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MAIE- FAFIDAM/FECLESC- UECE DISCIPLINA: PESQUISA EDUCACIONAL PROF: SANDRA GADELHA POSITIVISMO GRUPO: ANDERSON GOMES DIANA NARA LUCIANA SANTOS RENATA EUSEBIO ROSE MOURA 1

Seminário Positivismo

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apresentação sobre posotivismo

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Principais Caractersticas do Positivismo

MAIE- FAFIDAM/FECLESC- UECEDISCIPLINA: PESQUISA EDUCACIONALPROF: SANDRA GADELHA

POSITIVISMO

GRUPO: ANDERSON GOMESDIANA NARALUCIANA SANTOSRENATA EUSEBIOROSE MOURA 1Contexto HistricoRevoluo industrial (fator econmico);Ideais da revoluo francesa (fator poltico);Crise de pensamentos (fator cultural);Lei dos trs estados.2Lei dos trs estadosA evoluo da humanidade est condicionada pelo progresso do conhecimento, que acontece em trs fases:Estado teolgico (crena em deuses ou em um Deus);Estado metafisico (filosfico);Estado positivo (cientfico).

3O pensamento positivistaO positivismo foi a primeira corrente terica a pensar questes sociais, dando origem ao que conhecemos hoje por Sociologia. Tal corrente terica procurava resolver os conflitos sociais por meio da exaltao a coeso, a harmonia natural entre os indivduos, ao bem-estar do todo social. 4Comte via na Sociologia uma restauradora da ordem social, sendo responsvel por encontrar respostas para os problemas sociais advindos da sociedade que surgia: a sociedade capitalista.O positivismo derivou do cientificismo, isto , da crena no poder exclusivo e absoluto da razo humana em conhecer a realidade.O pensamento positivista buscava analisar a sociedade como a mesma objetividade das cincias naturais, haja visto que tais cincias haviam obtido respeito da sociedade.

5O termo positivismotem origem ligada ao cientificismo; crena no poder absoluto da razo humana em conhecer a realidade e traduzi-la sob a forma de leis naturais;a base da regulamentao da vida do homem, da natureza como um todo e do prprio universo;substituio das explicaes teolgicas, filosficas e de senso comum por meio das quais - at ento - o homem explicava a realidade.Evoluo do positivismoPositivismo clssico;Empiriocriticismo;Neopositivismo.7Positivismo clssicoAlm do fundador Comte, tambm se sobressaem os nomes de Littr, Spencer e Mill;A busca da explicao dos fenmenos atravs das relaes dos mesmos e a exaltao da observao dos fatos, mas resulta que para ligar os fatos existe necessidade de uma teoria;Tambm prega a submisso da imaginao observao, mas isto no deve transformar a cincia real numa espcie de estril acumulao de fatos incoerentes, porque devemos entender que o esprito positivo no est menos afastado, no fundo, do empirismo do que do misticismo;O positivismo proclama como funo essencial da cincia sua capacidade de prever. O verdadeiro esprito positivo consiste em ver para prever.

8EmpiriocriticismoA utilizao desta expresso parece ter sido iniciada por Richard Avenarius e no por Mach. Embora desenvolvidas de forma independente uma da outra, as concepes de Mach e Avenarius apresentam, ao nvel da sua fundamentao, substanciais afinidades, alis reciprocamente reconhecidas;De acordo com a teoria do conhecimento empiriocriticista, a tarefa da fsica descobrir as leis da ligao entre as sensaes e no entre as coisas ou corpos de que so imagem as nossas sensaes;O empiriocriticismo supe necessariamente (e na base da sua filosofia) a existncia de um ser sensvel para o qual as coisas sejam complexos de sensaes e sem o qual as coisas no so (Mach) ou de um Eu em ligao indissolvel com o meio (Avenarius).9O empiriocriticismo, por seu turno, assume, nos seus fundamentos, a posio idealista de considerar que a nica coisa que podemos tomar por real so as sensaes: estas so o dado primrio. Para Mach e Avenarius, o mundo a sensao. Ir para alm das sensaes, metafsica.

