Sistema Brasileiro de Classificacao Dos Solos2006

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  • 7/26/2019 Sistema Brasileiro de Classificacao Dos Solos2006

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    Braslia, DF2006

    Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa Solos

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    Sistema Brasileiro deClassificao de Solos

    2a edio

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    Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    Embrapa Informao Tecnolgica

    Parque Estao Biolgica, PqEB, Av.W3 Norte (final)

    Caixa Postal 040315

    CEP70770-901 Braslia, DF

    Tel: 0 xx 61 448-4162 / 448-4155

    Fax: 0 xx 61 272-4168

    E-mail: [email protected] ou [email protected]

    Embrapa Solos

    Rua Jardim Botnico, 1024

    CEP 22460-000 Rio de Janeiro, RJ

    Tel: 0 xx 21 2274-4999

    Fax: 0 xx 21 2274-5291

    http://www.cnps.embrapa.br

    E-mail: [email protected]

    Superviso editorial: Jacqueline Silva Rezende Mattos

    Reviso de texto:Andr Luiz da Silva Lopes

    Normalizao bibliogrfica:Cludia Regina Delaia

    Capa: Eduardo Guedes de Godoy

    Editorao eletrnica:Pedro Coelho Mendes Jardim

    2 edio

    1 impresso (2006): 1000 exemplares

    Todos os direitos reservados.

    A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte,

    constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610).CIP-Brasil. Catalogao-na-publicao

    Embrapa Informao Tecnolgica

    EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ).

    Sistema brasileiro de classificao de solos. 2. ed. Rio de Janeiro : EMBRAPA-SPI, 2006.

    306 p.: il. ISBN 85-85864-19-2

    Inclui apndices.

    1. Solos - Classificao - Brasil. I. Ttulo. I. Srie.

    CDD 631.44

    Embrapa - 2006

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    Editores

    Humberto Gonalves dos Santos Embrapa Solos

    Paulo Klinger Tito Jacomine UFRPE

    Lcia Helena Cunha dos Anjos UFRRJ

    Virlei lvaro de Oliveira IBGE

    Joo Bertoldo de Oliveira IAC/UNICAMP

    Maurcio Rizzato Coelho Embrapa Solos

    Jos Francisco Lumbreras Embrapa Solos

    Tony Jarbas Ferreira Cunha Embrapa Semi-rido

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    Colaboradores

    O Sistema Brasileiro de Classificao de Solos o resultado da experincia cole-tiva em solos brasileiros, envolvendo vrios colaboradores de diversas instituies nacio-nais, sob a liderana e coordenao da Embrapa Solos.

    O Comit Executivo o responsvel pelo trabalho de avaliao, consolidao,organizao e redao final do documento.

    Reconhecimento e agradecimentos so devidos aos pedlogos brasileiros que con-triburam com sugestes, comentrios e crticas, ao longo do desenvolvimento do sistema.

    Comit Executivo

    Comit Assessor Nacional

    Gustavo Ribas Crcio (Embrapa Florestas) Regio SulMateus Rosas Ribeiro (UFRPE) Regio NordestePablo Vidal Torrado (ESALQ) Regio SudesteRoberto das Chagas Silva (IBGE) Regio NorteVirlei lvaro de Oliveira (IBGE) Regio Centro Oeste

    Coordenadores dos Comits Regionais

    1Secretrio Executivo do Comit de Classificao de Solos e lider do Projeto 01.2002.201 (Embrapa).

    Francesco Palmieri Embrapa SolosAntnio Ramalho Filho Embrapa Solos

    Joo Carlos Ker UFVJoelito de Oliveira Rezende UFBALucedino Paixo Ribeiro UFBA

    Luiz Bezerra de Oliveira AposentadoMauro Carneiro dos Santos UFRPE

    Nestor Kmpf UFRGSOsmar Muzzili IAPAR

    Otvio Camargo IAC

    Amrico Pereira de Carvalho Aposentado

    Humberto Gonalves dos Santos 1 Embrapa Solos (Coordenador)Idar Azevedo Gomes Aposentado

    Joo Bertoldo de Oliveira Aposentado - Pesq. Voluntrio/IAC

    Jos Francisco Lumbreras Embrapa SolosLcia Helena Cunha dos Anjos Depto. Solos IA-UFRRJ

    Maurcio Rizzato Coelho Embrapa SolosPaulo Klinger Tito Jacomine Prof. Visitante UFRPEPedro Jorge Fasolo AposentadoTony Jarbas Ferreira Cunha Embrapa Semi-ridoVirlei lvaro de Oliveira IBGE

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    Alfredo Melhem Baruqui Embrapa SolosAmaury de Carvalho Filho Embrapa SolosAntonio Ramalho Filho Embrapa SolosBraz Calderano Filho Embrapa SolosCelso Gutemberg Souza IBGECelso Vainer Manzatto Embrapa Solos

    Csar da Silva Chagas Embrapa SolosDoracy Pessoa Ramos UENFEdgar Shinzato CPRMEduardo Leandro da Rosa Macedo IBGEnio Fraga da Silva Embrapa SolosFernando Csar do Amaral Embrapa SolosFrancesco Palmieri Embrapa SolosHumberto Gonalves dos Santos Embrapa SolosIdar Azevedo Gomes Embrapa SolosJoo Souza Martins Embrapa SolosJos Francisco Lumbreras Embrapa SolosLcia Helena Cunha dos Anjos UFRRJMarcos Gervasio Pereira UFRRJMaria de Lourdes Mendona-Santos Brefin Embrapa SolosMaria Jos Zaroni Embrapa SolosNilson Rendeiro Pereira Embrapa SolosMarie Elisabeth Christine Claessen Embrapa SolosMaurcio Rizzato Coelho Embrapa SolosMauro da Conceio Embrapa SolosPaulo Emlio Ferreira da Motta Embrapa SolosRaphael David dos Santos Embrapa SolosSebastio Barreiros Calderano Embrapa SolosTony Jarbas Ferreira Cunha Embrapa Semi-ridoUebi Jorge Naime Embrapa SolosVincius de Melo Benites Embrapa SolosVilmar de Oliveira IBGEWaldir de Carvalho Junior Embrapa Solos

    Ncleos de Discusso e Colaborao Vinculados aosComits Regionais

    Rio de Janeiro

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    Amrico Pereira de Carvalho AposentadoGustavo Ribas Crcio Embrapa FlorestasValmiqui Costa Lima UFPRMarcos Fernando Gluck Rachwal Embrapa FlorestasPedro Jorge Fasolo AposentadoReinaldo Oscar Ptter AposentadoHlio Olympio da Rocha UFPRNadja Ldia Bertoni Ghani UNICENTRO - PRItamar Bognola Embrapa FlorestasNeyde F. B. Giarola UEPG - PR

    Antnio Cabral Cavalcanti AposentadoFernando Barreto Rodrigues e Silva AposentadoJos Coelho de Arajo Filho Embrapa Solos (UEP - Recife)Luiz Bezerra de Oliveira AposentadoNivaldo Burgos AposentadoMarcelo Metri Corra UFRPEMateus Rosas Ribeiro UFRPEPaulo Klinger Tito Jacomine Prof.Visitante UFRPEMauro Carneiro dos Santos Aposentado

    Joo Marcos Lima e Silva Embrapa Amaznia OrientalJos Raimundo Natividade Ferreira Gama Embrapa Amaznia OrientalRoberto das Chagas Silva IBGETarcsio Ewerton Rodrigues Embrapa Amaznia Oriental

    Paran

    Pernambuco

    Par

    Jos Luiz Ioriatti Dematt ESALQ- USPPablo Vidal Torrado ESALQ - USPWolmar Aparecida Carvalho UNESPCarlos Roberto Espndola UNICAMPFernando Cesar Bertolani CTCJoo Bertoldo de Oliveira Pesquisador Voluntrio IACMrcio Rossi Instituto FlorestalRicardo Marques Coelho Pesquisador IACItamar Andreolli UNESPJairo Roberto Jimenez Rueda UNESPGustavo Souza Valladares Embrapa Monitoramento por Satlite

    So Paulo

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    Francisco de Assis Bezerra Leite FUNCEMEFrancisco Roberto Bezerra Leite FUNCEME

    Lucedino Paixo Ribeiro UFBAAndr Rodrigues Netto UFBANelson Lara da Costa IBGEGlailson Barreto Silva IBGEFrancisco Ferreira Fortunato IBGE

    Antnio Gladstone Carvalho Fraga IBGEAntnio Jos Wilman Rios IBGEAntnio Santos Silva Novaes IBGEGeraldo Csar de Oliveira UFGHuberto Jos Kliemann UFGMaria Elosa Cardoso da Rosa UCGVirlei lvaro de Oliveira IBGE

    Eduardo Couto UFMTNilton Tocicazu Higa UFMTEmlio Carlos de Azevedo UFMT

    Joo Carlos Ker UFVJoo Luis Lani UFVCristiane Valria de Oliveira UFMGJoo Herbert Moreira Viana Embrapa Milho e Sorgo

    Cear

    Bahia

    Gois

    Mato Grosso

    Minas Gerais

    Rio Grande do SulCarlos Alberto Flores Embrapa Clima TemperadoEgon Klamt Aposentadolvio Giasson UFRGSNestor Kmpf UFRGSAri Zago UFSMPaulo SchneiderSlvio Tlio Spera

    UFRGSEmbrapa Trigo

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    Jamil Macedo Embrapa CerradosAdriana Reatto dos Santos Braga Embrapa CerradosLindomrio B. Oliveira MAPA

    Joo Bosco Vasconcelos Gomes Embrapa Tabuleiros Costeiros

    Murilo Pundek EPAGRI SCJaime Antonio de Almeida UDESCSrgio Hideiti Shimizu IBGEPaulo Cesar Vieira IBGE

    Paraba

    Sergipe

    Santa Catarina

    Distrito Federal

    Rui Bezerra UFPB

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    Apresentao

    O Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuria (Embrapa Solos) tem o prazer de apresentar sociedade, em particular comuni-dade da Cincia do Solo, a 2aedio do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SiBCS).

