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INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE GUANAMBICURSO: ENFERMAGEM – 5º SEMESTRE - VESPERTINODISCIPLINA: SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA PROFESSORES: JAÍNE E JALDO
TEMA:
OUTRAS DEMÊNCIAS
GRUPO: ADRIANA FERNANDES FLÁVIA CRISTINA FRANCISCO JOSÉ IRENE RODRIGUES
Francisco
INTRODUÇÃOAs demências são caracterizadas pela presença de déficit cognitivo, com maior ênfase na perda de memória, e interferência nas atividades sociais e ocupacionais, sendo uma doença de pessoas idosas. O diagnóstico diferencial deve, primeiramente, identificar os quadros potencialmente reversíveis, de etiologias diversas, tais como alterações metabólicas, intoxicações, infecções, deficiências nutricionais entre outros fatores. Nas demências degenerativas primárias e nas formas seqüelares, o diagnóstico etiológico carrega implicações terapêuticas e prognosticas. Sabe-se que o diagnóstico definitivo da maioria das síndromes demenciais depende do exame neuropatológico. As diversas etiologias implicadas no desenvolvimento de síndromes demenciais, bem como as respectivas condutas diagnósticas, serão revistas neste trabalho. Dentro desse contexto a assistência de enfermagem psiquiátrica incorpora não somente os tradicionais cuidados físicos e da terapêutica somática, mas também a abordagem psicológica e social, e uma das metas principais do trabalho do enfermeiro junto ao portador de demência é a inter-relação terapeuta, sendo assim o enfermeiro desempenhará um excelente trabalho frente a esses portadores.Vale ressaltar, que o objetivo do trabalho da equipe de enfermagem é o cuidado. Cuidado esse que deve ser prestado de forma humana e holística, não excluindo o cuidado emocional aos portadores de demência, desenvolvendo assim uma visão global do processo de cada individuo com intuito de promover a melhor e mais segura assistência de enfermagem.
Francisco
DOENÇA DE PARKINSON (DP)
A doença de Parkinson é uma enfermidade que foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson.
Francisco
SINAIS E SINTOMAS: Sensação de cansaço ou mal-estar no fim do dia; Caligrafia menos legível ou com tamanho diminuído; Fala monótona e menos articulada; Depressão ou isolamento sem motivo aparente; Lapsos de memória, dificuldade de concentração e irritabilidade; Dores musculares, principalmente na região lombar; Um dos braços ou uma perna movimenta-se menos do que a do outro lado; A expressão facial perde a espontaneidade, diminui a freqüência dos piscamentos; Os movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece por mais tempo em uma mesma posição.
Francisco
SINAIS E SINTOMAS:
Depressão;
Distúrbios do sono;
Distúrbios cognitivos;
Distúrbios da fala;
Sialorréia;
Distúrbios respiratórios;
Dificuldades urinárias; Tonturas.
Francisco
DEMÊNCIA VASCULAR Os principais fatores de risco são hipertensão arterial (66 %), doença cardíaca (47%), tabagismo (37%), hipercolesterolemia (21 %) e diabetes (20 %).
Francisco
Sintomas:
Cefaléia e tonturas;
Déficits intelectuais;
Distúrbio de consciência;
Afasia / Apraxia;
Distúrbios Visioespeciais.
Flávia
A DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY
Trata-se de uma afecção neurodegenerativa caracterizada por declínio intelectual, alucinações visuais, flutuações do nível de atenção e parkinsonismo. É considerada a segunda forma mais freqüente de demência depois da doença de Alzheimer.
Flávia
DEMÊNCIA RELACIONADA AO TRAUMATISMO CRANIANO
A característica essencial da Demência Devido a Traumatismo Craniano é a presença de uma demência considerada uma conseqüência fisiopatológica direta de traumatismo craniano. O grau e o tipo de prejuízos cognitivos ou perturbações comportamentais dependem da localização e extensão da lesão cerebral.
