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www.asbeiras.pt SÁBADO | DOMINGO 24.25 mar.2012 edição n. 5590 0,70 (iva incluído) diretor: Agostinho Franklin subdiretora: Eduarda Macário a dar voz à região Centro anos 35415 PRIMEIRA ani II.indd 1 23-03-2012 16:12:26

Segunda edicao 18 anos

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Edição de 24 e 25 de março de 2012 que assinalou pela segunda vez os 18 anos do Diário as Beiras

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pt SÁBADO | DOMINGO24.25 mar.2012

edição n. 5590

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aberturaO DIÁRIO AS BEIRAS termina, com esta

edição, a celebração do seu 18.º aniversá-rio, realizando em simultâneo uma Gala de atribuição de prémios a fi guras que se des-tacaram, em 2011, nos mais diversos planos.

Esta edição complementa este objetivo, evidenciando as pessoas que, nos 18 anos de vida do jornal, contribuíram para o de-senvolvimento e afirmação de Coimbra e da região Centro.

Esta é uma seleção que, como todas, não é completa, mas que procura ser demonstra-tiva de que a nossa região tem um conjunto de recursos humanos válidos, ao nível do

que de melhor se faz na Europa e no mundo.E o Diário As Beiras, que se pretende afi r-

mar como alavanca de desenvolvimento do Centro e agregador de ideias potencializa-doras da sua afi rmação, mais não faz, nesta edição, do que tornar visíveis, atribuindo o reconhecimento merecido do esforço e proatividade manifestados por estas indi-vidualidades.

A mudança e evolução são cada vez mais necessárias para superar o difícil momento em que vive o país e a Europa. Também nos media, se torna necessário fazer o acompa-nhamento destas transformações, induzin-

do elementos de optimização.As transformações no modo de comunicar

e de produzir comunicação estão na ordem do dia, uma vez que o modo de vida das pessoas, também ele está em transformação e as formas de acesso ao conhecimento são cada vez mais dinâmicas.

É nesse sentido que o Diário As Beiras, que teve início num modelo de informação moderno, irá prosseguir esse desiderato, afirmando-se noutras plataformas de co-municação – na web, no digital, no móvel: sempre com a preocupação de potenciar a marca Coimbra e a região que a integra.

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agricultura& pescas

Carlos Laranjeira111 A ação de Carlos Laranjeira em

defesa do Baixo Mondego e Gândaras é in-discutível. O atual presidente da Associa-ção de Agricultores do Vale do Mondego, que integrou - e ainda integra - diversos cargos dirigentes nas principais estrutu-ras do setor, a nível regional e nacional, fica, inevitavelmente na história do Baixo Mondego... goste-se ou “desgoste-se”da sua forma de estar (e de dizer). O “ho-mem” forte do arroz continua a bater-se contra os grandes “lobis” europeus no setor.

João Dinis

1111 Há agricultores e há quem os defenda. É o caso deste quadro do PCP, autarca de freguesia em Oliveira do Hos-pital, que assume, há largos anos, com invulgar energia e conhecimento, a li-derança da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Luís Cacho 111 O responsável pela administração

dos portos de Aveiro e Figueira conseguiu levar as duas infraestruturas a bater re-cordes, quer do ponto de vista financeiro, quer do ponto de vista da movimentação de carga. Luís Cacho liderou um conjunto significativo de investimentos públicos que já começaram a cativar investidores privados contribuindo para o desenvolvi-mento económico da região Centro.

Arlindo Cunha:

1111 Várias vezes ministro e secre-tário de Estado na área da agricultura e pescas, conhece bem a realidade destes setores em Portugal e na Europa onde exerceu funções como vice-presidente da Comissão Parlamentar da Agricultura. Um conhecimento que, o homem de Tá-bua, procura pôr ao serviço da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, onde pre-tende continuar um trabalho de moderni-zação procurando dar maior visibilidade ao vinho e à região que conhece tão bem.

Caixa de Crédito

111 É, sem dúvida, o banco mais próximo dos agricultores. Em Coimbra cidade, nas freguesias rurais ou nos muni-cípios vizinhos, a Caixa de Crédito soube criar um sem número de respostas para os homens e mulheres que vivem da - e para - a terra.

Homens prevenidos em terra e no mar111 Numa altura em que a agricultu-

ra parece ter desaparecido, tal é a pouca capacidade produtiva do país, vêm, ne-cessariamente, à memória alguns nomes que, nos últimos 18 anos, foram remando contra a maré e contra aquilo que parecia ser “uma morte anunciada”.

Carlos Laranjeira, no Baixo Mondego, nunca recusou um bom protesto contra as políticas (portuguesas e europeias) que, em seu entender, eram prejudiciais para os agricultores portugueses e não só os do Baixo Mondego e Gândaras. O Arroz Carolino é a “menina dos seus olhos”. Mas bateu-se, igualmente, pelo setor leiteiro, pelas hortícolas, pela afir-mação dos melhores produtos desta re-gião que considera “o melhor bocado de terra produtiva do país”. A avaliar pela situação em que (sobre)vive a agricultu-ra na região Centro, o “homem” do arroz do Baixo Mondego pode ter andado a pregar no deserto. Mas parece não se arrepender pois continua a assumir-se como uma voz “algo incómoda”, em particular, para os governantes.

Mas vários foram os homens - e as en-tidades - que, ao longo destes 18 anos, procuraram afirmar a região no contexto nacional embora conscientes da luta desigual perante outras regiões do país e da Europa.

Álvaro Amaro, antigo secretário de Estado da Agricultura, presidente da Câmara de Gouveia e do Conselho da Região. Leonel Amorim, o último diretor regional da Agricultura da Beira Litoral (com sede em Coimbra). Santos Veloso, que acompanhou durante anos a Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego e que foi, vezes sem conta, criticado por agri-

cultores e beneficiários da obra. Na mes-ma linha, Flávio Ferreira. Acompanhou aquela obra passo a passo. Sabia o que os agricultores queriam e precisavam. Sabia, também, dos “contratempos” que uma obra desta natureza iria sofrer ao longo dos anos. O que veio, infelizmente, a verificar-se.

Uma palavra obrigatória para os “ho-mens” dos vinhos que a região Centro tem sabido desenvolver e afirmar. Um setor onde as várias comissões vitivi-nícolas têm assumido um papel fun-damental, dentro e fora de portas. E, também, para quantos têm sabido con-trariar a tendência na região impon-do-se nos mercados locais e regionais. Muitos deles não são “figuras públicas”, mas são homens capazes de pôr as ideias em prática. João Paulo - o homem das estufas do campo do Bolão -, é um de-les. Soube agarrar num dos melhores pedaços de terra do país e concretizar um projeto sólido e inovador. Por entre o avanço das estufas, formou, ainda, um agrupamento de produtores. O mesmo se pode dizer dos agricultores, nome-adamente, os da Margem Esquerda do Mondego com Tito Calhau ou a família Balhau a darem o exemplo nos campos de Taveiro.

Por outro lado, consideradas, durante décadas, uma “bandeira” dos agricul-tores, as cooperativas foram perdendo a sua força e o seu papel na defesa do setor. Existem em praticamente todos os concelhos, mas debatem-se com os mais diversos problemas.

Eduarda Macá[email protected]

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3 5O estado da agricultura portuguesa à época da adesão à CEE conseguia ser bem pior do que o da generalidade do país. Tínhamos um quinto da popula-ção activa numa agricultura de subsis-tência, com um nível de vida miserável e que, por isso, emigrou maciçamente para a Europa nas décadas de 1960 e 1970. A agricultura que resultou do processo algo traumático de integra-ção nas regras e disciplinas da Política Agrícola Comum (PAC) e que temos hoje, tem cerca de metade dos activos e do número de explorações, produz melhor qualidade e a preços mais baixos e é muito mais competitiva. A agricultura na Região Centro também se tornou mais competitiva, designadamente em sectores como a fruta, os vinhos das diferentes regiões demarcadas, o leite de vaca e de ovelha e o queijo, não esquecendo o arroz do Baixo Mondego e as florestas. Investimentos em infraestruturas ru-rais como caminhos, electrificação ou regadios, na modernização da produ-ção, transformação e comercialização, ou mesmo na formação profissional, foram realizações determinantes. Ape-sar de tudo isso, tem ainda pela frente um longo percurso de evolução.O aumento relativamente modesto da produção, não foi, porém, suficiente para acompanhar o aumento do con-sumo, o que determinou um aumento da nossa taxa de dependência face ao exterior. Se bem aplicada, a próxima reforma da PAC, incluindo a sua com-ponente de desenvolvimento rural, pode dar um importante contributo para um aumento maior da produção e uma melhoria da qualidade. Convirá, porém, lembrar que nem tudo depen-de da PAC. Para além das opções que temos que tomar no quadro da grande liberdade que já hoje têm os Países Membros para a aplicação da PAC, sublinharia brevemente 4 prioridades: privilegiar e premiar os agricultores que produzem, nos critérios de atribuição de subsídios; apoiar a reorganização e profissionalização das cooperativas e agrupamentos de produtores, sob pena de não conseguirmos mobilizar o enorme potencial produtivo da agricultura familiar; criar uma política simplificada para a pequena agricul-tura; e, não menos importante, regular as relações entre a produção e grande e média distribuição por forma a que estas sejam uma força mobilizadora da produção nacional e não um cavalo de tróia para tudo o que é importado.

Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão

1 Carlos Laranjeira 2 Arlindo Cunha 3 João Dinis 4 Luís Cacho

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ambiente

João Gabriel Silva

111 O agora reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, foi um dos rostos da contestação à coincinera-ção. Na altura dirigente da associação ambientalista Quercus, João Gabriel Silva desdobrou-se nos alertas para os perigos que provocam na saúde das populações as dioxinas resultantes da coincineração de resíduos industriais perigosos nas ci-menteiras.

Dulce Pássaro

111 Foi, nos últimos anos, a segunda mulher a governar a área do ambiente no país. Mas ao contrário de Elisa Fer-reira, a ministra Dulce Pássaro, que é na-tural de Oliveira do Hospital, teve uma atuação mais discreta e consequente-mente decisões políticas menos visíveis e polémicas.

José Sócrates111 Na última década José Sócrates

marcou como poucos a história do país. Antes de ser primeiro-ministro foi mi-nistro do Ambiente e, nessa qualidade, autor de medidas muito contestadas. Secundando Elisa Ferreira, foi sua a deci-são de fazer avançar a coincineração nas cimenteiras, nomeadamente em Souselas (Coimbra).

Natural da Covilhã, foi ministro do Am-biente do segundo Governo de António Guterres, até ao fim de 2002, e a ele se devem decisões polémicas mas também decisões relevantes, que marcariam os anos seguintes. Entre outros exemplos, José Sócrates fica ligado ao programa de erradicação de lixeiras e também aos programas de requalificação ambiental das cidades, os Polis, através dos quais se deram passos, positivos e significativos, nas principais cidades da região Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu e Covilhã).

Xavier Viegas

111 Domingos Xavier Viegas tem desenvolvido, em Coimbra, um trabalho notável na investigação ligada à preven-ção dos fogos florestais, que no nosso país continuam a ser uma das “chagas” do ambiente. Professor da Universidade de Coimbra e presidente da ADAI – As-sociação para o Desenvolvimento da Ae-rodinâmica Industrial, criou o Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais.

Na defesa da qualidade ambiental111 Nos últimos 18 anos, a coinci-

neração de resíduos industriais peri-gosos nas cimenteiras foi, na área do ambiente, a questão que mais abalou a região. Mas Coimbra foi também uma das poucas cidades onde foi criada uma Provedoria do Ambiente.

O advogado Castanheira Barros é, pela sua persistência, o rosto da luta contra a coincineração e é um dos nomes que não pode ficar esquecido quando se fala da preservação do am-biente. Quando quase todos baixaram os braços, o advogado continuou a luta, como uma cruzada, usando para isso o que melhor domina: a ciência jurídica. Tem travado várias batalhas judiciais, quer em Coimbra, quer em Setúbal, para suspender a coincinera-ção de resíduos industriais perigosos nas cimenteiras. E se ainda hoje se fala na queima de resíduos, isso deve-se em muito ao advogado de Coimbra.

Na área do ambiente o biólogo Jorge Paiva é um nome incontornável em Coimbra. Ligado desde sempre à área da biologia e botânica, conhece prati-camente as florestas de todo o mundo. Recentemente, o seu nome foi dado a uma nova espécie de planta descoberta no arquipélago de São Tomé e Príncipe, o que já acontecera outras vezes, nou-tros países. No país e no mundo, muito se reconhece o seu trabalho insistente na preservação da natureza e do am-biente. Jorge Paiva está aposentado mas continua a fazer investigação em Botânica e aceitou recentemente o con-vite para fazer um documentário que vai começar a ser filmado este ano e que implica várias viagens aos Trópicos

para recriar as explorações botânicas que a Universidade de Coimbra fez há dois séculos.

A Provedoria do Ambiente e Quali-dade de Vida Urbana de Coimbra foi criada em 2002 e já tem dois rostos, ambos reconhecidos pela ação na de-fesa do ambiente e pelo alerta para as maleitas que vão afetando a cidade – poluição, ruído, má qualidade do ar –, que ainda assim mantém uma razoável qualidade ambiental.

A primeira provedora do ambiente foi Helena Freitas, que é agora a direto-ra do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Sucedeu-lhe o médico e professor da Faculdade de Medicina Salvador Massano Cardoso, que não hesita em apontar os problemas que vão pondo em causa a qualidade am-biental na cidade.

Ao longo dos 18 anos foram vários os rostos e movimentos que foram fi-cando conhecidos pela defesa do am-biente, sobretudo face a projetos que o poderiam pôr em causa.

É o caso do Movimento Cívico Plata-forma do Choupal, que lutou contra o traçado IC2, que ameaçava a mata na-cional, e que teve como um dos rostos Luís Sousa.

Na proteção da natureza e do am-biente destacam-se também as ações da Quercus e da Liga para a Proteção da Natureza. Esta última associação tem desenvolvido, em Coimbra, diver-sas ações, pela mão de Joaquim Sande Silva.

Dora [email protected]

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4Procrastinemos, sim!

Temos dificuldade em verbalizar certos

problemas, que passam des-percebidos até se tornarem irreversíveis. Falar de poluição é negativo, e por isso tabu. Preferimos temas positivos, “construtivos”, mas é lícito interrogarmo-nos acerca do que sucedeu à discussão em torno da co-incineração de lixo tóxico em cimenteiras, bem como aos seus protagonistas, incluindo os vizinhos anóni-mos de tais infraestruturas, tanto mais que não deixou de ser vital saber o que discreta e diligentemente aí é queimado, e com que consequências. Se fechar os olhos é útil, pois o excesso de preocupação aumenta os problemas cardiovasculares, não duvi-demos de que é uma atitude estruturalmente determinada. O sistema está montado para que coloquemos a realidade do lixo longe da vista e do coração. Era essa a ideia inicial por detrás da própria palavra “infraestrutura”: esconder os dejectos em canalizações subterrâneas até irem parar aos rios, poluindo-os longe de olhares indiscretos. A minha oposição à queima de resíduos resulta da consciência de que este sistema centra-lista mas cego se alimenta da obsolescência programa-da: ela faz-nos desistir dos objectos à primeira avaria ou dano, sem insistirmos junto de quem vende na sua correta reparação ou manutenção. Agora, a crise fala mais alto: há gente a semear batatas em pneus nos seus quintais e a produzir tomateiros em garrafas de plástico ou copos de iogurte nas varandas – e mais exemplos haveria! A nos-sa economia devia assentar não na cegueira induzida pelo paradigma vigente, mas antes numa saudável procrastina-ção do tratamento final dos objectos usados. Até nada ser necessário queimar.

Adelaide Chichorro, professora da FLUC e presidente do Núcleo de Coimbra da Quercus

1 Castanheira Barros2 Helena Freitas 3 João Gabriel Silva 4 José Sócrates 5 Salvador Massano Cardoso

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autarquias

Alberto Souto1111�O socialista que “roubou” a câ-

mara de Aveiro ao CDS-PP. Alberto Souto é, sem dúvida, o rosto da mudança registada nas últimas duas décadas no distrito. Em 1997, a importância das eleições autár-quicas em Aveiro extravasava os limites do concelho. O PP recusava-se a perder o seu “bastião” e o PSD queria aproveitar o facto do candidato apoiado pelo PS ser poiticamente desconhecido. Vence o inde-pendente... que perde a câmara em 2005 para Élio Maia, do PSD.

Os vencedores do poder local111�Ao longo destes 18 anos,

muitos são os autarcas – de câmaras e de juntas de freguesia – que vão deixar o seu nome gravado na his-tória da região Centro. Homens e mulheres que se bateram pelos seus princípios - humanos e políticos. É claro, que é praticamente impossí-vel referi-los a todos, correndo nós o risco de lembrar, uma vez mais, aqueles que andaram na “ribalta” da política. Este trabalho procura ser, no entanto, uma homenagem a todos os que contribuíram para que o Centro tenha sido, em muitos casos, um exemplo de democracia e cidadania.

E por falar em exemplo, podemos começar, por sublinhar o “punhado” de mulheres que ao longo destas quase duas décadas deram rosto ao poder local. Irene Barata (Vila de Rei), Isabel Damasceno (Leiria), Fátima Ramos (Miranda do Corvo), Isaura Pedro (Nelas), Eulália Teixei-ra (Castro Daire), Alda dos Santos Victor (Vagos) ou Maria de Lurdes Castanheira (Góis).

Mas também é um exemplo ao nível dos dinossauros que se man-tiveram no poder local, alguns até aos dias de hoje. Jaime Soares (o primeiro, em Vila Nova de Poiares), Fernando Ruas (Viseu), Ivo Portela (Tábua), Narciso Mota (Pombal), Atílio Nunes (Carregal do Sal). E, ainda, autarcas que tiveram o “dom” de colocar as suas experiências pro-fi ssionais ao serviço das autarquias e

das especifi cidades dos municípios que lideraram como Jorge Catarino (Cantanhede) ou Duarte Silva (Fi-gueira da Foz). Homens, entretanto, seguidos por outros que souberam “engrandecer” a obra herdada, como acontece em Cantanhede, com João Moura, ou como começa a constatar-se em Alvaiázere, com Paulo Tito Morgado, ou em Ansião, com Rui Rocha.

“Adeus... até para o ano!”Mas a antiguidade deixou de ser

um posto também nestas coisas da política e, concorde-se ou não, a grande maioria dos autarcas da re-gião Centro está impedida por lei de se recandidatar em 2013 ao mesmo município. Assim, os presidentes que estão em funções desde 2002 na mesma câmara vão poder candi-datar-se nas próximas autárquicas desde que optem por um município distinto. A acontecer, será, na região Centro, um exercício interessante para acompanhar

Além destes, há, ainda, os presi-dentes que saíram a meio dos res-petivos mandatos, deixando o lugar aos seus vice-presidentes. Carlos En-carnação, a meio do quarto mandato (Coimbra), Fernando Carvalho (na Lousã). O caso mais recente foi a polémica saída do presidente do Fundão, Manuel Frexes, nomeado para a administração das Águas de Portugal. Paulo Júlio, que deixa uma marca inovadora em Penela e ocupa

o de secretário de Estado do Poder Local e da Reforma Administrativa.

Em 18 anos, é obrigatório recordar os que conseguiram “bater” os cha-mados “bastiões”. Alberto Souto de Miranda (PS) que “destronou o CDS/PP em Aveiro. João Gouveia (PSD) tira Soure ao PS – partido pelo qual acaba por ganhar a câmara num pos-terior mandato. Joaquim Morão que deixa Idanha-a-Nova e permite ao PS ganhar Castelo Branco. Na Figueira da Foz, Santana Lopes tira a câmara ao PS onde Aguiar de Carvalho se ha-via perpetuado durante alguns anos.

E, claro, uma palavra para todos aqueles que se debatem com heran-ças demasiado pesadas numa altura em que “crise”, “dívidas” e “falência” são as palavras de ordem. João Ataí-de (na Figueira da Foz) ou Fernando Lopes (Castanheira de Pêra).

Mas também para aqueles que não deixam morrer a esperança nos pe-quenos concelhos do Interior da região, e que sabem traçar estraté-gias para uma gestão que não é fácil. Hermano Almeida (em Pampilhosa da Serra) com um trabalho agora continuado por José Brito. Muitos outros nomes fi cam na história do Poder Local. Alguns terminaram da pior maneira, mas não se pode es-quecer o trabalho feito como Abílio Curto (Guarda), João Rocha (Vagos) e Júlio Santos (Celorico da Beira)

Eduarda Macá[email protected]

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1 Alberto Souto de Miranda 2 Jaime Soares 3 Joaquim Morão 4 Fernando Ruas

Jaime Soares111�Assume a presidência da Câmara

de Vila Nova de Poiares desde maio de 1974. Eleito numa comissão administra-tiva, logo após o 25 de Abril, e de “braço no ar”, como gosta de sublinhar. É o mais antigo presidente de câmara em exercício. Homem de paixões e de lutas, abraçou guerras que nem sempre soube perder. A (eterna) Estrada da Beira é uma delas.

Fernando Ruas 111�Presidente da Câmara de Viseu e

da ANMP, Fernando Ruas, que por força da lei, se despede este ano da autarquia, tem mantido o “Cavaquistão” impermeável às investidas de outros partidos.

Joaquim Morão

111�Deixou em Idanha-a-Nova uma obra ímpar no interior da região Centro. Uma forma de estar inovadora que levou para Castelo Branco onde cumpre o seu derradeiro mandato.

Santana Lopes111�Em 1997, chegou à Figueira... viu

e venceu. O passeio triunfal pela Praia da Claridade retirou um longo reinado ao PS e abriu-lhe o caminho para Lisboa.

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24-03-2012 | diário as beiras

Sou autarca há 38 anos, já que integrei a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Vila do Conde que, três meses após o “25 de Abril de 1974”, foi empossada no Município. Digo-o só para expressar que nunca foi tão difícil estar numa Autarquia como o é nos dias de hoje.

Efetivamente, as responsabilidades são cada vez maiores, muitas delas não se inse-rindo nas nossas competências, mas sendo obrigados a assumi-las por vermos quanto as situações afetam pessoas e famílias, perante um Estado e seus organismos que normalmente se evidenciam insensíveis a tal grave problemática.

Atualmente, as nossas “dores de cabeça” já não se centram nas obras de construção e nas infraestruturas, generalizadamente resolvidas. Situam-se na questão humana e na diversidade de problemas, pelo que só a complementaridade de quem está perto – autarquias e instituições – é que propícia a determinação em agir e no apelo ao sentido de cidadania e à responsabilidade cívica dos concidadãos.

E é, por isso, que me revolta ver a obstina-ção de uma proposta de Reforma da Admi-nistração Local que, porventura para poupar uns euros, centralizará ainda mais o Estado,

atentando contra a democracia local que é a mais representativa das populações.