    O desenvolvimento do sistema tem sido, desde a sua retomada em 1995 at suapublicao, o resultado do trabalho conjunto de estudiosos da classificao de solos queatuam em diversas instituies de pesquisa e universidades. A coordenao deste trabalhocoube Embrapa Solos, que teve, tambm, o papel de articulador das aes necessriaspara viabilizar a consecuo dos objetivos do projeto.

    O arrojo necessrio e as dificuldades para se desenvolver um sistema de classifica-

    o dos solos brasileiros exigiram um grande e louvvel esforo. Na origem do sistema,destacam-se os nomes do seu lder e, talvez, seno certamente, o mais dedicado pesquisadordeste tema, Dr. Marcelo Nunes Camargo, e outro importante colaborador, o Dr. Jakob Bennema.Nos anos seguintes, o trabalho foi mantido atravs dos vrios pesquisadores e professores,em suas respectivas instituies, em todo o pas, que se dedicam ao estudo do tema -classificao de solos. Dentre os participantes, vrios so membros dos Comits listadosanteriormente e aos quais cabem os agradeicmentos de todos que atuam em Pedologia.

    Afortunadamente, esta rea de pesquisa vem crescendo nas universidades, fatoeste que deve ser amplamente estimulado e considerado na definio das novas estratgiasno desenvolvimento de trabalhos futuros sobre classificao de solos.

    A elaborao do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos, na qual esteveenvolvida a comunidade de Cincia do Solo, atravs de diversas instituies de ensino e

    pesquisa de todo o Brasil, representa um claro exemplo de parceria bem sucedida para aretomada desse tema como um projeto nacional, de interesse e responsabilidade da comu-nidade da Cincia do Solo.

    Cabe destacar que as idias e propostas emanadas das reunies tcnicas declassificao e correlao de solos, realizadas sob os auspcios da Embrapa Solos e parcei-ros, e mais as sugestes e crticas recebidas, com base na experincia de usurios queaplicararam o SiBCS desde 1999, tm sido incorporadas a esta edio.

    H o propsito de que o sistema de classificao em pauta tenha abrangncianacional e consolide a sistematizao taxonmica, que expresse o conhecimento presentepara a discriminao de classes de solos, at ento identificadas no pas. Contudo, possvelque esta sistematizao se apresente incompleta na forma atual, em razo da existncia, nopas, de solos ainda desconhecidos, bem como da natureza inerente de um sistema de clas-

    sificao. Qual seja, a de evoluir e se adequar ao avano da cincia, com insero de novasclasses e modificao de antigas medida que novo conhecimento cientfico gerado.

    Portanto, solicita-se aos usurios a contnua experimentao e aplicao do sis-tema, com o envio de sugestes e crticas para que o Brasil possa contar com material paranovas edies aprimoradas do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos.

    Celso Vainer Manzatto

    Chefe Geral da Embrapa Solos

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    In Memoriam

    Marcelo Nunes Camargo

    Engenheiro Agrnomo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ),Doutor Livre Docente em Formao e Classificao de Solos pela UFRRJ, Diplomado emMorfologia e Gnese de Solos pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, EstadosUnidos da Amrica, Pesquisador do Servio Nacional de Levantamento e Conservao deSolos (atual Centro Nacional de Pesquisa de Solos) da Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuria (Embrapa), ex- Professor-Adjunto da UFRRJ, agraciado em 1994 com oprmio Moinho Santista na rea de Cincias Agrrias (categoria Solos Agrcolas), dedicoutoda a sua vida aos estudos de morfologia, classificao, correlao e cartografia de solos.

    Vindo a se tornar o maior expoente da pedologia de solos tropicais, coordenou os trabalhosque culminaram com a publicao do Mapa de Solos do Brasil, em 1981.

    Esta pgina uma homenagem e, ao mesmo tempo, uma manifestao pblicade reconhecimento pelos inestimveis servios prestados ao Brasil, no campo da pedologia,ao inesquecvel companheiro que dedicou-se at os ltimos dias de sua vida tarefa decontribuir para a consolidao do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos.

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    Nota do Comit Executivo

    Na presente edio, o Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SiBCS)mantm a mesma esrutura geral, incorpora mudanas, redefinies, correes e est libera-do para o uso e pode ser citado e correlacionado com outros sistemas.

    Constitui edio que ser aperfeioada ao longo de anos futuros, conforme de-terminado pelo uso efetivo em levantamentos de solos, estudos de correlao de solos eem pesquisas na rea de Cincia do Solo.

    Nesta 2a edio, alteraes conceituais e reestruturaes ocorreram praticamen-te em todas as Ordens. Quanto reestruturao de classes, as mudanas incluem altera-es em nvel Ordem, Subordem, Grande Grupo, bem como excluses e incluses denovos Subgrupos. As mudanas mais significativas foram: extino da Ordem Alissolos,reestruturao de Argissolos e Nitossolos (incorporando parte dos Alissolos e incluso deArgissolos Bruno-Acinzentados), incluso de Alticos e Alumnicos nas Ordens dosArgissolos, Nitossolos, Cambissolos, Planossolos e Gleissolos. Excluso de CambissolosHsticos e incluso de Cambissolos Flvicos; Espodossolos (alterao na nomenclatura desubordens); Nitossolos (incluso de Nitossolos Brunos e parte dos extintos Alissolos);Organossolos (excluso de Msicos); Planossolos (excluso de Hidromrficos); Luvissolos(excluso de Hipocrmicos, substitudos por Hplicos) e Plintossolos (reestruturao de 3o

    e 4onveis categricos com incluso de Grandes Grupos Litoplnticos e Concrecionrios).

    Ajustes, correes e redefinies de conceitos bsicos (atributos e horizontesdiagnsticos), tambm ocorreram, destacando-se, as definies de material orgnico, hori-zontes hstico, hmico, espdico, plntico, glei, ntico, plcico, plnico e substituio de

    horizonte petroplntico por concrecionrio e incluso de carter rbrico e subgrupo mbricona ordem Latossolos.

    Outras modificaes e correes relevantes, em relao 1aedio, ocorreram,destacando-se a transformao das unidades de medida para o sistema internacional (SI) aolongo do texto.

    Para dar mais autonomia aos usurios do SiBCS, o Comit Executivo de Classi-ficao de Solos (CE) deliberou que novas classes em nvel de subgrupo podem ser inseridasnas chaves de 4onvel categrico, devendo ser enviada ao CE uma cpia do perfil corres-pondente, para que esta nova classe possa ser incorporada oficialmente ao sistema. tambm deliberao do CE, por consenso, com base em sugestes de colaboradores eusurios, que subgrupos existentes e j definidos, podem ser utilizados em outros Gran-des Grupos, onde no constem suas ocorrncias.

    Ao classificar um determinado solo permitida ao classificador a autonomia defazer as possveis combinaes para o quarto nvel, logicamente utilizando subgrupos jrelacionados no SiBCS, listados em ordem de importncia taxonmica (hsticos, salinos,soldicos, por exemplo).

    Esta edio substitui a classificao de solos que vinha sendo utilizada na EmbrapaSolos (Camargo et al. 1987), (Embrapa 1999) e todas as aproximaes anteriores, em1980, 1981, 1988 e 1997.

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    Sugestes, crticas e propostas para modificaes desta edio devero ser en-caminhadas ao Comit de Classificao de Solos, endereadas ao pesquisador HumbertoGonalves dos Santos ([email protected])

    Doravante, as atualizaes, correes e alteraes, mais urgentes, sempre quenecessrias, podero ser acessadas, permanentemente, no endereo eletrnicowww.cnps.embrapa.br/sibcs

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    1 Extrado de JACOMINE, P.K.T.; CAMARGO, M.N. Classificao pedolgica nacional em vigor. In: ALVAREZ V., V.H.;

    FONTES, L.E.F.; FONTES, M.P.F. (Eds.). O solo nos grandes domnios morfoclimticos do Brasil e o desenvolvimen-

    to sustentado. Viosa: Sociedade Brasileira de Cincia do Solo/Universidade Federal de Viosa, 1996. p.675-688.

    Trajetria Evolutiva do Sistema Brasileiro deClassificao de Solos1

    Classificao de solos no Brasil tem sido matria de interesse essencialmentemotivado pela necessidade decorrente de levantamentos pedolgicos, os quais, por nature-za, constituem gnero de trabalho indutor de classificao de solos.

    A classificao pedolgica nacional vigente consiste numa evoluo do antigosistema americano, formulado por Baldwin et al. (1938), modificada por Thorp & Smith(1949). Esta classificao, que veio a ser nacionalizada, tem sua base fundada, em essncia,nos conceitos centrais daquele sistema americano, contando, porm, com o amparo comple-mentar de exposies elucidativas de conceitos e critrios, como foram proporcionados poralgumas obras-chave, principalmente as de autoria de Kellogg (1949) e Kellogg & Davol(1949) de interesse mormente a Latossolos; Simonson (1949) referente a Podzlicos Ver-melho-Amarelos; Winters & Simonson (1951) e Simonson et al. (1952) pertinente a diver-sos grandes grupos de solos; Estados Unidos (1951) de interesse a Solos Glei e SolosSalinos e Alcalinos; Tavernier & Smith (1957) de Cambissolos; Oakes & Thorp (1951) deinteresse a Rendzinas e Vertissolos (Grumussolos). Os conceitos centrais do antigo sistemaamericano formam a base da atual classificao brasileira transmudada, cuja esquematizaoatual descende de modificaes de critrios, alterao de conceitos, criao de classes novas,desmembramento de algumas classes originais e formalizao de reconhecimento de subclassesde natureza transicional ou intermedirias. O processo foi sempre motivado pela apropriaodas modificaes s carncias que se iam revelando, com a realizao de levantamentos emescalas mdias e pequenas, em que concorriam classes de categorias hierrquicas mais eleva-das. O enfoque principal sempre esteve dirigido ao nvel hierrquico de grandes grupos desolos, aliado ao exerccio da criatividade tentativa no que corresponde ao nvel de subgrupo,

    posto que classes dessa categoria nunca foram estabelecidas no sistema primitivo (Baldwinet al., 1938; Thorp & Smith, 1949).

