35
CRISTIAN BREHMER SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE Monografia apresentada como requisito parcial a conclusao do Curso de P6s-Gradua'13o em Analises Clinicas e Toxicologicas da Universidade Tuiuti do Parana. Orientador: Profo Hemerson Bertassoni Alves CURITIBA 2005

SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

  • Upload
    voxuyen

  • View
    229

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

CRISTIAN BREHMER

SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE

Monografia apresentada como requisito parcial aconclusao do Curso de P6s-Gradua'13o em AnalisesClinicas e Toxicologicas da Universidade Tuiuti doParana.

Orientador: Profo Hemerson Bertassoni Alves

CURITIBA2005

Page 2: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

SUMARIO

LlSTA DE TABELAS .

LlSTA DE ABREVIATURAS .

RESUMO .

1. INTRODUC;;AO .

1.1. HISTORICO . . .

1.2. CONCEITO ....

1.3. EPIDEMIOLOGIA .

1.4. ASPECTOS CLiNICOS

1.5. FISIOPATOLOGIA .

. iii

iv

.V

1.6. PATOGENIA

1.7. HISTOPATOLOGIA .

. 01

01

................................. 02

. 02

............... 03

...... 04

... 06

... 06

2. OBJETIVOS .

2.1. OBJETIVO GERAL .

. 07

. 07

. 07

....... OS

... 09

2.2. OBJETIVO ESPECfFICO .

3. JUSTIFICATIVA .

4. DIAGNOSTICO CLiNICO E LABORATORIAL

4.1. CRITERIOS DlAGNOSTICOS 12

..12

.... 14

....... 17

. 21

... 22

........ 23

. 31

. 31

4.2. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL .

4.3. CASOS ESPECIAIS .

5. TRATAMENTO

6. PROGNOSTICO .

7. CONCLUSAO

S. BIBLIOGRAFIA .

9. ANEXOS .

9.1. TABELA 1 .

9.2. TABELA 2. ............... 32

Page 3: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

RESUMO

A sindrome de Guillain-Barre, atualmente, e definida como uma

polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatoria aguda com transtorno

desmielinizante dos nervos perifericos, do tipo monofasico, que apresenta regressao

espontanea, sendo uma enfermidade auto-imune, desencadeada par uma infecc;ao viral

au bacteriana. Caracteriza-se per apresentar paralisia flacida que afeta rna is de urn

membra, geralmente simetrica, associ ada a arreflexia, transtornos sensoria is variados e

eleva<;ao das proteinas do LCR, sem pleocitose. Nenhum exame clinieD ou laboratorial

e especifico para a doen~a. A terapeutica atual inclui a usa de plasmaferese au infusao

de altas doses endovenosas de imunoglobulina humana. Ambos tem eficacia

semelhante, sendo que a imunoglobulina e mais facilmente realizada, melhor tolerada

pelo paciente e apresenta menor indice de riscos e complica90es. Devido as diversas

complica90es advindas desta patologia, faz-se necessario que seu tratamento obtenha

um can3ter precoce e holistico.

o trabalho tem como objetivQ uma revisao literaria sobre a Sind rome de

Guillain-Barre, ressaltanto as mais novas descobertas acerca dos principais aspectos

da doen<;a.

Page 4: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

1.INTRODU<;Ao

1.1. HISTORICO

Oesde 0 inicio do seculo XIX, pelo escasso conhecimento sabre a sistema

nervoso periferico, nao S8 sabia muito sabre 0 quadro de enrijecimento associado a

uma fraqueza que evoluia par urn periodo curto, seguindo de uma recuperactao

espontanea.(87). A melhor explica<;ao foi proposta pelo frances Jean Baptiste Oclave

Landry de Thezilha, no ano de 1859, com a expressao "paralisia aguda

ascendente",(51}O.87) Em 1876, Westpahl foi a primeiro a utilizar a terminologia "paralisia

ascendente" de Landry.(51,87.92) Cerea de 14 anos mais tarde, em 1892, Ostler introduziu

a termina<;ao "polineurite febril aguda" em seus cases com caracteristicas similares as

da sindrome de Guillain-Barre (SGB), com a diferen'ta da presen<;a de febre.(SI.Sl)

No final do seculo XIX, Georges Charles Guillain e Jean-Alexandre Barre,

trabalhando como medicos durante a Primeira Guerra Mundial, estudaram 0 caso de

do is soldados que haviam regressado paraliticos e que posteriormente S8 recuperaram

da afeC<;aO.(28,51.70,87)Dai entao, Guillain e Barre com Strohl fizeram estudos

eletrofisiol6gicos sobre este transtorno, relatando um aumento da concentra<;03o de

protefna cefalorraquidiana sem eleva9c30 do numero de cslulas. Este descobrimento foi

considerado muito importante para a spoca, auxiliando na diferencia<;2Io da sifilis,

tuberculose, neuropatias e poliomielite.(28,51,70,87)

No ana de 1949, Haymakery e Kernohan propuseram uma defini9210 muito

mais ampliada da SGB, no entanto, Barre defendeu de forma ferrenha sua definiG2Io,

pais 0 transtomo descrito par ele era benigno e diferente do descrito par Landry e

Ostler. Por sua posi921o e defini9210, Barre sofreu varias humilha<;oes.(51,87) A ultima

publica<;ao de Barre foi em 1953, na qual ele suspeitava de uma infec<;ao de causa

desconhecida.(51,87)

Ja em 1956, C. Miller Fisher publicou suas observa<;oes acerca de tres casos

que apresentaram um quadro de oftalmoplegia externa, ataxia e arreflexia. Desse

Page 5: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

grupo, dois nao apresentavam fraqueza motora e as tres tiveram reCUpera9aO

espontanea.(20,70,87) Fisher(20) chegou a conclusao de que as casas, relatados par ele,

apresentavam uma condiltao similar ou relacionada com a 8GB. Feasbye COIS.(18),em

1986, atraves de estudos com cinco pacientes, encontraram sinais de degenera!f.3o

axonal com ausencia de mUdan!fa inflamat6ria au sinais de desmieliniza!fao, tanto de

raizes como de nervos distais. Desde entaa surgiu a polemica terminologia "8GB

axonal".(87)

1.2. CONCEITO

A 8GB atualmente e definida como uma polirradiculaneuropatia

desmielinizante inflamat6ria aguda (PDIA)(43.44,75.S9,90.95)com transtorno desmielinizante

das nervos perifericos, do tipo monofasico que apresenta regressao espontanea(28.39),

sendo uma enfermidade auto-imune(3l.84) desencadeada par uma infec!faa viral au

bacteriana, caracterizando-se por apresentar paralisia flacida associ ada a arreflexia,

geralmente simetrica, transtornos sensoriais variadas e eleva!fao das proteinas do LCR

sem pleocitose.(8,94)

1.3. EPIDEMIOLOGIA

A incidimcia global anual desta patologia e de 1,7: 100.000, menor nos

menores de 18 anos (0,8: 100.00) e maior nos maiores de 60 anos (2: 100.000).'1)

Apesar de apresentar-se em qualquer idade, possui um pico de maior incidemcia entre a

quinla e a oitava decada de vida,(9) sendo mais freqOente em homens (2,3: 100.000) do

que em mulheres (1,2: 100.000), bern como em sujeitos de ralta branca.(39.52.81)Nao ha

vinculo nenhum com fatores do tipo ocupacional ou hereditario, em bora pare!fa haver

associa9ao com certas vacinas, infec96es virais ou enterites causadas por

CampyJobacter jejuni. (1,39,70,75,91)

Page 6: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

1.4. ASPECTOS CLiNICOS

Esta patologia tern como complica~oes uma debilidade simetrica,

rapidamente progressiva, ascendente aguda que S8 manifesta inicialmente atraves de

uma fraqueza generalizada, parestesia e diibras museu lares transit6rias, com perda

dos reflexos osteotendinosos e leve alteraC;80 ou ausencia da sensibilidade sensitiva,

podendo vir a afetar a musculatura respirat6ria em 30% dos casas, levando 0 paciente

aD 6bito.(2.31,51) A recuperac;ao total da Fonta muscular ocorre de forma inversa aD

acometimento, OU seja, de forma descendente.(51)

Dentro das variantes da 8GB, cita-s8 em primeiro lugar a sindrome de Miller

Fisher (SMF); outras variantes mais usadas seriam a debilidade dos membros

superiores e da orofaringe, fraqueza de urn membra inferior ou uma forma paraparetica,

fraqueza facial bilateral com parestesias distais, ataxia grave com transtornos

sensitiv~s, uma pandisautonomia aguda ou a forma axonal deste transtorno.(75)

Todas as crian9as e adolescentes portadores da 8GB devem ser observados

em ambiente hospitalar para monitoriza9aO continua.(69) Uma vez estabelecido 0

diagnostico, deve-se determinar 0 grau de gravidade de acordo com a escala pro posta

por Paradiso e cOIS.:(69) grau 0: normal; grau 1: sinais e sintomas menores que nao

interferem na vida social normal; grau 2: realiza deambula<;:ao sem ajuda; grau 3:

deambula somente com ajuda; grau 4: confinado a cama ou cadeira de rodas, nao

deambulando sequer de forma assistida; grau 5: necessita de ventila9ao mecanica

assistida(69), tomando medidas adequadas para se manter a ventila<;:ao, pressao arterial

e ritmo cardlaco dentro do normal.(23)

o paciente acometido pel a SGB podera permanecer imobilizado par tempo

indefinido, necessitando assim de cuidados de diversos profissionais, dentre eles,

medicos, enfermeiros, psicologos, nutricionista e de interven9ao prematura de uma

equipe de reabilita<;:aO.(11)

