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MODUS BRASIL Q2 2015 RICS.ORG / MODUS NESTA EDIÇÃO MATÉRIAS GLOBAIS Summit nas Américas / 16 MATÉRIA DE CAPA As cidades do mundo crescem rápido demais? / 20 SUCESSO ASTRONÔMICO Os profissionais que realmente trabalham com a ciência dos foguetes / 30 Q2 2015 rics.org/modus @RICSnews Edição do Brasil TERRAS IMÓVEIS CONSTRUÇÃO PENSAMENTO TM

RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

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#RICSModus, Brazil edition, Q2 2015, the FAST issue. The world’s megacities are growing fast. So fast that governments, developers and planners are struggling to keep up. How can surveyors make a difference? In this issue of Modus, we’re looking at the challenges of ultra-fast urban development, and the role that surveyors can play in helping future megacities to avoid dysfunctional legacies of poor infrastructure and insufficient housing. Elsewhere in the magazine, we look at some of the cutting-edge technologies that are speeding up surveying, from airborne drones to tablet-based building surveying apps. We also gather a round table of experts from across government, policy and construction for their take on how we can tackle that most urgent of issues for the UK how to speed up homebuilding.

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NESTA EDIÇÃO

MATÉRIAS GLOBAISSummit nas Américas / 16

MATÉRIA DE CAPA As cidades do mundo crescem rápido demais? / 20

SUCESSO ASTRONÔMICO Os profissionais que realmente trabalham com a ciência dos foguetes / 30

Q2 2015

rics.org/modus @RICSnews

Edição do Brasil

TERRAS IMÓVEIS CONSTRUÇÃO PENSAMENTO

TM

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Summit of the Americas DC2016Save the date for the fourth edition of our premiere real estate conference

Next year's Summit of the Americas DC2016 will be taking place in Washington, D.C. from April 3-5, 2016. Join fellow RICS members and contacts for exclusive opportunities to:

• Connect with delegates from around the world

• Hear from prominent speakers covering the full real estate life cycle

• Participate in leading discussions across a variety of summit tracks

• Attend exclusive plenary keynote sessions, covering international case studies and future trends affecting the industry

Our annual summit combines all of the elements that make being an RICS member unique: having access to a strong professional network, and the capacity to hone expertise through premiere learning opportunities.

The RICS Summit of the Americas DC2016 will be taking place at the Ronald Reagan Building and International Trade Center, during the world-renowned Cherry Blossom Festival, which draws more than 100,000 visitors each year.

Accommodation will be at the beautiful JW Marriott in downtown Washington, D.C.

Find out more at rics.org/dc2016

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Q2 2015_MODUS BR ASIL 03

16 TRANSCONTINENTALSaiba tudo o que aconteceu nos Summits das Américas

20 MATÉRIA DE CAPA A expansão implacável das megalópoles

28 ENTREGA EXPRESSAQuais países desenvolvem as ferrovias de alta velocidade?

30 EXPLORADORES DO ESPAÇOConheça os membros da RICS com ambições estelares

36 QUINTETO MARAVILHAInspeções a toda velocidade com a ajuda da tecnologia de ponta

40 COMEÇOS BRILHANTESQuem melhor pode dar dicas sobre negócios do que aqueles que têm esta experiência?

06 DIFERENÇA DE OPINIÃOAo continuarmos trabalhando na velhice obstruímos o caminho de jovens profissionais? Ou devemos acolher a experiência que funcionários mais velhos trazem? Ouvimos dois pontos de vista

07-15 NOTÍCIAS RÁPIDASNotícias, conselhos e informações essenciais do setor para os membros da RICS

08 REFLEXĂO: JAMES FINLAY MRICSA definição de um edifício inteligente evolui conforme a tecnologia melhora e abrange outros tipos de imóveis

13 A COLUNA DA PRESIDENTEPara inspirar as melhores e mais talentosas pessoas a seguir nossa profissão precisamos de grandes referências, afirma Louise Brooke-Smith FRICS

“Quando é que a transação no ambiente global é realmente estratégica ou quando é uma ação rápida e reativa, só para fechar o negócio...

Para as operações globais esta é uma área cada vez mais complexa”ANN GRAY FRICS, REAL ESTATE ADVISORS

SUMMIT 2015, P16

As opiniões expressas na Modus são as do autor nomeado e não são necessariamente as da RICS ou da editora. O conteúdo desta revista é totalmente protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido em qualquer forma sem a permissão prévia do editor. Todas as informações estão corretas no momento de ir para a impressão. Todos os direitos reservados. O editor não se responsabiliza por erros ou omissões. A RICS não se responsabiliza por perdas, lesões ou danos, ou pelos custos deles advindos, ou que estejam ligados de alguma forma à utilização de produtos ou serviços anunciados. Todas as edições da Modus são impressas em papel proveniente de fl orestas sustentáveis e de manejo correto. Esta revista pode ser reciclada para uso em jornais e embalagens. Por favor, deposite-a em seu ponto de reciclagem local. O plástico que envolve a revista é feito de material biodegradável e pode ser reciclado.

MODUS BRASIL Q2 2015 RICS.ORG/MODUS

Conteúdo

44-45 CARREIRASIr para o exterior pode abrir os horizontes de sua carreira; Maureen Ehrenberg FRICS da JLL

4 NEGÓCIOSA webconferência abre um mundo de possibilidades para a colaboração e o treinamento

47 O ABC DA REGULAMENTAÇÃOMichael Zuriff, Gerente de Regulation, RICS Américas, fala sobre a responsabilidade pessoal

48 EXERCÍCIO MENTALEvite levar as disputas ao tribunal

50 MAPA MENTALLynn Thurber, chefe do ULI e LaSalle sobre cultivar um estilo de vida saudável

MAIS49 Eventos

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Page 4: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

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Page 5: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Q2 2015_MODUS BR ASIL 05

SUNDAY Editor Oliver Parsons / Diretor de Arte Ben Martin / Editor Associado Brendon Hooper / Editor de Produção Andy Plowman / Designer Sénior Isabella Fernandes / Tradução Paulo Ferreira / Sub-editor João Ferreira / Diretor Criativo Matt Beaven / Diretor de Conta Karen Jenner / Diretor de Vendas Charlotte Turner / Gerente de Propaganda Victoria Underwood / Executivo de Vendas Sénior Angus Sharpe / Gerente de Produção Michael Wood / Diretor Gerente Toby Smeeton / Repro F1 Colour / Impressão ColorSystem/BR / Capa HelloVon / Publicado por Sunday, 207 Union Street, London SE1 0LN wearesunday.com / RICS James Murphy e Kate Symons [UK] / Sarah Harrell e Tom Pienaar [US] [email protected]

Participe do

debateREAÇÕES E RESPOSTAS ÀS

EDIÇÕES ANTERIORES Você tem um comentário para o editor sobre esta edição

de Modus? Envie um e-mail para [email protected], ou tweet @RICSBrasil usando #RICSmodus

CORREÇÃO NECESSÁRIAA última coluna do artigo sobre normas de avaliação (Modus Américas Quarto Trimestre de 2014, página 31) indica que não há um sistema de numeração de loteamentos em Barbados, o que representa um desafio para os avaliadores.

Isto não é verdade. Indicar que não há um sistema de numeração de loteamento em Barbados é enganoso. Barbados tem um sistema detalhado de Registro de Avaliações de Terras para todos os loteamentos na Ilha, estabelecido nos anos 1960 e administrado pelo Departamento de Avaliações de Terras. Além disso, a ilha continua a expandir seu sistema de numeração de loteamentos por meio de seu Programa de Registro de Terras, em andamento.

O Registro de Avaliação de Terras consiste de um número de bloco localizado num loteamento, de acordo com uma série de mapas em escala 1:5000. O número de Registro de Terras consiste num número de bloco baseado na localização do loteamento e um número de loteamento baseado em loteamentos individuais.

Espera-se que o sistema de numeração do Registro de Terras introduzido nos anos 1980 substitua o sistema de numeração do Registro de Avaliação de Terras.Andrew Weekes MRICS, topógrafo, Barbados

Painel do leitor

CONTATOS RICS RICS BRASIL(+5511) 2925-0068 Informações gerais / Membros / Assinaturas / Eventos / Treinamento RICS REGULATION +1 202 768 3847 LINHA DE APOIO CONFIDENCIAL+44 (0)20 7334 3867SERVIÇOS DE RESOLUÇÃO DE LITÍGIOS+44 (0)20 7334 3806CENTRAL+44 (0)20 7222 7000

GRAND CAYMANGostei muito de ter comparecido à Conferência RICS de Imóveis & Construção nas Ilhas Cayman, que aconteceu no dia 5 de março. Foi ótimo ouvir o discurso inaugural da Presidente da RICS, Louise Brooke-Smith.

O evento coincidiu com o primeiro dia da implementação do programa Valuer Registration nas Ilhas. A partir desta data, todos os membros da RICS que realizam avaliações na região devem tornar-se Registered Valuers. Desde a introdução do programa nas Ilhas Cayman, em julho de 2014, os avaliadores da região têm observado um aumento na qualidade dos laudos, com níveis cada vez mais elevados de transparência, credibilidade e consistência em evidência nos laudos produzidos nas Ilhas.

Foi um evento realmente interessante, que ofereceu perspectivas únicas sobre as questões locais em torno de George Town, a capital de Cayman, e os planos para sua regeneração. As sessões vespertinas foram particularmente interessantes para mim pois ambas se centraram nas questões que impactam diretamente a maneira como nossa empresa faz negócios, respeitando a introdução de um novo contrato de construção para as Ilhas Cayman e a Lei de Registro dos Construtores, que deve entrar em vigor no verão.

Houve aspectos polêmicos, o que é essencial para avançar qualquer grande ideia, e a RICS foi o fórum perfeito para realizar estes importantes debates nacionais.Shane Roberts MRICS, Ilhas Cayman

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PADRÕES ELEVADOSO artigo “Guardiões dos Padrões” (Modus Américas Quarto Trimestre de 2014, página 31) foi muito interessante para mim, pois sou profissional da avaliação e lido com clientes e corretores internacionais.

Os artigos tinham o formato de relatos, o que é mais interessante que uma leitura puramente acadêmica. Os exemplos compartilhados pelos avaliadores de diferentes países deixou os artigos muito interessantes. Acho a revista atrativa e diferente porque é realmente internacional em seu escopo e conteúdo.

O mundo da avaliação é bem diferente hoje em dia. Em uma quarta-feira, recebi uma ligação às 18:30 de um colega em Cingapura. Eram 9:30 da manhã de quinta-feira lá e discutimos três edifícios comerciais na Califórnia e Washington DC, os quais eles precisam que sejam avaliados.

É fascinante aprender de outros profissionais e ouvir depoimentos sobre o que acontece em outros lugares. Casey Merrill FRICS, Los Angeles

PARTICIPE DA MODUSEnvie seu comentário, crítica ou sugestão em português para o email [email protected] ou tweet usando #RICSmodus

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Page 6: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

06 RICS.ORG/MODUS

GRAHAM WATTS HONRICS, CEO, CONSTRUCTION INDUSTRY COUNCIL

EMBORA A ABORDAGEM INFLEXÍVEL DE APOSENTAR ALGUÉM aos 60 ou 65 nunca me pareceu justa, o conceito de aposentadoria é ainda válido pois, sem um processo adequado de aposentadoria, logo teremos de começar a fazer

perguntas difíceis sobre, por exemplo, como os jovens encontrarão trabalho. Ainda que seja maravilhoso que as pessoas possam trabalhar até mais tarde na vida - meu

pai ainda trabalha meio período aos 91 anos - precisamos estar cientes das expectativas daqueles que estão chegando. As pessoas de 20-25 que entram no mercado de trabalho esperam que os mais velhos ofereçam espaço para eles. Há um número limitado de empregos, portanto algum tipo de aposentadoria deve ser parte do sistema, simplesmente para manter o ciclo de pessoas que entram no mercado de trabalho enquanto outras saem.

Diz-se muitas vezes que a ideia de aposentadoria é ainda mais pertinente no setor da construção, devido à natureza física de muitos dos empregos. Quanto aos que atuam no setor de inspeções o cenário é um pouco diferente, pois se trata tanto de uma profissão da mente como do corpo. Naturalmente, é possível continuar projetando muito além da idade tradicional de aposentadoria - contanto que você retenha suas faculdades mentais - mas é verdade que um trabalho muito extenuante torna-se cada vez mais difícil.

Precisamos compreender que eliminar completamente a aposentadoria criaria uma sociedade muito desequilibrada. A aposentadoria deve continuar existindo, mas como um processo em razão do tempo de trabalho, e não em uma determinada idade.

ROS ALTMANN, EX-DIRETORA GERAL, SAGA, E ESPECIALISTA PREVIDENCIÁRIA

O CONCEITO DE APOSENTADORIA ESTÁ COMPLETAMENTE desatualizado com a longevidade, e a ideia de não trabalhar é simplesmente um sonho ruim. Não trabalhar é algo que as

pessoas devem escolhem e não sentirem-se pressionadas a fazer. Continuar a trabalhar deve ser a regra.

O trabalho tem um valor além da habilidade de produzir ou fazer “coisas”. Dá um propósito às pessoas e fornece conforto financeiro. Este último é especialmente importante já que, hoje em dia, as pessoas geralmente vivem muito além do que a idade tradicional da aposentadoria.

Se todos trabalhassem um ano a mais, a produção de riquezas seria maior, sem contar que as pessoas teriam um ano a mais de salário para gastar em produtos e serviços, podemos considerar também todo o ganho tributário que isso traz. Se as pessoas trabalhassem apenas três anos a mais do que a idade na qual sentem pressão para se aposentar, teriam uma aposentadoria 13% maior.

Para mim, não há qualquer dúvida de que todo o conceito de aposentadoria precisa ser aposentado. As pessoas precisam de muito mais liberdade para escolher por quanto tempo querem continuar trabalhando. Infelizmente, as normas sociais demoram a se atualizar, por isso temo que essa mudança ainda leve tempo. Minha visão é que, da mesma forma que as mães trabalhadoras finalmente tiveram sucesso em não serem consideradas más por voltar ao trabalho, o valor dos trabalhadores mais velhos será reconhecido, e não haverá esta pressão constante para que se aposentem.

Aposentadoria: anos dourados ou fi m de carreira? Qual a sua opinião? Escreva para [email protected], ou tweet usando #RICSmodus

O conceito de aposentadoria deve ser aposentado. Para discussão.

INDEFINIÇÃOAs pessoas estão vivendo mais do que nunca e os fundos previdenciários estão com dificuldades em dar retornos adequados. A noção de que há uma idade certa para as pessoas se aposentarem tornou-se anacrônica?

DIFERENÇA DE OPINIÃO

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Inteligência Notícias / Resenhas / Opiniões / Reações

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Page 7: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Q2 2015_MODUS BR ASIL 07

ONDE ESTÃO OS EDIFÍCIOS COMERCIAIS MAIS ALTOS?A China ultrapassou os EUA como o país com maior número de edifícios com altura superior a 150m Fonte: CBRE Research

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Lançado o guia internacional da implementação do BIM

A RICS lançou a guia internacional da implementação do BIM (1a edição) para facilitar a compreensão da Modelagem das Informações para Construção (Building Information Modeling, ou BIM), que terá um impacto para profissionais e empresas imobiliárias no mundo todo.

Com dicas sobre como implementar e usar o BIM no design, construção e operação de projetos de construção, o guia foca os aspectos de aquisição e gestão de ativos em projetos pequenos, de médio ou grande porte e complexos. Destaca-se também iniciativas nacionais de BIM no Reino Unido, EUA, China, Finlândia e Austrália.

Alan Muse, Diretor do Grupo Profissional do Ambiente Construído da RICS, comentou: “Os profissionais do mundo todo procuram orientações práticas sobre como o BIM os afetará. Este guia foi escrito por uma força-tarefa internacional que tem experiência do BIM na prática. O material contém muitas ilustrações para que seja um resumo sob medida de como implementar o BIM em terras/terrenos, imóveis e construção.”

