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www.auniao.com A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO FAZER ACONTECER: NESTA MAGAZINE PRIVATIZAÇÃO DA RTP: MAIS UM DISPARATE? PÁG. 06 edição 34.844 · U 26 · 10 de setembro de 2012 · preço capa 1,00 (iva incluído)

Revista U Nº26

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Revista U de 10 de Setembro de 2012

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Page 1: Revista U Nº26

www.auniao.com

A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

FAZER

ACONTECER:

Nesta MagaziNe

Privatização da rtP:

Mais uM

disParate? PÁG. 06

edição 34.844 · U 26 · 10 de setembro de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)

Page 2: Revista U Nº26

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E-mail: [email protected] • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Médicos

Análises Clinicas

Anestesiologia

Laboratório Dr. Adelino Noronha

Dr. Pedro Carreiro

Cardiologia Dr. Vergílio Schneider

Cirurgia Geral Dr. Rui Bettencourt

Cirurgia Vascular

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Dr. Fernando Oliveira

Drª Patrícia Gomes

Cirurgia Plástica Dr. António Nunes

Clínica Geral Dr. Domingos Cunha

Medicina DentáriaDr.ª Ana FanhaDr.ª Joana RibeiroDr.ª Rita Carvalho

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Fisiatria

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Endocrinologia Dr.ª Lurdes MatosDr.ª Isabel Sousa

Gastroenterologia Dr. José Renato PereiraDr.ª Paula Neves

Ginecologia/Obstetícia

Drª Paula BettencourtDrª Helena LimaDrªAna FonsecaDr. Lúcio Borges

Medicina Interna Dr. Miguel Santos

Medicina do Trabalho Dr.ª Cristiane Couto

Nefrologia Dr. Eduardo Pacheco

Neurocirurgia Dr. Cidálio Cruz

Neurologia Dr. Rui Mota

Neuropediatria Dr. Fernando Fagundes

Nutricionismo Dr.ª Andreia Aguiar

Otorrinolaringologia Dr. João MartinsDr. Rocha Lourenço

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Doenças de Crianças

Dr.ª Paula Gonçalves

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Pneumologia Dr. Carlos Pavão

PsicologiaDr.ª Susana AlvesDr.ª Teresa VazDr.ª Dora Dias

Psiquiatria Dr.ª Fernanda Rosa

Imagiologia(TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética)

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Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética) Dr.ª Rosa Cruz

Reumatologia Dr. Luis Mauricio

Terapia da Fala Dr.ª Ana NunesDr.ª Ivania Pires

Urologia Dr. Fragoso Rebimbas

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10 setembro 2012 / 03

EmPrEenderTEXTO / Humberta Augusto | [email protected]

É de empreendedorismo que falamos hoje. Expressão que, no caso em apreço, se materializa numa publica-ção, uma revista, dinamizada por açorianos através de um projecto que se desenvolve no continente, em Lis-boa.Empreendedorismo que nos seca na boca na hora de o falarmos de tão necessário que é à região, a cada uma das ilhas, e em cada uma das empresas açorianas.É palavra que veio para ficar, mas que não tem ficado para vingar.Ao empreender-se fica-se para obrigado ao dever do profissionalismo, à incansável procura pela inovação, à adaptação aos mercados, ao repensar de metodolo-gias, ao controlo permanente da qualidade do produto/serviço, ao conhecimento, à dedicação e ao apreço.“Intentar; levar a efeito; dar princípio a (uma empre-sa)” é o significado que os dicionários dão à palavra.Coisa que o empreendedorismo não pode fazer é ficar parado, de boca seca e a secar.Só os bons exemplos constituirão empreendimentos. Onde se empreende e se é empreendedor.

pág. 16

NA CAPA...

A “Nesta Magazine” diz que “há empreendedorismo” em Portugal e, por isso, o seu conteúdo trata isso mesmo, em formato de plataforma noticiosa on-line. O projecto nasceu em Março deste ano, pela iniciativa do Clube de Empreendedores da Universidade Nova de Lisboa, com o princípio de tornar-se uma relevante ferramenta de suporte e inspiração para futuros empresários.A U esteve à conversa com o director da revista, Pedro Sampaio, um jovem terceirense licenciado em Gestão.

EDITORIAL / SUMÁRIO

SUMÁrIO

um projeto que nasce 06

somos todos super-heróis 08arquivos religiosos nos açores 10speedy, runner e villa na terceira 11vindimas 13

ilha da pedra 26portuguese wine cellar 28

ir a tribunal 15marcas de café 20a dignidade da política i 21

4g obrigatório! 07

a nova china 14na rua e no parlamento 05

aurora 23

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10 setembro 2012 / 04

O últimO plenáriO

A Assembleia Legislativa dos Açores per-fez, na semana passada, a última sessão plenária desta legislatura.Uma sessão que foi dominada pela situ-ação financeira da região, mas que tam-bém assinalou o regresso da líder regio-nal do PSD, Berta Cabral, ao parlamento açoriano.A sessão plenária de Setembro, que foi inicialmente marcada apenas com o objectivo de aprovar um conjunto de iniciativas legislativas que estão penden-tes, acabou por ter dois debates sobre a situação financeira da região que podem assumir particular importância a pouco mais de um mês das eleições regionais.Esta sessão plenária foi também a pri-meira e a única vez nesta legislatura em que estiveram frente a frente no parla-mento Vasco Cordeiro e Berta Cabral, candidatos do PS e do PSD à presidência do Governo dos Açores.Vasco Cordeiro assumiu o seu lugar na bancada socialista na sessão plenária de Maio, logo depois de ter abandonado o cargo de secretário regional da Econo-mia, mas Berta Cabral apenas assumiu o lugar de deputada, depois de ter abando-nado no final de Julho as funções de pre-sidente da Câmara de Ponta Delgada.Nessa sessão, o presidente do Governo dos Açores, Carlos César, proferiu a sua última intervenção na Assembleia, de-fendendo que o acordo assinado com o Governo da República não implica qual-

Próxima sEssão, Próxima lEGislatura

PSD promoveu debate de urgência sobre Situação Financeira da Região; PS reque-reu interpelação ao governo sobre Enten-dimento assinado com a República.

quer perda de autonomia regional.

VANTAGENS?Da ultima sessão, ficou o registo do Go-verno dos Açores e do PS a reafirmaram o acordo com o Governo da República e que este não coloca em causa a autono-mia regional, que acabou por não con-vencer a oposição, para quem os socialis-tas “venderam” a autonomia a Lisboa.“Quem não deve não teme e o PS não tem medo dos termos do memorando de entendimento”, afirmou Vasco Cordeiro na intervenção que abriu o debate sobre aquele acordo na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta. Para o deputado e candidato do PS/Açores à presidência do executivo regional, o acordo “não é um resgate à região” e que “as propostas de Plano e Orçamento dos Açores não vão a qualquer visto prévio do Ministério das Finanças”.

REVISÃO

a Posição

a oPosição

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GovErno E Ps não convEncEram oPosição sobrE vantaGEns do acordo com GovErno da rEPública

No mesmo sentido, o vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, afirmou que o acordo “defende os Açores porque salvaguarda a região de qualquer tentati-va centralista da República de fazer com que os açorianos paguem os problemas que o país vive”.Uma visão diferente foi apresentada pelo líder parlamentar do PSD/Açores, Duarte Freitas, para quem “até parece que foi o Governo Regional que assinou o memorando para ajudar o Governo da República”.“Se o Governo Regional não estivesse em dificuldades, não teria hipotecado a au-tonomia por 135 milhões de euros”.Por seu lado, Zuraida Soares, do BE, cri-ticou o facto de o executivo ter “sonega-do” ao parlamento regional informação sobre este acordo, recordando que, em Fevereiro, o presidente do governo, Car-los César, prometeu que o assunto seria debatido na assembleia legislativa antes da assinatura do acordo.As críticas vieram também de Paulo Es-têvão, do PPM, para quem o Governo Regional negociou este acordo “porque os cofres já não chegavam até 14 de Ou-tubro”, data das eleições regionais, acu-sando o executivo de ter cometido um “crime grave” contra a autonomia.“O acordo não dignifica a autonomia”, frisou Artur Lima, do CDS-PP, alertando os socialistas e o governo para a neces-sidade de terem “alguma humildade” já que foram pedir dinheiro a Lisboa.Aníbal Pires, do PCP, também se juntou às críticas, acusando o PS e o Governo Regional de tentarem “transformar a água em vinho”.