Page 7: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

1.5. FISIOPATOLOGIA

E quase certamente urn dishJrbio imunomediado, ocorrendo em mais de 60%

das oportunidades ap6s algum tipo de infec9ao, que costuma preceder 0 inicio da

neuropatia em 1 a 3 semanas.(94)

Existiria urna semelhanc;a estrutural (mimetismo molecular) entre os

antigenos dos pat6genos envolvidos e a nerva periferica. oesta maneira, acorreria urna

reac;ao cruzada, envolvendo tanto a produ<;8o de anticorpos, quanta a resposta imune

celular, com consequente ataque aos nervos perifericos e raizes espinhais.(55)

As infect;oes antecedentes bern documentadas incluem: gastroenterite por

Campy/abaeter jejuni, viroses respiratorias e gastrointestinais, infecc;oes par herpes

virus, CMV, Mycoplasma sp, HIV, vIrus Epstein~Barr e espiroqueta (doen'ta de

Lyme).(94) Existe a relata de um caso desta sind rome apos infecc;:ao por Haemophylus

inffuenza.(94)

Na polineuropatia desmielinizante inflamatoria aguda (PDIA) 0 C. jejuni induz

a forma't.3o de anticorpos GMI, que atuam na parte externa da membrana das celulas

de Schwann internodais e paranodais, ativando 0 sistema complemente com

desenvolvimento de vacuoliza't.3o da mielina paranodal dos nerves motores e internodal

dos nerves sensitiv~s, principalmente nas raizes motoras enos plexos, seguida de

desintegrac;ao da mielina e uma posterior infiltra<fao de llnf6citos.(30.74) Em muitos casos,

em meio a uma reac;ao inflamat6ria muito intensa, 0 ax6nio que perdeu sua mielina

comec;a a sofrer degenerac;ao. (5,30)

Na neuropatia axonal motora aguda (NAMA) 0 C. jejuni induz a formac;ao dos

anticorpos GMI, GOI e GM1b(48.74,96), que atuam no axolema dos n6dulos de Ranvier

dos nerv~s motores, raizes anteriores e na por'tao terminal da placa motora dos

axenios, ativando 0 sistema complemento, 0 qual atrai numerosos macr6fagos.(25,29)

Estas celulas inflamatorias abrem espa<fos periaxonais que sao invadidos por urn

numero ainda maior de macr6fagos, levan do a retrac;ao do axenio e em alguns casos asua degenerac;ao. (25,29)

Page 8: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

A neuropatia axonal sensitivo-motora aguda (NASMA) possui uma

fisiopatologia praticamente identica a da NAMA, exceto pelo fato de que 0 GMI atua

tanto nos nodulos de Ranvier dos nervos motores quanta dos sensitivos.(25.29)

Na sindrome de Miller Fisher (SMF), 0 C. jejuni induz a forma~ao de anticorpo

GQ1b,(15) que par sua vez ira atuar na parte externa da membrana das celulas de

Schwann paranodais, ativando a complemento e desenvolvendo uma vacuolizac;:ao da

mielina paranodal dos pares cranianos oculomotores (III, IV e VI), ra[zes dos nervos

motores e sensitivos raquidianos, principalmente das extremidades inferiores, seguida

de uma degenerac;:ao da mielina ( membrana de lipideos e proteina que envolve as

nerv~s e facilita a transmissao do estimulo neNOSO ) e posterior infiltrac;:ao linfocitaria.(71)

Urn estudo realizado na india, demonstrou a associac;:ao da doenc;:a com a

malaria, relatando 11 casas da sindrome ap6s 1 a 2 semanas da infecC;:3o aguda pelo

Plasmodium Sp.(82)

Qutros eventos precedentes incluem: procedimentos cirurgicos, vacinac;:6es,

doenc;:as linfomatosas (particularmente !infoma Hodgkin), doenc;:as autoimunes, como a

Lupus Eritomatoso Sistemico. (94)

Nos EUA, varios casas da sindrome acarreram no inverno de 1976, apos

programa de imunizac;:ao em massa da populac;:aa com a vacina contra a virus da

influenza.(64) Urn estudo recente demonstrou que 0 risco relativo de ocorrencia da

doenc;:a apos 0 usa de vacinas atuais contra 0 virus e baixo: cerca de 1,7 por milhao de

pessoas vacinadas.{64)

A natureza potencial mente fatal da doenc;:a esta relacionada a dificuldade na

deglutic;:aa (podendo ocorrer broncoaspirac;:ao), a desregulac;:ao aut6noma e,

principalmente, ao potencial de falencia respirat6ria. A recuperac;:ao cHnica do paciente

e variavel. (94)

Page 9: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

1.6. PATOGENIA

Ainda naD foi totalmente esclarecida. Sabe-s8 que 0 fatar de necrose tumoral

alfa e altamente t6xieD para a bainha de mielina e para a celula de Schwan.(83)

Varies estudos demonstraram que a maiaria dos pacientes com a sindrome

apresenta nlveis sericos aumentados do FNT-a e que estes nlveis S8 correlacionam

diretamente com s8veridade da doen9a. Foi demonstrado tambem que a queda dos

niveis circulantes de FNT-a coincide com a melhora clinica da maiaria dos pacientes,

sugerindo que esta citocina tenha urn importante papel na patogenia e fisiopatologia da

sindrome.{83,85.86)

Os gangliosideos sao componentes da superficie celular do teeido nervoso.

Varios pesquisadores detectaram a presen93 de anticorpos anti-gangliosideos nos

pacientes. sustentando a hip6tese de que estes anticorpos participariam da

desmieliniza(fc3o que ocorre na sindrome.(55.61.97)

Estudos microbiol6gicos mostraram que cepas de varios microorganismos,

incluindo 0 Campylobacter jejuni, apresentam antigenos de superiicie analogos

estruturalmente aos gangliosideos presentes no nervo periferico.{61.97)

1.7. HISTOPATOLOGIA

A doen(fa se caracteriza por uma infiltra(fao linfocitica das rafzes espinhais e

dos nervos perifericos, desmieliniza(fc3o mediada pelo processo inflamat6rio e

degenera(fc3o axonal secundaria variavel.(94) Podem ser encontrados infiltrados

linfociticos perivasculares.(94)

Page 10: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

o trabalho possui como objetivo geral uma revisao literaria sabre a Sind rome

de Guillain-Barre.

2.2. OBJETIVO ESPECiFICO

Ressaltar as mais novas descobertas relacionadas ao diagnostico clinico e

laboratorial na Sind rome de Guillain-Barre, assim como seu tratamento.

Page 11: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

3. JUSTIFICATIVA

A 8GB e uma das causas mais freqOentes de polineuropatia vista nos

hospitais gerais, porem deve ser distinguida de Qutras condj~6es neurol6gicas.

o conhecimento dos aspectos clinicos, laboratoriais e eletrofisiol6gicos

relacionados a 8GB, proporciona urn diagn6stico mais preciso desta patologia, uma vez

que nenhuma observat;ao isolada au exame laboratorial e patognomonico da doenc;a.

o diagn6stico correto, proporciona a realiza<;c3o de urn tratamento mais

adequado, melhorando a evolu<;ao e 0 prognostico da doen9a.

Todos os pacientes que apresentarem diagnostico compativel com 8GB ou

suas variantes denlro de urn periodo de no maximo trinta dias, devem ser

encaminhados a uma UTI, para monitoriza~ao cHnica e tratamento especifico.

Page 12: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

4. D1AGNOSTICO CLiNICO E LABORATORIAL

Deve ser baseado no conjunto de varios achados cHnicos e laboratoriais,

vista que nenhuma observa<;ao isolada e patognomonica e nenhum exame laboratorial

e especffico para a doenya,(94)

Os exames incluem:

a) Sangue (bioquimica basica, hemograma, CK, VHS, provas de fun,ao

hepatica e proteinas de fase aguda).(55)

As enzimas hepaticas estao elevadas em 1/3 dos pacientes, no momento da

admissao, geralmente normalizando nas primeiras semanas. Provavelmente, isto S8

deva ao envolvimento hepatica na infecyao precedente. 0 hemograma pode revelar

leucocitose.(1)

b) Imunologia (pesquisa serica de anticorpos anti-glicosideo, pesquisa de

anticorpos contra agentes patogenicos especificos).(55)

Sao encontrados anticorpos contra 0 glicosideo GM 1 em 25% dos pacientes.

c) Exame do Liquor

o liquor geralmente se apresenta com pressao normal, celularidade sem

alteraQoes e proteinas aumentadas.{94) A elevaQao da proteina liqu6rica sem pleocitose

e caracteristica da doenQa.{94) Os picos de elevaQao proteica se dao 4 a 6 semanas do

inido dos sintomas, sendo provavelmente urn reflexo do processo inflamat6rio, a nivel

de raizes nervosas, com quebra da barreira hemato~encefalica.(94)

A contagem de leuc6citos pode estar discretamente elevada em 12% dos

pacientes.(55)

Nessa patologia, os sinais clinicos podem aparecer de formas variadas, tanto

do ponto de vista semiol6gico quanta da gravidade da afec<;:ao e de sua evoluQao.(7·57)

Existem ainda varios subtipos que tornam 0 quadro clinico muito diverso (Ver tabela 1).

