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Grupo de Estudos em Tecnologia de Soldagem - GETSOLDA PROCESSOS DE SOLDAGEM MÓDULO: ELETRODO REVESTIDO MÓDULO: ELETRODO REVESTIDO MÓDULO: ELETRODO REVESTIDO MÓDULO: ELETRODO REVESTIDO MÓDULO: ELETRODO REVESTIDO Realização: Apoio

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Grupo de Estudos emTecnologia de Soldagem - GETSOLDA

PROCESSOS DE

SOLDAGEM

MÓDULO: ELETRODO REVESTIDOMÓDULO: ELETRODO REVESTIDOMÓDULO: ELETRODO REVESTIDOMÓDULO: ELETRODO REVESTIDOMÓDULO: ELETRODO REVESTIDO

Realização: Apoio

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Índice

1- SEGURANÇA NA SOLDAGEM ....................................................... PÁG 01

2- TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM .................................................. PÁG 09

3- SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM ...................................................... PÁG 10

4- ELETRODO REVESTIDO ................................................................. PÁG 13

APOSTILA SOBRE O PROCESSO DE SOLDAGEM ELETRODO REVESTIDO - 2007

V. 11. ed.

Processo De Soldagem Eletrodo RevestidoUniversidade Federal do ParáGet-Solda Grupo de estudos em tecnologia de soldagemProf. Dr. Eduardo Magalhães Braga (Dep.de Engenharia Mecânica – UFPA)Editoração e diagramaçãoLuiz Paulo da Silva C. Junior (Aluno de Graduação Eng. Mecânica UFPA)RevisãoTárcio dos Santos Cabral (Aluno de Graduação Eng. Mecânica UFPA)

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1SEGURANÇA NA SOLDAGEM

1- SEGURANÇA NA SOLDAGEM

Estas regras não devem ser consideradas como subs-titutos ou alternativas à legislação ou às normas vi-gentes, inclusive às normas internas dos usuários(empreas); ainda, elas completam, mas não substi-tuem as informações contidas nos Manuais de Ins-truções específicos dos equipamentos de soldar oucortar.As regras de segurança são apresentadas para aproteção dos operadores e demais pessoal envolvi-do na instalação, utilização e manutenção de equi-pamentos de soldar, cortar ou goivar ao arco e plas-ma elétricos. Elas resumem informações e práticasadotadas na industria e são baseadas em literaturaespecializada de origem norte-americana.Antes de se instalar, operar ou reparar um equipa-mento de soldar, é necessário ter lido, compreendi-do e adotado as regras aqui apresentadas. A nãoobservância destas regras de segurança pode resul-tar em acidentes com danos pessoais eventualmen-te fatais, sob a inteira responsabilidade do Usuário.

UM TREINAMENTO ADEQUADO NA OPERAÇÃOE MANUTENÇÃO DE QUALQUER EQUIPAMENTOELÉTRICO É ESSENCIAL PARA SE EVITAR ACI-DENTES.

As regras de segurança ora apresentadas sãodivididasemtrês grupos principais:

1) Regras de segurança relativas ao local de traba-lho;2) Regras de segurança relativas ao pessoal;3) Regras de segurança relativas ao equipamento;

1) Regras de segurança relativas ao local de tra-balho1.1) Incêndios e explosõesO calor produzido por arcos elétricos e as suas irra-diações, por escórias quentes e por faíscas podemser causas de incêndios ou explosões. Conseqüen-temente, toda área de soldagem ou corte deve serequipada com sistema adequado de combate a in-cêndio e o pessoal de supervisão de área, operaçãoou manutenção do equipamento envolvido deve sertreinado no combate a incêndios.

Todo e qualquer trabalhador deve ser familiarizadocom as seguintes medidas de prevenção e proteçãocontra incêndios:

Garantir a segurança da área de trabalho.Sempre que possível, trabalhar em locais especial-mente previstos para soldagem ou corte ao arco elé-trico.

Eliminar possíveis causas de incêndios.Locais onde se solde ou corte não devem conter lí-quidos inflamáveis (gasolina, tintas, solventes, etc),sólidos combustíveis (papel, materiais de embalagem,madeira, etc) ou gases inflamáveis (oxigênio,acetileno, hidrogênio, etc).

Instalar barreiras contra fogo e contra respin-gosQuando as operações de soldagem ou corte não po-dem ser efetuadas em locais específicos e especial-mente organizados, instalar biombos metálicos ouproteções não inflamáveis ou combustíveis para evi-tar que o calor, as fagulhas, os respingos ou as escó-rias possam atingir materiais inflamáveis.

Tomar cuidado com fendas e rachadurasFagulhas, escórias e respingos podem “voar” sobrelongas distâncias. Eles podem provocar incêndios emlocais não visíveis ao soldador. Procurar buracos ourachaduras no piso, fendas em torno de tubulaçõese quaisquer aberturas que possam conter e ocultaralgum material combustível.

Instalar equipamentos de combate a incêndiosExtintores apropriados, baldes de areia e outros dis-positivos antiincêndio devem ficar a proximidade ime-diata da área de soldagem ou corte.

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2SEGURANÇA NA SOLDAGEM

Sua especificação depende da quantidade e do tipodos materiais combustíveis que possam se encon-trar no local de trabalho.

Avaliar a necessidade de uma vigilância especialcontra incêndios

Quando soldam ou cortam, os operadores, podemnão se dar conta da existência de algum incêndiopois além da atenção exigida pelo próprio trabalho,eles ficam isolados do ambiente pela sua máscarade soldagem e os seus diversos equipamentos deproteção individual. De acordo com as condições dolocal de trabalho, a presença de uma pessoa especi-almente destinada a tocar um alarme e iniciar o com-bate ao incêndio pode ser necessária.

Conhecer os procedimentos locais para casos deincêndios em soldagem ou corte

Alem dos procedimentos de segurança da Empresae das normas ou legislação em vigor, é recomenda-do que sejam conhecidas as regras enunciadas nanorma NFPA No. 51B da National Fire ProtectionAssociation (USA), “Fire Protection in Use of CuttingandWelding Processes”.

Usar um procedimento de “Autorização de usode área”

Antes de se iniciar uma operação de soldagem oucorte num local não especificamente previsto paraesta finalidade, ele deve ser inspecionado por pes-soa habilitada para a devida autorização de uso.

Nunca soldar, cortar ou realizar qualquer opera-ção a quente numa peça que não tenha sidoadequadamente limpa

Substâncias depositadas na superfície das peçaspodem decompor-se sob a ação do calor e produzirvapores inflamáveis ou tóxicos.

Não soldar, cortar ou goivar em recipientes fe-chados ou que não tenham sido devidamenteesvaziados e limpos internamente

Eles podem explodir se tiverem contido algum mate-rial combustível ou criar um ambiente asfixiante outóxico conforme o material que foi armazenado ne-les.

Proceder à inspeção da área de trabalho após ter-se completado a soldagem ou o corte

Apagar ou remover fagulhas ou pedaços de metalquente que, mais tarde, possam provocar algum in-cêndio.

1.2) VentilaçãoO local de trabalho deve possuir ventilação adequa-da de forma a eliminar os gases, vapores e fumosusados e gerados pelos processos de soldagem ecorte e que podem ser prejudiciais à saúde dos tra-balhadores. Substâncias potencialmente nocivaspodem existir em certos fluxos, revestimentos e me-tais de adição ou podem ser liberadas durante asoldagem ou o corte. Em muitos casos, a ventilaçãonatural é suficiente, mas certas aplicações podemrequerer uma ventilação forçada, cabines com coifasde exaustão, filtros de respiração ou máscaras comsuprimento individual de ar. O tipo e a importância daventilação dependem de cada aplicação específica,do tamanho do local de trabalho, do número de tra-balhadores presentes e da natureza dos materiaistrabalhados e de adição.

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3SEGURANÇA NA SOLDAGEM

Locais tais como poços, tanques, sótões, etc de-vem ser considerados como áreas confinadas

A soldagem ou o corte em áreas confinadas requerprocedimentos específicos de ventilação e trabalho,com o uso eventual de capacetes ou máscaras es-peciais.

Não soldar ou cortar peças sujas ou contamina-das por alguma substância desconhecida

Não se deve soldar, cortar ou realizar qualquer ope-ração a quente numa peça que não tenha sido ade-quadamente limpa. Os produtos da decomposiçãodestas substâncias pelo calor do arco podem produ-zir vapores inflamáveis ou tóxicos. Todos os fumos egases desprendidos devem ser considerados comopotencialmente nocivos. Remover toda e qualquerpintura ou revestimento de zinco de uma peça antesde soldá-la ou cortá-la.

O soldador ou operador deve sempre manter acabeça fora da área de ocorrência dos fumos ouvapores gerados por um arco elétrico de forma anão respirá-los

O tipo e a quantidade de fumos e gases dependemdo processo, do equipamento e dos consumíveisusados. Uma posição de soldagem pode reduzir aexposição do soldador aos fumos.

Nunca soldar perto de desengraxadores a vapor oude peças que acabem de ser desengraxadas. A de-composição dos hidrocarbonetos clorados usadosneste tipo de desengraxador pelo calor ou a irradia-ção do arco elétrico pode gerar fosgênio, um gás al-tamente tóxico, ou outros gases nocivos.

Metais tais como o aço galvanizado, o aço inoxidá-vel, o cobre, ou que contenham zinco, chumbo,berílio ou cádmio nunca devem ser soldados ou cor-tados sem que se disponha de uma ventilação força-da eficiente. Nunca se deve inalar os vapores produ-zidos por estes materiais.

