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OS EFICIENTES CORREDORES EM SP interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 8 1 | 1 4 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 6 Pesquisa mostra que tempo de deslocamento e de espera diminuiu com a implantação dos corredores INCÊNDIO DESTRÓI 31 ÔNIBUS EM S. J. CAMPOS EDITORIAL: A ENGANAÇÃO EM BLUMENAU OS EFICIENTES CORREDORES EM SP

Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

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Edição com 32 páginas • Concluída às 15h10 (13/02) Destaques: • Corredores de São Paulo são eficientes, diz pesquisa • Blumenau foi enganada pela prefeitura, leia em Editorial • Marcopolo entrega mais de 200 ônibus para Porto Alegre.

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

OS EFICIENTESCORREDORES EM SP

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 8 1 | 1 4 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 6

Pesquisa mostra que tempo de deslocamento e de espera diminuiu com a implantação dos corredoresINCÊNDIO DESTRÓI 31 ÔNIBUS EM S. J. CAMPOS

EDITORIAL: A ENGANAÇÃO EM BLUMENAU

OS EFICIENTESCORREDORES EM SP

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

Page 3: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

NESTA EDIÇÃO

30

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss14 ADAMO BAZANI

Colunistas | Ibrava fecha as portas

6 NOSSA OPINIÃOA enganação do contrato emergencial em Blumenau

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

16 PÔSTERMarcopolo Torino, por Gelson - Marcopolo

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

28 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

TODA SEMANA

Os corredores que deram certo em SP

A eficiência operacional dos corredores paulistanos melhora os deslocamentos

22 MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | Os prefixos dos ônibus da Novo Horizonte

24 A GRANDE MATÉRIAMarcopolo entrega ônibus para Porto Alegre

30 NOVIDADETecnologia reduz uso de óleo no motor

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ANO 6 | Nº 281 | DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA ÀS 15h05 (S)EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Os corredores que deram certo em SP

A eficiência operacional dos corredores paulistanos melhora os deslocamentos 10

Todos os ônibus são do modelo Torino em três versões

Marcopolo entrega 238 ônibus para a cidade de Porto Alegre

A GRANDE MATÉRIA

24

Incidente aconteceu em rodovia do estado do Paraná

Polícia esvazia ônibus que tinha50 pessoas a mais que o limite

TODA SEMANA

09

Produção poderá voltar em 60 dias, mas só se melhorar

Crise faz com que Ibravaencerre sua produção no Sul

ADAMO BAZANI

14

Valor chegará ao montante de R$ 3 bilhões

Portos de Pernambuco vãoreceber investimentos

DEU NA IMPRENSA

20

As séries das mais antigas até às mais recentes

Marisa Vanessa explica os prefixos da V. Novo Horizonte

VIAGENS & MEMÓRIA

22

MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | Os prefixos dos ônibus da Novo Horizonte

A GRANDE MATÉRIAMarcopolo entrega ônibus para Porto Alegre

NOVIDADETecnologia reduz uso de óleo no motor

Page 6: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, ma-térias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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Na semana passada as redes sociais ficaram entupidas de imagens e comentários negativos dos usuários do transporte público da cidade de Blume-nau, em Santa Catarina. A Viação Piracicabana, empresa do grupo Comporte que congrega as viações do empresário Nenê Constantino (o mesmo dono da Gol Linhas Aéreas), começou a operar na cidade com uma frota velha, já desati-vada de outras cidades onde circula, e que trouxe muitos transtornos à cidade que tinha até então um dos melhores sistemas de transporte do país, com ônibus relativamente novos, modernos, funcionando em um sistema tronco-alimentador bastante inteligente e interligado por vias exclusivas com estações de pré-embarque. A prefeitura local, de acordo com o que a imprensa da região informou, fez um “negócio da china”, pois isentou a nova empresa de custear boa parte do sistema, ao contrário do que o Consórcio Siga tinha que fazer. A ma-nutenção das estações de embarque e desembarque, por exemplo, era custeada pelas operadoras do sistema de transporte local, ônus este que a Piracicabana não terá. Chegou à cidade com vários ônibus velhos, caindo aos pedaços, que vivem quebrando e ainda são sujos, algo que não acontecia com as antigas em-presas. Apesar das dificuldades financeiras que as empresas do Consórcio Siga passavam, o serviço ainda era muito melhor que o atual, mesmo com menos ônibus em circulação. A ligação histórica entre o sr. José Eustáquio de Urzedo e os Constantinos não foi levada em consideração nesse caso, mesmo com o brilhante trabalho desenvolvido pelo jornal Diário Catarinense contando toda a história e o rolo em que se envolveu a empresa Nossa Senhora da Glória, vendida para Urzedo. No material do jornal está registrado até a ligação do empresário com a URCA, de Campinas, empresa vendida nos anos 90 e que também enfrentou problemas de caixa após financiamento de boa parte da nova frota da época. Outras em-presas que acabaram quebrando tiveram Constantino como operador logo na sequência, e foi justamente o que aconteceu com a Glória. Após levar a empresa em “banho-maria” por um tempo, acabou levando para o buraco também as duas empresas que não tinham nada a ver com a história. A Rodovel e a Verde Vale, que há anos operavam na localidade, também tiveram seus contratos rom-pidos já que faziam parte do consórcio em que a Glória estava inserida. Todas as empresas mantinham um padrão elevado de qualidade dos serviços prestados, sobretudo em relação à conservação da frota, e a Piracicabana chegou com uma frota caindo aos pedaços, fazendo com que os munícipes reclamassem com razão. Mesmo com a tarifa zerada por alguns dias, as reclamações continuaram. Outro importante problema que aconteceu na cidade foi a chegada de ônibus com apenas duas portas, o que dificulta o embarque e o desembarque nos pontos de integração. Além dos ônibus que chegaram serem pequenos (sendo que as antigas empresas tinham vários articulados), parte deles não têm três portas, e esse padrão deverá continuar, já que nas cidades onde operam as empresas de Nenê Constantino não costuma-se usar veículos articulados e quase toda a frota é composta por veículos de baixo custo, pequenos e que não atendem todas as normas de conforto. Podem atender às exigências da prefei-tura mas colocam os passageiros em um padrão abaixo do que poderiam ter. Entende-se que é uma situação emergencial e que novos ônibus de-verão chegar em breve, mas poderia ter sido feito algo melhor por parte da prefeitura de Blumenau. A população não merece um serviço tão precário.