Alguns pacientes podem conservar a capacidade de deambular, outros manifestam

uma evoluQ80 galopante em poucos dias, com instaurac;ao rapida de quadriplegia

Page 13: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

f1.3cida e de insuficiencia respirat6ria que requer 0 usa de um suporte ventilat6rio.(7,57) A

presenc;:a classica do transtorno e dada, habitualmente, por uma polineuropatia motora

ascendente, precedida de sin tom atologi a sensitiva e subjetiva (do tipo parestesia distal)

que, por sua vez, e acompanhada de arreflexia e dor nos membros inferiores e costas,

mantendo preservadas as func;:6es esfincterianas de um modo geral. 0 deficit motor

pode ser simetrico, usualmente iniciandowse pelas extremidades inferiores e

estendendowse de forma ascendente para os membros superiores e outras

estruturas.(7.57) Pode haver acometimento da musculatura facial inervada por nervos

craniais em um periodo de uma a tres semanas, Os transtornos auton6micos sao

freqOentes e podem manifestarwse atraves de hipertensao arterial, hipotensao

ortostatica e muitos outroS.(7,57)

o quadro clinico da SGB fetal ou neonatal se inicia de forma aguda, atraves

de uma hipotonia generalizada rapidamente progressiva, com diminui<;:ao dos

movimentos voluntarios, ausencia dos reflexos de estiramento muscular, disfagia e

insuficiencia respirat6ria. A proteina do LCR e normal e os achados neurofisiol6gicos

demonstram a presenc;:a de um processo desmielinizante.{12)

Na crian<;:a, a SGB se inicia atraves de uma fraqueza dos membros inferiores,

afetando tambem os membros superiores e os musculos respirat6rios, 0 que gera a

necessidade de ventilac;:ao assistida no periodo de tres e sete dias, parestesia, dor e

paralisia facial. Os reflexos de estiramento estao ausentes ao alcanc;:ar a maxima

gravidade, ha um deficit sensitivo primordialmente distal, alterac;:ao da pressao arterial,

arritmias, sem maiores conseqOencias, em 18% dos casos, alem de proteinorraquia no

LCR acima de 45 mgtl, no momenta de maior gravidade.(12)

Nos adolescentes esta afecc;:ao se manifesta de forma menos freqOente e, as

vezes, apresenta grande dificuldade diagn6stica por possuir sin tom as iniciais

puramente sensitiv~s, subjetivos, com dor, parestesia distal, exames neurol6gicos

normais entre os 37 primeiros dias, seguido de fraqueza muscular simetrica

rapidamente ascendente que altera as func;:6es dos musculos da respirac;:ao e pares

crania nos ( nervos que emergem de uma parte do cerebra chamada tronco cerebral e

suprem as func;:6es especificas da cabec;:a, regiao do pescoc;:o e visceras ),

10

Page 14: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

predominantemente do facial, manifestando-se quase sempre de forma bilateral,

associada a disfagia e ausencia dos reflexos de estiramento muscular.(41)

Os criterios para 0 diagn6stico sao demonstrados atraves da fraqueza

muscular progress iva em mais de um membro, sendo que 0 grau de afecC;ao e muito

variavel desde a minima fraqueza dos membros inferiores com sinal de ataxia aparalisia total dos quatro membros, de troncD e bulbo, paralisia facial e oftalmoplegia,

arreflexia osteotendinosa universal, podendo admitir-se uma arreflexia distal e

hiporreflexia biccipital e patelar.(6.7.70) Os sinais que apontam um forte potencial

diagn6stico sao demonstrados atraves de uma progressao da fraqueza, afecc;ao

relativamente simetrica, sintomas e sinais sensitivos leves afetam os pares cranianos

(com debilidade facial em 50% dos casos), disfungao auton6mica (taquicardia,

hipotensao postural, hipertensao arterial e sinais vasomotores), alem de uma ausencia

inicial de febre.(6.7) 0 LCR apresenta um aumento nas proteinas ap6s a primeira

semana e uma diminuic;ao de 10 cel/mm3 de leuc6citos mononucleares.(6.7) Em

pacientes com niveis elevados de leuc6citos no LCR, deve-se investigar uma possivel

associac;ao com 0 virus da imunodeficiencia humana.(6.7)

Embora 0 diagn6stico da SGB seja essencialmente clinico, faz-se necessaria

a realizagao de alguns exames neurofisiol6gicos, sendo que estes, infelizmente, nao

sao muito sensiveis na fase inidal do acometimento por esta patologia.(13.70) 0 estudo

neurofisiol6gico oferece uma boa correlac;ao entre os achados neuropatol6gicos em

crianc;:as, determinando, portanto, a forma clinica da enfermidade.{11.12.14) Os sinais

neurofisiol6gicos de desmielinizac;ao dos nervos motores e sensitiv~s tambem podem

ser observados atraves da bi6psia,(53) no entanto, este exame somente e necessario na

presenga de assimetrias marcadas na distribuic;ao dos sintomas ou quando se pretende

descartar uma polineuropatia aguda secundaria a uma vasculite.(58)

Nos primeiros dias, provavelmente, os parametros mais alterados sao a

au sen cia da resposta da onda F e do refiexo H, assim como uma diminuic;ao da

amplitude do potencial motor.(11.12.14)Atraves da eletromiografia, com explorac;ao dos

segmentos proximais dos nervos, torna-se possivel perceber a alterac;ao destes tres

parametres, 0 que possibilita descartar transtornos da conduyao nervosa normal.(12)

II

Page 15: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

Os estudos eletrofisiol6gicos constituem 0 teste diagn6stico de maior

especificidade,(75,76) demonstrando com bastante freqOencia uma altera<;ao do LCR. A

maiaria dos pacientes desenvolve uma dissocia<;ao albumino~citoI6gica, mas a

concentra<;ao de proteinas no LCR e normal nos primeiros cinco a dez dias do

transtorno, sendo verificado que em alguns casas essa concentra<;ao se mantem

durante toda a evoluc;ao da doen<;a,(76)

4.1. CRITERIOS DIAGNOSTICOS

Existem varios criterios propostos para defini<;ao do diagn6stico de SGB (ver

tabela 2), sendo exigidas as seguintes condict0es abaixo:(4,7)

Presen<;a dos oOIS criterios essenciais.

Presen,a de pelo menos TRES DOS SETE criterios clinicos sugestivos

de SGB.

Nao apresentar rnais do que UMA situa9ao que reduza a possibilidade

de SGB.

Nao apresentar NENHUMA situa9ao que exclua a diagn6stico de SGB.

Caso apresentar UM achado que reduza a possibilidade de SGB deve

ter liquido cefalorraquidiano e estudo neurofisiol6gico compativeis com a

doen9a e investigactao adicional criteriosa com intuito de afastar outras

etiologias.

4.2. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL

A SGB e uma das causas mais freqOentes de polineuropatia vista nos

hospitais gerais, entretanto varias outras condi90es neurol6gicas devem ser

dislinguidas da SGB{94}

12

Page 16: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

Q dilema imediato e diferenciar SGB de uma doen\=a medular aguda

("segundo versus primeiro neuronio"). Confusao pode ocorrer nas les6es medulares

agudas em que os reflexos sao inicialmente abolidos (choque espinhal). Nestas

situa~6es, outros sinais devem ser buscados. A ausEmcia de nivel sensitiv~ bern

definido ao exame fisico neurol6gico, 0 envolvimento da musculatura facial e

respirat6ria acessoria, 0 padrao parestesico em bota e luva relatado espontaneamente

pelo paciente, a relativa preservayao objetiva da sensibilidade distal falam a favor da

8GB. A perda do controle esfincteriano, disfunyao auton6mica e dor lombar podem

ocorrer em ambos os casos, embora predominem nas mielopatias. Paralisia

predominantemente motora e tambem caracteristica da poliomielite ou de outras

mielites infecciosas. Febre, sinais meningeos e pleocitose liquorica e distribui~ao

assimetrica da fraqueza costumam coexistir nestes casos.(94)

Qutras causas importantes de polineuropatia aguda que devem sempre ser

inc1uidas no diagn6stico diferencial da 8GB sao: infecciosas (HIV, Lyme, difteria),

paraneoplasicas (principalmente carcinoma bronquico de pulmao), autoimunes

(doenyas do colageno, vasculites primarias), toxicas (hist6ria exposicional a

amiodarona, cloroquina, organofosforados, meta is pesados entre outros agentes) e

metabolicas (porfiria). A PIDC deve ser diferenciada da SGB pelo seu tempo de

progressao motora superior a 8 semanas.(94)

Plose e fraqueza oculomotora podem causar confusao com Miastenia Gravis.

