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desde cedo Aprender a poupar é o primeiro sinal para lidar bem com o dinheiro O “não” também é uma ferramenta de aprendizado financeiro Especialista defende que o contato com o dinheiro comece na infância administrar o dinheiro faz parte das lições entrevistão: A pesquisAdorA frAncesA nAdège Mézié fAlA sobre os desAfios do trAbAlho Antropológico, A relAção coM A religião e ressAltA que o cAMinho pArA o desenvolviMento do brAsil está nA educAção NúMERO 3 ANO O EDIçãO 3 FEVEREIRO 2013 R$ 4,90 Comigo Foi Assim: marcos pasquim conta detalhes da sua vida até chegar ao estrelato Cult aos 84 anos, onildo almeida mostra que sua relação com o tempo é de cumplicidade Eu Sou Quando o hobby vira trabalho e o futuro financeiro começa a partir do compromisso www.revistaolha.com.br ISSN 2317-1995

Revista Olha! - 3ª edição

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Olha! Levando aos leitores conhecimento de qualidade. Uma revista que traz as ideias do futuro para o presente.

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Page 1: Revista Olha! - 3ª edição

desde cedoAprender a poupar é o primeiro sinal para lidar bem com o dinheiroO “não” também é uma ferramenta de aprendizado financeiroEspecialista defende que o contato com o dinheiro comece na infância

administrar o dinheiro faz parte das lições

entrevistão: A pesquisAdorA frAncesA nAdège Mézié fAlA sobre os desAfios do trAbAlho Antropológico, A relAção coM A religião e ressAltA que o cAMinho pArA o desenvolviMento do brAsil está nA educAção

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201

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r$ 4,90

Comigo Foi Assim: marcos pasquim

conta detalhes da sua vida até chegar

ao estrelato Cult aos 84 anos,

onildo almeida mostra que sua

relação com o tempo é de cumplicidadeEu Sou Quando o

hobby vira trabalho e o futuro financeiro

começa a partir do compromisso

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Frases de impacto para inspirar o leitor, a cada abertura de seção a revista olha! interage com frases de impacto de escritores brasileiros.

listã

o

8Eu mesmo10 O real valor do dinheironem sempre o dinheiro na mão de crianças se transforma em gastos fúteis. Veja quais artifícios e argumentos rose silva usou para educar, fi nanceiramente falando, a pequena Ângela mickely

18 Estilo o ingresso no mercado profi ssional pode exigir mais de você do que possa imaginar, inclusive mudar a maneira de se vestir

26 Eu sou Quando há dedicação em algum tipo de hobby, o trabalho fi ca bem mais prazeroso. esse é o caso do dJ Ulisses freire que conta um pouco da sua vida

olhA!nossA cApA

foto Breno aUGUsto

direção de fotogrAfiA

sandemBerG pontes Modelo dA cApA

sthefanne alVes

foto dAs AberturAs de seção

Breno aUGUstoModelo dAs

AberturAs de seçãocatarina melo

a modelo calça cAnteiro boutique

de sApAtos

28Os outros30 Entrevistão a pesquisadora francesa nadège mézié destaca os desafi os do trabalho antropológico, a relação com a religião e ressalta que o caminho para o desenvolvimento do Brasil está na educação

34 Escrachado a estudante de direito lorena silvestre discute o preconceito entre as populações do sudeste e nordeste, em uma avaliação onde a sua opinião prevalece

36 Deu/Não Deu a opinião popular sobre a aprovação de um jovem de 15 anos no vestibular de medicina de uma faculdade do ceará

FEvEREiRO 2013 EDiçÃO 3

34

Page 3: Revista Olha! - 3ª edição

Frases de impacto para inspirar o leitor, a cada abertura de seção a revista olha! interage com frases de impacto de escritores brasileiros.

44Ser, ter e escolher46 Cult aos 84 anos, onildo almeida mostra que sua relação com o tempo é de cumplicidade. famoso pelas composições gravadas por grandes nomes da música brasileira, onildo tornou caruaru conhecida internacionalmente através da música que imortalizou a diversidade do patrimônio cultural e imaterial: a feira

48 Consumão depois dos videogames, a onda agora é interagir com o jogo sem o uso de controles. essa é a realidade para os proprietários dos xbox

50 Campanha o livro terra de caruaru, de José condé, reeditado em 2012, está entre as indicações de leitura para você

49 Social Clube no mês de recesso das atividades escolares, os alunos aproveitaram para participar de festas e ofi cinas. Veja alguns clicks

54 Fim

38Fora do ar42 Comigo foi assim de programador de computadores ao estrelato nos palcos do teatro e novelas da tV. saiba detalhes da trajetória artística de marcos pasquim, contada por ele próprio

40 Bastidores tranquilidade. esse foi o clima entre os alunos que fi zeram o Vestibular de Verão da favip/deVry

OLHA! NO SEU BOLSOpara acessar sua olha!

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revistaolha.com.brFEvEREiRO 2013 EDiçÃO 3

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men

te a

bert

aA vida realmente é uma caixinha de surpresas, sobretudo para as pessoas que levam os ensinamentos repassados pelos pais para a criação dos filhos. mas, nem sempre o que é aprendido em outra época vem sem prazo de validade. por mais embasamento que este possa oferecer, a adequação as novas formas de enxergar e ensinar para vida vem sofrendo constantes modificações. em linhas gerais, esse é o assunto que trataremos nesta terceira edição da revista olha!em uma rápida observação no cotidiano das pessoas é largamente perceptível o quanto algumas delas estão submissa ao desejo dos filhos, seja porque ele quer um brinquedo, uma roupa, ou até coisas mais caras, como um objeto tecnológico. muitos desses pais não resistem e cedem à vontade dos filhos, os enchendo de mimos e presentes. o que vem ao caso é que essas atitudes nem sempre são pensadas a longo prazo. shoppings viraram verdadeiros campos de consumo desenfreado quando o passeio é feito em família.entre muitos sinais positivos e negativos, a vontade dos filhos acaba prevalecendo. no entanto, os especialistas alertam que esse é um terreno bastante arriscado para ser explorado, pois interfere diretamente no perfil que o jovem

de amanhã virá a agregar a sua vida. o mais complicado deles pode ser a não valorização das conquistas, ocasionado por ter as vontades atendidas sempre que induzido a tal. Quando se é feito um trabalho de ensinamento desde muito cedo, a criança já cresce sabendo valorizar aquilo que lhe é apresentado.as escolas vêm galgando um papel importante, intermediando os ensinamentos sobre educação financeira que são passados em casa pelos pais, com o que o mundo reserva para o futuro próximo. a história que servirá de norte para que o assunto seja tratado ao longo das nossas páginas veio a partir da experiência da mãe rose silva, com a filha, Ângela mickely. ela abriu mão de gastar sua mesada com outras coisas comuns entre as crianças para economizar e comprar um celular. Vale a pena conferir!fora isso, preparamos uma edição recheada de assuntos para entreter e deixar informada toda a família, da criança pequena, passando pelos adolescentes, pais, até os avós. por isso, nós que trabalhamos para levar para você, leitor, conteúdo de qualidade ao longo das páginas desta edição, desejamos uma excelente leitura.

Robson Meriéverto n - editor

noss

osse

guid

ores

na

rede

“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”

paulo freire

Rodolfo AlvesGostei bastante da revista e da proposta, apenas pelo que li no panfleto. ainda não comprei a edição impressa. mas vou fazer logo! parabéns!via facebook

Dany Oliveiraparabéns pelo trabalho maravilhoso... sucesso sempre. via facebook

Fabrício Gomes#perfeita... cada edição fica mais atraente e informativa!via facebook

Nando Liraarrasou pessoal. agora, a revista com conteúdo digital #adorommmmmmvia facebook

Joselaine Gueirosestão de parabéns! Ótimo conteúdo!via facebook

Li Costamuito boa.via facebook

Augusto Santosedição muito interessante, reportagens ótimas e com temas de importância para quem quer se manter atualizado.via facebook

Antônio MarcosGente, o que é bom tem que ser valorizado, e muito. Um conteúdo leve e dinâmico. sem esquecer da alta qualidade do material. e quero daqui abraçar e parabenizar a equipe desta conceituada revista.via facebook

Letícia Xavier estão de parabéns mesmo, ficou belíssima! amei.via facebook

Page 5: Revista Olha! - 3ª edição

cola

bora

dore

sAnayran SantosGostaria de ver a olha! mostrando as pessoas que trabalham com eventos, como as festas tradicionais de rua. pode se tornar um bom negócio para visionários.via facebook

thiago Silvaachei muito massa o fato de ter uma revista neutra e que fale sobre a cultura daqui, sobre o que as pessoas querem e gostam. sem ser fútil.via facebook

Sandra Celestinoparabéns pessoal. a qualidade da revista está excelente. Boas matérias, fotos... enfi m, perfeita!via facebook

Júlio Melomuito boa a revista. a cada edição, melhor.via facebook

Carlos Caco Araújorapaz, essa revista é show! Já pensou em colocá-la no issuu.com?!via facebook

Jesiane RochaGostei muito! principalmente dos poemas com paisagens de praia! achei inovador. parabéns!via facebook

Aline Duartemuito interessante cada um dos temas. Que bom quando lemos coisas com as quais nos identifi camos. parabéns pelo capricho!via facebook

Prazeres Barbosaadorei!!! obrigada a toda equipe e saibam que estou imensamente grata por tudo! Vamos que vamos curtir a olha!via facebook

Dâmares Carlasuper me identifi quei com as matérias, a produção, os textos, as fotos, enfi m... essa é top!parabéns pelo trabalho e pela excelente qualidade do produto. há tempos os leitores de caruaru precisavam de uma revista assim. via facebook

radialista, compositor e cantor. aos 84 anos de idade, onildo Almeida fez da música uma das representações do seu talento. entre as suas composições mais famosas, destaque para “a feira de caruaru”, que ajudou a projetar o nome da cidade para o mundo. Grandes nomes da música brasileira já gravaram músicas de almeida, entre eles: luiz Gonzaga, trio nordestino, chico Buarque, Gilberto Gil e amelinha.

nadège Mézié, 31 anos, é antropóloga e doutora em etnologia pela Université paris descartes – sorbonne, na frança. está ligada ao laboratório do centro de antropologia cultural (canthel), onde atua como diretora de redação de uma revista acadêmica. seus principais interesses de pesquisa incluem a violência, as religiões e a escrita etnográfi ca. atualmente é pesquisadora convidada pela fafi ca.

estudante do 3º período de direito na faculdade asces, lorena silvestre se destaca por gostar de escrever desde os 12 anos de idade.

atualmente se dedica a produção de textos voltados para a cultura nordestina e romances, todos

disponibilizados em uma página na internet. sua inspiração vem de nomes como fernando pessoa,

carlos drummond e clarice lispector. além de escritora e poetisa, lorena também é cantora.

Marcos pasquim natural de são paulo começou no teatro com a segunda versão

da peça Blue Jeans, em 1992. dois anos mais tarde, voltou a interpretar uma personagem de

maior importância na peça. a boa atuação chamou atenção e, em 1995, foi convidado para fazer parte

do elenco da telenovela cara & coroa, da rede Globo. de lá até hoje, pasquim vem galgando sua

carreira na tV com grandes papéis no currículo.