NA RuAe nO parlamEnTO

TEXTO / Humberta Augusto | [email protected]

Na rua e no parlamento, os partidos açorianos fazem campanha eleitoral. Ataques, contra-ataques, explicações e acusações – de quatro em quatro anos, repete-se o ritual se de fazer da sessão plenária que antecede qualquer momento eleitoral um púlpito para rea-firmação de interesses político-partidá-rios.A sessão de Setembro da Assembleia Legislativa Regional dos Açores em re-lação às eleições de 14 de Outubro, foi disso mais um exemplo que, creio, já não poderá deixar surpreso o eleitor.A difusão em directo dos jeitos e trejei-tos, entradas e saídas, de governantes, deputados e líderes dos partidos com assento parlamentar através das novas tecnologias de informação, via internet (www.alra.pt), ou mesmo indirectamen-te, com a profusão de notas de impren-sa dos mesmos que saltam e enchem as páginas dos jornais, já têm uma leitura melhor escrutinada por quem, em últi-ma análise, decide: o cidadão.

iNterNet difuNde eM directo

jeitos e trejeitos dos

ParlaMeNtares

REVISÃO

voto EscrutinarÁ lEituras

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UMPrOJeTOQUeNasceTEXTO / Sandra Costa Saldanha

ainda em tempo de férias, no-vos “caminhos da fé” se deli-neiam.Proposta integrada de fruição do património cultural religio-so, articula elementos singula-res, de expressiva preponde-rância devocional, cultural e artística, concebidos como ins-trumentos de fé e memórias vivas das comunidades.Projeto assente na promoção de destinos de motivação de-

vocional, centrado nas diversas dinâmicas e vivências religio-sas, pretende converter itinerá-rios turísticos em experiências únicas e contextualizadas, es-piritualmente mais profundas, muito além da simples dimen-são formal da obra de arte reli-giosa, como mero instrumento de apreciação estética.como já noutro local se disse, compete-nos potenciar a sua fruição legível, oferecer meios de acesso à sublimidade das formas, a crentes e não crentes, comunicantes de uma experi-mentação única.

mais um dISPArATe?TEXTO / Carmo Rodeia

A proposta de privatização da RTP só pode ser novidade para quem andou este tempo todo a sacudir a poeira para debaixo do tapete, fingindo que ela estaria esquecida. Pedro Passos Coelho apresentou as suas intenções cla-ramente e os portugueses deram-lhe o voto. E, embora a questão tivesse ficado de fora do acordo de coligação, por discordância do PP, que era contra (e bem!) a privatização do canal de serviço público de rádio e televisão, mais cedo ou mais tarde acabaria por vir ao de cima, conhecidas que são as opções ideológicas do primeiro ministro sobre a in-tervenção do Estado nas empresas. Posto isto, o que é que esta proposta, que tanto alarido tem suscitado, nos traz de novo? Algo inusitado: o encerramento do Canal 2 e a concessão a um operador privado do Canal 1, estando este obrigado a prestar serviço público e continu-ando a usufruir da taxa do audiovisual. Importam-se de repetir? Esta concessão é muito mais do que uma privatização. O novo operador privado não só re-ceberia de graça toda uma empresa devidamente montada e equipada como ainda receberia do estado verbas que ou-tros canais privados não recebem e, bem vistas as coisas, até prestam em muitos casos mais serviço público do que a própria RTP.Não faz qualquer sentido. Além de absurda, a proposta só pode estar mal explicada, a não ser que seja mesmo uma “negociata” daquelas que não têm sustentação racional ou ideológica.Defendo, como sempre defendi, que o serviço público de rá-dio e televisão deve ser assegurado pelo estado através de um canal público. E que nas regiões autónomas esse canal público deve ser inteiramente financiado por dinheiros pú-blicos, sejam da república, em jeito de indemnizações com-pensatórias, sejam da região.Qualquer ideia de privatização da RTP deve ter isso em con-ta. De resto, além de não se perceber o que está em causa também se ignora o que acontecerá aos centros regionais dos Açores e da Madeira. Não esqueço a situação em que o país se encontra e os cus-tos elevados que um canal de televisão impõe. Mas a fatura que hoje estamos a pagar deve-se ao fato dos diferentes governos terem autorizado desmandos de sucessivas admi-nistrações para concorrer com os privados. Isso sim, foi um péssimo serviço público.

OPINIÃO

Page 7: Revista U Nº26

GADGETS DA SEMANA

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4G obriGatório!TEXTO / Paulo Brasil Pereira

As férias acabaram e, embora o Sol só agora chegou, já estamos a pensar nas férias do próximo ano. Se teve dificulda-de em partilhar as suas fotos nas redes sociais em determinadas freguesias dos Açores, não se preocupe pois parte da solução está já a caminho.A ANACOM (Autoridade Nacional de Co-municações) acaba de divulgar uma lista com 480 freguesias em que os operado-res com licenças para a quarta geração (TMN, Vodafone e Optimus) terão que obrigatoriamente instalar tecnologia 4G. Esta obrigatoriedade existe devido ao regulamento da ANACOM que através da compra de um lote de banda, era as-sociada uma obrigação de cobertura as-sociada a 80 freguesias escolhidas pela

Autoridade Nacional de Comunicações.Como cada operadora comprou 2 lotes (2 x 5 MHz), é obrigada a cobrir 160 fre-guesias, que no total equivalem à lista, agora divulgada, de 480 freguesias do todo nacional, que têm em comum o fac-to de não terem banda larga móvel.A lista é encabeçada pelas freguesias: Calheta do Nesquim e S. João (Lajes do Pico); Norte Pequeno (Calheta); Rosais (Velas); Lajedo, Mosteiro, Fajãzinha e Fajã Grande (Lajes das Flores); Ponta Delgada (Santa Cruz das Flores); Vila Nova do Corvo (Corvo).A lista está em consulta pública mas de-pois os operadores têm um mês para escolher as freguesias e depois... Mãos à obra!!

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FERRAMENTAS

FlorEs E corvo são as ilhas mais PrivilEGiadas PEla mEdida

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Desengane-se quem pensa que a capacidade de criar é exclusiva dos chamados espertos. O potencial que reside na mente de qualquer um é impressionante. Basta pensarmos no nadador Michael Phelps, atual atleta olímpico mais medalhado da história. Um feito impensável para muitos, mas no fundo, resultado de largos

TEXTO / Pedro Sampaio

CIÊNCIA / OPINIÃO

DIAgNóSTICO PRECOCE

NECESSÁRIO

QuERAtosEs ActínicAsE cANcroDA pElE IIA queratose actínica é um mar-cador de exposição cumulativa excessiva à radiação ultravioleta sendo a lesão inicial na generalida-de dos carcinomas espinocelulares invasivos. No entanto, a maioria das queratoses actínicas não pro-gridem para carcinoma espinoce-lular invasivo. Actualmente, não é possível prever clinicamente quais as queratoses actínicas que evolui-rão para carcinoma espinocelular. A taxa de progressão de queratose actínica para carcinoma espinoce-lular invasivo varia, dependendo dos estudos, entre 0,1% a 6,5%. Atendendo ao risco de progres-são da queratose actínica a carci-noma espinocelular invasivo com o potencial de metastização, é mandatório que se proceda ao seu diagnóstico precoce e tratamento adequado.

A SOLUçãOO tratamento das queratoses ac-tínicas inclui diferentes técnicas, realizadas em Consulta de Der-matologia, como a destruição da lesão pelo frio do azoto líquido,

a aplicação de líquido ácido que efectua um “peeling”, a destruição com LASER ou, ainda, a terapêuti-ca fotodinâmica tópica cujo efeito terapêutico resulta da associação de fotossensibilizadores e luz ver-melha. Em lesões mais evoluídas pode ser efectuada uma excisão cirúrgica. Nos últimos foram desenvolvidas novas terapêuticas em creme, di-rigidas para alvos moleculares implicados na evolução das que-ratoses actínicas para carcinoma espinocelular, como o mebutato de ingenol. Estas novas armas tera-pêuticas poderão, no futuro próxi-mo, revolucionar o tratamento das queratoses actínicas por associa-rem eficácia, redução dos efeitos secundários e comodidade para o doente.Estes métodos não excluem o cumprimento das recomendações de protecção solar como o cuida-do com o horário solar, o uso de vestuário protector e a aplicação regular de protector solar.

* Clínica Médica da Praia da Vitória

TEXTO / Rui Oliveira Soares

(Dermatologista)*

SoMoS ToDoS SUPer-HeróIS

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anos de trabalho e muita persistên-cia.Ora, pode pensar-se que sem talento nada se faz ou que nem todos pos-suem esse talento para chegar mais longe. Errado. O sucesso não é al-cançado apenas com talento e nem todo o talento resulta em sucesso. Na verdade, todos somos capazes, ou não fossemos humanos, dotados de razão e diferenciados da raça animal, fruto da seleção natural ao longo de milhões de anos de evolução.Então refletamos. Juntando vontade, capacidade de sacrifício, resiliência

e uma sensibilidade para estar sem-pre a aprender, somos ou não capa-zes de mudar o mundo? Certamente. Arriscar é obrigatório, pois o que de-termina um verdadeiro talento não é o fato de ele nunca cair, mas sim de levantar-se sempre diante de uma derrota. É preciso dinamizar, acrescentar e inovar. Assim também se constrói a felicidade. E para isso é preciso ter-mos um sonho, um plano, e nunca perder esse foco, saltar fora da nossa zona de conforto e “apalpar terreno”. Só aí é que a magia acontece.