10NeopositivismoTambm designado por positivismo lgico e empirismo lgico, o determinismo denomina uma corrente filosfica que caracteriza o ponto de vista de um grupo de filsofos que constituram o "Crculo de Viena".Como grupo organizado, formado por homens da cincia e matemticos, surgiu na dcada de 1920-30, em torno de Martz Schlick (professor de Filosofia na Universidade de Viena).Em 1929 publicamO ponto de vista cientfico do Crculo de Viena, manifesto que expunha, em sntese, a postura filosfica do grupo e os problemas das filosofias, das matemticas e das fsicas que procuravam resolver. Citam a metafsica como o exemplo da ausncia de sentido gerada pelo menosprezo da lgica real da linguagem.Como refere Ayer (1978,El positivismo lgico), "no caso dos positivistas lgicos juntou-se o epteto de "lgica" porque pretenderam incorporar os descobrimentos da lgica contempornea. Pensavam que, em particular, o simbolismo lgico (desenvolvido nomeadamente por Russel) lhes seria til, contudo a sua atitude geral a mesma de Hume". Dividiam as proposies significativas em duas classes: as proposies formais, como as da lgica ou as das matemticas puras, que diziam ser tautolgicas, e as proposies fcticas, que requeriam ser verificveis empiricamente.11"Supunha-se que estas classes continham todas as proposies possveis de modo que se uma proposio no conseguisse expressar nada que fosse formalmente verdadeiro ou falso, nem expressar algo que pudesse submeter-se a prova emprica, se adotava o critrio de que ela no constitua uma proposio em absoluto" (Ayer, 1978). A sua atitude emprica estende-se a todos os domnios do pensamento. Para eles, o tratamento matemtico e lgico dos factos e a prova emprica so as fontes exclusivas do conhecimento cientfico.O seu ataque metafsica sustentava que as obras metafsicas no diziam nada que fosse verdadeiro ou falso e que, portanto, no podiam trazer nada que pudesse aumentar o conhecimento. Condenavam, assim, os enunciados metafsicos, no por serem emotivos, mas por pretenderem ser cognoscitivos e disfararem-se daquilo que no eram. Para o positivista, o entendimento humano perde-se em contradio quando se aventura alm dos limites da experincia possvel. Deste modo, a sintaxe lgica evitar as iluses da linguagem. Todas as cincias deveriam, por isso, exprimir-se na linguagem da Fsica.Os positivistas lgicos fazem "depender a impossibilidade da metafsica no na natureza do que se pode conhecer, mas na natureza do que se pode dizer; a sua acusao contra o metafsico no sentido de que viola as regras que um enunciado deve satisfazer para ser literalmente significativo" (Ayer).12Auguste Comte(1798-1857)