No entanto, nesta situayao nao ha padraa ascendente de perda de farya e os reflexos

miataticas sao usualmente preservados.(94)

Par fim, nos pacientes criticamente enfermos, uma variedade de disturbios

neuromusculares podem existir e devem ser sempre distinguidos da 8GB. Esses

incluem a polineuropatia e/ou amiopatia do paciente critico, neuropatia rapidamente

progress iva nos pacientes com insuficiencia renal recebendo sess6es de dialise

peritoneal, hipofosfatemia aguda induzida par hiperalimentayc30, miopatia por corticoide

e efeitos prolongados de blaqueadores musculares. Nestes casos 0 estuda

eletrofisiol6gico e do Jiquido cefaloraquidiano e de grande auxilio na definiyao de

doenya desmielinizante.(94)

k' :3~I

Page 17: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

4.3. CASOS ESPECIAIS

a) 5GB em crianl!(as: os achados cHnicos, laboratoriais e eietrofisiol6gicos

nas crianc;as com SGB sao similares aos encontrados nos adultos. No entanto, a queixa

principal na maiaria dos casas e de dar e 75% apresenta infecc;ao precedente em atedais meses do inicia dos sintomas. A maiaria das crian<;as com SGB tern recuperac;ao

satisfat6ria, mesma com reduc;ao significativa da amplitude do potencial de

neurocondu<;:8.o motora.(94) 0 manejo de crianc;as e realizado da mesma maneira que

adultos.(94)

b) Neuropatia axonal sensitivo~motora aguda (NASMA): primeiramente

descrita como uma variante axonal da SGB, do ponto de vista clfnico e eletrofisiol6gico

inicial e indistinguivel da 8GB. Da mesma forma que a SGB, a doenc;a inicia com

anarmalidades sensitivas subjetivas nas extremidades e evoluc;ao mais rapida (poucos

dias) da fraqueza generalizada, a maiaria necessitando de ventilac;ao medmica. 0

prognostico da NASMA e consideravelmente mais desfavoravel que 0 da SGB e, a

maioria dos pacientes exibe recuperac;ao motora lenta e incompleta.(89) Em adic;ao ao

padrao liquorico usual de hiperproteinaraquia sem pleocitose, tambem visto nos

pacientes com SGB, ha evidEmcia de infecc;ao recente par Campilobacter jejuni e

presenc;a de anticarpos anti-gangliosideos, particularmente anti-GM1 tem side

demonstrada em varios pacientes com NASMA. Algumas autoridades inclusive

sugerem que a infecc;ao par este arganismo e a presenc;a destes anticorpos sejam mais

comumente associadas as formas axonais da SGB e conseqUentemente um pior

prognostico, mas esta questao e ainda controversa.(94) Embara nao existam ensaios

clinicos randomizados e controlados especificos para esta variante, e devido a

impossibilidade de diferenciaC;ao clinica (e eletrofisiol6gica, pelo menos na fase inicial)

entre NASMA e 5GB, sao tratados de forma semelhante.(94)

c) Neuropatia axonal motora aguda (NAMA): outra variante axonal da SGB,

caracterizada per inicio abrupto de fraqueza generalizada, com musculos distais rnais

14

Page 18: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

gravemente afetados do que as proximais. Deficits de nervos cranianos e insuficiencia

respirat6ria exigindo ventilac;:ao mecanica estao presentes em 33% dos casas. Ao

contra rio da 8GB e da NA8MA, sintomas sensitivos estao ausentes, bem como os

reflexos tendinosos podem ser normais. Presenc;:a de anticorpos anti-GM1 e anti-GD1

sao comumente detectados nestes pacientes, usual mente associ ados com infecc;:ao

recente por Campi/obaeter jejuni.(94) Os pacientes com NAMA geralmenle apresentam

boa recuperac;:ao, denlro do primeiro ano, mas fraqueza distal residual e comum. Nao

existem ensaios clinicos especfficos avaliando a eficacia da imunoglobulina ou da

plasmaferese para NAMA. No entanto, e provavel que esla entidade esteja incluida em

alguns ensaios para 8GB comparando estas duas modalidades terapeuticas, como

evidenciando posteriormente na analise criteriosa dos pacientes selecionados para 0

estudo do Dutch GBS Trial.(92) Neste estudo, 18% dos pacientes inicialmente

identificados como 8GB, apresentavam na realidade NAMA, havendo recuperac;:ao mais

rapida com a administrac;:ao de imunoglobulina isolada na analise deste subgrupo,

sen do portanto uma pratica justificada nestes casos. (92)

d} Qutras variantes de Guillain-Barre: sindrome de Miller-Fisher: e

caracterizada pela triade ataxia, arreflexia a oftalmoplegia. Diplopia e a queixa inicial

mais freqOente (39% a 78%), seguido per ataxia (21 % a 34%) de etiologia

provavelmenle sensitiva. Paresia de oulros nervos cranianos, especialmente do setimo,

pode ocorrer. Fraqueza apendicular proximal pode ser demonstrada ao longo do curso

da doenc;:a em aproximadamente 1/3 dos casos, podendo haver progressao para

fraqueza generalizada mais grave de forma semelhante a SGB.(92) Em termos de

achados eletrofisiol6gicos, diferente das oulras variantes da 8GB, a anormalidade mais

freqOentemente encontrada e a reduc;:ao das amplitudes do potencial de neuroconduyao

sensitiva fora de properc;:ao ao prolongamento das latencias dislais ou lentificac;:ao das

velocidades de conduc;:ao sensitiva.(85) A recuperac;:ao em geral 58 da ap6s 2 semanas

do inicio dos sintomas com evoluc;:ao favoravel ap6s 3 a 5 meses. Da mesma forma que

as oulras variantes da 8GB, evidencia sorol6gica de infeclfao recente par

Campi/obaeter jejuni, bem como presenc;:a de anticorpos anti-gangliosideo, desta vez

15

Page 19: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

em particular 0 anticorpo anti_GQ1b.(92) Nao existem ensaios clinicos randomizados e

controlados de pacientes com esta sindrome. No entanto, parece prudente tratar estes

pacientes com imunoglobulina ou plasmaferese, dada a presuntiva similaridade da

patogemese com a SG8.(92)

16

Page 20: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

5. TRATAMENTO

Antigamente as cortic6ides eram bastante utilizados nos casas infantis da

5G8,(17.65) especial mente no estagio inicial agudo.(11.33) Inicialmente, preconizava-se

uma dose oral de 2 mg/kg/dia com redUl;ao gradual em poucas semanas. Outraalternativa era a aplica~ao intravenosa de metilprednisolona au dexametasona,(60)

entretanto, a utilizac;ao deste tipo de medicamento vern diminuindo devido a resultados

insatisfatorios como forma terapeutica. Estudos demonstram que tanto a plasmaferese

quanta a infusao intravenosa de imunoglobulina IglV tern demonstrado beneficia no

tratamento da SG8.(11.21,88) Entretanto, a plasmaferese mesmo sendo urn procedimento

segura, ocasiona algumas complicac;oes que podem ser falais. Urn dos problemas

associ ados a este tratamento e a queda da pressao arterial. cuja sintomatologia pode

ser observada atraves de uma sensac;eo de desmaio, viseo turva, sudorese, caibras

abdominais. (63) Outras complicac;6es menos comuns provocam transtornos da

coagular;8o, fen6menos alergicos, hipocalemia, dentre outros. 0 tratamento com

plasmaferese esta contra-indicado em caso de instabilidade hemodinamica por infarto

do miocardio recente, angina, sepse ou disautomia cardiovascular no curso desta

enfermidade.(63)

Estudos demonstram a eficacia da aplicac;ao de 0,4 g/kg/dia de IglV durante

cinco dias, com pauta de uma nova dose de um dia a cada 15 a 30 dias ou repetir 0

tratamento em caso de recidiva.(11,17.65)A aplicac;ao de IglV e muito mais rapida, nao

requer equipamento especial e seu emprego acompanha uma menor quantidade de

efeitos adversos em comparac;ao com a plasmaferese, sendo que os efeitos adversos

da IglV mais freqOentemente incluem reac;oes como febre, calafrio, cefaleia, mialgias,

taquicardia, nauseas, disnea e reac;oes ah3rgicas.(91) Devido a essas razoes.

rotineiramente, ha uma maior utilizac;ao da IglV que da plasmaferese no tratamento de

pacientes com SGB.(91) Em alguns casos, faz-se necessaria a utilizac;ao de

imunossupressores, como azatioprina, metotrexate ou ciclosporina.(56.59.67)

17

Page 21: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

Efeitos da imunoglobulinoterapia no sistema imunol6gico:

a) Inibi~ao da libera~ao de citocinas - foi demonstrado, atraves da

monitorizaC;ao dos niveis plasmaticos das citocinas, que pacientes tratados com

imunoglobulina endovenosa apresentam queda significativa dos niveis de citocinas

circulantes (particularmente FNT-a e IL-1). Esta queda ocorre em uma proporc;ao muito

maior e mais rapida do que nos pacientes nao tratados ou que foram submetidos a

plasmaferese.(85.86)

b) Inibi~ao na ativac;ao do complemento - as imunoglobullnas em altas

doses sao capazes de fixar componentes do complemento em seus dominios,

prevenindo os danos teciduais causados pela cascata do complemento.(85}

c) Atyao sobre as linf6citos - estudos in vitro demonstraram que ocorrem

mudanc;as nas celulas T-helper, T-supressor e T-natural killer ap6s

imunoglobulinoterapia.{85)

d) Inibityao da produtyao de anticorpos - as imunoglobulinas em altas

doses conseguem inibir a produC;ao de anticorpos e a diferenciac;ao dos linf6citos B.(85)

e) Neutralizac;ao dos anticorpos patogenicos - foi postulado que os

anticorpos envolvidos na patogenia da 8GB, desencadeiam uma resposta inflamat6ria,

ao se ligarem, atraves de suas pon;oes Fc, as celulas fagociticas circulantes. Estudos in

vitro demonstraram que a presenc;a de gran des quantidades de irnunoglobulinas no

soro, competiriam por aquela ligac;ao, bloqueando os efeitos danosos da rear;ao

inflamat6ria desencadeada pela interar;ao macr6fago-anticorpo patogenico.(85)

f) Remielinizac;ao axonal - pesquisas experimentais tem mostrado 0

potencial da imunoglobulinoterapia em promove-Ia. Ainda nao foi determinado se este e

urn efeilo direto das imunoglobulinas na bainha de mielina ou se e secundario aimunomodulac;ao.{85) Novos estudos serao necessarios para maiores conclusoes sobre

o assunto.

