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Matéria Empreendedorismo Qualidade Sustentabilidade Logística Economia G8 Industrial prospecta oportunidades G8 Industrial prospecta oportunidades O banco que revolucionou a forma de conceder crédito O banco que revolucionou a forma de conceder crédito Entendendo a crise: motivos e histórico da turbulência mundial Entendendo a crise: motivos e histórico da turbulência mundial Ano 2 6ª Edição Fevereiro 2009 Distribuição Gratuita

Revista Matéria Prima - 6ª edição

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Fevereiro de 2009

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Page 1: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Matéria

• • •• •Empreendedorismo Qualidade Sustentabilidade Logística Economia

G8 Industrial prospecta

oportunidades

G8 Industrial prospecta

oportunidades

O banco que revolucionou

a forma de conceder crédito

O banco que revolucionou

a forma de conceder crédito

Entendendo a crise:

motivos e histórico da

turbulência mundial

Entendendo a crise:

motivos e histórico da

turbulência mundial

Ano 26ª Edição

Fevereiro 2009Distribuição Gratuita

Page 2: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009ÍNDICE

22222

Fevereiro - 2009 - Ano II - 6a EdiçãoCirculação: 5000 ExemplaresCoordenação:- Roselaine Vinciprova - [email protected] Tadeu Battezini - [email protected]

Geral: 51 3041.2333 - [email protected] www.trcomunicacao.com/materiaprima

Comercial: Tadeu Battezini - [email protected] Responsável: Roselaine Vinciprova - [email protected] (MTB 11043)Colaboração: Camila Schäfer - [email protected]

Micael Rodrigues - [email protected]

Fontes: Fiergs, administradores.com.br, Fecomércio, Federasul, Portal PGQP, Sebrae RS, Portal da Qualidade, CIC,Prefeitura de Gravataí, www.fnq.org.br, Setcergs, Zero Hora, Receita Federal do Brasil, Valor Econômico, SecretariaEstadual da Fazenda, Jornal do Comércio, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil, Agência Brasil.

Matéria Prima é uma publicação bimestral da TR Comunicação e Marketing. Todos os direitos reservados.

TR Comunicação e MarketingAv. João Batista da Silveira e Souza, 37 / 207Centro - Cachoeirinha / RSCEP: 94920 - 10051 3041.2333

A qualidade mundialpara a indústria daquiLeandro Gonçalves da Silva fala sobre a Interfasul e suas parcerias ousadaspara oferecer o que há de melhor no mundo para a indústria brasileira

8 e 9REPORREPORREPORREPORREPORTTTTTAAAAAGEM ESPECIALGEM ESPECIALGEM ESPECIALGEM ESPECIALGEM ESPECIALHerdeiros de sonhos,tradições e negócios

As empresas familiares por vários ângulos

18, 19 e 20

O banco que revolucionou a forma deconceder crédito

Muhammad Yunus, criador do banco Grameen,mostra que é possível conceder crédi-to aos pobres e ter um índice de inadim-plência quase zero.

Renova inaugura célula detrabalho em presídio .............................. 06

Metalúrgica Fallgatter apresentaplanos de expansão ................................ 11

Sidermetal cresce em meio à crise ........ 12

Novas medidas para empresasoptantes do Simples ............................... 14

Entendendo a crise ................................ 17

Normas ISO ganham novo formato ...... 24

Menos enxofre no diesel ....................... 27

Novos setores obrigadosa emitir NF-e .......................................... 29

A importância do setor de RH .............. 30

Conflitos podem seroportunidade de mudança .................... 32

Lixo tecnológico com destino erradotraz sérios problemas à sociedade ........ 34

33

MAMAMAMAMATÉRIA DE CTÉRIA DE CTÉRIA DE CTÉRIA DE CTÉRIA DE CAPAPAPAPAPAAAAA

Page 3: Revista Matéria Prima - 6ª edição

INFORME COMERCIAL

Comer bem é um dos poucos hábitos que ninguémgostaria de abrir mão. Poucas coisas trazem tanto bem-estar para o corpo e a alma quanto prestigiar umrequintado ambiente e degustar sabores e especiarias.

O Restaurante Mercato, inaugurado há mais de seteanos, brindou a região com uma grata surpresa. Acozinha contemporânea explorada na sua melhoressência durante o dia e as tradicionais pizzas à noitesurpreenderam. O público gostou tanto que a trajetórianatural seria criar novas roupagens para o Mercato,buscando agradar o seu fiel público e novos clientes. OCafé Mercato, localizado no coração da cidade, é umaidéia ousada. O ambiente foi projetado para ser umlocal aconchegante de encontros e negócios. ParaVolmir Carboni, o Café Mercato surpreendeu porquedemonstrou um público em busca de qualidade ediferenciais. O Café, durante este ano, aindaapresentará muitas novidades para o público.“Estamos construindo a verdadeira essência do CaféMercato. É isso que vamos apresentar ao público”,revela Carboni.

Mas neste ano as duas grandes novidades são oMercato Express e o Mercato Itália. Novas roupagenspara a família Mercato. Os dois têm previsão deinauguração na primeira quinzena de março.

O Mercato Express é um restaurante voltado paraum público que quer almoçar com qualidade e preçomais acessível. Também tem a opção do àquilo. O espaço ainda será um local para festas,casamentos, aniversários. A direção do Mercatotambém planeja promover eventos periódicos abertosao público com uma boa música ou atração especial.

O Mercato Itália é um restaurante preparado comrespeito às tradições e a arte culinária. Os grandesdiferenciais serão o tradicional galeto à moda italiana, euma ilha de risotos, onde o cliente monta o molho desua preferência. O cardápio oferece ainda massas,antepastos e especiarias italianas além de outrassurpresas que o público só irá conhecer na abertura doespaço. O Mercato Itália funcionará junto ao Pátio RioGrande, no Distrito Industrial de Cachoeirinha.

self service

Uma família que respeita astradições e a arte culináriaUma família que respeita astradições e a arte culinária

Em março oMercato inaugura doisespaços: o Itália e o Express

Page 4: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

44444

EDITORIAL

Equipe daRevista Matéria Prima

A marolinha virou tsunamiNão tem como não se perder em meio à crise. Em

todos os sentidos. A marolinha virou um tsunami. Sãotantas notícias que, às vezes, nos perguntamos se todasfalam do mesmo mundo. No mesmo dia, são divulgadasnotícias como o corte de salário dos funcionários da Su-zuki e o maior aumento de vendas no mundo da Volks. OMinistério do Trabalho divulgou o corte de 654 mil vagasem dezembro ao mesmo tempo em que a Disneylândiade Tóquio contratou mais de dois mil e a indústria dofumo gaúcho intensifica contratações.

Muitas das demissões vêm da indústria automotiva.Para alguns, isso não é surpresa porque o gráfico consu-midores x carros não pode estar emascensão durante tantos anos. Po-rém, a redução dos impostos ado-tada pelo governo em dezembro fezcom que as vendas aumentassem. Eaí muitos analistas perguntam: "porque tantas demissões?".

As empresas diretamente atin-gidas são as que têm ligação comexportação. Por isso vemos algu-mas indo muito mal ao mesmo tem-po em que outras crescem, como a G8 Industrial e aSidermetal.

A crise causa uma precaução em todos os setorescom a estagnação dos investimentos ou aquisições. Mui-tos já dizem que essa é uma crise de confiança, uma vezque atingiu esse patamar porque muitos investidores econsumidores estão "desconfiados".

Mas, por outro lado, a crise gera oportunidades paraas empresas que conseguem ter uma visão mais clara.Manter a estratégia é uma ótima ideia, se a empresa tivercerteza do seu negócio. Outras áreas, como a de Tecno-logia da Informação, já encontram na crise oportunida-des.

O Governo anunciou um pacote de medidas para aju-

dar as empresas, dentre elas protelação de prazos depagamento dos impostos. O Banco Central cedeu às pres-sões e baixou a taxa básica de juros para 12,75%. ParaPaulo Tigre, presidente da Federação das Indústrias doRio Grande do Sul (FIERGS), este deve ser o ano do BCser mais ousado no corte dos juros e dos governos repen-sarem estímulos, reduzindo impostos e, principalmente,fazendo investimentos em infraestrutura, logística, ener-gia e saneamento. A próxima reunião do Copom aconte-ce em março.

Aqui na região, uma das melhores notícias é a gera-ção de mais de mil postos de trabalho para as melho-

rias em Cachoeirinha, fruto doempréstimo do Fonplata - Fun-do Financeiro para o Desen-volvimento da Bacia do Prata.São obras, basicamente, doconduto forçado, além de alar-gamento e construção de ave-nidas.

Realmente são muitas notí-cias. O bom de tudo isso é quecada pessoa pode tirar de cada

uma o melhor proveito. O importante é que nós, daRevista Matéria Prima, procuramos a cada edição tra-zer um balanço dos principais acontecimentos que afe-tam a nossa indústria. Pessoas daqui da região que tra-balham para mostrar que é possível construir um mun-do melhor. Desejamos a todos uma boa leitura, lem-brando que na próxima edição de abril estaremos com-pletando o primeiro ano de circulação. Convidamosvocê, leitor, a participar desta edição mandando e-mails com mensagens e sugestões. Até abril.

As empresas diretamenteatingidas são as que têm

ligação com exportação. Porisso vemos algumas indo muitomal ao mesmo tempo em que

outras crescem, como a G8Industrial e a Sidermetal.

Page 5: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Divimonta inaugura nova sede

Buscando oferecer o que há de mais moderno e seguro no ramo de divisórias, forros, gessoacartonado, pisos, carpetes e persianas, a Divimonta inaugurou sua nova sede localizada noacesso ao bairro Morada do Vale I. O coquetel contou com a presença de amigos, clientes efamiliares no dia 10 de janeiro. As novas instalações contam com um completodos produtos Divimonta.

Ao completar 10 anos de atividades, a empresa comemora a conquista de clientes em todoo Brasil. O atendimento personalizado e capacitado garante à Divimonta uma lista degrandes empresas no seu portfólio.

As divisórias são capazes de multiplicar espaços. Elas são muito usadas para maximizarambientes. É possível transformar uma sala em um novo ambiente. Mas, para isso, também éimportante contar com qualidade em todos os processos. Desde a perfuração até o projetocerto na hora de aproveitar o espaço. A Divimonta também conta com assessoria completapara remodelagem com forros, gesso, pisos, carpetes e persianas.

Visite a Divimonta.

show room

Av. Alexandrino de Alencar, 30.Morada do Vale I . Gravataí - RS

51. 3490.5861

DIVISÓRIAS | PISOS | FORROS | CARPETES | GESSO ACARTONADO | PERSIANA

Amigos, clientes e fornecedores estiveram presentesno coquetel de inauguração da nova sede.

Conheça nossa linhano conforto da nova sede.

INFORME COMERCIAL

Page 6: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

A empresa G8 Industrial entrou em 2009 como pé direito. Contrariando as perspectivas de cri-se, a empresa definiu em seu plano estratégico queos mercados de petróleo e gás, além da indús-tria naval, seriam seus principais focos de atua-ção, por se tratar de setores com uma política con-solidada de investimentos, mesmo que possíveisrevisões possam ocorrer ao longo do período.

Desta forma, em sua primeira prospecção demercado ao Rio de Janeiro, a G8 Industrial podedesenvolver as primeiras parcerias com o foco nestaespecialidade produtiva. Foram visitados os Esta-leiros Cassinú e Atlântico Sul. Como resultado des-tas agendas, a G8 Industrial já está desenvolvendoum projeto tecnológico para a nacionalização deuma peça de embarcações, tanto de grande portecomo rebocadores. "Também se concretizou umaprestação de serviços para a reparação de um eixode navio", destaca Nélcio Pereira, um dos sóciosda G8 Industrial.

Além destas prospecções, foi realizada uma

G8 Industrial prospecta oportunidadesvisita à empresa Continental,cliente da G8 na aquisição deferramentas de trepanação(Ferramentas de Corte paramanutenções em dutos).

De acordo com EgídioPalaoro Neto, também só-cio da G8, as perspectivaspara 2009 são muito boas.O Grupo está revolucio-nando a forma de entregarsoluções customizadas àindústria nacional. Comoprincipal foco para os pró-ximos anos, os sócios daG8 destacam o investimen-to em tecnologia. "Investi-remos muito em pesquisae desenvolvimento, focando a nacionalizaçãode itens e a agregação de valor" salienta EgídioPalaoro Neto.

A Renova, dentro do Plano de Ação Conjunta (PAC) enuma parceria com a Instituição Penal Irmão Miguel Dario,inaugurou em dezembro uma célula de trabalho dentro dasede da instituição penitenciária. De acordo com o dire-tor presidente da Renova, Joarez Venço, esse é um projetoque vem dando excelentes frutos e possibilita que os apena-dos em regime semiaberto trabalhem na empresa com osmesmos direitos dos demais colaboradores.

Atualmente, dez apenados trabalham na produção daRenova, contando com ônibus da empresa que busca e leva-os de volta ao presídio. "A partir de agora estaremos dandomais uma oportunidade de valorização a essas pessoas, poisacreditamos que com oportunidades todos podem mostrarseu conhecimento", afirmou Venço.

Depois de cumprida a pena, a Renova dá a oportunidadede o apenado continuar trabalhando. "Isto é muito importan-te, pois essas pessoas saem do presídio estigmatizadas e nãoconseguem novos empregos, o que contribui para a reinci-dência. Temos tido ótimos exemplos na Renova, inclusive ca-sos de promoção dentro da empresa", destacou o diretorpresidente.

Para o Juiz Corregedor dos presídios da Vara de ExecuçãoCriminal de Porto Alegre e Novo Hamburgo, Sidnei José Brzuska,a pena tem a função de reinserir o preso na sociedade. Para ele, ainiciativa da Renova vem oportunizar melhores condições devida a essas pessoas. "Não há como melhorarmos a vida des-ses detentos sem fazermos com que trabalhem. Faço votos queesse projeto aumente ainda mais", disse.

De acordo com o Diretor da Susepe, Luis Galbari da Sil-

va, o programa é umexemplo de como inseriros presos na sociedadecomo cidadãos melhores."Estamos muito satisfeitoscom esse projeto e vamosnos unir para que ele te-nha um crescimento mai-or a cada ano", finalizou.

O diretor do MiguelDario, Rubiara Costa,destacou a grande parce-ria com a Renova, que ge-rou a oportunidade de ampliação do projeto. "Gostaríamosque a sociedade gaúcha conhecesse esse trabalho, pois sóassim poderemos fazer com que cresça e dê maiores oportu-nidades", definiu.

A célula de trabalho instalada no Miguel Dario empregaráde 20 a 25 detentos e o projeto pode chegar a 80 oportunida-des. A função dos apenados é de separar, classificar e embalaras toalhas industriais da Renova.

Renova inaugura célula de trabalho em presídio

NOVA PARCERIA - A Renova fechou no mês passado umaparceria com a indústria alimentícia Frangosul para o forneci-mento de uniformes nas unidades de Montenegro/RS (2.200colaboradores) e de Carapó/MS (400 colaboradores).

A empresa irá criar um sistema onde cada funcionário terá oseu armário para reposição e recebimento dos uniformes.

G8 quer investir nos setores de petróleo egás, além da indústria naval

Divulgação G8/MP

Diretor presidente da Renova, Joarez Venço,assinou parceria em dezembro

Divulgação Renova/MP

66666

Page 7: Revista Matéria Prima - 6ª edição

INFO

RM

E C

OM

ERC

IAL

RS 020, 7009 - Parada 75 (a 1Km do Pampas Safari)Gravataí - RS

O , conhecido por seusatrativos e beleza natural, está com umnovo projeto para as escolas e creches: é o

. Com o

, o parque oferece um espaço onde asescolas podem colocar em prática o que évisto na teoria e aos estudantes aoportunidade de participar de oficinaspedagógicas, trilhas ecológicasinterpretativas e de ajudar na manutençãode uma horta orgânica.