A nota de orientação apresenta uma série de conclusões e recomendações que examinam as implicações da adoção do BIM para o setor como um todo. David Philp, chefe de BIM na Mace e chefe de implementação de BIM na Força-Tarefa do BIM do governo britânico, esclarece que o BIM é um assunto com muitas perspectivas, tanto em termos do que significa quanto sobre a maneira como deve ser aplicado.rics.org/bim

EXEMPLO BANCÁRIO A matriz do

Commonwealth Bank em

Sydney é um exemplo de

design moderno de escritório, e

rendeu à incorporadora

Lend Lease cinco prêmios internacionais

DADOS

Inteligência

rics.org/modus

OS MAIORES AUMENTOS NOS CUSTOS DE OCUPAÇÃO DE EDIFÍCIOS COMERCIAS CLASSE A, 2013-2014

Há “provas irrefutáveis” de que o design de um escritório tem efeito significativo na saúde, bem-estar e produtividade dos funcionários, aponta relatório do World Green Building Council.

Patrocinado pela JLL, Lend Lease e Skanska, a pesquisa é o primeiro estudo global a considerar o impacto que características como a disposição interior, qualidade do ar, níveis de luz solar e vistas para a natureza têm nos funcionários de um escritório. Uma melhor compreensão da relação entre os funcionários e seu local de trabalho promove edifícios melhores, mais saudáveis e mais sustentáveis.

O relatório apresenta também ferramentas simples com as quais as empresas podem medir a saúde, o bem-estar e a produtividade de sua equipe de funcionários - dados como absentismo, rotatividade de pessoal, queixas médicas e rendimento - que podem ser confrontados com as várias características físicas de um edifício.

“Este relatório aborda a questão central dos mercados imobiliários - o valor que as organizações obtêm a partir da ocupação de um imóvel”, afirma Miles Keeping MRICS, sócio de sustentabilidade da Deloitte Real Estate. “É muito importante que proprietários e empreendedores prestem atenção a estas conclusões, abordando características físicas de um edifício que afetam a produtividade.”

BAIXE O RELATÓRIO no site worldgbc.org. Como transformamos nossos escritórios em lugares melhores para trabalhar? Envie suas opiniões para [email protected]

O BOM DESIGN CONTRIBUI PARA O BEM-ESTAR DOS FUNCIONÁRIOS

ESCRITÓRIOSBREVES

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Source: Xxxxxxxxx

Fonte: CBRE

Kuala LumpurMalásia

SeattlePeriferia, EUA

DublinIrlanda

LondresWest End, RU

Nova YorkCentro

Manhattan

HoustonCentro, EUA

HoustonPeriferia, EUA

São FranciscoPenínsula, EUA

São FranciscoCentro, EUA

JacartaIndonésia

Seul Yeouido,Coreia do Sul

60% 19% 17% 16% 14% 13%

13% 11% 10% 10% 10%

CHINA 34% EUA 28% JAPÃO 7%UAE 4%

CINGAPURA 3%AUSTRÁLIA 3%

OUTROS 21%

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Page 8: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

08 RICS.ORG/MODUS

O bservei recentemente que o Navigant Consulting, um grupo de pesquisas que prevê

tendências, publicou 11 relatórios sobre sistemas de gestão de edifícios do futuro desde 2013. O que está acontecendo aqui? Parece-me que os “edifícios inteligentes” estão se tornando ‘edifícios do futuro’. A nova tecnologia redefine “inteligente” como mais autônomo, flexível e prático para um mercado maior, inclusive para pequenos edifícios comerciais. Penso que há diversas razões pelas quais os edifícios se tornam mais inteligentes, e porque termos como “eficiência energética” e “sistemas de gestão energética” são insuficientes para descrever o que realmente acontece.

Antigamente, os edifícios inteligentes eram geralmente limitados a plataforma de um único fornecedor de hardware e software. Atualmente, conforme os edifícios se tornam cada vez mais conectados por redes sem fios, a conhecida “Internet das coisas” oferece uma gama muito maior de flexibilidade de design e escolha de fornecedores. A nova parceria de software e sensores pode coletar estas megabases de dados, analisá-las, produzir informações utilizáveis e ajustar os controles.

Até então, a maioria dos edifícios inteligentes precisava de um gerente qualificado no local. Porém os sistemas atuais de gestão predial estão ficando muito mais sofisticados. Se você tiver sorte de encontrar um gerente competente, você corre o risco de não encontrar um outro profissional tão bom para substituí-lo nas férias e folgas. Portanto, os centros de controle na nuvem, de onde uma equipe de especialistas monitora muitos edifícios, garante uma larga economia em escala para o seu negócio.

O fornecimento de energia para um edifício inteligente também está mudando. O suprimento alternativo por meio de um gerador a diesel para suprir a demanda em ocasionais cortes do serviço foi substituído pelo “suprimento resiliente” que está permanentemente conectado às operações diárias do edifício. Isto pode ser uma série de células fotovoltaicas, células de combustíveis, unidade de energia e aquecimento a gás natural, dentre outras opções de economia energética. Além disso, a resiliência energética reconhece a importância humana e financeira da continuidade da atividade comercial e da infraestrutura, onde as micro redes energéticas dos edifícios podem funcionar de forma independente da matriz energética se necessário. Além disso, o monopólio do

fornecimento energético está em declínio, grande parte por causa dos sistemas de gestão dos edifícios inteligentes, que permitem uma parceria mais sofisticada com a matriz energética. Por exemplo, certos programas de computador podem analisar os preços dos serviços públicos em tempo real para permitir o uso da geração local de energia quando for mais econômico.

Os edifícios inteligentes de hoje controlam todo o “quinteto de recursos” de energia, água, saneamento, carbono e a qualidade do ambiente interno (IEQ, na sigla em inglês), tudo enquanto mantêm um diálogo com o ocupante.

Os novos imóveis inteligentes estão criando um mundo onde edifícios sem uma sofisticada gestão de recursos ficarão para trás. Isso levará à tecnologia sofisticada a invadir novos mercados, especialmente os pequenos edifícios comerciais (com menos de 4.645 m2). Este enorme setor está perdendo espaço no mercado imobiliário em relação aos investimentos nos edifícios maiores, apesar de que os edifícios menores alcancem a fatia de 93,9% de todo o mercado nos EUA, totalizando 50% da área total. A divulgação obrigatória do consumo de energia e recursos ajudará também a baixar os preços, envolvendo as companhias de serviços públicos e mudando seu modelo operacional.

JAMES FINLAY comandou o workshop “Gestão e controle de energia num edifício” no Summit nas Américas, realizado na Califórnia entre os dias 23 e 25 de abril de 2015.

“A nova tecnologia redefine os edifícios inteligentes para serem mais autônomos, flexíveis e práticos para o grande

mercado, e até para pequenos edifícios comerciais”

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Page 9: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

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A pesquisa RICS Futures contempla o que está por vir

Urbanização, mudanças na demografia das populações e deslocamentos de poder econômico transformarão a maneira como vivemos.

Um estudo da Oxford Economics espera que a produção do setor da construção no mundo cresça 70% até 2025, atingindo $15tri. A China e a Índia, com crescentes populações de classe média, devem responder por um terço dessa produção.

Considerando estas previsões, o projeto RICS Futures tem identificado as oportunidades e os desafios que se colocam ao ambiente construído e mercados relacionados.

A pesquisa para o RICS Futures examina temas chave desde ética e padrões, liderança, cidades do futuro, tecnologia e talentos. Além de entrevistas individuais com profissionais do real estate no mundo todo.

Dan Cook, Diretor de Estratégia da RICS, diz: “Planejar cenários futuros nos ajuda a criar um futuro mais seguro e garante que estejamos prontos para as mudanças. Será empolgante discutir as ações para o futuro esboçadas em nossa pesquisa durante os eventos do RICS Futures organizados para os próximos meses.”

O relatório RICS FUTURES foi lançado no Summit of the Americas, em abril, e já está disponível para download no site rics.org/futures

GOSTAMOS

ESTOU CERTO DISTO

O que é? O crescente uso da modelagem das informações para construção (BIM) está trazendo enormes mudanças ao setor, mas pode ser difícil compreender como a tecnologia pode afetar o dia a dia das pequenas e médias empresas (SMEs, na sigla em inglês). Porque as SMEs formam a maior parte da cadeia de fornecimento do setor, muitos precisarão adotar processos BIM para fornecer serviços, produtos e informações de uma maneira estruturada e consistente - particularmente quando trabalharem com o setor público. Lançado como parte da Força Tarefa do BIM do governo britânico, o BIM4SME.org é uma organização sem fins lucrativos cujo website ajuda a explicar e articular os benefícios do BIM para as SMEs.Como isso pode me ajudar? O site oferece recursos gratuitos, como estudos de caso, para mostrar porque e como outros usam o BIM, bem como uma lista dos principais eventos de BIM. Os criadores do site também formaram parcerias de treinamento para aqueles que querem aprender sobre o BIM no seu próprio ritmo. “Encorajamos o conteúdo sobre BIM das SMEs, como estudos de caso e blogs, para que possamos ajudar a todas as SMEs dos setores imobiliário e da construção a responder à maior demanda pelo BIM”, diz Andrew Turner MRICS, vice-presidente da BIM4SMEbim4sme.org; bimtaskgroup.org

BIM4SME

“A tecnologia só pode ser tão boa quanto seu usuário”

Adam Lansdown FRICS consultor principal, GVA Poderíamos pensar que com todos esses recursos digitais a velocidade das transações melhoraria imensamente nos últimos 5 ou 10 anos.

Mas não melhorou. Investimos muito em equipamentos mas acabamos penando com o mouse e o teclado só para mantermos o ritmo.Talvez a natureza humana esteja programada para manter um ritmo vagaroso. As pessoas precisam de tempo para assimilar e para

descobrir como usar as novidades. Cada imóvel é único e há sempre algo novo a considerar. É a lei dos efeitos não previstos que nos atormenta. Mas, pelo menos, ela nos mantém alertas. É uma pena que nós não recebemos mais agradecimentos por nosso esforço de conseguir estes resultados fugidios.

PROGRESSO ACELERADO

Certos projetos de infraestrutura como o Crossrail

de Londres já usam o BIM.

O BIM4SME.org tem o objetivo de

levar esse conhecimento

às SMEs

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Inteligência

A INTERNET DAS COISASHouve um aumento incrível de dispositivos conectados à internet e cada vez mais objetos cotidianos se tornam “inteligentes”Fonte: Goldman Sachs

BREVES

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China 34%

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US 28% Japan 7% Singapore 3%UAE 4% Australia 3%

Others 4%

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“A internet das coisas”

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Leia mais sobre o Summit nas Américas p16

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Lecionar nunca foi meu plano original, mas, por acaso, acabei vindo parar

aqui. Um de meus ex-colegas de faculdade me perguntou como as coisas tinham mudado desde que estudamos juntos 25 anos atrás. Além de, obviamente, ser muito mais fácil agora do que era em nossa época, a outra grande mudança é como o sistema educacional tornou-se um serviço ao consumidor.

Nos meus tempos de estudante, se eu recebesse uma nota baixa, aceitava a opinião dos professores, pois aquele era seu trabalho, e eu faria um maior esforço na próxima vez. Hoje em dia, talvez em parte devido às mensalidades elevadas que se paga, os estudantes são consumidores muito mais exigentes.

Pouco tempo atrás, recebi uma análise crítica de três páginas e 54 pontos sobre como eu estava errado quanto à nota que dei. Eu solicitei uma “auditoria independente” para verificar, e o segundo profissional deu uma nota ainda menor que a minha.

Em consequência, tive que voltar ao estudante e sugerir que se ele tivesse aplicado tanto empenho no trabalho original como colocou na análise da minha nota, teria obtido um resultado muito melhor.

Este ano, recebi um pedido de um estudante para dar feedback numa prova dele. Este aluno, entretanto, tinha obtido 64% num exame de avaliação imobiliária, resultado que me teria agradado muito - contudo ele obviamente pensava que merecia mais que isso.

A pergunta é: os padrões elevados que os estudantes estão exigindo de suas instituições de ensino são uma boa coisa? Certamente mantêm nós educadores em alerta, mas eu acho que isso pode ter ido longe demais.

Uma instituição para a qual trabalho se refere aos estudantes como “clientes” e isso, na base de “o cliente tem sempre razão”, deve deixar minhas futuras correções muito fáceis!

VOCÊ ESTÁ interessado em escrever a coluna Profissional Secreto? Escreva para [email protected]

Palestra de líderes lança IPMS nas Américas

A iniciativa do Padrão Internacional de Medição de Propriedades (IPMS) continua a crescer, com apoio adicional dos líderes do setor nos EUA e Canadá.

No dia 17 de março, a RICS realizou uma palestra especial dos líderes sobre os novos padrões para um público que incluiu investidores, ocupantes e fornecedores de serviços. No Brasil, o lançamento aconteceu em 14 de maio, com a presença de Neil Shah, Diretor da RICS na América, Márcia Ferrari, Country Manager RICS no Brasil e Cláudio Bernardes FRICS, presidente do Secovi-SP.

Para mais informações, visite o site rics.org/br.

Organizações Profissionais unidas lançam padrões éticos

A RICS e outras 16 organizações profissionais mundiais reuniram-se em outubro do ano passado na ONU em Nova York para lançar a Coalizão Internacional dos Padrões Éticos (IESC). Seu objetivo é desenvolver e implementar o primeiro padrão ético global para o ambiente construído.

A coalizão trabalhará para introduzir uma estrutura clara que permita aos profissionais realizarem seu trabalho de uma maneira que tenha consistência ética, melhorando os serviços e promovendo mercados imobiliários estáveis no mundo todo.

Princípios chave como confiança, integridade e respeito serão alinhados neste novo padrão, que deve ser lançado no início de 2016. A coalizão então implementará o padrão por meio de treinamento e orientações.

Peter Bolton King, RICS Diretor Global de Padrões Propriedade, diz: “Estabelecer um padrão ético comum, de alcance internacional aumentará a confiança nos serviços oferecidos.”

PROFISSIONAL SECRETO“Nos meus tempos de estudante, se eu recebesse uma nota baixa, aceitava a opinião dos professores”

EUA ATINGE MAIS BAIXO NÍVEL POR 20 ANOSAs vendas de edifícios de apartamento para alugar nos EUA bateram o recorde de $110,1bi em 2014, de acordo com a JLL. A cifra bateu o total de 2013 por 14,9%,

e foi mais de 10% mais elevada que o pico atingido em 2007.

O desempenho do setor multifamiliar foi impulsionado pelo crescimento ano após ano das taxas de ocupação e crescentes aluguéis.

Com a taxa de habitação própria nos EUA em seu nível mais baixo desde 1995 em 64%, mais americanos estão escolhendo alugar. Seis mercados respondem por quase 50% do volume de investimentos no ano passado: Nova York,

Atlanta, Houston, Dallas, Los Angeles, e Washington DC. Os investidores são ainda atraídos por mercados secundários como o Orange County na Califórnia.

O setor multifamiliar é a classe preferida de ativo dos investidores institucionais desde a crise graças à sua favorável relação risco-retorno. A maior concentração de compradores institucionais - quase um terço da atividade - concentrou-se em Washington DC.

rics.org/modus

RESIDENCIAL

RECORDE NA CAPITALO fundo TIAA-CREF pagou $195mi pelo empreendimento residencial Woodley nos EUA em junho - um preço recorde por unidade

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Inteligência

USUÁRIOS DO METRÔ EM NOVA YORK FINALMENTE VEEM A LUZ As estações de metrô tenderão sempre a sofrer com a falta de luz natural. Mas na estação Fulton Center, em Nova York, a 100m abaixo das calçadas de Manhattan, uma solução natural foi encontrada na forma de uma gigantesca super claraboia. Consistindo de uma série de painéis de alumínio altamente reflexivos presos a uma vasta rede de cabos tensionada e projetada por computador, a Sky Reflector-Net traz a luz solar a cada canto do átrio da estação, ajudando aos 275.000 usuários diários do terminal a seguir viagem com facilidade.

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A DIVERSIDADE FAZ UMA DIFERENÇA POSITIVA. HÁ PROVAS DE QUE AS EMPRESAS que atraem e encorajam talentos de um conjunto mais diverso são as mais bem sucedidas. Um mau desempenho em diversidade não é só decepcionante do ponto de vista da igualdade e da responsabilidade corporativa e social - é também ruim para os negócios. O globalização transformou a cultura de hábitos do consumidor e as empresas com a maior capacidade de dialogar com grupos diferentes terá, consequentemente, mais sucesso. As organizações mais bem sucedidas serão aquelas que atraem pessoas com uma gama mais ampla de origens.