MoNTrA

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MONTRA / OPINIÃO

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21 janeiro 2012 / 09

MONTRA / OPINIÃO

im dit, veniendae simaximod molorpo ressund igendis non conessit reperae cuptatur? Siminte voluptur? Poreium am, quas mi, voluptus, as porrorenis pra dolut quam, quia derum, natibus-to illa nonecea cusdam alignimporro que ex etum ut lam lam aut laborias pedignimenis excea volorro ma der-natquam aut molesequata dis repuda sam resera voleceriae id magnimpos sum sincit quas alitemod et ipsundi-tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim dem simus eicit qui aut aut expelit as et porio. Offictur? Illaut quatur sa a lendam Aniatur aut modi cuptat

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ARqUIVOS

RELIgIOSOS

nos AçoREs.

Quo VADIS?

TEXTO / Cristina Moscatel

Temos assistido, ultima-mente, a reportagens sobre os arquivos do Vaticano. A recente dis-ponibilização pública de parte dessa documen-tação teve alguma culpa nesse súbito interesse geral pelos metros cú-bicos de informação lá contida.Ora, e nós por cá? Bem, sabemos que os registos paroquiais (batismos, óbitos e casamentos) foram obrigatoriamente incorporados nos (futu-ros) Arquivos e Bibliote-cas Distritais/Regionais após 1910; e também que após a extinção dos Or-dens Religiosas, em 1834, as livrarias conventuais foram igualmente incor-poradas nessas institui-ções. Não obstante, mais de metade dessa docu-mentação (excetuando os registos paroquiais) está ainda por tratar arquivisticamente, pelo que o seu acesso é ainda uma matéria de “santa” paciência. O mesmo se poderá dizer do arquivo da Diocese de Angra. De livre acesso, sem dúvida, mas de acesso tão con-dicionado pela ausência de guias e inventários que nos guiem pelo ge-ral da documentação existente.Não nos esqueçamos

que os documentos são o registo/memória das instituições. Naqueles metros cúbicos de pa-pel ou pergaminho estão cerca de 500 anos da nossa história. Minha alma fica, pois, pasma quando se perde tempo a discutir a loca-lização da Diocese ou se deveriam existir duas dioceses, etc. Entretan-to, e enquanto não ex-piamos esta síndrome de rixa entre ilhéus, ficam por debater e resolver questões primordiais: a sua missão, recursos, meios e a manutenção do seu património, onde se incluem não só os bens imóveis, mas tam-bém os bens imóveis. Seja o seu suporte em ouro, prata, madeira ou papel e pergaminho.Tomemos atenção ao que se está a perder por falta de recursos e ao que não chega ao pú-blico em geral por falta de interesse. Interesse público, particular, insti-tucional e político.

ARqUIVO DA DIOCESE DE ANgRA, DE LI-VRE ACESSO, CONDICIO-NADO PELA AUSÊNCIA DE gUIAS EINVENTÁRIOS

CIÊNCIA

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Speedy,

RunneR

e Villa

na TeRceiRa

TEXTO / Joaquim Neves

… menos o pi-cante que pare-cia xarope para a tosse que se dá aos bebés…

Quando Speedy Gonzales e o Papa Léguas e Sancho Villa resolveram vi-sitar a Terceira e depois de tanta al-catra, peixe, sopas e até cozidos, as saudades de uma tortilha, nachos, guacamole, tacos, burritos ou um chilli, eram desesperantes. Imagine-se um açoriano no México por exem-plo. O México possui uma gastronomia muito variada, com diferentes pratos típicos, doces e bebidas tradicionais para cada estado, região e povo. A base da cozinha mexicana está em três produtos: milho, feijão e chili, um tempero feito com pimenta arbol ou passila, cominho, orégão e alho, usado para condimentar carnes, frutos do mar, cozidos e hambúrgueres.Mas é nas tortilhas que está a alma da cozinha do México. Tão antigas quanto o próprio país, são feitas de forma quase artesanal. No processo, os grãos de milho são cozidos, tritura-dos e amassados até formarem uma massa consistente. Após modelada, é

MESA

novo “arriba” Em anGra

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colocada sobre uma chapa quente até que fique dourada e flexível. Uma vez prontas, as tortilhas podem ser servi-das das mais diversas formas possí-veis: frias, quentes, fritas ou tostadas.Bem… o Papa Léguas que pedira uma tortilha de trigo com queijo só estra-nhou que a massa não estivesse bem passada, mas aqui não é México e tal-vez aqui se goste assim. Pancho Villa achou tudo bom, menos o picante que parecia xarope para a tosse que se dá aos bebés, enquanto nós personifica-mos locomotivas a vapor, corredores de maratona ou Madalenas em vale de lágrimas, com o piri piri deles, o nos-so é refresco deles. Speedy Gonzales não se queixa de nada. Petisca, prova e fica satisfeito, desde que haja queijo. Tudo regado com tequila por entrada, digestivo intermédio e posterior. Pes-soalmente não resisto a enfrascar-me com margueritas se me lembrar do dia nacional do México a 5 de Maio ou mais significativamente o Dia dos Mortos a celebração de origem indí-gena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro, que Começa já no dia 31 de outubro e coincide com as tradi-ções católicas do Dia dos Fiéis Defun-tos e o Dia de Todos os Santos. Por isso este ano nada como celebrar México aqui na Terceira por fortes motivos “troikos”.Eu só pediria as tortilhas mais bem passadas. O pessoal é Speedy e Run-ner com atitude Villa sorridente dispo-nível. Cores, cores, madeiras, esplana-da (pst onde servem refeições, apesar de confusões de sim ou não, poder ou não poder, mas comemos e bebemos, pagamos e fomos embora). Nota: restaurante mexicano Arriba no Hotel Caracol de em Angra.

Receita

tortilhas de Milho

Com 3 chávenas de farinha fina de milho (branco) tipo fubá; 1 colher de chá de sal. 2 chávenas de água morna. Numa tigela grande junte todos os ingredientes, acrescen-tando água de pouco em pouco até formar uma massa compacta, que se descole facilmente com as mãos, amasse por mais 5 minu-tos e deixe descansar por 1 hora, cobrindo a tigela com um pano; Divida a massa em 24 bolinhas do tamanho de um limão pequeno; Em uma superfície enfarinhada (farinha de trigo) com um rolo, desenrole cada bolinha até for-mar uma massa fina e redonda. Numa frigideira quente e sem óleo, a fogo alto, ponha a tortilla e dei-xe até que fique dourada dos dois lados. (4-5 minutos por unidade); Obs: Só comer a tortilla quente, as que sobrar guarde no frigorifi-co. Deve manter cobertas tortillas quentes com um pano de prato limpo. Somente utilize a massa que vai comer porque pode guardar as bolas de massa que restaram no congelador até três meses.Depois espete em cima o que de-sejar, nós por cá como somos do mundo qualquer coisa que nos saiba bem certamente cairá bem.

MESA

tortilhas: a alma da cozinha

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vindiMASTEXTO / Dias de Melo*

Ó setembro das vindimas,vindimas da uva escura!Não há, não, em todo o Picoum mês de maior ventura!

Bom Povo da minha aldeia,Povo da terra e do Mar,deixa os botes, deixa o gado,Neste mês é só gozar!

Na Manhenha, no calhau,Na feiteira, nas canadas,há risadas nas adegasde bom mosto perfumadas.

sol que brilha…cesto de uvasa passar pelo caminho…-amigos! Nossa alma é franca!vinde comer um cachinho!

de dia, festa das uvas- como são lindas as moças!—À noite, folga de estalojunto à canada das Poças.