O projeto conta com o apoio técnico epedagógico de geógrafos, biólogos e umtécnico em enfermagem (que faz plantãono sítio).

A , grande atraçãodo , é um espaço para

vivenciar todo o processo e estruturaçãode um ambiente rural. Lá, os alunosencontram uma . “Mas ogrande ídolo das crianças é o , nossobode”, conta a coordenadora pedagógicaValdete Groff de Azevedo.

Todo o trabalho é feito de acordo com aidade dos estudantes, que podem usufruirda infraestrutura do parque, compostapor: Parque Aquático; Área para jogos eVídeo; Quadra poliesportiva: futsal e volei;Praça Infantil; Salões; Churrasqueirasjunto à Natureza; Enfermaria; Lancheria;Área para Alimentação e Estacionamento.

O ainda pretende atender emoutro endereço, na parada 120 da RS 020(Faixa de Taquara) a fim de oferecer umaárea para e trilha.

Sítio Laranjal

Mini FazendinhaSítio Laranjal

Horta Orgânica

Laranjal

slogan

“Na Natureza do Laranjal passa o Mundo

Real”

camping

“Espaço Educacional” Chico

SÍTIO LARANJAL

Na natureza do

passa o mundo real!LaranjalLaranjal

Parque Aquático:

Oficinas Pedagógicas:

Prática de Conjunto:

Produtos Agroecológicos:

Espaço Rural: Mini Fazendinha

Circuito Ecológico Monitorado

Passeios de pônei;Alimentação Saudável;

• Piscinas infantil, bebê e adulta.Toboágua, rampa, toboguito, tampainfantil, bar molhado, vestiários;

• Aulas vivência;• Oficinas Complementares Educacionais;

• Oficinas RH – Capacitação Profissional;• Atividades de Recreação e Integração;

• Horta Orgânica (hortaliças, temperos echás) e Pomar;• Minhocultura, Composteira, Aquário,Terrário, Formigueiro, Cupinzeiro;

(pônei,mini bovinos, coelhos, ovelhas, cabritos,galinhas,...);

(vertentes, açudes, animais e matasnativas e exóticas);

• Indicadores de diversidade ambiental(Fauna e Flora);• Observação e comparações com ainterface vegetacional da área;• Clima, umidade do ar, temperatura, epluviosidade;• Determinação dos tipos de cobertura desolo, sequencialmente na(s) vertente(s);• Inclinação da(s) vertente(s).

• Proteção do solo (interceptação da chuva);• Armazenamento dos mananciais;• Erosão – Assoreamento;• Deposição de matéria orgânica;• Sequestro de carbono;• Fauna – Corredores Ecológicos;• Banhado: áreas alagadas permanentesou temporárias;• Matas Nativas e Exóticas;• Rios e Lagos (afluente Rio Gravataí);• Alimentos e água;• Poluição, preservação e reciclagem.

Atrativos Ambientais da Área:

Temas abordados durante as trilhas:

Chico

O que o Laranjal oferece

ou conheçam os atrativos do parque através dosite:

e-mail:[email protected]

Escolas e Instituições Educacionais: agendem

(51) 8505-4203uma visita pelo fone

Page 8: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

ENTREVISTA

88888

A qualidade mundial paraa indústria daqui

LEANDRLEANDRLEANDRLEANDRLEANDRO GONÇALO GONÇALO GONÇALO GONÇALO GONÇALVES DVES DVES DVES DVES DA SILA SILA SILA SILA SILVVVVVAAAAA

Como iniciou o trabalho do Grupo?Nosso trabalho iniciou, há 20 anos, em dois seg-

mentos: um em transporte internacional, com a Brin-ger, e outro em agenciamento de compras no exteri-or, com a Interfasul. Hoje, a Bringer é uma compa-nhia aérea, registrada em todos os órgãos compe-tentes. Somos a única que realiza voos internacio-nais com cargueiros para Porto Alegre. Contamoscom serviços diferenciados em todo o Brasil, atravésde escritórios que representam a Bringer do Brasil ea Interfasul em Cachoeirinha (RS), em Joinville (SC),Curitiba (PR) e São Paulo (SP).

Atualmente, as transações com países ori-entais e europeus são comuns, mas há al-gum tempo isso era muito difícil. Como vo-cês implantaram essa nova forma de ne-gócio?

Há 15 anos, quando ninguém acreditava ou fala-va do potencial da Ásia, a Interfasul iniciou umaparceria ousada com uma traiding de Taiwan cha-

mada Legrand. Começamos, naquela época, a nego-ciar e trazer para o Brasil produtos com tecnologiade ponta que mais tarde iriam conquistar o mercadomundial. Desenvolvemos todo o trabalho de asses-soria, suporte, negociação e identificação dos me-lhores produtos para o potencial de cada cliente.

Quais os diferenciais da Interfasul?A primeira dificuldade para quem quer negociar

com o exterior é o idioma. Contamos com uma equi-pe capacitada, tanto aqui como na Ásia, com experi-ência nas negociações. Apesar de o inglês ser umidioma mundial, usamos o mandarim para as negoci-ações, através do nosso parceiro, o que facilita mui-to. Além disso, temos o conhecimento de uma cultu-ra muito diferente da nossa. Depois de tantos anos,contamos com parceiros que conhecem a realidade

INTERFASULINTERFASULINTERFASULINTERFASULINTERFASUL.: Escritórios em Cachoeirinha (RS), Joinville (SC),Curitiba (PR) e São Paulo (SP);

.: 20 anos;

.: Em maio estará na 12a Feira Internacional deMáquinas - Ferramenta e Sistemas Integrados deManufatura - Feimafe;

Leandro Gonçalves da Silva, é diretor do Grupo Brin-ger do Brasil, Brix e Interfasul. Empresas que congregam20 anos de atuação. O entrevistado fala sobre, principal-mente, a atuação da Interfasul, empresa que faz intermedi-ação de produtos do primeiro mundo.

Page 9: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

99999

da nossa indústria, dos clientes e trâmites legais. Asespecificações brasileiras constam no portfólio origi-nal da Legrand. Trabalhamoscom uma grande linha de com-ponentes eletrônicos e compo-nentes automotivos como sinte-rizados, forjados e fundidos.

Quais as últimas novida-des da Interfasul?

Muitos clientes começaram apedir máquinas, como tornos CNCe Centros de Usinagem. Fizemosuma exaustiva pesquisa de mercado e solicitamos à Le-grand, um parceiro com qualidade mundial, para forne-cer esses equipamentos. A Legrand identificou a Euma,que é a número 1 de Taiwan, e uma joint venture comuma empresa alemã chamada Spinner, que contam comclientes na Europa como a Bosh, TRW, Ford, Volkswa-gen, Siemens, Sagem, e no Brasil, por exemplo, a WEGMotores e Rio Solense, entre outros.

Como é a parceria com a Euma/Spinner?A Interfasul é representante exclusiva no Brasil e

na América Latina para trabalhar com todos os produ-tos fabricados pela Euma/Spinner, com linhas para pe-

�Há 15 anos, quando ninguémacreditava ou falava do potencialda Ásia, a Interfasul iniciou umaparceria ousada com a Legrand.Começamos a negociar e trazer

para o Brasil produtos comtecnologia de ponta�

quena, média e grande empresa. Acreditamos tantonesta parceria que montamos um show room para os

empresários terem uma noção daqualidade das máquinas. Hoje,temos à pronta entrega Centrode Usinagem e Torno CNC, to-talmente equipados, com con-troles numéricos e sistema highspeed (alta velocidade).

Qual a vantagem paraquem adquire um maquiná-rio com qualidade mundial?

Somos um representante autorizado para forne-cer garantia e assistência técnica para todas as má-quinas. A indústria pode contar com uma linha deprodução de primeiro mundo e ter bem perto umaempresa que fornece toda assessoria pré e pós ven-da.

Quais os próximos projetos?Em maio estaremos participando da 12ª Feira In-

ternacional de Máquinas - Ferramenta e Sistemas In-tegrados de Manufatura - Feimafe - em São Paulo.Nesta oportunidade, vamos lançar o Centro de Usi-nagem com cinco eixos interpoláveis.

Roselaine Vinciprova / MP

Torno CNC e Centro deUsinagem à pronta entrega

Page 10: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

ESTADO

1111100000

Canoas esteve entre os 100 maioresmunicípios com participação no PIB (Pro-duto Interno Bruto) do País em 2006. Acidade aparece em 32º lugar no últimoestudo do IBGE (Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística), com participa-ção relativa de 0,41%. Porto Alegre eCaxias são os outros dois municípios gaú-chos na lista. A Capital aparece em séti-mo lugar, com um Produto Interno Brutoque representa 1,27% do nacional e Ca-xias do Sul figura em 36ª lugar, com0,36%.

Em 2006, apenas cinco municípios ge-raram aproximadamente 25% de toda arenda do Sul: Curitiba (PR), Porto Alegre(RS), Joinville (SC), Canoas (RS) e Caxiasdo Sul (RS). Aproximadamente 50% detoda a renda da Região Sul vinha de 27municípios. Além disso, Triunfo (RS), Gar-ruchos (RS) e São Francisco do Sul (SC)eram os maiores PIB per capita da re-gião.

CANOAS TEM GRANDECANOAS TEM GRANDECANOAS TEM GRANDECANOAS TEM GRANDECANOAS TEM GRANDEPPPPPARARARARARTICIPTICIPTICIPTICIPTICIPAÇÃO NO PIBAÇÃO NO PIBAÇÃO NO PIBAÇÃO NO PIBAÇÃO NO PIBNACIONALNACIONALNACIONALNACIONALNACIONAL

Trinta e três incubadoras do País foram aprovadas na primeiraetapa da chamada 08/2008 do Sebrae Nacional em parceria com aAssociação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimen-tos Inovadores (Anprotec). A idéia é que as incubadoras aprovadasnas próximas etapas passem a prestar serviço de atendimento em-presarial para as micros e pequenas empresas que estejam fora doambiente de incubação.

Foram selecionadas incubadoras do Distrito Federal e de 15Estados (GO, MS, MT, AL, BA, CE, PB, PE, PI, TO, ES, RJ, SP, RS, SC).O Rio Grande do Sul foi o Estado que mais teve incubadorasaprovadas e vai contar com apoio para sete entidades.

A partir de fevereiro de 2009, as 33 incubadoras selecionadasserão chamadas a participar da segunda etapa, que é composta deuma capacitação. Ao término da capacitação, as incubadoras deve-rão apresentar uma proposta de trabalho. Essas propostas serãoapreciadas e os projetos classificados receberão apoio financeiro.Trabalham em conjunto neste processo as Unidades de Acesso àInovação e Tecnologia e de Atendimento Individual do Sebrae Naci-onal.

Apoio àsincubadoras

O Estado ganhou 50.266 novas empresas registra-das em 2008, um aumento de 10,6% em relação a 2007,de acordo com dados da Junta Comercial do Rio Gran-de do Sul (Jucergs). De acordo com o presidente daentidade, Jorge Melo, este crescimento se deve aos bonsreflexos da economia do Estado em 2007 e à confiançado empresariado no mercado gaúcho, desencadeandoum acréscimo de empresas em 2008.

O aumento do número de negócios legais foi resul-tado do crescimento econômico médio anual, que nãochegou a ser afetado pela crise no final do ano. No en-tanto, o governo irá monitorar os primeiros meses des-te ano para conseguir quantificar qual é o efeito real da

MAIS EMPRESAS REGISTRADAScrise.

De acordo com o último censo do IBGE, em 2003existiam cerca de 701 mil empresas informais no RioGrande do Sul, sendo 263 mil na Região Metropolitanade Porto Alegre. Os dados mostram que antigamentehavia muita dificuldade na formalização de novos negó-cios. Atualmente, empresas individuais podem ser cria-das em apenas 24 horas, tempo bem menor do queos antigos 20 dias necessários para a formalização.

A informatização da Jucergs, o preenchimento dasfichas de cadastramento pela internet e novos pontosde autoatendimento foram essenciais para garantir mai-or agilidade na hora de formalizar uma empresa.

Page 11: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

1111111111

REGIÃOA Metalúrgica Fallgatter, empre-sa de Cachoeirinha especializada nafabricação de peças e equipamentospara a indústria metalmecânica, apre-sentou seus planos de expansão aonovo governo municipal.

Os secretários de Desenvolvi-mento Econômico, Luiz Carlos Mül-ler, e de Planejamento, Saul Sastre,visitaram a empresa e foram recebi-dos pelo diretor geral Sérgio Neu-mann.

A Fallgatter comprou o prédioda extinta Sulmecânica, localizado es-trategicamente em frente à atual sededa empresa, no Distrito Industrial. Anova operação já está em funciona-mento e, conforme Neumann, vai pro-piciar um reposicionamento daempresa no mercado gaúcho enacional.

O novo pavilhão foi reformado

Metalúrgica Fallgatter apresentaplanos de expansão

e está recebendo algumas máqui-nas compradas no exterior. A em-presa, que está desde 1998 em Ca-choeirinha, também está constru-indo um novo prédio de 4 mil me-tros quadrados. O plano é dividiros segmentos de produção entreas duas fábricas e há a expectativade geração de 200 empregos.

De acordo com o secretárioSaul Sastre, a metalúrgica vai cons-truir a calçada da Rua VereadorJosé Stuart da Silva, que liga o Dis-trito Industrial à Vila da Paz.

O trecho sem passeio fica atrásda nova fábrica e era um dos prin-cipais bolsões de depósito irregu-lar de lixo da cidade. Sastre afir-mou que a obra soluciona parte doproblema e espera agora, com opasseio, que a comunidade ajudena fiscalização do local.

Pelo segundo ano consecutivo, Cacho-eirinha elegeu as suas marcas preferidas.Numa promoção da Prefeitura Municipal,como o apoio essencial do Cesuca, foramavaliados 31 ramos da indústria, comér-cio e prestação de serviços. Cada segmen-to teve três indicações que foram destaca-dos pela preferência com troféus ouro, pra-ta e bronze. A Marcas de Cachoeirinhaconta com o apoio de diversas entidades.Mais do que eleger as preferências locais,a pesquisa demonstra a importância decada setor estar atento a divulgação, aten-dimento e qualidade.

MARCAS MAIS LEMBRADAS

Page 12: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

Saul SastreSecretário Municipal de Planejamento de [email protected]

DESENVDESENVDESENVDESENVDESENVOLOLOLOLOLVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTOOOOO

Pai rico, filho nobree neto pobre

REGIÃO

1212121212

A Astória Papéis, de Gravataí, lançou nasregiões Sul e Sudeste o Eco, o primeiro papelhigiênico ecológico do Brasil.

Durante os últimos anos, a empresa inves-tiu na qualificação de seu parque industrial afim de desenvolver produtos com sustentabi-lidade ambiental. Como primeiro resultado,

Astória lança o Ecochega ao consumidor o Eco - um papelhigiênico com 100% de fibras ecológicas.

A empresa acondicionou o Eco em for-mato compacto, diminuindo, assim, o des-carte de embalagens plásticas na naturezae contribuindo para a redução de CO

2 no

meio ambiente.

A Conterra Construções e Terraplanagensadquiriu, recentemente, uma Usina de AsfaltoMagnum 140, da Terex Roadbuilding, empre-sa de Cachoeirinha. O objetivo é a moderni-zação de seu parque de equipamentos emáquinas, localizado em Gravataí, e para issoconta com a tecnologia dos produtos Terex.

Os equipamentos fornecidos através des-sa parceria contribuíram para a realização deinúmeras obras da Conterra, com destaquepara:� Execução da Macrodrenagem da AvenidaPadre Cacique, em Porto Alegre (RS);� Rede de Esgoto Sanitário no Projeto RioGuaíba, em Cachoeirinha e Gravataí (RS);� Trevo de acesso a General Motors, emGravataí (RS);� Construção da RS-471 entre a cidade deVera Cruz e Santa Cruz do Sul (RS);� Execução de infraestrutura e pavimenta-ção da Av. Severo Düllius, em Porto Alegre(RS);� Restauração da BR-285, trecho São José -

São Borja (RS);� Construção das RS-809/810/811, naregião de Cachoeira do Sul (RS);� Restauração da BR-116 (RS), trecho NovaPetrópolis, Porto Alegre (RS).