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se liga

hoMenAgeM

Jovens atraídos pela literaturao concUrso foi pensado para eVidenciar o leGado deixado por álVaro lins

o instituto histórico de caruaru, em uma ação con-junta com a faculdade asces e a fafica, promove um concurso literário em homenagem a álvaro lins. o objetivo é premiar textos que tratam a respeito da sua vida e obra, em comemoração ao seu centená-rio. a premiação será de r$ 1,5 mil para o primeiro lugar, r$ 1 mil para o segundo lugar e r$ 500 para o terceiro lugar. serão aceitos apenas ensaios inéditos, com exten-são mínima de 50 laudas. o edital do concurso já encontra-se disponível no site da faculdade asces. as inscrições são gratuitas e devem ser realizadas até o dia 2 de abril, por meio do envio do ensaio e da ficha de inscrição (em anexo no edital) preenchi-da para o e-mail: [email protected] trabalhos serão avaliados por comissão Julga-dora indicada pelas instituições promotoras do con-curso literário. esta atribuirá o prêmio a três obras e poderá indicar menções honrosas. as produções vencedoras serão divulgadas no dia 14 de maio, através dos websites da faculdade asces (www.as-

ces.edu.br) e da fafica (www.fafica.com).álvaro lins nasceu no dia 14 de dezembro de 1912 em caruaru. residiu na cidade até os 12 anos. após concluir o curso primário, mudou-se para re-cife, onde estudou no colégio salesiano e padre fé-lix. formou-se em direito pela Universidade do reci-fe, em 1939.além de exercer a advocacia, escrevia para os prin-cipais jornais da capital. foi também redator e dire-tor do diário da manhã, no recife. aos 25 anos, es-creveu seu primeiro livro: “história literária de eça de Queiroz”. foi colaborador do suplemento literá-rio do diário de notícias e dos diários associados, crítico literário, redator principal e dirigente político do correio da manhã (1940-1956).no âmbito político, álvaro lins foi chefe da casa ci-vil no governo Juscelino Kubitscheck e embaixador do Brasil em portugal. foi também membro da aBl (academia Brasileira de letras) e integrou o institu-to de coimbra, em portugal. recentemente, foi ho-menageado com uma estátua em caruaru.

mais 550 estudantes vindos do agreste, zona da mata, sertão e região metropolitana estiveram presentes na sede da secretaria de educação para entrega dos kits de viagem, documentação e uniforme de embarque do projeto Ganhe o mundo. o primeiro embarque aconteceu nos dias 25 e 26 de janeiro, quando 150 alunos viajaram para a nova zelândia. depois, no dia 29, outros participantes do projeto também embarcaram com destino a austrália. dia 31 do mesmo mês, outros 20 estudantes embarcaram para a espanha. Já em fevereiro, no dia 3, outros 53 alunos seguiram viajem para a austrália. o intercâmbio dura seis meses e é incentivado pelo governo do estado.

PROFiSSiONALizANtESo programa Jovens talentos, que vai capacitar 13.957 estudantes para o mercado de trabalho até o fim do ano em todo estado, está com inscrições abertas. em caruaru, serão ofertados seis cursos: porteiro, vigilante, auxiliar de limpeza, auxiliar de pessoal, recepcionista e operador de caixa. para concorrer às vagas, os interessados devem ter idade mínima de 18 anos, ensino fundamental concluído ou estar cursando a 8ª ou 9ª série. a inscrição será feita na sede da estação do Governo presente, na avenida nossa senhora de fátima, nº 400, bairro maurício de nassau.

intercâmbio educacionalnovos alunos começaram a embarcar para a prática

A premiação em dinheiro

abrangerá os três primeiros

lugares

FeVereiro 2013 www.reVista .com.br 6 Fotos: diVulgação

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Atualização. estar por dentro do que acontece na educação éuma prova de interesse e preocupação com o futuro de todosAvaliação o presidente da ordem dos advogados do Brasil - seccional pernambuco, pedro henrique, informou que a ordem deverá fazer uma avaliação dos cursos de direito no estado. o objetivo é elaborar uma lista de recomendações para os que procuram vagas nas universidades. em pernambuco existem 34 cursos de direito.

ProUni neste primeiro semestre, a oferta de vagas no programa Universidade para todos (proUni) correspondeu a 162.329 bolsas, distribuídas em 12.159 cursos de 1.078 instituições. o total de bolsas integrais foi de 108.686, contra 53.643 de parciais. desde a criação, o proUni atendeu 1.096.359 estudantes.

tecnologia é a palavra que movimenta o dia a dia de professores e alunos do colégio criativo de ca-ruaru. computadores, tabletes e agora também a lousa digital fazem parte do processo de aprendiza-gem no ensino digital. para o diretor da instituição, esse processo de inclusão tecnológica “vem pa-ra melhorar o rendimento dos alunos e auxiliar no aprendizado”, diz edmilson Vidal.o sistema foi elaborado pelo sae digital, onde são trabalhados conteúdos simultâneos sem limite de linhas ou páginas. pode-se dizer que o diferencial do material são as aulas que acompanham o livro (em formato de cartão sd). o material acaba atrain-do a atenção dos alunos e facilitando a aquisição do conhecimento. todas as matérias trabalhadas dispõem de arquivos em pdf. o sistema digital de aprendizado também é focado na nova filosofia de contextualização proposta pelo enem.

tecnologiA

colégio criativo abraça ensino digitalVisando o aUmento no rendimento escolar, a tecnoloGia no ensino Vem sendo Usada em larGa escala

A utilização da tecnologia nas salas de aula vem com o objetivo de facilitar o aprendizado

O sistema permite o

trabalho de conteúdos

simultâneos

Em Harvard a coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (capes) do ministério da educação e a Universidade de harvard abriram seleção para professor visitante na instituição norte-americana. a cooperação prevê a concessão de bolsa por ano acadêmico em harvard, com início em agosto próximo.

Direção professores efetivos da rede estadual, certificados na avaliação em conhecimentos em Gestão escolar, poderão participar do processo que selecionará novos gestores para 233 escolas de referência em ensino médio, nas modalidades integral e semi-integral, e 20 escolas técnicas em todo o estado.

Educação em foco o governador de pernambuco, eduardo campos, assinou projeto de lei que destina 100% dos recursos dos royalties do petróleo para educação, ciência, tecnologia e inovação. se as coisas acontecerem como o planejado, os royalties serão distribuídos igualmente para todos os estados da federação.

MAiS vAGASpara um auditório lotado de estudantes, o ministro da educação, aloizio mercadante, disse que o Brasil precisa de mais vagas no ensino superior. o primeiro processo seletivo de 2013 do sistema de seleção Unificada (sisu) teve 1.949.958 de inscritos para 129.319 vagas em 3.752 cursos. no ano passado, 4,2 milhões de estudantes prestaram o exame nacional do ensino médio (enem), pré-requisito para disputar uma vaga em instituição pública de ensino superior pelo sisu. o objetivo é dobrar o número de vagas disponíveis, para isso, mercadante voltou a ressaltar a importância da aprovação do plano nacional de educação (pne), que aguarda parecer no senado federal.

ENCONtROem debate da União nacional dos estudantes (Une), o ministro da educação, aloizio mercadante ouviu as reivindicações dos jovens pela reformulação do ensino superior brasileiro. o tema discutido foi “a luta pela reforma universitária: do manifesto de córdoba aos nossos dias”, um questionamento aos modelos de universidade no Brasil e na américa latina. o debate é parte integrante do conselho nacional de entidades de Base (coneb) da Une e reuniu cerca de quatro mil estudantes representantes de diretórios acadêmicos (das) e centros acadêmicos (cas) de todo o país.

FeVereiro 2013 www.reVista .com.br7

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eu mesmo

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eu mesmo “Quem é que pode ser gigante nesse mundo tão pequeno? como é que faz pra gente ser feliz e rico ao mesmo tempo? eu não sei, mas eu vou tentar. todo remédio que me cura tem uma contra-indicação. o que faz bem pra alma pode fazer mal pro coração de quem tem pressa de chegar. ai quem me dera um dia, ficar de papo pro ar, tirando um som de uma viola.”

Rita Lee

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‘educar para a vida’ é uma expressão que faz parte do dicionário de todo pai preocupado com o futuro pessoal e profissional do seu filho. desde cedo, a vontade de possuir determinado brinquedo ou objeto pode ser o começo para instigar, no futuro, a atenção para com o gasto de dinheiro e consequente realização de desejos. Um “não” dado na hora certa pode significar o começo de uma criação onde o poder de consumo seja adequado à realidade financeira familiar. mesada, mimos, atendimento, vontades e “sim” a todo instante pode prejudicar a criação dos filhos no que diz respeito a forma de lidar com o dinheiro, ou melhor, ao se educar, financeiramente falando.

educaçãofinanceira

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a preocupação em proporcionar uma edu-cação de qualidade para as fi lhas daniel-le rayanne, 15 anos, e Ângela mickely, 9 anos, sempre esteve presente nos ensina-mentos pessoais passados pela mãe rose silva, 36 anos. Quando criança, rose costu-mava conseguir as coisas com muito sacri-fício, tendo começado a ajudar os pais des-de os oito anos de idade. “sempre dei valor ao que conquistava. esse sentimento para com as coisas sempre fi zeram parte da edu-cação que meus pais passaram pra mim”, diz. e, foi a partir desse exemplo, que rose resolveu criar as fi lhas, salvaguarda as ade-quações culturais da época, onde o dese-jo dos herdeiros, induzido pelo consumismo tecnológico, passou a ser menos acessível, fi nanceiramente falando, que os carrinhos e bonecas tão desejados em outras épocas.com a fi lha mais velha pode-se dizer que as cobranças quanto aos gastos comuns, na infância, foram mais amenas. seja pe-lo deslumbramento de se tratar da primogê-nita, ou traços da personalidade que come-çaram a aparecer desde cedo. assim, rose percebeu que a preocupação com os gas-tos não ocuparia muito espaço na sua vida. “desde pequena danielle demonstrou ser um pouco mais exposta aos gastos desne-cessários. consumista mesmo. sendo as-sim, o processo de ensinamento foi mais lento, começando aos nove anos”, lembra. o primeiro passo para que ela não se tor-nasse uma adolescente compulsiva come-çou com exemplo a partir dos próprios brin-quedos. “se já tivesse um brinquedo igual ou parecido, não justifi caria a compra de outro”, explica.por incentivo da época ou geração, o desejo das crianças é bem diferente do ostentando antigamente, focando na aquisição de ele-trônicos e celulares de última geração. “a tecnologia mexe com o instinto consumis-ta dos pequenos. e, com minha fi lha mais nova, não foi diferente. por isso resolvi apli-car os ensinamentos fi nanceiros um pouco mais cedo, até porque, ela já demonstrava

“Se os incentivos quanto a administração do dinheiro não começarem de cedo, vamos criar adolescentes mimados que não darão valor as conquistas que virão no fututo.” ROSE SiLvA