13Influncias de Condorcet e Saint-Simon na concepo positivistaFilsofos ligados Enciclopdia (filosofia das luzes);Aspecto utpico-crtico.Condorcet (1743-1794, Frana)O primeiro a formular a ideia que a cincia da sociedade deveria ser objeto de estudo matemtico, numrico, preciso, rigoroso (carter de uma matemtica social). S assim poderia se chegar a uma cincia dos fatos sociais verdadeiramente objetiva, quanto o das cincias naturais;Era contra o controle do conhecimento social pelas classes dominantes (Igreja, poder feudal e Estado monrquico), pois acreditava que a teoria da sociedade at ento existente est submetida aos preconceitos e aos interesses dessas classes. A cincia social deve ser livre de preconceitos.14Influncias de Condorcet e Saint-Simon na concepo positivistaSaint-Simon (1760-1825, Frana)Discpulo direto de Condorcet;Socialista utpico;O primeiro a utilizar o termo positivo aplicado cincia: cincia positiva;Cincia da sociedade segundo o modelo biolgico (fisiologia social);Combate s doutrinas dominantes da poca: sua fisiologia social tem uma fora crtica de oposio ordem estabelecida, pois pretende demonstrar que, por exemplo, certas classes sociais so parasitas do organismo social, referindo-se a aristocracia e ao clero.15Comte: vida e obraNasceu em Montpellier (Frana) no ano de 1798 e viveu grande parte de sua vida em Paris, onde faleceu em 1857;Estudou na Escola Politcnica de Paris e medicina em Montpellier, mas no terminou nenhum dos cursos;Desenvolveu vrias atividades para sobreviver: foi professor particular, tutor, examinador da Escola Politcnica, por vrios anos conviveu e foi secretrio de Saint Simon com quem rompeu por discordar de como suas ideias se desenvolveram. Alm disso participou de vrias conferncias pblicas, bem como conferncias a cientistas;Em 1845, conheceu Clotilde de Vaux atribui-se admirao de Comte a Clotilde, muitos dos aspectos contidos na sua proposta de Religio da Humanidade;Suas principais obras: Curso de filosofia positivista (1830-1842); Tratado elementar de geometria analtica (1843); Tratado filosfico de astronomia popular (1844); A poltica positiva (1851); Catecismo positivo (1854); Sntese subjetiva (1856).16Contexto scio histricoComte vive na Frana num momento ps-revolucionrio, quando a burguesia havia ascendido ao poder. Na primeira metade do sculo XIX, a luta pela manuteno do poder, por parte da burguesia, e pela sua tomada por parte de uma crescente classe de trabalhadores, desencadeia no apenas uma srie de convulses sociais e polticas, mas tambm um conjunto de ideologias e sistemas que tem por objetivo dar sustentao aos vrios setores em luta (ANDERY, 1994, p. 379).17Filosofia conservadora de ComteO pensamento de Comte uma resposta s condies histricas do capitalismo francs do sculo XIX;Sua proposta de filosofia e de reformas das cincias tem como objetivo sustentar a ideologia da parcela mais conservadora da burguesia, logo suas ideias de reforma da sociedade e mesmo sua proposta de religio so coerentes com essa viso;Suas concepes polticas, ento, interferem diretamente na sua proposta para as cincias (uma nova cincia) e religio.18A filosofia positivistaOs significados da palavra positivoDesigna real, em oposio a quimrico: dedicao a pesquisa verdadeiramente acessveis a nossa inteligncia;Indica o contraste entre til e ocioso: aperfeioamento contnuo de nossa verdadeira condio individual ou coletiva, em lugar da v satisfao de uma curiosidade estril;Qualificar a oposio entre certeza e a indeciso: harmonia lgica, em lugar de dvidas indefinidas;Opor o preciso ao vago: obter o grau de preciso compatvel com a natureza dos fenmenos e conforme as exigncias de nossas verdadeiras necessidades;Positivo como contrria a negativo: verdadeira filosofia moderna, destinada no a destruir mas a organizar;Substituir o absoluto pelo relativo: nico carter essencial do novo esprito filosfico.

19Lei dos trs estados desenvolvimento do pensamento a partir da necessria transformao do esprito humano (evoluo histrica)Estado teolgico: apresenta os fenmenos como produzidos pela ao direta e contnua de agentes sobrenaturais. Dirige o conhecimento para as investigaes das causas primeiras e finais de todos os efeitos;Estado metafsico: os agentes sobrenaturais do estado teolgico so substitudos por foras abstratas (entidades). Assim, a explicao dos fenmenos observados consiste em determinar para cada um uma entidade correspondente;Estado positivo: preocupar-se unicamente em descobrir, graas ao uso bem combinado do raciocnio e da observao, suas leis efetivas a saber, as relaes invariveis de sucesso e de similitude.20Desenvolvimento histricoPrincpio de ordem: transformao ordenada e ordeira, que no comporta transformaes violentas, que no comporta saltos, que flui num contnuo;Princpio do progresso: transformao que leva a melhoramentos lineares e cumulativos.