    As modificaes se iniciaram na dcada de cinqenta, com os primeiros levanta-mentos pedolgicos realizados pela ento Comisso de Solos do CNEPA. Tornaram-semais intensas a partir do final daquela dcada, com amplo uso de princpios que foramsendo reconhecidos em paralelismo com as aproximaes do novo sistema americano declassificao de solos, que ento se desenvolvia (Estados Unidos, 1960), dando origem aoSoil Taxonomy, classificao oficial atualmente vigente naquele pas (Estados Unidos,1975). Muitas concepes surgidas com a produo desse novo sistema vieram a serabsorvidas na classificao em uso no Brasil. Igualmente, alguns conceitos e critrios firma-dos no esquema referencial do mapa mundial de solos (FAO, 1974) foram tambm assimi-lados no desenvolvimento da classificao nacional.

    No levantamento pedolgico do Estado de So Paulo (Brasil, 1960) foi reconhe-cido que horizontes pedogenticos distintivos, prprios de determinados solos, so legti-mos como critrio diagnstico para estabelecimento e definio de classes de solos em setratando de sistema natural de classificao. Assim, foram pela primeira vez, no Brasil,empregados conceitos de horizonte B latosslico e horizonte B textural.

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    Como contribuies adicionais das pesquisas bsicas inerentes ao levantamentode solos daquele trabalho para a classificao pedolgica brasileira, contam-se a conceituaode Latossolos, subdiviso tentativa de classes dos Latossolos em decorrncia das varia-es encontradas Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Escuro, Latossolo Vermelho-Amarelo, Latossolo Vermelho-Amarelo Hmico; a criao da classe Terra Roxa Estruturada;e a subdiviso dos Solos Podzlicos em razo, mormente, de distines texturais entresolos, expresso do B textural no perfil, extraordinrio contraste textural entre os horizon-tes eluviais e o B textural e, sobretudo, elevada saturao por bases no B textural oumesmo no solum, condio at ento no tornada ciente na classificao de solospodzlicos tropicais.

    J o levantamento pedolgico a seguir, realizado no sul de Minas (Brasil, 1962),d reconhecimento ao horizonte B incipiente, diagnstico para a classe que abrigava os

    Solos Brunos cidos precursora da classe Cambissolos.

    Da por diante, os levantamentos pedolgicos, que vinham sendo executadospela Comisso de Solos e instituies sucessoras, foram demandando adequao aos solosque foram sendo identificados, especialmente no que diz respeito a diversidades de atribu-tos, variabilidade morfolgica e de constituio. Por consequncia, modificaes e acrsci-mos foram sendo adotados, envolvendo reajustes e inovaes em critrios distintivos,resultando nas normas descritas pela Embrapa (1988a).

    Assim, reparties de grandes grupos iniciais foram sendo estabelecidas, decor-rentes de disparidade em saturao por bases, atividade das argilas que tem como expres-so a CTC dos colides inorgnicos, saturao por sdio, presena de carbonato de clcio,mudana abrupta de textura para o horizonte B, entre outros distintivos mais.

    A coleo de critrios veio a abranger variados atributos diagnsticos, a par dediversos tipos de horizontes A, de horizontes B e de outros horizontes diagnsticos deposio varivel nos perfis de solo, os quais foram assimilados com o correr do desenvol-vimento do novo sistema americano de classificao pedolgica (Estados Unidos, 1960;1975) e do esquema FAO (1974).

    Grande nmero de classes de solos de alto nvel categrico vieram a ser includaspara apropriar classificao de tipos de solos expressivamente distintos, os quais foramsendo identificados durante levantamentos pedolgicos realizados na ampla diversidade deambincia climtica, geomrfica, vegetacional e geolgica do territrio nacional.

    O outro aditamento ao sistema adveio de estudo de verificao de solos naregio Sul do pas, dando a conhecer no planalto de Curitiba solos sui generis, motivan-

    do a proposio da classe Rubrozm (Bramo & Simonson, 1956).

    Tambm da dcada de cinqenta provm o reconhecimento da classe HidromrficoCinzento (Brasil, 1958), constituindo derivao a partir de Planossolo e Glei Pouco Hmicodo sistema americano, ento vigente (Baldwin et al., 1938; Thorp & Smith, 1949).

    Posteriormente distino das classes Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Escu-ro, Latossolo Vermelho-Amarelo cogitadas igualmente no referido levantamento do Estado deSo Paulo, outras classes foram acrescidas com o estabelecimento de Latossolo Amarelopelos trabalhos de Day (1959) e Sombroek (1961) na Amaznia; Latossolo Bruno identifica-

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    do por Lemos et al. (1967) no Rio Grande do Sul; Latossolo Variao Una de constataoa partir de 1963 no sul da Bahia (Embrapa (1977-1979); e Latossolo Ferrfero comoconceituado por Camargo (1982). A propsito da distino de Latossolos, Camargo et al.(1988) presta conta da classificao desses solos no pas.

    Areias Quartzosas constituem classe de solos reconhecida desde o incio dadcada de sessenta (Brasil, 1969) para formar grupo independente, desmembrado dosRegossolos classe tornada menos abrangente pela excluso daqueles solos quartzosos -definidos como solos pouco desenvolvidos em virtude da prpria natureza refratria domaterial quartzoso, resultante em pouca evoluo pedogentica.

    Modificao de conceito no incio da dcada de setenta, induzida pela realidadede solos identificados em diversas verificaes de campo, tornaram efetivada a classe So-

    los Litlicos (Brasil, 1971a; Brasil, 1972a).

    No levantamento pedolgico do Cear, foram constatados Solos Podzlicos comcaractersticas peculiares e atpicas em relao a concepes originais de classes estabelecidasdestes solos e motivaram o reconhecimento da classe Podzlico Acinzentado (Brasil, 1973b).

    Similarmente, outros solos podzlicos atpicos, formados em cobertura atinente Formao Barreiras (e congneres), como contraparte de Latossolos Amarelos, motivarama proposta de estabelecimento da classe Podzlico Amarelo (Reunio..., 1979).

    Solos de identificao problemtica, visualizados como similares de Terra RoxaEstruturada contudo diferenciados pela cor relacionada aos constituintes oxdicos tmsido encontrados na regio Sul e sua discriminao vem sendo contemplada com a formu-lao da classe Terra Bruna Estruturada (Embrapa, 1979; Carvalho, 1982).

    Plintossolo constitui classe firmada no trmino da dcada de setenta (Brasil,1980c), como resultado de anos de reflexo sobre a validade da conceituao dos atuaisPlintossolos como classe individualizada no sistema referencial. Grande parte dessa classe integrada pelos vrios solos da antiga classe Laterita Hidromrfica, com agregao departe dos solos de algumas outras classes, conceituadas antes do Plintossolo.

    O ltimo acrscimo importante no sistema referencial foi a classe Podzlico Ver-melho-Escuro (Camargo et al., 1982), provendo grupo parte de solos distintos da tradi-cional classe Podzlico Vermelho-Amarelo. O posicionamento dessa nova classe homlogoao dos demais podzlicos e se coloca em contraparte a Latossolo Vermelho-Escuro. Aclasse estabelecida inclui parte desmembrada de Podzlico Vermelho-Amarelo e engloba atotalidade da extinta Terra Roxa Estruturada Similar.

    Estas foram importantes mudanas que incidiram na trajetria da classificao desolos no sentido de sua nacionalizao ora efetivada atravs das quatro aproximaeselaboradas de 1980 a 1997 e da publicao do Sistema Brasileiro de Classificao deSolos (Embrapa, 1998 e 1999).

    Nesta 2aedio do SiBCS mudanas relevantes ocorreram, desde o nvel deOrdem at o nvel de Subgrupo, com redefinio, reestruturao, extino e incluso declasses, conforme discutido e aprovado no Comit Excutivo de Classificao de Solos(Santos et al., 2003).

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    Siglas e Abreviaturas

    CE - Comit Executivo de Classificao de Solos

    CNEPA- Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronmicas (Ministrio da Agricultura)

    CTC Centro de Tecnologia Canavieira

    Embrapa- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    Embrapa Amaznia Oriental - Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amaznia Oriental (CPATU)

    Embrapa Cerrados - Centro de Pesquisa Agropecuria dos Cerrados (CPAC)

    Embrapa Clima Temperado- Centro de Pesquisa Agropecuria de Clima Temperado (CPACT)

    Embrapa Florestas- Centro Nacional de Pesquisa de Florestas (CNPF)

    Embrapa Milho e Sorgo- Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS)

    Embrapa Monitoramento por Satlite Centro Nacional de Pesquisa de Monitoramento

    Ambiental e de Recursos Naturais por Satlite (CNPM)

    Embrapa Semi rido - Centro de Pesquisa Agropecuria do Trpico Semi-rido (CPATSA)

    Embrapa Solos- Centro Nacional de Pesquisa de Solos (CNPS)

    Embrapa Tabuleiros Costeiros Centro de Pesquisa Agropecuria dos Tabuleiros Costeiros (CPATC)

    EPAGRI- Empresa de Pesquisa Agropecuria e Difuso de Tecnologia do Estado deSanta Catarina

    ESALQ- Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP

    FAO- Food and Agriculture Organization

    FUNCEME- Fundao Cearense de Meteorologia e Recursos Hdricos

    IAC- Instituto Agronmico de Campinas

    IBGE - Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    NRCS- Natural Resources Conservation Service (ex-SCS/USDA)

    PESAGRO-RJ- Empresa de Pesquisa Agropecuria do Estado do Rio de Janeiro

    RCC- Reunio de Classificao e Correlao

    SCS - Soil Conservation Service

    SBCS Sociedade Brasileira de Cincia do Solo

    SiBCS Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    SNLCS - Servio Nacional de Levantamento e Conservao de Solos (atual Embrapa Solos)

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    TFSA- Terra Fina Seca ao Ar

    UDESC- Universidade do Estado de Santa Catarina

    UEP- Unidade de Execuo de Pesquisa e Desenvolvimento de Recife (UEP Recife).