Financeiramente falando, os pais

consideram a arte de educar

um tanto quanto difícil, se levar em

consideração os apelos consumistas

de hoje, onde a realidade é outra

Page 13: Revista Olha! - 3ª edição

“É fundamental que os pais tenham esse planejamento para

com o futuro dos fi lhos. Muitas vezes eles próprios servem

de exemplo na construção da subjetividade.” GHESA viEiRA

No aprendizado diário negar algum desejo da criança também faz parte do processo. Isso ajuda a torná-los preparados para as vitórias e frustrações tão comuns no dia a dia

sinais de amadurecimento no que diz res-peito à forma de lidar com o dinheiro”, con-ta rose. tudo começou incentivando a pe-quena Ângela a administrarem a quantia que era dada para o lanche, depois veio a mesada. “se os incentivos quanto a admi-nistração do dinheiro não começar de ce-do, vamos criar adolescentes mimados que não darão valor as conquistas que virão no futuro”.de cinco para seis anos, a menina ganhou um celular do pai. com três anos de uso e os novos lançamentos aparecendo no mer-cado, não tardou para Ângela querer um ce-lular novo. há cerca de um ano Ângela co-meçou a se interessar em possuir determi-nado brinquedo ou objeto. “foi daí que re-solvi ser um pouco mais dura e induzir que ela juntasse parte do dinheiro que ganha-va na mesada para comprar o celular novo”, explica rose. a ideia começou a dar tão cer-to que logo veio a surpresa. “Quando che-gava a época de ela ganhar presente, avisa-va a gente que preferia que esse fosse dado em dinheiro. foi um susto bem gratifi cante para mim em ver o interesse dela em adqui-rir aquele bem, não medindo esforços para conquistá-lo”.diferente de outras crianças, Ângela nunca passou por ataques histéricos, por algumas de suas vontades não serem atendidas. ao contrário, sempre teve consciência do que era obrigação dos pais, como ela mes-ma faz questão de ressaltar. “Quando vejo alguma coisa que eu quero muito, não pe-ço mais a minha mãe nem a meu pai. Jun-to do dinheiro que ganho para poder com-prar. menos as roupas, pois aí são eles que têm de comprar”, dispara Ângela. devido à posição que rose adotou para com a cria-ção das fi lhas, chegou a ser alvo de crítica dos próprios familiares. “não levo isso mui-to em consideração. o que importa é que eu tenha a consciência tranquila que estou fa-zendo a coisa certa e preparando ela para o futuro”.para que rose tivesse esse tipo de atitude,

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conh

ecim

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“Quando vejo alguma coisa que eu quero muito, não peço mais a minha mãe nem a meu pai. Junto do dinheiro que ganho para poder comprar. Menos as roupas, pois aí são eles que têm de comprar.” âNGELA MiCkELy

não se baseou em ninguém, apenas queria que o esforço em conseguir o dinheiro para o sustento familiar fosse reconhecido pelas filhas e que elas também tivessem a cons-ciência de que não podiam consumir tudo que viam pela frente. “sempre procuro es-tar próxima delas, conversando e orientan-do. isso acaba ajudando nas escolhas”. de-pois do celular, que foi comprado de acor-do com o gosto da pequena Ângela, a próxi-ma grande compra é uma bicicleta. “com o dinheiro que sobrou da compra do celular,

vou juntar mais um pouco e comprar uma bicicleta, que é o meu sonho”, revela a pe-quena.de acordo com a orientação 1 da psicó-loga Ghesa Vieira, esse tratamento educa-cional passado por alguns pais represen-ta considerável ganho positivo para o futu-ro da criança, que mais tarde virá a se tor-nar adulto. “É fundamental que os pais te-nham esse planejamento para com o futu-ro dos filhos, até porque, eles, muitas ve-zes, servem de exemplo para os próprios fi-

lhos na construção da subjetividade, em re-lação ao comportamento e planejamento, tanto pessoal quanto financeiro”. desde ce-do, com essa linha de planejamento, Ghesa diz que “o ensinamento é passado de for-ma significativa, onde há um aprimoramen-to das ações, em relação ao exemplo capta-do pelos filhos”.mas, nem sempre um pai organizado de-mais faz bem para a educação financeira do filho. a psicóloga explica que “os filhos precisam também passar por frustrações

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De acordo com avaliação profi ssional, a atitude que alguns pais têm de induzir que o fi lho saiba o valor do dinheiro é válida para o futuro pessoal e profi ssional

textoroBson meriÉVertonfotosBreno aUGUstoModelossthefanne alVes - criança - e daniela almeida e carlos miranda (da faBrício Gomes prodUções)

1

a partir dos dois anos, quando a criança começa a demonstrar desejos próprios, já é o momento de iniciar a educação fi nanceira, mostrando o processo de troca do dinheiro por produtos; reserve as datas especiais para dar brinquedo à criança, isso evitará que ela queira tudo o tempo todo; É importante que as crianças entendam as diferenças sociais existentes bem como o seu real padrão de vida e os reais limites fi nanceiros; os cofrinhos são ótimas opções de mostrar a importância de guardar o dinheiro e, por ser barato, pode ser dado entre os presentes; para defi nir o valor da mesada deverá analisar por trinta dias tudo que a criança gasta e dar aproximadamente 50% do valor, mais os valores para realização dos sonhos.

para estarem preparados para o futuro”. es-sas frustrações vêm a partir da negação de algum desejo. “o fato dos pais não possu-írem determinada forma de tratamento ou desejo atendido quando criança, muitas ve-zes faz o possível para que o fi lho não passe por tal provação. mas a impossibilidade de não ter, também faz parte do processo de aprendizado”. Quanto ao atendimento dos desejos “é fundamental que também haja essa falta”, ressalta.para algumas crianças, ser bem tratada é

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As escolas também têm papel importante no desenvolvimento da preocupação com o lado fi nanceiro das crianças, sobretudo com disciplinas que trabalhem com a aptidão nesse sentido

sinônimo de estar rodeada de presentes, mas, segundo Ghesa, nem sempre esse ar-tifício é indispensável para fazê-las enten-der que são queridas. “ao longo de um ano, penso que haja apenas três ocasiões pa-ra se presentear uma criança. são elas: ani-versário, natal e dia das crianças. fora es-ses, o trabalho de ‘privá-las’ de certas von-tades tem de ser parte do aprendizado, pre-parando-as para a vida, o que vem a ser muito salutar para o desenvolvimento do in-divíduo”.Quanto ao papel que as escolas desenvol-vem nesse âmbito, disciplinas já fazem par-te dos projetos pedagógicos para que haja o incentivo em despertar o interesse da crian-ça para valorizar o dinheiro e as coisas con-quistadas através dele. “trabalhar aptidões e vocações de forma organizada, a fi m de auxiliar na educação familiar. essa é uma vertente que induz a criança a ter um pen-samento empreendedor e responsável no que diz respeito ao tratamento do dinheiro”, alerta Ghesa. outro ponto que não deve in-terferir na relação pai/fi lho/dinheiro é que a ausência não seja suprida com o mimo em excesso. “nesse ponto o ‘ter’ não pode pre-valecer sobre o ‘ser’. ou seja, é importan-te que os pais estejam presentes em todos os momentos do desenvolvimento da crian-ça, para que não existam lacunas que, de início, possam ser preenchidas com presen-tes”, completa.

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jobA personAlidAde e o mercAdo detrAbAlhoEntEndEr as nEcEssidadEs quE o mErcado dE tra-

balho ExigE nEm sEmprE sEguE Em comunhão com

alguns dos traços da pErsonalidadE das pEssoas.

um cortE dE cabElo, uma tatuagEm, uma roupa mais

ousada podE sEr comum a muitas pEssoas, mas para

o mundo profissional, podE parEcEr pEsado dEmais.

há casos Em quE os aspirantEs ao sucEsso na car-

rEira Escolhida prEcisam abrir mão dE ElEmEntos,

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com

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fotosBreno aUGUsto

produçãosandemBerG pontes

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antes usados para lhe identifi car, para conquistar o respeito. por isso é bom fi -car alerta quanto aos exageros na hora de concorrer a uma vaga no mercado de trabalho. “eu era uma mistura de rock com cluber. Uma pessoa que andava sempre ves-tido de preto, pulseiras, piersing e outros adereços”, diz marcos tenório, 29 anos, especialista em educação a distância e mestrando em pedagogia da educação a distância. há pouco ele teve de passar por uma mudança de esti-lo para conquistar o respeito exigido pela posição que ocupa no mercado pro-fi ssional como sócio de uma empresa de publicidade. por isso, os profi ssionais da área advertem: essa é uma boa oportunidade para que os jovens pensem e comecem a planejar seu ingresso no mercado de trabalho da forma menos im-pactante possível.a luta de marcos com a sua identidade visual começou ainda na adolescên-cia. “nessa fase é comum que as pessoas sintam a necessidade de se identi-fi car com algo. comigo não foi diferente. por isso comecei a pegar inspiração nas músicas que curtia e demais coisas para montar uma espécie de identida-de”. como a mãe não era adepta do estilo, procurou, da forma que lhe era mais conveniente, interferir. “não lembro quantas foram as vezes que ela chegava com uma peça de roupa totalmente diferente do estilo que usava. como não fa-zia a menor questão de usar, tudo fi cava para o meu irmão”, lembra.dos 15 aos 17 anos, marcos sofreu forte infl uência do rip rop na maneira de se vestir. “Vez por outra era constantemente parado pela polícia que insistia em me revistar pensando que era algum tipo de maloqueiro ou coisa do tipo. até minha mãe comparava meu guarda-roupas a um urubu, por estar sempre de preto”, recorda. as infl uências musicais à personalidade visual do até então adolescente, não pararam por aí. o gosto pelo rock e depois pelo ‘dance’ mexe-ram mais uma vez no fi gurino. “essas constantes mudanças até deixavam em dúvida os meus amigos, que sempre me questionavam pela forma com que me vestia”. Já no mercado de trabalho, a necessidade pela mudança começou a se mos-trar necessária a partir do momento em que se passavam os anos e marcos não crescia perante o olhar das outras pessoas. “Já aos 26 anos, no meu uni-verso profi ssional, começaram a me chamar de ‘marquinho’, pela aparência in-fantil que eu passava devido a forma com que me vestia. foi quando caiu a fi -cha de não querer ser conhecido pela cara e jeito de moleque que a forma de vestir evidenciava”. assim, veio mais uma mudança. dessa vez inspirada não pelas músicas ou defesa de algum movimento, e sim pela necessidade de crescer perante os olhos das outras pessoas e do próprio mercado profi ssional.antes, as camisas de botão eram abominadas por marcos. hoje, viraram par-ceiras diárias no trabalho. “roupas com cores mais sóbrias, peças que pas-savam um ar de adulto, ou um comportamento que evidenciava a minha posi-ção de crescimento profi ssional. tudo isso foi percebido e aceito por uns e virou motivo de piada entre outros”. por isso ele agora aprendeu e faz questão de passar a receita de que é importante o jovem pensar sua vida no futuro, assim como considerar os obstáculos que terá de passar para entrar no mercado de trabalho. “nem sempre as pessoas têm a personalidade de se vestir e se com-portar aceitas pelo mercado de trabalho. tudo depende de ser aceito ou não

“Aos 26 anos, no meu universo profi ssional, começaram a me chamar de ‘Marquinho’, pela aparência infantil, a partir da forma com que me vestia.” MARCOS tENóRiO

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pela empresa não só no currículo profissional e sim pela aparência, em alguns casos defendidas com identidade pessoas”.o que está sendo colocado em evidência não é você deixar de usar aquela pe-ça que é do seu agrado, ou ter determinado comportamento devido a profissão que se escolheu. “no meu caso eu mantive algumas coisas da minha persona-lidade, apenas tomando cuidado com os excessos. Quanto ao comportamen-to, a mudança foi bem mais perceptível, pois quando você representa uma em-presa a forma com que você se porta perante as situações, até mesmo em mo-mentos de descontração, pode ser associada a sua imagem quanto profissio-nal”, salienta marcos tenório. mesmo assim, com ele a mudança foi lenta, a ponto de manter a roupa antiga para as festas e saídas entre amigos e a roupa séria para o trabalho. “hoje posso dizer que só tenho roupa séria ou diferente daquilo que estava costumado a usar”.situação parecida também foi vivida pela publicitária márcia malagueta. acos-tumada a sair vestida com aquilo que lhe vem a cabeça, ela passou por uns maus bocado quando se viu tendo que adotar outro tipo de comportamento e forma de se vestir para conseguir uma oportunidade em uma empresa. “no co-meço foi um pouco difícil, tanto para me habituar quanto para compreender o que exatamente vestir, já que essa mudança seria adotada praticamente du-rante todos os dias da semana”, relembra. no dia a dia, márcia adota um visu-al misturando peças com tom de alternativo moderno, com pitadas do rock e