"Nos sentimos honrados pela longa e vito-riosa parceria entre a Terex e a Conterra. Atroca de experiências e conhecimentos, auxi-liada pela proximidade geográfica, vem tra-zendo ganhos não só para as duas empresas,mas para a sociedade gaúcha como um todo",avalia o supervisor de vendas da Terex RB LAno Rio Grande do Sul, Alessandro de Almeida.

Terex e Conterra fortalecem parceria

Mesmo com a crise, a Sidermetal, de Ca-choeirinha, está investindo na ampliação daempresa. Recentemente foram adquiridas no-vas máquinas operatrizes e mais postos de tra-balho foram abertos.

A empresa é fabricante de equipamentospara perfuração de poços tubulares, tem atu-ação a nível nacional e é a única no Brasil quefabrica bombas para poços acionadas por

energia solar que viabilizam oferta de águapotável com equipamentos que utilizamenergias renováveis.

"A crise colocou o dólar dentro darealidade mundial, com isto ficamos maiscompetitivos no mercado interno, poisnossos concorrentes são empresas estran-geiras", relata com entusiasmo Magali Se-meniuk, sócia e diretora da Sidermetal.

Sidermetal cresce em meio à crise

Divulgação Terex/MP

Usina de Asfalto Magnum 140

O título é um velho "chavão" quando serefere a empresas com administração fami-liar e ilustra uma realidade enfrentada, nãosó em se tratando de sucessão, como tam-bém na sobrevivência do dia-a-dia.

Em algum momento da vida o patriar-ca, que trabalhou muito e conseguiu criarseu império sente a necessidade de passar obastão, desencadeando conflitos quando ofilho(a) tenta impetrar seu estilo administra-tivo, ou quando não está preparado paradirigir os negócios, ou então quando nin-guém da família gosta dos negócios.

Outra situação clássica em uma empre-sa familiar é a ocupação de parentes des-qualificados em cargos chaves da empresa.São indicados pela confiança em detrimentoda competência.

A grande pergunta é: até que ponto umaempresa é capaz de crescer? A resposta estána capacidade gerencial da equipe, ou seja,quanto mais o dirigente estudar e se desen-volver, mais os negócios prosperarão, e nãose fala apenas em conhecimento acadêmico,mas sim capacidade de leitura de mercadoque se adquire com visitas a clientes, fornece-dores, feiras, viagens e leituras dirigidas.

A administração é uma das ciências maisdifíceis, que mescla a habilidade exata dosnegócios com a capacidade de extrair re-sultados positivos com pessoas, tendo comogrande juiz o mercado, que não perdoa emcaso de erros, obrigando a todos buscar omáximo de profissionalização.

Das empresas familiares que estão seperpetuando, os novos gestores estão sen-do preparados desde muito cedo com mui-to estudo e desenvolvimento, e quando osucessor não está preparado, opta-se porbuscar alguém do mercado, com capacida-de para preservar o patrimônio da família.Também se faz necessária a preparação dequem está sendo sucedido, geralmente ocu-pando cargo no conselho da empresa. Exis-tem várias consultorias especializadas noassunto.

Para as empresas familiares, a grandedica é perseguir a competência. Filho(a) ouparente não qualificado não deve fazer par-te do staff. O mercado para 2009 dá sinais

de crescimento para quem estiverpreparado e se os negócios estagna-rem, a saída é vender a empresa ouentão profissionalizar a gestão.

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CONTABILIDADE

As empresas ou pessoas físicas (que pagaram ou credi-taram rendimentos que tenham sofrido retenção do IR nafonte), já podem enviar a Declaração do Imposto de RendaRetido na Fonte (Dirf) 2009. O prazo vai até às 20h do dia27 de fevereiro e o programa gerador da declaração estádisponível na página da Receita Federal na internet.

A Dirf não deve ser confundida com a declaração deImposto de Renda anual que tem de ser enviada pelos con-tribuintes pessoa física. A primeira é feita pela fonte paga-dora, destinada a informar à Receita Federal o valor doImposto de Renda Retido na Fonte, dos rendimentos pagosou creditados em 2008 para seus beneficiários.

Com base nessa declaração, a Receita Federal podeconfrontar os dados com as informações enviadas, a partirde março, pelos contribuintes na sua declaração anual deajuste.

A falta de apresentação da Dirf no prazo fixado, ou suaapresentação após o prazo, sujeita o declarante à multa de2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o mon-tante dos tributos e contribuições informados na declara-ção, ainda que integralmente pago limitado a 20%. O valormínimo aplicado é de R$ 200 para pessoas físicas, empre-sas inativas ou enquadradas no Simples Nacional e de R$500 para os demais casos.

Maiores informações podem ser obtidas no sitewww.receita.fazenda.gov.br.

Entrega da Dirf 2009

No contexto mundial, as empresas familiares se destacam entrepequenas e médias companhias, muitas especializadas e alta-mente competitivas, enfrentando os desafios gerados pela glo-balização, indo até grandes conglomerados que cresceram e seacomodaram em mercados protegidos e que precisam reformularsuas atividades para concorrer num regime de abertura econômi-ca.

A globalização é um grande desafio para as empresas familia-res, que pode ser comparado ao impacto que teve os meteorossobre os dinossauros, ou seja, as mudanças são tão rápidas quea empresa que não consegue acompanhar pode ser "extinta".

Empresas familiares têm sua própria complexidade, pois, alémde lidar com questões relativas ao negócio, têm também de lidarcom a questão da propriedade e com questões familiares. O méto-do de gestão, nem sempre é claro e definido, em função da neces-sidade de se manter harmonia na família e ao fato de ela crescermuito mais rápido do que os negócios.

A forma pela qual os familiares entram na empresa é muitoimportante para o futuro do empreendimento. Muitos empresári-os encorajam seus filhos a seguirem carreiras condizentes com a

atuação da companhia, o queé um erro. Por mais que o fun-dador queira manter seu esti-lo com a próxima geração, issoé praticamente impossível. Osvalores e os objetivos podemser os mesmos, mas cada umtem um estilo de liderança, eisso tem um impacto enormena empresa, por mais sutil quepossa parecer. Além disso,uma nova forma de comandaré muito salutar, já que muitosanos com o mesmo estilo po-dem deixar a empresa sem oviço da mudança.

Porém, essa complexidadedá às empresas familiares uma força tremenda - as famílias têmvalores, credibilidade e se preocupam com as futuras gera-ções e com a sustentabilidade da empresa e as estatísticasmostram que as empresas familiares têm, muitas vezes, de-sempenho superior às companhias de capital aberto.

O modelo dos três círculos (Patrimônio - Família - Gestão)através da implantação de uma estrutura do sistema de go-vernança corporativa, com a criação de um conselho admi-nistrativo (de preferência, com profissionais de fora do círcu-lo familiar), um conselho de acionistas e outro conselho defamília, está entre as opções que trazem equilíbrio à estrutura.

Para tornar ou manter uma empresa familiar competitiva, épreciso estar permanentemente atento às particularidades desua gestão, de modo a tirar um bom proveito das vantagensde ser familiar e, ao mesmo tempo, saber lidar com as dificul-dades que essa condição implica.

O desafio para o sucesso depende da visão positiva ediria até mesmo estratégica dessa complexidade, mesclando atradição com a inovação, lidando de forma objetiva com ques-tões específicas de cada etapa, profissionalizando a empresae a família na mesma velocidade, preparando sucessores paraenfrentar novos desafios, transformando uma família comumem uma família empresária - com visão empreendedora.

A Fiscontarh conhece a realidade das empresas familia-res e tem soluções para melhoria da gestão e contabilidadedessas empresas.

Empresas Familiares: osdesafios para atingir o sucesso

Maria Angélica de Medeiros JacquesContabilista - Sócia da Fiscontarh Assessoria Contábil

Camila Schäfer/MP

Angélica afirma que algumas empresasfamiliares têm desempenho superior

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CONTABILIDADE

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As microempresas que deixaram de fazer parte do Sim-ples Nacional precisam prestar atenção este ano na horade emitir notas fiscais. A Receita Estadual do Rio Grandedo Sul publicou novas normas regularizando a situaçãodessas empresas: a Instrução Normativa nº 77/08. Des-de o início do ano, os estabelecimentos que voltaram aoLucro Real ou Lucro Presumido precisam destacar o ICMSda nota.

De acordo com o documento, a empresa que, no dia22 de dezembro, constava na lista de exclusões do Sim-ples Nacional deverá elaborar um inventário completo deseus estoques. Além disso, deve relacionar, em separa-do, as mercadorias cujas saídas estejam sujeitas ao paga-mento do ICMS, pelos valores constantes dos documen-tos fiscais de aquisição mais recentes e com especifica-ções que permitam sua identificação.

Para tais empresas também será necessário, naqueles

Cuidado ao emitir notas fiscaiscasos em que a exclusão do Simples for retroativa, re-compor a escrituração fiscal a partir da data dos efeitosda exclusão, bem como recolher o ICMS devido pelo re-gime normal de tributação, com os acréscimos legais. Porfim, emitir documentos fiscais suplementares aos emiti-dos desde a data de efeitos da exclusão e destinados acontribuintes do ICMS, para destaque do imposto quepassou a ser devido.

Um dos problemas dessas empresas que mudaram deregime tributário está nos talões de notas que muitasvezes já estão formatados como empresas do SimplesNacional. Por isso, atenção às normas é fundamental paraque esse empresário não venha a ter problemas no futu-ro.

Para ter acesso à Instrução Normativa nº 77/08, bastaacessar o endereço: www.agencia.fecomercio-rs.org.br/ANF/NOTICIAS/fotos/20081229/113406.doc

O trabalhador que quiser vender dez dias de suas fériasestará, a partir de agora, isento do recolhimento de Impos-to de Renda na fonte. A polêmica, que se estendia há váriosanos, foi esclarecida pela Receita Federal no início do ano.

Mesmo com o STJ (Superior Tribunal de Justiça) tendoposição favorável ao trabalhador e da Procuradoria Ge-ral de Fazenda já ter desistido de recorrer de ações naJustiça sobre o assunto, muitos trabalhadores ainda tinhamo IR descontado. Pela legislação, o trabalhador tem o di-reito de vender para a empresa 10 dos seus 30 dias deférias. Mas a tributação desses valores era alvo de polê-

TRABALHADOR PODE VENDER FÉRIAS SEM PAGAR IMPOSTO DE RENDAmica.

Uma súmula do STJ (Superior Tribunal de Justiça) esta-beleceu que a venda das férias corresponde a um abonoindenizatório e, portanto, não caberia a cobrança do im-posto. O tribunal julga procedente esse tipo de ação des-de 1993 e entende que, por se tratar de verba indenizató-ria, e não de caráter de acréscimo patrimonial, o dinheironão pode ser tributado como renda.

A Receita mantinha a tributação por entender que nãohá lei específica que isente as férias vendidas ou pagas emforma de indenização.

Visando dar mais fôlego às peque-nas empresas, o governo anunciou no-vas medidas para as optantes do Sim-ples Nacional. Após reduzir impostose adiar o recolhimento de tributos paragrandes empresas, o governo deu maisprazo para o pagamento de impostos,as multas são menores e novos optan-tes têm direito a um parcelamento es-pecial de dívidas com União, Estados emunicípios.

O adiamento foi um pedido das em-

Novas medidas para empresasoptantes do Simples Nacional

presas em relação à crise financeira,para terem mais folga no final do ano.Com a mudança, o pagamento de tri-butos relativos a dezembro das optan-tes pelo Simples Nacional foi adiadopara 13 de fevereiro. Os tributos dejaneiro têm vencimento em 20 de fe-vereiro. Os tributos sobre as vendasou serviços de fevereiro podem ser qui-tados até o dia 13 de março.

Depois do agravamento da crise,em outubro, o governo tomou uma sé-

rie de medidas para reduzir o impactonegativo sobre a economia. Entre elasestá a injeção de mais dinheiro no sis-tema financeiro, adiamento do recolhi-mento de IPI, PIS e Cofins em novem-bro, e o corte no IPI para automóveisem dezembro.

A Receita estima em 200 mil o nú-mero de novas empresas que devemoptar pelo Simples Nacional. Hoje, osistema beneficia 3 milhões de micro epequenas empresas.

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ECONOMIA

A fim de apoiar o crescimento de mi-cro e pequenas empresas que já estãoestabelecidas há algum tempo e com pro-blemas básicos de gestão resolvidos, oSebrae está lançando uma nova ferramen-ta: o �Programa Sebrae para EmpresasAvançadas�. O programa é destinado aempreendedores que querem realizarvoos mais altos e focar ações no cresci-mento.

Composta por três fases, a ferramen-ta traz soluções que abordam vários te-mas como Gestão Financeira, Inovaçãoe Internacionalização. Na primeira fase,há o diagnóstico da empresa, que ocor-re com base nos Fundamentos e Critéri-os da Excelência, que compõem o Mo-delo de Excelência da Gestão (MEG),disseminado pela FNQ (Fundação Na-cional da Qualidade); no Modelo Inter-nacional de Avaliação de Gestão Em-presarial, com referência no Prêmio

Programa Sebrae paraEmpresas Avançadas

Malcom Balridge; e na Avaliaçãodos Sete Critérios de Excelência deGestão de Negócios.

Na segunda fase, o consultorvisitará as empresas para conver-sar com os empresários sobre suasituação atual e planos para o fu-turo. Com essa análise, ele identi-ficará as potencialidades de me-lhoria e poderá concluir se o Pro-grama atende às necessidades daempresa naquele momento. As in-formações obtidas servirão debase para a elaboração de um Pro-jeto Empresarial para o participan-te do programa e de indicadoresde resultado.

Na terceira fase do �ProgramaFerramentas de Gestão Avança-da�, acontecerá o monitoramentomensal dos resultados e a implan-tação de projetos ou plano de ação

específicos, workshops sobre gestãoempresarial nas áreas de Finanças, Cli-entes, Pessoas e Processos e consulto-ria individualizada para implantação deprojetos específicos com foco nos te-mas dos workshops e Encontros Empre-sariais.

De acordo com a Relação Anual deInformações Sociais do Ministério do Tra-balho, existem aproximadamente 312 milpequenas empresas no País. O programado Sebrae atenderá empreendimentos comdois ou mais anos de vida, que já tenhamultrapassado a fase inicial de consolida-ção no mercado.

Maiores informações no sitewww.agenciasebrae.com.br.

Neste ano, cerca de 11 milhões de empre-endedores brasileiros poderão aproveitar asvantagens do Projeto de Lei Complementar02/07 (PLP 02/07). Na prática, o PLP amplia aquantidade de brasileiros que poderão usufruirda Lei Complementar 123/06, mais conhecidacomo Lei Geral da Micro e Pequena Empresa,permitindo a adesão de novos setores ao Sim-ples Nacional (Supersimples) e criando a cate-goria do Microempreendedor Individual (MEI).Com a sanção, as medidas começaram a valer jáem 1º de janeiro, exceto o MEI, que terá vigên-cia a partir de 1º de julho.

A nova lei propõe uma série de mudançasimportantes para os empreendedores. Facilita-rá, por exemplo, a formalização de cerca de10,3 milhões de empreendedores que trabalhamhoje na ilegalidade e sem direito a nenhum bene-fício previdenciário. O MEI possibilitará que estecidadão contribua, com um valor acessível, parao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) epossa, com isso, usufruir dos direitos que a pre-vidência oferece.

O projeto também corrigiu algumas distor-ções na cobrança do Imposto sobre a Circula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos Esta-dos, nacionalizando e padronizando as suas re-gras de aplicação.

