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ANO 5 | EDIÇÃO 15 | MAR/ABR/MAI 2013 Inspire-se no exemplo de pessoas que esbanjam saúde, disposição e beleza Maturidade COMPORTAMENTO Pesquisa revela que o uso das redes sociais desperta inveja e angústia INFÂNCIA O que é importante para educar meninos e meninas com qualidade? EQUILÍBRIO Homens também buscam autoconhecimento no divã

Revista Viver Bem

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Conheça a edição de número 15 do Viver Bem em revista. O programa vai ao ar, aos sábados, na Tv Ponta Negra (SBT/RN), a partir das 09h.

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Inspire-se no exemplode pessoas que esbanjam saúde, disposição e beleza

Maturidade

COMPORTaMENTOPesquisa revela que o uso das redes sociais desperta inveja e angústia

INFÂNCIaO que é importante para educar meninos e meninas com qualidade?

EQUILÍBRIOHomens também buscam autoconhecimento no divã

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Expediente

Fui surpreendida por essa per-gunta durante um encontro de casais que participei no início desse mês. Como numa espécie de catarse, co-mecei a listar os motivos sem pau-sas, preenchendo várias páginas do caderno. A lista ficou enorme e, ao perceber quantas coisas ainda preten-do realizar, me vieram outros ques-tionamentos. Você vai viver tempo suficiente para isso? Terá boa saúde? E o seu corpo, a máquina necessária para viver, como estará?

Automaticamente, lembrei dos personagens da nossa reportagem de capa, os jovens Jussier Santos e Tânia Dalsanto, que adotaram hábitos sau-dáveis por toda a vida e hoje colhem os benefícios dessa escolha, desfru-tando ao máximo a melhor idade da vida. Tenho certeza que, como eu, você também vai se inspirar e ter von-tade de se cuidar mais depois que co-nhecer esses dois. Não existem segre-dos ou fórmulas mágicas para atingir a melhor idade com a disposição que eles chegaram. É um conjunto de ati-tudes que envolvem boa alimentação, administração do tempo, autoconhe-cimento e prática de exercícios.

Essa primeira edição da Viver

Bem em Revista de 2013 passeia por todos esses temas. Tem alerta para quem fica muito tempo nas redes sociais se expondo ou observando os perfis alheios. Pesquisadores com-provaram que esse hábito desperta a inveja e muita angústia nos conecta-dos. A entrevistada especial é a nu-tricionista goiana Carol Morais, que largou o consultório e passou a viajar por todo o Brasil ensinando as pesso-as a cozinhar os pratos do seu detox. Na seção equilíbrio, confira os be-nefícios da terapia para os homens. Para quem quer se exercitar com pra-zer e diversão, patinar pode ser uma boa pedida.

E você, já se perguntou por que quer continuar vivendo? Responda sem economia. A lista de motivos pode ser o impulso que falta para você começar a trilhar um caminho sem volta em direção a uma vida sau-dável e feliz. O caminho para Viver Bem, muito bem.

Boa leitura!

Juliana [email protected]

@jufariasgarcia

Edição nº 15 | mar/abr/mai 2013

Direção geral

Juliana Garcia e Patrícia Guedeville

Coordenação editorial

Juliana Garcia

Textos

Eugênio Bezerra e Taciana Chiquetti

Revisão

Márcia Melo

Fotos

Ramón Vasconcelos

Projeto Gráfico

Carlos Soares

Diagramação

GR Design Editorial

www.grdesigneditorial.com.br

Comercial

GGTec Produções

Impressão

Gráfica Moura Ramos

Tiragem

10.000 exemplares

Fale conosco

84 3213.8592

[email protected]

Por que quero continuar vivendo?

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FitnessPatinar é um divertido exercício

entrevistaCarol Morais ensina como fazer seu próprio detox

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CaPa

Modelo: Jussier Santos

Foto: Ramón Vasconcelos

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Estamos na rede

2013 chegou com novidades nas redes sociais do Viver Bem. Incre-mentamos nossos perfis para aumen-tar a interatividade com todos que buscam uma vida cheia de saúde e fe-licidade e, claro, dar ainda mais dicas para ajudar nessa busca constante por hábitos mais saudáveis.

Atualizado várias vezes ao dia, o nosso perfil no Twitter traz infor-mações sobre saúde, beleza, meio ambiente, alimentação saudável, atividade física e muito mais.

No nosso canal do Youtube você pode con-ferir o Viver Bem na ín-tegra e todas as reporta-gens que são exibidas no programa. Se inscreva e assista o Programa Viver Bem na hora que desejar.

A página no Facebook traz dicas práticas e bem simples que podem fa-zer diferença na qualidade de vida de qualquer pessoa. Além disso, os fãs da nossa página podem par-ticipar também de concursos culturais e ganhar prêmios volta-dos para o bem estar, lazer, saúde e beleza. Já ultrapassamos os mil fãs. Curta a nossa página você também!

Quer ver sua foto compartilhada no nosso perfil? Quando postar no seu Ins-

tagram uma foto que represente o que é vi-ver bem pra você, compartilhe com a hashtag #guiaviverbem. As melhores fotos também se-rão destaque no Programa Viver Bem e na Vi-ver Bem em Revista.

guiaviverbem

tvviverbem

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Conexão na empresa

SUA OPINIÃO

“Sou leitora assídua da revista e gostei muito da en-trevista com o Márcio Atala, do Medida Certa. Ca-minho todos os dias e sempre que posso gosto de incentivar minhas amigas a se exercitarem. Claro que levei a revista com as dicas do personal mais famoso do Brasil para todas lerem. Saúde em primeiro lugar.”

Paula Rosa, por email

“Sou surfista, como a menina da reportagem sobre o mar. É lá que me sinto mais próximo de Deus. Vo-cês foram muito felizes em abordar esse assunto.”

Berg Oliveira, por email

“Fiquei feliz ao ver a história de Flávio Rezende e sua Casa do Bem nessa revista. Solidariedade também é viver bem.”

Lucia Yally, por email

“Gostei demais da reportagem sobre casamento. Pessoas não são descartáveis e acho que, se hou-ver empenho de todos, o casamento é sim pra vida inteira.”

Ceiça Juarez, Parnamirim/RN

“Estou programando uma viagem para as férias de julho. Gostei da reportagem sobre embarque sau-dável. Vocês pensam em tudo, abordam assuntos variados que interessam para a família inteira.”

Sabrina Gurgel, por email

“Sou muito feliz por ser assinante dessa revista e receber todas as edições na minha casa. Só acho que vocês deveriam publicar uma edição por mês. Fica a dica.”

Estela Beatriz, por email

PROGRaMa VIVER BEM - SÁBaDO, 9H

TV PONTa NEGRa (SBT-NaTaL/RN)

SITE: WWW.GUIaVIVERBEM.COM.BR

TWITTER: @PROG_VIVERBEM

FaCEBOOK: WWW.FaCEBOOK.COM/GUIaVIVERBEM

O evento que já virou tradição acaba de ganhar um novo formato: o conexão na empresa. Já está mais que comprovado que a atividade física, alimentação saudável e práticas de relaxamento infl uenciam diretamente o ren-dimento profi ssional e contribuem para a lucratividade da empresa. Já imaginou proporcionar um dia diferente para os seus colaboradores?

Informações pelo telefone 84 9451.4142 ou pelo e-mail [email protected].

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E M R E V I S T A

Por Maria Angela Pavan - [email protected]

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A imagem que busco para co-meçar este texto é da “Santa Vestes de Flechas” (do México Central). Ela abraça seu fi lho, o protege no abraço enquanto é toda fl echada nas costas e fi ca acocorada em for-mato de concha para protegê-lo.

Linda imagem para começar a descrever a mulher. Este substan-tivo feminino que tem como lema cuidar.

Guardo no coração todos os en-sinamentos de minha avó materna. Há muito tempo quando pensei em casamento, lembrei-me de suas palavras. Disse que a partir daquele momento eu era a estaca principal que seguraria minha vida, a vida do meu marido e futuramente de toda minha família em pé.

Na época, considerei o conse-lho muito machista, pensava que a responsabilidade seria de todos. Do homem, da mulher e dos fu-turos fi lhos. Início de 80, estava atuante no movimento estudantil contra ditadura e era contra o con-sumo e o grito de guerra era con-tra o imperialismo cultural norte--americano.

Trago para o presente o sorriso terno e permanente de minha avó, que é a estaca de minha família há 96 anos.

Hoje me sinto mais forte saben-do que esta estaca não tem nada a

ver com o machismo ou posição subalterna. Ela representa nossa ação feminina nas decisões cotidia-nas, as palavras que saem de nosso coração. E o que sentimos e o que levamos as outras pessoas a pensar na percepção do mundo.

Se maldissermos o mundo, mostraremos o mundo através dos olhos da feridologia (muitas feri-das – todas que aparecem nos te-lejornais, programas de TV, jornal

impresso, seriados, web e em quase tudo o que vimos nas imagens e di-zeres cotidianos). Nossa palavra é unânime na nossa casa e nas vidas que nos ouvem.

Quando jovem, fi quei encan-tada com Santa Teresa Davila, mulher forte e focada em suas per-cepções e desejo de mudança. Teve vários amigos verdadeiros que a ajudaram em suas refl exões sobre a vida. Entre eles João da Cruz, que

escreveu o tratado “Noite escura da alma” sobre os momentos difíceis que enfrentamos. Um deleite para a vida toda.

Santa Teresa escreveu também “A Morada” (ou Castelo Interior), livro que retrata as difi culdades que enfrentamos para compreen-der os dilemas da vida. E nos alerta sobre o que está por trás dos nos-sos olhos, delicadas percepções que nos alimentam mais do que as ima-gens do real cotidiano.

Tento alçar um olhar panorâmi-co a todas as mulheres que encon-tro e silenciar suas preocupações, angústias e os planos para o futuro. Nós mulheres, ao nos afastarmos da nossa condição primeira e de-licada do cuidado com o mundo e de nossa intuição feminina, nos afastamos da feminilidade que é a base da terra.

Seremos sempre a luz maior, a lua, a fl or que nasce de pedras, o sol que traz vida.

Neste mês de março, com a chuva fechando o verão, desejo a você mulher um novo olhar para si mesma. Continue no seu legado de “cuidadora”, mas reaprenda a cuidar-se. Reaprenda o que deseja e desabroche sempre.

Um beijo azul nas admiráveis almas de todas as mulheres deste mundo.

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Seremos sempre a luz maior, a

lua, a fl or que nasce de pedras, o sol que traz vida

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Pergunteao personal

Filipe Dantas Educador físico, especia-

lista em exercícios para gru-pos especiais, mestre em Saú-de Coletiva e doutorando em Educação Física.

Atua como personal train-ner e é professor de spinning na academia Nova Stylo.

1. Quero treinar em casa. Vale mais a pena comprar uma multiestação para musculação ou acessórios como bolas e elástico?

Luciana Helena – por email

O melhor custo benefício é comprar acessórios como bolas e elásticos, pois com esses implementos se pode realizar a maioria dos exercícios que se executa com a máquina estacionária de musculação residen-cial. Entretanto, os exercícios na máquina estacionária de musculação relacionam-se com uma maior segu-rança, fácil aprendizado e ajudam a estabilizar o movi-mento. Portanto, caso o desejo seja adquirir acessórios mais simples, se faz necessário já ter prévia experiên-cia nos exercícios.

2. Já tentei, mas não encontro tempo para malhar de segunda a sexta. Posso conseguir resultados trei-nando apenas no fi m de semana?

Camilo Brito – por email

A recomendação do Colégio Americano de Me-dicina do Esporte (uma das principais instituições de pesquisa do mundo em exercício físico), para que indivíduos saudáveis de 18 a 65 anos de idade adqui-ram saúde, reduzam o risco de doenças crônicas e de mortalidade prematura, é que a frequência semanal de exercício aeróbico (caminhada, corrida, ciclismo, etc.) seja de cinco vezes semanais, sendo a duração da sessão de treino de, no mínimo, 30 minutos, com intensidade moderada. Entretanto, pode substituir essa recomendação por uma frequência de três vezes semanais, sendo a duração da sessão de treino de, no

mínimo, 20 minutos, com intensidade vigorosa.Também recomenda-se a realização de treina-

mento de força, numa frequência mínima de duas vezes semanais, em dias não consecutivos (exemplo: Ter/Qui, Seg/Qua). Portanto, não importa se o obje-tivo é adquirir saúde ou perder peso, os resultados serão inexpressíveis se treinar apenas no fi m de se-mana.

3. Corro o risco de perder condicionamento e massa muscular se trocar a musculaçao pela ioga?

Maria Helena – por email

A depender da forma de execução e da intensi-dade que você realize os exercícios de ioga, poderá ocorrer perda de força. A intensidade elevada do exercício é importante para a manutenção da força e da massa muscular.