    UEPG- Universidade Estadual de Ponta Grossa

    UENF- Universidade Estadual do Norte Fluminense

    UFBA- Universidade Federal da Bahia

    UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

    UFLA- Universidade Federal de Lavras

    UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso

    UFPR- Universidade Federal do Paran

    UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    UFRPE- Universidade Federal Rural de Pernambuco

    UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    UFG- Universidade Federal de Gois

    UCG- Universidade Catlica de Gois

    UFU- Universidade Federal de Uberlndia

    UFV - Universidade Federal de Viosa

    UnB- Universidade de Braslia

    UNESP- Universidade Estadual Paulista Jlio Mesquita Filho

    UNICAMP- Universidade Estadual de Campinas

    UNICENTRO- Universidade Estadual do Centro - Oeste do Paran

    USDA- United States Department of Agriculture

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    SumrioCAPTULO1 ATRIBUTOSDIAGNSTICOS/ OUTROSATRIBUTOS

    Atributos Diagnsticos ......................................................................33Material Orgnico ......................................................................................................... 33Material Mineral............................................................................................................ 33

    Atividade da Frao Argila ........................................................................................... 33Saturao por Bases ..................................................................................................... 34Carcter crico ............................................................................................................. 34Carcter Alumnico ...................................................................................................... 34Carcter Altico .............................................................................................................. 34Carcter utrico ............................................................................................................. 35Carcter Sdico ............................................................................................................. 35Carcter Soldico ......................................................................................................... 35Carcter Salino .............................................................................................................. 35Carcter Slico .............................................................................................................. 35Carcter Carbontico ................................................................................................... 35Carcter com Carbonato .............................................................................................. 36Mudana Textural Abrupta ......................................................................................... 36Carcter Flvico ............................................................................................................ 36Plintita ............................................................................................................................ 36Petroplintita ................................................................................................................... 37Carcter Plntico ............................................................................................................ 37Carcter Concrecionrio .............................................................................................. 37Carcter Litoplntico ..................................................................................................... 37Carcter Argilvico ....................................................................................................... 38Carcter Plnico ............................................................................................................ 38Carcter Coeso .............................................................................................................. 38Carcter Drico ............................................................................................................. 38Carcter Vrtico ............................................................................................................ 38Superfcie de Fricco slickensides ......................................................................... 38

    Contato Ltico ................................................................................................................ 39Contato Ltico Fragmentrio ........................................................................................ 39Materiais Sulfdricos ..................................................................................................... 39Carcter Epiquico ...................................................................................................... 40Carcter Crmico .......................................................................................................... 40Carcter Ebnico ........................................................................................................... 41Carcter Rbrico ........................................................................................................... 41Teor de xidos de Ferro .............................................................................................. 41Grau de Decomposio do Material Orgnico ......................................................... 42

    Introduo .........................................................................................29Definio de Solo ..............................................................................31

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    Outros Atributos ................................................................................43Cerosidade .................................................................................................................... 43Superfcie de Compresso ........................................................................................... 43Gilgai.............................................................................................................................. 43Autogranulao self-mulching ................................................................................. 44Relao silte/argila ........................................................................................................ 44Minerais Alterveis ....................................................................................................... 44

    Horizontes Diagnsticos Superficiais .................................................45Horizonte Hstico ......................................................................................................... 45Horizonte A Chernozmico ........................................................................................ 46Horizonte A Proeminente ............................................................................................ 46Horizonte A Hmico .................................................................................................... 47Horizonte A Antrpico ................................................................................................ 48Horizonte A Fraco ........................................................................................................ 48Horizonte A Moderado ............................................................................................... 48

    Horizontes Diagnsticos Subsuperficiais ...........................................49Horizonte B Textural .................................................................................................... 49Horizonte B Latosslico ............................................................................................... 51

    Horizonte B Incipiente ................................................................................................. 53Horizonte B Ntico ........................................................................................................ 55Horizonte B Espdico .................................................................................................. 55Horizonte B Plnico ..................................................................................................... 58Horizonte lbico .......................................................................................................... 58Horizonte Plntico ........................................................................................................ 59Horizonte Concrecionrio .......................................................................................... 60Horizonte Litoplntico .................................................................................................. 60Horizonte Glei .............................................................................................................. 61Horizonte Clcico ........................................................................................................ 62Horizonte Petroclcico ................................................................................................ 63Horizonte Sulfrico ...................................................................................................... 63Horizonte Vrtico ......................................................................................................... 64Fragip ........................................................................................................................... 64Durip ............................................................................................................................ 65

    CAPTULO2 HORIZONTESDIAGNSTICOSSUPERFICIAISHORIZONTESDIAGNSTICOSSUBSUPERFICIAIS

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    Nveis Categricos do Sistema ...........................................................67Classes do 1onvel categrico (ordens) ...................................................................... 67Classes do 2onvel categrico (subordens) ............................................................... 68Classes do 3onvel categrico (grandes grupos) ....................................................... 68Classes do 4onvel categrico (subgrupos) ............................................................... 695onvel categrico (famlias ) ....................................................................................... 696o nvel categrico (sries) ........................................................................................... 69

    Nomenclatura das Classes .................................................................70Classes de 1o, 2o, 3oe 4onveis categricos ............................................................... 705onvel categrico (famlias) ........................................................................................ 716onvel categrico (sries).................................................................... 71

    Bases e Critrios ................................................................................72Argissolos ...................................................................................................................... 72Cambissolos .................................................................................................................. 72Chernossolos ................................................................................................................ 73Espodossolos ................................................................................................................ 73Gleissolos ...................................................................................................................... 73Latossolos ...................................................................................................................... 74

    Luvissolos ...................................................................................................................... 74Neossolos ...................................................................................................................... 74Nitossolos ...................................................................................................................... 74Organossolos ................................................................................................................ 75Planossolos ................................................................................................................... 75Plintossolos ................................................................................................................... 75Vertissolos ..................................................................................................................... 76

    Conceito e Definio das Classes de 1oNvel ....................................76Argissolos ...................................................................................................................... 76Cambissolos .................................................................................................................. 77Chernossolos ................................................................................................................ 78Espodossolos ................................................................................................................ 79

    Gleissolos ...................................................................................................................... 80Latossolos ...................................................................................................................... 82Luvissolos ...................................................................................................................... 83Neossolos ...................................................................................................................... 84Nitossolos ...................................................................................................................... 85Organossolos ................................................................................................................ 86Planossolos ................................................................................................................... 87Plintossolos ................................................................................................................... 89Vertissolos ..................................................................................................................... 90

    CAPTULO3 Nveis Categricos do SistemaNomeclatura das ClassesBases e CritriosConceito e Definio das Classes de 1 Nvel (Ordens)

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    Classificao dos Solos at o 4oNvel Categrico ..............................93Chave para a identificao das classes de solos ....................................................... 96Chave para as ordens .................................................................................................. 97

    Luvissolos ........................................................................................177

    CAPTULO4 CLASSIFICAODOSSOLOSATO4 Nvel Categrico

    CAPTULO5

    CAPTULO6

    ARGISSOLOS

    CAMBISSOLOS

    CAPTULO7 CHERNOSSOLOS

    CAPTULO8 ESPODOSSOLOS

    CAPTULO9 GLEISSOLOS

    CAPTULO10 LATOSSOLOS

    Argissolos ....................................................................................... 101

    Cambissolos ....................................................................................119

    Chernossolos ...................................................................................131

    Espodossolos ...................................................................................137

    Gleissolos ........................................................................................147

    CAPTULO11 LUVISSOLOS

    Latossolos ........................................................................................161

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    CAPTULO12 NEOSSOLOS

    CAPTULO13 NITOSSOLOS

    CAPTULO14 ORGANOSSOLOS

    CAPTULO15 PLANOSSOLOS

    CAPTULO16 PLINTOSSOLOS

    CAPTULO17 Vertissolos

    Neossolos ........................................................................................181

    Nitossolos........................................................................................193

    Organossolos ...................................................................................201

    Planossolos ......................................................................................209

    Plintossolos......................................................................................215

    Vertissolos .......................................................................................225

    Definies Provisrias de 5oe 6oNveis Categricos .......................231Classes do 5onvel categrico (famlias) ...................................................................231Classes do 6onvel categrico (sries) ......................................................................237

    CAPTULO18 DEFINIESPROVISRIASDE5 E6 NVEISCATEGRICOS

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    Critrios para Distino de Fases de Unidades de Mapeamento ...... 239Fases e condies edficas indicadas pela vegetao primria ............................ 239Fases de Relevo .......................................................................................................... 242Fases de Pedregosidade ............................................................................................243Fase Pedregosa ........................................................................................................... 243Fase Epipedregosa ......................................................................................................243Fase Endopedregosa ..................................................................................................244Fases de Rochosidade ...............................................................................................244

    Fase Erodida ................................................................................................................ 244Fase de Substrato Rochoso ....................................................................................... 244

    CAPTULO19 CRITRIOSPARADISTINODEFASESDEUNIDADESDEMAPEAMENTO

    Referncias Bibliogrficas ................................................................245

    REFERNCIASBIBLIOGRFICAS

    APNDICEC

    BIBLIOGRAFIACOMPLEMENTAR

    Classes de Profundidade dos Solos ..................................................265

    Bibliografia Complementar ..............................................................255

    APNDICEA

    APNDICEB

    Grupamentos Texturais ....................................................................267

    Classes de Drenagem.......................................................................269

    CLASSESDEPROFUNDIDADEDOSSOLOS

    GRUPAMENTOSTEXTURAIS

    CLASSESDEDRENAGEM

    CAPTULO20

    CAPTULO21

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    APNDICED

    APNDICEE

    APNDICEF

    APNDICEG

    APNDICEH

    APNDICEI

    APNDICEJ

    Classes de Reao do Solo ...............................................................271

    Mtodos de Anlises de Solos Adotados pela Embrapa Solos ...........273

    Simbologia para as Classes de 1o, 2o, 3oe 4oNveis Categricos......281

    Padronizao das Cores das Classes de 1oe 2oNveis Categricos para Usoem Mapas de Solos ..........................................................................295