Hoje, lamentavelmente, o egoísmo acen-tua-se. Veja-se que o Governo negociou com a Troika 78 mil milhões de euros para consolidar as contas do Estado, acordou-os e para os gastar esqueceu-se das Autar-quias! Ou seja, reservou-os para si e para os seus organismos e empresas, deixando as Autarquias, que não querem dádivas ou fundos perdidos mas unicamente transfor-mar os débitos de curto prazo em dívida de médio ou longo prazo, numa situação difícil que poderá comprometer o mérito do seu trabalho e dedicação.

São estes e muitos outros problemas com que se debate hoje o Poder Local em Portugal. Nós, os autarcas, continuamos empenhados e determinados, mas não podemos fazer “milagres” que outros, em nome do interesse nacional, deveriam protagonizar. Se o não fizerem, por razões que a razão desconhece, serão os “coveiros” do poder mais próximo dos cidadãos, mais fiscalizado e mais genuíno, bem como mais transparente e eficaz como as estatísticas o confirmam.Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde e ex-presidente da ANMP

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Jovens cientistasreconhecidos111�A evolução científi ca é cada vez

mais notória graças ao empenho de de-zenas de jovens cientistas. Destaque para o biólogo José Xavier, investigador do Instituto do Mar da UC (galardoado com o prémio internacional Martha T. Muse), ou Sandro Alves (cujo estudo da doença de Machado-Joseph lhe valeu o prémio Pulido Valente Ciência 2011). De referir que, quase todas as semanas, um cientista da instituição vê reconhecido o trabalho que desenvolve.

Carlos Faro111�Em 2004, Carlos Faro foi o líder

do X-PROT, uma iniciativa de colaboração entre a academia e a indústria, que rece-beu o European Innovation Award pela Comissão Europeia. Professor associado de Biologia Molecular e Biotecnologia no Departamento de Bioquímica da Uni-versidade de Coimbra foi o responsável pela implementação do Biocant Park, o primeiro parque de Biotecnologia em Portugal.

As vozes da investigação científi ca 111�Em 2008, o físico Carlos Fio-

lhais era o cientista português com o artigo mais citado em todo o mundo graças à co-autoria, com o físico John Perdew, de um trabalho publicado em 1992 na revista “Physical Review B”. Doutorado em f ísica teórica na Alemanha, catedrático de Física da Universidade de Coimbra desde 2000, ganhou vários prémios e distinções, entre eles a Ordem do Infante D. Hen-rique (em 2005).

Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Norberto Pires enaltece o trabalho de Carlos Fiolhais,

“por ter tornado a Física Divertida e ser um poderoso divulgador de ciência”. Mas faz também referência, a Catarina Resende de Oliveira “por tão bem saber comandar o Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra (CNC)”.

Mas quando se fala de dedicação e excelência científi ca, torna-se obriga-tório apontar Formosinho Simões e Arsélio Pato de Carvalho. Este último, nascido na Bairrada, funda, em 1989, o CNC. Em 2003, a revista Neuroche-mical Research publica uma edição especial dedicada a Arsélio Pato de

Carvalho pelas suas “contribuições significativas para a investigação na área da neurociência”.

Na área da investigação científica, há a referir, também, Carlos Nabais Conde, João Pedroso Lima e Miguel Castelo Branco [vencedor do Grande Prémio Bial em 2009], investigadores ligados à física aplicada e à biofísica. Mas também Adriano José Carvalho Rodrigues, o médico de Coimbra que está (também) na origem do primeiro fármaco produzido por uma universi-dade. O FDG (Fluodesoxiglucose - 18f)

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As vozes da investigação científi ca

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É com imensa satisfação que faço este comentário sobre a evolução da Inves-tigação e Ciência nos últimos 18 anos.

Tal como no resto do país o balanço é deveras positivo, sendo uma das poucas áreas em que o sucesso da política de desenvolvimento é inquestionável. Em Coimbra algumas pessoas contribuíram para o sucesso através da criação de infra-estruturas e de institutos de investigação de ambição internacional que formaram suces-sivas gerações de investigadores de grande qualidade. Pessoas como Boaventura Sousa Santos, Arsélio Pato de Carvalho, José Cunha Vaz e Aníbal Traça de Almeida tiveram um papel determinante no lançamento das áreas científi cas de maior notoriedade da Universida-de de Coimbra. Foram responsáveis pela cria-ção de verdadeiras escolas de conhecimento que se afi rmaram no panorama internacional e de onde emergiram os nossos investigadores mais competitivos.A nível individual surgiram investigadores cujo trabalho é largamente reconhecido a nível in-ternacional. Neste âmbito merecem particular referência Carlos Fiolhais, de longe o cientista português mais citado, a dupla. Sebastião For-mosinho e Luís Arnault, e ainda Leonor Almeida

e José Cunha Vaz, investigadores responsáveis pelos artigos originais mais citados da história da Universidade de Coimbra.A Investigação é, por isso, um caso de sucesso colectivo que merece os mais rasgados elogios e que está na base do novo paradigma de desenvolvimento económico da Região Centro. Temos infra-estruturas, recursos humanos qualifi cados e a atitude certa para vencer o de-safi o, precisamos apenas do tempo necessário para o concretizar.

Carlos FaroDiretor fundador do Biocant

1 Arsélio Pato de Carvalho 2 Carlos Fiolhais 3 Adriano Rodrigues 4 Teresa Mendes 5 Miguel Castelo Branco

- usado nos exames PET para o diagnóstico de doenças oncoló-gicas -, surge após uma década de investigação e é desenvolvi-do no Instituto de Ciências Nu-cleares Aplicadas à Saúde (IC-NAS) onde o atual presidente do conselho de administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz, foi diretor.

Na liderança do Instituto Pe-dro Nunes há uma década, Te-resa Mendes atingiu em 2010 o plano internacional mais

elevado quando a instituição conquistou o primeiro lugar mundial entre as incubadoras de base tecnológica. Mas, numa universidade que continua a apostar em força na investiga-ção científica, há que elogiar também o papel do atual rei-tor João Gabriel Silva enquanto responsável pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.

Patrícia Cruz [email protected]

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cultura

Miguel Torga

111 O escritor com raízes fundas em Trás-os-Montes e praticamente toda a obra tecida em Coimbra é o derradei-ro grande nome das letras portuguesas, numa linhagem de autores que de cá partiram ou se deixaram marcar pela ci-dade, alguns deles, como Torga, médicos [recorde-se Fernando Namora]. Se mar-cou os últimos 18 anos? Torga, o homem, não. Mas a obra que deixou, sim. Ainda que muito menos do que aquilo que a ver-dade, a lucidez e a beleza dos seus textos exigiam de todos nós. Mas para o DIÁRIO AS BEIRAS, Miguel Torga significa tanto mais: a 17 de janeiro de 1995, quando morreu, em Coimbra, transformou-se no primeiro grande nome que foi necessário deixar, em memória, para os que viriam. Fica aqui, qual divisa, a frase breve, escrita em 1993, a rematar o seu (indispensável) diário: “De alguma coisa me hão-de valer as cicatrizes de defensor incansável do amor, da verdade e da liberdade, a tríade bendita que justifica a passagem de qual-quer homem por este mundo”.

Mário Silva111 Do pai, o grande cientista e pe-

dagogo da Universidade de Coimbra, de quem herdou o nome, herdou também a mundividência que transparece em toda a sua obra. Mário Silva, pintor reconhecido, admirado e premiado dentro e fora do país, é um dos nomes maiores das artes contemporâneas, tendo sempre sabido manter um diálogo aberto e frutuoso com os mais jovens criadores. Prova mais que certa de que a vanguarda lhe corre no san-gue: Mário Silva foi, há 50 anos, um dos jovens artistas – famintos por um pouco mais e um pouco diferente – que fundou o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC). Entre Coimbra, onde nasceu, e a Figueira da Foz, onde vive, Mário Silva é e será sempre o pintor.

Paulo Furtado111 O blues está-lhe no sangue. O

rock’an’roll corre-lhe nas veias. E a música é tudo o que faz. Nascido Tédio Boy(s), Paulo Furtado conhece cedo os caminhos largos que conduzem ao reconhecimento internacional, mercê das incursões ameri-canas que fizeram história na cena artís-tica nacional, corriam então os primeiros anos de 1990 [obrigatório ver “Filhos do Tédio”, documentário de Rodrigo Fer-nandes e Rita Alcaire]. De então para cá, o músico transfigurou-se em Legendary Tiger Man (a solo) e viu confirmado o sucesso junto de um público fiel com os WrayGunn, agora regressados, aos discos e aos palcos, com “L’art brut”.

É de gente que sefaz a riqueza cultural111 Quase sempre, são os factos que

ficam e apenas poucos nomes chegam às páginas grandes da história. Mas os factos e as coisas, são as pessoas que os fa-zem. Quase sempre, muitas pessoas. Quase sempre, anónimas. É a essas que fica, aqui, o tributo mais que devido. Para além des-sas, há outras cujos nomes se impõem, precisamente porque associadas a factos e a feitos merecedores dessa distinção: o mundo da cultura e das artes, em Coimbra e no Centro, nos últimos 18 anos, tem-se feito também com essas pessoas.

É um pouco ao acaso da memória que aqui ficam uns quantos dos que fizeram e continuam a fazer essa história [para além dos já evocados Miguel Torga, Mário Silva e Paulo Furtado]: de Manuel Guerra e Deolindo Pessoa – fundadores d’O Teatrão, precisamente em 1994 –, a António Augus-to Barros – um dos fundadores, em 1992, e diretor artístico d’A Escola da Noite, e ain-da da Cena Lusófona, em 1995 –, passando por David Cruz – que fundou em 1995 a Encerrado para Obras, agora com sede em Penela –, mas também José Geraldo e Hele-na Faria – da Associação Camaleão, criada em 1999 – ou Mário Montenegro, um dos nomes da Marionet, nascida em 2000. E, claro, a Bonifrates, com nomes como José Oliveira Barata e João Maria André.

Do teatro ainda, agora para lá de Coim-bra, gente como Américo Rodrigues – artista, dinamizador e diretor artístico do Teatro Municipal da Guarda –; José Rui Martins – nome que representa uma das entidades que mais tem feito pela democratização da cultura em Portugal – a ACERT; mas também os irmãos Sena [Rui e Fernando], primeiro no Teatro das Beiras (que nasceu, em 1974, Grupo de

Intervenção Cultural da Covilhã), e agora numa ação “alargada” ao projeto Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã, por iniciativa de Rui Sena. E, no Fundão desde 2004, a ESTES – Estação Teatral, com a direção artística de Nuno Pino Custódio.

Na música, é inevitável referir a Orques-tra Clássica do Centro, nascida em 2001, muito pela iniciativa de Virgílio Caseiro, o maestro que exerce ainda a sua maior paixão a ensinar os seus Heróis da Música. Mas também Paulo Soares, o guitarrista e pedagogo que muito tem feito pela divul-gação da guitarra de Coimbra.

Das artes plástica e visuais em Coimbra muito tem a história para rezar: dos sau-dosos Encontros de Fotografia/Centro de Artes Visuais (CAV), de Albano da Silva Pereira, ao Círculo de Artes Plásticas, de António Barros, Victor Dinis e, agora, Car-los Antunes, passando pelas obras cada vez mais marcantes de nomes como José Maçãs de Carvalho ou Pedro Medeiros.

Dos que “saltaram” de Coimbra para os palcos mediáticos do país, três nomes: Luís de Matos, Pedro Tochas e António Ferreira. O primeiro conferiu à magia um estatuto de maioridade artística até então impensá-vel em Portugal; o segundo – nascido para os palcos em 1994, com “Eles devem estar loucos”, a peça de estreia d’O Teatrão –, ele-vou a comédia ao patamar mais alto, an-tecipando o grande “boom” da stand-up; o terceiro, realizador e produtor [Persona Non Grata Pictures], tem assinado alguns filmes fundamentais, quase sempre com o ator Fernando Taborda.

Lídia [email protected]

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4Conhecemo-nos todos

em 1999. O filme do Ivo chamava-se “O

que foi?” e o filme da Jeanne chamava-se “O que te quero” e eram as primeiras obras em formato curto. O que tinham esses filmes? Actores. Por uma vez, os filmes eram feitos com actores de carne e osso, com silêncios, rostos, poses, e eram os cineastas mais jovens que os tinham descoberto. O filme da Jeanne foi mais fundo: duas actrizes, dois seres que se amam, muito calor e muita luz. Havia duas raparigas: Beatriz e Rafaela. O filme do Ivo tinha uma actriz: Carla, muito expressionista. Fixei-me em Rafaela. O rosto escuro, o cabelo preto, assim como os olhos, muito redonda, meia ci-gana. Era uma actriz, mas não era de cinema. Era como se existisse sem precisar do fil-me. Em 2010 descobri porquê. Ela era encenadora de teatro. Mas esse teatro também tinha actores, mas não havia o filme. Os dois filmes eram feitos com actrizes de teatro. Rafaela tinha saído do filme e agora encenava num cantinho do Lugar. Então era isso: ela saíra do filme que eu vi no cinema de Coimbra e agora estava ali, no teatro de Viseu. Mas agora era uma pessoa e pedia os emails e telemóveis das pessoas. Então ela era uma actriz, uma encenadora e uma pessoa. Tudo no mesmo cor-po. Como conseguia? Como tinha saído do écrã e agora estava na escada, com uma rodela de papel na mão? Não éramos conhecidos, começá-mos nesse dia. Acho que não me esqueci de nada no ano seguinte.

Fausto CruchinhoProfessor da Universidade de Coimbra

1 Mário Silva 2 Luís de Matos 3 Paulo Furtado 4 António Ferreira 5 Miguel Torga

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desporto

De megafonepara todo o lado111 João Paulo Fernandes tinha 11 anos

quando nasceu a Mancha Negra. A claque cresceu com a Académica, a Académica cres-ceu com a Mancha e João Paulo Fernandes também cresceu com e no seio da claque e da equipa. É um rosto inegavelmente ligado à Académica e ao ser da Académica. Foi vice-presidente da Briosa no anterior mandato de José Eduardo Simões, mas é na bancada, de megafone na mão, que se sente bem… e nem um braço ao peito o impediu de ir apoiar a equipa.

Lady Magic111 Patrícia Nunes Penicheiro, nome

completo de uma das melhores jogadoras de sempre da WNBA – a NBA feminina – e a maior lenda do basquetebol português. Nasceu na Figueira da Foz, a 18 de se-tembro de 1974, no seio de uma família de amantes do basquetebol. O seu pai, João Penicheiro, foi jogador e treinador e o seu irmão, Paulo, alinhou em vários clubes portugueses, como Ginásio, Naval ou Illiabum. Foi a jogadora que mais as-sistências fez em toda a história da WNBA e tem ainda o maior número de assistên-cias e de roubos de bola numa partida. Argumentos suficientes para que Magic Johnson lhe tivesse um dia chamado de “Lady Magic”.

J de judo e João Neto111 O judo em Coimbra tem um nome

indissociável nos últimos anos. João Neto, medalha de bronze nos Mundiais de Osaka (em 2003) e de ouro nos Europeus de Lis-boa (2008), é hoje treinador, mas nem aí os seus sucessos terminaram. No currículo, conta com presenças nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004), onde foi 7.º em -73kg e em Pequim (9.º em -81kg). Formado na ACM Coimbra, com o mestre Fausto Carvalho – responsável também pelo aparecimento de Joana Ramos – João Neto representa agora a Académica, onde passa a sua experiência aos mais novos… e que experiência.

Estrela do boccia

1111 Natural de Felgueira (Vale de Cambra), João Paulo Fernandes volta a marcar presença nos Jogos Paralímpicos na modalidade de boccia. Atleta revela-ção em 2003, foi o único português a obter uma medalha de ouro nos jogos de Pequim (2008), repetindo o feito alcançado quatro anos antes em Atenas. Com um palmarés invejável, frequenta a licenciatura em novas tecnologias de informação.

Enorme contributo111 No desporto, foram muitas as

glórias que acompanharam os 18 anos do DIÁRIO AS BEIRAS. Escolher entre tantos campeões não é fácil, mas, como nas com-petições, nem todos cabem no pódio e nem sempre se concorda com os vencedores.

João André Moreno deixou órfã a Acadé-mica a 23 de outubro de 2004, cumprindo o seu desejo de falecer aos comandos da Briosa. Em dezembro de 2002, após re-núncia do seu antecessor, liderou uma comissão de gestão que conseguiu, numa verdadeira onda solidária, recolher fundos para fazer face à difícil situação financeira. Presidente honorário da Briosa, liderou-a entre dezembro de 1971 e julho de 1973 e entre janeiro de 1978 e janeiro de 1981.

“Obrigado” a pegar no leme quando Mo-reno adoeceu, José Eduardo Simões era um nome que poucos conheceriam quando, em 2003, foi convidado para “vice” da Aca-démica. De presidente interino até hoje, em que cumpre o segundo mandato, pou-cos serão os que agora não o conhecem. O seu nome fica para sempre ligado à história da Briosa: já lá vão 10 épocas consecutivas no escalão máximo do futebol português e, esta temporada, a equipa garantiu pre-sença na final da Taça de Portugal.

Ainda o DIÁRIO AS BEIRAS não tinha nascido como diário e já Aprígio Jesus Ferreira dos Santos ocupava a presidência da Naval. Pegou no clube em 1991, na 2.ª Divisão, e levou-o ao mais alto patamar do futebol português em 2004/2005. Todavia, os figueirenses já antes tinham feito furor, ao eliminarem o Sporting da Taça de Portu-gal (2002/2003). Os últimos anos tiveram tanto de furor como de desilusão. A época de 2009/2010 foi a melhor de sempre (8.º lugar no campeonato) e ida às meias-finais da Taça, mas a descida à Liga de Honra aconteceu na época passada.

Homem bom e de espírito indomável, José Barros foi um exemplo de cidadania.

Aos 34 anos, deixou a carreira de regente agrícola e foi para Medicina, mudando de vida para melhor compreender a doença do seu único filho. Um ano mais tarde (1975), junta-se a outros dois pais e fun-da a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APCC). Mas o seu nome é in-dissociável da história da (sua) Briosa, à qual dedicou duas décadas da sua vida ao Departamento Médico do emblema estu-dantil. Faleceu em junho do ano passado.

Eleito em outubro de 2005, Luís Provi-dência ficou responsável pela vereação do Desporto da Câmara de Coimbra, cargo que ainda ocupa depois da reeleição em 2009. É ele o responsável pela dinamização dos muitos campos “pelados” do concelho, dotando-os de piso sintético. Mas não só: trouxe para Coimbra mundiais de ginásti-ca e de kickboxing ou europeus de râguebi, jogos das seleções nacionais AA de futebol e futsal, bem como fases do Campeonato da Europa de judo.

Já lá vão 22 anos desde que conheceu a modalidade que a levou a hastear bandei-ras e fazer tocar “A Portuguesa”. Beatriz Gomes tinha 10 anos quando começou na canoagem. Aos 14, entrou para a se-leção nacional e, desde aí, consagrou-se como uma das maiores glórias nacionais na modalidade. Aos 32 anos, já foi tan-tas vezes campeã nacional, que nem tem dedos suficientes para as contar, mas os seus maiores êxitos têm acontecido em europeus e mundiais de pista e maratona.

Em 2008 esteve nos Jogos Olímpicos de Pequim, onde conquistou um 11.º lugar, em K2. No ano seguinte, num K4, con-quistou o bronze no Mundial do Canadá, mas para 2009 estava guardado algo ainda maior: a medalha de ouro no mundial de maratonas, título inédito para Portugal.

José Armando Torres e Bruno Gonç[email protected]

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6 Quando me lançaram o repto de escrever umas linhas sobre

as figuras proeminentes do desporto regional nos últimos 18 anos, logo pensei: “Tarefa fácil”, tantas e tão insignes personalidades me vieram à mente. Mas de todas, uma tomou logo pro-porções de claro destaque na minha memória recente: o saudoso Dr. José Mendes de Barros, homem que nunca foi grande, porque sempre foi enorme. Amigo, solidário, altruísta, filantropo, encar-nando todas as virtudes e qualidades do espírito coim-brão da Académica.Criativo e empreendedor do tipo “mãos à obra” como o Dr. Mendes Silva (até onde teria chegado a Briosa com este presidente, se não tivesse partido precocemen-te…). O Zé soube “beber” e interpretar com fidelidade a eficácia, frieza calculista e humanismo de João Moreno, a paixão e militância de Chico Soares, a liderança, a ponde-ração e o equilíbrio de Vasco Gervásio, o entusiasmo e capacidade de sofrimento de João Mesquita, as palavras sábias e conselheiras de José Paulo Cardoso, a dinâmica, empenho e obra de Jorge Anjinho.O Zé nunca se deixou ma-nietar e fez da sua vida um exemplo. Dedicou-se a cau-sas com grande imaginação, dedicação, conhecimento e doação. Deixou um exemplo de humanismo e cidadania, consubstanciados pela visão e pelo sonho. Quem teve a felicidade de partilhar fisi-camente o caminho da vida com este companheiro, líder natural, lutador determinado, sabe que com homens deste quilate o desporto seria bem diferente e voltaríamos a ter os estádios cheios, num célebre espírito de Pierre de Coubertin: “Mente sana in corpore sano”.

Carlos Cruz, médico

1 João André Moreno 2 José Eduardo Simões3 Aprígio dos Santos4 José Barros5 Luís Providência 6 Beatriz Gomes

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diáspora

Opinião do exterior111�Todas as semanas, os leitores do

DIÁRIO AS BEIRAS contam nas páginas de opinião com textos de conimbricenses que, neste preciso momento, se encon-tram fora do país. Ricardo Castanheira está neste momento no Brasil onde ocupa o lugar de diretor das relações institu-cionais da Microsoft Brasil. Já Gonçalo Capitão vive na África do Sul, onde é o adido social no Consulado Geral de Jo-anesburgo.

Presidentes da AAC111�A academia passou a ser um dos

principais polos dinamizadores da diás-pora para a capital portuguesa. Desde o tempo de António Vigário, que saiu do poder em 1994, que alguns dos dirigentes da maior associação estudantil do país vão ocupando lugares próximos das deci-sões políticas. A academia, que deixou de ter ofi cialmente dirigentes sem qualquer tipo de ligação a forças políticas, inverteu a tendência dos últimos anos do século XX. Como tal, os candidatos vencedores da direção-geral da AAC passaram a de-nunciaram as suas opções políticas na primeira década do novo século.

Em cada canto do mundo há um conimbricense111�A diáspora coimbrã tem sé-

culos de existência. A Universidade levou a que muitos portugueses fos-sem obrigados a deslocar-se das suas terras natais até à cidade de Coimbra para concluir os seus estudos supe-riores. Em muitos casos, houve quem tivesse preferido permanecer na cida-de, mas outros houve que procura-ram o sucesso na capital ou do outro lado da fronteira.

Nos 18 anos de existência do DIÁ-RIO AS BEIRAS, muitos foram esses nomes que partiram em direção a Lisboa e ali se tornaram protago-nistas nacionais (nalguns casos, até, mundiais).