Uma atmosfera com menos de 18 % de oxigênio podecausar tonturas, perda de consciência e eventualmen-te morte, sem sinais prévios de aviso. Os gases deproteção usados em soldagem e corte são quer maisleves, quer mais pesados que o ar; certos deles(argônio, dióxido de carbono-CO, nitrogênio) podemdeslocar o oxigênio do ar ambiente sem serem de-tectados pelos sentidos do homem.

O hidrogênio é um gás inflamável. Uma mistura des-te gás com oxigênio ou ar numa área confinada ex-plode se alguma faísca ocorrer. Ele é incolor, inodore insípido. Ainda, sendo mais leve que o ar, ele podeacumular-se nas partes superiores de áreas confina-das e agir como gás asfixiante.

Alguma irritação nos olhos, no nariz ou na gargantadurante a soldagem ou o corte pode ser indício deuma contaminação do local de trabalho e de umaventilação inadequada. O trabalho deve ser interrom-pido, as condições do ambiente devem ser analisa-das e as providências necessárias para melhorar aventilação do local devem ser tomadas.

1.3) Cilindros de gásO manuseio inadequado dos cilindros dos gases usa-dos em soldagem ou corte elétricos pode provocar adanificação ou ruptura da válvula de fechamento e aliberação repentina e violenta do gás que contêm comriscos de ferimento ou morte.

Observar as características físicas e químicas dosgases usados e seguir rigorosamente as regrasde segurança específicas indicadas pelo forne-cedor.

Somente usar gases reconhecidamente adequa-dos ao processo de soldagem ou corte e à apli-cação previstos.

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4SEGURANÇA NA SOLDAGEM

Somente usar um regulador de pressão específi-co para o gás usado e de capacidade apropriadaà aplicação. Nunca usar adaptadores de rosca en-tre um cilindro e o regulador de pressão.

Sempre conservar as mangueiras e conexões degás em boas condições de trabalho. O circuito degás deve estar isento de vazamentos.

Os cilindros de gás devem sempre ser mantidosem posição vertical. Eles devem ser firmemente fi-xados no seu carrinho de transporte ou nos seussuportes ou encostos (em paredes, postes, colunas,etc) por meio de correia ou de corrente isolada eletri-camente.

Nunca conservar cilindros ou equipamento rela-tivo a gases de proteção em áreas confinadas.

Nunca instalar um cilindro de gás de forma queele possa, mesmo que acidentalmente, se tornarparte de um circuito elétrico. Em particular, nuncausar um cilindro de gás, mesmo que vazio, para abrirum arco elétrico.

Quando não estiverem em uso, cilindros de gásdevem permanecer com sua válvula fechada,mesmo que estejam vazios. Devem sempre serguardados com o seu capacete parafusado. O seudeslocamento ou transporte deve ser feito por meiode carrinhos apropriados e deve-se evitar que cilin-dros se choquem.

Sempre manter cilindros de gás distantes de cha-mas e de fontes de faíscas ou de calor (fornos,etc).

Ao abrir a válvula do cilindro,manter o rosto afas-tado do regulador de pressão/vazão.

2) Regras de segurança relativas ao pessoal

2.1) Choques elétricosChoques elétricos podem ser fatais e devem ser evi-tados. Instalações elétricas defeituosas, aterramentoineficiente assim como operação ou manutenção in-corretas de um equipamento elétrico são fontes co-muns de choque elétricos.

Nunca tocar em partes eletricamente “vivas”. Arede de alimentação elétrica, o cabo de entrada e oscabos de soldagem (se insuficientemente isolados),o porta-eletrodo, a pistola ou a tocha de soldar, osterminais de saída da máquina e a própria peça a sersoldada (se não adequadamente aterrada) são exem-plos de partes eletricamente “vivas”. A gravidade dochoque elétrico depende do tipo de corrente envolvi-da (a corrente alternada é mais perigosa que a cor-rente contínua), do valor da tensão elétrica (quantomais alta a tensão, maior o perigo) e das partes docorpo afetadas.As tensões em vazio das fontes deenergia usadas em soldagem, corte ou goivagempodem provocar choques elétricos graves. Quandovários soldadores trabalham com arcos elétricos dediversas polaridades ou quando se usam várias má-quinas de corrente alternada, as tensões em vaziodas várias fontes de energia podem se somar; o va-lor resultante aumenta o risco de choque elétrico.

Instalar o equipamento de acordo com as instru-ções do Manual específico fornecido. Sempre usarcabos elétricos de bitola adequada às aplicações pre-vistas e com a isolação em perfeito estado. Para ocircuito de soldagem, respeitar a polaridade exigidapelo processo ou a aplicação.

Aterrar os equipamentos e seus acessórios a umponto seguro de aterramento. A ligação da estrutu-ra das máquinas a um ponto seguro de aterramentopróximo do local de trabalho é condição básica parase evitar choques elétricos. Ainda e de acordo com afigura 10, a peça a ser soldada o terminal de saídacorrespondente na fonte de energia deve ser aterra-da, mas não ambos: “aterramentos duplos” podemfazer com que a corrente de soldagem circule nos

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condutores de aterramento, normalmente finos, e osqueime.

Garantir bons contatos elétricos na peça solda-da e nos terminais de saída da máquina. Os termi-nais de saída, em particular aquele ao qual a peçasoldada estiver ligada, devem ser mantidos em bomestado, sem partes quebradas ou isolação trincada.Nunca fazer contatos elétricos através de superfíci-es pintadas, notadamente na peça a ser soldada.

Assegurar-se de que todas as conexões elétricasestão bem apertadas, limpas e secas. Conexõeselétricas defeituosas podem aquecer e, eventualmen-te, derreter. Elas podem ainda ser a causa de mássoldas e provocar arcos ou faíscas perigosas. Nãose deve permitir que água, graxa ou sujeira se acu-mule em plugues, soquetes, terminais ou elementosde um circuito elétrico.

Manter o local de trabalho limpo e seco. A umida-de e a água são condutoras da eletricidade. Mantersempre o local de soldagem ou corte, os equipamen-tos e a roupa de trabalho secos. Eliminar de imediatotodo e qualquer vazamento de água. Não deixar quemangueiras encostem em peças metálicas. Nuncaultrapassar os limites de pressão da água indicadosnos Manuais de Instruções.

Usar roupa e equipamentos de proteção indivi-dual adequados, em bom estado, limpos e secos.Ver, ao lado, as regras específicas relativas à prote-ção corporal.

Ao soldar ou cortar, não usar quaisquer adornos,acessórios ou objetos corporais metálicos. Parasoldar, cortar ou goivar, é recomendado retirar anéis,

Figura 10

relógios, colares e outros itens metálicos. Contatosacidentais de tais objetos com algum circuito elétricopodem aquecê-los, derretê-los e provocar choqueselétricos.

O soldador ou operador de uma máquina de sol-dar ou cortar deve trabalhar em cima de um es-trado ou plataforma isolante.

2.2) Campos elétricos magnéticosA corrente elétrica que circula num condutor provocao aparecimento de campos elétricos e magnéticos.As correntes elétricas utilizadas em soldagem, corteou goivagem criam tais campos em torno dos cabosde solda e dos equipamentos. Ademais certas má-quinas de soldar geram e usam, para abrir o arco oudurante toda a operação de soldagem, umfaiscamento do tipo “ruído branco” conhecido como“alta freqüência”. Conseqüentemente, pessoas por-tadoras de marca-passo devem consultar um médi-co antes de adentrar uma área de soldagem ou cor-te: os campos elétricos e magnéticos ou as irradia-ções podem interferir no funcionamento do marca-passo.

Para minimizar os efeitos dos campos gerados pelascorrentes elétricas de soldagem e corte:

• Não se deve permanecer entre os dois caboseletrodo e obra e sim, sempre manter ambos do mes-mo lado do corpo.• Os dois cabos de soldagem (eletrodo e obra)devem correr juntos e, sempre que possível, amarra-dos uma o outro.• Na peça a ser soldada, conectar o cabo obratão perto quanto possível da junta. Manter os cabosde soldagem e de alimentação do equipamento tãolonge quanto possível do corpo.• Nunca se deve enrolar cabos desoldagememtorno do corpo.

2.3) Regras específicas de segurança corporal

2.3.1) Regras para a proteção da visãoOs arcos elétricos de soldagem ou corte emitem rai-os ultravioletas e infravermelhos. Exposições de lon-ga duração podem provocar queimaduras graves edolorosas da pele e danos permanentes na vista.

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Para soldar ou cortar, usar máscara com vidroou dispositivo de opacidade adequado ao proces-so e à aplicação prevista. A tabela abaixo orientaquanto à opacidade recomendada para a proteçãoem função do processo e da faixa de corrente usa-dos. Como regra geral, iniciar com uma opacidadealta demais para que se veja a zona do arco; reduzirentão a opacidade que se tenha uma visão adequa-da da área de soldagem, sem problema para os olhos.

Usar óculos de segurança com protetores late-rais. Quando se solda, corta ou goiva, quando seremove a escória de um cordão de solda ou quandose esmerilha alguma peça partículas metálicas, res-pingos e fagulhas podem atingir os olhos sob ângu-los quaisquer de incidência. Nos processos semi-automáticos ou automáticos, pontas de arame po-dem ferir gravemente. Usar os óculos de segurançainclusive por baixo da máscara de soldar ou de qual-quer protetor facial.

