclo anterior e o actual, no painel comum de unidades inquiridas em ambos os ciclos. A alteracao observada pode ser expressa como urna diferenca entre os valores para os dois ciclos (por exemplo Estados Unidos, 1978, p. 64), ou como o seu rácio (Woodruff, 1963). Estáo disponíveis procedimentos para optimizar a escolha dos pesos que minimizem a variáncia do estimador composto. Os pesos dependeráo das correlacoes período-a-período envolvidas. Quanto maior for o coeficiente de correlacáo, maior será o peso relativo dado á componente (b) do estimador.

Nos inquéritos á máo-de-obra, certas variáveis (tais como o desemprego) tendem a apresentar correlacoes periodo-a-período inferiores a outras (tal como a condicáo perante o emprego entre as pessoas com emprego). Teóricamente, isto pode exigir diferentes conjuntos de ponderales, a ser utilizadas em estimadores compostos para as diferentes variáveis. Contudo, na maior parte dos casos, tal complexidade nao se justifica (devido a relativa insensibilidade dos resultados face á precisáo das ponderacóes utilizadas) e, em qualquer caso, será demasiado difícil de manejar. No entanto, poder-se-á utilizar um único conjunto de ponderadores, ajustados para todas as variáveis importantes.

Algumas questoes especiáis

Estimadores sintéticos Dada a importancia da informacáo sobre actividade económica da populacáo, existe um

pedido crescente de estimativas que sejam nao só actuáis, mas também detalhadas, isto é,

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Inquérítos de populado activa

referentes a pequeñas áreas e dominios. Em muitos países, existem pressoes consideráveis para aumentar constantemente as dimensóes da amostra dos seus inquéritos. Contudo, existem limites dentro dos quais podem, e na realidade devem, ser mantidas as dimensóes da amostra, dado os efeitos negativos das amostras de grande dimensáo, sobre os custos, qualidade e oportunidade dos dados gerados. Muitos inquéritos por amostragem podem, portante, proporcionar estimativas conjuntarais com um detalhe limitado, quanto a aspectos geográficos ou de outro tipo; alternativamente, os dados podem ser acumulados ao longo do tempo, para que fornecam um maior detalhe, mas á custa de se tornarem menos correntes e actualizados.

O objectivo das técnicas de "estimacáo sintética" consiste em produzir estimativas que possam ser, ao mesmo tempo, actuáis e detalhadas, com base na utilizacáo combinada de informacáo de diferentes fontes, incluindo recenseamentos, registos administrativos e inquéritos por amostra. A teoría e aplicacáo destes procedimentos avancou rápidamente em anos recentes, dado o aumento de procura de informacáo, o estabelecimento de bases de dados mais completas e a melhoria das possibilidades oferecidas pelos computadores. (Para urna observacáo recente, ver Platek e outros, 1987; para um exemplo anterior detalhado, de urna aplicacáo as estimativas de desemprego e de habitacáo nos Estados Unidos, ver González e Hoza, 1978; avaliacóes dos procedimentos, especialmente ligadas ao inquérito á máo-de-obra do Canadá, foram publicadas por Estatísticas do Canadá.)

Deve referir-se que o desenvolvimento de bons procedimentos de estimacáo sintética, depende da quantidade e qualidade dos dados disponí veis. A escolha entre varios métodos tem de ser baseada na pesquisa e na avaliacáo empírica dos resultados obtidos, em comparacáo com medidas externas. No entanto, estas técnicas sao cada vez mais necessárias e úteis, e o seu desenvolvimento deve também ser encorajado nos países em vias de desenvolvimento.

Ajustamentos sazonáis para dados de series temporais As estatísticas da máo-de-obra, bem como muitas outras, reflectem um movimento sazonal

que ocorre regularmente, o qual pode ser estimado com base na experiencia passada. Eliminando aquela parte de alteracáo que pode ser atribuida á variacáo sazonal normal, é possível observar ñas series, os movimentos cíclicos e outros nao sazonáis. Entre as razóes normalmente ayancadas para fazer ajustamentos sazonáis, incluem-se as seguintes: (a) contribuir para a previsáo a curto prazo; (b) relacionar as series temporais com outras series, com acontecimentos externos ou variáveis de política; (c) conseguir a comparabilidade nos valores das series ao longo do tempo; e (d) simplificar os dados, a fim de que possam ser mais fácilmente compreendidos e interpretados por utilizadores estatisticamente menos preparados.

Tém sido desenvolvidos varios métodos e modelos para o ajustamento sazonal. Um dos métodos mais conhecidos, utilizado em varios países, é o método "X - 11 "do Departamento de Recenseamentos dos Estados Unidos (Shiskin, Young e Musgrave, 1965).

Consistencia das estimativas Finalmente, mencionemos brevemente urna questáo importante, que se aplica nao só aos

dados sobre máo-de-obra, mas também á estimativa e publicacáo de resultados estatísticos em qualquer campo, particularmente se os dados sao produzidos por um organismo estatístico nacional. Trata-se da questáo da consistencia: as estatísticas publicadas a partir de urna fonte, devem ser consistentes com as que sao publicadas com base noutra(s), pelo menos onde exista urna clara expectativa de que tal consistencia exista. A consistencia dos resultados exige, como é obvio, a consistencia das varias fontes quanto a conceitos, definicóes, classificacoes e ámbito. Pode aínda ser melhorada pela consistencia relativa ao desenho e á metodología, e assegurando que certas normas de precisáo, aceitáveis e mensuráveis, sao seguidas em todas essas fontes. Contudo, a partir de certo ponto, pode tornar-se necessário impor a consistencia, especialmente se os resultados de diferentes fontes sao compilados e publicados pelo mesmo organismo oficial. Impor a consistencia, significa fazer com que os resultados estejam conformes com determinados totais de controlo (pelo menos a um nivel suficientemente elevado de agregacáo), mesmo se, algumas vezes, o método envolve alguma arbitrariedade. Este é um outro exemplo de utilizacáo

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Desenho da amostra

de ponderacóes externas na fase de estimativa. Deve ser lembrado que os dados estatísticos sao úteis apenas quando sao utilizados, e o utilizador pode muitas vezes ficar confuso, ou mesmo aborrecido, se é confrontado com números inexplicavelmente diferentes para o mesmo tema e produzidos pelo mesmo organismo.

Um aspecto especial da consistencia é a aditividade das estimativas produzidas a diferentes níveis de agregacáo. Isto significa que a soma das estatísticas para dominios mutuamente exclusivos, deve ser igual as estimativas do total dos mesmos. Neste sentido, as estimativas de rácios, embora mais precisas do que as estimativas simples nao enviesadas, podem nao ser aditivas; e pode ser desejável, introduzir alguma ligeira modificacáo as ponderacóes utilizadas na fase de estimativa, a fim de assegurar a sua aditividade, pelo menos a partir de um certo nivel de agregacáo. Urna sugestáo específica e útil é dada por Sunter (1975).

Nao é possível examinar aqui, em detalhe, as varias questoes relativas á consistencia de estatísticas oficiáis publicadas e a que se aludiu em parágrafos anteriores. No entanto, podem ser elaborados dois pontos, em relacáo a aspectos puramente mecánicos da consistencia no apuramento de resultados. Eles sao pouco significativos, mas podem tornar-se importantes no contexto da publicacáo e apresentacáo de dados para utilizadores náo-estatísticos.

Em primeiro lugar, a informacáo sobre inquéritos á máo-de-obra envolve frequentemente apuramentos com, pelo menos, tres tipos de unidades: (a) agregados familiares; (b) chefes de agregados; e (c) pessoas individuáis. Normalmente, os valores projectados de agregados, a partir de alguma fonte externa, proporcionan! os totais de controlo para (a), e os valores projectados para pessoas classificadas de acordó com varias características, tais como grupo de idade, sexo, etc., dáo os totais de controlo para (b) e (c). Na medida em que cada agregado familiar deve ter um, e só um, chefe, as estimativas para (a) e (b) devem ser idénticas. Pode esperar-se que seja esse o caso para fontes extemas consistentes, como o sao as projeccóes com base nos recenseamentos. Contudo, para a amostra, com estimativas geradas separadamente a partir de totais de controlo externos dos agregados familiares e da populacáo, como foi referido ácima, (a) e (b) podem nao ser exactamente idénticos. Isto advém do facto que, a dimensáo media do agregado familiar obtida no inquérito, pode nao ser exactamente a mesma da fonte externa. A dificuldade pode ser resolvida através da reclassificaqao do número de pessoas projectado a partir de fonte externa, de acordó com a qual urna pessoa é, ou nao, chefe de agregado familiar, antes de o aplicar á multiplicacáo das estimativas de rácios do inquérito.

Em segundo lugar, as estimativas baseadas no inquérito exigem, frequentemente, a utilizacáo de números fraccionarios (em contraposicáo a números inteiros ou arredondados) como ponderadores. Devido aos erros de arredondamento, podem introduzir-se diferencas pequeñas, mas perturbadoras, entre os totais das mesmas quantidades, em quadros distintos. Certo número de países evitam este problema da seguinte forma. Considere-se um grupo de unidades com o mesmo ponderador fraccionario. O grupo é dividido ao acaso em duas partes, com dimensóes determinadas, de forma a que, quando se atribuí a urna das partes um ponderador inteiro, ¿mediatamente inferior ao ponderador fraccionario e, á outra parte, é atribuido um ponderador inteiro ünediatamente ácima, a media dos dois grupos é igual ao ponderador fraccionario inicial. (Este procedimento requer, claramente, que a ponderacáo fraccional se situé numéricamente ácima de 1,0 para que, a nenhuma unidade na amostra, seja atribuida a ponderacáo zero).

7. Reestruturacáo da amostra Os aspectos gerais da reestruturacáo da amostra, juntamente com varias ilustracóes, foram

descritos no Capítulo 10, Seccáo 5. Na presente secfáo, foram considerados alguns assuntos específicos da reestruturacáo da amostra.

Utilizagao de urna nova estrutura de amostragem A oportunidade mais adequada para urna reestruturacáo profunda da amostra é dada pela

disponibilidade de resultados de um novo recenseamento da populacáo. Os resultados do recenseamento podem ser utilizados para actualizar a amostra, de forma a que esta reflicta o crescimento da populacáo, as alteracóes na sua distribuicáo e características, modificares na

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Inquéritos de populado activa

sua dimensáo, limites e natureza das unidades, alteracóes na definicáo dos dominios de informacáo, etc.. Ao mesmo tempo, a cobertura e o ámbito do inquérito podem ser reexaminados. Utilisando urna nova estrutura e os materiais conexos, a amostra pode ser renovada total ou parcialmente.

Modificando da dimensáo e estrutura da amostra Para além do emprego de urna nova estrutura de amostragem, a reestruturacáo da amostra

implica que se reconsidere a adequacáo da dimensáo, distribuicáo e estratificacáo da amostra, a frequéncia da recolha de dados, o modelo de rotacáo e outros aspectos da estrutura de amostragem, em funcáo da informacáo sobre custos e variáncias do inquérito e sobre os requisitos operacionais e de conteúdo. É urna boa estrategia tentar identificar e rectificar qualquer desequilibrio importante que possa existir no desenho. Frequentemente, mesmo urna informacáo aproximada sobre as variáncias, custos e demoras na producáo de resultados, pode indicar se sao necessários ajustamentos importantes na dimensáo e distribuicáo da amostra, e na frequéncia da recolha de dados. O aperfeicoamento do modelo de rotacáo necessitará, normalmente, de informacáo e análise mais detalhada.

Outra questáo que se póe frequentemente na reestruturacáo da amostra, é a dos ajustamentos necessários para proporcionar melhores estimativas para dominios de informacáo mais reduzidos e/ou redefinidos. Por exemplo, muitos inquéritos, urna vez estabelecidos, tendem a passar gradualmente do fornecimento de estimativas nacionais, para o de estimativas a nivel regional ou provincial. Para além das alteracóes na dimensáo e distribuicáo da amostra, isto pode requerer a redefinicáo dos estratos e unidades de amostragem, para assegurar que estáo compreendidos, ou que coincidem, com os novos dominios de desenho e informacáo. Colocam-se consideracóes semelhantes, quando é modificada a classificacáo das localidades de acordó com o tipo de lugar, por exemplo, devido á urbanizacáo e expansáo dos limites das cidades.

Aperfeicoamento dos procedimentos de estimativa O aperfeicoamento nos procedimentos de estimativa depende essencialmente da

disponibilidade de informacáo auxiliar melhorada que se possa utilizar na estimacáo, e da informacáo sobre as variáncias e enviesamentos, nos procedimentos utilizados anteriormente. Nao obstante outros aspectos da reestruturacáo da amostra, os procedimentos de estimacáo nao afectam os aspectos operacionais do inquérito e podem, por conseguinte, ser mais fácilmente introduzidos em qualquer etapa. Os únicos factores limitativos sao a necessidade de assegurar a continuidade e a comparabilidade e o facto de que, em geral, os procedimentos de estimacáo podem ser melhorados somente com base numa grande quantidade de investigacáo e análise. Varios factores podem estar envolvidos no aperfeicoamento dos procedimentos de estimacáo, por exemplo: desenvolvimento e utilizacáo de melhores controlos sobre os dados da populacáo; melhoria dos factores de ponderacáo para estimadores compostos, com base numa melhor informacáo sobre correlacoes ao longo do tempo; desenvolvimento dos procedimentos para diferentes tipos de unidades, por exemplo, estimativas baseadas na familia ou no agregado familiar, face as que se baseiam no individuo; e desenvolvimento ou melhoria de estimativas sintéticas, para áreas locáis ou outros pequeños dominios.

Continuidade e reestruturacáo da amostra A reestruturacáo nao significa, necessariamente, que qualquer amostra existente tenha de ser

inteiramente substituida, e seleccionada urna outra. Em situacóes em que tenham sido feitos investimentos substanciáis, para estabelecer a infra-estrutura de materiais de amostragem e de recolha de dados em áreas seleccionadas, pode ser altamente desejável conservar o mais possível estes investimentos, nao obstante a reestruturacáo. Foram desenvolvidas varias técnicas para assegurar que, sem perder a sua natureza probabilística objectiva, a nova amostra retém, da amostra anterior, o número máximo possível de unidades (ver por exemplo Kish e Scott, 1971). Por razóes semelhantes, é algumas vezes considerado preferivel acrescentar novos suplementos a urna amostra existente, para abarcar as alteracóes ñas necessidades de informacáo, mesmo que tivesse sido mais eficiente urna reestruturacáo completa, se se pudesse comecar de novo. Um

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Desenho da amostra

exemplo disso é-nos dado pela expansáo do Inquérito á Populacáo Actual dos Estados Unidos, para produzir estimativas mais fiáveis a nivel de Estado, onde a amostra existente foi complementada por novas amostras, seleccionadas por utilizacáo de procedimentos complexos "dependentes", isto é, nos quais as novas unidades seleccionadas dependem das unidades que já estavam na antiga amostra a nivel nacional.

Outro aspecto da continuidade é a transicáo gradual para um novo modelo de rotacáo e novas unidades amostráis, para evitar alteracoes súbitas na serie temporal gerada pelo inquérito. Isto requer que seja preparada urna calendarizacáo, com base na qual as áreas antigás, á medida que abandonam a amostra de acordó com o modelo de rotacáo, sao substituidas por novas áreas, de urna forma equilibrada.

Aspectos mais gerais da reestruturacao da amostra Como é natural, a reestruturacao da amostra pode também incluir (ou ser afectada por)

outros aspectos mais gerais da restruturacáo da amostra. Podem ser aqui mencionados alguns. O desenho da amostra pode necessitar de urna revisáo drástica, se a modalidade fundamental

de recolha de dados é alterada. Isto pode envolver modificacóes no método de recolha de dados (por exemplo, inquiricáo por correio em vez de entrevista por telefone ou pessoal), no tipo de pessoal no terreno envolvido, ou na natureza e organizacáo das operacóes no terreno (por exemplo, inquiridores fixos trabalhando isoladamente em vez de entrevistadores movéis trabalhando em equipas).

Em inquéritos a máo-de-obra de grande dimensáo, urna questáo importante pode ser a sua expansáo, tendo em vista servir de veículo para outros inquéritos relacionados. Isto pode requerer a adopcáo de um adequado desenho de amostra, para albergar as mais diversas necessidades.

Finalmente, deve ser mencionado que a reestruturacao profunda da amostra pode também ser urna oportunidade adequada para estabelecer urna nova amostra-máe a qual, conforme se referiu na Seccáo 3, pode servir as necessidades de diferentes ciclos do inquérito á máo-de-obra, assim como de outro tipo de inquéritos.

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Desenho e desenvolvimento do questionário

1. Introducáo Importancia das tarefas de desenvolvimento do questionário

Um dos aspectos mais importantes do desenho do inquérito, consiste na definicáo precisa dos dados a ser recolhidos e na traducáo das necessidades de dados e conceitos relacionados, em perguntas específicas que possam ser compreendidas e correctamente respondidas pelo inquirido. O desenho do questionário afecta todos os aspectos da qualidade de dados, incluindo a importancia, oportunidade e precisáo dos resultados; pode também ter um efeito importante sobre os custos do inquérito.

Um dos principios básicos no aperfeicoamento do desenho do inquérito, é o de redistribuir ou concentrar recursos onde eles sejam mais eficazes, para aumentar a qualidade dos dados. No aperfeicoamento do questionário, este principio dá uma elevada prioridade á distribuicáo de esforcos e recursos porque, em muitos situacoes, pode ser obtida uma reducáo substancial nos erros, com investimentos sensivelmente modestos na melhoria do conteúdo e desenho do questionário. Contudo, a falta de cuidado, atencao e recursos suficientes no desenvolvimento e desenho de bons questionários de inquérito é, na prática, surpreendentemente comum. Existem numerosos exemplos de inquéritos, em que .p desenho deficiente do questionário teve como resultado a recolha de dados nao utilizáveis ou, pelo menos, de fraca qualidade, e atrasos no seu processamento. Muitas organizares e pessoas dedicadas ás tarefas de inquéritos, nao valorizara completamente a complexidade do trabalho de desenvolvimento de bons questionários. Colocar conceitos e definicoes complicadas mima serie de perguntas relativamente simples, está longe de ser fácil, por diferentes motivos. Num inquérito com ampia cobertura, o mesmo conjunto de perguntas tem de servir para uma grande variedade de situacoes e de características dos inquiridos. Na prática, a tarefa de comunicar as perguntas e recolher a informacáo necessária, é uma operacáo descentralizada. Tem de ser confiada aos entrevistadores situados em diversas localidades, longe da vigilancia do departamento de controlo, facto para o qual nao há qualquer tipo de supervisáo e controlo que possa compensar completamente. Os entrevistadores diferem entre si quanto a motivacáo e compreensáo do conteúdo e procedimentos do inquérito. As diferencas e variacoes na linguagem tornam a tarefa aínda mais complicada. Além do mais, o questionário deve ir ao encontró, nao só dos requisitos de uma recolha de dados efectuada com precisáo, mas também de um processamento e análise de resultados eficiente.

Por conseguinte, o desenvolvimento do questionário exige uma variedade de qualificacóes: conhecimento do conteúdo temático do inquérito; completa familiaridade com as condicóes práticas, de acordó com as quais a informacáo tem de ser recolhida; conhecimento dos principios de funcionamento, instrumentos e técnicas do desenho de questionário, incluindo a qualificacáo de desenhador, que lhe deve dar forma e apresentacáo; e, ácima de tudo, uma capacidade para reparar em detalhes aparentemente insignificantes. Estas qualificacóes nao sao fácilmente encontradas nos organismos que realizam inquéritos e, de qualquer forma, só podem ser efectivamente utilizadas, se existem os sistemas de organizacáo e os procedimentos adequados para o trabalho de desenvolvimento do questionário.

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Inquéritos de populado activa

Apesar da complexidade da tarefa, parece existir urna crenca generalizada de que os questionários podem ser "realizados" de forma rápida e simples e que, qualquer pessoa que tenha "senso comum" e urna familiaridade geral com o trabalho de inquéritos, pode realizar ou, pelo menos, contribuir significativamente, para essa operacáo. Este optimismo pode advir do facto de que, o desenvolvimento de questionários como disciplina plena, nao parece requerer os mesmos niveis elevados de especializacáo, como acontece, por exemplo, com o desenho da amostragem, o processamento de dados e a análise estatística. Contudo, nao é esse o caso; a crenca geral na simplicidade básica da tarefa de desenho do questionário está fundamentalmente errada e pode afectar, de forma bastante negativa, a qualidade de todo o inquérito.

Como é natural, a dimensáo e a complexidade da tarefa envolvida no desenvolvimento do questionário, diferirá de um inquérito para outro, dependendo da natureza da informacáo a ser recolhida, do método de recolha de dados, do tipo de inquiridos e de entrevistadores envolvidos e da experiencia e conhecimento previos. Por exemplo, em países com um sistema perfeitamente estabelecido de inquéritos a máo-de-obra, a tarefa pode envolver, principalmente, melhoramentos periódicos e restruturacáo de um questionário que já tenha sido utilizado. Nesta situacáo, urna questáo importante será a introducáo de alteracóes, de forma a que se conserve a máxima comparabilidade com ciclos anteriores e seja minimizada, tanto quanto possível, a quebra de series temporais. Em geral, isto exigirá que apenas sejam introduzidas no questionário existente as alteracóes importantes, baseadas em necessidades claramente estabelecidas. A tarefa será mais substancial, quando um país lanca pela primeira vez um inquérito á máo-de-obra mas, mesmo nesse caso, pode ser possível aproveitar os métodos e as abordagens que, em certa medida, já tenham sido estabelecidos e comprovados. Isto deve-se a que, normalmente, as operacoes de inquéritos nacionais de grande dimensáo apenas sao realizadas com base em procedimentos consagrados, resultantes do desenvolvimento de Recomendacóes intemacionais, dos materiais prototipo disponíveis a partir de varias fontes e da experiencia, quer nacional, quer estrangeira, na realizacáo de inquéritos similares. Nestas condicoes, o trabalho de desenvolvimento do questionário consistirá principalmente na revisáo e análise da experiencia existente; na definicáo, táo precisa quanto possível, dos objectivos do inquérito e da necessidade de resultados; na redaccáo de um questionário que vá ao encontró dos requisitos específicos; e na testagem e avaliacao do esboco de questionário, mediante urna amostra de inquiridos relativamente pequeña, mas razoavelmente representativa, utilizando normalmente metodologías de recolha de dados mais ou menos consolidadas. As vezes, como é obvio, em novos inquéritos com necessidades específicas de dados e experiencia anterior insuficiente a que se possa recorrer, pode ser necessário recolher informacáo adicional de potenciáis inquiridos e realizar urna avaliacao mais aprofundada do que é exequível, ñas condicoes em que o inquérito vai ser realizado. Podem ter de ser utilizados métodos "qualitativos" especiáis de entrevista, tais como entrevistas por conversa informal, entrevistas em profundidade sobre temas concretos e entrevistas abertas semi-estruturadas com inquiridos chave ou que tenham sido especialmente seleccionados. Também podem ser úteis as entrevistas de grupo, organizadas de diversas formas, ou o estudo intensivo através da observacáo dos participantes. A utilizacáo de tais técnicas especiáis em investigacáo por meio de inquéritos é aínda bastante limitada, embora tenda a aumentar. Estas técnicas especiáis nao serao tratadas aqui, mas pode referir-se um estudo recente de Casley e Kumar (1988, Capítulos 2-4).

Requisitos organizativos previos O desenvolvimento de questionários de inquéritos é um processo passo-a-passo. Partindo de

urna definicáo inicial dos objectivos gerais do inquérito, elabora-se e especifica-se em detalhe o seu conteúdo, tomando-o operacional sob a forma de questóes reais, organizadas e estruturadas em um ou mais questionários, sendo entáo implementado o trabalho no terreno, e processada, avahada e analisada a informacáo. Esta tarefa passo-a-passo torna-se, cada vez mais, técnica e tém de ser envolvidos sistemas organizacionais e consultivos adequados, de forma a que sejam ponderadas as necessidades de alteracáo. Ainda que os detalhes dos sistemas concretos possam variar, existem tres pré-requisitos organizacionais básicos para um bom trabalho de

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Desenho e desenvolvimento do questionário

desenvolvimento do questionário. É particularmente importante prestar atençâo a estes pre­requisites ñas principáis operaçôes estatísticas, tais como os inquéritos nacionais à mäo-de-obra.

O primeiro requisito consiste em estabelecer sistemas adequados para as consultas entre utilizador e produtor. A determinaçâo de quai a informaçâo a ser recolhida e de quando o deve ser, é básicamente urna prerrogativa dos utilizadores; os produtores de estatísticas devem assumir estes requisitos como ponto de partida. Contudo, a interacçâo utilizador-produtor deve ser vista nos dois sentidos. Os conhecimentos técnicos dos desenhadores de inquéritos e dos especialistas na materia podem ajudar os utilizadores na identificaçâo das suas necessidades com maior clareza e detalhe. Neste processo, sao mais especificados os objectivos do inquérito, os quais podem mesmo passar por revisöes significativas à medida que sao analisados, tanto em si mesmos, como ñas suas possibilidades de execuçâo. É importante delimitar correctamente as funçôes de utilizadores e de produtores. Os utilizadores devem ocupar-se em especificar qua l a informaçâo que é necessária, isto é, os resultados fináis esperados. O como deve ser recolhida essa informaçâo (no que respeita à metodologia e desenho do inquérito, redacçâo das perguntas, etc.) deve ser deixado aos produtores, técnicamente melhor qualificados. Como é claro, as consultas entre produtores e utilizadores devem continuar em todas as etapas, mas serâo centradas sobretudo nos resultados importantes a ser obtidos do inquérito, e ñas correspondentes necessidades financeiras e de outros recursos. O desenho de questionários de inquérito através de "comissöes de utilizadores e produtores" pode dar lugar a um produto pobre, já que um sistema desses nao facilita a consideraçâo em detalhe de todas as questöes práticas e técnicas envolvidas.

Urna vez determinados o conteúdo do inquérito e os resultados fináis esperados, a tarefa de desenvolvimento do questionário torna-se mais específica e técnica. Isto requer a contribuiçâo multi-disciplinar de diferentes especialidades, incluindo os conhecimentos sobre o conteúdo do inquérito, as condiçôes e as operaçôes do trabalho no terreno, o processamento de dados e, ácima de tudo, sobre os principios de desenho de questionários. Para cumprir estes requisitos é necessário constituir urna equipa de desenho do questionário, a quai possui, ou é capaz de obter, as necessárias qualificaçôes especializadas.

O terceiro requisito básico consiste em estabelecer os sistemas adequados para inspecçào, avaliaçào e revisäo dos questionários. A revisâo deve ter urna base alargada, envol vendo nâo só as pessoas directamente responsáveis pela produçâo dos esboços, mas também, a niveis adequados, os utilizadores e os profissionais externos, os gestores de inquérito e os supervisores do trabalho no terreno. O processo de revisâo deve ser estruturado e sistemático. Deve referir-se, no entanto, que o grupo de revisâo de base alargada nâo é, em gérai, o grupo adequado para fazer as alteraçôes ou aditamentos fináis específicos aos projectos de questionário. Isto deve-se a que a revisâo dos questionários pode ser urna tarefa muito complexa, exigindo urna cuidada consideraçâo em numerosos detalhes. Tal tarera está melhor entregue a um pequeño grupo técnicamente qualificado, tal como a equipa de desenho de questionário anteriormente referida, a qual poderá entâo consultar um maior grupo de revisores, conforme as necessidades.

Ámbito do capítulo O material deste capítulo está organizado da maneira seguinte. As Secçôes 2 e 3 tratam dos

aspectos substantivos de desenvolvimento de questionários para os inquéritos à mäo-de-obra. Da mesma forma que em outras partes deste manual, pressupöe-se que o inquérito envolve entrevistas pessoais a agregados familiares e individuos. A Secçâo 2 fornece urna ampia descriçâo de desenho do questionário, como um processo passo-a-passo, desde a identificaçâo e delimitaçâo das necessidades de informaçâo ou dos resultados fináis esperados, até à especificaçâo das variáveis do inquérito e, finalmente, a sua traduçâo em perguntas concretas. A Secçâo 3 dá alguns exemplos de diagramas de fluxos de questionário de inquéritos nacionais à mâo-de-obra, a fim de mostrar as varias questöes envolvidas na determinaçâo do conteúdo dos questionários.

As Secçôes 4 e 5 ocupam-se de consideraçôes técnicas no desenho e implementaçâo do questionário. Estes principios e técnicas estâo menos dependentes do conteúdo específico do inquérito. O principio subjacente à escolha do desenho de questionário é o grau desejado de

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Inquéritos de populado activa

estrutura9áo ou normalizacáo do processo de entrevista. Em relacáo a isto, sao examinadas na Seccáo 4 certas questoes, tais como a redaccáo e interpretacáo das perguntas e a estruturacáo das categorías de resposta. A Sec9áo 5 trata dos aspectos da implementacáo do questionário em inquéritos de grande dimensáo.

Um exame completo e detalhado dos principios de desenvolvimento e desenho do questionário, com numerosas ilustracoes, está disponível em Nacoes Unidas (1985), o qual é um dos estudos técnicos desenvolvidos sob os auspicios do Programa das Nacoes Unidas para a Capacidade Nacional na Realizacáo de Inquéritos as Familias. Este capítulo utiliza muitas vezes o material apresentado nesse estudo. O trabalho realizado em conjunto com o Inquérito Mundial a Fertilidade também fornece material ilustrativo muito útil, especialmente sobre o desenho e apresentacáo de questionários textuais (Inquérito Mundial á Fertilidade, 1975) e sobre os manuais de instrucoes relativos as entrevistas, supervisáo, formacáo, edicáo, codificacáo e processamento de dados; estes foram publicados pelo Instituto Internacional de Estatística na serie básica de documentacáo do Inquérito Mundial á Fertilidade. Urna análise útil dos principios básicos é também dada em Jabine (1983).

2. Especificacáo do conteúdo e resultados do inquérito

Consideracoes básicas O desenho do questionário comeca com urna especificacáo detalhada e cuidadosa da

informacáo a ser recolhida. Ao determinar o conteúdo de um inquérito, é sempre desejável comecar pelo produto final esperado, caminhando entáo em sentido inverso, até ás ferramentas e procedimentos necessános para o conseguir. É também conveniente dar respostas precisas a muitas questoes de carácter geral, referentes ao desenho e metodología do inquérito, as quais infiuenciam as condicoes de recolha e processamento de dados. Estes temas já foram examinados no Capítulo 10 e incluem, por exemplo, decisóes respeitantes á populacáo alvo a ser abrangida, ao tipo e frequéncia da informacáo a ser recolhida, ás possíveis relacóes (substantivas e operacionais) do inquérito á máo-de-obra com outros inquéritos, o modelo de recolha de dados e os sistemas e procedimentos para processamento de dados. O conteúdo, a forma e o estilo do questionário utilizado, está dependente do como, de quem e por quem a informacáo será recolhida. Por exemplo, podem estar envolvidas consideracoes bastante diferentes, ao desenliar um questionário para ser utilizado para urna entrevista pessoal, em comparacáo com questionários elaborados para auto-inquiricáo ou entrevista telefónica. De forma semelhante, existiráo diferencas entre inquéritos onde a informacáo deve ser fornecida pelos inquiridos, referindo-se a eles próprios, e aqueles onde outras pessoas podem dar a informacáo necessána por intermediacáo; ou entre inquéritos que utilizam inquiridores especializados e muito preparados, e os que se realizam com entrevistadores nao especializados.

Antes de ser efectuada a especificacáo detalhada das variáveis e perguntas do inquérito, é necessário determinar os conceitos e definicóes subjacentes, de forma clara e em detalhe, indicando exactamente o que está incluido e o que é excluido, e de como as definicóes seráo aplicadas na prática. Urna deficiencia comum a muitos inquéritos é a de que, embora os documentos e relatórios do inquérito definam e categorizem conceitos ampios e complexos com muito pormenor, nem o próprio questionário, nem as instrucoes para os entrevistadores e os procedimentos de formacáo, desenvolvem com suficiente detalhe as perguntas e provas necessánas para a medicáo precisa destes conceitos. D exercício teórico de, algures, definir conceitos com clareza e detalhe é, neste caso, pouco útil.

Urna outra questáo básica é a da possível utilizacáo de mais do que um questionário no inquérito. Num dado inquérito á máo-de-obra, a informacáo pode ser recolhida para diferentes tipos e níveis de unidades, tais como individuos, agregados familiares e, também nalguns casos, comunidades. Para além disso, a informacáo sobre alguns temas pode ser recolhida para a totalidade da amostra, enquanto para outros pode ser suficiente a recolha de informacáo apenas de urna subamostra. A frequéncia com que a informacáo é necessária, pode nao ser a mesma para todos os temas. O tipo de pessoa que fornece a informacáo, pode também diferir entre diversos

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Desenho e desenvolvimento do questionário

grupos de temas. Por estas razóes e outras semelhantes, é muitas vezes necessário (e conveniente) utilizar mais do que um tipo de questionário num dado inquérito.

Embora a preparacáo de um plano de apuramentos detalhado, com instrucoes completas sobre a forma como cada quadro será construido, possa ter de esperar até á finalizacáo do questionário e do sistema de codificacáo, o conteúdo e os contornos básicos dos planos de apuramentos e da análise devem ser determinados, tao cedo quanto possível; o ideal será fazé-lo em simultaneo com a especificacáo do conteúdo do inquérito e, certamente, antes do desenho definitivo do questionário detalhado (Nacóes Unidas, 1985, p. 35).

Como mínimo, o esboco dos apuramentos deve especificar os títulos dos quadros, identificando as variáveis principáis a ser processadas, as variáveis secundarias a ser utilizadas para as classificacóes e os grupos de populacáo aos quais se aplicam os varios quadros. É também desejável mostrar as categorías de classificacáo no maior detalhe possível, embora estas possam necessitar de ajustamento numa etapa posterior, quando se conhecer melhor a distribuicáo da amostra das categorías de resposta. Nalguma etapa do processo de desenvolvimento do questionário será possível preparar "quadros simulados" que mostrem todos os detalhes, incluindo cabecalhos, colunas, linhas, margens, configuracáo, etc. Tais quadros simulados, sao úteis para salientar as falhas na informacáo que deve ser recolhida. Podem também servir para revelar informacáo ou detalhe desnecessários, que possam ter sido incluidos no projecto de questionário.

As observacóes anteriores sao aplicáveis, apesar de ter diminuido significativamente a importancia dos planos de apuramentos preestablecidos, devido á melhoria das possibilidades de processamento de dados, pelo menos nos países desenvolvidos. Os inquéritos sao realizados, cada vez mais, de forma a permitir urna maior ílexibilidade na análise dos dados, para além de produzirem um certo número de quadros preestabelecidos.

Especificagáo das variáveis do inquérito e dos diagramas defluxos do questionário

Variáveis do inquérito Depois de determinar o ámbito da informacáo a ser recolhida, os conceitos relacionados e as

definicóes e classificacóes a serem utilizadas, a etapa seguinte consiste na preparacáo de urna lista e descricáo detalhadas das variáveis do inquérito. Este trabalho pode realizar-se simultáneamente com a elaboracáo dos resultados que se espera obter do inquérito, na forma de quadros de dupla entrada e de análises. Geralmente, no desenvolvimento do questionário, é boa prática identificar as variáveis do inquérito antes de tentar formular sequéncias de perguntas concretas.

É útil distinguir entre variáveis do inquérito e rubricas do questionário. As variáveis do inquérito pretendem especificar o conteúdo da informacáo a ser obtida do inquérito a nivel de detalhe, enquanto as rubricas do questionário especificam a forma exacta com que a informacáo irá ser recolhida. Urna variável de inquérito pode nao ser equivalente a urna rubrica isolada do questionário. Por exemplo, a fim de obter urna informacáo mais precisa, o questionário pode exigir urna decomposicáo mais detalhada das rubricas, do que aquilo que é efectivamente necessário para a análise final. Podem também existir situacoes em que, por razóes práticas relativas á complexidade e extensáo do questionário, urna lista mais detalhada de variáveis do inquérito pode ter ser condensada numa serie abreviada (e possivelmente menos precisa) de perguntas, suprimindo algum do detalhe, ou transferindo-o para o manual de instrucoes e para o programa de formacáo dos inquiridores. Na realidade, dependendo da complexidade e da diversidade da situacáo de emprego a ser estudada, a maior parte dos questionários do inquérito á máo-de-obra exigem alguma simplificacáo deste tipo.

Deve referir-se que as próprias variáveis do inquérito podem ser definidas com maior ou menor detalhe e, no primeiro caso, a distincáo entre as variáveis do inquérito e as perguntas concretas, pode simplesmente tornar-se urna questáo de forma ou de texto. Por exemplo, a variável de inquérito "desemprego" pode estar desagregada em variáveis separadas, tais como "á procura de trabalho", "disponível para trabalhar", etc..

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Inquéritos de populacáo activa

Contudo, é útil manter a distincáo entre variáveis do inquérito com efectiva importancia e as perguntas específicas necessárias á inquirÍ9áo. É desejável desenvolver, em primeiro lugar, urna lista completa e detalhada das variáveis do inquérito e converté-la na forma de um questionário concreto, apenas numa etapa posterior, depois da lista ter sido analisada, revista e finalizada. Em comparacáo com a lista de variáveis do inquérito, o questionário detalhado deve ter em atencáo um conjunto de outros factores, tais como a sua redaccáo, organizacáo, ordenacáo, apresentacáo e outros aspectos de forma, para além do conteúdo básico da informacáo que é pretendido. Em nome da clareza e da oportunidade, poderá necessitar-se, por exemplo, de urna serie paralela de perguntas para as diferentes categorías de inquiridos, muito embora a informacáo obtida pelas varias sequéncias de perguntas, seja idéntica no seu conteúdo. Todos estes detalhes podem ocultar as questóes essenciais e dificultar, aos utilizadores e revisores, o controlo e a avaliacáo do conteúdo básico do inquérito. Pelo contrario, urna lista explícita de variáveis do inquérito, dando a definicáo das mesmas, especificando o que está incluido e o que está excluido, identificando a populacáo á qual elas se aplicam, listando as categorías de resposta, etc., pode descrever e transmitir o conteúdo do inquérito de forma mais clara e concisa. Urna lista deste tipo também facilitará o desenvolvimento de planos de apuramentos e de outros resultados a ser obtidos do inquérito.

Diagramas defluxos de questionário

Os varios módulos de diagramas de fluxos de questionário apresentados na Parte Um do manual, oferecem básicamente listas detalhadas de variáveis de inquérito ou rubricas da informacáo a ser obtida, tendo em conta as normas internacionais sobre estatísticas de populacáo activa, emprego, desemprego e subemprego (OIT, 1983). Nao pretendem ser perguntas específicas de inquérito, já que o número adequado de tais questóes e a sua exacta forma e redaccáo seráo determinados relativamente a cada questionário de inquéríto concreto, dependendo das circunstancias particulares, que podem variar de um país para outro. Por exemplo, no diagrama de fluxos 4 sobre emprego (Capítulo 5), a rubrica "qualquer trabalho" pode efectivamente necessitar mais do que urna pergunta, para obter a informacáo pretendida (por exemplo, perguntas exploratorias distintas para trabalhadores familiares nao remunerados e para quem trabalhou apenas por pouco tempo durante o período de referencia). De forma semelhante, como se explicou no Capítulo 2, a rubrica "lista de actividades" envolverá normalmente urna serie de perguntas, inquirindo para cada actividade especificada na lista, se foi, ou nao, exercida durante o período de referencia. Dependendo da situacáo, as perguntas sobre "ausencia ao trabalho" e "motivos da ausencia" podem necessitar de ser formuladas de diferentes formas, para diferentes categorías de situacáo na profissáo, tal como trabalhadores por conta de outrem e trabalhadores por conta própria. Ou pode ser necessárío introduzir perguntas específicas, para identificar grupos particulares, tais como pessoas com um emprego ou empresa a iniciar no futuro, em situacáo de suspensáo temporaria de trabalho, trabalhadores sazonáis ou ocasionáis, etc.. Um dos propósitos destes diagramas de fluxos é o de ilustrar o conteúdo da informacáo a ser recolhida sobre cada tema, sem a elaboracáo e o detalhe normalmente envolvidos no desenho de um questionário real e sem a necessidade de especificar o número, forma e redaccáo exactas das perguntas, nesta fase de desenvolvimento do questionário.

Quando apresentados de forma agregada, como acontece no Diagrama 9 reproduzido a seguir, os diagramas de fluxos também servem para ilustrar outro instrumento útil no desenvolvimento do questionário: urna representacáo gráfica (diagrama em rede ou de fluxos) da informacáo a ser recolhida, mostrando o fluxo da entrevista e a relacáo entre as rubricas e entre os subgrupos, na populacáo do inquérito á qual se aplicam. Desta forma, um diagrama de fluxos vai além de urna lista de variáveis do inquérito e proporciona urna ligacáo entre estas e o questionário plenamente desenvolvido. Tais representacóes gráficas podem ser igualmente úteis na clarificacáo da estrutura do questionário completo, incluindo as sequéncias de perguntas e os

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Desenvolvimento e desenho do questionário

Diagrama de fluxos 9. Emprego, desemprego, subemprego visível e principáis características económicas (Estnitura de actividade do momento)

Q10. Qualquer trabalho por urna remuneracSo, lucro ou ganho

familiar? Sim Nao

Ql 1. Alguma actividade da lista seguinte? (lista de actividades)

Sim Nao

Q20. Pluriemprego Q12. Ausencia ao trabalho

Sim Nao

Q23. Horas efectivamente trabalhadas em todas as actividades

tot > n horas tot < n horas

Ql3. Motivos da ausencia

Q24. Razao para trabalhar menos do que n horas

T

Q20. Pluriemprego

Q25. Á procura ou disponivel para trabalho adicional

Sim Nao

Q26. Tipo de trabalho adicional que procura/ para o qual está disponivel

Q27. Duracao de trabalho adicional que procura/está disponivel para

ou Folha de cálculo da distribuicáo do

tempo de trabalho

Q30. Pergunta filtro sobre procura de emprego ou disponibilidade para

trabalhar Sim Nao

Q31. Diligencias para procurar emprego

Sim

T— Nao

Q32. Razáo para nao procurar

emprego

Q33. Disponibilidade actual para trabalhar

Sim Nao

Q34. Teste de disponibilidade

Sim Nao n Q39. Razflo

Q40. Anterior experiencia de trabalho

Sim Nao =1

Q41. Actividade do principal (último) emprego

(a) Tipo de industria, servico ou actividade (b) Principáis produtos ou servicos, principáis funcSes

FIM

Q42. Profiss3o no emprego principal (último)

(a) Tipo de trabalho (b) Principáis tarefas e funcoes

Q43. Situacao na profissao no principal (último) emprego

FIM

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Inquéritos de populacáo activa

"tipos de saltos" a serem considerados. Podem, além disso, ajudar na formacao do entrevistador e no desenvolvimento de programas de computador destinados á edicáo, reformatacáo (recodificacáo) e apuramento de dados. Varios outros exemplos de diagramas de fluxos de questionário seráo proporcionados na Seccáo 3 deste capítulo. Para mais algumas ilustracoes, ver Nacoes Unidas (1985, pp. 174-178) e, em particular, Inquérito Mundial á Fertilidade (1976).

Traducao das vaháveis do inquérito em perguntas do inquérito Para construir um questionário de inquérito concreto, dados os conceitos, os requisitos de

informacáo e as variáveis de inquérito, os mesmos tém de ser transformados em series de perguntas específicas, compreensíveis e facéis de responder. A questáo básica é a do nivel de detalhe mais adequado para esta transformacáo.

Neste contexto, pode ser estatuido como principio geral, que a única garantia contra omissóes graves e falhas na informacáo ou na compreensáo, consiste em decompor em rubricas, com o detalhe necessário, a informacáo a ser obtida, e procurá-la relativamente a cada rubrica ou componente, mesmo que algum do detalhe possa ser amalgamado posteriormente, ñas fases de processamento e análise. Muitas vezes, os conceitos e definicóes utilizados nos inquéritos á máo-de-obra sao complexos e pode ser necessário desagregar urna só rubrica da informacáo requerida, mima serie de perguntas, nao necessariamente porque se precise de informacáo mais detalhada, mas porque a passagem ao detalhe é a única forma de assegurar que os inquiridos tém urna hipótese razoável de responder ao que lhes está a ser perguntado.

Por exemplo, considere-se o conceito complexo de "actividade económica" examinado no Capítulo 2. Em muitas situacoes, especialmente nos países em vias de desenvolvimento, a demarcacáo da actividade económica em relacáo a outros tipos de actividades, como a formacao, o servico voluntario e os cuidados domésticos, nao é fácil de estabelecer. Para além disso, grande numero de pessoas podem estar dedicadas a mais do que um tipo de actividade. O método convencional, utilizando urna única pergunta ou urna curta serie de perguntas, para identificar a actividade económica e as pessoas nela envolvidas, pode nao ser suficiente para medir a máo-de-obra. Um método que envolva urna listagem e urna inquiricáo explícita, de cada tipo de actividade principal e que tenha em considerado se as pessoas visadas estavam, ou nao, envolvidas nela, poderá dar urna maior exactidáo a esta informacáo complexa.

Os estudos experimentáis da Organizacáo Internacional do Trabalho descritos no Capítulo 2, proporcionam outro exemplo (OIT, 1983-84; OIT, 1986). No teste levado a cabo em Kerala, índia, foram utilizados dois tipos de questionários. O primeiro procurou obter a informacáo sobre desemprego, através de urna pergunta directa sobre a condicáo perante o trabalho dos inquiridos. A segunda versáo obteve a mesma informacáo, efectuando urna serie mais detalhada de perguntas sobre as actividades dos inquiridos. Os resultados mostraram algumas diferencas interessantes entre os dois métodos. Em relacáo á actividade do momento, a taxa media de participacáo obtida pelo segundo método, mais detalhado, foi superior em mais de cinco pontos percentuais á obtida pelo primeiro, o método abreviado. Foram também encontradas diferencas absolutas de magnitude semelhante (isto é, diferencas muito maiores em termos relativos) em taxas de desemprego do momento, diferencas que persistiram nos grupos de idade e sexo. Contudo, os dois métodos nao produziram resultados significativamente diferentes sobre taxas de participacáo e de desemprego em termos de actividade habitual, baseadas num período de referencia longo. Estes resultados evidenciam que, um conjunto de perguntas mais detalhado, pode captar melhor esse conceito de grande fluidez que é a condicáo perante o trabalho do momento, o qual, pelo menos neste estudo concreto, provoca diferencas reduzidas quanto á, mais estável, condicáo perante o trabalho habitual. Neste último caso, urna parte das diferencas pode ser consequéncia dos problemas de recordacáo, associados ao periodo de referencia longo utilizado para medir a condicáo habitual perante o trabalho.

No entanto, existem limites práticos para os detalhes que podem ser incluidos explicitamente em qualquer questionário. Existem muitas situacoes, ñas quais as condicóes práticas ditam a adopcáo de procedimentos simplificados ou abreviados, mesmo que seja entendido que os procedimentos mais rigorosos e detalhados, se exequíveis, iriam, de forma mais adequada, ao

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Desenlio e desenvolvimento do questionário

encontró dos objectivos do inquérito. O detalhe admissível pode, por exemplo, ser limitado pela incapacidade ou falta de vontade dos inquiridos para fornecer a informacáo, por limitacóes na extensáo e complexidade geral do questionário, pelo tempo disponivel para o trabalho no terreno e por capacidades limitadas quanto ao registo de dados e ao seu processamento.

Os objectivos do inquérito, o seu tema e as condicoes em que é realizado, sao os factores principáis que determinam o detalhe com que o conteúdo do inquérito se há-de reflectir no questionário. É preciso encontrar um equilibrio entre os requisitos de precisáo e a qualidade dos dados, por um lado, e as consideracoes de custo e viabilidade, por outro lado. Contudo, isto nao implica que, de questionários elaborados e detalhados, resultem sempre dados de elevada

a qualidade (embora assim seja a maioria das vezes), ou que abreviados formularios de perguntas sejam sempre menos dispendiosos. Recorrendo a demasiado detalhe, pode-se efectivamente prejudicar a qualidade da informacáo obtida, á parte os problemas práticos envolvidos na implementacáo. Por outro lado, a aparente brevidade do questionário pode, algumas vezes, ser engañosa. Se existirem falhas na distribuicáo adequada por rubricas e na desagregacáo de conceitos complexos em sequéncias de perguntas de maior facilidade de resposta, o questionário aparentemente "breve" pode, nao só resultar em dados de fraca qualidade, mas também ser de mais lenta ou difícil aplicacáo. Em bons questionários, a distribuicáo por rubricas é introduzida nao tanto para conseguir mais informacáo, mas para obter a informacáo necessária com mais precisáo, maior facilidade e, algumas vezes mesmo, mais rápidamente.

Estas consideracoes sao particularmente importantes no desenho do questionário para inquéritos á máo-de-obra. Estes inquéritos envolvem conceitos complexos e os seus resultados podem ser muito sensíveis, nao só aos conceitos e definicóes utilizados, mas também á forma como se aplicam realmente no questionário. Na seccáo seguinte seráo ilustradas estas questoes com exemplos tirados de inquéritos nacionais á máo-de-obra.

3. Algumas ilustracóes retiradas de inquéritos nacionais á máo-de-obra

Esta seccáo proporciona alguns exemplos de diagramas de fluxos de questionário a partir de inquéritos nacionais á máo-de-obra, com o objectivo de ilustrar varias questoes envolvidas na determinacáo do conteúdo do inquérito e da sua traducáo prática no questionário. Ao mesmo tempo, sao salientadas algumas questoes substantivas pertinentes, analisadas com maior pormenor na Parte Um deste manual.

Deve ser salientado que os exemplos de diagramas de fluxos de questionário dados adiante, nao pretendem representar "modelos" a ser seguidos. Eles reflectem os objectivos específicos do inquérito, os requisitos de dados e as condicoes de trabalho em determinados países, as quais podem ser diferentes das de outros. Deve ser também salientado, que o grau de conformidade com as normas internacionais varia entre os exemplos. Os exemplos dados, além disso, nao pretendem ser urna amostra representativa das práticas nacionais. Contudo, eles procedem de certos inquéritos a máo-de-obra perfeitamente estabelecidos, tanto em países em vias de desenvolvimento, como desenvolvidos, e representam urna vasta gama, desde um questionário breve (diagrama de fluxos 10), até outro bastante elaborado (diagrama de fluxos 13). Tais divergencias podem reflectir diferencas efectivas ou perceptíveis no ámbito da informacáo necessária aos países em causa, bem como no custo e noutros constrangimentos. Por vezes, algumas rubricas de informacáo, mesmo se desejáveis, podem ter de ser eliminadas do inquérito, para manter a simplicidade do seu conteúdo. Pela mesma razao, os questionários do inquérito podem proceder a abreviacóes, mesmo se isso significa a obtencáo de informacáo menos precisa do que aquela que podía ser obtida com sequéncias mais completas e detalhadas de perguntas.

Seráo efectuados comentarios sobre os quatro grupos de variáveis principáis: (1) actividade do momento e emprego; (2) desemprego; (3) subemprego; e (4) actividade habitual. Os inquéritos nacionais a máo-de-obra podem (e muitas vezes assim acontece) abranger também outras variáveis, tais como as características dos agregados familiares (ou familias), as características demográficas e sociais, educacionais, de rendimento e de migracáo e outras estreitamente relacionadas com o emprego e o trabalho.

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Inquéritos de populado activa

Actividade do momento e emprego

Actividade económica Como se referiu no Capítulo 2, a traducáo do conceito de actividade económica em

perguntas adequadas, é um requisito fundamental para a medicáo precisa do emprego e desemprego nos inquéritos á máo-de-obra. Contudo, para os entrevistadores e para os inquiridos, o conceito é complexo e a sua compreensáo subjectiva, em relacáo a termos como "actividade económica" ou "trabalho por um salario ou um lucro", podendo diferir daquilo que o conceito pretende abarcar. Podem surgir, especialmente, problemas de subestimacáo da actividade, em situacóes em que urna parte substancial da populacáo está ocupada em actividades que nao sao propriamente o emprego regular remunerado ou a título independente, tais como trabalho ocasional ou trabalho com horario reduzido, trabalho pago em géneros, trabalho no próprio domicilio, trabalho familiar nao-remunerado e producáo para auto-consumo. Estas situacóes podem afectar, em particular, as actividades das mulheres. Na prática, a maior parte dos inquéritos a máo-de-obra tentaram captar esta complexidade, apenas com urna ou poucas perguntas (normalmente urna pergunta introdutória formulada á volta da palavra chave "trabalho", de par com urna ou duas questóes exploratorias relativas ao tipo principal de actividade, a qual é omitida, em principio, na pergunta introdutória), complementadas em diferentes graus, nos manuais e na formacáo do entrevistado^ com explicacóes do conceito e de casos limite. Embora isto possa ser suficiente para inquéritos realizados em países desenvolvidos, pode, no entanto, necessitar de comprovacáo mais detalhada, onde o emprego regular remunerado está menos disseminado e as formas de emprego sao mais variadas. Por isso, é mostrado um método alternativo no Capítulo 2, utilizando urna lista de actividades.

Todos os diagramas de fluxos apresentados nesta seccáo seguem o método convencional, mas diferem ñas perguntas exploratorias que se seguem á pergunta introdutória: urna pergunta sobre o trabalho com horario reduzido (pelo menos urna hora durante a semana de referencia) no Diagrama 10; nenhuma pergunta exploratoria específica no Diagrama 11; urna pergunta sobre trabalho em quinta ou exploracao pecuaria própria/familiar no Diagrama 12; e urna pergunta sobre trabalho nao remunerado em negocio familiar no Diagrama 13. Cada urna destas perguntas exploratorias pode ser útil, na identificacáo de algumas formas de actividade económica que nao sejam o emprego regular remunerado. Dependendo da situacáo do emprego num país específico, pode, contudo, valer a pena, considerar a inclusáo de varias destas perguntas esploratórías no questionário, em especial quando nao seja possível incorporar urna lista completa de actividades.

Comparando o diagrama 10 com o 12, a diferenca importante consiste em que, este último, contém urna pergunta explícita sobre trabalho numa quinta ou exploracao pecuaria própria/familiar. Isto apesar do facto, de ambos os diagramas de fluxos terem sido recolhidos em países em vías de desenvolvimento, com urna grande proporcáo de populacáo envolvida no emprego agrícola a título independente. Em virtude das circunstancias do país, o questionário no Diagrama de fluxos 10 parece ser bastante "orientado para as zonas urbanas", urna prática que aparece aínda como sendo comum em inquéritos nacionais a máo-de-obra. Note-se também que a pergunta sobre trabalho na exploracao agrícola ou pecuaria própria/da familia, no Diagrama 12, é utilizada para dois subgrupos com finalidades distintas: (a) para pessoas com emprego, é usada para determinar o fluxo da entrevista, isto é, para "saltar" varias perguntas (sobre profissáo, formacáo, rendimento, etc.) que nao sao consideradas relevantes (ou importantes ou passíveis de resposta) para o grupo ocupado na exploracao agrícola ou pecuaria própria/da familia; (b) para pessoas que nao foram identificadas como com emprego ñas questóes anteriores, é usado como pergunta exploratoria adicional e explícita, a qual pode ser essencial para reduzir a subestimacáo de trabalhadores familiares nao remunerados e de pessoas envolvidas na producáo para consumo próprio.

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Desenho e desenvolvimento do questionarío

Diagrama de fluxos 10. Questionarío do inquéríto nacional á máo-de-obra: Exemplo 1

1. Actividade durante a semana anterior Trabalho por urna remuneracáo/ lucro Outro

2. Trabalhou pelo menos urna hora durante a semana anterior SIM NAO

3. Temporariamente ausente ao trabalho SIM NAO

4. Já alguma vez trabalhou

5. Total de horas trabalhadas (cada dia da semana) 6. Actividade do principal emprego 7. Situacáo na profíssáo

Trabalhador por conta de outrém Outras

8. Ganhos durante a anterior semana/ mes

9. Horas trabalhadas no emprego principal (cada dia)

10. Procurou emprego na semana anterior SIM NAO

11. Desejava obter um emprego na semana anterior

12. Diligencias efectuadas para encontrar emprego 13. Duracao da procura de emprego 14. Procurou emprego a tempo completo ou a tempo parcial

• FIM

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Inquéritos de populacáo activa

Diagrama de fimos 11. Questionárío de inquéríto nacional á máo-de-obra: Exemplo 2

ACTIVIDADE ECONÓMICA

1. Trabalhou por uma remuneracáo, lucro ou ganho familiar na semana anterior SIM NAO

2. Tem algum emprego, trabalho numa exploracao agrícola familiar ou empresa familiar onde voltará SIM NAO

3. Procurou emprego ou qualquer trabalho na semana anterior SIM NAO

4. Razoes para nao procurar emprego na semana anterior • Ern estabelecimento de ensino • Servico militar obligatorio Reformado • Doenca permanente/incapacitado

COM EMPREGO FIM

12, O seu presente emprego é o primeiro Sim Nao

13. Háquanto tempo está no emprego actual

14. Tempo que levou a encontrar emprego 15. Actividade durante o período de procura de emprego

16. O actual emprego é a tempo completo ou a tempo parcial A tempo completo A tempo parcial

17. O emprego é temporario, ocasional ou permanente

* (18 - 21 sao apenas feitas se Ql = Sim) 18. Horas efectivamente trabalhadas na última semana 19. Profissao 20. Ramo de actividade 21. Nome e morada do empregador/ estabelecimento

22. Situacao na profissao Empregador Trabalhador Trabalhador p/conta própria familiar nao Trabalhador p/conta de outrem remunerado

23. Rendimento bruto mensal obtido no mes anterior

FIM

INACTIVO

Doméstica Outros

5. Já trabalhou alguma vez Sim Nao

6. Ha quanto tempo deixou de trabalhar 7. Profissao mais recente 8. Razdes para deixar o último emprego

9. Disposto a aceitar emprego fora do domicilio com remuneracáo e condicoes de trabalho adequadas

Sim Nao

10. Prefere emprego a tempo completo ou a tempo parcial

11. Porque é que nao está disposto

FBVI FIM

DESEMPREGADO ("Sim" em Q3)

24. Diligencias feitas para encontrar emprego na semana anterior 25. Há quanto tempo procura emprego 26. Tipo de emprego procurado na semana anterior

27. Já trabalhara anteriormente . Sim Nao •FIM

28. Profissao anterior 29. Ramo actividade 30. Razoes para deixar o último emprego 31. Há quanto tempo deixou o último emprego

1

FIM

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Desenlio e desenvolvimento de questionárío

Diagrama de fluxos 12. Questionárío de inquérito nacional á máo-de-obra: Exemplo 3.

1. Actividade durante a maior parte dos 12 meses anteriores A trabalhar Frequéncia escolar/ Tarefas domésticas / Outra ncapacidade Permanente

2. Se esteve disponivel para trabalhar durante a maior parte dos 12 meses anteriores I FDvl |

3. Se trabalhou na semana anterior (de calendario) Sim N3o

4. Se tem um emprego ou actividade económica á qual possa voltar . Sim Nao

6. Se trabalha numa exploracáo agrícola/pecuaria familiar N3o Sim

7. Tem mais de um emprego 8. Profissao no principal emprego (maior número de horas de

trabalho) 9. Tempo que passou desde que acabou este emprego 10. Se recebeu urna formacáo profissional formal para este emprego

. Sim Nao

11. Duracao da formacáo 12. Objectivo principal da formacáo

13. Nome, morada, natureza, dimensao (emprego) e tipo de local (domicílio/ofra dele, fixo/nao fixo) de trabalho

14. Situac3o na profissao Por conta Trabalhadores Outra própria s/remu neracao

p/conta outrem

15. Recebeu alimentos , vestuario, etc., do empregador no mes anterior?

ló.Rendimentos brutos do trabalho na semana anterior

17. Horas trabalhadas em cada dia na semana anterior 18. Total de horas na semana anterior

<35 >35

21. Preferiria trabalhar mais horas?

Sim Nao FIM

22. Número de horas adicionáis que preferiria

23. Razoes para nao trabalhar mais horas Falta de Outras N3o dispo trabalho razoes nivel p/

trabalhar FIM

24. Tempo que decorreu desde que quiz trabalhar

FIM

19. Esteve também á procura de outro emprego?

Sim Nao

FIM

20. Iniciativas tomadas para encontrar trabalho

FIM

5. Tinha urna exploracáo agrícola/pecuaria onde trabalhar

Sim Nao

25. Desejava trabalhar na semana anterior? Sim .Nao

I i * FIM

26. Procurou trabalho na semana anterior? Sim N3o

27. Iniciativas tomadas para encontrar trabalho na semana anterior

28. Porqué? Indisponível para trabalhar

FIM Nao há trabalho disponivel

FIM Outras razoes

29. Há quanto tempo está disponivel e quer trabalhar?

30. Já trabalhou antes alguma vez? Nunca Sóna

explora caoagri cola/pecu aria da fa milia

Já teve outros empregos

FIM FIM 31. Situacao na profissao no último emprego 32. Profissao 33. Durac3o total desse tipo de trabalho 34. Recebeu formacáo profissional formal

Sim Nao

35. Tipo de formacáo 36. Nome,natureza,dimensao(emprego) e

localizacao do estabelecimento

T FIM

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Inquéritos de populacao activa

Diagrama de fluxos 13. Questionárío do inquérito nacional á máo-de-obra: Exemplo 4.

Parte A: Pessoas efectivamente a trabalhar durante a semana do inquérito

1. Trabalhou na semana anterior nalgum emprego, negocio ou exploracáo agrícola? Sim . Nao Incapacidade permanente para trabalhar

FIM

2. Trabalhou na semana anterior num negocio familiar sem remuneracao? Sim Nao Para a parte B

Pergunta 20

3. Teve mais do que um emprego na semana anterior? Sim Nao

4. Foi devido a urna mudanca de emprego na semana anterior? Sim Nao

5. Tipo de emprego actual 6. Tipo de trabalho em cada emprego 7. Emprego em que trabalhou mais horas

8. Tipo de emprego

9. Situacao na profissao Por conta Por conta própria com própria sem trabalhadores trabalhadores p/conta outrem p/conta outrem

Emprego remunerado por ordenado ou salario

Emprego remunerado em

géneros

Em negocio familiar sem remuneracao

Trabalho voluntario nao remunerado

10. Empresa de responsabilidade limitada

Para Parte C, Pergunta 42

11. Nome e morada da empresa/empregador 12. Actividade 13. (a) Dias em que trabalhou na semana anterior; (b) esteve algum tempo ausente; (c) trabalhou em horas extraordinarias 14. Total de horas trabalhadas

S 35 horas 1-34 horas menos de 1 hora

FIM

15. Trabalha normalmente menos de 35 horas? Sim Nao

Para parte B, Pergunta 30

16. Razoes para trabalhar menos do que 35 horas na semana anterior

17. Preferiria um emprego com 35 ou mais horas de trabalho? Sim Nao; nao sabe

18. Procurou um emprego a tempo completo ñas últimas quatro semanas? Sim Nao

19. Diligencias específicas efectuadas durante as últimas quatro semanas

FIM

FIM

"*" FIM

, FIM

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Parte B: Pessoas com emprego mas que nao estáo a trabalhar

Desenho e desenvolvimento de questionário

20. Tinha um emprego/negócio ou exploracao agrícola do qual esteve ausente na semana anterior devido a ferias, doenca ou outras razoes

I Sim Nao

21. Tinha mais do que um emprego na semana anterior? Sim Nao I

-»• Para Parte C. Pergunta 42

22. Tipo de trabalho em cada emprego 23. Emprego com o maior número de horas

24.Tipo de trabalho efectuado

25. Local de trabalho (endereco); 26. Actividade 27. Situacao na profissao

Emprego Emprego Por conta Por conta Em negocio remunerado p/ remunerado própria com própria sem familiar ordenado ou em trabalhadores trabalhadores salario géneros por c/outrem por c/outrem remunerado

Trabalhador voluntario nao remunerado

28. Empresa de responsabilidade limitada Sim Nao

Para Parte C, Pergunta 42

29 Razoes para estar ausente ao emprego (todas as razoes)

30. Razao para estar temporariamente ausente ao emprego Doenca/ Nao Trabalho acídente podía

ir trabalhar

insuficiente Todas as outras razoes (licenca, horario flexível, motivos pessoais, ferias, mau tempo. ava rías, etc.)

Greve, suspensao temporaria de trabalho

Razdes especiáis (inicio/ perda de emprego, trabalha < 1 hora)

31 .Recebe remunera cao nessa situacao

Sim Nao

32. Regressará ao emprego

Sim Nao. Nao sabe.

Parte C, Pergunta A.

