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Revolução Francesa
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Revoluo FrancesaRevoluo Francesa (em francs: Rvolution Franaise, 1789-1799) foi umpero!o !e intensa a"itao poltica e social na Frana, #ue teve um impacto!ura!ouro na $ist%ria !o pas e, mais amplamente, emto!o ocontinenteeuropeu& ' monar#uia a(solutista #ue tin$a "overna!o a nao !urantesculos entrou em colapso em apenas trs anos& ' socie!a!e francesa passoupor uma transformao pica, #uan!o privil"iosfeu!ais, aristocr)ticos ereli"iosos evaporaram-seso(reumata#uesustenta!o!e"rupos polticosra!icais !e es#uer!a, !as massas nas ruas e !e camponeses na re"io rural!o pas&1 'nti"os i!eais !a tra!io e !a $ierar#uia !e monarcas, aristocratas e!a *"re+a ,at%lica forama(ruptamente !erru(a!os pelos novos princpios!e -i(ert, ."alit, Fraternit (em portu"us: li(er!a!e, i"ual!a!e efraterni!a!e)& 's casas reais !a /uropa ficaram aterrori0a!as com a revoluoeiniciaramummovimentocontr)rio#ueat1811tin$arestaura!oaanti"amonar#uia, mas muitas reformasimportantestornaram-sepermanentes& 2mesmoaconteceucomosanta"onismosentreosparti!)rioseinimi"os!arevoluo, #ue lutaram politicamente ao lon"o !os pr%3imos !ois sculos&/m meio a uma crise fiscal, o povo francs estava ca!a ve0 mais irrita!o com aincompetncia!orei -us45* ecomain!iferenacontnuaea!eca!ncia!a aristocracia !o pas& /sse ressentimento, alia!o aos ca!a ve0 maispopularesi!eais iluministas, alimentaramsentimentosra!icaisearevoluocomeou em1789, coma convocao !os /sta!os 6erais emmaio& 2primeiroano!arevoluofoi marca!opelaproclamao, por mem(ros!o7erceiro/sta!o, !o 8uramento!o8o"o!a9la em+un$o, pela 7oma!a!a:astil$a em +ul$o, pela aprovao !a ;eclarao !os ;ireitos !o ,ausaso >&1@ociaiso >&>/conFmicaso >&A9oltica A' Revoluo 1' 'ssem(leia ,onstituinteo 1&1' /la(orao !e uma ,onstituio D' ,onstituio !e 1791 B' 'ssem(leia -e"islativa (1791-179>)o B&1' Hue!a !a ?onar#uia 7' ,onveno (179>-179D)o 7&1Rep=(lica 8aco(inao 7&>Reao 7ermi!oriana 82 ;iret%rio (179D-1799)o 8&1Eapoleo :onaparte no 9o!er 9;atas e Fatos /ssenciais 1CReaGes e coment)rios no estran"eiro3o 1C&1Reino Ini!o 11RaJmon! 'ron 1>Referncias 1A5er tam(m 11-i"aGes e3ternasAntecedentes' Frana toma!apelo 'nti"oRe"imeeraum"ran!ee!ifcioconstru!oporcin#uenta"eraGes, pormais!e#uin$entosanos&'ssuasfun!aGesmaisanti"asemaisprofun!aseramo(ras!a*"re+a, esta(eleci!as!urantemil etre0entos anos&' socie!a!e francesa!o sculo45*** mantin$a a!iviso emtrs 2r!ens ou/sta!ostpica!o'nti"oRe"imeK,leroou9rimeiro/sta!o, Eo(re0aou@e"un!o /sta!o, e 9ovo ou 7erceiro /sta!o1 K ca!a #ual re"en!o-se por leispr%prias (privil"ios), com um Reia(soluto (ou se+a, um Rei#ue !etin$a umpo!er supremo in!epen!ente) no topo !a $ierar#uia !os /sta!os& 2 Rei foraantes !e tu!o o o(reiro !a uni!a!e nacional atravs !o seu po!erin!epen!ente !as 2r!ens, si"nifican!o #ue era ele #uem tin$a a =ltima palavraso(re a +ustia, a economia, a !iplomacia, a pa0 e a "uerra, e #uem se l$eopusesse teria como !estino a