Para enquadrar-se como MEI, o empreen-dedor deverá ser um empresário individual (semsócios), com receita bruta anual de até R$ 36 mile poder optar pelo Simples Nacional, dentro dosrequisitos dos anexos I (comércio), II (indústria)ou III (serviços em geral). Ainda em relação aoMEI, aqueles que aderirem ficarão isentos dequase todos os tributos, pois pagarão mensal-mente apenas R$ 45,65 de INSS, R$ 1 de ICMSe/ou R$ 5 de Imposto Sobre Serviços (ISS).

Além de unificar impostos, a Lei Geral reduz aburocracia para a abertura e a baixa de empre-sas, estabelece condições para parcelamento dedívidas tributárias de micro e pequenas empre-sas, entre outros benefícios. A legislação tambémconfere preferência aos pequenos empreendimen-tos em licitações de até R$ 80 mil promovidaspelo Poder Público.

Vantagens para os empreendedoresAs novas categoriasque poderão optarpelo Supersimples são:

Serviços de instalação,reparos e manutençãoem geral; Decoração epaisagismo; Laboratóri-os de análises clínicas oude patologia clínica;Serviços de tomografia,diagnósticos médicospor imagem, registrosgráficos e métodosóticos, bem comoressonância magnética;Serviços de prótese emgeral; e Escolas deensino médio e cursospreparatórios paraconcursos.

Steve Woods - stock.xchng/MP

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CICCentro das Indústrias de [email protected]

ECONOMIA

Você tem visto cédulas de R$ 1 com frequên-cia? Não estranhe se a resposta for não. O gradualsumiço das tradicionais notas verdes se deve a umadecisão do Banco Central (BC), que até 2011 deveconcluir a substituição total por moedas de R$ 1.

O motivo da troca é a redução dos custos coma fabricação de dinheiro. Isso porque as notas deR$ 1, por circularem mais, desgastam com facilida-de, tendo uma vida útil de, em média, 13 meses. Jáas moedas, mesmo com um custo de produção180% superior, têm uma vida útil de aproximada-mente 20 anos.

A substituição iniciou em 2006, quando a Casa

Notas de R$ 1 estão saindo de circulaçãoda Moeda confeccionou o último lote de cédu-las de R$ 1. De lá para cá, as notas em mauestado vêm sendo recolhidas pelo BC e subs-tituídas por moedas, o que justifica a queda nonúmero dessas cédulas em circulação. Segun-do a assessoria de imprensa do Banco Central,não há um prazo definido para o término dorecolhimento e nem uma data limite para queas cédulas continuem valendo. No entanto, semantido o atual ritmo, a nota do beija-flor nãodeve superar o ano de 2011. Somente em 2008,foram recolhidas 90 milhões, o que corres-ponde à metade das que ainda circulam.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega,com o desenrolar da crise financeira internacio-nal, crescer 4% em 2009 será desafio. Entreas medidas que poderão ser tomadas pelo go-verno está ampliar os investimentos e diminuirtributos para garantir o crescimento do PIB (Pro-duto Interno Bruto) previsto para 2009.

Para ele, a situação fiscal do País está favo-rável à realização de ações anticíclicas, já que

entre janeiro e outubro o governo registrou su-perávit primário de 5,6%. Mantega acreditaque o país tem condições de mobilizar recur-sos para enfrentar a crise. Na avaliação do mi-nistro, o Brasil está bem posicionado em rela-ção a países como Rússia (que em outubro per-deu US$ 120 bilhões em reservas), China e Ín-dia, considerados emergentes "dinâmicos",como o Brasil.

Desafio para o País

A confiança dos empresários do mundotodo está em forte queda, exceto nos paísesemergentes, como o Brasil. Hoje, somos oquarto país mais otimista do mundo, per-dendo apenas para Índia, Botsuana e Filipinas.Os resultados do estudo internacional foramdivulgados pela empresa de auditoria e con-sultoria Grant Thornton International. Forampesquisadas sete mil empresas de capital fe-chado em 36 países.

De acordo com a análise, no ano passadoo índice de otimismo no mundo caiu 56% anteo ano anterior, passando de 40% para -16%.O índice de confiança entre as empresas bra-sileiras é de 50%. Na Índia o percentual é de83%, na Botsuana 81% e nas Filipinas 65%.Os países em que as empresas estão mais pes-simistas com o cenário econômico são Japão(-85%) e Espanha (-65%).

Mas não são apenas os empresários que

estão otimistas. O cidadão brasileiro tam-bém está, apesar de o pessimismo domi-nar quase a metade da população mundi-al, revela pesquisa feita pelo Ibope Inteli-gência em parceria com a rede global depesquisas Worldwide Independent Networkof Market (WIN) em 17 países.

O estudo mostrou que 49% dos 16mil entrevistados nesse conjunto de paí-ses acredita que a situação econômica deseu país vai piorar nos próximos três me-ses. Mas, no Brasil, apenas 19% apostamna deterioração da situação econômicado País e 34% acreditam numa melhora.

A pesquisa mostra que a Islândia, oprimeiro país a pedir ajuda ao FundoMonetário Internacional, e o Japão, sãoos países com a população mais pessi-mista, seguidos pela França, Alemanha eReino Unido.

Brasileiro está confiante

A Empresa Parks SA Comunica-ções Digitais, associada ao Centro dasIndústrias de Cachoeirinha está embusca de mantenedores para implan-tar o Projeto Pescar em 2009.

O Projeto Pescar é um sistemapioneiro de Franquia Social, onde asorganizações que compõem a RedePescar abrem espaço em suas depen-dências para a formação pessoal eprofissional de adolescentes em vul-nerabilidade social. Após o períodode 8 a 11 meses de qualificação pro-fissional e a formatura na UnidadePescar, estes jovens são encaminha-dos para o mercado de trabalho.

A criação de uma Unidade doProjeto Pescar na Parks auxiliará 16adolescentes em situação de riscosocial a se socializarem no mundoprofissional, através de conhecimen-tos adquiridos em aulas teóricas epráticas durante o curso. Os jovenstambém poderão ser, após a forma-ção, aproveitados na empresa, nasempresas mantenedoras, parceiras edemais organizações na comunidade.

A unidade está em fase de estru-turação, por isso são necessários equi-pamentos para as salas de aula e ori-entação e os Laboratórios Técnicosde Eletrônica e Informática.

Fundada em 1966, a Parks é lídernacional no fornecimento de produ-tos e aplicações para o transporteeletrônico de informações. Através detecnologias de última geração, desen-volvidas internamente ou em parce-rias nacionais e internacionais, a Pa-rks oferece uma linha diversificada deequipamentos de transmissão de da-dos.

Para saber mais sobre a Unidadedo Projeto Pescar Parks, basta en-trar em contato com a OrientadoraGiane da Silva Farina, pelo telefone

(51) 3205 2148 ou [email protected].

Iniciativa deempresa associada

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GERAL

Nos últimos tempos temos ouvido falar muito na crise finan-ceira internacional. Notícias de empresas demitindo e chegandoà falência recheiam os jornais todos os dias. Mas, no meio dessaturbulência, ainda há muita gente que não entendeu como essacrise chegou no patamar em que está e como ela atinge e aindapode atingir o Brasil .

Como tudo começouUm período de forte liquidez (disponibilidade de recursos) no

mercado internacional fez com que ocorresse um esgotamento declientes no segmento de financiamento imobiliário e hipotecasnos Estados Unidos. Com recursos sobrando e poucos consu-midores com bom histórico de pagamento, os bancos passaram aemprestar dinheiro nestas modalidades a pessoas com um histó-rico não tão bom assim.

Mas os problemas começaram a surgir em julho de 2007,quando os bancos anunciaram perdas com esse tipo de negócio,uma vez que não conseguiam recuperar os empréstimos concedi-dos. A crise também chegou às bolsas de valores, já que estesmesmos bancos vendiam papéis atrelados a esses empréstimosimobiliários. O medo das perdas fez com que houvesse uma cor-rida para resgatar o dinheiro aplicado nestes fundos.

Os problemas se agravaram em 2008. Em setembro, o LehmanBrothers - 4º maior banco de investimento dos EUA - pediu con-cordata, afetado por perdas acumuladas de US$ 7,8 bilhões. Ain-da em setembro, o banco Washington Mutual - maior de poupan-ça e empréstimos nos EUA - foi fechado pelo governo, na maiorfalência de um banco na história do País.

Entendendo a criseNo Brasil

No Brasil, algumas medidas já foram tomadas para evitarmaiores prejuízos com a crise como, por exemplo, a reduçãode impostos e taxa de juros. Porém, as demissões não pude-ram ser evitadas. Só em dezembro foram mais de 650 mil. Comisso, os brasileiros já colocam o pé no freio do consumo, e,sem consumo, a economia não consegue reagir.

O início de 2009 vem apresentando um cenário econômi-co difícil para o Brasil, com a divulgação dos resultados dedezembro. Os números indicam que a crise financeira inter-nacional chegou ao País de forma repentina e bem mais fortedo que se esperava. Agora, o governo tenta manter o otimis-mo, tarefa que já se torna difícil.

No Rio Grande do SulNo Estado, muitas empresas deram férias coletivas, dimi-

nuíram salários ou demitiram funcionários. A indústria foi osetor que mais sentiu os impactos da crise. Por isso, em ja-neiro, autoridades do noroeste do Estado foram à Brasíliapedir a inclusão das empresas do setor metalmecânico e deagricultores no plano de ajuda do governo às indústrias. Oobjetivo é evitar mais desemprego.

De acordo com a sondagem promovida pela Pricewa-terhouseCoopers (PwC) em parceria com a Câmara America-na de Comércio em Porto Alegre (Amcham), 96,3% das prin-cipais companhias instaladas em Rio Grande do Sul, SantaCatarina e Paraná já são ou ainda serão afetadas pela turbu-lência global.

HISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICONovembro de 2007: Bancos anunciam perdas bilionárias

ligadas à crise hipotecária.Janeiro de 2008: O índice de calote nas hipotecas imobili-

árias chega a 21%. Como medida emergencial, o Federal Reserve(Fed) faz dois cortes seguidos na taxa de juros da economia.

Março de 2008: O Fed disponibiliza mais US$ 200 bilhõespara bancos em dificuldade.

Abril de 2008: O Fundo Monetário Internacional (FMI) cal-cula em US$ 945 bilhões o custo da crise - que qualifica como amaior desde a década de 1930 - para o sistema financeiro mun-dial.

Maio de 2008: O número de bancos com problemas nosEUA chega a 90, no maior nível desde 2004.

Setembro de 2008: O Silver State Bank, de Nevada, é o

11° banco norte-americano a falir só em 2008. O banco de inves-timentos Lehman Brothers quebra, arrastando as bolsas mundi-ais a quedas históricas. Os BCs mundiais injetam centenas debilhões de dólares no mercado para controlar os danos da crise.Em uma só tacada, o Fed despeja US$ 180 bilhões nos mercados.Na Bovespa, a queda ultrapassa os 10% e interrompe as negoci-ações pela primeira vez em quase dez anos.

Outubro 2008: Pressionado pelo governo Bush, o Senadose adianta à Câmara e aprova o pacote de resgate dos mercados,acrescentado de algumas vantagens aos contribuintes. Em um diatenso, a Câmara dos EUA volta atrás e aprova o pacote modifica-do de US$ 700 bilhões. O plano é sancionado em seguida pelopresidente Bush. Ainda assim, o pessimismo predomina e asbolsas caem.

No mês em que completa 30 anos, a Sbardecar presenteou acidade de Cachoeirinha com a sua nova concessionária da mar-ca Fiat. Num espaço arrojado, localizado na principal avenidada cidade, a Sbardecar oferece um amplo espaço com estacio-namento e oficina próprios. O proprietário da marca, ReinaldoSbardelotto, não escondeu a emoção ao voltar a sua terra natal."O destino quis que eu voltasse para Cachoeirinha, no mês de

aniversário da Sbardecar. Essa é uma concessionária do tama-nho que Cachoeirinha merece", afirmou no discurso. Reinaldoaproveitou a data para entregar um carro que doou para o Dis-trito 4670 do Rotary Internacional para arrecadar fundos para aFundação Rotária, maior entidade social do mundo, que é res-ponsável por enviar dinheiro aos projetos do Rotary no mundotodo, principalmente aos mais pobres, como o Brasil.

Sbardecar completa 30 anos e presenteiaCachoeirinha com uma nova concessionária

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Herdeiros de sonhos,tradições e negóciosHerdeiros de sonhos,tradições e negócios

No século XIX as formas de negócios começaram aganhar uma atitude mais comercial. As atividades familia-res deram espaço para as empresas modernas, e essamudança aconteceu a partir do momento em que elascomeçaram a ter mais de uma unidade operacional e aconstruir uma hierarquia de profissionais assalariados.Não é errado afirmar que as empresas surgiram da família,e depois de algum tempo foram sendo organizadas paraserem mais rentáveis e não só para o autosustento.

O mercado cresceu, as relações de trabalho mudaram,e a tecnologia obrigou cada empresa a se modernizar. Aessência familiar nas companhias é uma constantemundial. Em alguns países como a Itália, as empresasfamiliares representam 85% da economia.

As organizações familiares que já estão na segundageração ou mais representam uma tradição. Carregamconsigo marcas, valores e sonhos de uma geração passada.Quando há esse conhecimento e cuidado dos sucessores, aempresa vive muito bem. O caso mais famoso é o da Ford.A família, apesar de ter aberto o capital em 1956, aindadetém boa parte das decisões.

EXEMPLOSGrupo RBS, Perdigão, Gerdau e Grupo Pão de Açúcar

estão na lista de exemplos de sucesso na administraçãofamiliar. Conseguiram romper a barreira das geraçõescom uma gestão voltada para os resultados.

Em Cachoeirinha, a Conservas Ritter figura entreexemplos de tradição e qualidade. Fundada em 1919 porFrederico Augusto Ritter, a empresa fabricava leite e

derivados destinados ao mercado de Porto Alegre. Aprecariedade das estradas obrigou a Ritter a montar umalinha de produtos industrializados. Já em 1929, aConservas Ritter ganhou Medalha de Ouro pela qualidadede produção das geléias. O pioneirismo do fundadorconseguiu inundar a família. Os sucessores souberam dara visão certa para a empresa que hoje é a maior produtorade doces e geléias do País. Na década de 90, a Ritterinvestiu em novas pesquisas e ampliou a linha de produ-ção. Hoje, a administração da Conservas Ritter está naterceira geração. A empresa guarda com orgulho aslembranças e fotos do fundador.

Um dos pontos decisivos na sucessão é a chegada defamiliares no ambiente de trabalho. A Bebidas Fruki,fundada há 80 anos por Emílio Kirst, em Lajeado, tem umapolítica clara para a sucessão. Todo o familiar que quertrabalhar na empresa começa como estagiário e deveestar cursando uma faculdade. “Ele ingressa comoqualquer outro profissional”, afirma Aline Bagatini, netado fundador.

Outro exemplo de sucessão familiar é a MetalúrgicaCarlos Becker, de Gravataí. Em 1945 o idealizador CarlosBecker iniciou uma pequena serralheria. As atividadesforam crescendo. No final da década de 70 e no decorrerda década de 80, os administradores viram a necessidadede readequações. Foi aí que iniciou o processo de profissi-onalização, reestruturação administrativa e reorganiza-ção dos segmentos. Atualmente, é administrada porDécio Becker, que representa a segunda geração dafamília.

No mês passado, alguns herdeiros de companhiasbrasileiras que haviam repassado o controle do dia-a-diados negócios a um profissional do mercado reassumiramo controle das empresas de suas famílias. Entre elas,estavam nomes como a Schincariol, Sadia e WTorre. Oprincipal argumento usado para justificar a mudança decurso foi a agilidade nas decisões, que seria uma dasvantagens do comando familiar, principalmente duranteum período de crise financeira.

Mas, se por um lado a presença forte da famíliafundadora pode ser fundamental para a sobrevivência deuma companhia, por outro, gerir uma empresa familiar étarefa complexa e que exige compreensão profundasobre as particularidades desse tipo de empreendimento.Afinal, qualquer empresa precisa ter uma boa gestão econquistar mercados, por exemplo, mas as familiaresprecisam superar barreiras decorrentes de relaçõesinternas que não são apenas profissionais.