33.Raz6es? Mau Outras tempo/ avarias

Parte C, Pergunta 42

34. Foi remunerado na semana anterior

Sim NSo

35. Tempo que esteve ausente do trabalho sem remuneracáo:

—.1/2/3 semanas . 2: 4 semanas ~

_• Parte C, Perjiunta 42

36. Tempo de ausencia ao trabalho < 4 semanas ¿ 4 semanas

37.Foi remunerado por algum período ñas 4 últimas semanas

Sim Nao ~~ -• Parte C, Per¡ unta 42

38. Horas trabalhadas habitualmente por semana: 2:35 —•FIM l a 3 4 I Nenhuma "• Parte C, Pergunta 42

39. Preferiría um emprego com mais horas por semana: Sim I

40. Procurou um emprego a tempo completo ñas últimas 4 semanas Sim I

41. Actividades especificas desenvolvidas para esse fim ñas últimas 4 semanas

Nao; N3o sabe FIM

Nao -*• FIM

- • FIM

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lnquéritos de populacáo activa

Diagrama de fluxos 13 (conclusao)

Parte C: Á procura de trabalho, incluido ou nao na máo-de-obra

42. Procurou um emprego a tempo completo durante as últimas 4 semanas Sim I Nao

43. Procurou um emprego a tempo parcial Sim Nao - FIM

44. Actividades específicas desenvolvidas para procurar trabalho durante as últimas 4 semanas 45. No caso de ter encontrado um emprego na semana anterior, poderia ter comecado a trabalhar?

Sim: Nao sabe Nao

46. Porqué? Doenfa ou acídente

47. Duracao da doenca < 4 semanas > 4 semanas

FIM

Deseja contar a trabalhar

Todas as outras razoes (escolaridade, motivos pessoais/fa miliares, etc.)

FIM

48. Quando espera comecar a trabalhar i < 4 semanas > 4 semanas

49. Poderia ter comecado a trabalhar na semana anterior? i Sim Nao

FIM

50. Data em que comecou a procurar trabalho 51. Há quanto tempo trabalhou, pela última vez, a tempo completo durante 2 semanas ou mais?

< 2 anos > 2 anos Nunca por Nunca > 2 semanas trabalhou

* FIM

FIM

52. Tipo de trabalho realizado 53. Endereco/localidade do empregador/empresa 54. Actividade 55. Situacao na Profissao

Conta própria Conta própria com trabalh. por conta deoutrem

sem trabalh. por conta deoutrem

56. Empresa de responsabilidade limitada

Nao Sim

57. Razoes para terminar esse emprego (todas

Emprego remunerado p/salário ou ordenado

Emprego remunerado em géneros

Trabalhador familiar nao remunerado

58. Razoes para deixar esse emprego Emprego de ferias sazonal ou temporario

59. Deixou o emprego para voltar aos estudos

Quaisquer outras razoes

Trabalho voluntario nao remunerado

60. Trabalhou a tempo parcial desde (data da Q 51) durante 2 semanas ou mais i Sim NSo —

61. Há quanto tempo trabalhou, pela última vez, a tempo parcial durante 2 ou mais semanas

•* FIM

276

FM

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Desenho e desenvolvimento do questionário

Ausencia temporaria ao trabalho Conforme se analisou no Capítulo 5, as pessoas com emprego compreendem, nao só aquelas

que estáo a trabalhar, mas também as que tém um emprego ou empresa e que estáo temporariamente ausentes ao trabalho durante o período de referencia. As normas internacionais especificam certos criterios para determinar a ausencia temporaria ao trabalho, distinguindo entre emprego remunerado e emprego a título independente. No caso do emprego remunerado, estes criterios sao baseados na nocáo de vínculo formal ao emprego, definido em termos de recepcáo continuada de ordenado ou salario, garantía de regresso ao trabalho (ou um acordó quanto á data de regresso), ou o tempo decorrido de ausencia ao trabalho. Os criterios sao menos elaborados no caso de emprego a título independente. Na prática, para empregadores e trabalhadores por conta própria, a ausencia temporaria ao trabalho pode ser determinada com base na existencia continuada da empresa e na duracáo da ausencia.

A atencáo que deve ser dada, num questionário concreto, a inquiricáo precisa da categoría "temporariamente ausente ao trabalho", depende da dimensáo e importancia da categoría, em comparacáo com o custo e complexidade que envolvería a sua investigacáo detalhada no questionário. O diagrama de fluxos 4, apresentado no Capítulo 5, propoe essencialmente a inclusáo explícita de duas rubricas de informacáo: se a pessoa tinha um emprego ou empresa do qual ele/ela esteve temporariamente ausente e o motivo da ausencia, extraído de urna lista específica. Nao se incluí qualquer outro ponto para o exame dos varios criterios de "vinculo formal ao emprego" ou "existencia continuada da empresa", na assuncáo de que, em muitos países, será suficiente fornecer directnzes adequadas no manual do entrevistador, para que seja comprovada esta questáo. Entre outras coisas, estas directrizes devem clarificar que a categoría excluí as pessoas com um emprego ou empresa a iniciar no futuro, os trabalhadores familiares nao remunerados, os trabalhadores ocasionáis e, em geral, todas as pessoas ausentes ao trabalho e que nao tém qualquer vínculo formal ao emprego ou cuja empresa nao funciona durante a sua ausencia. Contudo, foi referido no Capítulo 5, que as perguntas adicionáis podem ser necessárias, quando os padróes de trabalho prevalecentes fazem apelo a urna identificacáo mais precisa da categoría.

As sequéncias de perguntas nos diagramas 10-12 sao mais breves e menos precisas do que aquelas que sao apresentadas no diagrama 4. Apenas é incluida urna pergunta acerca de "se a pessoa tinha um emprego ou empresa onde voitar", sem inquirir dos motivos para a ausencia temporaria. Da análise no Capítulo 5 resulta que, o acréscimo de urna pergunta sobre os motivos da ausencia pode ser útil em varios aspectos, incluindo a possibilidade de maior aprofundamento da pergunta anterior e, assim, de urna identificacáo mais clara das circunstancias que tornaram a ausencia temporaria ao trabalho urna classificacáo aceitável, contando como um elemento para a medicáo do subemprego. A menos que se obtenha informacáo equivalente de outras rubricas do questionário, a omissáo desta pergunta introduz urna aproximacáo aos resultados, que será, ou nao, importante, dependendo da importancia da categoría em circunstancias nacionais concretas.

Pelo contrario, o diagrama de fluxos 13 incluí urna sequéncia de perguntas muito mais elaborada sobre o tema, do que o diagrama 4. Em primeiro lugar, a própria redaccáo da pergunta introdutória (se tinha emprego/negócio ou exploracáo agrícola da qual esteve afastado) sugere algumas razoes possíveis (ferias, doenca, outra), as quais podem ajudar a clarificar o conceito ao inquirido. Em segundo lugar, os motivos para a ausencia temporaria estáo ligados á situacáo na profissáo (como está implícito ñas normas internacionais), fazendo uso de listas separadas de motivos para (a) trabalhadores por conta de outrem remunerados e empregadores/trabalhadores por conta própria com urna sociedade de responsabilidade limitada e (b) para outros empregadores/trabalhadores por conta própria e trabalhadores familiares nao remunerados, excluindo explicitamente trabalhadores voluntarios nao remunerados. Em terceiro lugar, para o subgrupo (a) sao colocadas varias perguntas específicas, em funcáo do(s) motivo(s) para a ausencia, do criterio que define o vínculo formal ao emprego, nomeadamente a recepcáo de compensacáo/pagamento no período de ausencia, a duracáo da ausencia e a expectativa de retorno ao emprego com o mesmo empregador. Este tipo de abordagem envolve claramente urna

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Inquéritos de populado activa

bem elaborada sequéncia de perguntas com urna complexa "trajectória de saltos", cujo custo terá de avaliar-se em relacáo á utilidade da informacáo obtida em circunstancias específicas.

Desemprego De acordó com a classificacáo internacional tipo de desemprego (ver Capítulo 6), os

desempregados sao pessoas ácima de certa idade especificada que estavam (a) sem emprego durante o período de referencia, (b) actualmente disponíveis para trabalhar, e (c) á procura de emprego, isto é, tinham tomado medidas específicas, durante o periodo recente determinado (como, por exemplo, as quatro últimas semanas), para encontrar um emprego remunerado ou a título independente. O criterio de disponibilidade refere-se á capacidade e vontade para trabalhar, dada urna oportunidade para isso. No que concerne o criterio de procura de emprego, é importante abranger, nao só aqueles que procuram emprego remunerado, mas também os que procuram estabelecer a sua própria empresa. A definicáo tipo de desemprego incluí também as pessoas sem emprego e actualmente disponíveis para trabalhar, que tomaram as disposicoes necessárias para iniciar um emprego remunerado ou a título independente numa data subsequente ao período de referencia, quer continuem ou nao a procurar emprego (incorporacóes futuras). Para além do mais, as pessoas temporariamente em situacáo de suspensáo de trabalho (sem vínculo formal ao emprego) e actualmente disponíveis para trabalhar, podem ser incluidas entre os desempregados, mesmo quando nao estáo a procurar activamente emprego. É obvio que, a extensáo com que um questionário de inquérito á máo-de-obra (e/ou manual de instrucóes do entrevistador) deve explicitamente tratar de criterios complexos e situacóes variadas na identificacáo dos desempregados, depende das circunstancias e das necessidades de dados específicas.

Um aspecto relacionado e particularmente relevante nos países em vias de desenvolvimento, diz respeito á possível utilizacáo de urna definicáo modificada de desemprego, na qual o criterio de procura de emprego é abandonado. Tal disposicáo foi tomada ñas normas internacionais, para situacóes em que os meios convencionais de procura de emprego tém urna importancia limitada, onde o mercado de trabalho está bastante desorganizado ou é de ámbito limitado, onde a absorcáo de máo-de-obra é, no momento, inadequada, ou onde a máo-de-obra é predominantemente constituida por trabalhadores por conta própria. Na prática, o grau de abandono do criterio de procura de emprego pode variar, apelando para todas ou, apenas, certas categorías de pessoas (por exemplo, trabalhadores sazonáis esperando pela estacáo alta, trabalhadores desencorajados, etc.). Como se referiu no Capítulo 6, com o abandono total ou parcial do criterio de procura de emprego, o criterio de disponibilidade torna-se um elemento crucial para a medicáo do desemprego e deve ser testado com maior precisáo em termos da vontade actual de trabalhar, experiencia de trabalho anterior, tipo de trabalho aceitável, etc..

O diagrama de fluxos 6, apresentado no Capítulo 6, procura englobar estes diversos requisitos. Incluí perguntas sobre o desejo de trabalhar, actividades de procura de emprego, razóes para nao procurar emprego e disponibilidade actual para trabalhar, complementadas aínda por um teste de disponibilidade e por perguntas sobre a razáo para a náo-disponibilidade e sobre a permanencia em emprego anterior. A pergunta sobre as razóes para nao procurar emprego, serve para identificar, nao só as incorporacóes futuras e as pessoas em situacáo de suspensáo temporaria de trabalho, mas também outras categorías de pessoas que nao procuram emprego, como base para o abandono do criterio de procura de emprego. O diagrama permite assim varios graus, entre a total e a nula flexibilizacáo do conceito de desemprego. As sequéncias correspondentes nos diagramas 10-13 diferem, em maior ou menor grau, do diagrama 6 do Capítulo 6. Por exemplo, nos diagramas 10 e 11 a informacáo sobre disponibilidade actual para trabalhar é apenas obtida das pessoas que nao procuram emprego, assumindo que as pessoas que procuram activamente emprego durante o período de referencia, (semana anterior) devem estar disponíveis para trabalhar. Contudo, pode nao ser este o caso, para pessoas que procuram emprego que terá inicio numa data posterior. No diagrama de fluxos 10, a pergunta é formulada de modo bastante vago, em termos de desejo actual para trabalhar, enquanto no diagrama 11, na formulacáo da pergunta, é especificado o tipo de trabalho aceitável,

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Desenho e desenvolvimento do questionário

sendo acrescentada urna pergunta adicional sobre a preferencia em termos de tempo completo/tempo parcial, como teste adicional sobre a disponibilidade.

Nos diagramas 10 e 11, as razóes para nao procurar emprego, ou nao sao de todo inquiridas, ou nao o sao de urna forma que permita a identificacáo, quer das pessoas em situacóes especiáis (incorporacóes futuras, suspensáo temporaria de trabalho), quer de situacóes em que seria adequado flexibilizar a definicáo de desemprego. Para além disso, nem a questáo introdutória, nem as predeterminadas categorías de respostas (que nao sao mostradas na ilustracáo) á pergunta sobre "actividades desenvolvidas para procurar emprego", abrangem claramente a situacáo em que o emprego procurado é o independente, e nao o emprego remunerado. As consequéncias deste abreviar do questionário podem redundar numa seria subestimacáo de certos grupos, como por exemplo, aqueles que procuram emprego a título independente, ou aqueles que nao procuram emprego por alguma razáo aceitável. Ambos estes grupos podem ser grandes e importantes nos países em vias de desenvolvimento.

No diagrama 12, a sequéncia é mais parecida com a do diagrama 6, aínda que mais simples. A principal diferenca reside na nao inclusáo de perguntas explícitas sobre disponibilidade actual para trabalhar, embora exista urna pergunta sobre o "tempo decorrido desde que está disponível e deseja trabalhar"; em vez disso, a informacáo sobre a disponibilidade para trabalhar (efectivamente, sobre a náo-disponibilidade) aparece como urna categoría de resposta á pergunta sobre as razóes para nao procurar emprego. Este é outro exemplo de urna abreviacáo no questionário, que pode ter sido considerada aceitável, tendo em vista as circunstancias e as necessidades de dados de um país em particular.

Um aspecto comum dos diagramas 10-12 é que, para variáveis como procura activa, disponibilidade e desejo de trabalhar, o período de referencia utilizado é o mesmo (a semana anterior). Esta escolha pode ter resultado de alguma simplificacáo da entrevista, mas como se explicou na Parte Um deste manual, os periodos de referencia diferentes podem muitas vezes ser mais adequados para estes tipos distintos de variáveis. E isso que se procura obter no Diagrama 13, com considerável detalhe. Os períodos utilizados sao: as últimas quatro semanas, para procura de emprego; a semana anterior, para a disponibilidade para trabalhar; e as próximas quatro semanas, para incorporacóes futuras. Aqueles que tenham estado doentes ou com lesóes que os tenham impedido de comecar a trabalhar ñas quatro semanas anteriores, sao também identificados separadamente. Do que se expós anteriormente, resulta urna sequéncia de perguntas bastante complicada. Um outro aspecto do Diagrama 13 é que, contrariamente ao diagrama 6, nao existe qualquer pergunta sobre as razóes para nao procurar emprego, nem testes adicionáis de disponibilidade. Isto significa que estas perguntas nao sao estritamente necessárias, quando o criterio de procura de emprego é rígidamente aplicado, sem nenhuma flexibilizacáo para os "trabalhadores desencorajados" e outros grupos semelhantes.

Subemprego Foi assinalado no Capítulo 7 que é preciso distinguir as duas principáis formas de

subemprego: o subemprego visível, reflectindo urna insuficiencia no volume de emprego; e o subemprego invisível, caracterizado por factores como o baixo rendimento, baixa produtividade e subutilizacáo de qualificacóes. No desenho de questionário do inquérito á máo-de-obra, tem de ser tomada urna decisáo relativamente á quantidade e á forma da informacáo sobre subemprego, que necessita de ser obtida (e pode sé-lo, na prática) ñas circunstancias nacionais específicas. A medicáo do subemprego invisível nos inquéritos nacionais á máo-de -obra pode ser particularmente difícil. Reconhecendo estas dificuldades, as normas internacionais estatuíram que, por razóes operacionais, a medicáo estatística de subemprego pode ser limitada ao subemprego visível. Contudo, a medicáo dessa forma de subemprego, embora mais viável, requer também um certo número de perguntas, conforme se examinou em detalhe no Capítulo 7.

As normas internacionais consideram dois elementos na medicáo do subemprego visível: o número de pessoas em situacáo de subemprego visível e a quantidade de subemprego visível. As pessoas nessa situacáo, sao identificadas com base em tres criterios: (a) trabalho de duracáo inferior ao normal; (b) carácter involuntario dessa situacáo; e (c) procura ou disponibilidade para

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Inquéritos de populado activa

trabalho adicional no período de referencia. Estes criterios sao aplicáveis ao conjunto da populacáo com emprego, isto é, ás pessoas com emprego remunerado e as pessoas com emprego a título independente, e tanto ás que estáo a trabalhar, como ás que se encontram temporariamente ausentes. Para medir (a), um método simples será o de perguntar directamente aos inquiridos se eles trabalham a tempo completo ou a tempo parcial, ou se trabalharam menos do que a duracáo normal. Contudo, pode ser necessário um método mais elaborado para obter dados de qualidade aceitável, especialmente em países em vias de desenvolvimento, onde as horas de trabalho da maioria da populacáo nao estao contratualmente reglamentadas. As horas trabalhadas durante o período de referencia e as horas normáis, necessitam de ser obtidas separadamente e ser comparadas. O significado de "horas normáis" é urna questáo complexa e a sua avaliacáo individual nos inquéritos pode mostrar-se difícil. Por conseguinte, na prática, pode ser necessário recorrer a um método altamente simplificado, tal como a utilizacáo de urna norma uniforme para todas as actividades e para todas as categorías de trabalhadores. Ao adoptar um sistema desse tipo, tem de se ter cuidado para excluir, das pessoas em subemprego, aquelas que declaram trabalhar menos horas do que as estabelecidas pela norma uniforme mas que, mesmo assim, devem ser consideradas plenamente ocupadas, dado que o trabalho a tempo completo na sua actividade nao envolve mais horas (por exemplo, professores, juizes). Para além do mais, ao determinar o total de horas trabalhadas durante o período de referencia, tem de se ter em conta o pluriemprego e, também, a possível necessidade de inquirir as horas trabalhadas em cada dia, separadamente, quando o período de referencia é urna semana completa. Quanto mais variável ou irregular for a situacáo, mais elaborada terá de ser a sequéncia de perguntas, para obter urna informacáo fiável. A aplicacáo do criterio (b), a natureza involuntaria de urna duracáo do trabalho inferior a normal, requer normalmente a avaliacáo da razao subjacente (ou nao requer de todo, no caso de pessoas temporariamente ausentes ao trabalho). Estas razóes podem ser obtidas com base em declaracóes espontáneas dos inquiridos ou, cada razao principal, pode ser explícitamente inquirida a partir de urna lista. Em certos casos, pode ser necessária urna comprovacáo adicional, para determinar se urna razáo é voluntaria ou involuntaria. O criterio (c), procura ou disponibilidade para trabalho adicional, no contexto da medicáo do subemprego, serve principalmente como filtragem das pessoas que estao a trabalhar involuntariamente menos horas que o normal. Consequentemente, as perguntas podem ser mais simples do que as relativas ao mesmo tema, no contexto da medicáo do desemprego. A quantidade de subemprego visível refere-se ao tempo total disponível para trabalho adicional durante o período de referencia, atribuido a cada pessoa em situacáo de subemprego visível. Assim, para além do número de pessoas visivelmente em subemprego, a avaliacáo da quantidade de subemprego visível requer informacáo sobre a duracáo de trabalho adicional procurado ou para o qual a pessoa se encontra disponível, até ao limite da duracáo normal de trabalho.

A partir do que se referiu ácima, fica claro que a medicáo precisa do subemprego necessitará de urna batería de perguntas convenientemente elaborada e, por isso, ñas aplicacoes práticas, a simplificacáo pode algumas vezes ser inevitável. Os quatro diagramas de fluxos, dados anteriormente nesta seccáo, diferem mais ou menos significativamente uns dos outros e da sequéncia apresentada no Capítulo 7. No diagrama 11, nao sao incluidas quaisquer perguntas sobre subemprego visível, já que procede de um país onde essa questáo nao tem, provavelmente, grande significado. No diagrama 10, o qual é proveniente de um país em vias de desenvolvimento, onde o problema do subemprego é mais importante, as perguntas incluidas no tema dizem respeito ás horas efectivamente trabalhadas (obtidas separadamente para cada dia durante a semana de referencia, para assegurar urna maior precisáo), á procura ou desejo de um trabalho adicional ou diferente, se esse emprego adicional é a tempo completo ou a tempo parcial e as diligencias específicamente efectuadas para o encontrar. Nao existem perguntas sobre os motivos para trabalhar poucas horas, ou nao trabalhar de todo, durante a semana de referencia, assumindo que todas as pessoas que procuram ou desejam trabalho adicional ou diferente, estáo a trabalhar menos horas por razóes involuntarias. A informacáo obtida sobre a duracáo do trabalho adicional procurado, está limitada a urna pergunta bastante ampia sobre se a pessoa procurou um emprego a tempo completo ou a tempo parcial. A sequéncia está formulada em termos daqueles

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Desenho e desenvolvimento do questionário

que procuram/desejam um emprego remunerado e nao contempla adequadamente os trabajadores por conta própria. O diagrama 12, que é também de um país onde a questáo de subemprego é importante, inclui urna sequéncia de perguntas que é mais parecida com a que foi mostrada no Capítulo 7. Tomando 35 horas por semana como norma do emprego a tempo completo, pergunta específicamente aos que trabalharam menos do que essas horas, durante a semana de referencia, se teriam preferido trabalhar mais, qual o número de horas de trabalho adicionáis desejadas e os motivos para nao trabalhar mais. Desta forma, a sequéncia identifica se o facto de trabalhar menos horas tem carácter involuntario, sendo obtida urna medida da quantidade de subemprego visível. A mesma sequéncia é também aplicada aos que estáo temporariamente ausentes ao trabalho. Aqueles que trabalharam a tempo completo (35 ou mais horas), durante a semana de referencia, sao inquiridos sobre se estáo á procura de mais trabalho e acerca das diligencias efectuadas para o encontrar, presumivelmente para obter um indicador aproximado de subemprego invisível. Finalmente, o Diagrama 13 pergunta pelas razóes por que se trabalha menos do que as horas normáis (definidas como 35 horas semanais), durante a semana de referencia, apenas no caso das pessoas que trabalham normalmente 35 ou mais horas, pressupondo a involuntariedade do trabalho com horario reduzido, para as pessoas que efectiva e habitualmente trabalham menos do que 35 horas e preferem/procuraram um emprego com mais horas. Por outro lado, o criterio de preferencia/procura adicional de trabalho nao é avahado para aqueles que efectivamente trabalharam menos do que 35 horas, mas que habitualmente trabalham mais; o mesmo se aplica a pessoas temporariamente ausentes ao trabalho, que habitualmente trabalham 35 horas ou mais. Ao contrario do diagrama 12, a sequéncia nao permite (e nao está provavelmente desenliada para isso) urna medicáo exacta da quantidade de subemprego visível.

Actividade habitual A discussao anterior é feita, básicamente, em termos de actividade do momento, medida em

relacáo a um curto período de referencia. Contudo, como se analisou no Capítulo 4, em países cuja actividade económica tem significativas variacoes sazonáis ou outras, de carácter regular ou irregular, é importante obter informacao sobre o modelo dominante de actividades, ao longo de um maior periodo de referencia como, por exemplo, um ano. A medicáo da condicáo perante o trabalho habitual, com base num periodo de referencia longo, apresenta em geral problemas mais serios, do que a medicáo instantánea da actividade do momento, utilizando um curto período de referencia. A escolha básica situa-se entre dois tipos de abordagens: (a) a medicáo repetida da actividade do momento durante certo tempo, para que abranja adequadamente o desejado período mais longo; ou (b) utilizando o próprio período mais longo como período de referencia, num inquérito retrospectivo. Muitas vezes, a opcáo (a) nao é viável, por causa da elevada carga de trabalho e dos custos envolvidos. A necessidade de medicóes repetidas e, eventualmente, de articulacáo da informacao sobre os mesmos individuos ao longo de varios ciclos de inquérito, pode também complicar o seu desenho e implementacao. Por outro lado, a opcáo (b) pode sofrer graves erros de resposta devido aos longos períodos de recordacáo envolvidos e, também, dada a complexidade dos padróes de actividade individuáis ao longo de um período grande, como é o de um ano. Esta é urna das razóes pelas quais as duas abordagens podem dar resultados diferentes. A sequéncia de perguntas necessánas para urna medicáo retrospectiva da actividade habitual, com precisáo, pode ser bastante complexa, exigindo por sua vez um desenho muito cuidado, e um aprofundado teste e avaliacáo do questionário. Na prática, muitos inquéritos á máo-de-obra e recenseamentos da populacáo podem ter de apoiar-se em sequéncias de perguntas simplificadas e abreviadas para medir a actividade habitual, devido as limitacoes práticas envolvidas na utilizacáo de um longo periodo de referencia.

Na inquiricáo retrospectiva, a precisáo e utilidade da informacao pode ser melhorada, dividindo o período de referencia total em segmentos temporais ou períodos adequados, e inquirindo, separadamente, para cada período. Existem varias razóes importantes para este método, nao obstante o aumento da extensáo do questionário que lhe está subjacente. Em primeiro lugar, inquirindo separadamente para cada período, pode ajudar o processo de recordacáo. Por exemplo, conforme se viu no Capítulo 4, a recordacáo més-a-més (em

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Inquéritos de populado activa

comparacáo com a de todo um ano) pode ajudar a reduzir os erros de omissáo e os que se relacionam com a duracáo. De modo semelhante, a qualidade dos dados pode ser melhorada em relacáo ás actividades agrícolas, inquirindo separadamente para cada estacáo durante o ano agrícola e para cada período de inactividade sazonal. Em segundo lugar, a divisáo do longo período de referencia em segmentos de inquiricáo mais pequeños, pode também ajudar a avaliacáo correcta da principal condicáo perante o trabalho.

Recorde-se que, na estrutura de actividade habitual, os individuos sao classificados em primeiro lugar como habitualmente activos ou habitualmente inactivos, dependendo do tempo que a pessoa esteve na situacáo de "com emprego ou desempregado", na maior parte (ou mais do que urna proporcáo especificada) do período de referencia longo; só entáo, e quando fpr adequado, se subdividem os habitualmente activos em pessoas com emprego e desempregados, de acordó com a sua condicáo principal. É evidente que os resultados podem diferir, mais ou menos de acordó com a escolha específica das unidades de tempo utilizadas para determinar a condicáo habitual (p.ex. dias, semanas, quinzenas ou meses), dependendo da variabilidade do padráo de actividade dos individuos. Na maior parte das circunstancias, é improvável que urna única pergunta geral sobre a principal condicáo perante o trabalho, seja suficiente para urna aplicacáo apropriada e uniforme do conceito.

O conceito de "habitualmente activo" inclui, tanto a condicáo de emprego (incluindo as ausencias temporarias ao trabalho), como a de desemprego. É a duracáo combinada destas duas condicoes que determina se urna pessoa deve ser classificada, ou nao, como habitualmente activa, durante o longo período de referencia. Isto significa que, inquirindo separadamente (como mo diagrama 12) se a pessoa estava (a) com emprego durante a maior parte do período de referencia ou (b) desempregado durante a maior parte do mesmo período, nao serve para identificar plenamente a populacáo habitualmente activa, a qual é definida em termos de duracáo total das condicoes de com emprego e de desempregado.

Urna solucáo para estes problemas consiste em obter as duracóes e os períodos efectivos de emprego, desemprego e inactividade económica de urna forma que assegure que as mesmas nao estáo sobrepostas e que se adicionan) para obter a duracáo total do período de referencia longo. Um exemplo deste método, utilizando períodos de recordacáo de parte do mes, ao longo do ano, foi dado no Capítulo 4.

4. Principios e técnicas de desenho de questionário

Estruturaqdo da entrevista Urna questáo fundamental no desenho de questionário é a do grau com que a entrevista deve

ser "estruturada". A estruturacáo máxima implica o uso de procedimentos pre-especificados e uniformes na conducáo da entrevista, sem nenhuma margem de manobra para o entrevistador na escolha da sequéncia ou texto das perguntas, ou quanto á forma e categorías de registo e codificacáo das respostas. Este método exige que os entrevistadores sigam a redaccao exacta, especificada para cada pergunta do questionário, fornecendo-lhes instrucóes detalhadas sobre como e com quem devem realizar a entrevista e especificando, tanto para o entrevistador, como para o entrevistado, as categorías exactas para o registo das respostas a cada urna das perguntas.

Em multas situacoes, pode ser desejável um alto grau de estruturacáo do processo da entrevista, por exemplo, quando o inquérito coloca perguntas dificeis sobre atitudes ou opinióes, para as quais as respostas podem depender decisivamente da formulacáo exacta da pergunta. Em primeiro lugar, tais inquéritos podem envolver urna grande quantidade de pessoal operativo, cujas capacidades e qualificacóes podem nao ser uniformes ou uniformemente elevadas e, assim, toma­se importante impor procedimentos normalizados. Em segundo lugar, as entrevistas estruturadas servem para produzir dados que sejam mais facéis de codificar e processar, aspecto que pode ser de vital importancia em inquéritos de grande dimensáo, gerando grandes volumes de dados. Em terceiro lugar, a estruturacáo e o controlo contribuem para obter a comparabilidade, ao longo do tempo nos inquéritos continuos. Todas estas consideracoes sao normalmente importantes em inquéritos nacionais á máo-de-obra e em outros de grande dimensáo.

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Dcsenho e desenvolvimento do questionário

Por outro lado, a máxima estruturaçâo e normalizaçâo nao é o melhor método em todas as circunstancias. Existem situaçôes em que é desejável dar flexibilidade ao entrevistados na escolha da forma de efectuar as perguntas e no modo de registar as respostas. Por exemplo, as condiçôes em que se desenvolve a entrevista, o idioma ou outras características dos inquiridos, podem ser tâo variadas, que nao é possivel especificar em detalhe quaisquer procedimentos satisfatórios normalizados; ou, se especificados, nao seräo provavelmente respeitados, devido a problemas práticos na conduçào da entrevista. De forma semelhante, quando o tema do inquérito é complexo, podem ser necessárias comprovaçôes detalhadas durante a entrevista, exigindo considerável flexibilidade e iniciativa da parte do entrevistados Em geral, quanto maiores forem as qualificaçôes e a experiencia dos entrevistadores e quanto mais eles estiverem motivados, mais razöes existem para flexibilizar a escolha da forma de colocar as perguntas durante a entrevista.

Em funçâo das circunstancias e das necessidades, o desenho prático do questionário exige urna escolha adequada, entre os procedimentos de entrevista altamente estruturados e um método nao estruturado e exploratorio. Em relaçâo a isto, devem ser referidos alguns pontos de carácter geral, mas importantes. Em primeiro lugar, na maioria das circunstancias, nenhuma das duas soluçôes extremas é desejável ou praticável. Em segundo lugar, a escolha deve ter em conta os objectivos e condiçôes do inquérito; é errado ser-se dogmático acerca da superioridade geral de um método sobre o outro, como tem acontecido algumas vezes em discussöes sobre "método de questionário face ao método da listagem" (ver mais adiante). Em terceiro lugar, a estruturaçâo do questionário envolve um certo número de factores; alguns podendo estar mais normalizados do que outros. Entre esses factores incluem-se os seguintes:

(1) prescriçôes para controlos cruzados e resumos de informaçâo dentro do questionário, com o objectivo de obter consistencia interna nos dados recomidos;

(2) explicaçôes e instruçôes para o entrevistador; (3) redacçâo das perguntas e maneira pela qual as mesmas sao comunicadas ao inquirido; (4) estruturaçâo das categorías de respostas, isto é, a forma como se regista a informaçâo

obtida; (5) divisäo do questionário em secçôes; (6) ordenaçâo das perguntas e instruçôes de "salto". Estes temas seräo examinados sucessivamente ñas subsecçôes seguintes.

Prescriçôes para controlar a consistencia e os procedimentos Podem ser feitas prescriçôes no questionário, para o controlo cruzado da consistencia interna

e/ou plausibilidade da informaçâo obtida pelo entrevistador, tanto no momento da entrevista, como na subséquente validaçâo, já no organismo estatístico. A introduçâo deliberada de rubricas redundantes pode permitir o controlo cruzado em varios pontos do questionário. O questionário pode também incluir rubricas adicionáis de informaçâo sobre a identificaçâo do inquirido, as condiçôes da entrevista, a presença de terceiras pessoas durante a entrevista e a avaliaçâo, pelo entrevistador, da fiabilidade da informaçâo obtida.

A maioria dos inquéritos incluem alguma especificaçâo sobre procedimentos na entrevista, escolha do inquirido, regras para repetiçâo da entrevista, etc.. O requisito de que tais detalhes sejam registados explícitamente em cada questionário, serve para assegurar e controlar que estâo a ser cumplidos os procedimentos específicos.

Instruçôes para os entrevistadores O questionário do inquérito é um instrumento de comunicaçâo do conteúdo do inquérito,

tanto para o entrevistador, como para o inquirido. É importante distinguir claramente entre estes dois objectivos da comunicaçâo. Existem varios exemplos de desenhos de questionário deficientes, nos quais esta distinçào nâo foi tida em conta de forma clara. Algumas vezes, o desenhador do questionário fornece instruçôes detalhadas e directrizes para o entrevistador, mas sem esclarecer se estas instruçôes se destinam a ser comunicadas ao inquirido, nem a forma como isso deve ser feito. Tal facto pode fácilmente acarretar urna perda de controle sobre os procedimentos da entrevista e urna irregular qualidade do trabalho.

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Inquéritos de populado activa

De facto, é possível formular o questionário de duas maneiras. A primeira, é dirigida principalmente ao entrevistador, a quem as instrucoes mais ou menos detalhadas sao disponibilisadas, para assegurar que ele compreende totalmente o significado das perguntas e os correspondentes procedimentos da entrevista. O modo de comunicar a informacáo necessária ao inquirido, durante a entrevista, nao é normalizada nem estruturada, sendo esse assunto deixado ao criterio do entrevistador. A segunda opcáo consiste em dirigir o questionário principalmente ao entrevistado, normalmente de urna forma completamente textual (veja-se mais achante), esperando-se que o entrevistador adira ás perguntas, da maneira como estáo formuladas. Cada urna destas formas impoe urna certa estrutura no processo da entrevista.

Apresenta-se a seguir um exemplo de um questionário dirigido principalmente ao entrevistador, que deve decidir qual a informacáo adicional necessária e de que forma a mesma deve ser obtida.

Q. Natureza do emprego principal do inquirido Actividade (ver lista de códigos) Quando o código da actividade nao é claro, obter o nome e a morada do empregador. Se tem um emprego a título independente, descrever a natureza do trabalho.

A seguir, apresenta-se um exemplo de urna pergunta dirigida ao inquirido, retirada de um inquérito recente. É um exemplo negativo, visto que nao é claro se a frase entre paréntesis tem de ser lida ao inquirido, em que caso nao faz sentido englobá-la entre paréntesis, ou se é entendida como urna explicacáo para o entrevistador. Neste último caso, nao se explica a forma como será comunicada ao inquirido esta informacáo complementar, sendo ela essencial para esclarecer o conceito de "trabalho lucrativo".

Q. Efectuou algum trabalho lucrativo (por urna remuneracao, lucro ou ganho familiar) durante os últimos 12 meses?

Independentemente do estilo de formulacáo das perguntas, quase todos os questionários contém, pelo menos, algumas instrucoes ou explicacoes para o entrevistador. A inclusáo no questionário, de instrucoes para o entrevistador, desempenha um importante papel na estruturacáo da entrevista e assegura a aplicacáo de normas uniformes. É mais provável que as instrucoes importantes sejam ignoradas, quando aparecem apenas no manual de instrucoes ou em qualquer outro sitio, e nao no próprio questionário. Um ponto fundamental a ser considerado, é o da quantidade adequada de detalhe a ser incluido no questionário, sob a forma de instrucoes para o entrevistador. Por um lado, é importante incluir instrucoes claras e abundantes sobre todas as rubricas essenciais e críticas; por exemplo, os entrevistadores devem conhecer quem deve ser o inquirido, como seguir o fluxo de perguntas e efectuar os "saltos" necessários, onde registar as respostas e, quando relevante, como comprovar e obter esclarecimentos ou informacáo adicional. O questionário básico do Inquérito Mundial á Fertilidade fornece urna boa ilustracáo de instrucoes claras e completas para o entrevistador (Inquérito Mundial á Fertilidade, 1975). Por outro lado, é igualmente importante que se evite sobrecarregar desnecessariamente o questionário, com instrucoes complicadas. Após alguma formacáo e experiencia no terreno, a maior parte dos entrevistadores depressa aprendem a lidar com a maioria das perguntas e, muitas vezes, nao se torna para eles, nem necessário, nem desejável, que tenham de 1er muitas instrucoes detalhadas durante todas e cada urna das entrevistas.

Redaccao e traducao das perguntas Na formulacáo das perguntas, urna consideracáo importante é a de como elas devem ser

enunciadas e até que ponto o entrevistador deve seguir precisamente a sua redaccao durante a entrevista. Esta questáo pode ter de ser decidida bem cedo, no processo de desenvolvimento do questionário, porque ela determina a sua dimensáo física (e, assim, o custo de producáo e os trabalhos de impressáo necessários), as necessidades de traducao em situacóes de pluralidade lingüística, a forma adequada de formacáo e de entrevista, e a qualidade dos dados obtidos.

Podem existir varias razoes para utilizar perguntas textuais, isto é, perguntas totalmente sob a forma de texto. O fornecimento de textos exactos aos entrevistadores, pode contribuir para assegurar urna aplicacáo uniforme dos procedimentos da entrevista. Na realidade, algumas

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Desenho e desenvolvimento do questionário

perguntas sao táo sensíveis á forma como sao redigidas, que é necessário insistir para que sejam postas exactamente de urna determinada forma, mesmo quando os entrevistadores sao altamente qualiñcados e experientes. As perguntas delicadas e relativas a atitudes, nao sao os únicos tipos de perguntas em que isto pode ser necessário. Mesmo para as denominadas perguntas concretas, pode ser importante urna redaccáo precisa para comunicar ao inquirido o contexto, o período de referencia, a informacáo exacta que se procura, e o que deve ser excluido e incluido na resposta. As perguntas textuais podem também ajudar na transicáo suave de um conjunto de perguntas para outro e para definir adequadamente o contexto do novo conjunto.

Apesar destas vantagens, existem situacóes ñas quais nao é possível, necessário, nem mesmo desejável, especificar a redaccáo exacta e detalhada de cada pergunta. Os exemplos sao relativamente claros: perguntas simples, onde nao se ganha nada em escrever a redaccáo completa e exacta; situacóes complexas, onde é impossível para o entrevistador seguir a redaccáo exacta, devido á diversidade das condicoes de inquérito, do idioma ou de outras características do inquirido; o volume e o alto custo de producáo dos questionários textuais, que pode ser proibitivo; e a crescente complexidade do fluxo de perguntas no questionário, quando tém de ser dadas redaccóes diferentes para as mesmas perguntas, em consequéncia das diferentes categorías de inquiridos. O último requisito mencionado, pode resultar num formulario de questionário complexo e extenso, com difículdades para o entrevistador em acompanhar o fluxo de perguntas, em ver a relacáo entre as varias rubricas de informacáo, e em controlar os dados relativamente a sua integridade e consistencia interna durante a entrevista.

Quando as perguntas nao se especificam sob a forma de um texto exacto, mas antes figuram mima lista de rubricas a ser inquiridas, tal situacáo é geralmente referida como método de listagem. É importante assinalar que o método de listagem nao significa, necessariamente, que as rubricas a ser inquiridas sejam reduzidas e especificadas com menor detalhe, do que no método do questionário textual. A listagem nao é um questionário abreviado. Apenas é abreviada a forma ou redaccáo com que a pergunta é especificada. Isto significa também que, muitas vezes, as perguntas nao tém de ser repetidas na listagem, nos casos em que diferentes categorías de inquiridos necessitam de enunciados ligeiramente distintos, como é o caso nos questionários estritamente textuis. Por ambas as razóes, a dimensáo física das listagens pode ser muito menor do que o equivalente questionário textual.

O método de listagem é conveniente, onde a complexidade e a variedade de condicoes de entrevista requeiram flexibilidade na forma como é obtida a informacáo; quando a complexidade do tema e a limitada capacidade do inquirido para fomecer a informacáo, impóem o recurso frequente a urna comprovacao profunda e á realizacáo de perguntas alternativas para obter a informacáo; e quando a equipa de entrevistadores é expeliente e teve urna boa formacáo, pelo que se pode confiar nela para apresentar adequadamente as perguntas em diferentes situacóes. A utilizacáo do método de listagem, é particularmente adequado a situacóes em que o tipo de informacáo procurado é predominantemente quantitativo, e nao é sensível á exactidáo das palavras e frases utilizadas; e quando nao existem "tipos de saltos" complicados e as perguntas podem ser convenientemente adaptadas a urna forma mais compacta, dentro da listagem.

Ao escolher urna formulacao adequada de perguntas, tém de se comparar as vantagens de um maior controlo, normalizacáo e clareza do método do questionário textual, face as vantagens de brevidade e de maior flexibilidade fe-mecidas pelo método de listagem. A questáo reside, essencialmente, na quantidade de orientacóes que devem ser dadas ao entrevistador e ao inquirido no decurso da entrevista, através do instrumento do inquérito. Como se viu anteriormente, a solucáo depende das perguntas e das circunstancias do inquérito. Sao dados exemplos de ambos os tipos de métodos nos Apéndices 5 a 13, retirados de inquéritos nacionais á máo-de-obra.

A redaccáo de perguntas mima forma abreviada, nao evita urna inquiricáo detalhada; apenas se pretende que proporcione urna maior margem de manobra. Muitas vezes, é adoptado o método de listagem, mais por razóes de conveniencia e de economía, do que para encorajar a flexibilidade e variabilidade do trabalho de entrevista. De forma similar, o objectivo de definir as perguntas em questionários textuais normalizados, pode visar principalmente a instrucáo dos entrevistadores

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Inquéritos de populacáo activa

sobre a maneira como as perguntas podem ser formuladas adequadamente, na maior parte das circunstancias, em vez de adoptar urna postura rígida sobre o modo como devem ser redigidas, em todas as circunstancias. De facto, um dos perigos da utilizacáo do método de listagem simplificado é o de que, os desenhadores do inquérito, podem nunca desenvolver a forma como as perguntas deviam efectivamente ser postas, visto que eles nao tém que as definir aquando do desenho do instrumento do inquérito.

Em muitas situacoes, pode ser adequado ter urna mistura de perguntas textuais, cuja redaccáo é plenamente especificada no questionário, e urna listagem mais concisa, em forma de quadro, na qual apenas é especificada a informacáo a ser obtida. Por exemplo, perguntas chave, tais como a de saber se a pessoa esteve dedicada a alguma actividade durante o período de referencia, podem necessitar de ser redigidas de forma muito cuidadosa e precisa, sendo preferível especificá-las o mais possível no questionário. De maneira semelhante, as perguntas sobre actividades de procura de emprego devem assegurar que sao compreendidas, como estando a abranger, nao só o emprego remunerado, mas também o emprego a título mdependente. Pelo contrario, pouco se perde ao expressar determinadas perguntas (p. ex. "duracáo da ausencia ao trabalho") de urna forma breve.

No que se refere á redaccáo das perguntas, a experiencia mostra que, normalmente, nao tem grande utilidade colocar perguntas longas, com descricóes complicadas e advertencias dentro do questionário. Na maioria dos casos, os entrevistadores acham essas perguntas muito enfadonhas: eles ignoram simplesmente as advertencias complicadas, no momento de efectuar a pergunta. Se os detalhes sao importantes, é preferível dividir essas perguntas em series mais simples; se nao sao particularmente importantes, pode ser mais fácil prescindir de algumas délas.

Quando sao utilizadas as perguntas textuais, num contexto de pluralidade lingüística, é importante que elas sejam traduzidas nos idiomas mais comummente utilizados na entrevista. Muitos países tém pluralidade lingüística ou, pelo menos, tém varios dialectos principáis. Os idiomas formalmente oficiáis podem diferir, significativamente, dos idiomas e dialectos de uso comum, e sao estes últimos que tém importancia na realizacáo de um inquérito que abranja a totalidade da populacáo. A situacáo é particularmente complexa em muitos países africanos. É evidente que a questao da traducáo nao pode ser ignorada, dadas as importantes implicacóes nos custos do inquérito e na qualidade dos dados obtidos. Aínda que o problema do idioma nao tenha sido investigado a fundo nos inquéritos á máo-de-obra, pode ser feita referencia a alguma pesquisa e experiencia válidas do Inquérito Mundial á Fertilidade (ver, por exemplo, Scott e outros 1988).

Estruturacao das categorías de resposta

Perguntas abertas e perguntas fechadas A especificacao ao entrevistador, do tipo e variedade de respostas esperadas, e a

comunicacáo ao inquirido, das categorías de resposta, é um aspecto igualmente importante no desenho do questionário. As perguntas totalmente "abertas", de um lado, e as totalmente "fechadas", do outro, estáo situadas nos dois extremos.

Numa pergunta completamente aberta, é permitido, tanto ao inquirido como ao entrevistador, um ámbito máximo de variacáo individual na especificacao e registo das respostas. Espera-se que o entrevistador coloque a pergunta, sem influenciar a forma ou tipo de resposta originada. O inquirido é livre de escolher a sua própria estrutura de referencia e a terminologia da resposta, a qual será registada textualmente pelo entrevistador, de novo sem dar orientacoes quanto ao tipo de resposta. No outro extremo, estáo as perguntas totalmente fechadas, as quais especifican! explícitamente as dimensoes, unidades de resposta e categorías relevantes, por via das quais as respostas devem ser seleccionadas. Estas podem, ou nao, ter de ser comunicadas, tanto ao entrevistador, como ao inquirido.

Podem ser brevemente referidas as vantagens relativas das duas formas. As perguntas abertas procuram evitar os enviesamentos que poderáo resultar das sugestóes implícitas, inerentes á forma fechada. Elas dáo relevancia as explicacóes dadas e a espontaneidade da resposta. Sao

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Desenlio e desenvolvimento do questionário

mais adequadas para investigacoes aprofundadas. Num sentido bastante diferente, a forma aberta pode permitir abreviacoes (mas normalmente á custa da qualidade da informacáo obtida); pode ser usada urna única pergunta aberta mais geral, para substituir urna longa serie de perguntas fechadas. Entre as razóes práticas para a utilizacao de perguntas abertas, incluem-se:for) a falta de informacáo disponivel, para desenvolver precodifícacáo que abranja todas as respostas possíveis e relevantes, e (b) o facto de, amiúde, existirem demasiadas categorías de respostas, para que seja possível urna precodifícacáo (p. ex. para perguntas sobre profissáo e actividade). Contudo, as perguntas abertas criam normalmente mais difículdades no registo, codifícacáo e processamento, do que as perguntas fechadas.

Frequentemente, os objectivos de conteúdo e análise do inquérito requerem a identificacáo de respostas específicas, o que se obterá mais adequadamente, utilizando a modalidade de perguntas fechadas. Entre as possíveis vantagens das perguntas fechadas incluem-se: urna especifícacáo mais clara do contexto e do conteúdo da pergunta; urna forma mais conveniente de obtencáo e registo das respostas; em geral, um maior controlo e normalizacáo do processo de entrevista; urna reducáo na variabilidade do entrevistador e das respostas; e, ácima de tudo, urna simplificacáo das tarefas de codifícacáo e de processamento de dados. Um requisito principal para a utilizacao de perguntas fechadas, é o de que o desenhador do questionário deve estar apto a identificar as respostas mais frequentes, agrupando-as num número de categorías passíveis de serem trabalhadas, sem que se confundam ou envíesem as respostas que sao efectivamente dadas pelo inquirido. O tipo e número de categorías de resposta tém de ser escolhidos, relacionando-os com a distribuicáo esperada das respostas, com o objectivo da pergunta e com o tipo de análise pretendida.

É importante referir que, na prática, existe um todo continuo ou progressividade, no nivel de estruturacáo fíxada entre os dois extremos: o das perguntas totalmente abertas e o das totalmente fechadas. Em primeiro lugar, muitas perguntas sao parcialmente abertas. Isto. significa que a maior parte as respostas sao pré-determinadas e pré-codificadas, embora seja também incluida urna categoría aberta (p.ex. "outra, especifique...") para abarcar as respostas nao abrangidas pelas pré-codificacóes.

Nesta etapa, seráo úteis alguns exemplos. Em quase todos os inquéritos á máo-de-obra, a maioria das perguntas sao totalmente fechadas; o exemplo mais simples e comum é o das perguntas para as quais, as únicas respostas possíveis, sao "sim" ou "nao" (p. ex. a pergunta 21 na Figura 10). Um exemplo comum de perguntas abertas em inquéritos á máo-de-obra, é-nos dado pelas perguntas sobre profissáo e actividade (p. ex. a pergunta 22 na Figura 10). As perguntas sobre as razóes para a ausencia temporaria ao emprego, para nao procurar emprego, etc., sao, em geral, parcialmente fechadas: a maior parte das categorías importantes sao preestabelecidas, deixando urna categoría aberta ("outro, especifique") para casos nao abrangidos (p. ex. pergunta 53 na Figura 10). A pré-especificacáo de categorías serve para varias finalidades. Reduz o trabalho envolvido no registo e codifícacáo das respostas; pode assegurar que é obtida a informacáo pertinente sobre as categorías de maior interesse; pode contribuir para direccionar correctamente o fluxo das perguntas, o qual pode depender da resposta obtida (p. ex. pergunta 51 na Figura 10); e pode ajudar na obtencáo de informacáo mais consistente, por exemplo, entre ciclos de um inquérito.

Em segundo lugar, é possível formular perguntas total ou parcialmente fechadas para o entrevistador (isto é, para fins de registo de respostas), mas permanecendo essencialmente abertas no que se refere ao inquirido (isto é, quanto á formulacáo da resposta). Ao inquirido é colocada urna pergunta aparentemente aberta (isto é, sem especifícacáo das categorías de resposta), enquanto o entrevistador é munido com urna lista pré-codificada de categorías de resposta, dentro da qual deverá englobar a maioria ou a totalidade das respostas obtidas. O principal objectivo desta modalidade é o de facilitar a tarefa de registo e codifícacáo de respostas, mais do que fornecer orientacoes, propriamente ditas, ao inquirido.

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Inquéritos de populacao activa

Figura 10. Exemplos de especificacáo de categorías de respostas

21. TE VE MAIS DO QUE UM EMPREGO NA SEMANA ANTERIOR?

Sim (Passar a Q24)

Nao

22. QUE TIPO DE TRABALHO EFECTUOU?

51.TRABALHA-

PARA UM EMPREGADOR POR UM SALARIO OU ORDENADO? (Passar a Q55)

NO PRÓPRIO NEGOCIO COM TRABALHADORES POR C/OUTREM? SEM TRABALHADORES POR C/OUTREM?

SEM REMUNERACÁO NUM NEGOCIO FAMILIAR? (Passar a Q53)

QUAIS SAO AS SUAS CONDICÓES DE TRABALHO?

Pagamentos em géneros (Passar a Q55)

Trabalho voluntario nao remunerado (Passar a Q68)

53. PORQUE ESTEVE AUSENTE AO TRABALHO NA SEMANA ANTERIOR?

Doenca ou acidente próprios

Ferias/motivos pessoais

Nao há empregos disponiveis

Mau tempo/A varias

Em greve/encerramento temporario da actividade.. ..

Outros

D D

D D D D

D D

D D D D D D

Fonte: Instituto de Estatística da Australia: Inquérito áMao-de-Obra, Australia. Camberra. 1985. Catálogo N° 6203.0

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Desenho e desenvolvimento do questionárío

Um aspecto relacionado com o anterior, deriva de as perguntas poderem diferir quanto ao grau com que a variedade de respostas "permitidas" é comunicada, explícita ou implícitamente, ao inquirido. Num dos extremos, as categorías de resposta podem ser evidentes, a partir da pergunta (p.ex. simples respostas de sim-náo), ou estarem plenamente especificadas no enunciado da. pergunta. Alternativamente, podem ser mencionadas na pergunta apenas algumas das categorías de resposta mais importantes ou comuns, possivelmente como exemplos, sem excluir outras respostas possíveis. Pelo contrario, noutro tipo de perguntas, as categorías de resposta possíveis podem nao ser, de todo, obvias, a partir da própria pergunta. Estas variantes servem para controlar o processo de resposta em graus diferentes e podem produzir diversos perfis de resposta para a mesma pergunta.

A convencáo seguida no diagrama 10, consiste em usar letras maiúsculas para as perguntas e categorías de resposta que precisam de ser totalmente lidas em voz alta pelo entrevistador; as minúsculas sao reservadas para a codificacáo das respostas dadas pelos inquiridos, enquanto as letras em itálico sao utilizadas ñas instrucóes para o entrevistador. Vale a pena referir a diferenca entre a pergunta 51 e a pergunta 53 na figura. Ambas as perguntas sao textuais (visto que se utilizam maiúsculas para o texto da pergunta). Na pergunta 53, o entrevistador nao le em voz alta (comunica) as categorías de resposta ao entrevistado, mas regista as respostas, tanto quanto possível, em categorías preespecificadas (fechadas). Por conseguinte, a pergunta é fechada (á parte alguma categoría residual "outros") para o entrevistador, mas essencialmente aberta para o inquirido. Pelo contrario, na pergunta 51, pede-se ao entrevistador para 1er em voz alta as categorías de resposta, urna por urna desde o principio, como parte da pergunta.1 Desta forma, a pergunta 51 é básicamente fechada, tanto para o entrevistador, como para o inquirido. Contudo, ela também mostra que é possível a existencia de outras modalidades mais complexas: a última categoría respeitante a "condicóes de trabalho" é, ela própria, urna pergunta exploratoria, para a qual as respostas sao fechadas para o entrevistador, mas nao o sao para o inquirido.

Na maior parte dos inquéritos de grande dimensáo e para quase todas as rubricas, as perguntas total ou parcialmente fechadas sao claramente preferíveis as perguntas abertas. As perguntas abertas devem ser apenas íntroduzidas, quando exístam razóes claras que as justifíquem, como acontece quando a forma fechada é nítidamente inadequada para urna pergunta particular, existe falta de informacáo para precodificar as respostas ou, algumas vezes, dada a conveniencia significativa e a brevidade derivadas da utilizacáo dessa forma aberta e menos específica. As perguntas abertas podem ser usadas com maior frequéncia em estudos preliminares, exploratorios ou de pequeña dimensáo, e no desenvolvimento e teste de questionários de inquéritos. As respostas textuais podem ser úteis na melhoria do enunciado e da forma das perguntas, e para identificacáo das categorías de resposta, tendo em vista facilitar o "encerramento" das perguntas, para posterior aplicacáo no inquérito principal.

Perguntas com resposta única e múltipla Outro importante aspecto diz respeito á distincáo entre perguntas com resposta única e

múltipla. Nos inquéritos á máo-de-obra, tal como nos inquéritos de muitos outros tipos, a maioria das perguntas permitem apenas urna resposta única. Contudo, existem perguntas para as quais, a permissáo de respostas múltiplas, pode permitir urna informacáo mais rica e analíticamente mais útil. Para além disso, em certos tipos de perguntas, a insistencia mima resposta única pode tórna­las mais arbitrarias e dificeis de efectuar. Exemplos de casos, nos quais pode ser útil permitir a resposta múltipla, incluem perguntas sobre temas como: medidas tomadas para procurar emprego, razoes para nao estar disponivel para trabalhar ou nao desejar trabalhar, etc..

A admissáo de respostas múltiplas pode ter, contudo, os seus próprios problemas. As respostas múltiplas sao, em geral, mais dificeis de tratar ñas fases de entrevista, codificacáo e processamento. Os resultados sao,. normalmente, mais dificeis de analisar e apresentar.

1 Acidentalmente, neste caso, as instrucoes indicam, efectivamente, que se pare logo que se tenha obtido urna resposta positiva. A ¡nstrucao nao está especificada no questionárío mas é contemplada, presumivelmente, no manual e na formacao dos entrevistadores. Em alternativa, especialmente para entrevistadores menos experimentados, seria conveniente incorporar urna instrucáo deste tipo no próprío questionárío.

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Desenho e desenvolvimento do questionário

Geralmente, nào é possível estabelecer urna prioridade entre as respostas, excepto através de perguntas extra ou corn base em hipóteses arbitrarias. Por conseguinte, como regra gérai, é aconselhável evitar perguntas de resposta múltipla em inquéritos de grande dimensâo, a menos que existam vantagens analíticas claras. Por vezes, basta restringir urna potencial pergunta de resposta múltipla, em resposta única. Para além de, simplesmente, se insistir numa única resposta, isto pode ser feito, por exemplo, perguntando pela "principal" razâo ou pela "última" actividade. Um outro método consistirá em listar as categorías de resposta de acordó com algum sistema válido de prioridades, e aceitar, como definitiva, a primeira resposta positiva dada (como é feito na pergunta 51 da figura 10). O problema também pode ser evitado, transformando cada categoría de resposta numa pergunta independente do tipo "sim-nâo". Evidentemente que isto aumentará a entrevista, mas pode melhorar a qualidade da informaçâo obtida. A lista de actividades referida no Capítulo 2, dá um exemplo deste tipo de soluçào.

Divisäo do questionário em secçoes A maior parte dos questionários, qualquer que seja a sua dimensâo, sao convenientemente

divididos em secçoes, em funçào das pessoas que fornecem a informaçâo, das unidades para as quais será recolhida, do tema e, se relevante, do método de recolha de dados. Na maior parte dos inquéritos à mâo-de-obra, a principal divisäo será entre a informaçâo recolhida ao nivel do agregado familiar (o questionário ou listagem para o agregado) e a que se recolhe dos membros individuáis do agregado (o questionário individual). Pode ser utilizado, para cada pessoa, um questionário em separado. Dentro de cada questionário, os temas principáis (características básicas, actividade do momento e actividade habitual, etc.) podem formar secçoes separadas por conveniencia de formaçâo, de recolha de dados e de operaçôes de processamento.

A secçâo introdutória do questionário tem especial importancia. Em qualquer inquérito, é necessária informaçâo para identificar rubricas, tais como a organizaçâo que leva a cabo o inquérito; o inquérito concreto ou ciclo de inquérito em curso; o endereço e localizaçâo geográfica da unidade inquirida; a informaçâo sobre a amostra; os números de identificaçâo para controlar o fluxo de documentos, o processamento de dados e a ligaçâo entre inquéritos ou ciclos de inquérito, incluindo a ligaçâo dos dados individuáis com as características do agregado familiar ou familia; e as características operacionais da entrevista, tais como data, resultado, detalhes sobre possíveis repetiçôes de visitas, entrevistador, supervisor ou outro pessoal operativo envolvido e informaçâo sobre controlo de qualidade, se aplicável. Toda essa informaçâo é convenientemente colocada na secçâo introdutória do questionário, em geral na folha de rosto. A secçâo introdutória pode também conter instruçôes adequadas para o entrevistador e um conjunto de perguntas destinadas a iniciar a entrevista com suavidade. Finalmente, podem também ser registados indicadores chave ou resumos da informaçâo recolhida durante a entrevista, para facilitar apuramentos preliminares rápidos, dos resultados mais importantes.

Ao ordenar as secçoes de um questionário, deve ser tido em conta um certo número de factores. A informaçâo aclministrativa para identificaçâo e controlo da entrevista deve vir em primeiro lugar. Geralmente, a entrevista deve começar com perguntas relativamente facéis e descritivas. As rubricas delicadas ou dificeis nao devem surgir logo no inicio. Contudo, e tendo em conta o que se referiu anteriormente, é preferível que as perguntas mais cruciais para os objectivos principáis do inquérito, sejam abordadas o mais cedo possível. Haverá que ter cuidado em evitar que as secçoes estejam ordenadas de urna forma que possa condicionar os inquiridos, inculcando-lhes urna estrutura de referencia incorrecta, como pode acontecer ao ser dado um significado particular de um termo ou frase que, de forma nao intencional, vai passando de urna secçâo para outra com urna interpretaçâo errónea. A necessidade de efectuar algumas perguntas, ou conjuntos de perguntas, antes de outras, pode também ser ditada pela lógica da situaçâo. Por exemplo, algumas perguntas seräo necessárias para identificar os inquiridos em relaçâo a perguntas posteriores, ou para orientar um inquirido para diferentes conjuntos de perguntas.

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Desenlio e desenvolvimento do questionário

Ordem das perguntas e instrucoes de "salto " Dentro de cada seccáo, as perguntas tém de ser organizadas numa ordem adequada e com

nexo. O objectivo geral deve ser o de conseguir um bom fluxo, sem saltos bruscos e ilógicos. O requisito básico na determinacao da sequéncia das perguntas, consiste em desenliar o questionário de acordó com a lógica do inquirido, mais do que com a do analista. E importante manter urna estrutura de referencia que seja consistente para o inquirido e que o ajude na tarefa de evocacáo. Deve ser tido cuidado para assegurar que o inquirido reconhece, durante a entrevista, os momentos em que se dao alteracoes de contexto do tema que é sujeito a investigacáo, do periodo de referencia ou das unidades de informacáo, etc. Em qualquer caso, as perguntas devem ser organizadas de tal forma, que seja mínima a necessidade de tais alteracoes. Urna vez suscitado determinado tema, todas as perguntas sobre o mesmo devem vir juntas, antes que se inicie um segundo tema. As perguntas devem normalmente seguir urna sucessáo cronológica. Boas sequéncias de perguntas, podem muitas vezes permitir que o inquirido antecipe perguntas subsequentes, facilitando assim a tarefa da entrevista.

O questionário tem de conter instrucoes inequívocas sobre a sequéncia da entrevista, indicando quais as perguntas concretas que se aplicam a um inquirido em particular: estas sao denominadas "instrucoes de salto" ou "transferencias de controlo". A sua finalidade consiste em: evitar que se facam perguntas que sejam irrelevantes para o inquirido; facilitar o trabalho do entrevistador, assegurando que sao feitas todas as perguntas com interesse, e apenas essas; e para facilitar o processamento de dados, fazendo com que o fluxo da entrevista siga regras predeterminadas com base ñas respostas já obtidas. Em questionários complexos dirigidos a muitas categorías distintas de inquiridos, o tipo de "salto" pode tornar-se bastante complicado. Em particular, este será o caso dos questionários textuais, onde conjuntos de perguntas, mesmo se iguais ou semelhantes em conteúdo, podem ter de ser redigidas de urna forma diferente, a fim de se adequar ás circunstancias exactas das diferentes categorías de inquiridos. Devem ser feitos todos os esforcos para assegurar que o tipo de salto nao se torna demasiado complicado, a fim de que o entrevistador possa utilizá-lo sem cometer erros. A entrevista nunca deve saltar para tras, para urna parte anterior do questionário, embora, ocasionalmente, possa ter de ser feita referencia a rubricas anteriores do questionário. Isto deve ser feito apenas nos casos de comparacáo, controlo ou transferencia de informacáo para urna rubrica posterior. Por vezes, os tipos de salto podem ser simplificados, utilizando o que é denominado de "filtros"; este termo refere-se a passagens do questionário, onde a informacáo de urna ou mais perguntas previas é sumariada e copiada, tendo em vista proporcionar urna referencia mais adequada para instrucoes de salto subsequentes. A repeticáo de algumas sequéncias de perguntas, aínda que isso possa ser evitado com urna diferente organizacáo de questionário, pode ajudar a manter tipos de salto mais simples. Em geral, a experiencia mostra que, mediante um desenho e apresentacáo adequados, é possível, em muitas situacoes, evitar instrucoes de salto com que seja difícil trabalhar ou que sejam propensas a causar erros ao entrevistador, desde que o desenhador esteja decidido e apto a ser liberal com o espaco e amplié o questionário, separando claramente as sequéncias de perguntas para as diferentes categorías de inquiridos. Os tipos de salto que sao muitas vezes dificeis de tratar, resultam de urna preocupacáo excessiva na poupanca de espaco ou, simplesmente, devido a um fraco desenho e ordenacao de perguntas. Urna representacáo gráfica do questionário (um diagrama de rede ou de fluxos, como se referiu anteriormente neste capítulo) pode ser urna ferramenta muito útil para desenvolver e clarificar a estrutura de um questionário complexo, e para determinar a sequéncia e os tipos de salto adequados.

5. Implementacáo do questionário

Delineamento e ensato O desenho de bons questionários é urna tarefa técnica que requer urna considerável

qualificacáo, senso comum e familiaridade com o tema e as condicoes do inquérito. Foram analisados na seccáo anterior, alguns principios técnicos e boas práticas no desenho de questionário.

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Desenho e desenvolvimento do questionário

Urna vez desenliado o questionário seguindo esses principios, é ainda necessário testá-lo na prática. Pode ser preciso mais do que um teste, antes que se disponibilize a versáo que pode ser utilizada como rotina num inquérito de grande dimensáo.

Nunca é exagerado referir a importancia de urna cuidadosa revisáo e testagem. Existem muitos exemplos reais de inquéritos, onde erros aparentemente pequeños ou puramente acidentais nao foram detectados, originando serios inconvenientes para os entrevistadores ou para os processadores de dados e prejuízos desnecessários para a validade do inquérito.

O teste de um questionário é normalmente um processo interactivo, durante o qual urna versáo melhorada, procedente de análises anteriores, é sujeita a novos ensaios e avaliacóes, até que seja obtido um produto satisfatório. Podem distinguir-se as seguintes fases no processo de revisáo e testagem de esbocos de questionários (Nacóes Unidas, 1985 pp. 232-244).