Quanto a posologia, os autores recomendam a infusao venosa de 400mg/kg

de peso corporal/dia de imunoglobulina, durante 5 dias consecutivos.(55) A plasmaferese

18

Page 22: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

e uti! quando instituida nas primeiras duas semanas da doenc;a,{94) e duas sessoes sao

suficientes para a maiaria dos casos. (97)

Quanto aos efeitos colaterais, 0 principal efeito adverso da plasmaferese, e a

instabilidade hemodinamica causada pelo procedimento, devendo ser usada com

cuidado em pacientes [dosos au portadores de doenc;a instaveL(55)

A imunoglobulinoterapia tern como principal efeito colateral as reac;6es

alergicas, que pod em ser graves.

Tanto 0 tratamento medico diario quanta a tratamento imunomodulador sao

importantes para a permanencia desses doentes na unidade de terapia intensiva

(UTI).(39.76) Atraves da mudanc;a freqUente de decubito se torn a passive I evitar

complicac;oes como a paralisia nervosa compressiva e 0 aparecimento de ulceras de

pressao. A fisioterapia deve ser iniciada precocemente para que haja uma aceleraC;ao e

potencializaC;ao na recupera9ao motora e se mantenha a mobilidade das articula90es e

haja uma preven9ao da trombose venosa profunda e embolia pulmonar.(67) 0 risco da

trombose venosa profunda pode ser diminufdo tambem atraves da administrac;ao de

baixas doses de heparina (5.000 UI a cada 12 horas) e do emprego de meias elasticas

compressivas.(76,77.80) A fisioterapia respirat6ria se aplicara em pacientes acamados no

intuito de se evitar a reten9ao de secrec;ao bronquica e atelectasia.(76) Recomenda-se

tambem 0 uso de dispositivos ortopedicos para que se evite a encurtamento des

tendoes de Aquiles. No caso de paralisia facial faz-se necessario urn maior cuidado

com as olhos no intuito de se evitar ulceras da cornea.{76)

Os pacientes com SGB admitidos em uma UTI sao suscetiveis a adquirir

infec({oes nesocomiais, sendo mais freqUentes as respirat6rias e as urinarias, seguidas

por fJebites e quadros de sepse generalizada. Medidas simpl6rias, como lavar as maos

de forma correta e freqUente, a implernentayao de urn cateterismo urinario adequado e

interrnitente com a esterilizay30 e desinfecyao dos equipamentos da ventila9ao,

previnem de forma drastica a aparecimento destes transtornos.(77)

o suporte nutricional dado aos pacientes com SGB admitidos em uma UTI e

de extrema importancia, devendo incluir urn adequado equilibria de liquidos e eletr61itos

no intuito de se preservar a integridade da pele e das mucosas, especialmente do trato

19

Page 23: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

digestivo, alem de evitar au corrigir a hipercatabolismo do paciente critico, que pod era

desencadear um estado de autocanibalismo (perda do tecido muscular par degrada~ao

do seu componente proteico).I80) Para isso, e necessario estabelecer uma alimentac;aa

com uma quantidade suficiente de nutrientes e uma distribui~ao 6tima de calorias nao

proteicas.180)

A dar maderada ou grave e um sintoma comum que ocorre prematuramente

em muitas pacientes acometidos pela SGB. E necessaria haver uma maior

agressividade no tratamento, no qual se inclui, com bastante freqOemcia, 0 emprego de

narcoticos. A dor nas costas e nas extremidades inferiores aparece durante as

primeiras oito semanas,(62) podendo piorar durante a noite, originando transtornos do

sono. Alguns farmacos, como acetaminafena ou aspirin a, promovem alivio temparario e

incompleto do quadro algico. Os antidepressivos e os anticonvulsiovantes geralmente

sao inuteis para aliviar a dor de origem digestiva. Por meio da inje~ao intramuscular de

uma dose de 40-60 mg de metilprednisolana e passivel promover alivio durante varios

dias. (77) as narc6ticos administradas por via parenteral of ere cern urn bom efeito para a

alivia da dor. Naa obstante, em alguns casas, esta via de administra~ao tern sido

deficiente por necessitar da aplica'tao de morfina epidural. Sem sombra de duvida, 0

emprego de narc6ticos piora a motilidade gastrointestinal, podendo originar ileo

paralitico.(79)

Uma comunicactao efetiva e obrigat6ria em todo paciente fisicamente

incapacitado e mental mente alerta. Como qualquer paciente critico admitido em uma

UTI, 0 paciente portador da SGB podera manifestar-se atraves de diversos estados

emocionais, tais como tristeza, temar, ansiedade, desesperan~a au isolamento. Por

conta disso, deve-se fornecer urn especial apoio psicol6gico a este tipo de paciente.(35)

20

Page 24: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

6. PROGNOSTICO

A eletromiografia naD serve como parametro para 0 prognostico desta

patologia, naD definindo S8 a recuperalf30 sera muito lenta ou incompleta.(37.49.501 A

mortal ida de par SGB oscila entre 2% e 8%,(39.75) entretanto, no casa de pacientes que

requerem ventilac;ao mecanica, a taxa de mortalidade S8 eleva, alcanc;ando os 30%.(38)

Em geral descreve-se com pior evolu~o casas com sorologia positiva a C. jejuni, que

corresponde a forma axonal, em bora este fato naD esteja confirmado em todas as

publicac;6es. (37,49,50)

A evoluc;:ao da SGB e melhor na crian~a e em geral as seqOelas sao leves e

representadas atraves de fraqueza distal dos membros inferiores, pes cavos e tremor

das maos. A debilidade poden=:' persistir par varios anos, influenciando em uma

diminuic;:ao na velocidade de conduc;:ao nelVosa e na amplitude do potencial motor

distal.(10.39)A maior afecc;:ao cllnica, definida atraves do grau de lesao axonal e nao da

intensidade desmielinizac;:ao, constitui 0 fator de pier progn6stico,(40) no entanto, nem

todos os autores afirmam que a forma axonal das crianc;:as evolui de modo menos

satisfat6rio.(37.49.50) Este estudo torna evidente a importancia de uma terapeutica

holistica e precoce acerca do paciente portador da 8GB para que, mesmo sabendo que

esta patologia possui regressao espontanea, haja acelerac;:ao e potencializac;:ao da

reabilitac;:ao do paciente, minimizando assim suas seqOelas.(55)

Os fatores associados a urn mau progn6stico sao: idade avanc;:ada,

recuperac;:ao demorada, antecedente de diam3ia (G. jejuni), presenc;:a de anticorpos anti-

glicosfdeo, doenr;:a clinicamente severa e ausencia de tratamento imunomodulador

adequado.(55)

Recorrencia do epis6dio pode ocorrer em ate 3% dos casos, nao havendo

relar;:ao com a forma de tratamento utilizada na fase aguda, conforme se acreditava.(55)

Page 25: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

7. CONCLUSAO

A SGB e uma polineuropatia desmielinizante aguda, quase certamente

imunomediada atraves de mimetismo molecular, com estudos comprovando a

participa<=ao da resposta imunol6gica na etiopatogenia da doen<;8.

Os sintomas iniciais, em geral. consistem em parestesias, com rapida

evolu9ao para fraqueza muscular, que e a manifestac;clo clinica mais Upica da

Sindrome.

Nenhum exame clinico ou laboratorial e patognom6nlco.

E necessario acompanhamento da evolu<;30 da doen<;a e tratamento

empirico no seu inieio, uma vez que, 0 diagnostico e passivel, atraves da observa<;ao

dos aspectos clinicos, eletrofisiol6gicos e laboratoriais durante a percurso da patologia.

o born conhecimento a respeito dos principals aspectos da doenc;a,

proporciona um diagnostico presuntivo eficiente 0 que gera maiores beneficios no

tratamento e prognostico.

A recuperac;ao clinica e variavel e, devido ao potencial de deteriorac;ao rapida

e falE'mcia respiratoria, a hospitalizac;ao de todos os pacientes com a Sind rome e

necessaria.

