Upload
ledan
View
227
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
DISCIPLINA:SEMINÁRIOS EM ECOLOGIA
Prof. Dr. Gustavo Henrique Gonzaga da SilvaProf. Dr. Gustavo Henrique Gonzaga da SilvaProf. Dr. Gustavo Henrique Gonzaga da SilvaProf. Dr. Gustavo Henrique Gonzaga da Silva
Universidade Federal Rural do SemiUniversidade Federal Rural do SemiUniversidade Federal Rural do SemiUniversidade Federal Rural do Semi----ÁridoÁridoÁridoÁrido
Laboratório de Limnologia do SemiLaboratório de Limnologia do SemiLaboratório de Limnologia do SemiLaboratório de Limnologia do Semi----ÁridoÁridoÁridoÁrido
Mestrado em Ecologia e Conservação
PPEC
OBJETIVOS:
A disciplina objetiva que o discente:
(i) reconheça a estrutura de um artigo científico ;(ii) tenha condições de explicar as bases teóricas
de cada parte de um texto científico; (iii) perceba os principais equívocos e acertos nas
publicações científicas; (iv) identifique onde e como publicar um artigo
científico ;(v) apresente um projeto a ser desenvolvido como
dissertação e uma revisão de literatura com análises críticas e conclusivas.
CONTEÚDO
Parte I: BASES FILOSÓFICAS DA CIÊNCIA EMPÍRICA
Parte II: COMO E ONDE PUBLICAR
Parte III: TÉCNICAS DE REDAÇÃO CIENTÍFICA
AVALIAÇÃO
(i) PRESENÇA E PARTICIPAÇÃO NAS DISCUSSÕES
(i) APRESENTAÇÃO ESCRITA E ORAL DO PROJETO DE PESQUISA E DA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
AVALIAÇÃO
1. PROJETO DE PESQUISA:
a) o discente deverá elaborar por escrito o seu projeto de pesquisa (Título; Resumo; Palavras-
Chave; Introdução; Material e Métodos; Resultados e Conclusões Hipotéticos );
b) O discente deverá apresentar oralmente o projeto indicando como a parte teórica ministrada pelo
professor foi utilizada para cada item e parágrafos escritos
AVALIAÇÃO
2. REVISÃO DA LITERATURA
a) O discente deverá elaborar a revisão bibliográfi ca com base nos conceitos teóricos ministrados pelo
professor e nas normas da revista que pretende publicar.
b) Deverá apresentar na forma de seminários os principais aspectos da revisão bibliográfica com
uma análise crítica
09 de junho: Entrega do material escrito25 a 27 de junho: Apresentação oral
PARTE 1FILOSOFIA DA CIÊNCIA
• Formas do homem compreender o mundo• Origem e o que é Ciência
• O que é pesquisa científica• Método indutivo x dedutivo
• Pesquisa qualitativa x pesquisa quantitativa• Requisitos para ser um cientista• Planejamento de uma pesquisa
OS CURSOS DE REDAÇÃO CIENTÍFICA DEVEM ENSINAR:
(I) CIÊNCIA
(II) PESQUISA
(III) ESTRUTURAÇÃO LÓGICA DO TEXTO E REDAÇÃO
CIENTÍFICA
ASPECTOS NORTEADORES
•Ciência: forma de conhecimento que utiliza a razão (capacidade de chegar a
conclusões a partir de suposições ou premissas) e a comprovação empírica
para sustentar as suas hipóteses e teorias.
• O desenvolvimento da ciência ocorre principalmente através da divulgação
dos seus conhecimentos.
COMO O SER HUMANO
COMPREENDE O MUNDO EM QUE
VIVE?
RELIGIÃO * Entende o mundo por meio de entidades imateriaisdivinas que governamtudo.
* Religião: Diversos tipos de cristianismos, islamismo,induísmo, judaísmo, umbandismo, etc, etc, etc...
* Elemento básico que congrega todas as religiões:crença(fé) ementidades imateriais.
* Cada religião tem seus dogmas e deuses (verdadeinquestionável). Dogmas: Princípios fundamentais quedevemser respeitados por todos os seguidores.
* Ciência e Filosofia: negação de teorias e paradigmas nãoelimina as duas formas de entender o mundo. Os postuladoscientíficos são derrubados para o avanço da ciência.