Qualquer pessoa dentro de uma área de soldagemou corte, ou num raio de 20 m, deve estar ade-quadamente protegida. A irradiação de um arco elé-trico tem grande alcance e partículas metálicas e res-pingos podem voar sobre distâncias relativamentegrandes

2.3.2) Regras para proteção da peleDevido à emissão de raios ultravioletas e

infravermelhos, arcos elétricosqueimam a pele da mesma manei-ra que o sol, porem muito mais ra-pidamente e com maior intensida-de. Os operadores, e em particu-lar aqueles sensíveis à exposiçãoao sol podem sofrer queimadurasna pele após breve exposição a umarco elétrico. Os respingos de sol-da e as fagulhas são outras fontesde queimaduras.

Seguir as recomendações abaixopara garantir uma proteção segu-ra contra a irradiação de um arcoelétrico e os respingos.

• Não deixar nenhuma área depele descoberta. Não arregaçaras mangas da camisa ou do aven-tal.• Usar roupa protetora resisten-te ao calor: gorro, jaqueta, aven-tal, luvas e perneiras. Roupa dealgodão ou similares constitui umaproteção inadequada, pois além deser inflamável, ela pode se deteri-orar em função da exposição às ra-diações dos arcos elétricos.

• Usar calçado de cano longo e estreito. Nãousar sapatos baixos e folgados nos quais respingose fagulhas podem penetrar.• Usar calças sem bainha. Bainhas podemreter fagulhas e respingos. As pernas das calçasdevem descer por cima das botas ou dos sapatospara evitar a entrada de respingos.• Sempre usar roupa, inclusive de proteção,limpa. Manchas de óleo ou graxa ou sujeira em ex-cesso podem inflamar-se devido ao calor do arco.

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7SEGURANÇA NA SOLDAGEM

• Manter os bolsos,mangas e colarinhos abo-toados. Fagulhas e respingos podem penetrar portais aberturas e queimar pelos e/ou pele. Os bolsosnão devem conter objetos ou produtos combustíveistais como fósforos ou isqueiros.• Todas as regras acima aplicam-se integral-mente às manutenções preventiva e corretiva dosequipamentos. Manutenções ou reparações somen-te devem ser feitas por elementos habilitados devi-damente protegidos e isolados do ponto de vista elé-trico; somente usar ferramentas isoladas, específi-cas para eletricidade. Proceder à reparação de má-quinas elétricas em local apropriado e devidamenteisolado.

2.3.3) Regras para a proteção da audiçãoUsar protetores de ouvido. Certas operações desoldagem, corte ou goivagem produzem ruídos deintensidade elevada e, eventualmente, longa dura-ção. Protetores de ouvido adequados, além de pro-tegerem contra estes ruídos excessivos, impedemque respingos e fagulhas entrem nos ouvidos.

3) Regras de segurança relativas aos equipamen-tosSempre instalar e operar um equipamento de soldarou cortar de acordo com a orientação do seu Manualde Instruções. Alem da proteção ao pessoal de ope-ração e manutenção, o aterramento constitui umaproteção fundamental dos equipamentos.

Sempre ligar uma máquina de soldar ou cortar àsua linha de alimentação através de uma chavede parede. Esta chave deve ter fusíveis ou disjuntorde capacidade adequada e poder ser trancada. Ins-talar um plugue na extremidade do cabo de entradada máquina. Se for necessário fazer manutenção damáquina no local de trabalho, colocar uma etiquetade aviso na chave geral para evitar que ela venha aser usada.Sempre instalar e operar uma máquina de soldarou cortar de acordo com as orientações contidasno Manual de Instruções. Além da proteção ao pes-soal de operação e manutenção, o aterramento cons-titui uma proteção fundamental dos equipamentos.

Operar os equipamentos estritamente dentro dascaracterísticas anunciadas pelo fabricante. Nun-ca sobrecarregá-los.

Nunca usar uma máquina de soldar ou cortar comparte do seu gabinete removida ou mesmo aber-ta. Além de tal situação ser potencialmente perigosapara o soldador ou operador, a falta de refrigeraçãopode resultar em danos a componentes internos.

Nunca operar equipamentos defeituosos.Conservá-los em perfeito estado de funcionamento,procedendo à manutenção preventiva periódica re-comendada pelo fabricante e à manutenção correti-va sempre que necessário. Em particular, todos osdispositivos de segurança incorporados a umequipamento devem ser mantidos em boas condiçõesde trabalho.

Sempre manter um equipamento de soldar oucortar afastado de fontes externas de calor (for-nos, por exemplo).

Máquinas de soldar ou cortar não devem ser uti-lizados em locais alagados ou poças de água.Salvo quando projetados especialmente ou adequa-damente protegidos (a critério do fabricante), máqui-nas de soldar ou cortar não devem ser operadas emambientes corrosivos ou que tenham matérias oleo-sas em suspensão, ou nas intempéries.

Depois de usar um equipamento de soldar oucortar, sempre desligá-lo e isolá-lo da sua linhade alimentação.

PROCEDIMENTOS DE PRONTO SOCOR-RO E EMERGÊNCIA

O pronto socorro consiste em um tratamento provi-sório aplicado em caso de acidente ou doença. Umsocorro imediato (dentro de quatro minutos) e ade-quado pode ser a diferença entre uma recuperaçãocompleta, uma invalidez permanente ou a morte.

Inalação de gasesTrabalhadores com sintomas de exposição a fumose gases devem ser levados para uma área não con-taminada e inalar ar fresco ou oxigênio. Caso a víti-ma esteja inconsciente, quem prestar socorro deveeliminar os gases venenosos ou asfixiantes da áreaou usar equipamento apropriado de respiração an-

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8SEGURANÇA NA SOLDAGEM

tes de adentrá-la. Remover a vítima para uma áreanão contaminada e chamar um médico. Administraroxigênio por meio de uma máscara se a vítima esti-ver respirando. Caso contrário, praticar a reanima-ção cardiopulmonar, de preferência com administra-ção simultânea de oxigênio. Conservar a vítimaaquecida e imobilizada.

Olhos afetadosCaso a vítima use lentes de contato, removê-las. Irri-gar os olhos com grande quantidade de água por 15min. Ocasionalmente, levantar as pálpebras paraassegurar uma irrigação completa. Aplicar um curati-vo protetor seco. Chamar um médico. Requerer as-sistência médica para remover ciscos ou poeira.Em caso de ferimento por irradiação de arco elétrico,aplicar repetidamente compressas frias (de preferên-cia geladas) durante 5 a 10 min. Aplicar um curativoprotetor seco. Chamar um médico. Não esfregar osolhos. Não usar gotas ou colírio salvo se receitadospor um médico.

Irritação da pelePara os casos de contato da pele com produtos irri-tantes, molhar as regiões afetadas com grandes quan-tidades de água e depois, lavar com água e sabão.Retirar a roupa contaminada. Se as mucosas estive-rem irritadas, molhar com água. Lavar cortes e arra-nhões com água e sabão neutro. Aplicar um curativoseco e esterilizado.

QueimadurasPara queimaduras por calor, aplicar água fria numabolsa de borracha ou similar. Se a pele não estiverrompida, imergir a parte queimada em água fria lim-pa ou aplicar gelo limpo para aliviar a dor. Não furarbolhas.Enfaixar sem apertar com faixa seca e limpa.Chamar um médico.

Choques elétricosQuem prestar socorro deve primeiramente protegera si mesmo com materiais isolantes tais como luvas.Desligar o equipamento para eliminar o contato elé-trico com a vítima. Usar equipamento ou objetos iso-lantes se a pessoa que prestar socorro tiver que to-car a vítima para retirá-la. Se a vítima não estiverrespirando, praticar reanimação cardiopulmonar as-sim que o contato elétrico for removido. Chamar um

médico. Continuar com a ressuscitação cardiopul-monar até que a respiração espontânea tenha sidorestaurada ou até que o médico tenha chegado. Ad-ministrar oxigênio. Manter a vítima aquecida.

Queimaduras por eletricidadeTratar queimaduras por eletricidade como queima-duras por calor. Aplicar compressas frias ou geladas.Cobrir as feridas com curativo seco limpo. Chamarum médico.

NORMAS BRASILEIRAS RELATIVAS ÀSEGURANÇA DO TRABALHO (lista nãoexaustiva)Cor na segurança do trabalho -NBR7195 (1982)

Classificação dos equipamentos elétricos e eletrôni-cos quanto à proteção contra os choques elétricos -NBR6151 (1990)

Estabelecimento de segurança aos efeitos da correnteelétrica percorrendo o corpo humano - NBR6533 (1981)

Cabos flexíveis com cobertura para máquinas de sol-dar a arco -NBR8762 (1985)

Sistemas de proteção por extintores de incêndio -NBR12693 (1993)

Execução de sistemas de detecção e alarme de incên-dio -NBR9441 (1986)

Prevenção de acidentes em espaço confinado -NBR12246 (1992)

Níveis de ruído para conforto acústico -NBR10152(1987)

Identificação de gases em cilindros -NBR12176 (1992)

Segurança de instalações de ar comprimido -NB 222(1971)

Capacete de segurança para uso na indústria -NBR8221 (1983)

Luvas de segurança -NB 122 (1966)

Calçado de proteção -NBR12561 (1992)

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9TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM

2- TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM

A terminologia de soldagem é bastante extensa emuitas vezes os termos técnicos que utilizamos emuma região geográfica não são aplicáveis em outras.O próprio nome soldagem é adotado no Brasil,enquanto em Portugal o nome mais utilizado ésoldadura; vamos indicar alguns termos maisimportantes utilizados.