As modalidades terapeuticas cornprovadarnente efetivas no tratamento da

doenc;a incluem a plasmaferese e a infusao endovenosa de imunoglobulinas em altas

doses. Estudos demonstraram que ambos tem eficacia similar, sendo a

imunoglobulinoterapia, melhor tolerada, mais facilmente administrada e com menor

indice de complicac;6es.

Utilizando 0 tratamento adequado, constata-se urna dirninuic;ao do tempo de

recuperac;ao e no numero de pacientes com complicac;6es associadas, ah~m de urn

aumento no percentual de pacientes com recuperac;ao total da forc;a muscular em urn

ano e diminuic;ao da mortalidade em urn ano.

22

Page 26: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

8. BIBLIOGRAFIA

1. ALTER, M. The epidemiology of Guillain-Barre syndrome. Ann Neurol 1990; 27:S7-S12.

2. AMASON, GW.; SOLIVEN, B. Acute inflammatory demyelinatingpolyradiculoneuropathy. In: Dyck PJ, Thomas PK, Grittin JW, Low PA, Poduslo JF, eds.Peripheral neuropathy. 3 ed. Philadelphia: WB Saunders Co., 1993. pp. 1498-1517.

3. AMATO, A.A. Acquired neuropathies. In Dumitru 0 (ed);Electrodiagnostic MedicineHanley & Beltus, Inc 2001 pp.937-1041.

4. ARIGA, T.; YU, RK. Antiglycofipid antibodies in Gui/fain-Barre syndrome and relateddiseases: review of C/inica features and antibody specificities. J Neurosci Res 2005 Apr1;80(1):1-17.

5. ASBURY, A.K.; ARNASON, B.G.; ADAMS, RD. The. inflammatory lesion in idiopathicpolyneuritis: its role in pathogenesis. Medicine 1969; 48:173-215.

6. ASBURY, A.K.; ARNASON, B.G.; KARP, H.R.; MCFARLIN, D.E. Criteria for diagnosisof Guiffain-Barre syndrome. Ann Neurol 1978; 3: 565-566.

7. ASBURY, A.K.; CORNBLATH, D.R Assessment of current diagnostic criteria forGuiffain-Barre syndrome. Ann Neuro11990; 27:S21-S24.

8. ASBURY, A.K. New concepts of Guiffain-Barre syndrome. J Child Neurol 2000; 15:183-191.

9. BARNETT, M.H.; POLLARD, J.D.; DAVIES, L.; MCLEOD, J.G. Cye/osporin A inresistant ClOP. Muscle Nerve 1998; 21: 454-460.

10. BILLARD, C., PONSOT, G., LYON, G., ARTHUIS, M. Polyradiculonevrites aigues de{'enfant. Arch Fr Pediatr 1979; 36: 149-161.

11. BLECK, T.P. Treatment strategies for patients with the Guiffain-Barre syndrome. CritCare Med 1993; 21: 641-3.

12. BRADSHAW, D.Y., JONES, H.R.Jr. Guiffain-Barre syndrome in children: clinicalcourse, electrodiagncsis, and prognosis. Muscle Nerve 1992; 15: 500-506.

13. BRADSHAW, D.Y., JONES, H.R. Pseudomeningoencephalitic presentation ofpediatric Guiffain-Barre syndrome. J Child Neurol 2001; 16: 505-508.

23

Page 27: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

14. BROWN, W.F.; FEASBY, T.E. Conduction block and denelVation in Guillain-Barrepolyneuropathy. Brain 1984; 107: 219-239.

15. CHIBA, A.; KUSUNOKI, S.; OBATA, H.; MACHINAMI, R..; KANAZAWA, I. SerumantiGQlb IgG antibody is associated with opllthalmoplegia in Miller Fisher syndromeand GuiflainBam3 syndrome: clinical and immunohistochemical studies. Neurology 1993;43: 1911-1917.

16. COLE, G.F.; MATTHEW, D.J. Prognosis in severe Guil/ain-Barre syndrome. ArchDis Child 1987; 62: 733-735.

17. CONNOLLY, A. Chronic inflammatory demyelinating polyradiculoneuropathy inchildhood. Pedialr Neuro12001; 24: 177-183.

18. FEASBY, T.E.; GILBERT, J.J.; BROWN, W.F.; BOLTON, C.F.; HAHN, A.F.;KOOPMAN, W.F., ZOCHODNE, DW. An acute axonal form of Guillain-Barrepolyneuropathy. Brain 1986; 109: 1115-1126.

19, FINTERER, J. Treatment of immune-mediated, dysimmune neurophathies. ActaNeurol Scand 2005 Aug;112(2):115-25.

20. FISHER, C.M. An unusual variant of acute idiopatllic polyneuritis (syndrome ofophthalmoplegia, ataxia and areflexia). N Engl J Med 1956; 225: 57-65.

21. French Cooperative Group on Plasma Exchange in Guillain-Barre syndrome.Efficiency of plasma exchange in Guillain-Barre syndrome: role of replacement fluids.Ann Neuro11987; 22: 753-761.

22. GORDON, PH; WILBOURN, A.J. Early electrodiagnostic flndings in Guillain-Barresyndrome. Arch Neural 2001; 58: 913-917.

23. GRAF, W.D.; KATZ, J.S., EDER, D.N.; SMITH, A.J., CHUN, M.R. Outcome insevere pediatric Guilfain-Barre after immunotherapy or supportive care. Neurology 1999;52: 1494-1497.

24. GRIFFIN, JW.; LI, C.Y., HO, TW.; TIAN, M.; GAO, C.Y.; XUE, P.; MISHU, B.,CORNBLATH, DR, MACKO, C.; MCKHANN, G.M.; ASBURY, A.K. Pathology of themotorsensory axonal Guillain-Barre syndrome. Ann Neural 1996; 39: 17-28.

25. GRIFFIN, JW.; LI, C.Y.; MACKO, C.; HO, TW.; HSIEH, S.T.; XUE, P.; WANG, FA,CORNBLATH, DR; MCKHANN, G.M.; ASBURY, AK Early nodal changes in the acutemotor axonal neuropathy pattern of the Guillain-Barre syndrome. J Neurocytol 1996; 25:33-51.

24

Page 28: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

26. GRISWOLD, K.; GUANCI, M.M.; ROPPER, A.H. An approach to the care of patientswith Guillain-Barre syndrome. Heart Lung 1984; 13: 66-72.

27. GRYGORCZUK, S.; ZAJKOWSKA, J.; KONDRUSIK, M.; PANCEWICZ, S.,HERMANOWSKA-SZPAKOWICZ, T. Guillain Barre Syndrome and its association withinfectious factors. Neural Neurachir Pol 2005 May-Jun;39(3):230-6.

28. GUILLAIN, G.; BARRE, J.A.; STROHL, A. Sur a syndrome de radiculonevrite avechyeralbuminose du liquide cephaforachidien sans reaction celulaire: remarques sur lescaracters cliniques et graphiques des reflexes tendineux. Bull Soc Med Hop Paris 1916;40: 1462-1470.

29. HAFER-MACKO, C., HSIEH, S.T.; LI, C.Y.; HO, TW.; SHEIKH, K.; CORNBLATH,D.R.; ASBURY, A.K.; GRIFFIN, JW. Antibody and complement mediated attack onaxalemma ill acute motor axonal neuropathy. Ann Neuro11996; 40: 635-644.

30. HAFER-MACKO, C.E., SHEIKH, K.; LI, C.Y.; HO, TW.; SHEIKH, K.; CORNBLATH,D.R.; MCKHANN, G.M., ASBURY, AK; GRIFFIN, JW. Immune attack on the Schwanncell surface in acute demyelinating polyneuropathy. Ann Neural 1996; 39: 625-635.

31. HAHN, A.F. Guillain-Barre syndrome. Lancet 1998; 352: 635-641.

32. HARTUNG, H.P.; POLLARD, J.D.; HARVEY, GK, TOIKA, K.V.fmmunopatllOgenesis and treatment of the Guillain-Barre syndrome. Part I. MuscleNerve 1995; 18: 137-153.

33. HATTORI, N., ICHIMURA, M., AOKI, S.; NAGAMATSU, M., YASUDA, T.;KUMAZAWA, K., YAMAMOTO, K.; MITSUMA, T.; SOBUE, G. Clinicopathologicalfeatures of cl)ronic inflammatory demyelinating polyradiculoneuropathy in childhood. JNeural Sci 1998; 154: 66-71.

34. HAYMAKER, W.; KERNOHAN, JW. The Landry-Guillain-Barre syndrome: a clinicalpathological report of 50 fatal cases and review of the literature. Medicine 1949; 28: 59-141.

35. HENSCHEL, E.O. The Guillain-Barre syndrome, a personal experience.Anesthesiology 1977; 47: 228-231.

36. HIRAKAWA, M.; MORITA, D.; TSUJI, S.; KUSUNOKI, S. Effects of phospholipids onantiganglioside antibody reactivity in GBS. J Neuroimmunol 2005 Feb;159( 1-2): 129-32.

37. HO, TW.; LI, C.Y.; CORNBLATH, D.R.; GAO, C.Y.; ASBURY, A.K., GRIFFIN, JW.;MCKHANN, G.M. Patterns of recovery in the Guillain-Barre syndrome. Neuralogy 1997;48: 695-700.

