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Revista Literária Memórias

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Esta é uma revista literária onde aborda como tema principal o Modernismo. Entretanto é uma revista bastante diversificada com conteúdos para todos os públicos.

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Page 1: Revista Literária Memórias
Page 2: Revista Literária Memórias
Page 3: Revista Literária Memórias

Carta Ao leitor...........................................................................04

Poema: “Os Sapos”..................................................................05

Cordel: “O exame de próstata de Zeca Magarefe”..................06

Entrevista: Kitute de Licinho.....................................................08

Resenha crítica: Brincadeira ou coisa séria?...........................09

Curiosidades.............................................................................10

Frases célebres........................................................................11

Memórias Recomenda.............................................................12

Vamos devanear......................................................................13

Caça-palavras..........................................................................17

Congresso internacional do medo...........................................18

Entrevista: Plácido Mendes Suares.........................................19

Artigo de opinião: Onde chega seu olhar crítico?...................20

Poemas concretos...................................................................21

Teste suas habilidades............................................................22

Mundo da leitura.......................................................................23

Índice

Edição N° 1 / ANO 14

Page 4: Revista Literária Memórias

Esta revista foi elaborada pelos alunos do 3°- B, turno matutino, do

Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho. Contém textos, poemas,

cordéis, biografias, críticas, caça-palavras, sugestões de livros e filmes, para

proporcionar, a você, leitor, um conhecimento diversificado sobre nossa

literatura.

Foi pensando em levar conhecimento para a sociedade, que fomos

induzidos a produzir esta revista “MEMÓRIAS”, orientado pela professora de

Língua Portuguesa e Redação, Marilda Aquino dos Santos.

Nesta edição, MEMÓRIAS descreveu o desenvolvimento no

Modernismo, desde a primeira fase até os dias atuais, onde utilizamos o

poema “OS SAPOS”, de Manuel Bandeira para dar início aos trabalhos, pelo

fato deste ser o revolucionário do Modernismo. E para expressar a influência

do Modernismo nos dias atuais, entrevistamos artistas iraraenses

contemporâneos.

Garantimos entretenimento, curiosidades e o principal, você adquire

c o n h e c i m e n t o . V o c ê p o d e e n c o n t r a r a r e v i s t a e m

https:/m.facebook.com/profile.php?id=1547985235448661 e alguns

exemplos impressos no Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho.

Basta ter sede de conhecimento e navegar em cada linha escrita!

CARTA AO LEITOR

UMA COISA DE CADA VEZ!

04

Os Editores

Page 5: Revista Literária Memórias

05

Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado.

Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos.

O meu verso é bom Frumento sem joio. Faço rimas com Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A fôrmas a forma.

Clame a saparia Em críticas céticas:Não há mais poesia, Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi: - "Meu pai foi rei!"- "Foi!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - A grande arte é como Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas, - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo, Sem glória, sem fé, No perau profundo E solitário, é

Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio...

OS SAPOS

COMENTÁRIO DO POEMA

Este poema de Manuel Bandeira ele demonstra o desprezo pelos parnasianos, satirizando-os,

figura do sapo tanoeiro (tanoeiro, significa a pessoa que conserta cubas, pipas e barril, profissão

considerada vulgar). No trecho em que a saparia fala que “não há mais artes poéticas”, ele nos diz que a

arte parnasiana não contém poesia ou o conteúdo belo, apenas mantém a forma de poesia, que pode ser

chamada arte de poetizar.

No trecho em que o parnasiano nos fala “Reduzi sem dono a formas e forma” ele se defende,

porém é colocado de forma irônica por Bandeira, pois o sapo tanoeiro reduziu a forma de escrever

poesias (sonetos, por exemplo) a moldes, estruturais rígidas e muito “amarradas”.

Há uma oposição neste poema com relação a poesia e artes poéticas, pois poesia pode ser poesia

parnasiana que é considerada morta entre os modernistas, por se tratar de uma preocupação com a

forma (estrutura do poema), já artes poéticas é a capacidade de transformação da poesia em arte através

da originalidade.

Neste poema, Bandeira ridiculariza a literatura tradicionalista do parnasianismo, usando como

objeto de comparação os sapos, que é um animal muito comum no país, e assim parte a comparação com

a poesia parnasiana, que é muito rebuscada.

(Manuel Bandeira)

Elaborado pelas alunas: Damiana Maria Cerqueira Silva, Greicyanne Miranda e Maria Damiana Cerqueira Silva

Page 6: Revista Literária Memórias

06

Meus amigos e amigasLicença mais uma vezMas eu tenho outra históriaPra contar para vocêsQuem tem estômago fracoOu trauma com o “buraco”Não leia, por sensatez.

É que tem tipo de assuntoQue é meio delicadoE para que o leitorNão fique desconcentradoE tirando minha culpaDesde já peço desculpaPra quem é mal humorado.