António de Almeida Santos, advo-gado e político, é parte integrante, e fundamental, da história demo-

crática em Portugal. O seu papel, no pós-25 de Abril, colocou-o num pata-mar inigualável, algo assinalado pelo próprio PS – a sua “casa” de sempre –, que o conduziu ao cargo de presi-dente honorário do partido, desde 2002. Para além da advocacia, Al-meida Santos ocupou diversos cargos ministeriais, mas a eleição para pre-sidente da Assembleia da República (segundo cargo mais importante do Estado Português) em 1995 permitiu que fechasse com “chave de ouro” uma carreira dividida entre Portugal e Moçambique.

Da “velha guarda” há a salientar José Veiga Simão. O seu percurso pessoal e académico colocou-o, desde muito cedo, num elevado patamar de quali-dade e respeito, primeiro, como pro-

fessor, e depois como político. Afi nal, com 32 anos de idade, Veiga Simão já era professor catedrático da Uni-versidade de Coimbra. Este docente foi ministro da Educação em 1970 e, ao mesmo tempo, responsável pela criação da Universidade de Aveiro.

Na adolescência, Proença de Carva-lho nunca escondeu a sua preferência pelo romance, o que o levou a pensar em cursar Letras. A mãe gostava da ideia, mas um tio do Porto levou a que mudasse de ideias. E ainda bem que o fez porque Proença de Carvalho pode orgulhar-se de ser um dos me-lhores advogados do País. Para além da advocacia, foi dirigente na ACP, Fundação Calouste Gulbenkian ou a empresas de produção industrial como a Renova, a Mota-Engil ou a

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1 António Almeida Santos 2 Veiga Simão 3 Proença de Carvalho 4 Pinto Monteiro 5 Boaventura de Sousa Santos

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Em cada canto do mundo há um conimbricense

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1 António Almeida Santos 2 Veiga Simão 3 Proença de Carvalho 4 Pinto Monteiro 5 Boaventura de Sousa Santos

Fábrica da Vista Alegre. Mas foi como ministro da Comunicação Social, em 1979, que contribuiu para a priva-tização e desintervenção de vários órgãos de comunicação social.

Pinto Monteiro concluiu o curso em Coimbra. Depois da licenciatura, foi delegado do Procurador da Repúbli-ca em Idanha-a-Nova, Anadia, Porto e Lisboa, juiz de Direito em Ponta do Sol, Alcácer do Sal, Loures, Torres Vedras e Lisboa e juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa. Mas o ponto alto da carreira aconteceu em 2006 quando tomou posse como Procurador-Geral da República.

Aos 17 anos, Mário Nogueira trocou Viseu por Coimbra. Nesta cidade, estudou, tirou o seu curso e come-çou a trabalhar como professor do

primeiro ciclo. A via sindical surgiu mais tarde, primeiro no Sindicato dos Professores da Região Centro e, desde março de 2007, como secretá-rio-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Boaventura Sousa Santos é um dos principais rostos da sociologia por-tuguesa. O professor catedrático ju-bilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra é inter-nacionalmente reconhecido como um intelectual importante da área de ciências sociais, e tem especial popularidade no Brasil, onde partici-pou em três edições do Fórum Social Mundial.

António [email protected]

A emigração portuguesa é importan-te para os países de destino, onde somos geralmente apreciados.

E poderia sê-lo ainda mais vencendo a relutância no associativismo e na projeção política da relevância que por vezes detemos.

Quem emigra sofre, mesmo se o faz por vontade e há por vezes ressentimento quando a partida foi obrigatória. Mas vive-mos, de novo e infelizmente, um período em que se emigra por necessidade de encontrar trabalho e consegui-lo é o mais importante.

Outros partem por condições sociopro-fissionais melhores. E muitos nem regres-sam pois – característica formidável dos portugueses – integramo-nos facilmente nas sociedades que nos acolhem.

A emigração invoca características ador-mecidas em Portugal e que urge recupe-rar: esperança, coragem, empreendedo-rismo, resistência e capacidade de vencer. Observo estas características em Angola onde viver e ter êxito é um exercício diário de paciência e resistência.

E o que pode ganhar Coimbra com a “diáspora” dos seus?

Ganha sempre que alguém ganha mais

lá fora e repatria rendimentos, sustenta a família ou gasta mais nas férias na cidade. Mas perde sempre que alguém parte, mesmo desempregado, pois necessita de ganhar população para se afirmar como polo alternativo a Lisboa e Porto.

E não sei se ganhou muito por ter tanta gente ilustre e bem formada por Coimbra nos Poderes centrais. O nosso prestígio é bem maior no estrangeiro do que em Lisboa.

Para ganhar com as migrações, Coimbra tem de saber atrair novas pessoas e de reconquistar os que partiram.

O contributo dos poderes públicos é essencial num tempo em que a minha geração cria empresas de que me orgulho e que cito, no estrangeiro, para ilustrar o potencial do meu País. A Critical Software ou a Bluepharma são bons exemplos. Saibam a cidade e a academia trabalhar para os multiplicar, porque a emigração pode ser boa, a partida definitiva é que é sempre má.

Alexandre LeitãoCônsul-Geral de Portugal em Benguela (Angola)

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economia

Câmaras cada vezmais endividadas

111�Os biliões de contos e euros dos fundos comunitários permitiram que todos os municípios da região fi zessem obras fundamentais para os seus con-celhos. Com “o dinheiro fácil”, as autar-quias investiram muito dinheiro, levan-do a que o défice tenha crescido para valores que começam agora a asfi xiar as suas fi nanças. Nalguns casos, as fi guras do momento são os vereadores com o pelouro fi nanceiro.

Obras públicasmais caras que previsto

111�A “febre” das obras públicas as-saltou o país durante estes 18 anos. Em Coimbra, as intervenções não foram de grande signifi cado, ao contrário de ou-tros concelhos. Mas aquelas que foram realizadas tiveram sempre este condão: custaram mais do que o previsto. A Ponte Europa e o Hospital Pediátrico são os maus exemplos, que foram agora se-guidos pelo Metro Mondego (obra ina-cabada).

Vida económica da região marcada pelas associações e verbas comunitárias111� A história do DIÁRIO AS

BEIRAS fica associada à existência em toda a região do Conselho Em-presarial do Centro (CEC). Esta asso-ciação nasceu em 1993 e teve como objetivo ser um órgão representativo das associações empresariais da NUT II Centro, bem como dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. Durante os 19 anos de existência, muitos foram os responsáveis, mas o CEC ganhou outra dimensão com a liderança de António Almeida Henriques.

O atual secretário de Estado da Eco-nomia e Desenvolvimento Regional

imprimiu uma dinâmica à associa-ção, de tal forma que foi durante a sua liderança que surgiram projetos como a sociedade de capital de risco Centro Venture ou a Rede de Empre-endedorismo e Inovação da Região.

Para que muitos destes projetos tivessem avançado foi importante a verba relativa aos fundos comunitá-rios. A gestão dos quadros comuni-tários foi entregue, desde o início, às comissões de coordenação de de-senvolvimento regional. No Centro, o segundo quadro comunitário (1994-2000) foi gerido por presidentes como Manuel Viegas Abreu, Alberto

Santos e José Reis. Os primeiros seis anos do século XXI foram importan-tes no que diz respeito ao terceiro quadro comunitário. João Vasco Ri-beiro ocupou o cargo de presidente da CCDR Centro durante três anos. Paulo Pereira Coelho (2003-2004) e Pedro Saraiva (2004-2005) foram os senhores que lhe seguiram, tendo Alfredo Marques estado à frente des-te órgão entre 2005 e 2012. Ou seja, fechou as contas do 3.º quadro co-munitário e implementou no terreno o Quadro de Referência Estratégico Nacional, que se encontra ainda em vigor. Nestes 18 anos, muitos foram

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1 João Vasco Ribeiro 2 Alberto Santos 3 António Almeida Henriques 4 Álvaro Santos Pereira

1935 - 2012 77 anos ao Serviço dos Bancários

Sindicato dos Bancários do Centro

Associação Sócio-Profissional que pri-vilegia um sindicalismo democrático e de proposição e a negociação coletiva, com vista à defesa dos valores coleti-vos da igualdade, liberdade e solida-riedade.

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Do apogeuao declínioda ACIC

111 A Associação Comer-cial e Industrial de Coimbra (ACIC) tem quase 150 anos de existência. Durante os 18 anos do DIÁRIO AS BEIRAS, esta instituição foi liderada por diversos dirigentes que lhe conferiram uma impor-tância que, com o declínio da zona comercial da Baixa, tem levado a que a associação esteja em risco de vida.

A medalha de ouro da cida-de em 1998 foi um dos pon-tos altos da vida associativa, a que se somou a atribuição em maio de 2002 da certifi-cação, pela APCER, do seu Sis-tema de Gestão da Qualidade para serviços de assessoria e informação. A liderança de Horácio Pina Prata marcou um ponto de viragem na di-nâmica associativa, a qual não foi seguida pelos suces-sores. Como tal, a associação vive períodos de grande difi-culdade financeira, ao ponto de estar em cima da mesa a alienação de parte do patri-mónio para resolver este tipo de problemas.

Vida económica da região marcada pelas associações e verbas comunitárias

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Em 1994 Portugal tentava recuperar de um ano de crise, com a evolução

negativa do PIB registada no ano anterior. O desemprego tinha-se acentuado. Um ciclo económico tinha-se esgotado mas, com as fases ascendente e descendente que são próprias de qualquer ciclo, durante cerca de 10 anos tivemos crescimento positivo e, nalguns anos, elevado. Esse ciclo tinha sido em tudo idêntico ao que se iniciou com a democracia, a seguir a 1974. Também esse tinha tido cerca de uma década.Ambos tinham melhorado consideravelmente a vida dos portugueses sob múltiplos aspetos pelos rendimentos que a economia gerava e distribuía, pela transformação positiva das condi-ções sociais, pela qualificação das pessoas e do país. Estávamos no limiar de uma recuperação que, designadamen-te, alargou o emprego para níveis que ele nunca tinha atingido no nosso país 5 milhões de pessoas haveriam de vir a estar incluídas no mercado do trabalho. Portugal tinha-se tornado numa das economia europeias em que mais gente tra-balha. O trabalho tinha-se tornado de tal forma decisivo na nossa sociedade que haveríamos de vir a assistir à atração de imigrantes, um fenómeno original no nosso país.18 anos passados, há uma mu-dança radical na nossa vidacoletiva: a relação de trabalho deixou de ser um elemento essencial de inclusão social para passar a ser, em muitos casos, uma gerador de desigualdades e exclusão; a crise deixou de poder ser encarada como um momento de passagem entre soluções de crescimento e de integração para se tornar longa, porventura crónica. Portugal tinha tido soluções políticas várias para se alcançar a melhoria do bem-estar coletivo. Hoje predomina uma lógica de desvalorização interna. Preci-samos de reencontrar novas soluções positivas.

José ReisDiretor da Faculdade de Economia

1 João Vasco Ribeiro 2 Alberto Santos 3 António Almeida Henriques 4 Álvaro Santos Pereira

os economistas da região que estiveram no Governo. Mas nenhum como Álvaro Santos Pereira chegou à liderança de uma pasta tão importante como o do Ministério da Eco-nomia. O antigo estudante da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra tem, agora, a missão de dar um novo impulso à economia na-cional em tempos de escassez monetária.

António [email protected]

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educação

O mediáticoMário Nogueira

111 Foi o rosto mais mediático da contestação contra as políticas levadas a cabo por Maria de Lurdes Rodrigues, titu-lar da pasta da Educação. Em 2007, Mário Nogueira venceu folgadamente a eleição para a liderança da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tornando-se o novo secretário-geral da maior estru-tura sindical de docentes. Os desafios crescentes, seja em Lisboa ou em outro sítio qualquer, nunca o impediram de regressar, sempre com a mesma vontade, à cidade que o recebeu e onde construiu toda a sua vida pessoal e profissional. Mas a luta, essa, continua.

Veiga Simão111 O percurso pessoal e académico

colocou Veiga Simão, desde muito cedo, num elevado patamar de qualidade e res-peito, primeiro, como professor, depois, como político. Nasceu na Guarda em 1929. Após ter concluído, na Universidade de Coimbra, a licenciatura em Ciências Físico-Químicas, obteve, em 1957, o grau de dou-tor em Física Nuclear na Universidade de Cambridge. Foi responsável pela criação da Universidade de Aveiro (1973), embaixa-dor de Portugal nas Nações Unidas entre 1974 e 1975, e presidente do Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia In-dustrial (1978-1983). Em 1983, assumiu o cargo de ministro da Indústria e Energia, no governo do Bloco Central e, em 1997, o primeiro-ministro António Guterres atribui-lhe a pasta da Defesa.

Helena Nazaré111 Helena Nazaré, catedrática em

Física, foi a primeira mulher a liderar uma universidade pública portuguesa (Aveiro), entre 2002 e 2010. Hoje, dia 23, toma posse como presidente da Associa-ção Europeia de Universidades (EUA), que representa mais de 850 universidades e conselhos de reitores de 46 países. É, também, a primeira mulher a assumir o cargo. Para além de ter sido reitora da UA ao logo de dois mandatos, foi diretora da Escola Superior de Saúde da Universi-dade de Aveiro e presidente do Comité para a investigação e transferência de conhecimento do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

Proeminentes figuras da universidade111 A história da cidade cruza-se,

necessariamente, com a da sua universi-dade. E por ela passaram personalidades que, de uma ou outra forma, se imorta-lizaram na história da vida portuguesa. Desde logo, Orlando de Carvalho, profes-sor da Faculdade de Direito, que ocupou o cargo de secretário de Estado da Reforma Educativa. A sua ação nas lutas estudantis marcou as várias gerações de estudantes de Coimbra na segunda metade do século XX. Faleceu em 2000, na sua terra natal, em Santa Marinha do Zêzere.

Também da Faculdade de Direito, An-tónio Arruda Ferrer Correia (nascido no Senhor da Serra, Miranda do Corvo), teria um percurso notável. Entre 1976 e 1982, nos anos conturbados do pós 25 de Abril, teve um papel fundamental enquanto rei-tor da Universidade de Coimbra (UC). A morte do reitor honorário da instituição – que presidiu à Fundação Calouste Gul-benkian –, justificou uma segunda edição do DIÁRIO AS BEIRAS, a única em 2003.

Durante o reitorado de Ferrer Correia, presidia ao Conselho Científico da Facul-dade de Letras (1976 –1989) aquela que havia sido a mulher a doutorar-se numa universidade portuguesa. Personalidade incontornável da cultura portuguesa, Maria Helena da Rocha Pereira desen-volveu, ao longo do seu percurso acadé-mico, uma intensa atividade pedagógica e científica nas áreas da cultura clássica greco-latina. O seu trabalho tem sido reconhecido: foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada e várias vezes premiada, nomeadamente com o prémio Eduardo Lourenço (2005) e o prémio Universidade de Coimbra (2006). Em 2009, a cidade atribuiu-lhe a

medalha de ouro. Ainda na vida universitária, destaque

para Rui de Alarcão. O catedrático de Direito foi o reitor da UC que mais anos esteve à frente do cargo depois do 25 de Abril: 16 anos nas décadas de 80 e 90.

A partir de 2003, seria a vez de Seabra Santos assumir o cargo, tendo sido ree-leito quatro anos mais tarde, em 2007. Os dois mandatos do catedrático da Fa-culdade de Ciências e Tecnologia nota-bilizaram-se no suporte da excelência, no reforço da aproximação à sociedade e ao tecido empresarial envolvente, na modernização e rejuvenescimento dos quadros de topo da instituição, na aposta na internacionalização. A sua nomeação para a presidência do Conselho de Reito-res das Universidades Portugueses foi um sinal de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido.

Na área dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), o destaque, como não podia deixar de ser, vai para António Luzio Vaz. O jurista e ex-administrador dos SASUC faleceu em abril de 2011, vítima de doença prolon-gada. Tinha 70 anos e era uma das figuras mais queridas da academia de Coimbra. Luzio Vaz foi administrador dos SASUC durante mais de 30 anos, tendo iniciado esta função em 1980 convidado pelo rei-tor Ferrer Correia.

Era um homem com espírito de mis-são profundo por aqueles que tinham mais dificuldades. A Academia não se esqueceu disso e continua a recordá-lo em várias ocasiões.

Patrícia Cruz [email protected]

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5Não é fácil num texto

curto assinalar os que de Coimbra têm

dado contributo importante para a Educação. Faria sentido enaltecer todos os profissionais, pois Coimbra tem indicadores notáveis em Educação. É a capi-tal distrito com indicadores mais homogéneos e positivos no que diz respeito a Educação e é uma cidade que atrai, que continua a atrair pessoas de fora, nacionais e estrangeiros, que procuram Educação.Destacar personalidades é tare-fa complexa. Ficarão muitas por realçar. O tempo já não abarca o Prof. Ferrer Correia e o modo notável como liderou a Univer-sidade de Coimbra e Fundação Gulbenkian, mas apraz-nos sempre evocá-lo.Destacaria a Prof. Rosário Gama, que liderou uma Escola, a Escola Secundária da Infanta Dona Maria, de excelência fazendo-o sempre de forma muito coerente, realçando as vantagens de contexto de que a Escola dispunha e dispõe, nunca sobrevalorando a Escola sem a integrar no respetivo contexto. A Educação faz-se de sentido ético e esta senhora bem o representa.A Prof. Teresa Mendes merece também uma menção, pelo trabalho inovador que desen-volveu e desenvolve à frente do Instituto Pedro Nunes e pelo sentido que se dá hoje em dia à incubação e ao empreende-dorismo. Não há projetos de uma só pessoa, e este foi e é um projeto coletivo, mas tendo que o personalizar é a Prof. Teresa Mendes quem escolho. A Edu-cação faz-se de inovação e de transformação e aqui temos um exemplo claro de como se pode Educar para além do diploma.Por último, uma nota para o Prof. João Gabriel Silva, para o Reitor da Universidade de Coimbra e o voto de que marque a Educação na cidade e no país e que daqui a 18 anos nos lembremos sempre dele quando falarmos destes temas. Educação é futuro e que ele represente o Futuro.José Manuel CanavarroDeputado

1 Rui de Alarcão 2 Luzio Vaz 3 Fernando Seabra Santos 4 Ferrer Correia 5 Maria Helena da Rocha Pereira 6 Orlando de Carvalho

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comunidade, partilhamos com as pessoas os nossos objetivos, a nossa evolução, os nossos sucessos. É aos nossos utentes que os dedicamos, dia a dia, procurando fazer deste, cada vez mais, o seu Centro Hospitalar Leiria-Pombal.

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Servir a comunidade, garantir o futuro

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empresas

IPN é incubadora de nível mundial111 O melhor exemplo da ligação

entre comunidade universitária e empre-sas ao longo das duas últimas décadas é o Instituto Pedro Nunes. Criado em 1991 por iniciativa da Universidade de Coim-bra, o IPN – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecno-logia – é instituição de direito privado sem fins lucrativos.

Com Laboratórios de Desenvolvimento Tecnológico, para além de uma rede de investigadores do Sistema Científico e

Tecnológico, integra uma incubadora que promove a criação de empresas spin-offs, ou seja de base tecnológica.

Ainda recentemente, Peter Cohan, cola-borador de referência da revista Forbes, professor de Master Business Adminis-tration (MBA) no Babson College e ges-tor de uma empresa de consultoria de gestão de capital de risco, visitou quatro empresas sediadas no IPN, constatando a vocação global de qualquer uma delas e admitindo que os projetos apresenta-dos possam ser alvo de financiamentos através de estruturas globais de capitais de risco.

Empresários com visão estratégica111 Os últimos 18 anos não fo-

ram fáceis para o tecido empresarial da região de Coimbra. Todavia, vários empresários que já lideravam grandes unidades de produção e distribuição em 1994 anteciparam a conjuntura para modernizar as suas empresas, competindo com recentes unidades industriais apostadas nas novas tec-noligias que se juntaram ao pelotão da frente.

Entre os novos gestores de topo em Coimbra destacam-se Gonçalo Qua-dros, administrador da Critical Softwa-re, e Paulo Barradas, a face mais visível da Bluepharma.

Gonçalo Quadros é licenciado em Engenharia Eletrotécnica e doutorado em Redes de Computadores pela Uni-versidade de Coimbra.

Foi ele que criou o primeiro sistema de informação para uma fábrica de pa-pel: a Soporcel. Em 1998 fundou, com colegas do doutoramento, a Critical Software, empresa de que é director geral. A empresa tem sede na Zona Industrial do Taveiro, em Coimbra, e Centros de Engenharia em Lisboa e Porto. Tem subsidiárias em San José (EUA), Southampton (Reino Unido) e Bucareste (Roménia).

Farmacêutica em CoimbraPaulo Barradas, CEO da Bluepharma,

é da mesma geração mas, com for-mação na área farmacêutica, apostou neste setor, constituindo uma empre-sa de capitais portugueses, com sede em Coimbra. A Bluepharma iniciou a sua atividade em fevereiro de 2001,

na sequência da aquisição, por um grupo de profissionais ligados ao setor (onde se integra Sérgio Simões), de uma das melhores e mais modernas unidades industriais do país, perten-cente à multinacional alemã Bayer. A partir daí reforçaram-se os esforços no fabrico, investigação, desenvolvimento e comercialização de medicamentos.

Bastante mais antigo, o Grupo Auto Sueco (Coimbra) teve à frente dos seus destinos, nas duas últimas déca-das, Ernesto Vieira, atual “chairman”. Com cinco vertentes, a empresa não se resume apenas ao tradicional ramo automóvel, alargando a sua área de influência ao comércio, imobiliário, indústria e serviços.

É neste âmbito que o setor das má-quinas e equipamentos se destaca

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1 Gonçalo Quadros da Critical Software2 Paulo Barradas da Bluepharma3 Ernesto Vieira da AutoSueco 4 José Redondo do Licor Beirão 5 Vitor Pais da Microplásticos 6 João Cardoso da Litocar

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Empresários com visão estratégica Há pessoas que fazem a diferença, e isso é uma realidade que muitos

esquecem. Algumas dessas pessoas são empreendedoras e têm o condão de saber or-ganizar e gerir pessoas, fazer projetos nascer e renascer, e são capazes de aproveitar oportunidades criando empre-go e valor. Na atual situação do país precisamos muito deste tipo de pessoas. Eu diria que é necessário e urgente colocar esse assunto na ordem do dia, com duas iniciativas simples:

1.Promover quem empre-endeu, realizou, teve suces-so, criou emprego e atividade económica. O seu exemplo deve ser conhecido e divulga-do. Devem ser convidados a ir a escolas como parte de um road-show permanente, o seu exemplo deve estar na Web, em site próprio, em formato multimédia, etc. Deve ser um objectivo nacional divulgar es-tas iniciativas;

2.Instituir o Prémio Empre-endedor do Ano: a atribuir anualmente aos empreende-dores que se destacaram nas várias áreas de atividade, per-mitindo o respectivo reconhe-cimento público. Este prémio deveria ser nacional, do Es-tado, e devidamente promo-vido, estando, por exemplo, associado a uma data nacional (25 de Abril, Dia de Portugal). Por exemplo: prémio empre-go (para o empreendedor que cria mais emprego), prémio resultados (para o empreen-dedor com melhores resul-tados económicos), prémio exportação, prémio ciência (maior investimento em I&D em consórcio), prémio inova-ção, prémio comunicação e divulgação, prémio iniciativa. No Centro de Portugal chamo à atenção para vários desses empreendedores: Adolfo Ro-que, Ernesto Vieira, Jorge An-jinho, Gonçalo Quadros, José Basílio Simões, Paulo Barra-das e Pedro Pinto. De várias gerações, de várias áreas, mas todos fizeram/fazem acon-tecer.