A população de Blumenau foi enganada pela prefeitura

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

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A IMAGEM MARCANTE

Rio de Janeiro, RJSábado, 6 de Fevereiro de 2016

A interdição de várias ruas nas imediações do TerminalRodoviário do Rio de Janeiro em virtude do desfile das

Escolas de Samba na Marquês de Sapucaí, que ficapróxima à Rodoviária, causou atrasos de até cinco

horas na saída dos ônibus. Os problemas se repetiramem vários pontos da cidade. A foto é de Gabriel de Paiva,

da Agência O Globo.

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Alta velocidade é maiormotivo de multas a ônibus

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

Das 3.427 multas recebidas por condutores de ônibus e micro-ônibus na Grande Vitória somente no ano passado, 977 foram por excesso de velocidade. Furar o sinal vermelho e dirigir falando ao celular também ocupam posição de liderança no ranking de multas desses veículos. Os mu-nicípios de Vitória, Vila Velha e Serra concen-tram o maior número de registros. Os dados são do Departamento Es-tadual de Trânsito (Detran) e incluem todos os ônibus e micro-ônibus que circulam na região Metropolitana de Vitória (incluindo Fundão e Guarapari). Entre os 2.046 ônibus e micro-ônibus urbanos, 1.700 são do Trans-col e 337 são dos sistemas municipais de Vitória e Vila Velha. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as infrações por excesso de ve-locidade registradas são graves e geram cinco pontos na carteira. Mas as perdas vão além disso. De acordo com Sandro Rotunno, médico da Associação Brasileira de Medic-ina de Tráfego (Abramet), um acidente de ônibus em alta velocidade tem alto índice de mortes. “Em caso de acidente também tem que se considerar o peso do veículo que, aliado à alta velocidade, pode causar lesões graves nas vítimas e aumentar exponencial-mente o número de óbitos”, reflete. A promotora de vendas Sirlaine Gonçalves, de 25 anos, diz que já sentiu na pele essa realidade. O ônibus Transcol em que ela estava chocou-se com outro veí-culo. “Mas graças a Deus não houve tanta gravidade. A causa do acidente foi excesso de velocidade. O motorista estava correndo demais”, relembra Sirlaine.

Sinal vermelho Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, furar o sinal vermelho é uma in-fração gravíssima e gera sete pontos na car-teira. Além disso, se a infração for seguida de acidente que termine em lesão corporal grave ou morte, o condutor responde crimi-nalmente. Apesar disso, avançar o sinal ver-melho ocupa o segundo lugar no ranking de multas aos ônibus na Grande Vitória. So-mente no ano passado, foram 338 multas

por essa infração, contra 395 em 2014, se-gundo o Detran. No quadro geral de multas aplica-das aos ônibus no ano passado, o município da Serra ocupa o primeiro lugar, com 435, sendo seguido por Vila Velha (275) e Vitória (259). No caso dos micro-ônibus, Vila Velha assume a liderança com 597 multas. O se-gundo lugar ficou para Vitória (535), e o ter-ceiro para Serra (447).

Empresas: número de multasé baixo no contexto Com um total de 2.046 veículos - entre ônibus e micro-ônibus, circulando todos os dias na Região Metropolitana, os consórcios que administram os coleti-vos municipais e o Transcol alegam que as multas por excesso de velocidade e avanço de sinal vermelho não são uma realidade na sua frota. Para o subsecretário de Trânsito e Infraestrutura de Vitória (Setran), Fernando

Repinaldo, essas infrações são os tipos mais comuns de multas no trânsito. “A análise do Detran é linear e inclui todos os ônibus que circulam em Vitória. Eu posso assegurar que o índice de multas no sistema municipal é baixíssimo. As queixas dos usuários estão ligadas a outras questões, como atraso”. Ele esclarece que as empresas promovem treinamento rigoroso aos mo-toristas, especialmente porque recai sobre elas as punições dos órgãos autuadores. Com relação aos ônibus do sistema Trans-col - 1.700 veículos - o GVBus informou que, como os dados do Detran incluem todos os ônibus e micro-ônibus, a participação do Transcol no universo de multas é bem pequena. A nota diz ainda que os motoristas passam por reciclagens periódicas e têm sua atividade monitorada diariamente. Cabe ao motorista tanto o ônus da pontuação na Carteira Nacional de Habilitação quanto o pagamento do valor da multa.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Espírito Santo

G1 ES | Notícias

interbuss | 14.02.201608

IRREGULAR Um primo da vítima também teve que viajar em pé em ônibus da empresa. Foto: Divulgação da empresa

PERIGOSO Ônibus do Transcol chegou a colidir em 2015. Foto: Reprodução/ TV Gazeta

Page 9: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

14.02.2016 | interbuss 09

PROBLEMAS Ônibus da Cidade Verde estava com 75 passageiros, sendo que a capacidade era para 74 pessoas. Fotos:Reprodução

Ônibus com 125 pessoas é esvaziado pela Polícia

Paraná

Um ônibus com 125 passageiros foi multado pela Polícia Rodoviária Es-tadual (PRE) na PR-317, em Floresta, no norte do Paraná, nesta quarta-feira (10). O coletivo foi planejado para receber 74 pessoas, no máximo, segundo a empresa responsável. O ônibus é metropolitano, faz a linha entre os municípios de Itambé e

G1 Norte e Noroeste PR | notícias Maringá. Todos os passageiros foram o-brigados a descer e a empresa teve que providenciar outros veículos para levá-los ao destino final. De acordo com a empresa, a lo-tação é exceção. Em dias normais, alega a companhia, o número de passageiros não ultrapassa a recomendação. Um passageiro, que não quis se identificar, discorda. Ele conta que usa a linha frequentemente e a lotação é co-

mum. O homem relata que se sentiu “em uma lata de sardinha”, nesta quarta. “Quando [o ônibus] chegou na polícia, o policial nem hesitou. Chegou e já mandou encostar. Ele falou: “Vocês não po-dem aceitar isso. Vocês pagam, não pagam? Eu me senti como em uma lata de sardinha. A gente teve que se sujeitar a isso, porque, se todo mundo tinha compromisso, todo mundo tinha que trabalhar, não tinha outro meio”, lamenta o passageiro.