priso !a :astil$a& 'Frana sofrera umaevoluo assinal)vel nos =ltimos anos: no $avia censura, a tortura foraproi(i!a em 1788,D e a representao !o 7erceiro /sta!o nos /sta!os6erais aca(ava !e ser !uplica!a para contrariar a Eo(re0a e o ,lero #ue no#ueriam uma reforma !os impostos& /m 11 !e +ul$o !e 1789, #uan!o a :astil$afoi toma!a pelos revolucion)rios, al(er"ava oito prisioneiros&,om a e3ceo !a no(re0a rural, a ri#ue0a !as restantes classes sociais naFranatin$acresci!oimensamentenas=ltimas!ca!as& 2crescimento!ain!=stria era not)vel& Eo Eorte e no ,entro, $avia uma metalur"ia mo!erna (-e,resot !ata !e 1781)L em -Jon $avia se!asL em Rouen e em ?ul$ouse $aviaal"o!oL na -orraine $avia o ferro e o salL $avia lanifcios em ,astres, @e!an,'((eville e /l(eufL em?arsel$a $avia sa(oL em9aris $avia mo(ili)rio,tanoaria e as in!=strias !e lu3o, etc&&/3istia uma :olsa !e 5alores, v)rios (ancos, e uma ,ai3a !e ;/@,2E72com um capital !e cem mil$Ges #ue emitia notas& @e"un!o 8ac#ues EecMer, a4Frana !etin$a, antes !a Revoluo, meta!e !o numer)rio e3istente na/uropa& Eo(res e (ur"ueses misturavam muitos capitais em *E5/@7*?/E72@& 'ntes !a Revoluo, o maior pro(lema !a in!=stria francesa era a falta !emo !e o(ra& ;es!e a morte !o rei -us 4*5, o comrcio com o e3terior tin$amais !o #ue #ua!ruplica!o& /m 1788, eram 1,CB1 mil$Ges !e livres, um valor#ue s% se voltar) a verificar !epois !e 1818& 2s "ran!es portos, como?arsel$a, :or!us, Eantes, floresciam como "ran!es centros cosmopolitas& 2comrcio interior se"uia uma ascenso paralela&@a(en!o-se#uee3istiauma(ur"uesiatoenri#ueci!a, muitos$istoria!orescolocaram a $ip%tese !e $aver uma massa enorme !e camponeses famintos&Ea Frana, o imposto rural por e3celncia era a NtailleN, um imposto recol$i!ocom(asenossinaise3teriores!eri#ue0a, por colectoresescol$i!ospelospr%prioscamponeses& 'servi!o!oscampos, #ueain!asemantin$aem#uaseto!os ospases !a /uropa,persistia apenas em0onasrecFn!itas !aFrana, e so( forma muito miti"a!a, no 8ura e no :our(onnais& /m 1779, o Reitin$aapa"a!oos=ltimostraos!eservi!onosseus!omnios, ten!osi!oimita!o por muitos sen$ores&'o lon"o !a - no(re0a, A- 7erceiro /sta!o) enopor ca(ea& C !e setem(ro !e 179> at >B !eoutu(ro !e 179D& ' ,onveno vem a ficar !omina!a pelos +aco(inos (parti!o!a pe#uena e m!ia (ur"uesia, li!era!o por Ro(espierre), crian!o-se o ,omit!e@alvao9=(licaeo,omit!e@e"urana6eral inician!o-seoreino!o 7error& ' monar#uia a(oli!a e muitos no(res a(an!onam o pas, vin!o afamlia !e -us 45* a ser "uil$otina!a em 179A&5ai se"uir-se o pero!o !o ;iret%rio at 1799, tam(mcon$eci!o como opero!o !a NReao 7ermi!orianaN& Im "olpe !e /sta!o arma!o !esenca!ea!opela alta (ur"uesia financeira marca o fim !e #ual#uer participao popular nomovimento revolucion)rio& Foi umpero!o autorit)rio assente no e3rcito(ento resta(eleci!o ap%s vit%rias reali0a!as em campan$as e3ternas)&/la(orou-se uma nova ,onstituio, como prop%sito !e manter a alta(ur"uesia ("iron!inos) livre !e !uas "ran!es ameaas: o +aco(inismo e oancienr"ime&2 "olpe !o 18 !e :rum)rio em 9 !e novem(ro !e 1799 pGe fim ao ;iret%rio,inician!o-se a /ra EapoleFnica so( a forma !o ,onsula!o, a #ue se se"ue a;ita!ura e o *mprio&' Revoluo Francesa semeou uma nova i!eolo"ia na /uropa, con!u0iua "uerras, aca(an!o por ser !errota!a pela instalao !o *mprio e, !epois !a10!errota!e Eapoleo:onaparte, peloretornoauma?onar#uiana#ual orei -us 45*** vai outor"ar uma ,arta ,onstitucional&A Assembleia Constituinte@esso inau"ural !os/sta!os 6erais, em 5ersal$es (1789)&2s !eputa!os !os trs esta!os eramunRnimes emumponto: !ese+avamlimitar o po!er real, P semel$ana !o #ue se passava na vi0in$a *n"laterra e#ue i"ualmente tin$a si!o asse"ura!o pelos norte-americanos nas suasconstituiGes& Eo!ia D!emaio, orei man!oua(rirasessoinau"ural !os/sta!os6eraise, emseu!iscurso, a!vertiu#uenose!everiatratar !epoltica, isto , !a limitao !o po!er real, mas apenas !areor"ani0ao financeira!o reino e !o sistema tri(ut)rio&2clero e a no(re0a tentaram!iversas mano(ras para conter o mpetoreformista !o 7erceiro /sta!o, cu+os representantes comparecem P 'ssem(leiapresentan!o as reclamaGes !o povo (materiali0a!as nos N,a$iers !e;olancesN)& 2s!eputa!os!ano(re0ae!oclero#ueriam#ueaseleiGes11fossemporesta!o(clero, umvotoL no(re0a, umvotoL povo, umvoto), poisassim, +) #ue clero e a no(re0a comun"avamos mesmos interesses,"arantiriam seus privil"ios&2 terceiro esta!o #ueria #ue a votao fosse in!ivi!ual, por !eputa!o, por#ue,contan!o com votos !o (ai3o clero e !a no(re0a li(eral, conse"uiria reformar osistema tri(ut)rio !o reino& 'nte a impossi(ili!a!e !e conciliar tais interesses,-us 45* tentou !issolver os /sta!os 6erais, impe!in!o a entra!a !os!eputa!os na sala !as sessGes& 2s representantes !o 7erceiro /sta!ore(elaram-se e inva!iram a sala !o +o"o !a 9ela (espcie !e tnis em #ua!raco(erta), em 1D !e +un$o !e 1789, e transformaram-se na 'ssem(leiaEacional, +uran!o s%se separar ap%s a votao !e umaconstituio para aFrana (8uramento !a @ala !o 8o"o !a 9ela)& /m 9 !e +ul$o !e 1789,+untamente com muitos !eputa!os !o (ai3o clero, os /sta!os 6eraisautoproclamaram-se 'ssem(leia Eacional ,onstituinte&2 8uramento !a 9ela&/ssa!ecisolevouorei atomarme!i!asmais!r)sticas, entreas#uaisa!emisso !o ministro 8ac#ues EecMer, con$eci!o por suas posiGesreformistas&/mra0o !isso,a populao !e 9aris se mo(ili0ou e tomou asruas !a ci!a!e& 2s Rnimos mais e3alta!os conclamavamto!os a tomaras armas&2rei !eci!iu rea"ir fec$an!o a 'ssem(leia, mas foi impe!i!o por umasu(levaopopularem9aris, repro!u0i!aase"uiremoutrasci!a!esenocampo&2 ,on!e !e 'rtois (futuro ,arlos 4) e outros !iri"entes reacion)rios,!efronta!os a tais ameaas, fu"iram!o pas, transforman!o-se no "rupo!os mi"rs& '(ur"uesiaparisiense, temen!o#ueapopulao!aci!a!eaproveitasse a #ue!a !o anti"o sistema !e "overno para recorrer P ao !ireta,apressou-se a esta(elecer um"overno provis%rio local, a ,omuna& /ste"overnopopular, em 1A!e+ul$o, or"ani0oua 6uar!aEacional, umamilcia(ur"uesa pararesistir tantoaumpossvel retorno !o rei, #uantoaumaeventual mais