Norberto Pires, presidente da CCDRC

1 Gonçalo Quadros da Critical Software2 Paulo Barradas da Bluepharma3 Ernesto Vieira da AutoSueco 4 José Redondo do Licor Beirão 5 Vitor Pais da Microplásticos 6 João Cardoso da Litocar

na comercialização e aluguer, equipamentos de construção, indústrias transformadora e extrativa; reciclagem; florestas e movimentação de cargas.

Licor Beirão para o mundoDa mesma geração e tam-

bém herdando um negócio de família, foi na última década que José Redondo assumiu a administração da empresa J. Carrranca Redondo, produtora do Licor Beirão. Com sede na Lousã, através da moderniza-ção da linha de engarrafamento e da aposta forte em diversas plataformas de publicidade, foi possível multiplicar a pro-dução atingindo atualmente os quatro milhões de garrafas anualmente.

O empreendedorismo é também a costela mais forte de Vitor Pais, administrador da Microplásticos para a área comercial, empresa com sede na Figueira da Foz. Com a 35.ª posição entre as de maior fatu-ração no distrito de Coimbra, a unidade industrial celebrou recentemente a produção de 30 milhões de componentes, que integram o motor elétrico de limpa vidros traseiro da Bosch de 25 modelos de automóveis. A Microplásticos é um projeto que começou em 1987, sempre dirigido a um mercado muito específico, que é a produção de componentes técnicos por inje-ção de plásticos.

Também com origem na Fi-gueira da Foz (1982), mas ex-pandindo-se por toda a região Centro, o grupo de distribuição automóvel Litocar – atualmen-te liderado por João Cardoso – deve muito do seu crescimento à força de vontade e determina-ção do presidente do conselho de administração. Como con-cessionário da marca Renault, paulatinamente foi alcançando posições entre a Honda, Nissan e (muito recentemente) Mit-subishi.

António [email protected]

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justiça

A Administração Pública e o Direito

111 Um dos mais emblemáticos presi-dentes da Assembleia da República, cargo que exerceu entre 1991 e 1995, Barbosa de Melo, pai do atual presidente da Câma-ra de Coimbra, foi membro do Conselho de Estado durante 20 anos. Ligado ao Direito Administrativo, esteve na Comis-são Instaladora do Instituto Nacional de Administração e na fundação do Centro de Estudos e Formação Autárquica.

Observatório da adoção e juventude

111 Guilherme de Oliveira, docente da Faculdade de Direito de Coimbra e pre-sidente da direção do Centro de Direito da Família, é especialista de um setor da Justiça pouco reconhecido. Como diretor do Observatório Permanente de Adoção assume a liderança de um grupo de estu-dos sobre a adoção em particular, e sobre a infância e a juventude, em geral.

Bastonário polémico

111 Conhecido como o mais polémico e acutilante Bastonário da Ordem dos Advo-gados das últimas décadas, Marinho Pinto, começou a sua vida profissional como jor-nalista, depois de obter a licenciatura em Direito. Esteve na ANOP (agência noticio-sa), na Lusa e no Expresso, depois de uma interrupção de dois anos, onde foi assessor em Macau. Na Ordem dos Advogados foi membro do Conselho Geral e presidente da Comissão de Direitos Humanos, entre 2002 e 2003. É bastonário desde 2008.

Uma mulher quedá cartas no Direito

111 Ainda mais fantástico do que ser a primeira mulher a ascender à direção da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), ser a única mulher entre os 14 professores catedráticos da FDUC confere um especial estatuto a Anabela Rodrigues. Tem-se distinguido no setor da Justiça em Portugal nas duas últimas décadas. Antiga diretora do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), é professora de Direito e Processo Penal e foi presidente da Comissão para a Reforma do Sistema de Execução de Penas e Medidas e da Co-missão de Reforma da Legislação sobre o Processo Tutelar Educativo.

Os professores da grande escola de Direito111 Há quatro nomes que vêm à

memória assim que se fala na escola de Direito de Coimbra. Dois do Direito Constitucional: Gomes Canotilho e Vital Moreira, e outros dois do Direito Penal: Figueiredo Dias e Costa Andrade.

Todos colaboraram, direta ou indireta-mente na redação da Constituição Por-tuguesa aprovada e decretada em 1976.

Gomes Canotilho exerceu funções de Conselheiro de Estado e é autor, entre dezenas de outras, da incontornável Constituição da República Portuguesa Anotada. Foi vice-reitor da Universi-dade de Coimbra e vice-presidente do Conselho Diretivo da Faculdade de Di-reito. A vasta experiência internacional começou com a sua preparação para o doutoramento em Freiburg e Hei-delberg, na então República Federal da Alemanha e a passagem por Macau como professor visitante.

Vital Moreira de deputado do PCPna Constituinte a eurodeputado do PS

Coautor da Constituição da Repúbli-ca Portuguesa Anotada, Vital Moreira distingue-se pela sua participação na política, onde se estreou como depu-tado eleito pelo Partido Comunista Português na Assembleia Constituin-te (1975-1976). Foi juiz no Tribunal Constitucional (1983-1989), regres-sando ao parlamento seis anos depois como deputado independente, eleito pelo Partido Socialista. Foi candidato às eleições europeias de 2009 como cabeça de lista nacional do PS, eleito eurodeputado, embora o PSD, cujo cabeça de lista era Paulo Rangel, tenha

ganho essas eleições.

Figueiredo Dias presidiu à reformados códigos Penal e de Processo Penal

Menos ativo politicamente, mas tam-bém eleito deputado durante uma tem-porada, Figueiredo Dias foi fundador do PSD e é professor jubilado de Direito Penal, Processo Penal e Ciência Criminal da Universidade de Coimbra.

Professor convidado de universidades como Sorbonne, Macau ou Santiago do Chile, assumiu as funções de presidente da comissão que elaborou o novo Códi-go de Processo Penal português (1987) e a Reforma do Código Penal (1995). Foi membro do Conselho de Estado por escolha e nomeação do Presidente da República entre 1982 a 1986.

Costa Andrade, conceituadojurisconsulto de assuntos criminais

Outro dos mais conceituados penalis-tas-jurisconstitucionalistas portugue-ses de sempre é o, também, professor jubilado da Universidade de Coimbra, Costa Andrade.

Com uma forte vertente de inter-venção política, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e, posterior-mente deputado à Assembleia da Re-pública nas subsequentes legislaturas (até 1995). Sempre em atividade como docente, é um conceituado jurisconsul-to, intervindo com “pareceres” sobre as-suntos criminais de índole substantiva ou adjetiva.

António [email protected]

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Cunha Rodrigues, Procurador Geral da República durante

16 anos, é a grande figu-ra da Justiça em Portugal do pós-25 de Abril. Nem sempre reconhecido pelo trabalho prestado, “é ao longe que se veem bem as grandes figuras”, escrevi eu sobre ele, há alguns anos. Ou seja, é agora, com este distanciamento histórico, que podemos observar a sua atuação no cargo. Deixa sau-dades no mundo da Justiça também pela forma como se relacionou com advogados e jornalistas, sendo inflexí-vel nas suas posições, mas dialogante.Acabou por ser atacado co-bardemente por aqueles que estão agora na mó de cima das estruturas dominantes das magistraturas.De resto, tenho de destacar o contributo de professores, alguns deles de Coimbra, como os constitucionalis-tas Gomes Canotilho, Vital Moreira e Jorge Miranda. São três figuras importantes do ordenamento jurídico portu-guês desde a Constituinte.Quanto a personalidades que ocuparam ao longo destes anos a pasta da Justiça nos diferentes governos, a pior é a atual ministra Paula Teixeira da Cruz, que há-de estar sempre a gerar notícias todos os dias, sem tino, para fazer manchetes nos jornais. Um bom trabalho na pasta da Justiça foi o que fez o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, que foi ministro da Justiça entre 1999 e 2002. Transmitia ideias com muita solidez e consistência.

António Marinho PintoBastonário da Ordemdos Advogados

1 Gomes Canotilho 2 Costa Andrade 3 Figueiredo Dias 4 Anabela Rodrigues

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política

Figuras de proa... para a Europa111 Manuel Porto, Lucas Pires, Vital

Moreira, Luís Marinho, Fausto Correia. Quatro figuras políticas de Coimbra que tiveram projeção em Bruxelas, tendo dois deles (Pires e Marinho) sido mesmo vice-presidentes do Parlamento Europeu.

Lideranças em causa

111 Ouvem-se com frequência crí-ticas à (falta de) liderança em Coimbra. Em Lisboa, não mais tiveram voz líderes partidários como Fausto Correia ou Paulo Pereira Coelho. Os sucessores, Victor Bap-tista e Jaime Soares, estiveram já alguns “degraus” abaixo. Desde então, Pedro Machado e Marcelo Nuno, no PSD, e Má-rio Ruivo, no PS, apenas confirmaram a trajetória descendente.

Duas décadas,dois autarcas111 No plano autárquico, cada uma

das duas últimas décadas ficou marca-da por um nome: a de 1990 por Manuel Machado, do PS; a de 2000 por Carlos Encarnação, do PSD.

Cada um imprimiu a sua própria marca, na câmara, sempre à frente de confortá-veis maiorias absolutas. Curiosamente, têm em comum uma curiosa “rampa de lançamento”: nenhum deles era candida-to provável e ambos o foram no âmbito de controversos e discutidos processos internos.

Machado não tardou em impor um es-tilo inconfundível: domínio absoluto dos dossiês, trabalhador incansável, centra-lista, minucioso, avesso à reverência ao poder central. Acabou por sair, em 2001, sem ter oportunidade de inaugurar o enorme caudal de grandes obras públi-cas por si projetadas e iniciadas, como o parque verde. No plano dos investimentos nacionais, também a Ponte Europa e o Convento de Santa Clara-a-Velha foram fruto do seu denodo.

Encarnação, por seu turno, afirmou em Coimbra toda a sua sagacidade política, já conhecida do Parlamento. Domínio perfeito da oratória, invulgar capacidade de descentralizar pelouros, sensibilidade para a memória de cidade, desprendi-mento face a cenários transmunicipais, identificação clara de prioridades – como a ligação à universidade, apoiado em Fernando Seabra Santos, naquela que terá sido a estratégia política mais consistente e consequente do seu legado, na câmara.

18 anos de jogos de poder ao centr(ã)o111 Em 1994, quando o DIÁRIO AS

BEIRAS surgiu como jornal diário, Coim-bra tinha real presença nas instituições políticas nacionais. Basta referir dois no-mes em lugares de topo da hierarquia do Estado: Barbosa de Melo era presidente da Assembleia da República e José Manuel Cardoso da Costa presidia ao Tribunal Constitucional.

Também nas comunidades europeias tinham destaque quatro conimbricenses: os eurodeputados Manuel Lopes Porto e Francisco Lucas Pires –; o juiz José Luís Cruz Vilaça. que presidia ao Tribunal de Primeira Instância das Comunidades Eu-ropeias; Luís Marinho, que foi vários anos vice-presidente do Parlamento Europeu.

Em Lisboa, vigorava o XI Governo Consti-tucional, que teve, como ministros, nomes incontornáveis, como Fernando Nogueira e Dias Loureiro, mas também figuras liga-das ao distrito e à região, como Arlindo Cunha, António Duarte Silva, Figueiredo Lopes, Falcão e Cunha, Arlindo de Car-valho ou Carlos Borrego. Nas Secretarias de Estado, também, o PSD propulsionou alguns quadros conimbricenses, como Álvaro Amaro, Carlos Encarnação, Martins Nunes, Lopes Martins e outros.

Em Coimbra, a câmara municipal era liderada pelo socialista Manuel Machado, acabado de iniciar um segundo mandato com maioria absoluta reforçada. No plano partidário, o PSD mantinha Calvão da Silva como líder distrital, ao passo que Fausto Correia preparava o PS para uma sucessão invulgar de vitórias eleitorais no distrito.

A mudança de cenário político, no país, em 1995, marcou o início do fim da pre-sença de Coimbra no país. Os dois gover-nos de António Guterres tiveram, é certo,

alguns membros de Coimbra (Fausto Cor-reia, desde logo, mas também José Pene-dos, logo no início; mais tarde também José Reis e Luís Parreirão).

No plano partidário, o PS viveu uma pri-meira “cisão”, com Victor Baptista a desa-fiar a sucessão preferida por Fausto – Luís Parreirão, que ganhou. Já o PSD tinha, em tempo, eleito Paulo Pereira Coelho para um “reinado” que viria a ser vitorioso em diversos tabuleiros. Foi o caso da Câmara de Coimbra, em 2001, com um candidato inesperado: Carlos Encarnação, que viria a marcar a década seguinte, na cidade.

Para o Governo de coligação PSD/CDS, eleito no ano seguinte e liderado por Du-rão Barroso, Coimbra voltou a não marcar pontos, tendo apenas levado a Lisboa Luís Pais de Sousa como secretário de Estado. Mais tarde, com Santana Lopes, o pano-rama “melhorou”, tendo José Manuel Canavarro e Paulo Pereira Coelho ganho protagonismo.

Regressa o PS ao poder e Sócrates esco-lhe Maria Manuel Leitão Marques e Paulo Campos para secretários de Estado e Fer-nando Rocha Andrade para sub-secretá-rio. Gomes Canotilho e, mais tarde, Rui Alarcão chegam ao Conselho de Estado. Em 2009, entretanto, aconteceu a inespe-rada nomeação de Dulce Pássaro para o Ministério do Ambiente.

Com Passos Coelho, a fragilidade de Coimbra manteve-se, com a exceção úni-ca do secretário de Estado Paulo Júlio, por sinal investido em tarefas que acabam por torná-lo um dos mais importantes membros do atual governo.

Paulo [email protected]

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4Se para falar de política nos

cingíssemos só à vida partidária, Coimbra ficaria

a preto e branco. A derrota, nas últimas legislativas, do então líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, é disso exemplo. Foi penalizado um ser humano exemplar. Se-guimos, então, para outras tona-lidades. Na vida da urbe, muito contribuiu a sageza de Manuel Machado, autarca socialista a quem se deve, por exemplo, a polémica recuperação do Mos-teiro de Santa Clara-a-Velha. António Guterres e Manuel Maria Carrilho foram sensíveis ao argumento do então presi-dente da câmara, sublinhe-se em abono da verdade. Teresa Portugal, ex-vereadora da Cultura, e Alexandre Leitão (hoje diplomata) são outros nomes incontornáveis. A esta distância temporal, faltará ainda perceber os meandros dos consecutivos mandatos autárquicos do social-demo-crata Carlos Encarnação, que ao abandonar a ‘cadeira’ da Praça 8 de Maio, disse estar farto do inenarrável processo do metro ligeiro. A ser assim, o projeto foi o adversário político mais con-tundente para Encarnação.Noutro quadrante, da política criminal e social, a dupla Almei-da Rodrigues e Pedro do Carmo (na liderança da PJ) e, também, Marinho e Pinto (bastonário da Ordem dos Advogados) são nomes que não podemosomitir.Na política educativa, vários líde-res estudantis e reitores fizeram crer que, nesta Coimbra que deu mundo ao mundo, está o mun-do todo. Rui Alarcão, Fernando Rebelo, Fernando Seabra Santos são os reitores que encheram páginas dos jornais. Nos líderes estudantis, Zita Henriques e António Silva fizeram escola. Porém, se “fazer política” fosse, apenas, a saga de uma cidade com imagens com fulgor, dir-se-ia, então, que o eurodepu-tado Fausto Correia, que nos deixou prematuramente, seria a personificação de todos os políticos que têm uma marca única: Coimbra.

Paula Carmo, jornalista

1 Manuel Machado 2 Carlos Encarnação 3 Paulo Pereira Coelho 4 Paulo Júlio 5 Fausto Correia

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regionalismo

Três regionalistas111 Manuel Porto, Vital Moreira, Ma-

nuel Queiró. Três nomes de regionalistas convictos. Três personalidades de diferen-tes quadrantes políticos que nunca escon-deram a opção pelo modelo regionalista de organização do território, assente na lógica consolidada das regiões-plano.

Os governadores civis do distrito

111 Os governos civis têm quase dois séculos. O governo de Passos Coelho ex-tinguiu-os, num processo não isento de polémica. Não obstante, a identificação dos cidadãos com o seu distrito é ainda grande. Em Coimbra, nos últimos 18 anos, apenas cinco políticos exerceram o cargo, desde 1994: Pedroso de Lima, Victor Bap-tista, Horácio Antunes, Fernando Antunes e Henrique Fernandes.

A experiência de coordenar a região-plano111 Remonta ao final da década de

1960 a criação das chamadas regiões de planeamento. Em curso estava um terceiro plano nacional de fomento e o governo de Marcelo Caetano quis, assim, garantir uma distribuição regional equitativa do desenvolvimento. Uma década depois, em 1979, o novo poder democrático instituía as comissões de coordenação regional, com o objetivo de coordenar a atividade dos municípios e, de forma progressiva, de ge-rir, à escala regional, as políticas governa-mentais. Todavia, nenhuma independência lhes estava associada e escassa autonomia se lhes reconhecia. Aos seus responsáveis máximos, portanto, competia, para além de pugnar pelo exercício efetivo das com-petências atribuídas, também contribuir para o reforço da identidade regional. Ora, nem todos os presidentes da CC(D)R do Centro, nos últimos 18 anos, assumiram a mesma dimensão política proativa. Viegas de Abreu (1991-1995) foi o mais discreto. Paulo Pereira Coelho (2003-2004) o mais político. João Vasco Ribeiro (1999-2002) foi o que mais tempo resistiu no cargo após a queda do governo que o nomeara. Pedro Saraiva (2004-2005) quase não teve tempo para explanar as suas ideias. Daí que tenham sido José Reis (1996-1999) e Alfre-do Marques (2005-2012), curiosamente ambos professores de Economia e espe-cialistas em planeamento, os que puderam desenvolver de forma mais consequente, e conceptual, a sua ideia de região.

Duas décadas de um frágil Centro111 Até 1998, ninguém no país tinha

propriamente uma ideia formada sobre um mapa. As regiões administrativas eram um imperativo constitucional e nem o labor de detratores ilustres, como Cavaco Silva, por exemplo, ou também como Má-rio Soares, fazia definhar o entusiasmo dos aspirantes ao novo mundo da organização territorial do país.

Não obstante, havia uma revolução silenciosa em curso. O país, dividido em municípios desde antes da Nacionalida-de e em distritos e em províncias desde o Liberalismo, começava vagamente a ouvir falar em estranhos acrónimos com os quais, valha a verdade, ainda hoje está pouco familiarizado: NUT - Nomenclatura de Unidade Territorial. Assim impôs a Europa a nova divisão do espaço. As NUT2 decalcavam uma divi-são já anterior à CEE, a das comissões de coordenação regional, que respeitaram as grandes divisões geográficas do norte, centro e Alentejo e acrescentavam duas realidades consolidadas: o Algarve e a região de Lisboa e Vale do Tejo. Para as NUT3 olhava-se as identidades subre-gionais – o Baixo Mondego, a Serra da Estrela, o Pinhal Interior (norte e sul), o Baixo Vouga...

Neste contexto, ninguém se espantou com a forte reação ao “mapa” proposto pelo Governo PS, em 1998, para o refe-rendo à regionalização. Destacaram-se o PCP, com o seu próprio mapa, assen-te nos distritos, e os regionalistas de sempre, à direita – com destaque para Manuel Lopes Porto, do PSD, professor de Direito e primeiro presidente da co-missão de coordenação regional, e para Manuel Queiró, do CDS, docente e futuro presidente do Fórum Centro Portugal.

Também na área do PS se ouviram vozes discordantes da linha oficial, com des-taque para os professores universitários José Reis e Vital Moreira.

Finda a “aventura” do referendo, a re-gionalização foi literalmente “emprate-leirada”. E, enquanto o país se afunilava para o imenso vórtice lisboeta, os suces-sivos governos trataram de introduzir uma dimensão folclórica ao debate re-gional: a deslocalização dos serviços des-concentrados do Estado, que, a pretexto de um alegado incentivo ao equilíbrio multipolar, apenas fez regressar e eriçar velhas rivalidades paroquiais.

No último ano, porém, a regionaliza-ção volta à ribalta, no âmbito da dis-cussão da reforma administrativa, e foi catalisada com a proposta do PS de avan-çar, já, para a eleição direta dos órgãos dirigentes das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto – uma proposta de ris-cos consideráveis, como, em momentos bem diferentes, José Reis e Vital Moreira assinalaram:

“Portugal corre o sério risco de, sem regio-nalização, se tornar macrocéfalo e bipolar, com a redução do debate regional às duas áreas metropolitanas (a “insensata” regio-nalização inorgânica que está em curso)”

José Reis, 1998

“Resta porém saber se, depois de satisfei-tos os interesses das regiões metropolitanas de Lisboa e do Porto, não se consolidará definitivamente essa regionalização parcial e assimétrica, à custa do resto do país”

Vital Moreira, 2011

Paulo [email protected]

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Nos últimos 12 anos o meu percurso profissional tem-se cruzado com

os Programas de Requalificação Nacionais, primeiro urbana, no Polis das Cidades e agora nas áreas costeiras, no Polis Litoral.No Polis das Cidades iniciei e acompanhei a intervenção em Coimbra. Fui testemunha privilegia-da da mudança para melhor que a Cidade viveu. Depois, na qualidade de coordenador de Comunicação da Parque Expo, acompanhei as principais intervenções nas capitais de distrito da região Centro. Aveiro, Viseu, Guarda, Leiria e Castelo Branco. Em todas, o efeito Polis se fez sentir (numas mais que outras, é certo), tornando - as mais competitivas, melhorando a qualidade de vida, aumentando a atractividade e ampliando o papel relevante que estes pólos urbanos têm na estruturação do sistema urbano nacional. A principal virtude do Programa Polis Cidades terá sido o estabele-cimento de parcerias entre Estado Central e Autarquias Locais e a de-monstração da possibilidade de su-cesso quando as várias dimensões de poder se encontram em sintonia e imbuídas num espírito comum. À disponibilidade de meios que o Governo proporcionou, juntou-se a sensibilidade, conhecimento e recursos locais trazido pelos Mu-nicípios, potenciando, deste modo, o acesso aos fundos comunitários, indispensáveis à materialização e execução, num tempo mais curto, dos Projectos. Esta fórmula (parceria Estado Cen-tral/Autarquias mais financiamen-to comunitário) foi transposta para as Operações de Requalificação da Orla Costeira – Programa Polis Litoral, mais recentes. Na Região de Aveiro, o Polis Litoral Ria de Aveiro, dá uma nova dimen-são a esta realidade. Aqui encon-tramos a primeira parceria, única no país, entre o Estado Central e uma Comunidade Intermunicipal, no caso, a da Região de Aveiro. De problemas de escala municipal, passamos a problemas de escala intermunicipal, mas a solução, porque boa, mantém-se.

