40

Seminário Energia + Limpa

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Conhecimento, Sustentabiliadde e integração.

Citation preview

Page 1: Seminário Energia + Limpa
Page 2: Seminário Energia + Limpa

ORGANIZAÇÃO: Fátima Martins, Mauro Passos, Paula Scheidt e Ricardo Rüther

PRODUÇÃO: Quorum ComunicaçãoCoordenação: Gastão Cassel Reportagem e texto: Galeno LimaRevisão do português: Giovanni SeccoTradução: Pedra RosettaFotografia: Sônia VillProjeto Gráfico: Audrey Schmitz Schveitzer

IMPRESSÃO: Alternativa GráficaTiragem: 1.500 exemplares2012

Seminário

CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE e INTEGRAÇÃO

ENERGIA

Relatório das palestrasInforme de las conferencias

Page 3: Seminário Energia + Limpa

Confira os slides das palestras em www.institutoideal.orgVea las diapositivas de las conversaciones en www.institutoideal.org

SUMÁRIO - rESUMENAbertura / Apertura ............................................................................................................... 4

Políticas alemãs e europeias para a promoção de energias renováveis / Políticas alemanas y europeas para la promoción de energías renovables ....................................... 6Harald Neitzel – Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha

Güssing, Áustria – a cidade ícone da revolução verde / Güssing, Austria – la ciudad símbolo de la revolución verde ............................................................................................. 8Christian Keglovits – Centro Europeu de Energias Renováveis de Güssing, Áustria

Perspectivas para investimentos em energias renováveis em um mundo pós-subsídios / Perspectivas para inversiones en energías renovables en un mundo post-subsidios ..................................................................................................................... 10Salim Morsy – Blooomberg New Energy Finance

Redes inteligentes: As experiências da CEMIG em Sete Lagoas e da Neoenergia em Fernando de Noronha / Redes Inteligentes: Las experiencias de CEMIG en Sete Lagoas y de Neoenergia en Fernando de Noronha .............................................. 12Márcio Eli Moreira de Souza – CEMIG, Ana Mascarenhas – Grupo Neoenergia

Mobilidade com energia mais limpa: Ônibus elétrico / Movilidad con energía más limpia: Autobús eléctrico ............................................................................................. 16Rogério Ferraz – WEG

Novos caminhos para a energia solar no Brasil / Nuevos caminos para la energía solar en Brasil ....................................................................................................... 18Alexandre Zucarato – CCEE, Fábio Stacke – ANEEL, Mauro Passos – Instituto Ideal, Paula Scheidt – GIZ / Instituto Ideal & Ricardo Rüther – UFSC

Empresas investindo em eletricidade solar / Empresas invirtiendo en electricidad solar .......26Nilson Silva – GM, Carlos Gothe – Tractebel, Eduardo Lana de Paula – Light Esco

Conectando o consumidor com a questão da energia alternativa / Conectando al consumidor con la cuestión de la energía alternativa ........................................................ 30Fabián Echegaray – Market Analysis

Empresas investindo em energia eólica / Empresas invirtiendo en energía eólica ...... 32João Ramis – Eletrosul, José Luis Menghini – IMPSA

O modelo energético mundial e os desafios do século / El modelo energético mundial y los desafíos del siglo .......................................................................................... 34Miguel Rosseto – Petrobras Biocombustíveis

Premiação Eco_lógicas 2011 e lançamento Edição 2012 / Premios de Eco_lógicas 2011 y lanzamiento de la Edición 2012 ....................................................................................... 36Instituto Ideal

Registro fotográfico / Registro fotográfico ....................................................................... 38

Page 4: Seminário Energia + Limpa

ABERTURADesde 1995 o ONU realiza a Con-

ferência das Partes (COP) para avaliar o andamento das questões e políticas relativas à mudança climática. Em 2010, logo após a COP-15, conside-rada um fracasso por não avançar na ratificação de um novo acordo climá-tico, o Instituto Ideal organizou a pri-meira edição de seu seminário, intitu-lado Mercosul Pós-Copenhague e que repercutiu o debate global na cidade de Florianópolis. A segunda edição, Seminário Energia Limpa, ocorreu em 2011, poucas semanas após o desas-tre nuclear de Fukushima, momento muito propício para mais uma vez apresentar propostas de uso de fon-tes de energia renováveis.

Em 2012, duas décadas depois da Eco-92, o Brasil sedia a Rio+20 - Con-ferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Na ter-ceira edição do seu seminário, o Insti-tuto Ideal decidiu apresentar boas prá-ticas do setor empresarial e acadêmico que pudessem contribuir com o debate ocorrido no Rio de Janeiro em junho.

O Seminário Energia + Limpa - Co-nhecimento, Sustentabilidade e Inte-gração, foi realizado nos dias 24 e 25 de abril, no Centro de Eventos da Uni-versidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A programação foi composta por apresentações de cases empresa-riais e dos trabalhos acadêmicos dos vencedores do Concurso Eco_Lógicas 2011. Também estiveram presentes o presidente da Petrobras Biocombustí-veis, Miguel Rosseto, e o vice-diretor de Relações Internacionais e Energias Renováveis do Ministério de Meio Am-biente da Alemanha, Harald Neitzel.

Mauro Passos, Presidente do Instituto Ideal / Presidente del Instituto Ideal.

O destaque foi o lançamento do Selo Solar, iniciativa inédita no país, desenvolvida pelo Instituto Ideal e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para in-centivar as empresas e instituições públicas a consumirem ou desenvol-verem projetos de geração de eletri-cidade solar.

Durante o seminário também foi re-alizada a premiação do Concurso Eco_Lógicas 2011 e lançada a edição 2012 do prêmio acadêmico de monografias.

4 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 5: Seminário Energia + Limpa

ApErtUrADesde 1995 la ONU realiza la Con-

ferencia de las Partes (COP), para evaluar el avance de las cuestiones y políticas relativas a los cambios cli-máticos. En 2010, inmediatamente después de la COP-15, considerada un fracaso por no avanzar en la ratifi-cación de un nuevo acuerdo climáti-co, Instituto Ideal organizó la primera edición de su seminario, denominado Mercosur Post Copenhague y que re-percutió el debate global en la ciudad de Florianópolis. La segunda edición, Seminario Energía Limpia, ocurrió en 2011, pocas semanas después de la catástrofe nuclear de Fukushima, mo-mento muy propicio para presentar, otra vez, propuestas de uso de fuentes de energía renovables.

En 2012, dos décadas después de la Eco-92, Brasil sedia Rio+20 - Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sostenible. En la tercera edición de su seminario, el Instituto Ideal decidió presentar bue-nas prácticas del sector empresarial y académico que pudieran contribuir con el debate que ocurrió en Río de Janeiro en junio.

El Seminario Energía + Limpia - Conocimiento, Sostenibilidad e Inte-gración se realizó durante los días 24 y 25 de abril, en el Centro de Eventos de la Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC). La programación estuvo compuesta por presentacio-nes de casos empresariales y de los trabajos académicos de los vencedo-res del Concurso Eco_Lógicas 2011. También estuvieron presentes el presi-dente de Petrobras Biocombustíveis, Miguel Rosseto, y el vicedirector de Relaciones Internacionales y Energías Renovables del Ministerio de Medio Ambiente de Alemania, Harald Neitzel.

El destaque fue el lanzamiento del Sello Solar, iniciativa inédita en el país, desarrollada por el Instituto Ideal y por la Cámara de Comercialización de Energía Eléctrica (CCEE) para incenti-var a las empresas e instituciones pú-blicas a consumir o desarrollar proyec-tos de producción de electricidad solar.

Durante el seminario también ocu-rrió la entrega de premios del Con-curso Eco_Lógicas 2011 y se lanzó la edición 2012 del premio académico de monografías.

Mesa de abertura / Mesa de apertura: Antonio Vituri (Eletrosul), Carlos Alberto Justo da Silva (UFSC), Mauro Passos (Instituto Ideal), Alícia Torres (CEFIR) & Octavio Antonio Valsechi (AUGM).

_ 5

Page 6: Seminário Energia + Limpa

Abrindo o seminário, na manhã do dia 24, o vice-diretor de Relações In-ternacionais e Energias Renováveis do Ministério de Meio Ambiente da Alema-nha, Harald Neitzel, falou sobre as atu-ais políticas alemãs e europeias quanto às energias renováveis. Após o desas-tre de Fukushima, a Alemanha adotou, em junho de 2011, um plano de longo prazo de reestruturação energética até 2050, que deve eliminar paulatinamen-te a energia nuclear de sua matriz.

No fim de 2011, a União Europeia (UE) publicou o Energy Roadmap 2050 com quatro diferentes alternativas para a descarbonização do setor energé-tico. A intenção é ter 20% da matriz energética do bloco vinda de fontes

POLíTIcAS ALEMÃS E EUROPEIAS PARA A PROMOÇÃO DE ENERGIAS RENOvÁvEISHARALD NEITzEL – Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha

renováveis em 2020 e 30% em 2030; embora as metas sejam diferentes para cada país.

Na Alemanha, pelo menos 35% da energia elétrica virá de fontes renová-veis até 2020 (hoje essa taxa é de 20%). O planejado é chegar a 80% até 2050.

Em 2011, as maiores participações na matriz elétrica alemã baseada em renováveis foram da energia eólica (38,1%), solar (15,6%), hidroelétrica (16%) e biogás (14,4%). O país am-pliou gradativamente a utilização de fontes de energia renovável através do Ato de Energias Renováveis (EEG, na sigla original), aprovado no ano 2000, cuja legislação serviu de referência para outros países.

O EEG estabelece – além de prio-ridade na transmissão, distribuição e acesso à rede – tarifas de energia fixadas pelo período de 20 anos, que vão decaindo anualmente para novas usinas instaladas para compensar os avanços tecnológicos. Atualmen-te, o EEG prioriza a energia solar e a energia eólica off-shore (torres eólicas construídas no mar).