No seu âmago, a diversidade é uma questão de talento. A RICS oferece acesso ao mais elevado status profissional, e eu acredito que isto caminhe junto com as ações de atrair e reter o mais elevado talento. Quanto mais elevado a talento que conseguirmos atrair, maior valor terá nosso status.

Uma pesquisa da PwC sugeriu que 65% dos CEOs no setor do real estate identificaram a gestão de talentos, a retenção e as habilidades da liderança como os desafios principais pelos próximos 10-15 anos, e a mesma proporção se preocupa em encontrar as habilidades de que precisam.

O programa RICS Futures oferece indicações sobre o que isso significa na prática. Identificamos sete temas principais que servirão para que nos preparemos para cenários futuro possíveis: liderança, sustentabilidade, ética, planejamento, tecnologia, multidisciplinaridade, e redes profissionais. Ainda que tais temas sejam rubricas necessárias para uma gama de questões complexas, elas sugerem as áreas nas quais os profissionais mais talentosos do futuro precisarão trabalhar efetivamente.

Precisamos de referências para inspirar os jovens talentos a se juntarem a nós, e precisamos de profissionais experientes que tenham o compromisso de treinar e orientar os indivíduos talentosos. Precisamos também de uma abordagem inovadora para a construção - a School of the Built Environment é um excelente exemplo disso - um compromisso inequívoco do setor de iniciar programas de aprendizagem.

A RICS tem um sério compromisso com a diversidade e incentivamos nossos membros a estimularem os talentos do futuro a fazer carreira no setor. Seguir Louise no Twitter @LbsLouise

ASSUMINDO A LIDERANÇA

Abrir as portas do setor é

crucial para mitigar a falta de habilidades

prevista por 65% dos CEO

Cidades europeias de médio porte tornam-se cada vez mais atrativas aos investidores, com a escassa oferta nos grandes mercados do real estate, enquanto há um reajuste de preços nas localidades em recuperação.

O CBRE estudou cidades de médio porte como Bolonha na Itália, Málaga na Espanha (imagem, abaixo), e Nurembergue na Alemanha, e constatou emprego em alta e fundamentos econômicos ideais para um novo investimento. Por exemplo, tais cidades contam com um mínimo de 90.000 trabalhadores de escritórios, todas registraram forte alta nos empregos nos últimos 15 anos e possuem uma concentração de atividade econômica em setores de alto crescimento.

“Esta lista surpreenderá certas pessoas, particularmente porque há cidades em países afetados por crises econômicas onde o emprego de fato cresceu durante a recessão”, comentou Dr. Neil Blake, chefe de pesquisa para a Europa, Oriente Médio e África do CBRE. “As economias e os mercados de edifícios comerciais nestas cidades promoveram também a mistura certa de empresas para o crescimento futuro, particularmente em tecnologia, setores criativos e campus de universidades.”

Entretanto, o CBRE adverte que os investidores precisarão aceitar alguns riscos e realizando um exame minucioso dos mercados imobiliários locais.

CIDADES DE MÉDIO PORTE SÃO AS MAIS ATRATIVAS

INVESTIMENTO

LOUISE BROOKE-SMITH FRICS RICS PRESIDENTE

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Precisamos de inspirar os jovens a se juntarem a nós

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NÍVEIS DE POBREZA NA ÍNDIANos últimos 18 anos, mais de 50% das pessoas que viviam na linha de pobreza melhoraram de vida Fonte: World Bank

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February 2015A publication of Institutional Real Estate, Inc.

INSTITUTIONALINVESTING ININFRASTRUCTURE

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Sovereign interestSovereign wealth fund CEOs, such as Mike Burns of the Alaska Permanent Fund, are exploring infrastructure investments

INSTITUTIONAL REAL ESTATE LETTERAUSTRALIA

THE

March 2015A publication of Institutional Real Estate, Incwww.irei.com

Measuring up

Will Australia’s real estate performance

continue to compare favourably to markets

around the world?

FundTrackerInstitutional Real Estate

January 2015

Market Update

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FUNDRAISING TRENDS Top of the year A look at the �rst three quarters of 2014

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LEADERBOARD A ranking of the top 12 fundraising leaders between 2012 and 2014

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INSIDE THE NUMBERS A closer look at speci�c fundraising trends in the market

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RECENT COMMITMENTS A sampling of investors’ recent fundraising commitments

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FUND NEWS News of recent fund launches and capital-raising activity

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RECENT FUNDRAISING ACTIVITY A sampling of recent fundraising activity

Investor focused.Connecting People, Data, Insights

INSTITUTIONALREAL ESTATE, INC.

2274 Camino Ramon, San Ramon, CA 94583 USAPh: +1 925-244-0500 • Fax: +1 925-244-0520 • www.irei.com

Connecting People, Data, InsightsConnecting People, Data, Insights

launches and capital- A sampling of recent launches and capital-raising activity

A sampling of recent fundraising activity

F E B R U A R Y 2 0 1 5 | A PUBLICATION OF INSTITUTIONAL REAL ESTATE, INC.

Year in Review2014 proved to be a breakout year for real assets

Grand GesturesSplashy corporate HQs are making a major comeback

Final Bid: Sold!Auctions are a viable methodof direct real estate investing

Adviser Harvey Spira eschewed the wirehouse route to form Hyperion Wealth Advisors as an IAR.

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Adviser Harvey Spira Harvey Spira Harvey Spira eschewed the

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SovereignSovereigninterestPermanent Fund, are exploring infrastructure investmentsTHE

INSTITUTIONAL REAL ESTATE LETTERAMERICAS

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The golden age of HQs returns

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recent fundraising commitmentsrecent fundraising recent fundraising

INSTITUTIONAL REAL ESTATE LETTERASIA PACIFIC

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INSTITUTIONAL REAL ESTATE LETTER

February 2015A publication of Institutional Real Estate, Inc • www.irei.com

The money talks

Investors speak

candidly on a host of issues at

the annual Editorial Advisory

Board meeting

Permanent Fund, are exploring

A publication of Institutional Real Estate, Inc

Permanent Fund, are exploring

INSTITUTIONAL REAL ESTATE LETTEREUROPE

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INSTITUTIONAL REAL ESTATE LETTER

London’s Crossrail project demonstrates how

infrastructure can reshape a city’s real estate dynamics

Through traffic

Your source for institutional real estate

news globally

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rics.org/modus

Lançada a versão do aplicativo de CPD para iPad

Quase 10.000 membros usam o aplicativo RICS de CPD para registrar e planejar suas atividades. Uma recente atualização da versão Apple do aplicativo inclui notificações de quando suas atividades de CPD planejadas devem ser concluídas, lembretes do prazo anual de CPD, e interface, notificações e instruções em múltiplas línguas, de acordo com a configuração de seu dispositivo.

Embora a versão Apple sempre tenha funcionado no tablet da marca, a atualização cria uma versão específica para o iPad. Use os termos de busca “RICS CPD” na loja de aplicativos da Apple.

RICS e CIQS reforçam parceria no Canadá

Em fevereiro, a RICS e Canadian Institute of Quantity Surveyors (CIQS) localizados em British Columbia realizaram o 2º Evento Beneficente Mark Hutchinson em Vancouver, em memória do ex-presidente da associação falecido em 2013. O dinheiro arrecadado no evento foi doado à Fundação de Cuidados Paliativos Paul Sugar.

O evento foi um símbolo do relacionamento que a RICS cultivou com o CIQS, e de seus esforços de colaboração recentemente ampliados na região. Em 2012, as duas organizações realizaram seminários conjuntos pela primeira vez, atraindo profissionais seniores de toda a região. Em novembro passado, o Segundo Seminário Anual da Construção e Gestão de Projetos RICS-CQIS contou com a presença de mais de 140 pessoas.

Os palestrantes nestes eventos têm mostrado paixão pelos tópicos e inspirado as pessoas presentes. Serão um catalizador para a contínua colaboração entre a RICS e o CIQS por uma causa profissional compartilhada.

A Upper Fifth Avenue é o centro de varejo mais caro do mundo, seguida pela Causeway Bay de Hong Kong em segundo lugar, a Champs-Élysées de Paris, a New Bond Street em Londres e o Pitt Street Mall em Sydney.

O relatório “As Ruas Principais do Mundo (2014/2015)” da Cushman & Wakefield, que classifica os 330 centros de varejo mais caros em 65 países, constatou que os aluguéis na Upper Fifth Avenue de Nova York chegaram a $3,500/pé quadrado ao ano.

John Strachan FRICS, chefe mundial para o varejo da Cushman,

comentou: “Nova York torna-se novamente o centro de varejo mais caro do mundo. A Upper Fifth Avenue também atingiu um novo recorde para o aluguel de varejo mais caro da história. Os mercados mundias que são porta de entrada continuam a crescer.”

Enquanto que os aluguéis de varejo registraram aumento de 2,4% nos 12 meses até setembro de 2014, as Américas lideraram com os valores nos grandes centros registrando aumento de 5,8%. Os EUA e o México foram os catalizadores desta expansão, graças às notícias econômicas positivas e a fundamentos de varejo mais favoráveis.

Matt Winn, diretor global de operações de varejo da Cushman e chefe de varejo nas Américas afirmou: “A forte demanda da parte dos varejistas e os números de turistas continuaram a viabilizar a expansão pelo país, com cidades como Los Angeles, São Francisco e Nova York registrando um crescimento de dois dígitos.

“A chegada de marcas como a Microsoft, que anunciaram recentemente sua primeira loja matriz na Upper Fifth Avenue, destacou ainda mais a importância dos grandes centros de varejo.”

BAIXE o relatório no site bit.ly/MainStreets2014

WINDOWS NA VITRINE

A Microsoft adquiriu o

espaço comercial da loja Fendi na

Upper Fifth Avenue, o que

ajudou a colocar a rua no topo da tabela.

Inteligência

A UPPER FIFTH AVENUE É A RUA COMERCIAL MAIS CARA DA HISTÓRIA

VAREJO

Desde câmeras de segurança aos sensores nos esgotos, a cidade moderna é permeada de tecnologia conectada em rede. A grande visão da cidade inteligente é onde tais tecnologias podem ser aproveitadas para conseguir níveis de eficiência

em segurança, conveniência e sustentabilidade.

Greenfield explora as maneiras como este discurso trata a cidade como um abstração, e examina também por que os planejadores urbanos do futuro podem cometer os mesmos erros do passado.

Nomeado por Steven Ramage FRICS, Contra a Cidade Inteligente (Against the Smart City) é leitura obrigatória para os profissionais do setor.

O QUE VOCÊ EST Á LENDO? Escreva para [email protected] ou tuíte #RICSmodus

RESENHA CONTRA A CIDADE INTELIGENTEAdam Greenfi eld

BREVES

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London’s Crossrail project demonstrates how

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Page 16: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Summit 2015

ANN GRAY FRICS DIRETORA, GRAY REAL ESTATE ADVISORS, LOS ANGELES

No ano passado, tive o prazer de trabalhar como consultora para o Citibank na venda de um grande lote de

terras que eram excedentes para o banco. O imóvel estava nos EUA, mas alguns dos interessados eram do exterior. Para complicar a situação, a venda era de tal valor que precisava ser apresentada a uma diretoria corporativa para obter aprovação. Simultaneamente, o Citibank acabara de concluir a histórica compra de um edifício comercial em Hong Kong. Eu fiquei intrigada com as questões de financiamento transfronteiras. Com que rapidez poderia uma diretoria corporativa agir para aproveitar uma oportunidade rara, e como avaliar os históricos de compras no caso de entidades estrangeiras? Quando a transação no ambiente global é realmente estratégica e quando é uma ação rápida e reativa, só para fechar o negócio?

O Real Estate ocupa uma das posições mais elevadas em muitos balanços corporativos. Eu trabalhava para os Estúdios Paramount. Como executivos de Real Estate, ouvíamos que o negócio da Paramount era cinema, e o nosso setor existia para servir a produção, não sendo um objetivo em si. Tudo bem, mas quando o Real Estate é uma parte tão grande do portfólio corporativo, parece-me que a otimização deve ser um aspecto essencial.

Meu painel no Summit of the Americas 2015 se ocupou da questão “Transações num Ambiente Global”. Para as operações globais esta é uma área complexa, influenciada por fatores como os regulamentos transfronteiras, restrições bancárias, e questões de transparência. A necessidade de agir rapidamente para aproveitar uma oportunidade é complicada por diferenças em metodologias de avaliação, culturas, expectativas sobre qual será o desempenho do espaço e como este espaço será medido.

Investimentos que atravessam fronteiras foram um dos temas discutidos no Summit nas Américas, que aconteceu em

Los Angeles em Abril. Líderes do setor explicam as razões

TRANSAÇÕES CONTINENTAIS

Entrevista por Cherry Maslen Ilustração de Sam Glynn

TIM GIFFORD FRICS VICE-PRESIDENTE SÊNIOR, CBRE GLOBAL CAPITAL MARKETS, MIAMI

Observamos um aumento dramático na atividade de investimento em imóveis comerciais nos últimos anos. No

Summit of the Americas, fiz o papel de moderador na discussão “O potencial dos fluxos de capital transfronteiras: causas, principais participantes e oportunidades”.

O painel ocupou-se de discutir as tendências recentes nos fluxos de capitais nas Américas. Estes incluem o aparecimento das fontes de capital da Ásia – especialmente a maior atividade dos investidores chineses, capital e fundos soberanos do Oriente Médio – e a recente tendência dos crescentes fluxos de capital dos investidores sul americanos em direção aos EUA. Embora haja atualmente pouca atividade de investimento institucional da América do Sul fora de seus mercados locais, o capital privado de indivíduos ricos tende a fluir para o norte. Estes investidores preferem os mercados das portas de entrada do sul da Flórida, Nova York, Texas e Califórnia.

Discutimos os principais fatores que estimulam o aumento dos investimentos transfronteiras, e abordamos os fatores que motivam os diferentes perfis de fontes de capitais, desde diversificar o risco para os investidores até procurar um maior retorno para o capital. Consideramos também o impacto que esta atividade que atravessam fronteiras tem em mercados diferentes, desde as pressões por aumento de preços nos grandes centros dos EUA, à criação de mudanças estruturais nos mercados emergentes. Nosso painel destacou exemplos de questões e complicações relacionadas ao investimento transfronteiras, e as maneiras como os investidores tentam resolver ou mitigar tais complicações. Mais importante ainda, analisamos em profundidade as tendências futuras e as possíveis oportunidades de investimento que estas podem criar. »

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Page 17: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

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Page 18: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Summit 2015

ERIC LEWIS FRICSDIRETOR EXECUTIVO, AVALIAÇÃO & CONSULTORIA, CUSHMAN & WAKEFIELD, NOVA YORK

No Summit, discuti como os hotéis são uma forma única de investimento

quando comparado às outras formas de Real Estate. Os hotéis são um tipo muito mais dinâmico de imóvel e muito mais sensíveis à mudança do mercado que outros setores. São ocupados por inquilinos que têm, de fato, contratos de aluguel de uma noite. Uma ilustração gráfica disto é que dias após os ataques de 11 de setembro, os hotéis de Manhattan estavam virtualmente vazios, enquanto que os imóveis comerciais e residenciais não danificados pelos ataques terroristas continuavam ocupados.

No lado positivo, conforme a economia sai da recessão, os hotéis são os primeiros imóveis a mostrar um melhor desempenho. Estas dramáticas variações são um desafio para o avaliador, que precisa estar preparado para trabalhar duro e pesquisar diligentemente para ficar em dia com o que acontece no mercado.

Há um número de fatores que afetam o valor numa localização específica, tais como hotéis que abrem ou encerram suas atividades, o que o município pode fazer para atrair ocupantes, além de eventos da cidade e corporativos. O que influência o interesse do investidor e de onde vem esse interesse?

A cidade de Nova York, onde trabalho, é atualmente a queridinha da comunidade de investidores. Vimos um grande aumento no valor de imóveis simbólicos, com um recorde de mais de $2mi por quarto pagos por um investidor estrangeiro no novo hotel Baccarat no centro de Manhattan. É um grande desafio avaliar um imóvel como este porque não há nenhuma venda recente que seja comparável, e é difícil prever o nível máximo que será alcançado pelas ofertas no mais concorrido mercado de Real Estate no mundo.