25

Page 29: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

38. HOJBERG, l., SONDERGARD, E.; PEDERSEN, C. A case af Epstein Barr virusinfection complicades with Guilfain Barre syndrome involving several cranial nerves.Scand J infect Dis 2005;37(6):522-4.

39. HUND, E.F.; BOREL, C.O., CORNBLATH, D.R.; HANLEY, D.F.; MCKHANN, G.M.Intensive management and treatment of severe Guillain-Barre syndrome. Crit Care Med1993; 21: 433-446.

40. JONES, H.R., BRADSHAW, D.Y. Guillain-Barre syndrame and plasmapheresis inchildhaad. Ann Neuro11991; 29: 688-689.

41. JONES, H.R Guillain-Barre syndrome: perspective with infants and children. SemPedia!r Neurol 2000; 7: 91-102.

42. KHAN, B., HASHMI, K.U.; AHMED, P.; RAZA, S.; HUSSAIN, I.; MALIK, H.S.;NAEEM, M.A., IQBAL, M. Pasttransplant Guillain Barre Syndrome. J Coli PhysiciansSurg Pak 2005 Feb;15(2):117-8.

43. KIEFER, R; KIESEIER, B.C.; HARTUNG, H.P. Immune-mediated neuropathies. In:Pourmand R, HaraN Y. eds. Neuromuscular Disorders. Lippincott Williams and Wilkins.Philadelphia. 2001: 111-131.

44. KISSEL, J.T" CORNBLATH, D.R, MENDELL, J.R. GUILLAIN-BARRESYNDROME. IN: MENDELL JR, KISSEL JT, CORNBLATH DR. eds. Diagnosis andmanagement of peripheral nerve disorders. Oxford University Press. Oxford. 2001: 145-172.

45. KORINTHENBERG, R; SCHESSL, J.; KIRSCHNER, J.; MONTINGS, J.S.Intravenously administered immunoglobulin in the treatment of chi/hood Guillain Barresyndrome: a randomized trial. Pediatrics 2005 Jul;116(1 ):8-14.

46. KOUNTOURAS, J.; DERETZI, G.; ZAVOS, C.; KARATZOGLOU, P.; TOULOUMIS,l.; NICOLAIDES, T.; CHATZOPOULOS, 0" VENIZELOS, I. Association betweenHelicobacter Pylori infection and acute inflamatory demyelinatingpolyradiculoneuropathy. Eur J Neurol 2005 Feb; 12(2): 139-43.

47. KUMAR, S.; PRABHAKAR, S. Guillain Barre syndrome occurring in the course ofdengue fever. Neurollndia 2005 Apr-Jun;53(2):250-1.

48. KUSUNOKI, S.; CHIBA, A., KON, K.; ANDO, S.; ARISAWA, K.; TATE, A;KANAZAWA, I. N-acetylgalactosaminyl GD1a is a target molecule far serum antibody inGuillain-Barre syndrome. Ann Neuro11994; 35: 570-576.

26

Page 30: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

49. KUWABARA, S., YUKI, N.; KOGA, M.; HATTORI, T.; MATSUURA, D.; MIYAKE, M.;NODA, M. /gG anti GM1 antibody is associated with reversible conduction failure andaxonal degeneration in GuillainBarre syndrome. Ann Neurol 1998; 44: 202-208.

50. KUWABARA, S.; MORI, M.; OGAWARA, K.; HATTOTl, T.; YUKI, N. Indicators ofrapid clinical recovery in Guiflain-Barre syndrome. J Neural Neurosurg Psychiatry 2001;70: 760-762.

51. LANDRY, O. Note sur la paralysie ascendante aigue. Gazheb MOd Chirurg 1859; 6:472-474,486-488.

52. LARSEN, J.P.; KVALE, G., NYLAND, H. Epidemiology of the Guiffain-Barresyndrome in the county of Hordaland, Western Norway. Acta Neurol Scand 1985; 71:43-47.

53. LINDENBAUM, Y.; KISSEL, J.T.; MENDELL, J.R. Treatment approaches forGuiJIain-8arre syndrome and chronic inflammatory demyelinatingpolyradiculoneuropathy. Neural Clin 2001; 19: 187-204.

54. LU, J.L.; SHEIK, KA; WU, H.S.; ZHANG, J.; JIANG, Z.F.; CORNBLATH, D.R.;MCKHANN, G.M.; ASBURY, A.K.; GRIFFIN, J.w.; HO, T.w. Physiologic-pathologiccorrelation in Guillain-Barre syndrome in children. Neurology 2000; 54: 33-39.

55. MADDEN, R. D.; HUGHER, RA Guillain Barre syndrome: Recent advances. HaspMed 1998, jan 59;(1 ):55-60.

56. MAHATTANAKUL, W.; CRAWFORD, T.O.; GRIFFIN, J.w.; GOLDSTEIN, J.M.;CORNBLATH, D.R. Treatment of chronic inflammatory demyelinating polyneuropathywith cyclosporine A. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1996; 60: 185-187.

57. MCKHANN, G.M. Guillain-Barre syndrome: clinical and therapeutic observations.Ann Neural 1990; 27: S13-S16.

58. MIDRONI, G.; BILBAO, J.M. The infiammatory demyelinating neuropathies. In:Midroni G, Bilbao JM, eds. Biopsy diagnosis of peripheral neuropathy. Boston, Oxford,Melbourne: Butterworth-Heinemann; 1995. p. 153-195.

59. MOLENAAR, D.S.; VAN DOORN, P.A.; VERMEULEN, M. Pulsed high dose ofdexamethasone treatment in chronic inflammatory demyelinating polyneuropathy: a pilotstudy. J Neural Neurosurg Psychiatry 1997; 62: 388-390.

60. MORAN, A.P.; ANNUK, H.; PRENDERGAST, M.N. Antibodies induced byganglioside-mimicking Campy/abaeter jejuni lipoofigosaccharides recognise epitopes atthe nodes of Ranvier. J neuroimmunol 2005 Aug;165(1-2):179-85.

Page 31: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

61. MORI, M.; NODA, M. Haemophilus influenzae has a GM 1 ganglioside like structureand elicits GBS. Neurology 1999 Apr; 52(6):1282-4.

62. MOULIN, DE; HAGEN, N.; FEASBY, T.E.; AMIREH, R; HAHN, A. Pain in Guillain-Barre syndrome. Neurology 1997; 48: 328-331.

63. National Institutes of Healt Con sense Development Conference Satement. The utilityof therapeutic plasmapheresis for neurological disorders. http://text.nlm.nih.govlnih/cdc/www/56txt.html. Acesso em: 27 ago 2003.

64. NEJM 1998 Dez; 339(25) - The GBS and the 1992-1993 and 1993-1994 -InfluenzaVaccines.

65. NEVO, Y.; PESTRONK, A.; KORNBERG, A.J.; CONNOLLY, A.M.; YEE, W.C.;IQBAL, I., SHIELD, L.K. Childhood chronic inflammatOfY demyelinating neuropathies:clinical course and longterm followup. Neurology 1996; 47: 98-102.

66. ODAKA, M., TATSUMOTO, M.; HOSHIYAMA, E.; HIRATA, K.; YUKI, N. Side Effectsof Combined Therapy of Methylprednisolone and Intravenous Immunoglobulin in GuillainBarre Syndrome. Eur Neurol 2005 Jun 20;53(4):194-196.

67. OUVRIER, RA; MCLEOD, J.G.; POLLARD, J.D. Guillain-Barre syndrome:Perip/Jeral neuropathy in childhood. 2ed. London: Mac Keith Press; 1999. pp. 42-54.

68. PAPAZIAN, 0.; ALFONSO, I. Polirradiculoneuropatias autoinmunes agudas. RevNeuro12002; 34: 169-177.

69. PARADISO, G.; TRIPOLI, J.; GALICCHIO, S.; FEJERMAN, N. Epidemiological,elinical, and electrodiagnostic findings in childhood with Guillain-Barre syndrome: areappraisal. Ann Neuro11999; 46: 701-707.

70. PASCUZZI, R.M.; FECK, J.D. Acute peripheral neuropathy in adults: Guillain-Barresyndrome and related disorders. Neurol Clin 1997; 15: 530-547.

71. PHILLIPS, M.S.; STEWART, S.; ANDERSON, J.R. Neuropathological findings inMiller Fisher syndrome. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1984; 47: 492-495.72. PRESS, R; NENNESMO, I.; KOUWENHOVEN, M.; HUANG, Y.M., LINK, H.;PASHENKOV, M. Dendritic ells in the cerebrospinal fluid and peripheral nerves inGuillain-Barre syndrome and chronic inflammatory demyelinatingpolyradicutoneuropathy. J Neuroimmunol 2005 Feb; 159(1-2): 165-76.

73. RAMACHANDRAN, R; KURUVILLA, A. Guillain-Barre syndrome in children andadolescents - a retrospective analysis. J Indian Med Assoc 2004 Sep; 102(9):480-2,484,486.

28

Page 32: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

74. REES, J.H.; GREGSON, NA; HUGHES, RAC. Antiganglioside GM1 antibodies inGuillain-Barre syndrome and their relationship to Campy/abaeter jejuni infection. AnnNeuro11995; 38: 809-816.