A popularização dos sistemas foto-voltaicos, por exemplo, fez com que o custo dessas instalações caísse cerca de 50% nos últimos quatro anos. Con-sequentemente, a tarifa paga por este tipo de energia foi reduzida, variando de acordo com o tamanho da usina. Harald Neitzel

6 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO6 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 7: Seminário Energia + Limpa

O custo dos sistemas fotovoltaicos caiu cerca de 50% nos últimos quatro anos / El costo de los sistemas fotovoltaicos cayó cerca del 50% en los últimos cuatro años

Foto

: arq

uivo

/arc

hivo

Har

ald

Neitz

el

políticAS AlEMANAS y EUropEAS pArA lA proMocióN dE ENErgíAS rENovAblESHarald NEItzEl – Ministerio del Medio ambiente, Protección de la Naturaleza y Seguridad Nuclear de alemania

Abriendo el seminario, a la mañana del día 24, el vicedirector de Relaciones Internacionales y Energías Renovables del Ministerio de Medio Ambiente de Alemania, Harald Neitzel, habló sobre las actuales políticas alemanas y euro-peas en lo que se refiere a las energías renovables. Después de la catástrofe de Fukushima, Alemania adoptó, en Junio de 2011, un plan a largo plazo de reestructuración energética hasta 2050, que debe eliminar paulatinamen-te la energía nuclear de su matriz.

A fines del 2011, la Unión Europea (UE) publicó Energy Roadmap 2050 con cuatro alternativas diferentes para la descarbonización del sector energé-tico. Hasta 2005 sólo el 8% de la matriz energética de la UE estaba constituida por energías renovables. La intención es aumentar el porcentaje al 20% en 2020 y 30% en 2030; aunque las metas sean diferentes para cada país.

En Alemania por lo menos el 35% de la energía eléctrica vendrá de fuen-tes renovables hasta el 2020 (hoy ese porcentaje es del 20%). La planifica-ción es llegar al 80% hasta el 2050.

En 2011, las mayores participa-ciones en la matriz eléctrica alemana con base en renovables fueron de energía eólica (38,1%), solar (15,6%), hidroeléctrica (16%) e biogás (14,4%). La energía solar fue responsable del 60% de los costos totales. El país am-plió gradualmente el uso de otras fuen-tes de energía renovable en su matriz, especialmente después del Acto de Energías Renovables (EEG, en la sigla

original), aprobado en la década del 2000, cuya legislación sirvió de refe-rencia para otros países.

El EEG establece la prioridad en la transmisión, distribución y acceso a la red, y también fija tarifas de energía por el periodo de 20 años, que van cayendo anualmente para nuevas usi-nas para compensar el avance tecno-lógico. Actualmente, el EEG da prio-ridad a la energía solar y a la energía eólica off-shore (torres eólicas cons-truidas en el mar).

La popularización de los siste-mas fotovoltaicos hizo caer el costo de esas instalaciones cerca del 50% en los últimos cuatro años. En conse-cuencia, la tarifa paga por este tipo de energía se redujo, variando de acuer-do con el tamaño de la usina.

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 7

Page 8: Seminário Energia + Limpa

GüSSING, ÁUSTRIA – A cIDADE ícONE DA REvOLUÇÃO vERDECHRISTIAN KEGLOVITS – Centro Europeu de Energias Renováveis de Güssing, Áustria

Até o final da década de 80, a pe-quena cidade austríaca de Güssing não possuía indústria, tinha alta taxa de de-semprego e migração, agricultura pouco estruturada e má infraestrutura viária. Até que, no inicio dos anos 90, a administra-ção local decidiu apostar em um novo modelo de desenvolvimento, baseado no aproveitamento energético de recur-sos renováveis disponíveis na região.

Depois de 20 anos, mais de 50 empresas se instalaram na região, gerando uma cadeia produtiva de empregos, e a cidade se tornou in-dependente dos combustíveis fósseis importados. “Foi mais uma aborda-gem econômica do que uma aborda-gem ecológica”, explica o gerente de projeto do Centro Europeu de Energia Renovável (EEE, na sigla em alemão) de Güssing, Christian Keglovits .

O distrito de Güssing tem 485 km² e população de 26.507 habitantes. Localiza-se no estado de Burgenland, região sudeste da Áustria, perto da fronteira com a Hungria.

As mudanças começaram em 1996, quando o sistema de aqueci-mento de edificações começou a ser abastecido com energias renováveis. Hoje, ele possui 35 km de extensão e atinge aproximadamente 85% de todas as casas da região. A taxa de emissão de CO2 passou de 37.000 toneladas em 1996 para 22.500 to-neladas em 2009 e a produção local de energia atende atualmente 71% da demanda total no distrito.

Usina de biomassa em Güssing / Usina de biomasa en Güssing

Foto

: © E

EE G

mbH

Uma das maiores usinas da região, que abastece o sistema desde 2001, é de biomassa. A cidade transforma 44 mil toneladas de madeira em 2MW de eletricidade e 4,5MW de calor ao ano, além de gás natural e combustíveis lí-quidos sintéticos.

Por conta de iniciativas de sucesso como essa, o governo da Áustria criou o KlimaFonds, um fundo climático para patrocinar iniciativas no setor. Hoje já são 66 microrregiões-modelo em todo o país. O sucesso de Güssing foi tão gran-de que a microrregião da cidade, que abrange também outros 14 distritos, foi batizada de “terra da energia ecológica” (ökoEnergieland, em alemão).

A ökoEnergieland deve atingir a autossuficiência energética em 2015; já o estado de Burgenland, em 2020; e a Áustria inteira apenas em 2050.

8 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 9: Seminário Energia + Limpa

Christian Keglovits

güSSiNg, AUStriA – lA ciUdAd SíMbolo dE lA rEvolUcióN vErdECHrIStIaN KEGlovItS – Centro Europeo de Energías renovables de Güssing, austria

Hasta el final de la década del 80, la pequeña ciudad austríaca de Güssing no tenía industria, tenía un alto índice de desempleo y migración, agricultura poco estructurada y mala infraestructu-ra de tránsito. Hasta que, a principios de los años 90, la administración local decidió apostar en un nuevo modelo de desarrollo, basado en el aprovecha-miento energético de recursos renova-bles disponibles en la región.

Después de 20 años, más de 50 empresas se instalaron en la región, generando una cadena productiva de empleos, y la ciudad se independizó de los combustibles fósiles importa-dos. “Fue más una metodología eco-nómica que una metodología ecológi-ca”, explica el gerente de proyecto del Centro Europeo de Energía Renovable (EEE, en la sigla en alemán) de Güs-sing, Christian Keglovits .

El distrito de Güssing tiene 485 km² y una población de 26.507 habitantes. Se encuentra en el estado de Burgen-land, región sudeste de Austria, cerca de la frontera con Hungría

Los cambios comenzaron en 1996, cuando se comenzó a abastecer el sistema de calefacción de edificacio-nes con energías renovables. Hoy, el mismo tiene 35 km de extensión y lle-ga aproximadamente al 85% de todas las casas de la región. El índice de emisión de CO2 disminuyó de 37.000 toneladas en 1996 a 22.500 toneladas en 2009 y la producción local de ener-gía actualmente atiende el 71% de la demanda total del distrito.

Una de las mayores usinas de la región, que abastece al sistema des-de el 2001, es de biomasa. La ciudad transforma 44 mil toneladas de made-ra en 2MW de electricidad y 4,5MW de calor al año, además de gas natural y combustibles líquidos sintéticos

En virtud de iniciativas de éxito como ésta, el gobierno de Austria creó KlimaFonds, un fondo climático para patrocinar iniciativas en el sector. Hoy ya son 66 microrregiones modelo en todo el país. El éxito de Güssing fue tan grande que la microrregión de la ciudad, que abarca también otros 14 distritos, fue bautizada como “tierra de la energía ecológica” (ökoEnergie-land, en alemán).

La ökoEnergieland debe alcanzar la autosuficiencia energética en el 2015; el estado de Burgenland en el 2020; y toda Austria sólo en el 2050.

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 9

Page 10: Seminário Energia + Limpa

A crise econômica tem levado a um enfraquecimento das políticas públicas de incentivo a renováveis em alguns países (EUA, Inglaterra, Portugal, Espa-nha, França, Alemanha, Itália e Grécia), porém isso não tem significado uma re-dução nos investimentos mundiais em renováveis, conforme mostram dados da Bloomberg New Energy Finance apresentados pelo analista chefe de bio-energia na América Latina, Salim Morsy.

Em um número maior de países ocorre um movimento contrário. As polí-ticas públicas para renováveis vêm sen-do fortalecidas em 10 nações : México, Chile, Uruguai, Ucrânia, Quênia, África do Sul, Índia, China, Japão e Indonésia.

Os gráficos apresentados por Morsy mostram ainda que, de 2004 até hoje, os maiores volumes de novos investimen-tos em renováveis foram feitos no último trimestre de 2010 (US$52,9 bilhões) e no terceiro trimestre de 2011 (US$52,3 bilhões). O Brasil investiu US$6,9 bilhões em 2010 e aumentou os investimentos em 2011 para US$8 bilhões. Apesar disso, caiu da 7ª para a 9ª posição no ranking mundial dos países que mais investem em energias renováveis no mundo.

Os EUA, que ocupavam a segunda posição em 2010, com investimentos de US$33,7 bilhões, passaram a inves-tir US$48,1 bilhões em 2011, ganhan-do a primeira posição da China, cujos

PERSPEcTIvAS PARA INvESTIMENTOS EM ENERGIAS RENOvÁvEIS EM UM MUNDO PóS-SUBSíDIOSSALIM MORSy – Blooomberg New Energy Finance

investimentos cresceram de US$45 bi-lhões para US$45,5 bilhões. A Alema-nha continua na terceira posição, mas seus investimentos caíram de US$32,1 bilhões para US$30,6 bilhões.