COLIN JOHNSTON FRICS PRESIDENTE, PESQUISA, AVALIAÇÃO & CONSULTORIA, ALTUS GROUP, TORONTO

Os investidores do Real Estate procuram oportunidades no mundo inteiro, e

querem a melhor informação possível para tomar decisões. A disponibilidade e qualidade dos dados, como a coletamos e classificamos, são cada vez mais importantes, mas o que não temos é consistência nos padrões de avaliação dentre todos os mercados.

Um de meus temas no Summit foi como melhorar a padronização por meio do uso de uma plataforma comum de avaliação, como o software Argus, em todos os mercados. Assim como o Office da Microsoft transformou-se num padrão mundial, o Argus quer apoiar os padrões de modelagem de fluxo de caixa, bem como a comparabilidade entre bens, estejam eles em Toronto, São Paulo ou Paris. Esta consistência não pode ser alcançada se cada agente numa determinada transação confiar em plataformas de software radicalmente diferentes.

Os investidores querem mais sofisticação na análise de atribuição e na mitigação de riscos futuros. Há pessoas que diriam que os avaliadores olham para trás, para as avaliações de Real Estate históricas, ao invés de olhar para frente. Os investidores procuram previsões de valores e tendências, que devem passar a ser o foco dos avaliadores internacionais. Já não basta dizer que um terreno vale “X” milhões de dólares. Precisamos saber por que e quanto valerá no futuro. Conforme o mercado torna-se mais globalizado, os avaliadores precisam atualizar suas habilidades.

Quando a transação no ambiente global é realmente estratégica e quando é uma ação rápida e reativa, só para fechar o negócio?

ANN GRAY FRICS Gray Real Estate Advisors

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Em março, foi realizada em Brasília a International Property Tax Conference, numa parceria entre a RICS, o IPTI (International Property Tax Institute) e o Lincoln Institute of Land Policy. O tema deste ano foi “Estratégias Sustentáveis para a Mobilização das Receitas: Perspectivas do Setor Público e Privado”. O objetivo da conferência foi expandir a

Questões tributárias discutidas em conferência em BrasíliaBRASIL

discussão sobre as questões relacionadas ao imposto sobre propriedade e compartilhar idéias com profissionais nos setores público e privado.

Os debates abrangeram questões como o equilíbrio entre a tributação excessiva e insuficiente e regulamentos para atrair investimentos. Um dos focos principais foi uma análise de estratégias para financiar

áreas metropolitanas, questão sobre a qual os especialistas compartilharam opiniões, teorias, sucessos, experiências e modelos.

“Este foi um momento importante para revisitar a questão do imposto sobre propriedade, dada a crise fiscal que atravessa o País”, comentou Márcia Ferrari, Country Manager da RICS Brasil.

Para mais informações visite rics.org/br.

ALFREDO GIORGANA MRICS DIRETOR NACIONAL DE SERVIÇOS DE AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA, JLL, CIDADE DO MÉXICO

No México, a recente criação dos FIBRAs (Fideicomiso de Inversión de Bienes

Raíces), um veículo de investimento dedicado à aquisição e desenvolvimento de imóveis reservados para aluguéis, revolucionou o mercado. Os FIBRAs podem ser descritos como a versão mexicana dos REITs (ou fundos de investimento imobiliário).

No Summit of the Americas, concentrei-me no estudo de caso do Fibra Mty, o mais recente FIBRA do México, e suas implicações para o futuro do real estate. No segundo trimestre do ano passado, minha equipe e eu participamos da avaliação e serviços de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) dos bens imobiliários do Fibra Mty. O fundo especializa-se atualmente na aquisição, gestão e desenvolvimento de nove edifícios corporativos no México que têm uma área locável total de mais de 132.000 m2 e um valor de mercado estimado em $210mi.

O Fibra Mty planeja investir em imóveis industriais, de varejo e de serviços comerciais, particularmente em imóveis cuja natureza e rentabilidade oferecem oportunidades de investimento. Por exemplo, imóveis que têm uma relação atrativa risco-retorno, bens com potencial para renovação e reposicionamento, venda e relocação e projetos feitos sob medida.

Durante a sessão, discuti a evolução dos FIBRAs no México, o desenvolvimento do Fibra Mty, metodologias de avaliação e regulamentos (para empresas de capital aberto), procedimentos de aquisição imobiliária, IPO e entrada no mercado, os resultados até agora e as lições que podemos aprender para o futuro.

SANDRA PARÉTVICE-PRESIDENTE SÊNIOR, DIRETORA DE CONTAS ESTRATÉGICAS, HOK, DALLAS

Como diretora de uma empresa global de design, uma das grandes questões

que vejo atualmente é a otimização do portfólio imobiliário conforme as estratégias para o local de trabalho evoluem. Considerando essa questão, no Summit eu também examinei as marcas corporativas e qual é a melhor forma de implementá-las em múltiplos mercados geográficos.

O que vemos agora é um número maior de entidades globais de Real Estate procurando firmas como a nossa para implementar suas estratégias de locais de trabalho. Uma corporação internacional pode ter escritórios em Londres, na Ásia, na América do Norte e no México, mas os estudos mostram que as expectativas de tamanho e configuração de um escritório podem variar muito entre regiões. O espaço de trabalho de um indivíduo pode ser metade do tamanho em Londres do que seria no Texas, por exemplo. Como tais espaços incorporam a ética e os valores de uma corporação é uma das questões que temos de responder.

Estudos revelam que um funcionário não passa mais de 20% de seu tempo trabalhando em sua mesa. Existe cada vez mais a filosofia do “a qualquer momento, em qualquer lugar”. Houve uma mudança radical a favor dos escritórios em plano aberto, o que impede que as pessoas se concentrem quando precisam. As empresas procuram espaços que melhor se adaptam às suas atividades e a cultura de trabalho flexível. Precisam de locais de trabalho individual, espaços de colaboração e áreas para treinamentos. As pessoas que investem em edifícios comerciais precisam conhecer o desempenho destes espaços para otimizar o portfólio. n

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A urbanização em nações emergentes acontece a uma taxa explosiva e os planejadores, engenheiros e empreendedores não conseguem acompanhar o ritmo. George Bull investigao ritmo. George Bull investiga

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INVESTIGA A ECONOMIA INFORMAL ESTIMULA O CRESCIMENTO DE COMUNIDADES INFORMAIS

Se existe um tema comum aos mercados de mais rápido crescimento na América Latina, é que o planejamento urbano em grande escala está sempre um passo atrás. De Cidade do México a Santiago, empreendedores oportunistas estão

ditando a direção do crescimento, resultando em cidades congestionadas e deslocadas.

Ao invés de nutrir um núcleo urbano mais denso, a característica principal destas cidades são o esvaziamento dos distritos comerciais e das áreas centrais originais. “Muitos imóveis nos velhos centros coloniais têm múltiplos donos, o que torna muito difícil liberar ativos para a regeneração”, explica Tim Gifford FRICS, vice-presidente da CBRE Global Capital Markets, em Miami. “Mas o mais importante, simplesmente não há a infraestrutura ou o planejamento para permitir tal regeneração de modo econômico.”

Em consequência, empreendedores procuram terrenos disponíveis perto de anéis viários ou rodovias. Muitos estão transformando antigas propriedades de campo em comunidades suburbanas ou áreas de terrenos industriais em centros urbanos comerciais. O que tende a permanecer no centro são edifícios governamentais e propriedades residenciais decadentes. Conforme os empreendimentos privados criam novos distritos urbanos, o governo é forçado a correr atrás com a infraestrutura.

Uma cidade que recentemente passou por isso é Lima. Nos últimos oito anos, o crescimento econômico médio foi de 7% por ano na capital peruana, mais rápido que em qualquer outro lugar da América Latina, e hoje aproximadamente 9 milhões de pessoas residem na cidade – quase um terço da população total do Peru. Gifford sugere que a estrutura de governança da cidade não é propícia para o planejamento urbano de longo prazo. Embora Lima tenha uma área metropolitana definida, há também

CRESCER É DIFÍCIL

Um terço dos peruanos

vive em Lima (esquerda)

e a cidade se expande para

cima e para fora; As vias de Jacarta

(centro) fazem com que favelas

cresçam na cidade. Em Lagos significa

construir sua casa sobre a água (direita)

Urbanização

municipalidades governadas por prefeitos que têm suas próprias agendas. Assim, sem uma visão compartilhada para a cidade, o desenvolvimento geralmente segue o caminho de menos resistência.

O outro fator crítico é o trânsito. Conforme o crescimento econômico expande a classe média, mais carros entram em circulação do que as vias podem absorver, fazendo com que mesmo viagens curtas se tornem um longo suplício (box, ao lado). Isto afasta os empreendedores. Uma dinâmica parecida impõe-se na capital Indonésia de Jacarta. “Se você vier aqui, ficará surpreso com a qualidade dos edifícios”, diz James Austen MRICS, chefe de varejo da JLL na Indonésia. “A desvantagem é a infraestrutura – o trânsito é terrível.” Em consequência, Austen diz que comunidades carentes começam a crescer rapidamente em torno dos mercados periféricos da cidade. “Jacarta baseia muito de seu entretenimento nos shopping centers, que sobrevivem porque possuem sua própria área de captação. Demora tanto para deslocar-se a qualquer lugar, que os shopping centers podem ser sustentados por sua população local. Muitos varejistas de grande porte estudam entrar nesses mercados.”

Mas focar-se exclusivamente em como o mercado dá forma a estas cidades é ignorar as comunidades que permitem seu crescimento - a maior parte delas informais. Em Lima, mais da metade da população ganha a vida na economia informal, e seus asentamientos humanos (assentamentos humanos) se alastram para fora do centro da cidade até as colinas ao redor.

Os assentamentos informais sempre existirão de alguma forma, sugere Gifford. Muitas das favelas em Lima e no Rio de Janeiro, por exemplo, são o lar de muitas gerações. A questão chave é como possibilitar uma transição bem sucedida de informal a formal. Em 2012, ocorreram conflitos violentos na comunidade do Pinheirinho, perto de São Paulo, pois os moradores rejeitaram esforços do reassentamento que os deixariam muito longe de seus empregos.

“As novas populações urbanas de baixa renda frequentemente trabalham no setor informal, e precisam estar perto deste”, diz Gifford. “Mesmo se você puder fornecer moradia, é muito difícil reassentar indivíduos IM

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Podemos aprender com uma das cidades brasileiras de mais rápido crescimento como fornecer serviços de transporte confiáveis e sustentáveis com um baixo orçamento?

Curitiba, uma cidade de 1,6 milhão de habitantes no sul de Brasil, é mais conhecida como um exemplo de planejamento urbano. Incapaz de financiar um sistema ferroviário, em 1974 Curitiba desenvolveu uma rede de linhas de ônibus nas quais os ônibus – levando 270 passageiros cada – usam corredores exclusivos. Estima-se que eles se desloquem tão rápido quanto um sistema de metrô, mas por menos de 2% do custo de construção.

A introdução do sistema de corredores exclusivos para ônibus (BRT) anulou 27 milhões de viagens de carro por ano. Embora a cidade tenha um dos números mais elevados de carros particulares do Brasil, o BRT responde por mais de 70% das viagens diárias na cidade e é barato.

O plano diretor de Curitiba promove um modelo linear de expansão urbana, no qual o crescimento comercial é incentivado ao longo das artérias de transporte, reduzindo a importância de uma única área central e reduzindo congestionamentos.

Brasileiros no corredor exclusivo

ESTUDO DE CASO

porque eles têm uma ótima localização urbana. A maior probabilidade é que você consiga fornecer moradia a uma distância de uma ou duas horas de ônibus. Então ainda que seja melhor moradia, uma vizinhança melhor com infraestrutura melhor, onde estão os empregos?”

Das favelas do Rio às vilas flutuantes de Makoko na Lagoa de Lagos, assentamentos informais são muitas vezes o primeiro ponto da chegada para uma população que deixa o campo. Nas áreas construídas da capital nigeriana, por exemplo, há 20.000 pessoas por quilômetro quadrado, aproximadamente 70% das quais possivelmente vivem em favelas. “Muitos governos não querem incentivar as pessoas a virem, então não fazem planos para isso”, diz Tony Mulhall MRICS, Diretor Associado do Grupo Profissional de Terras da RICS. “Mas esse fluxo do campo à cidade é praticamente garantido. O objetivo real deveria ser como organizar a chegada inicial de forma que possa ser adaptada subsequentemente, pois o mercado não vai garantir o básico.”

As precárias estruturas de governança nestas cidades fazem com que, mesmo com um plano, o governo não cumpra sua parte. “Fizemos uma pesquisa sobre moradias a preços acessíveis na Nigéria, e vimos uma chocante história de metas não cumpridas”, diz Mulhall. Então, o desafio que a cidade em rápida urbanização apresenta para o planejamento é que muitos dos mecanismos existentes dependem de as coisas acontecerem de maneira ideal ou, pelo menos, previsível. Uma abordagem mais gradual é necessária para que se possa fazer uma aproximação ao padrão ideal de moradia e empreendimentos, afirma.

Mas qual é o padrão “ideal” para uma situação imperfeita? Na opinião de Mulhall, compartilhada pelo UN-Habitat (o Programa de Assentamentos Humanos da Organização das Nações Unidas) e a Comissão Econômica da ONU para a Europa, é que para moradias a preço acessível, as autoridades precisam garantir uma qualidade que seja baixa o bastante para que a unidade seja construída no local, mas alta o bastante para que se possa fornecer crédito imobiliário para comprá-la. Isso, Mulhall esclarece, “começa a definir a unidade como um bem, e porque ela é um bem, pode-se usá-la como garantia para o crédito”. »

As populações urbanas de baixa renda trabalham no setor informal, e precisam estar perto deste

TIM GIFFORD FRICS CBRE Global Capital Markets

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As pessoas precisam de acesso a empregos para pagar o crédito imobiliário, naturalmente, e essa geralmente é a falha dos sistemas de planejamento. Vastos blocos residenciais desocupados em algumas cidades secundárias na China nos fazem lembrar que construir casas é somente parte da questão – é preciso que uma infraestrutura básica de comunidade também esteja presente. “As pessoas podem pensar que é ótimo passar a ter tudo isso que estamos falando, após passarem muito tempo da vida sem ter tido nada”, diz Mulhall. “Mas isso é resiliência de longo prazo – não é somente dar um teto a uma pessoa.”

INFRAESTRUTURA MANILA ENFRENTA DEMANDA POR ÁGUA

Manila, Filipinas, 1995. Três quartos das moradias no leste da cidade não têm abastecimento de água 24 horas por dia e somente 8% têm conexão com

a rede de esgoto. Quase dois terços da água produzida é desperdiçada com vazamentos, medições inadequadas e conexões ilegais. Os moradores mais pobres são forçados a comprar água dos vendedores de rua, pagando até sete vezes mais por litro que os clientes conectados à companhia de serviço público do estado. Confrontado com provas de que a cidade logo enfrentaria uma séria escassez de água, o governo aprovou a Lei da Crise Hídrica com um mandato para privatizar o fornecedor estatal e melhorar a qualidade e a cobertura da água e dos serviços de saneamento.

Avançamos para 2006, e no leste de Manila o número de moradias com acesso à água 24 horas por dia passou de 26% a 99%. A Companhia Hídrica de Manila lançou também o programa “Água para os Pobres”, que permite aos residentes nos bairros mais pobres pagarem apenas $1,50 ao mês por água limpa. Até 2010, a água desperdiçada ou “não faturada” caiu de 63% em 1997 a 11% graças a um programa de 13 anos que combina engenharia e uma parceria com a comunidade.

Hoje, Manila é a cidade mais densamente povoada do mundo, com mais de 46.000 pessoas por milha quadrada, e sua área metropolitana, com mais de 20 milhões de moradores, é a quinta maior do mundo. Para colocar o sucesso desta abordagem de serviços hídricos em perspectiva, considere que não há uma única cidade na Índia que forneça abastecimento adequado de água a todos os seus cidadãos. Algumas cidades, como Nagpur, Hubli e Dharwad, testaram o abastecimento em tempo integral, mas ainda precisam alcançar a escala necessária para servir à população inteira.