O primeiro termo a ser definido é junta – junta é aregião onde duas ou mais partes da peça são unidaspela operação de soldagem. Na figura ao ladopodemos ver alguns tipos de juntas mais comuns.

Para conseguirmos executar as soldas, na maioriadas vezes precisamos preparar aberturas ou sulcosna superfície das peças que serão unidas – estasaberturas recebem o nome de chanfro. O chanfro éprojetado em função da espessura da peça, domaterial, do processo de soldagem a ser adotado,das dimensões da peça e da facilidade de acesso àregião de solda; abaixo vemos alguns dos tipos dechanfros mais comuns em matéria de soldagem.

Abaixo vemos algumas das características dimensionais dos chanfros e das soldas de topo e filete.

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10SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM

A solda em si também possui diferentes seções ecada uma recebe um determinado nome. A zonafundida de uma solda é constituída pelo metal desolda, que normalmente é uma mistura do metal base(material da peça) e do metal de adição (metaladicionado na região de solda). Ao lado do cordãotemos uma região que tem sua estrutura epropriedades afetadas pelo calor e que denominamoszona termicamente afetada. Eventualmente podemosutilizar um suporte na parte inferior da solda, queajuda a conter o material fundido na operação desoldagem e que pode ou não ser removido após otérmino da solda, chamado de mata-junta ou decobre-junta.

A posição da peça e do eixo da solda determina aposição de soldagem; a seguir vemos as diversasposições normalmente utilizadas. Observar queexistem limites de ângulos para cada posição e quemuitas vezes não se consegue saber com exatidão aposição de soldagem exata que foi utilizada.

Figura 4 : Esquema da zona termicamente afetada.

Figura 5 : Posições de soldagem.

3- SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM

Em soldagem utilizamos uma série de números, sinaise símbolos que representam a forma do cordão desolda, processo utilizado, dimensões, acabamento,tipos de chanfro, etc.., os quais permitem maiorrapidez na confecção de projetos e evitam erros deinterpretação.

Conforme AWS A 2.4–86 temos:

LOCALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS DESOLDAGEM

a) Símbolo básico de soldagem

b) Símbolos suplementares

c) Procedimento, processo ou referência

d) Símbolo de acabamento

A, E, L, N, P, R, S – Números que representam

dimensões e outros dados

A – ângulo do chanfro

E – garganta efetiva

L – comprimento da solda

N – número de soldas por projeção ou por pontos

P – distância centro a centro de soldas intermitentes

R – abertura de raiz

S – tamanho da solda

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11SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM

Abaixo temos os tipos básicos de solda e seussímbolos:

Cada símbolo básico é uma representaçãoesquemática da seção transversal da solda emreferência. Quando o símbolo básico é colocado soba linha de referência, a solda tem que ser feita domesmo lado em que se encontra a seta; casocontrário, a solda deve ser executada do lado opostoda seta. Mais de um símbolo básico pode ser utilizadode um ou dos dois lados da linha de referência.Vários números que correspondem às dimensões ououtros dados da solda são colocados em posiçõesespecíficas em relação ao símbolo básico. O tamanhoda solda e/ou garganta efetiva são colocados àesquerda do símbolo. Em soldas em chanfro, seesses números não forem colocados, deve-sesubtender que a penetração da solda deve ser total.A abertura da raiz ou a profundidade de solda do tipo“plug” ou “slot” é colocada diretamente dentro dosímbolo básico da solda. À direita do símbolo podemser colocados o comprimento da solda e a distânciaentre os centros dos cordões, no caso de soldasintermitentes.

Os símbolos suplementares são usados em posiçõesespecíficas do símbolo de soldagem quandonecessários; existem ainda os símbolos deacabamento, que indicam o método de acabamentoda superfície da solda. Estes símbolos são:C – rebarbamentoG –esmerilhamentoM – usinagemR – laminaçãoH – martelamento

Símbolos suplementares de soldagem

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12SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM

Vários tipos de solda e seus símbolos

Exemplos de símbolos de soldas em chanfros

Exemplos de solda de filete intermitente

Exemplos de soldas de filete e simbologia

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13ELETRODO REVESTIDO

4- ELETRODO REVESTIDO (SMAW)

Arco Elétrico - Eletrodo Revestido (SMAW) é umdos mais versáteis processos de união da indústriae é extensivamente usado no mundo inteiro. Na Ín-dia aproximadamente 10% da soldagem fabricadaé feita por este processo e mesmo nos países maisavançados como Rússia, Estados Unidos, Japão eEuropa Ocidental conta com aproximadamente 60%do metal depositado por este processo. Seu usoestá decrescendo vagarosamente mas é espera-do permanecer indispensável para reparos e pe-quenos trabalhos . Uma de suas características atra-tivas é seu baixo custo inicial para uma instalaçãona indústria. Máquinas de solda para SMAW estãodisponíveis e podem ser ligadas imediatamente senecessário em cabeamento doméstica monofásica,daí sua popularidade mesmo para pequenos fabri-cantes.

4.1. EquipamentoO maior equipamento para SMAW é a máquina desolda que pode ser um transformador de tensão,um retificador de Corrente Contínua, ou um grupomotor gerador. A seleção do equipamento depen-de da provisão para investimento inicial e da faixade materiais a serem manipulados. O tamanho etipos de eletrodos que são usados e a penetraçãoe a velocidade de soldagem utilizadas determinamo suprimento necessário para o fornecimento decorrente. As máquinas de soldagem empregadaspara SMAW são quase invariavelmente do tipo C.C.já que elas servem ao melhor propósito em mantero arco elétrico não perturbado mesmo quando amão do soldador é inadvertidamente perturbadatemporariamente.Dos três tipos básicos de máquinas de soldagemcada uma tem suas vantagens. A máquina de soldade C.C., é muito versátil na soldagem de uma vari-edade de metais em qualquer espessura deseja-da. Ela permite uma operação portátil e usa demaneira eficiente uma grande variedade de eletro-dos revestidos. O transformador de soldagem temo custo inicial mais baixo bem como o mais baixocusto de operação e manutenção. Ela não tem par-tes móveis portanto sua operação é silenciosa. Amáquina de solda retificadora C.C. tem um projeto

simples e combina as vantagens de um transforma-dor de soldagem e de um conjunto de soldagemC.C (retificador).

4.1.1. Acessórios dos EquipamentosOs acessórios para os equipamentos para máqui-nas de solda incluem cabos, conectores, alicates,cabos terra. Os cabos que transportam a correnteno circuito de soldagem são bastante flexíveis esão feitos geralmente de cobre e alumínio. Essesfios são muito finos (0,2 mm de diâmetro) e paraconstituir os cabo estes fios enrolados entre 800 e2500 fios dependendo da capacidade de transpor-te de corrente do cabo. Cabos de alumínio são maisleves e pesam somente um terço dos cabos decobre, mas sua capacidade de transporte de cor-rente é menor sendo cerca de 60% em relação aoscabos de cobre.Os conectores de cabos são usados para aumen-tar o comprimento dos terminais de soldagem de-vem ter o tamanho adequado para transportar a cor-rente desejada e devem se ajustar perfeitamentepara evitar queda de tensão. Algumas vezes a sol-da fraca (Soldering) ou a soldagem forte (Brazing),ou mesmo soldagem comum são usadas paraconectar os cabos, mas os conectores mecânicossão os mais populares pois eles podem ser mon-tados ou desmontados.O alicate é geralmente encaixado no cabo de sol-da e o tamanho do cabo dependeda corrente necessária a ser transportada no circui-to de soldagem. Usualmente alicates são especifi-cados dependendo da corrente que eles devemtransportar; tendo um intervalo de 150 a 500 A. Osalicates populares têm ranhuras nas garras que fa-cilitam a fixação do eletrodo em diferentes ângulospara uma fácil manipulação.

Figura 4.1:Acessórios para SMAW, a) Conectores para cabo, b)Alça para cabo, c) Alicate, d) Grampo de fixação.

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14ELETRODO REVESTIDO

O grampo fio terra é usado para conectar o outroterminal do circuito de soldagem, as vezes parececom um alicate, mas geralmente é como um gram-po C, mas com seção espessa para evitar supera-quecimento. Ocasionalmente o grampo terra é ajus-tado à mesa de trabalho para evitar centelhamento.Entretanto ele é geralmente preso de uma formaque você possa afrouxá-lo para facilitar o seu des-monte. A figura 1 mostra os diferentes acessóriosdescritos acima.

4.1.2. Acessórios para Operação de soldagemOs acessórios essenciais do operador incluemmartelo de picar, escova de aço e máscara desoldagem para proteger o rosto. O martelo de picartem de um lado a forma de uma talhadeira e deoutro lado pontiagudo para facilitar a remoção daescória. A escova de aço é usada para remover aescória presa firmemente dos lados dos cordõesde solda. Ela é geralmente feita de peças de ara-me de aço duro embutidas num bloco de madeira.A máscara de soldagem é um acessório indispen-sável para a soldagem continua e bem sucedida.Ela não só protege os olhos do operador da altaintensidade luminosa do arco elétrico, mas tambémprotege a face dos efeitos danosos dos raiosinfravermelhos e ultravioleta que são emitidos peloarco de soldagem. A máscara de soldagem podeser segura pela mão ou presa à cabeça e pode serajustada para cima da cabeça quando for necessá-rio. A cobertura é projetada para cobrir a face inteirae a garganta. A mascara tem uma janela de tamanho12 x 5 cm que fica diretamente em frente aos olhosdurante a operação de soldagem. Na janela é mon-tado um vidro escuro de proteção capaz de filtrar99,5% da radiação danosa do arco elétrico. A sele-ção apropriada do vidro de proteção é essencial eestá baseada no processo e no material a ser sol-dado. Para a SMAW os números dos vidros de pro-teção mais populares são de 9 a 11 embora vidrosde até 14 podem ser usados com freqüência.