O latino é machistaIsso tá na naturezaSe for brasileiro entãoÉ machista com certezaE se nasceu no NordesteRetado cabra da pesteA coisa não tem moleza

O astro dessa passagemÉ do tipo bem machãoJosé Carlos CasablancaUm mulato grandalhãoVulgo Zeca MagarefeDo matadouro o chefePra fazer execução.

Trabalho de magarefeNão é para quem quiserTem que ter a naturezaNão pode ser um qualquerÁgil como sempre foiZeca abate um boi

Sem pestanejar sequer.

“Oxi, matá foi pra mimNum parece nada feioÉ que nem cumê muléQue sempre rapa penteioBasta tê a sigurançaQuando fô metê a lançaE mira certo no meio”.

“Zeca me diz uma coisaTu já tem quarenta e trêsComo foi o teu exame?

Com que dotô você fez?Eu já tô com trinta e noveE o medo me envolveTá chegando minha vez”.

“Que zorra de exame é esseQue eu nunca vi falá?Eu nunca andei doenteE nem pretendo andáO que tem a minha idade?Precisa de identidadePra pudê se examiná?”

“Que inguinorança Zeca!Nessa cabeça tem bosta?Pois essa tua perguntaNem merecia respostaAntes que eu me invoqueEu tô falando do toqueDo tar exame da próstata”.

Chegando la no açouguePara fazer a entregaJá estava amanhecendoSábado de feira e brega

Com o seu dinheiro ganhoZeca vai tomar um banhoE capricha na esfrega

E já todo arrumadoPois ele também merecePassou logo no açouguePra comer a sobe e desceEnsopado com farinhaE no brega de JulinhaFoi aliviar o estresse.

Como sempre de costumeNos bregas de IraráSábado é o melhor diaPara pode faturarE de olho nessa granaVem de Feira de SantanaMeninas pra trabalhar

Não que Irará não tenhaMeninas na profissãoTem algumas bem bondosasQue fazem por vocaçãoE gostam de dar na horaBasta o cara ser de fora

Ou tá dentro dum carrão

Pois as meninas de FeiraFazem isso por ofícioPra batalhar o pãoE não apenas por vícioNão são todas é verdadeQue varrem toda cidadeDe velório a comício.

Enquanto tomava umaCom o amigo MilitãoBatendo o velho papoEncostato no balcãoZeca ia escolhendoMeninas se oferecendo

Pra lhe dar satisfação.

E Zeca era peritoPra executar o bichoBate no meio do chifreA lança que com caprichoTira do boi o sentidoÉ chopado e abastidoDele nada vai pro lixo.

Matadouro de IraráFica numa avenidaNome Elísio SantanaHomenagem merecidaAo seu primeiro prefeitoQue soube tratar direitoEssa cidade sofrida.

No carro que leva carnePra no açougue venderZeca tava com a turmaBebendo para se aquecerFazendo a batucadaCortando a madrugadaAté o amanhecer.

Zeca nem imaginavaQue tal exame existiaFoi pro quarto com TalitaMorena de Água FriaO papo com MilitãoLhe causou muita afliçãoDa cabeça não saia.

O EXAME DE PRÓSTATA DE ZECA MAGAREFE(Kitute de Licinho)

Page 7: Revista Literária Memórias

07

Ayé Talita contouQue perdeu um tio assimQuando descobriu o câncerJá estava bem ruimAi não tinha mais jeitoPor medo e preconceitoO pobre chegou ao fim.

Diante desse relatoZeca já apavoradoQuis fazer o tal examePara não ser condenadoMas também sentia medoAo imaginar um dedoEm seu rabo enfiado.

“Valha-me Nossa SenhoraVou ter que cair no naboDepois que eu fiquê véiVou ter que dar o meu rabo?Senão essa tar doençaQue mais parece sentençaPega a eu me acabo”.

Pegou o carro pra FeiraNa segunda logo cedoTava todo escabriadoSeu humor tava azedo:“E se orguém pergunta?Eu num vô pudê falaQue vô lá cair no dedo”.

Já dentro do consultórioDisse para a atendente:“Vim fazê aquele exameQue se faz sem tá doenteAquele que o dotôPra achar um tal tumôDisgraça a honra da gente”.

Já tava sendo atendidoTriste feito uma viúvaDebruçado sobre a camaNaquela posição curvaSua pressão até baixaCom o estalo da borrachaDo doutor pondo a luva.

O doutor já na rotinaNem avisou e meteuQuando levou a dedadaO berro que Zeca deuQuebrou vidro de janelaRachou fundo de panelaA terra estremeceu

E a próstata de ZecaSe mostrou estar doenteMas por ter se consultadoFoi curada facilmente:“Venci a enfermidadeE fiquei mais consciente”.