[...] a histria que se resume ao desenvolvimento, ao progresso linear e segundo uma ordem preestabelecida, e que nada mais que o desenvolvimento do esprito e do pensamento segundo leis tambm preestabelecidas, explicada (e compreendida) pela mera apresentao de suas fases, que so, em ltima instncia, imveis em si mesmas. Nessa viso de histria cabe ao homem apenas o papel de resignao preciso aguardar o desenvolvimento e aguard-lo respeitando sua ordem natural, seu tempo, seus limites, num processo de espera que , ele tambm ordeiro (ANDERY, 1994, p. 385)21Concepo de Cincia para Comte[...] o conhecimento que cientfico no conhecimento real, til, preciso, certo, positivo e, neste sentido, o erige no conhecimento que o homem deve buscar e deve empreender para que possa, no apenas reconhecer a ordem natural das coisas, mas para que possa, tambm, nela interferir em seu benefcio (ANDERY, 1994, p. 385).

Conhecimento baseado na observao dos fatos e nas relaes entre fatos que so estabelecidos pelo raciocnio;Leis invariveis: as leis dos fenmenos devem traduzir, necessariamente, o que ocorre na natureza;Tem o objetivo de refletir o modo como tais leis operam na natureza;A construo dos processos para se chegar ao conhecimento (mtodo) no permite mecanismos subjetivos, em ltima instncia, esses mecanismos so puramente biolgicos;22Concepo de Cincia para ComteO conhecimento cientfico positivo certo e preciso, no admitindo dvidas e indeterminaes, ao contrrio do conhecimento especulativo.Conhecimento relativo porque: 1) os homens s alcanam na medida de suas possibilidades; 2) o conhecimento adquirido incorporado a novos conhecimentos, levando, assim, ao seu desenvolvimento, permitindo ao homem sua utilizao mais ampla e a descrio de mais fatos;Classificao das cincias fundamentais (abstratas): obedece ao grau de simplicidade e generalidade do objeto que cada cincia fundamental se refere MATEMTICA ASTRONOMIA FSICA QUMICA FISIOLOGIA FSICA SOCIAL (SOCIOLOGIA)Unidade do mtodo: aplicao da filosofia positiva a todos os ramos do conhecimento[...] pode-se entender como unidade do mtodo a aplicao de procedimentos que levem descoberta e descrio das leis que regem os fenmenos, a partir dos fatos e do raciocnio que permitem relacion-los segunda estas leis, a fim de alcanar um conhecimento positivo [...] (Id. Ibid, p. 394).23mille Durkheim24

David mile Durkheim (15/04/1858-15/11/1917)- foi um socilogo, psiclogo social e filsofofrancs. Com Karl Marx e Max Weber, comumente citado como o principal arquiteto da cincia socialmoderna e pai da sociologia.

25De famlia judia, Durkheim, no seguiu o caminho da religio, optando por uma vida secular. Desde jovem, foi um opositor da educao religiosa e defendia o mtodo cientfico como forma de desenvolvimento do conhecimento. Em boa parte dos seus trabalhos, procurou demonstrar que os fenmenos religiosos tinham origem em acontecimentos sociais.Aos 21 anos de idade, Durkheim foi estudar na Escola Normal Superior (cole Normale Suprieure) e passou a dedicar-se ao mundo intelectual. Formou-se em Filosofia, no ano de 1882. Cinco anos aps sua formatura, foi trabalhar na Universidade de Burdeos como professor de pedagogia e cincia social. Neste perodo, comearam seus estudos sobre sociologia.