O fundador presidente da Werner & Associados, RenéWerner, observa, no livro “Acontece nas melhoresfamílias - Repensando as empresas familiares”, que nasúltimas décadas muitas famílias empresárias passaram aadquirir ativos independentes dos seus negócios operaci-onais. A partir do momento que tal patrimônio não-operacional se torna significativo, elas precisam organizá-lo. É nessa instância, também, que muitos assuntos - eproblemas - da família, que não estejam ligados à opera-ção diária da companhia, devem ser discutidos.

O escritório de família normalmente é uma estruturaindependente da empresa e que fica sob a responsabilida-de de alguns familiares. “Essa instância existe há 300 anosno mundo e se tornou importante para a governançafamiliar. Não desmerecendo a governança corporativa, épreciso ter uma governança familiar, tema que se tornoumuito importante de 1997 para cá, devido à entrada degrande quantidade de capital estrangeiro no Brasil”, diz.

Sócio da consultoria societária Höft, Wagner Teixeira

assina o capítulo sobre governança invisível, que, paraele, é a base da boa relação da família com os negócios.“Fala-se muito em governança corporativa, mas ela sóocorre bem se há uma boa governança familiar e societá-ria, que justamente não aparecem para o mercado”, diz.Ou seja, a governança invisível é a estrutura que dásuporte para que a empresa possa funcionar de formaindependente, sem ser afetada pelos conflitos familiares.

“O que percebemos com nossos clientes é quequando a família consegue organizar a parte invisível, aempresa cresce de modo acelerado, pois fica solta paracuidar dos negócios”, pontua. “A profissionalização deuma companhia é consequência da profissionalização dafamília controladora. O problema é que geralmente secomeça por profissionalizar a empresa”, afirma.Segundo Teixeira, cada membro da família precisaentender o seu papel dentro do negócio. Isso passa pelareflexão do que ele almeja para sua própria vida. Paracada um dos possíveis papéis, é preciso preparação",completa.

Outra discussão relevante presente no livro édesenvolv ida pelo sócio fundador da KarposInvestimentos, Andrei Bordin, que assina um capítulosobre estratégias tributárias no processo sucessório.Segundo ele, é preciso ter em mente que o sistematributário brasileiro é complexo. Por isso, no seu artigo,ele procura alertar os empresários sobre os tributosque mais podem gerar dispêndios na hora de trocar ageração que está no comando da companhia. "Perceboque as empresas, na sua maioria, não se preparam para asucessão. Quando o fazem, as preocupações costumamrecair sobre questões societárias, em detrimento dosaspectos tributários, postura que pode onerar aempresa e os herdeiros no futuro", alerta. No capítulo,Bordin destaca ainda a importância de as empresasterem uma visão globalizada sobre o assunto e utilizemmecanismos internacionais para criar soluções desucessão que não são previstas pela legislação brasilei-ra.

Escritório de família

Governança invisível

Tributos e sucessão

A empresa familiar por vários pontos de vista

"Acontece nas melhores famílias - Repensando as empresasfamiliares" (Editora Saraiva e Virgíla, 448 páginas, R$ 64,90): Com 19capítulos, escritos por nomes de destaque no mundo corporativo eeducacional, a obra aborda diversos assuntos sobre o tema, semprecom objetivo de contribuir com as decisões dos gestores.

SUGESTÃO DE LEITURA

Fevereiro / 2009

Divulgação / MP

Page 19: Revista Matéria Prima - 6ª edição

2009

Herdeiros de sonhos,tradições e negóciosHerdeiros de sonhos,tradições e negócios

No século XIX as formas de negócios começaram aganhar uma atitude mais comercial. As atividades familia-res deram espaço para as empresas modernas, e essamudança aconteceu a partir do momento em que elascomeçaram a ter mais de uma unidade operacional e aconstruir uma hierarquia de profissionais assalariados.Não é errado afirmar que as empresas surgiram da família,e depois de algum tempo foram sendo organizadas paraserem mais rentáveis e não só para o autosustento.

O mercado cresceu, as relações de trabalho mudaram,e a tecnologia obrigou cada empresa a se modernizar. Aessência familiar nas companhias é uma constantemundial. Em alguns países como a Itália, as empresasfamiliares representam 85% da economia.

As organizações familiares que já estão na segundageração ou mais representam uma tradição. Carregamconsigo marcas, valores e sonhos de uma geração passada.Quando há esse conhecimento e cuidado dos sucessores, aempresa vive muito bem. O caso mais famoso é o da Ford.A família, apesar de ter aberto o capital em 1956, aindadetém boa parte das decisões.

EXEMPLOSGrupo RBS, Perdigão, Gerdau e Grupo Pão de Açúcar

estão na lista de exemplos de sucesso na administraçãofamiliar. Conseguiram romper a barreira das geraçõescom uma gestão voltada para os resultados.

Em Cachoeirinha, a Conservas Ritter figura entreexemplos de tradição e qualidade. Fundada em 1919 porFrederico Augusto Ritter, a empresa fabricava leite e

derivados destinados ao mercado de Porto Alegre. Aprecariedade das estradas obrigou a Ritter a montar umalinha de produtos industrializados. Já em 1929, aConservas Ritter ganhou Medalha de Ouro pela qualidadede produção das geléias. O pioneirismo do fundadorconseguiu inundar a família. Os sucessores souberam dara visão certa para a empresa que hoje é a maior produtorade doces e geléias do País. Na década de 90, a Ritterinvestiu em novas pesquisas e ampliou a linha de produ-ção. Hoje, a administração da Conservas Ritter está naterceira geração. A empresa guarda com orgulho aslembranças e fotos do fundador.

Um dos pontos decisivos na sucessão é a chegada defamiliares no ambiente de trabalho. A Bebidas Fruki,fundada há 80 anos por Emílio Kirst, em Lajeado, tem umapolítica clara para a sucessão. Todo o familiar que quertrabalhar na empresa começa como estagiário e deveestar cursando uma faculdade. “Ele ingressa comoqualquer outro profissional”, afirma Aline Bagatini, netado fundador.

Outro exemplo de sucessão familiar é a MetalúrgicaCarlos Becker, de Gravataí. Em 1945 o idealizador CarlosBecker iniciou uma pequena serralheria. As atividadesforam crescendo. No final da década de 70 e no decorrerda década de 80, os administradores viram a necessidadede readequações. Foi aí que iniciou o processo de profissi-onalização, reestruturação administrativa e reorganiza-ção dos segmentos. Atualmente, é administrada porDécio Becker, que representa a segunda geração dafamília.

No mês passado, alguns herdeiros de companhiasbrasileiras que haviam repassado o controle do dia-a-diados negócios a um profissional do mercado reassumiramo controle das empresas de suas famílias. Entre elas,estavam nomes como a Schincariol, Sadia e WTorre. Oprincipal argumento usado para justificar a mudança decurso foi a agilidade nas decisões, que seria uma dasvantagens do comando familiar, principalmente duranteum período de crise financeira.

Mas, se por um lado a presença forte da famíliafundadora pode ser fundamental para a sobrevivência deuma companhia, por outro, gerir uma empresa familiar étarefa complexa e que exige compreensão profundasobre as particularidades desse tipo de empreendimento.Afinal, qualquer empresa precisa ter uma boa gestão econquistar mercados, por exemplo, mas as familiaresprecisam superar barreiras decorrentes de relaçõesinternas que não são apenas profissionais.

O fundador presidente da Werner & Associados, RenéWerner, observa, no livro “Acontece nas melhoresfamílias - Repensando as empresas familiares”, que nasúltimas décadas muitas famílias empresárias passaram aadquirir ativos independentes dos seus negócios operaci-onais. A partir do momento que tal patrimônio não-operacional se torna significativo, elas precisam organizá-lo. É nessa instância, também, que muitos assuntos - eproblemas - da família, que não estejam ligados à opera-ção diária da companhia, devem ser discutidos.

O escritório de família normalmente é uma estruturaindependente da empresa e que fica sob a responsabilida-de de alguns familiares. “Essa instância existe há 300 anosno mundo e se tornou importante para a governançafamiliar. Não desmerecendo a governança corporativa, épreciso ter uma governança familiar, tema que se tornoumuito importante de 1997 para cá, devido à entrada degrande quantidade de capital estrangeiro no Brasil”, diz.

Sócio da consultoria societária Höft, Wagner Teixeira

assina o capítulo sobre governança invisível, que, paraele, é a base da boa relação da família com os negócios.“Fala-se muito em governança corporativa, mas ela sóocorre bem se há uma boa governança familiar e societá-ria, que justamente não aparecem para o mercado”, diz.Ou seja, a governança invisível é a estrutura que dásuporte para que a empresa possa funcionar de formaindependente, sem ser afetada pelos conflitos familiares.

“O que percebemos com nossos clientes é quequando a família consegue organizar a parte invisível, aempresa cresce de modo acelerado, pois fica solta paracuidar dos negócios”, pontua. “A profissionalização deuma companhia é consequência da profissionalização dafamília controladora. O problema é que geralmente secomeça por profissionalizar a empresa”, afirma.Segundo Teixeira, cada membro da família precisaentender o seu papel dentro do negócio. Isso passa pelareflexão do que ele almeja para sua própria vida. Paracada um dos possíveis papéis, é preciso preparação",completa.

Outra discussão relevante presente no livro édesenvolv ida pelo sócio fundador da KarposInvestimentos, Andrei Bordin, que assina um capítulosobre estratégias tributárias no processo sucessório.Segundo ele, é preciso ter em mente que o sistematributário brasileiro é complexo. Por isso, no seu artigo,ele procura alertar os empresários sobre os tributosque mais podem gerar dispêndios na hora de trocar ageração que está no comando da companhia. "Perceboque as empresas, na sua maioria, não se preparam para asucessão. Quando o fazem, as preocupações costumamrecair sobre questões societárias, em detrimento dosaspectos tributários, postura que pode onerar aempresa e os herdeiros no futuro", alerta. No capítulo,Bordin destaca ainda a importância de as empresasterem uma visão globalizada sobre o assunto e utilizemmecanismos internacionais para criar soluções desucessão que não são previstas pela legislação brasilei-ra.

Escritório de família

Governança invisível

Tributos e sucessão

A empresa familiar por vários pontos de vista

"Acontece nas melhores famílias - Repensando as empresasfamiliares" (Editora Saraiva e Virgíla, 448 páginas, R$ 64,90): Com 19capítulos, escritos por nomes de destaque no mundo corporativo eeducacional, a obra aborda diversos assuntos sobre o tema, semprecom objetivo de contribuir com as decisões dos gestores.

SUGESTÃO DE LEITURA

Fevereiro / 2009

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Page 20: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

REPORTAGEM ESPECIAL

O tempo passa mais rápido do que conse-guimos perceber. É importante estar atento àsideias de pessoas mais novas. O mundo é muitodinâmico.

Não tenha medo de descentralizarNão tenha medo de descentralizarNão tenha medo de descentralizarNão tenha medo de descentralizarNão tenha medo de descentralizar

Preparar os parentes para ingressarPreparar os parentes para ingressarPreparar os parentes para ingressarPreparar os parentes para ingressarPreparar os parentes para ingressarno ambiente de trabalhono ambiente de trabalhono ambiente de trabalhono ambiente de trabalhono ambiente de trabalho

Preparar as futuras gerações e motivá-laspara atuar no negócio da família.

Crie um conselho diretor mistoCrie um conselho diretor mistoCrie um conselho diretor mistoCrie um conselho diretor mistoCrie um conselho diretor mistoTome as decisões escutando pessoas ligadas

à família, mas também escute profissionais comuma visão de fora.

Código de éticaCódigo de éticaCódigo de éticaCódigo de éticaCódigo de éticaTer um código de ética que aborde os principais

pontos de conflitos, objetivos, e o que não pode acon-tecer é importante para todos conhecerem onde aempresa que chegar.Planejamento EstratégicoPlanejamento EstratégicoPlanejamento EstratégicoPlanejamento EstratégicoPlanejamento Estratégico

Todo mundo sabe a importância de um pla-nejamento estratégico, mas poucos estão aten-tos para a sua atualização. O planejamento es-tratégico é dinâmico e deve ser revisado perio-dicamente.

TTTTTrrrrradiçãoadiçãoadiçãoadiçãoadiçãoManter viva a história da empresa é uma forma de

demonstrar para todos o quanto cada um deve ter or-gulho por estar ali. Ou seja, cada colaborador é tam-bém parte desta história.

Como alcançar o sucesso na empresa familiar

As empresas familiares em outros países

Page 21: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009LEGISLAÇÃOA desconsideração da personalidade jurídica de uma

empresa retira o privilégio de separação patrimonial entrea mesma e seus sócios. Com isto, o patrimônio pessoal dossócios pode ser alcançado para o pagamento de dívidas daempresa.

O Código Civil preceitua que tal medida somente épossível quando existir prova concreta de que houve des-vio da finalidade da pessoa jurídica. Tal fato se caracterizapelo desvio de finalidade da empresa ou pela confusão dospatrimônios da sociedade com os dos seus sócios.

Ocorre que nem sempre a norma jurídica é observada.Nem sempre os juízes, na louvável intenção de tentar asatisfação do crédito daquele que venceu a demanda, aten-tam para as especificidades da desconsideração da perso-nalidade jurídica. Tal fato, aliado à utilização das ferramen-tas ágeis e eficientes (sistemas "Bacen-Jud" e "Info-Jud") queestão à disposição dos magistrados para a obtenção deinformações financeiras das partes envolvidas nos proces-sos judiciais, tem gerado graves problemas para os sócios,que frequentemente são vítimas da má aplicação da des-consideração da personalidade jurídica.

Ora, não é incomum que sócios (independentemente deserem ou não os causadores do desvio de finalidade daempresa) sejam surpreendidos pelo bloqueio judicial deseus bens ou de suas contas bancárias para a satisfação dedébitos da empresa.

Visando evitar este tipo de situação grave e constrange-dora, foi recentemente apresentado ao Plenário da Câmarade Deputados o Projeto de Lei 3401/2008, sugerido porentidades integrantes do Plano Diretor do Mercado deCapitais e apresentado pelo Deputado Federal Bruno Ara-újo (PSDB/PE). O referido Projeto propõe a observânciade procedimento judicial específico para a desconsidera-ção da personalidade jurídica como meio de evitar os abu-sos de tais decisões judiciais.

Desconsideração dapersonalidade jurídica

Ângela CampagnerAdvogada - OAB/RS 31E057 Dentre as normas propostas, destacam-se as seguintes:

a impossibilidade de os juízes decretarem a desconsidera-ção de ofício, sendo necessário devido requerimento daparte interessada; a obrigatoriedade de oportunidade dedefesa dos sócios, antes da decretação da desconsidera-ção; os efeitos da desconsideração não atingirão os bensparticulares de sócios que não tenham praticado ato abusi-vo da personalidade jurídica, ou seja, a desconsideraçãoapenas se restringirá aos sócios que desviaram a finalidadeda pessoa jurídica.

Tais procedimentos, se aprovados, em muito colabora-rão para a segurança jurídica e processual do cidadão. En-tretanto, considerando que o referido Projeto ainda trilha-rá longo caminho legislativo, importante que os sócios eadministradores de empresas demandadas em qualqueresfera judicial mantenham-se atentos ao curso dos proces-sos judiciais, especialmente na hipótese de a empresa nãopossuir meios de arcar com suas obrigações. Um acompa-nhamento processual efetivo e cuidadoso pode evitar oureverter a indevida desconsideração da personalidade jurí-dica e suas consequências indesejadas.

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Page 22: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

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INFORME PUBLICITÁRIO

Toda empresa que possua uma rede de computadores precisa deassistência ou assessoria para que um problema na rede não interfira notrabalho ou ocasione em perda de arquivos. Há 15 anos em Cachoei-rinha, a AT Informática oferece serviços de suporte e consultoria, assis-tência técnica, redes e servidores Windows e Linux. Fundada por Ed-son Woycink, falecido há quatro anos, foi adquirida por Hugney Motta,que manteve o padrão de qualidade criado pelo amigo.