Page 8: Revista Literária Memórias

“A literatura de cordel entrou na minha vida através do meu pai”Ele incendeia a imaginação do público nos cordéis. Seu pai, sua maior influência. Cordelista, compositor e poeta. Influente na cultura da sua cidade natal.

ocê com certeza o conhece

Vpelos seus cordéis que r e t r a t a m a s s u n t o s

polêmicos, como: O exame de próstata de Zeca Magarefe, Ah vá, tá!, Festa da pura ficção, entre outros. Mas Marcos Antônio Carneiro Coelho (conhecido popularmente como Kitute de Licinho), começou a desenvolver e dominar a arte da Literatura de Cordel no ano de 2003. Além de cordelista, é compositor e poeta, também está sempre envolvido com a Cultura Popular, tendo sido Diretor e em seguida, Presidente da Casa da Cultura de Irará-(BA) por dois mandatos. Nos animados três minutos de bate-papo, falou sobre suas influências, o que o levou a escrever cordéis, seus objetivos nesse gênero , c r í t i cas e o Modernismo.

1- O que o levou a optar por esse gênero artístico, o cordel? A literatura de cordel entrou na minha vida através do meu pai, onde sempre que ele ia a Feira de Santana ele me trazia livros de cordéis falando sobre o cangaço ou revistas da Turma da Mônica de Mauricio de Souza, contando histórias de Chico Bento que é uma coisa do universo da gente, do n o s s o q u i n t a l , o n d e e s s a característica é coisa do cordel e meu pai sempre me apoiou e me ajudava contando casos.

2- Qual o seu objetivo ao criar o cordel “O exame de próstata de

Zeca Magarefe”? O objetivo do cordel sempre é divertir. Ele é um tipo de poesia que t a m b é m p e r m i t e a c o n s c i e n t i z a ç ã o . É u m a linguagem que fala muito ao intelectual, quanto ao homem trabalhador simples. Eu quis fazer porque é um assunto muito delicado, sendo que até a gente que se acha instruído pensa várias vezes na hora de fazer este exame de toque. Quis colocar para essas pessoas terem uma instrução e quebrar o preconceito, porque é um problema muito sério e foi uma forma de conscientizar de maneira leve e abrir a mente e o coração dessas pessoas preconceituosas.

3- Você recebeu alguma crítica ao escrever este cordel? Não, pois às vezes tem professor que imagina quando você vai a alguma escola que é algum tipo de sacanagem pela capa apresentar um médico com o dedo enorme, mas depois que vê o conteúdo, percebe que é o contrário, que é para conscientizar e não para falar alguma bobagem que assuste as crianças. “Meu pai foi uma grande influência”

4 - D e o n d e v ê m s u a s influências? Geralmente dos grandes autores, outros cordelistas que eu tomei oficinas que foram importantes, porque a gente, ás vezes, tem uma noção de rima e tal, mas não sabe por onde vai que o cordel é

centenário e é necessário que alguém ensine a métrica e o andamento para você. Patativa do Assaré e outros cordel istas clássicos, como Amazam, Chico Pedrosa.

“E até música de Gonzagão, a música popular acaba tornando-se influência”

Pois o cordel abrange qualquer assunto desde a agricultura até a viagem ao espaço, abrangendo todo universo, vindo de todos os cantos as influências para criar as histórias.

5- Você recebeu influências de artistas do movimento literário modernista? Dos irmãos Mário e Oswald de Andrade que são literários muito fortes e cr iaram uma forma moderna de abordar as histórias e mostrar os personagens. Eles tiveram influências não só sobre mim e desde o surgimento do Modern ismo a té ho je , tudo recebeu influências de uma forma ou de outra. Este é um movimento muito forte tanto o pessoal da xilogravura que faz um tipo de arte de cordel sofreram influências dos nossos artistas como Tarsila do Amaral e outros que vieram compor es te mov imen to . A literatura de cordel tanto na imagem quanto na estrutura recebem sim influências desse movimento.Sem duvidas!

08

Page 9: Revista Literária Memórias

“O exame de próstata de Zeca Magarefe” é um cordel do artista

Marcos Antônio Carneiro, conhecido popularmente como Kitute de Licinho,

que conta a história de um homem machista que achava que fazer o exame

de próstata perderia a honra, ou seja, deixaria de ser homem.

Evidentemente, o cordel denuncia um problema social, não só o

machismo, como também a importância do exame de próstata e denuncia a

prostituição ocorrida não só por parte das mulheres de Irará, mas também por

mulheres vindas das cidades vizinhas para tirar seu sustento.

O cordel denuncia um problema social, assim como Ah vá, tá!, Festa

da pura ficção e outras obras de Kitute de Licinho. Os problemas são tratados

com humor. Por outro lado, esse humor que ele expõe os fatos do cotidiano,

chama a atenção dos leitores e podem levá-los a uma reflexão. A linguagem

utilizada é impessoal, portanto escrita na 3ª pessoa do singular. Talvez pelos

cordéis apresentarem uma linguagem impessoal e popular, muitos não os

levam a sério, o que é exposto pelos artistas deste gênero.