26Contexto HistricoA segunda metade do sculo 19 marca o nascimento de algumas cincias humanas, como antropologia, sociologia, psicanlise e lingustica. Charles Darwin (1809-1882), Karl Marx (1818-1883) e Sigmund Freud (1856-1939), para citar apenas alguns clssicos, estavam formulando as ideias que reorientariam o pensamento mundial mais tarde, assim como fez Durkheim no campo da sociologia. A Frana vivia um perodo de conflitos - parte da regio da Lorena, onde Durkheim nasceu, foi tomada pela Alemanha em 1871, o que levou guerra entre os dois pases. Nesse mesmo ano, foi proclamada a Terceira Repblica Francesa, que implantou medidas polticas inovadoras, como a instituio da lei do divrcio. Na educao, devido tambm influncia das concepes de Durkheim, a Terceira Repblica trouxe a obrigatoriedade escolar para crianas de 6 a 13 anos e a proibio do ensino religioso nas escolas pblicas, ideais que at hoje esto entre os pilares educacionais naquele pas. Tais transformaes foram fundamentais para a preocupao de Durkheim com a formao de professores para a nova escola laica republicana. Ele viveu tambm no perodo da chamada Segunda Revoluo Industrial, quando o motor de combusto interna, o dnamo, a eletricidade, o telgrafo e o petrleo tomaram a ateno do mundo todo. Morreu durante a Primeira Guerra Mundial, no ano da Revoluo Russa27PensamentoExistem fenmenos sociais que devem ser analisados e demonstrados com tcnicas especificamente sociais; A sociedade era algo que estava fora e dentro do homem ao mesmo tempo, graas ao que se adotava de valores e princpios morais; As pessoas se educam influenciadas pelos valores da sociedade onde vivem; A sociedade est estruturada em pilares, que se manifestam atravs de expresses (conceito de estrutura);Diviso do trabalho social: numa sociedade cada indivduo deve exercer uma funo especfica, seguindo direitos e deveres, em busca da solidariedade social. Desta forma, pode-se chegaro progresso e avano para todos.28Fatos sociaisO fato social, segundo Durkheim, consiste em maneiras de agir, de pensar e de sentir que exercem determinada fora sobre os indivduos, obrigando-os a se adaptar s regras da sociedade onde vivem. No entanto, nem tudo o que uma pessoa faz pode ser considerado um fato social, pois, para ser identificado como tal, tem de atender a trs caractersticas: generalidade, exterioridade e coercitividade.Coercitividade caracterstica relacionada com o poder, ou a fora, com a qual os padres culturais de uma sociedade se impem aos indivduos que a integram, obrigando esses indivduos a cumpri-los.Exterioridade quando o indivduo nasce, a sociedade j est organizada, com suas leis, seus padres, seu sistema financeiro, etc.; cabe ao indivduo aprender, por intermdio da educao, por exemplo.Generalidade os fatos sociais so coletivos, ou seja, eles no existem para um nico indivduo, mas para todo um grupo, ou sociedade.29INSTITUIO SOCIAL E ANOMIA

A instituio social um mecanismo de organizao da sociedade, o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja importncia estratgica manter a organizao do grupo e satisfazer as necessidades dos indivduos que dele participam. Se tudo na sociedade est interligado, qualquer alterao afeta toda a sociedade, o que quer dizer que se algo no vai bem em algum setor da sociedade, toda ela sentir o efeito. Partindo deste raciocnio,desenvolve dois dos seus principais conceitos: Instituio social e Anomia.

SOLIDARIEDADE SOCIAL

A solidariedade segundo Durkheim oriunda de dois tipos de conscincia: a conscincia coletiva (ou comum) e conscincia individual. Cada indivduo possui uma conscincia individual que sofre influncia da conscincia coletiva, que nada mais que a combinao das conscincias individuais de todos os homens ao mesmo tempo. A conscincia coletiva seria responsvel pela formao de nossos valores morais, e exerce uma presso externa aos indivduos no momento de suas escolhas. A soma da conscincia individual com a conscincia coletiva forma o ser social.30SOLIDARIEDADE MECNICA

A sociedade em sua fase primitiva se organizava socialmente a partir das semelhanas psquicas e sociais entre os membros individuais. Nessas sociedades, os indivduos que a integravam compartilhavam dos mesmos valores sociais, tanto no que se refere s crenas religiosas como em relao aos interesses materiais necessrios subsistncia do grupo, essa correspondncia de valores que assegurava a coeso social.

SOLIDARIEDADE ORGNICA

J nas sociedades ditas "modernas" ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciao individual e social, existe a solidariedade orgnica. Neste modelo, cada indivduo tem uma funo e depende dos outros para sobreviver. A Solidariedade Orgnica fruto das diferenas sociais, j que so essas diferenas que unem os indivduos pela necessidade de troca de servios e pela sua interdependncia.O indivduo socializado porque, embora tenha sua individualidade, depende dos demais e, por isso, se sente parte de um todo. Os membros da sociedade onde predomina a Solidariedade Orgnica esto unidos pelo lao oriundo da diviso do trabalho social.