75. ROPPER, A.H. The Guillain-Barresyndrome. N Engl J Med 1992; 326:1130-1136.

76. ROPPER, A.H. Critical care of Guillain-Barre syndrome. In: Ropper AH, ed.Neurological and neurosurgical intensive care. 3rd ed. New York: Raven Press; 1993. p.363-82.

77. ROPPER, A.H. Intensive care of acute Guiflain-Barre syndrome. Can J Neural Sci1994; 21: S23-S27.

78. ROPPER, A.H.; KANIS, K.B. Flaccid quadriplegia from tonsillar herniation inpneumococcal meningitis. J Clin Neurosci 2000; 7: 339-341.

79. ROSENFELD, B., BOREL, C.; HANLEY, D. Epidural morphine treatment of pain inGuillain-Barre syndrome. Arch Neuro11986; 43: 1194-1196.

80. ROUBENOFF, R; BOREL, C.O. OPTIMIZING NUTRITION FOR ACUTENEUROLOGIC ILLNESS. IN: ROGERS MC, HANLEY DF, eds. Critical care reports. St.Louis: CV Mosby; 1989, pp. 4-11.

81. SCHONBERGER, LB., HURWITZ, E.S., KATONA, P.; HOLMAN, RC., BREGMAN,D.J. Guiflain-Barre syndrome: its epidemiology and associations with influenzavaccination. Ann Neural 1981; 9: 31-38.

82. SHAH, P. U.; KAINAD, D. R Guillain-Barre Syndrome following malaria. J Infect1999 Jan; 38(1 ):48-50.

83. SHARIEF, M. K.; MC, Lean B. Elevated serum levels of tumor necrosis factor-alphain Guillain-Barre Syndrome. Ann Neuro/1993 jun; 33(6):591-6. 92.

84. SHEIKH, KA; RAMOS-ALVAREZ, M., JACKSON, A.C.; LI, C.Y., ASBURG, AK,GRIFFIN, J,W. Overlap of pathology in paralytic rabies and axonal Guillain Barresyndrome. Ann Neural 2005 May;57(5):768-72.

85. STANGEL, Martin; KLAUS, V. T. Mechanisms of Kigh-Dose IntravenousImmunoglobulins in Oesmgelinating Diseases. Ann Neurol1999 Jun; 56:661-3.

86. SWASH, M., SHARIEF, M. K. Immunoglobulina reduces circulating proinflamatorycytokines in GBS. Neurology 1999 Jun; 52(9):1833-8.

87. TELLERiA-DiAS, A, CALZADA-SIERRA. Sindrome de Guillain-Barre. Rev Neural2002; 34 (10): 966-976.

29

Page 33: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

88. The Guillain-Barre Syndrome Study Group. Plasmapheresis and acute Guillain-Barre syndrome. Neurology 1985; 35: 1096-1104.

89. The American Association of neurological surgeons. Guillain-Barre-Sfrohl Syndrome.In: Wilkins RH, Brody IA. eds. Neurological Classics. Illinois. 1997: 23-26.

90. THOMAS, P. The Guillain-Barre syndrome: No longer a simple concept. J NeurolNeurosurg Psychiatry 1993; 239: 361-362.

91. VAN DER MECHt:, F.G.A.; VAN DOORN, P.A. Guillain-Barre and chronicinflammatory demyelinating polyneuropathy. Immune mechanism and update on currenttherapies. Ann Neuro11995; 37: S14-S31.

92. VAN DER MECHE, F.G.; VAN DOOM, P.A. Guillain-Barre syndrome. Cur TreatOpinions Neurol 2000; 2: 507-516.

93. VAN DOORN, P.A. Treatmente of Guillain-Barre syndrome and ClOP. J PeripherNerv Syst 2005 Jun;10(2):113-27.

94. VICTOR, M.; ADAMS, R. Principles of Neurology. 7a. ed. McGraw-Hili, EUA,2001.

95. WESTPHAL, C. Ueber einige Faile von acuter, todlicher Spinallahmung(sogenannter acuter aufseigender Paralyse). Arch Psychiatr 1876; 6: 765-822.

96. WIJDICKS, E.F.M.; ROPPER, A.H. THE GUILLAIN-BARRt: SYNDROME. IN:KOEHLER PJ, BRUYN GW, PEARCE JMS. Neurological Eponyms. Oxford UniversityPress. Oxford. 2000: 219-226.

97. YUKI, N.; HIRATA, K. Mimi number of plasma exchange needed to reduceimmunoglobulin in GBS.Neurology 1998 Sept; 51(3):875-7.

30

Page 34: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

9. ANEXOS

9.1. TABELA 1 - Caracteristicas diferenciais dos subtipos da SGB

Caracteristicas PD1A SMF NAMA NAMSAIncidencia:Hemisferio Ocidenlal 90% 5% 5%China 20% ? 73% 7%Japao 80% 20% ?Nervos afetados: Motorlsensitivo Motor/sensitiva Molor Motor/sensitivQEletrodiagnostico: Oesmielinizante Oesmielinizante Axonal AxonalPalatogia:Mielina C. Schwann C. Schwann N. Ranvier N. RanvierAtaque inicial Desintegrada Desintegrada Intacla Intacata/afetadaAxolema lntaclo/afetado Intacto/afelado Oesintegra~ao Desintegra~aoMacr6fagos Aliva~ao Aliv8c;ao Ativac;:ao Ativayaolinfocitos Infillrac;ao 3+ Infiltrac;:ao 3+ Infillrac;:ao 1+ Infiltrac;ao 2+

GQ1b(90%) GD,Anticor as IG GMj (30%) GM! 50%) GM, (50%) GM,Antecedentesinfecciosos:CamfJvlobacter ·e·uni + (65%)LCR:Proteinas rr 2 semanas rr 1 semana rr 1 semana rr 1 semanaQuadro clinico:ArreflexiaParalisia ascendente +Deficit sensitivo leve Ausente Ausente MarcanteInsufici€mcia respiratoria 20% Rara 30% 50%Ataxia leve Grave leve leveQflatmop!egia Rara Presente Rara RaraQuiros pares cranianos VII (50% Raro Raro RaroCurso: Ra idoffulminanle Ra ida Prolon ado Prolong adoGravidade: leve/moderada leve/moderada Moderada GraveRecupera~ao: Ra ida 80% Variavel Ra ida 50% lenta

(PD!A: polirradiculopatia desmielinizanle inflamatoria aguda; SMF: sindrame de Miller Fisher;NAMA: neuropatia axonal motara aguda; NASMA: neuropatia axonal sensitivo-matora aguda)(Modificado de 68).

31

Page 35: SiNDROME DE GUILLAIN-BARRE - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/SINDROME-DE-GUILLAIN-BARRE.… · da sindrome de Guillain-Barre (SGB), ... axonal com ausencia de mUdan!fa

9.2. TABELA 2 - Cri!erios Diagnos!icos para 5GB

IV - Situa(foes que Excluem 0 Diagnostico de 8GBa) Hist6ria de exposi~ao a hexacarbono, presente em solventes, tin las, peslicidas ou metais

pesadosb) Achados sugestivos de metabolismo anormal da porfirinac) Hisl6ria recente de difteriad) Suspeila clinica de inloxicar;:ao par chumboe) Sindrome sensitiva pura (ausencia de sinais malores)f) Diagnostico de botulismo, miastenia gravis, poliomielite, neuropatia t6xica, paralisia

conversiva

I - Criterios Essenciaisa) Fraqueza progressiva de mais de um membra ou de musculos cranianos de graus

variaveis, desde leve paresia ate paralisia complela.b) Hiporrefiexia e arreflexia distal com graus variaveis de hiporreflexia proximal

II - Criterios 5ugestivos

Clfnicos

a) Progressao dos sintomas ao longo de 4 semanasb) Demonstrar;ao de relativa simetria da paresia de membrosc) Sinais sensitivos leves a moderadosd) Envolvimento de nervos cranianos, especial mente fraqueza bilateral dos musculos faciaise) Recuperar;ao com inicio em 2-4 seman as ap6s fase de plato da progressao dos sintomasf) Disfunr;ao auton6micag) Ausencia de febre no inicio do quadro

Analise do Liquor

a) Alta concentrar;ao de proteinab) Presenr;a de menos de 10 celulas/mm3

Estudo Eletrofisio/ogico Tipicos:'" sao necessarios 3 dos 4 criterios abaixoa) RedUl;ao da velocidade de condur;ao motora em 2 ou mais nervosb) Bloqueio de condur;ao do potencial de neurocondur;ao motora ou dispersao temporal

anormal em 1 ou mais nervosc) Prolongamento da latencia motora distal em 2 ou mais nervosd) Prolongamento de latencia da onda-F ou ausencia da mesma

111- 5itua\foes que reduzem a possibilidade de 5GBa) Fraqueza assimetricab) Disfun9ao intestinal e de bexiga no inicio do quadroc) Ausencia de resolur;ao de sintomas intestinais/urinarosd) Presen9a de mais de 50 celulas/mm3 na analise do LCRe) Presen9a de celulas polimorfonucleares no lCRf) Nivel sensitivo bem demarcado

* Geralmente ausentes antes de 5-7 dias, podendo naa revelar nenhumaanormalidade em ate 15-20% dos casas apas este perfodo.

32