4. existe algum exercício para engrossar as pantur-rilhas?

Ceiça Melo – por email

Um inovador sistema de treino tem sido inves-tigado nestes últimos anos e tem se mostrado efi caz nos ganhos em hipertrofi a muscular. Neste sistema, os exercícios são realizados sob oclusão vascular com utilização de baixa carga. Tal estratégia possibilita uma menor sobrecarga articular. Algumas pesquisas têm sido realizadas utilizando esse método de treino nos músculos da panturrilha, conseguindo resultados signifi cativos. Entretanto, só deve ser executado sob a supervisão de um professor de Educação Física com conhecimento adequado para aplicação deste método.

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Juliana Flor 1. Você segue algum ritual para man-

ter a beleza da pele e dos cabelos?Não sigo nenhum ritual específi-

co, mas costumo retirar a maquiagem antes de dormir e hidratar os cabelos pelo menos uma vez por semana.

2. Como é sua alimentação diária? Durante a semana procuro ter

uma alimentação mais balanceada, com bastante frutas e sou viciada em um chá detox, que tomo 1,5 l por dia. Já no fim de semana a alimentação é totalmente liberada, como de tudo.

3. Qual a sua atividade física preferi-da?

Acho que praticar exercícios físicos é essencial para o bem estar do corpo e da mente, além de manter o corpo em dia com a balança. Risos... Faço mus-culação pelo menos duas vezes por se-mana e também costumo correr.

Advogada por formação, mas como sempre apaixo-nada por moda, hoje traba-lha nesse ramo e ama o que faz. Juliana Flor se consi-dera uma fashionista e tem um blog de moda com uma amiga (www.nathieju.com.br). Alegre e cheia de ener-gia, ela é mãe de dois filhos e adora criança. É adepta da meditação e gosta de dar muita risada. Ela sabe viver bem e nessa edição foi a es-colhida para contar o que faz para cuidar da beleza do corpo e da alma.

4. O que gosta de fazer nas horas li-vres?

Amo estar com a família, faço sempre programações com meu ma-rido e meus filhotes. Ir à praia, ao ci-nema, ir a Pipa e receber amigos e a criançada em casa fazem minha vida muito mais colorida.

5. Como será a Juliana daqui a 20 anos?

Acho que serei super vaidosa, se-guindo todos os rituais de beleza para deixar a pele e o cabelo incríveis. E estarei trabalhando em ações sociais ligadas à educação infantil que sonho em realizar.

6. O que é viver bem pra você? É tentar equilibrar o corpo e a

mente para administrar com sabedo-ria o corre-corre do dia a dia. É curtir a família, os amigos queridos e não perder tempo com coisas e situações desnecessárias. Costumo levar a vida com alegria, afinal ela é curta.

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Entrar em um local visualmente agradável, circular conferindo e ex-perimentando os produtos, intera-gir com atendentes habilitadas e ter vontade de ficar por ali por alguns momentos... Com uma descrição des-sas, dificilmente se poderia estar des-crevendo uma farmácia. Mas com o objetivo de seguir a proposta de “far-mácia-conceito”, a Formule - que com-pleta 12 anos no mercado neste mês de março - inaugurou, recentemente, uma nova unidade em Petrópolis, na bem localizada avenida Afonso Pena. “É uma filial com ambiente moderno e atendimento de excelência. Trata-se de uma continuidade da unidade de Lagoa Nova, mas com um serviço di-ferente, mais personalizado, com foco na saúde e no bem estar”, define a far-macêutica magistral Luciana Liberato.

Nas novas instalações, os clientes podem sentir-se à vontade e ter aces-

so direto aos produtos, experimen-tando e se informando sobre cada um. Linhas que vêm fazendo mais sucesso entre o que há disponível na Formule Petrópolis são a nutricio-nal, beleza, saúde e bem estar. É pos-sível, por exemplo, encontrar roupas com fator de proteção solar 50 – pro-duto difícil de ser achado em Natal. São viseiras, chapéus, manguitos, camisas de manga longa, camisetas, luvas - ideais para crianças ou pes-soas que fazem atividade ao ar livre ou na água e estão muito expostas ao sol. “A proteção solar não sai com a lavagem da peça. Além disso, a tex-tura do tecido é refrescante, não dá calor”, explica Luciana. A camiseta Acqua, ideal para esportes aquáticos, vem combinar com o lançamento da Formule que é a Aqua Fotoprotetora FPS 30, à base de água, aloe vera e D-Pantenol.

Uma farmácia de manipulação diferenteFormule abre nova unidade em Petrópolis. Uma farmácia-conceito para oferecer atendimento de excelência aos clientes

Bombom do bem: doce saciedade

Formule: a única farmácia de manipulação de Natal com qualidade quatro vezes certificada pelo SINAMM

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FOrmule | PetrópolisAv. Afonso Pena, 547(entre as ruas Mibipu e Mossoró)

FOrmule | lagoa NovaAv. Nascimento de Castro, 1795,lojas 15 e 16.(em frente a Espacial Veículos)

Disk Formule: 3234-0314www.formulefarmacia.com.brTwitter: @formulefarmaFacebook: formulefarmáciaInstagram: formulefarmacia

Outros produtos que despertam o interesse dos clientes são as opções de colágeno hidrolisado, como balas, shakes, gelatinas e, especialmente, o bombom funcional, feito com cacau orgânico e colágeno, que não engorda, não contém açúcares, lactose, gordu-ra, corante e glúten e é rico em prote-ínas. O cacau apresenta potente ação antienvelhecimento e antioxidante, reforçando a imunidade e protegendo o coração. Já o colágeno hidrolisado é também responsável pela firmeza da pele, além de fortalecer unhas, cabelo e articulações. O “bombom do bem” pode ser uma ótima forma também de matar aquela vontade de comer doce, obtendo saciedade. De acordo com uma pesquisa da Universidade Real de Copenhague, na Dinamarca, o cacau, pela manhã, reduz o apetite, tornando possível consumir 15% me-nos calorias ao longo do dia.

Ainda na linha nutricional, os sucos instantâneos antioxidantes, zero açúcar e corantes, estão entre os mais vendidos, nos sabores gojiberry (antienvelhecimento, controla o co-lesterol, a glicose e ajuda a equilibrar a ansiedade e o humor), cranberry (antioxidante, com ação anti-inflama-

tória) e blueberry (antioxidante, me-lhora a digestão e a visão). Os sucos verde e vermelho da linha ligada ao Detox, que fazem uma limpeza inter-na no organismo, também são muito procurados, especialmente nesta épo-ca de festas e férias em que os abusos alimentares e de bebidas são comuns.

Para manter a saúde das unhas e cutículas, o esmalte vegetal fortale-cedor, com ação antifúngica, é outro produto diferenciado. À base de ami-noácidos, cravo, pantenol e vitamina E e sem solventes agressivos, como o formol, por exemplo, o esmalte pode ser usado inclusive por gestantes. Nes-ta área de saúde da pele, vale destacar ainda o Tegum, formulação exclusiva para o tratamento de psoríase, quei-madura, rachadura e ressecamento da pele, que repõe proteínas e vitaminas. Combinados com a ação anti-inflama-tória do óleo de andiroba, é uma emul-são indicada para conter problemas de pele. O famoso BBcream, grande lançamento com exclusividade na Formule, também merece destaque. O produto tem ação tonalizante, fun-ciona como maquiagem, contém filtro solar 40, além das ações clareadora, firmadora, hidratante e anti-idade.

“A proteção solar não sai com a lavagem da peça. Além disso, a textura do tecidoé refrescante,não dá calor”Luciana Liberato, farmacêutica

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16Quem vai ao shopping já sabe o

que espera encontrar. Tudo num só lugar. Conforto e comodidade, além da segurança e a solução para um dos maiores problemas das médias e grandes cidades: vagas para estacio-nar. Foi pensando nisso e também no crescimento da procura por serviços de saúde na zona sul de Natal que o médico oft almologista Marco Rey re-solveu inovar e abrir uma clínica de oft almologia dentro de um dos prin-cipais shoppings centers da cidade. “É preciso estar atento às mudanças. Hoje a vida moderna requer pratici-dade e o shopping é um símbolo des-se novo modelo de comportamento de consumo. Por que não agregar serviços de saúde de qualidade num ambiente mais sociável e seguro? Acredito no pioneirismo e que esse modelo será uma tendência na nossa

cidade”, justifi ca dr. Marco Rey.O Instituto de Oft almologia Mar-

co Rey (IOMR) vai ser inaugurado na 1ª quinzena de abril, no piso tér-reo do Natal Shopping Center. A loja vai ocupar uma área de 200m2 com 4 consultórios, sala de espera, 2 salas para exames e uma sala para adapta-ção de lentes de contato. A medicina, em especial a área de oft almologia, é uma das que mais se benefi ciam com as inovações tecnológicas e o IOMR estará atento a elas. Além da estrutu-ra adequada e moderna para o aten-dimento dos pacientes, contará com equipamentos e exames de ponta e uma equipe com 15 médicos coman-dados por dr. Marco Rey. “Fiz questão de escolher toda a equipe. Conheço a formação de cada um deles e muitos foram meus alunos de residência”, es-clarece o médico.

Dr. Marco Rey abre a primeira clínica de oft almologia dentro de um shopping center em Natal

A saúdedos olhos

no shopping

“É preciso estar atento às mudanças.Hoje a vida moderna requer praticidade e o shopping é um símbolo desse novo modelo de comportamento de consumo”

Por Eugênio Bezerra

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“Tem pessoas que não gostam do ambiente de clínicas e hospitais. Dentro de um shoppinga sala de esperase agiganta.O shopping como um todo será a sala de espera”

“Fiz questão de escolher toda a equipe. Conheço a formação de cada um deles e muitos foram meus alunos de residência”Marco Rey, oftalmologista

O IOMR vai disponibilizar servi-ços de consulta e exames com a co-modidade do funcionamento de um shopping center, de 10 da manhã às 10 da noite. Para um dos fundadores do IOMR, o administrador Guilher-me Mendes, o horário mais “elástico” será um diferencial do projeto. “A maioria das clínicas funciona até 18 horas e não abre aos sábados”, expli-ca. A clínica vai oferecer toda parte de exames complementares: retino-grafia, fluore cenografia, tomografia de coerência ótica, topografia e to-mografia corneana, microscopia ocu-lar, ultrassonografia ocular, biometria ótica e ultrassônica e demais serviços de exames clínicos.

Outra novidade será o sistema informatizado. Todo processo de atendimento será digitalizado desde a marcação da consulta ao resultado de exames, o que vai possibilitar a chamada telemedicina. Os pacientes fazem os exames no IOMR e enca-minhando os resultados e imagens é possível consultar a opinião de espe-cialistas no mundo todo. Os médicos e

outras clínicas também poderão usar os serviços de ponta oferecidos pelo instituto. “Queremos ser uma referên-cia entre os profissionais também na qualidade dos exames que iremos ofe-recer”, completou dr. Marco Rey.

Não por acaso o IOMR leva esse nome. Uma justa homenagem a quem se acostumou a sair na frente. Buscar desafios e se reinventar. Foi assim quando resolveu ser médico e se formou em 1975, aos 23 anos, na UFRN. Arrumou as malas e foi para o Rio de Janeiro fazer residên-cia médica no principal hospital da época. É professor universitário, atual Presidente do CBO - Conse-lho Brasileiro de Oftalmologia e um dos fundadores da Prontoclínica dos Olhos. Aos 61 anos de idade e 37 de sucesso com seu trabalho, dr. Marco Rey parece um menino que acabou de ganhar um novo brinquedo de tão empolgado com o novo desafio: “Va-mos revolucionar a forma de atender. Tenho certeza de que não será fácil. Mas estamos prontos para mais esse desafio”, finaliza.

Comodidadee segurança

O Brasil tem uma indústria de shoppings moderna, com em-preendimentos muito bem equi-pados, bons recursos humanos e tecnológicos, além de compro-misso socioambiental. E nos últi-mos 5 anos, o mercado descobriu que os serviços de saúde podem ser oferecidos neste espaço. Natal tem três grandes shoppings cen-ters, mas apenas um deles ofere-cia algum tipo de serviço na área de saúde. O IOMR será a primeira clínica funcionando dentro de um shopping. Dr. Marco Rey destaca ainda que a espera por consultas e exames se torna mais prazero-sa dentro de um shopping. “Tem pessoas que não gostam do am-biente de clínicas e hospitais. Dentro de um shopping a sala de espera se agiganta. O shopping como um todo será a sala de espe-ra”, esclarece o médico.