* escritor e poeta natural da ilha do Pico (1925-2008)

PALAVRAS

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EnvE-

lhEcEr

Em

sEgu-

rança III

10 setembro 2012 / 14

TEXTO / Direcção geral do

Consumidor

Concluímos hoje a publi-cação de uma série de conselhos que a Direc-ção Geral do Consumidor (DGC) compilou na bro-chura “Envelhecimento Activo e em segurança”.Hoje, destacamos os cui-dados a ter no quarto: “mantenha uma luz de presença no quarto e uma lanterna perto da cama; certifique-se de que tem

e s -p a ç o s u f i -ciente p a r a s e movi-m e n -tar à volta da cama; prefira tapetes antiderrapantes ou fixos ao chão para evitar quedas; tenha uma cadeira estável onde se possa apoiar ou sentar em caso de necessidade.Na casa de banho: coloque barras de apoio na casa de banho e instale pegas na banheira para se apoiar em caso de desequilíbrio; utilize na banheira um banco que seja devidamente apropriado para esse equipamento; coloque protecções autocolantes na base da banheira ou polibã para não escorregar.A DGC aconselha a instalação de corrimãos em ambos os lados das escadas; a não utilizar tapetes e passadei-ras soltas, a colocar fita antiderrapante na extremidade dos degraus; a mantenha as escadas desobstruídas; e a aplicar interruptores no topo e na base das escadas.No que à alimentação diz respeito, os idosos devem fa-zer uma dieta equilibrada seguindo as recomendações da nova Roda dos Alimentos e a andar diariamente.As refeições devem ser pouco volumosas, equilibradas e variadas, servidas à temperatura adequada e de fácil digestão. Privilegie a sopa, os cozidos e os grelhados sem gordura, com pouco ou nenhum sal, acompanha-dos de legumes. A sobremesa deve ser constituída por fruta variada da época. Beba água com frequência e evite a ingestão em excesso de bebidas alcoólicas ou com gás.

CONSUMO/OPINIÃO

viaGEns ao cErnE das coisas xvii

a nova china

Em 1994 estive em Guangzhou (antiga Cantão), ter-ceira maior cidade chinesa (cerca de 13 milhões de habitantes), situada a pouco mais de 100km de Hong Kong e antigo porto comercial, cedido aos Portugue-ses no regime de monopólio de comércio em 1511, mas passando pouco depois, no sec. XVII, a outras mãos (Ingleses, Holandeses e Franceses). Apesar da aparente importância desta presença de estrangei-ros (também em Macau e Hong Kong) na existência de uma China Imperial, ela seria insignificante, não fora o modo de ser dos chineses, habituados a res-peitar profundamente a história: a do seu passado, de milhares de anos, e a que se vai construindo no dia a dia. Esse empenho salta aos olhos, mesmo de uma turista fortuita como era o meu caso, evidentes na integração do passado que se processa (rituais e festas), num comportamento natural e espontâneo. Assim aconteceu também com várias religiões (Is-lamismo, Cristianismo, Judaísmo, Budismo) para lá levadas. Nem mesmo o comunismo estatal que pro-íbe a religião conseguiu apagar esse entusiasmo do chinês pelo espiritual, onde se enquadra todo o seu passado multimilenário e que é incorporado no cres-cimento económico, através de uma curiosa síntese. A manutenção de monumentos como a Igreja do Sa-grado Coração de Jesus ou a Mesquita de Huaisheng, não obstante a repressão religiosa que os coloca na clandestinidade, é testemunho da vontade popular.

*Historiadora

MONUMENTOS A MANTER

TEXTO / Antonieta Costa * / [email protected]

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Ao fim, consegue ser ilibado. Apesar disso, é um filme sobre perder o que se tem de mais precioso. Hitchcock usou várias vezes o tema do homem inocente que, sendo acusado, inicia uma aventura para se defender. Aqui, em O Falso Acu-sado, uma história verídica proporciona-lhe mais uma instância do género.Henry Fonda é o protagonista deste drama de tribunal. Na realidade, a ação versa muito mais sobre a degradação da sua vida, a todos os níveis, do que propriamente o julgamento em si. Es-colha acertada porque o ator carrega na fisionomia triste o peso da amargura existencial. Poucas vezes o cinema pro-porciona um rosto tão expressivo como aqui e os diálogos reduzidos abonam e muito a performance.Mais conhecido é Doze Homens Fe-chados com, cá está ele, Henry Fonda. Aqui acompanhamos o júri que tem de decidir sobre a culpa de um provável assassino. Tudo acontece: a destruição das certezas voláteis, a construção de um ambiente tenso, a desconstrução da identidade de personagens estabeleci-dos e o pathos necessário para como-ver um tigre adormecido. Com a fome de remakes e sequelas que anda por Hollywood nos dias que correm, admi-ra não terem aberto os olhos para esta mina.Uma história que arrebata; a opinião da assistência que é desafiada e os twists necessários para criar emoções fortes. Deveria haver um prémio para o cinema introspectivo. Verdade que os anos cinquenta popularizaram a psicanálise e era a moda do dia. Ver-dade que a moralidade simples des-ses anos soa hoje a condescendência. O Facto é que nada disso interessa quando o drama arrebata e agita. Nota máxima.Philadelphia será o título mais difundido. Tom Hanks é advogado doente de sida

que luta, em tribunal, pelos seus direitos. Alguns desempenhos competentes mas uma certa lamechice previne resultados mais decisivos. Trata-se de um clássico dos tempos modernos mesmo assim. É muito mais pobre do que qualquer outro dos filmes falados neste artigo. Porquê? Porque tem óbvio, em letras maiúsculas, em cada frame da película.E quem não gosta de humor? Pois tam-bém aí Philadelphia se intimida facil-mente. E é o próximo que redime todos os aspetos de um drama de tribunal e esse também: trata-se de Anatomia de Um Crime de Otto Preminger, uma obra interessante a vários níveis. E digamos já de partida que é uma espécie de per-cursor da série James Bond.Bogart já tinha estabelecido a imagem clássica de descontração e charme mas isto aqui é diferente. James Stewart, o colaborador de Hitchcock (não é ino-cente que ele já tivesse participado em A Janela Indiscreta). E este é um filme com muito tempo perante o juiz. Está tudo lá: o juiz que reprime os excessos, a antipatia quase visceral que a acusa-ção atrai sobre si, as perguntas inter-rompidas, os especialistas convidados, as contradições geradas pelos mesmos elementos.Desde o início, o retrato do próprio ad-vogado evita a economia de ter uma narração que se reduza à história do crime; é assim que se cria mais que um epílogo no mesmo filme. Não é em 007 que o beijo final é sempre tão importan-te como a ameaça desmontada? Anti-gamente sim.Anatomia assinalou também uma me-diatização do tema da violação: Premin-ger não brincava e equilibrou os vários elementos. Um certo desconforto era compensado pela técnica narrativa (sempre em crescendo) e a intensidade dos atores. O trabalho da câmara tem detalhes sublimes.

Ir AtriBuNal

OPINIÃO

TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

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EmPrEEnDE-DOrIsmO:FaZEracOnTEcEr

DESTAqUE

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EmPrEEnDE-DOrIsmO:FaZEracOnTEcEr

O empreendedorismo, o trabalho por con-ta própria e a capacidade de gerar um ne-gócio pessoal com base nos seus próprios recursos e nas suas próprias competências técnicas e académicas têm sido destaque neste século como matrizes de um novo modelo de inserção social e económica. Para o efeito, há que aprender a lidar com as mudanças que o mundo de hoje, por um lado, oferece e, por outro, impõe nas áreas profissional e pessoal. A U esteve à conversa com Pedro Sampaio, director da “Nesta Magazine”, que defen-de a criação de incubadoras de empresas nos Açores e refere a importância do papel activo das universidades nesse campo. Esse jovem angrense com residência fixa em Lisboa, recém-licenciado em Gestão, explica o conceito do empreendedorismo no sentido de “pequeno negócio” visto so-bretudo “como objecto de realização pes-soal”. Contudo, o sucesso para desenvolver um verdadeiro comportamento empreende-dor passa por dominar duas grandes ver-tentes: a tecnológica e a experiência no estrangeiro. Assim, o futuro prevê-se auspicioso em matéria de crescimento económico, de de-senvolvimento sustentável, e, quem sabe-rá, de redução da pobreza.