(1) Revisoes técnicas por parte da equipa de inquérito, incluindo urna exposicáo dos resultados esperados, de comum acordó com os utilizadores. A cuidadosa revisáo, palavra-a-palavra, dos projectos de questionário, é urna fase indispensável: a necessidade de testagem no terreno nao deve diminuir a importancia de urna revisáo no escritorio. É desejável que o processo de revisáo envolva urna vasta gama de especialistas, supervisores do trabalho no terreno e utilizadores, a varios níveis. A revisáo deve abranger a importancia e significado gerais do inquérito, para além do desenho técnico do questionário. Muitas vezes, resulta eficaz organizar o processo de revisáo sob a forma de reunióes formáis. Os revisores podem dispor de urna lista de assuntos que os ajude a organizar e a efectuar os seus comentarios, devendo ser mantidos registos escritos das observacoes efectuadas e das decisoes tomadas. Como se assinalou na Seccáo 1, a tarefa concreta de conciliacáo e incorporacáo destes comentarios no projecto de questionário, deve ser cuidadosamente controlada, e confiada a urna pequeña "equipa de desenho de questionário" técnicamente qualificada.

(2) Pré-teste no terreno. O objectivo do pré-teste é a avaliacáo da receptividade do questionário e a identificacáo de problemas específicos de comunicacáo com o inquirido. Entre as perguntas típicas a que um pré-teste deve responder, incluem-se: as varias categorías de inquiridos sao propensos e estáo disponíveis para responder ao tipo de perguntas a ser efectuadas? A entrevista decorre normalmente e os entrevistadores estáo a utilizar fácilmente o questionário? Os espacos para o registe das respostas sao adequados, e sao claras, no questionário, as instrucoes de salto e de outro tipo? Quanto tempo demora, em media, a entrevista? Existem algumas perguntas específicas que surjam como particularmente dificeis ou propensas a erro?

Um pré-teste pode ser relativamente pequeño em dimensáo, digamos 100-200 inquiridos, baseado mima amostra intencionalmente escolhida para abranger todas as categorías principáis de inquiridos, p.ex., situados tanto ñas áreas urbanas como ñas rurais. Para fins específicos, como é o caso do desenvolvimento das categorías e códigos de respostas e, especialmente, quando tém de ser comparados métodos alternativos, a amostra pode ter de ser substancialmente maior. Contudo, em geral, o énfase do pré-teste deve situar-se na: comodidade e natureza prática das operacóes; supervisáo, controlo e observacáo rigorosas; rápida regeneracáo e utilizacáo dos resultados; resolucáo de questóes específicas e problemas claramente delimitados.

Dependendo da complexidade do inquérito e da experiencia anterior, pode ser necessário levar a cabo mais do que um pré-teste. Se o mesmo conduz a alteracóes significativas nos resultados, é conveniente voltar a testar as alteracóes efectuadas.

(3) Inquérito-piloto. Enquanto o pré-teste de um questionário diz respeito principalmente á identificacáo e resolucáo de questóes específicas, um inquérito-piloto é o último "ensaio geral" de todos os procedimentos do inquérito, antes da implementacáo das operacóes em grande escala. Por conseguinte, o inquérito piloto deve reproduzir; da melhor forma, as condicóes reais do inquérito, abrangendo urna amostra o mais ampia, dispersa e representativa possível. O tipo de pessoal, organizacáo de campo, supervisáo e procedimentos de controlo de qualidade, etc., devem ser semelhantes aos que iráo ser usados no inquérito principal. O ideal seria que se abrangessem todas as fases, incluindo a recolha de dados, a codificacáo, o processamento e o apuramento de resultados.

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Desenho e desenvolvimento do questionário

(4) Ensaio de métodos alternativos. Nalgumas situacoes, a experiencia e conhecimentos disponíveis nao sao suficientes para poder optar entre métodos alternativos, sendo necessário empreender ensaios formáis, tendo em vista urna comparacáo científica. O desenho e a execucáo das experiencias, que podem produzir informacáo para apoio de decisSes e escolhas inequívocas, é urna tarefa altamente técnica que requer conhecimentos especializados de metodología estatística. Podem também ser dispendiosos e demorados. As varias alternativas a testar tém de ser implementadas em condicóes realistas e as dimensóes da amostra tém de ser suficientemente ampias, para estimar com a precisáo devida as diferencas de custo e de rendimento. Para se ter sucesso, ha que formular com clareza as hipóteses e estabelecer criterios inequívocos para escolha entre as diferentes alternativas; também necessitam de ser identificados os controlos e condicóes essenciais para o ensaio, e tomadas as precaucóes devidas para assegurar que estes requisitos sao postos em prática. Muitos testes falham no fornecimento de informacáo útil, porque os seus objectivos nao sao claros, ou sao demasiado ambiciosos, e as condicóes de implementacáo nao sao suficientemente controladas. Para urna análise das actividades de ensaio e dos inquéritos piloto, ver Jabine (1982).

Apresentacáo e impressao Para a producáo em grande escala de questionários destinados ao inquérito na sua

totalidade, é importante ter atencáo os aspectos mais formáis do desenho de questionário, tais como a sua dimensáo física, a forma, o estilo tipográfico, a codificacáo e outros requisitos de processamento de dados, e a sua impressao e reproducáo em quantidade suficiente. É também necessário desenvolver diverso material auxiliar para a entrevista e documentos de apoio, antes de o questionário poder ser aplicado no terreno. Até certo ponto, estes aspectos do desenho de questionário tém urna relacao menos directa com a temática específica do inquérito. Exigem qualificacóes de composicáo e desenho gráfico, conhecimento dos procedimentos de processamento de dados do inquérito e familiaridade com as técnicas e capacidades disponíveis para impressao e reproducáo de documentos.

Urna análise da reproducáo de questionários e dos assuntos afins, está disponível em Nacóes Unidas (1985, pp. 190-224), assim como ilustracoes provenientes de varios países. Nos Apéndices 5 a 13 sao dados mais exemplos de diferentes apresentacoes de questionários de inquéritos. Alguns dos pontos mais importantes relativos ao desenho físico, sao sumariados a seguir.

Urna vez que tenha sido testado o questionário e finalizado o seu conteúdo, a sua forma física e a sua apresentacáo necessitam de ser cuidadosamente elaboradas, antes que ele seja enviado para impressao e reproducáo em grande quantidade. Urna má apresentacáo é urna fonte habitual de erros acidentais na recolha, registo, codificacáo e processamento de dados de inquéritos. É necessário atender a urna variedade de pontos na apresentacáo final, alguns dos quais se referem a seguir:

(1) Identificacáo do questionário. Todos os questionários devem ter um espaco para um número de identificacáo único, assim como para a morada e outra informacáo descritiva que se mostrar necessária. E particularmente importante, em inquéritos continuos de grande dimensáo, desenvolver um bom sistema de numeracáo, que possa permitir a ligacáo ou associacáo entre diferentes ciclos do inquérito, diferentes subamostras, e questionários de diferentes tipos, dentro do mesmo inquérito.

(2) Numeracáo das perguntas. O sistema deve assegurar que cada pergunta está identificada inequivocamente, e que o sistema é de utilizacáo clara e cómoda, ñas fases de recolha e de processamento de dados.

(3) Espacos para registo de respostas. Os espacos previstos para as respostas devem especificar claramente a forma e as unidades em que será registada a informacáo. Os referidos espacos (ou campos) para a resposta devem ser suficientemente ampios e estarem colocados de maneira a que nao haja possibilidades de confusáo entre cada espaco de resposta e a correspondente pergunta.

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Desenho e desenvolvimento do questionário

(4) Instrucoes para os entrevistadores. É altamente desejável que, pelo menos nos pontos mais importantes, o questionário ofereca instrucoes claras ao entrevistador sobre quem é o inquirido e a quem se aplica a informacáo de cada parte do questionário; sobre os saltos e os filtros em varios pontos do questionário, destinados a orientar a sequéncia da entrevista; sobre a forma e as unidades de registo das respostas para cada pergunta; e, nalguns casos, sobre os procedimentos exploratorios e de registo para determinadas perguntas ou seccóes difíceis, se necessário. Por exemplo, as perguntas de resposta múltipla devem ser claramente distinguidas das perguntas mais comuns, de resposta única. Em geral, as instrucoes para os entrevistadores devem ser incluidas, sempre que é requerida alguma accáo especial durante a entrevista.

(5) Diferenciacáo tipográfica. Sempre que as possibilidades de impressáo o permitam, a clareza e aparéncia do questionário podem ser consideravelmente melhorados através de sublinhados, impressáo de letras em negrito, utilizacáo de dimensóes e tipos de letra e cores diferentes, etc., para fazer a distincáo entre as varias partes do questionário e os diferentes tipos de informacáo destinada ao entrevistador ou ao inquirido. Ver, por exemplo, a Figura 10 analisada anteriormente.

(6) Requisitos do processamento de dados. O questionário final deve incorporar detalhes sobre a forma como a informacáo recolhida será organizada para posterior processamento. Aqui se incluirá o formato de registo, isto é, as unidades em que se define a informacáo em cada caso; a escolha do sistema de codificacáo e dos códigos a ser registados no questionário; e as instrucoes para o registo dos dados necessários (ver também Nacóes Unidas, 1982).

(7) Dimensao física e formato do questionário. Tem de ser dada atencáo a estes aspectos, tanto por razóes de custo, como de comodidade do pessoal ligado á entrevista e ao processamento de dados. Em inquéritos complexos, o volume físico do questionário pode constituir um problema. Algumas vezes é económico e/ou conveniente dividir o questionário em partes físicamente separadas, especialmente se essas partes distintas se aplicam a inquiridos ou amostras diferentes. Contudo, deve ser tido cuidado para assegurar que, posteriormente, as diferentes partes podem ser ligadas ou postas em conjunto, na forma requerida.

Em relacáo á impressáo dos questionários, há que referir dois pontos importantes. Primeiro, deve ser dada atencáo ao número de copias a ser impressa. Imprimir demasiadas é um desperdicio, mas a impressáo de poucas pode ser desastroso ou, pelo menos, será muito inconveniente e dispendioso. Para além da quantidade requerida para abranger a dimensao da amostra prevista, devem ser impressas copias adicionáis para atender as necessidades de formacáo dos entrevistadores e para compensar as perdas e a deterioracáo, para fazer face as discrepancias entre a distribuicao e as necessidades reais ñas diferentes partes das amostras, para compensar as incertezas na dimensao da amostra a que se chegará, e para a distribuicao geral entre os individuos e as organizacoes interessadas.

Em segundo lugar, o original enviado para a impressáo e as pravas provenientes da mesma, devem ser revistas com muitó cuidado para detectar erros tipográficos, examinando-se uma amostra suficiente de cada lote impresso, para controlo de qualidade. Em muitos casos, os erros ou deficiencias introduzídas na fase de impressáo, causaram prejuízos desnecessários a todo o trabalho cuidado de desenho de questionário das etapas anteriores.

Referencias

Australia, 1985. Labour Forcé Survey, Australia. Camberra. Instituto de Estatística da Australia, Catálogo N° 6203.0

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Desenho e desenvolvimento do questionárío

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Opera9oes do inquérito e processamento de dados

1. Introducáo Este capítulo examina algumas questóes práticas da execucáo das operacóes, envolvidas na

realizacáo do inquérito á máo-de-obra. Na sequéncia do planeamento do inquérito e do seu desenho técnico, examinados nos Capítulos 10-12, as principáis operacóes do inquérito incluem: (1) recrutamento e formacáo do pessoal para as tarefas no terreno; (2) testagem dos instrumentos e procedimentos do inquérito; (3) preparacáo da estrutura da amostra e seleccáo da mesma; (4) trabalho de campo para a recolha de dados; (5) preparacáo e processamento dos dados; (6) avaliacáo dos dados; (7) saída de resultados, preparacáo de relatónos e divulgacáo da informacáo.

Cada urna destas operacóes pode envolver um certo número de fases, mais ou menos distintas. Na prática, as varias operacóes podem sobrepor-se e ser ligadas de varias maneiras. A seguir, estas operacóes seráo analisadas urna a urna, excepto a avaliacáo de dados, que será considerada em detalhe no Capitulo 14.

Ao examinar as varias operacóes do inquérito, deve salientar-se que nao existe nenhum modelo único, sobre a forma como um inquérito nacional á máo-de-obra pode ser organizado. Os países diferem bastante quanto as suas condicóes, recursos e organizacáo do trabalho estatístico e os inquéritos diferem nos seus objectivos, complexidade, estrutura e dimensáo. No entanto, é possível e útil identificar algumas opcóes e os factores principáis que as determinam, e recomendar, em geral, algumas boas práticas. Estáo disponíveis em muitos manuais e artigos, as directrizes sobre os principáis aspectos do trabalho de inquérito, podendo ser consultados para informacáo adicional. Urna referencia particularmente útil é o Handbook of household surveys das Nacóes Unidas (1984), onde poderá aínda encontrar-se urna extensa e relevante bibliografía sobre o tema. A Serie de Documentos Básicos do Inquérito Mundial á Fertilidade é também altamente recomendada.

É importante identificar as varias fases ñas operacóes do inquérito, porque cada urna délas deve receber a sua parte adequada de esforco e recursos, no planeamento e implementacáo do inquérito. Infelizmente, este requisito básico nao tem sido sempre observado na prática. Por exemplo, sao muitas vezes recolhidos dados de complexidade considerável, em grande quantidade, embora lhes seja atribuido interesse e recursos insuficientes, para garantir que eles sao processados e analisados com rapidez e atempadamente. De forma semelhante, existem exemplos de organizacóes de inquéritos que se concentram exclusivamente na rotina da recolha de dados e producáo de resultados, mas que negligenciam outros aspectos essenciais do inquérito, tais como a formacáo, pré-teste, controlo de qualidade, avaliacáo e divulgacáo de resultados. Muitos inquéritos nao cumprem os seus objectivos, nao porque os recursos totais sejam insuficientes, mas, principalmente, porque estes nao sao atribuidos de urna forma equilibrada. Este equilibrio dependerá, é obvio, do tipo de inquérito a realizar. Por exemplo, um inquérito ad hoc, envolvendo urna organizacáo especial ou novos procedimentos, exigirá um maior esforco no recrutamento de pessoal e na formacáo, bem como no desenho de inquérito e respectivo teste, em comparacáo com um inquérito á máo-de-obra já instituido. Contudo, mesmo neste segundo caso,

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Inquéritos de populando activa

será um erro descurar os aspectos focados anteriormente, especialmente quando sao introduzidas alteracóes no desenho e procedimentos.

Embora as operacóes de inquérito listadas anteriormente, formem urna sequéncia mais ou menos cronológica, elas podem, na prática, ser sobrepostas e ligadas de varias maneiras, sendo exactamente assim no caso de um inquérito continuo á máo-de-obra, onde varias actividades devem ocorrer simultáneamente. Para além do mais, está a tornar-se possível urna maior integracáo entre as varias tarefas, com os recentes desenvolvimentos de sistemas de inquéritos assistidos por computador. O método tradicional de recolha e processamento de dados em inquéritos de grande dimensáo, implica um considerável número de fases distintas: os questionários sao desenliados e formatados manualmente, sendo a seguir tratados tipográficamente e impressos; a seleccáo da amostra, a distribuicáo de trabalho e o registo dos resultados da amostra também sao normalmente operacóes manuais distintas; os questionários preenchidos durante a entrevista, sao levados aos supervisores do trabalho no terreno para um primeiro controlo e entáo remetidos a algum servico central para validacáo adicional e codificacáo, sendo mantido, em cada fase, um registo detalhado do fluxo de documentos; os documentos contendo erros sao devolvidos ao pessoal no terreno; finalmente, sao remetidos ao sector de informática para introducáo de dados, validacáo em computador, etc.. Mesmo esta validacáo, envolve urna sequéncia de fases para controlar a estrutura e a consistencia dos dados, para proceder a alteracóes no seu formato, para imputar valores em falta, etc.. Os programas de validacáo produzem lotes de erros, cuja correccáo requer normalmente urna busca nos questionários individuáis. É frequente que o ciclo de validacáo tenha de ser repetido varias vezes, antes de os dados poderem ser considerados "limpos" para se apurarem resultados. A esséncia do método tradicional (e ainda comum) consiste em levar a cabo um processo de cada vez, caso a caso, para toda a amostra, antes de passar a fase seguinte.

Com os recentes desenvolvimentos da tecnología informática, varias destas fases podem ser combinadas ou ampliadas. Um dos principáis desenvolvimentos é a introducáo interactiva de dados, também denominada de "introducáo de dados apoiada por computador" (CADI -Computer Assisted Data Input), Implica a utilizacáo de computador para orientar a introducáo de dados, controlando-os á medida que sao registados. Isto permite integrar a preparacáo, a introducáo e as varias fases da validacáo, numa única operacáo. Torna-se possível um ámbito ainda mais ampio de integracáo, quando os entrevistadores utilizam computadores para registo das respostas durante a própria entrevista (entrevista pessoal apoiada por computador - CAPÍ). Estáo a ser desenvolvidos sistemas de inquéritos apoiados em computador, de carácter mais geral, para proporcionar ainda urna maior integracáo, desde a formatacáo e sequéncia do questionário, passando pela manutencáo dos registos da seleccáo da amostra e dos seus resultados, pela introducáo, validacáo, encadeamento e documentacáo dos dados, até á producáo dos ficheiros de dados e apuramentos de resultados fináis. A introducáo interactiva de dados é um método cada vez mais viável, mesmo em países em vias de desenvolvimento. A recolha de dados e os sistemas de inquéritos apoiados por computador nao sao táo comuns, mas foram introduzidos em inquéritos á máo-de-obra em alguns países mais desenvolvidos, tais como a Holanda e, mais recentemente, o Reino Unido.

2. Recrutamento e formacao de pessoal

Organizando e pessoal do inquérito Todos os inquéritos requerem que se disponha de urna variedade de pessoal ou qualificacóes

funcionáis. Podem ser identificadas tres categorías ampias de pessoal: - pessoal técnico especializado, como sao por exemplo os especialistas no tema investigado

no inquérito, em administracáo, amostragem, desenho de questionário e processamento de dados; assim como os peritos estatísticos familiarizados com os varios aspectos do trabalho de inquérito;

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Operares do inquéríto e processamento de dados

- pessoal de nivel intermedio, cuja tarefa consiste em supervisionar a implementacáo detalhada do inquérito; e

- pessoal operativo, tal como entrevistadores, codificadores e outro pessoal para trabalho no terreno e no escritorio.

O desenvolvimento de qualificacóes profissionais é um processo lento. O número de pessoas de um nivel profissional, efectivamente presentes na organizacáo do inquérito, nao tem de ser muito grande; o que é importante é que a organizacáo tenha acesso as qualificacóes necessárias, as quais podem ser obtidas no exterior em certas ocasioes, para as tarefas especializadas. Talvez a mais importante das categorías de especialistas, e urna das que deve idealmente estar representada na organizacáo a tempo completo, é a de "estaticista geral de inquéritos". Trata-se de pessoas que possuem bastantes conhecimentos acerca de todos os aspectos do inquérito, desde a planificacáo, formacáo e recolha de dados, até ao processamento e preparacáo da informacáo, sem que necessariamente tenham que ser altamente especializados nalgum desses campos; eles devem sim, estar em condicoes de recorrer a colaboracáo especializada e a avaliá-la, e de tomar decisoes inteligentes.

Talvez mais crítica, é a escassez de que padecem as organizacoes estatisticas, sobretudo a níveis intermedios, relativamente a pessoal com experiencia em aspectos práticos de realizacáo de inquéritos, a quem possa entregar-se a supervisáo e implementacáo detalhada das operacóes do inquérito. Esse pessoal é necessário, por exemplo, para apoiar a formacáo de equipas de inquiridores, realizar pré-testes, seleccionar e documentar a amostra e supervisionar o trabalho no terreno, na codificacáo e na validacáo. Realmente, nao existe nenhuma alternativa válida para a presenca a tempo completo deste tipo de pessoal, em qualquer organizacáo que realiza com regularidade inquéritos importantes. Deve ser dada elevada prioridade á formacáo e reciclagem intensivas deste pessoal, ñas suas funcóes e responsabilidades específicas.

O pessoal operativo é, em geral, o que necessita de um maior número de pessoas. Dependendo das circunstancias, sao possíveis varias formas de organizacáo. (Para urna análise geral destas opcóes, ver Nacóes Unidas, 1984, §§ 5.3-5.17). A opcáo principal é entre o emprego de pessoal permanente ou o recrutamento específicamente para o efeito. Podem também existir diversos graus de permanencia do pessoal, através da utilizacáo de contratos de trabalho de diferente duracáo. Cada sistema tem as suas vantagens e desvantagens, embora para inquéritos á máo-de-obra continuos existam muitas vezes fortes razoes em favor da utilizacáo de pessoal permanente, ou pelo menos estável, no terreno e no escritorio. O pessoal permanente tem a vantagem de apresentar qualificacóes e experiencia acumuladas e, por isso, menores custos periódicos em materia de formacáo. Contudo, pode ser urna organizacáo ineficiente, ñas situacóes em que se requer flexibilidade na extensáo e natureza das operacóes a serem realizadas em momentos diferentes. Tém existido casos, em que as organizacoes foram incapazes de utilizar o pessoal permanente a tempo completo, depois de contratado.

Outro aspecto do pessoal, é o de saber se se devem utilizar equipas a tempo completo ou a tempo parcial. A escolha depende da disponibilidade do pessoal e da natureza do trabalho a realizar. Geralmente, em inquéritos regulares de grande dimensáo nos países em vias de desenvolvimento, é preferível equipas a tempo completo, embora muitas vezes sejam dadas varias responsabilidades a esse pessoal, o que significa que o trabalho no inquérito á máo-de-obra apenas é efectuado de forma intermitente ou a tempo parcial.

No recrutamento e distribuicáo do pessoal no terreno, é também necessário, em muitos países, ter em conta a diversidade lingüística ou étnica da populacáo a ser inquirida. Em certas situacóes, é necessário (ou desejável, ou mais económico) recrutar pessoal localmente, dentro ou perto das áreas amostráis. Um requisito deste tipo pode, como é obvio, reduzir a flexibilidade no desenlio do inquérito e ñas alteracóes que podem ser introduzidas na etapa de restruturacáo.

O número de pessoas necessário, dependerá de factores como a dimensáo da amostra, o tempo disponível para a conclusáo do inquérito e a taxa de trabalho por pessoa/dia. Sao particularmente importantes boas estimativas de taxas de trabalho (a partir da experiencia anterior, dos pré-testes, etc.), para inquéritos á máo-de-obra que estejam sujeitos a imposicóes

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Inquéritos de populacáo activa

estritas quanto a sua duracáo, especialmente quando o inquérito está dividido em curtos ciclos ou subciclos, devendo cada um deles estar concluido dentro de um período específico. Ao determinar as necessidades de pessoal, deve também ser dada urna margem para os abandonos e baixas de pessoal por outras razóes, o que pode ter um efeito cumulativo para inquéritos continuos. Normalmente, sao necessárias maiores margens, quando é utilizado pessoal temporario em vez de permanente; ou quando o inquérito é complexo e requer um esforco especial, ou as condicóes físicas de trabalho sao arduas; ou quando os entrevistadores trabálham isolados e nao em equipas (na medida em que, em caso de dificuldade, o trabalho pode ser redistribuido dentro das equipas); e em situacoes em que existem maiores condicionamentos lingüísticos, étnicos ou geográficos na distribuicáo do pessoal no terreno. Estes mesmos factores também favorecem a existencia de um maior rácio supervisores/entrevistadores. Como regra geral, este rácio nao deve estar abaixo da relacáo um supervisor por cinco a sete entrevistadores (ou codificadores); e pode atingir valores como o de um supervisor por dois ou tres entrevistadores, em áreas mais difíceis.

Formando A formacáo é a chave para a qualidade dos dados. A quantidade de formacáo necessária

depende dos antecedentes e da experiencia do pessoal e da complexidade do inquérito. O pessoal recrutado especialmente para o efeito (ad hoc), necessitará de urna formacáo mais intensa do que o pessoal queja participou anteriormente em inquéritos. Contudo, mesmo num inquérito continuo com pessoal estável, existe a necessidade de reciclagem periódica para testar e actualizar as qualificacoes do pessoal. Os inquéritos á mao-de-obra envolvem conceitos complexos que necessitam de ser aplicados em varias situacoes. Nenhum inquérito pode ser urna simples repeticáo de um ciclo para o seguinte. A própria rotina pode conduzir a que o pessoal fique desmotivado ou adquira maus hábitos, factos que devem ser identificados e corrigidos.

É necessário que seja dada énfase á formacáo do pessoal de nivel intermedio. Essa formacáo requer um esforco sustentado e de longo prazo. Por vezes, é necessário levar a cabo a funcáo de formacáo para um inquérito, antes que todos os detalhes do desenho e procedimentos tenham sido fixados. É normalmente desejável centralizar os programas de formacáo, para que se assegurem normas uniformes; como é obvio, isto pode aumentar os custos. Outro problema comum, é o da falta de pessoal mais antigo que possa ministrar a formacáo. Para actuarem posteriormente como formadores e supervisores de pessoal operativo, os quadros intermedios devem demonstrar urna boa compreensáo dos principios subjacentes, assim como dos detalhes específicos do inquérito. A formacáo deve combinar a teoría com a prática, e a instrucáo formal com a formacáo mais informal, no posto de trabalho. A participacáo no pré-teste, na listagem e seleccáo da amostra e, subsequentemente, no apoio á formacáo de entrevistadores e codificadores, etc., sao as principáis fontes de formacáo no posto de trabalho, para o pessoal de nivel intermedio. Para além disso, o pessoal deverá receber formacáo de carácter formal (de urna a tres semanas, de acordó com as necessidades), destinada específicamente a melhorar a sua capacitacáo para as responsabilidades de supervisáo e controlo de qualidade.

O pessoal operativo necessita de ser formado nos detalhes específicos do inquérito. Sao necessários cursos de formacáo distintos para funcoes como, producáo de listagens, conducáo de entrevistas, codificacáo e validacáo. Normalmente, a preparacáo formal terá a duracáo de duas a quatro semanas para cada tarefa. O curso de formacáo de entrevistadores, por exemplo, pode abranger temas como: informacáo geral sobre as características do inquérito, incluindo aspectos relevantes de organizacáo e de desenho; explicacáo detalhada dos conceitos e perguntas do inquérito; instrucoes para lidar com casos difíceis ou margináis; técnicas de entrevista; e procedimentos para controlar e corrigir a informacáo recolhida. Dado que o número de formandos envolvidos é normalmente grande, tem de ser prestada urna atencáo especial as capacidades de formacáo e aos aspectos organizacionais. Para que seja eficaz, o curso de formacáo deve combinar o ensino em aula, com bastante trabalho prático. As pessoas em formacáo para entrevistadores podem, por exemplo, combinar o ensino em aula com o estudo individual, assistir a entrevistas de demonstracáo, participar em "entrevistas simuladas" (ñas quais, sob observacáo, os formandos se entrevistan! uns aos outros); e conduzir algumas

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Operares do inquérito e processamento de dados

entrevistas no terreno em condicóes reais. (Urna boa análise dos métodos de formacáo é dada no Inquérito Mundial a Fertilidade, 1976) A avaliacáo do trabalho dos formandos durante o curso é bastante importante. Para esse fim, o registo em cassete das entrevistas realizadas na formacáo prática, pode ser muito eficaz.

Em países grandes ou com pluralidade lingüística, a formacáo do pessoal operativo pode ter de ser descentralizada, sendo necessário, em cada caso, um cuidado especial e os procedimentos adequados para manter normas uniformes, tais como a formacáo intensa dos formadores num departamento central e a documentacáo, com o maior detalhe possível, dos procedimentos de inquérito recomendados.

O número de pessoas formadas para qualquer funcáo deve exceder a quantidade necessária, para fazer face aos abandonos e outras desistencias. A experiencia mostra que, em mu i tas situacóes, é preciso recrutar para formacáo mais 20% de candidatos do que os realmente necessários; provavelmente, seráo precisas maiores margens, se se estiver a utilizar pessoal temporario ou recrutado especialmente.

Em inquéritos continuos a máo-de-obra utilizando pessoal estável, podem ser considerados suficientes, para determinadas finalidades, os cursos de recapitulacao de duracáo relativamente curta. Contudo, tais cursos nao podem ser demasiado breves e nao devem ser vistos como meras operacóes de rotina. Para serem efícazes, necessitam de urna validacáo cuidada da experiencia anterior, da identificacáo dos problemas específicos e de decisoes uniformes sobre a maneira como estes problemas tém de ser resolvidos. Quaisquer alteracoes introduzidas no desenho ou procedimentos do inquérito devem ser completamente tratadas. Os cursos de recapitulacao devem também proporcionar ao pessoal operativo, urna oportunidade de informar os formadores sobre os problemas encontrados no inquérito. Estes cursos podem ter um importante papel para melhorar o moral e a motivacáo do pessoal.

3. Testagem dos instrumentos e procedimentos do inquérito

Antes de implementar um inquérito de grande dimensáo, é necessário testar e avaliar os seus procedimentos. Os aspectos a serem testados, e o ámbito e dimensáo do(s) teste(s), variaráo em funcáo dos requisitos específicos e da experiencia anterior. A testagem necessitará de ser relativamente ampia, no caso de se estar a lancar um novo inquérito ou quando tenham havido alteracoes substanciáis num inquérito existente. Sao normalmente requeridas amostras mais representativas e maiores, se o objectivo é o de avaliar e escolher entre procedimentos e desenhos alternativos. Por outro lado, num inquérito á máo-de-obra já instituido, urna cuidada manutencáo e urna análise dos registos de ciclos anteriores, pode obviar a necessidade de urna operacáo independente de pré-teste, excepto quando sao efectuadas alteracoes no desenho e procedimentos existentes.

A testagem anterior á implementacáo em grande escala, pode ter varios objectivos. Como já se referiu na Seccáo 5 do Capítulo 12, a maior parte dos pré-testes sao levados a cabo, com a finalidade específica de confirmar no terreno o questionário do inquérito. A fim de identificar os problemas da implementacáo das perguntas, é muitas vezes suficiente confinar o pré-teste a urna dimensáo relativamente pequeña (digamos 100-300 entrevistas), baseado numa amostra seleccionada intencionalmente. No entanto, a amostra deve incluir todas as categorías importantes de inquiridos na populacáo. Contudo, um pré-teste a esta escala é, normalmente, demasiado pequeño, para permitir informacáo quantitativa útil sobre as variáncias, custos e outros parámetros, necessários á melhoria do desenho do inquérito e, aínda- mais, para fornecer informacáo que apoie a escolha entre desenhos e procedimentos alternativos. Para estes fins, seráo geralmente necessários os testes que fazem uso de amostras maiores e mais representativas. Também se referiu no Capítulo 12, Seccáo 5 que, em contraste com um pré-teste de objectivos limitados e específicos, um inquérito piloto refere-se a um mais genérico "ensaio geral" de todos os aspectos operacionais do inquérito, antes da sua aplicacáo em larga escala. Os inquéritos piloto necessitam de ser realizados segundo condicóes mais realistas e representativas do que os pré-testes, cujos objectivos sao mais limitados.

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Inquéritos de populaçào activa

Ao realizar qualquer teste, é importante (a) definir e delimitar os seus objectivos; (b) estabelecer criterios claros para a avaliaçào e obtençâo de conclusöes; (c) elaborar os procedimentos para a recolha e documentaçào da informaçâo necessária; e (d) levar a cabo urna análise profunda da informaçâo recolhida. Na prática, estes principios básicos nem sempre sao observados. Frequentemente, permite-se que os pré-testes se tomem numa mera formalidade. demasiado pequeños e limitados no seu ámbito, aínda que tenham objectivos demasiado ampios e abstractos, sem um plano adequado para a análise e utilizaçâo da informaçâo recolhida.

Os testes de questionários e procedimentos efectuados no terreno, devem ser realizados com antecedencia (tres meses ou mais) em relaçâo ao trabalho principal, a fim de que se assegure a disponibilidade de tempo suficiente, para analisar os resultados e implementar quaisquer alteraçôes necessárias. Deve ser também referido que, quando o inquérito envolve aspectos relativamente novos e difíceis, pode ser necessário mais do que um teste.

Outra importante consideraçâo na organizaçâo de pré-testes é o seu potencial papel na formaçâo, particularmente do pessoal de supervisâo e de outro pessoal de nivel intermedio, conforme se fez referencia na secçâo anterior. Muitas organizaçôes entenderam que, sempre que possível, seria urna medida eficiente utilizar os futuros supervisores como entrevistadores nos pré-testes. Combinar a formaçâo e a pré-testagem pode ser económico e prático. Para além disso, o pessoal já familiarizado com o trabalho do organismo estatístico, é muitas vezes de maior confiança, tanto a implementar correctamente os procedimentos que foram testados, como na preparaçâo de informaçôes suficientemente detalhadas sobre os resultados da sua experiencia.

4. Estrutura da amostragem e seleccäo da amostra

Actualizaçào da estrutura Na maioria dos casos, estâo disponíveis as estruturas de amostragem ou as amostras-mäe de

unidades de área, ou podem ser derivadas de alguma fonte externa ao inquérito, como por exemplo, o recenseamento populacional mais recente. Normalmente, estas estruturas sao construidas e mantidas, para ser utilizadas por urna série de inquéritos. Os aspectos envolvidos no desenho de urna estrutura de amostragem (ou amostra-mäe) foram discutidos em detalhe na Secçâo 3 do Capítulo 11.0 que nos ocupa aqui, é o trabalho adicional que pode ser exigido para obter urna amostra final a partir da estrutura, no caso de urna aplicaçâo específica como, por exemplo, para um ciclo de um inquérito continuo à mäo-de-obra. Pode envolver urna, ou mais, das seguintes etapas:

(1) Levantamento de mapas, agrupamento, segmentaçâo ou outra modificaçâo de algumas das unidades de área pertencentes à estrutura.

(2) Selecçào de urna amostra das unidades de área resultantes, na forma requerida para o inquérito.

(3) Possivelmente, etapas adicionáis de amostragem de área (incluindo cada urna délas o ponto (1) e/ou (2)), a fim de obter urna amostra da etapa inferior ou das unidades de área fináis.

(4) Listagem de edificios ou agregados familiares em cada unidade de área final seleccionada. (5) Seleccäo de urna amostra destas unidades a partir das listas. (6) Documentaçào com o maior detalhe possível de cada um dos passos anteriores, para

assegurar que a estrutura de amostragem e os respectivos procedimentos sao perfeitamente conhecidos, e as necessárias estimativas da populaçào e as suas variâncias podem ser calculadas a partir do inquérito. Num inquérito à mäo-de-obra continuo, também é importante a informaçâo acerca de sobreposiçôes entre unidades pertencentes a diferentes ciclos.

(7) Preparaçâo de listagens de agregados familiares amostráis para cada unidade de área final, de par com toda a informaçâo requerida para a distribuiçao e controlo do trabalho no terreno.

Nos passos (l)-(3), pode estar implicado um pouco mais de trabalho adicional no terreno, em situaçôes onde estäo disponíveis boas estruturas de unidades de área. Para além do mais, quando necessário, estas operaçôes podem ser realizadas bem antes da fase principal de recolha de dados para o inquérito concreto, já que as áreas sao unidades relativamente estáveis.

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Operafóes do inquérito e processamento de dados

Pelo contrario, (4), isto é, a listagem de habitacóes ou agregados familiares, pode constituir urna operacáo importante no terreno, antes de cada ciclo do inquérito. Conforme se referiu no Capítulo 11, Seccáo 3, as unidades de amostragem fináis na maioria dos inquéritos á máo-de-obra, sao agregados familiares ou habitacóes (enderecos, unidades de habitacáo), em lugar de unidades de área compactas ou individuos. Há que prestar urna atencáo meticulosa a listagem das unidades de área fináis, para que se assegure urna boa cobertura e para que as unidades

, seleccionadas possam ser identificadas, posteriormente, na fase de entrevista. É desejável que se organizem as listagens e a seleccáo da amostra, como operacóes independentes da entrevista principal. Se a listagem e seleccáo da amostra sao atribuidas as mesmas pessoas que realizam as entrevistas, podem surgir importantes enviesamentos, especialmente se as primeiras estáo operacionalmente associadas com estas. Ao mesmo tempo, é importante que o intervalo entre a listagem e a entrevista esteja controlado e minimizado. A durabilidade das listas depende da situacáo e do tipo de unidades envolvidas; por exemplo, as unidades sociais como os agregados familiares, tendem a ser menos estáveis do que as unidades estruturais, como as habitacóes. Qualquer que seja o tipo de unidade utilizada, é provável que alguma operacáo de listagem seja solicitada em qualquer ciclo do inquérito, antes do trabalho no terreno. O momento e a dimensáo da operacáo de listagem, em relacáo á entrevista principal, dependerá de varios factores. Primeiro, depende da taxa de sondagem na última fase (isto é, para seleccáo dentro das unidades de área fináis) conforme foi determinado no desenho da amostra. Em geral, é preciso listar unidades, tres a seis vezes mais, do que as que váo formar o grupo definitivo de entrevistas. (Se a proporcáo é muito maior do que esta, será em geral desejável segmentar as unidades de área disponíveis, em grupos de urna dimensáo mais adequada). Em segundo lugar, as amostras para os diferentes ciclos do inquérito á máo-de-obra podem sobrepor-se em graus diferentes, dependendo, de novo, do desenho; para cada ciclo isoladamente, pode entáo ser necessáno listar apenas utn subconjunto das áreas amostráis. Contudo, se as mesmas áreas sao utilizadas por um periodo extenso, será preferível efectuar a actualizacáo periódica das listagens nestas áreas, em funcáo da durabilidade das listas. As condicdes variam mas, como orientacáo aproximada, as listagens de agregados familiares podem permanecer viáveis durante 6 a 12 meses e as listagens de unidades estruturais, por um máximo entre 12 e 24 meses. A durabilidade das listas também determina a calendarizacáo adequada da operacáo de listagem relativamente as entrevistas.

Finalmente, a carga de trabalho requerida para a listagem, depende também do tipo de informacáo a ser recolhida durante a realizacáo da mesma. A listagem de habitacóes, que nao requer em geral contacto com os residentes, pode ser relativamente rápida (15 a 25 unidades por pessoa/dia). A listagem de agregados familiares, que requer normalmente o contacto com os residentes, será mais lenta, lentidáo essa determinada pelo tipo de informacáo a ser recolhida. Necessitar-se-á de um periodo de tempo consideravelmente maior, se a operacáo também envolver a listagem dos membros individuáis e das suas características. (Para urna boa análise destas questoes, ver Inquérito Mundial á Fertilidade, 1975a).

Em muitas circunstancias, é conveniente e desejável utilizar diferentes grupos de pessoal para a listagem e para as posteriores entrevistas. Em qualquer caso, isto pode ser inevitável, se o período de tempo para as duas operacóes se sobrepóe, tal como no inquérito á máo-de-obra continuo.

Selecgao e documentagao da amostra A seleccáo da amostra deverá ser centralizada na medida do possível, afastando-a das

operacóes no terreno. * A seleccáo da amostra pode ser urna operacáo administrativa importante e podem existir

vantagens significativas na informatizacáo deste processo, especialmente em inquéritos continuos de grande dimensáo.

Há que insistir na importancia de urna documentacáo completa da amostra. É ainda mais importante, para os grandes inquéritos á máo-de-obra, os quais podem servir de estrutura para outros inquéritos, e para aqueles onde a amostra tem de ser coordenada e controlada ao longo do tempo. É desejável manter os seguintes tres tipos de documentacáo sobre o desenho e

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Inquéritos de populacáo activa

implementacáo da amostra: (1) Descricao geral do desenho, seleccáo e resultados da amostra; (2) Urna lista das unidades de área fináis da amostra, especificando para cada unidade o seu número de identificacáo, estrutura, unidades da etapa superior, probabilidade de seleccáo, o número de agregados familiares listados, seleccionados e entrevistados na área, etc.. A informacáo deste tipo pode ser muito útil para a supervisáo e controlo durante o trabalho no terreno e o processamento de dados. Pode também contribuir para assegurar a integridade da amostra seleccionada. Os erros de amostragem podem ser calculados apenas com base na descricao completa da estrutura da amostra; (3) Para cada área na amostra, urna lista de unidades fináis (agregados familiares, habitacóes) seleccionadas, com a informacáo necessána para a sua identificado no terreno. Tais listas sao necessárias para distribuir e controlar o trabalho dos entrevistadores.

5. Recolha de dados

Restrigoes temporais O trabalho de recolha de dados no terreno nos inquéritos á máo-de-obra, está sujeito a

exigencias particularmente estritas quanto a prazos. Isto resulta de ser importante assegurar, que a amostra abrangida é representativa nao só geográficamente, mas também ao longo do tempo, a fim de captar as variacoes sazonáis ou de outro tipo, que afectam a actividade económica (ver Capítulo 11, Seccáo 5). Para além do mais, num inquérito continuo, há pouca possibilidade de protelar ou alargar a fase de recolha de dados de qualquer ciclo. Estes apenados requisitos temporais tém varias consequéncias. Em primeiro lugar, resulta extremamente importante obter boas estimativas das taxas de produtividade dos entrevistadores. Estas taxas podem diferir de urna parte da populacáo para outra, sendo importante conhecer algo sobre estas di fe rengas. Em segundo lugar, é necessário um estrito controlo e supervisáo, e um bom sistema de comunicacáo, para assegurar a correspondencia entre as taxas efectivas e as taxas planeadas. Quando assim nao for, é necessário medidas correctoras ¿mediatas. Em terceiro lugar, o sistema deve ser flexível, para permitir a redistribuicáo do pessoal e dos recursos quando necessário. Também é importante ter um certo grau de capacidade de manobra dentro do sistema.

Organizando, supervisáo e controlo Em Nacoes Unidas (1984; §§ 5.34-5.86), sao analisados, em termos gerais, os principios

comuns de organizacáo, supervisáo e controlo do trabalho do inquérito, no terreno. Seráo aqui referidos apenas os pontos mais salientes. Para controlar o fluxo dos componentes e da informacáo, é essencial estabelecer urna certa unidade central administrativa para o inquérito, podendo ser apoiada por unidades regionais, em países de maior extensáo geográfica. É preciso manter os registos dos resultados da entrevista para todas e cada urna das unidades na amostra. Deve ser estabelecida urna clara e eficiente distribuicáo dos componentes. As cargas de trabalho necessitam de ser cuidadosamente distribuidas entre os entrevistadores, tendo em conta possíveis alteracoes ñas condicoes; as estimativas globais sobre produtividade apenas podem proporcionar directrizes genéricas. O montante e a forma de remuneracáo podem afectar bastante o moral do entrevistados a sua motivacáo e a qualidade do trabalho.

Urna supervisáo rigorosa do trabalho requer urna alta proporcáo supervisor/entrevistadores. Entre as actividades de supervisáo incluem-se as seguintes: (1) Os questionários concluidos pelos entrevistadores devem ser revistos num prazo táo curto quanto possível. Isto é especialmente importante durante as primeiras semanas da fase de entrevistas. (2) Localmente, deve ser controlada urna amostra do trabalho de cada entrevistado^ para verificar que as entrevistas foram realizadas apenas com unidades que fazem parte da amostra; (3) Quando possível, o supervisor pode observar urnas quantas entrevistas, para comprovar a actuacáo dos entrevistadores e, também, para se inteirar directamente das condicoes em que se está a desenrolar a entrevista; (4) Pode ser repetida urna pequeña amostra de entrevistas, para obter urna indicacáo da fiabilidade da resposta e para avahar o trabalho de certos entrevistadores, em particular; (5) Aos entrevistadores, pode ser pedido que registem urna amostra do seu trabalho em cassete. Os registos em fita magnética dáo urna informacáo valiosa sobre a forma como a

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Operares do inquérito e processamento de dados

entrevista foi realizada. Eles podem também ser um instrumento válido para a formacáo e reciclagem dos entrevistadores (Inquérito Mundial á Fertilidade, 1975, seccáo 6.7).

Distribuícao do pessoal no terreno A organizacáo do pessoal no terreno é urna outra questáo importante, que pode afectar a

qualidade e o custo do inquérito. Existem dois aspectos relacionados: os entrevistadores podem trabalhar separadamente ou em equipas; e podem ser recrutados localmente, para trabalhar em áreas fixas, ou podem ser movéis, deslocando-se entre áreas amostráis. E obvio que podem existir varios graus de mobilidade. Podem ser comparadas duas formas extremas de organizacáo: (a) a utilizacáo de equipas de elevada mobilidade, ñas quais os entrevistadores trabalham em conjunto, movendo-se com o seu supervisor de urna área para outra, á medida que avanca o trabalho no terreno; e (b) a utilizacáo de inquiridores fixos, quase sempre contratados localmente, cada um deles trabalhando isolado numa área (ou conjunto de áreas) de amostragem fixa, durante um período extenso. Com entrevistadores fixos, o supervisor pode residir em qualquer lado e visitar cada entrevistador periódicamente. Sao também possíveis varias modalidades entre estes dois extremos.

A utilizacáo de equipas movéis permite, normalmente, urna melhor supervisáo e controlo do trabalho no terreno. Pode também contribuir para um desenho da amostra mais eficiente visto que, com a mobilidade, um dado número de entrevistadores pode cobrir um maior número de áreas de amostra: em inquéritos á máo-de-obra, é normalmente desejável assegurar urna boa dispersáo da amostra. Da mesma forma, o inquérito típico nao envolve entrevistas repetidas e especialmente concentradas, com os mesmos agregados familiares, a nao ser no caso de muitos dos inquéritos sobre consumos alimentares e ornamentos familiares. Ambos estes factores limitam o volume de trabalho por área amostral, favorecendo a mobilidade do entrevistador. O modelo de rotacáo da amostra e outros aspectos do desenho podem ser determinados de forma flexível, já que eles agem contra um recrutamento e urna distribuicáo de pessoal muito localizados. Os requisitos rigorosos quanto a prazos, referidos anteriormente, tendem também a favorecer a solucáo baseada em equipas, a qual permite urna redistribuicáo mais fácil de pessoal, face a problemas de desistencias ou de outro tipo. Entre as principáis dificuldades do método de equipas movéis incluem-se: a maior necessidade de proporcionar meios de transporte para cada equipa; mais elevados custos de transporte e de alojamento temporario em áreas amostráis; e, possivelmente, taxas de produtividade mais baixas, devido ao tempo perdido ñas deslocacóes entre áreas, as quais podem ser substanciáis, se os membros da equipa tém de esperar numa área até que o último membro tenha ai terminado o seu trabalho. Podem também surgir serias dificuldades com o método da equipa móvel, em situacoes com marcadas diferencas de cultura e de idiomas locáis.

As vantagens tém de ser comparadas aos inconvenientes. Por vezes, utilizando pequeñas equipas (apenas dois a tres entrevistadores em cada, por exemplo) com limitada mobilidade, pode conseguir-se um compromisso eficaz. Essencialmente, podem ser seguidas diferentes formas de organizacáo em diferentes áreas do mesmo inquérito.

6. Preparacáo e processamento de dados

A tarefa de processamento de dados O processamento de dados tem sido muitas vezes denominado como o "estrangulamento" de

um inquérito. Isto deve-se a que, muitos inquéritos, sofreram graves excessos de custos, importantes atrasos ou, mesmo, fracassos totais, na fase de processamento de dados. Falta de qualificacoes informáticas, de capacidades de equipamento e de programacáo, e urna gestáo e controlo inadequados, sao normalmente factores que contribuem para essas situacoes.

É útil distinguir entre as duas fases da operacáo, constituidas pela preparacáo de dados e pelo processamento propriamente dito, embora, como se referiu anteriormente, as varias fases no processo estejam a tomar-se progressivamente mais integradas. A preparacáo dos dados refere-se á validacáo manual dos mesmos, no terreno ou no escritorio, á atribuicáo de códigos numéricos, á

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Inquéritos de populaçâo activa

informaçâo obtida, à documentaçao e descriçâo dos dados recolhidos, ao controlo da íntegridade da amostra inquirida e, finalmente, à introduçào de dados no computador. Muitas tarefas de preparaçâo de dados obrigam a operaçôes administrativas repetitivas e de grande dimensäo, envolvendo um grande número de pessoal operativo. A verificaçao do seu trabalho e outras medidas de controlo de qualidade, constituem um requisito essencial.

A fase subséquente de processamento de dados refere-se à validaçào e correcçào de dados em computador, à imputaçâo de valores em falta, à transformaçâo e restruturaçao do formato dos dados, à criaçâo de novas variáveis, à produçâo de resultados e outros análises e, finalmente, ao arquivo e difusâo dos dados Esta fase é caracterizada por urna maior dependencia de meios informáticos sofisticados e de um número relativamente pequeño de analistas de sistemas, programadores e outro pessoal especializado.

Urna análise completa do processamento de dados do inquérito está disponível em Naçôes Unidas (1982), embora alguns dos pontos no estudo necessitem de actualizaçào, tendo em conta os rápidos desenvolvimentos neste campo. Ñas subsecçôes seguintes consideraremos apenas os dois principáis aspectos da tarefa: a codificaçâo e a introduçâo/validaçào de dados em computador (as quais estáo a aumentar a sua integraçâo).

Para começar, convém referir algumas características e requisitos especiáis do processamento de dados dos inquéritos à mäo-de-obra. (1) Quando os dados sâo registados, ao longo de um periodo extenso, ou continuamente, é particularmente importante assegurar que nao se acumulem trabalhos e que os dados possam ser processados ao mesmo ritmo com que sao recolhidos. (2) Muitos inquéritos à mäo-de-obra visam a produçâo de estatisticas conjunturais, com prazos rigorosos para a apresentaçâo de informaçâo: o seu valor pode ficar seriamente depreciado, por atrasos no processamento e no apuramento de resultados. (3) Os inquéritos continuos podem também ter o requisito adicional da ligaçâo entre dados, através dos ciclos do inquérito. Frequentemente, os dados têm também de ser ligados através de diferentes tipos de unidades, tais como agregados familiares e pessoas individuáis. (4) Invariavelmente, a produçâo de resultados e a respectiva análise sâo complicadas, dada a necessidade de ponderar os dados do inquérito com totais externos de controlo da populaçâo (como se referiu no Capítulo 11). (5) Comparados com os dados de inquéritos mais intensivos, tais como os inquéritos aos orçamentos familiares, os dados do inquérito à mäo-de-obra sao, normalmente, mais simples na sua estrutura e breves no seu conteúdo, por unidade da amostra (agregado familiar ou individuo), aínda que, muitas vezes, as dimensöes da amostra sejam maiores. (6) Ao mesmo tempo, muitos inquéritos à mäo-de-obra têm a vantagem de a maioria das perguntas poder ser pre-codificada; a profissâo e a actividade sâo geralmente as únicas perguntas que requerem operaçôes de codificaçâo especiáis.

Codificaçâo A codificaçâo refere-se ao processo pelo quai sâo atribuidos valores numéricos as repostas

anotadas no questionário. Esse processo envolve: (a) o desenvolvimento de urna estrutura de códigos ou conjunto de categorías mutuamente disjuntas, as quais, entre elas, abrangem todas as respostas aceitáveis as perguntas consideradas; e (b) a atribuiçào de urna categoría ou código particular a cada resposta. A complexidade da tarefa depende da natureza da estrutura de codificaçâo, da variedade de respostas a serem codificadas e da relaçâo entre as duas. Para algumas rubricas, o código consiste numa única ou em algumas categorías, fácilmente diferenciáveis; para outras, o código pode implicar um grande número de categorías, com subtis diferenças entre elas. De forma semelhante, as respostas a algumas perguntas podem vir já sob forma numérica, de modo que, no máximo, apenas necessitam de ser transcritas para o esquema de codificaçâo; pelo contrario, o processo pode ser muito mais difícil, sujeito a erros e perdas de tempo, quando se precisa de codificar descriçôes verbais, com varios graus de clareza e perfeiçao, e os códigos envolvem varias categorías. É evidente que, em qualquer inquérito de grande dimensäo, é desejável tornar máxima a quantidade de perguntas fechadas e pre-codificadas. (Para urna análise da estruturaçào das categorías de resposta e das vantagens relativas das perguntas fechadas e abertas, ver Capítulo 12, Secçao 4).

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Operaçoes do inquérito e processamcnto de dados

Num inquérito típico à mào-de-obra, as rubricas mais importantes e dificeis de codificar referem-se à descriçào do tipo de emprego, nomeadamente, a actividade e a profissào e, em menor grau, a situaçâo na profissào. Em gérai, requer-se a codificaçâo de numerosas categorías, com base em descriçôes verbais registadas durante a entrevista. Para além disso, o inquérito pode conter rubricas baseadas em perguntas semiabertas nas quais urna vasta maioria das respostas sâo pre-codificadas, mas permitindo também outras respostas possiveis que sâo, ou desconhecidas, ou demasiado variadas, mesmo individualmente pouco fréquentes, para permitir antecipadamente a sua listagem e pre-codificaçâo. Sâo exemplos disso as varias perguntas que procuram as diferentes razöes para nao trabalhar a tempo completo, para a ausencia temporaria ao trabalho, para nao procurar emprego, etc.. Em geral, a maior parte das perguntas sao pre-codificadas.

Perguntas pre-codificadas Nas perguntas pre-codificadas, a atribuiçào de códigos as respostas deverá estar

constantemente de acordó com procedimentos consistentes; por exemplo, codificando "Sim" como " 1 " , "nao" como "2", outras respostas nao especificadas como "8", falta de dados como "9", etc.. A todas as respostas a urna pergunta devem ser atribuidos códigos com o mesmo número de dígitos. É normalmente preferível codificar cada urna, e todas as perguntas, separadamente, sem resumir a informaçâo na fase de codificaçâo (Naçôes Unidas, 1982, pp. 12-13).

Urna questâo importante consiste em decidir se as respostas pre-codificadas précisant, ou nâo, de ser transcritas noutro lado (para urna pagina especial do questionário ou urna folha de codificaçâo separada), com a finalidade de facilitar a introduçâo de dados. Um exame de questionários do inquérito nacional à mâo-de-obra e de outras inquéritos, indica que muitos desenhadores preferem realizar a transcriçâo, antes da introduçâo de dados. A transcriçâo pode certamente facilitar a tarefa de introduçâo de dados e, possivelmente, reduzir os erros nessa fase. Isto pode ser urna vantagem importante, quando a introduçâo de dados (a quai requer equipamento especial) é uma restriçâo mais crítica do que a transcriçâo (que apenas requer recursos administrativos). Contudo, pode argumentar-se que a transcriçâo é desnecessària, porque leva muito tempo e pode introduzir novos erros nos dados (Naçôes Unidas, 1982, p. 12). Este argumento, a favor da dispensa da transcriçâo, é reforçado com o desenvolvimento dos procedimentos de introduçâo interactiva de dados, os quais incorporam controlos de validaçâo (ver adiante).

Codificaçâo da profissào e da actividade A profissào e a actividade sâo demasiado complexas e variadas para serem pre-codificadas.

Os códigos envolvem numerosas categorías, que nem sempre sâo fácilmente diferenciáveis, tendo por base descriçôes verbais registadas durante a entrevista. A codificaçâo de profissào e de actividade é uma tarefa complexa e sujeita a erros. Sâo essenciais uma boa formaçâo e um controlo operacional e de qualidade. (Para boas ilustraçôes empíricas, ver Jabine e Tepping, 1973, eLyberg, 1982.)

Para simplificar a tarefa, é possível tomar algumas medidas na fase de desenho. Muitas vezes, pode dividir-se uma pergunta completamente aberta, em séries de perguntas, podendo ser cada uma délas codificada mais fácilmente ou, mesmo, precodificada parcialmente. Dividir uma rubrica completa em séries de perguntas, pode também melhorar a precisâo da informaçâo obtida. A profissào ou a actividade podem, por exemplo, ser inquiridas, obtendo em primeiro lugar a categoría principal (possivelmente numa forma pre-codificada) e solicitando entâo a descriçào verbal para classificaçâo dentro dessa categoría.

Nalgumas situaçôes, a codificaçâo da actividade pode ser feita fácilmente, realizando essa tarefa em duas fases: (a) com base numa lista de estabelecimentos por actividade, codificando tantos casos quanto possível a partir dos nomes e endereços ai incluidos; (b) codificando os casos remanescentes na forma habituai, a partir de descriçôes de actividade. O método só é útil se existir uma suficiente concentraçâo do emprego, para permitir que uma proporçâo significativa

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Inquéritos de populaçâo activa

dos casos amostráis seja abrangida através de (a). Grandes sobreposiçôes amostráis entre ciclos. também aumentam a possibilidade de desenvolver listas de estabelecimentos por actividade, ao longo do tempo, tendo em vista aquela finalidade.

Num inquérito à mâo-de-obra, é desejável que a profissào e a actividade sejam codificadas utilizando o mesmo sistema empregado em outras fontes principáis, tais como o recenseamento nacional da populaçâo. Como é natural, o grau de "falhas" poderá ser diferente nos varios inquéritos, dependendo da dimensâo da amostra.

As tarefas de preparaçâo de dados podem ser organizadas de diferentes formas. Num extremo, temos um sistema completamente "rotativo", no qual os trabalhadores de escritorio sao rodados entre as diferentes tarefas, tais como a ediçâo, a transcriçào, a codificaçào, o controlo e a verificaçâo. Este sistema requer que o pessoal seja preparado para fazer urna variedade de trabarnos. Se a qualidade do pessoal é adequada para as necessidades, o sistema rotativo pode ter a vantagem de tornar o trabalho menos repetitivo e, possivelmente, de melhorar a consistencia geral da tarefa de preparaçâo de dados. No outro extremo da escala temos o sistema "fixo", no qual todas as pessoas sao preparadas para um trabalho específico, ao qual se dedicam durante todo o tempo. A vantagem deste sistema consiste em que, cada pessoa, pode concentrar-se numa secçâo mais pequeña do trabalho e desenvolver conhecimentos para realizar a tarefa mais eficientemente. Tal vantagem é mais importante na codificaçào de pergunta dificeis, tais como a profissào e a actividade. Por isso, nos inquéritos à mâo-de-obra, é normal utilizar pessoal especializado na codificaçào destas rubricas, enquanto pode ser usado um sistema mais ou menos rotativo, para outras tarefas de preparaçâo de dados.

Controlo operational e de qualidade A verificaçâo do trabalho realizado, por codificadores especializados, é essencial para o

controlo das operaçôes e da qualidade. A verificaçâo significa, a repetiçâo da tarefa e a comparaçâo dos resultados das duas operaçôes, para identificar a incidencia e as fontes de erro. Normalmente, é suficiente a verificaçâo por amostra, estando a taxa de amostragem dependente da taxa de erro encontrada. Contudo, a taxa de amostragem deve ser mais alta (mesmo 100 por cento em alguns casos) ñas fases iniciáis da operaçâo, para as rubricas mais dificeis e para os operadores que se verificou terem cometido mais erros. (No Capítulo 14 é examinada mais completamente a validaçâo e controlo dos erros de codificaçào e de outro tipo, no tratamento de dados).

A verificaçâo pode ser dependente ou independente. A verificaçâo dependente significa que o verificador tem acesso aos resultados da execuçào anterior. O verificador inspecciona o código original e decide se o mesmo está correcto ou nao e, se necessário, corrige-o de acordó com o seu criterio. A verificaçâo dependente pode ser mais rápida e mais barata, mas tende a subestimar o número de erros que requerem correcçâo. O verificador também nécessita de ter um mais alto nivel de qualificaçôes do que um codificador normal. A verificaçâo independente significa que o processo é repetido independentemente por mais do que um codificador e, no caso de discrepancia, identifica-se e corrige-se o erro numa acçào posterior. Esta pode consistir em novas repetiçôes do processo, seguidas de urna tomada de decisäo com base nalguma regra maioritária; alternativamente, um perito pode decidir qual o código correcto. A codificaçào independente tem maiores possibilidades de captaçào de erros, e é conveniente, desde que os codificadores normáis possam ser utilizados como verificadores. Contudo, ocupa mais tempo e pode ser difícil garantir a independencia entre a codificaçào e a verificaçâo. Pode também recorrer-se à avaliaçào, como operaçâo distinta da verificaçâo. A avaliaçào pressupöe a existencia e identificaçâo dos "verdadeiros" números de código, com os quais podem ser comparados os códigos origináis para identificar as taxas brutas de erro. A avaliaçào nécessita de peritos em codificaçào e de que se aceite a hipôtese que eles podem determinar o "verdadeiro" valor.

A codificaçào automática (apoiada em computador) é possivel em algumas situaçôes. Contudo, esta opçào nao é geralmente viável nos inquéritos à mâo-de-obra nos países em vias de desenvolvimento.

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Operares do inquérito e processamento de dados

Introducáo e validacáo de dados A introducáo de dados convencional, é uma simples operacáo mecánica, que requer

conhecimentos pouco especializados do inquérito e do tema nele abordado. No entanto, esta fase parece ser, muitas vezes, uma das principáis fontes de atraso nos inquéritos de grande dimensáo, devido a insuficientes capacidades (postos de trabalho e/ou operadores para a introducáo de dados) ou de um acesso deficiente a capacidade existente, para cumprir a tarefa.

A situacáo relativa á introducáo de dados está a mudar rápidamente, em resultado dos desenvolvimentos da tecnología informática. Por um lado, existem desenvolvimentos na área dos leitores ópticos, de marcas ou de caracteres. O reconhecimento de dados através de leitura óptica pode eliminar a necessidade de introducáo de dados controlada por operador, poupando tempo e reduzindo os erras na introducáo de dados. Contudo, a utilizacáo de tais técnicas necessita de equipamento dispendioso, incluindo a manutencáo e o fornecimento de servicos, de precisáo no desenho e impressáo dos questionários, e um manuseamento cuidadoso dos documentos, seja no terreno, seja no escritorio, factores que sao problemáticos para um inquérito em países em vias de desenvolvimento (Nacóes Unidas, 1982, p. 20).

As alteracoes mais importantes advém do desenvolvimento da introducáo interactiva de dados. Isto significa que, durante a introducáo de dados, a sua estrutura e formato é automáticamente controlada e é feita uma vanedade de controlos de validacáo. Muitas organizacdes de inquéritos, em países em vias de desenvolvimento, ganharam já uma experiencia considerável na aplicacáo da introducáo interactiva de dados e essa experiencia está a espalhar-se, com o aumento da disponibilidade de computadores pessoais e de programas adequados. Talvez o mais importante aspecto deste desenvolvimento, seja a sua capacidade de reduzir o tempo ocupado pela validacáo em computador. Ao facilitar a correccáo antecipada, pode também reduzir-se a necessidade de uma validacáo manual.

Organizagao da introdugao e validagao de dados Em muitas situacoes, a introducáo e validacáo de dados tém de ser organizadas como

operacóes relativamente centralizadas, num local único, na sede do organismo realizador do inquérito ou, possivebnente, num grande país, em delegacoes regionais ou provinciais. (Contudo, em alguns inquéritos em países em vias de desenvolvimento, possuindo meios suficientes, tem sido experimentado recentemente um sistema interactivo de introducáo de dados muito mais descentralizado.) E essencial estabelecer um adequado sistema de recepcáo e controlo de questionários e de outros componentes. Normalmente, é conveniente utilizar unidades de amostragem fináis de área, como unidades organizacionais básicas para essa finalidade: todos os questionários da mesma área podem ser devolvidos de uma só vez ao servico de processamento, controlados relativamente a sua integridade, através das listas de agregados familiares (ou unidades de habitacáo) para a área e, subsequentemente, mantidos juntos para codificacáo, introducáo de dados e validacáo. Em geral, num inquérito á máo-de-obra, cada agregado familiar da amostra terá um questionário e, possivelmente, varios questionários individuáis, um para cada pessoa elegível no agregado. É importante controlar, para cada agregado familiar da amostra, que todos os questionários correspondentes foram recebidos. É recomendável que sejam mantidos dois tipos de registos: um registo detalhado com rubricas tais, como o número de agregados familiares em cada unidade de habitacáo da amostra, o número de questionários do agregado recebidos, o número de individuos elegíveis em cada agregado familiar e o número de questionários individuáis recebidos, etc.; e um registo de área sumariando esta informacáo, para cada unidade de área final. Posteriormente, durante a validacáo, é também útil manter registos classificados por tipo, dos erras encontrados e respectivas correccóes, bem como das imputacóes efectuadas para os dados em falta.

Validagdo manual e validagao em computador É prática comum nos inquéritos, levar a cabo a validacáo de dados em varias fases: controle

por entrevistadores e supervisores, no terreno; verificacáo manual em escritorio, anterior á codificacáo; e validacáo em computador após a introducáo de dados. Básicamente, em cada fase,

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Inquéritos de populado activa

sao efectuados os mesmos tipos de controlos, embora os mesmos possam diferir no seu grau de detalhe. Os controlos no terreno sao indispensáveis porque, em geral, só eles proporcionara urna oportunidade de contactar de novo o inquirido, para correccáo dos dados originalmente recomidos. Urna questáo importante é a da quantidade adequada de recursos a serem dedicados á validacáo manual (em escritorio), em comparacáo com a validacáo em computador. Dadas as limitadas capacidades para a validasáo em computador e a maior disponibilidade de pessoal de escritorio para a valida9áo manual, o papel desta última tem sido habitualmente acentuado em muitos inquéritos. Tal énfase, parte da opiniáo de que, a fínalidade da valida9áo em computador, nao é a de intervir de forma determinante na detec9áo e correc9áo de erros, mas antes a de descobrir os erros (esperando-se que sejam poucos) que permane9am por detectar na fase manual e os erros cometidos posteriormente durante a codificacáo e a introdu9áo de dados. Esta situacáo, em termos gerais, tem vindo a alterar-se, em resultado da melhoria das capacidades informáticas, particularmente com o desenvolvimento da introducáo interactiva de dados. Contudo, embora alguns peritos em inquéritos tenham argumentado, que a fase de validacáo em escritorio pode ser dispensada por completo, existe urna concordancia geral de que essa fase, possivelmente mais reduzida, mantém urna funcáo essencial, nem que seja para assegurar que os questionários estáo correctamente preparados para a codifica9áo, e que os erros mais salientes foram eliminados, antes da introdugáo de dados e da validacáo em computador. Estas consideracóes sao, provavelmente, ainda mais importantes, em inquéritos em que o questionário é relativamente complexo e a dimensáo da amostra é pequeña ou media.