Pioneirismo

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Invisível aos olhosTrata-se do único aparelho ortodôntico 100% estético

Por Taciana Chiquetti

Um sorriso perfeito sem o “efeito colateral” de passar um tempo com um sorriso metálico. Corrigir o po-sicionamento dos dentes sem que ninguém saiba que você está usando aparelho. Esta é a proposta da orto-dontia lingual, técnica de tratamento completamente invisível, praticada, em Natal, por poucos especialistas. O ortodontista Ney Tavares - da clí-nica Cia Oral - é um deles, que, além de toda qualificação para a utiliza-ção deste tratamento diferenciado, é membro da Associação Brasileira de Ortodontia Lingual (ABOL). Já um pouco mais popularizada em outros estados do Brasil, no Rio Grande do

Norte a ortodontia lingual começa a ser conhecida.

Iniciada há mais de 30 anos, no Japão, a técnica em que os braquetes são colados pela parte de trás dos den-tes passou por diversas modificações até atingir o nível atual, equivalente ao do aparelho convencional, porém com uma lista de vantagens a mais. Trata-se do único aparelho ortodôn-tico 100% estético, proporcionando uma aparência ainda melhor do que o aparelho cerâmico de porcelana e do que os alinhadores estéticos.

Além disso, favorece uma higie-nização mais eficiente e não oferece risco de manchar ou danificar o es-

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“O aparelho não atrapalha na hora da fala. Muitos âncoras de TV utilizam a ortodontia lingual e têm excelentes resultados”Ney Tavares, ortodontista

malte dos dentes após a retirada do aparelho, uma vez que o esmalte den-tal fica preservado. Quem usa, pode alimentar-se em qualquer lugar, sem o receio de que eventuais resíduos de comida presos aos braquetes apare-çam, o que comumente aparece nos aparelhos convencionais.

Outro benefício é que, por esta-rem na parte de trás, não provocam volume nos lábios, evitando assim que o paciente fique aparentando ter lábios maiores. “O aparelho não atrapalha na hora da fala. Profissio-nais que dependem da imagem e até mesmo da fala como, por exemplo, âncoras de TV, atores e atrizes, mo-delos vêm utilizando a ortodontia invisível, observa Ney Tavares, espe-cialista e mestre em ortodontia e pós graduado em ortodontia lingual em São Paulo. Ele também é professor dos cursos de especialização em or-todontia do CPO-Ciodonto em Na-tal, João Pessoa e Recife.

A ortodontia lingual é indicada para todos os casos, em todas as fai-xas etárias, de criança a idosos, mas os adultos são os que mais procuram a técnica, justamente para não apa-rentar um “sorriso adolescente”. Além dos profissionais que trabalham com a imagem, os praticantes de esportes de contato (como futebol, basquete, lutas, entre outros) também saem ganhando com este tipo de aparelho,

uma vez que correm menos risco de lesões nas áreas das bochechas e lá-bios provocadas por traumas. Recen-temente, o craque Neymar, da Sele-ção Brasileira de Futebol, postou em seu Facebook uma fotografia em que destaca seu aparelho lingual.

A atriz Giovana Oliveira afirma que o uso do aparelho lingual foi de extrema importância durante o pe-ríodo em que estudava interpretação (Teatro/Tv/Cinema) em São Paulo. “Estética é muito importante na mi-nha área, já havia usado aparelho convencional antes, mas quando co-nheci o aparelho lingual, fiquei real-mente impressionada, tanto pela ra-pidez e eficácia do tratamento, como pelo fato dele não ser visto nos ângu-los comuns. Existe também a vanta-gem dele não influenciar na dicção, o que pra mim é de suma importância. Qualquer pessoa que olhe pra você não percebe a existência de um apa-relho, já que ele é muito discreto e não interfere em nada na fala. Outra característica é que não atrapalha na hora de comer. É fácil, também, para se fazer a higienização. Para quem procura eficácia aliada a uma boa es-tética, eu o recomendo!”

A ortodontia lingual é indicada para quaisquer casos, desde os de baixa complexidade até os mais ex-tremos. Com o avanço tecnológico, os braquetes são pequenos o suficien-

Giovana Oliveira, atriz

te para não incomodar a língua e não interferire na mordida, além de pode-rem ser usados nas arcadas superior e inferior da boca.

De passagem comprada para o 5° Congresso Mundial de Ortodontia Lingual, que acontecerá em julho, na cidade de Paris, na França, dr. Ney Tavares destaca a necessidade de es-tar sempre acompanhando de perto o desenvolvimento da técnica e sua evolução, afim de propiciar cada vez mais um tratamento de excelência para seus pacientes.

Cia OralAv. Olinto Meira, 1029Barro VermelhoFones: 84 3223-4800 / 9606-0007www.ciaoral.com.br

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de espera

Por Taciana Chiquetti

Não são somente as mulheres - cansadas de reco-mendar - que reclamam de seus companheiros por eles se esquivarem de frequentar os consultórios médicos. Os próprios “doutores” também comungam da opinião de que eles não se importam tanto com a saúde quanto elas. Os homens, especialmente de faixa etária de 20 a 60 anos, não costumam realizar exames e consultas de rotina, o que, em algumas situações, poderiam fa-vorecer um diagnóstico precoce, com possibilidade de reversão da doença ou, pelo menos, causar o mínimo de sequelas.

“Essa resistência termina repercutindo em sofri-mento físico e emocional para o paciente e sua família. Os motivos alegados por eles para justificar a baixa pro-cura pelo atendimento são a dificuldades de coincidir o horário, já que, muitas vezes, o horário do atendimento coincide com o horário do expediente e historicamen-te o homem é tido como provedor da família”, explica o urologista Rodrigo Trigueiro Morais de Paiva, que atende em uma clínica localizada no Tirol.

Associada culturalmente à fragilidade, a doença vai de encontro com a ideia de invulnerabilidade, alimen-tada por muitos homens, o que acaba por contribuir para que eles cuidem menos de si mesmos e se expo-nham mais às situações de risco. “Especificamente na área da Urologia, existe um grande desconhecimento, por parte dos pacientes, em relação ao exame de to-que retal para avaliação prostática. O paciente chega com muitas dúvidas ao consultório”, conta. Aqueles que conseguem vencer a resistência buscam a ajuda

O diagnóstico precoce é essencial para a cura de qualquer doença. Apesar disso, muitos homens continuam adiando a ida ao médico

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“Especifi camente na área da Urologia, existe um grande desconhecimento,

por parte dos pacientes, em relação ao exame de toque retal”

Rodrigo Paiva, urologista

médica predominantemente na fase idosa, momento da vida em que as doenças naturalmente aparecem e também em que eles estão aposenta-dos e dispõem de mais tempo para cuidarem da saúde.

Algumas das doenças urológicas mais comuns nos homens são as re-lacionadas à próstata, como o câncer de próstata e a hiperplasia benigna de próstata (crescimento benigno deste órgão). Também merecem des-taque, atualmente, o DAEM (Distúr-bio Androgênico do Envelhecimento Masculino), que seria a “menopausa” do homem, e a disfunção erétil. “Na avaliação prostática de pacientes com mais de 40 a 45 anos, a consulta co-meça com uma boa conversa, cujo objetivo é registrar as queixas dos pa-cientes, ao longo do atendimento faz--se necessário a dosagem sanguínea do PSA e o exame de toque retal que pode indicar a presença de algum nó-dulo que deva ser submetido a uma biópsia para diagnóstico de um cân-cer de próstata”, orienta Rodrigo.

Unanimidade entre os especialis-tas, a recomendação para não esperar sintomas para consultar um médico é

mais atual e válida do que nunca, já que diversas doenças urológicas po-dem ser detectadas de maneira pre-coce, permitindo que os tratamen-tos possam ser mais simples, menos agressivos aos pacientes e com uma expectativa de sucesso maior. “O ob-jetivo principal é a cura, mas, hoje em dia, existe uma preocupação muito grande em minimizar as complica-ções que o próprio tratamento possa gerar no paciente, sempre tentando manter a sua qualidade de vida”, frisa.

Vale salientar que, ao contrário de outras áreas da saúde, na Urologia são poucas as doenças evitáveis, mas tendo um conhecimento prévio do que está acontecendo com seu cor-po, os danos podem ser bem meno-res tanto para o paciente quanto para sua família.

No ano de 2012, no Brasil, cerca de 60.180 homens tiveram o diagnóstico de câncer de prós-tata e, no ano de 2010, ocorre-ram 12.778 mortes por câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum no mun-do, perdendo apenas do câncer de pele. O tumor aparece mais com a idade avançada, por isso, é considerado um câncer da “terceira idade”, já que cerca de três quartos dos casos no plane-ta ocorre a partir dos 65 anos.

Já o câncer de pênis é um tumor raro, com maior inci-dência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. No Brasil, o tumor no pênis repre-senta 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem e é mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.

ESTATÍSTICA

Rua Ceará Mirim, 264 - TirolNatal/RNTel: 84 3201.1001

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Comida de passarinho

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Por Taciana Chiquetti

Levando-se em conta os benefícios, todos

deveríamos comer sementes todos os dias. Confira

nossas dicas para escolher e potencializar ainda mais os

seus efeitos no organismo

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23“É preciso criar o hábito de inseri-

las no cardápio de todos os dias, assim como ‘arroz e feijão’

já fazem parte da alimentação

diária”Yasmin Nagashima, nutricionista

As chamadas “comidas de pas-sarinho” também podem ser sau-dáveis nas mesas dos humanos. É o que garante a nutricionista funcional Yasmin Nagashima. Além de serem compostas por vitaminas e minerais, as sementes também contribuem com fi bras para o trânsito intestinal. “Quanto mais tempo as fezes fi cam no intestino, mais a mucosa se lesio-na, o que, em casos mais graves, pode causar até mesmo câncer”, explica. As pessoas precisam, em média, de 25 a 30 gramas de fi bra por dia. Em uma barrinha de cereal, por exemplo, há apenas de 2 a 3 gramas, muito aquém do necessário.

Algumas das sementes mais im-portantes são as de gergelim, linhaça, girassol, jerimum e chia, sendo que a melhor forma de consumi-las é in natura, mastigando-as bem, já que quanto mais se tritura as sementes, mais elas perdem suas propriedades nutricionais.

Mesmo assim, em nome da pra-ticidade, é possível, segundo Yas-min, levar as sementes trituradas para adicioná-las às refeições fora de casa ou ainda, na forma tradicional,

utilizá-las como os lanches entre as refeições. “É preciso criar o hábito de inseri-las no cardápio de todos os dias, assim como ‘arroz e feijão’ já fa-zem parte da alimentação diária”, ex-plica, salientando que variar os tipos de sementes é fundamental para que se obtenha novos nutrientes constan-temente, além de evitar a monotonia alimentar.

“Incluindo as sementes na mi-nha alimentação, sinto uma melho-ra muito grande no funcionamento do intestino, porque preciso de um suporte de fi bras. Também noto me-lhoras em relação ao envelhecimento e à imunidade”, conta a médica Lúcia Lopes, que consome sementes há 20 anos, sempre diversifi cando o cardá-pio. Gergelim, linhaça e jerimum já faziam parte de sua dieta há bastante tempo e, recentemente, ela acrescen-tou chia, amaranto e quinoa, seguin-do as orientações da nutricionista.

Há ainda outras dicas para a “die-ta do passarinho”. Preparar o arroz adicionando sementes, a exemplo do já industrializado “arroz 7 grãos”, é uma delas. Colocar as sementes nas saladas, tanto de verduras e legumes

SEMENTES MAIS CONSUMIDAS E FORMA DE CONSUMO

SEMENTE COMPOSIÇÃO FORMa DE CONSUMO Gergelim Lignanas, ômega-6 Semente: tostada em saladas, arroz e frutas. Linhaça Lignanas, ômega-3, vitamina E Óleo: salada / Semente: (necessita ir ao calor) usar no arroz ou triturada com frutas. Girassol Complexo B, vitamina E Semente: tostada como aperitivos, em saladas, arroz e frutas. Jerimum Rica em minerais, complexo B, Semente: tostada como aperitivos, ação vermífuga , vitamina E arroz, triturada com frutas. Chia Lignanas, ômega-3, Semente: frutas, saladas. Rica em aminoácidos

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Um detalhe importante nas ma-neiras de se consumir sementes é que, na fase de gérmen, elas possuem mui-to mais nutrientes do que a semente ‘adormecida’ e muito mais até mesmo do que a própria planta e frutos que ela irá gerar. Mais benefícios nutri-tivos e energéticos. Para se ter uma ideia, a semente de trigo, que pratica-mente contém pouquíssima vitami-na C, quando germinada passa a ter 600% a mais dessa vitamina.

Outro benefício é que as sementes neste estado são muito mais digeríveis do que o grão normal. Em dietas ve-getarianas, as proteínas dos germina-dos substituem as proteínas animais.

Para conseguir a germinação, é preciso ser persistente. Dependendo

da semente, da época do ano e do lugar onde forem compradas, elas podem demorar mais ou menos tem-po para germinar. Pode acontecer também, com facilidade, de mofar as sementes. Recomenda-se, para evitar isso, que não se enxágue muitas vezes no dia e deixe-as em um local com luz solar, porém não diretamente ao sol.