Rui FonsecaConsultor de Comunicação atualmente a colaborar no Polis Litoral Ria de Aveiro

1 Manuel Queiró 2 Vital Moreira 3 José Reis 4 Alfredo Marques 5 Manuel Porto

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saúde

Jeni Canha

111�Ao longo dos últimos 18 anos, a pediatra Jeni Canha soube dar voz, como ninguém, à prevenção dos maus tratos a crianças, num trabalho persistente que desenvolve há muito, como coordenadora do Núcleo de Estudo da Criança de Risco do Hospital Pediátrico de Coimbra. A região, aliás, pode orgulhar-se de todos os pro-fi ssionais que trabalham na área da saúde materno-infantil e da pediatria: o Centro tem a menor taxa de mortalidade infantil do país e uma das melhores da Europa.

Manuel Rodrigues111�O Hospital Geral (Covões), do Cen-

tro Hospitalar de Coimbra (CHC-CHUC) foi pioneiro em implantes cocleares em crianças com surdez profunda e com menos de quatro anos. Um trabalho iniciado por Manuel Filipe Rodrigues, já falecido, muitos diretor do Serviço de Otorrino, e Fernando Rodrigues.

Eduardo Castela111�O cardiologista pediátrico Eduar-

do Castela é um nome de referência quando se fala em telemedicina. Iniciou e desenvol-veu, a partir de 1998, um trabalho consis-tente, no Hospital Pediátrico de Coimbra. O serviço que dirige, a Cardiologia Pediátrica do HPC, realiza consultas de cardiologia pediátrica e fetal, por telemedicina, com muitos hospitais do país e de Angola, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e Espanha.

Duarte Nuno Vieira1111�A partir de Coimbra, o presi-

dente do Instituto Nacional de Medicina Legal, Duarte Nuno Vieira, revolucionou os serviços-médico-legais em Portugal. Nos últimos anos, modernizou os serviços nesta área centenária como nunca antes tinha acontecido, criando uma nova rede de ga-binetes médico-legais e desenvolvendo os setores laboratoriais e periciais.

José Manuel Silva111�Em Coimbra foram escolhidos,

nos últimos anos, dois bastonários da Or-dem dos Médicos: Santana Maia e o atual bastonário, José Manuel Silva. Apesar de liderar na área da saúde, Coimbra tem es-tado pouco representada no Governo nos últimos anos: teve dois secretários de Esta-do da Saúde: José Martins Nunes, que agora preside ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), e Lopes Martins.

Ao nível do melhor que se faz no mundo111�Portugal está na cauda da Europa

em muitos indicadores, mas não na área da saúde. E Coimbra, e os seus hospitais, palco de feitos pioneiros, muito têm contribuído nos últimos anos para os sucessos neste setor. Desde a área da transplantação à psicocirurgia moderna, foram muitas as intervenções inovadoras realizadas nos úl-timos 18 anos em Coimbra, pelas mãos de profi ssionais que elevam a cidade ao nível do melhor que se faz no país e no mundo.

O cirurgião de Coimbra, Linhares Furta-do, foi pioneiro em Portugal na transplan-tação de órgãos abdominais, ao realizar em 1969 o primeiro transplante renal. E nos últimos anos foram muitas as in-tervenções que efetuou nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC-CHUC). Foi também pioneiro nos transplantes renais com dador vivo, na transplantação do fígado, e nas suas diversas técnicas, e do pâncreas, e nos transplantes hepáticos pediátricos.

Nos HUC realizaram-se, sob a sua direção, até agosto de 2003, data da sua jubila-ção, 536 transplantes hepáticos, 1.211 renais, três de intestino, três de pâncreas e nove transplantes hepáticos com dador vivo. Na direção do Serviço de Urologia e Transplantação dos HUC sucedeu-lhe Alfredo Mota, que tem mantido o padrão de excelência: o serviço é o que realiza o maior número de transplantes renais a nível nacional.

Coimbra é também o único centro do país que realiza transplantes hepáticos pediátricos. Este programa de transplan-tação foi interrompido durante alguns meses – obrigando as crianças a serem enviadas para Madrid –, mas está agora a ser retomado, sob a direção de Emanuel

Furtado, o único cirugião do país capaz de realizar estes transplantes nas crianças mais pequenas, e envolvendo os HUC e o Pediátrico de Coimbra.

Também nos HUC, o cirurgião Manuel Antunes, diretor do Centro de Cirurgia Cardiotorácica, iniciou, em novembro de 2003, os transplantes de coração. Logo no primeiro ano transformou o programa de transplantação cardíaca dos HUC no mais produtivo a nível nacional, cumprindo as metas que traçara. Mas os transplantes representam apenas entre 1 a 1,5 por cento da atividade do serviço. Anualmente, são ali realizadas mais de 1.500 cirurgias dos foros cardíaco e pulmonar, com elevadas taxas de sucesso, que igualam as dos me-lhores centros europeus e mundiais.

A 27 de outubro de 1997, nos HUC, uma equipa chefiada por Abel Nascimento, especialista em cirurgia da mão e micro-cirurgia, implantou, num jovem tetraplé-gico um revolucionário sistema que lhe permitiu recuperar o movimento da mão e executar tarefas básicas como comer, beber, pentear-se e trabalhar num compu-tador. Anos antes, em 1992, numa opera-ção que durou 13 horas, Abel Nascimento reimplantou o pénis a um jovem, que se tornou um dos casos de automutilação mais conhecidos no país.

Estes são apenas alguns exemplos – tal-vez os mais mediáticos – de um trabalho de excelência desenvolvido por um vasto conjunto de profissionais dos hospitais de Coimbra, de resto, a cidade que o “pai” do Serviço Nacional de Saúde, António Arnaut, escolheu para viver.

Dora [email protected]

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4A saúde em Coimbra

está a passar por uma fase de reestru-

turação, que pode bem ser aproveitada para darmos um salto qualitativo e aumen-tarmos a noção de Coimbra como um pólo de excelên-cia na área da saúde, em Portugal.Coimbra, e os seus hospi-tais, têm um conjunto de competências humanas e e um conjunto de recursos técnicos que são referência, nacional e internacional, em várias áreas. No entanto, temos que ser capazes de desenvolver outras e conseguir criar mais um conjunto de áreas de excelência, que possam ser atrativas para os doentes, que hoje requerem qualida-de e as melhores condições para o seu tratamento.Coimbra não se pode afi rmar na saúde pelo número de camas disponíveis, mas sim pela qualidade de inter-venção, pela inovação e, no fundo, pelos resultados obtidos.Para cumprir este desiderato, os dirigentes nacionais e regionais ligados à área da saúde da cidade terão que fazer um estudo e planos e concertar estratégias, de modo a atingir os objectivos atrás anunciados - qualidade, inovação e bons resultados. E, fi nalmente, deverão ter a arte e o engenho de saber motivar os profi ssionais da área da saúde para os envolver na tal cultura de excelência que se deseja para a cidade.Estou esperançado que Coimbra vai vencer este desafi o e que os respon-sáveis da saúde, que nos dirigem, vão fazer o melhor que podem para atingir estes objetivos.

Reis Marques,diretor do Serviço dePsiquiatria dos Hospitaisda Universidade deCoimbra - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

1 Manuel Antunes 2 Jeni Canha 3 Emanuel Furtado 4 Duarte Nuno Vieira 5 Linhares Furtado

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segurança

Euclides Dâmaso a caminho do lugar de procurador geral da República 111 Em 2011 Euclides Dâmaso, dire-

tor do Departemento de Investigação e Ação Penal de Coimbra (DIAP) de Coim-bra desde 1999, foi escolhido para pro-curador geral distrital de Coimbra. O ma-gistrado, conhecido pelas suas posições críticas na área de combate à corrupção, substituiu, no cargo, o procurador-geral adjunto Braga Temido, que se jubilou. Euclides Dâmaso ingressou no Ministé-rio Público em 1978, e foi director-geral adjunto da Polícia Judiciária durante dez anos (de1989 a 1999) até ser nomeado director do DIAP de Coimbra. O passo seguinte, entretanto, parece estar já tra-çado: a sucessão de Pinto Monteiro no cargo de procurador geral da República.

Jaime Soares: sempre lado a lado com os bombeiros111 Jaime Soares é o novo presidente

da Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB), e deixou o comando dos Bombeiros de Vila Nova de Poiares por limite de idade. Jaime Soares, que também é presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares há 37 anos, tem 50 anos como bombeiro e 35 como comandante da corporação poiarense. A par da política, só a atividade de bombeiro lhe toma quase todo o tempo e o rouba à família. Jaime Soares começou como aspi-rante e percorreu todos os lugares, tendo agora chegado à liderança da LBP.

Dias Loureiro:o influente ministro111 Licenciou-se em Direito, na Facul-

dade de Direito da Universidade de Coim-bra, cidade onde iniciou a sua carreira como advogado, em 1978. Foi governador civil do Distrito de Coimbra, entre 1981 e 1983, e secretário-geral da Comissão Política Na-cional do PSD, entre 1985 e 1987. Nos dois últimos governos de Cavaco Silva, ocupou os cargos de Ministro dos Assuntos Par-lamentares (1987-1991) e de Ministro da Administração Interna (1991-1995). Ficou ligado ao bloqueio da Ponte 25 de Abril, em 1994, ao chamar as forças de intervenção que, à força, fizeram desmobilizar os mani-festantes. Nos últimos anos a sua imagem ficou manchada com o “caso” BPN.

Os rostos da (nossa)segurança 111 Ao longo destes 18 anos várias

figuras de Coimbra e da região Centro se destacaram na área da segurança. Não é fá-cil referir todos os nomes dos que, por este ou aquele motivo, merecem ser referidos. Uns, muito antes ainda do DIÁRIO AS BEI-RAS dar os primeiros passos, há muito que já intervinham, de forma relevante nesta área. Passando da Polícia Judiciária pelos vários corpos de Bombeiros da região, houve muitos que se distinguiram pelas ações que desenvolveram ou que foram desenvolvendo. Nesta área da segurança – que pelo seu sentido lato junta várias matérias – o difícil acaba mesmo por ser a escolha das figuras. Fica sempre a certeza que muitos outros nomes mereciam uma referência. Escolher torna-se, por isso, um exercício (quase sempre) difícil.

Lideranças antigas Jaime Soares é um exemplo perfeito de

quem já há muito está ligado a esta área da segurança. É o novo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, e deixou o comando dos Bombeiros de Vila Nova de Poiares por limite de idade. Tem 50 anos como bombeiros e 35 como comandante da corporação poiarense.

Na mesma área, António Simões, co-mandante dos Bombeiros Voluntários de Penacova sucedeu a Jaime Soares na presidência da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra. António Simões desde 2006 é comandante da corporação que integra há 22 anos.

Na Polícia Judiciária, Santos Cabral, to-mou posse como diretor nacional a 12 de agosto de 2004, onde se manteve até 2006.

Até assumir o cargo de diretor nacional da PJ era juiz do Tribunal da Relação de Coim-bra. Deixou o cargo de diretor nacional em 2006. Em 2008 Almeida Rodrigues sucedeu a Alípio Ribeiro na direção da PJ. Foi a primeira vez que a PJ passou a ser dirigida por um investigador de carreira. Era subdiretor nacional adjunto na Dire-toria de Coimbra da PJ e transitou para a direção nacional.

No mesmo ano, o então procurador-adjunto Rui Almeida sucedeu a Pedro do Carmo na liderança da Diretoria de Coim-bra da PJ. Rui Almeida exercia a função de magistrado do Ministério Público no De-partamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra. Pedro do Carmo passou, en-tretanto, a diretor nacional adjunto da PJ, depois de ter exercido o cargo de diretor em Coimbra. Em 2011, Euclides Dâmaso, diretor do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra desde 1999 foi escolhido para procurador geral distrital de Coimbra, pelo Conselho Superior do Ministério Público.

Mário Mendes entre 1991 e 1995, foi di-rector-geral da PJ e, por inerência, membro do Conselho Superior de Segurança Inter-na e do Conselho Superior Médico-Legal. Seguiu depois para Bruxelas, onde entre 1996 e 2001 desempenhou as funções de conselheiro técnico principal na Repre-sentação Permanente de Portugal junto da União Europeia. Passou por diversos órgãos até chegar a Secretário Geral de Segurança Interna.

Rute Melo [email protected]

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A Proteção Civil é um conceito que integra os cidadãos e todos os

organismos que concorrem para a segurança, tendo como objetivos a prevenção dos riscos coletivos resultantes de acidentes graves, catástrofes, de origem natural ou tecnológi-ca, bem como a atenuação dos seus efeitos e o socorro das pessoas em perigo.Coimbra possui instituído um Serviço de Proteção Civil Muni-cipal que responde em termos organizativos aos conceitos e estruturação atuais. Elabora planos de prevenção de riscos – planos operacionais para o combate a incêndios florestais, planos de cheias e inundações, planos especiais para zonas específicas, como o Centro Urbano Antigo, planos de se-gurança de edifícios municipais, e de um modo geral responde às preocupações dos cidadãos para a resolução ou minimiza-ção dos riscos que os afetam.No município existem 3 corporações de bombei-ros – Sapadores Municipais, Voluntários de Coimbra e Voluntários de Brasfemes, que são dotadas de meios humanos e equipamentos de resposta para a segurança das populações e que constituem uma reserva estratégica de elevado potencial, de âmbito não apenas municipal, mas também regional. Pela sua centralidade, Coimbra possui excelentes instalações hospitalares e estruturas de socorro, de apoio e segurança, que concorrem para a organi-zação de um sistema eficaz de proteção das populações.O conhecimento e importância a atribuir aos riscos e aos mo-dos de atuação para minorar os seus efeitos é fundamental, realçando-se a difusão destes conceitos através dos órgãos de comunicação social e das campanhas de sensibilização em curso, de que resulta uma cultura de segurança por parte dos cidadãos.

António Serra ConstantinoResponsável pela Proteção Civil Municipal

1 Almeida Rodrigues 2 Dias Loureiro 3 Jaime Soares 4 Mário Mendes 5 Euclides Dâmaso 6 Santos Cabral

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patrimonio

Jorge Alarcão

111 O grande especialista de Coim-bra no período romano em Portugal, é um dos nomes maiores da arqueologia nacional. Jorge Alarcão é ainda uma das referências mais importantes da univer-sidade portuguesa desde que, em 1963, foi nomeado assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se tornou professor catedrático em 1980 e dirigiu, entre 1967 e 2000, o Instituto de Arqueologia. É doutor honoris causa pelas universidades de Bordéus (1985) e Santiago de Compostela (1996) e foi dis-tinguido com alguns dos mais importan-tes prémios nacionais e internacionais: Académie des Inscriptions et Belles Let-tres (Paris), o oficialato da Ordre des Pal-mes Académiques, o Prémio Gulbenkian Arqueologia (1999-2000) pela obra “Co-nimbriga: o chão escutado” e o prémio Génio Protector da Colónia Augusta Emé-rita, atribuído em 2003 pela Fundación de Estudios Romanos, pelo conjunto das investigações sobre a província Lusitânia. Dirigiu escavações em Conimbriga.

João Mendes Ribeiro

111 Foi com a Casa de Chá – castelo de Montemor-o-Velho (1999/2000) –, que o arquiteto de Coimbra iniciou a construção de uma carreira de afirmação e devolução de um património funda-mental, que se alarga ainda à cenografia para teatro e dança. Seguiram-se o Cen-tro de Artes Visuais, Celas da Inquisição, Coimbra (1997/03), a Casa das Caldeiras e o Polo I da Universidade de Coimbra (UC), (1999/09), o Laboratório Chimico – Museu da Ciência da UC (2001/06) e a Casa da Escrita, Coimbra (2004/10). De entre as muitas distinções, destaque para o Prémio Architécti, Lisboa (1997 e 2000); Highly Commended, AR awards for emerging architecture, Londres, 2000; Premis FAD d’Arquitectura i Interioris-me, Barcelona ( 2004); finalista da II e IV Bienal Iberoamericana de Arquitectura (2000 e 2004); finalista dos Premis FAD d’Arquitectura i Interiorisme, Barcelo-na (1999, 2001, 2002, 2004, 2006). Em 2006, Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

Artur Côrte-Real111 O nome do arqueólogo é indis-

sociável do projeto ao qual está ligado desde sempre: o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, aberto ao público em abril de 2009, na sequência de um processo de requalificação iniciado em 1992. Hoje, o centro interpretativo, que é o mais importante sítio de arqueologia medieval da Europa, mantém visível a “marca” do seu coordenador.

Das gravuras do Côa à cidade patrimonial111 É inegável e já muita gente respon-

sável o afirmou. Nos últimos 18 anos, o país patrimonial ganhou relevo, consistência e importância cultural, social e até econó-mica, mesmo que este seja um caminho longo ainda a percorrer. O mesmo é dizer de Coimbra, cidade, e região alargada ao Centro.

Exatamente nessa perspetiva, em 1994, a polémica das gravuras rupestres de Foz Côa torna-se uns dos assuntos nacionais mais mediáticos, chegando aos grandes títulos da imprensa internacional, com The Sundays Times, The New York Times e The Herald International Tribune a divulgarem o caso para o mundo. A arqueóloga Mila Simões de Abreu, então representante da Federação Internacional das Organiza-ções de Arte Rupestre, é uma das grandes responsáveis pela denúncia do “crime” de lesa património que estava para acontecer com a construção da barragem. O proces-so que acabou por se transformar num “insustentável” caso político – entre os go-vernos de Cavaco Silva e António Guterres –, acabou com o Parque Arqueológico do Vale do Côa, criado em 1996, e o Museu do Côa, inaugurado em julho de 2010, a “vencerem” a barragem. A arte do Côa foi classificada como monumento nacional em 1997 e Património da Humanidade pela UNESCO em 1998.

Em Coimbra, os últimos 18 anos viram acontecer praticamente toda a reabilitação e recuperação patrimonial mais significati-va: desde a intervenção de Fernando Távora na praça 8 de Maio, iniciada em 1995, a estender-se depois ao projeto do Auditório de Direito – que o arquiteto que influenciou gerações de profissionais apresentou em 1997 –, até à recente inauguração da Casa da Escrita (arquiteto João Mendes Ribeiro). Pelo meio, a intervenção no Pátio da Inqui-

sição, com a instalação do Centro de Artes Visuais (arquiteto João Mendes Ribeiro); a instalação do Pavilhão de Portugal (arqui-tetos Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura); a primeira fase do Museu da Ciên-cia da UC no Laboratório Chimico (arqui-tetos João Mendes Ribeiro, Carlos Antunes, Désirée Pedro); a requalificação profunda no Museu Nacional de Machado de Castro (arquiteto Gonçalo Byrne), cuja abertura total está para breve; e a requalificação da Casa das Caldeiras (arquitetos João Mendes Ribeiro, Cristina Guedes). Ainda em curso, a intervenção no Convento de S. Francisco (arquiteto Carrilho da Graça).

Mas não é apenas da intervenção nos mo-numentos e edifícios que se faz a defesa do património. Por essa razão, é da mais elementar justiça deixar aqui alguns nomes – ainda que sempre se corra o risco sério do pecado de omissão – fundamentais nesse campo: de Paulo Pereira (um dos grandes responsáveis “políticos” pela solução de salvaguarda de Santa Clara-a-Velha), a Nel-son Correia Borges e Saúl Gomes. Destaque ainda para António Filipe Pimentel, pro-fessor de História de Arte na Universidade de Coimbra, da qual foi pró-reitor com competências na área do Património e da candidatura a Património Mundial, e que é hoje diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, depois de ter passado pelo Museu Grão Vasco, em Viseu. Uma palavra ainda para a ação fundamental de Adília Alarcão – nos museus de Conimbriga e Machado de Castro – e, naturalmente, de Pedro Dias, o especialista em História da Arte que assina o texto de opinião (ao lado) e que tem dado um contributo decisivo para a compreen-são deste património.

Lídia [email protected]

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4A cidade de Coimbra viu mu-

dar, em muito, o seu fácies, desde o dia em que o jornal

As Beiras nasceu, já lá vão dezoito anos. Nessa alteração da sua cara e nesse estender da malha urbana, para além dos limites de 1994, mui-to de novo se fez, e alguma coisa de antigo se alterou; nuns casos bem e noutros mal. O Património Artísti-co conimbricense é razoavelmente rico a nível peninsular, e mais ainda nacional, com obras singulares, de entre as quais se destaca o núcleo antigo da Universidade e os edifícios resultantes da Reforma Pombalina, além de outros, como as duas sés, o seminário maior e sobretudo o conjunto monástico de Santa Cruz. Foram meritórias as intervenções em todos estes monumentos, como ainda mais o processo de Santa Clara-a-Antiga, que depois de algumas peripécias pouco edificantes, arrancou, para se transformar num elemento âncora do acervo patrimonial da cidade. Na Alta, edifícios universitários foram reabilitados, embora nalguns casos a lentidão seja terrível; veja-se o colégio da Santíssima Trindade. Também aí o Museu Nacional de Machado de Castro foi interven-cionado, mas o nosso desacordo é total, pois rompeu-se a coesão da malha urbana com uma obra com uma volumetria exagerada e com um desenho (com méritos em si mesmo) que era de todo desaconselhado. Ali, podia ter ficado o Museu de Arqueologia e o museu nacional crescer, como esteve previsto, há trinta anos, para Santa Clara-a-Nova ou para o Real Colégio das Artes. Saliente-se a recuperação de parte da muralha medieval e a criação de um centro interpretativo na Torre de Almedina, e trabalhos importantes em imó-veis com enorme impacto, como é o caso de São Francisco da Ponte. No entanto, a abertura da chamada Avenida Central, para a passagem do (felizmente) nado-morto metro, foi um crime sem perdão. Os interesses económicos falaram mais alto, pois é mais barato deitar abaixo e receber as indeminizações do que reabilitar. Mas fez-se rea-bilitação urbana, e boa, em muitas casas da Alta e da Bai xa.

Pedro Dias, professor da Universidade de Coimbra

1 Adília Alarcão 2 Artur Côrte-Real 3 João Mendes Ribeiro 4 António Filipe Pimentel 5 Jorge Alarcão

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solidariedade

Dias Coimbra: a voz das Misericórdias111 Dias Coimbra está, inevitavel-

mente, ligado ao trabalho desenvolvido na Misericórida de Arganil. Uma obra sólida e inovadora, em particular, para os mais idosos. Dias Coimbra levou consigo a experiência da vida autárquica e afirma que o conhecimento das dificuldades vi-vidas no terreno é muito importante para o trabalho nas misericórdias.