31Os positivistas vienenses interessaram-se principalmente pelas cincias formais e naturais e, embora no identifiquem a Filosofia como cincia, achavam que esta poderia contribuir para o progresso do conhecimento cientfico.

As diversas disciplinas cientficas, exprimindo-se pela mesma linguagem com vista a alcanarem previses globais, constituiriam uma cincia unitria. O mtodo lgico seria aplicado para a compreenso cientfica do mundo, alheia a ideias ticas e a qualquer metafsica.

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MAX WEBER33Max Weber e o Positivismo Max Weber no foi um autor positivista em seu sentido clssico. Teve algumas divergncias muito importantes com o positivismo e o nico ponto em que ele converge com o pensamento positivista na ideia da cincia social livre de juzos de valor. P. 45

Max Weber socilogo de renome nasceu na cidade de Erfurt (Alemanha) viveu 1864 a 1920.

34Weber teve influencia do pensamento de neokantiano no que diz respeito a conceber a necessidades de mtodos diferentes para a cincias sociais das cincias humanas, sendo um importante rompimento dentro da corrente positivista.Tem como referncia Rickert quando alerta sobre; [...] a realidade, por definiao infinita; impossvel um conhecimento total da realidade. p. 46 35Aponta-se o mtodo de ideogrfico que se refere ao estudo dos fatos singulares (RICKERT): [...] no existem duas salas de aulas idnticas, nem mesmo uma mesma universidade, nem dois professores do exatamente o mesmo curso. Cada fato social, histrico ou cultural nico, singular. p. 46 A questo diante disso quais os fatos escolher? Como estabelecer critrios para essa eleio, do que estudar?36Max Weber superando seu mestre Rickert, pressupe que existem valores que condicionem essa analise, claro que que estas no so valores universais como apontava seu mentor.A cultura o ponto fundamental na concepo de valor segundo WEBER.Max Weber afirma que cada sujeito do conhecimento tem seus prprios valores, suas prprias ideias sobre valores culturais. Sem que essas ideias sobre valores culturais seria impossvel a cincia social, porque so elas que do os critrios para selecionar o objeto do conhecimento, para decidir o que vale a pena ser estudado. P.4837Max Weber e encabear um olhar novo no positivismoEssa formulao da importncia dos valores na produo do conhecimento cientifico nada tem de positivista, pelo contrario, diretamente antipositivista. Em certos momentos, Max Weber chega mesmo a polemizar com os positivistas. P. 49

Com relao a formulao do problema WEBER aponta uma ruptura com o positivismo ( quando diz que h predileo na concepo da problemtica) no entanto o retoma quando a resposta ao objeto de estudo pode ser e deve ser neutra: v os valores essencialmente relacionados s culturas nacionais e religiosas, e no s classes sociais, que ele acredita que efetivamente o processo do conhecimento possa ser livre de juizos de valor. P. 50/51

38Max Weber afirma que uma iluso achar que a posio intermediaria seja a mais verdadeira ou a mais cientifica, a posio intermediaria to parcial e unilateral quanto as outras.. P.52AVANO NO OLHAR SOBRE A PESQUISA [...] a formulao de perguntas, j define em boa medida o contedo mesmo da investigao: quem formula a pergunta j formula, em certa medida, a resposta, o tipo de pergunta formulada j d cor politica, ideolgica, utpica, valorativa, ao conjunto da investigao. P.5339Busca incessante pela objetividade nos resultados[...] implicitamente ele mesmo, incorrem s vezes no vis de permitir que sua viso de mundo influencie a analise cientifica que deveria estar livre de juzo de valor. Max Weber resolve esse problema dizendo que isso uma debilidade humana, uma fraqueza. Mas isso no o leva a nenhuma concepo metodolgica de como escapar dessa fraqueza humana, o nico remdio que ele prope o dever elementar do controle cientifico em si mesmo. P. 54/5540Na sua metodologia de analise prope o tipo ideal, que so os critrios para selecionar certos aspectos da realidade como importantes e construi-los nesse sistema.