Potencializando as sementes

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osquanto de frutas, pode facilitar o con-sumo, assim como introduzi-las em massas, sucos e vitaminas.

Cada semente tem suas proprie-dades funcionais específi cas. Mas, de modo geral, são ricas em compostos bioativos (compostos fenólicos, áci-dos graxos e polissacarídeos), que atuam no estresse oxidativo e na infl a-mação; em compostos fenólicos, com propriedades antioxidantes; em ligna-nas, que diminuem a agregação pla-

quetária; em ômega-3, que contribui para a manutenção de níveis saudá-veis de triglicerídeos, é anti-infl ama-tório e melhora resposta imune; além de vitamina E, que tem poder antio-xidante; complexo B, que ajuda no metabolismo energético; e fi bras inso-lúveis, excelente regulador intestinal. Pesquisas mundiais comprovam, por exemplo, a ação de sementes no com-bate ao colesterol e na prevenção de problemas cardiovasculares.

“Incluindo as sementes na minha alimentação, sinto uma melhora muito grande no funcionamento do intestino”

Lúcia Lopes, médica

Sementes de trigo germinadas

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mivcomunicacao.com.br

Como germinar sementes1. Escolha as sementes removendo as que estejam danifi -cadas. Coloque de uma a três colheres de sopa de semen-tes num vidro e cubra com água limpa;

2. Deixe de molho por uma noite (8 horas);

3. Cubra o vidro com um pedaço de fi ló e prenda com um elástico. Virta o vidro e despeje a água. Enxágüe bem sob a torneira;

4. Coloque o vidro inclinado e emborcado num escorre-dor em lugar sombreado e fresco;

5. Enxágue pela manhã e à noite.

As sementes de cereais germinam em 2 a 3 dias, os fei-jões e as lentilhas demoram de 5 a 6 dias. Nessa altura, podem ser consumidos. Para tal produção, as para evitar a proliferação de fungos e bactérias.

É importante consumir a semente germinada em 24 horas para aproveitar o máximo de suas propriedades nu-tricionais.

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Exercíciossobre rodas

Um dos maiores benefícios da patinação é, sem dúvida, a diversão. O sorriso estampado no rosto é fre-quente, mesmo em quem ainda está aprendendo a se equilibrar sobre as rodinhas. Heloisa Medeiros, 32 anos, patinava quando era criança. Com-prou um patins para o filho Gabriel, de 4 anos, e depois de acompanhá-lo al-gumas vezes, decidiu aderir ao esporte para colocar o corpo em movimento e se divertir com o filho. No primei-ro dia que colocou os patins, precisou de ajuda pra tudo. Era difícil manter o equilíbrio sobre as rodinhas. “O medo de cair paralisa a gente. Mas, com a ajuda dos amigos, aos poucos fui me soltando e logo já estava deslizando as rodinhas sozinha, como fazia na in-fância”, relembra ela com orgulho.

“Quando a gente é criança, não tem medo de cair ou pagar mico. Por isso é mais fácil aprender a patinar. Mas é igual a andar de bicicleta, você não esquece nunca. É só começar a trei-nar, que logo, logo consegue manter o equilíbrio de antes”, explica o empre-sário Homerson Barreto, de 27 anos, que voltou a andar de patins durante uma temporada que morou em São Paulo. “Eu ia para o Parque do Ibira-puera, ficava vendo as pessoas andan-do de patins e logo me empolguei para comprar os meu. Quando voltei a mo-rar em Natal, reencontrei amigos que patinavam comigo na adolescência e

hoje pelo menos uma noite por sema-na é dedicada a isso. O que mais gosto é a sensação de liberdade, o vento no rosto. Cansa bastante, mas depois de uma hora eu me sinto renovado”, diz.

Homerson e Heloísa fazem parte de um grupo que patina todas as ter-ças e quintas à noite, no Alphaville, na rota do sol. O gerente de marketing Carlos Silva, 28 anos, é um dos maio-res incentivadores e fica feliz ao ver o grupo crescendo. “Tem dias que você encontra mais de 30 pessoas patinan-do aqui com a gente. O grupo é aberto e qualquer um pode vir participar. A gente ajuda quem está aprendendo e comemora a evolução de cada pessoa”, relata Carlos, mais conhecido como “Chaveiro”. Ele é um dos mais expe-rientes e, além de patinar nas ruas, também arrisca algumas manobras radicais nas pistas de skate, habilidade conquistada na adolescência.

Outra bem habilidosa do grupo é a canadense Emily Rowel, 20 anos, que cresceu jogando roque nas ruas. “A patinação faz parte do nosso DNA. Patinar, pra mim, é tão natural como correr. Pra quem está começando, a dica é não ter medo de cair. As que-das são inevitáveis, mas se você estiver protegido, não vai se machucar. Vai rir dos seus tombos”, aconselha a cana-dense que também está aproveitando a patinação para fazer novos amigos, durante a sua temporada no Brasil.

Parece brincadeira de criança, mas patinar

é um ótimo exercício. Se você já fez isso

na infância, vai ter vontade de reviver

essa experiência depois de ler essa

reportagem

Por Juliana Garcia

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“O medo de cair paralisa a gente. Mas, com a ajuda de amigos, aos poucos fui

me soltando e logo já estava deslizando as rodinhas sozinha, como fazia na infância”

Heloisa Medeiros, universitária

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1. Melhora do condicionamento cardiorrespiratório, como na corrida, por exemplo, sem o impacto da corrida, ou seja, com baixo impacto (desde que não haja saltos).2. Aumento da resistência muscular.3. Fortalecimento dos ossos, músculos, tendões e ligamentos.4. Melhora da flexibilidade e mobilidade articular.5. Desenvolvimento da agilidade, da velocidade, do equilíbrio, da capaci-dade de reação e da coordenação.6. Ajuda na definição muscular, principalmente das coxas, pernas, bum-bum, abdome e costas.7. Queima muitas calorias. Esta queima calórica é relativa, dependendo do metabolismo de cada um, do peso corporal, do tempo e intensidade da atividade, mas você pode chegar a queimar até 800 calorias em 1 hora de patinação, dependendo do percurso e itens mencionados acima.8. Sensação de bem estar e de juventude.

BENEFÍCIOS

Se você está começando agora, atenção à postura. Iniciantes nos patins tendem a colocar o centro de gravidade para trás. O correto é deixar os joelhos levemente fl exio-nados, projetar o quadril para trás e o tronco para a frente. Se sentir que vai cair, dobre os joelhos e coloque as mãos na frente do rosto para pro-tegê-lo. O uso de equipamentos de segurança é obrigatório (capacete, joelheira e cotoveleira).

“Esses cuidados com a segurança permitem que a pessoa se solte mais. Ela se sente protegida e o medo de cair e se machucar é bem menor”, orienta Carlos Silva.

Dicas para iniciantes

“Esses cuidados com a segurança permitem que a pessoa se solte mais. Ela se sente protegida e o medo de cair e se machucar é bem menor”Carlos Silva, gerente de marketing

Grupo juntos para mais uma noite de patinação do Alphaville

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Por Taciana Chiquetti

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Liberdade para ser humano

Mesmo quando o sexo do bebê ainda não é conhecido, já bate aque-la sensação de “grande responsabili-dade” para os pais: um novo ser está por vir, que dependerá deles por um bom tempo e se inspirará neles pelo resto da vida. Depois que se sabe se é menino ou menina, resta a dúvida: como conduzir a educação de um ou de outro? Existem particularidades ou ambos devem ser tratados de for-ma semelhante?

Quem começou a ler esta repor-tagem esperando uma receita, pode se frustrar. Especialistas da educação dizem que a palavra-chave é “respei-to”, mas o caminho que deve ser per-corrido para uma educação respeito-sa é particular, varia de família para família. Baseia-se na representação cultural do gênero, que nada tem a ver com orientação sexual, e começa muito antes de se ter o fi lho.

São valores culturais adquiridos ao longo das gerações e que mostram como os gêneros feminino e masculi-no “devem” se comportar para deter-minado grupo. “Muitas vezes, a forma de os pais se relacionarem com essas características vai infl uenciar a forma como a criança interpreta as coisas ao seu redor e se relaciona com seu am-

biente. Tudo o que fazemos tem como referência os nossos pais, então, como eles orientam e interagem interfere na visão de mundo da criança”, informa o psicólogo escolar Fred de Souza.

A bióloga Tirzah Petta, 33 anos, é mãe de um menino (Benício, de 2 anos) e de uma menina (Bia, de 5 meses). Ela já vivenciou a educação dos diferentes gê-neros como fi lha e agora como mãe. Seus pais tiveram dois casais de fi lhos e ela tem um casal. “Quando criança, eu sentia a dife-rença no tratamento, especialmente por parte de minha mãe, que me cobrava mais os cuidados com a casa, por exemplo. Já meu pai, dava um tratamento mais igual. Po-rém, nas brincadeiras estávamos sempre juntos. Eram brinca-deiras como tica, vídeo--game, correr, etc”, relata, consideran-do sua educação muito satisfatória e sua relação fami-liar aberta e feliz.

Independente do sexo da criança, respeito é a principal palavrapara uma educação de qualidade

31biente. Tudo o que fazemos tem como referência os nossos pais, então, como eles orientam e interagem interfere na visão de mundo da criança”, informa o psicólogo escolar Fred de Souza.

A bióloga Tirzah Petta, 33 anos, é mãe de um menino (Benício, de 2 anos) e de uma menina (Bia, de 5 meses). Ela já vivenciou a educação dos diferentes gê-

e agora como mãe. Seus pais tiveram dois casais de fi lhos e ela tem um casal. “Quando criança, eu sentia a dife-rença no tratamento, especialmente por parte de minha mãe, que me cobrava mais os cuidados com a casa, por exemplo. Já meu pai, dava um tratamento mais igual. Po-rém, nas brincadeiras estávamos sempre juntos. Eram brinca-deiras como tica, vídeo--game, correr, etc”, relata, consideran-do sua educação muito satisfatória e sua relação fami-

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O tipo de brincadeira permitida ou não pode ser justamente o ponto de partida do principal erro dos pais, na diferenciação da educação entre meninos e meninas. As característi-cas masculinas estão mais relaciona-das com a força, objetividade, prática, ausência de sentimentos e as femini-nas com afeto, sensibilidade, acolhi-mento, fragilidade. Mas isso não é regra, já que as pessoas são únicas e, portanto, distintas.

“Tais características, mesmo tro-cadas, podem favorecer a criança. Talvez o segredo seja observá-la, compreender seu contexto e suas

particularidades. Respeito é a prin-cipal palavra para uma educação de qualidade”, orienta o psicólogo. Ele destaca ainda que a educação deve acontecer de forma natural, lidando mais com as demandas que aparecem do que buscando-as.

Quem educa precisa ajudar a criança – independentemente do sexo - a identifi car sentimentos, an-siedades e medos que nem sempre os pequenos conseguem defi nir. Esses, na maioria das vezes, podem se ma-nifestar em forma de ciúme, mágoa, indiferença, irritabilidade, difi culda-des de aprendizado e bullying. Além disso, estabelecer limites para norte-

ar o comportamento da criança é fun-damental para que

ela se sinta segura e comece a desenvolver

a noção do que pode ou não fazer. Ensinar disciplina, valores mo-rais e tratar com amor e afetividade são dicas unissex, essenciais à forma-ção do ser humano em crescimento.

Segundo Fred, o maior medo dos pais é que seu fi lho ou fi lha venha a se tornar homossexual justamen-

te por causa das críticas sociais que ela poderá vivenciar a partir desta orientação sexual. “Muitas vezes, os meninos, principalmente, acabam absorvendo a ideia de serem homos-sexuais, porque tiveram uma inter-venção inadequada. Já uma menina considerada ‘masculina” não sofre tantas repreensões quanto um meni-no ‘afeminado’, que gosta de brincar de bonecas. Tudo o que a criança faz tem uma razão para ocorrer. É preci-so compreender o que está por trás do que ela reproduz”, diz.

Comumente, os meninos não po-dem reagir passivamente ou chorarem diante de uma agressão na escola, por exemplo, e escutam em casa: “Se apa-nhar na escola, apanhará duas vezes quando chegar em casa”. Diante deste estímulo, eles terão difi culdades, no futuro, de expor seus sentimentos ou de reagir de maneira menos agressiva diante das demandas da vida.

Por outro lado, a cobrança por ser mulher, de muitas responsabilidades e de se enquadrar em padrões, espe-cialmente de beleza, também inco-moda as meninas. “As mulheres são obrigadas a ser mulher, dona de casa

“Tudo o que fazemos tem como

referência os nossos pais, então, como

eles orientam e interagem, interfere na visão de mundo

da criança”Fred de Souza, psicólogo

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comece a desenvolver a noção do que pode ou não

fazer. Ensinar disciplina, valores mo-rais e tratar com amor e afetividade são dicas unissex, essenciais à forma-ção do ser humano em crescimento.