Figura 4.2: Acessórios do operador para SMAW.

Mesmo com o uso da máscara de solda um solda-dor pode ficar com dor na vista se ele soldar conti-nuamente por longos período, digamos de 6 a 10horas. A figura 2 mostra os diferentes acessóriosnecessários para o soldador no SMAW.

4.3. Circuito de SoldagemUm circuito elétrico genérico para SMAW está mos-trado na figura 3.

Figura 4.3: Diagrama do circuito para SMAW.

4.4. Operação em SMAWUma vez que as conexões elétricas estão feitas eo eletrodo revestido está preso no alicate e o siste-ma está pronto para operar. Os únicos ajustes ne-cessários antes de iniciar o arco são os valores detensão de circuito aberto (TCA) e a corrente desoldagem. Num transformador de soldagem usual-mente duas colocações para TCA são feitas e sãode 80 e 100 volts. Um retificador ou um gerador desoldagem a TCA pode variar numa faixa em degrausde 3 a 6 volts que não precisam necessariamenteserem regulares. A colocação da TCA para uma fonteCC é usualmente 10 a 20% menor que para um trans-formador de solda da mesma faixa de corrente. ATCA é selecionada dependendo do tipo de reves-timento utilizado. Os valores de corrente estão usu-almente disponíveis em degraus de 5 a 10 A e ne-cessitam ser ajustados dependendo do diâmetroda alma do eletrodo. A tabela 4.1 dá a faixa de ajus-te da corrente para diferentes diâmetros de eletro-do revestido usado para soldagem em aços debaixo carbono.TABELA 4.1: Fonte de corrente para eletrodorevestido para aço doce do tipo rutílico.

)mm(odorteleodortemâiD )A(etnerrocedalacsE

0.2 07-045.2 001-0651.3 041-09

0.4 002-0410.5 022-0613-6 023-042

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15ELETRODO REVESTIDO

Depois de ajustar a TCA e a corrente de soldagema outra medida necessária é prever a proteção aosolhos antes de iniciar o arco no começo dasoldagem.

4.4.1. Inicializando o Arco ElétricoPara iniciar um arco é necessário ionizar um pe-queno ponto onde a soldagem está prestes a co-meçar. Isto é particularmente verdade quando omaterial de base e o eletrodo estão frios.Dois métodos são normalmente utilizados para ris-car um arco em SMAW. Estes são conhecidos comométodos “tocar e retirar” e “arrastar”. No método “to-car e retirar”, o eletrodo toca o material base noponto desejado e é rapidamente retirado para umadistância de 3 a 4 mm. Qualquer atraso de tempocausará um curto circuito causando fusão entre oeletrodo e o material base, isso geralmente acon-tece com os novatos. Não é possível riscar um arcona primeira tentativa e portanto o procedimento podeser repetido duas, três ou mais vezes para iniciarum arco satisfatoriamente.

Figura 4.10: Método de abrir um arco em SMAW.

No caso do método de “arraste” para iniciar um arco,o eletrodo é riscado contra a peça de trabalho numponto desejado e isto ajuda na ionização de umpequeno volume de espaço em volta do ponto etambém alguns vapores de metal são liberados.Estas condições ajudam na abertura do arco, masé mais fácil e geralmente adotado pelos novatos,enquanto que o método de “tocar e retirar” dá umapartida de solda limpa e é preferido pelos soldado-res mais experientes. Ambos os métodos de inici-ação do arco são mostrados na figura 4.10 .Tendo iniciado um arco estável para se conseguiruma boa soldagem SMAW é necessário controlaro comprimento de arco. Na soldagem SMAW os

melhores resultados são conseguidos com com-primento de arco de 2 a 4 mm alternativamente elepode ser determinado pela relação:

L = (0,5 - 1,1) d (eq.4.1)

Onde L é o comprimento do arco e d é o diâmetrodo eletrodo.Em SMAW são inevitáveis pequenos movimentosna mão do soldador e a conseqüente mudanças nocomprimento do arco. Isto leva à mudança na taxade fusão do eletrodo e portanto pode afetar a con-sistência do cordão de solda. Para evitar qualquerflutuação na taxa de fusão a máquina de soldagemque melhor se ajusta para este propósito é a deC.C..Uma vez que um arco estável é estabelecido elepermanece estável até que o eletrodo esteja con-sumido ou o trabalho terminado. Entretanto em tem-pos o arco elétrico pode se extinguir devido a ou-tras razões com interrupção de energia da fonte.Nestes casos o arco tem que ser reiniciado no pontode interrupção ou em outro ponto no material base.

4.4.2. Reacendendo o Arco ElétricoReacender um arco com o eletrodo semi aquecidoe com material base quente é comparativamentefácil já que a emissão eletrônica está facilitada pelaalta temperatura do eletrodo / material de base. An-tes de tentar reacender o arco é essencial retirarcompletamente a escória do cordão de solda pertoda cratera usando o martelo de picar. O ponto deveentão ser limpo com ajuda de uma escova de aço.

Figura 4.11: Reacendendo um arco interrompido.

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16ELETRODO REVESTIDO

O reacendimento do arco deve sempre ser tentadonum ponto de 15 a 25 mm à frente da cratera e àfrente do cordão de solda. Uma vez que um arcoestável foi estabelecido ele é movido em direção àcratera da solda onde é mantido momentaneamen-te a encher a cratera e depois rapidamente se movena direção desejada para encontrar a solda comomostrado na figura 11 .O reacendimento do arco na frente da cratera é fei-to para evitar aprisionamento de escória no metalde solda.É geralmente observado que o cordão de solda setorna largo e alto no ponto de reabertura, e isto acon-tece devido a uma sobresoldagem da cratera. Istodeve ser evitado o tanto quanto possível, porquenão é só má aparência mas também fonte de defei-to de solda como aprisionamento de escória,porosidade e trincas.

5. Fusão do Metal e Penetração da SoldaPara fazer uma boa soldagem é essencial que umafusão apropriada seja obtida entre o metal base e odepositado pelo eletrodo. Para se conseguir isto asuperfície do material base deve ser completamentefundida de modo a formar uma cratera de arco deprofundidade suficiente, de outra forma resultará umacratera rasa. Neste último caso as gotas do metalvindas do eletrodo não estarão em condições dese fundir com o material base. Estas gotas, se de-positadas no metal base, apenas assentarão nasuperfície sem qualquer fusão. A soldagem resul-tante será apenas uma camuflagem.Para obter uma boa solda, a profundidade de pe-netração não pode ser menor que 1.5 a 2 mm. EmSMAW, dependendo da corrente de solda, a pene-tração usualmente varia entre 1.5 a 5 mm. Uma esti-mativa da penetração pode ser feita ao observar-se a profundidade da cratera. Se durante asoldagem o arco for repentinamente extinguido eledeixa para trás uma cratera de solda no materialbase que quando solidificada tem o mesmo tama-nho que aquela durante a presença do arco. A pe-netração normalmente se estende de 1 a 2 mm abai-xo da superfície da cratera.A profundidade da penetração depende do caloradicionado no material base por unidade de tem-po, e portanto depende da corrente de soldagem.

Uma seção reta de uma chapa com vários cordõesde solda depositados, com varias correntes podemmostrar a influência da corrente de soldagem na pro-fundidade da penetração.

Figura 12 - Efeito da corrente de soldagem na penetraçãodo cordão.

A figura 12 mostra a seção reta de três cordões desolda. O cordão A foi depositado com uma correntemuito baixa, o cordão B com uma corrente desoldagem apropriada e o cordão C com excessode corrente. Devido à corrente de soldagem insufi-ciente na deposição do cordão A, surgiu falta depenetração; de fato o cordão dificilmente tem algu-ma dificuldade de penetração. O metal vindo doeletrodo apenas se fundiu na superfície do materialbase. As bordas da solda são redondas, caindoabruptamente no material base provendo um per-feito entalhe, portanto formando pontos de concen-trações de tensão. Esse tipo de solda apresentabaixa resistência e um cordão como este pode sedestacar completamente da superfície do materialbase com impacto de uma talhadeira.A borda do cordão B imerge suavemente no mate-rial base. O material base foi apropriadamente fun-dido e uma mistura adequada do metal de solda doeletrodo e do material base dão uma boa penetra-ção de configuração desejada.O uso de uma corrente excessiva para depositar ocordão C resultou numa força excessiva no arco, acratera não se encheu com o metal fundido do ele-trodo. Isto resultou em mordedura nas bordas docordão de solda que reduziu a espessura do mate-rial base e consequentemente reduziu a resistên-cia da solda e também proveu pontos de concen-tração de tensão. Estes pontos são especialmenteperigosos no caso de fadiga e carga de impacto.Para controlar a penetração escolhemos uma cor-rente de soldagem de acordo com o diâmetro etipo de eletrodo. Entretanto para soldagem planapara juntas de topo em aço baixo carbono a corren-te de soldagem pode ser determinada grosseira-

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17ELETRODO REVESTIDO

mente através das seguintes relações:I = (40 - 60) .d (eq.4.2)I = (20 + 6d).d (eq.4.3)

Onde I é a corrente de solda em ampères e d é odiâmetro do eletrodo em mm.