Os DOGMAS pautaram e ainda
pautam a sociedade humana
Na Idade Média a Igreja Católica
condenou a fogueira milhares de pessoas com
base em DOGMAS
RAZÃO X DOGMAS
(Razão: capacidade de
chegar a conclusões a
partir de suposições ou
premissas)
Bóson de Higgs: partícula surgida logo após ao Big Bang. Possibilidade de explicar a origem da massa das outras partículas elementares. Predito em 1964 pelo físico Peter Higgs. Comprovado
em Julho de 2012. 2013: 99,9% de certeza.
Acelerador de Partículas
FILOSOFIA
1. Admite a incapacidade do ser humano emter consciência detodas as verdades (nemsempre foi assim).
2. Usa o discurso lógico:método pelo qual se atinge a umacerteza no qual a proposição é tida como verdadeira.
3. Ao contrário da ciência, não se preocupa obrigatoriamenteem contrapor seu universo teórico com o mundo físico(embora alguns filósofos tenhamfeito isto: Aristóteles,Bacon e Maquiavel).
4. Filosofia e Ciência se distinguemprincipalmente pelométodo de estudo (confronto de ideias combase empírica).
5. Um texto filosófico não precisa necessariamente de Materiale Métodos ou Resultados, por exemplo.
Filosofia: mundo das
ideias (metafísica)
Eu não posso lavar a louça, pois ela não existe na minha concepção de
mundo real e perfeito!
ARTE
• Diferentemente da religião, filosofia e ciência, na arte não há a preocupação com o discurso lógico ou com a verdade das coisas (o
que é bonito esteticamente para um pode não ser para outro).
* O artista não necessariamente precisa se referir a “verdade” de uma paisagem.
LOUCURA
O louco distorce a realidade vista pelos normais. No entanto, distorcer a realidade pressupõe uma realidade referencial.
Quando alguém afirma que há centenas de bolas coloridas ao seu redor, podemos chamá-lo de louco, mas nunca saberemos ao certo
que aquilo não existe. Cientistas podem dizer que trata-se de alterações em regiões encefálicas. O “louco” perceba realidades que
os ‘normais” não conseguem distinguir.
A loucuratambém pode ser relativa
Filosofia e Ciência no Renascimento
• As grandes descobertas de Galileu e sua teorização e aplicação do método
experimental fundaram a ciênciamoderna.
• O seu método experimental é umadas maiores contribuições ao
pensamento humano .
A hipótese poderá ser considerada “ lei científica”, se o resultado do cálculo concordar com o do
experimento
MÉTODO DE GALILEU
3- Relação entre os elementos e elaboração de hipótese explicativa
do fenômeno
1- Observação do fenômeno
2- Análise dos seus elementos
4- Verificação da hipótese com o cálculo e o
experimento.
RENASCIMENTO: DUAS ESCOLAS EPISTEMOLÓGICAS
RACIONALISMO X EMPIRISMO
RACIONALISTAS: conhecimento adquirido
exclusivamente a partir do raciocínio (reflexão racional).
Racionalismo -Principal expoente: René Descartes (1596-
1650)
I) Não confiar nas provas que vêm de nossos sentidos. Ex.: mundo percebido por peixe
elétrico é diferente do mundo percebido por nós. (II) não há
certeza de que o que pensamos é sonho ou realidade.
Origem da Filosofia Moderna
EMPIRISTAS: necessidade de nossa experiência sensível
(órgãos sensoriais). Dados para fundamentar as ideias.
Empirismo - Principal expoente: Francis Bacon(1561-
1626)
Base da Ciência Moderna
1ª CONFERÊNCIA ENTRE RACIONALISTAS E EMPIRISTAS
O QUE É CIÊNCIA?
Uma das formas do ser humano compreender o universo.
A ciência empírica surgiu no século XVII. Aristóteles; Bacon; Maquiavel, Kant: a base empírica é útil para o
conhecimento do mundo natural.
1. Conhecimento construído a partir da razão, sem
necessidade de se confrontar com os fatos da
natureza
A ciência rompe com a prática puramente filosófica de aceitação de ideias sem confrontação com os fatos (prática racionalista). Empírico
= concreto e observável.