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DESTAqUE

tExto / sónia [email protected]

Fotos / sónia bettencourt e Pedro sampaio

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“Estamos a assistir a uma fase de mu-dança e há pessoas neste país que querem mostrar outro Portugal”. A afirmação é de Pedro Sampaio, direc-tor da nova revista on-line sobre em-preendedorismo – “Nesta Magazine” ou, por extenso, “Nes Talking About”, surgiu em Março último, pela mão do Clube de Empreendedores da Univer-

sidade Nova de Lisboa (UNL) – a Nova Entrepreneurship Society. Tem como slogan “há empreendedo-rismo” e como suporte uma platafor-ma noticiosa que pretende mostrar o que se vai fazendo nesse campo em terras lusas.“Porque existe empreendedorismo dentro de todos nós, porque todos somos capazes de criar e temos o di-reito de acreditar nos nossos sonhos e torná-los realidade”, considera o jovem natural de Angra do Heroísmo mas radicado em Lisboa há sete anos, à conversa com a U. E, portanto, uma vez que o empreen-dedorismo está ao alcance de qual-quer indivíduo, engane-se quem julga que a prática do conceito mostra difi-culdades em singrar no seio de povos cuja tendência, por norma, é (sobre)viver erradamente à custa do subsídio financeiro público. A propósito, Pedro Sampaio, licencia-do em Gestão pela UNL e co-funda-dor do Clube de Empreendedores do mesmo estabelecimento de ensino superior, aponta a crise e a fase de mudança sentida de momento, à es-cala mundial, como “uma altura per-feita para lançar negócios”.Neste sentido, as novas gerações re-velam-se pessoas bastante proactivas substituindo o habitual “queixume de tudo e todos” por “fazer acontecer” ao mesmo tempo que aprendem com os erros dos outros, diz o director da “Nesta Magazine”. Mudança de tempos e de vontades. O sonho passa por cunhar as ideias “made in Portugal” e fazer delas ver-dadeiras referências internacionais. Para o efeito, adianta, torna-se inevi-tável o estudo e o trabalho no estran-geiro. Predominam as ligações com o

Brasil, a Polónia, a Espanha e, ainda, os Estados Unidos da América. “Portugal é muito bom para testar por ser barato. Muitos jovens vêm até cá, permanecem por quatro meses, por exemplo, a testar negócios, e depois prosseguem o seu caminho e o seu trabalho noutras paragens”, explica Pedro Sampaio. E acrescenta: “Neste

momento verifica-se a afluência de indianos no nosso país; o Brasil revela-se um mercado emergente. Está tudo a fervilhar”.

CLICAR PARA EXISTIREntretanto, a própria “Nesta Maga-zine” nasce por obra de jovens igual-mente empreendedores, fazendo do seu produto o primeiro exemplo de quem procura parceiros para seguir percursos profissionais semelhantes. A partir dessa publicação de perio-dicidade mensal, e salientando que a equipa de trabalho cresceu de três para 14 elementos, Pedro Sampaio diz que todos procuram também ganhar competências na área; obter novos contactos; criar a sua própria carteira de clientes; entre outras aprendiza-gens e novos desafios profissionais e pessoais. “A revista pretende servir como fon-te de inspiração e ferramenta de su-porte, consulta e apoio para quem se interessa pelo tema e sonha ter um projecto próprio. Porque é realmente essa a grande mensagem que procura transmitir”, reforça.

DESTAqUE

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DESTAqUE

PEdro samPaio dEFEndE a criação dE incubadoras dE EmPrEsas nas ilhas

GruPo dE trabalho da PlataForma

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Neste contexto, adverte, revela-se im-perativo ter sensibilidade para as no-vas tecnologias, incluindo a interacção em redes sociais e o registo em várias plataformas reconhecidas como listas de menções. “Quem não aparece lá inscrito é por-que não existe”, adianta Pedro Sam-paio. Quanto ao estudo de mercado da “Nesta Magazine” e a sua perspectiva a curto e longo prazo, o jovem é pe-remptório: “Há mercado em Portugal e ao final do ano queremos ter a revis-ta também em suporte físico”.

“CHOCAR É VENDER”Questionado sobre os meios utiliza-dos para melhor captar a atenção do público numa época em que a infor-mação e as mensagens de entreteni-mento assumem variadas formas para invadir o quotidiano das pessoas, o di-rector da “Nesta Magazine” responde de imediato: “Chocar é vender”.Em traços gerais, Pedro Sampaio ex-plica que “a polémica e o marketing de guerrilha ficam na memória e tornam-se virais” alcançando assim elevadas taxas de sucesso económico e social. Porém, salienta, “o choque situa-se na linha limite da ofensa”, e, portanto, “há que saber chocar”. “As campanhas devem ser muito es-tudadas e é preciso haver identifica-ção por parte do público. Mas mais do que conseguir elogios ou críticas acerca de algo, o importante é falar”, considera.

INCUBADORA No entender de Pedro Sampaio as ilhas dos Açores ocupam um lugar de pouca acção no campo do empreen-dedorismo. Reclama mais espírito de iniciativa e menos pessimismo quando o assunto é sobretudo “fazer aconte-cer”. Em primeiro plano, o director da “Nes-ta Magazine” considera fundamental o reconhecimento da “falta de sen-sibilidade para criar e para entender o que necessita de melhoramentos”. “Há falta de mecanismos e infra-estruturas para as pessoas podem juntar-se, debater ideias, organizar tertúlias…O Governo não vai fazer por isso”, critica. Esse género de espaço, explica, denomina-se por “incubadora de empresas” e, na prática, através de associações e parcerias, servem de “laboratório” de potenciais projectos cujos utilizadores são os seus próprios autores. Não menos importante, ressalva, é a estrutura e o plano traçado para ga-rantia a concretização dos seus pro-pósitos. “A incubadora não é só para existir, tem de ter objectivos e deadlines a cumprir. Caso contrário não resulta-rá”, remata Pedro Sampaio.

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DirectorMarco Bettencourt Gomes

EditoraHumberta Augusto

RedacçãoJoão Rocha, Humberta Augusto,

Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt

Design gráficoFrederica Lourenço

PaginaçãoIldeberto Brito

Colaboradores desta ediçãoAdriana Ávila, Adriano Moreira, Antonieta Costa,Bruno Ázera, Carmo Rodeia, Dias de Melo,Ethel Feldman, Frederica Lourenço, Joaquim Neves, João Aguiar Campos, Luís Filipe Cristóvão,Marisa Leonardo, Marisa Vieira, Paulo Brasil Pereira, Pedro Sampaio, Rildo Calado, Sandra Costa Saldanha e Teodoro Medeiros.

Contribuintenº 512 066 981nº registo 100438

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A dignidAdEDA POlíTICA I

O tema da dignidade na política, tal como acontece em relação a todas as intervenções na vida social, tem em primeiro lugar relação com a definição do fenómeno identificador da política, e depois com a escala de valores que é variável, não apenas ao longo dos tem-pos, mas também na área cultural que estiver em exame.Quanto à primeira referência, a do fe-nómeno identificador, talvez possa ad-mitir-se que é o que mais interliga todas as concepções, passadas ou vigentes: trata-se da conquista, conservação, e exercício do poder de governar a comu-nidade.A conquista pelo exercício da violên-cia e força militar, quer em processo de expansão no sentido de submeter territórios e povos, quer no sentido de submeter a comunidade originária, tem essa referência identificadora, que ce-lebrizou a obra de Maquiavel, o qual se limitou mais a descrever o processo do que a doutrinar sobre condicionamen-tos éticos dos agentes. Deste modo, o maquiavelismo ficou como uma cor-rente, de narrativa histórica volumosa, abrangente de procedimentos já não necessariamente militares e violentos, mas do exercício de enganos públicos e privados, de quebras de lealdades, em suma, de falta de autenticidade, isto é, de coerência entre o discurso e a ação. O século XX teve e sofreu exemplos de-vastadores desta atitude, que tem o êxi-to como valor, e o desastre ético como resultado final: o nazismo e o sovietismo foram molduras de conceitos estratégi-cos exercidos por homens que cultiva-ram minuciosamente o maquiavelismo. Foram essas tragédias, marcadas pelas guerras chamadas mundiais, mas de facto ocidentais, de 1914-1918 e 1939-1945, que fizeram regressar a impor-tância do condicionamento do poder político, na conquista, no exercício, e na defesa, pela ética, e a tentar condicionar o processo da globalização pela ética in-ternacional. Não se trata apenas de ex-primir essa exigência em normativismos jurídicos, como são a Carta da ONU e a sua Declaração de Direitos Humanos.