Contando com cinco técnicos certificados, a AT Informática prepa-ra a cada dia sua equipe para oferecer soluções e resolver possíveisdificuldades em servidores, redes e estações de trabalho, monitores,impressoras e periféricos. O diferencial da empresa está no foco do seutrabalho, voltado para a assessoria. Além disso, a AT faz a verificaçãode todo o equipamento, evitando que outras peças causem problemas.

A empresa é autorizada Intelbras, Nova computadores, Micro-board e Redesys.

Entre os planos para o futuro, está a abertura de uma nova loja emPorto Alegre e uma loja de peças e acessórios em Cachoeirinha. Maio-res informações no site www.atinformatica.com.br ou pelo fone 513471 8186.

Em tempos de crise financeira internacional, reduzir os custos signi-fica a sobrevivência de muitas empresas no mercado. Nesse momento,diminuir os gastos com mão-de-obra é a primeira atitude tomada pormuitas companhias. Para evitar demissões, uma opção é contratar mão-de-obra terceirizada.

Há cinco anos no mercado e com aproximadamente 100 funcioná-rios, a GP Serviços oferece soluções nas áreas de portaria, limpeza erecepção.

A terceirização é um sistema que estabelece uma relação de parce-ria entre companhias ou entre uma empresa e profissionais, permitindoque cada um se concentre na sua atividade principal.

A terceirização originou-se nos Estados Unidos, logo após a eclo-são da IIª Guerra Mundial, pois as indústrias bélicas tinham que se con-centrar no desenvolvimento da produção de armamentos e passaram adelegar algumas atividades a empresas portadoras de serviços. Infor-mações com a GP Serviços podem ser obtidas no fone 51 3471 7943.

Terceirizar também ésolução para crise

Assessoria em informática

Em 2008, a Arauterm concluiua construção de uma nova fábricaque respeita o meio ambiente. Oconjunto de prédios, com 3200 m2

de área fabril e mais 1000 m2 deárea administrativa, foi projetadocom extremo cuidado ecológi-co, contando, por exemplo, comsistema de reaproveitamento daságuas pluviais e utilização da ener-gia solar.

A fim de atender as necessida-des térmicas dos clientes, a Arau-term abre um novo ciclo, buscan-do na Europa placas especiaispara montagem de Trocadores deCalor de Placas (TCP), especial-mente calculados de acordo coma necessidade do cliente, dimensi-onado por software específico de-senvolvido pelo fabricante.

De acordo com a empresa,cada produto é desenvolvido comelevado rendimento térmico e es-trita observância das orientaçõesde cuidados ambientais.

Arauterm investeem cuidadosambientais

A Pampinox, especializadana distribuição e comercializa-ção de produtos siderúrgicoscomo bobinas em aço inox, açocarbono, telhas, tubos, cone-xões, barras e chapas, foi reco-nhecida por grupos do ramometalúrgico fora do Estado. Deacordo com seu gestor, AlexFiuza, devido a este reconheci-mento e atuação no ramo, viu-se a necessidade de investir em

GRUPO FIUZAnovas frentes, mesmo com a cri-se financeira internacional, queabalou a indústria.

Dessa forma, foi criado oGrupo Fiuza, que deu início a no-vas contratações, investindo emprofissionais com grande conhe-cimento de mercado e com maisde dez anos de experiência.

A Pampinox completou cin-co anos e está localizada emCanoas.

Um centro de condicionamento físico, capa-citação e reabilitação que tem como principalobjetivo a utilização dos exercícios físicos paramelhoria da saúde e qualidade de vida, estas sãocaracterísticas do Centro de Saúde e Bem-estar Iron House Personal Class. Localizadoem Cachoeirinha, o espaço traz diversas ativi-dades diferenciadas também para empresas.

"O tratamento personalizado vem como res-posta a esta busca de atenção e também segu-rança, afinal, trabalhamos com seres humanos ecuidamos daquilo que eles têm de mais preciosona vida: sua saúde", afirma Estevan de OliveiraFreitas, educador físico da Iron House. O local

integra atividade física com fisioterapia, nutri-ção, massoterapia, além de outros serviços.

De acordo com ele, o diferencial está no tra-balho individualizado que cada profissional rea-liza e que muitas vezes não é encontrado emacademias comuns. �Porque ninguém é igual aninguém e o atendimento personalizado faz adiferença�, afirma. A idéia é oferecer o máximode conforto e segurança ao aluno.

Localizado no coração da cidade, o Centroobjetiva criar uma nova opção para aqueles queesperam o melhor em treinamento físico e fisio-terapia. Maiores informações pelo fone 51 30411585.

Muito mais que uma academia

Alex Fiuza

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Page 23: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009QUALIDADE DE VIDA

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O mercado de trabalhoevoluiu muito nos últimos anose está cada vez mais competiti-vo. Por esta razão, precisamosestar aperfeiçoados e prepara-dos paras as dificuldades e osdesafios que enfrentamos diari-amente. O ser humano, depen-dendo da sua ocupação, estáexposto aos mais diferentes ris-cos, inclusive para a visão. Paracada profissão existe uma for-ma diferente de expor os nos-sos olhos. Enxergar bem, poderperceber detalhes, ter uma vi-são ampla e executar as tarefas sem limitações, com certeza, sãoos anseios de qualquer profissional, em qualquer área.

A visão representa 80% da nossa percepção do mundo. Quei-xas de dor de cabeça, tensão na região do pescoço, ardência nosolhos e desatenção podem ser indícios de que algo está errado,ou até mesmo a consequência da falta de correção visual. Embo-ra a indústria tenha normas claras para a segurança do trabalho,muitas ainda não estão atentas a este quadro sintomático tãovital, não oferecendo a assessoria necessária para detectar adeficiência.

Um exemplo típico é de quem trabalha quase todo seu expe-diente em frente ao computador. Esta pessoa precisa de umaatenção especial, pois há uma excessiva exigência dos músculosdo globo ocular, para que tenha real percepção da profundidadeda tela. Este excesso causa o chamado "olho seco", causandococeiras e vermelhidão nos olhos, pelo simples motivo de piscarcom menos frequência.

Neste caso, recomendo o uso de óculos no período do tra-balho, com lentes especiais com proteção ultravioleta e tambémcom tratamento anti-reflexo (lente transparente) para que o usu-ário obtenha maior conforto e visualize com maior nitidez ascores e as informações da tela de seu computador.

Fábia PereiraProfessora, Técnica em Óptica, estudante de Optometriae Gerente de Marketing das Ópticas Pereira

A importância dos óculospara o profissional

A prática de atividades físicas ajuda a contro-lar a pressão arterial, regula os níveis de coleste-rol, contribui para a perda de peso e previne di-versas doenças, como a osteoporose. A novi-dade é que as empresas estão descobrindo comoa saúde influencia o ambiente de trabalho. Inte-gração de funcionários, aumento de produtivida-de e redução das faltas são alguns dos resultadosobtidos por empresas que incentivam a práticade atividades físicas entre seus colaboradores.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os pro-gramas de bem-estar oferecidos pelas empresaspodem aumentar a produtividade dos funcionári-os em 5% e reduzir em 15% as faltas ao trabalho.

Alguns trabalhadores sabem da importânciados exercícios físicos, mas muitas vezes acabamadiando o início das atividades. Por isso, o incen-tivo da empresa, com programas voltados para aqualidade de vida, é fundamental para motivaresse funcionário.

Além da melhora do condicionamento físico,o trabalhador se sente mais motivado e dispostopara enfrentar a jornada diária de trabalho.

Educadores físicos ressaltam a importânciado acompanhamento profissional porque cadaum tem seu próprio ritmo e necessita de progra-mas específicos.

Programas de bem-estaraumentam produtividade

Divulgação/MP

Fábia recomenda o uso de óculosna frente do computador

Joshua Tan/MP

Page 24: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

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QUAL

IDAD

E

Em dezembro foi validada a nor-ma ISO 9001:2008, que traz esclare-cimentos de alguns dos requisitos atu-ais da ISO 9001:2000, com base naexperiência de oito anos de aplicaçãoda Norma. A nova reformulação danorma 9001 traz principalmente mu-danças para que o entendimento dotexto seja mais claro e objetivo.

O IAF (International AccreditationForum) estabeleceu que, após um anoda publ icação da norma ISO9001:2008, todos os certificados emi-tidos devem estar de acordo com aúltima versão e que, depois de dois

Normas ganham novo formatoanos, nenhum cert i f icado ISO9001:2000 permanecerá válido. Se-gundo o plano de transição estabele-cido pela ISO e pelo IAF, após 15 dedezembro de 2009 as novas certifi-cações ou recertificações ISO 9001deverão ser feitas na versão 2008.

ISO é o termo originado da pala-vra grega isos, que significa igualdadee representa a Organização Internaci-onal de Normalização, que surgiu de-pois da Segunda Guerra e é a maiorrede não-governamental de normali-zação em âmbito global. O seu objeti-vo inicial, e que ainda está em vigência

ALGUNS ITENS QUE MUDAMALGUNS ITENS QUE MUDAMALGUNS ITENS QUE MUDAMALGUNS ITENS QUE MUDAMALGUNS ITENS QUE MUDAM

0.1 Generalidades: esclarece a questão da conformi-dade com os requisitos regulatórios e estatutários, quedeverão ser atendidos quando se referem ao produto(na verdade, o resultado do processo).3. Termos e Definições: foi eliminada a definição for-necedor x organização x cliente.4.1. Requisitos GeraisTexto mais explicativo, além de permitir que as organi-zações definam os controles a serem aplicados aos pro-cessos terceirizados.4.2 Requisitos de DocumentaçãoMelhoria no entendimento e liberdade para as organiza-ções definirem os documentos e registros necessáriospara garantir a eficácia dos seus processos, além dos járequeridos pela norma.

6.3 Infraestrutura:Inclusão de mais um exemplo dentro da letra c):* Serviços de apoio como sistemas de informação.8.2.1 Satisfação do cliente:Passou a ser considerado um indicador e não mais umamedição da performance do SGQ.8.3 Controle de Produto não ConformeFoi incluída a letra d) que requer que, quando praticável,a organização deve tomar as ações apropriadas aos efei-tos ou potenciais efeitos de uma não conformidade detec-tada após a entrega ou uso do produto.Anexo A: Traz uma correlação entre os requisitos danorma ISO 9001:2000 e ISO 14001:2004.

FONTE: SGS do Brasil Ltda.

Os "Critérios de Excelência 2009" e "Compromisso eRumo com a Excelência 2009-2010" já estão disponíveispara download gratuito no site da FNQ (Fundação Nacionalda Qualidade). Quem optar pela versão impressa dos "Cri-térios de Excelência 2009" pode encomendá-la por e-mail([email protected]). "Compromisso e Rumo com aExcelência 2009-2010" estão disponíveis somente para do-wnload. Os interessados em realizar uma autoavaliação dagestão organizacional e ainda participar do Prêmio Nacio-nal da Qualidade (PNQ) podem utilizar as publicações comguias complementares ao caderno "Instruções para Candi-datura".

As versões 2009 trazem ainda novas atualizações. O

Modelo de Excelência da Gestão (MEG) da FNQ foi aperfei-çoado principalmente para fortalecer os temas gestão doconhecimento, inovação e desenvolvimento de parceri-as. Estes dois últimos temas levaram a revisões em váriositens.

Acesse o link abaixo para fazer o download dos Critéri-os de Excelência 2009:

http://www.fnq.org.br/Portals/_FNQ/Documents/web_CriteriosExcelencia2009_mais_recente.pdf e o linkabaixo para fazer o download dos Critérios Compromissocom a Excelência e Rumo à Excelência:

http://www.fnq.org.br/Portals/_FNQ/Documents/RumoExcelencia2009.pdf

nos dias de hoje, é criar normas quese tornassem padrão para todos ospaíses que possuem representantes naentidade. O Brasil está ligado à ISOdesde a sua criação, em 1947, e é re-presentado na entidade pela ABNT(Associação Brasileira de NormasTécnicas).

A família 9000 de normas procuraassegurar qualidade para o cliente pormeio da implementação, nas organi-zações, dos Sistemas de Gestão daQualidade que consiste no gerencia-mento de todos os processos da or-ganização.

FNQ disponibiliza documentos para download

Page 25: Revista Matéria Prima - 6ª edição

Fevereiro/2009

QUALIDADE

Erotildes Nogueira MachadoAuditora Líder e Especialista em ConsultoriaDiretora da Nogueira Machado Assessoria EmpresarialIntegrante do Comitê do PGQP - Cachoeirinha

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Como a ISO 9001 pode ajudaras empresas familiares

Muito tem se escrito sobre a empresa familiar,que mostra ser uma grande força de negócios, representando3/4 das empresas. Que seus integrantes trazem para a empresaos conflitos da família. Também por isto, que a sucessão é umrisco, sendo que somente 1/3 sobrevive à segunda geração eque apenas 1/6 à terceira. Que colaboradores se sentem deses-timulados, porque os melhores cargos são privativos do clã...

Por outro lado, são reconhecidos a força do propósito co-mum e da flexibilidade de tempo, dinheiro e trabalho, que po-deriam faltar num negócio não familiar, mas são supridos peloentendimento de um compartilhamento de projeto em longoprazo...

E que a liderança natural do chefe da família pode ser umfator positivo/negativo nas tomadas de decisão...

Empresas Familiares não são todas iguaisÉ frequente a notícia de organizações empreendendo esfor-

ços estruturados de sucessão, transformando este desafio numaverdadeira oportunidade de alavancar negócios. Todas estasinformações servem para motivar que cada empresa familiarfaça seu diagnóstico e tome as ações apropriadas. Como aspróprias estatísticas mostram, existem tendências que pedemcautela, mas nem todas as empresas são iguais. Em que consisteeste diagnóstico? Em responder a pergunta: Qual a necessidadede sua empresa familiar?

A ISO 9001 pode ajudarPorque é um modelo de gestão muito simples. Foi testado e

é reconhecido em todo o mundo. E, principalmente, porque é

um modelo aberto, passível de ser aplicado a qualquertipo de empresa. Precisa ser muito bem implementado emantido para realmente representar a verdade da organi-zação e controlar os riscos específicos identificados nodiagnóstico. Na empresa familiar, auxilia a reduzir os con-flitos na medida em que são mapeados os processos eidentificadas as autoridades/responsabilidades. Indicado-res de desempenho definem metas alinhadas com o objeti-vo da organização. Padroniza - sem engessar - a rotina,promovendo ações para um crescimento sustentado, quepermita gerar, de forma planejada, recursos superiores aocrescimento vegetativo da família. Isto cria riqueza e opor-tunidades para as demais pessoas da organização. Porqueempresa familiar não precisa ser sinônimo de empresa ondesomente a família tem sucesso.

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Sônia ZanchettaJornalista e Produtora [email protected]

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A Economia criativa

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O conceito de Economia Criativa - criado pelo empresá-rio de mídia e consultor inglês John Howkins, autor do livroEconomia criativa: como ganhar dinheiro a partir de idéias,de 2001 - é bastante recente, mas vem ganhando terreno naárea do pensamento econômico.

Diante da necessidade de desenvolver outros segmentosda economia, com foco na criatividade e na capacidade inte-lectual, a Inglaterra passou a privilegiar, a partir de 1994, trêsáreas que demandam alta qualificação e talento criativo, alémde gerar rendimentos maiores: arte e cultura, mídias eletrôni-cas e design.

Em 1997, Tony Blair determinou que se realizasse umaampla pesquisa sobre as tendências do mercado internacionale as vantagens competitivas do País, para que pudesse fazerfrente à concorrência global, que vinha se acirrando.

Foram identificados, então, 13 setores com grande poten-cial de geração de renda, que têm sua origem na criatividade ena exploração da propriedade intelectual: propaganda, arqui-tetura, mercados de arte e antiguidades, artesanato, design,moda, filme e vídeo, software de lazer, música, artes dos espe-táculo, edição, serviços de computação, rádio e tv.