    Correlao entre as Classes do Sistema e a Classificao UsadaAnteriormente ..................................................................................297

    Correspondncia Aproximada entre SiBCS, WRB/FAO e Soil Taxonony paraClasses de Solos em Alto Nvel Categrico ......................................299

    Perfis Representativos das Classes de Solos......................................301

    CLASSESDEREAODOSOLO

    MTODOSDEANLISESDESOLOSADOTADOSPELAEMBRAPASOLOS

    SIMBOLOGIAPARAASCLASSESDE1O, 2O, 3OE4ONVEISCATEGRICOS

    PADRONIZAODASCORESDASCLASSESDE1OE2ONVEISCATEGRICOSPARAUSOEMMAPASDESOLOS

    CORRELAOENTREASCLASSESDOSISTEMAEACLASSIFICAOUSADA

    ANTERIORMENTE

    CORRESPONDNCIA APROXIMADAENTRESIBCS, WRB/FAO ESOILTAXONONYPARACLASSESDESOLOSEMALT ON VELCATEGRICO

    PERFISREPRESENTATIVOSDASCLASSESDESOLOS

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    Introduo

    O Sistema Brasileiro de Classificao de Solos uma prioridade nacional compar-tilhada com vrias instituies de ensino e pesquisa do Brasil, desde as primeiras tentativasde organizao, a partir da dcada de 70, conhecidas como aproximaes sucessivas,buscando definir um sistema hierrquico, multicategrico e aberto, que permita a inclusode novas classes e que torne possvel a classificao de todos os solos existentes noterritrio nacional.

    No perodo entre 1978 e 1997 foram elaboradas: a 1 aproximao (Embrapa,1980g), a 2 aproximao (Embrapa, 1981), a 3 aproximao (Embrapa, 1988c) e a 4aproximao (Embrapa, 1997b), compreendendo discusses, organizao, circulao dedocumentos para crticas e sugestes, assim como a divulgao, de incio restrita, entreparticipantes e membros da comunidade cientfica, culminando com a publicao da 1aedio do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos-SiBCS (Embrapa, 1999), ampla-mente divulgada, nacional e internacionalmente e adotada no Brasil como o sistema oficialde classificao de solos no pas.

    O aperfeioamento permanente do SiBCS um projeto nacional, de interesse eresponsabilidade da comunidade de Cincia do Solo no pas e coordenado pelo CentroNacional de Pesquisa de Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (EmbrapaSolos). Tem como fundamento as parcerias institucionais, os estudos anteriores e a evolu-o recente dos conhecimentos na rea de Cincia do Solo.

    O ponto de referncia inicial para a 1aedio foi a 3 aproximao do sistema(Embrapa, 1988c) e as seguintes publicaes: Mapa mundial de suelos (FAO, 1990),

    Rfrentiel pdologique franaiseRfrentiel pdologique(Association Franaise pour Ltudedu Sol, 1990 e 1995), Keys to soil taxonomy(Estados Unidos, 1994 e 1998) e Worldreference base for soil resources (FAO, 1994 e 1998). Esta 2a edio do sistema declassificao , luz de conhecimentos e pesquisas geradas no pas e no exterior (SoilTaxonomy, Estados Unidos, 1999; The Australian Soil Classification, Isbell, 1996), oresultado de uma reviso e atualizao dos parmetros e critrios utilizados na 1 edio(Embrapa, 1999) e aproximaes anteriores, bem como da incorporao de sugestes econtribuies enviadas pela comunidade cientfica.

    O projeto de desenvolvimento e validao do Sistema Brasileiro de Classificaode Solosest gerando aes em trs instncias de discusso e deciso, compreendendogrupos organizados e atuantes em nvel nacional, regional e local. As discusses e deci-ses passam pelos grupos organizados, em nvel interinstitucional, abrangendo as diversasregies do Brasil que contam com equipes nas universidades, em instituies pblicas

    estaduais ou federais e/ou instituies privadas, que tm trabalhado na execuo de levan-tamentos de solos, elaborao de dissertaes e teses, e em outras atividades relacionadasa este tema.

    Quatro nveis de estudo de classificao de solos foram estabelecidos em escalahierrquica de decises, a saber: um Comit Assessor Nacional, um Comit Executivo,cinco Comits Regionais e vrios ncleos estaduais de discusso e colaborao.

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    Na 1a edio foram mantidas as 14 classesdo 1 nvel categrico da 4 aproxi-mao do sistema. Todavia, grande parte dos parmetros e critrios utilizados na 4 apro-ximao passaram por muitas mudanas em seus conceitos e definies. Na presente 2a

    edio constam somente 13 classes de 1onvel categrico (Ordem), em conseqncia daextino da Ordem Alissolos, de acordo com proposta de usurios do sistema, membros doComit Assessor Nacional e Comits Regionais, discutidas e aprovadas pelo Comit Executivo.

    As classes de solos foram estruturadas at o 4 nvel categrico, porm s foram incor-poradas nesta edio aquelas que foram objeto de discusses e aprovao do Comit Executivo.

    Os problemas de nomenclatura e das chaves para identificao das classes do 1nvel categrico at o 4 nvel s foram discutidos no Comit Executivo, embora tenham sidorecebidas sugestes de membros do Comit Assessor Nacional e dos Comits Regionais.

    Na 1a edio do sistema, as definies das classes no 1 e 2 nveis categricos(ordens e subordens) foram aperfeioadas e foram definidas as classes no 3 e 4 nveiscategricos (grandes grupos e subgrupos), mas no se procedeu a uma discusso maisapurada dessas definies. Na 2aedio, com base em propostas e experincia de uso dosistema, algumas modificaes foram introduzidas.

    As classes do 1 nvel categrico (ordens) esto em ordem alfabtica no captulo3 (Conceito e Definio das Classes de 1oNvel) e do captulo 5 ao 17.

    Nos captulos 3 e 18 constam, temporariamente, critrios e atributos taxonmicospara definio de classes do 5 nvel categrico (famlias) e de 6 nvel categrico (sries),em processo de discusso e at o momento sem avanos relevantes. Para estes nveis, importante a validao das propostas atravs de pesquisas direcionadas para este fim. Oscritrios recomendados devem ser testados nas distintas classes de solos, verificandometodologias apropriadas e respostas em termos de importncias agronmica, geotcnica epara fins diversos. Este um campo que deve ser estimulado nas aes de pesquisas nasinstituies diversas.

    A maioria dos apndices foi mantida de acordo com a 1 edio, mas algunsforam atualizados, tais como, simbologia das classes, padronizao das cores para mapasde solos com opes de utilizao do sistema Pantone, CMYK e RGB e HSV para ArcView(at o 2onvel categrico), correlao entre classes dos sistemas de classificao SiBCS,FAO-WRB e Soil Taxonomy.

    So utilizadas as definies e notaes de horizontes e camadas de solo deacordo com a EMBRAPA (1988a) e os conhecimentos bsicos de caractersticas morfolgicas

    contidos na Reunio Tcnica deLevantamento de Solos(1979) e no Manual de descrioe coleta de solosnocampo(Lemos & Santos, 1996; Santos et al., 2005; IBGE, 2005).Em todo o texto seguiram-se as designaes do sistema internacional de medidas, confor-me Guide for the use of the international system of units (SI) (Taylor, 1995).

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    Definio de Solo

    O solo que classificamos uma coleo de corpos naturais, constitudos porpartes slidas, lquidas e gasosas, tridimensionais, dinmicos, formados por materiais mi-nerais e orgnicos que ocupam a maior parte do manto superficial das extenses continen-tais do nosso planeta, contm matria viva e podem ser vegetados na natureza onde ocor-rem e, eventualmente, terem sido modificados por interferncias antrpicas.

    Quando examinados a partir da superfcie consistem de sees aproximadamen-te paralelas, organizadas em camadas e, ou, horizontes que se distinguem do material deorigem inicial, como resultado de adies, perdas, translocaes e transformaes de ener-gia e matria, que ocorrem ao longo do tempo e sob a influncia dos fatores clima, organis-mos e relevo.

    As alteraes pedolgicas de que so dotados os horizontes do solo revelamcontraste com o substrato rochoso ou seu resduo pouco alterado ou ainda sedimentos denatureza diversa, expressando diferenciao pedolgica em relao aos materiais pr-exis-tentes em funo de processos pedogenticos. As camadas so pouco ou nada afetadaspelos processos pedolgicos.

    O solo tem como limite superior a atmosfera. Os limites laterais so os contatoscom corpos dgua superficiais, rochas, gelo, reas com coberturas de materiais detrticosinconsolidados, aterros ou com terrenos sob espelhos dgua permanentes. O limite inferiordo solo difcil de ser definido. Em geral, o solo passa gradualmente no seu limite inferior,em profundidade, para rocha dura ou materiais saprolticos ou sedimentos que no apresen-tam sinais da influncia de atividade biolgica. O material subjacente (no-solo) contrasta

    com o solo, pelo decrscimo ntido de constituintes orgnicos, decrscimo de alterao edecomposio dos constituintes minerais, enfim, pelo predomnio de propriedades maisrelacionadas ao substrato rochoso ou ao material de origem no consolidado.

    O corpo tridimensional que representa o solo chamado de pedon.A face dopedon que vai da superfcie ao contato com o material de origem, constituindo a unidadebsica de estudo do Sistema Brasileiro de Classificao, o perfil de solo, sendo avaliadoem duas dimenses e perfazendo uma rea mnima que possibilite estudar a variabilidadedos atributos, propriedades e caractersticas dos horizontes ou camadas do solo.

    Nas condies de clima tropical mido, prevalecentes no Brasil, a expresso daatividade biolgica e os processos pedogenticos comumente ultrapassam profundidadesmaiores que 200cm. Nestes casos, por questes prticas de execuo de trabalhos decampo, principalmente, o limite inferior do solo que classificamos arbitrariamente fixado

    em 200cm, exceto quando:

    a) o horizonte A exceder a 150cm de espessura. Neste caso, o limite arbitrado de 300cm; ou

    b) no sequumestiver presente o horizonte E, cuja espessura somada a do A sejaigual ou maior que 200cm. Neste caso o limite arbitrado de 400cm.