A corrente de soldagem necessária para o eletro-do com revestimento fino é mais baixa que aquelaspara eletrodos com revestimento espesso. A cor-rente ótima para um dado eletrodo e material basepode ser achada por tentativa e erro, ao depositar-se um número de cordões, usando-se as equações4.2 e 4.3 . A cratera do arco e a aparência do cor-dão podem prover uma referência adequada parao ajuste da corrente apropriada. Altas correntes sãonecessárias para seções espessas e tamanho deeletrodo grande para se obter a penetração dese-jada, devido às espessas seções agirem como efi-cientes sorvedouros de calor.Primeiramente um tamanho de eletrodo para umadada espessura de chapa deve ser escolhido eentão combina-se com eles a corrente desoldagem. A tabela 2 dá a guia para escolha dediâmetros de eletrodos para soldagens em juntasde topo em chapas de aço.

TABELA 4.2: Seleção de diâmetros de eletrodo parajuntas de topo em chapas de aço.

,lateModarussepsEmm

,odortelEodortemâiDmm

5.1-5.0 3-5.13-5.1 51.3-2

5-3 4-51.38-5 5-4

21-8 3.6-4amicae02-21 3.6-5

Em solda múltiplos passes, a primeira corrida deveser feita com eletrodos não mais do que 2 a 3,15mm de diâmetro. Para soldagem sobre cabeçavertical o eletrodo deve ter o diâmetro máximo de4 mm. Eletrodos de 5 mm de diâmetro podem serusados na soldagem plana particularmente nos cor-dões de enchimento e acabamento.A despeito da alta taxa de produção encontrada emeletrodos de 6,3 mm de diâmetro não é recomen-dado usar esses eletrodos exceto para chapas lon-gas e largas em soldagem plana, de outra forma a

poça de fusão se torna muito grande, de difícil ma-nipulação com pobre qualidade de solda como re-sultado.

4.6. Movimentação dos EletrodosA largura do cordão de solda formado sob condi-ções normais de soldagem em SMAW está entre1,5 a 2,5 vezes o diâmetro do eletrodo; com boapenetração e passagem suave do metal deposita-do na superfície do material base. Para conseguiristo o comprimento do arco é mantido tão curto quan-to possível sem que o eletrodo cole no metal basedando ao eletrodo três tipos de movimentação si-multaneamente. Uma movimentação alimentação(mergulho) contínua e uniforme do eletrodo em di-reção à poça de fusão, o segundo movimento é oavanço (translação) do arco ao longo da junta e oterceiro movimento é a oscilação lateral ou movi-mentação de tecimento através do arco. Todos es-ses três movimentos estão mostrados na figura 4.13.

Figura 4.13: As três movimentações do eletrodo durantea soldagem.

Quando o arco avança sem oscilação (tecimento)lateral o comprimento do cordão é usualmente 1 a2 mm a mais que o diâmetro do eletrodo. O cordãoassim obtido é chamado de cordão filetado.A movimentação trançada (tecimento) durante a sol-da é usado quando é necessário um cordão espa-lhado ou trançado. Cordões trançados são normal-mente usados quando são feitas soldas de topo ede ângulo.O trançamento (tecimento) pode ser feito em váriospadrões dependendo do tipo de solda, da prepa-ração da junta e da habilidade do soldador. A figura4.14 mostra diferentes padrões de trançamento quesão usados pelos soldadores para produzir boassoldas. As soldas mostradas na figura 4.14 (A e I)são as mais usadas em soldagens de topo.

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18ELETRODO REVESTIDO

Os padrões de trançamento para soldas de ângulodados na figura 4.14 (D e G) são os mais apropria-dos.

Figura 4.14: Padrões de movimentação de eletro-do.

Os padrões (a) e (e) são usados onde mais calor énecessário ser aplicado em ambos os lados da jun-ta; o padrão (b) é particularmente adequado parachapa grossa. O padrão (f) é particularmente ade-quado quando mais calor deve ser aplicado a umaborda enquanto os padrões (g) e (h) são úteis quan-do o calor deve ser aplicado no meio da solda.Para termos um cordão consistente é essencial queo balanço do movimento de trançagem seja manti-do constante. Podemos obter uma solda correta,bem penetrada, sadia e de alta qualidade somentese os movimentos do soldador forem bem contro-lados em todas as três direções e só se consegueisso através da prática e experiência.

4.7. Posições de SoldagemDependendo da posição durante a soldagem, assoldas são classificadas em quatro grupos básicos,isto é, solda plana, horizontal, vertical e sobre ca-beça.De acordo com as normas internacionais a soldagemplana é a solda em qualquer direção em uma su-perfície horizontal, uma solda horizontal é uma cor-rida horizontal em uma superfície vertical, uma sol-da vertical é aquela que é feita verticalmente emuma superfície horizontal e uma solda sobre cabe-ça é aquela depositada acima da cabeça do solda-dor. Todas essas posições de soldagem estãomostradas na figura 4.15.

Figura 4.15 - Diferentes posições de soldagem, a) Plana, b)Horizontal, c) Vertical,d) Sobre-cabeça

4.7.1. Soldagem PlanaA soldagem plana é a posição de soldagem maisutilizada. De fato a soldagem que não é feita nestaposição é dita como soldagem fora de posição.Esta posição é a mais popular, pois requer menoshabilidade para se produzir boa solda com a máxi-ma penetração. Não há perigo do metal fundido es-correr para fora da poça de fusão. É também con-veniente observar o progresso da soldagem nes-sa posição. A maioria das soldagens em galpãosão feitas na posição plana. Dispositivos bem ela-borados chamados posicionadores são emprega-dos para girar as peças e trazê-las para a posiçãode soldagem plana.

Figura 4.16: Técnicas de soldagem SMAW na posição pla-na, a) Eletrodo reto, b)Eletrodo inclinado

Não há regra definida para o ângulo ao qual o ele-trodo deve ser mantido entretanto é mantido usual-mente a 90 graus em relação ao material de basecom eletrodo inclinado de 10 a 25 graus na posiçãode soldagem conforme mostra a figura 4.16 . A se-leção deste ângulo depende dos ajustes de ten-são e corrente na máquina de solda, e da espessu-ra do material base. O típico movimento do eletro-do na posição plana são ambos os movimentoscordão reto ou cordão trançado conforme mostra-do na figura 4.16 c.Soldagem plana é usada principalmente para sol-das de ângulo, de topo e soldas de revestimento.

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19ELETRODO REVESTIDO

4.7.1.1. Soldagem Plana para Juntas de TopoSoldagem de topo quadrada é empregada paraespessura de chapa de até 5 mm e o espaçamentode chapas é mantido de 2 a 4 mm.Um cordão levemente espalhado com boa fusãodas faces é depositado ao longo das juntas e aaltura do reforço é limitado ao máximo de 2 mm. Seuma corrida de selagem for necessário ser deposi-tado então o trabalho é interrompido o excesso demetal é esmerilhado e a junta completamente limpacom escova de aço antes da soldagem.Em uma união em V simples com chapa de 6 a 8mm de espessura, pode ser depositado apenasum cordão simples de solda. Para se conseguirpenetração completa é essencial ter fusão total dasfaces do chanfro. O arco deve ser começado noponto “S” perto da borda do chanfro e então movi-do para dentro deste de forma a obter uma boapenetração de raiz da solda. O caminho da soldagemé mostrado na figura 4.17 seguindo as setas.

Figura 4.17: Movimentos do eletrodo numa junta de topo Vsimples.

Para conseguir uma boa penetração na face dochanfro é essencial manter um movimento lento euniforme durante a soldagem. Entretanto, enquantose movimenta de uma face do chanfro à outra, énecessário agilizar a soldagem para evitar queimaro material durante a solda.Para espessuras de chapa maior que 8 mm é ne-cessário ter mais que uma corrida de solda. O pri-meiro ou passe de raiz deposita metal até uma altu-ra de 4 a 5 mm com eletrodo de 3,15 a 4 mm dediâmetro. Depois de limpar o passe de raiz, o pró-ximo cordão de solda é feito com eletrodo de 4 a 5mm de diâmetro. A área da seção transversal, F, docordão a ser depositado está usualmente relacio-nada com o diâmetro do eletrodo utilizado.A figura recomendada para a área da seção trans-versal do passe de raiz é dado pela relação,

Fr = (6 a 8) .d (eq.4.4)

Para os passes subsequentes a magnitude da áreada seção reta pode ser determinada pelo uso daseguinte equação,

Fs = (8 a 12).d (eq.4.5)Onde d é o diâmetro do eletrodo em milímetros.

Figura 4.18: Soldagem de topo ou soldagem múltiplos pas-ses.

Em soldagem de múltiplos passes é essencial lim-par a escória e os salpicos antes de fazer os pas-ses subsequentes e uma boa penetração das fa-ces do chanfro como mostra a figura 4.18. Após oenchimento do chanfro V o passe de acabamento“ou passe cosmético” é feito para dar uma boa euniforme aparência com apropriado reforço. Parafazer um passe de selagem o trabalho é parado, ometal de solda é esmerilhado de modo manual oucom uma talhadeira pneumática; limpa com uma es-cova de aço e um cordão de selagem é deposita-do. Quando a solda não for acessível pelo lado re-verso é imperativo selá-la completamente enquan-to se deposita o passe de raiz.O procedimento de preparação de juntas comchanfros duplo V é o mesmo que os para simplesV, entretanto, o trabalho tem que ser parado umnúmero de vezes dependendo da quantidade decorridas se o lado reverso tiver que ser soldado naposição plana.A preparação de borda duplo V é aplicável às cha-pas com espessura acima de 12 mm. O chanfro V éenchido com solda múltiplos passes em ambos oslados, sendo que o número de corridas dependeda espessura da chapa.