Logo, devemos reconhecer que o cordel “O exame de próstata de

Zeca Magarefe” nos faz refletir sobre problemas sociais e ao mesmo tempo

nos diverte e o melhor, leva acontecimentos da nossa cidade para o

conhecimento de outras pessoas.

É interessante conhecê-lo!

Resenha Crítica

Brincadeira ou coisa séria?

09

Greicyanne Miranda, aluna do 3° B.

Page 10: Revista Literária Memórias

CURIOSIDADES

10

- Se em 22, tínhamos um interesse pelos temas nacionais, com

aproximação de linguagem popular e valorização da vida cotidiana; na arte

engajada de 30, temos uma literatura mais amadurecida, sem a

descontração e o irreverência, mas com reflexão sobre a realidade do

brasileiro, trazendo à tona o nacional através dessa reflexão, com textos de

linguagem aproximada do popular.

A literatura da época de 30, dividiu-se em prosa e poesia: a prosa

volta-se para a crítica social, trazendo à tona os retratos de várias regiões do

país (regionalismo) como forma de denúncia dos problemas sociais de cada

região e com uma reflexão sobre a solução do problema; a poesia volta-se

para o sentimento humano, levantando questionamento sobre a existência

humana e a compreensão do local do mundo e do local que o ser humano

tem neste mundo conflituoso.

- Durante a leitura do poema “Os Sapos”, de Manuel Bandeira (leitura

feita por Ronald de Carvalho), na Semana de Arte Moderna o público

presente no Teatro Municipal fez coro e atrapalhou a leitura, mostrando

dessa forma a desaprovação.

- A segunda fase do Modernismo iniciou-se com a Revolução de 30 e

terminou com a deposição de Getúlio Vargas pelas Forças Armadas em

1945. O período entre 1930 e1940 foi decisivo para o romance, que

denuncia os males sociais, voltando-se para o homem humilde e

injustiçado. Desenvolveu-se nessa época o romance regionalista,

psicológico e urbano. A poesia amadureceu as conquistas da semana de 22

e também voltou-se para temas sociais.

Page 11: Revista Literária Memórias

Frases célebres de autores Modernistas.

11

- Mario de Andrade

“A amizade é um amor que nunca morre”.

“Passado é lição para refletir, não para repetir”.

“Gosto de estar ao seu lado sem brilho. Tua presença é uma carne de

peixe de resistência mansa e de um branco ecoando azuis

profundos”.

“Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de

lição.”

- Oswald de Andrade

“Como poucos, eu conheci as lutas e as tempestades. Como poucos,

eu amei a palavra liberdade e por ela briguei.”

“A vida é uma calamidade a prestações.”

- Cecília Meireles

“Há pessoas que nos falam e nem os escutamos, há pessoas que

nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que

simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para

sempre.”

“Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre

inteiro.”

“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há

ninguém que explique e ninguém que não entenda.”

- Antônio Machado

“Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar.”

“Todo ignorante confunde valor e preço.”

Page 12: Revista Literária Memórias

Memórias Recomenda

Livros:

Fogo Morto de José Lins do Rego

Vidas Secas de Graciliano Ramos

O Quinze de Rachel de Queiroz

O romance Fogo Morto é considerado a obra prima de José Lins do Rego. Ambientado na cidadezinha na Paraíba. E é dividido

em três

partes. “O mestre José Amaro”, “O engenho de seu Lula”, “O capitão Vitorino”.

A Narrativa é estruturada numa sucessão de cenas que focalizam diferentes momentos na vida de uma família de retirantes –

Fabiano, Sinhá, Vitória, seus dois filhos e a cachorra Baleia.

O tema deste romance é a seca, enfocando a dimensão social. A marca penosa e trágica de Chico Bento, retirante constitui o núcleo dramático da obra. Paralelamente desenvolve-se o drama do romance entre Vicente e Conceição.

Filmes:

Macunaíma

Lição de Amor

Direção de Joaquim Pedro de Andrade. Brasil, 1969, comédia clássica do cinema novo trouxe a obra de Mário de Andrade, para o cenário conturbado do Brasil dos anos de 1960, sobre a ditadura militar. O protagonista é vivido por Grande Otelo,

depois do “Branqueamento”, por

Paulo José.

Nesta adaptação do romance Amar, verbo intransitivo, de Mário de Andrade, dirigida por.Eduardo Escorel em 1975, uma governanta alemã é contratada por uma rica família. Sua tarefa não se limita a dar aulas aos filhos mais do casal, mas também consiste em dar uma “boa” educação sexual ao filho mais velho.

12

Page 13: Revista Literária Memórias

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VAMOS DEVANEAR...

Eu não tinha este rosto de hoje,Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magroAssim calmo, assim triste, assim magro

Nem estes olhos tão vazios,Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coraçãoEu não tinha este coração

Que nem se mostra.Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança Eu não dei por esta mudança

Tão simples, tão certa, tão fácil: Tão simples, tão certa, tão fácil:

-Em que espelho ficou perdida-Em que espelho ficou perdida

A minha face?A minha face?