E, quinze anos depois de ter adotado o termo indústriacriativa (inspirado no projeto australiano Creative Nation, de1994) em sua política pública, o governo inglês nomeou umministro especificamente para coordenar a área da EconomiaCriativa.

O exemplo da Inglaterra tem sido replicado nos mais di-versos países e, segundo a ONU, a economia criativa já res-ponde por 7% das riquezas produzidas no mundo.

Passou-se a perceber claramente o papel protagônico quepode desempenhar a Cultura no desenvolvimento socioeco-nômico de uma região, e a tratar o setor cultural como umaverdadeira indústria, mas também a englobar, no conceito deEconomia Criativa, toda a atividade econômica que tem noconhecimento, na criatividade e no capital intelectual seus prin-cipais recursos produtivos.

Ao valer-se de um recurso que, além de não se esgotar, semultiplica, a Economia Criativa surge como opção de desen-volvimento, sobretudo onde a carência ou esgotamento derecursos naturais não renováveis ou de capital levam à falta deperspectivas.

No Brasil, o conceito começou a ser estudado há poucosanos e, no momento, várias cidades - entre as quais Florianó-polis e Belo Horizonte - já integram ou se preparam paraintegrar a Rede de Cidades Criativas, criada pela Unesco, em2004, com a finalidade de proporcionar a troca de know-how,experiências, capacidades tecnológicas e de gestão entre ci-dades que são centros de excelência criativa.

De acordo com a Unesco, uma cidade é considerada criati-va por sua capacidade de reter e atrair talentos, por contarcom universidades de renome e empresas inovadoras, alémde um alto índice de diversidade cultural e de tolerância.

Quatorze empresas brasileiras compõem a lista de 100 com-panhias de economias emergentes classificadas como sérias con-correntes a multinacionais de países desenvolvidos, publicadapela consultora Boston Consulting Group, em Davos, na Suíça. Acaracterística destas 100 empresas é que, juntas, elas soma-ram, em 2007 (ano-base da lista) receitas de US$ 1,5 trilhão ealcançaram ou superaram rivais muito mais antigas dos EstadosUnidos, Europa e Japão.

O Brasil é o terceiro país com mais empresas na lista,atrás da China (36) e da Índia (20). Em seguida, vêm México (7)e Rússia (6). O destaque no Brasil vai para o conglomeradoCamargo Corrêa, que atua em setores que vão da construçãoao têxtil e foi incluído este ano na lista, por seu crescimentointernacional em 2007, em especial na América Latina, na Áfri-ca e na Espanha, alcançando uma receita de US$ 6,4 bilhõesnaquele ano. As outras 13 empresas brasileiras já faziam parteda lista, entre elas a Petrobras, a mineradora Vale, a construto-ra Odebrecht, a siderúrgica Gerdau, a aeronáutica Embraer, osfrigoríficos Sadia e Perdigão, a têxtil Coteminas (da família dovice-presidente José de Alencar), a cosmética Natura e o con-glomerado Votorantim. Também compõem a lista a montadorade ônibus Marcopolo, a fabricante de motores elétricos WEG ea produtora de carne bovina JBS-Friboi.

EMPRESAS CONCORRENTES AMULTINACIONAIS DE PAÍSES DESENVOLVIDOS

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LOGÍSTICAO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial (Inmetro) aprovou o Regulamento Téc-nico da Qualidade 5 - Inspeção de Veículos Rodoviários Des-tinados ao Transporte de Produtos Perigosos, de acordo coma Portaria 457/08. Essa Portaria entra em vigor seis mesesapós a sua publicação no Diário Oficial da União (que foi emdezembro) e doze meses para a inspeção mecanizada. ORTQ 5, publicado pela Portaria 197/04, será revogado seismeses após a data de publicação da Portaria 457/08.

Na nova regra estão incluídas algumas exigências para arealização da inspeção veicular tais como:

- Apresentação do certificado de descontaminação emi-tido pelo descontaminador registrado, para os equipamen-tos que transportam produtos perigosos, exceto para os re-

Nova regra para a realização de inspeção veicular

gulamentados pelos RTQ 1,3 e 6;- Apresentação do certificado de verificação metrológi-

ca do cronotacógrafo emitido por representante da RBMLQ,dentro da sua validade, em atendimento à regulamentaçãometrológica do Inmetro;

- Utilização de componentes e acessórios certificados noâmbito do SBAC, quando aplicável. Entende-se por compo-nentes e acessórios: pino-rei, quinta-roda, válvulas de segu-rança e outros;

- Veículos rodoviários definidos no CTB como camione-ta e utilitário somente serão inspecionados se houver segre-gação entre o habitáculo no qual a carga (de qualquer classe)é transportada e o habitáculo destinado à condução do veí-culo rodoviário.

A Agência Nacional do Petróleo,Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)começou 2009 com uma agenda verde,que faz parte de suas atribuições. Navéspera do Natal, uma resolução daANP reduziu o teor de enxofre do die-sel utilizado pelos veículos no interiordo Brasil em 10%, ou seja, para 1,8 milpartículas por milhão. Agregado a essenúmero, vem o "S" do enxofre, e essecombustível é então conhecido comodiesel S1800. A agência também espe-cificou o S50 e o S10, que reduzirãoainda mais a emissão de poluentesno País. O S50 e o S1800 já estão nomercado desde 1º de janeiro deste anoe o S10 passará a ser obrigatório a par-tir de 2012. Em 2010, será obrigatória

Menos enxofre no diesela utilização do S50 nas regiões me-tropolitanas de São Paulo, Porto Ale-gre, Belo Horizonte e Salvador.

A ANP também homologou a es-pecificação do asfalto borracha, pro-duzido com a mistura de 15% a 25%de borracha moída de pneu. A gera-ção de pneus inservíveis no Brasil éde aproximadamente 30 milhões aoano (dados de 2005, do Conama).Aproximadamente 52% dessespneus são descartados clandestina-mente, gerando um passivo ambien-tal considerável. Deixado ao léu, umpneu leva 400 anos para se decom-por.

Hans Thoursie - stock.xchng/MP

Combustível S50 seráobrigatório em Porto

Alegre em 2010

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) convocou audiênciapública sobre o processo de liberar os preços em voos internacio-nais, como pedia o sindicato que representa as companhias aéreasbrasileiras, para 11 de fevereiro, em Brasília.

A agência também revogou a resolução que permitia a liberaçãoprogressiva das tarifas a partir de 1º de janeiro deste ano. Nessaprimeira fase, os pisos mínimos tabelados para voos ao exterior -com exceção daqueles para a América do Sul, que já têm preçoslivres - poderiam ser reduzidos em até 20%. Em janeiro de 2010, ospreços seriam totalmente livres. Antes de editar a norma, a Anac fezconsulta pública via internet, mas não convocou audiência.

AUDIÊNCIA PÚBLICAAUDIÊNCIA PÚBLICAAUDIÊNCIA PÚBLICAAUDIÊNCIA PÚBLICAAUDIÊNCIA PÚBLICA

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1. Postergue as aquisições de HardwareCom a redução do crédito no mercado externo e revisão dosplanos de crescimento podemos esperar o corte do investi-mento em todas as regiões. Além disso, a subida do dólar vaiprovocar o aumento do custo de importação do hardware, ele-vando os preços.

2. Antecipe a contratação de licenças de software e ma-nutençãoAs licenças de software demoram mais tempo para serem ajus-tadas, pois não há importação. Para os softwares de mainframe,CAD, ERP e alguns outros, há uma referência em dólar, masvocê pode forçar para que o fornecedor obedeça a lei brasilei-ra, que obriga que os contratos sejam firmados em real.

3. Avalie seu portfólio de projetos de infraestrutura esistemasTomara que a crise não se aprofunde, mas e se acontecer? Pre-pare já a sua estratégia de portfólio, elegendo quais os projetossão prioritários e quais podem ser "cortados" para que quandoa ordem chegar você não corte o que é importante.

4. Inicie os projetos que reduzem a despesa operacionalda TIA maior despesa da TIC (Tecnologias da Informação e Comuni-cação) é com telecomunicações. Este pode ser um excelentemomento para migrar para VoIP, pois tem impacto imediato naconta.

5. Contenção de custos de atendimento e manutençãoA melhor forma para reduzir o custo do suporte é reduzir ademanda por suporte.

6. Redução do outsourcing via SLA (Acordo de Nível deServiço)Na maioria das empresas, no Brasil, cerca de 50% do gasto da

10 dicas para o setor enfrentar a criseTI é destinado aos contratos de serviço e outsourcing (mão-de-obra terceirizada relacionada à gestão estratégica). Depois detelecom, o outsourcing é seu principal alvo para corte de custos.Trabalhe a tolerância: maior tempo de espera no help desk,mais tempo para resolução de problemas, nomeie os sistemasnão críticos e permita uma redução da disponibilidade paraeles e dilatação do prazo de projetos.

7. Renovação de contratos de outsourcing via RFPVerifique os contratos a vencer em 2009, crie uma lista e esta-beleça a sua estratégia de negociação. Faça a RFP (do inglêsRequest For Proposal, é o processo de condução de uma cota-ção de serviços de TI) sempre que possível. Aproveite a opor-tunidade, pois 2009 vai ser um ano mais difícil para os fornece-dores e eles podem ceder mais no preço.

8. Asset Management - consolidação dos contratos e re-visão de T&COs contratos de licenciamento de software e mesmo de outsour-cing costumam ser bem complexos. Quando analisamos os con-tratos em conjunto, podemos identificar overlaps e duplicidadede serviços que, ao serem eliminados, podem reduzir o custopara o fornecedor e o preço pago pelo comprador.

9. Plano de sobrevivência: como manter tudo funcionan-do com tantos cortes?Faça um plano de transição, válido para um ou dois anos nomáximo e contrate serviços de curta duração (outsourcing deum ano), evitando a compra de equipamentos.

10. Pode ser a vez do Software LivreExperimente os softwares livres como alternativa para o desen-volvimento de sistemas. Para servidores, prefira expandir oLinux nesse momento.

Fonte: Fundamento Comunicação Empresarial

TECNOLOGIA

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A crise financeira internacional abalou grandes setores daeconomia brasileira, como o automobilístico e da construçãocivil. Mas, para os empresários da área de tecnologia da infor-mação, esse é um momento que pode abrir novas perspectivaspara o setor.

Como trabalha com melhoria de produtividade, e produti-vidade significa produzir mais com menor custo, qualquer queseja a solução de TI, desde uma simples planilha eletrônica atéum software de gestão, pode ajudar muito as companhias afeta-das pela crise.

De acordo com empresários da área, os investimentos do

governo em empreendedorismo vão aumentar o número deempresas iniciantes que, certamente, trarão soluções inovado-ras. Como os grandes investidores estão apreensivos, há a opor-tunidade para os pequenos, que podem entrar com o capital-semente, principalmente porque, agora, estão amparados poresses projetos governamentais de empreendedorismo.

O Brasil é destaque tanto na produção de soluções criativasde tecnologia como em termos de consumo. Ao contrário daÍndia, o país consome 80% da produção de softwares. Esse mer-cado interno forte é o que dá ao País uma boa proteção contraa crise.

Novas perspectivaspara o setor de TI

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Mais 79 setores da economia terãoadotado a Nota Fiscal eletrônica (NF-e)até o final de 2009. Essa é a expectativada Receita Federal. O esperado é que,no final de 2009, 80% da arrecadaçãodo Imposto sobre Circulação de Merca-dorias e Serviços (ICMS) esteja acompa-nhada pela NF-e.

Em abril deste ano devem se ade-quar ao sistema 25 itens, complementan-do os segmentos de automóveis (incluí-dos em parte em dezembro de 2008),autopeças, combustíveis, álcool, GLP,GNV, tintas, resinas, bebidas, vasilhame,

Novos setores obrigados a emitir NF-efumo, alumínio e siderurgia. Já em dezem-bro deste ano, é a vez de 54 itens, comocosméticos, higiene pessoal, papel, infor-mática, áudio e vídeo, trigo, café, defen-sivos, adubos, laticínio, dentre outros seg-mentos. Atualmente, mais de 15 mil esta-belecimentos estão cadastrados e, só em2 de janeiro deste ano, foram emitidasmais de 73 milhões de notas, represen-tando mais de R$ 1,54 trilhões de opera-ções.

Pioneiro na emissão de nota fiscal ele-trônica (NF-e) no País, o Rio Grande doSul terminou o ano de 2008 com cerca

A Perto S/A, de Gravataí, está exportando ATMs (Automa-ted Teller Machines) - os caixas automáticos de autoatendimen-to - com alta tecnologia de imagem para o banco chileno BCI.De acordo com executivos da empresa, o Brasil é um dos líde-res do mercado, mas ainda não conta com legislação que per-mita a instalação de equipamentos bancários sofisticados nasinstituições nacionais. O País é o terceiro no mercado de ATMs,perdendo para EUA e Japão.

de 3,5 mil empresas autorizadas a expe-dir o documento.

Nos próximos meses, outros setoresserão obrigados a adotar a NF-e, masalgumas empresas ainda não sabemcomo implantar o sistema. A Rezolve In-formática, de Cachoeirinha, é uma dascompanhias que oferece o software, quefaz a comunicação junto à Sefaz (Secre-taria Estadual da Fazenda). O novo siste-ma visa acabar com livros como o diáriocom escrituração resumida. Maiores in-formações podem ser obtidas na Rezol-ve através do 51 3041 5467.

Os ATMs exportados permitem depósitos de cédulas e decheques sem o uso de envelopes, além de impressão de folhasde cheques, recebimento de cheques visados e saque de che-ques on line, até para não correntistas, em cédulas e moedas.

As máquinas da empresa gaúcha o estão equipados comPertoScan, um escaner que captura a imagem de cheques. Como uso de softwares de última geração as imagens são analisadas,é reconhecido o valor do cheque e a assinatura.

Perto exporta ATMs para o Chile

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Kriss Szkurlatowski - stock.xchng/MP

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Em época de crise financeira, a primeira atitude tomadapor muitas empresas é a demissão de funcionários. Duranteeste período, é essencial para a saúde das organizações sabermanter seus funcionários motivados e recolocar profissionaisde forma inteligente. Para tanto, a área de recursos humanosdeve estar preparada.

Em uma pesquisa realizada com 248 empresas estaduni-denses, 65% acreditam que os problemas financeiros mun-diais devem afetar seus orçamentos de RH. Além disso,30% das organizações congelaram novas contratações.

Para potencializar as funções do RH e para que o setorajude a empresa a superar a crise, é necessário abandonarmétodos tradicionais de gestão. Medidas usuais de reduçãode custos, como o corte de funcionários, se tornaram obsole-tas e por muitas vezes atrapalham a empresa, que terá custosna demissão e em uma futura contratação para a vaga. Alémdisso, demissões coletivas, quando adotadas por questões de

crises conjunturais, não apenas reforçam a espiral decrescentedos negócios, como também dificultam a recuperação dasempresas, na medida em que tornam mais difícil a reconstru-ção do conhecimento, das competências e das experiênciasperdidas. Por isso, quando forem necessárias, as demissõesdevem ser previamente negociadas e conduzidas eticamente.

A situação atual pede que o gestor tenha um trabalho efi-caz para que a não se instale a cultura da crise na empresa, oque afetará o rendimento dos funcionários. O grande desafioserá manter os profissionais motivados e incentivar pessoastalentosas para que elas tenham novas ideias capazes de con-tornar as dificuldades da nova realidade.

No lugar de adotar métodos como demitir as pessoas, asorganizações devem readequar seus profissionais e investir nacapacitação dos mesmos. Uma saída para suprir os proble-mas financeiros é rever critérios de remuneração e bônus, adap-tando-os à nova realidade.