AMéRICA LATINAEm 2011 a capacidade instalada de

fontes renováveis na América Latina era de 302 GW, sendo o Brasil responsável por 116 GW desse total. O setor de bio-combustíveis, que recebia mais investi-mentos na América Latina, ficou em se-gundo lugar nos últimos dois anos, atrás da energia eólica. A previsão é de um crescimento de 138% no mercado eólico para 2012 com relação à 2011. Quanto ao mercado fotovoltaico, a estimativa é de que a capacidade instalada cresça até 10 vezes nos próximos quatro anos, com o México na liderança, seguido pelo Brasil.

Salim Morsy

10 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 11: Seminário Energia + Limpa

La crisis económica ha llevado a una disminución de las políticas públicas de incentivo a las energías renovables en algunos países (EEUU, Inglaterra, Portugal, España, Francia, Alemania, Italia y Grecia), pero eso no ha signifi-cado una reducción en las inversiones mundiales en energías renovables, se-gún muestran los datos de Bloomberg New Energy Finance presentados por el analista jefe de bioenergía en Latino-américa, Salim Morsy.

En una cantidad mayor de países ocurre un movimiento contrario. Las políticas públicas para energías re-novables están siendo fortalecidas en 10 naciones: México, Chile, Uruguay, Ucrania, Kenia, Sudáfrica, India, Chi-na, Japón e Indonesia.

Los gráficos presentados por Morsy muestran todavía que, desde 2004 has-ta hoy, los mayores volúmenes de nue-vas inversiones en renovables fueron

pErSpEctivAS pArA iNvErSioNES EN ENErgíAS rENovAblES EN UN MUNdo poSt-SUbSidioSSalIM MorSy – Blooomberg New Energy Finance

hechos en el último trimestre de 2010 (US$52.900 millones) y el tercer trimes-tre de 2011 (US$52.300 millones). Bra-sil invirtió US$6.900 millones en 2010 y en 2011 aumentó las inversiones hasta US$8 mil millones. A pesar de eso, bajó de la 7ª a la 9ª posición en el ranking mundial de los países que más invierten en energías renovables en el mundo.

EEUU, que ocupaba la segun-da posición en 2010, con inversio-nes de US$33.700 millones, invirtió US$48.100 millones en 2011, ganando la primera posición delante de Chi-na, cuyas inversiones crecieron de US$45 mil millones hasta US$45.500 millones. Alemania continúa en la ter-cera posición, pero sus inversiones cayeron de US$32.100 millones para US$30.600 millones.

latINoaMérICaSegún los datos de Bloomberg, en

el 2011, Latinoamérica tenía 302 GW, y Brasil era responsable de 116 GW de ese total. El sector de biocombus-tibles, que recibía más inversiones en Latinoamérica, quedó en segundo lu-gar en los últimos dos años, después de la energía eólica. Se calcula un cre-cimiento del 138% no mercado eólico para 2012 con respecto al 2011. Con respecto al mercado fotovoltaico, el cálculo es que la capacidad instalada crezca hasta 10 veces en los próximos cuatro años, con México en el primer lugar, seguido por Brasil.

Público

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 11

Page 12: Seminário Energia + Limpa

Em todo o Brasil existem 13 pro-jetos de Redes Inteligentes em an-damento, um deles executado pela Cemig e outro em andamento na ilha de Fernando de Noronha, executado pelo grupo Neoenergia. O projeto Ci-dades do Futuro, cujo piloto é a cida-de de Sete Lagoas, vai servir de base para a implementação dessa tecno-logia em toda a área atendida pela Cemig. Em Fernando de Noronha, a instalação de Redes Inteligentes tem orçamento de R$16,4 milhões e pra-zo de execução de 36 meses.

A geração de energia elétrica da ilha – que possui 3.500 habitantes e 800 visitantes diários - é feita através da Usina Tubarão, que em 2010 con-sumiu 3,8 milhões de litros de óleo

REDES INTELIGENTES: AS ExPERIêNcIAS DA cEMIG EM SETE LAGOAS E DA NEOENERGIA EM FERNANDO DE NORONhAMÁRCIO ELI MOREIRA DE SOUzA – Cemig, ANA MASCARENHAS – Grupo Neoenergia

diesel, ao custo de R$7,3 milhões. Já a cidade de Sete Lagoas, com popu-lação de 290 mil habitantes, foi esco-lhida por possuir consumidores de to-das as categorias e abrigar a universi-dade corporativa da Cemig. A cidade localiza-se a 62km de Belo Horizonte e possui 75 mil consumidores.

As redes inteligentes pressupõem uma troca de informações nos dois sentidos e, para isso, os atuais medi-dores de energia precisarão ser troca-dos por medidores inteligentes, que forneçam esse feedback à rede. Com essa integração, as concessionárias serão informadas imediatamente em caso de falhas na rede e, por terem informações mais específicas, po-derão isolar rapidamente os trechos defeituosos, sanando os problemas

com maior eficiên-cia. Já as empre-sas e residências vão poder, por exemplo, consul-tar seu consumo em tempo real, ou saber os períodos em que há maior gasto de energia, o que pode per-mitir uma tarifação diferenciada. Além

Sete Lagoas: testes em ambiente controlado / Sete lagoas: pruebas en ambiente controladoFo

to: a

rqui

vo/a

rchi

vo C

EMIG

12 _

Page 13: Seminário Energia + Limpa

disso, é esse tipo de medidor que vai permitir a integração adequada à rede de sistemas residenciais fotovoltaicos.

Em Fernando de Noronha será instalada uma usina solar fotovoltaica em uma área de 7 km² da aeronáutica. Com capacidade de 400 kWp, deve custar R$5,2 milhões e levar 24 me-ses para ficar pronta. O projeto tem o apoio técnico do governo alemão, por meio do GIZ, e do governo americano, por meio da USAID. O objetivo é dimi-nuir em até 80% o consumo da Aero-náutica na ilha, o que reduziria o con-sumo de biodiesel em 200 mil litros, gerando uma economia de R$570 mil/ano (combustível e transporte).

Também está previsto o desen-volvimento de um sistema supervisor de controle da operação do sistema elétrico em lugares isolados utilizando predominantemente fontes alternati-vas de energia, a um custo de R$1,69 milhão, com prazo de 26 meses. Por fim, há um orçamento de R$1 milhão para a melhoria da eficiência energé-tica em prédios públicos e o aqueci-mento solar de água nas 17 pousadas da ilha. Todas as lâmpadas (incandes-centes, fluorescentes e refletores) em áreas públicas estão sendo substituí-das por lâmpadas de LED, que conso-mem menos energia.

As projeções da Cemig indicam que até 2030 o país terá entre 52% (ce-nário conservador) e 75,3% (cenário acelerado) de me-didores inteligentes. Além de medidores, é necessária a cons-trução de uma plata-forma de telecomu-

Residências vão poder consultar seu consumo em tempo real / viviendas podrán consultar su consumo en tiempo real Fo

to: a

rqui

vo/a

rchi

vo C

EMIG

Márcio Eli Moreira de Souza

nicações e sistemas computacionais, conhecida como infraestrutura de medi-ção avançada (AMI, na sigla em inglês). Para essa implantação, será necessária a regulação de políticas públicas e o aperfeiçoamento da estrutura tarifária.

Além disso, por mais que os de-safios tecnológicos venham sendo superados, será preciso conscientizar os consumidores. Esses desafios no relacionamento com os consumidores certamente vão exigir também uma transformação empresarial.

_ 13

Page 14: Seminário Energia + Limpa

14 _ Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN

En todo Brasil existen 13 proyec-tos de Redes Inteligentes en funcio-namiento, uno de ellos ejecutado por Cemig, otro en funcionamiento en la isla de Fernando de Noronha, ejecuta-do por el grupo Neoenergia.

El proyecto Ciudades del Futuro, cuyo piloto es la ciudad de Sete La-goas, servirá de base para la imple-mentación de esta tecnología en toda la región atendida por Cemig. En Fer-nando de Noronha, la instalación de Redes Inteligentes también incluye energías alternativas y tiene un presu-puesto de R$16,4 millones y plazo de ejecución de 36 meses. Actualmente, la producción de energía eléctrica de la isla, que tiene 3.500 habitantes y 800 visitantes diarios, se realiza a tra-vés de la Usina Tubarão, que en 2010 consumió 3,8 millones de litros de diesel, a un costo de R$ 7,3 millones.

La ciudad de Sete Lagoas, con pobla-ción de 290 mil habitantes, fue elegi-da por tener consumidores de todas las categorías y albergar la universi-dad corporativa de Cemig. La ciudad se encuentra a 62km de Belo Horizon-te y tiene 75 mil consumidores.

Las redes inteligentes implican un intercambio de información en los dos sentidos y para eso los actuales me-didores de energía se deben cambiar por medidores inteligentes, que ofrez-can ese feedback (esa respuesta) a la red. Con esta integración, se informa-rá inmediatamente a las empresas de electricidad en caso de fallas en la red y, por tener información más específi-ca, podrán aislar rápidamente los tre-chos defectuosos, solucionando los problemas con más eficiencia.

Las empresas y viviendas podrán, por ejemplo, consultar su consumo

rEdES iNtEligENtES: lAS ExpEriENciAS dE cEMig EN SEtE lAgoAS y dE NEoENErgiA EN FErNANdo dE NoroNhAMárCIo ElI MorEIra dE SoUza – CEMIG, aNa MaSCarENHaS – Grupo Neoenergia

Energia solar na pousada Paraíso do Atlântico - Fernando de Noronha / Energía solar en la posada Paraíso do atlântico - Fernando de Noronha

Foto

s: a

rqui

vo/a

rchi

vo a

na M

asca

renh

as

Page 15: Seminário Energia + Limpa

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 15

Usina Tubarão e a ilha de Fernando de Noronha / Usina tubarão y la isla de Fernando de Noronha

Ana Mascarenhas

Foto

da

ilha/

Foto

de

la is

la: F

red

Schi

nke

en tiempo real, o saber los periodos en los que hay más gasto de energía, lo que puede permitir una tarifa dife-rente. Además, ese tipo de medidor es el que permitirá la adecuada inte-gración con la red de sistemas resi-denciales fotovoltaicos.