4.7.1.2. Solda Ângulo na Posição PlanaAs soldas de ângulo são feitas na posição planaque às vezes são conhecida como solda de posi-ção horizontal. Uma peça é posicionada horizontal-mente e a outra perpendicularmente a ela; a soldaé depositada na interseção das duas partes - emum lado ou em ambos os lados. Soldas de ânguloapresentam geralmente pouca penetração na raizda solda e pouca fusão em uma superfície. Nasoldagem de ângulo o eletrodo, é igualmente incli-

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nado em relação às superfícies horizontal e verti-cal. Este ângulo, entretanto, pode variar de forma adistribuir o calor nas duas superfícies conforme mos-tra a figura 4.19 .

Figura 4.19: Ângulos do eletrodo em soldas de ângulo.

Figura 4.20: Movimentação do eletrodo em soldas de ân-gulo, (a) Movimento do eletrodo para um único passo, (b,c)movimento do eletrodo para passo de enchimento paramúltiplos passos.

Semelhante às soldas de topo, as soldas deângulo podem ser feitas com passes simplesou múltiplos. Solda de ângulo com compri-mento de perna de até 8 mm são usualmen-te feitas em passe simples. Para iniciar asoldagem de ângulo o arco é riscado na su-perfície horizontal a uma distância igual aperna do ângulo mais 3 a 4 mm, digamos aum ponto S e o eletrodo então segue o cami-nho indicado pelas setas na figura 4.20 (a).A solda não deve começar na peça verticalou no canto, já que isto usualmente faz comque material de base não seja fundido e apa-recerá falta de fusão na raiz.Quando se faz uma solda de ângulo múlti-plos passes o primeiro passe é feito com ele-trodo de 3,15 mm a 4 mm de diâmetro sem

oscilação o que assegura boa penetraçãona raiz da solda. Para os passessubsequentes o eletrodo é movimentado nospadrões mostrados na figura 4.20 (b) e (c).

4.7.1.3. Soldagem de EnchimentoA soldagem de enchimento consiste em su-cessivas camadas superpostas de cordão desolda. È usada na recomposição de peçasquebradas ou desgastadas, no reparo dedefeitos de usinagem ou para fazerprotuberâncias localizadas numa peça, epara enchimento de grandes cavidadesquando seções espessas são soldadas. De-pendendo do espaço a ser enchido umasoldagem de enchimento pode ser feita emcamadas simples ou camadas múltiplas.

Figura 4.21 Cordões depositados numa soldagem de en-chimento.

Para depositar uma solda de enchimento asuperfície é completamente limpa antes dedepositar o primeiro cordão na borda da su-perfície usando cordão estreito ou levemen-te espalhado. Isto é seguido pelos passessubsequentes cuidadosamente estudadospara se conseguir uma completa união en-tre o material base e as corridas preceden-tes como mostrado na figura 4.21. Se os doiscordões de enchimento adjacentes são se-parados por uma depressão figura 4.21 (b) -então o enchimento não será contínuo e por-tanto pode ser insatisfatório. Antes de se de-positar o próximo cordão, os cordões já de-positados devem ser completamente livres deescoria com ajuda de talhadeira e de uma

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escova de aço. No enchimento de múltiplascamadas cada conjunto de cordões de sol-da que formam uma camada devem ser com-pletamente limpos antes de depositar a pró-xima camada. Cuidado deve ser tomado nalimpeza de cordões depositados com eletro-dos que tenham enchimento espesso já queeles produzem mais escória que permane-cem grudados nas depressões e nas mor-deduras. Depois de completar uma camadade cordão de enchimento a próxima cama-da de cordões deve ser depositada atravésda primeira camada para produzir um padrãotransversal.

4.7.2. Soldagem HorizontalA taxa de metal depositado na soldagem ho-rizontal é parecida com depositada nasoldagem plana, portanto ela é muito usada.Esta posição de soldagem é encontradamais comumente na soldagem de vasos depressão e reservatórios. A preparação daborda é usualmente de chanfro simples. Paraevitar que o metal escorra pela borda inferiorda chapa, a mesma não é chanfrada. Pelamesma razão a iniciação do arco é feita naborda horizontal da chapa inferior e entãomovido para a face chanfrada enquanto mo-vimenta o eletrodo para trás conforme mos-trado nas posições 1, 2 e 3 na figura 4.22.Em chapas mais grossas do que 8 mm assoldas são depositadas em múltiplos passes.Os movimentos preferidos para os eletrodosna soldagem horizontal são as do tipo C, J,O e trançado. O ângulo do eletrodo com ahorizontal está entre 5 e 25 graus com a pontado eletrodo apontada para cima para redu-zir efeito da gravidade no metal fundido, e ainclinação da direção de soldagem é de 10a 25 graus conforme mostrado na figura 4.23.

Figura 4.22: Posições de eletrodos e movimentos nasoldagem horizontal.

Figura 4.23: Inclinações de eletrodo na soldagem horizon-tal.

O escorrimento da poça de fusão pode ser evitadamantendo-se o comprimento de arco curto e umrápido movimento de eletrodo maior que na posi-ção plana. O rápido movimento de eletrodo ajudano rápido resfriamento do metal depositado e issodiminui a chance da poça de fusão cair. Umasoldagem horizontal imprópria leva a mordedurase superposições conforme mostrado na figura 4.24.

Figura 4.24: Soldagem horizontal inadequada.

4.7.3. Soldagem VerticalSoldagem vertical tem duas variantes exemplo:vertical ascendente e vertical descendente. Asoldagem vertical ascendente devido ao fato queela permite que o calor penetre profundamente re-sultando em penetrações profundas da solda. Ela

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também produz soldas mais fortes e portanto é apreferida quando a maior consideração é a resis-tência. A soldagem vertical descendente é usadanas operações de selagem e soldagem de chapasfinas.

Figura 4.25: Inclinação do eletrodo na soldagem vertical.

Soldas verticais de topo com preparação de bordaV simples ou duplo V, bem como soldagens verti-cais de ângulo são feitas do mesmo jeito que assoldas planas. Na soldagem vertical é boa práticanão usar eletrodos maiores que 4 mm de diâmetrojá que com eletrodos com diâmetro maior é maisdifícil evitar que a poça de fusão escorra para bai-xo. Para se opor à força da gravidade o eletrodo éinclinado para baixo de um ângulo de 10 a 20 graus,como mostra a figura 4.25 . Isto obviamente tornamais fácil o acesso ao progresso da soldagem naposição vertical ascendente.Soldagem vertical é simplesmente a deposição deuma poça de solda diretamente sobre a próximapoça que é melhor conseguida no modo curto-cir-cuito como transferência de metal, portanto, é im-perativo manter o comprimento de arco bem curto.Os movimentos típicos de eletrodo são o oval, o Ccom oscilação nos terminais do C, ou movimentotrançado. Os maiores movimentos a serem evita-dos no movimento dos eletrodos são: a extinçãodo arco, a perda da coluna do arco e oreacendimento sem limpeza do material de solda.Os movimentos oscilatórios que são usados nasoldagem vertical ascendente podem também seraplicados na soldagem vertical descendente. Omaior problema na soldagem vertical descendenteé o fato que a escória geralmente corre na frente dapoça de fusão e nela fica aprisiona. Isto tambémresulta em pouca penetração. A soldagem verticaldescendente deve, entretanto, dever ser evitadaquando objetivo principal é a resistência da solda.Em soldagem vertical múltiplos passes é comumdepositar-se o passo de raiz por soldagem vertical

descendente seguido da soldagem vertical ascen-dente para os passos subsequentes.Soldagem é extensivamente usada na soldagemde tanques de armazenamento, tubulações e re-servatórios.

Figura 4.26: Transferência de metal na soldagem sobre ca-beça

4.7.4. Soldagem Sobre CabeçaA soldagem sobre cabeça não é somente a maisdifícil de se conseguir devido a poça de fusão es-tar na posição de cabeça para baixo e o metal ten-de constantemente a cair mas também a mais peri-gosa devido ao centelhamento e aos respingos.Para uma soldagem sobre cabeça bem sucedida éentretanto essencial usar um arco muito curto nomodo de transferência de metal curto-circuito con-forme mostrado na figura 4.26. Para manter a poçade solda pequena, os eletrodos empregados nasoldagem sobre cabeça não tem mais que 3,15 mmde diâmetro. O eletrodo deve ser movimentado de10 a 25 graus na direção da solda com rápida mani-pulação do eletrodo para provocar uma rápidasolidificação do metal depositado. Os movimentosdo eletrodo comumente utilizados na soldagemsobre cabeça incluem oval, trançado e zig-zag con-forme mostra a figura 4.27.

Figura 4.27: Movimentos típicos de eletrodo na soldagemsobre cabeça

É uma boa prática usar eletrodos com revestimentobásico na soldagem sobre cabeça. Este tipo derevestimento se funde a uma taxa mais baixa doque a alma do eletrodo e portanto provê uma bar-reira protetora ao metal fundido a ser projetado napoça de fusão; isto também resulta em menos sal-pico. A corrente usada na soldagem sobre cabeçaé 20 a 25% mais baixa do que na soldagem plana.Também é recomendado que o soldador deva jo-

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gar o cabo do eletrodo sobre seus ombros paraevitar a puxada para baixo do peso do cabo. Istotambém reduz a fadiga do braço e da mão já quedesta forma o peso do cabo está suportado pelosombros.