Validagao em computador A validacáo convencional em computador requer um certo número de fases: validagao de

formato na qual sao verificadas a identificacáo da pessoa, o formato dos dados, a presera de caracteres nao-numéricos, etc.; validagao de estrutura, na qual é validada a integridade dos dados, por exemplo, se estáo presentes todos os agregados familiares da amostra, todos os registos de dados de cada unidade, etc.; controlo de ámbito, para verificar que todos os valores num campo estáo dentro dos limites permissíveis; controlos de salto, para verificar que a sequéncia da entrevista foi correctamente seguida e que está presente toda a informacáo relevante, e apenas essa; e urna variedade de outros controlos de consistencia entre varias rubricas de dados. Os dados em falta podem também ser identificados e imputados nesta fase. Convencionalmente, todas estas fases necessitam de ser executadas numa sequéncia, requerendo em geral, cada urna délas, que se faca de novo referencia ao documento original do inquérito e as correccdes manuais, sendo todo o processo repetido num certo número de ciclos. As dificuldades na fase de validacáo em computador, provaram ser a principal fonte de atrasos em muitos inquéritos. Um problema muito frequente tem sido o de nao atribuir um número suficiente de pessoas na fase de exame dos questionários origináis, localizando e corrigindo os dados, com base em listas de erros geradas no processo de validacáo em computador, e actualizando os ficheiros de dados. Invariavelmente, esta tarefa tem de ser realizada repetidamente para cada ciclo do processo de validacáo (ver, por exemplo, Orto e Rattenbury, 1987). A introducáo de dados interactiva tem o potencial necessário para integrar estas varias fases, e para facilitar e encunar substancialmente a tarefa de processamento de dados.

Os controlos de validacáo, do tipo mencionado anteriormente, necessitam de ser especificados, programados e aplicados em detalhe aos dados do inquérito, ao nivel de micro validacáo. Embora um pequeño número de erros ou de valores em falta nos dados, possa nao fazer muita diferen9a para o valor estatístico dos resultados agregados apurados no inquérito, é mesmo assim desejável, por varias razóes, que sejam eliminadas todas as inconsistencias. A presenca de erros, normalmente, faz com que o manuseamento dos dados, e a programa9áo e análise informáticas sejam significativamente mais dificeis. Isto pode ser particularmente problemático, se os dados tem de ser ligados com outros conjuntos de dados, se a análise, que se prevé vir a fazer, é extensa e, especialmente, se estáo envolvidos muitos utilizadores e analistas diferentes. Estas consideracóes tém-se tornado mais importantes, com o énfase crescente dado a disseminacáo de informa9áo ao nivel do detalhe, em contraste com os quadros de resultados

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Operaçôes do inquérito e processamento de dados

simples e agregados. É obvio que a validaçâo e a correcçào podem consumir muito tempo, e é necessário um equilibrio entre o custo da perfeiçào e a sua utilidade prática.

Especificaçào dos controlos de validaçâo: alguns exemplos No resto desta subsecçào, sao dados alguns exemplos e descriçoes dos varios tipos de

controlo sobre as rubricas do questionário, que normalmente se encontram nos inquéritos à mâo-de-obra. Como é natural, necessitam de ser desenvolvidos controlos específicos para cada questionário, em funçâo dos respectivos detalhes. Todavía, os exemplos podem ser úteis para o desenvolvimento de validaçôes em aplicaçôes específicas.

(1) Validaçâo de formato. Os dados do inquérito estào normalmente organizados de acordó com urna hierarquia de componentes, por cada caso contido na amostra, pelos varios registos dentro de cada caso, pelos varios "tipos de identificaçào" dentro de cada registo, etc., sendo atribuido a cada componente um único número de identificaçào. A validaçâo de formato envolve o cotejo de cada componente com um tipo válido e a prova de que possui um número de identificaçào igualmente válido. Ao mesmo tempo, pode fazer-se um controlo geral dos valores nao numéricos, sem interesse ou nao aceitáveis. Em geral, o ficheiro de dados é ordenado segundo os casos da amostra, apenas depois de as identificaçôes dos casos terem sido controladas e corrigidas.

(2) Validaçâo de estrutura. O seu principal objectivo é o de analisar se estáo presentes os dados correspondentes a cada caso da amostra e se, dentro de cada caso, os dados estáo, em geral, estruturalmente correctos e completos. Por exemplo, num inquérito á mäo-de-obra, os controlos podem ser feitos para assegurar a presença de:

(a) alguma informaçâo relativa a cada agregado familiar da amostra, pelo menos indicando se o caso foi entrevistado com sucesso ou nào;

(b) para cada agregado familiar entrevistado, todos os componentes de dados importantes (registos, tipos de identificaçào etc.) no agregado e em cada membro e se o membro é elegível para um inquérito mais detalhado sobre a sua actividade económica;

(c) alguma informaçâo para cada pessoa elegível, indicando, pelo menos, se a pessoa foi entrevistada com éxito ou nao; e

(d) para cada pessoa entrevistada, todos os componentes de dados importantes pertencentes à entrevista.

(3) Controlos de ámbito. Podem ser referidos alguns pontos práticos em relaçâo à especificaçào de controlos de ámbito. Para todas as perguntas, as categorías de valores permitidas deviam já ter sido claramente especificadas no questionário e/ou no manual de códigos. Na especificaçào de controlos de ámbito é conveniente produzir, em primeiro lugar, as distribuiçôes margináis dos dados, para que possa ser avaliada, para cada campo de dados, a incidencia e a frequência dos valores fora do respectivo ámbito.

As perguntas que nào se aplicam a todos os inquiridos, devem incluir "nao aplicável"(NA) como um código válido, que nao será incluido naquelas que sao aplicáveis a todos. Os valores em fàlta ou nâo declarados (NS) podem ser identificados durante o controlo de ámbito, nao os incluindo na categoría válida e estudando a sua frequência e distribuiçâo. Em algumas perguntas (tais como rendimentos, duraçâo do emprego ou do desemprego, horas trabalhadas, etc.) pode ser de maior utilidade especificar a categoría mais próxima, do que a teóricamente possivel, de forma a que os valores pouco habituais (por isso improváveis, embora nào necessariamente impossiveis) possam ser identificados, pois têm urna elevada hipótese de estarem errados.

(4) Controlos de salto. O objectivo consiste em comprovar que o fluxo da entrevista foi seguido correctamente: toda a pergunta aplicável deve ter urna resposta (mesmo que seja "NS"), e todas as perguntas nao aplicáveis (NA) devem estar em branco ou ser identificáveis de urna forma semelhante. A especificaçào dos controlos de salto pode ser bastante facilitada por um diagrama de fluxos de questionário que, como se explicou no Capítulo 12, Secçâo 2, clarifique a relaçâo entre as perguntas e entre os subgrupos na populaçâo do inquérito, à quai se aplica cada pergunta. Os controlos de salto sao simplesmente condiçôes lógicas, que especificam quando é aplicável urna pergunta concreta. O quadro a seguir, dá um exemplo para o Diagrama de fluxos

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Inquéritos de populaçâo activa

11, do Capítulo 12, Secçào 3. Repare-se que em cada pergunta tem de ser tomada urna decisäo acerca do salto adequado, se a resposta for "NS"; todas as respostas válidas (incluindo as "NS") devem ser consideradas em cada caso.

(5) Controlos relacionados. Os controlos acerca do fluxo e da integridade da entrevista podem também aparecer sob outras formas. Algumas vezes, regista-se (ou resume-se) o valor de urna pergunta, a partir de urna ou mais perguntas previas, com as quais pode ser comparada para efeitos de consistencia. Outra forma fréquente, é a apresentaçào de quadros no questionário (por exemplo, registando os detalhes de varios empregos anteriores ou dos empregos presentes), com o

Exemplo de controlos de salto para o Diagrama defluxos 11 Pergunta(s)

Ql Q2 Q3 Q4 Q5 Q6-8 Q9 Q10 Ql l Q12,16, Q13 Q14, 15 Q17 Q23 Q24-27 Q28

18-22

Aplicável se e só se: (sempre) Ql = nao, NS Q2 = nao, NS Q3 = nao, NS Q4 = tarefas domésticas, outros, NS Q4 = reformado ou Q5 = sim Q4 = reformado ou Q5 = nao, NS Q9 = sim Ql = nao Ql = sim ou Q2 = sim Q12 = sim Q12 = nao, NS Q16 = tempo parcial, NS Q22 = empregador, trabalhador p/conta outrem, trabalhador p/conta propria, NS Q3 = sim Q27 = sim

número de entradas que deviam ter sido completadas no quadro, em funçào do valor de algumas perguntas previas. (Os dois tipos de controlos anteriores sao normalmente referidos, respectivamente, como controlos de "filtro" e de "quadro".)

(6) Controlos de consistencia. Estes controlos referem-se à consistencia entre os valores registados em perguntas diferentes mas relacionadas. O tipo de controlo que pode e deve ser feito, variará em funçào do conteúdo e do desenho do questionário. Sao possíveis mais controlos, quando exista um grau de redundancia na ínformacao obtida, ou quando as varias perguntas estäo estreitamente relacionadas ou se sobrepöem (como, por exemplo, num inquérito típico de orçamentos familiares). Muitos dos questionários mais simples sao de facto desenliados através de instruçôes de salto adequadas, de maneira a que se elimine ao máximo qualquer possibilidade de respostas internamente inconsistentes. No entanto, alguns controlos de consistencia sao possíveis e úteis, como ilustra o exemplo seguinte.

Exemplo de alguns controlos de consistencia, baseados no Diagrama de fluxos 11 Pergunta(s) Controlo de aceitaçao em relaçâo a: Q4, 6, 13, 28 idade do inquirido Q7, 19,26,28 nivel de habilitaçôes escolares do inquirido Q23 profissâo do inquirido (Q19)

Note-se que estes controlos complementam os de ámbito e os restantes efectuados para cada pergunta individual.

(7) Correcçào, imputaçao e valores em falta. Quando se detecta um erro, o dado defeituoso pode ser modificado de urna das formas seguintes:

(a) os dados sao eliminados se a pergunta nao é aplicável ao caso concreto; (b) o valor erróneo (ou em falta) nào pode ser corrigido e é mudado para "NS"; (c) o valor é corrigido (ou imputado) em funçào de outra informaçâo disponível no

questionário;

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Operafóes do inquérito e processamento de dados

(d) o valor incorrecto ou em falta é imputado com base em informacáo externa ao questionário, por exemplo, de um ciclo anterior que tenha inquirido a mesma unidade ou de outras unidades "similares" na amostra.

Naturalmente, a rubrica pode ser deixada sem correccáo, embora, se a proporcáo de casos defeituosos nao for grande, seja normalmente mais conveniente adoptar a opcáo (b), se nada de melhor puder ser feito. Esta opcáo também é útil para concluir o processo de validacáo, quando se considera que a sua utilidade marginal já nao compensa o custo de mais validacoes.

Refira-se que, muirás vezes, nao se pode estabelecer uma nítida distincáo entre dados incorrectos (nao utilizáveis) e dados em falta, ou entre correccáo (que amiúde é uma questáo de opiniáo) e a imputacáo. Operacionalmente, a imputacáo refere-se á correccáo com base em informacáo externa ao próprio questionário. Geralmente, é preferivel fazer alteracóes ou correccóes manuais aos dados do inquérito, como resultado de um exame cuidadoso caso a caso, consultando novamente os questionários origináis. A imputacáo é talvez mais susceptível de automacáo, especialmente para conjuntos de dados de grande dimensáo, mas nao demasiado complexos no seu contexto. Em qualquer caso, o processo de correccáo/imputacáo deve sempre ser cuidadosamente controlado e coordenado, e mantidos os registos sobre a natureza e extensáo das alteracóes efectuadas.

7. Quadros de resultados, informacáo e disseminacáo

Estrategia da informando Relativamente á análise e informacáo dos resultados do inquérito, uma estrategia habitual e

conveniente consiste em dividir a tarefa em duas fases principáis. A primeira, pode centrar-se na producáo de quadros de resultados básicos de dupla entrada e num comentario sobre as principáis conclusóes. Nesta fase podem produzir-se também uma serie de relatórios que nao requeiram uma análise estatística prolongada ou complicada. Cada um deverá ser dirigido a uma categoría específica de utilizadores. A serie pode incluir: um relatório preliminar e breve que sirva para assegurar a publicacáo ¿mediata dos principáis resultados, mesmo antes da completa "limpeza" dos ficheiros de dados ou da disponibilidade dos quadros de resultados detalhados; um resumo para executivos, realcando os temas ou assuntos específicos e tendo por alvo categorías específicas de utilizadores; e um relatório técnico, descreyendo a metodología e procedimentos do inquérito.

A segunda fase pode consistir num programa mais aberto de análise e investigacáo, utilizando métodos mais sofisticados e complicados. Isto necessitará, normalmente, da colaboracáo com individuos e organismos exteriores ao servico estatístico. A producáo, arquivo e distribuicao de ficheiros de dados bem documentados ao nivel de detalhe, facilitará bastante esta tarefa.. As análises devem visar a ligacáo dos resultados do inquérito, com a informacáo afim proveniente de outras fontes e, especialmente, com os ciclos anteriores do inquérito á máo-de-obra. Podem também ser efectuadas análises mais detalhadas da qualidade dos dados, das fontes de erros, dos conhecimentos metodológicos recolhidos, etc.. O cálculo dos erros de amostragem tem particular importancia.

As fases de análise e informacáo diferem quanto ao seu momento de realizacáo e aos seus objectivos. A primeira fase está relacionada com o fornecimento mais rápido possível de informacáo sobre o inquérito e as suas principáis conclusóes. A segunda fase tem a ver com a completa exploracáo dos resultados, já sem uns condicionamentos táo estritos relativamente a prazos e contando com uma mais ampia colaboracáo. Isto pode também ajudar a criar capacidade de análise dentro do organismo estatístico.

Quadros de resultados A primeira fase da informacáo pode ser baseada em diversos quadros de dupla entrada

relativamente simples. Os quadros devem explorar os dados do inquérito de forma táo completa quanto possível, dentro deste tipo de apresentacáo. Como exemplo, é listado no fim desta seccáo um conjunto mínimo de quadros de um inquérito á máo-de-obra. Estes quadros podem,

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Inquéritos de populado activa

naturalmente, ser modificados e aumentados em inquéritos concretos, dependendo do ámbito da informacáo recolhida. Também é dada, mais á frente, urna lista de conjuntos principáis das variáveis correspondentes a estes quadros. Antes da producáo de quadros, é muitas vezes conveniente combinar ou reformatar os dados "origináis", para construir variáveis recodificadas que sao directamente usadas nos quadros. Como exemplo, as Figuras 6 e 7 no Capítulo 6, Seccáo 4, ilustram como pode ser construida urna variável "condicáo do momento perante a máo-de-obra", a partir da sequéncia de perguntas sobre actividade do momento, razoes para a ausencia, medidas tomadas para procurar emprego ou razoes para o nao fazer, disponibilidade actual para trabalhar e experiencia de trabalho anterior, etc.. Construindo essa variável de forma definitiva para cada individuo da amostra, podem ser bastante facilitadas as tarefas de construcáo de quadros de resultados e de análise, que lhe sao subsequentes.

Arquivo e difusao de dados Para melhorar a utilizacáo dos dados, é importante que os que pertencem ao inquérito sejam

disporúbilizados a um nivel detalhado, sob a forma de ficheiros informáticos plenamente documentados. Com o aumento das capacidades informáticas, esta forma de disseminacáo de dados está a substituir os convencionais quadros de dupla entrada, como produto "final" do inquérito. Os organismos estatísticos nacionais devem tentar estabelecer bancos ou arquivos informáticos de dados, orientados para o utilizador. Os requisitos básicos para esta finalidade sao:

- que os ficheiros de dados estejam validados e documentados a altos níveis de controlo e estruturados para facilitar a análise;

- que os ficheiros de dados ao nivel de detalhe estejam apoiados numa descricáo completa dos dados (proporcionando livros de códigos, distribuicoes margináis, resumos, agregados, etc., de preferencia numa forma legível por meios informáticos);

- que a base de dados seja estabelecida de forma a ligar (ou pelo menos recolher) os dados de diferentes ciclos do inquérito e fontes afins;

- que seja estabelecido um sistema para a gestáo, controlo e distribuicáo de dados; e - sempre que possível, seja dado apoio técnico e informático aos utilizadores. Um excelente exemplo é dado pela "Base de Dados Dinámica" no Instituto Internacional de

Estatística, onde se arquivam e difundem ficheiros de dados de um grande número de inquéritos demográficos. Para urna boa descricáo técnica de urna aplicacáo concreta, ver Rowe e Croft (1987).

Lista ilustrativa dos quadros e variáveis principáis de um inquérito á máo-de-obra

A lista ilustrativa de variáveis e quadros principáis apresentada a seguir, foi preparada com base em duas considerares básicas: (a) recomendacoes feitas ñas normas intemacionais sobre estatísticas de populacáo activa (CIET, 1982); e (b) coeréncia com a lista de quadros sobre características económicas, recomendada pelos recenseamentos da populacáo (Nacoes Unidas, 1986). A lista ilustrativa contém 47 quadros, com a classificacao cruzada de diferentes grupos da populacáo e de agregados familiares, em relacáo a 25 variáveis principáis.

Oito daquelas variáveis representam as seguintes características demográficas e educacionais dos individuos ou agregados: sexo, grupo de idade, estado civil, frequéncia escolar, nivel educacional, relacáo com o chefe ou outro membro de referencia do agregado, dimensáo do agregado e número de filhos.

As outras 17 variáveis principáis descrevem as seguintes características do emprego dos individuos ou dos agregados familiares: condicáo perante o trabalho do momento, condicáo habitual perante o trabalho, número de semanas ou dias trabalhados em todos os empregos durante o ano anterior, profissáo (a última) principal, actividade (a última) principal, principal situacáo (última) na profissáo, principal razao para a inactividade das pessoas inactivas do momento, categorías funcionáis das pessoas habitualmente inactivas, intensidade do vínculo com

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Opera res do inquérito e processamento de dados

o mercado de trabalho das pessoas inactivas, número de dias ou horas trabalhadas em todos os empregos durante a semana anterior, razáo para a ausencia ao trabalho, número de dias ou horas por semana disponiveis para trabalho adicional, medidas tomadas para procurar emprego, razáo para nao procurar emprego, número de pessoas activas, número de pessoas com emprego e número de pessoas desempregadas no agregado familiar.

Para fins de comparacóes internacionais, as categorías relevantes para cada variável devem, quando aplicável, corresponder ou serem convertíveis as classificacóes internacionais tipo mais recentemente adoptadas, tais como:

(a) Classifícacao Internacional Tipo de Profissoes (CITP) - Organizacáo Internacional do Trabalho;

(b) Classifícacao Internacional Tipo de Actividades (CITA) - Nacóes Unidas; (c) Classifícacao Internacional segundo a situacáo na profíssáo (empregador, trabalhador por

conta de outrem, etc.) - com referencia as defini?oes das Nacoes Unidas - excepto para a classifícacao de trabalhadores familiares nao remunerados, onde já nao é necessário aplicar o criterio do tempo mínimo (pelo menos um terco das horas de trabalho normáis);

(d) Directrizes provisorias sobre Classificacóes Internacionais Tipo de Idades - Nacoes Unidas.

Na lista ilustrativa de quadros que a seguir se apresenta, urna variável mostrada entre paréntesis recto indica que é opcional a classifícacao cruzada que á mesma diga respeito, e a sua utilizacáo depende da precisáo dos dados das células correspondentes, dada a reduzida dimensáo da amostra em que se baseiam esses dados. Esta consideracáo geral deve ser aplicada a todas as classificacóes cruzadas, para que se evite a publicacáo de quadros que contenham células, para as quais os dados tenham urna alta variabilidade amostral.

Para certos quadros, indica-se entre paréntesis urna variável ou grupo de populacáo. Isto destina-se a indicar que os correspondentes quadros podem ser compilados de acordó com a condicáo perante o trabalho habitual, como alternativa, ou em adicáo á condicáo perante o trabalho do momento: os quadros 1, 4-6 e 43-47 podem ser compilados segundo a condicáo perante o trabalho do momento, a condicáo perante o trabalho habitual ou ambas. O quadro 2 será preparado quando o inquérito medir, tanto urna, como a outra, dessas condicóes perante o trabalho. O quadro 3 aplica-se apenas, se for medida a condicáo perante o trabalho habitual. Finalmente, os quadros 15-24 sobre o emprego, subemprego visível e desemprego sao destinados únicamente a ser tratados segundo a condicáo perante o trabalho do momento.

Um conjunto de quadros básicos sobre estatísticas da populacáo activa, emprego, desemprego e subemprego

Populaf¿¡o em idade de trabalhar (Populando com idade igual ou superior a....anos) 1. segundo a condicao perante o trabalho do momento (condicao perante o trabalho habitual), por sexos e grupo de

idade 2. segundo a condicao perante o trabalho do momento e a condicáo perante o trabalho habitual, por sexos e grupo

de idade 3. segundo a condicáo perante o trabalho habitual e o número de semanas ou dias trabalhados em todos os empregos

durante o ano anterior, por sexos

PopulaqSo jovem em idade de trabalhar 4. segundo a condicao perante o trabalho do momento (condicao perante o trabalho habitual) e habilitacoes

escolares, por sexos e grupo de idade

Populacáo activa do momento (Populacáo habitualmente activa) 5. por estado civil, sexo e grupo de idade 6. por profíssáo principal, sexo e grupo de idade 7. por actividade principal, sexo e grupo de idade 8. por principal situacáo na profíssáo, sexo e grupo de idade 9. por actividade e profíssáo principáis, segundo os sexos 10. por profíssáo principal, nivel de habilitacoes escolares e sexo (e grupo de idade) 11. por actividade principal, nivel de habilitacoes escolares e sexo (e grupo de idade)

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Inquéritos de populacáo activa

12 por profissao principal, situacao na profissao principal e sexo 13. por actividade principal, situacao na profissao principal e sexo

Populaqáo feminina activa do momento (populacáo feminina habitualmente activa) 14. por estado civil e principal situacao na profissao

Pessoas inactivas do momento (pessoas habitualmente inactivas) 15. por principal razao de inactividade (categorías funcionáis), sexo e grupo de idade 16. por intensidade do vinculo ao mercado de trabalho

Pessoas com emprego 17. por profissao principal, sexo e grupo de idade 18. por actividade principal, sexo e grupo de idade 19. por situacao na profissao principal, sexo e grupo de idade 20. por actividade principal, profissao principal e sexo 21. por profissao principal, situacao na profissao principal e sexo 22. por actividade principal, situacSo na profissao principal e sexo

Pessoas com emprego a trabalhar 23. segundo a profissao principal e número de dias ou horas trabalhadas em todas os empregos durante a semana

anterior, por sexo 24. segundo a actividade principal e número de dias ou horas trabalhadas em todos os empregos durante a semana

anterior, por sexo 25. segundo a situacao na profissao principal e número de dias ou horas trabalhadas em todos os empregos durante

a semana anterior, por sexo

Pessoas com emprego que nao estao a trabalhar 26. por razao de ausencia ao trabalho e sexo

Pessoas em subemprego (visivel) 27. segundo o número de dias ou horas disponiveis para trabalho adicional em cada semana, por sexo e grupo de

idade 28. por profissao principal e sexo (e grupo de idade) 29. por actividade principal e sexo (e grupo de idade) 30. por situacao na profissao principal e sexo (e grupo de idade)

Pessoas em situacao de pluriemprego 31. por sexo e grupo de idade 32. por profissao principal e sexo 33. por actividade principal e sexo 34. por principal situacao na profissao e sexo

Desempregados 35. segundo a relac3o com o chefe ou outro membro de referencia do agregado familiar, por sexo

Desempregados com anterior experiencia de trabalho 36. segundo a última profissao, por sexo 37. segundo a última actividade, por sexo 38. segundo a última situacao na profissao, por sexo

Desempregados sem experiencia de trabalho anterior 39. por sexo e grupo de idade 40. por sexo e habilitacoes escolares

Pessoas desempregados que procuram activamente emprego 41. segundo as medidas tomadas para procurar emprego, por sexo

Pessoas desempregados que nao procuram activamente emprego 42. Segundo as razoes para nao procurar emprego, por sexo

Chefe do agregado familiar ou outro membro de referencia 43. segundo a condic3o perante o trabalho do momento (condicao perante o trabalho habitual), por sexo e grupo de

idade

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Operacoes do inquérito e processamento de dados

Agregados familiares e populacáo nos agregados familiares 44. por dimensao do agregado familiar e número de membros activos (segundo a condicáo perante o trabalho do

momento e/ou condicáo perante o trabalho habitual)

Agregados familiares com urna pessoa desempregada, pelo menos 45. segundo o número de criancas e o número de pessoas com emprego (de acordó com a condicáo perante o

trabalho do momento e/ou a condicáo perante o trabalho habitual) 46. segundo o número de pessoas desempregadas (de acordó com a condicáo perante o trabalho do momento e/ou a

condicáo perante o trabalho habitual), por sexo e actividade principal do chefe do agregado ou de outro membro de referencia do agregado

Agregados familiares e populacáo nos agregados familiares, cujos chefes ou outros membros de referencia dos agregados sao activos do momento (habitualmente activos) 47. por actividade principal e situacao na profissáo principal, segundo o sexo do chefe do agregado familiar ou

outro membro de referencia do agregado

Referencias Conferencia Internacional de Estaticistas do Trabalho (CIET), 1982. "Resolution conceming statistics of

economically active population, employment, unemployment and underemployment" (texto também em Francés e Espanhol), em Boletim de Estatísticas do Trabalho (Genebra, OIT), 1983-3, pp. xi-xvi.

Inquérito Mundial á Fertilidade, 1975. Survey organisation manual. Documentacao Básica do IMF, N° 2. Haia, Instituto Internacional de Estatística.

- 1975a. Manual on sample design. Documentacao Básica do IMF, N° 3. Haia, Instituto Internacional de Estatística - 1976. Training manual. Documentacao Básica do IMF, N° 4. Haia, Instituto Internacional de Estatística. Jabine, T. ; Tepping, B. 1973. "Controlling the quality of industry and occupation data", em Boletim do Instituto

Internacional de Estatística, 45 (3), pp. 360-389. Lyberg, L. 1982. "Coding of occupation and industry: Some experiences from Statistics Sweden" em Boletim de

Estatísticas do Trabalho (Genebra, OIT), 1982-3. Nacoes Unidas, 1982. Survey data processing, Estudos Técnicos do NHSCP. Nova Iorque, Departamento de

Cooperacao Técnica para o Desenvolvimento e Departamento de Estatística das NU. - 1984. Handbook ofhousehold surveys. Serie F, N° 31, Nova Iorque, Departamento de Estatística das NU - 1986. Draft supplementary principlesand recommendations for population and housing censuses. Documentos

estatísticos, Serie M, N° 67, Nova Iorque, Departamento de Estatística das NU. Otto, J.; Rattenbury, J. 1987. "WFS data processing strategy", em Cleland e Scott (eds.): The World Fertility

Survey: An assessment. Oxford. Imprensa Universitaria de Oxford. Rowe, B.; Croft, T. 1987. "Construction of analysis files", em Cleland e Scott, obra citada.

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Precisáo e avahado dos dados

Como qualquer outro conjunto de dados, as estatísticas da populacao activa, emprego, desemprego, subemprego e temas afins, estao sujeitas a erros. Embora o programa de recolha de dados deva ser cuidadosamente preparado para minimizar possíveis erros, certamente que ocorrerao alguns. Consequentemente, uma cuidadosa interpretacao dos resultados requer algum conhecimento acerca da qualidade dos dados. É também necessáría uma avaliacüo da qualidade dos dados para melhorar os procedimentos de recolha, de processamento de dados e de estimativas... O processo de avaliacao deve, tanto quanto possível, fazer parte do próprio programa de recolha de dados. [Em] toda a publicacáo estatística ... devem ser dadas descricoes de...criterios para a qualidade dos dados, incluindo ... erros de amostragem e erros de outros tipos... Resoluto I, Décima Terceira CIET, 1982, §§ 37 e 39 (OIT, 1983).

1. Estrutura da avaliacao Todos os dados estatísticos, qualquer que seja a sua origem ou o método de recolha, estao

potencialmente sujeitos a erros de varios tipos. É importante que os resultados dos recenseamentos e dos inquéritos sejam acompanhados por descricoes da sua qualidade e das suas limitacóes.

Em primeiro lugar, o conhecimento acerca da qualidade dos dados é necessário para a sua adequada utilizacao e interpretando. Este conhecimento é essencial para determinar se os valores observados nos resultados sao reais e em que grau o sao, ou se se trata de meros produtos da variabilidade e das deficiencias inerentes aos dados. A ínformacáo sobre a natureza e magnitude dos erros pode também ser útil, para fazer adequadas correccoes dos dados ou ajustamentos na sua interpretacao.

Em segundo lugar, as medidas da qualidade dos dados sao importantes para a avahacdo e aperfeicoamento do desenho e procedimentos do inquérito. É necessáría uma investigacáo detalhada das fontes, magnitude e impacto dos erros, para identificar de que forma o desenho e procedimentos do inquérito podem ser melhorados e como podem ser atribuidos mais eficientemente os recursos, entre os varios aspectos das operacóes do inquérito.

O controlo continuado e a melhoria na qualidade dos dados gerados, é particularmente importante no caso de urna operacáo de grande envergadura, como é o caso de um inquérito nacional á mao-de-obra. Os resultados de um tal inquérito constituem muitas vezes a base de importantes decisóes políticas; podem também proporcionar dados de referencia, para uma vasta gama de informacóes resultantes de varias outras fontes. Como foi analisado em capítulos anteriores, os resultados podem ser altamente sensíveis aos conceitos e definicóes utilizadas, á forma exacta como os mesmos sao incorporados ñas operacóes, e as condicóes segundo as quais os dados sao recomidos e processados.

Tipos de erros Neste capítulo, sao descritas as técnicas para medir as diferentes componentes dos erros nos

dados de inquéritos. Contudo, é útil comecar por dar uma breve descricáo dos varios tipos e fontes de erros. Ao analisar a variedade de erros possíveis, o objectivo nao é o de transmitir uma impressáo negativa sobre a utilidade geral dos resultados do inquérito por amostragem. Pelo contrario, trata-se de sublinhar a importancia em garantir que sao tomadas medidas para

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Inquéritos de populacáo activa

controlar e reduzir estes erros e que, na interpretacáo e utilizacáo dos resultados do inquénto, se tém adequadamente em conta os erros que inevitavelmente persistem.

O objectivo de um inquénto por amostragem consiste em efectuar estimativas ou inferencias, de aplicacáo geral para o estudo de urna populacáo, derivadas de observacóes feitas a um número limitado (urna amostra) de unidades na populacáo. Podemos distinguir dois tipos de erros que afectam este processo: (a) Erros que surgem no processo de extrapolacáo de resultados para toda a populacáo em

estudo, a partir das unidades observadas. Incluem-se aqui os erros de cobertura, de seleccáo e implementacáo da amostra e de náo-resposta, assim como a varíabilidade amostral e os enviesamentos na estimacao. Este grupo de erros centra-se no processo de desenho, implementacáo e estimacao da amostra.

(b) Erros derivados do facto de existirem divergencias, entre o que é observado ou medido e o que se pretendía que fosse medido, ñas unidades incluidas no inquénto. Estes erros de medicáo centram-se no conteúdo substantivo do inquérito: definicao dos objectivos, sua transformacáo em conjuntos coerentes e consistentes de perguntas, comunicacáo destas aos inquiridos, capacidade e vontade dos inquiridos para fornecer a informacao pretendida e o registo, codifícacáo, validacáo e processamento das respostas. A classificacáo anterior baseia-se em considerares operacionais e, em certo sentido, é mais

básica do que a habitual distincáo feita entre erros de amostragem e erros alheios á amostragem. O grupo (a), que se refere á generalizacáo para a populacáo alvo, a partir das unidades observadas, inclui a varíabilidade amostral, assim como os varios enviesamentos associados com a seleccáo e implementacáo da amostra, tais como os erros de cobertura e de náo-resposta. Todos estes tém relacáo directa com a escolha do desenho da amostra. Amiúde, varios inquéritos ou ciclos de inquérito repartem urna estrutura amostral comum, urna amostra-máe, um desenho da amostra e, mesmo algumas vezes, urna amostra comum de unidades. Em tal situacao, os erros relacionados com o processo de amostragem tendem a ser comuns a estes inquéritos, com maior ou menor independencia dos detalhes do tema em estudo, aplicando-se-lhes os mesmos procedimentos de avaliacáo e de controlo de erros. Certamente que isto também se aplica a diferentes ciclos de um inquérito continuo á máo-de-obra.

O grupo (b) refere-se á precisáo das medidas, ao nivel de unidades individuáis inquiridas no inquérito: de que forma o valor que foi declarado pelo inquirido, registado pelo entrevistador, codificado e validado pelas pessoas no organismo estatístico, corrigido, imputado e, finalmente, processado pelo computador, pode diferir do valor real para o individuo em causa. Este grupo de erros pode ser estudado relativamente as varias fases das operacóes do inquérito: recolha de dados (obtendo respostas), codifícacáo, validacáo, imputacáo e processamento informático.

A ampia classificacáo anterior deve ser complementada com o maior detalhe possível, pela identificacáo de fontes e tipos de erro específicos, a fim de facilitar o controlo dos erros e a avaliacáo do seu impacto. Por exemplo, entre os erros de implementacáo da amostra, é útil distinguir, nao só entre os de nao cobertura e de náo-resposta, mas também, indo mais além nessa distincáo, entre os de falta de cobertura de agregados familiares e de pessoas dentro desses agregados; ou entre os de náo-resposta devido a recusa e os que se devem á falha de identificacáo, localizacáo ou contacto com os inquiridos.

Em geral, o efeito de qualquer fonte concreta de erro ñas estimativas de um inquérito, pode ser separado em duas componentes: erro de variável e enviesamento. Algumas das condicóes em que se realiza o inquérito sao "essenciais" para a situacao, como sejam as condicóes sociais em geral, a qualidade da estrutura de amostragem disponivel, a metodologia adoptada para a recolha de dados, a natureza da informacao pretendida, o desenho do questionário, as qualificacoes e a formacáo da equipa do inquérito, as suas condicóes de trabalho, incluindo o tipo de contrato e as tarifas e forma de remuneracáo, o tipo de inquiridos envolvidos, etc.. Para além disso, os resultados do inquérito sao também influenciados por factores conjunturais ou aleatorios, tais como as unidades concretas seleccionadas para a amostra, os entrevistadores e codificadores que intervém, as condicóes em que é realizada urna entrevista específica, etc.. Pode ver-se como o inquérito pode ser repetido ñas mesmas condicóes essenciais; contudo, as diferentes repeticóes

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Precisáo e avaliafáo de dados

daráo resultados distintos, devido a factores transitorios ou ocasionáis (Hansen e outros 1961). O erro variável mede a variabilidade entre as diferentes estimativas, a partir de repeticóes hipotéticas do inquérito. A media de todas as possíveis repeticóes é o valor esperado, em funcáo das presentes condicóes essenciais do inquérito. A diferenca entre este valor esperado, ou valor medio, e o verdadeiro valor para a populacáo alvo, é o enviesamento.

Os erros de cobertura e aqueles que se relacionam com a seleccáo e execucáo da amostra, e aínda, os erros de náo-resposta e os que se verifica serem sistemáticos ñas respostas obtidas, sao, em termos gerais, enviesamentos resultantes das condicóes essenciais em que se levou a cabo a operacáo. Podem-se esperar erros de urna dimensáo semelhante, se os inquéritos forem repetidos segundo as mesmas condicóes. A medicáo do enviesamento depende da comparacáo com a informacáo externa ao próprio inquérito, obtida com métodos diferentes e mais exactos.

O Quadro 20 lista os principáis componentes genéricos dos erros de inquéritos. O primeiro grupo, "erros de observacáo", refere-se ás diferencas entre os valores observados e os valores reais das unidades individuáis no inquérito. Foi dividido em tres categorías, em funcáo da fase na qual surge o erro: (1) erros conceptuáis na fase de desenho; (2) erros de resposta na fase de recolha de dados; e (3) erros de processamento, que podem aínda ser divididos em erros de validacáo, de codificacáo, de introducáo de dados, etc.. Os erros de resposta, em particular, provém de grande variedade de fontes e apresentam diversas formas. Alguns deles sao enviesamentos sistemáticos, outros sao erros variáveis de carácter mais aleatorio (tal como a "variáncia do entrevistador"). O segundo grupo, "erros de extrapolacáo", refere-se á generalizacáo dos resultados para a totalidade da populacáo em estudo ou populacáo-alvo, a partir das unidades do inquérito efectivamente observadas. As suas subcategorias incluem: (4) erros de cobertura e erros afins, como sao os de seleccáo da amostra; (5) erros de náo-observacáo ou náo-resposta; e (6) erros de amostragem. Os erros de cobertura aparecem quase sempre sob a forma de enviesamentos sistemáticos, devido a urna cobertura insuficiente. E útil distinguir os erros de náo-resposta por causas de náo-resposta, tais como recusas, ausencia de domicilio, etc.. O conjunto (l)-(5) é denominado de erros alheios á amostragem, para os distinguir dos erros de amostragem (6). Estes últimos podem ser divididos em enviesamentos de amostragem ou de estimacáo (que sao normalmente pequeños em amostras adequadamente desenliadas e de dimensáo razoável) e variáncia amostral.

Quadro 20. Tipos de erro em dados de inquéritos por amostragem

Erros de observacáo

Erros de extrapolacáo

(1) Erros de concepcáo (2) Erros de resposta ou de

recolha de dados

(3) Erros de processamento

(4) Erros de cobertura

(5) Erros de náo-observacáo (náo-resposta)

(6) Erros de amostragem

Enviesamento da resposta Variáncia da resposta

Erros de validacáo Erros de codificacáo Erros de introducáo de dados

Erros de falta de cobertura Erros de excesso de cobertura Erros na seleccáo da amostra

Recusas Ausencia do domicilio OutrasrazBes

Enviesamentos de amostragem ou de estimacáo Variáncia da amostragem

Erros alheios á amostragem

O erro de amostragem e os erros aleatorios introduzidos ñas fases de recolha e processamento de dados, estáo entre os principáis erros variáveis. Estes erros introduzem incerteza ñas estimativas do inquérito, e a sua magnitude pode normalmente ser medida a partir do próprio inquérito: por comparacáo com o que pode ser chamado de réplicas internas

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Inquéritos de populado activa

independentes (isto é, diferentes subamostras, cada urna das quais dando urna estimativa válida) ou comparando repetigoes independentes do inquérito sob as mesmas condicóes.

Métodos de avaliagao Podem ser obtidos indicadores ou medidas da qualidade dos dados do inquérito por meio de

varios métodos. Alguns procedimentos podem dar informacáo quantitativa sobre a magnitude e o impacto de determinados tipos de erro, enquanto outros sao capazes de proporcionar indicadores meramente qualitativos. Certos métodos sao adequados para fornecer informacáo acerca da variabilidade inerente aos resultados baseados num inquérito por amostragem (como acontece por exemplo com a variáncia da amostragem ou de resposta), enquanto outros pretendem avaliar a magnitude dos enviesamentos, isto é, as diferencas entre os valores amostráis esperados e os verdadeiros valores da populacáo objecto de estudo. Embora a adequabilidade de um método dependa da fonte específica e do tipo de erro envolvidos, deve ser reconhecido que varias fases do inquérito estáo estreitamente relacionadas entre si. Desta maneira, os erros nao podem ser sempre atribuidos a um tipo de fonte específica. Os mesmos métodos (ou semelhantes) de validacáo /controlo podem, na realidade, ser adequados, para medir mais do que um tipo de erro, aínda que alguns dos indicadores obtidos proporcionem, únicamente, medidas genéricas da precisáo de dados, sem estarem aptos a identificar os efeitos separados de fontes e tipos de erros específicos. Como guia para utilizacáo e interpretacáo dos dados, o que se requer é urna medida do erro em geral e dos seus efeitos líquidos. Para melhorar o desenho e procedimentos do inquérito, é necessário identificar as fontes e as componentes individuáis de erro. Estes dois objectivos nao sao sempre plenamente compatíveis, em resultado de duas razóes básicas. Primeiro, é muitas vezes possível, na prática, medir alguns componentes do erro, mas nao todos. Em segundo lugar, os componentes medidos desta forma nao sao, nem completamente separáveis, nem cumulativos, de modo a encontrar a magnitude do erro total. Por exemplo, como se analisará mais tarde neste Capítulo, os impactos da nao-cobertura e da nao-resposta sao normalmente confundidos, como o sao as variáncias da amostra e da resposta. Mesmo se, algumas vezes, é teóricamente possível urna separacáo maior, na prática, pode estar para lá dos recursos disponí veis.

Dependendo das fontes de informacáo e da natureza das operacóes envolvidas, podem ser distinguidas tres categorías ampias de métodos de avaliacáo da qualidade dos dados do inquérito:

(1) métodos baseados na análise da informacáo obtida no decurso do próprio inquérito, fazendo parte das operacóes normáis do inquérito;

(2) métodos que dependem da repeticáo das entrevistas ou de outras operacóes complementares, para além das operacóes básicas do inquérito; e

(3) métodos baseados na comparacáo com dados externos de fontes independentes.

Análise da informagao sobre as operagdes do inquérito. É importante referir, que os procedimentos de avaliacáo nao estáo, de maneira nenhuma, confinados á realizacáo de estudos especiáis independentes, muito elaborados ou de representadvidade a nivel nacional. Pelo contrario, urna grande quantidade de informacáo qualitativa, e mesmo quantitativa, útil para a melhoria do desenho dos inquéritos, pode ser recolhida através de adequada administracáo e documentacáo das operacóes de inquéritos continuos, tais como a pré-testagem do inquérito, informacóes dos entrevistadores, controlo local do trabalho com informacáo individual aos colaboradores sobre o seu rendimento, escrutinio oportuno dos questionários já preenchidos e análise da consistencia relativamente aos quadros de dados agregados. Para além disso, através de procedimentos administrativos de rotina na implementacáo do inquérito, pode ser recolhida informacáo quantitativa valiosa sobre muitos parámetros do desenho, com reduzidos custos adicionáis (tais como tempo e custo das deslocacóes dentro das áreas e entre elas, de repeticóes de entrevistas aos náo-inquiridos, de supervisáo e escrutinio, de codificacáo de rubricas concretas, validacáo e correccáo, etc.). Os registos do inquérito podem ser utilizados, para desenvolver indicadores úteis de controlo de qualidade de dados, tais como taxas de náo-resposta e o peso das respostas de substitutos. Um inquérito continuo proporciona urna oportunidade de controlar estes indicadores.

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Precisáo e avaliacáo de dados

Análise substantiva da consistencia interna e das relacoes entre os dados do inquérito. Urna cuidadosa revisáo dos resultados do inquérito, comparada com a experiencia de conhecimentos previos e com as relacoes observadas em circunstancias semelhantes, assim como os controlos sobre a consistencia interna das respostas dadas ás diferentes perguntas pelo mesmo inquirido, podem proporcionar indicacoes muito importantes sobre a validade dos resultados do inquérito, em particular, na presenca de serios enviesamentos de resposta ou de outro tipo. Por exemplo, as tendencias sazonáis inesperadas, observadas nos resultados do inquérito, podem indicar que a actividade sazonal nao foi adequadamente tratada. De forma semelhante, taxas de participacáo das mulheres na máo-de-obra inferiores ao esperado, podem apontar para urna falha nos métodos de inquérito, utilizados para identificar o montante de trabalho familiar nao remunerado e outras actividades económicas levadas a cabo pelas mulheres. Tal análise pode nao ser suficientemente precisa, para detectar deficiencias e erros específicos nos dados, mas pode pelo menos ser útil, para prevenir o utilizador contra a aceitacáo nao crítica dos resultados.

Comparacao entre " réplicas" internas do inquérito. Urna amostra bem desenliada, pode normalmente ser dividida em réplicas mais ou menos independentes ou subamostras interpenetrantes, que proporcionam estimativas equivalentes. A variabilidade observada entre estas subamostras, pode ser utilizada para construir medidas dos erros de amostragem e de resposta e de outros erros variáveis. O conceito de desenho interpenetrante e com réplicas foi explanado no Capítulo 11, Seccáo 5, onde se fez referencia a Lahiri (1957).

Repeticáo de entrevistas e de outras operacoes complementares. A ideia básica consiste na repeticáo de alguma operacáo do inquérito, normalmente com base numa subamostra ou com procedimentos especiáis destinados a obter dados mais precisos, ou como urna repeticáo, essencialmente ñas mesmas condicóes da primeira.

Na medida em que os procedimentos melhorados conseguem obter respostas livres de erros, a comparacao entre eles dá urna indicacáo dos erros específicos ao nivel individual e dos enviesamentos ñas estimativas agregadas a partir dos dados origináis. Sao exemplos: o novo listado de um subconjunto de áreas amostráis com supervisáo intensiva, para identificar os erros de cobertura; repeticáo de entrevistas com um maior número de perguntas exploratorias, para identificar os erros de resposta; e recodificacáo por peritos com formacáo especial, para identificar erros de codificacáo. Estes e outros exemplos analisar-se-áo com maior profundidade ñas seccóes seguintes.

A repeticáo que é feita, essencialmente, de acordó com as mesmas condicoes, fornece estimativas de componentes da variáncia, isto é, da variabilidade ou da falta de fiabilidade inerente aos resultados do inquérito.

Comparagdo com dados extemos. Em principio, os resultados do inquérito á máo-de-obra podem ser comparados com dados provenientes de fontes externas (a) ao nivel de detalhe, por comparacao de registos pertencentes a inquiridos individuáis, ou (b) ao nivel macro, ou nivel agregado, onde podem ser identificadas as diferencas líquidas no perfil ou distribuicáo de resultados.

As comparacóes a nivel de detalhe tendem a ser relativamente dificeis, dispendiosas e excepcionais mas, quando for possível efectuá-las, podem dar informacáo detalhada sobre a natureza e fontes de erro. As comparacóes a nivel macro, apenas podem identificar os efeitos líquidos dos erros mas, quando se conseguem realizar, podem ser aplicadas de forma simples e económica. A comparacao mais elementar com dados agregados é a do controlo das distribuicóes da cobertura da amostra e das estimativas das populacóes, em relacáo ás distribuicóes derivadas do recenseamento da populacáo e ás estimativas mais recentes da populacáo.

Estrategia geral para a avaliacáo de dados A qualidade dos dados do inquérito depende de tres características desses dados: a sua

importancia para as necessidades dos utilizadores, a sua oportunidade e a sua precisáo. A importancia é o aspecto mais fundamental e mais complexo da qualidade de dados. O

conteúdo e os métodos do inquérito devem ser desenliados, para medir o que é pretendido e necessário para os utilizadores. Dada a diversidade de utilizadores e as possíveis utilizacóes dos

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Inquéritos de populaçâo activa

dados do inquérito, nâo é muitas vezes possivel estabelecer um único criterio, através do quai se avalie a importancia do inquérito. No entanto, é por vezes possivel identificar a situaçâo, quando o inquérito falha, total ou parcialmente, no fornecimento de informaçâo importante tendo em vista os objectivos para os quais ele foi efectuado. Vejamos um exemple Conforme se descreveu anteriormente (Capítulo 3, Secçâo 3), existem varios "modelos" de inquéritos à mâo-de-obra que diferem bastante nos seus objectivos e, mesmo, no conteúdo e desenho. Um requisito absolutamente básico, aquando da realizaçào de um inquérito á mâo-de-obra, consiste em assegurar que o modelo de inquérito escolhido, é aquele que melhor se adequa as condiçôes nacionais e as necessidades de dados. A revisäo das práticas nacionais demonstra, que este requisito básico nem sempre se cumpre de urna maneira uniforme, talvez como resultado de urna insuficiente interacçâo utilizador/produtor, e da falta de experiencia e de urna boa assessoria.

A oportunidade refere-se, tanto à rapidez, como à pontualidade: a rapidez, define o tempo que se leva a completar as varias fases da execuçào do inquérito; a pontualidade, diz respeito à publicaçâo dos resultados do inquérito, de acordó com urna calendarizaçâo estabelecida a priori. Nos inquéritos continuos e, também, nalguns outros inquéritos realizados com fins específicos, a pontualidade pode ser a principal consideraçâo. Por exemplo, muitos inquéritos à mâo-de-obra sao obligados, por lei ou convençâo, a publicar os resultados mima data específica após cada ciclo. Nalguns inquéritos mais complicados, ocasionáis ou únicos, o requisito principal é o da rninimizaçâo do tempo empregue para a conclusäo do inquérito e para tornar disponíveis os seus resultados. A utilidade (importancia) dos resultados do inquérito diminuí com o tempo. Em muitos países desenvolvidos e em alguns em vias de desenvolvimento, os inquéritos mensais à mâo-de-obra sao desenliados para proporcionar indicadores económicos a curto prazo, pelo que se nécessita dos seus resultados corn muita rapidez, já que a sua importancia tende a diminuir rápidamente. Quando os resultados do inquérito à mâo-de-obra se destinam a ser utilizados por planificaçâo a medio e longo prazo (e os inquéritos foram desenliados de acordó com isso), o seu valor manter-se-á, provavelmente, por mais tempo.

O resto deste capítulo é dedicado à terceira dimensâo da qualidade de dados, a denominada precisâo. A precisâo de urna estimativa de inquérito significa, em gérai, a sua proximidade ao "verdadeiro" valor da populaçâo, que se pretende estimar. Conforme se descreveu anteriormente, as estimativas do inquérito padecem de erros aleatorios ou variáveis, assim como de enviesamentos mais sistemáticos. O termo flabilidade é utilizado para indicar a magnitude do erro variável: a alta fiabilidade significa que as estimativas obtidas de diferentes réplicas, ou repetiçôes do inquérito, estâo em gérai próximas urnas das outras, independentemente da dimensâo dos enviesamentos, que podem ser commis a todas elas. Uma grande precisâo requer que sejam pequeños, tanto o erro variável, como o enviesamento.

Também é necessário um equilibrio entre a rapidez (oportunidade) e a precisâo (e, como é obvio, também entre a precisâo dos diferentes tipos de estatísticas, tais como as medidas dos níveis do momento e as das alteraçôes). Os utilizadores dos dados do inquérito exercem frequentemente pressöes, para obter uma maior pontualidade à custa da precisâo; o atraso na disponibilidade dos resultados é evidente, ao passo que a falta de precisâo é, muitas vezes, mais difícil de detectar pelos utilizadores. Pelo contrario, outros utilizadores, talvez devido à sua orientaçâo metodológica e ao seu envolvimento intenso ñas operaçôes do inquérito, prestam uma atençâo desproporcionada à exaetidäo, com sacrificio da pontualidade. É necessário chegar a um equilibrio razoável entre estas duas exigencias.

Alguns principios básicos na escolha adequada da estrategia de avaliaçào de dados Com base numa ampia experiencia, os principios básicos seguintes devem govemar a

escolha da estrategia de avaliaçào dos dados, para os inquéritos à mâo-de-obra e para outros de grande dimensâo, feitos aos agregados familiares.

(1) Como se referiu na Resoluçâo I da Décima Terceira CIET (OIT, 1983), um principio muito importante consiste em que, a avaliaçào da metodología e dos resultados deve sempre, desde o inicio, ser encarada como parte integrante da planificaçâo, desenho e execuçào do inquérito. Será errado considerar a mera recolha de dados como tarefa principal, e relegar a

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Precisáo e avaliacáo de dados

avaliacáo para segundo lugar. A importancia deste principio aumenta na proporcáo directa da dimensáo. ámbito e cobertura do inquérito; é particularmente crucial para os programas de inquéritos que abrangem muitos temas, para inquéritos continuos com ciclos repetidos, para inquéritos de grande dimensáo com cobertura nacional, e para inquéritos que pretendem proporcionar dados básicos e outra informacáo para diversas finalidades. Na realidade, estas sao as características fundamentáis para muitos inquéritos nacionais á máo-de-obra.

(2) O programa de avaliacáo deverá prestar atencáo a todos os aspectos de qualidade de dados: a importancia do seu conteúdo para os objectivos e utilizacóes específicas; a oportunidade (rapidez e pontualidade); e, é claro, a precisáo. Os requisitos complementares destes tres aspectos, assim como os de conflito, devem ser explícitamente reconhecidos. É preciso um equilibrio adequado entre todos eles, especialmente entre os requisitos de oportunidade e de precisáo.

(3) Para melhorar os procedimentos e desenho do inquérito, a informacáo sobre qualidade dos dados (particularmente a precisáo) necessita de ser acompanhada por alguma informacáo sobre custos, pelo menos sobre os custos relativos de metodologías e procedimentos alternativos. O ideal seria que tal informacáo pudesse estar disponivel para cada fase em separado, nos procedimentos de recolha de dados e de processamento. A parte os gastos materíais directos, os "custos" devem ter em conta a carga de trabalho que pesa sobre a organizacáo do inquérito (em termos de requisitos de tempo e de qualificacóes e de prioridades nao conciliáveis), assim como sobre as pessoas inquiridas que fomecem a informacáo.

(4) A avaliacáo adequada da qualidade dos dados, pode sobrecarregar os recursos materíais e humanos disponiveis, necessitando muitas vezes de urna considerável qualificacáo técnica. É importante adoptar urna estrategia que seja económica e fixar objectivos que sejam exequíveis e sustentáveis. Portante: (a) É geralmente desejável identificar as questóes e problemas mais importantes e neles

concentrar os recursos, em lugar de dispersar o esforco de um modo ampio e superficial. Em muitas circunstancias, urna análise da experiencia anterior pode por em relevo as áreas mais críticas, que necessitam de melhonas: podem ser deficiencias na cobertura e qualidade da estrutura de amostragem; ou altas taxas de náo-resposta que se mantém em crescimento; ou dimensáo e distríbuicáo da amostra demasiado inadequadas, para permitirem urna análise válida; ou erros de resposta grandes e imprevisíveis; ou qualidade de controlo e oportunidade insatisfatórias, ñas operacóes de processamento de dados, etc.. É pouco provável que, em qualquer circunstancia concreta, todas estas áreas apresentem problemas igualmente importantes ou críticos. (Para urna boa análise da questáo relativamente ao Inquérito á Máo-de-Obra do Canadá, ver Fellegi e Sunter, 1974.)

(b) Outro aspecto da concentracáo, consiste em escolher a menor quantidade possível de operacóes independentes, para a avaliacáo e controlo dos diversos tipos de erro. Por exemplo, um "programa de observacáo" unificado e intensivo, realizado pelos supervisores, pode ser utilizado para identificar e controlar os erros de cobertura, seleccáo da amostra, de respostas e validacáo no terreno - de preferencia a diferentes programas para cada tipo de erro.

(c) Ao mesmo tempo, se sao realizadas operacóes especiáis, tais como um inquérito com base em entrevistas repetidas ou com inquiricáo posterior, os seus objectivos devem ser claramente definidos. Urna das razóes mais frequentes para o fracasso de tais operacóes quanto á producáo de informacáo útil, é que elas tendem a ser demasiado ambiciosas, com objectivos que sao muito variados e difusos.

(d) Frequentemente, observam-se os mesmos tipos de erro em inquéritos relacionados, em ciclos de inquéritos continuos ou em programas de inquéritos. Isto significa que, no mínimo, a informacáo sobre os erros pode ser acumulada ao longo dos inquéritos e ao longo do tempo. Aínda mais importante, deste ponto de vista de economía de esforco, é o facto de que os indicadores da qualidade dos dados sao muitas vezes transportáveis, isto é, reutilizáveis de urna situacáo para outra. Isto aplica-se mais claramente á informacáo sobre erros de amostragem, como se analisará na Seccáo 4.

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Inquéritos de populaçâo activa

(5) É também importante ter em atençào a forma de apresentar e comunicar a informaçâo sobre erros de amostragem. Deve fazer-se distinçào entre as diferentes categorías de utilizadores da informaçâo:

(a) Em primeiro lugar, temos o utilizador em gérai, possivelmente sem qualquer interesse e conhecimento especial sobre a metodologia ou o conteúdo da investigaçâo do inquéríto, estando interessado em utilizar os resultados do inquérito para extrair conclusses e tomar decisöes. Para este tipo de utilizador, a informaçâo sobre erros deverá indicar a qualidade geral dos resultados, as suas limitaçoes e a sua colocaçâo dentro do ampio conjunto da informaçâo estatística relacionada. Mais específicamente, deve indicar a forma como as conclusöes importantes a ser extraídas do inquérito, podem ser afectadas pelas incertezas devidas as varias fontes de variabilidade e enviesamento. Os utilizadores nao devem apenas ser informados acerca da qualidade dos dados, devendo, também, dar-se-lhes directrizes de como utilizar os resultados do inquérito, tendo em devida conta os erros presentes nos mesmos.

(b) A segunda categoría é a das pessoas que sao essencialmente analistas, as quais estâo envolvidas em análises primarias ou secundarias e na elaboraçâo de relatórios sobre os resultados. Este tipo de utilizador, nécessita de aceder a informaçâo mais detalhada acerca do impacto dos erros sobre um conjunto mais ampio de estatísticas, que foram, ou potencialmente podem ser, derivadas do inquérito. Por exemplo, este utilizador esperará encontrar nao só estimativas directas dos erros de amostragem para todas as principáis estatísticas, mas também urna indicaçâo geral da magnitude que se espera que exista no erro de amostragem, para quaisquer estatísticas que possam ser derivadas do inquérito, tais como as estimativas em células de qualquer quadro que contenha os resultados do inquérito.

(c) A terceira categoría é a do estaticista de inquéritos, ocupado na avaliaçào da eficiencia estatística, e de custos do desenho e procedimentos adoptados no inquérito, ou no desenho e na futura restruturaçâo dos ciclos do inquérito. Este tipo de utilizador nécessita de informaçâo detalhada sobre as fontes e componentes do erro, e de como elas se relacionam com as varias características do desenho, procedimentos e custos do inquérito. Para o utilizador em geral, a informaçâo sobre erros deve ser apresentada (a)

selectivamente, quando é essencial que o seja,. evitando o detalhe desnecessário, especialmente sobre a metodologia de avaliaçào, e (b) publicada em conjunto com os resultados substanciáis do inquérito, e nao separadamente. A informaçâo sobre erros nao deve perturbar a apresentaçâo dos resultados essenciais; o objectivo de fornecer esta informaçâo, é o de esclarecer os limites da fiabilidade dos resultados substantivos e nao o de lhes retirar clareza.

Um certo número de organizaçôes publicam relatórios especiáis sobre a metodologia e a qualidade de dados dos seus inquéritos à mäo-de-obra. Por exemplo, as Estatísticas do Canadá edita urna revista trimestral das medidas de qualidade associadas as estimativas do seu inquérito à mäo-de-obra (Canadá, 1982); ver também um completo "perfil de erros" do emprego, conforme é medido pelo Inquérito à Populaçâo Actual dos Estados Unidos (Estados Unidos, 1978). Tais relatórios sao provavelmente dirigidos à segunda categoría de utilizadores descritos anteriormente.

Para os desenhadores de inquéritos, muita da informaçâo detalhada pode permanecer na forma de registos nao publicados das operaçôes efectuadas, e de avaliaçôes ao nivel de entrevistas individuáis e de colaboradores no inquérito.

Referencias úteis Dada a diversidade de fontes e tipos de erros no inquérito à mäo-de-obra e noutros

realizados junto das familias, desenvolveu-se urna vasta literatura sobre o assunto. Urna análise recente e completa acerca das fontes, avaliaçào e controlo de erros alheios à amostragem em inquéritos as familias, é dada em Naçôes Unidas (1982). A parte urna detalhada descriçâo dos varios tipos e fontes de erros, esta referencia proporciona urna extensa bibliografía, com muitas ilustraçôes de erros em inquéritos por amostragem e recenseamentos, quer em países desenvolvidos, quer em países em vias de desenvolvimento. Urna extensa bibliografía é também

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Precisáo e avaliafáo de dados

dada por Dalenius (1977). O artigo "clássico" sobre a medicáo dos erros de amostragem é o de Hansen e outros (1961). Uma descricáo concisa e clara de métodos de avaliacáo de erros em recenseamentos e inquéritos é dada em Canadá (1978). Um resumo descritivo de varios tipos de erro e uma revisáo de questóes básicas na sua avaliacáo em inquéritos as familias nos países em vias de desenvolvimento é dado em Verma (1981).

2. Erros de cobertura e outros erros afins Para extrair inferencias para a populacao objecto de estudo, a partir de um inquérito por

amostragem, é necessário seleccionar a amostra de forma a que cada elemento na populacao tenha uma probabilidade de ser seleccionado, conhecida e diferente de zero (isto é denominado de "amostragem probabilística", conforme se viu no Capítulo 11, Seccáo 4). Esta condicáo é violada se: (a) a populacao do inquérito nao está totalmente representada na estrutura de amostragem; (b) a seleccáo de unidades para a amostra, a partir da estrutura, nao está de acordó com os procedimentos especificados no desenho do inquérito; e (c) nem todas as unidades seleccionadas dentro da amostra sao inquiridas com sucesso. Nesta seccáo, sao examinados os erros de cobertura (a), e os erros associados á seleccáo da amostra (b); os erros devidos á nao resposta (c) sao considerados na seccáo 3.

Descricáo dos erros de cobertura Operacionalmente, uma amostra é seleccionada a partir de uma estrutura, a qual, explícita

ou implícitamente, fornece uma lista de unidades, outra informacáo auxiliar necessária e conjuntos específicos de regras e procedimentos para a associacáo entre unidades de diferentes tipos. Os erros de cobertura acontecem quando:

(1) Algumas unidades da populacao alvo nao estáo na estrutura. Isto denorruna-se de "falta de cobertura"; as unidades em falta nao tém hipóteses de ser seleccionadas, para qualquer amostra resultante da estrutura.

(2) Algumas unidades na estrutura de amostragem nao existem na populacao alvo. Isto conduz a um "excesso de cobertura" ou "sobrecobertura", a menos que tais unidades, sendo seleccionadas, possam ser identificadas e eliminadas na fase de implementacáo da amostra.

(3) Algumas unidades na populacao alvo aparecen) mais do que uma vez na estrutura ("duplicacao"), aumentando a sua probabilidade de seleccáo para qualquer amostra.

Estes problemas podem surgir explícitamente, quando se utilizam listas defeituosas ou, implícitamente, devido a confusóes nos limites entre as unidades, ou na aplicacáo das regras de associacáo entre unidades de diferentes tipos. Nos inquéritos as familias, o principal problema é, normalmente, o de falta de cobertura, mais do que o de excesso. Em muitos inquéritos á máo-de-obra, tal como em outros inquéritos de grande dimensáo, ás familias, a amostra é seleccionada num certo número de fases, que envolvem habitualmente:

- a seleccáo de unidades de área em uma ou mais fases de amostragem; - a listagem e seleccáo de edificios, habitacoes ou agregados familiares dentro das unidades

de área seleccionadas na fase inferior; - a listagem de pessoas individuáis dentro dos agregados familiares seleccionados e a

escolha de individuos com as características especificadas para o inquérito. Os erros de cobertura podem surgir em qualquer destas fases.

Unidades de área Na maior parte das situacoes, podemos esperar que as listas de unidades de área estejam

completas. Contudo, podem acontecer serios problemas de cobertura na delimitacáo das fronteiras das unidades de área, feita de forma exaustiva e sem ambiguidades, nem sobreposicoes. Vejamos alguns exemplos:

(a) Em muitas situacoes, a estrutura de área disponível é realmente uma lista de localidades como, por exemplo, vilas, em vez de unidades de área propriamente ditas, cobrindo exaustivamente toda a populacao do inquérito. Normalmente, esta situacáo deriva de

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Inquéritos de populado activa

deficiencias do trabalho cartográfico do recenseamento, o qual fornece a estrutura de amostragem básica para os inquéritos as familias. Os agregados familiares e os individuos dispersos, que nao pertencem claramente a urna localidade específica, podem ser fácilmente esquecidos numa estrutura deste tipo.

(b) Frequentemente, as áreas de urbanizacao recentes nao estao representadas ñas estruturas mais antigás.

(c) Um problema afim, é o das alteracóes na definÍ9áo e limites das unidades baseadas em divisóes administrativas; na presenca de tais alteracóes, as unidades de amostragem operacionais e as unidades listadas na estrutura podem nao coincidir.