Piyush Tiwari MRICS, Reitor Adjunto e Diretor da Escola de Real Estate na RICS School of Built Environment da Universidade Amity, na Índia, diz que uma lição importante da experiência de Manila é que a participação do setor privado pode melhorar as operações. “Com o financiamento privado, os sistemas de água têm que ser estruturados de modo a serem rentáveis. Isto estimula as empresas de serviços a tomar medidas, tais como a redução da água não faturada, melhor eficiência na coleta e na medição. Embora estes sejam princípios básicos, a maior parte das empresas de serviços públicos nos países emergentes têm dificuldade em implementá-los.”

Mas fornecer água é muitas vezes mais fácil que retirá-la. Adrian Marsden, líder da equipe hídrica da Arup, tem se ocupado de construir estações de tratamento de esgoto em

Manila pelos últimos quatro anos. Um dos motivos para isso são as metas ambiciosas de esgoto e saneamento estipuladas para as empresas de águas da cidade. “Somente 13% da população conta com o serviço”, diz. “Mas instalar redes de esgotos aqui é um grande desafio por causa da geografia. As ruas são tão movimentadas e estreitas, que a logística de escavá-las para instalar tubulações é complexa e cara.”

A maior parte da água residual da cidade é armazenada em fossas sépticas antes de fluir para a Baía de Manila ou o Laguna Lake, que são forçados a servir de gigantescas fossas de assentamento. Por isso, atingir estas metas é essencial para evitar a contaminação, especialmente considerando-se a vulnerabilidade de Manila às inundações. Quando a tempestade tropical Ondoy chegou em 2009, quase 80% da cidade foi inundada. Isto foi agravado, diz Marsden, pelo fato que os empreendimentos tiraram da cidade áreas adequadas para escoamento.

A carência de infraestrutura verde pode ser um grande problema quando o poder do crescimento econômico força as pessoas a viverem em lugares inseguros. Tom Venables, diretor do departamento do planejamento da Aecom, está trabalhando num projeto de grande porte na cidade saudita de Jidá, que segundo ele tem um problema com a migração maciça e assentamentos irregulares, muitos dos quais são construídos nos sistemas wadi – basicamente leitos de rios secos – em torno da cidade. “Quando os wadis de Jidá inundaram recentemente, muitas moradias desapareceram e os debates focaram em como melhorar a situação. A tarefa original da Aecom foi construir bueiros, mas estamos estudando uma abordagem mais natural.”

Urbanização

Instalar redes de esgotos é um grande desafio. As ruas são movimentadas e estreitas, e a logística de escavá-las é complexa

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A combinação de desenvolvimento rápido, fornecimento inadequado de infraestrutura e mudanças climáticas cria um risco real para estas cidades de rápido crescimento. Tiwari sugere que algumas das maiores bacias fluviais da Índia, por exemplo, terão um aumento 5%-20% nas secas até 2050, com efeitos negativos para as cidades que estas abastecem. E apesar do progresso de Manila, a segurança hídrica continua sendo um grande desafio. O uso de água per capita aumenta com o crescimento e o governo procura ligar a Represa Angat, já sob pressão, à província de Bulacan, no norte.

“A cidade cresceu, mas o número de reservatórios de água não aumentou”, explica Marsden. “A seca e a demanda fizeram com que o nível em Angat ficasse bem abaixo de seu nível mínimo este ano, então o governo teve de interromper a irrigação, e isso teve um impacto na produção de arroz.”

As práticas atuais de projetar sistemas de gestão hídrica que não levam em conta as mudanças climáticas ficarão sob intensa pressão, afirma Tiwari. “Estas considerações precisam ser integradas às políticas e aos mecanismos de auditoria desde a regularização de obras, passando pelo projeto, construção e implementação. Ainda que o custo possa apresentar um obstáculo, uma alternativa que não leve em consideração as mudanças climáticas não é uma opção.”

MORADIA

CIDADES EM CRESCIMENTO ACELERADO TÊM DIFICULDADES PARA ACOMODAR SEUS MIGRANTES

Em nenhum outro lugar o poder do crescimento econômico resultou numa urbanização tão rápida de sua população como na China. Cidades como

Shenzhen, cuja população passou de apenas 30.000 habitantes em 1979 para 12 milhões atualmente, teve mais de 50% desse crescimento na última década. O governo têm planos ambiciosos para transferir um adicional de 100 milhões de pessoas do campo para áreas urbanas até 2020. A questão é: como as cidades chinesas pretendem suceder onde tantos outros países falharam?

Em 2007, reconhecendo que os altos preços das moradias excluíam os pobres da cidade, a China começou a reconstruir seu sistema de casas populares numa escala incrível. Um relatório comissionado pela RICS: “Mais não significa melhor: ineficiências no setor de moradias populares e de baixo custo na China”, constatou que, entre 2011 e 2015, os governos municipais terão construído 36 milhões de moradias populares e de baixo custo. Mais de 24 milhões de obras foram iniciadas até o fim de 2013, e as metas para 6 milhões de moradias neste ano e no próximo devem ser cumpridas. Mas até recentemente, o acesso às moradias de baixo custo excluiu os trabalhadores migrantes que, registrados como residentes rurais, não tinham direito a nenhum dos benefícios sociais oferecidos pelas cidades.

O Hukou chinês, ou o sistema de registro para moradias, em que a população é classificada como cidadãos rurais ou urbanos, foi inicialmente criado para impedir um fluxo maciço às cidades e o surgimento de favelas com o crescimento da economia, explica James Macdonald, chefe de pesquisa da Savills China. “Mas com a desaceleração da produção de mercadorias e das exportações, o governo planeja estimular o consumo doméstico. Sua atitude com relação à construção de cidades está se transformando, agora incentivam mais pessoas a comprar na cidade e criar raízes.”

Em 16 março de 2014, o Conselho de Estado Chinês lançou o Novo Plano Nacional de Urbanização para utilizar, nas palavras do premiê Li Keqiang, “urbanização focada nos seres humanos” como um motor para promover o crescimento econômico. Como parte do plano, que irá acelerar a urbanização no país, os governos municipais deverão oferecer moradias populares aos trabalhadores migrantes.

Dr. Albert Cao, professor sênior do departamento de construção e Real Estate na universidade Oxford Brookes no Reino Unido, analisou esta mudança para o relatório da RICS. Segundo ele, os governos locais, em geral, têm sido relutantes em abrir as portas aos trabalhadores migrantes, mas há aqueles que veem isso como uma oportunidade de competir pelos trabalhadores. Ele comparou duas cidades: Guangzhou, a maior cidade no sul da China; e Wuhan, uma cidade de mais de 10 milhões de pessoas no »

AMEAÇA EM MANILA

Somente 13% da população

de Manila é servida pela

rede de esgoto.

Quando a cidade inunda (esquerda) o escoamento segue para

Laguna Lake, destruindo as favelas (direita)

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centro do país. Os preços médios das moradias aumentaram 134% e 80% respectivamente desde novembro de 2007.

“Guangzhou se recusou – fornecer acesso a moradias populares significaria também dar acesso a educação e saúde”, explica Cao. “Mas Wuhan, que precisa de mais mão de obra, começou no ano passado a permitir que os trabalhadores migrantes com trabalhos em período integral entrem para o sistema de moradias populares.”

A China precisa de reformas, afirma Cao, tanto para garantir que governos locais não saiam no prejuízo se permitirem que trabalhadores migrantes tenham acesso às moradias populares, como também para acomodar aqueles que querem ser cidadãos urbanos e não se importariam de perder seus direitos no campo.

As vantagens do sistema Hukou são agora menos óbvias numa nação que quer se urbanizar. Conforme fica cada vez mais difícil para os trabalhadores encontrarem acomodação básica devido aos preços crescentes, eles têm que voltar para casa. “É por isso que o governo central promove a integração com a cidade”, diz Cao.

Mas acelerar a urbanização trará seus próprios desafios para a habitabilidade. De acordo com Barry Piper MRICS, diretor de operações, Ásia, da Faithful+Gould, enquanto que o novo plano de urbanização estabelece metas para lidar com essas questões, Piper afirma que a esperança da China de “dar um salto verde” depende do sucesso de experimentos como as eco-cidades, e é difícil dizer se essas terão sucesso.

A habilidade de construir cidades é uma coisa, mas construir comunidades de qualidade é outra. As cidades chinesas têm um histórico de construção e investimento antes da demanda. Isto produziu elefantes brancos, particularmente em cidades secundárias, diz Macdonald.

O relatório de Cao conclui que as reformas podem ser o catalizador para uma elevação dos padrões. “Cada vez mais cidades seguirão o exemplo de Wuhan. As cidades chinesas fazem uma coisa bem: criar empregos – e a primeira condição é que uma cidade tem de ser capaz de suprir as necessidades financeiras de sua população. Se eles se derem conta de que uma população maior é melhor para a cidade, tentarão inovar e melhorar sua oferta.”

Após a entrada do Camboja na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em 1999, o país teve de introduzir padrões de construção. A RICS foi consultada sobre como introduzir um sistema apropriado desde o início.

Martin Russell-Croucher MRICS, Diretor de Projetos Especiais e Sustentabilidade da RICS, liderou o projeto. “Há muito investimento sendo direcionado ao Camboja e isso exige um padrão de construção que até agora não existia”, explica.

Os padrões de construção podem não somente salvar vidas e reputações, o custo de parar as atividades comerciais pode ser catastrófico. “Entre 10%–20% das empresas nunca conseguem recomeçar”, diz Russell-Croucher.

“Produzir recomendações é apenas o começo. Fiscalizar os novos padrões é o mais importante”, afirma.

Após o trabalho no Camboja, a RICS tem formado uma coalizão para apoiar uma série de padrões internacionais. Diversas organizações, entre elas o Banco Mundial e o International Code Council, já firmaram seu compromisso. Russell-Croucher diz: “A intenção é produzir padrões acessíveis para que possam ser adaptados a cada país.”

RICS ajuda o Camboja com novos padrões

PADRÕES DE CONSTRUÇÃO

Urbanização

EM ASCENSÃO A eco-cidade

de Tianjin – uma

colaboração entre os

governos da China e Cingapura

– deve ser o lar de 350.000 habitantes até 2020

As cidades chinesas fazem uma coisa bem: criar empregos. Uma população maior vai obrigar a melhorar sua oferta

DR ALBERT CAO Oxford Brookes University

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Custo (previsão) Velocidade médiaPreço ingresso / kmCHAVE

ÁustriaBélgicaBrasilChinaDinamarcaFrançaAlemanhaItáliaÍndiaJapãoMalásiaMéxicoMarrocosPaíses BaixosRússiaArábia SauditaCoreia do SulEspanhaSuéciaSuíçaTaiwanTurquiaReino UnidoEUAUzbequistão

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60 km20,352 km

511 km209 km240 km

DISTÂNCIA TOTAL

703 km

72 km 235 km 550 km

200 km 551 km

39 km453 km

60 km

184 km

1,308 km

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0 km EM OPERAÇÃO

0 km

SOB CONSTRU

ÇÃO

344 km

113 km

345 km

209 km

120 km

56 km

$2.97 BL

$10.93 BL

$11.40 BL +

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$11.42 BL

$3.43 BL

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$17.47 BL

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453 km491 km

395 km520 km

414 km400 km

210 km480 km

750 km

1,394 km204 km

0 kmEM PLANEJAMENTO ATÉ 2020

7,610 km

35 km

N/A

N/A

LONDRES

BIRMINGHAM

CUSTO$30.60 BL

POUPANÇA34 MIN

ANKARA

SIVAS

CUSTO$1.14 BL

POUPANÇA9 HR 17 MIN

CÓRDOBA

ANTEQUERA

CUSTO DO INGRESSO$38

CUSTO/KM$0.38 (100 KM)

Dados Andy Plowman Ilustração de Relajaelcoco

Onde se localizam as linhas de trem de alta velocidade no mundo? Qual será sua velocidade e quanto custarão? Qual país aposta mais na tecnologia?

A Licitação

para a primeira linha de alta velocidade que

irá conectar São Paulo e Rio de Janeiro já começou.

A geografia faz com que 40% da linha passe por

pontes ou túneis

O Japão

planeja construir uma linha maglev com 286km

entre Tóquio e Nagoia. Com uma velocidade de 500 km/h, o tempo de viagem passaria

de 1h 40 min para apenas 40 min

ENTREGA EXPRESSA

MODUS_Brazil_Q2.15_P28-29_Hi Speed Rail_V2.indd 28 19/05/2015 12:55

Page 29: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Custo (previsão) Velocidade médiaPreço ingresso / kmCHAVE

ÁustriaBélgicaBrasilChinaDinamarcaFrançaAlemanhaItáliaÍndiaJapãoMalásiaMéxicoMarrocosPaíses BaixosRússiaArábia SauditaCoreia do SulEspanhaSuéciaSuíçaTaiwanTurquiaReino UnidoEUAUzbequistão

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$0.25689 km

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2,786 km345 km107 km750 km

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DISTÂNCIA TOTAL

703 km

72 km 235 km 550 km

200 km 551 km

39 km453 km

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ÇÃO

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$10.93 BL

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$9.93 BL

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0 kmEM PLANEJAMENTO ATÉ 2020

7,610 km

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N/A

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LONDRES

BIRMINGHAM

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ANKARA

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CUSTO$1.14 BL

POUPANÇA9 HR 17 MIN

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ANTEQUERA

CUSTO DO INGRESSO$38

CUSTO/KM$0.38 (100 KM)

Trem de alta velocidade

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Page 30: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Astronáutica

ASTRONÁUTICA

ASTRONÁUTICA

ASTRONÁUTICA

ASTRONÁUTICA

ASTRONÁUTICA

Os membros da RICS atuam nos quatro cantos do globo, em

quase 150 países, em inúmeras especialidades. Mas poucos

podem dizer que seu trabalho é mesmo de outro mundo

Os membros da RICS atuam nos quatro cantos do globo, em

quase 150 países, em inúmeras especialidades. Mas poucos

podem dizer que seu trabalho é mesmo de outro mundo

podem dizer que seu trabalho é mesmo de outro mundo

podem dizer que seu trabalho é mesmo de outro mundo

podem dizer que seu trabalho é mesmo de outro mundo

Texto Michael Willoughby Fotografi a Andrew Shaylor

TextoTextoTextoTexto Michael Willoughby

Michael Willoughby

Michael Willoughby

Michael Willoughby Fotografi aFotografi aFotografi aFotografi a Andrew Shaylor

Andrew Shaylor

Andrew Shaylor

Andrew Shaylor

PROF. SIR MARTIN SWEETING OBE HonRICSPRESIDENTE EXECUTIVO, SURREY SATELLITE TECHNOLOGY E PRESIDENTE, CENTRO ESPACIAL DE SURREY, REINO UNIDO

Em 1985, eu fazia parte de uma pequena equipe que construiu e lançou os primeiros dois satélites de micro-pesquisas do Reino Unido na Universidade de Surrey, projeto a partir do qual formamos a empresa Surrey Satellite Technology. Atualmente, 30 anos depois, temos um faturamento de £127mi ($192,2mi) e empregamos uma equipe de 500 funcionários. Projetamos, construímos e colocamos em órbita 43 nano- (1-10 kg), micro- (10-100 kg) e mini-satélites (100-500 kg).

Nossa grande ideia foi usar componentes eletrônicos comerciais, disponíveis ao consumo geral. Estes foram testados por milhares de horas e são mais duráveis que as »

30 RICS.ORG/MODUS

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Page 31: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Os membros da RICS atuam nos quatro cantos do globo, em

quase 150 países, em inúmeras especialidades. Mas poucos

podem dizer que seu trabalho é mesmo de outro mundo

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32 RICS.ORG/MODUS

Astronáutica

peças mais caras e customizadas. Com que frequência um telefone celular deixa de funcionar? Muito raramente. Recentemente colocamos em órbita um satélite experimental do tamanho de uma bola de praia operado por meio de um telefone celular. Um smartphone tem tudo que um satélite precisa – sensores de áudio e visuais, um computador e GPS. Usamos também discos rígidos, especialmente testados, de laptops disponíveis no varejo para armazenar dados em nossos satélites.

Atualmente estamos construindo 22 cargas úteis de satélites para o Galileo, a versão européia do sistema GPS americano. É vital que Europa tenha seu próprio sistema porque não podemos confiar apenas em um – não importa quão amigável seja o fornecedor. Tudo o que fazemos atualmente é precisamente sincronizado, desde as transações financeiras nos caixas eletrônicos à navegação. O Galileo contará com alguns dos relógios mais exatos do mundo. Cada satélite é do tamanho de um pequeno caminhão e orbitará à Terra em grupos de três a cinco, fornecendo serviços de sincronismo e navegação para a Europa.