En Fernando de Noronha se ins-talará una usina solar fotovoltaica en una superficie de 7 km² de la aero-náutica. Con capacidad de 400 kWp, debe costar R$5,2 millones y tardar 24 meses para estar lista. El proyecto tiene el apoyo técnico del gobierno alemán, por medio del GIZ, y del go-bierno norteamericano, por medio de la USAID. El objetivo es reducir hasta el 80% del consumo de la Aeronáuti-ca en la isla, lo que reduciría el con-sumo de biodiesel en 200 mil litros, generando una economía de R$570 mil/año (combustible y transporte).

También está previsto el desarro-llo de un sistema supervisor de con-trol de la operación del sistema eléc-trico en lugares aislados utilizando principalmente fuentes alternativas de energía, a un costo de R$1,69 millón, con plazo de 26 meses. Fi-nalmente, hay un presupuesto de R$1 millón para mejorar la eficien-cia energética en edificios públicos y calentar el agua con energía solar en las 17 posadas de la isla. Se es-tán sustituyendo todas las lámparas (incandescentes, fluorescentes y re-flectores) de las áreas públicas por lámparas de LED, que consumen menos energía.

Los cálculos de Cemig indican que hasta el 2030 el país tendrá en-tre un 52% (escenario conservador) y un 75,3% (escenario acelerado) de medidores inteligentes. Además de medidores, se necesita construir una plataforma de telecomunicaciones y sistemas de computación, conoci-da como infraestructura de medición avanzada (AMI, en la sigla en inglés). Para esta implantación, será nece-saria la reglamentación de políticas públicas y el perfeccionamiento de la estructura tarifaria.

Además, aunque los desafíos tec-nológicos están siendo superados, será necesario concientizar a los consumidores. Estos desafíos en la relación con los consumidores segu-ramente exigirán también una trans-formación empresarial.

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 15

Page 16: Seminário Energia + Limpa

Na área de transportes, além do uso de combustíveis renováveis, ou-tras duas soluções de menor impacto ambiental no país são os veículos elé-tricos e a hidrogênio, ambas tecnolo-gias já desenvolvidas por uma empre-sa brasileira. Em São Paulo, mais de 100 ônibus com motores de tração elé-trica da WEG já estão em circulação.

Além do benefício ambiental, Ro-gério Ferraz, da WEG, explica que eles têm um custo de manutenção 25% menor em comparação com os ônibus a diesel, por não necessitarem de câmbio nem de motor de arran-que. Sem câmbio, também são mais suaves e silenciosos e têm vida útil mínima de 25 anos, enquanto a dos ônibus a diesel é de no máximo 10.

MOBILIDADE cOM ENERGIA MAIS LIMPA: ÔNIBUS ELéTRIcOROGéRIO FERRAz – WEG

Rogério Ferraz

No Brasil, contudo, eles ainda ne-cessitam de baterias para operar, pois não é possível conectá-los a rede elé-trica. Ferraz cita o caso de Auckland, na Nova Zelândia, onde as baterias são usadas apenas ao passar nos túneis, por 10 minutos, e fala do Japão, onde já estão em operação trólebus que se carregam nas paradas de passageiros.

A WEG também foi empresa par-ceira no desenvolvimento do ônibus a hidrogênio, lançado há dois anos pela Coppe/UFRJ, que circula no Rio de Janeiro e tem a mesma autono-mia de um ônibus convencional. A desvantagem é o custo elevado da célula de combustível, “equivalen-te a três ou quatro ônibus comuns”. Para o transporte urbano, a empresa

também fabrica motores híbridos com etanol, refri-gerados a água.

Além disso, produz sis-temas de propulsão die-sel-elétrica para navios de apoio a plataforma (PSV), com potências instaladas para geração de até 4,6 MW por navio, que já equi-pam uma frota de mais de 50 embarcações. Fundada em 1961, a WEG tem pre-sença própria em mais de 25 países, cerca de 25 mil funcionários, e obteve um faturamento de mais de R$ 5,2 bilhões em 2010.

16 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 17: Seminário Energia + Limpa

Ônibus elétrico / autobús eléctrico

Ônibus a hidrogênio / autobús a hidrógeno

Foto

: arq

uivo

/arc

hivo

Rog

ério

Fer

raz

Foto

: COP

PE

MovilidAd coN ENErgíA MáS liMpiA: AUtobúS EléctricoroGérIo FErraz – WEG

En el sector de transportes, además del uso de combusti-bles renovables, otras dos soluciones de me-nor impacto ambiental en el país son los vehí-culos eléctricos y de hi-drógeno, ambas tecno-logías ya desarrolladas por una empresa bra-sileña. En Sao Paulo, más de 100 autobuses con motores de trac-ción eléctrica de WEG, ya están en circulación.

Además del benefi-cio ambiental Rogério Ferraz, de WEG, expli-ca que ellos tienen costo de manteni-miento un 25% menor en comparación con los autobuses a diesel, por no ne-cesitar cambios ni motor de arranque.

WEG también fue empresa aliada en el desarrollo del autobús a hidróge-no, lanzado hace dos años por Coppe/UFRJ, que circula en Rio de Janeiro y tiene la misma autonomía de un auto-bús convencional. La desventaja es el costo alto de la célula de combustible, de la célula de combustible, “equiva-lente a tres o cuatro autobuses co-munes”. Para el transporte urbano, la empresa también fabrica motores hí-bridos con etanol, refrigerados a agua.

Además, produce sistemas de pro-pulsión diesel/eléctrica para navíos de apoyo a la plataforma (PSV), con potencias instaladas para producción de hasta 4,6 MW por navío, que ya equipan más de 50 embarcaciones. Fundada en 1961, WEG tiene presen-cia propia en más de 25 países, alre-dedor de 25 mil empleados, y obtuvo una facturación de más de R$ 5.200 millones en el 2010.

Sin cambios, también son más suaves y silenciosos y tienen vida útil mínima de 25 años, mientras la de los autobu-ses a diesel es de 10 como máximo.

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 17

Page 18: Seminário Energia + Limpa

NOvOS cAMINhOS PARA A ENERGIA SOLAR NO BRASILALExANDRE zUCARATO – CCEE, FÁBIO STACKE – ANEEL, MAURO PASSOS – Instituto Ideal, PAULA SCHEIDT – GIz / Instituto Ideal & RICARDO RüTHER – UFSC

Primeiro veio a ideia de solarizar os estádios para despertar a aten-ção para a geração solar fotovoltaica (FV) no embalo da Copa 2014, de-pois a aprovação de 18 projetos de Pes-quisa e Desenvol-vimento (P&D) pela ANEEL focados em geração FV, seguido pela publicação de uma regulação para geração distribuída, criando um incentivo para a instalação de miniusinas.

Para dar ainda mais um empurrão ao desenvolvimento da energia FV no Brasil, o Instituto Ideal e a Câmara de Comercialização de Ener-gia Elétrica (CCEE) lançaram, no en-cerramento do primeiro dia do evento, o Selo Solar.

“Estamos assistindo ao nasci-mento da onda solar no Brasil. Assim como vimos no passado recente um grande boom eólico, acredito que nos próximos anos vamos ficar muito sur-presos com o crescimento da utiliza-ção da energia fotovoltaica”, previu o gerente de inteligência de mercado da CCEE, Alexandre Zucarato.

Voltado para ações publicitárias, o Selo foi inspirado em iniciativas de su-cesso na Alemanha - o Grüner Strom

Label, que hoje certifica cerca de 120 produtos de energia limpa. “En-quanto o Ideal é o responsável pela concessão do Selo e cumprimento

das regras básicas, a CCEE verificará a au-tenticidade dos con-tratos de compra da energia solar”, explica a gerente de projetos da GIZ, Paula Scheidt. Todo o processo de criação e desenvolvi-mento das diretrizes teve o apoio da Coo-peração Alemã para o Desenvolvimento, por meio da GIZ e KfW.

A CCEE admi-nistra o Ambiente de Contratação Regulada

(ACR), de Contratação Livre (ACL) e o Mercado de Curto Prazo (MCP). Até o início de abril de 2012 havia 1.852 agentes registrados. Em fevereiro fo-ram registrados 14.624 contratos, com um volume de 79.268 MW médios.

No ACR participam apenas dis-tribuidoras e os contratos podem ter entre 2 anos (leilões de ajuste) até 30 anos (alguns leilões de Energia Nova ou de Fontes Alternativas).No ACL , o consumidor pode ser “especial” ou “livre”. Para ser um consumidor especial é preciso consumir exclusi-vamente energia de fontes renová-veis e ter uma demanda de 500 kW

18 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO18 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 19: Seminário Energia + Limpa

apresentou os 18 projetos aprovados, que somam investimentos de mais de R$ 395 milhões.

Cada um inclui uma usina FV com uma potência entre 0,5 MWp e 3,0 MWp e todos devem ser executados em 36 meses. Ao todo são 96 empre-sas, 62 instituições e 584 profissionais diretamente envolvidos. Juntos, os projetos somam 24.578 kWp de capa-cidade instalada, que será conectada à rede brasileira.

Com os projetos, a ANEEL espe-ra ajudar a desenvolver a cadeia pro-

dutiva da energia solar, estimular a concorrência, reduzir custos

e proporcionar a capacitação de instituições de pesqui-

a 3MW. Os consumidores livres são aqueles com demanda acima de 3MW. Da carga total no Sistema Interligado Nacional, cerca de 25% corresponde ao ACL.

Uma pesquisa de mer-cado realizada pelo Instituto Ideal com gestores de em-presas sobre o selo mostrou que a maioria deles acredita que a ado-ção pioneira de energias alternativas equivale a mais reputação no merca-do em médio e longo prazo. Além dis-so, 62% acreditam que sua empresa estaria disposta a pagar mais caro pela energia FV.