Segundo Fred, o maior medo dos pais é que seu fi lho ou fi lha venha a se tornar homossexual justamen-

fazemos tem como referência os nossos

pais, então, como eles orientam e

interagem, interfere na visão de mundo

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1 - Considerar nossos filhos – meninos e/ou meninas – emocionalmente adultos;

2 - Não valorizar a importância do exercício de defini-ção de limites – sim e não – na educação de meninos e meninas;

3 - Não perceber que a criança cresceu e tem os pais como referencial (esteja atento às responsabilidades que vão além do “colocar dinheiro em casa”, “dar presentes aos seus filhos” e “pagar as contas”);

4 - Brigas e dificuldades interparentais existem em todas as casas e lares. As diferenças estão nas ma-neiras como serão resolvidas entre os adultos.

Fonte: Livro “Educando Meninas” e “Educando Meninos”, de James Dobson

ERROS MAIS COMUNS

e profi ssional. A liberdade só nos trouxe mais trabalho”, opina Tirzah, entendendo o fato como uma consequência da atual sociedade.

Agora na condição de educar, a bióloga e seu mari-do publicitário Th iago Lajus, pretendem mostrar para a duplinha Benício e Bia que existem diferenças sociais, mas existe liberdade também para eles se tornarem o que quiserem. Eles poderão brincar do que acharem melhor, sem repreensões preconceituosas. “Vou educar para que eles sejam do bem, tenham a cabeça no lugar, tomem as melhores decisões. Eu e meu marido temos o mesmo pen-samento em relação a isso. Nunca vamos dizer a nossos fi lhos ‘isso é de menino ou isso é de menina”, assegura.

O casal Iara Pinheiro de Albuquerque e Erich Rodri-gues também comunga da mesma opinião e adota um comportamento harmônico. Os dois são sinônimos de sintonia quando o assunto é a preferência dos fi lhos. Pais de Sofi a, de 8 anos, e de Pedro, de 7 anos, eles consideram que as crianças estão em uma fase de escolhas que devem ser consideradas naturais e vistas sem preconceito. “Não temos que forçar nada. Acho que devemos que oferecer opções e verifi car as afi nidades. Coloquei, por exemplo, minha fi lha no balé, mas quando percebi que ela não se interessava mais, não hesitei em retirá-la”, conta Iara. Sofi a atualmente tem manifestado preferência pelo teatro e pela música, especialmente pela bateria, instrumento escolhi-do por ela. Já Pedro ainda permanece no judô, há quatro anos, e toca guitarra.

O psicólogo Fred concorda com os pais e fi naliza com

“Vou educar para que eles sejam do bem, tenham a cabeça no lugar, tomem as melhores decisões. Eu e meu marido temos o mesmo pensamento em relação a isso. Nunca vamos dizer a nossos fi lhos ‘isso é de menino ou isso é de menina”Tirzah Petta, bióloga

mais um conselho importante para quem cria garotos e garotas. “Nem sempre o que os pais consideram o melhor é o melhor para aquela criança. É preciso parar de julgar, projetar, condenar e defender nossos fi lhos”. Prestar aten-ção à individualidade do ser que foi trazido ao mundo por seu intermédio pode garantir a sensação de dever cumpri-do quando os pequenos se tornarem adultos.

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s Viver Bem em revista - Como foi sua decisão de partir para a prática da cozinha, além das orientações como nutricionista?

Carol morais - Chegou um momento no qual, fazendo os dois trabalhos, a prática na casa das pessoas me trazia mais resultados do que o consultório, que acaba fi cando apenas na teoria. Troquei o jaleco pelo avental, fechei o consultório e fui para a cozinha, quando decidi: quero ensinar as pes-soas a cozinhar exatamente como elas devem comer.

VBr - O que é a dieta Detox?

Cm – A dieta Detox tem, por princí-pio, estimular e auxiliar na elimina-ção das toxinas presentes no nosso corpo, por meio de alimentos, fi tote-rápicos e suplementos.

VBr - Quais os principais problemas que as toxinas podem acarretar para o corpo?

Cm – Infelizmente, estamos sobre-carregando o nosso “sistema” por estarmos entrando em contato com tipos de “substâncias” para as quais o nosso metabolismo não está pre-parado. Além de alguns produtos ali-mentícios (como adoçantes, corantes, aditivos, agrotóxicos, proteínas ali-mentares não digeríveis), acrescente também os produtos que entramos em contato como cremes, perfumes,

desodorantes, além da própria polui-ção. Tudo isso não é eliminado natu-ralmente pelo organismo, que os re-conhece como toxinas. Essas toxinas, em alguns casos, podem desencadear problemas como enxaqueca e até dis-funções hormonais, por exemplo.

VBr - Como funciona o programa Detox Delivery Gourmet e as ofi cinas de culinária?

Cm – O Detox Delivery Gourmet Carol Morais é um programa no qual estou com o cliente, durante cinco dias, acompanhando todas as re-feições. O cardápio, na verdade, faz parte de uma dieta planejada com suplementação específi ca, aliada a di-versas outras estratégias de mudança no estilo de vida. Estão incluídas, na programação, atividade física, respi-rações, fi toterapia, entre outras, para auxiliar na eliminação de toxinas.

Já a ofi cina é uma oportunidade de vivenciar um pedacinho da #De-toxDeliveryGourmet. A experiência dura, em média, três horas, já que fazemos tudo com calma e a ideia é relaxar, aproveitar ao máximo a expe-riência que envolve, além dos pratos, os sentidos do ato de comer. Todos os pratos prezam pela utilização de ingredientes frescos e orgânicos, ou seja, nada de farinhas brancas, lácteos ou açúcar. Oferecemos ainda opções temáticas ou por módulos, customi-zadas de acordo com o gosto (literal-mente) do cliente.

Por Taciana Chiquetti

Segundo ela mesma, a nutri-cionista Carol Morais, que ga-nhou expressão nacional, “trocou o jaleco pelo avental”, fechou o consultório e foi para a cozinha quando decidiu que queria ensi-nar as pessoas a cozinhar exata-mente como elas devem comer.

Ela viaja pelo Brasil levan-do a mensagem da alimentação saudável com o programa Detox Delivery Gourmet e as ofi cinas de culinária, que primam pela rique-za nutricional, pelo sabor e tam-bém pela aparência apetitosa.

Formada pela Universidade Federal de Goiás, é especialista em Fitoterapia e Nutrição Es-portiva Funcional, fez curso de culinária na escola Recipease de Jamie Oliver, em Brighton, In-glaterra, e foi personal diet. Carol Morais é uma nutricionista apai-xonada por sua profi ssão e “adep-ta da fi losofi a de que comida, antes de ser fonte de nutrientes, é fonte de prazer e redenção”.

Já imaginou ir pra cozinha e fazer o seu próprio detox?

“Troquei o jaleco pelo avental, fechei o consultório e fui para a cozinha quando decidi: quero ensinar as pessoas a cozinhar exatamente como elas devem comer”

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“Investir em qualidade dos ingredientes é sempre uma ótima, temperinhos naturais e amor de verdade, não aquele que faz de conta que vem no saquinho, porque é pura toxina”

VBr - Como tem sido a aceitação do público?

Cm – Os clientes que já acompanhei obtiveram muitos benefícios com o programa de detox, além do emagre-cimento, melhora dos sintomas de hipersensibilidade e mais energia, vi-talidade e bem estar, uma mudança no estilo de vida, a partir desse momento.

VBr - Quais são as principais dúvi-das das pessoas com relação à própria alimentação?

Cm – As principais dúvidas das pes-soas giram em torno dos benefícios dos alimentos. E hoje são tantas in-formações que as pessoas já não sa-bem mais o que é saudável ou não. Confesso que começa a me incomo-dar essa neurose coletiva em busca do alimento pra cabelo, unha, barriga chapada. E olha que os alimentos são a minha principal ferramenta de tra-

balho e, a cada dia, me encanto mais com o poder e a capacidade deles na saúde de todos nós. Fica parecendo que o estilo de vida só pode oscilar entre dois extremos, seja “health” ou seja “trash”. Não dá para encontrar um caminho (do meio) no qual am-bos coexistam na medida da nossa necessidade e possibilidade?

VBr - De maneira geral, elas estão dispostas a mudar hábitos? Quais as resistências comuns por parte delas? Como é possível dar o primeiro passo?

Cm – Estão sim, até porque existe um processo, uma conversa até o Detox acontecer. Logo, só faz quem está real-mente a fi m. Não costumo encontrar resistência. O que existe é mais uma ansiedade com relação a como serão os cinco dias: se passarão fome, se a comida é gostosa... Surpresa que sem-pre acontece: não se passa fome e, sim, tudo é delicioso. O primeiro passo,

como para tudo na vida, começa em querer... Daí a conseguir é caminhar...

VBr - Qual a dica para se alimentar adequadamente sem abrir mão de uma comida gostosa?

Cm – Entre cursos, estudos, atendi-mento em consultório, convivência e observação da relação causal entre alimentos, nutrientes e saúde, cada vez mais baseio a minha conduta no seguinte conselho: coma comida. Pre-ferir alimentos aos produtos alimen-tícios já é uma mudança signifi cativa na qualidade de vida. Surpreendente-mente (ou não), a própria ciência vem demonstrando o quanto o efeito do alimento é mais efi caz (e menos arris-cado) que o do nutriente isolado. In-vestir em qualidade dos ingredientes é sempre uma ótima, temperinhos na-turais e amor de verdade, não aquele de faz de conta que vem no saquinho, porque é pura toxina (rs).

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VBr - Qual é o alimento mais subes-timado e o mais superestimado em sua opinião?

Cm – Os alimentos estão subestima-dos enquanto os produtos alimentí-cios “enriquecidos” com mil e uma coisas (assim como os suplementos) estão superestimados. Também sem-pre existirá o tal “alimento da moda”, que está se tornando, como as cores da estação, uma mania de consumo. Bobagem. Voltemos ao simples, arroz, feijão, verdurinhas, frutas, castanhas...

VBr - Existem “vilões” e “mocinhos” na alimentação ou o segredo é a “me-dida”?

Cm – Existem ambos e não dizem respeito aos alimentos e sim à pessoa, o que pode ser remédio para alguém

pode ser um veneno para o outro. E também em diferentes fases da vida. Nesse sentido, se conhecer e se cuidar é fundamental. Bom para você não é o que a revista fala, é o que você sen-te no corpo. Ninguém conhece seu corpo melhor que você. Afinal, estão juntos do começo ao fim. Profissionais sempre ajudam, mas a caminhada do autoconhecimento - também em ali-mentação - é solitária na observação.

VBr - Quais os vícios alimentares e os mitos mais comuns hoje em dia?

Cm – Acho que os principais, e pio-res, são aqueles que acabaram se in-corporando no dia a dia, como os refrigerantes. Hoje, em muitos casos, substituem a água, por exemplo. Um suicídio a conta gotas, plantando do-enças dia após dia silenciosamente.

VBr - Viver bem, em relação à dieta alimentar, é... ?

Cm – Comer comida!

VBr - Quais são seus planos profis-sionais para 2013? Há alguma novi-dade prevista?

Cm – Viajar o Brasil trocando expe-riências com gente boa, escrever um livrinho reunindo minhas receitas e dicas. Mala de alegrias para ir e vol-tar... Hehehe

VBr - Poderia dar uma receita de algo rápido e saudável que deveríamos in-serir em nossa alimentação diária?

Cm – Tem várias receitas em meu blog: www.falecomanutricionista.com.br. Fiquem à vontade!

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De olho na grama do vizinho

Por Taciana Chiquetti

O uso exagerado das redes sociais desperta a inveja e angústia nos conectados

“Deus me proteja da sua invejaDeus me defenda da sua macumbaDeus me salve da sua pragaDeus me ajude da sua raivaDeus me imunize do seu veneno......Deus me perdoe por quererQue Deus me livre e guarde de você (...)”

A canção “Reza”, composta por Rita Lee e Roberto de Carvalho, parece uma trilha sonora sob medida para des-crever um novo fenômeno psicossocial nos dias de hoje. As redes sociais, famosas por favorecerem as relações in-terpessoais, também têm seus efeitos colaterais. Se, por um lado, aproximam e reduzem as limitações geográfi -cas, aliviando a saudade; por outro, detonam sentimentos não tão nobres assim. Já existem, até mesmo, pesquisas que revelam o quanto pode ser angustiante a rotina de quem faz uso constante do Facebook, Instagram, Twitter e outras ferramentas desta natureza. A cena de duas pes-soas em um local público, frente a frente, conversando por mensagens de texto se torna comum, fazendo crer

que a tecnologia está aproximando os ausentes e distan-ciando os presentes.