O encontro de todas as áreas culturais em liberdade, que levou Kofi Annan a procurar, desde 2001, instituir o diálogo entre elas, tornou evidente a necessida-de de formular uma Ética global, a que se dedica a Global Ethic Foundation, ac-tualmente presidida pelo notável Hans Kung. Este, tendo sobretudo em vista a questão do Islão, vai propondo solu-ções pragmáticas, de modo a passar da imagem hostil à imagem da esperança, tema de que se ocupou o Parlamento Mundial das Religiões, reunido em 1999 na cidade do Cabo.O confronto das duas percepções, a ma-quiavélica e a ética, tem imediato refle-xo no conceito normativo da dignidade na política. Exemplos contemporâneos são, designadamente, Mandela e Václav

TEXTO / Adriano Moreira*

ENSAIO

maquiavElismo FEz corrEntE

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Havel, o primeiro com o significado es-pecial da trajectória entre a violência revolucionária e a santidade laica. E pondo em evidência que a dignidade na política implica a total devoção ao bem comum da comunidade, agora a tender para mundial, a autenticidade traduzida na coerência entre o discurso e a ação, a coragem de manter o eixo da roda, que são os valores, perante a adversida-de, como fizeram líderes da guerra de 1939-1945, com destaque para Churchill e Roosevelt.O relativismo que atingiu severamen-te o ocidente, que colocou o credo do mercado no lugar do credo do civismo, o preço das coisas no lugar do valor das coisas, os valores instrumentais acima dos valores fundamentais, multiplicou os casos de fortalecimento da corrente maquiavélica, feriu severamente a re-lação de confiança entre governantes e governados, levou os povos a tratar os responsáveis políticos na terceira pessoa (eles), e afastou os melhores do exercício da política. O regresso à autenticidade como atitude dominan-te é, para além dos inevitáveis erros e fracassos, a mais urgente necessidade de restaurar a dignidade na política, e a relação de confiança entre povos e go-vernantes.Quando João Paulo II proclamou Thomas Morus santo patrono de parlamentares e governantes, não ignorou que fora Chanceler da Inglaterra, assim como, ao elevar aos altares D. Nuno Alvares Pe-reira, não esqueceu que foi condestável do Reino de Portugal, e exerceu o poder militar contra os inimigos da indepen-dência do reino.Tratou-se, como escreveu Frances-co Cossica a respeito do primeiro, de reconhecer os valores que serviram de cânone a toda uma vida, e, naquele caso, dando testemunho com a perda da vida.Esse cânone foi chamado virtude por Cícero e por Aristóteles, uma moral que se manifesta na política com a flexibili-dade exigida pelos interesses a servir.Isto significa, no conceito, que, tal como

é evidente na esfera militar, é compatí-vel com danos infligidos às pessoas (não só materiais), porque também o homem virtuoso é condicionado pelas circuns-tâncias.Muitos entenderam que o melhor dis-curso sobre a virtude se deve a Aris-tóteles, o qual, entre mais detalhes, a considera como a disposição de obe-decer à razão contra quaisquer oposi-ções, definir os objetivos da ação e não apenas os meios de agir, dando como exemplo a coragem prudente, que não evita o risco por ceder às tentações de evitar o dever, tomando a honra como motivo sejam quais forem as circuns-tâncias.

*Presidente da Academia das Ciências de Lisboa,

Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes

2009 In Communio, 2012/1.

ENSAIO

morus Patrono dE ParlamEntarEs

João Paulo ii FEz dE thomas

a virtudE sEGundo aristótElEs

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AUROrA

Aurora tinha descoberto o infinito, onde as paralelas encon-tram-se, estrei-tando o intervalo da existência.

Todos os dias, Aurora procurava encon-trar a razão que a impedia de voltar a escrever. A mesa encostada à parede? A janela longe do olhar? Os dias que eram cada vez mais estreitos?De madrugada acordava suada, com fal-ta de ar. O médico avisava:- A senhora tem uma doença respiratória obstrutiva. Com apneia do sono, tem de dormir com o auxílio de uma máquina…- Já durmo …- É um CPAP ou um BiPAP?- Não faço a menor ideia. Sei que deita tanto ar que me sufoca.Antes, o medo de morrer era o incentivo para colocar a máscara, ligar o aparelho e

ouvir a sua respiração.Quando a morte deixou de ser assunto interno, passou a rezar para que o pas-sado regressasse ao tempo em que res-pirar era fácil.Quase um ano sem ter nada para dizer, senão tentar manter-se inteira entre pa-redes opostas.Aurora tinha descoberto o infinito, onde as paralelas encontram-se, estreitando o intervalo da existência.Escreveria todos os dias, se não ocupas-se o tempo a refletir sobre quantas pes-soas teriam sapatos. Quantos descalços no mundo?Passava os dias à janela para descobrir quantas pessoas caminhavam com sa-patos azuis. Em cada meia-hora, quantos foram aqueles que não passaram pelo seu olhar?- Traga a máquina que a enfermeira Car-la acerta a pressão…Distraída, deixou que a cabeça sugerisse o sim. Deixou cair a carteira. Quatro sa-patos brancos ocuparam a sua atenção.- Dona Aurora, só tenho 15 minutos por consulta…Neste lugar onde a poeira faz cama e rouba o ar, Aurora morreu devagar.

*Escritora

TEXTO / Ethel Feldman*

FOTO / Bruno Ázera

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oNDE o tEmpo É outro

As férias trouxeram-me à serra. É certo que, por razões familiares, por aqui passo com muita frequência; mas as férias permitiram duas sema-nas de presença, traduzidas em conversas mais longas e observação mais paciente.Vi o óbvio: uma população envelhecida, passeando achaques e olhares tristes. Muitos, procurando na memória nomes e acontecimentos para alimentar diálogos.Num passeio a meio da manhã, o cenário é o mesmo todos os dias: do interior das casas escorre o som das rádios ou televisões. O volume de-monstra as dificuldades de audição dos moradores. Alguns assomam ao patamar das escadas, para ver se passa vizinho com quem possam trocar frases doridas.Fui, nestes dias, ouvinte disponível; e confesso que, de tanto ouvir, sinto uma neblina incómoda a perturbar-me o olhar. É que estas pessoas sen-tem-se afastadas de tudo e esquecidas por quem as devia lembrar...Mas confessam-no com a resignação de quem parece ter abdicado de todos os direitos. “Que é que a gente há de fazer? Eles é que mandam!”No pronome estão todos os que governam; do mais próximo ao mais dis-tante e decisivo escalão do poder. Mal lhes sabem os nomes e não perce-bem que mal lhes fizeram para “não ligarem nada à gente”, nem explica-rem porque “levam tudo cada vez para mais longe”.Uma senhora, que quase andou comigo ao colo, faz a declaração mais agressiva: “O diabo carregue essa gente, que só nos deixa o cemitério!...”Quem me lê pode estar tentado a afirmar que carrego nas tintas. Olhem que não; olhem que não. Pelo contrário, respeito o pudor da maioria que faz do encolher de ombros a forma mais visível de manifestar o que lhe vai na alma.Estes idosos - mas é de idosos a aldeia - estão sem agenda nem calendá-rio, como se lhe tivessem alterado os dias. “Até o domingo passou para o sábado à tarde”, comenta o ti António, que não vê modo de se habituar ao novo horário das missas que o pároco teve de adotar, para servir diversas paróquias.Quando converso com ele, a televisão da cozinha mostra o “Verão total” em Lousada e um carpinteiro artesão explica trabalhos expostos sobre uma mesa. “Está a ver aquilo ali? Vai uma aposta em como mais de me-tade dessa malta que para aí anda a mandar na gente não acertava dois nomes seguidos de uma alfaia agrícola? E nós é que somos os parolos!”Vou regressar a Lisboa, com a neblina que acima confessei. Com a certeza de que, daqui a uns meses, nada terá mudado para melhor. Mas também com uma outra certeza: a resistência e o orgulho desta gente ofereceu-nos um país que era bom preservar...Por isso lhes dedico este texto, escrito encostado a um bloco de granito, num pedaço de terra onde o tempo é outro.

OPINIÃO

TEXTO / João Aguiar Campos

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Ilha DaPEDra

Foi na Ilha da Pedra que aprendi a tornar poesia tudo aquilo que pertence ao mundo dos homens. O vinho, as conversas sérias, a comida feita num braseiro, à porta da adega. Por ali aprendi a olhar as árvores, ao longe, e entendi que o mar é uma linha ima-ginária que se escreve na distância. Foi tam-

bém por lá que me olhei, enfim, dentro de palavras que antes eram indizíveis num poema.Não se chega facil-mente à Ilha da Pedra. A estrada é aperta-da e cheia de curvas. O muito que sobes e desces só se faz den-tro de um carro que vai resvalando pelo caminho. Não se pára o carro ao chegar – antes se o arruma jun-to a um muro e para lá do muro está um dos lados do infinito. Se chovia, a Ilha da Pedra era uma gruta. Os homens, em volta do candeeiro de pe-tróleo, a verter o vi-nho de pipas antigas para pequenos co-pos, canivetes cheios de história a recortar queijos secos, pães grandes a serem re-partidos pelos cantos da mesa. Se fazia sol, a Ilha da Pedra era o topo do mundo. Acendiam-se as brasas e assavam-se caracóis grandes, cobertos de sal, logo comidos com cuidado, para que não se quei-masse as pontas dos dedos. E o vinho corria como festa pelas goe-las de quem ensaiava rimas à desgarrada.Não se chega facil-mente à Ilha da Pedra. Um lugar quase só memória. O muito que se sobe e desce só se faz fechando os olhos e todas as certezas se tornam rarefeitas no caminho. Não se pára

PARTIDAS

TEXTO / Luís Filipe Cristóvão

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A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —

M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —

J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —

J U L H OS — 4 11 18 25 —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 24 31 —

A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —

S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —

O U T U B R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — F 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

N O V E M B R OS — 7 14 21 28 —T F 8 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

D E Z E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q F F 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 31 —D 4 11 18 N — —

Guerrilhas, N.º 34 – Terra-Chã • 9700-685 Angra do Heroísmo

Telefone / Fax 295 331 469 • Telmóveis: 969 028 777 / 969 239 333

E-mail: [email protected]

Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

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Design &Impressão:UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE

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Director: Pe. Manuel Carlos

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GrÁTIS

FOTOS: JOÃO COSTA

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União Gráfica Angrensedeseja aos seus leitores e clientes

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Page 27: Revista U Nº26

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ao chegar – antes se fica colado a um muro e para lá do muro tudo o resto é infinito. Foi ali que me olhei dentro de palavras que antes eram in-dizíveis num poema. A distância passou a ser uma proximidade e a proximidade algo que se inventa a cada passo, a cada trago. As paredes grossas, o animal feito alimen-to, as palavras e os sentidos, o vinho. Foi na Ilha da Pedra que aprendi a tornar po-esia tudo aquilo que pertence ao mundo dos homens.