(d) Um problema comum consiste em que, os mapas e descrifóes inadequadas, impedem os inquiridores de estarem aptos a identificar e delinear as áreas seleccionadas, de forma inequívoca. Tais erros de identificacáo sao muitas vezes considerados como sendo mais sistemáticos, do que aleatorios.

(e) Em muitos países em vias de desenvolvimento, as unidades de área mais pequeñas disponíveis para a amostragem, sao aínda demasiado grandes para servirem com eficiencia como unidades de área da etapa inferior. Sao entáo necessárias operacóes especiáis para segmentar as unidades disponíveis. Neste processo, podem ser introduzidos enviesamentos sistemáticos, especialmente se a tarefa de segmentacáo é solicitada aos próprios entrevistadores do inquérito, sem suficiente supervisáo e controlo. Observou-se que, por exemplo, em muitos inquéritos na India, os inquiridores tendem a escolher pequeños segmentos, possivelmente para reduzir a sua carga de trabalho na entrevista subsequente. Isto pode conduzir a graves faltas de cobertura. Foram também encontrados enviesamentos sistemáticos, quando os inquiridores no terreno recebem instru9oes para criar segmentos de urna dimensáo uniforme, previamente especificada.

Unidades de habitando e agregados familiares As listas de unidades de habita9áo (ou de edificios) tem menor duracáo do que as estruturas

de unidades de área, e as listas de agregados familiares sao, em geral, menos duradouras, do que as de unidades de habitacáo e de outras unidades estruturais. O principal problema na fase de unidades de habitacáo ou de agregados familiares é a falta de cobertura, a qual pode surgir: (a) devido a listagens das áreas, incompletas e com fraca qualidade; e (b) devido ao desfasamento temporal entre a preparacao da Hstagem e a entrevista, o que pode significar que as unidades de habitacáo e os agregados familiares criados de novo, durante esse intervalo, nao estao representados na estrutura de amostragem. A cobertura pode muitas vezes ser memorada, listando e seleccionando estas unidades em pequeños grupos contiguos, em vez de o fazer com unidades isoladas. Também pode ser possível desenvolver urna amostra complementar, para as unidades de habitacáo de criacáo recente, se tal informacáo existe a partir de licencas de construcáo ou fontes similares. A cobertura em excesso pode também ocorrer (embora na prática com menos frequéncia do que a falta cobertura) se: (a) algumas unidades aparecem na lista mais do que urna vez; ou (b) as unidades fora do ámbito do inquérito sao incluidas, nao sendo identificadas e retiradas na fase de recolha de dados; ou (c) os agregados familiares ou unidades de habitacáo de áreas nao seleccionadas na amostra, foram incluidos ñas listas para as áreas seleccionadas. Deve ser dedicada atencáo e recursos suficientes á producáo e manutencáo de listas actualizadas, para controlar tais erros de falta ou de excesso de cobertura.

Seleccao de pessoas individuáis Nos inquéritos á máo-de-obra, muita da informacáo recolhida pertence a pessoas individuáis

que sao identificadas e listadas dentro dos agregados familiares. Os individuos tomam-se elegíveis para o inquérito, com base em características pessoais específicas como, por exemplo, a idade. A falta de cobertura pode ocorrer nesta fase devido a (a) urna falha na identificacáo de algumas pessoas elegíveis, dentro do agregado familiar pertencente a amostra, ou (b) informacáo incorrecta, sobre as características pessoais necessárias para inclusáo no inquérito. Exemplos habituáis de pessoas em falta, sao os membros masculinos e jovens da familia, os hospedes, os

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Precisáo e avaliafáo de dados

empregados domésticos e outros membros do agregado familiar nao pertencentes á familia, pessoas ocupadas em actividades ilegais ou em actividades levadas a cabo por meios ilegais. Quando é utilizada a definicáo da cobertura defacto (ver Capítulo 11, Seccáo 2), as pessoas ''em tránsito" (mas que residem habitualmente em habitacóes privadas) nao sao abrangidas.

Erros na seleccao da amostra e na sua implementacáo Erros semelhantes podem também ocorrer em consequéncia da incorrecta implementacáo dos

procedimentos de amostragem. Estes erros diferem dos de cobertura propriamente ditos, já que estes últimos dizem respeito a deficiencias dentro e fora da estrutura, enquanto os erros de seleccao da amostra se referem a perdas e distorcoes dentro da estrutura de amostragem. Consequentemente, os métodos de avaliacáo e controlo sao geralmente diferentes para os dois tipos de erro. Contudo, o seu impacto é básicamente similar: algumas unidades sao totalmente excluidas (isto é, tém probabilidade zero de serem seleccionadas), enquanto outras seráo seleccionadas com probabilidades que se afastam das do desenho, normalmente de urna forma nao documentada. Tais erros distorcem a estrutura de amostragem, o que pode redundar em enviesamentos conhecidos, ou nao conhecidos, ñas estimativas estatísticas obtidas a partir do inquéríto. Alguns erros de seleccao da amostra, se sao identificados, podem ser em parte corrígidos na fase de estimacáo, com ponderacóes adequadas das unidades da amostra. Contudo, nem sempre é possível fazé-lo, especialmente se nao foram mantidos os registos adequados dos procedimentos de seleccao da amostra.

Na fase de implementacáo, os enviesamentos sistemáticos de cobertura podem derivar da substituicáo; se, por exemplo, os inquiridores no terreno substituem as unidades mais inacessiveis, efectivamente seleccionadas na amostra, por outras que seja mais fácil contactar.

Efeitos dos erros de cobertura e de outros erros afins A parte a dimensáo e natureza do erro de cobertura envolvido, o seu efeito dependerá do tipo

de estatísticas que estejam a ser consideradas. Ao estimar valores para a populacdo total, tais como o número total de desempregados, o efeito do erro de cobertura é directo e de urna magnitude relativa similar. Isto é, a percentagem de erro, ao estimar o valor total de urna populacáo, é semelhante em magnitude á percentagem de falta (ou mais raramente, de excesso) de cobertura das unidades amostráis (a menos que, como é obvio, isto seja corrigido na fase de estimacáo, tomando como base outros totais mais fiáveis, obtidos de alguma fonte externa). Ao estimar valores totais (como o total de horas trabalhadas), o efeito dependerá nao só das unidades em falta, mas também dos valores relativos dessas mesmas unidades: será proporcionalmente menor quando as unidades que estiverem em falta forem, mais frequentemente, aquelas que tém valores abaixo da media; e será maior, quando as unidades em falta forem as que tém valores ácima da media. A primeira situacáo aplica-se em alguns inquéritos á agricultura e aos estabelecimentos com actividade económica, onde os valores unitarios sao muito assimétricos e um número relativamente pequeño de unidades cobertas, representa urna grande proporcáo do valor total. Contudo, nos inquéritos á máo-de-obra, com agregados familiares e individuos como unidades, os valores unitarios para muitas variáveis sao bastante uniformes e o impacto da falta de cobertura é aproximadamente proporcional á própria magnitude da falta de cobertura. Nao obstante, isto pode nao ser estritamente verdadeiro: os agregados pequeños ou formados por urna única pessoa, especialmente aqueles que incluem pessoas activas ausentes do seu domicilio, porque estáo a trabalhar, costumam apresentar mais altas taxas de falta de cobertura.

No que respeita a estimativas de índices, medias, taxas, e outros rácios (ao contrario das estimativas de totais de populacáo), os enviesamentos que resultam da falta de cobertura sao, em certo sentido, menos directos, e dependem da diferenca entre as características medias das unidades abrangidas e das unidades nao abrangidas. Para que estes efeitos sejam significativos, tanto as diferencas ñas características, como as que se relacionam com o grau de falta de cobertura, teriam que ser igualmente importantes.

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Inquéritos de populando activa

No que concerne as estimativas de diferencas entre varios subgrupos da populacáo ou entre diferentes períodos de tempo (tais como diferenciáis entre zonas urbanas e zonas rurais ou as variacSes sazonáis no desemprego), os enviesamentos associados com os erros de cobertura dependeráo da diferenca líquida (algébrica) entre os enviesamentos dos subgrupos ou períodos que sao objecto de comparacáo. Os enviesamentos do mesmo tipo tenderáo a compensar-se mutuamente, enquanto os enviesamentos em direccoes opostas seráo de carácter aditivo; a primeira situacáo é, felizmente, mais comum, embora nao ocorra constantemente. Note-se também que, um enviesamento que possa ser pequeño em comparacáo com a media de um gmpo (ou período de tempo), pode nao o ser em comparacáo com a diferenca entre medias dos grupos (ou períodos).

Avaliagao Nem a magnitude, nem o impacto dos erros de cobertura, sao facéis de ser estimados,

porque requerem nao só informacáo externa a amostra, mas também, por definicáo, extema á estrutura de amostragem utilizada.

Comparagao com dados externos a nivel macro Um dos requisitos básicos em qualquer inquérito por amostragem, consiste em controlar que

a amostra obtida corresponde, quanto á distribuicáo e características, a populacáo alvo que pretende reflectir, excepcáo feita á variabilidade resultante do erro de amostragem. As estimativas da populacáo do momento, com base em recenseamentos, registos civis e outras fontes, fomecem normalmente o guia mais adequado para controlar os resultados da amostra utilizada no inquérito á máo-de-obra. É importante assegurar, que as fontes a ser comparadas sao compatíveis em cobertura e ámbito, tanto quanto a aspectos de espaco, como de tempo. É frequente, por exemplo, que as pessoas que residem fora do sector de agregados familiares privados, ou que vivem em circunstancias especiáis ou em áreas remotas, ou as populacóes nómadas, etc., sejam abrangidas pelo recenseamento, mas excluidas explícitamente do inquérito. Naturalmente, será necessário efectuar ajustamentos na comparacáo, para ter em conta tais diferencas.

O ideal sería comparar as estimativas de totais da populacáo, a partir da amostra, com os valores correspondentes das fontes externas, ambos classiñcados de acordó com o mesmo criterio, como por exemplo, a localizacáo geográfica, tipo de localidade, sexo, idade e outras características da populacáo. Será obtido um indicador da integrídade e da representatividade da amostra, calculando o seguinte rácio para os varios subgrupos:

estimativa amostral inferida do total da subpopulacao c =

a mesma estimativa tomada de fonte extema fiavel e comparavel Normalmente, o problema é de falta de cobertura e c é inferior a 1.0. O seu complemento, s=(l-c) é denominado taxa diferencial de cobertura.

Esta comparacáo proporciona somente urna indicacáo global da cobertura líquida, isto é, o efeito líquido dos erros de falta de cobertura ou de cobertura em excesso. Nao mede o erro bruto de cobertura (isto é, o número total de erros, quer por falta de cobertura, quer por excesso) e, em geral, nao é capaz de precisar a fonte de erro. Contudo, podem algumas vezes ser estabelecidas hipóteses sobre possíveis fontes de discrepancia e, entáo, continuar-se-á a sua investigacáo, quando seja viável, utilizando métodos mais precisos. Efectivamente, tal comparacáo proporciona urna indicacáo da representatividade global da amostra obtida (mais do que da cobertura líquida), a qual, a parte a integrídade da estrutura, reflecte o efeito de outras fontes de erro, tais como os erros de seleccáo e implementacáo da amostra, os de náo-resposta, os erros ñas respostas e a inevitável variabilidade amostral. No entanto, o efeito que predomina em multas situacóes é devido a erros de cobertura líquida (e da seleccáo e implementacáo da amostra).

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Precisäo e avaliaçâo de dados

Abstraindo o efeito do erro global de cobertura líquida, as distorçôes na distribuiçào da amostra säo obtidas, para o mesmo criterio de classificaçâo, por comparacäo da distribuiçào ponderada da amostra, com a distribuiçào da populaçâo:

proporcao da amostra ponderada pertencente a um subgrupo populacional

proporcao pertencente a esse subgrupo populacional, obtida da fonte extema O rácio ç_é apropriado para as estimativas dos totais populacionais de urna amostra, enquanto d, ao impor exigencias menos estritas, está adequado à estimativa de médias, índices e outros rácios derivados da amostra.

Como se explicou no Capítulo 11, Secçâo 6, o inverso do índice (c ou d) fomece as ponderaçôes básicas de ajustamento que podem ser aplicadas aos dados amostráis (já ponderados pelos inversos das fracçôes de sondagem), para assegurar que os totais de controlo e as distribuiçôes estâo conformes com os valores padräo externos. Foi também referido que, ao aplicar este ajustamento, é importante garantir que o valor padräo externo seja, de facto, mais preciso, do que as estimativas das distribuiçôes obtidas directamente da amostra; de outra forma, podem ser introduzidos grandes e desconhecidos enviesamentos. O preenchimento deste requisito nao pode ser tomado como garantido, especialmente em muitos países em vias de desenvolvimento, onde os dados extemos disponíveis sobre populaçâo podem nao se prestar para comparaçôes, nem serem suficientemente fiáveis. Em particular, o perigo de se introduzirem enviesamentos aumenta, se estas ponderaçôes de ajustamento sao aplicadas separadamente para muitos subgrupos a um nivel de classificaçâo demasiado pormenorizado, por exemplo, para regiôes pequeñas ou para características detalhadas da populaçâo.

Comparaçôes a nivel de pormenor Pode ser obtida urna indicaçâo mais precisa dos erros brutos de cobertura, assim como

alguma informaçâo sobre possíveis fontes de erro, quando é possível comparar, caso a caso, as listas dos inquéritos com as listas disponíveis a partir de outras fontes. Estas últimas, podem ser obtidas a partir de: (a) urna fonte externa independente, como sao, por exemplo, os registos populacionais ou os recenseamentos eleitorais; ou (b) urna operaçâo especial, como seja urna nova lista de áreas amostráis de agregados familiares e/ou de membres dentro dos agregados, utilizando um método mais aperfeiçoado e efectuando, a seguir, urna comparacäo a nivel de pormenor.

A opçâo (a) é de aplicabilidade limitada nos países em vias de desenvolvimento, dada a gérai indisponibilidade de listas fiáveis de agregados familiares e individuos. Onde for aplicável, o método pode proporcionar boas estimativas de falta de cobertura, na medida em que a fonte de informaçâo é completa, comparável no espaço e no tempo, e contém informaçâo suficiente para comparacäo detalhada com as unidades da estrutura de amostragem. Visto que o método pretende identificar unidades individuáis, nao abrangidas pela estrutura da amostragem, pode potencialmente esclarecer sobre as causas de falta de cobertura e as características das unidades nao cobertas. As suas limitaçôes säo: dificuldades em obter dados externos fiáveis, comparáveis e independentes; e as dificuldades, erros e alto custo de urna comparacäo feita caso a caso.

A opçâo (b) requer que a realizaçâo de urna nova listagem de agregados e/ou pessoas dentro dos agregados seja urna operaçâo separada, fazendo parte, digamos, de um inquéríto posterior à inquiriçâo principal ou de um programa de repetiçào de entrevistas. Em comparacäo com (a), pode potencialmente fornecer informaçâo mais comparável, a quai também é, normalmente, mais fácil de equiparar com as listas dos inquéritos. O elevado custo subjacente à organizaçâo de uma operaçâo separada e especial, é a sua principal desvantagem. Consequentemente, esta tarefa apenas pode, normalmente, ser realizada a uma escala reduzida, talvez confinada a um número limitado de áreas amostráis. Estas áreas devem ser seleccionadas de uma forma que permita a generalizaçâo dos resultados à populaçâo em estudo, com uma confiança razoável. Será útil incluir uma representaçao mais que proporcional, daquelas áreas que se espera terem taxas de erro ácima da média. Ao mesmo tempo, a amostra deve ser suficientemente pequeña e concentrada, para que permita um controlo e uma supervisäo apenadas. O principal ponto forte

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Inquéritos de populacáo activa

da opcáo (b) é que, em muitas situacoes, e na ausencia de fontes externas, é este praticamente o único método disponível para investigar os erros brutos de cobertura.

3. A nao resposta A nao resposta refere-se á faina na obtencáo da informacáo necessária (a) das unidades

seleccionadas para a amostra, e (b) sobre algumas ou todas as rubricas importantes para cada urna destas unidades. O primeiro tipo de faina na resposta, onde nao se obtém qualquer informacáo de algumas unidades, é denominada "nao-resposta completa". Esta distincáo nao necessita de ser rígida em todas as circunstancias. Por exemplo, num inquérito continuo á máo-de-obra, algumas unidades podem permanecer na amostra ao longo de varios ciclos e é muitas vezes possível imputar alguma informacáo (tal como sexo, idade, etc.) de um ciclo anterior, para um ciclo posterior, onde tenha ocorrido urna nao-resposta. A parte os erros de imputacáo, este procedimento terá o efeito de alterar alguns casos de nao-resposta completa, para os de nao-resposta parcial. Pelo contrario, a informacáo em falta nalguns casos de resposta parcial, pode ser táo essencial para os objectivos do inquérito, que há pouco interesse em reter a informacáo parcial obtida e, assim, os casos de nao-resposta parcial sao convertidos nos de nao-resposta completa.

Contudo, é útil a distincáo entre nao-resposta completa e parcial. A primeira reflecte as características globais do inquérito: a sua receptividade geral, complexidade, organizacáo e controlo do trabalho no terreno. A segunda reflecte a complexidade e a clareza de rubricas específicas de informacáo no questionário, e o nivel de compreensáo e de diligencia demonstrados pelos entrevistadores concretos. Quanto ás suas fontes, impacto e métodos de avaliacáo e controlo, a náo-resposta parcial tem bastante semelhanca com os erros de resposta que seráo analisados na Seccáo 5. A presente seccáo trata principalmente da falta de resposta completa (que a seguir referiremos simplesmente como "náo-resposta"); esta náo-resposta é normalmente medida ao nivel da unidade de inquiricao individual, que pode coincidir, ou nao, com as unidades da etapa inferior utilizadas para a seleccáo da amostra. Quando a nao-resposta é medida ao nivel das rubricas de informacáo individuáis, lógicamente reflectirá o efeito total da náo-resposta, completa e parcial, sobre a correspondente rubrica concreta.

Fontes Existe urna variedade de factores que podem ser causa da náo-resposta, variando as suas

contribuicóes relativas de país para país e de inquérito para inquérito. Em muitos países desenvolvidos, tal como em áreas urbanas, especialmente ñas grandes cidades de países em vías de desenvolvimento, o problema aparece, cada vez mais, como urna recusa determinada e como a impossibilidade de encontrar os individuos em casa, no momento da visita do entrevistados Contudo, especialmente ñas zonas rurais em muitos países em vias de desenvolvimento, as recusas absolutas sao aínda relativamente raras. Um problema mais comum é o náo-contacto. devido a dificuldades de acesso ou de identificacáo correcta das unidades amostráis, por sua vez resultantes das deficiencias na informacáo proporcionadas pela estrutura de amostragem ou provocadas por outras circunstancias adversas, tal como a inacessibilidade física. Nalguns países, a legislacáo impoe a participacáo obligatoria em recenseamentos e inquéritos oficiáis. Aínda que este tipo de legislacáo, quando aplicável (o que nem sempre é o caso), possa resultar em mais elevadas taxas de resposta, pode também conduzir a graves erros de resposta, na medida em que alguns dos inquiridos nao se prestam a colaborar voluntariamente.

Impacto O impacto da náo-resposta nos resultados do inquérito é, em principio, semelhante ao da

falta de cobertura. A nao ser que se facam correccoes adequadas na fase de estimativa, a náo-resposta tem um efeito directo sobre a estimativa dos totais populacionais; o erro percentual na estimativa do número total de unidades populacionais, tende a ser semelhante a percentagem de náo-resposta. Ao estimar os valores totais, o efeito dependerá do valor relativo das unidades em falta. Ao estimar medias, índices e outros rácios, apenas ocorrem enviesamentos na medida em

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Precisio e avaliacao de dados

que as unidades que nao respondem difiram, ñas suas características, das unidades que respondem; estas diferencas sistemáticas entre unidades que respondem e que nao respondem, sao encontradas, naturalmente, com muita frequéncia.

Á parte a imputacáo dos valores em falta, a correccáo para a náo-resposta é normalmente efectuada, quando tal for razoável e possível, multiplicando as estimativas do inquérito pelo inverso da taxa de resposta (conforme é definido adiante). Para este fim, a amostra é normalmente dividida num certo número de partes ou estratos, que se espera que sejam internamente mais homogéneos, do que a populacáo no seu todo. Sao exemplos disso, as divisoes por pequeñas áreas geográficas e tipo de local; as características étnicas e socio-demográficas dos individuos, que podem também ser utilizadas quando estao disponíveis, tanto para os que respondem, como para os que nao respondem. Assim, é aplicada separadamente para cada parte, a correccáo ácima mencionada para a nao-resposta. Desta forma, os enviesamentos permanecem ñas estimativas segundo o grau com que os que respondem e os que o nao fazem diferem uns dos outros, dentro destas partes separadas ou estratos

Em resumo, a avaliacao do impacto da náo-resposta sobre os resultados do inquérito depende (a) da incidencia ou taxa da nao-resposta, e (b) das características dos que nao respondem relativamente aos que o fazem, dentro das categorías em que ambos estes grupos foram classificados. Em principio, o cálculo de (a) é simples, mas podem existir ambiguidades e dificuldades práticas, que se referiráo mais adiante. É, em geral, muito mais difícil, e as vezes impossível, obter a informacáo referente a (b). Em certas ocasióes, a informacáo sobre algumas características básicas das pessoas que nao respondem, pode ser obtida dos vizinhos, de outros membros dos agregados familiares, etc., durante o inquérito. Em inquéritos continuos é também possível, por vezes, imputar a informacáo a partir de ciclos anteriores. Ocasionalmente, tém sido realizados estudos intensivos e continuos para contactar as pessoas que nao respondem. Esta opcáo é recomendada para situacóes em que a taxa de náo-resposta é elevada, podendo por em causa o valor do inquérito.

O impacto da nao-resposta está muitas vezes relacionado com a causa da náo-resposta. Por exemplo, as pessoas nao encontradas em casa, sao, invariavelmente, pessoas activas e/ou residem sozinhas ou em pequeños agregados familiares. Tais pessoas, vulgarmente, diferem de forma mais nítida das pessoas que respondem, do que acontece com algumas outras categorías dos que nao respondem. Consequentemente, o seu impacto nos resultados do inquérito tenderá também a ser mais marcante (ver, por exemplo, Hong Kong, 1980; Suécia, 1980a e 1980b). A conclusáo é a de que é importante registar nos inquéritos, as causas dos casos individuáis de náo-resposta.

Da mesma forma que os erros de cobertura sao um indicativo da qualidade da estrutura de amostragem, incluindo a qualidade dos mapas e listas, o volunte das nao-respostas pode ser um indicio revelador da qualidade e éxito da implementacao do inquérito. Independentemente do seu impacto nos resultados do inquérito e do grau para o qual os enviesamentos resultantes podem ser eliminados ou reduzidos, mediante medidas correctoras na fase de processamento ou análise, urna alta taxa de nao-resposta implica que o inquérito, no seu conjunto, nao foi bem aceite e/ou nao foi bem implementado.

Medicao: calculando as taxas de nao-resposta Ao contrario da falta de cobertura, a náo-resposta pode normalmente ser medida a partir de

registos internos ao inquérito. Em principio, a taxa de náo-resposta é simples de definir: equivale ao número de unidades elegíveis da amostra que nao responderam, dividido pelo número total de unidades elegíveis que integram a amostra. Para aplicar esta definicáo, é necessárío ser claro quanto ao que constituí urna unidade "elegível" e do que significa "resposta". Esta seccáo procura fornecer fórmulas precisas para o cálculo de taxas de náo-resposta.

Para comecar, considere-se um caso simples, no qual é seleccionada urna amostra auto-ponderada de um número conhecido n de agregados familiares, todos elegíveis para o inquérito. De todos esses, foram entrevistados com éxito n' agregados. Urna entrevista com éxito, pode ser definida como aquela na qual a informacáo é obtida, pelo menos em relacáo a um certo conjunto especificado de variáveis críticas. Define-se taxa de resposta (R) como:

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Inquéritos de populacao activa

R = n'/n (normalmente expressa em percentagem), (1) e a correspondente taxa de nao-resposta (NR) como:

NR = (1 -R)= n

Na prática, as situacoes sao mais complexas do que este simples caso, ácima referido. Urna difículdade básica provém do facto que, a dimensáo da amostra seleccionada (n) nao é conhecida, se as unidades fináis de amostragem, listadas para a fase final, diferem das unidades inquiridas, quanto ao seu tipo. Esta difículdade aumenta em muitos inquéritos, devido á ausencia de urna definicáo precisa de unidades de listagem.

Unidades de amostragem e de inquinado É importante mencionar que os valores da equacáo (1) se referem a unidades de inquiricao e

nao, necessariamente, a unidades de amostragem. Estas últimas consistem frequentemente, em conjuntos de dimensáo variada constituidos por unidades de inquiricao. Considere-se uro inquérito em que foi seleccionada urna amostra de m unidades de habitacáo, das quais foram contactadas com éxito, durante o inquérito, m' unidades. Suponhamos que, nestas m' unidades de habitacáo se encontraran! n' agregados familiares, dos quais n" foram entrevistados com sucesso no inquérito.

Para calcular a taxa de resposta para os agregados familiares, conhece-se o número de entrevistas com éxito (n") no exemplo anterior, mas nao o exacto número dos "seleccionados". O numero dos seleccionados pode apenas ser estimado com base em algumas suposicóes. Indica-se a seguir urna forma prática para calcular a taxa de resposta.

O processo de recolha de dados consta de duas fases: contacto com as unidades de habitacáo da amostra e entrevista dos agregados familiares dentro das unidades de habitacáo contactadas. A taxa de resposta na primeira fase é:

numero de unidades de habitacáo contactadas com éxito rrí R= : = —

numero de unidades de habitacáo seleccionadas m

E na segunda fase é:

numero de agregados familiares entrevistados com éxito ri' numero total de agregados familiares ñas unidades de habitacáo contactadas ri

A taxa de resposta geral para as entrevistas dos agregados familiares, é o produto das taxas das duas fases:

m n R = m ' 7 T ( 2 )

m n Note-se que, ñas unidades de habitacáo contactadas, o número medio de agregados familiares por unidade de habitacáo é (n'/m'). Se se supoe que esta mesma media é também aplicável as unidades de habitacáo náo-contactadas, entáo o número estimado de agregados familiares em todas as unidades de habitacáo na amostra é:

n = (número de unidades de habitacáo na amostra x media de agregados por unidade) n'

= m • — m'

Pode verificar-se que com o valor de n, a equacao (2) converte-se em:

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Precisáo e avaliafao de dados

n'' numero de agregados familiares entrevistados R = — ,istoé . " , x .,. ; — : — — (3)

n numero estimado de agregados familiares seleccionados É evidente que, a hipótese adoptada para calcular a taxa de resposta em (2), é a que já fora estabelecida: o número medio de agregados familiares por unidade de habitacáo é o mesmo, tanto para as unidades de habitacáo contactadas, como para as que nao foram contactadas.

As mesmas ideias podem ser extendidas á fase seguinte: listagem de pessoas nos agregados entrevistados e entrevistas a essas pessoas. A taxa de resposta na terceira fase é:

numero de pessoas elegiveis entrevistadas com éxito p'''

numero de pessoas elegiveis listadas nos agregados entrevistados p''

A taxa geral de resposta, considerando todas as tres fases (unidades de habitacáo, agregados familiares, pessoas), vem:

m' n" p'" p'" n1 p'" R = — • — • — = — ,ondep = m- — • — (3)

m n" p" p rrí n" v ' Como anteriormente, o numerador (p'") é o número de pessoas entrevistadas e o

denominador (p) é o número estimado de pessoas elegíveis seleccionadas para a amostra. Urna hipótese adicional é a do número medio de pessoas elegíveis por agregado familiar ser o mesmo, nos agregados entrevistados e nos que o nao sao. Esta hipótese pode nem sempre ser razoável: observou-se, por exemplo, que as pessoas solteiras ou os agregados familiares pequeños sao mais difíceis de contactar. A equacáo (3) pode, contudo, ser aplicada separadamente para agregados de diferentes dimensdes. Mas isso exigiría que se dispusesse de informacáo sobre a dimensáo dos agregados, tanto dos que respondem, como dos que nao respondem, ou que se possa formular alguma hipótese relativamente a distribuicáo dos agregados familiares por dimensáo, na amostra seleccionada. Urna informacáo semelhante pode obter-se com mais facilidade nos inquéritos continuos, onde as amostras inquiridas, de um ciclo para o seguinte, se sobrepóem ou estáo relacionadas de qualquer outra forma.

Espagos em branco ñas listas da amostra Podem surgir difículdades no cálculo das taxas de náo-resposta, em resultado da presenta de

espacos em branco ñas listas das amostras. Os "brancos ou espacos em branco" sao listas que apresentam unidades nao existentes ou que caem fora do ámbito do inquéríto. Os "brancos" nao deveráo ser tidos em conta, visto que só as unidades que pertencem á populacáo em estudo podem contribuir para as náo-respostas. Isto nao apresentará qualquer problema em termos de náo-resposta, se os "brancos" forem correctamente identificados e eliminados das listas da amostra. (Naturalmente, se os "brancos" apenas sao identificados depois da seleccáo da amostra, a sua presenca pode introduzir variacáo na dimensáo e aumento na variáncia da mesma). Contudo, o problema é que, na prática, no trabalho no terreno, alguns desses brancos podem ser tomados como casos auténticos de náo-resposta. Na verdade, a supervisáo e documentacáo inadequadas e a utilizacáo de listas desactualizadas para a amostragem, nao só aumentam a incidencia do nao-contacto efectivo, como podem também incrementar os problemas de identificacáo entre brancos e náo-respostas. Por exemplo, quando urna operacáo de listagem de unidades de habitacáo independente, precede as entrevistas aos agregados familiares, urna componente significativa de náo-resposta pode consistir ñas unidades que foram listadas e que aínda existem, mas que o entrevistador nao consegue encontrar, por razóes como, urna documentacáo inadequada ou urna comunicacáo insuficiente. Ao mesmo tempo, as listas podem conter enderecos que já nao existam (demolicoes, erros ñas listas, etc.). Dos dois grupos, o primeiro faz parte da náo-resposta, enquanto o último é composto simplesmente de "brancos" na estrutura. Na prática, é muitas vezes difícil distinguir entre os dois. De forma semelhante, os entrevistadores sao muitas vezes incapazes de distinguir entre unidades de habitacáo desocupadas (que equivalem a "brancos" na lista), e unidades de habitacáo ocupadas, com habitantes temporariamente ausentes (casos que,

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Inquéritos de populacáo activa

dependendo da definicáo de cobertura, podem constituir náo-resposta). O requisito essencial consiste em assegurar que, com a utilizacáo de algumas categorías claramente definidas, os entrevistadores estáo aptos a registar os resultados de cada unidade na amostra, de tal forma que os casos de náo-resposta genuína, podem ser distinguidos de meros brancos ou unidades nao elegíveis da lista. Os brancos seráo entáo totalmente eliminados no cálculo das taxas de resposta. Quando este requisito nao for cumplido, existirá urna categoría ambigua, e apenas será possível estimar urna classe dentro da qual se encontra a taxa de resposta: a estimativa mais alta da taxa de resposta será dada, se supusermos que a categoría ambigua, no seu conjunto, é formada por brancos (e, assim, omitida, tanto no numerador como no denominador, para cálculo das taxas de resposta); a estimativa mais baixa é obtida, se assumirmos que ela é composta inteiramente por pessoas que nao respondem. Para urna análise destas questóes, com varias ilustracóes de países * em vias de desenvolvimento, ver Verma (1980).

Amostras ponderadas Ñas amostras que nao sao autoponderadas, a questáo reside em saber se as taxas de resposta

devem ser calculadas com dados ponderados ou nao ponderados. Para o controlo operacional e outras finalidades análogas, é muitas vezes suficiente ter taxas

de resposta calculadas com dados nao ponderados: as taxas de resposta reflectiráo, entáo, o número efectivo de entrevistas realizadas e o das que nao foram efectuadas. Tais taxas sao mais facéis de calcular e podem ser observadas ao longo do tempo, classificadas por área de inquérito, entrevistador envolvido, etc..

Para obter urna indicacáo mais precisa do impacto da náo-resposta nos resultados do inquérito, é preferível calcular taxas de resposta ponderadas, ñas quais as ponderacoes amostráis adequadas foram aplicadas as unidades da amostra elegíveis, no numerador e no denominador de equacoes, como a (1) e a (3) anteriormente referidas. Em qualquer caso, se os resultados obtidos da amostra tém de ser ajustados, isto é, multiplicados pelo inverso da taxa de resposta, é essencial que as taxas sejam calculadas com dados ponderados.

Alguns exemplos de taxas de nao resposta em inquéritos á mao-de-obra Os valores a seguir referidos, obtidos de OIT (1986), dáo urna indicacáo do nivel de

náo.resposta, tal como foi publicado em recentes inquéritos á máo-de-obra. Daí transparece que, cerca de metade dos países ai considerados, sao capazes de manter as taxas de náo-resposta abaixo dos 5 por cento, nos seus inquéritos a máo-de-obra. Isto incluí um certo número de países em vias de desenvolvimento, mas também países desenvolvidos como a Australia, Canadá, Italia, Japáo, Estados Unidos e Alemanha Ocidental. Contudo, as taxas de náo-resposta de 5 a 12 por cento sao também normáis (cerca de um terco dos países considerados, incluindo entre eles a Malasia, Filipinas, Perú, Espanha e Noruega). Alguns (poucos) países declaram taxas de náo-resposta altas, sendo a da Dinamarca (24 por cento) a mais alta. Nao é encorajador que, neste estudo, urna grande proporcáo de países nao forneca informacáo sobre as taxas de náo-resposta.

Número total de paises abrangidos no estudo da OIT 44 Número de países: - que nao fomecem informacáo sobre taxas de nao-resposta 14 - total de taxas de nao-resposta declaradas 30 - dos quais, as taxas sao:

< 2% 5 2-5% 11 * 5 - 8% 5 8 -12% 6 > 12% 3

Medidas associadas A parte as taxas gerais de resposta e de náo-resposta, também é muitas vezes útil calcular e

coordenar certas medidas associadas. Sao listadas a seguir algumas dessas medidas:

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Precisao e avalia^áo de dados

(1) Taxas de náo-resposta por causas. O número de entrevistas que nao foram realizadas, pode ser classifícado de acordó com a principal causa de náo-resposta. Cada um desses valores, dividido pelo (efectivo ou estimado) número de unidades seleccionadas, proporcionará taxas específicas de náo-resposta, tais como a taxa de recusa, a taxa de náo-contacto, etc. A soma de todas elas equivalerá á taxa de náo-resposta.

(2) Taxas de nao-resposta por fases. Amiúde, a implementacáo do inquérito ocorre por fases, desde as unidades fináis de amostragem (por exemplo, unidades de habitacáo) até as unidades de inquiricáo (por exemplo, pessoas). E útil calcular taxas de resposta para cada fase, cujo produto, ao longo de todas as fases, dá a taxa de resposta global. Estas taxas por fases podem ser classificadas com utilidade, de acordó com a causa de náo-resposta.

(3) Taxa de nao-resposta por inquihdor no terreno. Como se referiu anteriormente, o controlo das taxas de nao-resposta por trabalhador individual no terreno, é um instrumento básico de supervisáo e controlo, particularmente ñas operacóes de inquéritos continuos.

(4) Brancos em listas de amostra. Quando as listas de amostra contém muitos brancos, pode também ser útil calcular as taxas de ocorréncia de tais brancos, se possivel depois da sua classificacáo por tipos (por exemplo, edificio demolido, desocupado, unidades fora do ámbito). O denominador será o número total de unidades de amostragem seleccionadas, incluindo os brancos na lista; o numerador será o número de brancos, de acordó com a categoría aplicável.

(5) NSo-resposta por rúbricas. Na fase de análise pode ser importante ter em conta os valores em falta para rubricas específicas, aquando da preparacao e interpretacáo dos resultados. Portanto, é importante que quaisquer valores imputados para a rúbrica de nao-respostas, sejam assinalados como tal nos ficheiros de dados, a fim de que possam ser identificados posteriormente. As rúbricas importantes nao tém que corresponder necessariamente a perguntas individuáis no questionário, mas podem ser variáveis derivadas, cada urna délas construida a partir de varías perguntas. Normalmente, o cálculo está confinado a casos que tenham sido concluidos com éxito no seu conjunto (com a possivel excepcáo de algumas rúbricas, incluindo aquela em que temos interesse) e para os quais é aplicável a rúbrica em questáo. O denominador para cálculo da taxa de náo-resposta por rubricas será constituido por todos os casos deste tipo; o numerador consistirá dos casos para os quais a rubrica em questáo nao tenha sido obtida:

Casos" concluidos" para os quais a rubrica em questáo e aplicável mas nao foi obtida Taxa de náo-resposta por rubricas=

Todos os casos" concluidos' para os quais a rubrica em questáo e aplicável

A expressáo anterior para a taxa de náo-resposta por rubricas, nao tem em conta o efeito dos casos excluidos devido a nao-resposta completa. Normalmente, isto é tudo o que se necessita. Se o efeito da náo-resposta completa é para ser tido em conta (para avahar o impacto total da náo-resposta por rúbricas), dever-se-á acrescentar urna mesma quantidade ao numerador e ao denominador da fraccáo anterior. Esta quantidade será o número estimado de casos, entre os de náo-resposta completa, para os quais a rubrica em questáo se aplica. Este número nao está normalmente disponível, mas pode ser imputado a partir da distribuicáo observada dos casos que responderam.

4. Erros de amostragem É amplamente reconhecido como boa prática, para os resultados do inquérito, que os

mesmos sejam acompanhados por informacáo detalhada sobre a variabilidade amostral das estimativas do inquérito e que a interpretacáo dos resultados tenha essa variabilidade em conta. Isto é particularmente importante no caso de inquéritos continuos de grande dunensáo.

Os erros de amostragem sao inerentes ao procésso de estimacáo estatística dos parámetros da populacáo, quando se parte dos resultados obtidos com urna amostra probabilística da referida populacáo. O desenho de urna amostra especifica as regras pelas quais as unidades da populacáo sao seleccionadas para inquiricáo e as regras para estimativa dos parámetros da populacáo; mesmo na ausencia de erros de medicáo e de implementacáo, a repetida aplicacáo do mesmo

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Inquéritos de populacáo activa

desenho resultará em diferentes estimativas, em funcáo das unidades concretas seleccionadas. O erro de amostragem de um estimador é urna medida da sua variabilidade, na hipótese de repeticóes teóricamente possíveis do inquérito e na ausencia de erros alheios á amostragem.

Importancia dos erros de amostragem Ao interpretar a informacáo sobre os erros de amostragem, deve ser recordado que eles

representan! apenas urna componente do erro total do inquérito: os erros de amostragem representan! o limite inferior do erro total. Por conseguinte, a informacáo sobre erros de amostragem tem um "valor orientativo". O que isto significa é que, se se permite que o erro de amostragem se torne demasiado grande, todos os resultados do inquérito ficaráo sem utilidade para finalidades práticas. É necessário (ainda que, de modo nenhum, suficiente) que os erros de amostragem sejam mantidos dentro de certos limites, a fim de poder extrair conclusóes significativas dos resultados do inquérito.

Para além disso, a informacáo sobre a magnitude dos erros de amostragem é essencial, para decidir o grau de detalhe com que os resultados do inquérito podem ser classificados, com algum sentido. Nos inquéritos á máo-de-obra, urna adequada interpretacáo dos resultados do inquérito requer normalmente urna classificacáo muito detalhada por sexo, idade, outras características pessoais e do agregado familiar, local de residencia, localizacáo geográfica, etc. Mesmo para urna amostra de varios milhares de inquiridos, as células dos quadros de resultados podem ficar, rápidamente, com urna dimensáo muito pequeña. Falando em termos aproximados, enquanto que a magnitude dos enviesamentos alheios á amostragem mima categoría, nao depende da dimensáo da sua amostra, a respectiva variáncia da amostra (de par com certos componentes alheios á amostragem) tende a aumentar proporcionalmente com a diminuicáo da dimensáo da amostra. Consequentemente, esta última, pode fácilmente tornar-se a componente principal do erro total, para multas categorías pequeñas e comparacóes de interesse substancial.

A informacáo sobre o erro de amostragem é também essencial para o desenho, avaliacáo e reestruturacáo da amostra. A magnitude de um dado erro de amostragem de urna estimativa de um inquérito depende, entre outros factores, da dimensáo da amostra e do desenho da mesma, em particular, do grau com que as unidades na amostra estáo agrupadas e sao homogéneas dentro dos agrupamentos. Para reduzir o erro de amostragem, é necessário aumentar a dimensáo da amostra e/ou reduzir o grau de agrupamento, dispersando a amostra por um maior número e mais ampias áreas. Ao mesmo tempo, estes factores aumentaráo os custos do inquérito e podem também incrementar os enviesamentos alheios á amostragem envolvidos, devido a maiores dificuldades no controlo de qualidade e na supervisáo, em resultado do aumento de dimensáo da operacáo. Portanto, é necessário um equilibrio que permita minimizar o erro total, com os recursos existentes.

Nos inquéritos continuos á máo-de-obra, as consideracdes acerca das sobreposicóes e rotacáo da amostra, a representatividade simultánea no espaco e no tempo, a necessidade de revisáo e reestruturacáo periódica da amostra e muitos outros factores (como se viu nos Capítulos 10 e 11), podem tornar o desenho da amostra e os procedimentos de estimacáo particularmente complexos. Como é claro, muitas destas decisóes nao podem ser tomadas de urna forma científica, sem urna informacáo sobre os erros de amostragem, dado que sao determinados pela dimensáo e pelo desenho da amostra.

Estimacáo O número de estimativas produzidas num inquérito típico á máo-de-obra, pode ser muito

grande. Num inquérito continuo, certas medidas de erro de amostragem podem ser de facto bastante estáveis, de um ciclo para outro, de forma que, todo o conjunto de cálculos do erro de amostragem, nao necessita de ser repetido em cada ciclo. No entanto, os métodos práticos de cálculo de erros de amostragem necessitam de ser suficientemente simples, a fim de proporcionar fórmulas de cálculo facéis, as quais por sua vez possibilitaráo realizar, de maneira económica, os cálculos detalhados necessários para numerosas estimativas envolvidas. Ao mesmo tempo, os métodos práticos de cálculo necessitam de ser suficientemente gerais, para abranger as

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Precisäo e avaliaçâo de dados

complexidades e variaçôes que ocorrem frequentemente no desenho da amostra, para inquéritos de grande dimensâo.

Uma visào dos métodos práticos de cálculo de erros de amostragem foi proporcionada por Kaiton (1977). Um dos métodos mais amplamente utilisados é baseado no seguinte principio. Segundo determinadas hipóteses, normalmente nao muito restritivas em situaçôes práticas, os erros de amostragem de uma diversidade de estatísticas, tais como índices, medias, rácios e suas diferenças, sejam do total da amostra ou de alguma subclasse da mesma, podem ser obtidos com base em valores totalizados ao nivel das unidades primarias de amostragem, isto é, com base nos totais dessas unidades. O desenho e selecçào da amostra, dentro das unidades primarias de amostragem individuáis, podem ser complexos e diferir entre si, sem afectar a forma da correspondente estimativa da variância. Este método tem em conta os componentes da variância procedentes de todas as fases, incluindo a segunda fase e as subséquentes num desenho multi-etápico, muito embora nao apareça uma referencia explícita ñas fórmulas de cálculo, para qualquer fase posterior à primeira. Essencialmente, isto é devido a que, a contribuiçâo das últimas fases para a variância, está reflectida na variaçâo observada entre os resultados amostráis das unidades da primeira fase. As hipóteses básicas necessárias sao (a) que duas ou mais unidades primarias de amostragem sejam extraídas de cada estrato, e (b) que estas unidades sejam seleccionadas independentemente urnas das outras, mediante selecçào aleatoria com reposiçào. Estas condiçôes raramente sao satisfeitas, de forma exacta, nos desenhos práticos; contudo, em muitas situaçôes, pode obter-se uma aproximaçâo razoável. Dadas estas hipóteses, as estimativas da variância para funçôes lineares de características, (tais como, os totais estimados a partir do inquérito) podem ser calculadas utilizando fórmulas analíticas. Para funçôes nâo-lineares (tais como, as estimativas dos rácios envolvidos em muitos inquéritos), geralmente faz-se uso dos métodos conhecidos como "métodos de desenvolvimento de Taylor". Os procedimentos numéricos e os programas de computador que utilizam este método foram desenvolvidos e estâo bastante difundidos (ver, por exemplo, Woodruff e Causey, 1976; Verma, 1982; Verma e Pearce, 1987; Schnell e outros, 1988). Outros métodos, tais como "réplicas repetidas equilibradas" e "réplicas repetidas do tipo jack-knife", para cálculo de erros de amostragem de estatísticas complexas, estâo também disponíveis; para ilustraçôes numéricas e visào dos métodos, ver Kish e Frankel (1974). Uma análise geral da estimaçào da variância é dada por Wolter (1985).

Padröes de variaçâo Por diversas razöes, é útil investigar o padrâo de variaçâo dos erros de amostragem nas

diversas variáveis do inquérito, subcategorias da amostra, inquéritos e ciclos de inquérito, e relacionar estes padröes com a estrutura da amostra.

(1) Extrapolaçâo dos resultados calculados. Geralmente, as estimativas com interesse num inquérito de grande dimensâo, com fins múltiplos e com muitos ciclos, sâo demasiado numerosas, para que sejam calculados erros de amostragem para todas elas. É necessário ter alguns meios de extrapolaçâo dos erros calculados para as variáveis e categorías da amostra seleccionadas, tendo em vista outras variáveis e categorías para as quais nao foram realizados os correspondentes cálculos. Isto requer um estudo dos padröes de variaçâo de erros de amostragem através das variáveis e das subclasses. Esta investigaçâo é particularmente útil nos inquéritos continuos, onde certas medidas do erro de amostragem

* podem ser relativamente estáveis, de um ciclo para o seguinte, de maneira que, uma vez estabelecido o padrâo de variância no inicio, ele pode ser utilisado para prever os erros de

* amostragem para ciclos subséquentes. (2) Resumo para apresentaçào. Mesmo que os erros de amostragem tenham sido calculados

para todas as estimativas realizadas, eles seräo demasiado numerosos para publicar. Com base nos padröes observados, a informaçâo terá geralmente que ser resumida para que seja apresentada.

(3) Alisamento dos resultados calculados. Os erros de amostragem calculados a partir dos dados da amostra estâo sujeitos, eles próprios, a considerável variabilidade, particularmente

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Inquéntos de populado activa

para amostras baseadas num pequeño número de unidades primarias. De facto, é multas vezes preferivel e mais significativo utilisar os resultados medios de um certo número de cálculos, de preferencia a confiar na precisáo dos cálculos individuáis.

(4) Desenho e reestruturacao da amostra. Para além de indicar a precisáo das estimativas de inquérito existentes, o objectivo do cálculo do erro de amostragem consiste em avaliar o comportamento de um desenho específico e proporcionar dados para desenhar futuras amostras. Para isso, é necessário explorar os padroes de variacáo dos erros de amostragem relacionados com características importantes da respectiva estrutura, tais como agrupamentos, estratificacáo e ponderacáo. De facto, a relacáo entre o erro de amostragem e a estrutura de amostragem é também útil, para os objectivos de extrapolacáo, resumo e alisamento dos resultados calculados, que ácima se mencionam.

Versatilidade Para satisfazer os requisitos anteriormente mencionados, é necessário procurar medidas

"versáteis" da variabilidade amostral, isto é, medidas que permitam reportar os resultados de urna subcategoria para outra, de urna variável para outra e de um inquérito ou ciclo de inquérito para outro.

Baseado no padrao dos erros de amostragem, calculados para varias estimativas de diferentes dimensoes de amostra, quer do próprio inquérito ou ciclos anteriores de um inquérito continuo, quer de inquéntos semelhantes, é possível construir modelos aproximados ou desenhar diagramas ou gráficos, etc., que permitam o cálculo dos valores aproximados dos erros de amostragem para outras estimativas. (Para ilustrares detalhadas, ver González e outros, 1975; Verma, 1982)

O valor real do erro de amostragem para um dado estimador, depende de urna variedade de factores, tais como: a natureza da variável, as suas unidades de medicáo e o tipo de estimacao envolvido; a dimensáo e o desenho da amostra; a natureza e distribuicáo das subcategorias com interesse, através dos agrupamentos da amostra; e, para os inquéritos com muitos ciclos, as sobreposic5es da amostra e os modelos de rotacao. Sao apresentadas varias medidas derivadas de erros padrao, destinadas a controlar ou reduzir o efeito de alguns destes factores, tornando-as assim mais versáteis. Algumas das medidas comummente utilizadas, derivadas do erro padrao, (que é a raíz quadrada da variáncia) sao as seguintes:

(1) Coeficiente de variacáo. Defirie-se como o erro padrao dividido pela media e pode ser urna medida estável (versátil) para inquéritos repetitivos ou inquéritos com um desenho, dimensáo e conteúdo semelhantes. Utilizando o rácio do erro padrao em relacáo á media, a medida retira o efeito das unidades de medicáo, e da escala e dimensáo da estimativa. Visto que os coeficientes de variacáo calculados para um conjunto de estatísticas, podem ser utilizados para outro conjunto, reduz-se a necessidade de novos cálculos. (Para algumas ilustracoes detalhadas e práticas, ver Zarkovich, 1979)

(2) Factor de desenho. Esta é urna das mais úteis medidas no presente contexto e indica o efeito geral da estrutura amostral sobre a magnitude do erro de amostragem. O factor de desenho (deft) é definido como o rácio entre o erro padrao estimado para o desenho real (se) e o erro padrao estimado para urna amostra aleatoria simples da mesma dimensáo (sr):

deft = se/sr (Urna medida equivalente muitas vezes utilisada é o "efeito de desenho" ou deff, o qual consiste simplesmente no quadrado do deft, isto é, o rácio entre a variáncia real e a variáncia amostral). O deft é urna medida mais versátil do que o se, dado que nao depende dos factores que afectam igualmente o « e o sr, tais como a unidade de medicáo, a magnitude e escala da estimativa, a sua variabilidade na populacáo e, ácima de tudo, a dimensáo da amostra. O deft depende de outros factores, tais como a natureza do estimador, o desenho da amostra e o tipo e dimensáo das unidades de amostragem. O deft é urna medida resumo dos efeitos de afastamento do desenho real da amostra em relacáo a urna amostra aleatoria simples de unidades de inquiricáo. É um factor ampio que tenta resumir o efeito das diversas complexidades no desenho, especialmente as de agregacáo, estratifícacáo e ponderacáo. Pode mesmo incluir o efeito das

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Precisao e avaliacáo de dados

estimativas de rácio ou de regressáo, de amostragem com duplicacoes, de fraccoes amostráis variadas, da rotacáo e sobreposicoes da amostra entre ciclos, etc.. Por estas razóes, muitos peritos de amostragem incluem o rácio se/sr de forma rotineira nos resultados dos cálculos da variáncia.

Óutra forma de considerar o deft, é a de um indicador da forma como os agregados, e outras características do desenho (que poupam custos e permitem melhorar o controlo de erros alheios á amostragem), conduzem a urna reducáo da dimensáo efectiva da amostra. Se n é a dimensáo da amostra no desenho real, entáo com urna amostragem aleatoria simples, urna dimensáo mais pequeña (n') dará o mesmo erro de amostragem, onde:

n' = n/deft2

Para varias ilustracóes empíricas e urna análise mais aprofiíndada, ver Kalton e Blunden (1973); Kish e outros (1976) e Verma e outros (1980).

(3) Taxa de homogeneidade (ron). Para urna dada variável e um dado número e tipo de agregados e para um procedimento concreto de obtencáo de subamostras, o valor de deft tende a aumentar com o incremento da dimensáo dos agregados. Para controlar este efeito, Kish (1965) introduziu urna medida sintética roh (taxa de homogeneidade) definida como:

deft2=l+ ( b - l ) r o h onde b é a "dimensáo media de agregado" (isto é, o número de unidades de inquincáo seleccionadas por unidade primaria de amostragem). O modelo é baseado no conceito de correlacáo entre classes, que mede o grau de correlacáo entre membros de um agregado. A equacáo anterior foi desenvolvida para amostras auto-ponderadas, com ausencia de variacoes extremas na dimensáo do agregado, embora possa ser adaptada para ter em conta condicoes mais gerais. A taxa de homogeneidade (roh) é urna medida sintética, introduzida com a finalidade de medir o grau medio para o qual os valores de urna determinada variável sao homogéneos, dentro das unidades primarias de amostragem, relativamente a variabilidade geral das variáveis. Em principio, roh é mais versátil do que deft, visto que retira o efeito de diferencas na dimensáo da amostra por agregado. Empíricamente, contudo, os valores calculados de roh tendem a ser bastantes instáveis e variáveis.

(4) Correlacoes entre ciclos. Em inquéritos continuos, pode também ser muito útil acumular informacáo sobre as correlacoes ciclo a ciclo entre paineis fixos de unidades, (ou unidades de amostras relacionadas de alguma outra forma) e sobre outros aspectos do erro de amostragem em estimativas de alteracoes entre ciclos de inquérito. Tal informacáo é essencial para melhorar os procedimentos de estimacáo, os modelos de rotacáo e varios outros aspectos do desenho da amostra para inquéritos continuos. (Ver, por exemplo, a análise sobre estimativas compostas com amostras sobrepostas no Capítulo 11, Seccáo 6.)

Um exemplo O exemplo seguinte retirado do Inquérito á Máo-de-obra da Australia é um método simples e

Quadro 21. Erro padráo relativo como urna funcáo da dimensáo da estimativa

Dimens3o da estimativa Erro padrao relativo (pessoas na categoría)

4 500 5 000 6 000 10 000 20 000 50 000 100 000 200 000 300 000 500 000

1 000 000 2 000 000 5 000 000

(% da e:

21,6 20,0 18,0 14,0 10,0 5,8 3,9 2,6 2,0 1.4 0,9 0,6 0,3

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Inquéritos de populado activa

conciso de apresentar informacáo sobre erros de amostragem, presumivelmente retirado do padráo de resultados observados numa operacao de inquérito continuo (OIT, 1986). O Quadro 21 apresenta valores adequados do erro padráo, em percentagem da dimensáo da estimativa (número de pessoas incluidas na categoría), como funcáo desta última.

Este quadro pode ser utilizado para determinar os intervalos de confianca na estimativa da dimensáo das (número de pessoas em) diferentes categorías, tais como as das pessoas com emprego, dos desempregados, dos trabalhadores a título independente, etc. Para as variáveis essenciais, os valores aproximados do erro padráo relativo sao obtidos, multiplicando os valores anteriores por um factor dependente da variável correspondente. No caso do Inquérito a Máo-de-Obra da Australia, estes factores foram determinados como se mostra a seguir:

Variável

Total de horas trabalhadas Media de horas trabalhadas Duracáo media do desemprego Valor medio da duracao do desemprego

Factor (pelo qual os eiTos padráo relativos anteriores tém de ser multiplicados)

1,2 0,5 1,5 2,0

5. Erros de resposta

A natureza efontes dos erros de resposta Os erros de resposta sao erros que tém a sua origem na fase de recolha de dados: derivam de

uma inadequada conceptualizacáo e formulacáo de perguntas e, posteriormente, da forma de efectuar as perguntas e de obter e registar as respostas. Os erros que surgem ñas fases subsequentes do processamento das respostas seráo analisados na seccáo seguinte. Na prática, alguns erros de processamento que surgem nestas últimas fases, tendem a ser confundidos com os erros de resposta observados, visto que as respostas apenas podem ser estudadas e analisadas após serem sujeitas a um certo grau de tratamento (codificacáo, introducáo de dados, etc.). Por este mesmo motivo, algumas componentes do erro de resposta sao confundidas com as estimativas normáis do erro de amostragem, porque estas últimas sao baseadas em valores que apenas podem ser obtidos após o processo de observacáo. Com isto se ilustra o assunto referido na Seccáo 1, isto é, que as componentes de erros medidas por varios métodos nao sao, nem completamente separáveis, nem aditivas, para que se obtenha a magnitude global do erro total. Este ponto deve ser tido em conta durante a análise que se segué.

O tema dos erros de resposta abrange um vasto campo, já que as fontes, natureza e forma dos erros envolvidos sao variadas e diferem de um contexto e situacáo de inquérito, para outro.

Fundamentalmente, os erros de resposta surgem como resultado de deficiencias no desenho de conteúdo do inquérito; os conceitos e as características a serem medidas no inquérito, tém de ser transformadas em conjuntos de perguntas e categorías que deveráo contemplar uma grande variedade de situacóes reais, incluindo muitos casos margináis, os quais nao caem nítidamente nalguma categoría conceptual. Foram já analisadas, na Parte Um deste manual, diferentes questoes conceptuáis em relacáo á qualidade de resposta nos inquéritos á máo-de-obra. Por exemplo, o Capítulo 2 referiu que, a compreensáo subjectiva dos inquiridos e dos entrevistadores, relativamente as nocoes de "trabalho" e "actividade", raramente será tao completa como a que é imaginada pelas definicoes do inquérito. Isto mostra a forma como as perguntas exploratorias, apoiadas numa lista detalhada de actividades, podem ter influencia na identificacáo completa das actividades económicas durante a entrevista. O Capítulo 2 também analisa as dificuldades da definicáo de condicáo perante o trabalho nos casos limite, isto é, casos em que uma ligeira alteracáo em uma, ou mais, das características da estrutura da máo-de-obra, implicará uma alteracáo na situacáo do inquirido relativamente á máo-de-obra. De forma semelhante, os Capítulos 3 e 4 analisaram, respectivamente, a forma como pode ser memorada a precisáo da informacáo sobre a actividade do momento, através da investigacáo dia-a-dia e a da actividade habitual, através da informacáo més-a-més, etc..

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Precisâo e avaliaçâo de dados

Os erros de resposta apareceräo também na aplicaçào do desenho, através de erros devidos ao inquirido, ao entrevistador ou a ambos. Urna fonte evidente é a da incapacidade dos inquiridos para fornecer a informaçâo necessária, porque podem, simplesmente, nunca ter tido conhecimento de certos factos; e, mesmo, quando possam ser teóricamente conhecidos, os inquiridos podem ser incapazes de recordar ou informar sobre eles, no momento da entrevista, especialmente se os factos nao sao particularmente importantes ou cruciais na sua mente. Os inquiridos podem também nao estar interessados em divulgar certa informaçâo (por exemplo, actividades que nao sao totalmente legáis ou que sao levadas a cabo por meios ilegais), ou declará-la, com verdade, por varias razöes. Urna fonte adicional de incerteza advem do facto que, em muitos inquéritos à mäo-de-obra, por razöes de economía, tem de ser tolerado um certo grau de resposta obtida de substitutos. Mesmo se as respostas do substituto näo afectam muito as distribuiçôes líquidas univariável obtidas, foi entendido que, para certas variáveis, elas podem traduzir-se em diferenças brutas muito mais significativas, distorcendo seriamente os quadros de resultados cruzados e a análise de dados (ver, por exemplo, Martin e Butcher, 1982). De forma semelhante, os entrevistadores podem também introduzir erros, através da sua má compreensäo e da aplicaçào errada dos conceitos e procedimentos, de concepçoes previas e enviesamentos subjectivos, de fainas no registe das respostas e, por vezes, de desonestidade.

Dada a diversidade e complexidade dos erros de resposta, urna estrategia adequada para a sua avaliaçâo e controlo requer concentraçâo e economía de esforços. O objectivo pratico deve ser o de tentar (a) identificar os tipos mais importantes e commis de erros encontrados numa situaçâo concreta e (b) detectar, com a maior precisâo possivel, as fontes e as causas específicas de onde derivam, para que os esforços e os recursos possam ser concentrados onde seja, provavelmente, mais efectiva, a melhoria da qualidade da resposta. Donde se deduz, que os erros de resposta devem ser avaliados e analisados no seu impacto sobre as estimativas do inquérito, ao nivel dos inquiridos e dos colaboradores no terreno considerados individualmente, assim como ao nivel agregado. A investigaçâo ao nivel individual pode ajudar na identificaçâo das fontes e circunstancias específicas que däo origem ao erro; a investigaçâo aos níveis mais agregados pode ajudar na identificaçâo da significancia do erro e do seu impacto nos resultados do inquérito.

Análise de erros ao nivel individual: o erro de resposta de um inquirido individual, refere-se ao desvio entre a resposta obtida e o valor real ou verdadeiro para o individuo. Este desvio pode tomar varias formas: falta de resposta à rúbrica, isto é, a falha na obtençâo de informaçâo sobre certas variáveis importantes; declaraçâo incorrecta de valores; omissäo de certas rúbricas ou acontecimentos; confusäo de datas nos assuntos e acontecimentos declarados, etc..

Urna estrategia eficaz para obter informaçâo útil sobre o tipo, fonte e frequência dos erros de resposta (e de processamento) que afectam a qualidade das estimativas fináis do inquérito, consiste em identificar e examinar os registos individuáis onde podem ter ocorrido os erros. Tais casos podem ser identificados com base em certas condiçôes pré-especificadas, tais como falhas de validaçâo ou a presença de códigos e combinaçoes de características pouco habituais ou pouco verosímeis. Os correspondentes questionários de inquérito ou documentes fonte podem entâo ser examinados, a fim de identificar se o possivel erro resultou de urna falha de processamento (codificaçâo, captura de dados, etc.) ou se surgiu durante a recolha de dados. Seja quai for o motivo, o objectivo é o de estudar o caso individual, numa tentativa de identificar onde, e como, teve origem o erro. Geralmente, nao constituí primeiro objectivo de urna investigaçâo destas, a obtençâo de medidas quantitativas da qualidade dos dados agregados, tais como a vanância ou o enviesamento.

Enviesamento da resposta No seu impacto sobre as estimativas de inquéritos ao nivel agregado, é útil distinguir entre o

enviesamento e as componentes variáveis dos erros de resposta. Tal distinçâo resulta de algumas diferenças fundamentáis nos métodos de avaliaçâo e controlo nos dois casos. Como se descreveu na Secçâo 1, os enviesamentos sao erros sistemáticos que surgem como consequência das condiçôes gérais em que é realizado o inquérito. Geralmente, o enviesamento pode ser avahado, apenas com base em comparacöes com a informaçâo e relaçôes obtidas de fontes e procedimentos

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Inquéritos de populacao activa

estranhos ao inquérito propriamente dito. Num inquérito continuo á máo-de-obra, por exemplo, onde o desenho e os procedimentos mais ou menos normalisados, se mantem de um ciclo para o seguinte, sao essencialmente os mesmos, os enviesamentos de resposta que podem afectar os resultados de todos os ciclos. Por conseguinte, tais enviesamentos podem continuar a nao ser detectados, a menos que os resultados sejam validados através de comparacóes externas.

O primeiro passo na identificacáo de enviesamentos, supóe a análise lógica e substancial da consistencia e das relacoes dos dados, comparando-os com padróes externos e com os conhecimentos já existentes sobre o assunto. Para além disso, a magnitude dos enviesamentos requer a comparacáo dos resultados do inquérito com informacáo algo mais precisa. Esta última pode estar disponível a partir de alguma fonte externa, fiável e independente, ou pode ser obtida através de operacóes especiáis de recolha de dados. Como se verá mais adiante, existem varias possibilidades em relacáo a estas operacóes.

Repetícao de entrevistas empreñando procedimentos similares, mas melhorados Trata-se essencialmente de recolher a mesma informacáo do inquérito original utilisando

procedimentos semelhantes, mas melhorados. Entende-se por procedimentos "semelhantes", que a fonte de informacáo é do mesmo tipo da do inquérito original: ou exactamente o mesmo inquirido, ou, quando é permitida a entrevista a um substituto, algum outro membro do agregado familiar do inquirido original. Da mesma forma, as entrevistas sao baseadas no mesmo questionário usado no inquérito original, embora possam ser complementadas por perguntas adicionáis, ou mais perguntas exploratorias sobre certas rúbricas. Os procedimentos podem ser melhorados, por exemplo, utilisando entrevistadores com mais experiencia e melhor formacáo, por urna supervisáo e controlo mais aperlados, pelo acréscimo de perguntas, eventualmente do tipo exploratorio, e por continuar a aprofundar as rúbricas onde se suspeita a existencia de erros, ou onde os mesmos foram detectados.

O modelo básico (método (1)) consiste em realizar duas entrevistas a urna subamostra, algum tempo depois da entrevista original. Baseia-se na realizacáo de (a) urna nova entrevista, que é urna réplica independente da entrevista original, seguida por (b) urna terceira entrevista de conciliacao, em que se identificam e analisam as discrepancias entre as duas primeiras entrevistas, com o objectivo de estabelecer respostas correctas e a fonte e circunstancias do erro, ou erros, efectuados anteriormente. A entrevista de conciliacao é necessária apenas, nos casos em que as duas primeiras entrevistas nao sao concordantes e, claramente, deve utilisar métodos melhorados e mais intensivos. O objectivo da nova entrevista é o de fornecer informacáo sobre a variáncia da resposta (conforme se analisará na seccáo seguinte); elas também ajudam a identificar casos discrepantes com vista ao seu acompanhamento, reduzindo assim a dimensáo da operacao de conciliacao, que é a mais dispendiosa. O objectivo da conciliacao é o de estabelecer valores verdadeiros, em comparacáo com os quais os enviesamentos de resposta possam ser medidos, e para investigar as razóes das discrepancias observadas ao nivel individual(micro).