Page 10: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

TODA SEMANA

Corredores paulistanos diminuemtempos de espera e deslocamento A cada dia ocorrem em São Paulo cerca de 10 milhões de embarques em 15 mil ônibus de 1,3 mil linhas para percursos em ruas disputadas com 5,4 milhões de veículos particulares. Mais de dois terços da população da cidade, ou 68%, utilizam o meio de transporte e não há alternativa satisfatória em curto ou médio prazo. O subdimensionamento da rede de metrô, sistema capaz de atender apenas a uma pequena parte das necessidades de deslo-camento, faz daqueles veículos coletivos o meio principal para os percursos na metró-pole – muitas vezes com uma longa história de má reputação devido à lentidão e a uma consequência inevitável: a superlotação. Esse quadro começou a mudar em 2013, quando a prefeitura de São Paulo criou 150 faixas exclusivas para ônibus nos principais corredores de tráfego, o dobro da extensão existente até então. As faixas foram implantadas nas vias com frequência superior a 40 ônibus por sentido nos horári-os de pico. Três anos depois, a meta foi su-perada em 259%, e o total de corredores atingiu 481,2 quilômetros em julho do ano passado, segundo o monitoramento do programa de 2013-2016 feito pelo Planeja Sampa, site da prefeitura. Diversas pesquisas comprovaram a melhora e chegaram aos seus próprios números. Segundo uma aferição do Obser-vatório de Indicadores da Cidade de São Paulo, houve “substantiva melhora” nos tempos médios de percurso das linhas do sistema de transporte. No horário de pico da manhã, na direção bairro-centro, a dura-ção dos trajetos dos ônibus diminuiu de 66 minutos em 2012 para 61 em 2014. No pico da tarde, na direção centro-bairro, caiu de 69 minutos para 64. Uma consequência previsível da redução do tempo de percurso foi a diminu-ição do número de passageiros por veículo por quilômetro percorrido nos dias úteis, de 830 em 2012 para 729 em 2014. O encurtamento da duração das viagens e o desafogo da lotação dos ônibus beneficiou bairros como o do Capão Redon-do, distrito da região sudoeste localizado a 18 quilômetros do centro e vinculado à sub-prefeitura do Campo Limpo, com 268,7 mil

moradores distribuídos em bairros e favelas. Com a implantação de uma faixa exclusiva para os ônibus na avenida Ellis Maas e mel-horias para facilitar o tráfego em vias con-exas, a velocidade das 23 linhas de veículos coletivos daquele eixo de transporte do-brou. Na prática, os usuários dos 173 veículos coletivos que transitam por hora na Ellis Maas no pico da manhã passaram a poupar 40 minutos por dia. O resultado é um dos melhores dentre os sete principais gargalos do trânsito da cidade desafogados com a implantação dos corredores. Os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município de 2014, divulgado pela Rede Nossa São Paulo e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, mostram uma diminu-ição no tempo de espera nos pontos de ôni-bus, menor duração dos deslocamentos e maior pontualidade no transporte coletivo. A pesquisa aponta uma redução de cinco minutos no tempo médio de espera nos pontos de ônibus, item avaliado com nota 4,4 em 2014 (contra 3,9 de 2013). A pontu-alidade dos ônibus recebeu nota 4,3 (no an-terior era 4,0) e o tempo de deslocamento na cidade, 4,1 (contra 3,7 de 2013). A nota do item Transporte, Trânsito e Mobilidade subiu de 3,9, para 4,1. Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope, a aprovação das faixas exclusivas para ônibus

“continua alta”, com 90% dos entrevistados favoráveis à “ampliação das faixas”. Um total de 71% dos entrevistados deixariam de usar o carro “caso houvesse uma boa alternativa de transporte”, o equivalente a 2,3 milhões de pessoas, ou 26% dos paulistanos. “Em 2014, o aspecto mais favorável à atração de usuários refratários ao uso de ônibus é a diminuição do tempo de espera pela condução (para 28% dos que nunca utilizam o meio de transporte), seguida de mais linhas de ônibus que cubram percur-sos não atendidos atualmente (para 26% dos que nunca utilizam ônibus)”, aponta um trecho do relatório da pesquisa Rede Nossa São Paulo/Ibope. Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego feito só nos 59,3 km de faixas exclusivas de ônibus implan-tadas em 2014 mostrou uma elevação da velocidade média dos ônibus de 12,4 quilô-metros por hora para 20,8 quilômetros por hora. O melhor resultado, segundo a CET, ocorreu na faixa da ponte do Jaguaré, na região Oeste, com aumento de 317,3% na velocidade, indo de 10,8 quilômetros por hora para 44,9 quilômetros por hora. As faix-as exclusivas melhoraram o desempenho dos ônibus em 140%, de 12,1 quilômetros por hora para 29,3 quilômetros por hora na avenida Lins de Vasconcelos, na região sul. Nas faixas exclusivas implantadas na ave-nida Cidade Jardim e nas ruas Voluntários da Pátria e Faustolo, as velocidades médias

São Paulo

Carta Capital | notícias

EFICIENTE Corredor de ônibus em São Paulo mostra eficiência com tempo menor de deslocamento e espera. Foto: Secom PMSP

interbuss | 14.02.201610

Page 11: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

Corredores paulistanos diminuemtempos de espera e deslocamento

EFICIENTE Corredor de ônibus em São Paulo mostra eficiência com tempo menor de deslocamento e espera. Foto: Secom PMSP

14.02.2016 | interbuss 11

Incêndio destrói 31ônibus na garagem da Rápido Litoral emSão José dos Campos

Notas Rápidas

Um incêndio na garagem de uma empresa de transporte na zona sul de São José dos Campos (SP) deixou 31 ônibus completamente queimados na madruga-da desta quinta-feira (11). Ninguém ficou ferido. O fogo começou por volta da meia noite na garagem que fica na região sul da cidade e as chamas atingiram grandes pro-porções. Os bombeiros levaram cerca de duas horas para conter o incêndio. “Nosso maior complicador foi um ônibus estar muito perto um do outro. Dificultou nossa locomoção na empresa, a propagação era muito rápida, então nossa estratégia foi cercar o fogo e evitar a propagação para empresas ao lado”, afir-mou o capitão Antônio Bernardes. Ao todo, o incêndio mobilizou cer-

ca de 20 homens da corporação com apoio de 10 viaturas. A ocorrência mobilizou equipes de São José dos Campos e Jacareí. Dos 54 ônibus que estavam no local, 31 foram completamente queimados. A corporação ainda não sabe as causas do incêndio. “Foi uma ocorrência de grandes proporções. A chama chegou a uns 10, 15 metros de altura, muito próximo de torres de alta tensão, que eram pontos de risco que estavámos avaliando”, disse Bernardes. A ocorrência foi registrada pela Polícia Civil, que não descarta a possibili-dade de incêndio criminoso. O fogo abalou a estrutura do galpão, que foi interditado pela Defesa Civil nesta quinta. Em nota, enviada na tarde desta quinta-feira, a empresa Rápido Litoral in-formou que o caso é investigado pela Polí-cia Civil.