NÃO SE CHE-gA FACIL-MENTE à ILHA DA PEDRA. A ESTRADA É APERTADA E CHEIA DE CURVAS. O MUITO qUE SOBES E DES-CES Só SE FAz DENTRO DE UM CAR-RO qUE VAI RESVALANDO PELO CAMI-NHO

PARTIDAS

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Rua da Rosa, 199700-171 Angra do HeroísmoTelefone: 295 214 275Fax: 295 214 030

UniãoGráficaAngrenseUnipessoal Lda.

UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE, UNIPESSOAL, L.DA

Rua da Rosa, 19 | Apartado 49

9700-171 ANGRA DO HEROÍSMO

Tel. 295 214 275 | Fax 295 214 030

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CONTRATO 200018151

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GUIA TRANSPORTE

NºNome _______________________________________________________________________________________________________________________Morada _____________________________________________________________________________________________________________________Contribuinte n.º Data

Quant. Designação P. Unitário

TOTAL . . . .

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Importância

IVA em regime de isenção

Viatura nº __________

Local de Carga ______________________________________

Local descarga ______________________________________

Hora ________ h ________

Hora ________ h ________

Recebido por ______________________________

Entregue por _______________________________

Matrícula ________ – ________ – ________ O Condutor _____________________ Data ______ /______ /______

U. G. A. • Contribuinte nº 512 066 981 • Rua da Palha, 11-17 • Angra do Heroísmo • Aut. Minist. 2-3-88 • 1 bl. c/ 50x3 ex. • 6-2008 Os bens/serviços foram colocados à disposição do cliente nesta data

Rua da Esperança, 44-A

9700-073 Angra do Heroísmo

Telefone / Fax: 295 213 302

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M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —

M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —

J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —

J U L H OS — 4 11 18 25 —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 24 31 —

A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —

S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —

O U T U B R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — F 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

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Page 28: Revista U Nº26

10 setembro 2012 / 28

OPIn-IOnArTICle HeAd-lInecover-ageTEXTO / Frederica Lourenço

Corat res et pore, siminis et debitas imporrundis dolorem denihil iundis vid explacias am, seque dolupta tem-qui quaspellandi debis a non eatur, im lam reped ut aliquo omnit aut quae-cea voles aut occus ut quatem diation poratem excearumquid que sequaere nonseque niet explitio blabo. Bo. Nam, te sant exerit remodit volore nimod magnatat anit adi quo commolectur aut ium non pedignam invelenim vo-luptat. Hillabor alibea con repremquid endes sande dunt eaturibusdam aut rest rernam quid eatem sunditasped que mi, odion por arciae maio. Itati-bus, si odit ist, quae ditatem nos nes dignatur, quaepro dustibus eatem quis auta aliatiatum net volorerum, consed que rere occuptature exper-

ci piscit verro quibus repre magnat magnam sunt dis nam quo dolorum quature scitium quatesto mos alicti rendiae similibere, cus, simusant, sae cum as sam ipiende rfernam se pro eicatibea quosa nonsed evendamet maximpo reicabo ritibusci sequostia nobitae ctoribu sciaeca boratquatem arum re repudit voluptate sus quiasi apereri onsent aliquatem illiquis est, sam qui demporporpor as dolectis aut quisque molupti assincti sit, ut labo. Bis derchil ilitam sit ped mi, offi-cab ipsant est veleseq uodiamus es ilibus, ommoluptatur aci andam et alit aut volorep ellendaero dolore mod et ulparum incias molorro to blaboria simoluptate nostion sectene vent undam ium qui quide consed quis-sequatus magnien imint, que re quo moditate volore laut asitatus, quia-temos que venet restia quia corunt. Ciendio con rehenis ipsunt ullupta si net dolore nos assitatqui rerrovi di-cidunt, quatur rectiumque rem que netur? Acerum eicae voluptiore mi-nihillabo. Vitatus, omnihicitate nihilit qui ut et volor audae quam essunti ossum, omnim hic totat. Uga. Itatem alibus dolo tem. Lesciam evelectur sanihiciae pos porum, si temporr ovi-dunt iatqui utenis nis et volupiene vo-lupta denduci llaces sinum, occus aut volendi blaborem fugiaecupici

“As dificuldades e obstáculos são matéria-prima para o verdadeiro empreendedor.”

Carlos Hilsdorf

cArTooN

óCIOS / OPINIÃO

AS MAIS VISTASONLINE

Para não por em causa a autononmia VASCO CORDEIRO REJEITA RENEgOCIAR MEMORANDO

808 vagas preenchidasMAIS PROFESSORES COLOCADOS EM 2012/2013

QuestioNÁrio

CONCESSIO-NAR UM CA-NAL DA RTP A PRIVADOS É BOA SOLU-ÇÃO?sim 45 (36,59%)

não 78 (63,41%)

total: 123 (100%)

ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

07 maio 2012 / 28

“Citação e/ou frase aqui.”

AS MAIS VISTASONLINE

A MA-ÇONARIA INFLU-ENCIA A POLÍTICA PORTU-GUESA?

QUESTIONÁRIO

SIM

NÃO

CARTOON

Título Aqui

Título Aqui

PORTUGUESE WINE CELLARTEXTO / Frederica Lourenço

É uma nova aplicação, e

está disponível para iPhone,

iPad e Android.

Acessível em português e

inglês, de modo a chegar

“ao maior número possível

de utilizadores”, esta nova

“app” foi desenvolvida com

o intuito de divulgar o vinho

português, cada vez mais

I am a fan of

reconhecido e apreciado além-fronteiras e, conse-

quentemente, “dar a conhecer o país que produz este

produto de qualidade, os seus produtores, as castas

nacionais, o enoturismo que existe de norte a sul do

país” – pode ler-se no site da Portuguese Wine Cellar

(PWC).

A PWC apresenta mais de 500 vinhos, bem como in-

formação pormenorizada sobre a cultura, tradição e

geografia associadas à sua produção.

Está prevista a actualização regular da base de dados

da aplicação, que tem ainda disponível uma versão

grátis com 50 referências seleccionadas e funcionali-

dades limitadas. É caso para dizer que um vinho portu-

guês vai muito bem com as novas tecnologias.

www.portuguesewinecellar.com

Page 29: Revista U Nº26

10 setembro 2012 / 29

TrIplo SAlAVIZAO pequeno auditório do Centro Cultural de Angra do He-roísmo recebe, a 12 de Setembro, mais um Amostra-me Cinema Português.

12 seteMBro

Na edição deste mês serão exibidas três curtas-me-tragens de João Salaviza.“Arena”, premiada com a Palma de Ouro no 62º Festival de Cannes, conta a história da prisão domicili-

CIneMA POrTUGUeS

ária de Mauro e a ligação com três jovens do seu bairro. “Cerro Negro” narra um dia de visita na prisão de Santa-rém, pela perspectiva de Allison, o recluso, a sua mulher e o filho.Finalmente, “Rafa” vencedora do Urso de Ouro no Festi-val de Berlim, aborda a viagem do seu protagonista para Lisboa onde aguarda que a sua mãe seja libertada.

iNsight-sEncerra a 14 de Setembro no Museu Carlos Machado, em S. Miguel, a exposição da artista chilena Magaly Ponce, InSight-s: Uma Instalação em três Continentes.A exposição reúne o trabalho desenvolvido por Pon-ce ao longo de dois anos em que esteve envolvida na observação de baleias ao largo de Plymouth, Massa-chusetts, contribuindo para a New England Coastal Wildlife Alliance (NEWCA), uma organização sem fins lucrativos que se dedica a proteger e conservar a fau-na marinha.Inspirada no historial baleeiro das zonas costeiras, Ponce, que reside há seis anos em Providence, Rhode Island, concebeu uma exposição multimédia usando uma variedade de métodos de comunicação visual e auditiva, como o vídeo, a impressão, escultura e gra-vações sonoras para incentivar o espectador a mergu-lhar na história, cultura e biologia do maior, e ainda em muitos aspectos, o mais misterioso dos mamíferos da Terra.