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança

Tão simples, tão certa, tão fácil:

-Em que espelho ficou perdida

A minha face?

RETRATORETRATORETRATO(Cecília Meireles)(Cecília Meireles)(Cecília Meireles)

Page 14: Revista Literária Memórias

14

Maior amor nem mais estranho existe Maior amor nem mais estranho existe

Que o meu, que não sossega a coisa amadaQue o meu, que não sossega a coisa amada

E quando a sente alegre, fica tristeE quando a sente alegre, fica triste

E se a vê descontente, dá risada.E se a vê descontente, dá risada.

E que só fica em paz se lhe resisteE que só fica em paz se lhe resiste

O amado coração, e que se agradaO amado coração, e que se agrada

Mais da eterna aventura em que persisteMais da eterna aventura em que persiste

Que de uma vida mal-aventurada.Que de uma vida mal-aventurada.

Louco amor meu, que quando toca,fereLouco amor meu, que quando toca,fere

E quando fere vibra, mas prefereE quando fere vibra, mas prefere

Ferir a fenencer-e vive a esmo.Ferir a fenencer-e vive a esmo.

Fiel à sua lei de cada instanteFiel à sua lei de cada instante

Desassombrado, doido delirante Desassombrado, doido delirante

Numa paixão de tudo e de si mesmo.Numa paixão de tudo e de si mesmo.

Maior amor nem mais estranho existe

Que o meu, que não sossega a coisa amada

E quando a sente alegre, fica triste

E se a vê descontente, dá risada.

E que só fica em paz se lhe resiste

O amado coração, e que se agrada

Mais da eterna aventura em que persiste

Que de uma vida mal-aventurada.

Louco amor meu, que quando toca,fere

E quando fere vibra, mas prefere

Ferir a fenencer-e vive a esmo.

Fiel à sua lei de cada instante

Desassombrado, doido delirante

Numa paixão de tudo e de si mesmo.

SONETO DO MAIOR AMORSONETO DO MAIOR AMORSONETO DO MAIOR AMOR(Vinícius de Moraes)(Vinícius de Moraes)(Vinícius de Moraes)

Page 15: Revista Literária Memórias

15

APROXIMAÇÃO DO TERROR

Dos braços do poeta Dos braços do poeta

Pende a ópera do mundoPende a ópera do mundo

(Tempo cirurgião do mundo):(Tempo cirurgião do mundo):

O abismo bate palmas,O abismo bate palmas,

A noite aponta o revólver.A noite aponta o revólver.

Ouço a multidão, o caso do universo,Ouço a multidão, o caso do universo,

Já nos subúrbios da caneta:Já nos subúrbios da caneta:

As rosas perderam a fala.As rosas perderam a fala.

Entregar-se a morte a domicílio Entregar-se a morte a domicílio

Dos braçosDos braços

Pende a ópera do mundoPende a ópera do mundo

Dos braços do poeta

Pende a ópera do mundo

(Tempo cirurgião do mundo):

O abismo bate palmas,

A noite aponta o revólver.

Ouço a multidão, o caso do universo,

Já nos subúrbios da caneta:

As rosas perderam a fala.

Entregar-se a morte a domicílio

Dos braços

Pende a ópera do mundo

(Murilo Mendes)(Murilo Mendes)(Murilo Mendes)

Page 16: Revista Literária Memórias

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NO MEIO DO CAMINHONO MEIO DO CAMINHONO MEIO DO CAMINHO(Carlos Drummond de Andrade)(Carlos Drummond de Andrade)(Carlos Drummond de Andrade)

No meio do caminho tinha uma pedraNo meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminhoTinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedraTinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra.No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei deste acontecimento Nunca me esquecerei deste acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas.Na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Tinha uma pedra Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra.No meio do caminho tinha uma pedra.

No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei deste acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra.

Page 17: Revista Literária Memórias

Caça-palavras

§ Encontre

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palavras ou expressões relacionadas à

primeira e

segunda fase do Modernismo:

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J S B H F M S O U T Z L K J T R E W I M

O D R R I V S B H E C D I R Y K T O R C

A X K Q M Y E P T S Z W A F J E F Y A A

D P A Z O P C B G H Q Z X C T V J I I S

I H O R E T A J V C W F D G B H M M Z A

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H Q Z X K B Y T X R Z E N B V G J R U I O V I N I C I U S D E M O R A E S I U D K W N G P C R H B D J A V A E F A O T K M T V S B T Q S Z K L N G K P W G D N Y B F E L H C I D R T K A U Z O T Q E G X I Z N H A M T X D S J D M O C O C A O O W F S Q C B Y U D K O E P J A D M N E I A D A A L C A N T A R A M A C H A D O B Z J O T Y N K D Z F G R T Y O J H R F G S O D I U Y T R E W Q T P G N J K A L X T

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17As respostas deste passatempo encontra-se no final da revista.