G1 Vale do Paraíba | Notícias

dos ônibus aumentaram em 15%, 269% e 50,7%, respectivamente.

Bus Rapid Transit As faixas ou corredores exclusivos para ônibus, implantados também em Porto Alegre e Belo Horizonte, são considerados BRTs simplificados ou parciais. O Bus Rapid Transit, ou sistema de tráfego rápido de ônibus, foi criado em 1974 pelo arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner. Além de contarem com corredores exclusivos, os ônibus têm prioridade nos cruzamentos, e as estações de embarque possuem plataformas de acesso no mesmo nível do piso dos coleti-vos, detalhes que possibilitam uma redução substancial dos tempos de embarque e de-sembarque e encurtam a duração dos per-cursos. Goiânia, Uberlândia, Palmas e Caxias desenvolveram projetos de BRT. As faixas exclusivas para ônibus são consideradas alternativas avançadas pelos urbanistas e arquitetos mais prestigiados de grandes metrópoles mundiais, como Nova York, Jacarta e Bogotá, e constituem uma parte importante do resgate das cidades na perspectiva de beneficiar a maioria da popu-lação. “Encher a cidade de carros, gastar mais gasolina e gerar mais doenças aumentam o PIB, e o que queremos é viver melhor. Isso significa ter políticas mais inteligentes, e para tanto precisamos medir o que queremos, e não aceitar aquilo nos empurram”, analisa o professor da PUC-SP Ladislau Dowbor.

Page 12: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

Marcopolo ofercerá apoioa ônibus na Festa da Uva

Pela primeira vez na história da Festa da Uva e com o objetivo de dar supor-te e melhor atender os visitantes de um dos mais importantes eventos nacionais, a Mar-copolo vai colocar à disposição dos opera-dores de transporte um serviço móvel para reparos e assistência técnica para os ônibus de turismo que vão fazer o transporte dos visitantes da festa. A unidade móvel de assistência técnica Marcopolo ficará à disposição nos pavilhões da Festa da Uva durante toda a re-

alização do evento com peças de reposição e pessoal técnico treinado para a realização de reparos e serviços nos veículos que trans-portarem turistas para Caxias do Sul. “Tradicionalmente, durante a Festa da Uva são mais de mil ônibus de turismo que chegam a Caxias e transportam cerca de 40 mil pessoas. Nosso objetivo é colocar à disposição desses usuários e clientes um serviço rápido, cômodo e de elevado pa-drão de qualidade para que, na ocorrência de qualquer problema, possamos atender pronta e imediatamente”, destaca Antônio Carlos Boff, gerente de pós-vendas da Mar-

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Da Marcopolo | assessoria

interbuss | 14.02.201612

copolo. “Temos uma oficina móvel, equi-pada e com o nosso pessoal de assistên-cia técnica para prestar os serviços de ‘primeiros socorros’ durante o horário de funcionamento da Festa da Uva, no local de estacionamento dos ônibus. Quanto a peças e serviços mais trabalhosos (batidas e troca de para-brisa, por exemplo), dispo-mos de uma estrutura dentro da unidade Ana Rech e os serviços podem e devem ser agendados previamente para serem realizados em nossas instalações” comple-menta Boff.

TODA SEMANAManutenção

Veículos de turismo terão a oportunidade de fazer pequenos reparos senecessário durante a estada na tradicional Festa da Uva, em Caxias do Sul

Page 13: Revista InterBuss - Edição 281 - 14/02/2016

14.02.2016 | interbuss 13

Terminal de Paranaguáamplia frota de carretas

A TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, está ampliando a frota de caminhões e carretas. Com investimentos superiores a R$ 4 mi-lhões, o Terminal ganhará 10 novos veículos modelo Terminal Tractors, importados da Holanda, e que são específicos para o trans-porte de contêineres dentro do porto. A TCP também está adquirindo 10 novas carretas (terminal trailers), pro-duzidas no Brasil, totalizando uma frota de 64 caminhões e 67 carretas. “A TCP está investindo no melhor material disponível no mercado com objetivo de dar mais agi-lidade para as operações dentro do Porto. Além disso, estamos adequando a frota para atender ao fluxo de contêineres que é crescente”, explica Juarez Moraes e Silva,

diretor Superintendente Comercial do Ter-minal. Além de otimizar o transporte de contêineres no Terminal, a nova frota deve movimentar a economia em Paranaguá. “Trata-se de um ciclo virtuoso. Com os no-vos veículos, ampliaremos a nossa capa-cidade de movimentação de contêineres na área interna, atenderemos ainda melhor aos nossos clientes e abriremos novos pos-tos de trabalho para mão de obra local que, por sua vez, irá investir no comércio parna-guará”, comenta Moraes e Silva. Os novos caminhões e carretas de-vem chegar ao Terminal até o início de abril. Sobre a TCP A TCP é a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá – segundo maior terminal de contêineres da

Da TCP | assessoria América do Sul, e a empresa de serviços logísticos TCP Log. Após receber investimentos de R$ 365 milhões, um dos maiores aportes privados do setor portuário brasileiro nos últimos anos, a TCP atualmente tem capaci-dade para movimentar 1,5 milhão de TEUs/ano, conta com 320 mil m² de área de arma-zenagem e oferece três berços de atracação, com extensão total de 879 metros, além de dolfins exclusivos para operação de navios de veículos. A atuação do terminal é comple-mentada pela TCP Log, que oferece ser-viços de integração da cadeia logística; como armazenagem, estrutura para car-regamento e descarregamento de contêi-neres, pátio para contêineres e transporte do modal rodo ferroviário ao terminal em Paranaguá.