Adriana
DEMÊNCIA RELACIONADA AO HIV
É uma conseqüência fisiopatológica direta do HIV. O declínio imunológico progressivo do organismo, e infecções do SNC causadas por outros vírus e bactérias, como Toxoplasmose, Herpes vírus e Citomegalovírus, resultam nessa demência.
Adriana
A demência tem progressão variável, pode ser classificada em 5 estágios de gravidade (mínimo, leve, moderado, grave, extremamente grave). Nos estágios mais graves o paciente evolui para a morte em torno de 6 meses. Estima-se que cerca de 60% dos pacientes que desenvolvem a AIDS apresentam sintomas de Demência.
Adriana
Esses sintomas são agrupados em 3 níveis: Cognitivos, motores e comportamentais. Cognitivos:
> Esquecimento; > Dificuldade na concentração;> Lenhificação no processamento de informação;> Dificuldade na linguagem.
Motores:
> Falta de jeito para atividades mais delicadas;> Movimentos lentos e inseguros;> Movimentos bruscos dos olhos;> Fraqueza das pernas;> Tremor fino nas mãos.
Adriana
Comportamentais:
> Mudança de personalidade;> Perda de apetite;> Isolamento;> Apatia;> Falta de motivação;> Respostas emocionais inapropriadas;> Oscilações acentuadas do humor, manias ou impulsos suicidas;> Alucinações.> Transtornos afetivos, psicose ou crises convulsivas.
Adriana
CORÉIA DE HUNTINGTON (DH)
Jorge Huntington foi um médico que descreveu em 1972, uma doença com três características:
• Ø Natureza hereditária;• Ø Tendência para insanidade e
suicídio;• Ø Aparecimento de
manifestações graves na idade adulta.
Os primeiros sintomas surgem entre 25 e 50 anos de idade, mais freqüentemente aos 40 anos, o intervalo entre diagnóstico inicial até a morte é de aproximadamente 15 anos.
Adriana
A doença afeta o equilíbrio motor, emocional e comportamental, e a capacidade cognitiva e intelectual do indivíduo.
> Sintomas motores
> Sintomas emocionais / comportamentais
> Sintomas cognitivos / intelectuais
O portador de DH não morre da doença e sim do agravamento dos sintomas que ela traz.
Adriana
DOENÇA DE PICK (DP) Histórico:
Arnold Pick descreveu o quadro clínico de alguns pacientes que apresentavam deterioração mental progressiva caracterizada por afasia grave e distúrbios comportamentais, cujos sintomas estavam associados à atrofia temporal esquerda ou fronto-temporal. No final da década de 20, foi introduzido o termo doença de Pick, por Carl Schneider, destacando a importância do envolvimento dos lobos frontais.
Arnold Pick
Adriana
Conceito:
A Doença de Pick seria caracterizada por alterações na personalidade e comportamento, além de déficits de abstração, planejamento e nos processos de controle mental, o que indicaria uma alteração nas funções do lobo frontal.A DP é uma síndrome rara, onde representa 5% ou menos do total de casos. A incidência varia de 45 a 65 anos de idade, não ocorrendo um aumento em sua prevalência com o envelhecimento progressivo. Os casos após 75 anos de idade são extremamente raros, existindo um predomínio em mulheres nessa faixa etária. 20% dos casos ocorridos são familiares, e 80% ocorrem esporadicamente.
Adriana
O quadro clínico da DP pode ser caracterizado por duas formas: Demência progressiva do tipo frontal: ocorrem alterações acentuadas do comportamento, com prejuízo da capacidade de julgamento, falta de iniciativa, dificuldade no planejamento das ações e mudanças da personalidade. Podem também ser observadas deteorização da conduta social, jocosidade inadequada, comportamento hipomaníaco, inquietação e comportamento obsessivo, e, mais raramente delírios e alucinações (início da doença);
Afasia progressiva: ou a síndrome de Klüver-Bucy (apatia, hiperoralidade, hipersexualidade, mudanças de hábitos alimentares), onde ocorre amnésia (atrofia dos giros temporais médio e inferior). A demência associada compreende uma redução do pensamento abstrato, cegueira psíquica e agnosia sensorial, são essas, alterações de um comprometimento da memória semântica e não um déficit de linguagem isolada.