PROJETOS DE P&D EM GERAÇÃO FV E NOVA REGULAÇÃO DA ANEEL

Para estimular a concorrência, reduzir custos e proporcionar a capacitação de ins-tituições de pesquisa, empresas e profissionais, a ANEEL lançou uma chamada pública (n°13) de projetos P&D estratégicos específica sobre a energia FV. Fábio Stacke, da ANEEL,

Paula Scheidt

Ilust

raçõ

es: C

arol

Riv

ello

_ 19

Page 20: Seminário Energia + Limpa

sa, empresas e profissionais, além de transferência de tecnologia. Pos-teriormente, também serão funda-mentais no aprimoramento regulató-rio e tributário.

No dia 17 de abril, a ANEEL pu-blicou uma nova resolução criando o Sistema de Compensação de Ener-gia, o qual permite ao consumidor instalar pequenos geradores e inje-tar na rede o excedente, recebendo créditos para serem abatidos do consumo nos meses seguintes. Ou-tros países já possuem esquemas si-milares, como a Austrália. Segundo

Q

Fábio Stacke

Ricardo Rüther, cofundador do Ins-tituto Ideal e coordenador do Grupo Fotovoltaica – UFSC, a adoção foi tamanha por lá que houve até noti-cias negativas publicadas nos jor-

nais sobre, por exemplo, painéis solares “inun-dando” a rede elétrica e prejudicando a qualidade

da energia da rede.

Para evitar problemas com instalações mal feitas,

que podem ameaçar o sucesso de micro e mini usinas no Brasil,

Rüther chamou a atenção para a im-portância da capacitação de recur-sos humanos, alertando para a pers-

pectiva de falta de mão de obra na área.

Ele citou o pro-grama Ciência Sem Fronteiras, do gover-

no federal, como uma das possibilidades de especia-

lização.Também falou sobre a construção do edifício do “Cen-

tro Integrado Multiusuário de Ca-pacitação de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Energia Solar Fotovoltaica – Unidade Sul”, que abrigará a sede do Gru-po Fotovoltaica – UFSC.

20 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO20 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 21: Seminário Energia + Limpa

MaIS INForMaçõES PodEM SEr oBtIdaS No SItE: http://SEloSolAr.coM.br

Subgrupo tarifárioConsumo mínimo

anual em MWhA1 1.000

A2 500

A3 200

A3a 100

A4 – AS 50

B1 – B2 – B3 (*) 50

(*) Nota: Restrito a consumidor integrante do grupo B que seja autoprodutor.

Os solicitantes consumidores li-vres ou especiais deverão possuir um contrato de compra de eletricida-de solar de no mínimo cinco anos e, após aprovação do Instituto Ideal e CCEE, estarão autorizados a utilizar o Selo Solar pelo período da vigência do contrato de compra de eletricidade solar. Já os autoprodutores de energia solar, como indústrias que instalarem o sistema para uso próprio de energia, poderão utilizar o selo solar pelo pe-ríodo de funcionamento comprovado do sistema gerador.

Na medida em que a energia so-lar for evoluindo no país, os requisitos para o selo também vão sofrer modifi-cações, a exemplo do que ocorre hoje com o Procel.

POR qUE DEVO SABER A ORIGEM DA ENERGIA

USADA PELAS EMPRESAS?Se você está preocupado com o

impacto ambiental das atividades das empresas das quais compra produtos ou serviços, você precisa estar atento à origem da energia que elas conso-mem. A energia elétrica pode ser ob-tida a partir de diferentes fontes ener-géticas, algumas com maior impacto ambiental e outras com menor.

Obtenção do Selo SolarO Selo Solar será concedido para

empresas ou instituições públicas e privadas que consumirem um valor mínimo anual de eletricidade solar, que varia conforme a quantidade total de energia consumida.

Esta divisão seguiu os subgrupos tarifários estabelecidos pela ANEEL

na Resolução Normativa 414/2010, realizada com base na tensão de co-nexão à rede de cada unidade con-sumidora. Desse modo, o principal passo para uma instituição poder solicitar o uso do selo solar é verifi-car se seu consumo está adequado para o seu porte como consumidor.

Veja a tabela a seguir:

Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO _ 21

Page 22: Seminário Energia + Limpa

NUEvoS cAMiNoS pArA lA ENErgíA SolAr EN brASilalExaNdrE zUCarato – CCEE, FáBIo StaCKE – aNEEl, MaUro PaSSoS – Instituto Ideal, PaUla SCHEIdt – GIz / Instituto Ideal & rICardo rütHEr – UFSC

Primero vino la idea de transfor-mar los estadios para aprovechar la energía solar para despertar la aten-ción hacia la producción solar foto-voltaica (FV) aprovechando el Mun-dial de 2014, después la aprobación de 18 proyectos de Investigación y Desarrollo (P&D) por parte de ANEEL centrados en la producción FV, se-guida por la publicación de una re-glamentación para producción distri-buida, creando un incentivo para la instalación de mini usinas.

Para dar también otro empujón al desarrollo de energía FV en Brasil, el Instituto Ideal y la Cámara de Co-mercialización de Energía Eléctrica (CCEE) lanzaron, al final del primer día del evento, el Sello Solar.

“Estamos presenciando el naci-miento de la onda solar en Brasil. Así como vimos en el pasado reciente un gran boom eólico, creo que en los próximos años nos vamos a sorpren-der mucho con el crecimiento del uso de la energía fotovoltaica”, dijo el ge-rente de inteligencia de mercado de la CCEE, Alexandre Zucarato.

Focalizado en acciones publicita-rias, el Sello se inspiró en iniciativas de éxito en Alemania, como el Grüner Strom Label, que hoy certifica alre-dedor de 120 productos de energía limpia. “Mientras el Ideal es el res-ponsable de la concesión del Sello y el cumplimiento de las reglas básicas, la CCEE verificará la autenticidad de los contratos de compra de energía solar”, explica la gerente de proyectos de GIZ, Paula Scheidt. Todo el pro-ceso de creación y desarrollo de las directrices tuvo el apoyo de la Coope-ración Alemana para el Desarrollo, por medio de GIZ y KfW.

La CCEE administra el Entorno de Contratación Regulada (ECR), de Con-tratación Libre (ECL) y el Mercado de Corto Plazo (MCP). Hasta principios de abril de 2012 había 1.852 agentes registrados. En febrero se registraron 14.624 contratos, con un volumen de 79.268 MW promedio.

En el ECR participan sólo distribui-doras y los contratos pueden ser de 2 años (remates de ajuste) a 30 años (algunos remates de Energía Nueva o de Fuentes Alternativas). En el ECL, el consumidor puede ser “especial” o “libre”. Para ser un consumidor espe-cial es necesario consumir exclusiva-

Alexandre zucarato

22 _

Page 23: Seminário Energia + Limpa

_ 23

Ilust

raci

ones

: Car

ol r

ivel

lo

mente energía de fuentes renovables y tener una demanda de 500 kW a 3MW. Los consumidores libres son aquellos con demanda mayor que 3MW. De la carga total en el Sistema Interconectado Nacional, alrededor del 25% corresponde al ECL.

Un estudio de mercado realizado por el Instituto Ideal con gestores de empresas sobre el sello mostró que la mayoría de ellos cree que la adop-ción pionera de energías alternativas equivale a más reputación en el mer-cado, en el mediano y largo plazos. Además, el 62% cree que su empresa estaría dispuesta a pagar más caro por la energía FV.

ProyECtoS dE INvEStIGaCIóN y dESarrollo

(P&d) EN ProdUCCIóN Fv y NUEva rEGlaMENtaCIóN

dE la aNEElPara estimular la competición,

reducir costos y proporcionar la ca-pacitación de instituciones de inves-tigación, empresas y profesionales, la ANEEL lanzó una convocación pública (n°13) de proyectos de P&D estratégicos específicamente so-bre la energía FV. Fábio Stacke, de la ANEEL, presentó los 18 proyectos aprobados, que suman inversiones de más de R$395 millones. Cada uno incluye una usina FV con una potencia de 0,5 MWp a 3,0 MWp y

todos se deben ejecutar en 36 me-ses. En total son 96 empresas, 62 instituciones y 584 profesionales directamente involucrados. Juntos, los proyectos suman 24.578 kWp de capacidad instalada que será co-nectada a la red brasileña.

Con los proyectos la ANEEL es-pera ayudar a desarrollar la cadena productiva de la energía solar, esti-mular la competición, reducir costos y proporcionar la capacitación de instituciones de investigación, em-presas y profesionales, además de transferencia de tecnología. Poste-riormente, también serán fundamen-tales para perfeccionar los sectores legal e impositivo.

El día 17 de abril, la ANEEL publi-có una nueva resolución creando el Sistema de Compensación de Ener-gía, que permite que el consumidor instale pequeños generadores e in-yecte el excedente en la red, recibien-

Page 24: Seminário Energia + Limpa

do créditos para ser descontados del consumo en los meses siguientes. Otros países ya tienen procedimien-tos similares, como Australia. Según Ricardo Rüther, cofundador del Ins-tituto Ideal y coordinador del Grupo Fotovoltaica – UFSC, la adopción allí fue tan grande que inclusive hubo noticias negativas publicadas en los diarios sobre el asunto, por ejemplo, paneles solares “inundando” la red eléctrica y perjudicando la calidad de la energía de la red.

Para evitar problemas de instala-ciones mal hechas, que pueden ame-nazar el éxito de micro y mini usinas en Brasil, Rüther destacó la importancia de la capacitación de recursos huma-nos, alertando sobre la perspectiva de falta de mano de obra en el sector.

Él citó el programa Ciencia Sin Fronteras, del gobierno federal, como una de las posibilidades de especiali-zación. También habló sobre la cons-trucción del edificio del “Centro Inte-grado Multiusuario de Capacitación de Recursos Humanos y Desarrollo de Energía Solar Fotovoltaica – Unidad Sur”, que será la sede del Grupo Foto-voltaica – UFSC.

Ricardo Rüther

24 _

Page 25: Seminário Energia + Limpa

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 25

Subgrupo de tarifasConsumo mínimo

anual en MWhA1 1.000

A2 500

A3 200

A3a 100

A4 – AS 50

B1 – B2 – B3 (*) 50

(*) Nota: Restricto a consumidor integrante del grupo B que sea auto productor.