Teresa Granado: irmã para todos

111 A Comunidade Juvenil de São Fran-cisco de Assis é a sua vida. A porta da irmã Teresa Granado está sempre aberta para quem precisa, haja ou não apoios. Inconfor-mista, cedo se habituou a nunca baixar os braços perante as dificuldades. O resultado está à vista.

Viegas Nascimentoo espírito de Bissaya Barreto111 Nuno Viegas Nascimento presidiu

ao conselho de administração da Funda-ção Bissaya Barreto durante 27 anos. Uma grande obra criada pelo médico Bissaya Barreto que Nuno Viegas do Nascimento soube honrar e fazer crescer. Criada em 1958, a fundação está vocacionada para prestar assistência em várias áreas, tendo dedicado especial atenção às crianças. E foi com Nuno Viegas do Nascimento, que fale-ceu aos 57 anos de idade, que essa atenção foi alargada a jovens, aos vários graus de ensino, ao apoio aos idosos, entre muitas outras respostas.

José Barros: uma grande obra nas mãos certas

1111 Fundou a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral. Fê-lo pela força de procurar respostas para um filho e acaba por ajudar um elevado número de famílias, de crianças e jovens. Homem de causas, José Barros alimentou durante a sua vida outra paixão: a Académica. José Barros faleceu no ano passado. Mas a sua obra, como ele desejava, continua em boas mãos e a con-cretizar o seu sonho. A vida de José Barros mostra bem que as coisas certas acontecem quando estão entregues nas mãos certas.

Os rostos da solidariedade 111 Por trás de uma grande obra es-

tão, inevitavelmente, grandes homens ou mulheres. Coimbra - distrito e região - é disso um bom exemplo. De tal forma, que é praticamente impossível elaborar uma lista exaustiva e correremos, sempre, o risco de deixar alguém para trás. Convém, por isso mesmo, fazer desde já a ressalva de que os nomes aqui apontados serão apenas um pequeno exemplo da solida-riedade que define esta região.

Vamos, por isso, apontar alguns des-ses (grandes) exemplos que se fizeram, destacar as obras que representam nos últimos anos.

Em Coimbra, a Casa dos Pobres está, definitivamente, ligada a Aníbal Duarte de Almeida. Um homem simples que soube abrir as portas da Casa dos Pobres à cidade de Coimbra. Com jantares e almoços mensais que costuma juntar os mais diversos grupos sociais e empresa-riais, Aníbal Duarte de Almeida foi cons-truindo, grão-a-grão - pedra-a-pedra -, uma obra fantástica que cresce em São Martinho do Bispo e que permitirá dar aos idosos mais pobres uma vida mais digna nos últimos anos das suas vidas.

Ainda em Coimbra, é obrigatório falar do Padre Serra e da sua obra para rapazes e raparigas, dos homens e mulheres que (na figura de José Sousa) continuam a garantir a existência de um Banco Ali-mentar Contra a Fome que continua a contar com asolidariedade de todos para responder às necessidades de um cada vez maior número de famílias. De Helena Albuquerque, que há vários anos contri-bui para a afimação da APPACDM, Paulo Pereira que mantém aberta em Coimbra uma “Porta Amiga”; Jorge Alves que nes-

tes 18 anos transformou a Associação Integrar num “caminho” único para a integração de diversos grupos de risco com redobrada atenção aos sem-abrigo. O padre Sousa, durante vários anos, e mais recentemente Luís Costa, que fazem da Cáritas uma grande referencial de ação de proximidade, concretizando o bem comum, junto de mais de nove mil utentes abrangidos pelas suas respostas sociais e serviços.

Em Arganil, José Dias Coimbra é o ros-to de uma Misericórdia muito atenta às dificuldades, em primeiro lugar dos seus utentes, mas de todos os cidadãos do município e arredores. A existência de mais de 200 trabalhadores, gente jovem e “muito profissional formada nas universidades da região”. Com uma vasta experiência autárquica, José Dias Coimbra defende que “autarquias, insti-tuições particulares e públicas têm que estar unidas para garantir o futuro”. E tem por hábito dizer que “quando as autarquias e as IPSS estão juntas no ter-reno, ninguém tenha pena das gentes dessa localidade”.

Em Miranda do Corvo, Jaime Ramos continua - de pedra e cal - a fazer crescer uma obra que abraça respostas aos mais diversos níveis. A Fundação ADFP - As-sistência, Desenvolvimento e Formação Profissional assegura valências e serviços culturais nos concelhos de Coimbra, Penela, Lousã, Góis e Penacova. Apoia deficientes, doentes crónicos e inadap-tados, crianças, jovens, mães vítimas de maus tratos e idosos. Investe em pessoas.

Eduarda Macá[email protected]

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Não há Igreja de Cristo sem atenção aos “mal amados”. Estes divergem de época para época; e assim, os pobres das barracas no tempo do Padre Américo deram lugar às necessidades familiares e aos idosos sozinhos das décadas de 80 e 90. Responderam-lhe as paróquias com seus centros sociais, 82 na Diocese de Coimbra, onde as creches, os jardins de infância e as actividades de tempos livres acolhem muitas cen-tenas de crianças e jovens. Acudiram também as 34 misericórdias, com lares para a terceira idade e apoio domiciliário. A Igreja de Coimbra teve e continua a manter na sua Cáritas Diocesana o grande incentivo, motor e realizador destas iniciativas, a que juntou unidades residenciais para recuperação de toxicodependen-tes. O Padre António de Sousa foi o grande impulsionador desta obra, mantida seguidamente pelos padres Aníbal Castelhano e Luís Costa. Mudaram os tempos e eis-nos agora pressionados por tantos casos de desemprego, que originaram fome, multiplicam os “sem abrigo” e somam imigrantes desamparados. A resposta torna-se mais anónima e pertence dá-la às Conferências de S. Vicente de Paulo, aos grupos sócio-caritativos das Paróquias, aos voluntários dos Hospitais, aos visita-dores da Penitenciária, organizados estes na instituição “Mateus 25”. Deste modo, se continuarmos gratos a um Dr. Elísio de Moura, que fundou a Casa da Infância, a um Frei Gil, que nos legou a obra do seu nome ou à Irmã Teresa Margarida, que mantém a Casa de S. Francisco, a verdade é que se requerem actualmente olhos que vejam as situações de pobreza envergonhada e, com presença discreta de proximidade de rua, lhes prestem apoio. A Solidariedade social, que sempre há-de contar com organizações visíveis e oficiais, ganha cada vez mais as marcas do Evan-gelho, que aconselha a acudir aos irmãos sem que a esquerda saiba o que faz a direita. Por isso, quem foi bispo de Coimbra nos últimos anos pode esquecer, ao lado da dedicação de políticos, médicos e catedráticos que serviram o Colégio dos órfãos ou a Casa dos Pobres, a acção humilde mas eficaz das Criaditas dos Pobres na Cozinha Económica ou nas Ruas da Baixinha. Que a Igreja de Coimbra, fiel ao exemplo da Rainha Santa, continue as suas tradições de amor aos que mais precisam.Albino Cleto, Bispo Emérito de Coimbra

1 Anibal Duarte de Almeida 2 Jaime Ramos 3 Teresa Granado 4 José Dias Coimbra 5 Nuno Viegas de Nascimento

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turismo

Madalena Carrito111 É o rosto do “movimento” criado

pelas confrarias em defesa do património gastronómico português. À frente da Con-fraria da Chanfana de Poiares, Madalena Carrito assume a presidência da Federa-ção Nacional das Confrarias da Gastrono-mia Portuguesa desde 2001, contribuindo ativamente para a defesa e promoção dos sabores e saberes tradicionais.

José Manuel Alves111 José Manuel Alves: o “senhor

turismo no Centro. Eleito, pela primeira vez, presidente da Região de Turismo do Centro em 1993, viria, quatro anos mais tarde, a “ceder” o seu lugar a Vieira Lopes (também já falecido), mantendo-se na equipa diretiva. Voltou, depois, à presi-dência em 2004, cargo que ocupou até à data do seu falecimento, em 2006. José Manuel Alves, era um estudioso e um apaixonado pela fileira económica do turismo. Apesar da formação académica na área jurídica, desde cedo ingressou nos quadros da RTC, tendo-se destacado pelo empenho, energia e capacidade empreen-dedora que colocava na sua ação.

Pedro Machado111 Em maio de 2008, Pedro Machado

é eleito, presidente da Comissão Instalado-ra da Entidade Regional de Turismo para o Centro e, em outubro, vence as eleições para a direção da então criada Turismo do Centro de Portugal. É um acérrimo defen-sor de uma só voz para o Centro... projeto que poderá vir a concretizar agora que o Governo parece decidido em acabar com as divisões e criar apenas cinco regiões de turismo no país. Conhecedor da realidade europeia, Pedro Machado reconhece que o Centro “está obrigado a unir-se à volta da sua principal riqueza: a sua diversidade” e criar formas de se afirmar no contexto internacional.

Jorge Patrão

1111 Quando unir a Região de Tu-rismo do Centro era a palavra de ordem, Jorge Patrão consegue manter um pólo na Serra da Estrela. Controverso na sua defesa cerrada deste espaço turístico, o “homem” do turismo da Serra da Estrela soube potenciar a região e abrir as portas a importantes - muitos deles privados - in-vestimentos. Defende que a estratégia para a Serra da Estrela deve assentar nos eixos de turismo da natureza, aproveitando os parques ou reservas naturais da Estrela, Malcata e Douro Internacional, e turis-mo cultural, com valorização das Aldeias Históricas ou rede de judiarias. Tudo isto como reforço da neve.

Homens que puseram o Centro no mapa111 Os principais atores do Tu-

rismo do Centro não se cansam de apontar a diversidade desta região como a sua principal mais valia.

Na primeira parte destes 18 anos, coube aos presidentes das vários re-giões de turismo do Centro - Aveiro, Leiria, Coimbra, Dão-Lafões, Serra da Estrela e as juntas de turismo de Curia e Buçaco - a promoção das res-petivas regiões e cativar alguns dos mais importantes investimentos, no-meadamente, em termos hoteleiros. Pedro Silva, na Rota da Luz - que foi a primeira região do turismo portu-guesa a ser certificada. Miguel Sou-sinha na Rota do Sol e, mais tarde, no polo de turismo Leiria-Fátima. Jorge Patrão, sempre na Serra da

Estrela. Em Coimbra é obrigató-rio falar em nomes como Joaquim Correia Moniz, Vieira Lopes e José Manuel Alves. A este último se de-vem o arranque de vários projetos que contribuíram para descobrir e promover riquezas tradicionais da região. As montarias do Centro são um (bom) exemplo.

Mas estes são apenas alguns dos (muitos) rostos do turismo na re-gião Centro a que se juntam, na Serra da Estrela, os irmãos Costa Pais que criam e, depressa transfor-mam, a Turistrela num dos maio-res sucessos. A estância de esqui, hotéis e chalés de montanha são algumas das respostas criadas na região serrana.

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1 José Manuel Alves 2 Madalena Carrito 3 Pedro Machado 4 Jorge Patrão

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Homens que puseram o Centro no mapaCoimbra, enquanto destino histórico-

patrimonial, constitui um verdadeiro ex-libris no universo luso. Cidade de

grande riqueza patrimonial tem sustentado a sua atratividade na riqueza monumental a que se associa a tão prestigiada cidade universi-tária. A esta associam-se a cidade das praxes, das tradições académicas, dos amores, dos estudantes, da arte, enfim, mais recentemente a cidade do conhecimento. Mas o que falta então a Coimbra para se constituir como um destino onde os turistas gostem de vir, visitar, vivenciar e permanecer?

Falta muito!…Falta estratégia que oriente os turistas para algo mais que não se confine ao pátio das faculdades, que transmita identi-dade… das gentes e das obras coimbrãs, que valorize a “sua” universidade não se limitando a ela, que potencie as lendas e a história, numa palavra, que valorize a urbe no seu todo e que insira o turista na sua génese bem como na sua envolvente.

Muito tem sido feito em termos de ordena-mento de espaços e territórios urbanos, de acessibilidades e de articulação de trans-portes. Mas muito falta ainda fazer para que os circuitos e programas turísticos sejam

efetivamente apelativos para mercados diver-sificados, com diferentes graus educacionais. Não basta introduzir informação detalhada, com pormenores históricos minuciosos, nos folhetos turísticos informativos.

Urge atribuir à cidade das estadias turísticas uma vitalidade e um significado que permita ao turista reconhecer a sua história, revivê-la, sentir e transmitir as tradições, partilhar e reproduzir a(s) arte(s) coimbrãs. Falta agarrar o turista a Coimbra e não deixá-los esvaziados de conteúdos, sem história para reviver e sem sentido para reproduzir. Enquanto não forem ouvidos os verdadeiros especialistas, bem como o público-alvo, muitos serão os turistas que Coimbra continuará a deixar partir… sem conseguir sobrepor-se a estratégias que ga-rantam uma permanência que esta cidade, das gentes coimbrãs, precisa e merece.

Adília Ramos, diretora do curso de Turismo da Escola Superior de Educação de Coimbra

1 José Manuel Alves 2 Madalena Carrito 3 Pedro Machado 4 Jorge Patrão

 

Coimbra Leiria Viseu Telef. 239 490 700 244 849 900 232 483 550 [email protected] [email protected] [email protected] www.ascoimbra.pt www.landrover.pt

Telef. 239 490 700 244 849 900 232 483 550

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Ou os grupos Visabeira, Ale-xandre Almeida e Lágrimas que souberam investir para alterar a tradicional falta de camas que servia de desculpa para os números baixos de dormidas. Mas, ao aumento do número de camas, junta-se a capacidade do presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, de diversificar as ofertas turís-ticas. O que começa, como cos-tuma sublinhar, por um saber aproveitar a realidade de cada região.

A Ria de Aveiro e uma maior proximidade aos desportos náuticos e também ao mar;

Viseu e o enoturismo, gastro-nomia, termalismo, saúde e bem-estar; Coimbra e Baixo Mondego claramente o turismo patrimonial, o touring cultural, de animação e lazer. E aqui, uma palavra para a ação dos homens que assumiram os destinos do mais antigo Casino da Penín-sula, como Fernando Matos ou, mais recentemente, Domingos Silva. Uma diversidade a que se pode juntar, agora, o turismo religioso (Leiria-Fátima) e Serra da Estrela.

Eduarda Macá[email protected]

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Moedas lançadas ao Menino Jesus no berço ajudam bebés de hoje

111 Cerca de 550 euros enviados diretamente das palhinhas do Menino Jesus para as crianças da Associação de Defesas e Apoio da Vida (ADAV), foi a verba angaria-da pela Câmara Municipal de Coimbra durante a exposição do presépio do escultor Cabral Antunes durante a quadra na-talícia.

O montante corresponde às moedas que os cidadãos anó-nimos foram lançando para junto de Jesus naqueles dias. Por isso “é simbólico que este dinheiro sirva para ajudar ou-tros meninos”, referiu ontem a vereadora Maria José Azevedo Santos ao entregar o respetivo cheque.

Ana Maria Ramalheira, pre-sidente da instituição, ficou agradecida por receber o res-petivo cheque, “o primeiro dinheiro recebido até hoje da autarquia”, sublinhou.

Acordo com Segurança SocialAs fontes de financiamento

da ADAV passam por um fi-

nanciamento através de um “acordo atípico” com a Segu-rança Social e as quotas de cer-ca de 200 sócios, bem como a contribuição de três dezenas de voluntários. Ainda recente-mente chegou um “excelente” donativo de camas de bebés e cadeiras auto com origem em Zurique, Suíça.

Além disso, tem funciona-do no último par de anos ao

abrigo de dois projetos para os quais foram submetidas candidaturas a financiamen-tos comunitários e à EDP So-lidária. São, respetivamente, a segunda edição do programa Pai/Mãe Coragem, com verbas do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH) e o Banco da Maternidade e da Criança (BMC), que ajuda, nas suas despesas, famílias caren-ciadas com bebés de colo.

Combate à pobreza A própria autarquia conside-

ra que o BMC “é um importan-te instrumento de combate à pobreza e exclusão social”.

Esta resposta social, inova-dora na sua área de interven-ção social, é inspirada no mo-delo do Banco Alimentar. Só que, neste caso, tem a vertente de “potenciar e fortalecer o trabalho de instituições de so-lidariedade social de Coimbra (IPSS).

António [email protected]

A vereadora da autarquia de Coimbra lamenta que a verba recolhida tenha descido para metade em relação a 201035

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MIL MILHÕESDE EUROSDE CRÉDITO BPI PARA MÉDIASE GRANDES EMPRESAS.O BPI criou uma linha de crédito para empresas – Linha BPI Empresas 2012 – nas seguintes condições:

Montante da linha: € 1 000 milhões

Finalidade: Financiamento da actividade de exploração e de investimento

Destinatários: Médias e Grandes Empresas que actuem em Portugal

Montante máximo de cada operação: € 50 milhões

Montante mínimo de cada operação: € 250 mil

Prazo: Até 5 anos

Nível de risco: Rating BPI entre E1 e E6, numa escala de 10

Taxa de juro: Variável, indexada à Euribor correspondente ao período de referência de pagamento de juros, acrescida de um spread entre 3,75% e 5%* (definido em função do nível de risco, do tipo e do prazo da operação e do nível de produtos contratados no BPI válidos para este efeito)

* Nas actuais condições, correspondem a taxa de juro mínima de 4,59% e máxima de 5,84%. TAE de 4,713%, taxa calculada para um exemplo de financiamento (mútuo) de € 1 000 000 a 5 anos, sem carência de capital, com prestações trimestrais constantes, tomando por base a indexação à Euribor (3 meses) de 0,842% de 19 de Março de 2012, arredondada à milésima, acrescida de spread de 3,75%, aplicável a Cliente com o melhor perfil de risco e com o maior nível de produtos contratados no BPI válidos para este efeito.

Visite-nos nos Centros de Empresas e Balcões BPI, consulte www.bancobpi.pt /empresas ou ligue 808 285 285 (atendimento personalizado, 24h por dia).

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O montante corresponde às moedas que os cidadãos anónimos foram lançando para junto do Menino Jesus naqueles dias

1Ainda recentemente chegou um “excelente” donativo de camas de bebés e cadeiras auto com origem em Zurique, Suiça

DB-Luís Carregã

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Autocarro “Funtastic” regressa hoje

111 Os SMTUC em parce-ria com a Carristur, voltam a ativar o serviço Funtastic no período da Páscoa, já a partir de hoje e até 8 de abril.

Estarão disponíveis dois tipos de bilhete para este serviço: “Funtastic” e “Funtastic+Boat” (que inclui uma viagem no barco Basófias). Qualquer dos bilhetes do autocarro Fun-tastic dá acesso gratuito aos museus municipais (Edif ício Chiado, Torre de Almedina e Galeria de Turismo) e ainda dá descontos no acesso a Univer-sidade de Coimbra, Portugal dos Pequenitos, Casa Museu Bissaya Barreto, Sé Velha, Mos-teiro de Santa Clara-a-Velha, Museu Nacional de Machado de Castro e Fado ao Centro.

As viagens terão início às 10H00, 11H00, 12H00, 15H00, 16H00, 17H00 e 18H00 e cada uma terá duração aproximada de uma hora.

Câmara apoia 15 associações culturais

111 O presidente da Câ-mara de Coimbra assina, na próxima terça-feira, dia 27 de março, às 17H00, na sala de sessões, um conjunto de pro-tocolos de apoio ao associa-tivismo cultural referentes ao ano de 2011, com a presença de 15 coletividades do con-celho.

Assembleia popular na praça111 Dezenas de pessoas

estão ocuparam, na quinta-feira, a praça 8 de Maio, desde o meio-dia, com atividades promovidas pela Assembleia Popular de Coimbra, que in-cluíram uma performance musical de Old Trees (um mú-sico de Coimbra), um debate sobre o tema “Trabalho, (des)emprego e precariedade”. A ocupação prosseguiu com jan-tar comunitário e vigília.

Atos consulares para angolanos

111 O Consulado Geral de Angola no Porto realiza, hoje, atos consulares massivos diri-gidos à comunidade angola-na, residente na zona Centro, entre às 09H00 e as 17H00, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.

Mercado abre na sexta-feira santa

111 O Mercado Municipal D. Pedro V vai abrir ao público no próximo dia 6 de abril, sex-ta-feira santa, como é tradição. A proposta da câmara vai ser debatida e aprovada na reu-nião do executivo, e contem-pla a habitual “compensação”, que passa pelo encerramento do mercado na segunda-feira a seguir à Páscoa – dia em que a celebração do “compasso” acontece, em muitos locais do concelho.

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8 B

Dia do Estudante tem hoje carimbo comemorativo

111 Hojé é o Dia do Es-tudante e os CTT criaram um carimbo comemorativo, insti-tuído para homenagear os es-tudantes portugueses – no ano em que se comemora o cin-quentenário sobre a crise aca-démica de 1962, que teve um grande impacto nas univer-sidades de Lisboa e Coimbra. O carimbo funcionará num posto de correio temporário no edif ício da AAC, entre as 15H00 e as 17H30, e será usa-do em toda a correspondência entregue no local. Este posto de correio conta com a orga-nização dos CTT - Correios de Portugal, Secção Filatélica da AAC e direção geral da AAC.

A primeira obliteração do ca-rimbo será feita pelo presiden-te da AAC, Ricardo Morgado, e por vários outros dirigentes associativos do país.

Juízes elegem nova direção da ASJP

111 Decorrem hoje as elei-ções para ASJP - Associação Sindical dos Juízes Portugue-ses. Coimbra é um dos qua-tro locais onde os associados podem votar, concretamente nas instalações do Tribunal da Relação, entre as 09H00 e as 19H00. Concorrem duas listas, uma liderada por José Mouraz Lopes (lista A) e Araú-jo Barros (lista B).

Page 46: Segunda edicao 18 anos

46 | essencial | Coimbra

Via Latina é palco de concerto de intervenção

111 A Associação Académica de Coimbra (AAC) assinala hoje o cin-quentenário do Dia do Estudante com um amplo programa cultural. Assim, na Via Latina, a cantora Luísa Sobral e vários grupos académicos de todo o país atuam, a partir das 20H30, num concerto de intervenção política que conta com a presença de várias figuras da universidade e da cidade e com dirigentes associativos de todo o país.

Além da organização local, as cele-brações foram organizadas pela co-missão organizadora que, para além da AAC, é constituída pela Federação Académica do Porto, associações aca-

démicas das universidades do Minho, Aveiro, Trás-os-Montes e Alto Douro, Évora, Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico-Universi-dade Técnica de Lisboa, Federação Na-cional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico e Fe-deração Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo.

As comemorações começam já on-tem, na Universidade do Porto, com uma tertúlia subordinada ao tema “Ser estudante ontem, hoje e amanhã”, que juntou dirigentes associativos de 1962, 1969, 1974 e atuais, numá ótica de troca de vivências.