A vantagem potencial deste modelo é a sua capacidade para investigar fontes de erros de resposta ao nivel individual e para fornecer medidas de variáncia de resposta, bem como dos enviesamentos. Como possíveis problemas, incluem-se o custo relativamente alto, derivado da organizacáo das duas operacóes adicionáis de repeticáo independente de entrevistas, com urna entrevista mais intensa de conciliacao; as difículdades em encontrar entrevistadores qualificados para efectuar a entrevista de conciliacao; e as difículdades práticas em assegurar que as novas entrevistas sao de facto independentes da entrevista original e que sao realizadas, na sua esséncia, segundo as mesmas condicóes. Além disso, o método nao pode ter em conta casos em que, tanto a entrevista original, como as de repeticáo, incorram no mesmo erro, já que em tais casos nao surge qualquer discrepancia para ser investigada e conciliada posteriormente.

Podem ser esbocadas algumas variantes deste modelo básico. Urna possibilidade (método (2)) consiste em reter o mesmo modelo básico (novas entrevistas independentes), combinando as entrevistas de repeticáo e de conciliacao mima única operacáo, para poupar custos (e tempo). Este procedimento é o seguido, por exemplo, no programa de repeticáo de entrevistas no Inquérito á Populacao Actual dos Estados Unidos (ver Estados Unidos, 1978). O perigo deste

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Precisad e avaliacao de dados

método reside em que, o conhecimento de que se realizará urna comparacáo a seguir, pode enviesar a própria repeticáo da entrevista; os entrevistadores também podem ter urna tendencia para "corrigir" a nova entrevista, com base na conciliacáo subsequente. Para reduzir estes problemas, podem tomar-se dois tipos de medidas (ibid., p. 31): (a) os inquiridores que realizam as novas entrevistas abstém-se de consultar os registos que contém as respostas origináis, até que tenham concluido a nova entrevista, e sao instruidos para nao fazerem quaisquer alteracoes no questionário da entrevista repetida, em funcáo da informacao obtida durante a conciliacáo; e (b) urna certa proporcáo de novas entrevistas nao sao conciliadas. De acordó com o desenho, é suposto que o novo entrevistador nao sabe se é necessária, ou nao, a conciliacáo para urna unidade concreta, até que a repeticáo da entrevista esteja concluida para essa unidade. Na realidade, ao longo de um período de tempo, a proporcáo de entrevistas conciliadas no Inquérito á Populacáo Actual foi aumentada até 80 por cento, devido a valiosa informacao que produz sobre enviesamentos e fontes de erro. No Inquérito á Máo-de-Obra do Canadá, é seguido um desenho semelhante, onde metade das entrevistas repetidas sao escolhidas aleatoriamente e sao conciliadas (pelo mesmo entrevistador), enquanto a outra metade nao é conciliada (Canadá. 1976, p. 84). A acumulacáo de dados de ambas as partes da amostra, permite o estudo dos aspectos gerais do erro de resposta. A variáncia de resposta simples pode ser estimada a partir da parte nao conciliada, segundo a hipótese de que o inquérito foi repetido de acordó com as mesmas condicoes, e o enviesamento da resposta pode ser estimado a partir da parte conciliada, de acordó com a hipótese que, depois da conciliacáo, foram obtidas respostas "verdadeiras". É possível, de igual modo, estudar os aspectos gerais do rendimento dos entrevistadores, analisando os resultados de acordó com as características dos mesmos.

Em outra variante (método (3)), a tentativa de obter novas entrevistas independentes é abandonada. Sao realizadas apenas duas entrevistas. Durante a segunda entrevista, o entrevistador tem diante dele(a) as respostas do entrevistado dadas na entrevista original. Se as respostas ñas duas entrevistas nao sao concordantes, o entrevistador tenta ¿mediatamente, e com o maior tacto possível, encontrar a razáo para o desacordó e registar entáo a resposta correcta. Com frequéncia, sao utilizados procedimentos melhorados (por exemplo, perguntas adicionáis, exploratorias ou nao) durante a segunda entrevista, para aumentar a sua eficiencia na identificacáo de erros. As desvantagens deste método sao: (a) a sua incapacidade de medir a variáncia da resposta; e (b) o facto de que se requerem entrevistadores especialmente qualificados, capazes de conciliar as diferencas e encontrar as verdadeiras respostas, para toda a amostra das entrevistas repetidas e nao só para aquela parte onde é necessária a conciliacáo, como ñas variantes anteriores. As vantagens desta variante sao: (a) a economía, já que se necessita apenas de duas entrevistas em vez de tres; (b) urna concentracáo mais nítida na investigacáo dos enviesamentos e das fontes específicas de erros; e (c) a menor probabilidade de que, tanto a entrevista original, como as repeticoes, incorram exactamente no mesmo erro, o qual permanecerá sem ser detectado, nem contabilizado. Urna ilustracáo deste desenho é fornecida pelo inquérito repetido, que se leva a cabo a seguir a cada ciclo do Inquérito á Máo-de-Obra da Suécia (Suécia, 1980b).

Outra opcáo consiste em manter as entrevistas repetidas independentes, mas abandonando a parte de conciliacáo (método (4)). As entrevistas repetidas independentes podem ser ou: (a) realizadas ñas mesmas condicoes essenciais que as entrevistas origináis, de forma que constituam repeticoes aceitáveis das mesmas; ou (b) realizadas independentemente, mas utilisando métodos

• melhorados. No primeiro caso, o desenho medirá apenas a variáncia da resposta simples, mas nao os enviesamentos; do mesmo modo, as discrepancias entre a entrevista original e as repeticoes,

• nao identificaráo onde reside o erro e, assim, a sua possível fonte. Como se referiu anteriormente, esta alternativa é seguida de urna parte (a nao conciliada) da amostra que deve ser novamente entrevistada, como acontece por exemplo no Inquérito á Populacáo Actual nos Estados Unidos e no Inquérito á Máo-de-Obra do Canadá. A segunda alternativa tem por objectivo medir os enviesamentos, na medida em que pressupoe que a entrevista repetida obtem os valores verdadeiros. A independencia da entrevista nao é, em absoluto, urna necessidade teórica para esta finalidade, mas é considerada desejável, dada a hipótese de as entrevistas repetidas dependentes

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Inquéritos de populaçâo activa

poderem softer, provavelmente, de enviesamentos sistemáticos na identificaçào de casos com erros de resposta.

Na realidade, as varias opçôes descritas anteriormente, diferem nas suas hipóteses relativamente à natureza do processo de entrevista original-entrevista repetida. Ao contrario do método (3), os métodos (2) e (4) supöem que os erros sao identificados com maior eficacia através entrevistas repetidas independentes. Contudo, no que respeita à conciliaçào e à determinaçào de valores verdadeiros, o método (2), da mesma maneira que o método (3), pressupöe que isto é efectuado mais eficazmente, seguindo de perto os casos conhecidos de discrepancia; enquanto o método (4) assume que os valores reais podem ser estabelecidos através de entrevistas repetidas independentes com métodos melhorados e, para além disso, que este procedimento é menos propenso ao enviesamento do entrevistador do que a conciliaçào dependente. Näo se dispöe de argumentos suficientes para recomendar definitivamente qualquer um destes pontos de vista. É interessante referir que no Inquérito à Mäo-de-Obra da Suécia, ambos os métodos (3) e (4) säo utilisados, com resultados muito semelhantes (Suécia, 1980b).

Comparaçoes entre as investigates que utilisant diferentes metodologias Algumas vezes é possível recolher a mesma informaçâo utilisando diferentes métodos,

períodos de referencia e perguntas distintas, tipos de inquiridos e fontes de informaçâo diferentes, diferentes modos de recolha de dados, etc.. Se os resultados com dois métodos distintos diferem muito entre si, podem colocar-se dúvidas sobre a validade de um, ou do outro, método, ou de ambos. Se um dos métodos é conhecido a priori como superior, entâo tal comparaçâo pode pelo menos fornecer urna indicaçâo do enviesamento no método inferior (mas normalmente com menores cusios). De forma semelhante, é muito útil que a direcçào do enviesamento seja conhecida. Por exemplo, se se espera que os resultados do inquérito para urna determinada variável estào subestimados devido a erros de omissäo, entâo um procedimento (digamos, utilisando a recordaçâo dia-a-dia ao longo da semana de referencia) que de valores mais elevados da estimativa, pode ser considerado como menos enviesado, do que outro procedimento (digamos, utilisando urna única recordaçâo para toda a semana) que dá um valor mais baixo. Por exemplo, Niemi (1983) analisa enviesamentos em dados declarados sobre horas trabalhadas no Inquérito à Mäo-de-Obra da Finlandia, comparando-os com os resultados de um intensivo acompanhamento de urna subamostra com o método de utilizaçâo do tempo, isto é, usando diarios detalhados, actualizados pelos inquiridos. Este último, embora nao esteja desprovido de erros, pode ser considerado mais preciso. Assim, a comparaçâo entre os dois, fornece urna indicaçâo do enviesamento envolvido no inquérito normal à mâo-de-obra. De forma semelhante, Mellow e Sider (1983) analisam as respostas a perguntas sobre a actividade, profissâo, situaçâo sindical, horas trabalhadas e salarios, com base na comparaçâo da informaçâo fornecida pelos próprios trabalhadores, com a que foi dada sobre os mesmos, pelos empregadores, num suplemento especial ao Inquérito à Populaçâo Actual dos Estados Unidos.

Variando da resposta A variância da resposta resulta de factores transitorios ou aleatorios que afectam as

respostas individuáis (em contraste com os enviesamentos que afectam, de forma mais ou menos sistemática, todas as pessoas que respondem). Se fosse possível repetir um inquérito de acordó com os mesmos procedimentos e outras condiçôes essenciais, os resultados difeririam de urna repetiçâo para outra, aínda que a amostra fosse a mesma. A variância da resposta é urna medida desta variabilidade.

É possível distinguir duas componentes do erro variável: a variância de resposta simples e a variância de resposta correlacionada. Esta distinçâo é útil e importante, porque as duas componentes diferem quanto à natureza e métodos de avaliacäo. Em termos algo simplificados, estes conceitos podem ser descritos da forma seguinte.

Cada entrevistador (e de maneira semelhante, cada supervisor, codificador ou outro colaborador do inquérito) pode ter o seu proprio enviesamento, o qual afecta todos os inquiridos que formam a sua carga de trabalho. Nao importa se o enviesamento surge em consequência de

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Precisáo e avalia^ao de dados

erros ou deriva da ignorancia dos entrevistadores ou dos inquiridos. Alguns dos enviesamentos podem ser normáis ao trabalho de todos os entrevistadores, dadas as condicóes gerais de inquérito e tipos de entrevistadores envolvidos. Isto corresponde ao enviesamento da resposta analisado anteriormente. Contudo, na medida em que os colaboradores individuáis do inquérito exercem efeitos medios diferentes sobre as respectivas cargas de trabalho, eles introduzem erros que estáo correlacionados, dentro dessas cargas. A variáncia de resposta correlacionada, é urna medida da variabilidade introduzida por este efeito. Além dos erros correlacionados, resultantes de efeitos medios diferenciados de colaboradores individuáis do inquérito, existem também factores de acaso que introduzem erros aleatorios ñas respostas obtidas, independentemente dos entrevistadores individuáis envolvidos. A variáncia de resposta simples é urna medida desta variabilidade aleatoria (ver Hansen e outros, 1961; Kish, 1962).

Variáncia de resposta simples A variáncia de resposta simples é um indicador da instabilidade inerente (diñculdade em

obter réplicas iguais) as respostas obtidas. Pode ser útil, para avahar o funcionamento de rúbricas concretas no questionário. Se a variáncia de resposta simples de urna rubrica concreta é grande, isso significará que a rúbrica em questao está a fornecer informacáo muito pouco fiável, talvez devido a alguns problemas no seu conteúdo, conceptualizacáo ou especificacáo no questionário.

A medicáo da variáncia de resposta simples necessita de repetiqoes independentes na recolha de dados do inquérito, ñas mesmas condicóes gerais. Nao existe nenhum método que, num inquérito único, consiga distinguir entre a variacáo correspondente aos valores verdadeiros dos individuos na populacáo (de onde surge o erro de amostragem) e a sua variabilidade adicional, proveniente de factores aleatorios que afectam as respostas individuáis (o que dá lugar á variáncia da resposta simples). De facto, os procedimentos habituáis para estimar o erro de amostragem incluem, automáticamente, o efeito total da variáncia de resposta simples. Ambos estes componentes da variáncia diminuem de igual forma, com o aumento da dimensáo da amostra.

A estimativa separada da variáncia de resposta simples requer um inquérito com entrevistas repetidas. As repeticóes das entrevistas devem ser levadas a cabo independentemente do inquérito original, mas segundo as mesmas condicóes e utilisando os mesmos métodos. Na prática, é difícil satisfazer exactamente estas condicóes.

Podem ser construidas varias medidas sintéticas da variáncia de resposta simples. Urna dessas medidas é o "índice de inconsistencia", definido como o rácio entre a variáncia de resposta simples e a variáncia dos elementos de amostragem; este índice mede a proporcáo do aumento da variáncia dos elementos que foi causada pela instabilidade aleatoria ñas respostas obtidas. A medida é da maior utilidade para os quadros de resultados do tipo 2x2, sobre a comparacáo entre a entrevista e a sua repeticáo mima variável dicotómica. O Quadro 22 ilustra a maneira como o índice de inconsistencia e algumas outras medidas simples sao calculadas, num quadro de resultados desse género.

QUADRO 22 Cálculo do índice de inconsistencia de um inquérito com entrevistas repetidas

CondifSo perante a máo-de-obra Cóndilo no inquérito de repetido Total no inquérito original

Na mao-de- Fora da mao-de-obra obra

Na mao-de-obra a b a + b Fora da máo-de-obra c d c + d

Total a + c b + d n = (a + b + c + d)

a+c a+b c-b Taxa de diferenca líquida, e = =

n n . n

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Inquéritos de populado activa

c + b Taxa de diferen9a bruta, g =

n ( c + b\ \a +

, „ . . .„ , v z J Proporcáo media, no mquento, dos que tem a característica especificada, p =

n g

índice de inconsistencia, I = —-, r Zp[\-p)

Nota: De a a d sao as frequéncias observadas ñas células de um quadro combinado de resultados (2x2) das entrevistas/repeticao de entrevistas

As medidas de tipo sintético, tais como o índice de inconsistencia, nao sao tao úteis ou ilustrativas quando se trata de variáveis de categorías múltiplas. Nesse caso, é preferível examinar o quadro cruzado completo das respostas correspondentes a entrevista original e á repetida, para identificar as categorías que possam ser particularmente susceptíveis á variabilidade de resposta. Exemplos de tais quadros cruzados de dados do inquérito á máo-de-obra, sao os quadros combinados entrevista original-entrevista repetida, por condicáo perante o trabalho, actividade principal durante o período de referencia, profissáo e agrupamentos segundo o número de horas trabalhadas.

Variáncia de resposta correlacionada Como se referiu anteriormente, a variáncia de resposta correlacionada (ou variáncia do

entrevistador) provem dos efeitos diferenciáis dos entrevistadores ñas suas cargas de trabalho. Indica a falta de uniformidade e de normalizacáo no trabalho dos entrevistadores. Valores altos da variáncia da resposta correlacionada, podem indicar a necessidade de melhor formacáo e supervisáo do trabalho no terreno. A sua magnitude depende também, de forma inversa, do número de entrevistadores envolvidos no inquérito, tal como a magnitude do erro de amostragem depende do número de agregados da amostra.

Por conseguinte, é importante estar consciente que, exactamente como os erros de amostragem podem ser bastante grandes, para estimativas baseadas num pequeño número de unidades primarias de amostragem, o efeito da variáncia do entrevistador pode ser grande, no caso das estimativas baseadas no trabalho de um pequeño número de entrevistadores. Esta é urna consideracáo importante, para decidir se um inquérito está adequadamente desenliado para produzir estimativas de subconjuntos nacionais, como por exemplo, regioes ou provincias.Se os entrevistadores nao tém urna formacáo e supervisáo uniformes, a variáncia do entrevistador pode submergir o efeito de outras fontes de erro em estimativas de subconjuntos nacionais, cada um deles baseado num pequeño número de entrevistadores, aínda que este problema possa ser inexistente a nivel nacional (Nacoes Unidas, 1982, pp. 156-157). Assim, teóricamente, a carga das entrevistas deve ser repartida por tantos entrevistadores quanto possível. Na prática, os custos de recrutamento de entrevistadores, bem assim como a sua formacáo, supervisáo e deslocacóes, tém de ser equilibrados com a possibilidade de urna maior precisáo. Para além do mais, a capacidade de um organismo estatístico pode ser limitada, no sentido de proporcionar urna boa formacáo e assegurar urna adequada supervisáo. Um número demasiado grande de inquiridores no terreno, pode ter como resultado um trabalho de escassa qualidade, advindo daí maiores enviesamentos de entrevistador o que pode anular, ou mesmo inverter, qualquer incremento na eficiencia devido a reducáo da carga de trabalho. Contudo, deve ser evitada a situacáo extrema de utilizar muito poucos entrevistadores em inquéritos de grande dimensáo. Note-se que estas consideracoes sao muito semelhantes áquelas que estáo ligadas á determinacáo dos agrupamentos da amostra num desenho multi-etápico.

A medicáo da variáncia de resposta correlacionada requer comparacSes entre réplicas ou amostras interpenetrantes adequadamente desenliadas, isto é, entre diferentes partes da amostra, cada urna délas reflectindo o trabalho de um entrevistador e produzindo urna estimativa válida

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Precisáo e avaliacáo de dados

por si própria. Constitui requisito básico, um determinado grau de aleatoríedade na distribuicáo das unidades da amostra pelos entrevistadores individuáis. Em certo sentido, os entrevistadores impóem a sua própria agregado na amostra de observacóes, devido aos seus enviesamentos individuáis. Na medida em que estes agregados coincidem com os agrupamentos geográficos da própria amostra (como será o caso, por exemplo, se forem utilisados os inquiridores fixos, um por cada agregado da amostra), a estimativa habitual do erro de amostragem incluirá, automáticamente, a contribuicáo dos erros de resposta correlacionados. Por outro lado, se se toma aleatoria a distribuicáo das entrevistas, dentro e entre os agregados da amostra, o efeito correlacionado de resposta nao é incluido no cálculo normal do erro de amostragem, mas pode ser estimado separadamente, por um processo semelhante, tomando as cargas de trabalho dos entrevistadores individuáis como "seleccóes primarias".

De facto, o mesmo método aplica-se aos efeitos correlacionados dos supervisores, pessoal de validacáo e codificadores, etc.. Ao avaliar urna componente particular de erro correlacionado, poderá existir urna sobreestimacáo, na medida em que outras fontes de erro correlacionado nao sao aleatoriezadas, e dessa maneira confundidas, com a componente que está a ser medida. Um desenho completo pode apelar para urna seleccáo aleatoria simples, com um mesmo número de entrevistas atribuidas a cada entrevistado^ sendo organizada num desenho ortogonal a atríbuicáo de trabalho aos supervisores, pessoal de validacáo e codificadores, para que permita a estimacáo separada destes efeitos. Contudo, a atríbuicáo aleatoria das cargas de trabalho aumenta os custos do inquérito e, muitas vezes, só é exequível até certo ponto. Felizmente, podem normalmente ser obtidos resultados úteis sobre erros correlacionados, mesmo quando a aleatoríedade na distribuicáo das cargas de trabalho nao é completa (Kish, 1962).

6. Erros de processamento Os erros também surgem ñas varias etapas das operacóes de processamento de dados:

codificacáo, introducáo de dados, validacáo, imputacáo, preparacáo de resultados, etc., Esta seccáo analisa a avaliacáo de algumas medidas de erro, dedicando urna atencáo especial para os erros de codificacáo.

Avaliacáo dos erros de codificacáo A codificacáo é a operacáo em que os dados dos questionários passam a um formato

adequado, que permite a posterior operacáo de gravacáo de dados por processo ínformatizado. As tarefas de codificacáo podem variar bastante em complexidade, desde a conversáo de descricoes verbais complexas em códigos numéricos, requerendo urna experiencia e um bom senso, até á simples transcricáo dos valores numéricos existentes, em quadrículas de codificacáo previstas para o efeito.

Os erros de codificacáo podem ser classificados da mesma forma, que os erros de resposta analisados na seccáo anterior. Os erros sistemáticos que afectam o trabalho medio de todos os codificadores sao enviesamentos. Estes podem ser causados, por exemplo, por alguma falha no desenho do sistema ou nos procedimentos de codificacáo. Cada codificador individual exerce também a sua própria influencia sobre os resultados. Este efeito diferencial dos codificadores individuáis dá origem á variáncia de codificacáo correlacionada (ou simplesmente "variáncia de codificador"). Existem também erros aleatorios na codificacáo das respostas, nao correlacionados com a carga de trabalho de um codificador concreto: estes dáo origem á variáncia de codificacáo simples.

Urna variedade de factores pode influenciar o ámbito dos erros de codificacáo. A parte a natureza da rúbrica a ser codificada, o desenho de questionário constitui um determinante principal, como no caso, por exemplo, da utilizacáo de perguntas abertas ou de perguntas fechadas e, também, no formato dos esquemas de codificacáo do questionário. Outro importante factor é a forma como é organizada e controlada a operacáo de codificacáo, isto é, se é centralizada no escritorio ou descentralizada no terreno. Urna operacáo de codificacáo no escritorio, centralizada e controlada mais de perto, pode ter um certo número de vantagens: menor variabilidade; possibilidade de desenvolvimento de urna estrutura de codificacáo mais

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Inquéritos de populado activa

adequada, com base num conjunto mais completo de respostas; e melhores condic5es para repetir, verificar e controlar o trabalho. Por outro lado, a codificacáo descentralizada no terreno tem a vantagem da sua economía e rapidez. De forma semelhante, o perfil e extensáo dos erros pode variar entre a codificacáo feita por codificadores com formacáo, por entrevistadores, ou pelos próprios inquiridos ou seus substitutos. Pode variar também em funcáo do tipo de variável e categoría investigadas, pela ordem de apresentacáo das categorías, pelas características sociais e demográficas dos inquiridos, etc. Existe urna extensa literatura acerca da investigacáo dos erros de codificacáo, embora normalmente se refira a contextos específicos baseados em experiencias dos países estatisticamente desenvolvidos. Entre essa literatura devem ser recomendados dois estudos em particular: Jabine e Tepping (1973) e Lyberg (1982). Ambos se centram na codificacáo de dados de profissáo e de actividade, que talvez representem as rúbricas mais importantes e difíceis (e muitas vezes as únicas) a ser codificadas em inquéritos a máo-de-obra.

A qualidade da codificacáo pode ser avahada com base em: (a) controlo sobre a qualidade de informacáo recolhida, como parte das operacoes normáis de codificacáo; (b) análises dos resultados da atribuicáo aleatoria das cargas de trabalho aos codificadores; e (c) comparacáo com a recodificacáo realizada como operacáo especial, normalmente com base numa amostra.

A distribuicáo aleatoria (b) tem como objectivo a medicáo da variáncia correlacionada. O procedimento é semelhante ao analisado anteriormente, para o estudo da variáncia do entrevistados A principal diferenca consiste em que, a distribuicáo aleatoria das cargas de trabalho pelos codificadores é muito mais fácil, do que no caso da reparticáo aleatoria da carga de trabalho dos entrevistadores e, normalmente, nao apresenta grandes restriccoes operacionais ou aumentos de custos.

O objectivo do exercício de recodificacáo (c) é o de identificar os erros (e as suas causas) ao nivel individual, e avahar os enviesamentos bem como os erros variáveis. Tal como no estudo dos erros de resposta, a recodificacáo pode ser independente ou dependente, e pode ser levada a cabo ñas mesmas condicóes básicas que a codificacáo original, ou com procedimentos me Inorados. As varias alternativas analisadas na seccáo anterior, aplicam-se aqui da mesma forma.

No que respeita as operacoes de controlo de qualidade (a), podem ser mantidos registos detalhados de medidas, tais como taxas de erro de entrada e de saida, taxa global de verificacao, proporcáo de lotes recusados, etc.. Estes podem ser classificados por codificador individual e comparados ao longo do tempo, em inquéritos continuos. Deve ser prestada atencáo especial as rúbricas de que se conhece a dificuldade de codificacáo, tais como a profissáo e a actividade. As medidas referidas anteriormente, sao descritas a seguir.

Urna forma simples de organizar a operacáo de controlo de codificacáo e de qualidade é a seguinte. Os documentos a ser codificados sao divididos em lotes. Dependendo dos requisitos do controlo de qualidade, é verificado um certo número de registos em cada lote. Se o número de erros encontrados num lote, nao excede um limite preestabelecido, entáo o lote é aceite. Caso contrario, é "rejeitado", isto é, verificado a 100 por cento. (1) A taxa de erro de entrada é a proporcáo estimada de casos que continham erros depois da

operacáo inicial de codificacáo, na ausencia de medidas de controlo de qualidade (verificacao). Em cada lote verificado com base numa amostra, o número total de erros pode ser estimado como:

numero de erros encontrados na amostra verificada taxa de amostragem aplicada ao lote para verificacao

A isto pode ser acrescentado o número de casos com erro, encontrados em lotes verificados a 100 por cento, para obter urna estimativa do número total de casos com erro. Este valor, dividido pelo número total de registos (ou rubricas) que foram codificados, dá a taxa de erro de entrada.

(2) A taxa de erro de saída é a proporcáo estimada de casos que contem erros, depois de terem sido corrigidos os erros identificados durante a verificacao do controlo de qualidade. É pressuposto que nao permanecen! quaisquer erros ñas amostras ou em lotes verificados a 100

350

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Precisáo e avaliacáo de dados

por cento. O número de erros na parte nao verificada de qualquer lote é obtido multiplicando o número total de casos nessa parte pelo rácio:

numero de erros encontrados na parte verificada do lote

numero total de casos, na amostra verificada do lote

O cálculo anterior, acumulado para todos os lotes (da amostra verificada), dá urna estimativa do número total de códigos que aínda permanecem com erro; dividido pelo número total de casos a ser processados, dá a taxa de qualidade de saída. A comparacáo das taxas de entrada e de saída, proporciona urna indicacáo do impacto directo das medidas de controlo de qualidade na reducáo das taxas de erro. Observando a taxa de erro de saída, obtem-se urna indicacáo do grau com que os erros resultantes estáo a ser controlados. Essa observacáo pode ser comparada com um "limite medio da taxa de erro de saída"; a ideia é a de que, quando a taxa global de erro excede este limite, existe urna necessidade de melhorar a formacáo e supervisáo dos codificadores, bem como dos métodos de codificacáo e dos procedimentos do controlo de qualidade.

(3) Dois indicadores de interesse operacional sao a taxa de verificacáo global e a taxa de rejeicáo de lotes. A taxa de verificacáo global é o número total de casos verificados (soma da amostra verificada e dos conjuntos verificados a 100 por cento), como proporcáo do número total de casos a serem processados. E evidente que, este indicador, afecta o custo de verificacáo e a qualidade das saídas. A taxa de rejeicáo de lotes é simplesmente a proporcáo de lotes rejeitados e sujeitos a urna verificacáo de 100 por cento. Taxas elevadas indicaráo urna fraca qualidade da operacáo inicial de codificacáo e/ou criterios de controlo de qualidade demasiado restritivos. Em conclusáo, vale a pena insistir de novo no facto de que, nos inquéritos á máo-de-obra, se

deverá precodificar tantas perguntas quanto possivel, a fim de reduzir os custos e erros de codificacáo.

Gravagao de dados Esta denominacáo refere-se á operacáo de conversáo dos dados registados ou codificados em formularios, num formato que possa ser lido pelo computador. Nalguns países mais avancados, os formularios de inquéritos e de recenseamentos sao lidos directamente por marcas ópticas ou reconhecimento de caracteres. Com este método, a principal fonte de erros na introducáo de dados está ñas falhas da leitura determinadas pela qualidade dos documentos de entrada e do equipamento. Para urna descricáo deste procedimento e do seu controlo de qualidade, ver, por exemplo, Estados Unidos, 1978, pp. 37-52. A entrada de dados feita por um operador é ainda, em grande parte, o método mais utilizado. Os procedimentos para avaliar a qualidade da introducáo de dados feita por operador sao muito semelhantes aos descritos anteriormente em relacáo á codificacáo manual.

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351

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Inquéritos de populado activa

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352

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Apéndices 5 a 13

Extractos de questionários de inquéritos nacionais á máo-de-obra

Apéndice 5 (pp. 357 - 358) Canadá: Labour Forcé Survey, Janeiro 1989 (mensal)

Apéndice 6 (pp. 359 - 362) Estados Unidos: Current Population Survey, Janeiro 1989 (mensal)

Apéndice 7 (pp. 363 - 367) Irlanda: Labour Forcé Survey, 1989 (anual)

Apéndice 8 (pp. 368 - 369) Costa Rica: Encuesta de Hogares de Propósitos Múltiples, Módulo de Empleo, 1987

(anual)

Apéndice 9 (pp. 370 - 371) Equador: Encuesta Periódica sobre Empleo, Desempleo y Subempleo en el área urbana

del Ecuador, 1988 (anual)

Apéndice 10 (pp. 372 - 381) Ruanda: Enquéte Nationale sur PEmploi, 1988 (quinquenal)

Apéndice 11 (pp. 382-383) Zimbabwe: Labour Forcé Survey, 1986

Apéndice 12 (pp. 384 - 388) Paquistáo: Labour Forcé Survey, 1988 (anual)

Apéndice 13 (pp. 389-396) Sri Lanka: Labour Forcé and Socio Economic Survey, 1985/86 (quinquenal)

355

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Estatisticas do Canadá Documento N° 2I I I I I I Pág. HRD - Linha N"

QUESTIONÁRIO DO INQUÉRITO À MÂO-DE-OBRA

Data do Inquérito 3 1 | |/| | | Declaraçâo N° 4 Mill

Primeiro Nome Apelido

7

Conteúdo Confidencial Apéndice 5

1 Formulario 05

10 Na semana anterior trabalhou num emprego ou negócio?(Independentemente do número de horas) n n

Sim 1 ^ Nao 2 ^ Passar a 30 Incapacidade permanente para trabalhar. O - Passar a 50

11 Teve mais do que um emprego ou negocio na semana anterior?

Sim 1, CL Näo 2 ~ Passar a 13

12 Resultou tal facto de urna mudança de empregador, na semana anterior?

Sim 1 _ Nao 2 _

13 Quantas horas trabalha por semana normalmente no seu

Principal emprego | | | Se total £ 30

Outros empregos | | | passar a 15

14Qual a razäo porque trabalha normalmente menos que 30 horas por semana?

lntroduzir código XL 15 Quantas horas de trabalho extraordinarias trabalhou na semana anterior? (Incluir tempo remunerado ou Se nenhumas nao cm tods es empregos) DU =00

16 Quantas horas esteve ausente ao trabalho por qualquer razäo, na semana anterior? (Feriados, ferias, doença, disputa laboral, etc.) (De todos os I I ] Se nenhumas = 00

empregos) passar 18

17 Qual a principal razäo para estar ausente ao trabalho? Introduz código f~l

18Quantas horas trabalhou efectivamente na se mana anterior?

Principal emprego | | | Outros empregos ¡ | ¡

19 Ñas últimas 4 semanas procurou ou tro emprego? I Sim O Näo D I

Passar a 72

30 Na semana anterior tinha um emprego ou negocio no qual näo trabalhou?

Sim H Passara33 Näo 2Ç\ ~~7

31 Na semana anterior obteve um emprego a iniciar no futuro? Sim \,

XL Näo 2^. Passar a 50

32 A contar do fim da semana anterior, ha quantas semanas começou a trabalhar no seu novo emprego? m Pasar »30

3 3 Porque esteve ausente ao trabalho na semana anterior? .

| | Se código = 6 passar a 32

34 Teve mais de um emprego ou negocio na semana anterior?

Sim LXL Näo 2_XL 35 Quantas horas por semana trabalha normalmente por semana no seu

Emprego principal I I I Se total

>30 Outros empregos | | | passar a 37

36 Qual a razäo porque trabalha normalmente

menos que 30 horas por semana?

1—I lntroduzir código

37Até ao fim da semana anterior, quantas semanas esteve ausente ao trabalho de forma continua?

38Recebeu algum ordenado ou salario do seu empregador por algum tempo de ausencia na semana anterior?

Sim 1 f») Näo 2 o

39Controlo do entrevistador Se código 5 em 33 1 0 passar a 56

Se outro código 2 Q passar a 40

40 Ñas últimas 4 semanas procurou ou tro emprego? I Sim O Näo O I

Passar a 72

Descriçâo do emprego ou negocio principal

72 Para quem trabalhou? (Nome do negocio, organismo govemamental ou pessoa) semalte racâoQ

73 Quando começou a trabalhar para este empregador? semalte I I |/| I I ou I I M I I radio n Mes Ano Mes Ano

Se mes desconhecido entrar. como mes

50 Já alguma vez trabalhou num emprego ou negocio?

Sim \ D Nao2 O Passar a 55

51 Quando deixou de trabalhar no último emprego ou negocio?

Sem altera cao p .

Se mes desconhecido entrar como mes

MI I I A| | | ou M| | | A| | |

52 Controlo do entrevistador (1) Se 51 anteriora... (2) Se 51 igual a ou

posterior LLL

O passar a 55

r\ passar a 53

53 Trabalhou normalmente 30 ou mais horas por semana?

A tempo A lempo completo /-\ parcial

;en!ar >30 horas semana <30 horas semana sema

54Qual a principal razäo porque deixou o emprego TntroHuyir CÓHÍPO f l

55Controlo do entrevistador Se incapacidade p/trabalhar em 10 O passa a 80

Noutro caso Q passa a 56

56 Nos anteriores 6 meses procurou emprego? Sim 1 Q_ Nao 2f\ Passar a 64

57 -Ñas anteriores 4 semanas o que fez para procu rar emprego? (Marcar todos os métodos declarados

Nada Q Passar a 62 Ñas anteriores 4 semanas fez mais alguma coisa para encontrar emprego? Marcar todos os meto dos declarados. Para cada método.perguntar

Quando terminou? p/ cada método

Método Wsemanas Contactou: utilizado passadas Centro de Emprego público | | | | | Centro de Emprego privado | | | | | Sindicato |_| |_ |_ | Empreqadores directamente |_| l _ l _ l Amigos ou familiares | ¡ | | ¡ Colocando ou respondendo

a anuncios |_| l _ l _ l Outros. especificar |_J l _ l _ i

58 Até ao fim da semana anterior, quantas semanas esteve à procura de emprego ? (Nao contando com as semanas em que trabalhou) | | |

59 Qual era a sua principal actividade antes de começar a procurar emprego? (por código)

60 Está à procura de emprego de duraçâo superior a 6 meses? Sim 1 rs Näo 2 r\

74 De que tipo de actividade. industria ou serviço se trata? (De descriçâo completa, p. ex. governo federal, industria de transportes, serviços florestais)

sem alte açâo Q

75A Que tipo de trabalho esteve a efectuar?(Dê descriçâo completa, p.ex empregado de escritorio, trabalhador numa fábrica, técnico florestal)

sem alte raçâo LJ

61 Está à procura de um emprego a tempo completo ou a tempo parcial?

Tempo completo *•>. Tempo parcial »•>. 30 ou mais horas *"•' menos de 30 horas*-' por semana por semana

passar para 63

62 Qual a principal razäo para näo procurar empre go na semana anterior? r~| (por código)

75B Neste trabalho, quais foram as suas actividades ou funçôes mais importantes? (De descriçâo completa p. ex.preencher documentos.secar vegetáis, inspeccionar florestas)

sem alte

63 fiouve alguma razäo para que näp pudesse aceitar um emprego na semana anterior? pôr

|~| código

içào LJ

76 Categoría de trabalhador Emprego principal sem alteraçâo r i

77 Outro emprego sem alteraçâo Q

64 Rubrica de controlo da entrevista Se "Näo"(nunca trabalhou)em 50 r\ passar a 80 Se círculo superior marcado em 52 Q passar a 80 Nnntro caso r"S nassar a 72

D ou

D ou

D D

80Na semana anterior estava a frequentar urna escola. colegio ou universidade S im f ) N ä p passar a 90

Notas

81.Fo¡ inscrito como estudante a tempo completo Q a tempo parcial Q

82.De que tipo de escola se trata? 1—1 inserir código

90N°pessoa fornecedora informaçâo última entrevista |_ |_ | nesta entrevista |_ |_ |

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Apéndice 5

Estatísticas do Canadá

FOLHA DE CÓDIGOS Questionário do Inquérito á Máo-de-Obra (Modelo 05)

14

36

1. Doenca ou incapacidade próprias 2. Responsabilidades pessoais ou familiares 3. Frequéncia escolar 4. Só conseguiu encontrar trabalho a tempo parcial 5. Deseja trabalho a tempo completo 6. Trabalho a tempo completo inferior a 30 horas por semana 0. Outros - Especificar em NOTAS

Í9 1. Atrabalhar 2. Tarefas domésticas 3. Frequéncia escolar 0. Outra - NAO especificar em Notas

1. Doenca ou incapacidade próprias 2. Responsabilidades pessoais ou familiares 3. Condicdes climatéricas 4. Problemas laborais(greve ou lockout)

- !_ 5. Layoflf, espera retomar emprego (Só trabalhadores 1 / remunerados)

6. Novo emprego iniciado durante a semana ou emprego terminado (nao espera voltar ao mesmo emprego)

7. Ferias 8. Feriado (legal ou religioso) 9. Trabalho com reducao de horario (por falta de materias

primas, manutencáo ou reparacáo de máquinas, etc.) 10. Outros - Especificar em NOTAS

62

1. Doenca ou incapacidade próprias 2. Responsabilidades pessoais ou familiares 3. Frequéncia escolar 4. Já nao está interessado em encontrar

emprego 5. Á espera de revocacáo (anterior emprego)

' 6. Encontrou novo emprego 7. Á espera de respostas de empregadores 8. Acredita que nao há emprego disponível

(na área ou adequado as qualificacoes) 9. Nao dá qualquer razao 0. Outra - Especificar em NOTAS

63

1 Doenca ou incapacidade próprias 2 Responsabilidades pessoais ou familiares (Incluí licenca por

parto) 3 Condicoes climatéricas

, 4 Disputa laboral (greve ou lockout) 3 3 ^ Layoff temporario e expectativa de retomar o posto de

trabalho (Só trabalhadores remunerados) 6 Novo emprego para iniciar no futuro 7 Ferias 8 Emprego sazona! (Exclusive trabalhadores remunerados) 0 Outra - Especificar em NOTAS

Sim, por causa de: 1. Doenca ou incapacidade próprias 2. Responsabilidades pessoais ou familiares 3. Frequéncia escolar 4. Já tem um emprego 0. Outra - Especificar em NOTAS

5. Nao (estava disponível para trabalhar)

76

77

54

1 Doenca ou incapacidade próprias 2 Responsabilidades pessoais ou familiares

Incluem: Casamento, gravidez, viagem, ferias, doenca de familiar, etc.

3. Frequéncia escolar 4. Deixar o emprgo sem razao especifica S Emprego perdido ou em situacao de layoff (Só trabalhadores

remunerados) Incluí: emprego sazonal, sistema de trabalho a pedido,

emprego temporario, demissao (despedimento), empresa mudou de local ou encerrou a actividade, condicdes económicas, etc.

6. Mudanca de residencia 7 Insatisfacao com o emprego

Incluí: Baixa remuneracao, horario reduzido, problemas de transportes, condicdes de trabalho, conflito com empregador ou colegas de trabalho, sem oportunidades de promocao, etc.

8. Reformado 0 Outra - Especificar em Notas

"No seu emprego principal foi um trabalhador remunerado, um trabalhador a título independente ou um trabalhador familiar nao remunerado?"

"No seu outro emprego foi um trabalhador remunerado, trabalhador a título independente ou um trabalhador familiar nao remunerado"

Trabalhou para outrem 1 trabalhador remunerado 2 trabalhador familiar nao remunerado

Trabalhou a título independente 3 Firma constituida como sociedade - Com

alguma remuneracao 4 Firma constituida como sociedade - Sem

remuneracao 5 Firma nao constituida como sociedade -

Com alguma remuneracao 6 Firma nao constituida como sociedade

(Incluí trabalhadores com emprego a título independente que nao possuem urna firma) - Sem remuneracao

82

1 Escola primaria ou secundaria 2 Colegio comunitario, colegio juvenil ou

CEGEP 3 Universidade 4 Outro - Especificar em NOTAS

358

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Apéndice 6

19 O que esteve a fazer na maior parte do tempo na semana anterior?

A trabalhar Tarefas domésticas H Frequéncia escolar

ou outra coisa qualquer?

A trabalhar (saltar para 20A) AT O

Com um emprego mas nao a trabalhar EM O

Á procura de emprego PE O

Tarefas domésticas D O

Frequéncia escolar FE O

Incapaz para trabalhar(Saltar para 24) I O

Reformado R O

Outra (Especificar) OT O

18 Linha número 20 Efectuou qualquer trabalho na SEMANA ANTERIOR, nao contando as tarefas da sua própria casa? (Note-se: se gere exploracáo agrícola ou firma próprías perguntar acerca de trabalho familiar nao remunerado)

Sim O N á o O (passar a 21)

20A. Quantas horas trabalhou na semana anterior em todos os empregos?

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

20C Trabalha normalmente 35 ou mais horas por semana neste emprego?

Sim O Q"a ' a razao porque trabalhou menos do que 35 horas na SEMANA ANTERIOR?

Nao O Qual a razao porque trabalha HABITUALMENTE menos do que 35 horas por semana?

(Marcar a razao a dequada)

Diminuicao do trabalho

Falta de materias primas ^

Reparacoes na fábrica ou maquinas O

Novo emprego iniciado durante a semana. O

Emprego terminado durante a semana. Q

Apenas conseguiu encontrar emprego a

tempo parcial '""'

Feriado (legal ou religioso) O

Disputa laboral O

Más condicóes climatéricas O

Doenca própria O

Em ferias O

Demasiado ocupado com as tarefas

domésticas, a frequéncia escolar, etc

Nao pretendeu emprego a tempo completo.... *-'

Emprego a tempo completo com menos

de 35 horas O

Outra razao (Especificar) Q

(Saltar para 23 e introduzir o emprego ocupado na semana anterior)

20B. RUBRICA DE CONTRO LO DO ENTREVISTA

DOR 49 O (Saltar para 30)

1-34 Q (Passar a 20C)

35-48 O (Passar a 20D) ~ ~ 7 tf

20D. Perdeu algum tempo ou esteve ausente algum tempo na SEMANA ANTERIOR

•por qualquer razao como doenca, feriado ou diminuicao do trabalho?

Sim (-) Quantas horas esteve ausente?

Nao,

U L U (Corrigir 20A se o tempo

perdido já nao tiver sido deduzido: se 20A vier abaixo de 35. corrigir 20B e preencher 20C)

2. 20E Trabalhou algumas horas extraordinarias

ou em mais do que um emprego na SEMANA ANTERIOR?

Sim

Náo

) Quantas horas extraordinarias trabalhou?

l i l i * (Corrigir 20A e 20B caso

necessário se as horas extraordinarias aínda nao estao incluidas e saltar para 23.)

(Saltar para 23)

21 (Se EM em 19. sallar para 21A) Teve um emprego ou negocio

do qual esteve temporariamente ausente ou em situacao de layofl na semana anterior? SimQ N3o O Passar a 22

21 Porque esteve trabalho na ANTERIOR?

Doenca própria..

ausente ao SEMANA

O Em ferias M

Mau tempo O

Disputa laboral O Novo emprego a iniciar dentro (Saltar 30dias O para22B

e22C2) Layofftemporário Menos de 30 dias) O

Layoff indefinido (30 dias ou mais ou nenhuma data definida para - . retorno) ^

Outra (Especificar)^-)

Saltar para 22C3

21B Recebeu ordenado ou salario por qualquer tempo de ausencia na SEMANA ANTERIOR?

Sim O

Nao O

21C Trabalha normalmente 35 ou mais horas por semana neste emprego?

Sim O •

Nao O ' (Saltar para 23 e introduzir emprego ocupado na semana anterior)

P ARA UTILIZACAO EXCLUSIVA DOS SERVICOS Actividade

0 0 0 1 1 1

8 8 9 9

Ref.

N/espec. (*)

Profissao 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

3 4 5 6 7 8 9

Ref.

N/espec. _Q_ 23. Descricáo do emprego ou actividade

23A. Para quem trabalhou? (Nome da empresa, organismo ou outro tipo empregador)

23 B. Qual o tipo de actividade? (Por exemplo: fabrico de aparelhos de radio e TV, comercio a retalho de sapatos, Ministerio do Emprego. farmacia)

23C. Que tipo de trabalho esteve a efectuar? (Por exemplo: engenheiro electrotécnico, responsável pelos stocks, responsável pelo armazém. dactilógrafa, agricultor)

23D. Quais eram as suas actividades ou funcSes mais importantes? (Por exemplo: daclilografar. actualizacao dos livros de conlabilidade, arquivos, vender carros, operar com máquina de impressao, acabamenlos em cimento)

359

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Apéndice 6

22D Tem estado á procura de emprego a tempo completo ou a tempo parcial ? Completo O Parcial O I

22E. Podia ter aceite um emprego na SEMANA ANTERIOR se lhe tivesse sido oferecido algum? Sim O Nao O Porqué?

22.(SePEem 19. saltar para 22A)

Esteve á procura de emprego durante

as últimas 4 semanas? »

S imf) N a o f ) (Passar a 24 j

22AO que fez ñas últimas 4 semanas para procurar emprego (Marcar todos os métodos utilisados; nao ler a lista)

Centro empr.públ

Agencia emp. priv ^

Directam. empregador '**'

Amigos ou familiares ^

Colocando/respondendo

a anuncios »«•»

Nada(Sa/rarparo 24) O

0\itra(Especificar em NotasjO

22C. 1) Quantas semanas esteve

á procura de emprego?

* 2) Há quantas semanas iniciou a procura de emprego?

3) Há quantas semanas foi colocado em situacáo de layofF?

0 0

1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9..9

Já tem um emprego O

Doenca temporaria. O

Frequéncia escolar Q

OaVn{Especificar em Notas) (-}

22F. Quando permaneceu pela última vez a trabalhar num emprego ou negocio a tempo completo durante duas semanas consecutivas ou mais? Nos últimos doze meses _. (Especificar) \J

\ Entre 1 e 5 anos antes ^

Há mais de 5 anos O

Nunca trabalhou duas sema ñas ou mais a tempo completo.. O Nunca trabalhou f )

Saltar para 23. Se colocou layoffem 21A, inserir emprego. seja a tempo completo ou parcial, do qual está nessa situaíao. De contrario introdúzir o ultimo emprego a tempo completo em que permaneceu 2 ou mais semanas ou "nunca trabalhou ".

24Rubrica de controlo do entrevistador (Número de rotacao)

O primeiro dígito do número do segmento é: O 1, 2, 4, 5, 6 ou 8 (Saltarpara 26)

O 3 ou 7 (Passar a 24Ay

24A. Quando trabalhou pela última vez por urna remuneracáo num emprego regular, fosse a tempo parcial ou continuo?

Há menos de 12 meses vJ

Há mais de um ano e menos de 2 O

Há mais de 2 anos e menos de 3.. O

Há mais de 3 anos e menos de 4.. Q

Há mais de 4 anos e menos de 5.. Q _

Há 5 ou mais anos Q~"

Nunca trabalhou Q .

Passar

a24B

Saltar pl

24C

24B. Porque deixou esse emprego? Pessoal (incluí gravidez), familiar ou escolar.

Saúde..

O "o

Reforma ou idade avancada. ' - '

Emprego sazonal terminado Q Falta de trabalho ou condicoes para o _ exercício da actividade *-» Emprego temporario e nao sazonal terminado Q Condicoes de trabalho insatisfatórias (horario, remuneracáo, etc.) Outra. 8

24C. Pretende agora um emprego regular, seja a tempo completo ou parcial?

Sim..

Tal vez-depende.. (Especificar em Notas)_

Nao

Nao sabe

3 IS)

Passar a

24D

Saltar para

24E

.24D. Qais as razoes porque nao está a procurar emprego? (Marcar cada razao mencionada). Cré que nao há disponibilidade de .empregos daquele tipo ou na regiáo O

. Nao conseguiu encontrar emprego Q Falta de habilitacSes escolares, .formacáo, qualificacóes ou experiencia. »-'

. Empregadores acham-no demasiado

-novo ou com muita idade . O

. Outras diñculdades pessoais para encontrar emprego Q

. Nao consegue encontrar quem cuide do(s) filho(s).... ^

Responsabilidades familiares O

Na escola ou em outra formacáo

.Condicoes precarias de saúde, inca pacidade física..

.Outras (Especificar em Notas) .V*'

. Nao sabe O

24E. Pensa procurar trabalho de qualquer tipo nos próximos 12 meses? Sim.. DependefEspecificar em Notas) C Nao C NSo sabe C

(Se algum registo em 24B, descrever em 23, caso contrario, saltar para 26)

25. Rubrica de controlo do entrevistador (Número de rotacáo) O primeiro dígito do número do segmento é

O 1, 2, 4, 5, 6 ou 8 (Saltar para 26) /-\ 3 ou 7 (Passar a 25A)

1? 2 5 A. Qauntas horas por semana

trabalha normalmente neste emprego?

8 8 9 . 9

25B. É pago á hora neste emprego?

Sim O (Passar a 25C)

Nao O (Saltar para 2SD)

2SC. Quanto ganha por hora?

Dólares 0 0

$ (

8..8 9 . 9

(PerguntaK 25D)

X

Céntimos 0 0 1 1 2 2 3..3 4 4 5..5 6..6 1.1 8..8 9 . 9

REF O

25D. Quanta ganha

normalmente por

semana neste emprego

(remuneracoes ilíquidas)?

Incluir qualquer remune

racao por horas extraordi

nanas, comissoes ou grati

• ficacoes recebidas habitual

mente

$

0 0 0 0

1 1 1 1

2 2 2

3 3 3

4 4 4

5 5 5

6 6 6

7 7 7

8 8 8

9 9 9

REF'

25E. Neste emprego é membro de um sindicato ou de urna associacáo de trabalhadores por conta de outrem semelhante a um sindicato?

Sim O (Saltar para 26)

Nao O (Perguntar 25F)

25F. Neste emprego, está abrangido por um contracto do sindicato ou da associacáo de trabalhadores?

Sim O

Nao O

(Passar a

26)

23E Esta pessoa era Trabalhador por conta de outrem de urna empresa privada societaria ou individual ~ trabalhando por um salario, ordenado ou comissao P | | Funcionario de um organismo do Govemo Federal F | | Funcionario de um organismo do Govemo Estadual S | | Funcionario de um organismo Local do Govemo L | | Trabalhador a título independente, em empresa própría, actividade profissional H ou exploracáo agrícola •—

A empresa é urna sociedade? Sim I | | [_Nao SE | _ |

A trabalhar sem remuneracáo numa empresa ou exploracáo agrícola familiar SR | | Nunca trabalhou NT | |

Passar a23F

Saltar para 26

Insercao (ou NR) em20A O Inser9ao(ou NR) em21B Q

Passar a 25 no cimo da página

Todos os outros casos O (Saltar

para 26)

360

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Apéndice 6 18A. Linha N°

18B. Relacáo com a pessoa de referencia Pessoa de reí Com/rel. no agregado Pessoa de reí Sem/rel. no agregado Marido Esposa Filho Natural/Adoptado Enteado Neto(a) Pai(ou mae) Irmao/lrma Outra relacáo com a pessoa Filho de leite Sem relacáo com a pessoa de reí Com urna relacáo específica no agregado.. Parceiro/Companheiro de quarto Sem relacáo com a pesssoa de reí nem relacáo específica com o agregado

0 1 L 02 | 03 [ I 0 4 | _ | 05|. 06 | 07|. 08 | 09 | 101. 11 |_ l

12|.

13 | _

1 4 | _ |

18C Parent. Linha

N° 0..0 1..1 2..2 3 3

4 5 6 7 8 9

Nenhum

18D Idade

0 1 2 3 4 5 6 7

8 8 9 9

18E. Estado Ovil

Casado conjuge presente 1

Casado-conjuge ausente (excluir separados) 2

Viúvo 3 Divorciado 4 Separado S Nunca se casou 6

18F Conjuge Número de linha

0.. 0 1...1 X...2 1...3

4 5 6 7 8 9

Nenhum

26. Rubrica de controlo do entrevistador (transcrito do cartao de controlo da rubrica 18) Esta pessoa tem idade entre 16 e 24 anos O (Perguntar 26A)

outra idade Q (Saltar para 26C) 26A. (Se "frequéncia escolar" em 19. verificar) na

semana anteriorn frequentou ou eslava inscrito numa escola superior, colegio ou universidade? (Marcar Sim se. de momento, está em ferias sazonáis. Marcar Nao se estiver em ferias de verao). SimQ (Verificar) -y MJ<Q (Saltar para 26C

Escola Superior *-' I (Perguntar

Colegio ou Universidade CLJ 26B) •

26B. Está inscrito numa escola como estudante a tempo

completo ou a tempo parcial?

Tempo completo O""

Tempo parcial Q

(Preencher

26C)

26C Rubrica de controlo do entrevistador Quem respondeu as rubricas da máo-de-obra por esta pessoa? «-v

O próprio.....

Outra pessoa. ^

O próprio/outra pessoa ' - '

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Apéndice 6

BGl. Sexo Masculino 1 Feminino 2 ¿

BG2 Condicáo de veterano Veterano de:

Guerra do Vietname 1 Guerra da Coreia. 2 2" Guerra Mundial 3 1' Guerra Mundial 4 Outro servico 5

Nao é veterano 6

18H. Graumais elevado que frequentou

0 0 1...1 2...2

3 4 5 6 7 8 9

181. Grau completado

Sim 1 Nao 2

18J. Raca

.Branca. 1

.Negra 2

.Da América, Indiano, Aleúte, Esquimo 3 .Da Asia ou das ilhas do Pacífico...4 .Outra. 5

18K. Origem

0 0

9 8

4 3

1 0 9 8 7 6

I

362

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Apéndice 7

Para nessnas nascidas em 1975 ou antes Para

todas as pessoas

Para pessoas d código 3 em

0.17

Para 1 em

pessoas c/código Q.17 ou código 9em0.18

Para pessoas com código 2 ou 4 em Q.

19

Para pessoas com códiRo 1 em Q. 17 ou

Se ocupou mais do que um emprego

Linha Número

Qual a situacao

dapessoa peranteo emprego

na semana anterior?

(Mostrar cartao)

Porque nao eslava a pessoa a

trabalhar na semana anterior? (Mostrar cartao) código 1: saltar

paraQ.32

todos os outros perguntarQ.19

A pessoa descreverá se este emprego é o

principal, se é regular e se é a tempo

completo ou a tempo parcial.

(inserir código apropriado - ver

abaixo)

Porque razioé que a pessoa tem um

emprego a tempo parcial?

(inserir código apropriado • ver

abaixo)

A pessoa teve mais do que um

emprego na semana anterior? (que nao tenha sido devido a mudanca de empregador) Sim 1 Nao 2.

Qual a profissao da pessoa?

(Dé o nome do emprego e urna descricdo completa do

trabalho executado)

(\ he letras maiúsculast

Situacao

na profissao

Pegunta 17 18 19 20 21 22 23

(85) (86) (87) (88) (89) (90-92) (93)

01

02

03

04

05

06

07

A trabalhar pelo menos 1 hora por urna

remuneracao ou um lucro, incluindo trabalho em

exploracáo agrícola ou empresa familiar 1

(saltar para Q.19)

Em situacao de suspensáo temporaria de trabalho ...2

(saltar para Q.34)

Tinha um emprego mas nSo estava a trabalhar 3

(perguntarQ.I8)

Nao trabalhou nem tinha um emprego 4

(saltar para Q.32)

-Novo emprego a iniciar no futuro (futuras incorporacSes) 1 -Más condicoes climatéricas 2 -Falta de trabalho, trabalho em horario reduzido 3 -Disputa laboral 4 -Formacao escolar ou profíssional fora do local de trabalho 5 -Doenca ou acídente próprios 6 -Licenca de parto 7 Ferias 8 Outra (especifique) 9

Emprego regular, principal: a tempo completo 1 (saltar para Q.21)

a tempo parcial 2 (perguntar Q.20)

Emprego ocasional ou sazonal: a tempo completo 3 (saltarpara Q.21)

a tempo parcial 4 (perguntar Q.20)

Formacao escolar, profíssional 1

Doenca ou acidente próprios 2

Nao quer um emprego a tempo completo 3

Nao encontrou um emprego a tempo completo 4

Responsabilidades familiares 5

Outra (especificar) 6

Empregador (i.e. trabalhador a título independente com pessoal ao servico) 1

Trabalhador com emprego a tirtulo independente (i.e. sem pessoal ao servico) 2

Trabalhador por conta de outrem 3

Ajudando um familiar (nao recebendo ordenado ou salario fixo) 4

363

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Apéndice 7

código2-9emQ.18

na semana anterior, responda aquí pelo principal

Nome do empregador e endereco do local de trabalho Natureza da actividade levada a cabo pelo empregador -

ou pelo próprio, no caso de trabalhador a título independente

(Dar o processo de fabrico e o produto final da empresa, caso exista)

Se se tratar de um agricultor ou trabalhador agrícola, dar a área da propriedade na qual trabalha, incluindo térras

arrendadas ou tomadas de parceria (Usar letras maiúsculas)

24

(94-97)

Quantas horas traba lha habkualmente a pessoa por semana

neste emprego, incluindo horas

extraordinarias (se as horas diferirem

consideravelmente de semana para semana inserir

"00")

25 (98-99)

Quantas horas trabalhou efectiva

mente a pessoa neste emprego na semana anterior? Se a pessoa traba lhou as horas habi tuais na semana anterior inserir o

número de horas e saltar para Q. 28

26

(100-101)

Qual das hipó teses seguintes

melhor descreve a razao pela qual a pessoa

nao trabalhou as horas habituáis

na semana anterior? (Mostrar cartao)

27

(102-103)

i

(Sopara pessoas c/códi go 3 em Q.23) A pessoa dirá se este emprego é permanente ou

temporario Permanente... 1 (saltar p/Q30)

Temporario.. 2 (perg.Q.29)

28

(104)

Porque é que a pessoa temum emprego tempo rário?

29

(105)

. ,

A pessoa trabalhou mais do que as horas normáis devido a:

A pessoa trabalhou menos do aue as horas habituáis devido a:

Formacao escolar ou profesional 06 Iniciou/mudou de emprego na semana anterior 13

.

Em formacao 1

Nao pretende um emprego perma

Nao encontrou um emprego permanente 3

A pessoa está á

procura de outro

emprego? Sim 1 (perg.Q.31) Nao. 2

(saltar vO.SO)

30

(106)

Porque é que a pes soaestá á procura de

outro emprego? (Mostrar cartao) (Saltar para Q-39)

31

(107)

• .

Está em risco de perder o emprego

Em situacao de subemprego no emprego actual 2 O emprego actual é considerado como

Á procura de um segundo emprego 4 Pretende melhores condicoes (remuneracao, horas, etc.) 5 Outro (especifique)..6

01

02

03

04

05

06

07

364

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Para pessoas nascidas em 1975 ou antes

Apéndice 7

Número de linha

Pergunta

01

02

03

04

05

06

07

A pessoa játeveum emprego, como

trabalhador por corita de outrem ou a título

independente ou ajudando um familiar, desde que

nao tenha sido trabalho de ferias

Sira 1 (pergunlar Q.33)

Nao 2 (saltar para Q.38)

32

(108)

Porqueé que a pessoa

debía este emprego?

(Mostrar cartao)

33

(109)

,

Há quanto tempo deixou a pessoa de

trabalhar no emprego?

(responder em meses)

Se 95 meses ou menos pergunlar

Q.35, caso contrarío saltar para Q.38

34

(110-111)

Qual era a profissao da pessoa neste emprego?

(Dé o nome do emprego e urna

descricao completa do trabalho efectuado)

Use letras maiúsculas

35

(112-114)

Situacao na

profissao neste

emprego

36

(115)

> i

Razdes pessoais (estudos, responsabilidades familiares, etc.)-..5

Atingiu a idade de reforma ou reformado por outras razdes 6

.

Empregador (i.e. trabalhador a titulo independente com pessoal ao

Trabalhador a título independente (i.e.sem pessoal

Trabalhador por conta de outrem 3 Apoio a um familiar (sem receber ordenado ou salario fixo) 4

Natureza do negocio levado a cabo pelo empregador • ou pelo próprío se trabalhador a titulo independente - neste

emrprego (Dar o processo de

producao e o produto final da empresa, caso exista)

(Usar letras maiúsculas)

37

(116-119)

A pessoa está á procura de

emprego? - seja a tempo comple to ou a tempo

parcial

(Mostrar cartao)

38

(120)

1 1

Sim 1 (perguntar Q.39)

Nao está á procura porque já encontrou emprego a tempo

Nao está á procura porque já encontrou emprego a tempo

Nao está á procura porque aguarda convocacao, dado encontrar-se em situacao de suspensáo temporaria de trabalho 4

(códigos 2, 3. 4 saltar para Q.50) Nao está á procura de emprego 5

(saltarpara Q.48)

365

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Apéndice 7

A pessoa está á procura de

emrprego como trabalhador a

título independente ou trabalhador por

conta de outrem?

a título independente....2 por conta de

39

(121)

A pessoa está á procura de

emprego a tempo completo ou a tempo parcial?

a tempo completo 1 (pergunlar Q-41)

a tempo parcial 2 (saltar plQ.42)

40

(122)

A pessoa aceitaría um emprego a

tempo parcial se nao

encontrasse um a tempo completo?

Sim 1 Nao 2

(Saltar para 0.43)

41

(123)

A pessoa aceitaría um emprego a

tempo completo se

nao encontrasse um a tempo

parcial?

Sim 1 Nao 2

42

(124)

Háquanto tempo está a

pessoaá procura de emprego? Inscrevao número de

meses Se menos de um

mésescreva "00"

(Se aínda nao comefou a

escrever "xx"e pergunlar

Q.45)

43

(125-126)

Qual a principal forma de

procura de emprego que

a pessoa utilizou ñas 4 últimas semanas?

(Mostrar cartao)

44

(127)

Í

A pessoa está disponivel para

trabalhar imediatamente (i.e. dentro de 2 semanas)?

Sim 1 (saltar

p/Q.47) Nao 2

(pergunlar Q.46)

45

(128)

>

C

R

R

C

A

R

R

O

N

olocando anúncí

espondendo a an

ecorrendo direct

ontactos pessoai

nalisando anúnc

egisto num Cent

egisto numa age

utros métodos (e

áo utilizou qual

os em revistas

uncios em rev

amenté a empí

ios em revista.

ro de Empregc

ncia de emrpe

quer método.

/jomáis

J'¡ ornáis

go privada

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Porque razao a pessoa nao está disponivel

imediatamente?

Deve completar a formacao escolar 1 Nao pode deixar de imediato o emprego actual 2 Responsabilidades pessoais 3 Doenca, incapacidade 4 Outra( especificar)...5

46

(129)

Qual era a situacáo da

pessoa imediatamente antes de iniciar

a procura de emprego?

47

(130)

01

02

03

04

05

06

07

i .

A trabalhar (incluindo

aprendizes, formandos) 1

Frequencia escolar a tempo

Em tarefas domésticas 3

Outra (especificar) 5

366

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Para pessoas nascidas em 1975 ou antes

Apéndice 7

P m n f « r e » ; i - / w H i n n S m i f l , « Para Indas a* "-"ras

Número de Linha

Apessoa pretende um

emprego?

Sim 1 (Perguntar

Q.49)

Nao (Saltar

p/Q.50)

Qual das hipóteses seguintes melhor

descreve a razao pela qual

a pessoa nao está a procurar

emprego? (Mostrar cariflol

A pessoa encontra­se no Registe

Activo de Desempregados? Nao 1

Sim Subsidio de desemprego 2 Apoioaos desempregados...3 Inscricao para financiamentos....4

Qual o nivel mais

elevado de escolan dade que a pessoa completou?

(Mostrar cartao)

A pessoa recebeu alguma formacao

escolar ou profissional, incluindo formacao no

posto de trabalho, durante as últimas quatro semanas?

Sim. 1 (Perguntar Q.53)

Nao 2 (Saltar para Q.55)

Qual das seguintes hipóteses melhor

descreve essa formacao escolar ou

profissional?

(Mostrar cartao)

Qual a finalidade desta formacao?

(Mostrar cartao) Formacao ou preparacao inicial para o primeiro emprego... I Formacao adicional para o actual emprego 2 Formacao para outro emprego 3 Outra(especificar) 4

A informacao foi obtida

directamente da pessoa a

que diz respeito?

Sim.. N3o..