CULTURA

the simple living network, é um grupo electrónico que ape-la á simplicidade da vida, perante o es-trondoso consumis-mo paralelo á que-bra de rendimentos. todos os estudos até hoje efectuados comparando a feli-cidade de quem tem uma vida luxuosa com os que de pouco vivem, nenhum estu-do indica que quem é mais rico têm mais felicidade. Existe, sim, facilidades, mas o resto advém do interior, da sincerida-de, da partilha. Este grupo encontrou vá-rios indivíduos que tiveram profissões de elevado estatuto e abandonaram es-sas vidas artificiais, trocando-as por vi-das simples em vi-las, dedicando-se ao exercício físico, á fa-mília, aos amigos, ao espiritualismo, e que essa modificação traduziu-se em saú-de mental e física.temos em nossa vida, a oportunidade de progredir como ser humano! um olhar maroto, um obrigado, o vencer num jogo, a boa nota no teste, o beijo mo-lhado, a imagem no espelho que reflec-te a nossa beleza, o pão acabado de sair do forno, a música preferida, o livro da nossa vida, recordar um momento, tudo isso é-nos dado gra-tuitamente! E sabe-nos para toda uma vida… momentos es-ses com nós próprios ou partilhados com alguém em especial. a simplicidade é a chave da felicidade!como “amante da sociedade”, deixo-vos a pensar neste tema com um novo olhar!

LuxúRiAvsBEm-EstAR!

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cuT COPyTEXTO / Adriana Ávila

Coletivo oriundo da Austrália, que conta com a presença de Dan Whitford, Tim Hoey, Mitchell Scott e Ben Browning. Este grupo nasce em 2001 e em 2004 lança o seu primeiro disco de originais “Bright Like Neon Love “ pela Mo-dular Recordings, editora também de origem australiana. Já com quatro álbuns editados, os cut copy ainda se encontram a promover o seu último disco “Zonoscope” lançado no ano transato e também denominado o melhor ál-bum de música eletrónica nos Grammy Awar-

lOVer MOTIOn

ds de 2012.No passado Março o baixista dos Cut Copy, lançou a solo o EP Lover Motion.Todas as informações sobre esta banda em. http://cutcopy.net/.

eu jogo, tu jogasTem lugar entre 10 e 13 de Setembro a última actividade das Oficinas de verão na biblioteca, em Angra do Heroís-mo, desta vez dedicada a “Eu jogo, tu jogas, ele joga…”A iniciativa destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos em torno de temas suscitados pelos livros patentes nas ex-posições de verão.

rAVEl E deBUSSyA Temporada de Música dos Açores está de volta a Angra do Heroísmo com um recital de música de Câ-mara no dia 14 de Setembro, pelas 21h30, no Palácio dos Capitães-Generais em Angra do Heroísmo.Durante a noite serão interpretadas obras de Mau-rice Ravel e Claude Debussy, interpretadas por Aní-bal Lima no violino, Paulo Gaio Lima no violonceloAntónio Rosado ao piano.O concerto repete-se nbo dia a seguir, no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, a partir das 21h30.

lEr Em casa“50 poemas” de Tomas Tranströmer, “Eu-ropa : uma antologia” de Onésimo Teotónio Almeida, “Assassino sem rosto” de Henning Mankell, “Cosmópolis” de Don Delillo, “Os dissabores do verdadeiro polícia” de Rober-to Bolaño e “O escritor-fantasma” de Zoran Živković; são as novidades de Setembro do empréstimo domiciliário da Biblioteca de Angra.

CULTURA

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Page 31: Revista U Nº26

10 setembro 2012 / 31

OPInIOnarticle HEaDlI-

nETEXTO / nome jornalista

To etur modioruptas dolorem abo-rehe niatin eum et esti bla qui cuscim lisi dolupta ectur? Am, vide estrupt atureped mos sus que voluptas dolor mi, omnihici consecum dolorectium ipsaper chitatet ommolup tiberci psumque doloreptas imusam facese-que volorru ptiant demquat ibernat. Fugitaquis dolorep udigend ucius. In-tio omnis a volentur alitiorum escipsa ecuptatus iunt volupisqui beatem-porrum et ut destibus alis sequibus destiis eost, saest ut que nonsequi nes rem vollacc atecae rem solliatius sunto et ium ad qui debit, veniasp isquament, que sequi alitius restiae volupta ecepudis milicip sandus et facid mo tem volluptis dolentures evelluptatur res sequi occum rem-ped quat in parci re labo. Ro intem-po rporem volorum videsto tet utem ium dolorro ium rerum eium ipit, que sum a dolupic tem quodit et alitat imoloru ptatqua eritinv endunt quia

doloreium est, offictur, eosantumene saerum, es maios voleceperum faci nectatur repedig enditibus modi cor sitatur, cum hil ipsae quias sapissunt. Obitatur recabor am harum fuga. Otatemque incil intur aspe verovitam iur moluptatur, con pelest maximil lo-rest, omnis re voloribea derum sinciis dis prem. Nam doloristrum aut harum dolorror si odis dit minum eumquia debis maximolores nonsed et qui blab imos aut omnisquam sectia pe Ugia doluptur sum sequia aut et re, quaersperum nia dolo occum

pEDrA VUlCÂnICAO artesão terceirense João Furtado expõe cer-ca de 300 trabalhos em pedra vulcânica, a par-tir de hoje e até ao final deste mês, na gale-

joão furtado

ria da Delegação de Turismo de Angra do Heroísmo.Na mostra estão pe-ças recolhidas por João Furtado na ilha Terceira, numa co-lecção que é, se-gundo o próprio, “a

maior do pais deste género”.Cães, gatos, macacos, caranguejos, polvos, en-tre outros são algumas das formas em pedra vulcânica que se podem ver nesta exposição.João Furtado já expôs a sua colecção na I Sema-na Cultural das Lajes e no mês passado durante as Festas da Praia da Vitória.

“cinco dias e meio” é o título do álbum de estreia a solo de miguel araújo e foi grava-do em cinco dias e meio, como o pró-prio título indica.o primeiro single do disco, “os ma-ridos das outras”, tem atingido re-sultados invulga-res para um álbum de estreia a solo. senão veja-se: en-contra-se, desde a data de edição, entre os 5 temas mais vendidos nas plataformas digi-tais em Portugal.Para (re) descobrir no dia 22 de se-tembro no teatro micaelense a par-tir das 21h30.

AnGrA dO HerOíSMO

OPINIÃO / AgENDA

OPINIÃO / AGENDA

07 maio 2012 / 31

HEADLINE HERELores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nosse-quam, officae cesecto etum rae quibus acesto quaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis antia

TITLE HERE

dolorestibus conse-quate int entus quo doluptiatus dolo earum rem arum volora vita arum reictissi utatae. Et aborero cone etur, cuptatem que com-moluptas quiae et, ve-liqui accusam facculp

TITLE HERE

ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus voluptis earum vendae cum exerum arum quiant. Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor estiusa picaboremque nonsed quibearum que est, quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpo-riate invellaut expediciis quias mos sam alite quid quas ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia si-tias millupis et om-nim ex enis as eost eosaper ibeaquo ma del ipis dolor ad eument, con cor-ectatiam dolorese pratiant quam que volo molorro ex et vit qui ditessun-di unte ella nate nobitatem quis quossimodia quis delisci psapedi beritem ilit quis in-venis consequ un-dignam aut most, cum fugition eium eratur res ipsamus eatum etur sapitat iaecaep udaera-tiatur aditatis no-bitib usante qui as rersperae latis ex exerae. Ipicipitium que et, quatur res

O brOnks Youth Theatre é composto por duas salas interligadas por um eixo de circulação central. Tem uma escadaria em forma de dupla hélice com portas de batente (revestidas a espelho) em cada um dos pisos intermédios, que regulam o uso das salas em múltiplas perspectivas diferentes, dando-nos a ilusão que estas flutuam na luz. À parte da escadaria cen-tral, a restante circulação no edifício faz--se através de rampas, que nos dão uma sensação virtual de infinito.

TEXTO / Rildo Calado

WORLDARCHITEC-

TUREFESTIVAL

2012

WAF AWARDS 2012

Shortlist 2012

Categoria: Edifícios completos

Subcategoria: Culture

Projecto: brOnks Youth Theatre

Localização: Bruxelas, Bélgia

Atelier MDMA Architects

www.mdma.be

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Page 32: Revista U Nº26