Uma vez construdo o tipo ideal, voc formula perguntas a partir de seus valores, formula a problemtica, no entanto, a resposta que deve ser dada a essas perguntas deve ser puramente cientifica, neutra, livre de juizos de valor, aceitavel para todos os cientista. P. 57/5841O mtodo e os tipos ideais

O tipo ideal uma tentativa de apreender os indivduos histricos, suas aes e seus diversos elementos em conceitos genticos (que faz referncia a certos significados culturais importantes). (VIEIRA e CARRIERI, 2001, P. 4)Exageramento de um ou mais traos observveis da realidade.

42MTODO A ao social o objeto da sociologia. Pode ser determinada de quatro diferentes maneiras:Pode ser classificada racional em relao a fins deliberadamente escolhidos pelo indivduo;Determinada pela crena consciente no valor absoluto da ao como tal, independente de motivaes embora ampara em padres de tica, esttica ou religio;Determinada pela afetividade;Determinada tradicionalmente, tornando-se costume.

43RECORTE E LIMITES DA PESQUISA Toda pesquisa particular, no permitindo conhecer o geral das coisas humanas. Podemos, isto sim, partindo de pontos de vista relativos, estruturar leis e regras que apenas atingem aspectos do real, permitindo conhecer totalidades relativas, nunca o todo. (VIEIRA e CARRIERI, 2001, P. 4)

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O Positivismo na EducaoO objetivo educacional positivista modificar o mundo para adapt-lo s necessidades humanas e aperfeioar o homem, utilizando-se da inteligncia; A educao deveria assumir a responsabilidade de desenvolver nos jovens o altrusmo em detrimento do egosmo, mostrando a eles que o objetivo existencial mais nobre dedicar s outras pessoas (Toda educao humana deve preparar cada um a viver para os outros);A partir da inteligncia, o homem poderia prever os acontecimentos e as modificaes que devem ser neles introduzidos para que sejam obtidos determinados efeitos, ou seja, saber para prever a fim de prover;

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A educao positivista visa a informar o aluno sobre a ordem isto , como o mundo funciona e formar seu carter, tornando-o mais bondoso. Era fundamental que os membros de uma sociedade aprendessem desde pequenos a importncia da obedincia e da hierarquia;

Na educao (pelo fato do positivismo levar em conta apenas os fenmenos observveis e considerar anticientficos os estudos dos processos mentais do observador) acarretou nfase na aferio da eficincia dos mtodos de ensino e do desempenho do aluno;

46Positivismo no Brasil

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Incio da Repblica na dcada de 70, com a escola tecnicista. Foi muito divulgado por intermdio do Apostolado Positivista que se incorporou ao movimento pela proclamao da repblica e da elaborao da constituio de 1891. O movimento republicano apoiou-se em idias positivistas para formular sua ideologia da ordem e do progresso, graas particularmente atuao de Benjamim Constant (1836-1891).O Positivismo tem na Pedagogia seguidores que merecem destaque: Herbert Spencer e John Stuart Mill. Assim sendo, o educando sofre um processo evolutivo pelo do qual revela sua potencialidade. Spencer escreveu uma obra chamada Educao. Neste trabalho ele destacou que o ensino das cincias deve ser o centro de toda educao. Considerava a fsica, a qumica e a biologia como essenciais para a formao de um esprito cientfico. 48Stuart Mill (1806-1873) amenizou o cientificismo de Spencer para dar mais relevncia s cincias sociais como a Histria, a Economia e o Direito. (Iskandar e Leal, P.3) As idias positivistas encontraram boa receptividade entre muitos oficiais do exrcito brasileiro. Com um currculo voltado para as cincias exatas e para a engenharia, a educao se distancia da tradio humanista e acadmica, havendo uma certa aceitao das formas de disciplina tpicas do positivismo. As palavras ordem e progresso que fazem parte da bandeira brasileira indicam claramente a influncia positivista. (Iskandar e Leal, P.4)49

Ordem e ProgressoA conformao atual da bandeira do Brasil um reflexo dessa influencia na politica nacional procura indicar ao mesmo tempo a continuidade social do Brasil ( o retngulo verde e o rombo amarelo) e a mudana (ou seja, o avano) de regime politico que esto se operava no pas.Na bandeira l-se a mxima politica positivista Ordem e progresso, surgida a partir da divisa Comtiana. O amor por princpio e a Ordem por base, e o progresso por fim.