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    1 Captulo

    Atributos DiagnsticosOutros Atributos

    Embrapa SolosColaboradores

    Atributos Diagnsticos

    Material Orgnico aquele constitudo por materiais orgnicos, originrios de resduos vegetais

    em diferentes estgios de decomposio, fragmentos de carvo finamente divididos, subs-tncias hmicas, biomassa meso e microbiana, e outros compostos orgnicos naturalmentepresentes no solo, os quais podem estar associados a material mineral em proporesvariveis. O contedo de constituintes orgnicos impe preponderncia de suas proprieda-des sobre os constituintes minerais. O material do solo ser considerado como orgnicoquando o teor de carbono for igual ou maior que 80 g/kg, avaliado na frao TFSA, tendo

    por base valores de determinao analtica conforme mtodo adotado pelo Centro Nacionalde Pesquisa de Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - Embrapa Solos (verApndice E).

    Material Mineral aquele formado, predominantemente, por compostos inorgnicos, em vrios

    estgios de intemperismo. O material do solo considerado material mineral quando nosatisfizer o requisito exigido para material orgnico (item anterior).

    Critrio derivado de Estados Unidos (1975) e FAO (1974).

    Atividade da Frao Argila

    Refere-se capacidade de troca de ctions1 correspondente frao argila, cal-culada pela expresso: T x 1000/g.kg -1de argila. Atividade alta (Ta) designa valor igual ousuperior a 27 cmol

    c/kg de argila, sem correo para carbono, e atividade baixa (Tb), valor

    inferior a 27 cmolc/kg de argila, sem correo para carbono. Este critrio no se aplica aossolos que, por definio, tm classes texturais areia e areia franca.

    1Obtida segundo metodologia da Embrapa Solos - pela soma das bases e H+ + Al3+ extraveis com Ca(OAc)21N

    pH 7 - no corresponde aos valores determinados pela metodologia do Natural Resources Conservation Service

    (antigo Soil Conservation Service) dos Estados Unidos.

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    34 Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    Para distino de classes por este critrio, considerada a atividade da fraoargila no horizonte B, ou no C, quando no existe B.

    Critrio derivado de Estados Unidos (1975).

    Saturao por Bases2

    Refere-se proporo (taxa percentual, V%=100. S/T) de ctions bsicostrocveis em relao capacidade de troca determinada a pH 7. A expresso alta saturaose aplica a solos com saturao por bases igual ou superior a 50% (Eutrfico) e baixasaturao para valores inferiores a 50% (Distrfico). Utiliza-se, ainda, o valor de V 65%para identificao do horizonte A chernozmico.

    Para a distino entre classes de solos por este critrio considerada a saturaopor bases no horizonte diagnstico subsuperficial (B ou C). Na ausncia destes horizontesa aplicao do critrio definida para cada classe especfica.

    Carter cricoRefere-se soma de bases trocveis (Ca2+, Mg2+, K+e Na+) mais alumnio extravel

    por KCl 1mol. L -1(Al3+) em quantidade igual ou inferior a 1,5cmolc/kg de argila e que preen-

    cha pelo menos uma das seguintes condies:

    1) pH KCl 1mol. L-1igual ou superior a 5,0; ou

    2) pH positivo ou nulo (pH= pH KCl - pH H2O)

    Critrio derivado de FAO (1994) e Estados Unidos (1994).

    Carter AlumnicoRefere-se condio em que o solo se encontra em estado dessaturado e

    caracterizado por teor de alumnio extravel 4 cmolc/kg de solo associado atividade deargila < 20 cmol

    c/kg de argila, alm de apresentar saturao por alumnio (100 Al+3/S +

    Al+3) 50% e/ou saturao por bases (V% = 100 S/T) < 50%.

    Para a distino de solos mediante este critrio considerado o teor de alumnioextravel no horizonte B, ou no horizonte C na ausncia de B.

    Carter AlticoRefere-se condio em que o solo se encontra dessaturado e apresenta teor de

    alumnio extravel 4 cmolc/kg de solo, associada atividade de argila 20 cmolc/kg deargila e saturao por alumnio (100 Al+3/S + Al+3) 50% e/ou saturao por bases (V%= 100 S/T) < 50%.

    Para distino considerado o teor de alumnio extravel no horizonte B ou no horizon-te C quando o solo no tem B ou no horizonte A quando o solo apresenta sequncia A, R.

    2 Calculada segundo metodologia da Embrapa Solos (ver Apndice E).

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    35Atributos Diagnsticos

    Carter utricoUsado para distinguir solos que apresentam pH (em H

    2O)5,7, conjugado com valor

    S (soma de bases) 2,0 cmolc/kg de solo dentro da seo de controle que defina a classe.

    Carter SdicoO carter sdico usado para distinguir horizontes ou camadas que apresentem satu-

    rao por sdio (100Na+/T) 15%, em alguma parte da seo de controle que defina a classe

    Critrio derivado de Estados Unidos (1954).

    Carter SoldicoO carter soldico usado para distinguir horizontes ou camadas que apresen-tem saturao por sdio (100Na+/T) variando de 6% a < 15%, em alguma parte da seode controle que defina a classe.

    Critrio derivado de FAO (1974).

    Carter Salino3

    Propriedade referente presena de sais mais solveis em gua fria que o sulfatode clcio (gesso), em quantidade que interfere no desenvolvimento da maioria das culturas,indicada por condutividade eltrica do extrato de saturao igual ou maior que 4dS/m emenor que 7dS/m (a 25 C), em alguma poca do ano.

    Critrio derivado de Estados Unidos (1951; 1954).

    Carter Slico3

    Propriedade referente presena de sais mais solveis em gua fria que o sulfato declcio (gesso), em quantidade txica maioria das culturas, indicada por condutividade eltricano extrato de saturao maior que ou igual a 7dS/m (a 25 C), em alguma poca do ano.

    Carter CarbonticoPropriedade referente presena de 150g/kg de solo ou mais de CaCO3equiva-

    lente sob qualquer forma de segregao, inclusive concrees, desde que no satisfaa osrequisitos estabelecidos para horizonte clcico.

    Critrio derivado de Estados Unidos (1975).

    3Carter salino e slico saliente-se que s a condutividade eltrica no suficiente para determinar a presena ou

    no desses caracteres; h necessidade de se analisar os sais solveis presentes, pois, o horizonte sulfrico pode

    apresentar valores 4,0 e 3,5 dS/m, como ocorreu em determinados solos da Usina Coruripe em Alagoas.

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    36 Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    Carter com CarbonatoPropriedade referente presena de CaCO

    3equivalente sob qualquer forma de

    segregao, inclusive concrees, igual ou superior a 50g/kg de solo e inferior a 150g/kgde solo; esta propriedade discrimina solos sem carter carbontico, mas que possuemCaCO

    3em algum horizonte.

    Critrio conforme o suplemento do Soil Survey Manual (Estados Unidos, 1951).

    Mudana Textural AbruptaMudana textural abrupta consiste em um considervel aumento no teor de argi-

    la dentro de pequena distncia na zona de transio entre o horizonte A ou E e o horizontesubjacente B. Quando o horizonte A ou E tiver menos que 200g de argila/kg de solo, o teor

    de argila do horizonte subjacente B, determinado em uma distncia vertical 7,5cm, deveser pelo menos o dobro do contedo do horizonte A ou E. Quando o horizonte A ou E tiver200g/kg de solo ou mais de argila, o incremento de argila no horizonte subjacente B,determinado em uma distncia vertical 7,5cm, deve ser pelo menos de 200g/kg a maisem valor absoluto na frao terra fina (por exemplo: de 300g/kg para 500g/kg, de 220g/kg para 420g/kg).

    Critrio derivado de FAO (1974).

    Carter FlvicoUsado para solos formados sob forte influncia de sedimentos de natureza

    aluvionar, que apresentam um dos seguintes requisitos:

    1) distribuio irregular (errtica) do contedo de carbono orgnico em profundi-dade, no relacionada a processos pedogenticos; e/ou

    2) camadas estratificadas em 25% ou mais do volume do solo.

    Plintita uma formao constituda da mistura de argila, pobre em carbono orgnico e

    rica em ferro, ou ferro e alumnio, com gros de quartzo e outros minerais. Ocorre comumentesob a forma de mosqueados vermelhos, vermelho-amarelados e vermelho-escuros, compadres usualmente laminares, poligonais ou reticulados. Quanto gnese, a plintita seforma em ambiente mido, pela segregao de ferro, importando em mobilizao, transpor-te e concentrao final dos compostos de ferro, que pode se processar em qualquer solo

    onde o teor de ferro for suficiente para permitir a segregao do mesmo, sob a forma demanchas vermelhas brandas.

    A plintita no endurece irreversivelmente como resultado de um nico ciclo deumedecimento e secagem. No solo mido a plintita macia, podendo ser cortada com a p.

    A plintita um corpo distinto de material rico em xido de ferro, e pode serseparada dos ndulos ou concrees ferruginosas consolidadas (petroplintita) que so ex-tremamente firmes ou extremamente duras, sendo que a plintita firme quando mida e

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    37Atributos Diagnsticos

    dura ou muito dura quando seca, tendo dimetro > 2mm e podendo ser separada da matrizdo solo, isto , do material envolvente. Ela suporta amassamento e rolamento moderadoentre o polegar e o indicador, podendo ser quebrada com a mo. A plintita quando submersaem gua, por perodo de duas horas, no esboroa, mesmo submetida a suaves agitaesperidicas, mas pode ser quebrada ou amassada aps ter sido submersa em gua por maisde duas horas.

    As cores da plintita situam-se nos matizes de 10R a 7,5YR, com cromas altos, eest comumente associada a mosqueados que no so considerados como plintita, decores bruno-amareladas, vermelho-amareladas, ou corpos que so quebradios ou friveisou firmes, mas desintegram-se quando pressionados pelo polegar e o indicador, e esboroamna gua.

    A plintita pode ocorrer em forma laminar, nodular, esferoidal ou irregular.

    Critrio derivado de Estados Unidos (1975) e Daniels et al.(1978).