“Passei a usar roupas com cores mais sóbrias, peças que passavam um ar de adulto, ou um comportamento que evidenciava a minha posição de crescimento profissional.” MARCOS tENóRiO

peças retrô. “combinadas, essas peças falam muito sobre a márcia que muitos conhecem, que de fato me faz verdadeira naquilo que me proponho”. por mais que haja uma mudança, o importante é não abandonar a persona-lidade, pois de fato é aquilo que transcende para as pessoas e a identifica no meio social. “isso é bastante engraçado de se pensar, e também de se enten-der. por mais que eu tenha gerado toda essa mudança ainda passo facilmente para as pessoas o que gosto, o que curto”, opina márcia. há poucos dias, már-cia ficou surpresa com uma situação que teve de enfrentar devido a sua perso-nalidade. entrando em uma loja de roupa, sem que a vendedora a conheces-se, sugeriu uma peça e disse que cairia bem nela, por achar que tinha um gos-to pelo estilo roqueiro. “achei super engraçado, porque em nenhum momen-to deixei transparecer nada do que costumo vestir. aí está o ‘x’ da questão: ser discreta sem que se perca a identidade”.Quanto a interferência da forma de vestir na sua personalidade, márcia diz que, apesar de ter mudado a forma de se vestir por conta do trabalho, o com-portamento e atitudes continuam as mesmas. por demonstrar personalidade forte em algumas situações, quem pensar que a competência no âmbito pro-fissional também não foi posta em xeque, se engana. “por várias vezes passei por situações em que a forma que me apresentava levavam as pessoas a ter uma interpretação errônea sobre a minha competência. mas, com alguns dias no trabalho, fazia questão de mostrar para eles que não tinha nada a ver”.

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avaliaçãoprofissionala maneira com que uma pessoa se veste diz muito sobre a personalidade. na hora de cair em campo em busca de um emprego, é importante que se tenha bom senso quanto a aparência, apesar de muitas empresas serem mais flexíveis

“Devido ao meu cabe-lo vermelho e jeito meio despojado de me ves-tir, não era difícil me sen-tir alvo de olhares quan-do passava na rua. No en-tanto, quando comecei a trabalhar, nunca tive ne-nhum tipo de objeção dos patrões para com a for-ma com que me vestia. Mesmo com personalida-de forte, sempre tive bom senso na hora de conciliar o meu estilo com o lado profissional.”PAtRíCiA BEzERRA

“Cada pessoa tem uma personalidade diferente, e quando existe a opor-tunidade de ingresso no mercado de trabalho, a atitude de algumas em-presas nos faz colocar em xeque se o que vale mais é a competência dos pro-fissionais ou a forma com que eles se vestem. Co-nheço alguns amigos que já passaram por situa-

ções em que a aparência prevaleceu. Acho uma pe-na.”AMANDA ALvES

“Acredito ser uma atitu-de de puro preconceito, pois se trata de pessoas que expressam através da roupa sua ‘rebeldia’. Diante de uma sociedade que impõe um único esti-lo onde todos seguem pa-ra que não sejam mal vis-tos, sem aceitar outras opiniões, quando na ver-dade somos ‘livres’ e o que devemos a socieda-de são os nossos deveres como cidadão. Somos ca-pacitados a desenvolver o que aprendemos sem que a forma com que nos apresentamos interfira. Sou a favor da liberdade de expressão na manei-ra de todas as formas: co-mo me visto, no meu com-portamento. Assim, não adiantaria me vestir ‘lin-damente’ como a socie-

dade manda, e não ter ca-ráter.”MARiANA MORAiS

“O mercado de trabalho exige uma postura do pro-fissional que deva reme-ter ao consumidor uma identidade de responsa-bilidade, confiança. infe-lizmente, boa parte da po-pulação mundial ainda é carregada de preconcei-tos e discriminam pier-cings e tatuagens. Em re-lação à roupa, nem todo mundo sente credibilida-de em pessoas mal ves-tidas, ou com comporta-mento vulgar. isso é mui-to ruim para a imagem profissional e da empre-sa. Roupas bem cuidadas e mais sóbrias dão uma impressão de organiza-ção, limpeza, e idoneida-de, mesmo que só aparen-temente. Por isso, a vesti-menta e o comportamen-to devem ser avaliados na hora da contratação.”

1

na hora de uma entrevista profissional é bom evitar o uso de pasta de elástico com seu currículo. no lugar use uma maleta ou pasta-portfólio; Óculos de sol no alto da cabeça ou fones de ouvido no pescoço. Guarde qualquer aparelho que esteja usando; roupas coloridas ou brilhantes. exceto em empresas informais; roupas largas ou apertadas demais. considere como um investimento pessoal comprar uma boa roupa para as entrevistas - e que seja do seu tamanho; sapato inadequado. nem pense em tênis, sandálias ou qualquer tipo de sapato aberto; evite piercings e tatuagens visíveis; roupa amassada ou suada. se necessário, tenha à mão outra camisa para a ocasião.

2

mesmo com a abertura do mercado no que diz respeito à aceitação de comportamentos antes inimagináveis na hora da entrevista de emprego, é bom que o candidato à vaga leve em consideração alguns pontos. em alguns casos, a personalidade forte na forma de se vestir é vista como uma barreira, em outros, não é nem levada em consideração. na dúvida é melhor não arriscar e, quando a vaga for conquista, perguntar se existe alguma restrição.

com eugênio sales

hora da contratação a aparência física conta muito”.em alguns casos, a aparência é tão imprescindível para algumas empresas que chega a ser colocada acima da competência profissional 1 . “felizmente o Brasil tem melhorado nessa questão, mas alguns jovens de hoje que já têm sua personalidade “firma-da” só procuram empresas que também tenham o seu perfil. porém, muitas empresas ainda têm uma postura bastante inflexível 2 nesse sentido”, afir-ma sales. então, para que o jovem não passe por nenhum constrangimento ou perda de oportunida-de devido a forma de se vestir, o bom senso ainda é

mesmo com a personalidade própria dos jovens, nem sempre o mercado profissional está aberto a aceitação. seja uma tatuagem a mostra, um corte de cabelo mais ousado, uma coloração pouco usual, ou até mesmo uma roupa mais estilosa, o fator de diferenciação pode interferir consideravelmente. de acordo com o consultor empresarial eugênio sales, é comum que haja algum tipo de “preconceito” entre a empresa empregadora e o candidato a vaga, so-bretudo quando o perfil de ambos são muito diferen-tes. “algumas empresas têm um padrão de qualida-de interno, ou seja, têm um perfil já conquistado e na

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“Empresas têm um padrão de qualidade interno”

3

pode ser defi nido como uma estratégia individual para atrair e desenvolver

contatos e relacionamentos interessantes do ponto de

vista pessoal e profi ssional, bem como para dar

visibilidade a características, habilidades e competências

relevantes na perspectiva da aceitação e do

reconhecimento por parte de outros. a melhor saída. “se o jovem se interessar em traba-

lhar numa determinada empresa, tenho certeza que vale a pena fazer o sacrifício, talvez temporário, até que a vaga seja conquistada”.dependendo da área de atuação, a aparência dife-rente do comum pode ajudar o jovem a se manter no mercado ou conquistar determinada oportunida-de. mas é preciso ser fi rme, pois, para alguns pode ser ou parecer esquisito, no entanto, para outros a personalidade precisa ser respeitada. algumas pes-soas se veem na necessidade de ceder às criticas e mudar de estilo para entrar no mercado de trabalho. “infelizmente isso é verdade e considero que es-ta ‘readaptação’ é muito importante, pois quem deseja obter sucesso num mercado alta-mente competitivo precisa em algum mo-mento pagar o preço”, adianta sales. Quanto a consequência futura desse comportamento, a insatisfação pode ser uma delas.a adequação da personalidade ao mercado de trabalho está tão em evi-dência, que o consultor empresarial lançou há pouco um trabalho abordan-do essa temática. “trata-se do meu sé-timo livro. com o tema Marketing Pes-soal 3 , levanto o assunto de forma pe-culiar, onde aconselho o profi ssional mo-derno saber não só se vestir de acordo com sua profi ssão, bem como comportar-se de acordo com a mesma. por exemplo: não concordaria que um educador pudesse em sala de aula falar gírias o tempo todo, bem co-mo ter gestos, atitudes e vestimentas inade-quados com o cargo que ocupa, pois o mes-mo será sempre ‘espelho’ para seus alunos”, exemplifi ca eugênio sales.

Pesquisaa nube – consultoria de recrutamento e sele-ção de profi ssionais – realizou uma enquete sobre a entrada do jovem no mercado de tra-balho. foram ouvidos mais de 10 mil candi-datos com idades entre 16 e 24 anos. pa-ra 42,70% dos pesquisados a remune-ração deixou de ser o item primordial. de acordo com eles, o que mais im-porta são as “atividades a serem de-senvolvidas”, pois trabalhar com prazer é objetivo de grande parte da geração atu-al. apenas 15,41% dos entrevistados disseram priorizar a “remuneração”. os dados foram divulgados no mês de abril de 2012.

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Corpo e mente. Com vocação espor-tiva descoberta na infância, o estu-dante e DJ Ulisses Freire concilia as batidas eletrônicas com a faculdade

eu s

ou

reportAgeManderson morais

fotosBreno aUGUsto

1

aluno do 3º período do curso de licenciatura em

educação física pela associação caruaruense

de ensino superior – asces, Ulisses também é praticante de voleibol

desde os 13 anos. recentemente descobriu

habilidade para pilotar as picapes eletrônicas,

se destacando como dJ. ele ressalta que

não existe uma ligação direta da música com

o esporte, mas que elas se complementam

para animar o corpo e satisfazer o ego.