50A escola deve privilegiar a busca do que prtico, til, objetivo, direto e claro. Os positivistas se empenharam em combater a escola humanista, religiosa, para favorecer a ascenso das cincias exatas. As idias positivistas influenciaram a prtica pedaggica na rea das cincias exatas, influenciaram a prtica pedaggica na rea de ensino de cincias sustentadas pela aplicao do mtodo cientfico: seleo, hierarquizao, observao, controle, eficcia e previso. O conhecimento fragmentado levou elaborao de currculos multidisciplinares, restringindo qualquer tipo de relao entre diferentes disciplinas. Por meio da fundamentao e classificao das Cincias (Matemtica, Astronomia, Fsica, Fisiologia e Sociologia)51O Positivismo compreende as cincias como pesquisa daquilo que determinado, certo e til. Sua teoria pedaggica destaca os seguintes referenciais:A educao reflete uma hierarquia do poder espiritual positivo, ou seja, deve impor a autoridade a partir de uma concepo hierrquica entre educador-educando;A educao , em seu todo, voltada para a ideia e o culto ao Grande Ser, isto , Humanidade;A educao deve ser universal, para todos, independente de sexo ou nvel socioeconmico;A educao familiar a educao espontnea, especialmente materna e voltada principalmente educao moral;

52A educao sistemtica (ex: as escolas, colgios, cursinhos, faculdades...) deve ocorrer aps a formao moral inicial, por meio de filsofos-educadores responsveis pela sua sistematizao, preparando o indivduo para a maioridade;Cabe a educao pblica complementar a educao espontnea, familiar e materna, por intermdio da instruo terica e prtica; necessria a valorizao da esttica e da arte tanto na educao espontnea quanto na sistemtica;Alm da educao cientfica, deve ser valorizado o estudo de literatura e de lnguas (particularmente as dos pases das fronteiras);O mtodo geral da educao positiva divide-se em duas fases: a anterior puberdade, que deve enfatizar a preocupao com o concreto, a prtica da observao e de exerccios fsicos relacionados ao cotidiano; e a partir da puberdade, que deve buscar a sistematizao por meios de lies formais;Os professores devem ser capazes de promover a iniciao em todas as cincias, com destaque para o ensino oral.53O progresso o desenvolvimento da ordem, assim como a ordem a consolidao do progresso.(Auguste Comte)54REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ANDERY, 1994, p. 379Socioligia para ensino medio- Dcio Tomazzi

COSTA, Cristina. Positivismo: uma primeira forma de pensamento social. In: ____ Sociologia -Introduo cincia da sociedade. 2 ed. So Paulo: Ed. Moderna, 2004. p.46-53.

Introduo sociologia- Prsio Santos oliveira.

LOWY, Michael. Ideologias e cincia social: Elementos para uma analise marxista. 7 ed. So Paulo, 1991.

Pato, Ana Henriques. "Materialismo e idealismo na fsica do final do sculo XIX e incio do sculo XX a partir de Materialismo e Empiriocriticismo de Lnine. O caso exemplar da interpretao bohriana da mecnica quntica." (2012).

SOBRE POSITIVISMO E EDUCAO- Jamil Ibrahim Iskandar, Maria Rute Leal

TRIVIOS, Augusto Nibaldo Silva. Introduo pesquisa em cincias sociais: a pesquisa qualitativa em educao. So Paulo: Atlas, 1987.

http://positivismonaeducacao.blogspot.com.br/p/o-positivismo-na-educacao-brasileira.html

VIEIRA, Adriane; CARRIERI, Alexandre de Pdua. Max Weber e a questo do mtodo nas cincias sociais. Economia & gesto, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 9-31, jul./dez. 2001. Disponvel em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/116

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