Nossos satélites fornecem também dados de observação da Terra, como imagens em tempo real para ajudar missões de resgate e socorro durante desastres, bem como monitoramento agrícola e fiscalização do contrabando de madeira. A tecnologia foi usada no período após o tsunami Asiático de 2004 e do Furacão Katrina.

Temos também um projeto mais acadêmico, o Centro Espacial de Surrey, associado à Universidade de Surrey, e que emprega 90 acadêmicos. O objetivo do centro é analisar os próximos cinco a 25 anos e tentar examinar as tecnologias espaciais que podemos construir no futuro.

A atual área de interesse é como lidar com o lixo espacial. As partículas pequenas podem danificar satélites – como aconteceu em 1996 [quando um satélite francês foi abatido por restos de um foguete Ariane – o primeiro exemplo comprovado de uma colisão entre dois objetos em órbita]. Há mais pressão hoje em dia para garantir que seu satélite não sofra avarias, e o centro espacial estuda como esta questão pode ser abordada. Um deles usa o equivalente de um paraquedas solar, que captura ar rarefeito do espaço suficiente para ajudar o satélite a sair da órbita quando sua vida útil termina. Outro é um dispositivo que pode coletar parte de destroços e retirá-los da órbita. www.sstl.co.uk; surrey.ac.uk/ssc

Nossa grande ideia foi usar componentes eletrônicos comerciais, disponíveis ao consumo geral. Com que frequência um telefone celular deixa de funcionar? Muito raramente

MARTIN SWEETING HonRICSSurrey Satellite Technology

TECNOLOGIA ESTELAR A Surrey Satellite

Technology está

construindo três satélites

de observação de alta

resolução que formarão uma constelação a serviço de uma

empresa chinesa de

mapeamento

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BO WU MRICS LÍDER DO PROGRAMA DE MESTRADO EM GEOMÁTICA, DEPARTMENT DE AGRIMENSURA E GEO-INFORMÁTICA, UNIVERSIDADE POLITÉCNICA DE HONG KONG

Em 2012, fui procurado pela Agência Espacial Chinesa (CNSA, na sigla em inglês) para ajudá-los a planejar a chegada segura do módulo Chang’e 3 à lua – que ocorreu em 14 de dezembro de 2013.

Quando você vai a um novo lugar, precisa de um mapa exato que o ajude a conhecer o novo ambiente. A lua não é diferente, exceto que não há o GPS!

A CNSA havia mapeado a superfície lunar antes, com lasers e câmeras a bordo de satélites. Entretanto, cada método tem sua desvantagem: a fotogrametria – que permite criar modelos 3D a partir de fotografias – apresenta erros de até vários quilômetros no eixo horizontal; a medição por laser pode ter erro de até um quilômetro no eixo vertical. Ao combinar dados de duas fontes diferentes, pudemos remover os erros dos dados. Isto foi importante porque se a área onde você tenta pousar é mais elevada do que você pensa, pode haver um desastre.

Analisamos as encostas da lua porque o módulo não seria estável em ângulos de mais de 15 graus. Mapeamos também sua superfície para avaliar a distribuição das crateras. Se o módulo pousar numa cratera, o veículo de exploração não conseguirá sair. Finalmente, mapeamos todas as rochas grandes que poderiam ter causado problemas ao módulo. Creio que podemos dizer que criamos o mapa mais preciso da lua.

Quando vi a aterrissagem exitosa do módulo na transmissão em tempo real, respirei aliviado – como, certamente, também respiraram as outras milhares de pessoas que trabalharam no programa. Como profissional, sinto-me honrado de ter participado desta missão [o Chang’ e 3 é a primeira missão lunar chinesa a pousar na lua e a primeira nave espacial a pousar com sucesso na lua desde 1976] e orgulho-me de ter ajudado a resolver esse problema crítico.

Infelizmente, o veículo apresentou um defeito e não pode mover-se pela superfície da lua – embora o módulo principal esteja realizando medições. Não obstante, nossas informações podem ajudar futuras explorações da superfície lunar e levar a descobertas científicas e geográficas. »www.lsgi.polyu.edu.hk

Podemos dizer que criamos o mapa mais preciso da lua

BO WU MRICS Universidade Politécnica de Hong Kong

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Page 34: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

3 4 RICS.ORG/MODUS

Astronáutica

Sempre criamos parques específicos de um setor para facilitar a troca de ideias entre nossas várias divisões e nossos inquilinos do mercado aberto

HANS RUDOLF HAURI FRICSRuag Real Estate

TECNOLOGIA DE PONTA

A divisão de Real Estate do Ruag constrói

instalações para fabricar

componentes para a Agência

Espacial Europeia,

como estas coifas

fabricadas em Emmen, Suíça

HANS RUDOLF HAURI FRICS CEO, RUAG REAL ESTATE, BERNA, SUÍÇA

A Ruag Real Estate é especializada em empreendimentos industriais e um dos maiores proprietários na Suíça. Como subsidiária de uma empresa da tecnologia, dois terços de nossos imóveis são alugados às várias divisões do próprio grupo, e a outra terça parte está no mercado aberto.

Uma dessas divisões é a Ruag Space, para quem estamos criando uma fábrica que produzirá componentes para o programa espacial europeu. A instalação de 5.500 m2 está localizada na cidade suíça de Emmen, e produzirá coifas para foguetes espaciais. O local será entregue à Ruag Space no fim de julho deste ano.

A Ruag Space produziu as coifas (carenagem cônica) para todos os foguetes que a Agência Espacial Europeia lançou desde o Ariane 1 em 1979. Estas coifas protegem os satélites – ou cargas úteis – que são colocados em órbita, separando-se e caindo quando o foguete deixa a atmosfera.

A coifa deve manter o equipamento seguro das forças extremas sofridas durante os primeiros três minutos de um lançamento, durante os quais o foguete alcança velocidades de até 8.000 km/h – ou seja vibração, ruído ensurdecedor, e temperaturas de cerca de 700°C.

A carenagem cônica deve ser tão leve quanto possível para economizar combustível caro

de foguete, e é composta de um núcleo de alumínio, coberto com camadas de fibra de carbono, cortiça e até 14 películas de plástico pintado e reforçado. A carenagem cônica que a Ruag criou para o Ariane 5, lançado pela primeira vez em 1998, tem 17m de comprimento, diâmetro de 5,4m, mas pesa apenas 2,4 toneladas.

A fábrica nova será centrada em torno de um grande forno que poderá fundir as duas partes da carenagem. Atualmente, elas são criados numa autoclave (câmara de alta pressão) em duas metades. As carenagens serão inspecionadas depois por um robô.

A instalação é importante se quisermos gerar reduções de preços neste mercado. Embora a Ruag Space seja um dos líderes de mercado para coifas, há novos desafiantes da China, Rússia e Brasil no mercado de satélites comerciais.

Já planejamos uma segunda instalação no local de produção, que incluirá uma oficina de pintura. O Grupo Ruag como um todo prospera ao explorar estas sinergias – por ser um tradicional centro aeroespacial, Emmen já conta com várias indústrias associadas e mão de obra qualificada. Sempre criamos parques específicos de um setor para facilitar a troca de ideias entre nossas várias divisões e nossos inquilinos do mercado aberto. ruag.com/group/real-estate

TM

O seu CPD está em branco?

Registre suas horas online: rics.org

Untitled - Page: 1 2015-05-05 22:14:36 +0100

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Page 35: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

TM

O seu CPD está em branco?

Registre suas horas online: rics.org

Untitled - Page: 1 2015-05-05 22:14:36 +0100

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Page 36: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

36 RICS.ORG/MODUS

QUINTETOMARAVILHA

Clientes que desejam reduzir suas contas de energia procuram cada vez mais profissionais capacitados a fornecer imagens que mostrem onde um edifício perde calor. Isso envolve usar uma câmera infravermelha e depois descarregar os dados, realizar uma análise e preparar um relatório. Agora este serviço pode ser fornecido em seu smartphone.

Um aplicativo da FLIR Systems permite que você veja e capture imagens termográficas usando m dispositivo móvel. O FLIR Remote permite que os profissionais controlem câmeras térmicas remotamente através de um iPad, iPhone ou iPod Touch. As imagens ou vídeo podem ser transmitidas em tempo real, permitindo usar a informação imediatamente ou controlar a coleta de imagens. Pode também editar e criar relatórios.

FOTO QUENTE IMAGENS TÉRMICAS NO SMARTPHONE

As inspeções prediais podem ficar muito mais rápidas quando você usa um tablet. De fato, pelo menos dois desenvolvedores – Kykloud e GoReport – afirmam que seu software reduz pela metade o tempo necessário para realizar uma inspeção.

Chris Coleman MRICS, associado da Aecom, tem usado o software da Kykloud por três anos e acredita que este deixa o processo de 30% a 50% mais rápido. “O levantamento de dados é feito ao pressionar botões e você elimina o tempo de se deslocar ao escritório para escrever as notas à mão e baixar as fotos.”

Coleman participou do teste original do Kykloud para a Aecom. Ele recorda: “Estávamos concorrendo para um contrato com a Agência de Financiamento Educativo que envolveria três empresas realizando inspeções de condição em cerca de 7.500 escolas em nove regiões.”

A Aecom constatou que com aplicativos de tablet a compilação dos dados poderia ser mais rápida. Um acordo com a Kykloud ajudou a Aecom a ganhar o contrato das escolas.

A Kykloud fornece também modelos de inspeções e relatórios aprovados pela RICS. Estes abrangem danos ao imóvel comercial, estado de moradias públicas, manutenção planejada, avaliações, energia e carbono, e imóveis comerciais.

Entretanto, Coleman adverte: “Para produzir um relatório para um cliente, você precisará de muito trabalho. Às vezes, pode ser ainda necessário usar uma câmera digital de alta qualidade bem como um bom e velho gravador de voz.”

TOQUE DE GÊNIO INSPEÇÕES NO TABLET

MARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAA inspeção predial pode ser uma profissão venerável, mas não fica para trás em inovação, como provam os seguintes triunfos tecnológicos

Texto Roxane McMeeken

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Page 37: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

Tecnologia

Os inspetores prediais não precisam mais subir em telhados danificados ou equilibrar-se numa plataforma elevatória. Agora, um veículo aéreo não tripulado (UAV, na sigla em inglês), ou drone, equipado com uma câmera permite-lhes examinar lugares de difícil acesso. O drone e a câmera são rádio controlados.

Andrew Bonnington FRICS, diretor da Bonningtons Chartered Surveyors na cidade de Haworth, condado de West Yorkshire, norte da Inglaterra, comprou seu primeiro UAV em 2009 – segundo ele um investimento substancial. Ele agora tem três. “O drone é rápido e muitas vezes fica mais barato do que erguer andaimes ou alugar uma plataforma elevatória”, diz. A Bonningtons cobra entre £800 e £1.000 por um dia de inspeções com o UAV.

“As inspeções por drones são ideais para investigar os telhados de edifícios muito altos, ambientes perigosos com estrutura comprometida ou onde veículos ou andaimes não são permitidos – por exemplo, uma catedral, ou um edifício grande que você inspecionaria manobrando uma plataforma elevatória por múltiplos lugares”, diz Bonnington.

No Reino Unido você precisa de permissão do Departamento de Aviação Civil (DAC) para pilotar um veículo não tripulado que pese 20kg ou menos para finalidades comerciais, o que inclui provar que você passou por treinamento. O DAC estipula que tais drones possam voar somente até uma distância de 500m do piloto e a uma altura de 122m. A autoridade requer também que os UAVs pequenos permaneçam na linha de visão do piloto.

Para seguir os regulamentos e também garantir a qualidade das fotografias, vídeo ou imagens térmicas, os UAVs de Bonnington vêm equipados com óculos de vídeo. Estes permitem-lhe ver o drone, aonde o drone se dirige e o que a câmera captura. Mas não é fácil processar mentalmente toda esta informação ao mesmo tempo.

Um desafio adicional, Bonnington explica, é que quando se pilota o drone de volta, uma vez que a inspeção esteja completa, “você tem que começar a pensar invertido pois a esquerda da máquina é agora a sua direita. Você precisa de um cérebro 3D.”

Além disso, existe o limite de tempo. A vida curta das baterias de drones leves significa que, se completamente carregadas, os dois UAVs de 1kg de Bonnington podem voar por apenas 20 minutos e seu drone de 5,5kg pode voar por menos de 40 minutos. Portanto, o piloto precisa também ficar de olho no laptop que indica a vida da bateria.

E não pense que eficiências de pessoal podem ser conseguidas com a utilização de drones – pelo menos não até que a novidade de ver um em ação passe. O DAC estipula que um aparelho não tripulado não deve voar perto de pessoas. Em consequência, ele precisa da ajuda de um colega sempre que usa um UAV. »

DE OLHO NO CÉU DRONES PARA ÁREAS DE DIFÍCIL ACESSO

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Texto Roxane McMeeken

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Page 38: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

38 RICS.ORG/MODUS

Tecnologia

No Reino Unido é possível sobrepor mapas do Serviço Topográfico com uma série de informações locais úteis para profissionais, tais como precedentes de regularização de obras, riscos de inundação, condições do solo e até poligônea japonesa.

Paul Lewis MRICS, diretor da Terra Firma, uma empresa startup de inspeções no sul do País de Gales, está usando o software.Map desenvolvido pela GroundSure. Segundo Lewis, “a ferramenta de mapeamento permite que você destaque a área que quer, e assim você obtém um mapa personalizado. Você pode agora obter os relatórios de que precisa para aquela área específica”. Os mapas estão disponíveis em formatos diferentes [GIS, PDF, CAD]. “Este mapeamento baseia-se em dados existentes, mas não substitui sair e inspecionar o local”, adiciona Lewis.

MAPEADO SOBREPOSIÇÕES DIGITAIS QUE CONVERGEM A INFORMAÇÃO

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Os prazeres de se perder em mundos virtuais já não precisam ficar restritos a seu tempo livre. Um novo dispositivo chamado Seeable permite que você caminhe virtualmente por um edifício.

A Severn Partnership, uma empresa de topografia high-tech em Shrewsbury na Inglaterra, lançou o Seeable no ano passado. O diretor Nick Blenkarn MRICS explica: “Os modelos BIM [Modelagem das Informações para Construção] contêm milhões de pontos de dados e pode ser difícil escolher as partes de que você precisa.”

O Seeable toma a informação do BIM que você necessita e, usando a ferramenta de criação de games Unity, gera um modelo 3D do ambiente que qualquer um pode compreender, ou “ver”. Usando o mouse você pode percorrer este ambiente como faria num videogame. “Isso traz os dados às massas”, diz Blenkarn.

A Severn diz que o Seeable pode ser usado não somente para interpretar modelos BIM, mas também para marketing, saúde e segurança, e introduzir um ambiente às pessoas antes que elas cheguem lá. Você pode também andar pelo local com o aplicativo em seu tablet e comparar o virtual com o real. “Isto permite que você veja se deveria haver uma câmera de segurança nesse canto ou se uma lixeira está no local correto”, Blenkarn conclui.

VEJA O FUTURO SOFTWARE DE BIM CONSTRUÍDO EM PLATAFORMA DE VIDEOGAMES

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Seja um 'Registered Valuer' no BrasilO programa 'Valuer Registration' é obrigatório a todos os membros RICS que trabalham com avaliação no Brasil.

Com um processo de garantia de qualidade independente, o 'VR' reforça os mais altos padrões profissionais no mercado.

A designação 'Register Valuer' assegura aos clientes e ao setor de real estate que o avaliador RICS é diferenciado no mercado por sua qualidade profissional e responsabilidade ética. Pois:

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COMEÇOS BRILHANTES

Quer abrir sua própria empresa? Poucos podem aconselhá-lo melhor que os membros da RICS que tiveram sucesso ao abrir um negócio

e têm a vantagem da vivência. Conversamos com eles sobre o que diriam a alguém que está começando

Entrevistas Roxane McMeeken

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“SER ÉTICO É UM BOM NEGÓCIO”PAUL DWYER MRICS abriu a Dwyer & Co em Hong Kong em 2002. O profissional fornece serviços de consultoria a proprietários comerciais e proprietários e inquilinos do varejo. Forneceu consultoria a proprietários em contratos de locação com nomes internacionais como Goldman Sachs, JP Morgan e Cartier.