2. Conhecimento adquirido de forma empírica: necessidade de obtenção de dados com
experimentos ou com a observação da natureza
Duas principais visões na história do conhecimento humano:
EMPIRISMO – Francis Bacon (1561-1626)
Antes as teorias eram testadas por meio de discussão e debates
(Idade Média)
Testar as teorias por confronto direto com a realidade
(observação e mensuração).
“Conhecimento daria ao homem o poder sobre a natureza”
BACON: Separou a Ciência (construção de ideias a partir de fatos – base empírica) da Metafísica (sem
necessidade de base empírica).
CIÊNCIA MODERNA - RENASCIMENTO
“Apenas dados confiáveis sustentam as ideias a ponto de serem construídas leis científicas com caráter de verdade”
CURIOSIDADE: Bacon (1626): experiências para saber quanto tempo a carne FICA preservada pelo frio, recheando uma galinha
com neve
LEIBNIZ (1646-1716): Junção das duas escolas (RACIONALISMO E EMPIRISMO)
“podemos acessar qualquer conhecimento a partir de reflexões racionais, no entanto temos deficiências na nossa
racionalidade, sendo assim devemos contar com a experiência sensível para o conhecimento (base empírica)
Ex.: racionalmente podemos dizer qual a temperatura de um determinado deserto (com base em outros), mas seria mais coerente medirmos empiricamente a temperatura com um
equipamento apropriado.
Immanuel Kant (1724-1804) – SÍNTESE DAS DUAS ESCOLAS
“ a base empírica só faz sentido quando confrontada e interpretadas pelos conceitos sobre determinada coisa”.
Em muitas áreas da ciência atual e em periódicos científicos de alto nível ainda prevalece a rigidez da base empírica na sustentação das conclusões (ideias). No entanto, apenas os
dados são insuficientes para se construir o discurso científico.
Filosofia e Ciência são indissociáveis na proposta humana de conhecer a natureza.
Crença de que o conhecimento
científico garantia verdades.
PRIMÓRDIOS DA CIÊNCIA EMPÍRICA
Métodos científico: consistia de observar casos particulares e
induzir hipóteses gerais.
As leis tinham caráter de verdade (imutáveis).
Confirmações sucessivas da hipóteses aumentavam seu grau de certeza até se tornarem
leis.
Progride pelo acréscimo de novas generalizações e
pelas generalizações pré-existentes.
A verdade “absoluta” não é preocupação científica.
O progresso da Ciência não garante o avanço em direção a verdade. Pode ser que nos afastemos*
Deve oferecer explanações coerentes com o sistema de conhecimento científico da
época, o qual pode ser modificado no futuro.
Progresso Científico: mais para modificação do que para verdade.
Aceita-se que todo conhecimento científico é
provisório
CIÊNCIA ATUALMENTE
genética molecular e o sequenciamento do genoma
humano
rótulos usados para distinguir “raças” não têm significado
biológico.
diferenças biológicas contribuiu para justificar
discriminação, exploração e atrocidades
1. A espécie humana é muito jovem e seus padrões migratórios muito amplos para permitir uma separação em diferentes grupos
biológicos (“raças”). 2. As chamadas “raças humanas” compartilham a vasta maioria
das suas variantes genéticas.
pesquisas científicas fortaleceram a hipótese de
existência de “raças” humanas
Pesquisas que não garantiram o avanço em direção a verdade
Como ocorre a troca de paradigmas no sistema científico?
Kuhn: as teorias aceitas pela comunidade científica são aquelas associadas com os paradigmas do momento histórico. Uma teoria é
modificada pela mudança de paradigmas (algo não frequente)
Popper: resultados falseadores das hipóteses são mais
importantes na substituição das teorias. Considera que o
cientista deve buscar mais a negação de suas ideias do que as
confirmações
Exemplo: paradigma da sustentabilidade. Várias ideias se juntam para testar este novo paradigma. Caso ele não seja substituído com
o tempo torna-se “regra”.
Karl Popper x Thomas Kuhn (século XX)
O QUE É CIÊNCIA
Textos científicos: item Resultados (parte da base empírica) e
Material e Métodos (como parte da base empírica foi construída).
IMPORTANTE: O cientista racionaliza, mas sempre havendo
fatos.