    PetroplintitaMaterial normalmente proveniente da plintita, que sob efeito de ciclos repetitivos

    de umedecimento seguidos de ressecamento acentuado, sofre consolidao vigorosa, dan-do lugar formao de ndulos ou de concrees ferruginosas (ironstone, concreeslaterticas, canga, tapanhoacanga) de dimenses e formas variadas (laminar, nodular,esferoidal ou em forma alongada, posicionadas na vertical ou irregularmente) individualiza-das ou aglomeradas.

    Critrio derivado de Sys (1967) e Daniels et al.(1978).

    Carter PlnticoUsado para distinguir solos que apresentam plintita em quantidade ou espessura

    insuficientes para caracterizar horizonte plntico, em um ou mais horizontes, em algumaparte da seo de controle que defina a classe. requerida plintita em quantidade mnimade 5% por volume.

    Carter ConcrecionrioTermo usado para definir solos que apresentam petroplintita na forma de ndu-

    los ou concrees em um ou mais horizontes dentro da seo de controle que defina aclasse em quantidade e/ou com espessura insuficientes para caracterizar horizonteconcrecionrio. requerida petroplintita em quantidade mnima de 5% por volume.

    Carter LitoplnticoUsado para definir solos que apresentam petroplintita na forma contnua e conso-

    lidada em um ou mais horizontes em alguma parte da seo de controle que defina a classe,cuja espessura do material ferruginoso insuficiente para caracterizar horizonte litoplntico.

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    38 Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    Carter ArgilvicoUsado para distinguir solos que tm concentrao de argila no horizonte B,

    expressa por gradiente textural (B/A) igual ou maior que 1,4 e/ou iluviao de argilaevidenciada pela presena de cerosidade moderada ou forte e/ou presena no sequumdehorizonte E sobrejacente a horizonte B (no espdico), dentro da seo de controle quedefina a classe.

    Carter PlnicoUsado para distinguir solos intermedirios com Planossolos, ou seja, com hori-

    zonte adensado e permeabilidade lenta ou muito lenta, cores acinzentadas ou escurecidas,neutras ou prximo delas, ou com mosqueados de reduo, que no satisfazem os requisi-tos para horizonte plnico e que ocorrem em toda a extenso do horizonte, excluindo-sehorizonte com carter plntico.

    Carter CoesoUsado para distinguir solos com horizontes pedogenticos subsuperficiais

    adensados, muito resistentes penetrao da faca ou martelo pedolgico e que so muitoduros a extremamente duros quando secos, passando a friveis ou firmes quando midos.Uma amostra mida quando submetida compresso, deforma-se lentamente, ao contrriodo fragip, que apresenta quebradicidade (desintegrao em fragmentos menores). Esteshorizontes so de textura mdia, argilosa ou muito argilosa e, em condies naturais, tmuma fraca organizao estrutural, so geralmente macios ou com tendncia a formao deblocos. O carater coeso comumente observado nos horizontes transicionais AB e, ou,BA, entre 30cm e 70cm da superfcie do solo, podendo prolongar-se at o Bw ou coincidircom o Bt, no todo ou em parte. Uma amostra de horizonte com carater coeso, quando seca,desmancha-se ao ser imersa em gua.

    Critrio derivado de Jacomine (2001), Ribeiro (2001) e Santos et al.(2005).

    Carter DricoUtilizado para caracterizar solos que apresentem cimentao forte em um ou mais

    horizontes dentro da seo de controle que defina a classe, incluindo-se solos com presen-a de durip, ortstein e outros horizontes com cimentao forte que no se enquadrem nadefinio de horizontes litoplntico, concrecionrio e petroclcico.

    Carter VrticoPresena de slickensides (superfcies de frico), fendas, ou estrutura cuneiforme

    e, ou, paralepipdica, em quantidade e expresso insuficientes para caracterizar horizonte vrtico.

    Superfcies de Frico (slickensides)Superfcies alisadas e lustrosas, apresentando na maioria das vezes estriamento

    marcante, produzido pelo deslizamento e atrito da massa do solo causados por movimenta-o devido forte expansibilidade do material argiloso por umedecimento. So superfciestipicamente inclinadas, em relao ao prumo dos perfis.

    Critrio conforme Estados Unidos (1975) e Santos et al. (2005).

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    39Atributos Diagnsticos

    Contato LticoRefere-se presena de material mineral extremamente resistente subjacente ao

    solo (exclusive horizontes petroclcico, litoplntico, concrecionrio, durip e fragip), cujaconsistncia de tal ordem que mesmo quando molhadotorna a escavao com a p retaimpraticvel ou muito difcil e impede o livre crescimento do sistema radicular e circulaoda gua, que limitado s fraturas e diclases que por ventura ocorram. Tais materiais sorepresentados pela rocha s e por rochas muito fracamente alteradas (R), de qualquer natu-reza (gneas, metamrficas ou sedimentares), ou por rochas fraca a moderadamente altera-das (RCr, CrR).

    Este conceito ainda carece de detalhamento para melhor definio, quando aplicadoa material de rocha fracamente alterado, rochas sedimentares, e algumas metamrficas, que

    apresentem forte fissilidade em funo de planos de acamamento, diaclasamento ou xistosidade.

    Contato Ltico FragmentrioRefere-se a um tipo de contato ltico em que o material endurecido subjacente ao

    solo encontra-se fragmentado, usualmente, em funo de fraturas naturais, possibilitando apenetrao de razes e a livre circulao da gua.

    Materiais SulfdricosSo aqueles que contm compostos de enxofre oxidveis e ocorrem em solos de

    natureza mineral ou orgnica, localizados em reas encharcadas, com valor de pH maior que3,5, os quais, se incubados na forma de camada com 1cm de espessura, sob condiesaerbicas midas (capacidade de campo), em temperatura ambiente, mostram um decrscimono pH de 0,5 ou mais unidades para um valor de pH 4,0 ou menor (1:1 por peso em gua,ou com um mnimo de gua para permitir a medio) no intervalo de at 8 semanas.

    Materiais sulfdricos se acumulam em solo ou sedimento permanentementesaturado, geralmente com gua salobra. Os sulfatos na gua so reduzidos biologicamentea sulfetos medida que os materiais se acumulam. Materiais sulfdricos, muito comumente,esto associados aos alagadios costeiros e prximos a foz de rios que transportam sedi-mentos no calcrios, mas podem ocorrer em alagadios de gua fresca se houver enxofrena gua. Materiais sulfdricos de reas altas podem ter se acumulado de maneira similar emperodos geolgicos passados.

    Se um solo contendo materiais sulfdricos for drenado, ou se os materiais sulfdricosforem expostos de alguma outra maneira s condies aerbicas, os sulfetos oxidam-se eformam cido sulfrico. O valor de pH, que normalmente est prximo da neutralidade

    antes da drenagem ou exposio, pode cair para valores abaixo de 3. O cido pode induzira formao de sulfatos de ferro e de alumnio. O sulfato bsico de ferro, [K Fe (SO4)2(OH)

    6],

    jarosita, pode segregar, formando os mosqueados amarelos que comumente caracterizam ohorizonte sulfrico. A transio de materiais sulfdricos para horizonte sulfrico normal-mente requer poucos anos e pode ocorrer dentro de poucas semanas. Uma amostra demateriais sulfdricos submetida secagem ao ar sombra, por cerca de 2 meses comreumedecimento ocasional, torna-se extremamente cida.

    Apesar de no haver especificao de critrio de cor para materiais sulfdricos, osmateriais de solo mineral (ou da coluna geolgica) que se qualificam como sulfdricos apresentam,

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    40 Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    quase sempre, cores de croma 1 ou menor (cores neutras N). Por outro lado, materiais desolo orgnico sulfdrico comumente tm croma mais alto (2 ou maior). Os valores so 5 oumenores, mais comumente 4 ou menor. Os matizes so 10YR ou mais amarelos, ocasional-mente com matizes esverdeados ou azulados. Materiais sulfdricos geralmente no tmmosqueados, exceto por diferentes graus de cinza ou preto, a no ser que estejam iniciandoum processo de oxidao, o qual pode ser evidenciado pela precipitao de xidos de ferroem fendas ou canais.

    Critrio derivado de Estados Unidos (1994), Fanning et al.(1993) e Kmpfet al.(1997).

    Carter Epiquico

    Este carter ocorre em solos que apresentam lenol fretico superficial tempor-rio resultante da m condutividade hidrulica de alguns horizontes do solo. Esta condiode saturao com gua permite que ocorram os processos de reduo e segregao de ferronos horizontes que antecedem ao B e, ou, no topo deste.

    Um solo apresenta carter epiquico se ele , temporariamente, saturado comgua na parte superficial, a menos que tenha sido drenado, por um perodo suficientementelongo para possibilitar o aparecimento de condies de reduo (isto pode variar de algunsdias nos trpicos h algumas semanas em outras regies), exibindo padres de coresassociados estagnao de gua na parte superficial do solo.

    O solo apresenta colorao variegada, ou mosqueados, no mnimo comuns edistintos, devido aos processos de reduo e oxidao. O croma aumenta sua expresso,com cores mais vvidas, em profundidade.

    O padro de mosqueado pode ocorrer abaixo do horizonte A ou da camadaarvel (horizonte Ap), ou imediatamente abaixo de um horizonte E, topo do horizonte B, ouno prprio horizonte E.

    O padro de distribuio das caractersticas de reduo e oxidao, com concen-traes de xidos de ferro e/ou mangans no interior dos elementos estruturais (ou namatriz do solo se a estrutura no apresenta agregao), constitui uma boa indicao docarter epiquico.

    Critrio derivado de FAO (1998).

    Carter Crmico4

    Refere-se predominncia, na maior parte do horizonte B, excludo o BC, decores (amostra mida) conforme definido a seguir:

    1) matiz 5YR ou mais vermelho, com valores iguais ou maiores que 3 e cromasiguais ou maiores que 4; ou

    4Alguns exemplos de solos com carter crmico e no-crmico:

    Luvissolos: Bruno No Clcico (crmico) - perfil 26 (Brasil, 1971b, p.241); Podzlico Bruno-Acinzentado (no-

    crmico) - perfil 5 (amostra de laboratrio n 80.1496/1502 - Embrapa, 1980e);

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    41Atributos Diagnsticos

    2) matiz mais amarelo que 5YR, valores 4 a 5 e cromas 3 a 6.