El Sello Solar será otorgado a em-presas o instituciones públicas y pri-vadas que consuman un valor mínimo anual de electricidad solar, que varía de acuerdo a la cantidad total de ener-gía consumida.

Esta división siguió los subgrupos de tarifas establecidos por la ANEEL

Los solicitantes consumidores li-bres o especiales deberán tener un contrato de compra de electricidad solar de cinco años como mínimo y, después de la aprobación del Ins-tituto Ideal y CCEE, estarán autori-zados a utilizar el Sello Solar por el periodo de vigencia del contrato de compra de electricidad solar. Los auto productores de energía solar, como industrias que instalen el sis-tema para uso propio de energía, podrán utilizar el sello solar por el periodo de funcionamiento compro-bado del sistema generador.

A medida que la energía solar vaya evolucionando en el país, los requisitos para el sello también ten-drán modificaciones, como ocurre hoy con el Procel.

¿Por qUé dEBo SaBEr El orIGEN dE la ENErGía

USada Por laS EMPrESaS?Si usted está preocupado con el

impacto ambiental de las actividades de las empresas de las cuales compra productos o servicios, usted debe es-tar atento al origen de la energía que ellas consumen. La energía eléctrica se puede obtener a partir de diferen-tes fuentes energéticas, algunas con mayor impacto ambiental que otras.

en la Resolución Normativa 414/2010, realizada con base en la tensión de conexión a la red de cada unidad con-sumidora. De esta manera, el principal paso para que una institución pueda solicitar el uso del sello solar es veri-ficar si su consumo es adecuado para su tamaño como consumidor.

obtención del Sello Solar

Vea la siguiente tabla:

Para oBtENEr MáS INForMaCIóN vISItE El WEBSItE: http://SEloSolAr.coM.br

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 25

Page 26: Seminário Energia + Limpa

EMPRESAS INvESTINDO EM ELETRIcIDADE SOLARNILSON SILVA – GM, CARLOS GOTHE – Tractebel, EDUARDO LANA DE PAULA – Light Esco

O mapa da radiação solar no país mostra um grande potencial para a exploração da energia solar, espe-cialmente na faixa que se estende do Piauí, passando pela Bahia, Goiás, Minas e chegando à São Paulo e ao Mato Grosso do Sul. Para efeito de comparação, a irradiação solar diária no Brasil fica entre 4,1 e 6,5 kWh/m², enquanto o maior valor na Alemanha chega apenas a 3,4 kWh/m².

O mercado fotovoltaico cresce rá-pido, especialmente na Europa, devido ao forte incentivo governamental. Em 2005, a capacidade global instalada era de apenas 5 GW; já em 2010 esse número passou pra 40 GW. A Alema-nha possui 43% da capacidade insta-lada. É na Alemanha que se localizam dois dos sete sistemas fotovoltaicos da companhia General Motors. A empresa também tem instalações na Espanha e nos EUA. Somados, esses sistemas têm potência de 30MW. Além de di-minuir o impacto ambiental, o uso de energia solar na empresa diminuiu a dependência energética das fábricas.

A GM também utiliza o programa de racionalização de energia que bati-zou de “Geração Virtual Equivalente”. Com isso, a empresa reduziu em 51% o consumo por veículo fabricado no período entre 2003 e 2011. Em 2011, venceu o prêmio Green Car of the Year por conta de seu veículo elétrico híbri-do, o Chevrolet Volt.

Apesar do engenheiro sênior da GM Nilson Silva não ter dado muitos detalhes do projeto durante sua pa-lestra, a empresa anunciou, alguns dias após o evento, que até o final do ano pretende inaugurar a primeira fábrica de automóveis do Brasil com sistema de geração solar fotovoltaico próprio, na nova unidade do grupo em Joinville (SC).

PARCERIAS COM A UFSCJá a Tractebel está investindo em

projeto de P&D da ANEEL específi-

Carlos Gothe

26 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO26 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 27: Seminário Energia + Limpa

co sobre o tema. Orçado em R$56,3 milhões, ele é realizado em parceria com o LabSolar da UFSC e consiste na implantação de uma usina foto-voltaica de 3MWp e na instalação de oito módulos de avaliação em diferentes cidades. O objetivo será identificar os locais mais adequados à implantação de usinas. Nesses módulos, sete tecnologias diferen-tes serão testadas.

A Tractebel opera 7% da capaci-dade instalada no país, o que a torna a maior geradora privada de energia do Brasil. Para se manter na liderança, afirma o gerente de desenvolvimento de negócios Carlos Goethe, a empre-sa investe em um portfólio diversifica-do de geração, por isso o interesse em entrar na área solar.

O LabSolar da UFSC, em par-ceria com o Instituto Ideal, tam-bém foi responsável pelo estudo “Estádios Solares”, que avaliou o potencial fotovoltaico dos 12 es-tádios que participarão da Copa 2014. Em 2010, a concessionária Light assinou um protocolo de in-tenções com o governo do Rio de Janeiro e a EDF para encampar o projeto de criação do Maracanã Solar, que também tem o apoio da GIZ. O primeiro projeto, orçado em R$13,4 milhões, ocuparia uma área de 15.480 m². Isso se o estádio não tivesse se deteriorado tanto a ponto de inviabilizar a instalação. “Dava pra romper a estrutura metá-lica com as mãos”, explica Eduar-do Lana de Paula, da Light.

Nessa situação, um estudo de emergência precisou ser feito, le-vando em conta o projeto do novo

Maracanã que está sendo erguido. A área útil para aplicação dos módulos fotovoltaicos ficou restrita ao anel de compressão que sustentará a co-bertura de lona tensionada. Com isso, a área útil passou para 2.380 m² e a potência para 400kWp. Assim que o estádio estiver concluído, a produção anual de energia será de 528.595 kWh, o que representa o consumo de 240 casas.

O objetivo é expandir o pólo solar do Maracanã para as construções do entorno, como o ginásio do Maraca-nazinho, o parque aquático Júlio de La Mare, o estádio de atletismo Célio de Barros, entre outros.

Projeto de energia solar no Maracanã - Rio de Janeiro/RJ / Proyecto de energia solar en el Maracanã - rio de Janeiro/rJ

GM - zaragoza - Espanha (2007)

Foto

: arq

uivo

/arc

hivo

Edu

ardo

Lan

a de

Pau

laFo

to: a

rqui

vo/a

rchi

vo N

ilson

Silv

a

Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO _ 27

Page 28: Seminário Energia + Limpa

28 _ Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN

EMprESAS iNvirtiENdo EN ElEctricidAd SolArNIlSoN SIlva – GM, CarloS GotHE – tractebel, EdUardo laNa dE PaUla – light Esco

El mapa de la radiación solar en el país muestra un gran potencial para la explotación de ese tipo de energía, es-pecialmente en la zona que se extien-de desde Piauí, pasando por Bahia, Goiás, Minas y llegando a São Paulo y a Mato Grosso do Sul. Para efectos de comparación, la irradiación solar diaria en Brasil está entre 4,1 y 6,5 kWh/m²,

mientras el mayor valor en Alemania llega sólo a 3,4 kWh/m².

El mercado fotovoltaico crece rá-pido, especialmente en Europa, debi-do al fuerte incentivo gubernamental. En 2005 la capacidad global instalada era de sólo 5 GW, y en 2010 ese nú-mero subió a 40 GW. Alemania tiene el 43% de la capacidad instalada. En Alemania se encuentran dos de los siete sistemas fotovoltaicos de la empresa General Motors. La empresa también tiene instalaciones en Espa-ña y en EEUU. Sumados, esos siste-mas tienen una potencia de 30MW. Además de disminuir el impacto am-biental, el uso de energía solar en la empresa disminuyó la dependencia energética de las fábricas.

GM también utiliza el programa de racionalización de energía que bautizó como “Producción Virtual Equivalen-te”. Con eso, la empresa redujo en el 51% el consumo por vehículo fabrica-do en el periodo entre 2003 y 2011. En 2011, ganó el premio Green Car of the Year por su vehículo eléctrico híbrido, Chevrolet Volt.

A pesar de que el ingeniero sénior de GM, Nilson Silva, no dio muchos detalles del proyecto durante su con-ferencia, algunos días después del evento, la empresa anunció que hasta fin de año pretende inaugurar la pri-mera fábrica de automóviles de Brasil con sistema de producción solar foto-voltaico propio, en la nueva unidad del grupo de Joinville (SC).

GM - Rancho Cucamonga - California - USA (2006)

Projeto de energia solar no Maracanã - Rio de Janeiro/RJ / Proyecto de energia solar en el Maracanã - rio de Janeiro/rJ

Foto

: arq

uivo

/arc

hivo

Nils

on S

ilva

Foto

: arq

uivo

/arc

hivo

Edu

ardo

Lan

a de

Pau

la

Page 29: Seminário Energia + Limpa

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 29

alIaNzaS CoN la UFSCPor otro lado, Tractebel está in-

virtiendo en un proyecto de P&D de ANEEL específico sobre el tema. Con presupuesto de R$56,3 millo-nes, se realiza en alianza con Lab-Solar de la UFSC y consiste en la implantación de una usina fotovol-taica de 3MWp y en la instalación de ocho módulos de evaluación en diferentes ciudades. El objetivo es identificar los lugares más adecua-dos para la implantación de usinas. En esos módulos, se probarán siete tecnologías diferentes.

Tractebel opera el 7% de la capa-cidad instalada en el país, lo que la convierte en la mayor productora pri-vada de energía de Brasil. Para man-tenerse como líder – dice el gerente

de desarrollo de negocios de Tracte-bel Energia, Carlos Goethe- invierte en un portafolio diversificado de pro-ducción, por lo tanto, la necesidad de entrar en el campo solar.