.1

Pergunta 48 49 50 51 52 53 54 55

(131) (132) (133) (¡34) (135) (136) (137) (138)

01

02

03

04

05

06

07

Na escola ou em outra formacao 1

A cuidar dos filhos ou

outras responsabilidades familiares 2

Á espera dos resultados de um Concurso Público 3

Condicoes precarias de saúde, incapacidade

física 4

Falta das habilitacoes, qualificacao

e experiencia necessárias 5

Os empregadores pensam que a pessoa

é demasiado jovem ou muito idosa. 6

Procurou mas nao conseguiu encontrar qualquer

emprego 7

Cré que nao existe qualquer emprego

disponivel 8

Outras razoes (especificar) 9

Sem qualquer grau de escolaridade

convencional 0

1° Ciclo de escolaridade/ Instrucao

primaria. 1

Ensino secundario/ Escolaridade

obligatoria. 2

Certificado de formacao escolar

complementar 3

Terceiro nivel:

Nao universitario 4

Universitario 5

Nivel sueprior de grau universitario 6

A. Ensino nao relacionado com o posto de trabalho A frequentar: Escola primaria 1 Escola secundaria, pública 2 Escola Vocacional, Técnica ou Comercial 3 Universidade ou outra escola do terceiro nivel 4

Cursos de educacao para adultos 5

B. Ensino/ formacao relacionada com o posto de trabalho e que tem lugar:

Apenas no local de trabalho 6 Apenas na escola. 7 Parte no local de trabalho e parte na escola: (a) no quadro da aprendizagem 8 (b) Outros tipos de formacao nao

relacionados com a aprendizagem 9 Outros tipos de formacao relcionados com o posto de trabalho 10

367

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Apéndice 8 C CARACTERÍSTICAS DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

APENAS PARA PESSOAS COM 12 E MAIS ANOS

Nome Reg 3

NMinhas

U_l

Parentesco

1 1 1

Idade

1 1 1

Informacao pelo próprio..Q

Outro informante O I I I N ° linha

informante

1. Trabalhou na semana anterior (excepto em tarefas domésticas) Sim O 1 Nao O 2

(passara25) ^

2. Realizou algum trabalho na semana passada... por urna remuneracáo? por sua conta? na sua empresa? Sim .para um familiar sem 0 1 recebere remuneracáo (passar por urna remuneracáo a 15) em géneros

Nao trabalhou.. li 3. Aínda que nao tenha trabalhado na semana anterior, tinha algum emrpego, actividade ou empresa própria da qual estove ausento por motivo de doenca, greve ou lock-out, mau tempo, ferias, falta de materias primas ou de clientes?

o , „,. o Sim w 1 (passar a 15)

Nao..

4. Procurou emprego na semana anterior ou estove a tratar de estabelecer a sua própria empresa ou actividade?

O o Sim 1 Nao (passar a 6)

S.Embora nao o tenha feito na semana anterior, procurou emprego ou tentou estabelecer a sua própria empresa ou actividade ñas quatro semanas anteriores a essa semana? Sim...O 1 Nao... O 2

I (passar a 8)

6. O que fez para procurar emprego ou estabelecer a sua própria actividade ou empresa?

Sim Nao Consultou um centro de emprego? .O O Colocou ou respondeu /•> /-\ a anuncios? Visitou exploracoes agrícolas, fábricas, ,-. servicos públicos, etc? Pediu ajuda a amigos Q ou familiares? Outra. O O

(Especificar)

O o

Se a resposta for "Nada", rever as perguntas 4 e 5 e determinar a alternativa correcta.

7. Há quanto tempo procura emprego?

Menos de 1 mes | |1 1 mes a menos de 2 meses....| |2 2 meses a menos de 4 meses | |3 4 meses a menos de 1 ano | |4 1 ano e mais | |5

Passar a 11

8.Apessoa é reformado ou aposentado? | |1 recebe rendas? | |2 éestudante? |_|3 efectuou tarefas domésticas? | |4 outra situacao? | |5

9.Deseja trabalhar e está disponivel ¿ara o fazer?

O Agora mesmo 1

Sim

Nao..

Noutra época do ano U 2

'•"'3 — • (passar a 3 5)

10. Porque é que nao procurou emprego?

Doenca ou acídente Q 1

Frequentou urna escola ou centro de ensinoO 2

Tem obrigacóes pessoais ou familiares O 3

Nao acredita que possa encontrar emprego. O 4

Espera período de maior actividade

agrícola ou económica. O 5

Encontrou um novo emprego O *>

Outras razoes Q 7 11. Quantas horas por semana está disposto a

trabalhar? Horas por semana | _ | _ |

12. Está disposto a trabalhar por:

menos de ( 5000 por mes O

de 0 5000 a menos de t 10000 por mes Q

det 10000 a menos i 15ooopormés Q

de i 15000 a menos de i 20000 por mes Q

t 20000 ou mais por mes r-\

13. Já tinha trabalhado antes?

Sim O l Nao O 2

(passar a 35)

14. Há quanto tempo nao trabalha?

Menos de 2 meses O 1

2 meses a menos de 4 meses .O 2

4 meses a menos de 1 ano O 3

1 ano a menos de 2 anos O 4

2 anos a menos de 5 anos Q 5

5 anos ou mais Q 6

15. Qual a profissao principal que tem ou tinha no último emprego? l i l i

16. Qual o nome do estabelecimento, actividade ou exploracáo agrícola onde trabalha ou trabalhou?

17. O que produz ou ao que se dedica principalmente o estabelecimento, actividade ou exploracáo agrícola onde trabalha ou trabalhou?

18. Na sua profissao o Sr (Sr*) é ou era:

patrao ou socio activo O I

trabalhador por conta própria O 2

trabalhador por conta de outrem

ou operario na funcao pública O 3

trabalhador por conta de outrem

ou operario em empresa privada O 4

empregado doméstico O 5

trabalhador familiar n/remunerado O *>

outro trabalhador n/remunerado Q 7

19.0nde se sitúa esse estabelecimento? (Se por conta própria, lugar onde realiza ou realizava principalmente a sua activi dade)

No domicilio v Oficina ou local de trabalho

anexo ao domicilio O

Exploracáo agrícola, oficina ou

local de trabalho independente.... O

Em casas de habitacao O

Na via pública O

Outro O (Especifique)

20. Quantas pessoas trabalham ou trabalhavam regularmente nesse estabelecimento? Menos de 10 (indique o número)...I I I 10 ou mais (Se respondeu Nao na pergunta 3 O

passe á pergunta 39)

21. Para além desse emprego, efectúa outro trabalho?

Sim O 1 Nao O 2 22. Quantas horas trabalha habitualmente

por semana? Emprego principal N° de horas| | | Outros empregos N" de horas| | | Total N° de horas|_|_¡

23. Deseja trabalhar mais horas por semana e está disposto a fazé-lo?

Sim ¿ I Nao O 2

I (passe a 25)

24. Porque nao trabalha mais horas por semana?

Por razoes de saúde Q 1

Porque está a estudar Q 2

Por razoes pessoais ou familiares Q 3 Nao consegue mais trabalho

remunerado O 4

Nao consegue mais trabalho a título independente Q 5

Outras ra7fifts f*) f*

25. O trabalho que realizou na semana passada no seu emprego principal

realiza-o todo o ano | | 1 é ocasional | | 2 é sazonal | | 3 outro (especifique) | |....4

368

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Apéndice 8 Emprego secundario

Só para pessoas c/emprego que responderam Sim à pergunta 21 Caso contrario passar a REMUNERACÓES 26 Quai a sua profissào ou

emprego secundario?

27 No seu emprego secundario qual o nome da empresa, actividade ou ex ploraçâo agrícola onde trabalha?

28 O que produz ou ao qua se dedica principalmente esse estabelecimento, actividade ou exploracâo agrícola

29 Nesse emprego secundario, o Sr°(Sr") é paträo ou socio ac tivo O '

trabalhador p/conta propria.... Q 2

funcionario público Q 3

trabalhador p/conta de outrem em empresa privada Q4pas

empregado doméstico Q 5 íar

trabalhad.famil. n/remunerado Q 6 I

outro trabalhad. n/remunerado /-\ 7 31

30 Onde se situa esse estabelecimento? (Se por conta própnajocal onde realiza /realizava principalmente a sua actividade) Dentro do domicilio O 1

Oficina ou local junto do domicilio Q 2 Exploracâo agrícola, oficina ou local—

independent ^ 3

Em casas de habitaçâo O 4

Na via pública..... O 5

Outro.. O 6

(especifique)

31 Quantas pessoas trabalham regularmen te nesse estabelecimento? Menos de 10 (indique quantas) I I I Mais de 10 O 10

32 No seu emrpego principal, quai foi a remuneraçào efectivamente recebida como salario, ordenado, gratificaçâo, horas extraordinarias, no último período de pagamento(semana, quinzena ou mes)? a. Salario | _ J _ | | |por

b. Teve lugar alguma reduçào nesse pe nodo determinada pela Segurança Social?

P 1 Nao P 2

34. Quai é a sua remuneraçào no(s) empre go(s) secundário(s)?

I 1 I I I I I por

Sim..

c. Teve outras deduçôes? Nao... o 2 r

Sim....O 1 | | | | | |por l

d. Recebeu pelo seu trabalho pagamentos em

alimentos? Sim O l Nâo O í

roupaecalcado?.Sim 0 3 Nao O *

habitaçâo? Sim O 5 N â o O 6

transporte? Sim O 7 N â o O 8

outros géneros?...Sim Q 1 N â o O 2

35. No último período de pagamento rece beu dinheiro em termos de...

...reformas?! I I I I I Ipor •

JP°r_ .pensöes? I I I I

. „subsidios?! I I I I I loor

...bolsas de estudo? | | | | | | |por

...outras transferencias em dinheiro? | | | | | | |por_

Nao recebeu O

33 Quanto obteve como provento ou lucro no seu emprego principal (excluindo as despesas de funcionamento) no último período de pagamento (semana, quinzena ou mes)? Valor real | _ | I I I I Ipor Valor dos produtos adquiridos ou serviços utlizados para consumo proprio:

U—l—U-JUPor

36 É membro de alguma cooperativa de...

...produçâo? O 1

...transporte? O 2

...serviços? Q 3

...poupança e crédito? Q 4

...outra actividade? O 5

Nâo é membro de cooperativas Ç) 6

[

r

37 Onde residía emJulhol984? Aqui Distrito Regiäo Provincia

1 O?

Outro país da América Central O 8

Outro país <-v9

SO DkSHMI'UHOADOS K INACTIVOS

38. Na semana passada cultivou ou recolhcu fei jäo, milho, mandioca ou outros produtos agríco las. tratou de gado, galinhas ou porcos. ordenhou ou participou em outras actividades agrícolas, das minas, da pesca, exclusivamente para o consumo do seu agregado familiar?

Sim... O 1 i | l * (passar a 39b) N°horas

Näo...Q 2

39. Realizou na semana anterior algumas das seguintes actividades?

a. Cultivou ou recolheu produtos agrícolas. ordenhou ou tratou de gado, aves ou outros animais, participou em actividades minciras. da pesca, etc.)?

Exclusivamente para venda O ' n°horas

Para venda e consumo da familia Q 2

Nâo.. 0 3

b. Fez "tortilhas", pao, doces ou outras comidas

para vender?

No domicilio O "̂j n°horas/semana

Fora do domicilio... Q S i | | |

Nâo Q 6

c.Fez tecidos, vestuario, cerámica ou outros produtos ou artesanato para vender?

No domicilio 0 1 bVhoras/semana

Fora do domicilio Q/2 _ l I I I

Nâo O 3

d. Trabalhou na construçâo, reparaçâo ou manutençâo (para terceiros) de casas, estábulos, exploraçoes agrícolas ou outras actividades relativas à construçâo?

Sim 0 4 "*• | _ ) _ | n° horas/

Nâo Q 5 /semana

e. Ajudou na distribuiçâo de comidas ou bebidas, na venda de produtos agrícolas ou outros produtos?

Sim O ô -* |_|_|n°horas/

Nâo O 7 semana

f. Trabalhou no transporte de carga para mercados, no armazenamento ou em outras actividades relativas ao transporte de produtos destinados à venda?

Sim Q 1 "* L_LI n° horas/

Nâo Q 2 /semana

g. Reparou ferramentas, aparelhos, etc., lavou

ou passou a ferro para terceiros, tarefas pelas

quais recebeu dinheiro?

Sim Q 3 • • |_ |_J n° horas/

Nâo Q 4 /semana

369

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NOME PESSOA

U_l PARENTESCO

l_U IDADE • Informacao p/próprio | 11 | | | Informacao p/outro | [2 •

Número de linha de quem informou

MÓDULO 2 : P O P U L A C Á O C O M 12 E MAIS ANOS

13. Trabalhou pelo menos 1 hora na semana anterior? S!M O 1 , 21 NAO r 2 1

14. Na semana anterior realizou alguma actividade dentro ou fora do seu domicilio para ajudar no sustento do seu agregado familiar, como, por exemplo:

• Fazendo qualquer coisa no domicilio

• Ajudando em algum comercio familiar

• Estudante que realizou algum trabalho

• Alguma outra actividade remunerada

Especifique

15. Mesmo que nao tenha trabalhado, tinha emprego?

SIM O l ¿ NAO Q 2

11

12

13

14

15

16

17

18

19

10

' 3 0

n.SSOASÍ O.M l.MPRl.íiO

20. a) Porque nao trabalhou na semana anterior?

• Ferias ou feriados

• Doenca ou acídente

• Greveou "lock-out"

• Licenca com vencimento

• Suspensao temporaria do trabalho

• Licenca sem vencimento

• Outros molivos(especiíicar)

20. b) Quantas horas trabalha habitualmente por semana?

(em todos os seus empregos) N° HORAS

menos de 40 horas O t 23 a 40 ou m a i s Q .

3

4

5

6

7

g

9

,25b

2 1 . Quantas horas trabalhou na semana anterior? (em todos os seus empregos) N" HORAS

O , _ o2 ,

Se o total é de 40 horas ou mais

Se o total é inferior a 40 horas

- • 24

22. Quantas horas trabalha habitualmente por semana? (em todos os seus empregos) N° HORAS

menos de 40 horas Q—¿ 40 horas ou mais Q _ 4

23. a) Por que razao trabalha ha bitualmente menos de 40 horas por semana? I

23 b) Porque razao trabalhou menos de 40 horas na sema na anterior? I

Horario normal

Nao deseja trabalhar mais horas

Motivos pessoais ou familiares

Doenca ou acídente

Ferias ou feriados

Reducao da actividade económica

Falta de materias primas, financiamento, clientes

ou maquinaria

Nao coneguiu arranjar outro emprego

Nao conseguiu arranjar mais trabalho

Outros motivos(especificar)

ATENCÁO: passar á pergunta 26

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

24. Quantas horas trabalha habitualmente por semana?! (em todos os seus emrpegos) N° HORAS ' — menos de 40 horas f ) 5 ~ ^ 40 e mais h o r a s Q ~ 1 6

25 . a ) Porque razao trabalhou 40 ou mais horas na semana anterior? 1

25. b) Porque razao trabalha habitualmente 40 ou mais horas? 1

• Horario normal..

1 Horas extras

• Excesso de trabalho ou de clientes

• Horas de trabalho necessárias para obter

urna remuneracao sificiente

•Outras razoes (especifique)

26. Quantos empregos tem? N° EMPREGOS

ATENCÁO: passar á pergunta 60

]>i ; s i : \ i i 'RK(¡ . \ i )os

30. Procurou emprego na semana anterior? SIM Q 6 • 32 NAO 21

31.Procurou emprego ñas 4 semanas anteriores? SIM Q 8 I NAO Q 9 - • 3 4

32. a) Que meios utilizou para procurar emprego? r—,

• Amigos ou familiares Sim

• Directamente aos empregadores Sim

• Imprensa, radio Sim

• Centro de emprego público Sim

• Centro de emprego privado Sim

• Efectuou diligencias para estabelecer o seu

próprio comercio ou empresa Sim

• Outros meios (especifique) Sim

32. b) Qual o meio principal?

INao

3 Nao

5 Nao

7 Nao

9 Nao

2 Nao

4 Nao

33. Há quanto tempo procura emprego? EM SEMANAS

ATENCÁO: passar á pergunta SO

34. Quais os motivos pelos quais nao procurou emprego ou nao deseja trabalhar?

• Pensa que nao lhe darao emprego

• Nao acredita que possa encontrar emprego

• Espera resposta a urna diligencia que efectuou

para ter um comercio ou empresa própria | 1 3 1"* 50

• Espera resposta de um empregador ou de outras

diligencias efectuadas para conseguir emprego.

Nao tem necessidade ou desejo de trabalhar

• Nao tem tempo

Estádoente | | ' \* 40

Nao está em idade de trabalhar

• Outros motivos (especifique)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Apéndice 9

370

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INACTIVOS

40. OSr°(Sr*)é

• Estudante

• Dona de cassa

• Reformado ou Pensionista.

• Vive de rendimentos ou rendas I * 90

• Inválido

• Outros (especifique) DKSKMl'RKCiADOS K INACTIVOS Ol'K DKSHJAM

TKAMAI.I1AK

50.Quantas horas por semana está disposto a trabalhar? N°HORAS

4

5

6

7

8

9

51. Em que posto de trabalho ou profissao deseja ou está á espera de vir a trabalhar?

52. Em que tipo de actividade deseja ou está á espera de vir a trabalhar? .

53. Qual a remunerado que espera (ou foi combinado) receber por esse trabalho? Valor em "sucres"

54. O Sr° (Sr") já trabalhou anteriormente? SIM Q 8 1 NAO Q 9 -n. -* 90

55. Há quanto tempo nao trabalha? Em semanas

60. Ramo de actividade Descreva a actividade da empresa ou comercio em que a pessoa trabalha(va) - (emprego principal)

61. Grupo profissional Descreva o posto de trabalho ou profissao em que a pessoa trabalha(va) - (emprego principal)

ATENCÁO: passar a pergunta 62

Apéndice 9 62. Situacao na profissao

Em qual das categorías seguintes exerce(ia) a sua profissao? (emprego principal)

•Patrao ou Socio Activo

•Trabalhador por conta própria

•Trab.p/conta de outrem permanente na Admin. Púb..

•Trab.p/conta de outrem temporario na Admin. Púb...

•Trab.p/conta de outrem permanente em emp. privada

•Trab.p/conta de outrem temporario em emp. privada.

Aprendiz com remuneracáo

•Aprendiz sem remuneracáo

•Trabalhador familiar nao remunerado

•Outra situacáo(especifique)

01 + 70

02

13

14

21

22

23

24

31

41

+ 71

70. Onde se situa(va) esse estabelecimento? •Dentro do domicilio

•Oficina ou local junto ao domicilio..

•Oficina ou local independente

•Estabelecimento na rúa

•Outro (especifique)

71. Quantas pessoas trabalham(vam) habitualmente nessc comercio ou empresa? • menos de 10 O '

• de 10 a 19

QUANTAS

> 20 ou mais O 2

p>2° PESSOAS

80. CONTROLO PARA OINQUIRIDOR Se há resposta á pergunta 26 ~ ^ caso contrario - • 9 0

81. Indique a remuneracáo efectivamente recebida no seu(s) empre go(s) sob a forma de salario, ordenado, gratifícacáo, horas extraordi nanas, no último período de pagamento(semana, quinzena. mes)

a) Remuneracáo por b) Recebeu pelo(s) seu(s) emprego(s) pagamentos em..

Alimentos? Sim| 11 Nao | 1 2

Roupas e calcado? Sim| 13 Nao |~~ | 4

Habitacao? Sim| 15 Náo| 16

Transporte? Simí 17 Nao i 18

Outro? (especifique) ATENCÁO: passar a pergunta 90

90. Durante os doze meses anteriores, qual foi a sua condicao perante o trabalho habitual?

No Dz Ja Fv Mr Ab Ma Jn Jl Ag St Ou

•COM EMPREGO (CE) OCE OCE OCE OCE OCE G:E OCE OCE OCE OCE OCE OCE •DESEMPREGADOOUDISPONÍVEL (D) OD OD O D O D OD OD O D O D OD O D OD OD

•INACTIVO (i) O ' Oí Oí Oí Oí Oí O' Oí O ' O ' Oí O'

OBSERVAQÓES:.

371

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Apéndice 10

SECCÁO D: Completar para cada oessoa com ¡dade ieual ou superior a 14 anos

DI. INQUIRIDOR: copiar a idade e o sexo de cada pessoa IDADE (com 14 ou mais anos) registada na página 1 SEXO

D2. Estado civil: Solteiro(a) 1 Casado(a) 2

Divorciado(a)/Separado(a) 4

Vindo de países vizinhos 2 Outra 3

D4. Educacao: a) Frequentou a escola? SIM.... 1

NÁ0..2 b) Se SIM, qual o nivel mais elevado que atingiu

(referir o último completado ou o diploma recebido)

INSCREVER ÑAS COLUNAS O NOME E O NÚMERO PARA CADA PESSOA COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 14 ANOS

V 1

1 2 3 4

1 2 3

1 —•*• (4b)

2 — * (5)

1

1 2 3 4

1 2 3

1 — • (4b)

2 — • (5)

V 1

1 2 3 4

1 2 3

1 — • (4b)

2 — • (5)

V 1

1 2 3 4

1 2 3

1 — • (4b)

2 — * (5)

w 1

1 2 3 4

1 2 3

1 — • (4b)

2 — • (5)

• ACT1VIDADE ECONÓMICA HABITUAL

D5. a) Realizou algum trabalho por urna remuneracao, lucro ouganho familiar durante os últimos 12 meses?

INOUIRIDOR: Verificar a resposta com atencáo utilizando o manual de entrevista.

b) No total, quantas semanas trabalhou durante os 12 últimos meses? (incluir todos os trabalhos, mesmo que exercidos em exploracáo agrícola própria, temporarios ou permanentes)

SIM 1 NAO 2

(5b)

(6)

(5b)

(6)

•.

(5b)

(6)

(5b)

(6)

(5b)

•(6)

• D6. a) Procurou um emprego remunerado durante os últimos 12 meses, no(s) momento(s) SIM 1

- se os houve - em que nao tinha qualquer outro trabalho? NÁ0....2

b) No total, quantas semanas esteve disponível para procurar emprego, no decurso dos 12 últimos meses?

(6b)

(?)

m. '(6b)

•(7)

• '(6b)

• ( 7 )

• •(6b)

•(7)

• "(6b)

• ( 7 )

372

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Apéndice 10

SECQAO D: (continuacao) INSCREVER O NOME E O N° DA PESSOA REGISTADA NA PÁGINA ANTERIOR

D7. Inscrever o total de 5b) e 6 b)

D8. INQUIRÍ POR: O total em D7 é superior a 26 semanas? SIM....1 NAO,„2

1 - * (9) 3 - » " "

(9) (9) _üü.

(9) _Ü5J_

'(9) !_Ü5_L

D9. INQUIRÍ POR: O período "com emprego" em 5 b) é superior ao período "em desemprego" em 6 b)

SIM 1 NÁO.,.2

(10)

(16)

(10)

(16)

(10)

(16)

(10)

(16)

•(10)

•(16)

DIO. Principal profissao habitual: Qual o tipo de trabalho que o ocupou a maior parte do tempo durante os últimos 12 meses?

J_L J_J_ _L_L _L_L DI 1. Empresa habitual: Qual o tipo de actividade exercida pela empresa onde

trabalhou durante os 12 últimos meses?

_I_L _!_L J_L _L_L

D12. Situacao na profissao: Qual a situacao na sua profissao principal? Explora9ao agrícola 1 Artes3o independente 2 Outro tipo de trabalhador independente 3 Trabalhador por conta de outrem 4 Empregador (com trabalhadores ao servico) 5 Ajuda á familia 6 Outra situacao 7

D13. a) A actividade exercida durante os 12 últimos meses foi permanente ou esporádica?

b) Se foi esporádica, quantos meses de trabalho teve?

Permanente 1 Esporádica 2

SIM 1 NÁ0....2

• (14) •(13b)

.(14) •(13b)

• ( H ) •(13b)

14) 13b)

•(14) •(13b)

• m •, m, • DI4. a) Para além desta profissao principal, realizou outro tipo de trabalho

durante os doze últimos meses?

b) Se SIM, que tipo de trabalho efectuou?

(14b)

(16)

(14b)

(16)

(14b)

(16)

.(14b)

.(16)

_I_L i _ L _L_L

•(14b)

•(16)

_L_L (16) (16) •(16) •(16) (16)

373

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Apéndice 10

SECCAO D: (continuacao) INSCREVER O NOME EON'DA PESSOA REGISTADA NA PÁGINA ANTERIOR

D1S. Pessoa habitualmente inactiva Qual foi a actividade principal durante os últimos 12 meses?

Estudante 1

Doméstica 2

Reformado, pensionista, retirado da actividade 3

Incapacitado permanente para o trabalho 4

Outra (especificar) 5

0 •(16)

.(49)

.(16)

] (16)

.(49)

.(16)

2 -+(16) 2 -*(16)

• (49)

• (16)

.(49)

.(16)

•] •(16)

• (49)

• (16)

ACTIVIDADE ECONÓMICA DO MOMENTO

D16. No decurso da smeana anterior, efectuou qualquer trabalho por um salario, um lucro ou ganho familiar? SIM 1 Inquirídor: Verificar a resposta com atencao utilisando o manual de entrevista. NAO . 2

D17. Se nao trabalhou na semana anterior, teve um emprego, um negocio ou SIM 1 urna exploracao agrícola onde nao trabalhou por quaiaquer razSes? NAO... .2

DI 8. Que tipo de vínculo formal tinha, relativamente ao seu emprego ou empresa? Proprietário da empresa 1

Empresa pertencente a um membro da familia 2

Remunerado e ausente ao emprego 3

Promessa de voltar ao emprego 4

Outras formas de vínculo (especofocar) 5

DI9. Profissao (principal) do momento Qual é o tipo de trabalho efectuado nesta actividade?

(Registar código 610 e passar a D29) Outras profissoes (indicar, nao codificar)

1 —

2 —

(19)

(17)

1 — • (18)

2 _ • (35)

1 -

2

3

4

5 _

- • (19)

6 — • (35)

1 1

1 —

2 —

(19)

(17)

1 — • (18)

2 — • (35)

1 -

2

3

4

5 _

- • (19)

6 — • ( 3 5 )

1 1

1 —

2 —

(19)

(17)

1 — • ( ' « )

2 — • (35)

1 -

2

3

4

5 _

-•(19)

6 — + (35)

1 1

1 —

2 —

(19)

(17)

1 — • ( 1 8 )

2 — • ( 3 5 )

1 -

2

3

4

5 _

- • (19)

6 — • (35)

1 1

1 —

2 —

(19)

(17)

1 —•(18)

2 —*<35)

1 —

2

3

4

5 _

-•(19)

6 — • ( 3 5 )

1 1

374

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SECCAO D: (continuaeao) INSCREVER O NOME E O N° DA PESSOA REGISTADA NA PÁGINA ANTERIOR

Apéndice 10

D20. Há quanto tempo faz este trabalho? Há menos de 6 meses 1

De 6 meses a menos de 1 ano 2

De 5 anos a menos de 10 anos 4

Há 10 anos ou mais 5

D21. Onde aprendeu fundamentalmente o seu oficio, o seu trabalho?

Universidade ou outra instituicáo académica 2

CERAI.CFI 3

Outros locáis de formacáo 4

D22. Quanto tempo durou esta formacáo?

De 3 meses a menos de 1 ano 2

D23. Qual foi o principal assunto abordado na formacáo?

D24. Descricao do empreeo. local de trabalho

(a) Nome da empresa ou propríetário (b) Qual o tipo de actividade exercido pela empresa?

(c) Situa-se no sector: Público 1

Paraestatal 2

(d) Existem mais de 5 pessoas a trabalhar nessa empresa? SIM 1 (incluindo todos os estabelecimentos situados no Ruanda) NAO....2

(e) Esta empresa exerce as suas actividades: - No domicilio do propríetário 1

- Sem local fixo 3 D25. Se trabalhou na semana anterior era:

Empregador (com trabalhadores por conta de outrem) 2 Trabalhador a título independente 3 Ajudava na actividade familiar 4 Outra situado 5

1

1

2

3

4

5

1 -* (22)

2 -*• (22)

3 - • (22)

4 - • (22)

5 - • (24)

1 2 3

1 1

1 —

2 |

3 | 1 2

1 2 3

1 1 • (26)

• (26)

• (24d)

1 • í26>

2 3 4 5 _

•(29)

1

1

2

3

4

5

1 "• (22)

2 - • (22)

3 - • (22)

4 + (22)

5-». (24)

1 2 3

1 I

1 —

2

3 , 1 2

1 2 3

1 1 • (26)

• (26)

• (24d)

1 • Í261

2 3 4 5 _

•(29)

1

1

2

3

4

5

1 • • ( 2 2 )

2 •+ (22)

3 - • (22)

4 - • (22)

5 + ( 2 4 )

1 2 3

1 1

1 —

2 |

3 1 2

1 2 3

1 1 • (26)

• (26)

• (24d)

l — • na\

2 —

3 4 5 _

•(29)

1

1

2

3

4

5

1 "• (22)

2 - • (22)

3 - • (22)

4 - • (22)

5 + (24)

1 2 3

1 1

1 —»

2 »

3 > 1 2

1 2 3

1 1 (26)

(26)

(24d)

1 — » f)f,\

i] • (29)

1

1

2

3

4

5

1 - • (22)

2 - • (22)

3 - • (22)

4 - • (22)

5 + ( 2 4 )

1 2 3

1 1

1 —

2

3 1 2

1 2 3

1 1 • (26)

• (26)

• (24d)

1 ^ n^

2 —

3 4 5

• (29)

375

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Apéndice 10

SECQÁO D: (continuacao) INSCREVER O NOME E O N° DA PESSOA REGISTADA NA PÁGINA ANTERIOR

D26. Qual o montante do seu satário/remuneracao (antes dos impostos ou outras deducdes) que recebe em cada mes de pagamento (nao incluir os rendimentos que nao obteve do seu trabalho, nem outros beneficios em géneros obtidos com o seu trabalho)

FRW por mes

_LL 1 :RW por mes

I I I I I

FRW por mes

I I I I I

FRW por mes

±1 FRW por mes

_LL D27. No decurso do mes anterior, o seu empregador, para além da remuneracao

em dinheiro, deu-lhe:

a) alimentacao?

b) vestuario

c) alojamento de servico....

d) outros tipos de géneros..

SIM NAO...

SIM NAO...

SIM NAO...

SIM NAO....

1 7

1 7

1 7

1 7

D28. Valor dos rendimentos em géneros - se SIM a urna das questóes de D27: Qual foi o valor total estimado desse rendimento em géneros, recebido no mes anterior?

FRW por mes FRW por mes FRW por mes FRW por mes

I I I I I I I I I 11 11

FRW por mes

1L D29. Para além do emprego principal, efectuou um outro tipo de trabalho

na semana anterior? SIM...

NAO..

(30)

(31)

(30)

(31)

(30)

(31)

(30)

(31)

(30)

(31)

D30. Se SIM, qual o tipo de trabalho que efectuou?

J I J I _L_L _I_L J I

376

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Apéndice 10

SEC<pÁO D. (continuado) INSCREVER O NOME E O N° DA PESSOA REGISTADA NA PÁGINA ANTERIOR

D31. Quantas horas trabalhou em cada dia, na semana anterior (considerar os 7 días precedentes ao dia da entrevista, excluindo o tempo de descanso e os periodos para tomar as refeicoes; incluir as pausas - para tomar café, por exemplo)?

a) Número de horas efectivamente trabalhadas no emprego principal: Io dia

2 o dia

3 o dia

4o dia

5o dia

6o dia

7o dia

Número total de horas no emprego principal

b) Número de horas efectivamente consagradas aos outros empregos:

Io dia

2 o dia

3 o dia

4 o dia

5o dia

6o dia

7o dia

Número total de horas consagradas aos outros empregos

c) Número total de horas de trabalho no decurso da semana anterior

_!_!_

J_J_

horas

J_L J L

horas horas horas I horas semana anterior semana anterior semana anterior semana anterior semana anterior

D32. Teria preferido trabalhar mais horas do que as que trabalhou na semana anterior? SIM 1

NAO 2

(33)

"• (49)

(33)

-»• (49)

(33)

"* (49)

(33)

•+ (49)

- • ( 3 3 )

"•(49)

D33. Quantas horas a mais teria desejado trabalhar? horas horas I horas I horas I horas

377

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Apéndice 10 SECÇAO D: (continuaçao) INSCREVER O NOME E O N ' D A PESSOA REGISTADA

NA PÁGINA ANTERIOR

D34. Porque razäo näo trabalhou mais horas? (indicar a razäo principal) Razöes pessoais:

Doençaou acídente Licença, ferias Näo disponível devido a estudos ou responsabilidade familiar.. Outras razöes pessoais (especificar)

Razöes ligadas as condiçôes de trabalho: Avaria da máquina ou do equipamento Falta de materias primas ou de utensilios Época bai xa, inexistencia de mais horas de trabalho Inexistencia de trabalho disponível Outros motivos involuntarios (a especificar)

..5

..6

..7

. 8 .9

(" 49) 49) 49) 49) 49)

Para as pessoas que näo trabalharam n anobtiveram emprego

D3S. Pretendía trabalhar na semana anterior, quer fosse numa exploraçao agrícola,

quer em qualquer outro trabalho?

SIM 1

NÂ0....2

(36)

(38)

(36)

(38)

1 (36)

(38)

(36)

(38)

(36)

(38)

D36. Procurou um emprego durante os 2 meses anteriores? SIM 1

NÄ0....2

(39)

(37)

(39)

(37)

(39)

(37)

(39)

(37)

(39)

(37)

D37. Porque näo procurou emprego durante os 2 últimos meses? Näo estava disponível para trabalhar

Pensava que näo havianenhum trabalho disponível..

Esperava urna resposta a pedidos de emprego efectuados anteriormente..

Preparava-se para inciar um novo emprego

Outras razöes (especificar)

.(38)

.(40)

•(40)

•(40)

•(40)

(38)

(40)

(40)

(40)

(40)

.(38)

• (40)

•(40)

•(40)

•(40)

(38)

(40)

(40)

(40)

(40)

(38)

(40)

(40)

(40)

(40)

D38 Qual foi a sua principal actividade na semana anterior? Estudos, formaçao Trabalhos domésticos Reformadp/demasiado velho Doente, inapto Outra (especificar)

•49) 49) 49) 49) •49)

378

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Apéndice 10

SECCÁO D: (continuacao)

D39. Como procurou emprego durante os dois últimos meses?

a) Inscrevendo-se num Centro de Emprego SIM.... 1

NÁ0...2

b) Apresentando directamente as candidaturas a eventuais empregadores em SIM 1

entrevista, por carta ou por telefone? NAO...2

c) Pedindo ajuda a um amigo ou a um familiar SIM 1

(diligencias efectuadas pelo próprio) NAO...2

d) Procurando um terreno, urna casa, urna máquina, um equipamento ou dinheiro SIM 1 para criar a sua própria empresa NAO...2

e) Pedindo urna autorizacío de exploracío para a sua empresa? SIM 1 NAO.,.2

f) Procurando trabalho por outros meios ? (especificar) SIM 1

NÁO.,.2

D40. Quanto tempo esteve á procura de trabalho ou disponivel para trabalhar?

D41. Tinha trabalhado anteriormente, quer na sua explorado agrícola, quer noutro local?

SIM - Noutro local 2

1

1

1

2

1

2

1

2

1 2

1 2

1

2

1 i 1 Meses

1 — • (49)

2 — > (42)

3 _ • (49)

NSCREVER O NOME E O N° DA PESSOA REGISTADA NA PÁGINA ANTERIOR

1

1

2

1

2

1

2

1 2

1 2

1

2

1 i 1 Meses

1 — • (49)

2 _ • . (42)

3 _ • (49)

1

I

2

1

2

1

2

1 2

1 2

1

2

i 1 Meses

1 —*• (49)

2 — • (42)

3 — • (49)

1

1

2

1

2

1

2

1 2

1 2

1

2

1 i 1 Meses

1 — • (49)

2 — » (42)

3 _ • (49)

1

1

2

1

2

1

2

1 2

1 2

1

2

1 i 1 Meses

1 —»• (49)

2 — • (42)

3 _ » (49)

Descricao do último emprego

D42. Neste emprego, que tipo de trabalho efectuou?

L»4j. Neste emprego, era: Trabalhador por conta de outrem 1 Empregador (com trabalhadores por conta de outrem) 2 Trabalhador a titulo independente 3 Ajuda na actividade familiar 4 Outra situacáo 5

J _ L J_JL J_JL JLJ . J I

379

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Apéndice 10 SECCÁO D: (continuacao) INSCREVER O NOME E O N° DA PESSOA REGISTADA

NA PÁGINA ANTERIOR

D44. Durante quanto tempo efectuou este trabalho?

De 1 ano a menos de 5 anos 3

10 anos ou mais 5

D45. Onde aprendeu fundamentalmente o seu oficio, o seu trabalho?

Universidade ou outra instituicJo académica 2

CERAI.CFI 3

D46. No total, quanto tempo durou esta formacao? Menos de 3 meses 1

D47. Qual foi o principal assunto abordado na formacao?

D48. Descricao do último emnreeador. local de trabalho

(a) Nome da empresa ou proprietáno

(b) Qual o tipo de actividade exercido pela empresa?

(c) Situa-se no sector: Público 1

Paraestatal 2

Privado 3

(d) Existem mais de 5 pessoas a trabalhar nessa empresa? SIM 1 (incluindo todos os estabelecimentos situados no Ruanda) NÁ0....2

(e) Esta empresa exerce as suas actividades: - No domicilio do proprietário 1

1

1

2

3

4

5

1 -+ (46)

2 + (46)

3 - • (46)

4 + (46)

5 + . (48)

1 2 3

1 1

1 — *

2 —*

3 — »

1 2

1 2 3

1 1

(49)

(49)

(48d)

1

1

2

3

4

5

1 +• (46)

2 + (46)

3 - • (46)

4 + (46)

5 + (48)

1 2 3

1 1

1 — •

2 — •

3 — •

1 2

1 2 3

1 1

(49)

(49)

(48d)

1

1

2

3

4

5

1 -+ (46)

2 + (46)

3 + ( 4 6 )

4 + (46)

5 + ( 4 8 )

1 2 3

1 1

1 — *

2 —*

3 — •

1 2

1 2 3

1 1

(49)

(49)

(48d)

1

1

2

3

4

5

1 +• (46)

2 + (46)

3 _• (46)

4 + (46)

5 + (48)

1 2 3

1 1

1 —*

2 —*

3 —>

1 2

1 2 3

1 1

' (49)

(49)

• (48d)

1

1

2

3

4

5

1 -+• (46)

2 - • ( 4 6 )

3 + ( 4 6 )

4 + ( 4 6 )

5 + ( 4 8 )

1 2 3

I I

1 — '

2 — •

3 —»

1 2

1 2 3

1 1

' (49)

•(49)

• (48d)

380

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Apéndice 10

SECCÁO D: (continuacao) INSCREVER O NOME E O N° DA PESSOA REGISTADA NA PÁGINA ANTERIOR

D49. Vive neste agregado familiar ha, pelo menos, 6 meses? SIM.... 1

NÁ0...2

D50. Tenciona permanecer neste agregado familiar durante muito SIM.... 1

tempo (pelo menos 6 meses)? NÁO.,.2

D51. Nasceu nesta comuna? SIM 1

NÁ0....2

D52. Onde habitava antes de vir para aqui? a) Perfeitura:

b) Comuna:

c) Outro país

D53. Esse local era urbano ou rural? Urbano 1 Rural 2

D54. Há quantos anos se veio instalar nesta comuna?

D55 Comecou a trabalhar desde a sua chegada a esta comuna? SIM 1

NAO 2

AÍNDA NAO 3

NAO SE APLICA. 4

D56. Quantas meses mediaram entre a sua chegada e o inicio do seu trabalho?

1

I"*" (51)

!-*• (50)

I"* (51)

2 -* (Fim)

1 — • (Fim)

2 — • (52)

1

• 1 2

1 i 1 anos

1 — • (Fim)

2 — • (56)

3 • (Fim)

4 • (Fim)

1 meses

1

1 "•(51)

2 "•(50)

1 + (51)

2-* (Fim)

1 — • (Fim)

2 — • (52)

1

• 1 2

i anos

1 — • (Fim)

2 — • (56)

3 • (Fim)

4 • (Fim)

1 meses

1

1 "• (51)

2 •+ (50)

1 "*• (51)

2 -* (Fim)

1 — • (Fim)

2 — • (52)

1

• 1 2

1 i 1 anos

1 — • (Fim)

2 — • (56)

3 • (Fim)

4 • (Fim)

1 meses

1

1 + ( 5 1 )

2 •+ (50)

1 -+(51)

2 •* (Fim)

1 — • (Fim)

2 — • (52)

1 1

• 1 2

1 i 1 anos

1 —•(Fim)

2 — • ( 5 6 )

3 •(Fim)

4 •(Fim)

1 meses

1

1 "• (51)

2 -* (50)

1 -*(51)

2 -+(Fim)

1 — • (Fim)

2 — • ( 5 2 )

r 1

• i 2

1 i 1 anos

1 — • (Fim)

2 — • ( 5 6 )

3 • (Fim)

4 >. (Fim)

1 meses Colocar a pergunta D a cada pessoa a seguir com 14 e mais anos. Após ter completado o questionário para todas as pessoas com 14 e mais anos, acabar a entrevista.

381

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Apéndice 11 DEPARTAMENTO CENTRAL DE ESTATÍSTICA

1NQUÉRITO A MÁO-DE-OBRA (OUESTIONÁRIO PESSOAL) PARA TODAS AS PESSOAS COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 10 ANOS)

N°ln quérito

1

1

2

2

N°de Ciclo

3 4

Área Admi nistrativa

5 6 7

Divisao

8 9

Número E.A.

10 11

N'Seg mentó

12 13

Sub Amostra

14

N° agregado familiar

15 16 17

Ano

18 19

Mes

20 21

ZonaEc ológica

22

Tipo Regist

23

Nome: Nome do entrevistado:.

Número sequencial Número sequencial

..Data da entrevista..

Hora de inicio

A. ACTIVIDADE HABITUAL NOS ÚLTIMOS 12 MESES 1. Qual foi a sua principal acti vidade nos últimos 12 meses? Trabalhou por urna remuneracao, lucro ou ganho familiar 1 (Passar a 4) Frequéncia escolar 2 Tarefas domésticas 3 Incapacidade permanente para o trabalho 4 (nao efectuar mais perguntas Outra (especificar) sobre mao-de-obra)

S

2. Mesmo que nao tenha estado a trabalhar, estava dispon!vel para o fazer durante a maior dos 12 últimos meses? Sim 1

Nao..2

parte

3. Procurou emprego durante a maior parte dos 12 últimos meses? Sim 1 Nao..2 D.

B. ACTIVIDADE DO MOMENTO NA SEMANA ANTERIOR 4. Trabalhou durante os 7 dias anteriores por urna remuneracao, lucro ou ganho familiar?

Sim 1 (passar a C) : N2o2

5. Mesmo que nao tenha trabalhado, tinha um emprego, um negocio ou urna acti vidade onde voltará a trabalhar? Sim . 1

Nao. 2 (passar a 8) 6. Porque é que nao trabalhou na semana anterior?

Doenca, acídente 1 Feriados, ferias 2 Nao havia trabalho suficiente para fazer 3 Avaria nos equipamentos ou nos instrumentos de trabalho....4 Falta de materias primas 5 Greve, lock-out 6 Piltra raT3fi i^p^ifirar 2

D ' i '••

7. Recebeu remuneracao mesmo tendo estado ausente ao trabalho nos 7 dias anteriores? Sim 1 (passar a C) Nao..2 (passar a O

D 8. Esteve disponivel para trabalhar durante os 7 dias anteriores?

Sim 1 (passar a 17) Nao 2 D

9. O que fez durante a maior dos 7 dias anteriores? Tarefas domésticas 1 Estudo, formacao 2 Doente, idoso 3 Outra 4

D 382

C. COM EMPREGO: Trabalhou nos 7 dias anteriores ou tinha um emprego mas nao trabalhou nos 7 dias anteriores Registar aquí os pormenores do emrpego principal, no caso de haver mais do que um, isto é, o emprego ou negocio com o maior número de horas de trabalho na semana anterior

10. Emprego principal ou único (profissao) Qual o tipo de trabalho que executa (Entrevistador: Utilize 2 ou mais palavras para descrever as profissoes) Uso exclusivo Departamento

10 Pormenores do negocio ou local de trabalho 11.a) Nome do estabelecimento

.b) Que tipo de estabelecimento é? (Entrevistador: Utilize 2 ou mais palavras para descrever a actividade do estabelecimento)

.c) Estavam a trabalhar nesse estabelecimento 10 ou mais pessoas? (Incluir todas as toacalizacoes do estabelecimento no Zimbabwe)

Sim 1 Nao 2

d) Este estabelecimento está localizado: No seu próprio do micílio ou no de alguém? 1 Nalgum outro lugar fixo? 2 Nao tem lugar fixo? 3

e) Este estabelecimento está registado? Sim I Nao..2

0 Sector: Público 1; Privado 2 Cooperativo 3; Outro 4

Uso exclusivo Departamento

11 b)

11c)

l i d )

II e)

110

...1 (passar a 14) ..2 (passar a 14) ..3 (passar a 14) ...4 ...5 (passar a 14) ..6 (passar a 14) ...7 (passar a 14) ...8 (passar a 14)

9 (passar a 14)

Situacao na profissao 12. Neste emprego, negocio ou exploracao agrícola, trabalha habitualmente:

a) na sua própria propriedade sem trabalhadores por conta de outrem?... b) na sua própria propriedade com trabalhadores por conta de outrem?.. c) para um ganho familiar? d) para outrem com remuneracao? e) para outrem sem remuneracao? f) no próprio negocio sem trabalhadores por conta de outrem? g) no próprio negocio com trabalhadores por conta de outrem? h) como membro de urna cooperativa? i) outra, especificar?

12

13. Como trabalhador por conta de outrem, qual o ordenado ou salario ilíquido que que efectuou? (Excluir rendimentos de outras fontes - rendimento de negocios e habitacao que obteve pelo trabalho efectuado):

Remuneracao mensal em dinheiro: Inferior a $50 01 > $250 e < $500 06 > $50 e < $75 02 > $500 e < $750 07 > $75 e < $100 03 > $750 e < $1000 08 > $100 e <$150 04 > $1000 e <$1500 09 > $150 e <$250 05 > $1500 10

recebeu pelo trabalho o valor de bens ou

13

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Segundo empreeo 14. a) Tem um segundo emprego? Sim 1

Nao 2 (Passaral5) b) No seu segundo emprego que tipo de trabalho efectúa?

Profissao

c) Qual o nome do estabelecimento?

d) De que tipo é o estabelecimento? (Entrevistados utilize 2 ou mais palavras para descrever a actividade do estabelecimento)

e) Existem 10 ou mais pessoas a trabalhar no estabelecimento? (incluí todos os locáis de actividade no Zimbabwe)

Sim 1 Nao 2

0 Este estabelecimento está localizado: No saeu próprio domicilio ou no de alguém? 1 Nalgum outro local fixo? 2 N3o tem local fixo? 3

g) Este estabelecimento está registado? Sim I NSo 2

14 a)

Uso exclusivoDepartamento

14 b)

Uso exclusivoDepartamento

14 d)

14 e)

• 14 g)

Horas trabalhadas 15. Quantas horas (incluindo horas extraordinarias mas excluindo pausas para refeicdes e ausencias ao

trabalho autorizadas) trabalhou em cada dia nos últimos 7 dias? Horas trabalhadas

l°dia 2o dia. 3o dia.. 4o dia. 5o dia 6o dia.. T dia.

l°emp. 2°emp.

16.a) Gostou de trabalhar mais horas durante os últimos 7 dias? Sim 1 N8o 2 (Passaralód))

b) Quantas horas a mais teria preferido trabalhar durante os últimos 7 dias? (Número de horas))

c) Procurou um emrpego adicional (para trabalhar mais horas) durante os últimos 7 dias? Sim I N3o 2

d) Procurou um trabalho alternativo durante os últimos 7 dias? Sim 1 (Passara24) N3o 2 (Passar a 24)

16 a)

16 b)

16 c)

1*H)

D. DESEMPREGADO (PARA PESSOAS QUE RESPONDERAM "SIM'A PERGUNTA 8) 17. Procurou emprego durante os últimos 7 dias? Sim 1

N3n 2 (Passar a 20! _LZ_ 18. Como procurou emprego durante os últimos 7 dias?

a) Inscreveu-se num Centro de Emprego Sim I N3o 2

b) Contactando empregadores Sim 1 N3o 2

18 a)

18 b)

c) Procurando junto de exploracoes agrícolas, fábricas ou outros locáis de trbalho

d) Colocando ou respondendo a anuncios

e) Pedindo apoio a amigos ou familiares

f) Efectuou diligencias para criar a sua própria empresa

g) Outra (especificar)

Sim Nao Sim

Nao Sim

Nao Sim Nao Sim .NSn

Apéndice 11 i 2 1 2

1

2 1 2 1 7

CU 18 c)

CU 18 d)

CU 18 e)

CU 180

CU 18a

19. Que tipo de emprego procurou? Profiss3o Passara21

Uso exclusivoDepartamento

20. Porque razSo n5o procurou emprego durante os 7 dias anteriores Pensou que n3o havia trabalho disponível 1 A espera de resposta a diligencias efectuadas anteriormente 2 Temporariamente doente mas procuraría se nao o estivesse 3 Outra (especificar) 4

21. Há quanto tempo está disponível para trabalhar? < 1 mes 1 £ 1 mes e < 3 meses 2 > 3 meses e < 6 meses 3 ¿ 6 meses e< 1 ano 4 ¿. 1 ano e < 2 anos 5 > 2 anos 6

D 20

D 21

22. Já tinha trabalhado anteriormente? Nunca trabalhou 1 (Passar a 24) i • Apenas nos seus próprios terrenos agrícolas 2 (Passar a 24) 1 22 Outra (especificar! 3

23. Que tipo de trabalho efectuou nesse emprego? (Entrevistador: Utilize 2 ou mais palavras para descrever a profissao)

Uso exclusivoDepartamento

E. PERGUNTAS SUPLEMENTARES 24. Toma parte em qualquer decisáo importante para a vila ou ao nivel de bairro? i 1

Sim 1 | 1 24 N3o ?

25.No mes anterior participou voluntariamente nalgum projecto comunitario? • • Sim 1 (Passar a 26) 25 Nao 2 (Passar a 28)

26. Nome da Organizacao Desenvolvimento Comunitario e Questoes relativas as Mlheres Desportos, Juventude e Cultura Outro, especificar D»

27. Que trabalho efectuou? Natureza da actividade..

Uso exclusivoDepartamento

28. Fim Hora a que acabou ; Número de esclarecimentos.. Controlado por: Chefe de equipa

383

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Apéndice 12

Seccáo 5: ACTIVIDADE DO MOMENTO (Todas as pessoas com 10 ou mais anos de idade)

S.N°: Nome:

(Assinale a resposta correcta para cada pergunta)

1. Realizou algum trabalho por urna remunerado, lucro ou

ganho familiar durante a semana anterior, pelo menos durante

urna hora em qualquer dia?

l . D SIM (Saltar para 7)

2 . D NAO

NOTA: O trabalho incluí -

a. a producáo e transformado de produtos do

sector primario, quer para o mercado, quer

para a troca ou o autoconsumo;

b. a producáo de todos os outros bens e

servaos para o mercado e, no caso dos

agregados familiares produzindo tais bens e

servicos, a correspondente producáo para

consumo próprio;

c. construcáo por conta própría.

2. Mesmo que, por alguma razao, nao tenha trabalhado na semana anterior, tinha um emprego ou empresa, tal como urna loja, negocio, quinta ou servico (fixo ou móvel)?

1. n SIM, um emprego (Saltar para 4)

2. LJ SIM, urna empresa tal como urna loja,

negocio, quinta ou servico (fixo ou

móvel). (Saltar para 4)

3. [U NAO, mas planeia arranjar um emrpego

dentro de um mes. (Saltar para 21)

4. • NAO

3. Contríbuiu com o seu trabalho para o ganho familiar, num negocio da familia ou exploracao agrícola familiar, durante a semana anterior?

1. • SIM (Saltar para 7)

2. D NAO (Saltar para 21)

4. Porque razao nao trabalhou na semana anterior?

1. LJ Doenca ou acídente

2. C] Greve ou encerramento temporario da

actividade (lockout)

3. O Feriados, ferias ou licenca para ausencia

ao trabalho

4. D Estacáo baixa. Inactividade

5. I—I Devido ao "mau tempo"

6. LJ Devido a avaria nos equipamentos

(Continua na próxima coluna)

7. D Devido a escassez de materias primas

8. O Licenca para estudos ou para formacao

9. LJ Licenca de parto ou para cuidar dos filhos

10. Lj Situacáo legal e de ordem pública

11. O Reducáo da actividade económica devido a :

-producáo mais baixa devido a menor

procura; ou

-falta de agua para ¡rrigacáo; ou

-falta de energía (gaz ou electrícidade)

12. Outra razao:. (Especificar)

5. Há quanto tempo tem estado continuamente ausente

desse emprego ou empresa, tal como urna loja,

negocio, quinta ou prestacao de servicos (fixa ou

móvel)?

1. CD Menos de um mes

2. D Um mes ou mais

6. Que tipo de vínculo o(a) liga a este emprego ou

empresa?

1. • Empresa própría tal como loja, negocio, quinta ou empresa de servicos (fixa ou móvel).

2. O Pagamento durante a ausencia.

3. LJ Acordó de garantía de regresso ao

trabalho

4. Q Outra forma de vínculo como, por

exemplo, a reparticao de lucros, etc.

5. • Nenhum vinculo (Saltar para 21)

6. d Desconhecido (Saltar para 21)

7. Agora vou efectuar varias perguntas somente acerca

do(a) principal emprego ou empresa tal como urna loja,

negocio, quinta, prestacao de servicos (fixo ou móvel) se

teve mais do que um(a) na semana anterior.

(Continua na página seguinte)

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Apéndice 12

8. Qual era a sua principal profissao, isto é, qual a natureza do trabalho que efectuou?

9. Qual a natureza do trabalho efectuado na empresa tal como urna loja, negocio, quinta, prestacao de servicos (fixo ou móvel), departamento/instituicáo onde trabalhou?

10. Qual era a sua situacao na profissao?

(Ler todas as opcdes ao inquirido)

1 .0 Com emprego regular remunerado e ordenado fixado?

7 |~) Com emprego ocasional remunerado?

3.LJ Trabalhador remunerado á pe9a ou servico prestado?

4i~l Aprendiz remunerado nao pertencente á familia?

5 .D Empregador?

6 . 0 Trabalhador náo-agrícola por conta própria?

7.LJ Agricultor proprietário?

8.l~l Agricultor em parceria?

9.LJ Agricultor a contracto?

10. O Trabalhador familiar nao remunerado?

11. O Outra, como por exemplo membro de urna cooperativa

de producáo, etc.

11. Onde efectúa o seu trabalho?

(Ler todas as opcdes ao inquirido)

l .D No seu próprio domicilio

2.|~l No domicilio de familiares ou amigos

3.LJ Em casa do empregador

4.LJ Na rúa

5.LJ Num terreno em zona rural

Numa loja, negocio, escritorio ou industria pequeños

7 . Q Numa instituicáo, negocio ou industria grandes

8 .D Outro:

(Especificar)

12. Para além do emprego principal, trabalhou também em algum emprego subsidiario na semana anterior?

1. D SIM

2. D NAO

Seccáo 6: SUBEMPREGO

13. Quantas horas trabalhou em cada dia na semana anterior no seu principal emprego e nalgum emprego subsidiario?

No caso de nao ter trabalha do num de terminado dia co difique:

(13.1) A - Se tinha um emprego ou empresa nesse dia;

(13.2) B - Se nao tinha emprego ou empresa nesse dia em par ticular mas estava disponí vel para trabalhar;

(13.3) C - Se nao tinha emprego ou empresa nesse dia em par ticular e nao estava dispo nivel para trabalhar

Horas trabalhadas

Sábado

Domingo

2* feira

3* feira

4* feira

5* feira

6" feira

TOTAL...

SE TOTAL i. 42 HORAS SALTAR PARA 15 J 14. Porque razio trabalhou menos do que 42 horas?

1. 1—1 Normalmente trabalha o mesmo número de horas

2. LJ Doenca ou acídente

3. LJ Ferias, Ramadño, licenca para ausencia ao trabalho

4. • Greve

5. LJ Avaria mecánica ou eléctrica

6. LJ Falta de materias primas ou de combustivel

7. D Encerramento temporario da actividade (lockout) ou em situacao de suspensao temporaria de trabalho

8. D Mau tempo, estacáo baixa

9. D Razoes voluntarias ou pessoais, por exemplo, actividades religiosas ou sociais ou frequencia de reunides políticas

10. I—I Outras razoes involuntarias (situacao legal e de ordem pública, doenca de familiar, etc.)

m

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Apéndice 12

15. Eslava disponivel para trabalho adicional?

l . n SIM

2.1H NAO

Seccao 8: DESEMPREGO

16. Procurou algum trabalho alternativo na semana anterior?

l . Q SIM

2 . D NAO

Seccao 7:APENAS PESSOAS COM EMPREGO REMUNERADO

Para pessoas a quem foram dados os códigos 1 - 4 em Q. 10

Para as pessoas que tém códigos 5 - 11 em Q. 10 esta entrevista está terminada; deve ir entrevistar a pessoa seguinte

17. No seu emprego principal qual é a períodicidade de pagamento?

l . D Quinzenal (Saltar para 19)

2 . D Mensal (Saltar para 19)

3.D Diario

4.D Semanal

5.1—1 Outra periodicidade: (Especificar)

6.LJ Na base de urna taxa á peca por servico prestado

7.LJ Outra: (Especificar)

18. Quanto ganhou no emprego principal na semana anterior?

I—I Rs. em especie (Saltar para 20)

D Géneros (dar o seu valor no mercado) em Rs.

(Saltar para 20)

19. Quanto ganhou no emprego principal no mes anterior?

O Rs. em especie

l—I Géneros (dar o seu valor no mercado) em Rs.

21. Eslava disponivel para trabalhar durante a semana

anterior?

(Ler as opcoes e marcar a que for adequada)

1. LJ Apenas neste agregado familiar

2. O Apenas nesla aldeia/vila/cidade

3 . I—I Em qualquer ponto deste Distrito

4. LJ Em qualquer ponto desta Provincia

3. LJ Em qualquer localidade do Paquistáo

6. O Indisponível (Saltar para 32)

22. Para que tipo de trabalho estaría disponivel? (Ler todas as opcdes ao inquirido

e marcar a que ele preferir)

1. LJ Emprego remunerado a tempo completo em or ganismo público

2. LJ Emprego remunerado a tempo completo no sector privado

3. LJ Emprego remunerado a tempo parcial

4. • Emprego a título independente urna vez propor

clonados os recursos e apoios necessários

5. • Outro tipo de emprego tal c o m o á comissao, emprego a contrato, com remuneracao ao dia, etc.

23. Quando foi a última vez que procurou emprego?

1. LJ Durante a semana anterior

2. LJ Há2a4semanas

3. LJ Há 1 a 2 meses

4. LJ Há 2 a 6 meses

5. E Há 6 a 12 meses

6. LJ Há mais de um ano (Saltar para 26)

7. D Nunca procurou emprego (Saltar para 26)

20. Quantas rupias recebeu no ano anterior sob a forma de gratificacóes?

(Quer tenham tido urna base anual, trimestral ou casual; faca o cálculo para o ano)

•—I Nenhumas

D Rs.

Esta entrevista está terminada; passar ao inquirido seguinte

7 T - ,

24. Há quanto tempo está a procurar emprego?

1. LJ Menos de u m m e s

2. O 1 a 2 meses

3. LJ 2 a 6 meses

4. D 6 meses a 1 ano

5. D mais de 1 ano

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Apéndice 12

25. Que diligencias efectuou, durante o ano anterior, para procurar emprego?

(Ler todas as opfdes e marcar ¡odas as que o inquirido mencionar)

l . n Contactou empregadores

2 .D Procurou junto de locáis de trabalho, exploracoes agrícolas, fábricas, mercados, etc.

3.Ü Solicitou autorizacdes ou licencas para instalacáo de erTcsa própria, por exemplo urna loja, negó ció, e^pioracao agrígola ou empresa de servicos (fixa ou móvel)

4 .Q Procurou terrenos, edificio, maquinaría ou equipa mentó para instalar a sua própría empresa (loja, negocio, quintq, empresa de servicos (fixa ou móvel)

5.Q Procurou ajuda de familiares ou amigos

6,l~l Colocou ou respondeu a anuncios

7 . d Registou-se num Centro de Emprego

8.LJ Ajustou recursos financeiros

9 . D Outras:

(Especificar) 10 U N3o efectuou diligencias

11. Desconhece

«y;

26. Qual o tipo de emprego que está interessado em trabalhar e qual a remuneracao por mes que espera receber?

26.1 Emprego:

26.2 Rs. por mes:

27. Estará disposto a

l . n apenas trabalhar por um ordenado ou salario de

acordó com as condiedes localmente em vigor e

de acordó com as suas qualificacdes e experiencia

ou 11~| trabalhar em qualquer emprego, seja qual for a sua

duracao ou condiedes?

28. Qual o distrito onde se sitúa o seu domicilio?

1. O mesmo deste agregado familiar

2. Outro: (Nome do Distrito)

29. Já tinha trabalhado anteriormente?

1. LJ Sim, há menos de 12 meses (Passara30)

2. O Sim, hámais de 12 meses (Passara30)

3. • Nunca Esta entrevista está terminada

passar ao inquirido seguinte

\ í*

30. Qual era a sua profissáo, ou por outras palavras, qual

era a natureza do trabalho que efectuou anteriormente?

31. Qual era a natureza do trabalho efectuado na empresa

onde trabalhou anteriormente, fosse ela urna loja, ne

gócio, quinta, empresa de servicos (fixa ou móvel) ou

departamento/instituido?

Esta entrevista está terminada. Passe ao inquirido seguinte.

32. Porque razao nao eslava disponível para trabalhar?

(Ler todas as opfdes ao inquirido)

1. Q Doenca

2. O Iniciará um emprego dentro de um mes

3. LJ Estava em situacüo de suspensüo temporaria do trabalho

4. U Aprendiz e nao está disposto para trabalhar

5. O Estudante e nao está disposto a trabalhar

6. LJ Em tarefas domesticas e nao disposto a

trabalhar 7. LJ Reformado e nao disposto a trabalhar

8. LJ Proprietário agrícola/dono de imóveis e nSo

disposto a trabalhar 9. LJ Demasiado jovem para trabalhar

10. Q Demasiado idoso para trabalhar

11. n Incapaz de trabalhar/Deficiente

12. D Outra razao:

(Especificar)

Se o inquirido é do sexo masculino, esta entrevista está

terminada; passar ao inquirido seguinte

Se o inquirido é do sexo feminino e os códigos 6 ou 12 foram assinalados, passar á Seccao 9; caso contrarío,

terminar a entrevista e passar ao inquirido seguinte

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387

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Apéndice 12 Seccáo 9 : Muiheres com 10 e mais anos de idade com códigos

ACTIVIDADE LABORAL

(Prímeiro, efectuar todas as perguntas listadas a seguir e assinalar SIM para cada actividade em que a pessoa tenha estado ocupada na semana anterior e NAO para cada actividade em que a pessoa nao tenha participado; em segundo lugar, para ca da resposta SIM, voltar atrás e perguntar o número de horas trabalhadas na sema

na anterior.)

33. Durante a semana anterior ajudou ou trabalhou em:

1. operacoes agrícolas, tais como transplante de arroz, escolha de algodao, apanha de vegetáis e fruta, armazenar as colheitas, mondar os campos?

2. transformacao de alimentos, tais como moagem, trituracao, secagem de sementes,

3. operacdes da pecuaria, tais como dar de comer e ordenhar os animáis, bater as na tas para fazer manteiga, pastar, recolher estéreo de vaca e preparar blocos de

4. cuidar de aves domésticas, por exemplo, alimentar as aves, recolher e acondicio nar ovos, dar injeccSes ou remedios as aves e preparar os seus alimentos

5. trabalho de construcao, tal como reparacoes com barro de telhados e paredes da casa e armazéns, construcao e reparacao de paredes divisorias, quartos, etc

6. recolha de lenha ou de varas de algodoeiro para utilizacao no consumo de lenha

7. transporte de agua

8. fazer roupas, coser pecas de roupa ou vestuario de cabedal, tricotar, fazer borda

9. fazer compras ñas

12. ajudar as enancas a fazer os trabalhos de casa ou outras actividades educativas?.

13. limpar e arrumar a casa?

14. outras actividades que dém lugar á producao de bens ou servicos para a casa e que estáo geralmente disponiveis no mercado? Especificar:

Esta entrevista está terminada; passar ao inquirido seguirte

6 ou 12 na pergunta 32

SIM NAO

(1)

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

D

Para cada SIM, quantas horas trabalhou na semana anterior?