    Carter Ebnico5

    Diz respeito dominncia de cores escuras, quase pretas, na maior parte do hori-zonte diagnstico subsuperficial com predominncia de cores conforme definido a seguir:

    1) para matiz 7,5 YR ou mais amarelo:

    a) cor mida: valor

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    42 Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    Grau de Decomposio do Material OrgnicoOs seguintes atributos so utilizados nos ORGANOSSOLOS:

    1)material orgnico-fbrico- material orgnico, constitudo de fibras6, facilmen-te identificvel como de origem vegetal. Tem 40% ou mais de fibras esfregadas7,por volume, e ndice do pirofosfato igual a 5 ou maior. Se o volume de fibras for75% ou mais, por volume, o critrio do pirofosfato no se aplica. O materialfbrico usualmente classificado na escala de decomposio de von Post nasclasses 1 a 4 (Apndice E). Apresenta cores, pelo pirofosfato de sdio, comvalores e cromas de 7/1, 7/2, 8/1, 8/2 ou 8/3 (Munsell soil color charts, 1994,p.10YR);

    2) material orgnico-hmico- material orgnico em estgio de decomposiointermedirio entre fbrico e sprico. O material parcialmente alterado por aofsica e bioqumica. No satisfaz os requisitos para material fbrico ou sprico. Oteor de fibra esfregada varia de 17 a 40%, por volume. O material hmico usualmente classificado na escala de decomposio de von Post na classe 5 ou6 (Apndice E);

    3) material orgnico-sprico- material orgnico em estgio avanado de decom-posio. Normalmente, tem o menor teor de fibras, a mais alta densidade e amais baixa capacidade de reteno de gua no estado de saturao, dentre ostrs tipos de matriais orgnicos. muito estvel, fsica e quimicamente, alteran-do-se muito pouco no decorrer do tempo, a menos que drenado. O teor de fibraesfregada menor que 17%, por volume, e o ndice do pirofosfato igual a 3 oumenor. O material sprico usualmente classificado na escala de decomposio

    de von Post, na classe 7 ou mais alta (Apndice E). Apresenta cores, pelopirofosfato de sdio, com valores menores que 7, exceto as combinaes devalor e croma de 5/1, 6/1, 6/2, 7/1, 7/2, ou 7/3 (Munsell soil color charts,1994, p.10YR).

    Critrio derivado de Estados Unidos (1998).

    6 Fibra - definida como o material orgnico que mostra evidncias de restos de plantas, excludas as partes vivas,

    retido em peneira de abertura 100 mesh (0,149mm de dimetro). Excetuam-se os fragmentos lenhosos que no

    podem ser amassados com os dedos e so maiores que 2cm na menor dimenso.7Fibra esfregada- refere-se fibra que permanece na peneira de 100 mesh aps esfregar, cerca de 10 vezes, uma

    amostra de material orgnico entre o polegar e o indicador.

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    43Outros Atributos

    Outros Atributos

    Estes atributos, por si s, no diferenciam classes de solos, mas so caracters-ticas importantes que auxiliamna definio das mesmas.

    Cerosidade a concentrao de material inorgnico, na forma de preenchimento de poros ou

    de revestimentos de unidades estruturais (agregados ou peds) ou de partculas de fraesgrosseiras (gros de areia, por exemplo), que se apresentam em nvel macromorfolgicocom aspecto lustroso e brilho graxo. Pode ser resultante do revestimento por materialinorgnico, freqentemente argila e/ou do re-arranjamento de partculas nas superfcies dasunidades estruturais causado pela mudana do volume da massa do solo em reposta a a

    mudanas na umidade entre perodos secos e midos. Freqentemente esta caractersticaobservada e descrita no campo pode ser tambm observada micromorfologicamente,correspondendo a revestimentos de argila iluvial argils de iluviao, ou argils de estresse.A cerosidade engloba tambm feies brilhantes (ntidas) ou quase sem brilho sobre osagregados, sem, no entanto, apresentar revestimentos.

    Incluem-se nesta condio, todas as ocorrncias em suas diversas formas deexpresso (clay skins, shiny peds, cutans, etc.) e tambm feies mais ou menos brilhan-tes, verificadas na superfcie dos agregados, que no constituem revestimentos.

    Em suma, apresentam-se tanto como revestimentos com aspecto lustroso e bri-lho graxo, similar cera derretida e escorrida, revestindo unidades estruturais ou partculasprimrias quanto como superfcies brilhantes. Em ambos os casos podem ser observadascom maior facilidade com o auxlio de lupas de pelo menos 10 X de aumento, por observa-o direta na superfcie dos elementos ou nas arestas das sees produzidas quando soquebrados os peds. Feies brilhantes ou quase sem brilho, sobre os agregados, tambmpodem ser observadas com lentes de 10 X.

    Critrio derivado de Estados Unidos (1975) e adaptao do Comit Executivo deClassificao de Solos.

    Superfcie de CompressoSo superfcies alisadas, virtualmente sem estriamento, provenientes de com-

    presso na massa do solo em decorrncia de expanso do material, podendo apresentarcerto brilho quando midas ou molhadas.

    Constitui feio mais comum a solos de textura argilosa ou muito argilosa, cujoelevado teor de argila ocasiona algo de expansibilidade por ao de hidratao, sendo queas superfcies no tm orientao preferencial inclinada em relao ao prumo do perfil eusualmente no apresentam essa disposio.

    Gilgai o microrrelevo tpico de solos argilosos que tm um alto coeficiente de expan-

    so com aumento no teor de umidade.

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    44 Sistema Brasileiro de Classificao de Solos

    Consiste em salincias convexas distribudas em reas quase planas ou configu-ram feio topogrfica de sucesso de pequenas depresses e elevaes.

    Critrio conforme Estados Unidos (1975).

    Autogranulao (self-mulching)Propriedade inerente a alguns materiais argilosos manifesta pela formao de

    camada superficial de agregados geralmente granulares e soltos, fortemente desenvolvidos,resultantes de umedecimento e secagem. Quando destrudos pelo uso de implementosagrcolas, os agregados se recompem normalmente pelo efeito de apenas um ciclo deumedecimento e secagem.

    Critrio conforme Estados Unidos (1975).

    Relao Silte/ArgilaCalculada dividindo-se os teores de silte pelos de argila, obtidos da anlise

    granulomtrica. A relao silte/argila serve como base para avaliar o estdio de intemperismopresente em solos de regies tropicais. empregada em solos de textura franco arenosa oumais fina. Indica baixos teores de silte e, portanto, alto grau de intemperismo, quandoapresenta, na maior parte do horizonte B, valor inferior a 0,7 nos solos de textura mdia ouinferior a 0,6 nos solos de textura argilosa ou muito argilosa. Essa relao utilizada paradiferenciar horizonte B latosslico de B incipiente, quando eles apresentam caractersticasmorfolgicas semelhantes, principalmente para solos cujo material de origem derivado derochas cristolafilianas, como as rochas granticas e gnaisscas.

    Minerais AlterveisSo aqueles instveis em clima mido, em comparao com outros minerais, tais

    como quartzo e argilas do grupo das caulinitas, e que, quando se intemperizam, liberamnutrientes para as plantas e/ou ferro ou alumnio. Os minerais que so includos no signifi-cado de minerais faacilmente alterveis so os seguintes:

    minerais encontrados na frao menor que 0,002mm (minerais da frao argi-la): inclui todas as argilas do tipo 2:1, exceto a clorita aluminosa interestratificada;a sepiolita, o talco e a glauconita tambm so includos neste grupo de mineraisalterveis, ainda que nem sempre pertencentes frao argila;

    minerais encontrados na frao entre 0,002 a 2mm (minerais da frao silte eareia): feldspatos, feldspatides, minerais ferromagnesianos, vidros vulcnicos, frag-mentos de conchas, zeolitos, apatitas e micas, que inclui a muscovita que resiste poralgum tempo intemperizao, mas que termina, tambm, desaparecendo.

    Critrio derivado de FAO(1990) e Estados Unidos (1994).

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    2 Captulo

    Horizontes Diagnsticos SuperficiaisHorizontes Diagnsticos Subsuperficiais

    Embrapa SolosColaboradores

    Horizontes Diagnsticos Superficiais

    Horizonte Hstico um tipo de horizonte constitudo predominantemente de material orgnico,

    contendo 80g/kg ou mais de carbono orgnico (C-org)1 , resultante de acumulaes deresduos vegetais depositados superficialmente, ainda que, no presente, possa encontrar-se recoberto por horizontes ou depsitos minerais e mesmo camadas orgnicas mais recen-tes. Mesmo aps revolvimento da parte superficial do solo (ex: por arao), os teores dematria orgnica, aps mesclagem com material mineral, mantm-se elevados.

    Compreende materiais depositados nos solos sob condies de excesso de gua

    (horizonte H), por longos perodos ou todo o ano, ainda que no presente tenham sido artifi-cialmente drenados, e materiais depositados em condies de drenagem livre (horizonte O),sem estagnao de gua, condicionados pelo clima mido, como em ambiente altimontano.

    O horizonte hstico pode ocorrer superfcie ou estar soterrado por materialmineral e deve atender a um dos seguintes requisitos:

    a) espessura maior ou igual a 20 cm;

    b) espessura maior ou igual a 40 cm quando 75% (expresso em volume) oumais do horizonte for constitudo de tecido vegetal na forma de restos de ramosfinos, razes finas, cascas de rvores, excluindo as partes vivas;

    c) espessura de 10 cm ou mais quando sobrejacente a um contato ltico; ousobrejacente a material fragmentar constitudo por 90% ou mais (em volume) defragmentos de rocha (cascalho, calhaus e mataces).

    1Contribuio de Valladares (2003), Tese de Doutorado UFRRJ, ttulo: Caracterizao de Organossol