Ex.: ao estudar a origem dos seres vivos ou a seleção
natural o cientista busca sustentação em elementos observáveis, mesmo que
indiretos (reconstrução em laboratório do cenário)
primitivo (*)
Aceita enunciados teóricos que podem ser sustentados
empiricamente. Mesmo que o objeto de estudo não seja observável (empirismo)
Um
predador
Queda
d´água
Queda
d´água
3-4
predadores
Muitos
predadores
(7)
Peixes barrigudinhos machos (Poecilia reticulata)
SELEÇÃO NATURAL POR PREDAÇÃO E SELEÇÃO SEXUAL
OCEANO
Aumento da pressão por predação seleciona os
organismos mais adaptados
Sobrevivência
X
Reprodução
TESTE EMPÍRICO DA OCORRÊNCIA DA SELEÇÃO NATURAL
Muitos
predadores
(7)
Poucos
predadores
(1)
Riacho 1
Riacho 2
Introdução de 200
barrigudinhos
TESTE EMPÍRICO DA OCORRÊNCIA DA SELEÇÃO NATURAL
Riacho 2
Tempo: cerca de 1 ano
Gerações: cerca de 15
Quais os motivos?
O que surpreenderia Darwin?
O QUE É CIÊNCIA
2. Princípio da parcimônia (mais simples para o mais
complexo)
1. Controle de variáveis (para que a base empírica tenha validade em alguns casos).
REGRAS PARA CONSTRUIR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO (Fayerabend, 1993):
3. Teste de hipóteses (corroborar ou não)
4. Discurso lógico (empirismo, método e
conclusões fundamentadas
CIÊNCIA (resumo): forma humana de construir e aceitar generalizações acerca do universo, sustentadas por bases
empíricas. Vale-se de um método e do discurso lógico. Admite que as generalizações podem ser derrubadas no futuro.
Existe diferença entre ciência básica e aplicada?
2. Conhecimento sobre questões práticas
imediatas (chances de construir tecnologia).
Ex.: Policultivo de tilápia do Nilo e camarão
marinho
Ex.: Efeito das concentrações de carbono sobre o crescimento de
macrófitas aquáticas submersas
1. Conhecimento sem aplicação prática
imediata
A Ciência deve ter senso de moral?
Descobridores do laser e da energia atômica, não
imaginavam as inúmeras utilidades destas descobertas.
O conhecimento que produziu a bomba atômica já matou
muitos, também já curou. Os carros já mataram muitas
pessoas, também já salvaram
A ciência é amoral. O Cientísta não (cidadão). Cabe a ele lutar pela boa
aplicação do conhecimento científico gerado.
O que leva a matar ou curar, prejudicar ou ajudar está na participação moral e política de cada cidadão.
modificado no futuro.
MENDEL: não imaginava que os mecanismos
genéticos seriam úteis para a Biotecnologia (transgênicos)
O QUE É UMA PESQUISA CIENTÍFICA:
Atividade realizada para se descobrir a resposta a alguma indagação. Utiliza os pressupostos científicos. Pode apresentar
hipóteses condutoras ou não.
Nem toda pesquisa que usa o método científico necessariamente auxilia na construção da Ciência.
Para que seja Ciência é necessário que o conhecimento produzido seja contextualizado e passe a pertencer ao conjunto já existente, mudando-os ou corroborando-os
Fazer Ciência é mais do que fazer pesquisa. Todo cientista é um pesquisador, mas nem todo pesquisador é um cientista.
ASPECTO IMPORTANTE DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Aceitação por parcela expressiva da comunidade científica. Sem aceitação,
conclusões científicas permanecem desconhecidas, sem utilidade na construção de
novos conhecimentos.
Não basta pesquisar, é necessário publicar, mas não basta publicar, é
necessário convencer!(Volpato, 2013)
BASE EMPÍRICA: Quais os principais pressupostos do método científico?
3. Teste de Hipóteses: a criação de hipótese podem proporcionar respostas as perguntas formuladas no início do experimento.
Confronta-se a hipótese com os resultados obtidos. Se os resultados esperados ocorrem, a hipótese é corroborada (sustentada), caso
contrário, é negada.