LabSolar de la UFSC, en con-junto con el Instituto Ideal, también fue responsable del estudio “Esta-dios Solares” que evaluó el poten-cial fotovoltaico de los 12 estadios que participarán del Mundial 2014. En 2010 la concesionaria Light fir-mó un protocolo de intenciones con el gobierno de Rio de Janeiro y el EDF para adoptar el proyecto de creación del Maracanã Solar, que también cuenta con el apoyo de la GIZ. El primer proyecto, con presupuesto de R$13,4 millones, ocuparía una superficie de 15.480 m². Eso si el estadio no se hubiera deteriorado tanto como para impo-sibilitar la instalación. “Podría rom-perse la estructura metálica con las manos”, explica Eduardo Lana de Paula, de Light.

En esa situación, fue necesario realizar un estudio de emergencia, considerando el proyecto del nuevo Maracanã que está en construcción. La superficie útil para aplicar los mó-dulos fotovoltaicos quedó limitada al anillo de compresión que sostendrá el techo de lona tensada. Con eso, la superficie útil quedó en 2.380 m² y la potencia pasó a 400kWp. Cuan-do el estadio esté terminado, la pro-ducción anual de energía será de 528.595 kWh, lo que representa el consumo de 240 casas.

El objetivo es ampliar el polo so-lar del Maracanã a las construcciones del entorno, como el gimnasio del Maracanazinho, el parque acuático Julio de La Mare, el estadio de atletis-mo Célio de Barros, entre otros.

Eduardo Lana de Paula

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 29

Page 30: Seminário Energia + Limpa

“O que sabemos so-bre a relação entre os con-sumidores e as energias renováveis?”, pergunta à plateia o diretor da Market Analysis, Fabián Echega-ray. Quanto mais informa-ções disponíveis, maior o interesse e a cobrança do consumidor e o momento é bastante propício, diz ele. A declaração está em-basada em estudos feitos pela empresa, que realiza pesquisas de opinião pú-blica desde 1997. Uma análise do jornal Folha de S. Paulo no período entre 1994 e 2011, por exemplo, mostrou que as menções a energias alterna-tivas na mídia cresceram cerca de 1250%. Apesar disso, ainda há pouca informação disponibilizada pelas em-presas sobre suas ações nessa área e elas não são vistas como prioritárias pelo público em geral.

Por outro lado, Echegaray explica que houve uma mudança de prioridades nas preocupações dos consumidores no tema energias renováveis. No perío-do de 1998 a 2011, o público passou a se preocupar menos com uma eventual falta de energia e aumento de preços e passou a ficar mais apreensivo com os impactos da produção industrial, o uso de combustíveis fósseis, e os riscos da

cONEcTANDO O cONSUMIDOR cOM A qUESTÃO DA ENERGIA ALTERNATIvAFABIÁN ECHEGARAy – Market Analysis

energia nuclear. Nesse mesmo período, ampliou-se em muito a cobertura da mí-dia sobre o tema “energias renováveis” e as “preocupações ambientais” passa-ram a se tornar prioritárias em relação as “preocupações materiais”, tendência que cresce ano a ano.

Contudo, Echegaray alertou para a forma como as empresas divulgam seus investimentos na área, exibindo os resultados da análises feitas com consumidores sobre três propagan-das televisivas. As mais criativas e que conseguiram transmitir de forma cla-ra o que são as fontes de energia em questão (solar e eólica) tiveram uma receptividade muito superior às pro-pagandas sobre energia em geral.

Fabián Echegaray

30 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 31: Seminário Energia + Limpa

¿Qué sabemos sobre la relación entre los consumidores y las energías renovables?, pregunta a los presentes el director de Market Analysis, Fabián Echegaray. Cuanta más información disponible, mayor es el interés y la exigencia do consumidor y el momen-to es bastante propicio, dice él. La de-claración se basa en estudios hechos por la empresa, que realiza encuestas de opinión pública desde 1997.Un análisis del diario Folha de S. Paulo en el periodo entre 1994 y 2011, por ejemplo, mostró que las alusiones a energías alternativas en los medios crecieron cerca de 1250%. A pesar de eso, todavía las empresas ofrecen poca información sobre sus acciones en esta área y el público en general no las considera prioritarias.

Por otro lado Echegaray explica que hubo un cambio de prioridades en las preocupaciones de los consu-midores en el tema energías renova-bles. En el periodo de 1998 a 2011,

coNEctANdo Al coNSUMidor coN lA cUEStióN dE lA ENErgíA AltErNAtivAFaBIáN ECHEGaray – Market analysis

el público empezó a preocuparse menos con una posible falta de ener-gía y aumento de precios y se empe-zó a preocupar más con los impactos de la producción industrial, el uso de combustibles fósiles y los riesgos de la energía nuclear. En ese mismo pe-riodo, aumentó mucho la cobertura de los medios sobre el tema “ener-gías renovables” y las “preocupacio-nes ambientales” se volvieron priori-tarias en lo que se refiere a “preocu-paciones materiales”, tendencia que crece todos los años.

Pero Echegaray avisó sobre cómo las empresas divulgan sus inversiones en el área, mostrando los resultados de los análisis hechos con consumido-res sobre 3 propagandas televisivas. Las más creativas y que consiguieron transmitir de manera clara qué son las fuentes de energía en cuestión (so-lar y eólica) tuvieron una receptividad muy superior a las propagandas sobre energía en general.

_ 31

Page 32: Seminário Energia + Limpa

EMPRESAS INvESTINDO EM ENERGIA EóLIcAJOÃO RAMIS – Cerro Chato – Eletrosul, JOSé LUIS MENGHINI – IMPSA

Devido às ótimas condições de mui-tas partes do território latino-americano, a geração eólica deve seguir atraindo in-vestimentos por toda a região nos próxi-mos anos. A estimativa é que o mercado de aerogeradores movimente mais de US$ 2,5 bilhões na América Latina nesse ano, e o Brasil deve responder por mais da metade deste montante, segundo o vice-presidente da IMPSA no Brasil, José Menghini. O México pretende passar dos atuais 0,1% para 4% de participação de energia eólica em sua matriz até 2013.

que somam 90 MW e já estão em ope-ração. Agora, as usinas construídas com a IMPSA somarão mais 78 MW: Cerro Chato IV, V, VI, Cerro dos Trin-dade e Ibirupuitã. Essas usinas devem entrar em operação no início de 2013.

A energia eólica teve início no país com o Programa de Incentivo às Fon-tes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), regulamentado em 2004. “O Proinfa não foi um programa de excelência; os projetos foram escolhi-dos principalmente de acordo com o tempo de licença ambiental, não tanto pela parte técnica”, opina o presiden-te da usina Cerro Chato, João Ramis.

Até 2011, a potencia eólica insta-lada no país totalizava apenas 1.391,1 MW, concentrados principalmente em quatro estados: 37,3% no Ceará, 22% no Rio Grande do Sul, 15,9% no Rio Grande do Norte e 14,8% em Santa Catarina. A energia total contratada nos leilões realizados do fim de 2009 até o fim de 2011 soma 6.747 MW.

Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, o país tem um potencial de produção eólica estimado em 143,47 GW, divididos da seguinte forma: 52,3% no Nordeste, 20,7% no Sudeste, 15,9% no Sul, 8,9% no Norte e 2,1% no Centro--Oeste. O Rio Grande do Sul, sozinho, concentra 11,1% do potencial do país, grande parte localizado na costa ao lon-go da Lagoa dos Patos e no litoral sul – onde serão construídas pela Eletrosul, em parceria com a Rio Bravo, as usinas eólicas de Chuí e Santa Vitória do Pal-mar, a serem inauguradas em 2014.

Multinacional argentina especia-lizada em projetos hidráulicos e eó-licos, a IMPSA possui 45 mil MW de energia renovável instalada em 30 diferentes países do mundo. No Bra-sil, atua em parceira com a Eletrosul na construção das novas usinas do Complexo de Cerro Chato, no municí-pio de Sant’Ana do Livramento (RS).A Eletrosul teve três projetos aprovados no primeiro leilão de energia eólica no país, ocorrido no fim de 2009: os par-ques eólicos de Cerro Chato I, II e III,

José Luis Menghini

32 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 33: Seminário Energia + Limpa

EMprESAS iNvirtiENdo EN ENErgíA EólicAJoão raMIS – Cerro Chato – Eletrosul, JoSé lUIS MENGHINI – IMPSa

Usina eólica Cerro Chato III

Foto

: arq

uivo

/arc

hivo

Joã

o ra

mis

Debido a las excelentes condicio-nes de muchas partes del territorio latinoamericano, la producción eólica debe seguir atrayendo inversiones por toda la región en los próximos años. Se estima que el mercado de aero-generadores en Latinoamérica debe mover más de US$2.500 millones este año y Brasil debe ser responsable de más de la mitad de esta cantidad, se-gún el vicepresidente de IMPSA en Brasil, José Menghini. México preten-de aumentar del 0,1% actual al 4% de participación de energía eólica en su matriz hasta el 2013.

Multinacional argentina especializa-da en proyectos hidráulicos y eólicos, la IMPSA tiene 45 mil MW de energía renovable instalada en 30 países del mundo. En Brasil, actúa en conjunto con Eletrosul en la construcción de las nuevas usinas del Complejo de Cerro Chato, en el municipio de Sant’Ana do Livramento (RS). Tres proyectos de Ele-trosul fueron aprobados en la primera subasta de energía eólica en el país, que ocurrió a fines del 2009: Los par-ques eólicos de Cerro Chato I, II y III, que suman 90 MW y ya están funcio-nando. Ahora, las usinas construidas con IMPSA sumarán otros 78 MW: Ce-rro Chato IV, V, VI, Cerro dos Trindade e Ibirupuitã. Esas usinas deben comen-zar a operar a principios de 2013.

La energía eólica comenzó en el país con el Programa de Incentivo de las Fuentes Alternativas de Energía Eléctrica (Proinfa), reglamentado en 2004. “Proinfa no fue un programa de excelencia; los proyectos fueron elegi-dos principalmente de acuerdo con el tiempo de licencia ambiental, no tanto

por la parte técnica”, opina el presiden-te de la usina Cerro Chato, João Ramis.