Veículos importados da Holanda foram adquiridos por intermédio deinvestimento no valor superior a R$ 4 milhões. Brasil também cedeu carros

Mercado

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Nesta semana, a Ibrava - Indústria Brasileira de Veículos Automotores, fab-ricante especializada em micro-ônibus, encerrou suas atividades temporariamente na planta de Feliz, no Rio Grande do Sul. Foram demitidos 70 funcionários. Os trabalhos só devem retomar de-pois de 60 dias, isso se houver melhora no mercado de veículos pesados atingido pela crise econômica brasileira. De acordo com diretor comercial de sócio da encarroçadora, Miguel Rizzo, ao jornal local Fato Novo, em 2012, chegavam a ser montados 60 micro ônibus por mês. No ano passado, a média mensal não pas-sou de 20 veículos. A empresa está instalada no mu-nicípio do Rio Grande do Sul desde 2008. A Ibrava chegou a participar projeto de elab-oração de um novo trólebus para Capital Paulista. A unidade ainda roda pelas ruas de São Paulo. A Ibrava tinha projetos de cresci-mento. A empresa queria fazer outros

Ibrava é outra encarroçadora de ônibus quefecha as portas por causa de crise brasileira

veículos além de ônibus e chegou a mandar representantes para China. O objetivo era desenvolver ônibus com tecnologia limpa, como elétricos movidos a bateria, no entan-to, após a crise econômica no Brasil, todos os projetos foram por água abaixo. Além da recuperação da econo-mia, a expectativa da Ibrava é em relação à definição da licitação dos transportes na capital paulista. A Ibrava tem como clientes, empresas que se originaram de cooperati-vas de transporte e que devem participar do certame que está barrado por determi-nação do TCM - Tribunal de Contas do Mu-nicípio.

EMPRESAS DO SEGMENTODE ÔNIBUS ENCONTRAM DIFICULDADE Os emplacamentos de ônibus no ano passado caíram mais de 40%. Neste ano já começaram também com queda de quase 50%. Todas as empresas que produ-zem carrocerias ou chassis dizem encontrar dificuldades.

O segmento de ônibus e caminhões é um dos que mais expressam a realidade econômica brasileira por venderem produ-tos que são bens de capital e que revelam nível de investimento. Se os outros setores não estão investindo, logo os que produzem bens de capital vão sentir também. Na semana retrasada, o mercado recebeu a informação de que a Comil, fab-ricante de carroceria de ônibus, fechou as portas por tempo indeterminado da planta de Lorena, no Interior Paulista, onde eram feitos ônibus urbanos. A Marcopolo Rio, fabricante de car-rocerias de ônibus urbanos, colocou fun-cionários em regime de lay-off, ou seja, sus-pensão temporária de contrato de trabalho até 6 de junho de 2016. A fabricante de chassis Mercedes-Benz anunciou o afastamento por tempo indeterminado de 1.500 operários da prin-cipal planta do país, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Os trabalhadores foram colcoados em licença remunerada

Fabricante de micro-ônibus só deve retomar a produção em 60 dias, se cenário melhorar

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

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Por causa da corrupção, com ações investigadas pela Operação Lava Jato, e por aparente má administração, a Petrobras fe-cha com rombos o seu caixa. A estimativa é de que sua dívida bruta da estatal atinja R$ 500 bilhões. Diante disso, quem sente no bolso são os brasileiros, que em tese são os ver-dadeiros donos da Petrobras. Enquanto o preço internacional do barril petróleo caiu sensivelmente passando, de US$ 58 em 2014 para entorno de US$ 30 neste ano, reduzindo o valor cobrado pelos com-bustíveis nos principais países, o Brasil não acompanha este movimento e continuou aumentando a gasolina e o óleo diesel. Segundo dados do CBIE - Centro Brasileiro de Infraestrutura do início deste ano, o preço da gasolina no Brasil está 14,4% maior que a cotação do mesmo combustív-el no Golfo do México, que é usada como referência nos mercados do Atlântico. Em relação ao diesel, a situação é pior. O óleo diesel no Brasil está 47,1% acima da cotação também no Golfo do México. Enquanto diversos bancos e con-sultorias mundiais apostam na continu-ação da queda no preço internacional do petróleo como, o Morgan Stanley, Goldman Sachs, Citigroup e Bank of America Merrill Lynch, podendo chegar a US$ 20 o barril, analistas de mercado dizem que a Petrobras não deve reduzir o preço dos combustíveis no Brasil. Pelo contrário, novos aumentos poderiam chegar em breve. E no início do ano, quando em diversas cidades foram registradas mani-festações contra o aumento nas tarifas de ônibus, nenhum dos integrantes destes movimentos citou a situação da Petrobras envolta em corrupção e má administração que interferem nesta realidade de Brasil ir na contramão da queda do preço do com-bustível. Mas o que é isso tem a ver com a tarifa de ônibus? Tudo! Se for levado em conta que somente o diesel é responsável por 20% a 25% da tarifa de ônibus, quando há aumento no combustível, o impacto do reajuste das passagens também é maior. Assim, se o Brasil seguisse o preço inter-nacional do Petróleo, poderíamos hoje ter reajustes menores nas tarifas de ônibus. Considerando que preço do die-

Brasileiro pagaria tarifa de ônibus mais baixa se não fosse “rombo” na Petrobras

sel no Brasil está em torno de 40% acima do preço internacional, o País tem hoje um acréscimo de ao menos 8% no custo final da tarifa, levando em conta o peso do diesel nos custos dos transportes por ônibus. Traduzindo para “reais”, se a tarifa nas principais cidades está na faixa de R$ 3,80, em caso de a Petrobras acompanhar os níveis dos preços internacionais, pode-ria ter havido um barateamento de R$ 0,20. Mas aí, neste caso, as manifestações não se importam com os R$ 0,20. O cálculo leva em conta as quedas nos preços internacionais e

os aumentos no nacional desde 2013. De 2013 até agora foram cinco au-mentos no preço do óleo diesel no Brasil en-quanto o mundo reduzia o valor:- 5,4% em janeiro de 2013- 5% em março de 2013- 8% em novembro de 2013- 5% em novembro de 2014- 4% em setembro de 2015 Assim, não é exagero nenhum dizer que hoje o brasileiro paga mais nas catracas de ônibus por causa do rombo na Petrobras.