Espetáculo integra-se nas comemorações do Dia do Estudante

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DB-Luís Carregã

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Marinho acusa PSP de “continuar com tiques de ditadura”

111 O bastonário da Or-dem dos Advogados acusou ontem a polícia de “continu-ar com tiques da ditadura”e pediu a responsabilização dos agentes que terão agre-dido dois jornalistas, na ma-nifestação de quinta-feira, em Lisboa.

Falando em Coimbra, num colóquio sobre “Cidadania, Justiça e Estado de Direito”, na Escola Secundária Infanta D. Maria, Marinho Pinto con-siderou ser lamentável que, num Estado de Direito de-mocrático, haja uma polícia com os mesmos tiques com que atuava nos tempos da ditadura, não houve atos de violência que justificassem a violência policial”.

Agressão qualificada à liberdade de expressão

Marinho Pinto classifica os incidentes de “agressão qualificada à liberdade de expressão” e exortou o mi-nistro da Administração Interna e os sindicatos das polícias a criticarem a actua-ção policial, “a dizerem uma palavra, mas não uma palavra branqueadora, sobre o que se passou”.

“Agredir jornalistas que não cometeram nenhum ato de violência revela o atraso que temos na nossa democracia, que é muito grande ainda o caminho a percorrer”, disse, sublinhando que, “as greves gerais em Portugal têm sido marcadas pela actuação ne-gativa dos polícias”.

O bastonário sustenta que “a polícia não pode ser um elemento de perturbação pú-blica, nem pode tratar todas as pessoas como se fossem

criminosas, tem limites para a sua atividade e tem que respeitá-los, não pode fazer o que quer”.

Agentes devem ser responsabilizados

Marinho Pinto defende que os agentes que terão estado envolvidos nos incidentes durante a manifestação de-vem ser responsabilizados, através de “ações disciplina-res” e exorta a uma selecção mais criteriosa dos candida-tos a agentes.

“Os polícias têm de ser bem preparados e não pode ser qualquer pessoa a ir para po-lícia, assim como não pode ser qualquer pessoa que vai para magistrado ou advoga-do”, afirmou.

Durante a manifestação, dois jornalistas, um da agên-cia Lusa e outro da AFP, fica-ram feridos em incidentes com as forças policiais, no Chiado, em Lisboa, enquanto recolhiam imagens da ma-nifestação organizada pela Plataforma 15 de Outubro, no âmbito da greve geral con-vocada pela CGTP.

Apelo à participação cívica dos jovens

Na sessão com estudantes da Escola Infanta D. Maria, Marinho Pinto apelou à “par-ticipação ativa” dos jovens na sociedade.

“É importante que tenham consciência de que o país será o que todos nós quisermos e para poder fazer com que a nossa vontade modele este país, para que haja um escru-tínio democrático das deci-sões, é preciso estar informa-do, estar atento”, observou.

Bastonário dos Advogados lamenta incidentes com jovens em Lisboa

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Coimbra | essencial | 4924-03-2012 | diário as beiras memória

jCoimbra

ISABEL CONCEIÇÃO ANTU-NES COELHO, de 72 anos, fa-leceu. Viúva, era natural da Sé Nova e residia em Coimbra. O seu funeral realiza-se hoje, às 16H00, saindo da capela da Rocha Nova para o cemitério de S. Paulo de Frades. Trata a agência funerária Galhardo e Lopes.

jMiranda do Corvo

CUSTÓDIO GONÇALVES, de 71 anos, faleceu. Casado com Ân-gela Carvalho Santos Gonçal-ves, era natural de Miranda do Corvo e residia em Coimbra. O seu funeral realiza-se hoje, às 15H00, saindo da capela de Montoiro para o cemitério de Miranda do Corvo. Trata a agência funerária Mirandense.

falecimentos

agradecimentos

missas

de sufrágio memória

Limpara fl oresta111�Coimbra envolve-se,

uma vez mais, na iniciativa Limpar Portugal. Desta feita, o objetivo é erradicar as lixeiras ilegais nas fl oresta. A coorde-nação local é da Escola Supe-rior de Tecnologias de Saúde de Coimbra/Saúde Ambiental, à qual se associa a Câmara de Coimbra.

Estima-se que sejam cerca de 200 os voluntários envolvidos, a partir das 09H00, para lim-par três locais na freguesia de Eiras; Mata de Vale de Canas; dois pontos na freguesia de S. Martinho do Bispo e um ponto em Taveiro.

Feirados Lázaros111�A recriação da tradi-

cional Feira dos Lázaros re-gressa amanhã e, como tem vindo a ser hábito, em dois lo-cais diferentes: no largo de D. Dinis, por iniciativa do Grupo Folclórico da Casa do Pessoal da Universidade; no largo de S. João do bairro de Celas, pelo Grupo Folclórico de Coimbra.

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A Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra tem

o doloroso dever de informar todos os seus associados

e colaboradores do falecimento do Vice-Presidente da

Direcção, Dr. António Pinto de Matos.

O corpo está em Câmara Ardente na Igreja de Nossa

Senhora da Esperança, onde hoje, sábado, se realizarão

as cerimónias fúnebres pelas 16H00, após o que o corpo

seguirá para o Cemitério de Santa Clara.

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Dr. António Pinto de Matos

FALECEU

✝António Pinto de Matos

FALECEU

SER

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Loja Coimbra - Alto São João

Sua esposa Maria da Glória Nabais Paisana de Matos, seus fi lhos Hugo Filipe Paisana Matos e Marco António Paisana Matos e restante família participam a todas as pessoas das suas relações e amizade o seu falecimento.

O corpo do saudoso extinto encontra-se depositado na Capela Mortuária Nossa Senhora da Esperança ( Santa Clara), onde hoje, Sábado, dia 24 pelas 16:00 horas será celebrada Missa de Corpo Presente, seguindo após cerimónias religiosas para o cemitério de Santa Clara.

Coimbra, 24 de março de 2012

aqui

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diário as beiras | 24-03-2012 50 | essencial | Figueira da Foz 18oaniversário

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João Vaz, empresário

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Passadeiras

Finalmente temos um executi-vo municipal que se preocupa com a segurança rodoviária.

As passadeiras foram pintadas de fresco nestes últimos dias. Apesar do estrangulamento fi nanceiro im-posto por dívidas herdadas, há um esforço em manter arruamentos e estradas devidamente sinalizados. As linhas e traços orientadores são a “obra” possível, especialmente im-portante numa sociedade com uma elevada percentagem de seniores (o que é bom sinal), cuja “visão noturna” precisa de estradas com os limites bem assinalados. Como escreveu J. V. Malheiros no Público, “os cidadãos reagem à norma pública exatamente com o mesmo respeito que a norma pública manifesta por eles”. Por isso são tão importantes as passadeiras pintadas de fresco, os carros param mais facilmente e os peões passam em segurança. A qualidade de vida numa cidade também depende destas pequenas coisas, passadei-ras, passeios nivelados, limpeza... e é nestas coisa que uma câmara mostra respeito pelos munícipes.

ANIVERSÁRIO21H00, hojeAssociação Bodyboard Foz do Mondego assi-nala o 18.º aniversário no Restaurante Galo de Ouro.

TERTÚLIA22H00, hojeO Centro Social da Cova e Gala realiza a tertúlia “Festa das sopas”.

MARINHA DAS ONDAS16H15, amanhãDecorre a sessão so-lene alusiva ao 84.º aniversário da fregue-sia na sede da junta, com uma homenagem aos antigos autarcas que passaram pela freguesia.

Escola Cristina Torres testa meios de segurança

111 No âmbito das ativida-des culturais, decorreu ontem na Escola Secundária Cristina Torres a ação “Um plano, um exercício – Vamos guardar este conc(s)elho”, que reuniu a presença de vários elementos dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz e comunidade escolar.

“O nosso objetivo é testar o plano de emergência da esco-la. E simultaneamente colocar os veículos de emergência e segurança mais uma vez em contacto com a escola”, disse José Sousa, responsável pelo Curso de Proteção Civil e coor-

denador de segurança.“Temos a preocupação de

criar cultura de segurança na escola”, que “tem sido possível através da colaboração com os bombeiros voluntários, muni-cipais, Cruz Vermelha Portu-guesa e INEM”, entre outros, reforçou o professor José Sousa.

A ação envolveu um simu-lacro, ao início da manhã, ao qual se seguiu um exercício de evacuação, através de escada e manga de salvamento, expli-cou Maomede Cabrá.

Cláudia [email protected]

DB-Pedro Agostinho Cruz

Exercício de evacuação decorreu num dos pavilhões da escola

Iniciativas assinalam Dia Nacional dos Moinhos

111�A Mó Gândara – As-sociação Cívica de Defesa dos Moinhos e do Ambiente, em colaboração com a da Rede Portuguesa de Moinhos e o Museu Municipal Santos Ro-cha da Figueira da Foz come-mora nos dias vai levar a efeito a comemoração do Dia Nacio-nal dos Moinhos nos dias 30 e 31 e dia 1 e 7 de abril, através de iniciativas que incidem sob a temática “Moinhos Aber-tos”. Assim, no próximo dia 30, decorre pelas 10H30 uma visita guiada aos moinhos do Complexo Molinológico de Moinhos da Gândara. As crian-ças irão aprender e os adultos recordarão a confeção da broa.

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diário as beiras | 24-03-2012 52 | essencial | região

Oliveira do Hospital

Mãos à obra para limparLousã

111 A iniciativa cívica “Mãos à Obra! Limpar Portu-gal 2012!” decorre hoje em Oliveira do Hospital, este ano sob a égide Let’s Do It! World Clean Up2012, uma ação mun-dial de limpeza e erradicação de lixeiras ilegais dos países aderentes.

Cerca de 200 é o número de voluntários que disseram pre-sente para a ação deste ano no concelho de Oliveira do Hospital, com início marcado para as 09H00, junto à sede de cada uma das nove juntas de freguesia aderentes.

Tal como nos anos de 2010 e 2011, a Câmara de Olivei-ra do Hospital associa-se ao projeto cívico Limpar Portu-gal, em parceria com a AMO PORTUGAL –Associação Mãos à Obra Portugal e as juntas de Alvoco das Várzeas, Penalva de Alva, S. Gião, Nogueira do Cravo, S. Paio de Gramaços, Oliveira do Hospital, Lagares da Beira, Ervedal da Beira e Seixo da Beira. Associam-se à iniciativa também várias enti-dades, como os Bombeiros Vo-luntários de Oliveira do Hospi-tal, a GNR (SEPNA), a CAULE –Associação Florestal da Beira

Serra, a ERVEDUS – Associação para a Promoção Ambiental e Cultural, o Grupo Aventu-ra Duas Antas, a Cooperativa Beira Central, a Cooperativa dos Agricultores de Alvoco das Várzeas, as escolas básicas da Cordinha, 2,3 de Oliveira do Hospital e a Secundária de Oli-veira do Hospital.

111 A Câmara da Lousã or-ganizou uma caminhada urba-na que teve como objetivo assi-nalar o Dia Mundial da Árvore e contou com 65 participantes.

Num primeiro momento, os participantes assistiram a uma ação de sensibilização organi-zada pela Unidade de Cuida-dos na Comunidade Arouce, direcionada para os malefícios do tabaco. Durante o percurso da caminhada, e numa ação mais direcionada para os jo-vens, a câmara proporcionou a plantação de três árvores.

Houve ainda tempo para uma paragem na Zona de Lazer da Quinta das Courelas, onde se realizou uma sessão de conhe-cimentos gerais sobre os as-

petos ambientais do concelho da Lousã.

Segundo o presidente da Câ-mara da Lousã, Luís Antunes, com estas iniciativas a autar-quia pretende “alertar para uma maior consciencialização ambiental”. Luís Antunes sa-lienta ainda “ a preocupação da autarquia para com as ques-tões ambientais em diversas áreas, nomeadamente na reco-lha seletiva de resíduos sólidos urbanos, onde tem sido efetua-do um esforço para o aumento do número de ecopontos no concelho, e também no recente reforço da rede de óleões, sen-do de destacar que em 2011 fo-ram recolhidos cerca de 1.800 litros de óleo alimentar usado”.

Penacova

A câmara providenciará todo o material logístico necessário, desde luvas a sacos de plástico, bem como um reforço alimentar durante a manhã, e ainda um convívio”Limpar Portugal”, em data a designar

1Cerca de 200 é o número de voluntários que participam na ação deste ano

2Câmara, juntas de freguesia e várias entidades associam-se à iniciativa

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Caminhada no Dia da Árvore

Férias da Páscoa com aventura

111 Os jovens de Penacova terão oportunidade de passar as férias da Páscoa em desporto e aventura, se aderirem à inicia-tiva Pen@Páscoa 2012.

As atividades passam incluem visitas a centros locais de arte-sanato, aulas de iniciação à mú-sica, natação, visitas a aldeias do concelho, expressão plás-tica, caminhadas, travessia de rio, futebol, cinema, biblioteca e visitas a parques naturais.

As atividades serão todas re-alizadas no concelho. Apenas o último dia é guardado para uma atividade e visita surpre-sa. Esta Páscoa será também a oportunidade para a maior parte das crianças terem a sua primeira experiência na prá-tica do bowling. Os 10 euros da inscrição correspondem às duas semanas, acrescendo o va-lor de cinco euros para aqueles que necessitem de transporte.

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Pampilhosa da Serra Educação em tertúlia

111�O projeto Trilhos Inova, pro-movido pelo Programa Escolhas e cuja entidade promotora é o município de Pampilhosa da Serra, vai dinamizar uma sessão de educação parental, su-bordinada ao tema “O que é educar hoje?”. Uma ação organizada no âm-bito da atividade “Tertúlias miúdos e graúdos”. A atividade vai decorrer no dia 28 de março, pelas 18H00, no Cen-tro Educativo de Dornelas do Zêzere.

Com o objetivo de esclarecer e sen-sibilizar os pais e educadores para as problemáticas relacionadas com a es-cola e educação, a ação visa promover um momento de partilha e reflexão sobre a temática da educação. A Cáritas Diocesana de Coimbra é a entidade parceira desta iniciativa.

Molduras para o pai

111�As crianças do pré-escolar da Ludoteca Pampilho, de Pampilhosa da Serra, celebraram o Dia do Pai com o tema “moldura para o papá”. Cada criança pintou uma moldura em for-mato de um computador. Nessa mes-ma moldura foram colocadas as foto-grafi as dos cerca de 20 participantes com uma mensagem dirigida ao pai. A iniciativa visou, também, potenciar a ligação com as tecnologias de infor-mação e comunicação.

PenelaHoje há teatro com a Encerrado para Obras

111�Associando-se ao dia mun-dial do teatro, que se assinala a 27 de Março, a companhia de música e tea-tro Encerrado para Obras em parceria com o município de Penela realiza, hoje, pelas 21H30, um espetáculo de teatro infantil. “Histórias do primeiro dia” , que sobe ao palco do auditório municipal de Penela, é uma comédia musical para a infância, interpretada por dois atores músicos. Trata-se da 7.ª produção da companhia, estreada em dezembro 2000. A peça, da autoria de David Cruz, resulta da adaptação livre de dois contos do poeta inglês Ted Hughes.

Condeixa-a-NovaEncontro de coros na igreja matriz111�A Associação Orfeão Dr. João

Antunes promove o XIII Encontro de Coros, na Igreja de Condeixa, no pró-ximo dia 1 de abril, pelas 17H00. Além do Orfeão de Condeixa atuarão o Coro de Santa Maria da Murtosa e o Orfeão de Paços de Ferreira. No decorrer do evento haverá, ainda, uma breve atu-ação de algumas classes da Academia Musical do Orfeão de Condeixa.

Arganil

111�No âmbito do projeto de-signado de “Bolotomania”, o Lions Clube de Arganil levou a efeito a se-gunda fase da reflorestação da Mata da Misericórdia de Arganil. Uma ação que teve início no final de 2011 e que promoveu a plantação de mais de 900 árvores. Em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia de Ar-ganil, que disponibilizou a mata, as plantas e o apoio logístico, e com o Agrupamento de Escolas de Arganil, que mobilizou os alunos de todas as escolas do primeiro ciclo e jardins de infância, as comemorações do Dia da Árvore tiveram início logo pela manhã. O programa inclui, também, sessões para sensibilizar as crianças para a importância da floresta e o seu papel para o equilíbrio ambiental. No mesmo dia, plantaram-se espécies cujas sementes tinham sido recolhi-das em outubro de 2011. Para José Dias Coimbra, presidente do Lions de Arganil e provedor da Misericórdia, esta iniciativa “tem na sua essência uma pedagogia que se destina a ex-plicar o papel e a importância da preservação e valorização ambiental para a sustentabilidade das gera-ções futuras”. E advogou que “a única forma é envolver e chamar à partici-pação as crianças e a comunidade, atribuindo-lhes a responsabilidade

de tomarem parte num processo de recolha de sementes, plantação das espécies germinadas e acompanha-mento do seu crescimento”.

Lurdes Gonç[email protected]

Refl orestação da Mata da Misericórdia

Dias Coimbra sublinha o papel das escolas

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24-03-2012 | diário as beiras | essencial | 55 desporto

111�Diogo Melo, que na jornada passada fi cou de fora com o Paços de Ferreira devido a castigo, não treinou ontem (fez gestão de esforço), mas foi o escolhido para fazer a antevisão ao encontro com o Sp. Braga (segunda-feira, às 20H15).

O brasileiro foi rápido na resposta e sabe que um bom resultado “depende da forma como vai decorrer o jogo”, mas, e dado o adversário, “ir a Braga somar pontos é de suma importância para nós”. O médio admite que “ganhar neste momento seria muito importante” para a equipa – que atravessa um jejum de vitórias –, mas lembra que o “adversário é muito complicado” e está a lutar pelo título.

Diogo Melo está “indiferente” à eliminação dos ar-senalistas da Taça da Liga, reiterando o objetivo dos comandados de Leonardo Jardim no campeonato, pelo que a Académica precisa é de “entrar concen-trada e ter cabeça tranquila”.

Segundo o médio, na segunda-feira “as difi culda-des serão grandes”, fosse o Sp. Braga à fi nal da Taça da Liga ou não. Isto porque a equipa nortenha tem “jogadores muito experientes e que não vão deixar que isso prejudique o grupo”.

Nos jogos com os cinco primeiros, a Briosa conse-guiu pontuar frente a quatro. O brasileiro desconhece a explicação para tal, mas ressalva que qualquer jo-gador “entra com o intuito de vencer”, reiterando ex-pectativas de fazer um bom resultado segunda-feira. Sobre o adversário, salienta o “meio-campo muito bom”, sem esquecer o “artilheiro” Lima, “jogador de grande qualidade”.

Quanto às expulsões sofridas nos últimos encontros, nomeadamente por Abdoulaye, o médio garante que o senegalês “não é um jogador violento. Às vezes tem uma entrada mais ríspida, que leva o árbitro a expulsá-lo”. “Temos ajudado o Abdoulaye, dando-lhe apoio e conselhos”, acrescenta, lembrando que a Académica não é indisciplinada – “Somos uma equipa muito leal”, frisa.

Em fi nal de contrato, Diogo Melo ainda não foi abor-dado pela Briosa para renovar. No entanto, mostra-se tranquilo e, caso seja convidado a permanecer, está pronto para conversar e ouvir as propostas.

José Armando [email protected]

Académica “Somar pontos em Braga é importante”, diz Diogo Melo

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na alimentação ehabilita-te a ver

o teu trabalho nasparedes do espaço Museu da Água.

A ÁGUA E A SEGURANÇA ALIMENTAR

Jovens dos 15 aos 20 anos

Prazo limite de entrega dos trabalhos

Dia 22 de Junho 2012

Regulamento disponível em www.museudaagua.com

13 Litros de Água

3574

4Diogo Melo garante que a Briosa “é uma equipa leal”

Motocrosse Jornadaem Marinha das Ondas

111�A pista de Marinha das Ondas vai receber, no próximo dia 1 de abril, a 2.ª ronda do Campeonato Nacional de motocrosse. Carismática pista em areia, tem proporcionado momentos únicos de emoção e adrenalina e 2012 não será exceção. Trata-se de um percurso de condições únicas (para público e pilotos), já que proporciona uma visão global do traçado a partir de qualquer ponto. Para os concor-rentes, é sem dúvida um desafi o à sua capacidade de resistência e espírito de sacrifício, devido à exigência do terreno. Em 2011, o vencedor foi Luís Correia (Yamaha), que este ano enfrenta uma oposição que tudo fará para difi cultar o seu triunfo.

DB-Luís Carregã

Page 56: Segunda edicao 18 anos

habitação

Vendas

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T0 COM aPaRCaMenTO, todo equipado, óptimas vistas, local privilegiado perto dos hospitais, Telef. 239 855 050 // 916 440 211 // 968 740 585, Lic. nº 35 AMI. - Ref. 701

ApArtAmento t1

T1 COM GaRaGeM, aquecimento central, boa exposição solar, perto da baixa da cidade, só 70.000€. Telef. 239 855 050 // 916 440 211 // 968 740 585, Lic. nº 35 AMI. - Ref. 702

T1 COM GaRaGeM, rigorosamente novo, grande cozinha, zona norte da cidade. Telef. 239 855 050 // 916 440 211 // 968 740 585, Lic. nº 35 AMI. - Ref. 703

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Vendas

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BOM e BaRaTO, fantástico apart. T2+G, em óptimo preço, terraço privado c/ churrasqueira, vistas fantásticas da cidade, praia e mar, áreas muito agradáveis, sol todo o dia, a poucos minutos da praia. Preço negociável de 75.000€. Telef: 233 421 640 // 918 109 719 Lic. 5069 AMI

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nOVO a PReÇO de UsadO, T2 c/ parqueamen-to fechado e arrumo. O apart. tem óptimas áreas, fica virado a sul, sol todo o dia, a cozinha é semi-equi-pada, tem aquec. central a funcionar e lareira na sala c/ recuperador de calor. Só 80.000€. Telef: 233 421 640 // 918 109 719 Lic. 5069 AMI

nOVO, T2 c/ parqueamento e arrumo. Em zona nova c/ bons acessos a qualquer ponto da cidade, todo virado ao sol, c/ imensa luz ao longo do dia, áreas interiores grandes, bom aproveita-mento dos espaços, sala c/ lareira, aquec. central, ambos os quartos duplos c/ roupeiro, a cozinha já vem equipada. Agora 77.500€ Telef: 233 421 640 // 918 109 719 Lic. 5069 AMI

seMI-nOVO, espectacular T2+G e arrumo, em prédio semi-novo, óptimas vistas e muito sol. O apart. está rigorosamente novo, cozinha enorme c/ lavandaria, aquec. central a funcionar e várias varandas. Só 85.000€. Telef: 233 421 640 // 918 109 719 Lic. 5069 AMI

sRa. da enCaRnaÇÃO, óptimo T2, em bom estado, com vistas de mar. 77.500€ negociáveis. Telef: 233 421 640 // 918 109 719 Lic. 5069 AMI

T2 COM aRRUMO, em venda, zona muito calma onde só lá vai quem lá vive, o prédio tem 3 anos e todos os acabam. são actuais, piso elevado, varanda virada às vistas e ao sol, áreas maravilhosas, 3 grandes roupeiros já divididos, a cozinha tem móveis linhas direitas, lavandaria e copa para refeições, sala ampla, aspiração e aquec. central a funcionar. Só 75.000€ Telef: 233 421 640 // 918 109 719 Lic. 5069 AMI

T2 JUnTO aO CasInO, fantástico apart. c/ grandes áreas a precisar de pequenos reparos, sol toda a tarde, a 5 minutos da praia, apenas 65.000€. Telef: 233 421 640 // 918 109 719 Lic. 5069 AMI

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Page 57: Segunda edicao 18 anos

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Vendedor ao Domicilio (m/f), com experiência na comercialização de venda directa de produtos de telecomunicações.