“Eu trabalhava para uma grande empresa em Hong Kong e um de seus clientes persuadiu-me a abrir minha própria empresa”, diz Dwyer. “Ele acreditava que havia uma falta de consultoria independente a proprietários em Hong Kong e queria que eu oferecesse o serviço. Não tinha um plano de negócios. Segui o código de ética da RICS, especialmente evitando os conflitos de interesse. Eu fornecia consultoria a proprietários mas, ao contrário de muitas outras empresas locais, não fornecia consultoria aos inquilinos deles.”

Tocar um negócio em Hong Kong acabou sendo simples, Dwyer descobriu. “O imposto corporativo é somente 15%, qualquer que seja o tamanho de sua empresa, e não há impostos sobre o rendimento de capitais ou imposto sobre trabalho realizado no exterior. Nós até declaramos nossas contas em inglês.” Ele afirma: “Não tenho regras para minha equipe de funcionários e nunca examinei os documentos auditados.”

Hoje, a empresa de Dwyer não parece estar próxima do fim. “Estamos aqui há 12 anos, com cinco funcionários e somos um dos líderes do mercado em Hong Kong. Fazer a coisa certa tem atraído os clientes.”

JOHN DUFF FRICS, Secretário Honorário da RICS Escócia, abriu sua consultoria de regularização de obras John Duff Planning, com uma equipe de um profissional, em Edimburgo em 2002. Diz ele: “Você tem que ter uma enorme paixão por tocar sua própria empresa para ser bem sucedido, porque ninguém mais lhe dará motivação. Não há avaliações pessoais de desempenho ou chefes para incentivá-lo. Depende de você ter a motivação para conquistar cada comissão e sempre cumprir os prazos. Então se você começa a tocar sua própria empresa e não faz isso por livre e espontânea vontade, acabará assistindo à televisão o dia todo.”

Embora você possa pensar que isso é uma desvantagem, o fato de sua empresa ser pequena pode lhe abrir portas, Duff descobriu. “Meu discurso de vendas se baseia no fato de que a única pessoa que fará o trabalho sou eu.” Ou seja, ele evita a acusação que muitas vezes recai sobre as empresas maiores, onde um membro experiente ganha a comissão e passa o trabalho para um funcionário júnior. Em troca, Duff pode cobrar menos, “porque não tenho as despesas das grandes empresas.

“Não pegue qualquer trabalho que aparecer”, recomenda. “Se não é a sua especialidade recomende outra pessoa que possa fazer um bom trabalho. Isso é melhor que tentar fazer algo que você fará mal.” Em consequência, podem procurá-lo no futuro para outros trabalhos. “No curto prazo, você terá uma perda, mas descobri que no longo prazo, você ganha 10 vezes mais.” »

“A ÚNICA PESSOA QUE LHE DARÁ MOTIVAÇÃO É VOCÊ”

Startups

ALISTAIR GEORGE MRICS assumiu um departamento em dificuldades de seu antigo empregador, o Hawkins Group, em 2010. Foi a origem da George & Company. A empresa oferece consultoria a clientes comerciais e residenciais a partir de seu escritório na cidade inglesa de Rugby. Quando foi aberta, lembra-se George, a empresa incipiente contava com quatro pessoas do Hawkins. “Nós nos conhecíamos bem, tínhamos uma boa relação e assumimos o risco juntos, então mesmo que meu nome estivesse na porta, havia uma sensação de estarmos no mesmo barco.”

Desde então, a George & Company tem prosperado. Este crescimento levou à contratação de oito funcionários adicionais, a maior parte através de duas aquisições – algo para o qual George diz que não estava preparado: “De repente me dei conta de que sou um empregador. Tive que lidar com vários assuntos de recursos humanos.” Em consequência: “O ambiente deixou de ser o de uma pequena equipe, e passou a ser mais formal.”

Um ano após as aquisições ele vê os benefícios de ampliar a empresa: “Agora que pegamos embalo, eles me afastaram do escritório porque não precisam de mim o tempo todo. Fui para um nível superior e posso concentrar-me no planejamento estratégico, em expandir a empresa e cuidar dos clientes, o que é ótimo.”

“ACEITE QUE VOCÊ É O CHEFE”

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Startups

Como fazer …TRÊS DICAS

… ATRAIR NOVOS CLIENTES“As reuniões presenciais são muito importantes para construir relacionamentos. Você pode não obter trabalho imediatamente, mas se as pessoas se lembrarem de você, entrarão em contato quando precisarem de seus serviços.”

“As mídias sociais tornaram-se muito importantes. O Twitter e o LinkedIn realmente ajudam a divulgar seu nome. Uma vez um varejista local respondeu e isso levou a um contrato. O que não se deve fazer nas mídias sociais é só vender, vender e vender. Trata-se de informar e interagir – como no networking da vida real.”Kirsty Harvey MRICS, diretora, KTD Surveying, Letchworth Garden City, Reino Unido

… GARANTIR A RESILIÊNCIA“Temos contingências para qualquer evento inesperado que possa ter impacto em nosso fluxo de caixa. Trabalhe com clientes que pagam em dia e fique de olho na sua posição financeira, porque é fácil faturar milhões sem ter lucro. Certifique-se de que os pagamentos dos salários sejam sempre feitos.”

“Para uma pequena empresa é razoavelmente fácil continuar os negócios caso o escritório esteja inacessível devido a um desastre. Toda a equipe pode trabalhar remotamente, e a maior parte de nossos sistemas estão na nuvem, de modo que podemos acessá-los de qualquer lugar.”Matt Fedigan MRICS, diretor, Domec, Liverpool, Reino Unido

… ALCANÇAR O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL“Quando começamos contratávamos um profissional com curso superior por ano, dávamos-lhe muitas responsabilidades e ajudávamos a nutrir suas habilidades. Três anos atrás, decidimos contratar pessoas de nível sênior para alcançar mais clientes. A confiança para pensar mais estrategicamente sobre as contratações vem da experiência.”Ian McKee FRICS, diretor executivo, GLM, Edimburgo, Reino Unido

HIRO ISOBE FRICS abriu a Japan Valuers, de Tóquio, em 1983. Hoje, a empresa é uma das maiores firmas independentes de avaliação de real estate no Japão. Entretanto, Isobe admite: “Não tinha absolutamente nenhuma experiência quando abri a empresa e pelos primeiros seis meses não recebi nenhuma chamada de possíveis clientes. Não foi um bom começo.”

Diz ele que, no Japão, os contratos de avaliação raramente são concedidos por meio de concorrências – mesmo no setor público. Neste mercado, apresentações e recomendações são particularmente importantes, o que torna difícil abrir uma empresa sem experiência ou contatos.

Isobe decidiu oferecer seus serviços a uma empresa mais conhecida como um profissional terceirizado. “Não é que eu não queria ou não podia pôr minha assinatura nos laudos, mas esta foi uma das poucas fontes de trabalho para mim no começo.” A estratégia deu certo, dando a Isobe a experiência que lhe faltava. Ele juntou a isto uma intensa busca por contatos e finalmente começou a ter seus clientes.

Tente não pedir comissões diretamente a seus potenciais clientes, Isobe recomenda. Segundo ele, “os clientes não o contratarão apenas porque vocês se encontraram muitas vezes ou porque você lhe pediu comissões muitas vezes.” Buscar contatos é uma primeira etapa importante, diz, mas adverte: “Eles o empregarão somente com base na qualidade do serviço que você oferece.”

“TERCEIRIZAR PARA SOBREVIVER”

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“REGISTRE TUDO...”DAYLE BAYLISS FRICS abriu sua empresa de serviços profissionais - atualmente conhecida como Dayle Bayliss Associates – em setembro de 2011, após uma rescisão de contrato. Depois de algumas chamadas telefônicas, ela tinha três clientes e voltava a trabalhar cinco dias por semana. “Não foi planejado – mal tive tempo para pensar. Eu simplesmente comecei sem qualquer estratégia”, recorda.

“No início, eu tinha toda a minha estratégia, minha lista de clientes e minha metodologia armazenadas na minha cabeça.” Isto, agora reconhece, foi uma abordagem de alto risco. “Eu contratei um funcionário, e se algo acontecesse comigo, ele não poderia continuar tocando a empresa de forma efetiva.”

O sucesso numa competição de um jornal local deu à Bayliss acesso a um mentor empresarial, que a incentivou a escrever um plano de negócios. “Foi difícil, mas consegui elaborar um conjunto de objetivos de nível elevado – e a forma como os alcançaria dentre do contexto do mercado e das previsões”, diz. O documento também foi importante para impressionar os gerentes de bancos quando tentou obter novos financiamentos.

Bayliss agora estendeu seu novo rigor a outros aspectos da empresa. Registrar o tempo gasto com projetos e organizar faturas é fácil graças aos aplicativos para smartphones e tablets. “Antigamente, eu passava muito tempo tentando encontrar faturas e registros de horas – mas agora tudo fica registrado num só lugar. Ter tudo documentado deixa a vida mais fácil.”

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Atualmente, quando conversamos com qualquer especialista em recrutamento, temos a impressão de que nunca houve um melhor momento para ser um profissional de nosso setor no exterior. “Os pacotes de remuneração acompanham os salários oferecidos no Reino Unido devido à falta de quadros”, diz Eliot Wright, diretor da firma de recrutamento de executivos Carriera. “A demanda é elevada no Oriente Médio, especialmente em Abu

Dabi, no Qatar e em Dubai. Hong Kong e Cingapura se mantêm constantes, e há algumas vagas nos EUA.”

As habilidades que geralmente estão em alta são as de Quantity Surveying e Gestão de Projetos, seguidas por Inspeções Prediais. James Wakefield, diretor da Cobalt Recruitment em Abu Dabi, diz: “Espera-se que os setores de hospitalidade, empreendimentos, residencial, comercial e industrial continuem a crescer.”

Em Cingapura, Marcus Davies Bateman, também diretor da Cobalt concorda: “Com a escassez de pessoal qualificado em Cingapura e com o aumento previsto da população, haverá uma demanda por especialistas estrangeiros.” Tal é a demanda, segundo Marco Cassandro, diretor regional para a Ásia, da Command Recruitment, que “sua carreira no exterior pode crescer de quatro a cinco vezes mais rapidamente que no Reino Unido”.

A maior parte dos pacotes oferecidos incluem um voo de volta para casa por ano, transferência, plano médico e odontológico, mais bônus. Nos Emirados Árabes Unidos,

os salários são isentos de impostos e geralmente são mais altos que no Reino Unido. De acordo com Wakefield, os benefícios vão além da remuneração: “Muitas empresas oferecem experiências que seriam difíceis de ganhar no Reino Unido, particularmente no Real Estate.” Mas ele adverte que alguns expatriados têm dificuldade para se ajustar ao clima, às mudança sociais e culturais e a um mercado menos maduro.

Além da agência comercial e das avaliações, que requerem experiência local, os candidatos internacionais têm muito a oferecer ao mercado do Sudeste Asiático, sugere Davies Bateman, e o cadastramento à RICS oferece maior credibilidade.

“Muitos empregadores somente consideram membros da RICS ou, em níveis juniores, aqueles com um diploma de uma universidade de renome e reconhecida pela RICS”, afirma Wakefield.

Segundo Cassandro, “os candidatos que são bem sucedidos vêm aqui por sua própria conta para se encontrarem com empregadores”.

Matt Milledge MRICS mudou-se do Reino Unido para a Austrália como gerente de desenvolvimento de projetos no Keystone Group. Antes de partir ele pesquisou empregadores em potencial. “Visite seu destino e procure conversar com seus contatos. A maior parte de meus contatos foi em Sydney, pois eles preferem falar com os candidatos pessoalmente.”

Ele também contatou o escritório local da RICS, e foi convidado a um evento profissional onde discutiu possibilidades. “Converse com os membros da RICS que trabalham no local – eu recebi diversas ofertas fazendo apenas isso.”

ANTES DE VIAJAR

01 Se seu empregador atual oferece empregos

no exterior, organize um pacote de transferência.02 Pesquise a

exigência de visto para seu/sua

companheiro(a).03 Se você tiver uma

família, verifique a situação quanto a saúde e educação.

04 Pesquise o regime tributário no país destino - impostos mais

baixos podem compensar menores salários.

05 Não deixe de cuidar dos contatos profissionais em casa

quando estiver no exterior, pois é provável que você retorne um dia.

FundaçõesCarreira / Negócios / Regulação / Treinamento

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Para mais conselhos de carreira, visite rics.org/careers, e para oportunidades de emprego, veja ricsrecruit.com

PRÓX. EDIÇÃO: DE VOLTA AO TRABALHO

PREPARAR PARA DECOLARCARREIRAS Um período de trabalho no exterior pode aumentar tanto suas perspectivas para o futuro como sua remuneração

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Fundações

Cresci nos EUA, mas em 1983 fiz faculdade de economia e contabilidade na City University de Londres, o que ajudou a expandir minha experiência de viver e estudar no exterior, e incentivou meu interesse nos fundamentos econômicos do Real Estate. Um de meus primeiros empregos ao voltar aos EUA foi para um consórcio imobiliário. Aprofundar-me nos contratos de locação, indicadores demográficos, subscrições e todo o trabalho envolvido na aquisição, reposicionamento e liquidação de bens foi muito interessante.

Após períodos no Grupo de Capital de Investimento de Sam Zell e na Prudential, eu entrei para a Grubb & Ellis – agora Newmark Grubb Knight Frank – onde tornei-me Counselor of Real Estate (CRE). Em 1999, durante uma conferência do CRE em

A cada encontro com o cliente, você constrói sua credibilidade em sua área de expertise. Isto aumentará suas possibilidades de influenciar as questões relacionadas à percepção do cliente quanto a você e sua organização. Conheça a empresa de seu cliente. Pesquise sua história recente, e familiarize-se com seus produtos. Pense em como você se sentiria se fosse o cliente. Conheça seu relacionamento com o cliente. Mantenha um registro de suas transações, incluindo os funcionários relevantes. Que tipo de relacionamento seu escritório teve com o cliente no passado? Há alguma questão não resolvida? Conheça a sua empresa. Tenha uma ideia clara do que você sabe e não sabe. Improvisos e enrolações podem destruir toda a credibilidade. Pense sobre áreas onde há acordo. Faça um diagnóstico completo. Descubra as causas que fazem com que o cliente se comporte de uma maneira específica. O que ele quer e espera, e o que aceitará?

STEPHEN MAY é diretor executivo da Activedge, activedge.co.uk

DIR. EXECUTIVA, INTEGRATED FACILITIES MANAGEMENT, AMÉRICAS; PRESIDENTE, EQUIPE GLOBAL DA IFM, JLL.

MINHA CARREIRA

Maureen Ehrenberg FRICS

INFLUENCIAR SEUS CLIENTES

INFORME EMPRESARIAL

“O esforço grande da RICS para educar o setor sobre os benefícios

da FM estratégica é vital. A FM estratégica é um serviço muito mais holístico, e é imperativo numa época de orçamentos mais restritos.”

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Washington DC, ouvi Louis Armstrong – então CEO da RICS – falar sobre um programa da parceria entre os counselors e a RICS. Expressei meu interesse em adquirir a qualificação. Com o tempo, tornei-me membro do conselho consultivo da RICS nos EUA, o que foi gratificante.

Depois que a Grubb & Ellis foi vendida, comecei no CBRE para comandar sua divisão mundial de gestão de facilities. Fui recentemente escolhida para liderar a equipe global IFM da JLL. Acredito que o grande esforço da RICS em promover os benefícios da gestão estratégica de facilities é vital. A FM estratégica é um serviço muito mais holístico, e é imperativo numa época em que as empresas procuram inovação e maneiras mais eficientes de trabalhar com orçamentos mais apertados.

Ter o status de FRICS é importante para mim. Reforça minha expertise de consultaria e vejo o companheirismo global da organização como algo especial. Esta é uma época fantástica para estar trabalhando e testemunhar as mudanças que acontecem na nossa comunidade global da RICS.rics.org/maureenehrenberg

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Os serviços de webconferência podem ajudar a cortar os custos e o tempo de viagem das reuniões presenciais. Mas além de permitir que usuários vejam e ouçam seus colegas, o serviço adequado pode oferecer características adicionais que são particularmente úteis para os profissionais.