Enquanto no mundo o preço internacional do petróleo diminui, no Brasil os aumentos de combustíveis subiram para fazer caixa à

Petrobrás. Tarifa de ônibus poderia ser hoje em torno de 8% menor

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interbuss GELSON MELLO DA COSTAMarcopolo TorinoPorto Alegre, em Caxias do Sul/RS

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Artigo: Quando os pequenos encontram oportunidades Para muitos turistas que vão à Tailândia, a visita ao famoso Mercado de Fim de Semana de Chatuchak, em Bancoc, é um dos pontos altos das férias. O eferves-cente espaço de mais de 100 mil m2 é um polo para varejistas tradicionais e acomoda 15.000 bancas que vendem uma variedade incrível de objetos de arte, antiguidades, seda e artesanato vindos de todos os can-tos do país. Hoje, esse mercado a céu aberto é citado com destaque em guias turísticos, contribuindo, de forma respeitável, para a economia local. Porém, é fácil negligenciar a im-portância de pequenas empresas como as bancas de Chatuchak, não apenas para as comunidades vizinhas, mas também para a economia nacional. Na região da América Latina e Caribe, por exemplo, pequenas e médias empresas – ou PMEs, como costumamos chamá-las – representam 99% do total de empresas em atividade e dois terços dos postos de trabalho[1], portanto, é impor-tante que elas continuem crescendo, e com sucesso. Servir a comunidade ao olhar para além dela – A moderna tecnologia de hoje possibilita que o potencial de crescimento das PMEs não fique limitado ao tamanho das comunidades que as cercam. Novos fornecedores e clientes de outras cidades e países podem ser encontrados, literal-mente, com um clique no mouse. Um recente estudo de pesquisa independente encomendado pela Fe-dEx[2] nos surpreendeu ao revelar a grande quantidade de PMEs no mundo que estão perdendo a oportunidade de alavancar o comércio internacional. Mundialmente, a-penas 38% das PMEs exportam para outros países, mesmo os mercados vizinhos. No Japão, onde a transição para a economia moderna foi calçada nas expor-tações, apenas 14% das PMEs vendem seus produtos fora do país – o menor percentual do estudo. O padrão é similar na América Latina e no Caribe, onde, hoje, apenas 39% das PMEs exportam. Assim, embora as PMEs estejam impulsionando o crescimento econômico,

a grande maioria faz isso atuando dentro de suas fronteiras. Será que vender para o exterior é algo que simplesmente não com-pensa? Ou será que existe, de fato, um reser-vatório significativo e não explorado de po-tencial de crescimento para as PMEs?

Um mundo de possibilidades A segunda opção tende ser a cor-reta. No mundo todo, as PMEs que vendem para o exterior geram receita adicional mé-dia de US$ 1,5 milhão ao ano com expor-tações. Embora esta cifra seja ligeiramente menor entre as PMEs da América Latina e Caribe, a exportação ainda parece ser uma atividade que vale a pena, gerando uma receita anual média de mais de US$ 1,1 mi-lhão. Existe também uma correlação clara entre exportação e crescimento rá-pido. Em todos os mercados pesquisados, a probabilidade de as PMEs que exportam terem um crescimento anual de pelo me-nos 11% é maior do que a das que não ex-portam. Na China, França, Alemanha, Itália, Japão, Coreia do Sul, Espanha e Taiwan, a probabilidade de as PMEs exportadoras al-

cançarem esse tipo de crescimento acelera-do é cerca de duas vezes maior do que a de suas contrapartes que não exportam. Já no Brasil, Colômbia e Índia, as pequenas e mé-dias que exportam têm uma probabilidade 1,1 a 1,3 vez maior de obter um crescimento rápido. Quando considerados conjunta-mente, os resultados do estudo sugerem a existência de um caso de negócio bastante contundente para as PMEs começarem a ex-portar seus produtos para outros mercados, além de benefícios intrínsecos como econo-mia de escala, redução dos custos unitários, diminuição dos riscos e equilíbrio do cresci-mento. Um bom exemplo é a história da empreendedora brasileira Cleuza Torres, que começou a produzir figurinos de ballet para as apresentações da filha, em 1996, e hoje exporta para Itália, Portugal, Espanha, Estados Unidos e Canadá. Cleuza não é uma exceção quando se trata de reconhecer o potencial dos mer-cados internacionais. De fato, quase três quartos das PMEs pesquisadas se disseram empolgadas com o potencial de seu negó-

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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Do site | por Raj Subramaniam

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Artigo: Quando os pequenos encontram oportunidades

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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cio no mercado global.

Liberando o potencial das PMEs Se tantas PMEs reconhecem a im-portância da oportunidade de exportação, mas pouquíssimas efetivamente exportam, fica claro que existem barreiras a serem superadas. No mundo todo, as PMEs se preocupam com a possibilidade de calote ou com perdas decorrentes do câmbio de moeda estrangeira. Algumas se preocupam com os custos de exportação. Entretanto, todas essas inquietações têm um ponto em comum – na maioria dos casos, elas podem ser sanadas com a orientação e o apoio cor-retos. Programas de apoio para isso ex-istem, claro, e costumam ser administrados pelos governos federais. No Brasil, por ex-emplo, a APEX-Brasil disponibiliza análise de mercado e consultoria em exportação a PMEs. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) auxilia em-presas na construção de capacidades de ex-portação e facilitam a participação delas em encontros internacionais de negócios[3]. Seja de fontes nacionais ou inter-

nacionais, a maioria das pequenas e médias exportadoras percebe que existem informa-ções disponíveis para ajudá-las, mas a maior parte delas gostaria de ter mais apoio. Já no caso das que não exportam, mais de três quintos das participantes da pesquisa afir-maram nunca ter recebido qualquer tipo de orientação. Esse é o grupo que mais precisa de ajuda e, na ausência de programas de apoio, buscam expertise em exportação na Internet, na mídia e junto a fornecedores de serviços de logística. Um imperativo compartilhado – Para a FedEx, é uma satisfação saber que as PMEs veem os fornecedores de serviços de logística como um recurso valioso quando a questão é exportar. Entretanto, considera-mos este apoio um imperativo comparti-lhado. Apenas 10% dessas empresas acredi-tam ter o incentivo necessário para exportar com sucesso, e isso deve servir de alerta aos outros stakeholders envolvidos, como ban-cos e governos nacionais. Mas tendo ou não a ajuda necessária, muitas PMEs pre-tendem começar a exportar nos próximos anos. Fazer mais para ajudá-las a ter sucesso beneficiará as comunidades, criando em-

pregos, riqueza e um pipeline mais eficiente para produtos e crescimento econômico no mundo todo.