2

estudante de design no centro acadêmico

do agreste – caa – Ufpe. ingressou

nos jogos virtuais há aproximadamente

cinco anos sem visão de negócio. com a

negociação das “armas” foi possível adquirir

computadores e objetos tecnológicos, além de

fazer uma poupança para arcar com as despesas

exigidas durante a graduação.

o que seria um hobby se transformou em uma fon-te de renda que permitiu o ingresso à faculdade além da experiência de fazer novos amigos. É as-sim a vida de Ulisses Freire 1 , 25 anos, que há dois concilia sua vida de dJ a de estudante de edu-cação física. manter uma rotina de estudos tam-bém não é fácil, já que a vida noturna muitas vezes não tem hora para acabar. entretanto, organização é fundamental na divisão do tempo para atender ambas as tarefas, sobretudo no que diz respeito a revisão dos conteúdos passados na faculdade e a seleção do set list para as noites de eventos.a vontade em ter uma especialização superior na área física veio desde cedo. “tenho uma ligação direta com a prática esportiva desde os meus 13 anos quando ingressei na seleção de voleibol de caruaru, chegando a participar ativamente dos jo-gos para representar a minha cidade”, conta Ulis-ses. e as vitórias sempre vinham e eram comemo-radas com músicas e confraternizações. o interesse pela música eletrônica nasceu a par-tir dessas comemorações e saída com os amigos, durante os fi nais de semana. os primeiros conhe-cimentos nesse ramo foram repassados pelos dJs pingo e Guinho. “tive o privilégio de tê-los como amigos e professores. eu sempre fazia a abertura dos shows deles e, com o passar do tempo, o públi-co das festas pedia para que eu fi zesse uma apre-sentação. de tanto insistirem fui convidado a fazer parte do casting para ser o dJ residente de uma boate aqui em caruaru”, lembra Ulisses. duran-te os primeiros meses da faculdade, as mensalida-des do curso de educação física tiveram que ser fi -nanciadas pela mãe, já que Ulisses não contava com um trabalho fi xo. “aos poucos, as apresenta-ções em festas e baladas em cidades vizinhas fo-ram surgindo, abrindo novas oportunidades e, com elas, o reconhecimento”.para compensar as horas de trabalho em relação aos estudos, Ulisses aproveita o intervalo quando sai da faculdade até a hora em que vai para as ca-sas de shows para reforçar o conhecimento que foi adquirido durante a aula. “agarro os livros e reviso todo o conteúdo, até mesmo durante as madruga-das, quando perco o sono. conhecimento sempre é bem vindo”. a utilização das redes sociais tam-bém auxilia Ulisses no contato com amigos e divul-gação do seu trabalho. “pela rede já recebi vários convites para participar de festas, inclusive em ou-tros estados. o bom de tudo isso é que posso dizer que faço a festa dos outros e também a minha”. ULiSSES FREiRE, 25 ANOS

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Estratégia e negócios. Nem sempre o que parece é. A estudante de De-signe, Maria Helena usa suas artima-nhas nos jogos virtuais para lucrar

no início era somente mais um passatempo preen-chido pela curiosidade e lazer de uma criança que em seu mundo imaginário, se sentia uma heroína capaz de acabar com o mal para salvar o planeta. em outros casos, a brincadeira nada mais era que ajudar um personagem a se livrar do perigo e con-seguir chegar ao seu destino. foi assim que entre um jogo e outro a estudante Maria Helena Ferrei-ra 2 , 25 anos, ingressou no mundo virtual. a di-versão aliada aos estudos permite que ela encon-tre oportunidades de ganhar dinheiro para investir em cursos de programação e animação. são horas de conversas nas madrugadas em chats, que estão dentro e fora do próprio jogo e de negociações de suprimentos com outros jogado-res. “as conversas vêm de pessoas que procuram armas virtuais ou componentes. são adultos de classe média, que não gostam da vida social em festas e baladas. preferem estar à frente da tela de um computador se imaginando na pele de um per-sonagem, unindo o útil ao agradável”. a negociação dos suprimentos é feita abertamen-te, mas com alguns critérios de segurança. o valor da transação varia, dependendo do que o compra-dor deseja. “o item mais caro, hoje, custa r$ 600 e o mais barato chega a média de r$ 50. Vai de-pender do poder de negociação do comprador pa-ra comigo”. com o lucro obtido nos jogos virtuais, maria hele-na já adquiriu um computador de última geração, equipamentos eletrônicos e objetos para uso no curso de design. “os jogadores fi cam adimirados quando veem que estão jogando com uma meni-na”. Quando tudo começou, os pais fi caram preo-cupados com essa história de fi car durante as ma-drugadas na internet. “minha mãe chegou a me chamar atenção por conta dessa mudança. come-cei a mostrar a ela que estava ganhando dinhei-ro com isso e ela fi cou ainda mais desconfi ada. ela sempre me observa, mesmo que de longe”. outro ponto favorável é o aprendizado da língua in-glesa. “como a maioria dos jogos está em inglês é preciso saber algumas palavras básicas”. apesar de não ter sido lesada em nenhuma transação, he-lena ressalta que é preciso ter jogo de cintura pa-ra driblar os hackers e os enganadores. “a libera-ção do item é concretizada quando tenho a certe-za que o depósito foi realizado na minha conta. de-pois, vou contabilizar o quanto tenho e posso dor-mir sossegada, afi nal já é de manhã e eu trabalhei durante toda a madrugada”. MARiA HELENA, 25 ANOS

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os outros

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os outros

“todo conhecimento humano é relativo. cada subida prepara a queda proporcional. cada fossa abre espaço para a altura equivalente. no fi nal da estrada estamos no mesmo ponto de onde saímos, no zero, no nada.”

Carlos Heitor Cony

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reportAgeMfernandino neto

fotoBreno aUGUsto

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entr

evis

tão

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Para que fique tudo mais claro, o que vem a ser o trabalho de orientação educacional e a quem ele é voltado?o orientador educacional é aquele que possui a formação em pedagogia e habilitação em orienta-ção educacional. a área de atuação é dentro das instituições de ensino trabalhando diretamen-te com o corpo discente (alunos) no acompanha-mento as atividades escolares. também trabalha ajudando os estudantes do ensino médio indeci-sos, a avaliarem o seu repertório de aptidões e tra-duzi-lo em escolhas assertivas para o vestibular. orientação educacional e profissional veio substi-tuir os testes vocacionais tão usados nos anos 70, 80 e 90. a palavra vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”. o sentido original expressa um chamado espiritu-al, muito usado nas vocações sacerdotais. portan-to, atualmente é consenso entre os especialistas que este termo vocação não responde mais a de-manda.

Existe alguma semelhança entre professor e orientador educacional? Qual? não existe semelhança, pois são atuações diferen-tes. porém, como os professores são exemplos pa-ra os alunos, muitas vezes, ao perceberem que tal aluno possui mais facilidade em uma determina-da disciplina, então o encaminha para um trabalho mais interventivo junto ao orientador educacional.

Quais as principais atividades de um orientador educacional?

intercâmbio. A pesquisadora francesa Nadège Mézié, antropóloga e doutora em etnologia desenvolveu estudos em Roma e no Haiti. Em Caru-aru, sua pesquisa está voltada para a Associação interreligiosa do Agreste. Nesta entrevista, Nadège comenta os desafios do trabalho antropológico, a relação com a religião e ressalta que o caminho para o desenvolvimento do Brasil está na educação.

1

a etnologia estuda os fatos e documentos levantados pela etnografia (método utilizado na coleta de dados), no âmbito da antropologia cultural e social, buscando uma apreciação analítica e comparativa das culturas.

2

o Grupo interreligioso de caruaru nasceu da motivação de praticantes das mais diversas tradições religiosas, unidos pelo diálogo e pela construção de uma cultura de paz. as reuniões do grupo tiveram início no final de 2010, com participação da ordem rosa cruz, centro de estudos Budistas Bodisatva, União do Vegetal, igreja católica, santo daime, igreja episcopal anglicana, pastoral ecumênica, Jurema, espíritas, igreja evangélica, igreja ortodoxa, Wica e iskcom sociedade internacional para c. Krishna, além de terapeutas holísticos.

3

canthel (centre d’anthropologie culturelle) é o centro de pesquisa da faculdade de etnologia e ciências sociais - sorbonne. o canthel é um laboratório de antropologia cultural, aonde pesquisadores exploram temas transversais comuns a diferentes áreas e sub-disciplinas. seus membros atuam em diversos campos, como áfrica, américas, ásia, caribe e europa, aonde recolhem materiais e observam práticas reais.

retora de redação de uma nova revista acadêmi-ca, do laboratório Canthel 3 (centro de antropolo-gia cultural).

Aqui no Brasil, existem muitos cursos técnicos e grande parte dos estudantes quer o diploma pa-ra o mercado de trabalho. São poucos os que se dedicam ao meio acadêmico. Qual a importância da pesquisa para o ensino superior? na frança acontece o mesmo. Quando os estudan-tes estão nas faculdades e nas escolas, eles que-rem uma especialização para trabalhar. o ensino superior, hoje, é para o trabalho. no meu caso, é di-ferente. porque estou na área das ciências huma-nas e elas não oferecem trabalho. o ensino é para o conhecimento. Um conhecimento quase puro pa-ra você e não para ajudar a sociedade. o meu traba-lho é observar, interpretar e analisar. É um trabalho muito neutro, que não faz críticas. Quando trabalhei com as igrejas evangélicas no haiti, por exemplo, as pessoas me falavam do imperialismo americano no país, determinando normas e exercendo um contro-le sobre eles. mas esse não era o meu trabalho. o que eu precisava era entender a conversão, porque a pessoa estava na igreja, o que ela gosta na igreja, como funciona a vida na igreja.

No contato com as culturas diferentes, como o antropólogo lida com o choque cultural? É possí-vel deixar de lado o preconceito ao escrever?Quando eu falei de imersão, por exemplo, signifi-ca que você não tem distância. Você fica lado a la-do, mas para observar é preciso manter um pouco

você é antropóloga e etnóloga. Quais as diferen-ças entre as duas atividades?a etnologia 1 tem a ver com pesquisas de campo. estar sobre um campo para observar, dialogar com as pessoas, praticar e participar das atividades que elas desenvolvem. a antropologia é uma práti-ca mais teórica que busca as semelhanças cultu-rais. o antropólogo observa as características se-melhantes.

O que trouxe você ao Brasil? E a que está relacio-nada a sua pesquisa em Caruaru? moro em paris, mas minha família é da cidade de rennes, na região da Bretanha. aprendi a falar português aqui, com as pessoas. ouvindo e con-versando. posso entender, mas para falar ainda é difícil. É a primeira vez que estou no Brasil. che-guei a caruaru no dia 21 de setembro, voltei para a frança no final do ano e retornei em janeiro. aqui existe uma associação interreligiosa 2 e gosta-ria de analisar como funciona, entender porquê os grupos religiosos têm esta necessidade de fazer uma associação.

Quais as temáticas das pesquisas que você cos-tuma desenvolver?as duas temáticas principais são religião e violên-cia. mas gosto de pesquisar sobre o corpo físico e sua prática nas religiões, os gestos. tenho ou-tras experiências internacionais. estive em roma, na itália, durante o mestrado e passei dois anos no haiti, onde desenvolvi minha tese de doutora-do, sobre o trabalho das igrejas evangélicas na-quele país. na Universidade de sorbonne, sou di-

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4

o choque cultural refere-se à ansiedade e outros sentimentos provocados através do contato com

culturas e ambientes desconhecidos. se

não for observado com naturalidade, pode causar difi culdades

para assimilar a nova cultura e uma visão

preconceituosa sobre determinado povo e seus

costumes.

5

a antropologia estuda, principalmente, os

costumes, crenças, hábitos e aspectos físicos

dos diferentes povos do planeta. seu principal

objeto de estudo é a diversidade cultural dos povos. os antropólogos

utilizam, como fontes de pesquisa, os livros,

imagens, objetos e depoimentos. porém,

as observações, através da vivência entre os

povos ou comunidades estudadas, são comuns

e fornecem muitas informações úteis ao

antropólogo.

a distância. a etnologia é sempre este jogo entre fi -car lado a lado e manter distância para observar, anotar. Você pode até trabalhar com as pessoas. no haiti, a família com quem eu morei era comer-ciante e eu vendi para ela. o choque cultural 4 é interessante e você pode torná-lo em conhecimen-to. mas você também pode observar que há seme-lhanças. É necessário adaptação.

Quais são as maiores difi culdades no trabalho do etnólogo? a difi culdade é que você mantém uma amizade com as pessoas, mas elas sabem que você vai em-bora. então, eles querem algo em troca. e essa tro-ca é difícil para estabelecer. o que posso dar em troca das informações? Quando eles me dão uma informação, gosto de dar uma informação sobre mim. mas não é uma troca igual. não é possível a reciprocidade. Você tenta estabelecer uma relação a mais igual possível.