Page 18: Revista Literária Memórias

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CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDOProvisoriamente não cantaremos o amor,

Que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,

Não cantaremos o ódio porque esse não existe,

Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.

O medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,

O medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,

Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas.

Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,

Depois morreremos de medo

E sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

ANÁLISE DO POEMA

O poema “Congresso internacional do medo” de Carlos Drummond de Andrade fala sobre a realidade humana, sobre os conflitos humanos e sociais. O medo está vigorando em vários lugares e em várias ações. Ele gera desequilíbrio, deixa as pessoas apavoradas e pessimistas. A estrofe trata mais especificamente do medo que é o tema central do poema. O medo que é uma constante na vida do homem e transforma a vida em um verdadeiro caos. O poema contém uma estrofe com 11 versos. Os versos são livres, pois não obedecem à métrica, ou seja, não contêm o mesmo número de sílabas poéticas. São versos brancos ou soltos, porque não possuem rimas. Ocorre paralelismo, pois há a repetição de frases e orações, os versos são graves por terminarem com palavras paroxítonas, que são palavras em que a sílaba tônica é a penúltima, exceto o primeiro que é agudo por ser oxítona. A relação do título com a obra é que o medo está em toda parte, e ele nos sugere que o medo não é um sentimento específico no Brasil mas do mundo todo, logo ele é universalizado, assim como a ideia de congresso, que segundo Mauro de Salles Vilar autor do dicionário Houaiss significa reunião de especialistas para que se apresentem questões de interesse comum. A relação do autor com a obra é que Carlos Drummond de Andrade tem como tema de suas poesias a visão crítica à sociedade, desencanto, pessimismo. Esse poema é interessante, pois remete a uma reflexão sobre a vida, a realidade em que vivemos.

Carlos Drummond de Andrade

Elaborado pelas alunas: Maria Damiana Cerqueira Silva e Damiana Maria Cerqueira Silva

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Entrevista com o Professor José Plácido Mendes Suares

professor José Plácido é natural de Pedrão- Bahia há vinte

Oe seis anos (26) que reside em Irará. É graduado em Letras Vernáculas pela UEFS e pós-graduado em Ensino da Arte.

Nas horas vagas, gosta de pintar e sempre à noite, de preferência, na madrugada escreve poemas e comentários sobre problemas sociais.

1- Qual a relação das suas obras com o Modernismo?Apesar de ter pintado poucas telas, o que me move nessa relação são as insp i rações impor tadas , digamos assim, com a linguagem das Vanguardas Europeias como o Expressionismo, todavia me i d e n t i fi c o m u i t o c o m o Impressionismo e a Arte Abstrata.A poesia surge no momento crítico da minha vida. Acredito ser uma pessoa com o espírito romântico que em meio aos devaneios, debrucei-me nos versos para afagar as mágoas e os desejos que me circundavam.

2- Qual a sua posição diante das características apresentadas pelo Movimento Modernista?A liberdade é um dos fatores principais deste período, ou seja, nos versos que criei não busquei, em hipótese alguma, seguir normas de uma linguagem padrão e sim uma linguagem informal ou coloquial, embora, em um dos poemas como a “A Pátria” busquei resgatar nos versos algo que na minha infância me enchia de calor c í v i c o , m o r a l e q u e lamentavelmente nos dias atuais não mais se vê. Na Pintura, da mesma forma, quis pincelar livremente, sem nenhuma p r e o c u p a ç ã o c o m v a l o r e s estéticos.

3 - D e o n d e s u r g e m s u a s inspirações? Como já disse, além dessa relação com as vanguardas, desde pequeno tinha vontade de pintar. Posso acrescentar dizendo que as cores me movem. Sou apaixonado pelas cores. O preto e o branco, por

exemplo, me fazem buscar cores imaginárias quando contemplo a arte pintada neste estilo, o que se torna uma fonte inspiradora para o artista.

4 - Vo c ê é c r i t i c a d o p e l a s tendências usadas em suas obras?Nenhum poeta ou artista deixou de ser alvo de crítica até mesmo porque a crí t ica é a le i tura indispensável das artes. Cada pessoa que a contempla faz sua própria leitura e é por isso que a ar te existe. Tornar pessoas leitoras.

5 - V o c ê j á r e c e b e u o reconhecimento artístico que esperava?Sim. Neste exato momento estou sendo reconhecido por vocês. Nunca quis divulgar o pouco que fiz. Se observarmos bem, Irará é uma terra pequena em relação à arte. Tenho percebido que mesmo os artistas renomados como João Martins, filho desta terra, não é tão valorizado no seu torrão e isso se deve ao fato de uma educação não voltada para os valores artísticos. Os nossos jovens “passam depressa”, estão preocupados demais com o consumismo. Não os condeno. A escola não tem feito como deveria fazer – educar os olhares dos nossos jovens à contemplação do belo.