Total de horas

(2)

Deste total, quantas horas para

a própria familia

(3)

outras pessoas por uma remune racao em di nheiro ou

em géneros (4)

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Apéndice 13

SECCÁO 2

2.1 MAO DE OBRA TPARA PESSOAS COM 10 E MAIS ANOS DE IDADE)

01 (a) Nomedapessoa

(b) Número sequencial (que foi dado na col. 1 da seccao 1)

ACTIVIDADE HABITUAL (NOS 12 MESES ANTERIORES)

02 Tem um emprego ou esti disponfvel para trabalhar? (activo) sim

üáfl.

03 Foi alguma vez activo durante os últimos 12 meses (com emprego sim

ou disponível para trabalhar)? nao

04 Foi activo na maior parte dos 12 meses anteriores (com emprego sim

ou disponível para trabalhar)? nao

05 Esteve habitualmente na situacao de com emprego?

ou de desempregado?

06 Esteve principalmente ocupado(a) em:

tarefas domésticas?

estudos?

outra forma de inactividade? 07 Natureza da actividade principal:

(a) Industria

(b) Profissao

(c) Situacao na profissao

Com emprego remunerado: regular

ocasional

Com emprego a título independente: empregador

trabalhador por conta própria

trabalhador familiar nao remunerado

passar a Q.04 passar a .04 passar a .04 passar a .04 passar a .04 passar a .04

• passar a Q.06 . passar a Q.06 • passar a Q.06 passar a Q.06 passar a Q.06 -•passar a Q.06

' passar a Q.06 passar a Q.06 • passar a Q.06 passar a Q.06 passar a Q.06 •passar a Q.06

••passar a Q.07

-•passar a Q.09

-•passar a Q.07

passar a Q.oy

passar a Q.07

-•passar a Q.U9

• passar a Q.07

• passar a Q.09

• passar a Q.07

• passar a Q.U9

••passar a Q.07

-•passar a Q.U9

passar £ Q.09

passar a Q.09

passar a Q.09

passari Q.09

passara Q.09

passar: Q.09

9

O 1® 1® 1»

® Apenas para utilizacao do Departamento

389

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Apéndice 13

08. Natureza da actividade secundaría, se existir

(c) Situa9Üo na profissSo

Com emprego a titulo independente: empregador

trabalhador por conta própría

trabalhador familiar nao remunerado

09. Número de dias efectivamente trabalhados (em todas as actividades)

durante os 12 meses anteriores (excluindo ferias)

de 60 a 119 dias

de 120 a 179 dias

de 180 a 239 dias

de 240 a 299 dias

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

6

7

®

®

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

6

7

®

®

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

6

7

®

®

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

6

7

8

®

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

6

7

®

®

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

6

7

Vil

®

Por favor controlar de novo, se alguma pessoa ocupada numa actividade económica, isto é, com emprego na produjo ou transformafao de quaisquer produtos primarios, sejam eles para o mercado, para troca ou para consumo do agregado familiar, ou na produ9¡io e distribu¡9ao de quaisquer outros bens e servaos fundamentalmente para o mercado, ou disponivel para um desses tipos de trabalho, foi omitido na enumcracSo anterior e, em caso afirmativo, obtenha, por favor, respostas as perguntas 1 a 8.

® Apenas para utilizado do Departamento

390

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Apéndice 13

ACTIVIDADE DO MOMENTO (ÚLTIMA SEMANA DE CALENDARIO)

10. Efectuou algum trabalho por urna remuneracao, lucro ou ganho familiar durante a última semana de calendario?

sim

nao

11. Tinha um emprego ou empresa no(a) qual nao trabalhou na última semana de calendáno?

Nao

12. Estava disponível para trabalhar na última semana de calendario?

13. Razao para a nao disponibilidade:

sim

nao

Doenca, incapacidade

14. Porque nao trabalhou durante a última semana de calendario?

Feriados, ferias ou outra ausencia autorizada...

ReducSo na actividade económica

Inactividade derivada da estacao baixa

1

2

2

3

• passar a Q. 16

V> passar Q.14

V

1

2

2

3

4

5

9

• passar a Q. 23

s.

— • Fimde2.1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1

2

2 __

3

• passar a Q. 16

V* passar Ql 4

'

1

2

2

3

4

5

9

•passar a Q.23

s

¿

—•Fim de2.1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1

2

2 _

3

• passar a Q. 16

) • passar Ql 4

y

1

2

2

3

4

5

9

•passar a Q.23

s

¿

—•Fimde2.l

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1

2

3

• passar a Q. 16

V> passar Q. 14

y

1

2

1

2

3

4

5

9

•+• passar a Q23

s

¿

—>Fim de 2.1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1

2

2

3

• passar a Q. 16

V> passar Q. 14

K

^^_ 1

2

1

2

3

4

5

9

• passar a Q23

s,

¿

—>F¡mde 2.1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

' •passaraQló

2

2

3

VtpassarQ14

1

2

2

3

4

5

9

•passar aQ23

s.

¿

->Fimde2.1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

391

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Apéndice 13

(b) Qual o tipo de vínculo que o(a) liga ao seu emprego ou empresa?

16. Natureza do emprego principal

(c) Sector:

(d) SituacSo na profissSo: Com emprego remunerado: regular

ocasional

Emprego.a títiulo independente: empregador

trabalhador por conta própria

trabalhador familiar nao remunerado

17. Natureza do emprego secundario, caso exista

(b) Profissao

(c) SituacSo na profissao:

Emprego a títiulo independente: empregador

trabalhador por conta própria

trabalhador familiar nao remunerado

1

2

3

4

5

Semanas

1

2

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

Semanas

1

2

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

®

®

1

?

3

4

5

Semanas

1

2

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

Semanas

1

2

1

2

3

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5

®

®

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

Semanas

1

2

1

2

3

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5

®

®

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

Semanas

1

2

1

2

3

4

5

®

®

1

2

3

4

5

®

®

® Apenas para utilizacao do Departamento

392

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Apéndice 13

18. Número de horas efectivamente trabalhadas durante a última semana de calendario

(a) No principal emprego

(b) Em todos os empregos (incluindo o principal)

19. Número de horas por semana

(a) Que normalmente espera trabalhar no emprego principal

(b) Habitualmente trabalhadas em todos os empregos

20. 18 (a) é maior do que ou igual a 19 (a)?

18 (b) é maior do que ou igual a 19 (b)?

21. Razóes para trabalha

VOLUNTARIAS

INVOLUNTARIAS

menos:

Doen9a ou acídente

Ferias, licervja para se ausentar

Indisponivel para emprego a tempo completo

Lock-out, lay off.

Mau tempo, esta93o baixa

Nao disponível emprego a tempo completo por

1. De acordó com as condicoes do emprego do entrevistado, se existirem; caso contrarío, de; empregos semelhantes; se, mesmo assim, nao existir qualquer convenio, tomar urna norma í

horas

horas

horas

horas

Se ambas as perguntas tém

resposta "Sim", passar a 0.22

1

2

3

4

5

6

7

8

9

icordo com a estipula9So irbitrária de 35 horas.

horas

horas

horas

horas

Se ambas as perguntas tém

resposta "Sim", passar a Q.22

1

2

3

4

5

6

7

8

9

horas

horas

horas

horas

Se ambas as perguntas tém

resposta "Sim", passar a Q.22

1

2

3

4

5

6

7

8

9

egal para empregossemelhantes, se os houver; se

horas

horas

horas

horas

Se ambas as perguntas tém

resposta "Sim", passar a Q.22

1

2

3

4

5

6

7

8

9

horas

horas

horas

horas

Se ambas as perguntas tém

resposta "Sim", passar a Q.22

1

2

3

4

5

6

7

8

9

nao existir essa estipulafao, de acordó com a

horas

horas

horas

horas

Se ambas as perguntas tém resposta "Sim", passar a Q.22

1

2

3

4

5

6

7

8

9

orática normal para

393

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Apéndice 13

22. (a) Estava disponivel para trabalho adicional durante a última semana de calendario?

(b) Esteve á procura de emprego alternativo?

23. Para que tipo de trabalho estaría disponivel?

sim

nao

sim

nao

qualquer tipo de emprego

24. Que diligencias efectuou durante os últimos 12 meses na procura

de emprego remunerado ou de emprego a título independente?

Inscreveu-se num Centro de Empego público ou privado

Contactou directamente empregadores

Procurou em quintas, propriedades, empresas, mercados, locáis

Pediu apoio a amigos ou familiares

Procurou térras, edificio, maquimaria, equipamento ou

Nao tomou quaisquer diligencias específicas

25. Há quanto tempo está á procura de emprego? (Desde que fícou desempregado(a) para os que estío nessa situacao)

1

2

1

2 -•passar a Q.30

1

2

3

4

1

2

3

4

5

6

7

g

9 -• passar a Q.26

passar

Meses

a Q27 (a)

1

2

1

2 -• passar a Q.30

1

2

3

4

1

2

3

4

5

6

7

g

9 > passar a Q.26

Meses

passar a Q27 (a)

1

2

1

2 -•passar a Q.30

1

2

3

4

1

2

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5

6

7

g

9 -> passar a Q26

passa

Meses

- a Q27 (a)

1

2

1

2 -•passar a Q.30

1

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1

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9 -• passar a Q26

Meses

passar a Q27 (a)

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Meses

passar a Q27 (a)

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1

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g

9 -•passar aQ26

Meses

passar a Q27 (a)

394

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Apéndice 13

26. Porque razao n3o procurou emprego?

Desencorajado(a) devido á incapactdade de obter um emprego.

Acredita que nao está disponível nenhum emprego adequado...

Ocupado(a) em tarefas domésticas

Ocupado(a) com estudos

Ocupado(a) noutras actividades nao-económicas

Outras rázoes (especificar)

27. (a) Pessoas com emprego passar a Q.28

Já tinha trabalhado anteriormente?

Sim, hémenos de 12 meses

Sim, há mais de 12 meses

Nunca

(b) Alguma vez recusou emprego durante o período em que

esteve desempregado(a)? sim

nao • & • W W W^

28. Que tipo de emprego preferiría?

0

29. Fonte de assisténcia durante o período de desemprego/subemprego

Govemo, instituicáo de caridade

Pais, esposa, filhos, amigos

Rendimento de propriedades/ bens

Levantamento de poupancas

Venda de propriedade ou Liquidado de bens

Emprego actual

Náopediu assisténcia

¡A 2

3

4

r 6~ u

• passar a Q. 31

K

-•passar a Q31

V

\

-•passar aQ31

/

\

-•passar aQ31

V

\

•passaraQ31

/

X

-»passaraQ31

/

® Apenas para utilizacao do Departamento

395

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Apéndice 13

30. Porque razao nüo procurou emprego alternativo?

Satisfeito(a) com o actual emprego

Ocupado(a) com tarefas domésticas

Ocupado(a) comestudos

Ocupado(a) em outras actividades nao-económicas

Outra razao (especificar)

31. Distribuicao do tempo de trabalho (última semana de calendario):

a. Número de dias trabalhados

b. Número de dias nao trabalhados, mas tinha emprego ou empresa

c. Número de dias nao trabalhados, nao tendo emprego

nem empresa, mas disponível para trabalhar

d. Número de dias nío disponível para trabalhar

TOTAL.. dias dias dias dias dias dias

396

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índice Temático por Ordem Alfabética

actividade (ramo de actividade) classificacáo, 164 codificado, 173-175, 306-307, 349 conceitos, 162-163 desenho do questionário, 164-165, 267 estabelecimento como unidade estatística,

163 populacáo institucional, 13, 83, 220 utilizacóes dos dados, 161

actividade económica capacidade de geracáo de rendimento, 148-

152 conceito e ámbito de, 14-25, 38, 44-45, 270 desenho de questionário para medir, 29, 30,

75-78, 268, 270-276 duracáo mínima de, 54-55 instrucoes do entrevistador sobre o conceito

de, 31-33 listas de actividades, 18, 29, 30, 31, 75, 76,

78 questoes de medicáo, 25-31, 88 ramo de ver actividade ver também condicáo perante o trabalho do

momento, condicáo habitual perante o trabalho

actividades domésticas e a medicáo das horas de trabalho, 88 e as pessoas nao pertencentes á máo-de-

obra, 42 e os limites de producáo do SCN, 14, 15,

21-25 passim actividades ilegais, 22 actividades nao-económicas, 14-15, 21-23 actividades sazonáis

ajustamentos sazonáis para dados de series temporais, 256

construcao, 48, 88, 108 duracáo habitual de trabalho, 85, 88, 90,

123 e a ausencia temporaria ao trabalho, 73-74 e a medicáo da populacáo habitualmente

activa, 47, 48, 59, 63, 70,216 e a supressáo do criterio de procura de

emprego, 108-109, 112 turismo, 48, 88, 108

aditiva dade de enviesamentos, 329 de estimativas, 256-257

agregados familiares e a especificacáo da populacáo, 220-222 e as operacóes de amostragem, 229, 230-

231,236-237,241,328 e o conceito de situacao económica, 148,

153 e os procedimentos de estimativa, 249, 256 producáo de bens e servicos para consumo

do agregado familiar ver producáo nao destinada ao mercado

recolha de estatísticas sobre, 185 rendimento, 155-159 passim

Alemanha, República Federal da desenho e cobertura do inquérito, 32, 78,

79,92, 100-101, 123,244 taxas de náo-resposta, 336

amostra-máe, 232-233, 302 amostragem

actualizacao da estrutura, 302-303 "agrupamentos compactos", 230-231 amostras-mae, 232-233, 259, 302 ao longo do tempo, 239-249 desenho da amostra, 233-239 dominios, 225, 237, 249 e a náo-resposta, 333-336 e os erros de cobertura, 327-331 erro, 319, 320, 321,337-351 estruturas ver estrutura primaria de

amostragem, estrutura secundaria de amostragem

interpenetrante (com réplicas), 240, 243, 323, 348

multietápica ver estrutura primaria de amostragem, estrutura secundaria de amostragem

probabilidade, 232, 234, 250, 327 seleccáo e documentacáo da amostra, 238,

303 unidades, 198, 231, 234, 334-335 e ver

também estrutura primaria de amostragem, estrutura secundaria de amostragem

amostragem com réplicas ver amostragem interpenetrante

amostragem interpenetrante, 240, 243, 323, 348

amostragem náo-probabilística, 234

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amostragem por agrupamentos agrupamentos compactos, 230-231 e a estratificaçâo, 236 e a taxa de resposta, 252 e o erro de amostragem, 337, 340, 348 e operaçôes de listagem, 304 substituiçâo de unidades esgotadas, 248

amostragem probabilística e desenho da amostra, 223, 234 e os procedimentos de estimativa, 249, 338 probabilidade proporcional à dimensäo,

230, 238, 253 regras de associaçâo e, 231 viciaçâo de, 327

amostras auto-ponderadas e as estimativas simples näo enviesadas,

249, 250 e o desenho da amostra, 237-238

Antilhas Guiana, 92 aprendizes

aprendizagem nao remunerada, 21 definiçâo de emprego, 181 e a mediçào do emprego, 70, 75, 80-82 e a remuneraçâo em géneros, 16 e a situaçao na profissào, 169, 172 e horas de trabalho, 88 procura de um posto de trabalho como

aprendiz, 104 Argentina, 26, 78, 222 ausencia ao trabalho ver ausencia temporaria

ao trabalho ausencia temporaria ao trabalho

desenho de questionário sobre, 75-78, 129-137, 270-277

e a actividade principal, 39, 54, 71 e a mediçào de emprego, 72-75 e as incorporaçôes futuras, 102 e o subemprego visível, 128-137 normas internacionais sobre, 181, 182, 277

Australia erros de amostragem, 341 especifîcaçâo de categorías de resposta, 291 mediçào da disponibilidade para trabalhar,

100-101,109,111 mediçào das horas de trabalho, 126, 128,

129, 193 recordar o ano completo, 60 taxas de näo-resposta, 336

auto-consumo ver produçào de bens e serviços e os limites da produçào do SCN

avaliaçào categorías de utilizadores de, 326 estrategia para, 323-326 importancia, 323-324, 325

métodos de avaliaçào, 322 normas internacionais sobre, 186. 319, 324-

325 oportunidade, 324, 325 referencias úteis, 326-327 tipos de erro, 319-322, ver também

precisäo avaliaçào de dados ver avaliaçào Banco Mundial, Projecto Dimensöes Sociais de

Ajustamento, 207 Barbados, 126 Bélgica, 123, 244 Belize, 126 bem-estar económico e emprego, 152-159 Botswana

Inquérito à Mäo-de-Obra, 32, 78, 126 Programa Integrado de Inquérítos Continuos as Familias, 208

Brasil, 12, 207, 222 Camaröes, República Unida dos, 228 Canadá

estudantes, 104 pp. limite mínimo de idade, 12 relacionamento dos problemas de emprego

com as dificuldades económicas, 159 trabalhadores a tempo parcial, 87

categorías de resposta estruturaçào, 286-290 perguntas abertas ou perguntas fechadas,

137, 286-289 resposta simples ou múltipla, 111, 136-137,

289-290 variáveis do inquérito e, 110, 113, 116-119,

132, 135-137, 139-141, 165, 167-168, 172,251-252

China, 228 ciclos

correlaçôes entre ciclos, 341 e as estimativas compostas com amostras

sobrepostas, 255 e os inquérítos continuos, 186, 239, 243 sistema de inquérítos com variaçào do

assunto focado, 207 Classificaçào Internacional da Situaçao na

Profissào (CISE), 169-172, 315 Classificaçào Internacional Tipo de

Actividades (CITA), 16, 18, 19, 162-165,' 185,315

Classificaçào Internacional Tipo de Educaçào, 166

Classificaçào Internacional Tipo de Profissöes (CITP)

CITP 1968, 83, 166 CITP 1988, 166,181, 185,315

400

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cláusula "importante contribuiçâo , 80 codificaçào

erros, 176-178, 348-350 índice, 173-176 de actividade, 173-175, 306, 307 deprofissäo, 173-176 passim, 306, 307 controlo operacional e de qualidade, 306-

307 perguntas pre-codificadas, 307 o processo de, 306 da situacäo na profissäo, 306 estruturaçâo das categorías de resposta, 287

Colombia, 78, 222, 227 Comunidade Europeia, 92 conceitos analíticos, 183 condiçâo habitual perante o trabalho ver

condiçào principal perante o trabalho classificaçâo cruzada com a condiçâo

perante o trabalho do momento, 59, 210 desenho de questionário, 63-66, 268, 273,

281-282 e período de referencia, 48-50, 203 lista das variáveis e quadros principáis,

314-317 condiçâo perante o emprego

conceitos, 154, 156-159 e situacäo económica, 148, 153-154

condiçâo perante o trabalho do momento classificaçâo cruzada com a condiçâo

habitual perante o trabalho, 59, 210 conceitos e classificaçâo, 36, 38-42, 54-56 desenho de questionário, 266-267, 268,

270-277 e período de referencia, 40-42, 203 lista das variáveis e quadros principáis,

314-317 condiçâo perante o trabalho ver condiçâo

perante o trabalho do momento, condiçâo habitual perante o trabalho

Conferencias Internacionais de Estaticistas do Trabalho (CIET)

Décima (1962), 84, 123, 191 Décima Primeira (1966), ni, 121, 143, 147,

187-189 Décima Quarta: ver a seguir Décima Segunda (1973), 149, 184, 193 Décima Terceira: ver a seguir estabelecimento de, m, 95 Nona (1957), 121,168 Oitava (1954), 111,79, 103, 121 Segunda (1925), 95 Sexta (1948), 96, 121

conteúdo e resultados de mquento, especificaçâo de

consideraçôes básicas, 264-265, 269 diagramas de fluxos de questionário, 266-

268 traduçâo das variáveis de inquérito em

perguntas de inquérito, 268-269 variáveis de inquérito, 265-266

controlos de salto, 311 controlos de validaçâo, 309-312 Convençâo de Estatísticas do Trabalho (n°

160) e Recomendaçâo (n° 170), 200 cooperativa de produtores, membre de

classificaçâo segundo a situacäo na profissäo, 169-171

Coreia, República da desenho e cobertura de inquérito, 78, 102,

110, 125, 126 Costa Rica

extracto do questionário, 366-367 inquérito metodológico da OIT, iv, 28, 29,

75, 80 pp., 139 enancas

limites de idade, 11-13, 222 mediçâo da actividade económica, 43, 57-

58 medidas de política adequadas e, 185 trabalhadores familiares nao remunerados,

171 trabalho ilegal de enancas, 12

criterio da "terceira pessoa", 23 criterio da maioria ver principal condiçâo

perante o trabalho criterio de disponibilidade para trabalhar

definiçâo tipo, 97, 100-101, 106-107, 181 e mediçâo de desemprego, 41, 97, 100-107,

112,181,278-279 e grupos especiáis, 104-105 e mediçâo do inquérito, 111-119 e periodos de referencia, 41, 101-102, 112 incorporaçôes futuras, 102-103 suspensäo temporaria de trabalho,

trabalhadores em situacäo de, 103 criterio de procura de emprego

acçôes concretas para procurar emprego, 98-100, 113-116

duraçâo do trabalho procurado, 137-139 . e estrutura da mäo-de-obra, 36-41, 44-46,

116-119, 181 e grupos populacionais especiáis, 102-105 e mediçâo do desemprego, 41, 98-105, 113-

116

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e medicáo do inquérito, 109-111, 114-119, 278

normas internacionais sobre, 97, 181-182 períodos de referencia, 41, 99-100, 101-102 razoes para nao procurar emprego, 112-113 supressáodo, 36, 105-109, 112-118

passim, 278, 181, 182 criterio de sem emprego

definicáo tipo, 97-98, 106-107, 181 e incorporacóes futuras 102 referencias temporais, 101

criterio de urna hora, 71-72 Décima Quarta CIET (1987)

sobre o criterio de procura de emprego, 98, 99

sobre o criterio de urna hora, 83 sobre programas de formacáo profissional,

81, 105,122 sobre subemprego visível, 122

Décima Terceira CIET (1982), resolucáo respeitante a estatísticas de populacáo activa, emprego, desemprego e subemprego, adoptada por, 179-186 ver também todas as subentradas sobre conceitos, definicoes, normas internacionais

desempregado e estrutura da máo-de-obra, 35-46, 48 e principal condicáo perante o trabalho, 51-

57 esquema de classificacáo, 116-119 medicáo retrospectiva de, 59-66 normas internacionais sobre, 97, 181-182

desemprego aprendizes, 104 criterio de disponibilidade, 100-101, 106-

107, 111-112 criterio de procura de emprego, 98-100,

105-106, 110 definicáo tipo, 97-105 desenho de questionário, 100, 109-119,

269, 271-279 e a medicáo retrospectiva, 59-66 e condicáo perante o emprego, 154, 157-

158 e estrutura da máo-de-obra, 38-46 passim,

96 e o criterio de urna hora, 71-72 e principal condicáo perante o trabalho, 50-

59 passim esquema de classificacáo, 116-119 esquemas de criacáo de emprego,

beneficiarios de, 104-105 estudantes, 104

flexibilizacáo da definicáo tipo, 105-109 fontes de dados, 96-97 incorporacoes futuras, 102 medicáo, 109-119 normas inemacionais sobre, 36, 43, 95-96,

97-104,278, 181-182 pessoas vinculadas de forma marginal á

máo-de-obra, 109 razoes para nao procurar emprego, 112-113 referencias temporais, 101-102 suspensáo temporaria de trabalho,

trabalhadores em situacáo de, 103 trabalhadores desencorajados, 107-108 trabalhadores sazonáis, 108-109

desenho de questionário divisáo em seccóes, 290 especificacáo do conteúdo e resultados do

inquérito, 264-269 implementacáo, 291-294 prescricoes para controlar a consistencia e

os procedimentos, 283 principios e técnicas de, 282-291 sobre a actividade habitual, 63-66, 268,

271-276,281-282 sobre a actividade, 164-165, 267 sobre a profissáo, 167-168, 267 sobre a situacáo na profissáo, 172, 267 sobre o emprego, 29, 30, 75-78, 268, 270-

274 sobre as categorías da máo-de-obra, 266-

276 sobre as horas de trabalho, 89-92, 271-275 sobre o desemprego, 100, 109-119, 269-

270, 271-279 sobre o emprego, 75-78, 270-277 sobre o subemprego visível, 127, 129-143,

267,271-276,279-281 desenho e reestruturacáo da amostra

amostragem ao longo do tempo, 239-249 amostras auto-ponderadas, 237-238 amostras-máe, 231-233, 259, 302 aspectos práticos de, 233-239 desenho tipo painel, 248-249 e erros de amostragem, 338, 340 especificacáo da populacáo a estudar, 219-

223 estratificacáo, 236-237 estruturas de amostragem, 213-233 modelos de rotacáo, 244-246 procedimentos "dependentes" da seleccáo

da amostra, 258 procedimentos de estimativa, 249-257 reestruturacáo, 257-259

402

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dimensäo da amostra escolha e controlo sobre, 211, 235-236,

248, 256, 258 e precisäo da amostragem, 187, 197, 251,

337-338 desenhos de painel, 248-249, 341 desenvolvimento de questionário

equipa de desenho, 263 importancia da tarefa, 261-262 seccáo introdutória, 290 redacçâo e traduçào das perguntas, 284-286 inspecçâo, avaliacào e revisâo, 263 estruturaçào das categorías de resposta,

286-290 consultas utilizador-produtor, 263

diagramas de fluxos de questionário especificaçào das variáveis de inquérito e,

265-266 extracto do inquérito à Actividade do

Mercado de Trabalho, 65 ilustraçôes de inquéritos nacionais à mâo-

de-obra, 269-282 listas de actividades, 29, 30 sobre as principáis características

económicas, 267 sobre desemprego, 115, 267 sobre emprego, 76, 267 sobre horas de trabalho, 91 sobre subemprego visivel, 130, 134, 267 utilizaçào de, 266-268

dificuldades económicas, relacionadas com o emprego, 148, 154-158 passim

Dinamarca cobertura e desenho da amostra, 13, 112,

244 inquéritos à mâo-de-obra independentes,

205 taxas de nâo-resposta, 336

Directrizes provisorias das Naçôes Unidas sobre Classificaçôes Internacionais Tipo de Idades, 185,315

Disponibilidade para trabalho adicional ver subemprego visivel

distribuiçâo do tempo de trabalho, 137, MO­MS, 183

distribuiçâo optima, 237, 238 doméstica(o) {pessoa ocupada em tarefas

domésticas} e a mediçâo da actividade económica, 43,

70, 104, 181, 182 como populaçâo habitualmente inactiva, 52,

57-58, 59 dominios de infbrmaçâo

e desenho da amostra, 235-236,237, 238

e procedimentos de estimaçâo, 249 duraçâo da actividade económica

duraçâo do trabalho procurado, 138-139, 183,280-281

e a principal condiçâo perante o trabalho, 50-59

e o subemprego visivel, 123-127 natureza involuntaria de urna duraçâo

inferior à normal, 127-137 residencias ver unidades de habitaçâo economías de planeamento central, 15, 44,

172, 186 Egipto

cobertura e desenho de inquérito, 12, 13, 32,228

inquéritos à mâo-de-obra independentes, 205

El Salvador, 125 empregadores

e a ausencia temporaria ao trabalho, 73. 74, 277

e a mediçâo do desemprego, 70, 74 e a situaçâo perante a profissâo, 161, 169,

170,171 e o conceito de emprego, 181

emprego conceito e definiçâo de, 36, 70-71 desenho de questionário, 75-78, 270-277 e a principal condiçâo perante o trabalho,

50-59 e estrutura da mâo-de-obra, 38-46 e horas de trabalho, 83-92 e ver também a

seguir e o bem-estar económico, 153-159 esquemas de criaçâo de, 104-105, 122 esquemas de formaçâo/, 21, 81, 105, 122 mediçâo das relaçôes entre rendimento e,

147-159, 184 mediçâo do, 70-78 mediçâo retrospectiva do, 59-66 normas internacionais sobre, 69, 71, 72, 73,

77,78, 180-181 políticas, 2, 147 rendimento do, 149-152 subemprego visivel como subcategory do,

123 ver também emprego a tempo completo, emprego remunerado, emprego a tempo parcial, emprego a título independente

tratamento de grupos especiáis, 78-83 volume de, 149, 151-152

133-emprego /posto de trabalho definiçâo ver profissâo

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periodo de procura, 97, 99-100, 101-102, 110,216

emprego a tempo completo e a condicáo perante o emprego, 154, 157-

158 e a duracáo normal de trabalho, 123-127 e a medicáo da actividade económica, 30,

44, 70, 104 e as horas de trabalho, 86-88 e as incorporacoes futuras, 77, 97, 102,

105, 108, 114, 182,266,280 e o subemprego visivel, 132, 136, 140, 142

emprego a tempo parcial condicáo perante o emprego, 154, 157-158 duracáo normal de trabalho, 123-127 e o baixo rendimento, 154 e o subemprego visivel, 132, 136, 140, 142 horas de trabalho, 86-88 medicáo da actividade económica, 31, 70 periodo de referencia, 42

emprego a título independente ausencia temporaria ao trabalho e, 72-75,

277 definicáo tipo do, 36, 70-71, 72, 180-181 duracáo do trabalho procurado e, 139 e a identificacáo da actividade, 30, 77, 78,

270 e a situacáo na profissáo, 167, 171 e as horas de trabalho, 84, 124, 127, 137 e o criterio de procura de emprego, 98, 99,

105,110,114 e o subemprego, 121, 129, 139, 144 rendimento do, 150-151

emprego irregular ver emprego ocasional, trabalho com horario reduzido

emprego remunerado definicáo de, 36, 37, 70-71, 72, 180 e a ausencia temporaria ao trabalho, 72-74,

75-77, 263 e o criterio de procura de emprego, 97, 98-

99, 110,114 horas normáis de trabalho, 124, 129 identificacáo de, através do desenlio de

questionário, 30-31, 75, 270 rendimento do, 149-150, 151

empresa (classificacáo de actividade), 162, 163,184

empresas familiares e a ausencia ao trabalho, 74-75 e horas de trabalho, 88 e o rendimento do emprego a título

independente, 151 producáo por um lucro ver producáo para

o mercado

empresas nao constituidas como sociedades, 170, 171

enderecos ver unidades de habitacáo entrevista

e a recolha de dados, 305 entrevista pessoal apoiada em computador,

298 estruturacáo da entrevista, 282-283 estruturacáo das categorías de resposta,

286-290 formacáo do entrevistado^ 300-301, 302 instrucóes para os entrevistadores, 31-33,

283-284, 293-294 métodos de entrevista "qualitativa", 262 ordenacáo de perguntas e instrucóes de

salto, 291 redaccáo e traducáo das perguntas, 284-286 repeticáo de entrevistas, 323, 325, 344-346,

347 sobre o conceito de actividade económica,

26,31-33 variáncia do entrevistado^ 346-347, 348-

349 entrevistas, repeticáo de, 323, 325, 331, 344-

346 enviesamento

codificacáo, 349 de amostragem, 321 definicáo de, 321 e tipos de rotacáo da amostra, 247 náo-amostrais, 321, 329, 331, 333, 338,

343-346 nos procedimentos de estimativa, 249-252,

253 Equador, 125, 126, 382-383 erro de amostragem

categorías, 320-322, 342 estimacáo, 338-339 exemplo de, 341-342 importancia de, 338 padróes de variacáo, 330-340 versatilidade, 340-341

erro variável, 320-321, 324, 326, 346-349 erros de cobertura

avaliacáo, 323, 330-331 cobertura por excesso e por defeito, 327-

331 passim descricáo, 320, 321, 327-328 efeito de, 329-330

erros de resposta e a medicáo retrospectiva, 47, 49, 59-66

passim, 88-89, 111 enviesamento da resposta, 321, 343-346 natureza e fontes de, 342-343

404

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variância da resposta, 321, 346-349 erros do inquérito

amostragem, 211, 320-321, 337-341 cobertura e erros afins, 327-331 de "extrapolaçâo", 320, 321 de "observaçâo", 320, 321 enviesamento, 320-321, 324, 326, 329,

338, 343-346 erros de resposta, 342-349 especificaçâo de controlos de validaçào,

311-313 métodos de avaliaçâo, 322-335 alheios à amostragem, 211, 320-337, 342-

351 nâo-resposta, 321, 332-337 processamento, 349-351 tipos de, 319-322 variável, 320-321, 324, 326, 346-349

erros alheios à amostragem cobertura, 321, 327-331 conceptual, 321 definiçâo, 319-322 e a implementaçâo do inquérito, 211 métodos de avaliaçâo, 322-327 nâo-resposta, 321, 332-337 processamento, 321, 349-351 resposta, 321, 342-349

erros ver erros do inquérito Espanha

cobertura e desenho do inquérito, 123, 244 inquéritos à mâo-de-obra independentes,

205 taxas de nâo-resposta, 336

especificaçâo previa de categorías, 2S7 estabelecimento

como unidade estatística na classificaçâo por actividade, 162, 163, 198

estabelecimentos e inquéritos como fontes de dados, 4, 197-199

Estados Unidos adopçâo antecipada de regras de prioridade,

40 erros de codificaçâo, 176 Inquérito à Permanencia no Emprego, 27,

49, 60-61 Inquérito ao Rendimentos e à Participaçâo

em Programas, 49 taxas de nâo-resposta, 336

estatisticas de populaçâo activa, emprego, desemprego e subemprego, resoluçâo referente adoptada pela Décima Terceira CIET (1982), 179-186

estatisticas de salarios, resoluçâo concernente e sistema integrado de, 184, 193

estimadores sintéticos, 256 estimativas compostas

com amostras sobrepostas, 254, 340-342 da quantidade de desemprego do momento e

de subemprego visível, 137-138, 183 estratificaçâo, 231, 236-237, 258 estrutura de utilizaçâo da mâo-de-obra, 144-

145,216 estrutura da mâo-de-obra

actividade principal, 39 e ver a seguir alternativa a, 141 aplicabilidade de, 43-46 categorías básicas, 36-39, 69, 116-119 diagramas de fluxos ilustrativos, 267, 271-

276 e estrutura da actividade habituai, 47-48,

55-56, 58, 59, 62-63 e periodo de referencia curto, 40-42, 203-

204 e subemprego visível, 58, 126 estabelecimento de, 95-96 mediçâo do subemprego com, 121-136

passim regras de prioridade, 39-40 e ver a seguir "reservas de mâo-de-obra", 143

estrutura de actividade do momento ver estrutura da mâo de obra

estrutura da actividade habituai e a estrutura da actividade do momento, 47,

48, 55-56, 58, 59, 62-63 e o subemprego visível, 58-59, 122 periodo de referencia longo, 48-50, 282 principal condiçâo perante o trabalho, 50-

59 estrutura de amostragem secundaria

actualizaçâo da estrutura, 302-303 amostras-mâe, 232-233, 259, 302 e a amostragem ao longo do tempo, 241-

242 e a documentaçâo da amostra, 303-304 e a estrutura primaria de amostragem, 223,

224, 229 e os erros de cobertura, 327-328 regras de associaçâo, 198, 231-232, 237,

327 unidades de amostragem fináis, 230-231,

237, 238, 241, 243, 245-246, 247, 252, 302,303, 327-328

unidades de área fináis, 229, 245, 246, 250, 302, 303, 309, 327-328

estrutura do inquérito características comuns dos inquéritos, 208-

209 desenho técnico, 213

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e a amostragem ao longo do tempo, 239-249

escolha de, 210 inquentos continuos e inquentos ocasionáis,

200-203 periodo de referencia, 203-204 relacoes entre inquéritos, 204-208

estrutura primaria de amostragem amostra-máe, 232-233 e a amostragem ao longo do tempo, 240,

241 e a estrutura secundaria de amostragem,

223, 224, 229 manutencáo e actualizacáo, 228-229, 302-

304 objectivos e estrategia, 224-225 representacáo física, 228 unidades de amostragem primarias, 223,

225-228, 232-233, 240, 243, 245, 247, 254,339

estudantes á procura de emprego, 104 aspectos de compreensáo do trabalho

remunerado, 27 classificacáo dentro da máo-de-obra, 39,

43, 70, 82, 181, 182 como populacáo habitualmente inactiva, 52-

59 passim e horas de trabalho, 89 e o criterio da disponibilidade, 100, 104 formacáo, 21

factores de custo avaliacáo, 325 das estruturas de amostragem, 224-226,

229, 233, 235, 247, 248, 256 desenho de questionário, 261, 269, 293 do trabalho no terreno, 209, 305 e a dimensáo do inquérito, 209, 211,214,

215,222 e as fontes de dados, 196-199 passim

falta de cobertura ver erros de cobertura familia

como unidade de análise, 153, 249 e o conceito de situacáo económica, 148-

149, 153 recolha de estatísticas sobre, 185 rendimento, 155-159 passim trabalhadores familiares nao remunerados,

ver a seguir fiabilidade, 324 Filipinas

cobertura e desenho do inquérito, 49, 227, 242

taxas de náo-resposta, 336 Finlandia

cobertura e desenho do inquérito, 13, 216, 246, 247

inquéritos á máo-de-obra independentes, 205

fontes, 4, 96-97, 179-180, 196-199, 212, ver também recenseamentos da populacáo

forcas armadas e a definicáo de actividade económica, 13,

21, 181 e a medicáo do emprego, 70, 83 e a situacáo na profissáo, 169, 171 exclusáo dos inquéritos, 220 recrutas, 70

forcas militares ver forcas armadas formandos, ver aprendizes Franca, 243 ganhos ver remuneracáo gestores e directores, 170, 171 Grecia, 243 grupos de populacáo específicos

e a populacáo activa, 13-14, 221 e o desemprego, 102-105, 107-109 e os objectivos do inquérito, 203 emprego e horas de trabalho, 78-83

Guatemala, 110,206 Holanda, 244 Honduras, 128 Hong Kong, 244 horas de trabalho

criterios alternativos de mínimo de horas, 71-72

desenho de questionário, 89-92, 271-275 e a medicáo do subemprego visível, 123-

127 e as regras de prioridade, 39-40 emprego e, 69-92 habituáis, 85-86 e ver a seguir horas efectivamente trabalhadas, 84 e ver a

seguir individuáis, 125-127 modalidades de trabalho, 86-88 normáis, 85, 123-125, 280 objectivos e questóes da medicáo, 19, 83-

84, 88-89 resolucáo relativa a eststísticas de, 191

horas efectivamente trabalhadas definicáo, 84-85 desenho de questionário, 89-92, 130-134

passim e as horas habitualmente trabalhadas, 85 horas individuáis de trabalho, 125-127 questóes de medicáo, 88-89

406

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horas habituáis de trabalho conceito e definicáo, 85-86 e a duracáo normal de trabalho, 123-124 horas individuáis de trabalho, 125-127 questóes de medicáo, 88, 89-92, 130, 132,

134 horas normáis e duracáo de trabalho, 85, 123-

125, 129-137,279-281 impactos diferenciáis, 89 implementacáo de questionário

apresentacáo e impressáo, 293-294 delineamento e ensaio, 291-293

inactividade como categoría da estrutura da máo-de-

obra, 36-40, 43-46, 69 e as regras de prioridade, 39-40 medicáo retrospectiva de, 61, 62, 64

incorporacóes futuras, 77, 97, 102, 105, 106, 108, 114, 182,266,278

India, Inquénto Nacional por Amostragem de Emprego e Desemprego da inquénto metodológico da OIT em Kerala,

iv, 28, 30, 60, 75, 80 pp., 139, 268 medicáo do desemprego, 42, 106, 109, 141 cobertura e desenho do inquénto, 12, 50,

60, 202, 208, 222, 225, 240, 241 índice de inconsistencia, 347 individuos

análise dos erros de resposta ao nivel individual, 343

como unidade de amostragem final, 230, 231,242,248

e a condicáo perante o emprego e a situacáo económica, 153, 154, 155

e a especifícacáo da populacáo, 220-222 e a introducáo e validacáo de dados, 309,

311 e os procedimentos de estimacáo, 249, 257 seleccáo de, e erros de nao cobertura, 328-

329 Indonesia, 206, 207, 245 Inquénto a máo-de-obra do Canadá

definicáo de actividades voluntarias, 23 desenho de questionário, 78, 92, 109, 111,

125, 126, 127,355-356 estrutura secundaria de amostragem, 229 Inquérito a Actividade do Mercado de

Trabalho, 49, 64-66 Inquérito Anual de Modelos de Trabalho,

61-62 programa de repeticáp de entrevistas, 345 reestruturacáo periódica, 215 revisáo da qualidade das estimativas, 326 taxas de náo-resposta, 336

tipos de rotacáo de amostras, 245 veículo para outros dados, 206

Inquérito a Populacáo Actual dos Estados Unidos

amostragem, 226, 229, 245-248 passim, 259

avaliacáo de dados, 326, 344, 345, 346 desemprego, 103, 111, 113 emprego e horas de trabalho, 78, 79, 87, 92 extracto do questionário, 358-359 populacáo activa, 12,31-32 populacáo habitualmente activa, 48 procedimentos de estimacáo, 254, 256 reestruturacáo periódica, 215 relacóes entre emprego e rendimento, 159 subemprego, 125, 126, 128 veículo para outros dados, 207

Inquérito Mundial á Fertilidade(1975), 206, 264, 284, 286, 297

inquéritos á máo-de-obra características comuns dos, 208-209 como módulos anexos a outros inquéritos,

205-206 como veículo para outros dados, 206-207,

259 estrutura e organizacáo do inquérito, 199-

209 ilustracóes de desenho de questionários,

269-282, 355-394 ver também referencias em dados,

questionário, amostra, inquérito inquéritos as familias

como fonte de dados, 40, 96, 179-180, 196-199 passim

desenvolvimento de métodos, 95-97 estrutura e organizacáo do inquérito, 199-

209 razáo para a importancia dada aos, 4-5 ver também referencias em dados,

questionário, amostra, inquérito inquéritos continuos

amostragem ao longo do tempo, 239, 243-249

continuidade, 200 desenho e reestruturacáo do inquérito, 209-

210,213-214,298,302 e a náo-resposta, 332, 334

. e a recolha de dados, 304 e o erro de amostragem, 338-342, 343-344 periódico, 201 período de referencia, 203-204 passim procedimentos de estimativa, 249-257

inquéritos de finalidades múltiplas, 207

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inquérítos ocasionáis amostragem ao longo do tempo, 239-243 e a estrutura don inquérito, 210 e a reestruturacáo do inquérito, 213-214 período de referencia, 200, 202-204 procedimentos de estimativa, 249

inquéritos únicos amostragem ao longo do tempo, 239-243 e a estrutura do inquérito, 202-204 período de referencia, 239 procedimentos de estimacáo, 249

inquirido, 286-291 passim, ver também entrevista

Instituto Internacional de Estatística, "Base de Dados Dinámica", 314

instrucóes de salto, 268, 291 Irlanda, 244, 361-365 Israel, 126 Italia, 244, 336 Jamaica

desenho e cobertura do inquérito, 78, 125, 126, 222

medicáo do inquérito, 106 Japáo

cobertura e desenho do inquérito, 74, 86, 246

taxas de náo-resposta, 336 Jordania, 228 jovens

como nao pertencentes á máo-de-obra, 43 como trabalhadores familiares nao

remunerados, 78-79 e a duracáo normal de trabalho, 123,128 e o subemprego, 137 limites de idade, 12-13 medidas de política adequadas e, 184

Kénia, 208 Kerala ver India limites de idade

directrizes provisorias sobre a Classificacáo Internacional Tipo de Idades, 315

máximos, 13, 222 mínimos, 12-13, 36, 51 pp., 220, 222

listas brancos ñas amostras, 335-336, 337

listas de actividades, 18,29, 30, 31, 75, 76, 78 Luxemburgo, 244 Malasia

cobertura e desenho do inquérito, 13, 125-129 passim

taxas de nao-resposta, 336 138-máo-de-obra ver populacáo activa do

momento

marinheiros e o criterio le procura de emprego, 98 exclusáo d< > inquéritos, 13

medicáo retros lectiva com base na especificacá< do empregador, 63-66

membrodecoi perativa de produtores, 169, 181

México desenho e c abertura do inquérito, 13, 92,

102,22: Microcensoda Austria, 71 modalidades d trabalho, 86-88, 89-90, 92 modelos de rol cao

desenho de tainel decomposto, 248-249 e erro de ar ostragem, 338, 339, 341 em inquérit s continuos, 239, 243-249 "enviesame to do grupo de rotacáo", 247 estimativas :ompostas com amostras

sobrepo tas, 254 factores qu influenciam a escolha de, 246-

248 na reestruti acáo da amostra, 258-259 sobreposicí > de amostras entre subciclos,

241-24: mulheres

como traba íadores familiares nao remunei dos, 74-75, 78-79, 171

e a subestir acáo da actividade económica, 43, 270

e o conceit( de actividade económica, 22, 26-27,: i, 185-186

e o criterio io desemprego, 100, 106 e o empregí a tempo parcial, 86 estudo da C IT sobre e as actividades

económi ;as, 28, 42 natureza ve untaría do trabalho com

duracáo nferior á normal, 128, 137 náo-resposta

brancos em listas de amostras, 335-336, 337

cálculo das axas de náo-resposta e as medidas relacionadas, 251, 333-337

exemplos d taxas de náo-resposta, 336 impacto, 3: 1-333, 336 e a náo-res] asta parcial, 252, 332-333 e as estima vas simples nao enviesadas,

250-25: fontes de, 2 ¡2 unidades d< amostragem e de inquiricáo,

334-33Í "náo-procurad res"{de trabalho}, 112-113 Nigeria, 125, : >6, 128

408

Page 213: STAT Working papers STAT Documents de travail STAT ... · STAT Documents de travail STAT Documentos de trabajo No. 95-4 INQUÉRITOS DE POPULAÇAO ACTIVA, EMPREGO, ... 4 Principios

Noruega desenho e cobertura do inquérito, 13, 26,

112 taxas de náo-resposta, 336

Nova Zelandia, 87, 90, 92 "ocupacáo remunerada", 39 operacóes com computador

codificacáo apoiada por computador, 308 e a amostragem, 228, 303 e o arquivo e difusáo de dados, 314 e o processamento de dados, 202, 305, 349 entrevista pessoal apoiada por computador,

298 introducáo de dados apoiada por

computador, 298, 309 validacáo por computador, 309-310

operacóes do inquérito análise da informacáo sobre, 322-323 dimensáo das, 211 estrutura de amostragem e seleccáo da

amostra, 302-304 planificacáo e organizacáo, 212-213 práticas gerais, 297-298 preparacáo e processamento de dados, 305-

313 e ver a seguir quadros de resultados, informacáo e

disseminacáo, 312-317 recolha de dados, 304-305 e ver a seguir recrutamento e formacáo do pessoal, 298-

301 testagem dos instrumentos e procedimentos"

do inquérito, 301-302 Panamá, 129, 227 Paquistao, 240, 382-386 Paraguai, 26, 78 perguntas

abertas e fechadas, 286-289 com resposta única e múltipla, 289-290 controlos de validacáo, 311-313 exemplos de sequéncias de, 60, 62, 64, 110-

113, 138, e ver também referencias sobre variáveis de inquéritos em diagramas de fluxos de questionários

instrucóes de salto, 291 precodifícadas, 307, 351 redaccáo de, 284-286 sequéncia de, 290-291 traducáo de, 286

perguntas textuais, 284-286, 289, 291 periodo de referencia

criterio da disponibilidade, 101-102, 279 criterio da procura de emprego, 98-103,

279 curto, 11, 35-42 passim, 47, 51, 71, 203

e a medicáo retrospectiva, 59-66, 281 e as horas de trabalho, 84, 126 e os inquéritos continuos, 200-202, 203 escolha de, 40-42, 48-49 fixo, 49-50, 114, 201, 203-204 inquéritos ocasionáis, 202, 239 longo, 11, 35, 45-47 passim, 153-154, 203 medicáo das relacóes entre emprego e

rendimento, 149, 153-154 móvel, 49-50, 114, 200, 203-204 período de inquérito e, 242-243 período de procura de emprego, 99-100,

111 período do inquério

divisáo em subciclos, 238-241 e a duracáo do inquérito, 238 e o período de referencia, 242

Perú, 227,336 pessoal de formacáo, 300-301, 302 pessoal do inquérito

formacáo, 300-301, 302 organizacáo do inquérito e, 298-300 qualificacóes necessárias, 213 ver também trabalho no terreno, entrevista

pessoas com emprego e a estrutura da máo-de-obra, 35-46, 48 e a principal condicáo perante o trabalho,

50-57 esquema de classificacáo, 116-119 medicáo retrospectiva de, 59-66 normas internacionais sobre, 70-71, 180-

181 pessoas em subemprego visível, 122-137 pessoas idosas

como nao pertencentes á máo-de-obra, 43, 59

como populacao habitualmente inactiva, 52, 57,59

e a medicáo do emprego, 70 e o subemprego, 128, 137 limite de idade máximo, 13

pessoas nao pertencentes á máo-de-obra ver populacao inactiva do momento

planeamento, desenho e reestruturacáo do inquérito

especificacáo do conteúdo e resultados do inquérito, 264-269

estrutura e organizacáo, 199-209 fontes de dados, 196-199, 212, 179-180 procedimentos de avaliacáo utilisados para

apoio do, 322-323 questóes básicas, 209-213 reestruturacáo, 210, 213

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ver também desenho do questionano, desenvolvimento do questionário, desenho da amostra

ponderacáo amostras ponderadas e a náo-resposta, 336 auto-ponderacáo, 237-238, 250, 252 controlos dos dados da populacáo, 253 e a consistencia das estimativas, 256-257 e as estimativas compostas com amostras

sobrepostas, 255 estimativa de rácios, 253-254 estimativa de totais, 252 ponderacáo correctora, 253, 254 ponderacóes do desenho, 235, 250, 251 ponderadores externos, 252-253, 330 ponderadores fraccionarios, 257

populacáo ámbito de, 11-14,219-223 estimativa de agregados populacionais, 197,

223, 234, 249, 250-251, 253, 330 inactiva, conceito de, 182 ver também populacáo activa do momento,

populacáo activa, populacáo institucional, grupos especiáis da populacáo, populacáo habitualmente activa

populacáo activa ámbito da actividade económica, 14-25, 39 ámbito da populacáo, 11-14, 219-223 classificacáo cruzada por condicáo perante

otrabalho, 58-59 em algum momento durante o ano, 50-51 finalidades das estatísticas sobre, 2-4 fontes de dados sobre, 4, 196-199 inquéritos sobre, 195, 208-209 e ver

também inquéritos as familias, inquéritos a máo-de-obra

normas internacionais sobre, 1, 11, 35, 47, 58-59, 180-182, 199-200

questoes de medicáo, 11, 14, 25-33 ver também populacáo activa do momento,

populacáo habitualmente activa populacáo activa do momento

definicáo, 11,35, 180 e a medicáo do subemprego visível, 143-

151 e os limites da producáo no SCN, 14, 15,

21-25 passim estrutura da máo-de-obra, 36-42, 44-46, 69,

71 pessoas nao pertencentes á máo-de-obra, 43 pessoas vinculadas de forma marginal a

máo-de-obra, 109

populacáo cot idade para trabalhar ver limites de idade

populacáo de icto, 13-14, 221-222, 245, 247, 329

populacáo ¿fe ure, 13-14,221-222 populacáo hal tualmente activa

condicáo p incipal perante o trabalho, 50-59

definicáo, 1, 47-48, 50-51, 180 e a estrutu i do inquérito, 210 e a medica do subemprego, 58, 122 medicáo re rospectiva, 59-66, 281-282 periodo de eferéncia longo, 48-50

populacáo ina tiva do momento conceito e efinicáo, 43, 196 e a estrutu i da máo-de-obra, 35-46, 59 esquemad classificacáo, 116-119 medicáo n rospectiva de, 61-63 passim

Porto Rico, 1 5 Portugal, 110 244 precisáo

erros conc ptuais, 321 erros de ai ostragem, 320, 321, 338-342 erros de c( íertura e erros afins, 320, 321,

327-33 erros de pi wessamento, 320, 321, 349-351 erros de re posta, 320, 321, 342-349 náo-respo! a, 320, 321, 332-337

precisáo dos i idos ver precisáo preparacáo di dados ver processamento principáis cía sificacoes ver actividade,

profissáo, s uacáo na profissáo principal con ¡cao perante o trabalho

activo em Jgum momento durante o ano, 50-51

duracáo n nima da actividade económica, 54-56

habitualm nte inactivo durante o ano, 57-58 medicáo d i subemprego durante o ano, 58-

59 e ver conc cao habitual perante o trabalho

principio da ¡ rtividade, 39, 71, 98, 128 Principios e 1 ecomendacóes das Nacoes

Unidas pan os Rcenseamentos da Populacáo e da Habita áo

actividade económica e trabalho sem remun racáo, 21

definicáo a populacáo habitualmente inacth i, 57-58, 182

limites de dade, 12 situacáor i profissáo, 169

procediment< ; de estimativa ajustamei os sazonáis para dados de series

tempo lis, 256

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consistencia das estimativas, 256-257, 330-331

e cálculo dos erros de amostragem, 338, 339

e desenho da amostra, 234-235 estimadores sintéticos, 256 estimativa de agregados populacionais, 197,

223, 234, 249,250-251, 253, 330 estimativa de rácios, 197, 209, 223, 234,

252, 253-254, 257, 329, 332, 339 estimativas compostas com amostras

sobrepostas, 247, 255 estimativas simples nao enviesadas, 249-

252 aperfeicoados, 258 ponderacóes externas, 252-254 tipos de estimativa, 241-242, 243, 249-250

procedimentos interactivos de introducáo de dados, 298, 307, 309, 310

processamento arquivo e difusáo de dados, 186, 314 avaliacao dos erros de codificacáo, 349-351 codificacáo, 306-307 erros de processamento, 321, 349-351 especificacáo dos controlos de validacáo,

311-313 gravacáo de dados, 350 introducáo e validacáo de dados, 308-309 perguntas precodifícadas, 307 quadros de resultados, 265, 312-317 validacáo em computador, 310 validacáo manual e validacáo em

computador, 309-310 processamento de dados ver processamento procura de trabalho adicional ver subemprego

visível producáo de bens e servicos

e o conceito de actividade económica, 14-16, 180

e os limites da producáo do SCN, 11, 14-21,23-25,39,70,80

problemas de subestimacáo, 270 producáo nao destinada ao mercado

conforme definicáo do SCN, 11, 14-21, 23-25,31,39,70

pessoas ocupadas em, 80, 195 producáo para o mercado, 11, 14-17, 23, 39 profissáo

classificacáo, 165-167 codificacáo, 173-174, 175-176, 307-308,

350 conceitos, 165-166 desenho de questionário, 167-168, 267 utilizacáo dos dados, 161

Programa das Nacóes Unidas para a Capacidade Nacional na Realizacáo de Inquéritos as Familias, v, 208, 264

quadros de resultados conjunto mínimo de, 314-317 e a informacáo, 313-314 e a náo-resposta a rúbricas, 337 requisitos mínimos, 266

rácios, estimativa de, 197, 209, 223, 234, 252, 253-254, 257, 329, 332, 339

ramo de actividade económica ver actividade recenseamentos da populacáo

como fontes de dados, 4, 196-197, 205, 206,212,214

e a estrategia da amostragem, 225, 228, 257-258

e os quadros de resultados sobre as características económicas, 314

estimativas de, na avaliacao de erros, 323 período de referencia, 40

recolha de dados distribuicáo do pessoal no terreno, 305 e a medicáo da actividade económica, 96-

97,151-152, 159-160 e as operacóes do inquérito, 210, 235, 258 erros de resposta, 321, 342-343 inquérito á máo-de-obra como veículo para

outros dados, 206-207 normas intemacionais sobre, 3-4, 27, 185-

186 organizacáo, supervisáo e controlo, 304 restriccoes temporais, 304

recordar mes ames, 61-63 o ano completo, 60-65 passim

recrutamento e formacáo de equipas ver pessoal de inquérito

regras de associacáo entre unidades, 198, 231-232, 237, 327

regras de prioridade classificacáo por actividade económica, 43,

44, 103 classificacáo por razáo da inactividade, 42-

43 definicáo de, 39-40 e a estrutura da máo-de-obra, 35, 56, 97 e o período de referencia, 41, 48

Reino Unido, 109, 111,244 relacóes entre emprego e rendimento

capacidade das actividades em criarem rendimento, 148-152

emprego e bem-estar económico, 153-159 normas intemacionais sobre, 147-148, 153,

154

411

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remuneracáo e a ausencia temporaria ao trabalho, 72-73 e a producáo para o mercado. 16 e aspectos de compreensáo da actividade

económica, 26-31 rendimento da familia e rendimento do

agregado familiar, 155-159 passim rendimento do emprego, 149-152, 155, 157,

158 resolucáo relativa a um sistema integrado

de estatísticas dos salarios, 207 rendimento

capacidade das actividades em criarem rendimento, 148-152, 184

disponível, 156 do emprego, 149-152 dos individuos, 155, 157, 158 e o subemprego invisível, 143-145 pessoas que recebem ajuda como populacáo

habitualmente inactiva, 52, 57-58, 59, 182

programas de apoio ao, 3 relacóes entre condicáo perante o emprego e

situacao económica, 156-159 rendimento da familia e rendimento do

agregado familiar, 155-159 passim rendimento do emprego remunerado, 149-

150 rendimento empresarial, 150, 155 rendimento primario, 155 situacao económica, 155 tipos de, 156 total, 156 transferencias, 155, 158 ver também remuneracáo

rendimento empresarial, 150, 155 rendimento primario, 155 rendimento(s) de propriedade(s), 155, 158 requisitos de calendarizacáo

a amostragem ao longo do tempo, 239-249 e a avaliacáo dos dados, 324, 325 e a planificacáo do inquérito, 210, 211, 223 e a recolha de dados, 304 ver também período de referencia

Ruanda, 370-379 SCN

Quarta Reuniáo do Grupo de Peritos, 23, 24,25

Senegal, 231 servicos comunitarios ver servicos voluntarios servicos voluntarios

e a populacáo habitualmente inactiva, 58, 182

e o criterio da disponibilidade, 100, 278

e os limites da producáo do SCN, 14, 21, 22-25

Siria, 71, 228 Sistema de Ce itas Nacionais das Nacóes

Unidas (SCI ) definicáoo rendimento primario, 155 limites da ¡ roducáo, 11, 14-25 passim, 39,

69,70, rl revisáo do: limites da producáo, 22, 23-25

situacao econ mica conceitos, 54-156 eacondic; D perante o emprego, 154, 156-

159 situacao na pi )fissáo

elassificae o, 169-171 codificacá , 306 conceitos, 68-169 desenhodi questionário, 172, 267 utilizacáo ios dados, 161

sobreemprege 122 socios, numr ¡gócio, 171 desenlio de p; nel decomposto, 248-249 Sri Lanka

desenlio e ;obertura do inquérito, 74, 112, 124,2 3,239,241

extracto d questionário, 387-394 erro padráo, 39-340 subciclos

em inquét tos continuos, 200, 239, 243 sobreposi oes de amostra em inquéritos

únicos DU ocasionáis, 239-242 subemprego

invisível, 43-145 normas ir ernacionais sobre, 183 objectivo: da medicao, 121-122,279-281 quantidac ; de subemprego visível, 137-143 resolucác relativa á medicao do subemprego

e da si butilizacáo dos recursos de mao-de-obi i, 187-189

visível, 1 2-137 subemprego nvisível

classifíca áo dentro da máo-de-obra, 45 conceito e, 121, 143, 183 problenu na medicao, 143-145,279 resolucác sobre medicao e análise de, 143-

144 subemprego /isível

desenho e questionário, 127, 129-143, 267,. 71-276,279-281

distribuí' io do tempo de trabalho, 139-142 medicao le, 45, 58-59, 69, 83, 87, 123-139 natureza nvoluntária, 127-128 normas i lemacionais sobre, 58, 121-125

passi i, 129, 183, 279

412

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procura ou disponibilidade para trabalho adicional, 123, 127-134 passim, 137-139, 140-143,279-281

quantidade de, 137-143, 183, 280, 281 trabalho com duracáo inferior á normal,

123-127 Suécia

desenho e cobertura do inquérito, 12, 13, 60, 78, 102, 110, 125, 126, 129, 138, 345

erros de codificacáo, 176-177 estudantes, 104pp.

suspensáo temporaria de trabalho (trabalhadores em situacáo de), 73, 77, 97, 103-104, 106, 114, 119, 182, 266, 278

Tailandia desenho e cobertura do inquérito, 216, 228,

254 inquéritos independentes a mao-de-obra,

205 trabalhadores familiares nao remunerados,

79 testagem

de esbocos de questionários, 291-293 de instrumentos e procedimentos de

inquérito, 301-302 trabalhadores agrícolas

classificacáo ñas categorías da máo-de-obra, 108

e a duracáo habitual do trabalho, 85, 88 e a duracáo normal do trabalho, 124, 127 e a remuneracáo em géneros, 16 e a situacáo na profissáo, 171 e o subemprego, 121, 143 identifícacáo nos questionários, 270, 273,

282 limites de idade, 12-13

trabalhadores com pluriemprego e a condicáo perante o emprego, 154, 158 e as classificacóes económicas, 162, 163,

172 e as horas de trabalho, 84, 89, 124, 280 e as regras de prioridade, 39

trabalhadores desencorajados, 107-108, 112, 113,154

trabalhadores familiares nao remunerados classificacáo da situacáo na profissáo, 169,

171 e a ausencia temporaria ao trabalho, 74-75,

277 e as horas normáis de trabalho, 124, 127,

137 medicáo da actividade económica, 23, 25,

31,81,216

medicáo do emprego, 70, 72, 78-79, 90, 270

normas internacionais sobre, 78-79, 181 trabalhadores migrantes

e o criterio da procura de emprego, 98 exclusáo dos inquéritos, 14, 220 objectivos dos inquéritos sobre, 203, 206

trabalhadores no domicilio, 20, 78, 170-171 trabalhadores por conta de outrem

e as horas efectivamente trabalhadas, 84 rendimento dos trabalhadores por conta de

outrem, 149-150 e a medicáo do emprego, 70 e a situacáo na profissáo, 169, 170, 171 com licenca para estudos, 82

trabalhadores por conta própria conceito de actividade económica, 15, 19,

70, 181 construcóes e reparacóes, 15, 19, 24, 25 e a ausencia temporaria ao trabalho, 74-75,

277 e as classificacóes económicas, 161, 169-

171 e o subemprego, 127 producáo por conta própria ver producáo

nao destinada ao mercado trabalho

aspectos de compreensáo da actividade económica, 26-33

conforme definido ñas normas internacionais, 11-25, 180

trabalho adicional ver subemprego visível trabalho com horario reduzido

duracáo normal de trabalho, 125, 127, 128, 137

medicáo do emprego, 71, 83, 103, 270 trabalho de duracáo inferior á normal

desenho de questionário, 129-137, 279-280 duracáo normal de trabalho, 123-125 horas individuáis, 125-127 natureza involuntaria de, 127-128

trabalho no terreno distribuicáo do pessoal no terreno, 305 e a estrategia da avaliacáo de dados, 325,

335-337, 342-343 e as operacóes do inquérito, 200-204

passim, 208-209 . . e os aspectos práticos da amostragem, 233-

234, 241 formacáo, 300-301 recrutamento, 299 testagem, 292-293 ver também entrevista

413

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trabalho ocasional classificaçao cruzada das condiçôes perante

o trabalho, 44, 55, 59 e a distribuiçào do tempo de trabalho, 140 e as horas de trabalho, 88, 91, 124, 137 mediçâo da actividade económica, 31 mediçào do emprego, 70-77 passim, 266,

270 troca(de produtos, bens, serviços), 11, 16, 20 Turquia, 125 unidades de habitaçâo (endereços, habitaçôes)

como unidades de amostragem fináis, 229, 230

e a actualizaçâo da estrutura, 302, 303 e a amostragem ao longo do tempo, 240,

244, 246, 247 e a estratificaçâo, 236-237 e os erros de cobertura, 328

unidades e regras de associaçâo, 198, 231-232, 242,327

unidades elementares, 231, 236, 248 Uruguai, 222 validaçào em computador ver processamento

de dados validaçào ver processamento de dados variância

e a sobreposiçào de amostras, 240 e a versatilidade, 340, 341 e o desenho da amostra, 237, 238 procedimentos de estimaçâo, 243, 249, 253,

339 variância da amostragem, 321, 322, 335,

338 variância da codificaçào, 349-350 variância da resposta, 322, 344, 345, 346-

347 variância de resposta correlacionada, 348-

349 variância de resposta simples, 347-348

variáveis e os procedimentos de estimativa, 249, 255 especificaçâo no desenho de questionàrio,

265-266 "explicativas", 205 lista ilustrativa das principáis variáveis e

quadros dos inquéritos à mäo-de-obra, 314-317

para estratificaçâo, 236-237 recodificaçâo, 117, 118, 314 traduçâo em perguntas do inquérito, 268-

269 Venezuela, 12, 112-113, 227 verificaçâo, 178, 306, 308, 350

vínculo formal ao emprego, 72-73, 77, 81-82, 103, 105, 11 ,277

volume de emj rego conceitos, 49 e rendimen ) do emprego, 151-152

Zimbabwe, 13 ;, 380-381

414