4.8.Fontes de energia para soldagem a arcoA corrente que alimenta o arco elétrico provem deuma fonte geradora, podendo ser corrente contínuaou corrente alternada. Os aparelhos que servem defonte dividem-se em três categorias:· Máquinas de corrente contínua: grupos rotativos,

grupos eletrógenos, retificadores.· Máquinas de corrente alternada: transformadores

e conversores de freqüência.· Máquinas mistas: transformadores/retificadores.

4.8.1.Vantagens da corrente Alternadaa. A corrente alternada não é sensível ao fenômeno

do sopro magnético (fenômeno do desvio doarco devido a campos magnéticos queatravessam a peça).

b. Maior velocidade de solda (devidopossivelmente à inversão do sentido da correntea todo instante).

c. As máquinas de soldagem em correntealternada são de menor tamanho, custo e pesoque as de corrente contínua, além de exigiremmenor manutenção.

d. Maior refinamento no metal depositado, devidoagitação do banho de fusão.

4.8.2.Vantagens da corrente Contínuaa. Permite utilização de eletrodo com elementos

pouco ionizantes no revestimento. Melhor usode eletrodos para ferro fundidos e açosinoxidáveis.

b. Mais recomendada para a soldagem de chapasfinas e soldagem fora da posição.

c. A mudança de polaridade permite modificarcertas características do depósito, como porexemplo a penetração.

d. A corrente contínua é independente de circuitoselétricos, pois pode ser gerada pelos gruposeletrógenos.

4.9.Funções do revestimento do eletrodoOs eletrodos revestidos são constituídos por umaalma metálica cercada por um revestimentocomposto de matérias orgânicas e ou minerais dedosagem bem definida.Os vários materiais que compõe o revestimentoentram na forma de pó, com exceção doaglomerante que é geralmente silicato de sódio oupotássio. O revestimento é composto por elementosde liga e desoxidantes tais como ferro cromo, ferromanganês, etc.., estabilizadores de arcoformadores de escória e materiais fundentes(asbesto, feldspato, ilmenita, óxido de ferro, mica,talco, rutilo, etc..) e materiais que formam umaatmosfera protetora (dolomita, carbonato de ferro,celulose, etc..).A princípio, as funções básicas do revestimento são:a. Proteger o arco contra o Oxigênio e Nitrogênio

do ar, através dos gases gerados peladecomposição do revestimento em altatemperatura.

b. Reduzir a velocidade de solidificação, protegercontra a ação da atmosfera e permitir adesgazeificação do metal de solda através daescória.

c. Facilitar a abertura e estabilizar o arco.d. Introduzir elementos de liga no material

depositado e desoxidar o metal de solda.e. Facilitar a soldagem nas diversas posições de

trabalho.f. Servir de guia às gotas em fusão em direção

ao banho.g. Constituir-se em isolante elétrico na soldagem

em chanfros estreitos ou de difícil acesso.

4.9.1.Tipos de RevestimentoEm função de sua formulação e do caráter daescória, os revestimentos dos eletrodos podem serclassificados em diferentes tipos. Essa classificaçãovaria bastante, de acordo com os diferentes autorese da norma utilizada; utilizaremos a classificação dostipos de revestimento abaixo:

- revestimento oxidante: são os eletrodos quecontém no revestimento uma grande quantidadede óxido de ferro, com ou sem óxido demanganês, dando uma escória oxidante,abundante e que se remove com facilidade, e

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um metal depositado com baixa penetração ebaixas propriedades mecânicas; hoje em diaeste tipo de eletrodo já está superados peloseletrodos rutílicos.

- revestimento básico: estes eletrodos tem umrevestimento com altas quantidades decarbonato de cálcio, que lhe confere umaescória de caráter básico, pouco abundante ede rápida solidificação. A penetração é média,porém o metal depositado é de elevada pureza,com baixo teor de Enxofre e com valores baixosde Hidrogênio ( causadores de trincas desolidificação e de trincas a frio respectivamente),apresentando ainda elevada resistênciamecânica e resistência à fadiga. O grandeperigo para este tipo de eletrodo é sua altahigroscopicidade, que poderá ocasionarporosidade e trincamento no cordão no casode umidade, exigindo portanto grande cuidadona armazenagem.

- revestimento ácido: o revestimento é a basede óxido de ferro e óxido de manganês ou detitânio ou de silício. A escória é de caráter ácido,abundante, leve e que se destaca comfacilidade; a penetração é razoavelmente boa,a taxa de fusão é elevada, o que limita portantoa posição de soldagem à condição de plana ehorizontal. É necessário que o metal de basetenha baixo teor de Carbono e impurezas a fimde evitar trincamento de solidificação.

- revestimento rutílico: são eletrodos com grandequantidade de rutilo (TiO2) no revestimento,gerando uma escória abundante, leve e de fácilremoção. A taxa de deposição é elevada, oeletrodo é soldável em todas as posições e apenetração é media; as propriedadesmecânicas do metal depositado são boas,porém são exigidos os mesmos cuidados queos eletrodos de revestimento ácido no que dizrespeito ao metal base.

- revestimento celulósico: estes eletrodospossuem revestimento com alto teor demateriais orgânicos combustíveis, os quaisgeram um invólucro de gases protetores quandose decompõem no arco. A escória é poucoabundante, de média dificuldade de remoção,porém o arco é de alta penetração, que é suacaracterística mais importante. O cordão de solda

possui um aspecto bastante medíocre e a perdapor respingo é elevada, porém as propriedadesmecânicas são bastante boas, com o eletrodoapresentando soldabilidade em todas asposições.

Obs.: É muito comum a utilização de pó de ferroincorporados aos diversos tipos de revestimento,objetivando um aumento no rendimento de metaldepositado em relação ao tempo de soldagem. Istopermite um aumento na taxa de deposição doeletrodo, ao mesmo tempo que permite um aumentona corrente de soldagem, pois a adição de pó deferro torna o revestimento mais resistente à açãodo calor; ao mesmo tempo isto dificulta a soldagemfora da posição plana, devido ao maior volume delíquido desenvolvido na poça de fusão.

4.10.Classificação dos eletrodos revestidosconforme AWSOs eletrodos são classificados com base naspropriedades mecânicas e na composição químicado metal depositado, no tipo de revestimento,posição de soldagem e tipo de corrente. Aclassificação da AWS (American Welding Society)utiliza uma série de números e letras que fornecemvárias informações a respeito do eletrodo, conformeprocedimento abaixo.Para os eletrodos de aço carbono e aços de baixaliga, a classificação utiliza 4 ou 5 algarismosprecedidos da letra E, onde E significa eletrodo.Os primeiros dois (ou três) algarismos se referem àtração mínima exigida e é dado em mil libras porpolegada quadrada (ksi). O terceiro (ou quarto)algarismo se refere à posição de soldagem, e opróximo algarismo, que é o último para os eletrodosde aço carbono indica o tipo de revestimento,corrente e polaridade.Para os aços de baixa liga, a classificação AWScoloca após o último algarismo um hífen, seguidode um conjunto de letras e números, indicandoclasses de composição química, relativas aosdiversos tipos de ligas.

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ÚLTIMO ALGARISMOEletrodo Tipo de Revestimento CorrenteEXXX10 Celulósico (Sódio) CC+EXXX20 Ácido CC-EXXXX1 Celulósico (Potássio) CC+,CAEXXXX2 Rutílico (Sódio) CC-,CAEXXXX3 Rutílico (Potássio) CC+,CC-,CAEXXXX4 Rutílico (Pó de Ferro) CC+,CC-,CAEXXXX5 Básico (Sódio) CC+EXXXX6 Básico (Potássio) CC+,CAEXXXX7 Ácido (Pó de Ferro) CC-,CAEXXXX8 Básico (Pó de Ferro) CC+,CA

PENÚLTIMO ALGARISMOPOSIÇÕES DE SOLDAGEM1- Todas2- Plana e horizontal3- Plana

CÓDIGOS DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA (válido paraaços ligas):

Códigos SignificadoA1 Eletrodo de aço carbono-molibidênio (0.40-

0.65% Mo)B1 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (0.40-

0.65% Cr e Mo)B2 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (1.00-

1.50% Cr e 0.4-0.65 Mo)B2L Idem ao acima, com baixo teor de Carbono

(0.005%)B3 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (2.5%

Cr e 1% Mo)B4L Eletrodo de aço cromo-molibidênio (2.25%

Cr e 0.65 Mo, baixo Carbono)B5 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (0.6%

Cr e 1.25% Mo, traços V)C1 Eletrodo de aço Níquel (2.00-2.75% Ni)C2 Eletrodo de aço Níquel (3.00-3.75% Ni)C3 Eletrodo de aço Níquel (1.10% Ni, Cr<0.15%,

Mo<0.35%, V<0.05%)

D1 Eletrodo de aço manganês-molibidênio(1.75% Mn e 0.45% Mo)

D2 Eletrodo de aço manganês-molibidênio(2.00% Mn e 0.45% Mo)

G Outros tipos de eletrodos de aço baixa ligaM Especificações militares americanas

ESPECIFICAÇÕES MAIS IMPORTANTESAWS A 5.1- Eletrodos revestidos para soldagem deaço carbonoAWS A 5.5- Eletrodos revestidos para soldagem deaço carbono e baixa ligaAWS A 5.4- Eletrodos revestidos para soldagem deaço inoxidávelAWS A 5.6- Eletrodos revestidos para soldagem decobre e suas ligasAWS A 5.11- Eletrodos revestidos para soldagemde Níquel e suas ligasAWS A 5.13- Eletrodos e varetas para revestimentopor soldagem