1. Amostragem:raramente podemos estudar o todo. Deve-
se garantir que a amostra estudada seja representativa do
todo ao qual se dirigirá a conclusão
2. Controle de Variáveis: Testar a hipótese de que uma variável (A) interfere em (B). Isolar a
suposta ação de A de forma que a modificação em B só possa ser
explicada pela ação de A.
Método Indutivo: processo de construir generalizações
universais a partir da observação de casos
particulares (pesquisas quali e quantitativas)
Método Dedutivo: processo que parte de uma situação geral e genérica para uma particular
(pesquisas quantitativas)
Premissa 1:A espécie de peixe 1 possui bexiga natatória
Premissa 2:A espécie de peixe 2 possui bexiga natatória
Premissa n:A espécie de peixe n possui bexiga natatóriaCONCLUSÃO: Os peixes possuem bexiga natatória
(acontecerá no futuro).
MÉTODO INDUTIVO X MÉTODO DEDUTIVO
Premissa 1: Todos os vertebrados sentem dor
Premissa 2:Os peixes são vertebrados
CONCLUSÃO: os peixes sentem dor
PESQUISAS QUALITATIVAS X QUANTITATIVASse diferenciam apenas pela forma de obter a base empírica
Em ambas se estuda os sujeitos (amostras) para se conhecer todo que eles representam. Se a finalidade fosse conhecer apenas aqueles
sujeitos (índios por exemplo), quando eles morressem a pesquisa perderia a validade. Quando se estuda os índios, espera-se conhecer
mais sobre a sua aldeia e/ou a comunidade indígena da região.
1. Quantitativa: informações numéricas. Possibilidade de análises estatística e teste de
hipóteses. Também pode haver estudo de caso.
2. Qualitativa: qualidade da informação. Pode-se analisar as palavras e ideias das pessoas.
Pode ser transformada em dados quantitativos. Uso de entrevistas e estudo de caso.
Derivados de estudos antropológicos.
Fenomenologia: não é o mundo que existe, mas o modo como o conhecimento do mundo se realiza para cada pessoa. Hermenêutica:
arte de estudar e analisar textos.
*
POSITIVISMO:
1. Busca fatos ou causas de um fenômeno, dando pouca importância aos aspectos subjetivos dos indivíduos.
2. Assume uma verdade objetiva que pode ser revelada por método científico (mensuração estatística).
3. Testa uma teoria, visando aumentar a compreensão preditiva de um fenômeno.
4. Formulação de hipóteses que serão testadas por meio de experimentos.
5. Manutenção da distância objetiva durante a pesquisa
ABORDAGEM POSITIVISTA (PESQUISA QUANTITATIVA)
Os métodos qualitativos são apropriados quando:
(i) o fenômeno em estudo é complexo, de natureza social e não tende à quantificação.
(ii) Normalmente, são usados quando o entendimento do contexto social e cultural é um elemento importante
para a pesquisa. (iii) Para aprender métodos qualitativos é preciso aprender
a observar, registrar e analisar interações entre pessoas
Baseia-se na:(i) hermenêutica (busca o significado de um texto);
(ii) fenomenologia (teoria gerada a partirdos dados coletados);
(iii) comum em Estudos de Caso
ABORDAGEM INTERPRETATIVA (PESQUISA QUALITATIVA)
HÁ DIFERENÇAS NA REDAÇÃO DE TCC, DISSERTAÇÃO, TESE E ARTIGO CIENTÍFICO?
TCC, DISSERTAÇÃO E TESE: alegação equivocada de que o aluno deve “exercitar seu raciocínio”, escrevendo bastante para
mostrar tudo que “aprendeu”. Este paradigma tira o aluno do foco e incute conceitos errados sobre a elaboração de um texto científico.
Estes equívocos poderão ser repetidos no momento de escrever um artigo científico.
ERRO EM TESES E DISSERTAÇÕES: revisões acríticas
TENDÊNCIA ATUAL: TCC, Dissertação e Tese na forma de artigo científico (texto sucinto) - coerente com as exigências da CAPES.
Cabe a banca avaliadora arguir o candidato e avaliar o seu cabedal de conhecimento.