6-Você já fez alguma exposição com suas obras?Sim. Certa feita na casa da Cultura de Irará e aqui no Colégio, entre muitas obras dos nossos alunos. Exposição que levou até certo tempo alguns alunos a recitarem

meus poemas no Joaquim Inácio.

7- Qual o estilo mais utilizado por você?Gosto muito de pintar a natureza e resgatar dela a sua beleza, além, como já disse, do abstrato.

8- Para finalizar, que mensagem de estímulo, você deixa aos alunos e iraraenses em geral que pretendem ser artista (poeta ou pintor)?Primeiramente quero agradecer a cada um de vocês em particular por terem lembrado de mim e é nesta certeza que retribuo este carinho, esta lembrança dizendo-lhes o que outrora disse Mário Quintana: “A Arte de viver é simplesmente a arte de conviver..” Mesmo com muitos desencontros pela vida. Fernando Pessoa já dizia que a arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta. Em cada verso, em cada poema o homem revela o seu eu, em cada pincelada ele externa a sua alma, não importa quem seja, o mais interessante neste absoluto poder de revelação o homem encontra-se consigo mesmo. A Arte é o espelho do artista que o outro vê. Estamos acostumados em ver só a estética do ser humano mas, a alma é vista a t ravés da ar te . Convido a experimentarem, revelar-se na arte, certamente vocês irão se surpreender com o que é mais diferente entre os seres. Ninguém faz igual ao outro. O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até o ponto em que todos possam aprec iá - lo e compreendê-lo. Isso é ou deveria ser – a mais elevada forma de arte.

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Page 20: Revista Literária Memórias

Artigo de opinião

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Atualmente, os meios de comunicação (internet, televisão, celular, etc)

são as principais influências no mercado consumidor, onde estes têm o poder de

persuadir a sociedade como o que é exposto no meio publicitário.

Uma dessas influências que a mídia faz é no meio estético, levando a

sociedade a buscar cada vez mais obsessivamente o corpo perfeito,

padronizado pela mídia. Sem contar que o Brasil é o país em que mais são

realizadas cirurgias estéticas, pelo fato dos brasileiros quererem adquirir o corpo

bonito de forma imediata. Porém, há outras formas de obter o corpo padrão além

de através das cirurgias estéticas, são por meio do uso de anabolizantes e

academia sem profissionais capacitados.

Por outro lado, todas as três formas podem trazer riscos à saúde. Nas

cirurgias estéticas podem ocorrer complicações ou erros médicos e o indivíduo

ficar com o corpo deformado e até vir a óbito, através do uso de anabolizantes

podem gerar câncer, e mudanças corporais. Já através da academia, o tempo

para se obter o corpo desejado é mais longo do que as opções anteriores e pode

gerar anorexia ou bulimia, por falta de uma alimentação balanceada.

Através de noticiários e reportagem no nosso cotidiano, vemos diversos

casos ocorridos com pessoas que se submetem à alguma forma de encontrar o

corpo ideal e acabam ficando com algum problema de saúde ou vem a óbito. O

que é mais comum por meio das cirurgias estéticas, onde temos o caso de uma

Miss Brasil que por querer ficar no padrão estético, fez uma cirurgia no nariz e

agora está com problemas respiratórios.

Será que as pessoas não percebem que o corpo ideal não existe, que isto

tudo é uma ilusão? Que até cirurgiões plásticos deixam bem claro que não existe

medida certa para cada parte do corpo, o que existe é uma matemática cirúrgica

que eles determinam medidas para a cirurgia não ficar desproporcional e as

pessoas acabam achando que estas medidas são padrão.

Por a mídia possuir um poder de persuasão tão alto, existem pessoas que

têm medo de serem discriminadas por não pertencer a este mundo, como é o

caso da atriz Dira Paes, que tinha medo de não ser aceita nos meios de

comunicação por causa do seu tipo corporal, na entrevista para a revista Maria

Claire, fevereiro 2014. Sentia-se insegura para seguir a carreira de atriz por não

se encaixar nos padrões. Ela revela também que não pretende se submeter à

cirurgias estéticas e não teme envelhecer, pois, que esta transformação faz

parte do ciclo da vida.

Logo, é necessário que cada pessoa adquira consciência e se aceite da

forma que é e se quiser obter um corpo bonito que a saúde venha em primeiro

lugar e não tente obter tudo que a mídia apresenta, pois ela exerce um poder

muito forte em nossas mentes. Assim, precisa-se ter um olhar crítico e entender

o que está por trás das propagandas midiáticas.

Onde chega seu olhar crítico?