Quais foram as suas impressões sobre o Brasil? você considera o país subdesenvolvido? eu não percebo o Brasil como um país subdesen-volvido. porque eu venho do haiti e a pobreza lá é quase extrema. o Brasil é um país em desenvolvi-mento. e a educação é o fator mais importante. o país necessita fazer mais nessa área, não só para as escolas, mas também para a universidade. in-vestir na qualidade do ensino, na formação mais sólida dos professores, um rigor na contratação desses professores.

Qual seria, então, o grande desafi o da educação nos dias atuais?não só na educação brasileira, mas na educa-ção em geral falta um espírito crítico. isso signifi -ca que você precisa contestar sempre, nunca acei-tar tudo. outro problema é a corrupção, política e social, que é menor na frança. É preciso uma mu-dança de mentalidade e de atitude. talvez as leis ajudem a mudar, mas isso não é sufi ciente. pas-sa pela educação também. depois, vem a questão do meio-ambiente. mas eu tenho confi ança no Bra-sil, nas pessoas brasileiras. Vi que há uma força e uma crença no futuro que é muito interessante. porque na frança eu não vejo essa esperança.

Como estudiosa das religiões, você acredita que o controle social que as igrejas exercem sobre a vida das pessoas contribui ou atrapalha o desen-volvimento social delas?

“O Brasil é um país em desenvolvimento. E a educação é o fator mais importante. O país necessita fazer mais nessa área, não só para as escolas, mas também para a universidade”

não gosto muito de comentar sobre isso, porque é preciso fazer uma crítica às igrejas. mas, há pon-tos positivos e negativos. no haiti, por exemplo, o estado é quase morto. o presidente é um populis-ta que canta e dança nas ruas. Um demagogo. não há uma educação pública e são as igrejas que fa-zem esse trabalho de educação. elas ensinam as crianças a ler e escrever. existe a escola dominical, onde eles interpretam a bíblia. mas é uma educa-ção limitada aos dogmas e às doutrinas da igreja.

você tem religião?não tenho, como muitos franceses hoje.

De onde vem, então, o interesse de pesquisar al-go em que você não acredita?É uma necessidade de compreender os outros. porque eles creem e como creem. Gosto de viajar, de conhecer outros lugares e culturas, para enten-der como as pessoas vivem. É como uma neces-sidade de dialogar, estabelecer uma relação sem-pre. as sociedades necessitam desse diálogo. se houvesse essa relação não haveria a necessidade de guerras, de incompreensão entre as religiões, como o islamismo e o cristianismo. É uma questão de diálogos de compreensão, de estabelecer uma relação. esta relação poderia ser confl ituosa. É ne-cessário o confl ito, pois ele pode ajudar a transpor as diferenças. mas o confl ito não deve ser violento e a relação permite o confl ito dentro de um quadro de diálogo, de questionamentos.

Mesmo com os confl itos, é importante o indiví-duo ter uma religião, uma crença?não sei se é importante para as pessoas, mas é importante para as sociedades. acho que não exis-te sociedade sem religião. a antropologia 5 mos-tra que todas as sociedades e culturas estão liga-das a alguma religião. a religião é uma palavra de origem latina que signifi ca religar, ligação entre as pessoas. a sociedade é uma ligação de pessoas. a religião é como o chão para uma sociedade.

Onde está, então, a solução para os problemas do ser humano?não sei. talvez deus tenha a resposta para você. É difícil. as respostas do ser humano estão muito lo-cais, nas comunidades, mas também são globais. e não podemos esquecer o nível político e global. se nós fi camos na religião, esquecemos o nível po-lítico que é importante também. É preciso haver um equilíbrio.

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gueirosweb

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Preconceito. Algo formado anteci-padamente sem a ponderação dos fatos. Sentimento negativo que cria barreiras invisíveis ou se materializa transformando-se em tempestade

escr

acha

do

fotoBreno aUGUsto

1

estudante do 3º período de direito na faculdade asces, lorena silvestre

se destaca por gostar de escrever desde os 12 anos. atualmente, se dedica a produção

de textos voltados para a cultura nordestina

e romances, todos disponibilizados em uma

página na internet. sua inspiração vem de nomes

como fernando pessoa, carlos drummond e

clarice lispector. além de escritora e poetisa, lorena

também é cantora.

Diante desse argumento buscamos o auxílio da estudante de Direito da Asces, Lorena Silvestre

1 , para responder alguns questionamentos so-bre o assunto.

Caso Mayara PetrusoÉ lamentável saber que existem comportamentos tão estúpidos em plena pós-modernidade. de fa-to, muitas pessoas generalizam demais e conhe-ce muito pouco sobre seu povo, sua raça, sua cul-tura. o caso que ocorreu com a estudante chama-da mayara petruso foi apenas um de inúmeros que acontecem diariamente, no entanto, fi co indigna-da que uma estudante de direito tenha um pensa-mento tão mesquinho e estereotipado.

Redes Sociais a maioria das redes sociais provoca mais o precon-ceito do que o orgulho, porque grande parte este-reotipa as pessoas, fazendo com que elas sigam um conceito precipitado, sem ao menos pensar so-bre ele. no entanto, não podemos generalizar, pois é nítida a existência de redes sociais que provo-cam o orgulho nordestino e que mostram a cultura e a história comovente dos nossos artistas.

Comentários preconceituosos resultam em... ambiente social deteriorado.

Programas Sociais a seca e a miséria incentivam os preconceitos, mas, principalmente, o modo como são retrata-das nos programas de assistencialismo barato, os quais fazem com que muitas pessoas pensem que todo o nordeste é constituído de pobreza e seca, fazendo com que algumas pessoas desconheçam as praias maravilhosas, os lugares turísticos, a ar-te dos sertanejos, a história e a cultura incrível que rodeia o povo nordestino.

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Resultado. após ser aprovado em medicina pela Universidade federal do ceará (Ufc) com apenas 15 anos, o estudante tiago Dirceu Saraiva 1 foi autorizado a ingressar no curso antes de concluir o ensino médio. ele concorreu a uma das 80 vagas da graduação que teve mais de quatro mil candidatos pelo Sistema de Sele-ção Unificada (Sisu) 2 .site oglobo.globo.com (em 21/01/2013)

“se o estudante consegue apresentar bons resultados em exame de vestibular, não vejo problema na promo-ção dele a um nível superior ao qual ele, segundo um programa escolar, deveria cursar. porém, é preciso que se faça um teste, referente à etapa de escolariza-ção superada para garantir a comprovação do conhe-cimento mínimo, uma vez que o máximo já foi compro-vado.” Ana Paula Bezerra, Técnica Educacional “podemos afirmar a importância do ensino na fase dos infinitos vestibulares, sendo esse o período para acumular a bagagem de aprendizado, sobretudo para ingressar numa universidade. os jovens estão, a cada dia, mais preparados para a concorrência, exigindo de-le total dedicação e compromisso com o que se alme-ja. o caso do estudante tiago dirceu, de 15 anos, que foi aprovado no curso de medicina, nos mostra real-mente o perfil de um jovem qualificado que busca a re-alização de objetivos, tendo foco no que deseja, pois, não é fácil uma aprovação, ainda mais nessa área. foi

deu/

não

deu

textoroBson meriÉVerton

comprovado que não foi só sorte; além de ser aprova-do no vestibular, conseguiu alcançar a aprovação tam-bém no exame com questões do ensino médio exigi-dos pelo conselho de educação do estado do ceará.” Carla Lemos, 25 anos, Administradora

“nesse caso, estamos diante de um aluno especial. hoje em dia, a razão das crianças ingressarem logo ce-do na vida educacional desperta nos educandos duas realidades diante da criança, tanto pelo gosto da esco-la ou como o repúdio pela própria, uma vez que a crian-ça deixa muito cedo os laços afetivos e familiares para dividir os espaços com outros educandos. o aluno se enxerga precoce para os parâmetros da carreira edu-cacional, onde o mesmo pula várias etapas de estudo, para ter o direito de cursar a graduação em medicina e é submetido a fazer um teste que lhe dará o direito de cursar, extremamente importante, salientando que es-tamos diante de um adolescente de 15 anos.” Milvio Cordeiro Leite, professor da Rede Municipal

esse É Um espaço para QUe os leitores

e especialiistasdiscUtam

os fatos Bacanas, polêmicos oU

esdrúxUlos QUe caíram na Boca

do poVo e os QUepassaram Batido

na imprensa

Page 37: Revista Olha! - 3ª edição

1

de acordo com o estudante, a inscrição para o enem foi apenas para ganhar experiência. das 180 questões que continham na prova, tiago acertou 153. na redação, a pontuação foi de 900 dos mil pontos destinados a ela. a prova foi realizada para ingresso no curso de medicina da Ufc, no campus da cidade de sobral, a 250 km de fortaleza. para entrar, ele disputou com mais de 4 mil concorrentes as 70 vagas do curso. no resultado, ficou em 54º.

2

na primeira edição deste ano, o sisu ofereceu 129.319 vagas — 18% a mais em relação a 2012 — em 3.752 cursos. neste primeiro semestre, 101 instituições públicas de educação superior promovem a seleção de estudantes por meio do sistema. o sisu seleciona candidatos a vagas em instituições públicas com base nas notas obtidas no exame nacional do ensino médio (enem).

Prejuízo. a proliferação do uso da internet, além de causar prejuízo para alguns detentores de obras autorais, também pode ser uma excelente ferramenta para auxiliar nos estudos. alguns sites especializados dispõem de uma infinidade de livros para download grátis dessas obras autorais. Um dos mais conhecidos é o site da Universia (www.universia.com.br).

***“o prejuízo só é causado pelo alto valor dos cds, dVds, blu-rays e livros. Quem não tem condições de comprar acaba ‘baixando gratuitamente’. esses pro-dutos, que são para o desenvolvimento cultural e in-telectual das pessoas, deveriam ser livres de impos-tos. se fosse dessa forma o custo benefício de se com-prar seria maior. Baixar livros acaba sendo uma alter-nativa para baratear o custo dos estudos, que no Bra-sil é bastante elevado.” Hélder Quaresma, estudante de Jornalismo

“acredito que a possibilidade de se baixar um livro em casa, gratuitamente e imprimir ou ler na tela do seu computador, seja excelente. Um belo incentivo à lei-tura. creio que “não ter tempo para a leitura” o estu-dante ainda pode alegar, entretanto, pode evitar des-culpas como: “não vou ler porque não tenho o livro” ou “não há na livraria, se solicitar vai demorar a che-gar, não dá tempo...”, etc. e para os “apreciadores”

de uma boa leitura ou boas leituras, entendo ser esta uma alternativa formidável e incomparável. penso que os “sites” que disponibilizam tal serviço deveriam ser melhor divulgados e esta sua pesquisa já é uma forma de divulgação.” Silvia Janaina Feitosa, Professora da Rede Municipal de Caruaru

“a maioria de nós, jovens, busca a internet com mais frequência para realizar downloads, enquanto muitos reclamam que deveríamos dar mais atenção à leitu-ra e aos estudos. contudo, a internet também nos ofe-rece isso. só que de forma diferente. os livros para do-wnload tornaram-se uma ferramenta bastante procu-rada. eu mesma já “corri atrás” várias vezes. como sou estudante e preciso estar constantemente infor-mada, encontrei nos livros digitais uma ótima forma de estudo. É mais prático e rápido de ser encontrado. além do mais, é uma forma de incentivar aqueles que não são adeptos da leitura a gostarem de ler.” Joalline Nascimento, estudante de Jornalismo

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fora do ar

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fora do ar“o amor é o ridículo da vida. a gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. a vida veio e me levou com ela. sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. morrer não dói.”