MECÂNICO AUTO (M/F) Refª 587803649 - Tempo Completo- COIMBRA

Com experiência em mecânica de ligeiros e pesados.MOTORISTA DE PESADOS

Ref .587804240- Tempo Completo – COIMBRAExperiência na área de distribuição. Deverá possuir obrigatoriamente ADR relativo ao transporte internacional de mercadorias perigosas.

ENGENHEIRO ELECTROTÉCNICO (M/F) Ref . 587805106- Tempo Completo – COIMBRA

Com formação de base em engenharia electromecânica, mecânica ou electrotecnia.- tarefas de manutenção preventiva, correctiva e assistência técnica necessárias ao normal funcionamento dos equipamentos e sistemas dentro dos parâmetros em uso na empresa;- disponibilidade, sentido de responsabilidade; proactividade, assertividade.

OPERADOR DE CALL CENTER Ref .587803252- Tempo Completo – COIMBRA

Para funções de divulgação e venda de produtos PT comunicações via telefone.Conhecimentos de informática na óptica do utilizador; valorização na experiência de vendas; apetência comercial; habilitações mínimas ao nível do 9º ano.A empresa ministra formação

CHEFE DE SECÇÃO (M/F) Refª 587805951- Tempo Completo- COIMBRA

Recruta responsável de sector de caixa e aprovisionamento para empresa que comercializa peças e acessórios de automóveis, efectua serviços de mecânica, electricidade auto e outros ser-viços rápidos.Funções: - gestão de recursos humanos; - gestão de uma linha de caixas (abertura e encerramento de caixa); - responsável pelo aprovisionamento (inventários de existências de modo a avaliar as necessidades e fazer requisições necessárias à renovação de stocks);- experiência anterior em funções similares; bons conhecimentos de informática; gestão de equipas.

MONTADOR DE APARELHOS ELÉCTRICOS E ELECTRÓNICOS

Ref . 587806186 - Tempo Completo – COIMBRAMontador (m/f), preferencialmente como conhecimentos em assistência técnica, reparação de máquinas e moinhos de café.

JARDINEIRO Ref . 587806532- Tempo Completo – COIMBRA

Com experiência para tratar das plantas e zonas verdes da empresa.- experiência mínima de 2 anos em jardinagem, poda e máquinas agrícolas;- carta de condução;

TÉCNICO DE MANUTENÇÃO (M/F) Refª 587806536- Tempo Completo- COIMBRA

Para funções na área das telecomunicações.- Experiência mínima de 3 anos em funções similares;- Curso técnico-profissional, de nível III, na área da manutenção, electricidade, telecomunicações ou redes;- Em alternativa bons conhecimentos e experiência na área das telecomunicações ou electricidade.

ESCRITURÁRIO DE CONTABILIDADE (M/F)Ref . 587806842 - Tempo Completo – COIMBRA

Organização, classificação e lançamento de documentos contabi-lísticos (Outras tarefas relacionadas com contabilidade: Normativo SNC para Micro, Pe e Geral; Normativo SNC para Empresas do SNL; IVA, IRC e IRS)

SERRALHEIRO MECÂNICO (M/F) Refª 587805122- Tempo Completo- S. Paio do Mondego

Com ou sem experiência e carta de conduçãoMECÂNICO DE AUTOMÓVEIS

Ref. 587799466 - Tempo Completo- MEALHADAMecânico Auto de Pesados de Mercadorias (m/f), com experiência mínima na função.

COZINHEIRO (M/F) Ref. 587805587- Tempo Completo- MEALHADA

Cozinheiro com experiência em cozinha tradicional Portuguesa.. Noções de HACCP.

COZINHEIRO (M/F) Ref. 587806306- Tempo Completo- MEALHADA

Cozinheiro com experiência em cozinha tradicional Portuguesa.. Noções de HACCP.

OUTROS COZINHEIROS (M/F) Ref. 587806307- Tempo Completo- MEALHADA

Assador de leitão com experiência.. Noções de HACCP.ELECTRICISTA AUTO

Ref. 587799473- Tempo Completo- MEALHADAElectricista Auto (m/f), para funções e manutenção de aparelhagem e circuitos eléctricos em veículos pesados.

DESENHADOR (M/F) Ref .587804923- Tempo Completo – Pampilhosa

Com experiência para funções:- desenhar peças e conjuntos de sistemas e elementos de pneu-mática e hidráulica segundo esboços e especificações técnicas complementares;- acompanhamento da sua execução, respeitando as normas de Higiene e Segurança no Trabalho e de protecção do ambiente

MECATRÓNICO Ref. 587805196- Tempo Completo- MEALHADA

Mecatrónico (m/f), para funções de manutenção, diagnóstico e reparação de sistemas mecânicos, elétricos e eletrónico de veículos automóveis (ligeiros e pesados).

ENGENHEIRO INFORMÁTICO (M/F) Ref. 587805798 - Tempo Completo- CANTANHEDE

Engenheiro Informático e ou de Sistemas(m/f), cm conhecimentos de linguagem: PHC; HTML; Java Sript; Action ScriptOPERADOR DE MANUTENÇÃO DE BANHOS QUÍ-

MICOS DA LINHA GALVÂNICA Ref. 587805945- Tempo Completo- CANTANHEDE

Para executar as operações de manutenção dos banhos químicos e águas de lavagem de instalação da linha galvânica.Conhecimentos sobre o funcionamento da linha galvânica (pre-ferencialmente);Conhecimentos das normas e procedimentos de qualidade, segu-rança e ambiente aplicáveis à sua função;

CORTADOR DE CARNES VERDES Ref. 587805311 - Tempo Completo- Febres

Experiência comprovada no desmanche de diferentes tipos de carcaças e no corte das peças correspondentes respeitando as normas de higiene e segurança. Atendimento ao público (efectuar venda direta ao cliente).

EMPREGADO DE MESA Ref. 587805274- Tempo Completo- Condeixa

Empregado de mesa (m/f), com experiência comprovada em serviço de mesa/balcão.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao “Diário As Beiras” e a sua publicação.

3506

2

OUTROS COZINHEIROS Ref. 587806604 - Tempo Completo – Oliveira do Hospital

Restaurante especializado em frango de churrasco, admite profis-sional para a confeção de alimentos na grelha, preferencialmente com experiência.

CHEFE DE LINHA Ref. 587806631 - Tempo Completo – Oliveira do Hospital

Empresa do setor têxtil, admite profissional para chefiar linha de produção, com experiência em linhas de confeção de vestuário para senhora.

RECECIONISTA DE HOTEL Ref. 587806448 - Tempo Completo – Oliveira do Hospital

Hotel admite rececionista para atendimento de clientes, com conhecimentos de informática na ótica do utilizador e domínio da língua inglesa.

EMPREGADO DE MESA Ref. 587805833 - Tempo Completo - Tábua

Empregado de Mesa com experiência profissional em restauração.PASTELEIRO

Ref. 587803531 – Tempo Completo – Mêda de Mouros, TábuaPasteleiro com experiência na profissão ou formação profissional em Pastelaria..

MECÂNICO DE AUTOMÓVEIS Ref. 587805551 - Tempo Completo- Oliveira do Hospital

Mecânico com competências na deteção/ reparação de avarias e conhecimentos dos componentes mecânicos de veículos ligeiros, pesados e máquinas de construção civil.

SOLDADOR A ARCO ELÉTRICO Ref. 587805555 - Tempo Completo- Oliveira do Hospital

Soldador com conhecimentos e experiência profissional em soldadura a arco elétrico.

ELECTRICISTA DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL (M/F)Ref. 587801907 – Tempo Completo – Mira

Com experiência em manutenção industrial/electromecânico (mínimo 2 anos), valoriza-se: formação profissional, conhecimentos de mecânica, automação e electricidade (trabalho por turnos).

TÉCNICO DE TELECOMUNICAÇÕES (M/F)Ref. 587802293 - Tempo Completo- FIGUEIRA DA FOZ

Montagem de antenas exteriores de TV, carta de condução de ligeiros e habilitações literárias mínimas: 9º ano

COZINHEIRO (M/F)Ref. 58785556– Tempo Completo – FIGUEIRA DA FOZ

Experiência comprovada como cozinheiro de 2º ou 3ª. Carta de condução e transporte próprio.

COZINHEIRO (M/F)Ref. 587805425– Tempo Completo – FIGUEIRA DA FOZ

Experiência em cozinha italiana.MOTORISTA DE VEÍCULOS PESADOS-MERCADO-

RIAS (M/F) Ref. 58706382– Tempo Completo – Mira

Experiência em transportes de mercadorias (outros requisitos: os inerentes ao programa Estímulo 2012)

PASTELEIRO (M/F) Ref. 587803781 - Tempo Completo – Montemor-o-Velho

Com experiência na função.MEDIDOR ORÇAMENTISTA (M/F)

Ref. 587803 - Tempo Completo - SoureExperiência em orçamentação, preferencialmente no sector de alumínios (obras); como factores preferenciais conhecimentos informáticos ao nível de utilizador e em trabalhos administrativos. Habilitações literárias: 12º ano.

PINTOR DE SUPERFÍCIES METÁLICAS (M/F) Ref. 587804632 - Tempo Completo – FIGUEIRA DA FOZ

Pretende-se pintor de automóveis com experiência comprovada.PINTOR DE SUPERFÍCIES METÁLICAS (M/F)

Ref. 587806879 - Tempo Completo – SourePretende-se pintor de automóveis com experiência e ajudante/aprendiz.OUTROS TRABALHADORES NÃO QUALIFICADOS

DA INDÚSTRIA TRANSFORMADORA (M/F) Ref. 587789949 - Tempo Completo- FIGUEIRA DA FOZ

Com ou sem experiencia para exercer funções em linhas de produção/embalagem em indústria alimentar.

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ASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIAAlbano José Ribeiro de Almeida, Presidente da Mesa da Assmbleia Geral da

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra, no uso dos poderes que me são conferidos pela alínea a) do artigo 31.° dos Estatutos, convoco os Senhores Associados para uma Assembleia Geral Extraordinária que terá lugar na Sede da Associação, sita na Av. Fernão de Magalhães, 179 em Coimbra, no dia 03 de Abril de 2012, pelas 20,30 horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Discutir e votar o Plano de Actividades e Orçamento para 2012;

2. Discutir e votar o Relatório de Contas da Gerência de 2011, bem como o parecer do Conselho Fiscal - alínea c) do artigo 30.°;

3. Deliberar sobre a atribuição da categoria de Sócio Benemérito - alínea h) do artigo 30.°;

4. Deliberar sobre a atribuição de Medalhas e Honra e Mérito - artigo 3.0 Cap. II e Cap. III n.º 5 da Concessão de Títulos Honoríficos da A.H.B.V.C;

5. Outros assuntos.

Se à hora marcada não estiverem presentes para funcionamento da Assembleia, o número de Associados estabelecido pelo artigo 37.º ponto 1 dos Estatutos, a mesma decorrerá meia hora depois com qualquer número.

Coimbra, 21 de Março de 2012O Presidente da Assembleia Geral

Albano José Ribeiro de Almeida, Coronel("DIÁRIO AS BEIRAS", N.º 5590 de 24/03/12) 35800

MUNICÍPIO DE SOUREAVISO

Terceira alteração parcial ao Plano Diretor Municipal de Sourel Determinação de Elaboração

-alterações ao n.o 3 do artigo 47.° do Regulamento do PDM e Planta de Ordenamento à escala 1/25 000.

João Eduardo Dias Madeira Gouveia, Presidente da Câmara Municipal de Soure, torna público, nos termos da alínea b) do n.º 4 do artigo 148.° e do n.º do artigo 74.° do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22/09, alterado e republicado pelo D.L. n.º 46/2009, de 20/02 com a redação que lhe foi dada pelo D.L. n.º 181/2009, de 7/08 e D.L. 2/2011, de 6/01 (RJIGT), a deliberação tomada pelo Órgão Executivo, em reunião ordinária pública de 15/03/2012, ao abrigo das disposições previstas no n.º 1 do artigo 96.°, no n.º 1 do artigo 74.° e na alínea a) do n.º 2 do artigo 93.° do RJIGT, que determinou a elaboração da terceira alteração parcial ao Plano Diretor Municipal de Soure, a qual se consubstancia nas alterações ao n.º 3 do artigo 47.° do Regulamento do PDM e à Planta de Ordenamento à escala 1/25 000, para permitir a ampliação de uma pedreira.

A alteração traduz-se numa nova redação do artigo 47.° do regulamento e no aumento da área de categoria de solos “zona de indústria extrativa” na planta de ordenamento do PDM em aproximadamente 40 hectares, conforme ilustrado na figura anexa.

A Câmara Municipal deliberou não sujeitar a alteração do plano a procedimento de avaliação ambiental estratégica, atendendo ao n.º 4 do artigo 96.° do RJIGT e ao facto do projeto de ampliação da pedreira dispor já de Declaração de Impacte Ambiental.

A Câmara Municipal deliberou ainda conceder um prazo de 180 dias para elaboração da alteração, e estabelecer um prazo de 15 dias úteis, contados a partir da data de publicação deste Aviso no Diário da República, para efeitos de participação pública preventiva, nos termos do n.º 2 do artigo 77.° do RJIGT, durante o qual poderão os interessados formular sugestões ou apresentar informações que possam ser consi-deradas no âmbito do respectivo procedimento de elaboração da alteração ao PDM.

A formulação de sugestões, bem como a apresentação de informações deverão ser feitas por escrito, dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Soure e entregues na Divisão de Gestão Urbanística e Planeamento ou remetidas por correio ou correio eletrónico [email protected].

O processo encontra-se disponível para consulta na Divisão antes referida, durante o horário normal de expediente e na página da internet www.crn-soure.pt

Soure, 16 de março de 2012o Presidente da Câmara Municipal,

João Eduardo Dias Madeira Gouveia Dr.("DIÁRIO AS BEIRAS", N.º 5590 de 24/03/12) 35790

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111�A suspensão da venda de 34 mil vacinas de dois lotes Prevenar 13 e RotaTeq está a dar origem a uma ci-são entre as farmácias e os laborató-rios. As farmácias querem devolver à indústria os medicamentos cuja venda está suspensa, enquanto as empresas alegam que a decisão da Autoridade Nacional do Medica-mento (Infarmed) não é de recolha.

Os lotes das vacinas em causa, que estão a ser trocadas nas farmácias seguindo as recomendações do In-farmed, foi decretada no dia em que uma bebé de cinco meses morreu de paragem cardiorrespiratória numa creche em Camarate, Loures, pouco depois de ter sido vacinada, com as causas da morte ainda a ser in-vestigadas.

Entretanto, a assessoria de impren-sa do Infarmed – Autoridade Na-cional do Medicamento e Produtos de Saúde – esclareceu à Lusa que o organismo vai manter a suspensão decretada como medida de precau-ção, enquanto espera “o resultado de várias avaliações”, incluindo as conclusões da autópsia realizada na delegação Sul do Instituto de Medi-cina Legal.

De acordo com Pedro Faleiro, da assessoria de imprensa do Infarmed,

só depois de todas as avaliações e perícias técnicas concluídas será possível saber se existe uma relação direta entre a vacinação e a morte da criança. Pedro Faleiro esclareceu também que o Infarmed não tem qualquer previsão de datas para os resultados das avaliações.

De acordo com uma circular infor-mativa do Infarmed, foi suspenso o lote n.º 1590AA/0671579, com prazo de validade até 31 de maio de 2013, da solução oral RotaTeq, con-tra o rotavírus, uma das principais causas de gastroenterite nas crian-

ças, e do lote n.º F73745 (917690), com validade até 31 de maio de 2014, da vacina injectável Prevenar 13, para a prevenção da pneumonia.

Segundo o director-geral da Saúde, Francisco George, citado pelo Jornal de Notícias, o corpo da criança foi autopsiado na terça-feira na dele-gação Sul do Instituto de Medicina Legal (Lisboa), cujos especialistas estão “a tentar perceber o que se passou” e “irão esclarecer as causas da morte”, garantindo que este é o único caso registado com estas caraterísticas.

Suspensão de lotes de vacinas levaa cisão entre farmácias e laboratórios

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LEIRIA Castanheira de Pêra DINIZ CARVALHO (TEL. 236 432 313 );Figueiró dos Vinhos CORREIA SUC (TEL. 236 552 312)Leiria TOMÁZ (TEL. 244 801 332 );Pedrógão Grande BAETA REBELO (TEL. 236 486 133 );Pombal BARROS (TEL. 236 212 037 );

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farmácias

111�A Sociedade Portugue-sa do Acidente Vascular Cere-bral (SPAVC) vai assinalar, a 31 de março, o Dia Nacional do Doente com AVC. Por todo o país, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, irão decorrer ações que visam infor-mar e sensibilizar a população para a importância da preven-ção e do tratamento precoce do AVC. Em Coimbra, a efeméride será evocada no Centro Hospi-talar e Universitário, enquanto na Covilhã, as iniciativas esta-rão concentradas no Centro Hospitalar Cova da Beira.

De acordo com uma nota da SPAVC, pelo oitavo ano con-secutivo, estas ações envolvem centenas de voluntários e de profissionais de saúde, que irão participar em rastreios dos principais fatores de risco vascular, workshops e palestras dirigidas ao público em geral.

AVC é a principal causade morte e incapacidade

O AVC é a principal causa de morte e incapacidade em Por-

tugal. Cerca de 20 por cento dos doentes morrem no primeiro mês e 30 por cento morrem no primeiro ano. A cada cinco minutos acontece um AVC e a cada hora morrem dois portu-gueses com a doença. Metade dos doentes que sobrevivem a um AVC fi ca com incapacida-de parcial. Uma em cada seis pessoas terá um AVC ao longo da vida.

“Estes dados demonstram o elevado peso social da doença. Um combate sem tréguas é ne-cessário para alterar esta situa-ção. Para tal a população tem que ter uma atitude proativa, informando-se e cumprindo as normas de prevenção e pro-cedimento que lhe são trans-mitidas nestas ações”, exorta o presidente da SPAVC, o neuro-logista Castro Lopes.

Dia Nacional do Doente com AVC assinalado em Coimbra e na Covilhã

DR

Ações integram diversos rastreios aos principais fatores de risco

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Esclarecer dúvidas nas Conversas com Barriginhas111�Está grávida e gostava de

esclarecer algumas dúvidas que a assaltam, mas não consegue fazê-lo com o seu companheiro ou al-

guém das suas relações? Então, fique sabendo que vem aí uma nova edição das Conversas com Barriguinhas, para trazerem até

aos futuros pais de Coimbra a melhor infor-m a ç ã o p a r a preparar a che-gada do bebé!

O s f u t u r o s pais têm a opor-tunidade para tirar dúvidas e trocar expe-riências nesta nova edição das Conversas com Barriguinhas, um projeto da Crioestaminal,

este ano com um novo formato.De acordo com uma nota chega-

da às redacções, as Conversa com Barriguinhas irão apresentar “Va-mos ser pais, e agora?”, uma peça de teatro sobre as dúvidas de um jovem casal, onde serão abordados temas de grande interesse para os futuros pais, no Dolce Vita Coim-bra, a 28 de março, quarta-feira, às 18H00.

No fi nal haverá um espaço para esclarecimento de dúvidas com profi ssionais especialistas. Nas ses-sões serão abordadas temáticas como a criopreservação de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical, cuidados com a pele, segurança infantil, re-lação do casal e preparação para o nascimento.

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Hora muda hoje

111�O acerto horário para a hora de verão acontece esta madrugada: em Portugal con-tinental e na Madeira, quando for 01H00, adianta-se o reló-gio 60 minutos, passando para as 02H00, menos uma hora nos Açores.

Emigrantes de Ansião desaparecem

111� Um casal de emi-grantes, oriundo de Ansião e residente em Moissac, perto de Montauban, sudeste de França, desapareceu na pas-sada sexta-feira, “sem deixar qualquer rasto”, disse à Lusa a vice-cônsul de Portugal em Toulouse. Benigno Santos Fer-reira e a sua mulher, Franceli-na Conceição Gomes, ambos de 57 anos, estão há pouco tempo em França, ele desde 2010, ela desde 2011.

a fecharPapa quer Cuba sem comunismo

111� O Papa Bento XVI afirma que o comunismo já não funciona em Cuba e que a Igreja Católica está disposta a ajudar o país a encontrar no-vas maneiras de se desenvolver “sem traumas”.

Brasil erótico

111�O mercado de produ-tos eróticos no Brasil cresceu 18,5%, com a venda de 72 mi-lhões de artigos. Dados da As-sociação Brasileira do Merca-do Erótico e Sensual (Abeme).

Portugal olímpico

111� Vicente Moura, pre-sidente do Comité Olímpico admite que a “expetativa de lugares no pódio” nos Jogos Olímpicos de Londres2012 “não é muito brilhante” e que nunca colocará metas de me-dalhas aos atletas.

Câmara de Coimbra atribui medalha a João Fernandes

111�A Câmara Municipal de Coimbra deverá aprovar, na próxima segunda-feira, a atribuição da Medalha de Mérito Cultural - grau Ouro a João Fernandes, atual respon-sável máximo da delegação de Coimbra da Fundação Inatel. A proposta é da vereadora da Cultura e vice-presidente do município, Maria José Azevedo Santos.

Já octogenário, João Fernan-des é um homem de sempre da Baixa de Coimbra, onde nasceu e onde trabalhou, mais de quatro décadas, na farmácia Rodrigues da Silva. Ali conheceu meia cidade e travou sólida e fraterna amiza-de com fi guras como António

Portugal, Fernando Vale, João José Cochofel e, sobretudo, Mi-guel Torga, que – como um dia contou ao DIÁRIO AS BEIRAS –, “dia sim, dia sim, lhe entrava farmácia adentro de manhã e à tardinha, sempre com um ramo de torga na mão”.

Histórico dirigente do PS, foi líder distrital e ainda inte-gra o conselho consultivo da concelhia socialista. No Inatel, dedicou-se de alma e coração à cultura popular. O apoio ao movimento fi larmónico e o impulso para a criação da Feira Medieval de Coimbra, pioneira no país, são exemplos de um trabalho aturado (e não remunerado) que ali iniciou já no distante ano de 1984.

Delegado em Coimbra do Inatel distinguido com Mérito Cultural - grau Ouro

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