A importância do setor de RH

A crise financeira internacional(que secou o crédito, encareceu astaxas de juros e afetou a produçãoindustrial do país) vai aumentar a in-formalidade no mercado de trabalho,de acordo com projeções de especi-alistas. O avanço deve chegar a 1,5ponto percentual, passando dos atu-ais 32,1% para 33,6% da populaçãoocupada. Ao longo deste ano, serãocerca de 330 mil trabalhadores amais sem carteira de trabalho somentenas seis principais regiões metropoli-tanas do país, São Paulo, Rio de Janei-ro, Salvador, Recife, Belo Horizonte ePorto Alegre.

Para os economistas, os empre-gados sem carteira assinada e osque trabalham por conta própriasão os primeiros a sentir os reflexos

das incertezas da economia. Indi-cadores já mostram que o rendi-mento médio real dessas pessoasteve recuo no fim de 2008. Os in-formais são mais sensíveis aos ne-gócios do dia-a-dia. Com as incer-tezas, as empresas adiam os inves-timentos e, assim, as contratações.

Segundo especialistas, a infor-malidade deve aumentar este anoem empresas terceirizadas e emsetores como o de serviços. A altana informalidade é explicada peladeterioração do trabalho formal.Com a falta de confiança, poucasempresas têm ânimo para contra-tar. Por isso, a participação dosformais entre a população ocupa-da, que hoje é de 44,5%, pode cairpara 43%.

Informalidade pode aumentarUm levantamento feito pela Gelre junto a recru-

tadores de grandes e médias empresas mostrou que70,9% deles nunca fizeram perguntas aos candi-datos a emprego sobre sustentabilidade. E42,4% também não perguntam se eles participamde atividades ou programas sociais. Curiosamente,62,5% desses recrutadores consideram a participa-ção individual em ações de cunho social importantecomo característica do candidato, embora não fa-çam perguntas a respeito.

A participação em programas de voluntariadonunca é questionada por 52,8% dos recrutadores,enquanto os outros 47,2%, que responderam aoquestionário da Gelre, declaram fazer essa indaga-ção: 16,4% deles sempre; 22,9% às vezes - e 7,9%raramente. "As empresas têm criado programas vol-tados à sustentabilidade e à responsabilidade social,bem como de voluntariado, mas ainda não existe umaconsciência da importância, do envolvimento de cadaum dos colaboradores com essas questões, que têma ver com nosso futuro comum", diz o presidente daGelre, Jan Wiegerinck.

TRABALHO VOLUNTÁRIOTRABALHO VOLUNTÁRIOTRABALHO VOLUNTÁRIOTRABALHO VOLUNTÁRIOTRABALHO VOLUNTÁRIO

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Na área de recursos humanos aindaexistem muitas práticas ultrapassadas.Uma delas é a avaliação de desempenhotradicional, baseada em indicadores fi-nanceiros e contábeis, a qual já é insufici-ente para os profissionais da área. Atual-mente, exige-se que se leve em conside-ração fatores subjetivos para medirum desempenho.

Muitas vezes, por desconhecimentoou falta de modelos mais adequados, astécnicas da era industrial são emprega-das para tentar mensurar os novos bensde capital da era do conhecimento: idei-as, criatividade, inovação, sinergia, com-prometimento.

Outra prática considerada ultrapas-sada é ter o RH longe da estratégia daempresa, uma vez que é preciso analisarse as pessoas têm capacidade de dar su-porte para a organização atingir seusobjetivos de negócio. Se o setor não co-

RH: esqueça astécnicas ultrapassadas

nhece os objetivos da empresa e asoportunidades e ameaças que a afligemno ambiente externo, possivelmente nãoconseguirá alinhar os esforços da sua áreaaos resultados organizacionais de médioe longo prazo.

Para que o RH esteja ligado à estraté-gia da empresa, seus responsáveis devementender o seu papel junto ao público in-terno e externo. Outra dica é adotarmetodologias mais adequadas à novarealidade das organizações. Um exem-plo é a criação de um sistema de gestãodo desempenho com foco em compe-tências. Se bem implantado, pode ser umbom instrumento para determinar ondee para quem os esforços devem ser dire-cionados, quais esforços são estes e asfontes seguras para medir os resultadosde suas ações. O importante é criar no-vos mecanismos, mas sempre alinhadosà missão e à visão do negócio.

Há um mês os dados do Cadas-tro Geral de Empregados e Desem-pregados (Caged) assustaram os bra-sileiros: 654.946 trabalhadores comcarteira assinada perderam o empre-go em dezembro, em reflexo diretoda crise financeira. Este foi o pior re-sultado registrado no mês de de-zembro desde 1992, segundo infor-mações do órgão. Para o ministro do

Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, aaposta é de retomada do nível deemprego a partir de março.

O País encerrou 2008 com umestoque de 30,418 milhões de traba-lhadores com carteira assinada. Mes-mo com o saldo positivo, 13 mil cor-tes foram feitos pela indústria de ma-deira e mobiliário; 8,7 mil na indús-tria de calçados e 2,9 mil na indústria

da borracha, fumo e couros.São Paulo liderou as dispensas em

dezembro, seguido por Minas Gerais eParaná. O saldo apontado pelo Cagedleva em conta o total de admissões e ototal de demissões no mês, o que de-monstra outro problema da economiabrasileira: a alta rotatividade da mão-de-obra, ou seja, o País emprega e de-mite muito, tornando-se muito volátil.

Número de desempregados assusta

Divulgação/MP

Recrutadores lidam hoje combens como ideias e inovação

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Você tem medo de conflitos? Isso é completamente nor-mal, mas você sabia que eles podem ser o motor que impul-siona uma empresa? As brigas, os desentendimentos e ospontos de vista diversos sobre estratégia e implementaçãocriam energia e oportunidade de mudanças, estimu-lam a criatividade e ajudam na formação de equipes bemalinhadas.

De acordo com dados da American Management Associ-ation, os gestores gastam um mínimo de 24% do tempolidando com conflitos. Para muitos pode parecer desperdí-cio de tempo, mas, na verdade, pode se tornar uma oportu-nidade se o conflito for tratado de forma construtiva.

Muitas das maiores multinacionais do mundo estimu-lam seus funcionários a levantar questões espinhosas poracreditarem que estão levando-os à inovação, a novos ob-jetivos. Claro que encarar um conflito tem seus riscos, mashá motivos para crer que eles podem resultar em ganhospara todos.

Confira as seis habilidades essenciais para resolver even-tuais conflitos (de acordo com o especialista em liderança ecomportamento organizacional George Kohlrieser):

1. Criar e manter o vínculo, até mesmo com o"adversário". Trate a pessoa como amiga e baseie a rela-ção em respeito mútuo e cooperação. Os líderes devem

Conflitos podem gerar

oportunidade de mudançaaprender a separar a pessoa do problema, a querer ajudaro outro legitimamente e a evitar suas próprias reações ne-gativas a fortes emoções dos outros;

2. Estabelecer um diálogo e negociar. Em todos osmomentos, é importante manter a conversa sobre o temaem questão, focar um resultado positivo e continuar atentoao objetivo comum;

3. Levantar uma questão difícil sem se passar poragressivo ou hostil. O importante é lembrar que devemosser diretos, ter respeito pelo outro e sempre ajudar o pró-ximo, que, assim, vai nos respeitar também;

4. Entender a causa do conflito. Para formar umdiálogo com o intuito de resolver a questão, precisamoscompreender a raiz do problema;

5. Usar a lei da reciprocidade. Ela é a base da coo-peração e da colaboração: o que você dá é o que vocêrecebe;

6. Construir uma relação positiva. Uma vez que umvínculo foi estabelecido, devemos tanto fortalecer a rela-ção como buscar nossos objetivos. Precisamos equilibrar arazão com a emoção, porque as emoções - como o medo,a raiva, a frustração e até mesmo o amor - podem pertur-bar a racionalidade. Precisamos compreender o ponto devista do outro, não importando se concordamos com eleou não.

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Oba-ma, tomou posse enaltecendo a importância de ações paraa classe média e pobre. A concessão de crédito tem quemudar e deve atender uma camada da população que real-mente precise. No Brasil, costuma-se dizer que os que têmcrédito são aqueles que não precisam dele e podem acabarusando o dinheiro para fazer mais dinheiro.

Mas toda essa nova mudança na forma de concedercrédito, que passa pela busca de ações mais éticas domercado e por parte dos investidores,tem um grande exemplo de como é possí-vel sociabilizar o crédito.

Muhammad Yunus, na década de 70,era um professor em Bangladesh. A po-breza e a fome matavam pessoas diaria-mente. As famílias estavam endividadas.Muhammad fez um levantamento e descobriu que cadafamília devia 27 dólares para agiotas. Para ele a questão erasimples: se conseguisse dinheiro emprestado para essaspessoas elas poderiam pagar a dívida e criar sua própriaforma de sustento. "Nunca aprendi na sala de aula comoas pessoas reais lutavam para sobreviver", revela. Yunuscomeçou uma busca desenfreada para conseguir esse cré-dito. Os gerentes de bancos foram enfáticos: não empres-tamos dinheiro para os pobres. Quando todas as portasforam fechadas, Yunus pensou que a única saída seriacriar o seu próprio banco. "Na época criamos um bancosem saber que estávamos criando um banco", afirma.

Em 1983 saiu a licença para criar o Banco Grameen ("al-deia" ou "rural"), o famoso banco dos pobres. O banco

O banco que revolucionou aforma de conceder crédito

concedeu para 42 pessoas um empréstimo de 27 dólares.Nascia assim, uma nova forma de conceder crédito. O em-préstimo foi concedido principalmente para as mulheres,que estavam acostumadas e gerenciar o pouco ou nadaque tinham. Numa cultura que sempre disse que era erradoser mulher, o desafio era convencer que todas poderiamter sua forma de negócio. "Todos diziam que pobres nãopagam, mas vejam hoje quem não está pagando?", questi-ona Yunus.

O banco é administrado pelas própri-as mulheres, que passaram a colocar seusfilhos na escola e a gerir seus própriosnegócios. Hoje, 98% dos acionistas sãomulheres.

Yunus, Ganhador do Prêmio Nobel deEconomia em 2006, percorre o mundo fa-

zendo palestras e levando para os governantes modelosde como implantar o banco dos pobres. Esteve no Brasilem novembro de 2008, na Expomanagement, em São Paulo.Yunus representa mais do que um idealizador do bancodos pobres. Ele questiona o sistema econômico. "A teoriaeconômica foi construída por uma base egoísta. Os sereshumanos não são máquinas de fazer dinheiro", desafia.Hoje é imensurável a revolução que o banco trouxe para adiminuição da pobreza. Para 2015, a meta é já ter reduzidoem 50% o nível de pobreza. Por trás de um banco estátotalmente implícita uma nova forma de pensar a econo-mia. O ser humano é colocado como sujeito de uma mu-dança social, onde o sistema econômico trabalha para asociedade e não o contrário.

O BANCO DOS POBRESO BANCO DOS POBRESO BANCO DOS POBRESO BANCO DOS POBRESO BANCO DOS POBRES.: Financiou, em 2007, 60 mil bolsas deestudos;

.: Já emprestou US$ 1 bilhão;

.: No ano de 2007 foram concedidosempréstimos para 7,5 milhões de pessoas;

.: O Banco já existe em vários países, comoGuatemala, Turquia e Costa Rica;

.: Tem uma filial no coração financeiro deNova York;

.: O índice de inadimplência é quase zero.

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Muhammad esteve noBrasil no final de 2008

Roselaine Vinciprova

"Nunca aprendi nasala de aula como aspessoas reais lutavam

para sobreviver"

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EDivulgação/MP

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Poucas pessoas imaginaram que a tão esperada revolução dacomunicação que transformou o mundo num local sem frontei-ras, fosse trazer um dano tão perverso para a natureza e para ohomem. O boom da revolução, que teve seu auge em meadosdos anos 90, está trazendo para esta década uma grande discus-são sobre o que fazer com o lixo tecnológico. Esse tipo de mate-rial leva milhares de anos para se decompor. Além de ser umproblema ambiental traz riscos para a saúde por conta das subs-tâncias tóxicas utilizadas na sua fabricação, como chumbo e mer-cúrio. Essas substâncias podem contaminar o solo e lençois freá-ticos e causar doenças como câncer ou mutações nas pessoasque tenham contato direto com os lixões.

A internet dá uma série de exemplos através de vídeos decomunidades pobres de várias regiões do mundo, incluindo oBrasil, com crianças queimando placas, memórias e componen-tes de computadores. Crianças destinadas a inalar produtos alta-mente tóxicos. Por isso, o tratamento do lixo tecnológico tem setornado uma questão de saúde, meio ambiente e social.

As pilhas e baterias são atualmente os exemplos mais co-muns. A resolução 257, do ano de 2000, determina que é deresponsabilidade de fabricantes e importadores a coleta, arma-zenamento, transporte, reutilização, reciclagem e tratamento dosresíduos. Por isso, há um grande movimento dos fabricantes decelulares em resgatar os itens para que as pessoas não joguem nolixo doméstico. Por mês são mais de 1 milhão de novos apare-lhos que entram no mercado. Mas ainda é muito pequeno oíndice de tratamento. Apenas um terço das pilhas e bateriastem o destino adequado no Brasil.

A Reverse, empresa de gerenciamento de lixo tecnológico, temesses e muitos outros dados alertando para a importância daspessoas darem o destino correto ao resíduo tecnológico, que in-clui cabos, computadores, modens, chips, entre outros. A Reverseestá fechando parceria com diversas empresas para resgatar etratar esse tipo de resíduo. Dentro das normas ambientais vigen-tes, a Reverse faz o procedimento adequado com cada uma das

Lixo tecnológico com destino errado traz sérios danosa saúde, meio ambiente e gera um problema social

Chumbo - Prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso. Afetasangue, rins, sistema digestivo e reprodutor.

Cádmio - É um agente cancerígeno. Acumula-se nos rins, nofígado e nos ossos, o que pode causar osteoporose, irritação nospulmões, distúrbios neurológicos e redução imunológica.

Níquel - Causa irritação nos pulmões, bronquite crônica, rea-ções alérgicas, ataques asmáticos e problemas no fígado e sangue.

Mercúrio - Prejudica o fígado e causa distúrbios neurológicos,como tremores, vertigens, irritabilidade e depressão.

As substâncias tóxicas de computadores e celulares

peças. Desmonta, classifica e destina corretamente os resíduos.Os materiais recicláveis podem ser reaproveitados em outros pro-cessos industriais de diversos setores, sendo que os não recicláveissão destinados para aterros licenciados a recebê-los. São utiliza-das somente tecnologias limpas no processo. A Reverse está emprocesso de certificação da ISO 14001.

Criança senta napilha de lixo "não-

reciclável"importada do resto

do mundo, emGuiyu, China

Basel Action Network/MP

A Ciclo ABS acaba de transferir parte dassuas atividades para a cidade de Cachoeiri-nha. Especializada em todos os segmentos demontagens e instalações elétricas por meio dadivisão eletrotécnica, entre elas a correção defator de potência que se dá pela instalação debancos de capacitores, a empresa destaca quealgumas empresas de médio e pequeno porteainda desconhecem a obrigatoriedade dessetipo de instalação. Capacitores são fontes deenergia reativa. Os objetivos de sua aplicaçãoem sistemas de potência é a compensação deenergias reativas produzidas por cargas indu-tivas ou reatâncias de linhas.

Quando adequadamente utilizados, per-

Obrigatoriedade da instalação de Banco de Capacitoresmitem a obtenção de um conjunto de benefí-cios correlatos que incluem a redução deperdas de energia, correção dos perfis detensões, controle dos fluxos de potência, me-lhoria do fator de potência e aumento dacapacidade dos sistemas.

As perdas técnicas podem ser reduzidaspela instalação de capacitores em pontosadequados da rede, proporcionando "gera-ção" de energia reativa nas proximidades dascargas. Todo esse cuidado evita multas e in-sere as empresas numa nova forma de cui-dar do meio ambiente. Mais informaçõessobre a instalação de banco de capacitorescom a Ciclo ABS pelo fone 51 3041 7797.

Divulgação/MP

Modelo de banco decapacitores

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