Um estudo realizado pelo Departamento de Ciência Comportamental da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, batizado de “Th ey Are Happier and Having Better Lives than I Am: Th e Impact of Using Facebook on Per-ceptions of Others’ Lives” (que pode ser traduzido como “Eles são mais felizes que eu e têm uma vida melhor: o im-pacto do uso do Facebook na percepção de outras vidas”), apontou que os internautas que passam mais tempo no Facebook tendem a ser mais tristes do que os outros, uma vez que, ao verem fotos de passeios, viagens, compras, etc, de outros usuários da rede social, entram em contato com o sentimento de inveja que os faz classifi car a vida do pró-ximo como mais interessante.

Os pesquisadores Hui-Tzu Grace Chou e Nicholas Edge entrevistaram, no ano passado, 425 estudantes, que admitiram achar suas vidas menos interessantes se com-paradas ao que seus amigos de Facebook costumam pos-tar. É exatamente aquela história de que “a grama do vizi-nho é sempre mais verde”.

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“No começo, a gente se empolga e passa muito tempo conectada, mas depois isso passa. A relação virtual pode sim se tornar real”Glória Melo, empresária

“Não fico angustiada com o

Facebook alheio, porque sei que só

postamos coisas positivas”

Zhamara Mettuza, jornalista

Sinal de alertaTanto postar incessantemente fa-

tos, até mesmo corriqueiros, nos espa-ços virtuais quanto consultar, a todo momento, essas redes podem se tor-nar um vício. Principalmente porque, hoje em dia, as pessoas estão muito mais voltadas ao externo do que aos seus próprios interiores. Sem buscar o autoconhecimento ou sem, no míni-mo, entrar em contato com seus sen-timentos, não é possível descobrir seu lugar no mundo e, consequentemente, a exigência perante a vida fica muito maior do que deveria ser. É o que acredita o psicólogo Cásio Barreto.

“A ideia de aproximar pessoas é muito positiva, porque somos seres sociais e precisamos estar conec-tados. Precisamos da referência do outro. Mas as redes sociais trazem à tona a crise de ansiedade que a atual sociedade vivencia. As pessoas pre-cisam fazer parte de um grupo tido como ‘vencedor’ e quando entendem que não participam deste grupo, so-frem. Vivemos uma crise também de valores, em que o gozo imediato é o foco. É a geração ‘fast food’. Já o prazer verdadeiro requer construção”, observa, informando ainda que vem se tornando cada vez mais comum

recorrer à psicoterapia para se livrar do vício de estar sempre na internet.

No entanto, ficar afastado dessa realidade virtual pode não ser tão sim-ples assim. A jornalista Zhamara Met-tuza (36), por exemplo, adora estar conectada, mas também precisa per-manecer assim. Seu trabalho a obriga a estar por dentro do que está aconte-cendo no mundo e com as pessoas e contextos em seu entorno. Ela já pro-vou os dois lados da moeda – ser in-vejada e ser viciada nos posts. “Quan-do coloco fotos de balada, as pessoas acham que eu vivo de festa, mas isso não é verdade”, exemplifica sobre o voyerismo virtual. “Acho que sou vi-ciada sim, mas em um nível aceitável.

Admito que não gosto, por exemplo, de ficar em um ambiente sem wi-fi, mas consigo aproveitar uma mesa de bar sem consultar tanto o smartphone. Não fico angustiada com o Facebook alheio, porque sei que só postamos coisas positivas”, relata consciente.

Já a veterana em redes sociais Gló-ria Melo (58) é do tempo da internet discada, em que a moda era IRC e ICQ, na década de 90. Ela, que vê mais benefícios do que prejuízos quando analisa sua participação no mundo virtual, usa a rede para ampliar seus relacionamentos e, por causa dos amigos construídos virtualmente, em diversas localidades - como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Distrito Federal, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro - já viajou quase todo o Brasil para visitá-los. “Tenho muitos amigos há anos, que conquistei pela internet. No começo, a gente se em-polga e passa muito tempo conectada, mas depois isso passa. A relação virtu-al pode sim se tornar real”, analisa ela, que já chegou a passar oito horas con-versando com um amigo de São Pau-lo. Hoje em dia, mantém os contatos e já ingressou nas redes do momento, atualizando constantemente seus es-paços no Facebook e Instagram.

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NÚMEROS

• No Brasil temos 67 milhões de pessoas no Facebook.

• No Rio Grande do Norte são 900 mil pessoas.

• Em Natal temos 488 mil perfis criados (226 mil - homens e 261 mil - mulheres).

• 282 mil pessoas com mais de 18 anos, solteiras ou que não especificaram o status do relacionamento ( 149 mil - mulheres e 133 mil - homens).

Fonte: Ferramenta de anúncios do Facebook. (Via Inove Marketing)

“Precisamos aprender a lidar com a realidade e também aprender a ser feliz, apesar de qualquer coisa”Cásio Barreto, psicólogo

O caminho da liberdadeOs comportamentos competiti-

vos, implícitos em nossa cultura, em uma ideologia de competência são, sem dúvida, fonte de sofrimento e demasiadamente exaltados nas atuali-zações das redes sociais: o mais bala-deiro, o que mais viaja, o mais sarado, o que mais come em locais bacanas, sem falar no status de relacionamento amoroso (solteiro, casado, em rela-cionamento sério). Competir faz so-frer porque resume os indivíduos em “perdedores e ganhadores”, excluindo o relativismo inexorável aos seres hu-manos. Afi nal, todos têm histórias di-ferentes, reagem de forma distinta ao que vivem. São únicos, desde o con-ceito mais biológico ao mais social. Invejar, querer o que o outro tem, é negar a nossa maior riqueza: ser quem a gente é. A meta de qualquer pessoa deve ser superar a si mesmo.

Para quem não consegue sequer deixar o smartphone no silencioso, vale conhecer o que dizia Sigmund Freud, o criador da Psicanálise. “Não existe crescimento sem frustração”. Por isso, se ater às demandas do mun-do, especialmente às que dizem res-

peito às outras pessoas, é mais con-fortável do que se deparar com a sua própria realidade interna, assumindo defeitos e imperfeições. “Talvez se preocupar com a vida do outro nas re-des sociais seja um caminho para não ver o que está acontecendo conosco. É mais difícil trabalhar a singularidade. Então, criar um mundo ilusório passa a ser mais interessante para preencher nossos vazios. Mas precisamos ter consciência de que somos seres de au-sência. Nunca iremos encontrar todos os nossos pedaços”, diz Cásio.

Diante disso, a velha receita de rir de si mesmo pode ser o melhor cami-nho para aliviar as angústias, além, é claro, de seguir o conselho socrático “conhece-te a ti mesmo”. “Precisamos aprender a lidar com a realidade e também aprender a ser feliz, apesar de qualquer coisa. Apesar de...”, frisa o psicólogo. Preencher os espaços com ocupações mais diversifi cadas e sau-dáveis é um passo importante para se desconectar. Buscar viver o real de verdade, intensamente, talvez facili-te o uso mais inteligente da internet. Compartilhar faz bem, assim como

estabelecer novos amigos, falar com quem está do outro lado do mundo. As redes sociais são muito proveito-sas quando não utilizadas como “cor-tina de fumaça” para as nossas difi -culdades psíquicas. Vale a refl exão...

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O prazer de dormirDurante o sono o organismo libera hormônios imprescindíveis para a saúde do corpo. Se você enfrenta problemas nessa área não espere para buscar ajuda profissional

Por Taciana Chiquetti

Dormir, para muitos, é mais que uma necessidade fisiológica, é fonte de prazer. Mas para outros tantos – número em constante ascendência – o descanso noturno é um problema. Os novos hábitos contemporâneos contribuem muito para que os distúr-bios do sono se tornem cada vez mais comuns. A demanda é crescente no consultório do otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, Pedro Guilherme Cavalcanti.

Perda da produtividade por di-ficuldade de concentração, cansaço contínuo, falhas de memória, hiper-

tensão arterial, síndrome metabólica, alterações de humor, problemas psi-cológicos e neurológicos e até mes-mo acidentes automobilísticos são apenas algumas das inúmeras con-sequências associadas às doenças do sono, que são diversas e afetam diver-sos sistemas do organismo, inclusive o respiratório.

O ronco associado à apneia do sono é um desses diagnósticos cons-tantes, assim como a insônia. Menos comuns, mas existentes, são o so-nambulismo e os distúrbios neuroló-gicos do sono (parassonias neuroló-

gicas). No ronco, a pessoa passa a ter um estreitamento na garganta - por diversos fatores, como obesidade, se-dentarismo, posição de dormir, etc – e quando o ar passa, provoca ruído. Quando há a obstrução total da pas-sagem do ar, ocorre a apneia. “Desta forma, uma noite mal dormida pode provocar irritabilidade, dificuldade de concentração e, em adultos, até mesmo pressão alta. Em crianças, esse problema pode interferir no crescimento”, explica o médico, infor-mando que cerca de 21% dos homens e 9% das mulheres roncam.

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“Quando a insônia acontece, precisamos investigar os hábitos de vida do paciente, assim como sua situação emocional”Pedro Cavalcanti, otorrinolaringologista

Investigando o sonoO primeiro passo para se definir o

tratamento do ronco associado à ap-neia é a polissonografia - exame que identifica como está sendo o sono, quantas apneias ocorrem e outras informações qualitativas. Associado ao exame clínico, o exame do sono revela a causa dos distúrbios e inicia--se o tratamento, que, segundo o es-pecialista, pode ser uma cirurgia, o uso de equipamentos (como moldes dentários e CPAP – aparelhos para terapia do sono) ou apenas a “higiene do sono” – que é recomendada para se melhorar outros casos também.

A famosa e tão experimentada in-

sônia - nem que seja uma vez na vida, em momentos de ansiedade - lidera as queixas dos pacientes de dr. Pedro. Quando a dificuldade de dormir ou a facilidade em acordar no meio da noite ou muito cedo, antes que o pro-cesso do sono se complete, persiste é hora de buscar ajuda. “A qualidade do sono das pessoas tem piorado bastan-te. Quando a insônia acontece, pre-cisamos investigar os hábitos de vida do paciente, assim como sua situação emocional”, conta. Para vencer a in-sônia, o tratamento quase sempre se baseia na higiene do sono associada aos medicamentos.

Higiene do sonoJá dr. Pedro defende que a

tecnologia (uso de smartphones, computadores, tablets) pode ser uma grande vilã para a qualidade do sono, porque tira a concen-tração (assim como a televisão) e infringe uma das recomendações para uma boa higiene do sono, que inclui ainda: evitar utilizar o ambiente do quarto para outras atividades que não seja dormir, como estudar e trabalhar, por exemplo; ter um ambiente sem ruídos e de temperatura e ilumi-nação adequadas (pouca luz e não muito frio nem calor); dormir na posição lateral, ter horários re-gulares para dormir e despertar; ir para a cama somente na hora de dormir; não fazer uso de ál-cool ou café, determinados chás e refrigerantes próximo ao horá-rio de dormir; não fazer uso de medicamentos para dormir sem orientação médica; jantar mode-radamente em horário regular e adequado; não levar problemas para a cama; realizar atividades repousantes e relaxantes prepara-tórias para o sono; não fazer exer-cícios físicos antes de dormir e ser ativo física e mentalmente.

Com essas medidas, é pos-sível conseguir um repouso de qualidade. A soneca, no meio do dia, também é indicada. Mas deve ser por um curto período – de, no mínimo, 30 a, no máxi-mo, 60 minutos, por dia. “Vive-mos em uma realidade de muitas atividades, de absorver muitas informações. Por tudo isso, deve-ríamos estar dormindo mais, no entanto, dormimos menos”, resu-me o especialista.O paciente precisa dormir na clínica para realizar a polissonografia

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E M R E V I S T A

quanto tempo?

A necessidade diária de sono é individual. Cada pessoa precisa de determinado número de horas diárias de sono para se sentir bem. A necessidade varia nos seguintes grupos:

CRIaNÇaS: Necessitam de cerca de 14 a 16 horas por dia. Além das horas de sono durante a noite, realizam alguns cochilos durante o dia.

aDOLESCENTES: Necessitam de cerca de 9 horas de sono por noite. O sono é muito importante nesta fase da vida, pois é durante o sono que ocorre a liberação do hormônio do crescimento.

aDULTOS: Para a grande maioria dos adultos 7 a 8 horas de sono por dia são suficientes. Entretanto, existem aqueles que se satisfazem com seis ou menos horas bem como os que precisam dormir dez ou mais horas por dia para se sentir bem.

GESTaNTES: No primeiro trimestre e, às vezes, durante toda a gestação, a necessidade de sono pode ser bem maior que o usual.

IDOSOS: Costumam dormir menos durante a noite, tendo o sono fragmentado e com elevado número de despertares. Apresentam sonolência durante o dia e realizam cochilos diurnos compensatórios.