REQUISITOS PARA SER UM CIENTISTA
1. Criatividade: deve fazer perguntas; saber questionar o que está estável; pensar alternativas fora dos padrões convencionais
2. Raciocínio Crítico: saber criticar as informações que recebe; duvidar do que está estabelecido; ter excelente argumentação
3. Dedicação ao estudo: sentir prazer em aprender, mesmo tendo que estudar 16 horas/dia
4. Autodidatismo: ir atrás do conhecimento. Ter curiosidade intelectual.
5. Força de vontade: atividade científica pode ser trabalhosa e demorada
6. Empreendedorismo: transformar ideias em realidade; ter paixão pelo que faz; ter foco; ser persistente; ser autoconfiante; ter sempre
visão de vários cenários a frente. Não se achar vítima da vida
CRIAÇÃO: O que é uma boa ideia?
Boa ideia: Alternativa que soluciona eficazmente uma questão
Descoberta de uma nova espécie (sorte ou competência?)
Teoria da evolução por meio da seleção natural (sorte ou
competência?
Os elemento materiais estão disponíveis a todos, mas somente alguns conseguem descobrir uma ordenação correta. Ter
elementos cognitivos, estar no lugar e momento certos para realizar a síntese adequada (Charles Darwin).
Sorte x Competência
REQUISITOS PARA SER UM CIENTISTA
CRIAÇÃO: As boas ideias podem ser simples?
Experimento idiota? Ver o
reflexo da imagem de
elefantes num espelho
NEM TÃO IDIOTA ASSIM!
Objetivos: 1. Descobrir se os elefantes têm capacidade de auto
reconhecimento e de identificar o outro.2. Descobrir se os elefantes têm tem um elevado grau de
sociabilização e comportamento de ajuda.
Como fazer?
Grupo de animais, espelho, tinta e filmadora (materiais)
Colocar os indivíduos em frente do espelho e filmar o seu comportamento. Pintar um X branco ao lado da cabeça dos
elefantes e filmar o seu comportamento
Artigo publicado em 2006 na Revista PNAS (FI = 9,6).
CRIAÇÃO: erros que levam os cientistas a descartarem boas ideias
2. Crença nas técnicas sofisticadas (apenas metodologia
complexa e cara é válida)
1. Crença no apoio estatístico (sem estatística sofisticada não
há pesquisa importante)
3. Crença nos especialistas da área (somente eles sabem o que é
correto e novo).
4. Crença na estabilidade do conhecimento (o estabelecido
não pode ser questionado)
5. Crença nas impossibilidades (é melhor fazer o trivial do que tentar algo novo e difícil).
Para uma pesquisa ser publicada em boas revistas: a) boa ideia; b) novidade das conclusões; c) metodologia robusta; d) resultados
evidentes; e) layout impecável
Ceará
Rio Grande do Norte
Ponto 39
Ponto 1
Estudo da dinâmica populacional de moluscos –Condução a novas ideias e hipóteses
Densidade de A. brasiliana
Densidade de A. brasiliana
Ministério da Pesca e Aqüicultura
Abril/2009 (chuvas intensas)
Relação da dinâmica populacional com fatores abióticos
Ministério da Pesca e Aqüicultura
Relação da dinâmica populacional com fatores abióticos
Abril/2009 (chuvas intensas)
Estuário Rio Apodi/Mossoró
Ministério da Pesca e Aqüicultura
Relação da dinâmica populacional com fatores abióticos
Foi a queda da salinidade ou o excesso de sedimento que afetou a densidade de A. brasiliana?
Estudo de campo: Dificuldade de isolar as variáveis
FIGURA 8: Mapa de distribuição potencial de salinidade.
ESTUDO DE LABORATÓRIO: Qual a condição ideal de salinidade para a sobrevivência do bivalve A. brasiliana?
Hipótese: A. brasiliana é uma espécie eurialina (tolera ampla variação de salinidade)
EXPERIMENTO DE LABORATÓRIO: Variação da salinidade.
TIPOS DE PESQUISAS
Pesquisa Descritiva: mostrar que ainda não foi descrito. Pode ter sido descrito para um grupo e não para o seu
Pesquisa de Associação: Ao prever o comportamento de uma variável é possível prever o de outra. Ex: consumo de
carne vermelha está associado com o risco de infartos.
Pesquisa de Associação com Interação: Deixe claro que algo age diretamente sobre outro. Ex: Bactérias presentes no ser humano decompõe a carnitina presente na carne
vermelha e produz substância que obstrui os vasos sanguíneos.