Hasta el 2011, la potencia eóli-ca instalada en el país sumaba sólo 1.391,1 MW, concentrados principal-mente en cuatro estados: 37,3% en Ceará, 22% en Rio Grande do Sul, 15,9% en Rio Grande do Norte y 14,8% en Santa Catarina. La energía total contratada en las subastas realizadas desde fines del 2009 hasta fines del 2011 suma 6.747 MW.

Según el Atlas del Potencial Eólico Brasileño, el país tiene un potencial de producción eólica calculado en 143,47 GW, divididos de la siguiente manera: El 52,3% en el nordeste, el 20,7% en el sudeste, el 15,9% en el sur, el 8,9% en el norte y el 2,1% en el centro oeste. Solamente Rio Grande do Sul concen-tra el 11,1% del potencial del país, gran parte ubicado en la costa a lo largo de la Lagoa dos Patos y en el litoral sur, en donde se construirán por la Eletrosul, en conjunto con la Rio Bravo, las usi-nas eólicas de Chuí y Santa Vitória do Palmar, a inaugurar en el 2014.

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 33

Page 34: Seminário Energia + Limpa

“O padrão de desenvolvimento da humanidade sempre esteve ligado a uma maior utilização de energia”, afirmou o presidente da Petrobras Biocombustíveis, Miguel Rosseto, ao iniciar sua palestra no segundo dia do evento. Ele lembrou a todos sobre os excessos que a humanidade vem co-metendo atualmente, já que 80% da matriz energética do mundo provém de combustíveis fósseis. Apesar disso, as desigualdades são tantas que estima--se que 1,5 bilhão de pessoas ainda vivam sem energia elétrica em casa e outros 2,5 bilhões ainda dependam de biomassa básica (lenha) pra sobreviver.

Os grandes investimentos em ener-gias renováveis na China são insuficien-tes, por exemplo, quando se nota que o carvão ainda é responsável por cerca de 70% de sua matriz energética. Outros países onde o inverno é mais frio alegam não poderem diminuir seu consumo, sob pena de prejudicar seus cidadãos.

O resultado disso é o aumento da concentração de gases do efeito es-tufa na atmosfera, que especialistas vêm apontando exauridamente como os vilões do aquecimento global. Es-tima-se que uma proporção superior a 450 ppm de CO2 na atmosfera pos-sa causar um desequilíbrio climático catastrófico. “Atualmente, estamos entrando nos 400 ppm”, afirma Ros-seto. “Ou seja, não devemos só parar, devemos retroceder.” Acredita-se que seriam necessários de 3 a 5 planetas

O MODELO ENERGéTIcO MUNDIAL E OS DESAFIOS DO SécULOMIGUEL ROSSETO – Petrobras Biocombustíveis

para que todos tivessem acesso ao mesmo padrão de consumo dos EUA.

“O século XXI deverá ser de transi-ção energética, isso porque esses pa-drões são impossíveis de serem manti-dos”, acredita Rosseto. Nessa transição, dois caminhos paralelos precisam ser seguidos: a mitigação dos efeitos negati-vos da matriz suja e a ampliação do uso de energias alternativas. O Brasil, como nação emergente, não foge à regra inter-nacional. O crescimento energético do país vem sendo superior ao do PIB nos últimos anos, ficando em torno de 5% ao ano. Assim, os desafios energéticos para manter a matriz limpa são grandes, isso sem contar que em breve teremos o petróleo do pré-sal estimado em 50 bi-lhões de barris. . A vantagem em relação a outras nações, contudo, está na sua riqueza em fontes alternativas.”O Brasil tem um outro pré-sal nas energias reno-váveis”, ressalta Rosseto.

Miguel Rosseto

34 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO34 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 35: Seminário Energia + Limpa

El ModElo ENErgético MUNdiAl y loS dESAFíoS dEl SigloMIGUEl roSSEto – Petrobras Biocombustíveis

“El modelo de desarrollo de la hu-manidad siempre estuvo relacionado con un mayor uso de energía”, afirmó el presidente de Petrobras Biocombus-tíveis, Miguel Rosseto, al comenzar su conferencia el segundo día del evento. Les recordó a todos los excesos que la humanidad está cometiendo actualmen-te, ya que el 80% de la matriz energética del mundo proviene de combustibles fósiles. A pesar de eso, las desigualda-des son tantas que se calcula que 1.500 millones de personas todavía viven sin energía eléctrica en sus casas y otros 2.500 millones todavía dependen de biomasa básica (leña) para sobrevivir.

Las grandes inversiones en ener-gías renovables en China son insufi-cientes, por ejemplo, cuando se nota que el carbón todavía es responsable de alrededor del 70% de su matriz energética. Otros países en los que el invierno es más frío alegan no poder disminuir su consumo para no perjudi-car a sus ciudadanos.

El resultado de esto es el aumen-to de la concentración de gases de efecto inverna-dero en la atmosfera, que los especialistas vienen señalando permanente-mente como los villanos del calentamiento global.

Se calcula que una proporción superior a 450 ppm de CO2 en la at-mósfera puede causar un desequilibrio ambiental catastrófico. “Actualmen-te, estamos llegando a los 400 ppm”, afirma Rosseto. “O sea, no sólo debemos

parar, debemos retroceder.” Se cree que serían necesarios de 3 a 5 plane-tas para que todos tuvieran acceso al mismo nivel de consumo de los EEUU.

“El siglo XXI deberá ser el siglo de transición energética, porque es impo-sible mantener esos niveles hasta el siglo siguiente”, cree Rosseto. En esa transición energética dos caminos pa-ralelos deben ser seguidos: La mitiga-ción de los efectos y la ampliación del uso de energías alternativas.

El crecimiento energético del país actualmente es superior al del PBI en los últimos años, ubicándose alrededor del 5% al año. Así, los desafíos energéticos para mantener la matriz limpia son gran-des, además de que en breve tendremos también el petróleo del Presal calculado en 50 mil millones de barriles. No obs-tante, la ventaja con respecto a otras na-ciones está en su riqueza de fuentes al-ternativas. “Brasil tiene otro Presal en las energías renovables”, señala Rosseto.

Usina de biodiesel em Montes Claros (MG) / Usina de biodiésel en Montes Claros (MG) Fo

to: A

gênc

ia P

etro

bras

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 35

Page 36: Seminário Energia + Limpa

Durante o seminário, os vencedo-res do Concurso Eco_Lógicas 2011 receberam suas premiações e foram convidados a expor seus trabalhos. No primeiro dia, os quatro trabalhos vencedores da graduação. No segun-

PREMIAÇÃO EcO_LóGIcAS 2011 E LANÇAMENTO DA EDIÇÃO 2012INSTITUTO IDEAL

Os vencedores do Concurso Eco_Lógicas 2011 receberam seus prêmios

do dia, foi a vez dos três trabalhos se-lecionados na pós-graduação.

Na tarde do segundo dia, foram entregue os certificados de premiação aos vencedores e também lançada a edição de 2012. Na oportunidade, o presidente do Instituto Ideal, Mauro Passos, anunciou que a quarta edição do concurso não deve mais contar com a categoria “graduação”. Outra novida-de da próxima edição será a premiação do melhor projeto do Mercosul, ao in-vés de um premiado em cada país.

O prêmio será no valor de US$ 20 mil para o aluno vencedor e US$ 10 mil para o professor. As inscrições po-dem ser feitas até o dia 5 de outubro.

Até 2015 o concurso deverá cres-cer e abranger toda a América Latina.

O regulamento já está disponível no site do Instituto Ideal em http://institutoideal.org

36 _ Seminário ENERGIA + LIMPA CONHECIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INTEGRAÇÃO

Page 37: Seminário Energia + Limpa

Durante el seminario los vencedo-res del Concurso Eco_Lógicas 2011 recibieron sus premios y recibieron la invitación para exponer sus trabajos. El primer día, los cuatro trabajos gana-dores de grado. El segundo día, fue el turno de los tres trabajos selecciona-dos en el post grado.

A la tarde del segundo día, se en-tregaron los certificados de premios a los vencedores y también se lanzó la edición de 2012. En la oportunidad, el presidente del Instituto Ideal, Mauro Passos, anunció que la cuarta edición del concurso ya no deberá contar con la categoría “grado”.

prEMioS dE Eco_lógicAS 2011 y lANzAMiENto dE lA EdicióN 2012INSTITUTO IDEAL

los vencedores del Concurso Eco_lógicas 2011 recibieron sus premios

Otra novedad de la próxima edi-ción será el premio al mejor proyecto del Mercosur, en lugar de un premia-do de cada país. El premio será por el valor de USD$ 20 mil para el alumno y USD$ 10 mil para el profesor y las inscripciones se pueden realizar hasta el día 5 de octubre.

Hasta el 2015 el concurso deberá crecer y abarcar toda Latinoamérica.

El reglamento ya está disponible en el sitio del Instituto Ideal: http://institutoideal.org

Seminario ENERGíA + LIMPIA CONOCIMIENTO, SUSTENTABILIDAD E INTEGRACIÓN _ 37

Page 38: Seminário Energia + Limpa

REGISTRO FOTOGRÁFIcO

Rodrigo Barichello

O público lotou o auditório nos dois dias de evento / El público llenó el auditorio en el evento de dos días

Ignacio Vieitez Osorio

Nilson Costa Silva

Octavio Antonio Valsechi e os vencedores do Eco_Lógicas 2011 (graduação) / octavio antonio valsechi y los ganadores del Concurso Eco_lógicas 2011 (graduación).

Ricardo Rüther

Fátima Martins, Cláudia Santos, Marta Bertelli & Paula Scheidt

Page 39: Seminário Energia + Limpa

REGISTRO FOTOGRÁFIcO

Jürgen Kern & Harald Neitzel

Ricardo Rüther

Equipe de apoio / Equipo de apoyo

João Ramis

Mauro Passos

Page 40: Seminário Energia + Limpa