[1] “Fórum Econômico Internacional da América Latina e Caribe”, Centro de Desen-volvimento da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).[2] “Global Opportunities: Examining Import and Export Trends Among Small Businesses” (Oportunidades Globais: Examinando as Tendências de Importação e Importação entre as Pequenas Empresas, em tradução livre), estudo de pesquisa realizado pela Harris Interactive em nome da FedEx, setembro de 2015, Brasil, China, Colômbia, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Itália, Japão, Singapore, Coreia do Sul, Espanha e Taiwan.[3] OECD (2009), “Top Barriers and Drivers to SME Internationalisation”, Relatório do Grupo de Trabalho da OECD sobre PMEs e Empreendedorismo, OECD.

Raj Subramaniam, vice-presidente Executivo de Marketing e Comunicação Global da FedEx Services

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DEU NA IMPRENSA

Portos de Pernambuco vãoreceber investimentos de R$ 3 bi Ao todo, o Estado de Pernambuco receberá R$ 3 bilhões em investimentos portuários nos próximos anos. O valor cor-responde a 6% do montante total previsto para ser destinado aos portos brasileiros até 2042, que consiste em R$ 51 bilhões de acordo com o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP). Dos R$ 3 bilhões previstos, apenas R$ 480 milhões, que corresponde a 16%, são oriundos de recursos públicos, destinados a dragagem. A primeira fase dessas obras já está em andamento no Porto de Suape e todo o trabalho está previsto para ser con-cluído em 2018. Os restantes 84% são de investimentos privados, sendo que a maior parte deles – R$ 2,179 bilhões – será em ar-rendamentos de áreas para terminais por-tuários dentro dos portos organizados. Há mais R$ 367,2 milhões referentes a renova-ções e reequilíbrios contratuais em análise. Detalhamento – Ao todo, existem dez áreas para irem a leilões de arrenda-mento em Pernambuco, sendo oito em Sua-pe e dois em Recife, uma das quais referente a terminal de passageiros. Das oito áreas em Suape, cinco estão previstas para irem a leilão no Bloco 2: dois para granéis minerais, um para veículos, um para trigo e um para contêineres. A Secretaria dos Portos ainda in-forma que ainda há mais cinco áreas para serem licitadas, sendo um terminal de pas-sageiros em Recife, três áreas para movi-mentação de cargas em Suape e uma em Recife, totalizando R$ 71,3 milhões. Em renovações contratuais, o maior investimento novo é o de R$ 304,055 milhões da Decal Brasil Ltda para movimen-tação de combustíveis em Suape. A SEP também avalia outro investimento para a movimentação de combustíveis em Suape, que resultaria em R$ 63,2 milhões da Pande-nor Importação e Exportação. O Porto de Suape contará também com um Terminal de Açúcar, cujo início de operação está previsto para este ano. Tam-bém está na agenda a dragagem de apro-fundamento do canal, bacia e berços para 2018, e um segundo sugador de trigo no Cais 4 em 2020. Movimentação de cargas – Prevê-

se aumento de produtividade das opera-ções com as melhorias planejadas, como o novo Terminal de Açúcar, a produtividade neste embarque deve subir 521%, passan-do de 47 t/navio/h para 292 t/navio/h, de acordo com o estudo Plano Mestre do Porto de Suape. Com horizonte para 2030, o plano também considera o aumento da ocupação do Cais 5, de 65%, para 72% a partir de 2026. Além das obras, o plano contempla também a implantação de sistema de moni-toramento do tempo de armazenagem e do sistema de controle de tráfego e embarca-ções para melhorar a eficiência e a seguran-ça do sistema. Com 15,5 metros de profundidade no porto interno, mais de 20 metros em sua bacia de evolução, o Porto de Suape deve continuar em expansão, de acordo com o

Plano Mestre. Em termos de movimentação de carga, o Porto de Suape deve ampliar suas operações a uma taxa média de 8,6% ao ano até 2030, para 61,5 milhões de tone-ladas, de acordo com o seu Plano Mestre. Em 2014, foram 15,2 milhões de toneladas de cargas movimentadas em Suape. Em 2015 até novembro, o porto movimentou 18 milhões de toneladas. Desse total de 2015 até novembro, 13 mil-hões foram granel líquido, principal tipo de carga, devido à grande movimentação de derivados de petróleo. Mais 4,149 milhões de toneladas são o peso bruto referente a movimentação de contêineres. O plano prevê que, para 2030, o perfil do porto será mais orientado para embarques (54% do total) do que para desembarques (46%). A projeção de mais

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Do site | notícias

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Portos de Pernambuco vãoreceber investimentos de R$ 3 bi

embarques é resultado, principalmente, de novas cargas de exportação como minério de ferro e grãos (soja e milho) e embarques de cabotagem de óleo diesel e coque da nova refinaria da Petrobras (Abreu e Lima). Atualmente, Suape tem mais desem-barques. Assim, são projetadas participa-ções expressivas de algumas cargas novas, como é o caso do petróleo cru (20% do to-tal) e minério de ferro (24% do total), além dos produtos do agronegócio, como a soja (5%), milho (2%) e fertilizantes (2%). A navegação de cabotagem tam-bém predomina. Ela respondeu por 57% do total em 2014, sendo o restante referente ao comércio exterior. A área de influência do Porto de Suape abrange os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte; e parte

dos estados de Alagoas e Paraíba, mas pode se expandir. Considerando a produção in-dustrial eólica, e o potencial das cargas de projeto, essa área se estende do Ceará à Ba-hia, de acordo com o Plano Mestre. Comércio exterior – O porto de Suape responde pela maior movimenta-ção de mercadorias no comércio exterior a partir de Pernambuco, tendo registrado 5,3 milhões de toneladas de produtos im-portados em 2015 que entraram no Brasil via Suape, num total de US$ 4,5 bilhões. Foi exportado 1 milhão de toneladas, no valor de US$ 724,5 milhões, a partir deste porto, segundo dados da Secretaria de Co-mércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Combustíveis e óleos min-erais, produtos químicos, cereais e plásti-

cos foram os principais itens da cesta de importação por Suape. O porto de Recife contabilizou 913 mil toneladas importadas, no valor de US$ 263,5 milhões, além de 457 mil toneladas exportadas, por US$ 260,4 milhões. Os prin-cipais itens importados via Recife foram, na grande maioria, compostos por produtos químicos, adubos, produtos da indústria de moagem e cereais. Os produtos mais exportados por Pernambuco foram combustíveis e óleos minerais; açúcares e produtos de confeitar-ia; além de ferro fundido e aço. Também tiveram saída expressiva pelos portos per-nambucanos máquinas e materiais elétri-cos; veículos terrestres; sal, enxofre, pedras, gesso e cimento; e bebidas, incluindo as al-coólicas e vinagre.