Sam Rogers MRICS é diretor adjunto da DeVono Property em Londres, que representa inquilinos a procura de imóveis comerciais. Segundo ele, “além de ser útil para reuniões, [a tecnologia] reduz o tempo de espera nas comunicações.”

Rogers, que trabalha na equipe de agentes que encontra imóveis para os clientes, explica: “Agora, em vez de enviar detalhes dos imóveis ou contratos de locação ao cliente por e-mail e esperar que ele responda com suas perguntas ou comentários, os serviços de webconferência permitem-me armazenar os documentos no nosso disco e convidar o cliente a acessar os arquivos, para que ambos possamos discutir os detalhes pelo telefone.” Grandes documentos, como contratos de locação comercial já não precisam ser enviados por e-mail, onde há o risco de eles excederem o limite da caixa de entrada e bloquear o sistema de e-mail do receptor.

A equipe da gestão de projetos da empresa usa também o serviço de webconferência WebEx, fornecido pela Cisco. “Os clientes podem alterar as disposições das salas na tela enquanto conversamos”, diz Rogers. A diretora de

operações da DeVono, Kirsty McGregor, afirma: “Usamos o serviço para sessões de treinamento e reuniões. Torna as reuniões mais fáceis.”

A firma credenciada pela RICS Jackson Rowe, especializada em quantity surveying, realiza sessões informativas e reuniões entre seus quatro escritórios. Mas o diretor

Anthony Youlton escolheu um serviço que lhe permitisse também gravar suas sessões.

Youlton diz: “Usamos o serviço para o desenvolvimento profissional contínuo (CPD, na sigla em inglês). Recentemente convidamos um professor de inglês para uma palestra sobre a linguagem comercial efetiva. As pessoas participaram ao vivo, mas também gravamos a palestra para que ninguém perdesse a oportunidade. Estamos construindo uma biblioteca de gravações que qualquer pessoa, mesmo nossos candidatos ao APC [Assessment of Professional Competence] podem acessar a qualquer momento.”

A empresa também aproveita a facilidade de o cliente controlar a tela para, por exemplo, mostrar planilhas.

Youlton escolheu o serviço com ajuda dos consultores de TI da empresa. “Custa US$120 por mês para dois anfitriões e até 50 usuários, e fazemos revisões periódicas para verificar se o serviço ainda corresponde às nossas necessidades.”

Kevin Meager, consultor de soluções para a Olive Communications, especializada em ajudar empresas a encontrar, instalar e utilizar tecnologias de comunicação, sugere: “Se você usa o Microsoft Office 365, pode já ter o Lync em funcionamento, que é capaz de realizar reuniões online básicas, e não lhe custa um centavo adicional.”

Do contrário, pesquise os vários fornecedores, porque o mercado é bastante competitivo. Meager recomenda: “Serviços consagrados como o Citrix GoToMeeting e o WebEx da Cisco estão sendo desafiados por novos concorrentes, e por empresas de software estabelecidas, como a Microsoft.”

MINUTOS CONTADOSOs preços geralmente são baseadas em fatores como o número dos anfitriões e o número máximo de usuários. O WebEx, por exemplo, oferece uma gama de planos de reuniões. A versão básica permite o acesso a três pessoas e um anfitrião por reunião, usa conexões de áudio de VOIP (voz sobre protocolo de Internet), de modo que a conexão ocorre pela internet e não pelo telefone tradicional, e permite compartilhar o desktop, um quadro branco e documentos. Inclui até 250MB de armazenamento, assim como guias do usuário, listas de perguntas frequentes e artigos de ajuda.

No extremo oposto, entretanto, existe um plano de US$74 mensais que permite até nove anfitriões e 100

TUDO POSSÍVEL À DISTÂNCIA

NEGÓCIOS Os serviços de webconferência podem economizar tempo e dinheiro

Como gerenciar uma empresa quando sua equipe está em locais diferentes? Para participar das colunas, escreva para [email protected]

NA PRÓX. EDIÇÃO: EQUIPES VIRTUAIS

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usuários, é acessível pelo telefone bem como por VOIP, envia vídeo de alta definição e permite o compartilhamento de aplicativos e um controle remoto. Fornece também suporte 24h por dia e 1GB de armazenamento.

Outros sistemas destacam características particulares. O GoToMeeting oferece ferramentas de desenho, dando aos participantes a capacidade de desenhar na tela, enquanto que o Adobe Connect destaca seus níveis de segurança e a habilidade de funcionar em dispositivos móveis.

Uma vez que você tenha selecionado um serviço, verifique regularmente se este ainda oferece um bom valor e as características das quais precisa. Se algo melhor aparecer, mudar de fornecedor é razoavelmente fácil. Meager diz: “Não é difícil mudar de fornecedor se você achar que seu fornecedor atual não está em dia com as novidades tecnológicas, ou com suas exigências empresariais.”

A maioria dos serviços são fornecidos por meio de assinatura. É improvável que seu contrato tenha mais de 12 meses.

Lições de responsabilidade INFORME DE REGULAÇÃO

Um dos benefícios de fazer parte de uma organização internacional é que temos uma visão única das questões presentes nos mercados globais.

Em 2013 a RICS publicou uma orientação com relação ao risco e à responsabilidade profissional direcionada aos avaliadores britânicos. No Reino Unido e em mercados como Austrália e partes da Ásia, os avaliadores veem um aumento nas queixas dos usuários, por questões não previstas dos laudos de avaliação. Isso tem impacto no preço e nos seguros.

Sendo esta uma questão mundial, a RICS contratou um consultor independente para pesquisar o impacto na América do Norte e a ameaça ao interesse público. Constatou-se que a tendência começa a aparecer nos EUA e no Canadá. Embora atualmente seja uma questão para as grandes empresas de avaliação que atuam de forma internacional, há também indicações que empresas menores e avaliadores individuais possam ser afetados.

O principal receio na América do Norte é que os laudos de avaliação sejam repassados à terceiros. Para muitas empresas maiores, isto foi observado quando avaliações foram usadas em securitizações e ofertas, e processos partiram dos usuários “a jusante” não previstos. Para avaliadores residenciais, as

implicações da legislação Dodd-Frank, a qual exige que os financiadores informem os compradores que têm acesso aos laudos de avaliação, permitem maior transparência e criam um elemento adicional de risco de um grupo de usuários não previstos.

Para ajudar os membros e empresas nos EUA a gerenciar seus riscos, enquanto tentam assegurar uma maior estabilidade financeira e uma profissão de avaliação fortalecida, a RICS publicou um documento de melhores-práticas que fornece recomendações de linguagem para que os membros e as empresas usem em seus contratos. A orientação chama a atenção para a importância de uma definição mais clara de dependência e de limites de responsabilidade.

Compreender o impacto dos riscos elevados e da responsabilidade dos avaliadores nos mercados mundiais permitiu à RICS trabalhar com as partes interessadas por toda a América do Norte para identificar etapas a mitigar este risco antes que prejudique os mercados financeiros e o público. A RICS espera que esta orientação seja lida por membros e empresas, seus clientes e reguladores. As lições ensinaram-nos que o risco aos avaliadores pode levar a um risco sistêmico maior aos mercados financeiros.

LEIA A NOTA DE ORIENTAÇÃO destinada a informar todos os membros sobre os benefícios da mediação e como funciona. Acesse: rics.org

Quantas pessoas participarão da reunião? Os serviços tipicamente oferecem entre 10 e 50.

Com que frequência você o usará? Se você planeja reuniões regulares, considere um plano mensal, mas para o uso esporádico um plano pré-pago pode ser melhor. Se você tiver muitos

participantes, pode ser cobrado por minuto ou por usuário, o que pode ficar caro.

Que é o seu orçamento? Os custos variam desde grátis a US$45 por mês para um único anfitrião.

Quais sistemas operacionais e dispositivos são suportados? Alguns têm aplicativos que funcionam em smartphones ou em tablets, para que os participantes possam conectar-se quando estiverem fora do escritório.Elabore uma lista de serviços e peça demonstrações para verificar a facilidade de uso e o desempenho.

Fundações

COMO ESCOLHER UM SERVIÇO DE WEBCONFERÊNCIA

“Em vez de enviar detalhes dos imóveis por e-mail e esperar que o cliente responda, os serviços de webconferência permitem que o cliente acesse os arquivos em nosso disco.”

SAM ROGERS MRICS DeVono Property

MICHAEL ZURIFFRICS Manager of Regulation – Américas

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Livraria da RICSrics.org/shop

de evitar levar uma disputa ao tribunal. Por exemplo, um caso recente no Reino Unido (Philip Garrett, 2014) mostrou que ter absoluta convicção de ganhar um caso, ou crer que não há nenhum meio termo entre as partes, não são razões legítimas para recusar a mediação. Para o judiciário, antipatia e desconfiança são questões que podem ser abordadas pela mediação. Também, os tribunais podem penalizar as partes que se recusam a explorar a mediação ou não têm bons motivos para preferir não usá-la.

Pela primeira vez, a RICS fez uma parceria com a Property Litigation Association (Associação de Litígios Imobiliários, PLA) para elaborar uma nota de orientação sobre a mediação. A nota destina-se a fornecer aos profissionais conhecimento e confiança para usar a mediação. Seus objetivos são educar profissionais quanto a seu dever de incentivar os clientes que estão numa disputa a evitar o tribunal e usar a ADR e a mediação, e informar a todos os membros sobre os benefícios da mediação, como funciona e como acessá-la. A nota de orientação está disponível no site rics.org e foi lançada oficialmente na RICS Dispute Resolution Conference em Londres em Janeiro.

MARTIN BURNS é Chefe de Pesquisa & Desenvolvimento em ADR da RICS rics.org/martinburns

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APLICATIVO ELOGIADO

O juiz britânico Anthony Evans, ex Chefe das Cortes Civis, uma vez disse que nunca havia visto um único caso que não pudesse ser mediado. A resolução alternativa de disputas (ADR, na sigla em inglês) é qualquer método usado para resolver uma disputa que ajude duas partes a evitar chegar ao tribunal.

Com isto em mente, precisamos incentivar o uso da mediação em nossa profissão. Muitas pessoas, entretanto, não compreendem completamente a gama de assuntos que a mediação abrange. Trata-se de uma maneira econômica de resolver uma ampla gama de disputas, ajudando partes em conflito a chegarem a um acordo facilitado por um mediator isento e profissional.

Os profissionais precisam entender que a lei exige que as partes explorem a ADR e usem-na se for apropriado, na tentativa

EXERCÍCIO MENTAL

MEDIAÇÃO, NÃO AGITAÇÃO

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Fundações

EVENTOS

A quarta conferência RICS-IPTI contará com um painel de distintos profissionais de toda a região das Américas para discutir tendências atuais e futuras nas áreas de avaliação e construção. Para mais informações, visite rics.org/events.

19 de novembro, Montego Bay, Jamaica

CANADÁ››Café da manhã de lançamento do IPMS19 de junho, Toronto, CanadáRealizado na Câmara de Comércio de Toronto de 7:30-10: 30, o café da manhã incluirá uma apresentação sobre o padrão internacional de medição de propriedades e como este influencia o setor de real estate ou partes interessadas, incluindo investidores, ocupantes e fornecedores de serviços. Para mais informações sobre o IPMS, visite o ipms.org.

CHINA››Conferência da RICS sobre o Futuro das Cidades 201517 de junho, XangaiA riqueza das nações depende cada vez mais do desempenho de seus principais centros urbanos, e especialmente do modo como suas cidades se posicionam

e funcionam como parte integrante a comunidade global em meio à rápida expansão urbana. Com o tema “Criando as Cidades Globais do Futuro”, esta conferência discutirá as qualidades essenciais de uma cidade global bem sucedida e como estas afetam os setores de terras/terrenos, imóveis e construção.

INTERNATIONAL››COBRA 20158 - 10 de julho, SydneyA principal conferência anual de pesquisas sobre Construção e Real Estate do mundo, dedicada a fomentar debates e discussões estimulantes entre pesquisadores do mundo todo, fornecendo uma base para novas áreas de pesquisa para a construção. Para mais informações, visite rics.org/events

RESERVE SEU LUGAR NOS EVENTOS DA RICS rics.org/conferences Mais informações em +1 212 847 7400

CONFERÊNCIA RICS-IPTI DA AVALIAÇÃO E CONSTRUÇÃO

As organizações inteligentes veem o local de trabalho como um catalizador para que os indivíduos mostrem seu melhor, não como uma linha de produção. Tenha em mente as diferenças psicológicas óbvias entre as pessoas para criar um espaço dinâmico e inspirador que responde às necessidades de todos. Uma maneira de fazer isto é desenvolver um local de trabalho baseado em atividades (ABW, na sigla em inglês), que proporcione aos funcionários acesso a espaços silenciosos, espaços de colaboração, espaços sociais, espaços para concentrar-se e espaços de trabalho compartilhado.Um ABW dá às pessoas uma série de opções que incentivam a colaboração e as ajuda a criar uma comunidade. Você deve então gerenciar a experiência das pessoas com o ABW por meio do envolvimento dos funcionários, eventos, aprendizagem e comunicações. Isto reforçará a sensação de fazer parte da empresa.

Neil McLocklin é chefe de consultoria de negócios globais, Europa, Oriente Médio e África, da cushmanwakefield.com

CRIAR UMA COMUNIDADE DE TRABALHO

COMO FAZER

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COMO PODEMOS CONSTRUIR UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL?

Precisamos de projetos que

minimizem a dependência do automóvel ao combinar usos das terras e oferecer

opções convenientes para ir de A a B. A vida saudável

precisa ser priorizada e integrada ao planejamento.

Os custos com saúde consomem

atualmente 19% do PIB nos EUA e 9% na Europa. Na China,

muito dinheiro é gasto em doenças provocadas pela poluição.

Muitas das causas para a deterioração da saúde podem

ser atribuídas às decisões do uso das terras/

terrenos.

Mais de dois terços da geração

Y consideram importante ter um

parque próximo a casa e 76% consideram

importante caminhar.

A marca de “saudável” agrega

valor às comunidades. Mas para construir comunidades

saudáveis, as pessoas precisam de mais opções de transporte, para que

não sejam forçadas a usar sempre o

automóvel.

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Mapa mental

Lynn Thurber, Presidente, Urban Land Institute e Presidente, LaSalle Investment Management, Chicago

ILU

STR

AÇÃO

DE

JEN

NIE

ED

WAR

DS

Construir uma vida mais saudável é

bom para os negócios. O mercado tem respondido

bem aos atributos de bem-estar, e os custos têm ficado abaixo

das previsões. São provas como esta, das vantagens

econômicas, que colocarão as práticas de construção

saudável na pauta principal.

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Page 51: RICS Modus, Brazil edition – Q2, 2015

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Programação completa e inscrição no site: www.rics.org/executiveeducation ou ligue para: 55 11 2925-0017.

A RICS traz mais uma novidade - o programa global de Educação Executiva: The International Certification in Leadership for Real Estate Development, dedicado exclusivamente ao desenvolvimento das habilidades e competências de liderança dos executivos que atuam em Real Estate e Construção.

Com turmas em Dubai, Londres e São Paulo o programa tem como objetivo alavancar as competências de liderança dos profissionais, por meio de debates com especialistas globais, abordagem focada na resolução de problemas e estudos de caso reais domercado internacional.

Data: 29 e 30 de junho e 1, 2 e 3 de julho de 2015

Local: Hotel Fasano Boa Vista (Rodovia Presidente Castello Branco KM 102.5 – São Paulo)

Vagas limitadas!

Benefícios para a sua carreira:

Informações:

• Aprimorar o processo de tomada de decisões estratégicas, desenvolvendo um conhecimento profundo sobre todo o ciclo do Real Estate e o papel da sua empresa no setor;

• Ampliar e desenvolver a confiança necessária para conduzir mudanças estratégicas no ambiente de negócios;

• Desenvolver competências técnicas e de liderança por meio de estudos de caso e exemplos reais do mercado global;

• Ampliar sua rede de contatos compartilhando experiências com outros líderes do mercado nacional e internacional.

Educação Executiva The International Certification in Leadership for Real Estate Development

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ANUNCIO ED. EXEC.202 x 274.pdf 1 10/05/15 10:16

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