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“Não me considero insone. Eu só acho dormir cedo um desperdício”Simone Silva, jornalista

Insones na redeSem condições de vencê-la, um

grupo de twitteiros de Natal resolveu juntar-se à insônia. Na rede social, os insones se unem na hashtag #clube-dainsonia para ocupar a lacuna que a sonolência ainda não conseguiu e discutem vários assuntos. São jorna-listas, empresários, pessoas que tra-balham à noite ou que simplesmente não gostam de dormir cedo. Como a jornalista Simone Silva: “não me considero insone. Eu só acho dormir cedo um desperdício. Daí, há um ano, resolvi criar o clube e cada vez mais pessoas começaram a participar. A gente conversa, opina sobre diversos

temas e já conseguimos até mesmo identifi car uma pesquisa que diz que os insones são mais criativos”, relata.

Segundo publicação na revista Wired, há pesquisas que afi rmam que nosso cérebro produz as melho-res ideias quando somos privados de sono ou estamos sob o efeito de álco-ol. Estudo realizado na Universidade de Albion, em Michigan, testou 400 universitários durante a resolução de suas tarefas de álgebra, pela manhã e à noite. Aqueles que responderam às questões após a privação de horas de sono tiveram sua performance au-mentada em 50%.

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Poupandopara todos

Por Eugênio Bezerra

Para ficar bonita, a maioria das mulheres faz qualquer negócio. Quem já ouviu esta máxima sabe que elas – e cada vez mais eles também - topam ousar com um cabelo mais moderno, uma cor diferente de esmalte ou uma depilação mais sensual e não poupam esforços para conseguir novos resul-tados. Poupar: palavra importante no contexto de um dos mais tradicionais salões de beleza e estética de Natal, o TG Chic, localizado no Tirol. O ob-jetivo da empresária empreendedora Fabiana Gondim não é economizar simplesmente para que seu negócio prospere, mas organizar os recursos de forma que todos se beneficiem com as ações e de maneira que eles sejam sustentáveis.

Em uma cultura de desperdício como é o caso da brasileira, em que o país perde o equivalente a 39 mil toneladas de alimentos (item de pri-meira necessidade), não é difícil ima-ginar o que pode estar sendo negli-

mei

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mbi

ente

Salão de beleza potiguar é referência no país nos

quesitos sustentabilidade e preservação ambiental

Por Taciana Chiquetti

genciado nos salões de beleza, em um contexto considerado supérfluo.

No entanto, Fabiana quis figurar em números mais interessantes, re-lacionados à viabilidade econômica, justiça social e responsabilidade am-biental. “Em salão, a única coisa que não se deve economizar é a atenção com o cliente”. A frase disponível na

parede do estabelecimento vem sendo o lema da empresa, desde 2002, depois que Fabiana recebeu um “não” de um consultor do ISO (Organização Inter-nacional para Padronização) porque não havia uma padronização em seus procedimentos. O “não” foi a motiva-ção que ela precisava para começar a transformação em seu negócio.

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“Estou em um local de trabalho que

se importa com o planeta, com os

funcionáriose com os cabelos

das clientes”Dell Marques, cabeleireiro

A partir de então, ela apostou na criatividade e fez do TG Chic um case de sucesso em todos os sentidos, com uma gestão muito mais profissional. A ousadia positiva lhe rendeu ver o seu exemplo empresarial na Rio+20, uma das maiores conferências já re-alizadas pelas Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável. A con-ferência, que aconteceu entre os dias 13 e 22 de junho do ano passado, reuniu líderes mundiais com milha-res de participantes do setor privado, ONGs e outras organizações para, em conjunto, discutir sobre a reno-vação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável e for-mular soluções que possam ajudar a reduzir a pobreza, promover maior igualdade social e assegurar a segu-rança ambiental para um planeta que experimenta um intenso crescimento populacional.

“Cataloguei todo resíduo gerado, fiz um inventário do tipo destes resí-duos e comecei a pensar na forma de descartá-los, que até então era inade-quada, apesar de inconsciente”, conta. Foi assim que nasceu o Hair Size, mé-todo criado pela empresária que ana-lisa detalhadamente o cabelo da clien-te para determinar a quantidade de produto que será utilizada. O proces-so adota duas réguas especiais, tabelas de rendimento e balança de precisão. A primeira régua segue a padroniza-ção que já existe no setor e identifica se o cabelo é curto, médio, longo ou extra-longo. Já a segunda régua mede o volume. Com essas informações associadas, o profissional consulta a tabela e continua o procedimento sabendo a quantidade de produto ne-cessária para cada caso. Sem desper-dícios, reduzidos em cerca de 60%.

Hair Size

Bom para o meio ambiente, que sofre menos agressões; para a empre-sa, que amplia sua margem de lucro; para os funcionários, que tem sua saúde preservada; e para o cliente, que tem seus cabelos poupados. Boas ideias devem ser multiplicadas e as-sim aconteceu. Atualmente, o método de Fabiana já está presente em mais de 50 salões do Rio Grande do Norte, quatro na Paraíba e dois em São Pau-lo. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) subsidia o projeto, que já consta no

portfólio do órgão, para estimular o pequeno empresário do ramo a adotar as mesmas práticas. “Como participei do projeto desde o início, minha edu-cação profissional já foi com este foco. Então, é muito bom saber que, com o crescimento do consumo, estou em um local de trabalho que se importa com o planeta, com os funcionários e com os cabelos das clientes”, desta-ca o cabeleireiro Dell Marques, que atua no TG Chic há oito anos, sobre a biossegurança praticada em seu am-biente profissional.

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O TG Chic também faz a sua li-ção de casa de sustentabilidade com o aquecimento solar, sensores de presença para os ambientes, manu-tenção “religiosa” nos secadores para economizar energia elétrica, não utilização de produtos com aerosol, redução na quantidade de água usa-da, disponibilização de embalagens biodegradáveis para os produtos co-mercializados, redução de resíduos e rejeito, utilização de garrafas para beber água, evitando o uso indiscri-minado de copos descartáveis, co-leta de resíduo de serviço de saúde (lixo hospitalar) e a coleta seletiva. “Antes, produzíamos o equivalente a 30 estátuas do Cristo Redentor em resíduos. Com este novo conceito, essa quantidade foi reduzida para dez. Vale salientar que não adianta apenas gerar menos resíduos, é ne-cessário saber também onde e como descartá-los”, explica.

Visualmente, os clientes também são preservados dos estímulos ao

Atitudes sustentáveis

consumo exagerado: os tradicionais painéis e quadros de cabelos lisos e brilhantes foram substituídos por telas abstratas e de paisagens. Me-nos poluição visual também. Outro detalhe faz a diferença: no TG Chic, os clientes têm acesso a uma linha de produtos orgânicos – pouco vista em

“Vale salientar que não adianta apenas gerar menos resíduos, é necessário saber também onde e como descartá-los”Fabiana Gondim, empresária

outros estabelecimentos do mesmo segmento.

O salão doa os resíduos para co-operativas, contrata auxiliares de ca-beleireiros treinados em projetos so-ciais, como o Giradança, e paga seus impostos devidamente: a contribui-ção da empresa para a justiça social de seu contexto. “A sustentabilidade é muito ampla. Não é possível praticá--la olhando somente para nosso um-bigo. Meu planejamento estratégico é ambiental. Tem que ser bom para todos”, aconselha Fabiana.

Ela fez dos 5 R’s da Sustentabi-lidade sua receita de sucesso: Re-pensando sempre, Rejeitando ade-quadamente, Reciclando tudo que é possível, Reutilizando o máximo e Reduzindo desperdícios.

TG ChiCRua Dr. João Chaves, 977 - Tirol.Natal/RN.Fone: 84 3222.6828www.tgchic.com.br@tgchic

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Divã para eles

O autoconhecimento torna qualquer pessoa mais forte e equilibrada e os homens estão despertando para a importância da psicoterapia nesse processo

Por Taciana Chiquetti

equ

ilíb

rio

O divã, com suas curvas e seu aconchego, parece ser um móvel “fe-minino”. E, de fato, por muito tempo, desde quando o precursor da psica-nálise, Sigmund Freud, começou a estudar a mente humana, as mulheres eram maioria em seus experimen-tos. E continuou assim com o passar dos anos. Mais fáceis para expressar suas emoções, elas saem na dianteira quando o assunto é autoconhecimen-to. No entanto, as mesmas curvas do famoso mobiliário também são de-lineadoras de uma nova tendência: cada vez mais homens procuram por psicoterapia, independentemente das técnicas adotadas pelos profissionais do universo psi – com ou sem um divã propriamente dito.

Em Natal, de acordo com o psi-cólogo clínico e psicoterapeuta Jor-ge Bilro, o número de homens que frequentam seu consultório está em 50%. Metade homens, metade mu-

lheres, fenômeno que não ocorria quando ele começou a atuar, há 30 anos, quando eles representavam apenas 5% da clientela. A porcen-tagem, segundo Jorge, vem em uma progressão ascendente, não somente em seu contexto, mas no consultório de seus colegas, na capital potiguar.

Sucesso na sétima arte, a obra “Divã”, da escritora gaúcha Martha Medeiros, também brilhou na teli-nha. Do outro lado da tela, muitos gostariam de ter a mesma coragem da personagem Mercedes, vivida pela atriz Lília Cabral: de se entregar, mu-dar paradigmas, se aprofundar em si mesmos, se jogar no divã sem se preocupar com o que os outros vão pensar ou com suas próprias regras internas. Mercedes fala pelas pessoas comuns, sofre suas angústias, realiza seus desejos... Muitos gostariam de parafraseá-la, ao conversar com seu psicanalista, “não é mesmo, Lopes?”.

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51“As mulheres estão

mais seguras. Antes, elas se davam

por satisfeitas por serem casadas. Atualmente, as

mulheres querem mais: ser bem

tratadas, ter prazer no sexo.

Estão muito mais exigentes”

Jorge Bilro, psicólogo

Para os homens, que culturalmen-te são condicionados a reprimir suas emoções, conter as lágrimas e não ser passivos, é mais difícil e angus-tiante – do que para elas - lidar com sentimentos, frustrações, relações in-terpessoais e afetivas. Por isso, as an-gústias mais comuns nos consultórios estão relacionadas aos relacionamen-tos afetivos e sexuais. “Eles estão mais inseguros do que elas. Apresentam mais ciúme, medo de serem traídos e de serem abandonados. Isso ocorre porque as mulheres estão mais segu-ras. Antes, elas se davam por satisfei-tas por serem casadas. Atualmente, as mulheres querem mais: ser bem tra-tadas, ter prazer no sexo. Estão muito mais exigentes”, relata o psicólogo.

Foi o que aconteceu com o empre-sário José Carlos (identificado nesta reportagem por um nome fictício), que passou pelo processo ininter-ruptamente por dois anos e, no ano passado, retornou ao divã, motivado por questões afetivas. Para ele, re-solver problemas dessa natureza foi apenas o start para começar a trilhar, sem preconceito, o caminho do au-toconhecimento. “Fui percebendo como os homens são ignorantes nes-se assunto de conhecer a si mesmos, principalmente por não buscarem in-formação, não buscarem um profis-sional e uma técnica que os auxiliem em suas angústias”, avalia.

Com o tempo, José Carlos foi rompendo a barreira da dificuldade de expressão e, hoje, considera a tera-pia “necessária para todos nós”. “Fun-ciona como um espelho em que um técnico (o nosso psicólogo) nos guia pelos caminhos que vão nos ajudar a descobrir a nós mesmos. Hoje, sou muito aberto a falar”, observa. Além

do psicológico, equilibrar os aspectos espiritual e físico também o ajudou a ter uma vida mais plena e feliz, admi-nistrando suas frustrações e seguindo em frente.

Outras demandas recebidas no consultório para serem trabalhadas pela técnica da análise bioenergética, adotada por Jorge Bilro, são as dificul-dades dos homens em encontrar uma parceira ou em assumir sua homosse-xualidade. Os empecilhos vividos por eles para simplesmente amar são mui-tos. “Muitos não conseguem se fixar em uma mulher, entrando definitiva-mente em uma relação, porque não se sentem seguros. Estar com várias ao mesmo tempo pode ser uma defesa inconsciente para se proteger de di-versos medos, por exemplo, o de ser traído, que é muito comum”, explica.

No caso dos homossexuais, os relatos da terapia giram em torno do autoengano de viver de aparên-cias. “Mas esses casos são mais raros de procurar o analista, uma vez que quem tem essa angústia não quer fa-lar a respeito dela. Muitas vezes, aca-bam se deprimindo”, diz.

No fundo, bem lá no fundo mes-mo, quando as pessoas estão em si-lêncio, com o cabelo despenteado e uma roupa confortável, diante do travesseiro, o que elas querem é ser ouvidas, colocar para fora seus sen-timentos, nem que seja entre quatro paredes, para um ouvinte desconhe-cido, que tem a si mesmo para ofere-cer. Um “Lopes”. Alguém que as con-vide a se despir de julgamentos nem que seja por um momento. Às vezes, as próprias mulheres dos pacientes os incentivam e os levam para a terapia, na esperança de encorajá-los a traba-lhar suas questões internas.