violenta !a populao civil, cu+o coman!o cou(e ao !eputa!o !a12'ssem(leia e $er%i !ain!epen!ncia !os /sta!os Ini!os, ?arie 8osep$?otier, o ?ar#us !e -a FaJette&'(an!eira!os:our(onsfoi su(stitu!apor uma!ecor 5ermel$apretae(ranca#uepassouaser a (an!eiranacional& /, emto!aaFrana, foramconstitu!as uni!a!es !a milcia e "overnos provis%rios&A Tomada da Bastilha, por 8ean-9ierre -ouis -aurent C !e setem(ro aconteceu a#uilo #ue parecia impossvel: as tropasrevolucion)rias, famintas, mal vesti!as, mas alimenta!as por seus i!eais,!errotaram, aosom!a ?arsel$esa (o$ino!arevoluo), acoli"aoanti-francesa na :atal$a !e 5almJ&A Conveno (1792-179)196eor"es 8ac#ues ;anton&'p%s o trmino !as !eli(eraGes !a 'ssem(leia ,onstituinte em 1791, a(ur"uesia passou a uma posio conserva!ora, por enten!er #ue as principaismu!anas +) $aviam si!o implementa!as na socie!a!e francesa& ' situao !opovo mais po(re, porm, pouco tin$a mu!a!o& 2s camponeses continuavamsem terra e nas ci!a!es a situao tornava-se ca!a ve0 mais !esespera!ora&/m a"osto !e 179>, uma intensa mo(ili0ao popular !estronou o rei, e !epois!e ela(orar a ,arta ?a"na francesa, a 'ssem(leia Eacional ,onstituinte!issolveu-se& ' 'ssem(leia-e"islativasu(stituiua,onstituinte& 'meaa!einterveno e3terna, crise econFmica e inflao& a(ril !e 179>: ;eclarao !e"uerra P Xustria e P 9r=ssiaL e3rcitos inimi"os c$e"am a ameaar a ci!a!e !e9arisL ala ra!ical proclama a Up)tria em peri"oW e !istri(ui armas P populaoparisiense&,omuna !e 9aris assume o po!er e e3i"e !a 'ssem(leia oafastamento !o rei& 1C !e a"osto !e 179>: 9arisienses atacam o pal)cio real,!etm o so(erano e e3i"em #ue o -e"islativo suspen!a-o !e suasfunGes&/sva0ia!a!eseupo!er, a'ssem(leiaconvocaaeleio!euma,onveno Eacional& 'revoluo entrounuma fase ra!ical& 's primeirasme!i!astoma!aspela,onvenoforama9roclamao!aRep=(licaeapromul"ao !e uma nova ,onstituio (>1 !e setem(ro !e 179>)& /leita sema !iviso !os eleitores em passivos e ativos, a alta (ur"uesia monar#uista foi!errota!a& ',onvenocontavacomopre!omnio!osrepresentantes!a(ur"uesia&20?a3imilien !e Ro(espierre&/ntre os revolucion)rios !e 1789, $ouve !iviso& '"ran!e (ur"uesia no#ueriaaprofun!ar arevoluo, temen!oora!icalismopopular& 'lia!aaossetores !a no(re0a li(eral e !o (ai3o clero, formou o,lu(e !os 6iron!inos& 2nomeN"iron!inoN (!o francs "iron!in) !eve-seaofato!e :rissot, principall!er !essa fao, representar o !epartamento !a 6iron!a e !e seus principaisl!eres serem provenientes !e l)& /les ocupavam os (ancos inferiores no salo!as sessGes& 2s +aco(inos (!o francs +aco(in) ^ assim c$ama!os por#ue sereuniamnoconvento!e@aint 8ac#ues^#ueriamaprofun!ar arevoluo,aumentan!oos!ireitos!opovoL eramli!era!ospelape#uena(ur"uesiaeapoia!ospelos sans-culottes, asmassaspopulares!e9aris& 2cupavamosassentos superiores no salo !as sessGes, rece(en!o o nome !e montan$a&@eus principais l!eres foram ;anton, ?arat e Ro(espierre& @uafaomaisra!ical erarepresenta!apelos raivosos, li!era!ospor 8ac#ues !e 8un$o !e 179A, apopulao!e9aris,a"ita!apelosparti!)rios!e