Greicyanne Miranda, aluna do 3° ano B, CEJIC/2014

Page 21: Revista Literária Memórias

Velha preguiça

(Tatielly Alves)

BOM DIA

MARIA

QUE MARESIA

NESSA BAHIA

QUERO CALMARIA

QUE NEM MINHA MÃE DIZIA

QUE ESSA MANIA

NUNCA ACABARIA

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Lição de vida

(Tatielly Alves)

O O O O O O O O O D D D D D D D D D

N N N N N N N N N E E E E E E E E E

V D V D V C V C V I N I N I E I E I

V E V E V R V R V

R E E E

P R M M

A P S M E

O D C

Dia de uma pensador

(Tatielly Alves)

Indo ao ar

Ca mi nhar

Pra

P

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d e

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a

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como é bom amar

e admirar

a C D V

s O A I

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S

Poemas ConcretosAs características gerais do concretismo na literatura são: o banimento do verso, o

aproveitamento do espaço do papel, a valorização do conteúdo sonoro e visual, possibilidade

de diversas leituras através de diferentes ângulos.

Page 22: Revista Literária Memórias

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No início do século XX, a Literatura assumia um novo caráter, buscando o rompimento com as características do passado (especialmente do Parnasianismo) e a liberdade de criação, na qual essa linha literária é conhecida como Modernismo. Os alunos da Revista Literária do 3º B do Joaquim Inácio de Carvalho, em Irará-BA, elaboraram o teste a seguir para motivar as complexidades da literatura.Marque uma alternativa para cada resposta correta:

1. O poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, criticava

qual movimento literário?

a) Expressionismo

b) Cubismo

c) Modernismo

d) Parnasianismo

2. O cordel, “O exame de próstata de Zeca

Magarefe” denuncia quais problemas sociais?

a) Prostituição, corrupção

b) Machismo, prostituição

c) Pobreza, preconceito

d) Racismo, machismo

3. Qual o autor do poema “Congresso internacional

do medo”?

a) Vinicius de Moraes

b) Jorge Amado

c) Carlos Drummond de Andrade

d) Manuel Bandeira

4. Qual a autora do poema “Retrato”?

a) Raquel de Queiroz

b) Cecília Meireles

c) Anita Malfatti

d) Florbela Espanca

5. Qual a linguagem utilizada pelo cordelista Kitute

de Licinho no cordel “O exame de próstata de Zeca

Magarefe”?

a) Formal

b) Impessoal

c) Rebuscada

d) Coloquial

6. Quando a segunda fase do Modernismo iniciou-se

o que estava acontecendo no Brasil?

a) Revolução de 1930

b) Revolução de 1932

c) Crise de 1929

d) Período Socialista

7. Em que cidade o professor José Plácido Mendes

fez uma exposição com suas obras?

a) Salvador

b) Irará

c) Feira de Santana

d) Coração de Maria

8. Quem produziu esta revista?

a) Professores

b) Universitários

c) Alunos

d) Profissionais

O veredito:

- De 0 a 2 pontos: Você não prestou atenção ao fazer a leitura das matérias da revista. Leia novamente e com mais atenção.

- De 2 a 4 pontos: Você foi bem! Mas precisa melhorar.

- De 4 a 8 pontos: Excelente. Percebe-se que produzimos algo interessante e

conseguimos atrair sua atenção.

Teste suas habilidades

As respostas deste passatempo encontra-se no final da revista.

Page 23: Revista Literária Memórias

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MUNDODALEITURA

Atualmente, pequena parte da população brasileira tem o hábito da leitura pelo

fato da tecnologia prender a atenção da sociedade mais do que os livros.

Para a pequena parte da sociedade que tem o gosto pela leitura e para incentivar

os que não têm foi criada a Bienal. O que é uma Bienal? É um evento que ocorre com o

intuito de melhorar a cultura nos paises. As bienais costumam ser eventos bastante

celebrados, esperados com certa ansiedade pela comunidade a qual eles estão

destinados.

Normalmente envolvem grandes campanhas de marketing e investimento de

capital publica e privado. Na qual o Bienal de Veneza é um dos mais conhecidos eventos

do mundo. Onde o próprio nome já diz, ocorre a cada dois anos em diversos Estados.

Evidentemente, que um evento como este para os leitores é um paraíso, no qual

quem participa não consegue sair sem levar um livro para casa.

Portanto, a Bienal é um evento cultural que apresenta para a sociedade diferentes

tendências artísticas, para atrair cada vez mais leitores e cativar mais ainda os que já

participam.

Grupo Elaborador

RESPOSTADOCAÇA-PALAVRAS:

O quinze, Tenentismo, Terras do sem fim, Retrato, Versos livres, Vida secas, Jorge de

Lima, Manuel Bandeira, Os sapos, Vinícius de Morais, Invenção do Orfeu, Semana de

Arte Moderna, Alcântara Machado, Mario de Andrade, Época conturbada, Enjoadinho.

RESULTADOSDOTESTEDEHABILIDADES:

1.D – 2.B – 3.C – 4.B – 5.B – 6.A – 7.B – 8.C

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