Irene
CASO CLÍNICO
Um homem com sessenta e três anos observa um tremor rítmico da mão e do pulso direitos que, durante os vários meses seguintes, torna-se cada vez mais grosseiro. O tremor é mais óbvio quando ele deambula ou está sob estresse. Embora o tremor desapareça durante tarefas manuais, ele acha cada vez mais difícil realizar movimentos coordenados rápidos com a mão direita, em particular escrever. Ele descreve sua dificuldade como rigidez, em vez de fraqueza. Um ano depois, o braço e a mão esquerdos apresentam déficit semelhante, e ele inclina-se para frente e arrasta os pés ao deambular. Levantar-se de uma cadeira torna-se difícil, e ele tem dificuldade crescente em manter o equilíbrio. Sua voz torna-se mais suave e sua dicção menos distinta.
Irene
Ao exame, há escassez de movimentos espontâneos, incluindo a expressão facial (fácies em máscara, fácies parkinsoniana ou hipomimia). Ele pisca infreqüentemente e sua voz é baixa, com inflexão reduzida e uma tendência a pronunciar as sílabas juntas (taquifemia). Uma percussão repetitiva da área glabelar da fronte produz piscadas incontroláveis (sinal de Myerson). Quando se senta, há tremor distal bilateral dos membros superiores, regular e mais grosseiro à direita. Uma tendência a fletir as articulações metacarpofalangianas confere ao tremor uma aparência de rolar pílulas. Um tremor menos óbvio está presente nos lábios e no queixo. Há resistência aos movimentos passivos dos braços, das pernas e do pescoço, maior à direita, persistindo durante toda a amplitude dos movimentos, independente da velocidade, e mostrando interrupções rítmicas semelhantes a uma catacra sincrônica com seu tremor (sinal da roda dentada). Os movimentos repetitivos – bater alternadamente com a palma e o dorso das mãos sobre uma mesa ou com os dedos e o calcanhar de cada pé no solo – são iniciados com dificuldade (acinesia), realizados lentamente (bradicinesia) e tendem a diminuir de amplitude (hipocinesia).
Irene
Ele é incapaz de levantar-se de uma cadeira sem usar os braços, e sua marcha caracteriza-se por início retardado, inclinação para frente, ausência de oscilações dos braços com os antebraços girados medialmente (postura símia), pés arrastados e aceleração involuntária, como se estivesse tentando acompanhar seu próprio centro de gravidade (festinação). O tremor dos membros superiores aumenta à deambulação. Uma volta de cento e oitenta graus requer vários passos, e quando ele permanece ereto com os pés juntos a manobra de puxá-lo para trás produz retropulsão. O resto do seu exame físico, incluindo o estado mental, a sensibilidade e os reflexos tendíneos e plantares, é normal.A tomografia computadorizada é normal. Ele recebeu uma prescrição de levodopa/carbidopa e, após duas semanas, há melhora de todos os seus sintomas.
Irene
DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
1. Mobilidade física prejudicada relacionada à doença de Parkinson;
(Colocar a prescrição de enfermagem!!!)