Cazuza

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bast

idor

es

reportAgeManderson morais

fotosBreno aUGUsto

1

as vagas oferecidas para o vestibular 2013.1

da instituição foram distribuídas assim: 50 vagas para o curso de

administração; 20 vagas para ciências contábeis;

50 vagas para Jornalismo; 20 vagas para publicidade

e propaganda nos cursos de bacharelado. para

os cursos de curta-duração, conhecidos

como tecnólogos, foram disponibilizados 100 vagas na área de marketing; 100 vagas

para Gestão de finanças; 50 vagas para Gestão de

recursos humanos; 50 vagas para Gestão pública

e 100 vagas para Gestão e logística.

Um domingo de verão com sombra e água fresca. era essa a sensação dos inscritos para o vestibu-lar 2013.1 da Faculdade do vale do ipojuca – FA-viP 1 . nada de filas quilométricas ou mesmo corre-ria para o local de acesso as provas. a sensação de tranquilidade era presente entre os estudantes e fa-miliares que aguardavam no local.descontraída e conversando com amigos momen-tos antes do vestibular, andreza rayane silva, 19

vestibular tranquilo

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anos, estudante da rede estadual de ensino, que busca uma vaga no curso de jornalismo, ressaltava que era preciso manter a calma e equilíbrio, antes e na realização das provas. “ estou tranquila para re-alizar a prova, este é o terceiro que realizo. o primei-ro que fi z fi quei nervosa demais, não consegui me concentrar. para este, reservei mais um tempo pa-ra estudar e realizar técnicas de relaxamento para me sair bem”.para outros, o vestibular é a chance de reingressar

na faculdade e conseguir terminar os estudos, co-mo é o caso do estudante flávio Bazante de Bar-ros, 22 anos. “estou prestando novamente o ves-tibular para o curso de administração para ten-tar uma oportunidade de fi nanciamento através do fies (programa de financiamento estudantil). in-felizmente a nota que obtive no enem (exame na-cional do ensino médio) não foi sufi ciente para ga-nhar uma bolsa, mas eu não posso parar de estu-dar”, destacou.

FeVereiro 2013 www.reVista .com.br41

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Page 42: Revista Olha! - 3ª edição

Perseverança. Entre críticas, elogios e muita batalha, o jovem programador Marcos Pasquim abriu mão dos computadores pelos holofotes

com

igo

foi a

ssim

reportAgeMroBson meriÉVerton

fotoroBson meriÉVerton

o sucesso e a realização profi ssional nem sempre são alcançados na primeira experiência. do desejo de se dedicar a alguma atividade até a sua concre-tização, muitos obstáculos têm de ser superados. isso foi o que aconteceu com o ator marcos pas-quim. aos 22 anos, já tinha uma vida devidamen-te estável com a profi ssão de programador de com-putadores. no entanto, o instinto curioso e deste-mido levou-o a experimentar outros mundos, des-cobrindo nos palcos a satisfação de ser ator. “posso dizer que o meu interesse pela vida artís-tica começou no palco. além de programador de computadores, trabalhava também como modelo. por indicação, fi z um teste para ator, daí foi onde descobri que tinha facilidade em decorar textos e, acabei me interessando pelo teatro”, diz pasquim. o primeiro trabalho como ator foi em uma pequena participação na peça “Blue Jeans”, depois da apro-vação em um teste. “Já no primeiro dia de apre-sentação, de frente do carinho e aplauso de todo aquele público, acabei me encontrando”. a che-gada à televisão veio como consequência da boa atuação na peça. “o primeiro contato com a tV foi apavorante. isso aconteceu quando entrei na no-vela cara & coroa, da rede Globo”.por ser um rosto novo no mercado, recém saído das passarelas de moda, pasquim enfrentou mui-tas críticas. “no fundo, tinha lutado para que tu-do caminhasse da melhor forma possível, inclusi-ve me dedicando e buscando aperfeiçoamentos”. muitos personagens depois, não havia um que se destacasse como preferido, exceto dom pedro i, que viveu na minissérie “Quinto dos infernos”. “es-sa foi a primeira vez que colegas de trabalho che-garem até mim para parabenizar. ouvir que você está fazendo um bom trabalho é muito bom”.a comédia é um dos gêneros favoritos, mas envol-ve um nível de complexidade maior, pela intensi-dade que se exige do ator. “o drama também me atrai. na comédia, o ator consegue mostrar tu-do em um só personagem”, explica. Quem vê pas-quim falando com tanta intimidade da profi ssão acha que ele é realizado. “Quero aprender muito mais coisas, até porque, não sei se um dia me sen-tirei plenamente realizado pela quantidade de coi-sas que ainda posso aprender”, conclui o ator.

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ser, ter e escolher

“Quando a gente muda, o mundo muda com a gente, e agente muda o mundo com a mudança da mente, na mudança de atitude não há mau que não se mude nem doença sem cura, na mudança de atitude a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro...”

Gabriel o Pensador

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ser, ter e escolher

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onildo almeidaaos 84 anos, onildo mostra que sua relação com o tempo é de cumplicidade. famoso pelas composições gravadas por grandes nomes da música brasileira, ele tornou caruaru conhecida internacionalmente através de sua decantada feira

Um dia onildo almeida saiu passeando pela feira de caruaru e observou que as barracas ofereciam praticamente tudo o que se encontra no comércio de qualquer cidade desenvolvida. Verduras, frutas, animais, miudezas, artigos de magazines, sorvete, móveis e uma infinidade de coisas. a curiosidade serviu como inspiração para compor uma das mú-sicas regionais mais ouvidas em todo o mundo.onildo passou dois ou três meses pesquisando e anotando informações. em seguida, começou a es-crever os primeiros versos, procurando a rima com a letra “u”, porque combinava com caruaru. “por-que toda feira é igual, mas a de caruaru é diferen-te. fui muito feliz quando escrevi que de tudo o que há no mundo tem na feira de caruaru”, comenta.era o ano de 1956 e onildo estava na rádio difu-sora, onde era funcionário e mantinha dois progra-mas no ar: Vesperal das Quintas e expresso da ale-gria, feitos por uma equipe comandada por ele pró-prio. onildo estava na técnica de som quando Ruy Cabral 1 foi lhe passar algumas instruções da programação. “mostrei a letra e ele me pegou pelo braço e levou para o palco. cantei a música três ve-zes seguidas e o povo aplaudiu. senti que iria agra-dar o grande público”, recorda o compositor.naquela época, luiz Gonzaga era o único repre-sentante do baião e ninguém se atrevia a gravar músicas do gênero. onildo decidiu então gravar a própria música num disco 78 rpm 2 . “Vendi 11 mil cópias”. o sucesso da música fez que com Gon-zaga gravasse “a feira de caruaru”, lançada no ano seguinte, por ocasião do centenário da cida-de. começava aí uma parceria e amizade que du-raram o restante da vida. luiz Gonzaga gravou 23 composições de onildo al-meida. além dele, outros nomes de peso se ren-deram ao talento do compositor caruaruense. só amelinha gravou 64 canções. além do trio nor-destino, Gilberto Gil e até chico Buarque. a partir

daí suas músicas se tornariam conhecidas no Bra-sil e no mundo inteiro, rendendo-lhe direitos auto-rais até os dias de hoje. no mês de dezembro, por exemplo, a gravadora Universal lhe comunicou de-pósito por direitos autorais. a maioria por comer-cialização no exterior. alemanha, frança, portugal, espanha, itália, Japão, Bélgica, Grécia, inglaterra, suíça, Japão, austrália, estados Unidos e escandi-návia são alguns dos países por onde as composi-ções de onildo têm circulado.aos 84 anos, onildo almeida é um homem com muitos compromissos. presidente reeleito da aca-demia caruaruense de cultura,ciências e letras (acaccil), diretor do memorial da cidade e diretor-proprietário da rádio cultura do nordeste, ainda assim encontra tempo livre para fazer o que mais gosta: compor. atualmente, está em estúdio gra-vando dois cds, um secular (com músicas juninas) e outro gospel. também vai à igreja todos os do-mingos. canta, prega e é convidado para testemu-nhar sua conversão em igrejas do estado e de fora.o segredo da longevidade ele explica. “preservo-me de certas coisas para viver mais. não bebo, não fumo, não faço extravagância alimentar e dur-mo pouco. apenas quatro horas por dia. Quando você dorme, não vive”. não é adepto das tecnolo-gias atuais, mas costuma se manter informado. lê a bíblia, jornais e revistas. para onildo, o cenário artístico em caruaru é forte, mas desprestigiado. “caruaru é um nome doce para a cultura, no en-tanto, a cultura está distante dos poderes”, critica.defensor do forró e dos ritmos regionais, onildo diz que os novos ritmos musicais, como o forró estili-zado, são passageiros e fazem um sucesso fabri-cado. “há quem não goste, mas acho necessário, pois quando você escuta essas ‘porcarias’ que têm por aí e compara, acaba valorizando a música tra-dicional”, enfatiza. conhecido como compositor de forró e baião, onildo é requisitado há décadas para compor marchinhas de campanhas eleitorais.Viúvo, pai de três filhos e avô de sete netos, onildo almeida aponta a família como o seu maior orgu-lho. “porque não tive o menor problema com mu-lher e filhos, o que é muito difícil hoje em dia”. sim-pático, ele revela ter alguns sonhos, mas dar-se por satisfeito com aquilo que conquistou. “a gen-te nunca se completa. Quando você consegue um objetivo, surgem outros. mas, acho que cumpri mi-nha missão na terra”. o tempo só fez bem ao “ho-mem da feira” e ele não pensa em parar. “eu não vi o tempo passar e estou inteiro. considero-me um privilegiado”.

reportAgeMfernandino neto

fotosBreno aUGUsto

1

nascido na cidade de Bonito, no agreste de pernambuco, o então amélio cabral adota o nome de ruy cabral, o

qual fez história em vários veículos de comunicação

do estado. em caruaru, ruy ganhou grande

projeção profissional. seu maior sucesso foi na

então rádio difusora com o programa de auditório “expresso da alegria”. o

grande nome do rádio pernambucano faleceu no dia 26 de março de

2012, vítima de embolia pulmonar, no bairro de

casa caiada, no município de olinda, região

metropolitana do recife.

2

o disco de 78 rotações ou 78 rpm era uma chapa,

geralmente de cor negra, empregada no registro de

áudio (músicas, discursos, efeitos sonoros, trilha

sonora de filmes, etc.). em geral, foram grandemente

utilizados na primeira metade do século xx.

até 1948 eram o único meio de armazenamento

de áudio, quando foi inventado o lp, mais

resistente, flexível, e com maior tempo de duração.

cult

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Page 47: Revista Olha! - 3ª edição

“nas horas vagas, onildo compõe ao som do piano e do violão. escreve, lê a bíblia e periódicos como jornais e revistas. a residência tem muito de sua essência. a inspiração para escrever canções vem, segundo ele, da vontade de fazer. “inspiração não se explica. acontece”, ressalta o homem que tornou a feira de caruaru conhecida ao redor de todo o mundo

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“durante muito tempo fiquei em dú-vida sobre o melhor console, entre ps3 e xbox 360. depois de ouvir muitos colegas usuários de ambos

aparelhos e analisar bastante, decidi pelo game da microsoft, pois, além de ser mais acessível em termos de valores, alguns jogos que se en-caixam mais no meu perfil estão disponíveis pa-ra ele. os recursos gráficos são ótimos e o har-dware é muito potente.” viNíCiUS GOMES, JOR-NALiStA

“sempre gostei de jogos. desde pe-queno minha diversão era jogar nos play times. o que me incentivou a comprar o xbox foi a tecnologia do

movimento: o Kinect. essa tecnologia permite que você jogue games específicos para serem usados no equipamento sem a utilização de controles ou qualquer coisa do tipo. interação 100% com o jogador. tenho o xbox há dois anos. na época que adquiri o produto, até porque ti-nha sido lançado há pouco tempo no Brasil, eram poucos os jogos com compatibilidade tec-nológica com o aparelho. mas logo foi lançada uma grande leva de jogos. mesmo assim, não ti-ve qualquer tipo de arrependimento.” tiAGO OLivEiRA, PROFESSOR DE iNGLêScons

umão

reportAgeMroBson meriÉVerton

fotosdiVUlGação

interaçãoO Xbox 360 é um equipamento de jogos da sétima geração de videogames produzido pela Microsoft e lançado em 22 de novembro de 2005 nos Estados Unidos, em 2 de Dezembro de 2005 na Europa e em 10 de Dezembro de 2005 foi lança-do no Japão. As características principais do Xbox 360 são o seu serviço Xbox Live que permite aos jogadores compe-tir online, baixar jogos arcade, demos de jogos, trailers, sho-ws de tv, música e filmes. No dia 4 de novembro de 2010, ofi-cialmente foi lançado a nova versão chamada de Xbox 360 S (popularmente conhecida como Xbox 360 Slim) juntamente com o exclusivo sensor de movimentos kinect. Desde então, o equipamento virou febre entre os jogadores de plantão.