Terapia por quê?

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“Os homens são ignorantes nesse assunto de conhecer a si

mesmos, principalmente por não buscarem informação,

não buscarem um profi ssional e uma técnica que os auxiliem

em suas angústias”Jorge Bilro, psicólogo

BIOENERGÉTICA

Trabalhar o corpo, a mente e a energia é uma abordagem interessante para o público masculino porque permite exercícios para eles expressarem emoções e desbloquearem as tensões. O trabalho corporal, de resgate dos movimentos infantis reprimidos, ajuda os pacientes a conseguir um feito simples e corriqueiro para uma mulher, por exemplo, que é chorar. Muitos não fazem isso há anos. Repressão que pode ter consequências inclusive físicas. “Podemos adoecer, se não expressarmos nossos sentimentos. As doenças mais comuns, desta natureza, são herpes, problemas de pele, gastrite, dor na coluna e enxaqueca. O corpo é o depositário de todas as tensões e emoções não trabalhadas”, alerta Bilro.

Os julgamentos - impostos não somente pelo meio, mas por eles mesmos - os impedem de procurar e frequentar, sem preconceito, um “Lopes” e, no divã, extravasar segredos, vê-los serem amortecidos pelo poder da palavra entre os limites de uma sala.

Na falta de um “Lopes” ofi cial, os julgamentos facultam algumas alternativas para abrir o coração: quem acaba fazendo esse papel, na maioria das ve-zes, são os melhores amigos ou familiares – dispostos, improvisadamente, a ouvir e a falar o que precisa ser ouvido. Mas a personagem Mercedes nos mostra que um papel não substitui o outro, ambos se completam na complexidade das necessidades humanas. Ambos se completam quando o assunto é ser mais de nós mesmos. O ser humano está em constante aprendi-zado. Viver nunca foi fácil e nunca será. Porém, mais complicado é administrar as ilusões de vida.

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Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba

de adquirir sua nova plataforma

cirúrgica, a mais moderna do

Norte-Nordeste, para correção

de miopia, hipermetropia ou

astigmatismo. Ela é composta

pelo alegretto de última geração

para correção de ametropias

e do laser de femtossegundo

que é usado para execução

do flap, o que torna a cirurgia

totalmente realizada por laser

e aumenta a sua precisão.

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Cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos é receita para se

viver mais e melhor

Por Eugenio Bezerra

Senhores deum novo tempo

mat

ur

idad

e

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O galo canta atrasado para o em-presário Jussier Trindade, de 70 anos. Às 5 da manhã ele já está de pé numa rotina que impressionaria qualquer um, até mesmo pessoas mais jovens. Pratica atividade física quase que dia-riamente, intercalando a musculação com exercícios aeróbicos, sem con-tar a pelada do basquete que reúne amigos e parentes pelo menos duas vezes na semana na quadra que ele construiu dentro de casa. “Eu sem-pre pratiquei esportes e o basquete é uma paixão que trago dos tempos de escola”, explica. A rotina inclui ainda muito trabalho, cuidando das empre-sas da família, e momentos de lazer com filhos e netos.

Quem observa a disposição de Jussier para a vida já pode imaginar que ele tem planos para o futuro. O empresário planeja chegar aos 90 anos e dá a sua receita. “Eu me cui-do. Faço check-up de 6 em 6 meses. Não fumo, como peixe quase todos os dias, não como carne vermelha, mas se me convidarem para um churrasco não farei desfeita de sair sem comer um pouco”, brinca Jussier.

Observando as fotos de quando

tinha 15 anos, a dona de casa Tânia Dalsanto, hoje com 69 anos, continua com o mesmo olhar de quem ainda tem muito a viver e uma beleza ain-da maior. Ela é daquelas mulheres que chamam a atenção pela alegria contagiante. “Procuro não ficar tris-te. Mas a atividade física me ajuda. Se estou chateada, vou malhar e já volto diferente”, explica Tânia que começou a praticar exercícios ainda criança. Com 6 anos já fazia ballet. Hoje, Tâ-nia está matriculada numa academia, onde 3 vezes na semana pratica exer-cícios de musculação e aeróbicos. Ela também não descuida da alimenta-ção. Só come carnes brancas e prefere alimentos integrais. Não fuma. Dor-me cedo e tem muitos amigos. “Gos-to de encontrar as pessoas, ir à igreja. Tenho um grupo de amigas do tem-po da escola e nos encontramos com frequência para jogar conversa fora”, contou Tânia.

Jussier e Tânia têm mais uma característica comum, os dois são disciplinados com horários bem es-tabelecidos e claros para as ativida-des. Jussier foi militar e Tânia está casada há 50 anos com um militar.

“Há tempo pra tudo, desde que você se organize e estabeleça metas”Jussier Santos, empresário

“Procuro não ficar triste. Mas

a atividade física me ajuda. Se estou

chateada, vou malhar e já volto

diferente”Tânia Dalsanto, dona de casa

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Envelhecer com saúde

“Não existe pílula mágica da juventude ou rejuvenescedora. É preciso prevenir as doenças com exames e acompanhamento

médico adequado a cada idade”Luana Macedo, geriatra

Para a ciência, todos nós estamos fadados a envelhecer e morrer. O nascimento é o início desse processo irreversível. As incontáveis reações químicas e divisões celulares que se dão ao longo da vida são etapas que levam à senilidade das células e do organismo. Recentemente, des-cobriu-se que o envelhecimento, ao contrário do que se acreditava, não é produto de uma única variável, mas de uma equação complexa. Nela se incluem fatores tão diferentes quanto os genes, a alimentação e a quantida-de de exposição ao sol ao longo da vida. Sabe-se, também, que o peso de cada um dos fatores para o ritmo com que um organismo perde o viço não segue um único padrão – ele muda de uma pessoa para outra.

Para a geriatra Luana Macedo, formada pela USP-SP, a receita para se viver mais e bem é simples e come-ça com os cuidados com alimentação e a prática de exercícios físicos desde

sempre. “Segundo a OMS – Orga-nização Mundial de Saúde, a pessoa é considerada idosa aos 60 anos e a partir daí tem que procurar um ge-riatra para fazer o acompanhamento”, orienta a médica e alerta: “Não existe pílula mágica da juventude ou rejuve-nescedora. É preciso prevenir as do-enças com exames e acompanhamen-to médico adequado a cada idade”.

Descobriu-se, não faz muito tem-po, que apenas 35% da longevidade conquistada por uma pessoa se deve à herança genética. Mais determinantes que os genes para prolongar a vida são os hábitos. Abandonar as 5 000 subs-tâncias tóxicas que cada baforada de cigarro leva ao organismo pode fazer com que se viva cinco anos a mais. Praticar atividades físicas regularmen-te estende o tempo de vida em até três anos. O mesmo vale para quem segue uma dieta balanceada. Um trabalho realizado por pesquisadores japoneses avaliou dados de quase 90 000 pessoas,

entre homens e mulheres, e mostrou que aqueles com melhor condiciona-mento físico sofriam menos infartos, derrames e outros males do gênero. No estudo japonês, os pacientes que registraram níveis de consumo de oxi-gênio mais altos viveram mais.

A geriatra Luana Macedo reco-menda que a prática de atividade fí-sica seja uma constante na vida das pessoas e para os idosos, o treino deve conter atividades de muscula-ção e exercícios aeróbicos como ca-minhar ou correr, além de um treino específico para melhorar o equilíbrio e flexibilidade. “Não há restrições desde que a atividade seja feita com acompanhamento médico”, orienta.

Os dois acreditam que a disciplina ajude a manter a qualidade de vida. “Há tempo pra tudo, desde que você se organize e estabeleça metas”, pon-derou Jussier.

Tanto Tânia quanto Jussier já es-tão próximos de atingir a expectativa de vida que, no Brasil, chegou a 73 anos. Ambos acreditam que viverão

mais e encaram a morte como algo inevitável. Por isso preferem apro-veitar os dias de aposentadoria com uma rotina de atividades que lhe preencham o dia de forma produti-va. “Não me imagino sentada ou dei-tada sem fazer nada, gosto de viver. Minha mãe morreu com 93 anos”, conta Tânia.

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A expectativa de vida continua au-mentando e, se as previsões do cien-tista Aubrey de Grey estiverem certas, a primeira pessoa a comemorar seu aniversário de 150 anos já nasceu.

Biomédico gerontologista e cien-tista-chefe de uma fundação dedica-da a pesquisas da longevidade, Grey calcula que, ainda durante a sua vida, os médicos poderão ter à mão to-das as ferramentas necessárias para “curar” o envelhecimento - extirpan-do as doenças decorrentes da idade e prolongando a vida indefinidamente.

“Eu diria que temos uma chance de 50 por cento de colocar o envelhe-cimento sob aquilo que eu chamaria de nível decisivo de controle médico dentro de mais ou menos 25 anos”, disse Aubrey Grey durante uma pa-

lestra no Britain’s Royal Institution, uma academia britânica de ciências.

Não se sabe exatamente como a expectativa de vida vai se comportar no futuro, mas a tendência é clara. Atualmente, ela cresce aproxima-damente três meses por ano e es-pecialistas preveem que haverá um milhão de pessoas centenárias no mundo até 2030.

Só no Japão já existem mais de 44 mil centenários e a pessoa mais lon-geva já registrada no mundo foi até os 122 anos.

Pelo ritmo atual de desenvolvi-mento da medicina do metabolismo, não seria espantoso que, no decorrer do século XXI, a sobrevivência huma-na com saúde fosse acrescida de mais sessenta anos - o que levaria a idade

média para bem mais de 100 anos.No mundo todo, a faixa da popu-

lação que vem crescendo mais é a dos idosos, sobretudo aqueles com mais de 100 anos. No ano de 2050, eles deverão formar um grupo 20 vezes maior que o de centenários do ano 2000 e o número de idosos que con-seguem viver sem a ajuda de outras pessoas tende a crescer.

Nos Estados Unidos, existem cer-ca de 50 mil pessoas com mais de 100 anos de idade. Um dentre cada sete milhões de indivíduos vive até os 110 anos ou mais - e existe até uma pala-vra especial para designar esses anci-ãos: super centenários.

Não há dúvidas de que Tânia e Jussier são candidatos ao título de su-per centenários. Alguém duvida?

O que diz a ciência

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Filosofia barata, nada!

Impressionante como tem gente negativa no mundo!!! O pior é que isso contamina, se você não sair de perto, você acaba ficando sem energia .

Outro dia, numa discussão com um amigo sobre as suas atitudes em relação ao trabalho, à vida, aos relacionamen-tos, à falta de dinheiro, fui tentar animá-lo com algumas sugestões mais positivas diante das coisas. E o que ouvi foi: “ lá vem você com essa filosofia barata!” Na verdade, pode até ser filosofia barata ou conversa de vendedor ou neuro-linguística, mas que funciona, funciona. Quem está acostu-mado a usar aqueles velhos bordões é que sabe do que eu estou falando: “Só não tem jeito pra morte”, “Pra tudo tem um jeito”, “Quem quer faz. Quem não quer, dá desculpa”.

Quando você acredita de verdade, isso tudo funciona muito bem. Minha avó já dizia: “Minha filha, palavra é for-ça”. Bem, cada um acredita naquilo que escolhe, e mais ain-da, cada um leva a vida do jeito que quer. E os resultados que se tem dependem disso.

Então, lá vai mais uma frase de efeito: Você recebe o que você emana! Pura verdade. Trabalho com vendas e se eu não for positiva e tiver fé e otimismo, quem vai comprar meu produto? Acredito que assim é a nossa vida, se não passarmos a energia, alegria, abundância, prosperidade, quem vai acreditar no que falamos?

Sei não, posso não, consigo não, dá certo não... A carga de um NÃO no final da frase já fez com que nada se torne realmente possível de acontecer. E se no pensamento, que é onde tudo começa, as coisas não acontecem, como elas po-dem se materializar? Prefiro concordar com Erasmo Carlos nessa linda canção: “Fé na vida, fé no homem, fé no que vira. Nós podemos muito, nós podemos mais!” Na dúvida, prefiro confiar e ter sempre fé e acreditar sempre em dias melhores! E eles vêm, com certeza.

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Patrícia GuedevillePublicitária e diretora comercial do Viver Bem

[email protected]

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4008.5930 • www.isrn.com.brNatal: Av. Rodrigues Alves, 758 • TirolCaicó: Av. Coronel Martiniano, 1535 • PenedoBreve em Mossoró: R. Manoel Cristino de Morais, 111 • Nova Betânia Um núcleo especializado da Clínica Pedro Cavalcanti.

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