Irene
DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
2. Estresse
relacionado ao estado de saúde diminuído
- Investigar os principais fatores que podem contribuir para o estresse;
- Fazer com que o cliente reconheça o seu estresse, até mesmo para ajudar em seu tratamento;
- Permanecer com o usuário até que o estresse acabe, orientando e ajudando a diminuir os fatores contribuintes;
- Encorajar o usuário se expressar seus sentimentos e pensamentos sobre o seu progresso em relação a sua patologia;
- Auxiliar a família e amigos na compreensão e no oferecimento de apoio;
Irene
DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
3. Comunicação verbal prejudicada relacionada a deficiências cognitivas secundárias a Patologia;
- Proporcionar métodos alternativos de comunicação;
- Criar um ambiente de aceitação e privacidade;
- Investigar o nível de frustração do indivíduo e não forçá-lo;
- Investigar a capacidade de receber mensagens verbais;
- Usar técnicas para aumentar a compreensão;
- Se necessário, encaminhar o cliente ao fonoaudiólogo;
Irene
DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
4. Risco para quedas relacionados à mobilidade alterados secundária ao Parkinsonismo;
- Investigar a presença de fatores causadores ou contribuintes, reduzindo e eliminando-os;
- Eliminar tapetes soltos, objetos espalhados pelo chão e piso muito encerado;
- Providenciar superfícies antiderrapantes no meio domiciliar;
- Providenciar corrimãos nos corredores e nas escadas;
- No caso de muletas, bengalas consultar o fisioterapeuta para o treinamento correto do andar;
Irene
DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
5. Isolamento social relacionado a alterações na aparência física
- Proporcionar terapia de apoio em grupo, auxiliando a família e os membros da comunidade na compreensão e no oferecimento de ajuda;
- Orientar ao indivíduo que ele é capaz de desenvolvera várias atividades;
- Proporcionar apoio, incentivando a se inserir de volta a sociedade;
- Oferecer orientação confiável e esclarecer suas dúvidas em relação ao Parkinsonismo;
Irene
DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
6. Auto-estima prejudicada relacionada a auto avaliação negativa de si mesmo ou de suas capacidades
- Encorajar o usuário a participar de grupo de apoio dando suporte para melhorar a auto-estima;
- Auxiliar a família em fazer passeios diários com o cliente;
- Auxiliar a fortalecer a auto-estima;
- Usar perguntas e observações para encorajá-lo a liberdade de expressão.
Francisco
CONCLUSÃO O ser humano iniciou com a arte de evitar doenças, prolongar a vida e
desenvolver a saúde física e mental e através dos seus esforços organizados na sociedade veio o tratamento preventivo das demências e o aperfeiçoamento da máquina social que assegura cada individuo dentro da sociedade com um padrão de vida adequado à manutenção da saúde. Entretanto, uma avaliação clínica cuidadosa das demências, incluindo uma anamnese detalhada, exames físicos e neurológicos, associado à determinação bioquímica e de neuroimagem, tem apresentado perspectivas para o diagnóstico precoce das demências, particularmente da doença de Alzheimer.
Dentro desse contexto a enfermagem vai desenvolver trabalhos com a comunidade, visando diminuir a incidência de doenças mentais, detectando assim a doença mental precocemente, fazendo um tratamento adequado, com intuito de impedir o seu agravamento, pois a prevenção baseia-se no saber, em técnicas de aprimoramento, no desenvolvimento de um trabalho interior para pacificar as emoções e nos levar ao conhecimento.
Estudar as demências e suas relações constitui uma importante relação com o meio profissional, que nos conduz a tornarmos enfermeiros e a explorar a vida e a saúde em todas as potencialidades e reconhecer cada demência como um processo de desequilíbrio, atendendo sempre a necessidade de cada individuo, intervindo comprometidamente em todas as situações sempre com o objetivo de propiciar e manter a saúde dos indivíduos.
REFERÊNCIAS:
SADOCK, Benjamim James. Compêndio de Psiquiatria. Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Porto Alegre.- RS. Artmed, 2007.
ALMEIDA. Osvaldo P. NITRINI. Ricardo. Demência. Fundo editorial BYK. São Paulo. 1995
BASTOS Cláudio Lyra. Manual do Exame Psíquico. Uma introdução prática à Psicopatologia. Editora Revinter. 2ª Edição. 2000. Cap. 15 – pág. 218
BERTOLUCCI. Paulo Henrique Ferreira. Instrumentos Clínicos para Avaliação do Paciente Demenciado (texto)
BOTTINO. Cássio Machado de Campo. ALMEIDA. Osvaldo P. Demência. Quadro clínico e critérios diagnósticos (texto)