Ligados em tecnologia. Com o avanço dos artifícios tecnológicos, jogar videogame está virando coisa do passado. A onda agora é juntar a galera para interagir com o Xbox

FeVereiro 2013 www.reVista .com.br 48

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social clube

reportAgeMroBson meriÉVertonfotosdiVUlGação

sem muito descansoentre festas, colônias e até prova de vestibular o período de férias foi bastante movimentado

1 alunos do 3º ano do colégio antenor simões en-cerraram mais uma etapa educacional em gran-de estilo. após um ano intenso de muito estudo, an-tes da formatura, toda a turma se reuniu em even-tos paralelos que prometem deixar muita recorda-ção. Um deles foi o culto ecumênico, realizado no teatro João lyra filho. 2 outro momento marcante foi a aula da saudade. como o próprio nome sugere, a turma aproveitou bem a oportunidade para com-

partilhar de boas lembranças. todos os presentes aproveitaram o encontro para libertar a criança que existe dentro de cada um, com direito até a mer-gulho coletivo na piscina. 3 no período de reces-so das atividades escolares, os pequenos do colé-gio atual aproveitaram bem o tempo livre na colônia de férias. muitas atividades estiveram na progra-mação, desde as lúdicas, passando pela arte, até as de cunho social, como as oficinas de reciclagem.

Uma das atividades que fizeram mais sucesso en-tre a moçada foi a que envolveu o mundo do circo.

4 dever cumprido. esse foi o sentimento dos 215 profissionais habilitados para honrar os juramentos dos cursos de Biomedicina, farmácia, odontologia, enfermagem, Bacharelado e licenciatura em edu-cação física e fisioterapia dos alunos da faculdade asces. a festa aconteceu ainda no mês de dezem-bro de 2012. 5 o domingo, 2 de fevereiro foi dia de prova para os feras que se inscreveram no Vestibu-lar de Verão da fafica. no total, foram 445 vagas, distribuídas entre os 12 cursos superiores ofereci-dos pela instituição.

3

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Desligue a tv e vá ler um livro. Nós que trabalhamos na Olha!indicamos quatro livros para vocêparar o tempo à sua volta e seentregar aos prazeres da leitura

cam

panh

aNão há dia fácilmark owen; Kevin maurer(Paralela)

não há dia fácil é um retrato da vida nas equipes do seal e um relato fi el da operação lança de netuno, realizada em 1º de maio de 2011, que resultou na morte do terrorista osama Bin laden. desde a pane no helicóptero Black hawk – que quase fez com que a missão fosse abortada – até o comunicado pelo rádio via satélite confi rmando que o alvo estava morto, a operação dos vinte e quatro seal na propriedade secreta de Bin laden é recontada em mínimos detalhes. mark owen, membro do Grupo para o desenvolvimento de operações especiais da marinha dos estados Unidos, mais conhecido como equipe seis do seal, foi líder de uma das mais memoráveis operações especiais da história recente, assim como de inúmeras outras missões que nunca chegaram às manchetes.

Os segredos das apresentações poderosasroberto shinyashiki(Gente)

Você já percebeu que as pessoas de sucesso sabem vender seu peixe? Você já se deu conta de quantas apresentações faz todos os dias? infelizmente, muitos profi ssionais competentes fracassam por não saberem se comunicar de modo convincente. talvez, neste momento, você esteja preocupado com as apresentações que tem de fazer em seu trabalho, ou esteja chateado porque teve um desempenho sofrível em uma oportunidade importantíssima para sua carreira. não importa qual seja a profi ssão, função ou atividade que você resolveu abraçar para realizar seus sonhos. se quiser ter o sucesso que almeja, você vai precisar fazer apresentações poderosas. neste livro, roberto shinyashiki, com sua experiência de mais de 30 anos como palestrante profi ssional, vai ensinar todos os segredos para organizar e fazer apresentações de impacto.

O preço da vitóriaharlan coben(Arqueiro)

myron Bolitar não é fã de golfe, mas, ao ser convidado por seu amigo Win para assistir ao aberto dos estados Unidos, aproveita a oportunidade para tentar conquistar novos clientes. e é o que acontece quando ele é procurado pelo pai de linda coldren, a golfi sta número 1 do ranking. antes que perceba, myron está novamente atuando como detetive, em busca de chad, o fi lho de linda que sumiu há dois dias. o desaparecimento é mais um peso sobre os ombros do pai do garoto, o também golfi sta Jack coldren, que lidera o torneio e luta para não repetir seu inexplicável fracasso de anos atrás. Win se recusa a ajudar no caso ao ser informado de que foi sua mãe, com quem não fala há anos, que recomendou myron à família coldren. mesmo sabendo que ela está à beira da morte, prefere manter distância.

Cinquenta tons de cinzae l James(intrínseca )

Quando anastasia steele entrevista o jovem empresá-rio christian Grey, descobre nele um homem atraen-te, brilhante e profundamente dominador. ingênua e inocente, ana se surpreende ao perceber que, a des-peito da enigmática reserva de Grey, está desespera-damente atraída por ele. incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de ana, Grey admite que também a deseja - mas em seus pró-prios termos. chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, ana hesita. por trás da fachada de sucesso - os negócios multinacio-nais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um ho-mem atormentado por demônios do passado e consu-mido pela necessidade de controle. Quando eles em-barcam num apaixonado e sensual caso de amor, ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, co-mo também sobre os segredos obscuros que Grey ten-ta manter escondidos.

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boca

no

mun

doEste espaço é todo seu: pode reclamar, dar dica, mandar opinião, bater boca ou também pode dar os parabéns, que é bom e a gente gosta!

viDA LONGA“caruaru finalmente ganhou uma publicação com a qualidade e inteligência que a cidade e seus lei-tores mereciam e esperavam! e ela chegou com to-da cara de quem pode e vai brigar em pé de igualda-de com muitas publicações de circulação nacional! Vida longa à olha! sucesso às boas ideias!” ANDER-SON LiMA, JORNALiStA

DEMOCRátiCA“tive a oportunidade de ler a revista e fiquei bastan-te encantada com esse espaço democrático de dar dicas, opiniões. achei o máximo e também quero dar minha sugestão de matéria. tenho mais de 10 anos de experiência no ramo de motocicleta e seria muito legal se vocês abordassem esse assunto em uma matéria, evidenciando o uso do veículo pelo jo-vem, já que os acidentes em nossa cidade são alar-mantes. a abordagem serviria para esclarecer os próprios jovens e também os pais.” tEREzA CRiSti-NA, SUPERviSORA ADMiNiStRAtivA

SURPRESA“fiquei bastante curiosa por saber que tinha uma no-va publicação circulando pela cidade. confesso que tive certo ‘receio’ pelo histórico de publicações que surgem em caruaru a todo instante e têm uma vi-da muito curta. mas, posso dizer que fiquei bastan-

[email protected] ao leitor: (81) 9544-1794

EDiçõES ANtERiORES: venda exclusiva em bancas, pelo preço da última edição

diretor execUtiVo OBEDE GUEiROS NEtO departamento comercial FAUziA EMANNUELLy editor Robson Meriéverton, projeto Gráfico e Jornalista Visual Sandemberg Pontes, reportagem Anderson Morais e Fernandino Neto, fotografia e edição de imagem Breno Augusto Publicidade para anunciar na Olha!, ligue: (81) 9544.1794Permissões da Olha! para usar selos, logos e citar qualquer avaliação da revista, envie um e-mail para a redação [email protected]. nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Saiba que os artigos assinados pelos colaboradores da Olha! não expressam necessariamente a opinião da revista. a Olha! não se responsabiliza pelo conteúdo dos textos de colunas e anúncios. É permitida a reprodução das matérias publicadas pela revista, desde que citada a fonte.Olha!, número 3, ano 0, edição 3, é uma publicação mensal, com distribuição comercializada nas principais instituições de ensino públicas e privadas, assim como nas escolas municipais, estaduais e particulares de caruaru, por r$ 4,90. impressão Gráfica centauro. tiragem 5 mil exemplares. Sede rua do norte, 48, 2º andar, sala 201, centro, caruaru, pernambuco, tel. (81) 9544.1794, de segunda a sexta, das 8h às 18h. sábados, das 8h às 13h. Contato Comercial igor santos, tef. (81) 9544.1794, das 8 às 18h, de segunda a sexta e sábados, das 8h às 13h, [email protected]

te surpresa ao passar na banca e comprar, devido as qualidade e leitura atrativa. a capa logo me chamou atenção. folheei toda a publicação com certo ar, mais uma vez repito, de surpresa. as imagens, o colo-rido e os textos formam uma harmonia impecável. os leitores de caruaru e região estão muito bem aten-didos com essa revista que chegou para ficar. para-béns a toda equipe.” GLORiELLy ALEiXO

CONCEitO“a revista olha! está surpreendendo o mercado edi-torial local. com um conceito diferenciado, está mostrando que caruaru pode ir muito além do que se vê. parabéns a toda equipe da revista. desejo su-cesso e ótimas pautas. por que o caminho certo, vo-cês já encontraram.” ANDRESA FRANCO

QUALiDADE“olá pessoal da redação da olha! Venho parabeni-zar todos vocês pela qualidade do produto posto em circulação. estou feliz em saber que caruaru conta com profissionais tão capacitados a ponto de produ-zir uma revista desse nível. fiquei bastante empol-gada com a publicação. Quando vejo alguma notícia no facebook sobre a edição do mês, corro na banca para garantir a minha. espero que continue trazen-do matérias de qualidade e um visual bonito de se ver. parabéns!” JÉSSiCA SANtOS

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aGÊncia 0051159-72206

conta 18.715-450.000-31269-6

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n o s s o s n Ú M e r o s p A r A d o A ç ã o A o i c i A

caixa econômicaBanco do Brasil

Unicred

colAbore Doação on-line Seja voluntário Serviços Lojinha

p r e c i s A M o s d e s u A A J u d Ainformações pelo fone: (81) 3727-7137pelo e-mail: [email protected] pelo site: www.icia.org.br

institUto do cÂncer infantil do aGreste

siGa-nos tamBÉm: entre no nosso site: www.icia.org.br

COLABORE

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fim

“Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas.”

Ariano Suassuna

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