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VIAGENS & MEMÓRIAMARISA VANESSA N. CRUZ | [email protected]

Um resumo da frota da Viação Novo Horizonte Vamos falar sobre uma empresa de origem baiana, que recentemente apre-sentou sua nova pintura e sua compra de 20 ônibus Comil Invictus 1200. Sua sede fica em Vitória da Con-quista, na Bahia, e completou 50 anos de existência nesses últimos meses. Na minha opinião, o que mais chama minha atenção é a quantidade de dígitos nos prefixos de seus ônibus... entre 6 e 7 dígitos, digamos. E também, todos os prefixos de seus ôni-bus terminam em 11. Começarei a falar somente das séries ativas para entenderem melhor:

Série 7 Incrivelmente essa série ainda ex-iste, e roda somente na Bahia. Há mono-blocos O-400 ano 1996 por lá, sob prefixo 700111. Já os Jum Buss 360 ano 1997 e a frota de Paradiso GV 1150 nesta série, cadastrados pela ANTT, aparentemente saíram de circulação.

Série 8 Esta série começou em 1997/1998 com a aquisição de vários Paradiso GV 1150 MBB O-400RSD, iniciando com pre-fixo 800011. Em seguida, alguns Busscar Vissta Buss Leito sobre MBB O-400RSD ano 2000 e Marcopolo Andare MBB OF-1721 ano 2000. Marcopolo Paradiso G6 1200 so-bre chassi MBB MBB O-400RSD, ano 2000 e Marcopolo Viaggio G6 1050 sobre chassi MBB O-400RSE ano 2001 também agregam à série. Sim, Novo Horizonte também tem Irizar! Ou melhor, tinha, mas foram vendi-dos em 2003. Tinha a frota de Century 370 sobre chassi MBB OH-1628L, ano 2002, e um lote de Paradiso G6 1200 sobre chassi MBB O-400RSD, de 2002. A série termina com o lote de Para-diso G6 1200 MBB O-400RSD, de 2003, ter-minando no prefixo 809911.

Série 9 Esta série começou em 2003 com a chegada de 6 veículos adaptados para curtas distâncias, como o Marco-polo Andare Class sobre MBB OH-1628L, iniciando com prefixo 900011. Depois vieram lotes de Paradiso G6 1200 sobre chassi MBB O-400RSD, intercalados pelo outro lote de Comil Campione 3.25 OF-1721 ano 2004. Teve até El Buss 340 MBB O-500R, prefixo 907111. E por último, um lote de 2005 de Comil Campione 3.25X OF-1722M e alguns Busscar Jum Buss 360

COLUNAS

O-500RSD ano 2006, terminando no pre-fixo 909911.

Série 10 Esta série é longa. Começa no pre-fixo 1000011 e termina em 1038111 con-sultando um site especializado. Ela começa na linha Busscar (Jum Buss e El Buss 340 e 360) ano 2006, junto com Paradiso G6 1200 daquele mesmo ano. Ao longo do tempo, em quase todas as compras, até 2015, é uti-

lizado esta série, salvo algumas exceções na série 11 que explicarei no próximo pará-grafo. O destaque vai para as compras de Marcopolo G7 1200 e Comil Campione 3.65 da geração 2011, todos O-500RSD. So-mando a quantidade destes dois modelos, o número chega por volta de 150 veículos, o que chega a ser um número expressivo e otimista para a empresa, em viagens in-terestaduais.

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Um resumo da frota da Viação Novo Horizonte

Esta série termina em um lote de Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS BlueTec 5, para a linha de fretamento, ano 2015.

Série 11 Em 2006, a Novo Horizonte com-prou 2 ônibus encarroçados pela Busscar, do modelo Jum Buss 360, configurados como Leito e Executivo. Em 2008, trouxe mais 2, encarroçados pela Marcopolo,

do modelo Paradiso G6 1200. E em 2011, outros 7, encarroçados pela Marcopolo, do modelo Paradiso 1200 G7, do tipo Leito. Todos encarroçados sobre chassi Mercedes-Benz O-500 RSD. Seus prefixos começam em 1100011 e terminam em 1101011.

Nova série 5. Rebatizada de série 50? Esta série, vinda no final de 2015, é composta de 20 Comil Campione Invic-

tus 1200 sobre Mercedes-Benz O-500RSD BlueTec 5, prefixos entre 500011 e 501911, e com a nova pintura desenvolv-ida pela Villela Design. Provavelmente foi rebatizada de série 50 para acompanhar a idade da empresa, que tem 50 anos de existência. E para tirarmos a prova, aguardare-mos as próximas compras em 2016, se virá mesmo a série 51. E também se terá um site organizacional da empresa.

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Marcopolo entrega 238 novos ônibus paraPorto Alegre em três versões diferentes

A Marcopolo está concluindo, em fevereiro, a entrega de 238 novos ônibus urbanos para as empresas operadoras de transporte coletivo de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Os veículos, do mo-delo Torino, nas versões Convencional, Ex-press Articulado e Low Entry, fazem parte do programa de renovação de frota e pas-sarão a ser utilizados na capital gaúcha a partir de março próximo. De acordo com Paulo Corso, di-retor de operações comerciais da Marco-polo, as empresas adquiriram diferentes versões do modelo para melhor atender

às demandas dos passageiros, de acordo com a região da cidade e a aplicação. “Recentemente lançamos uma completa família de ônibus urbanos do modelo Torino, a de maior sucesso no mercado brasileiro em todos os tempos. Os novos modelos ampliam as opções para os o-peradores do transporte coletivo urbano e vão desde um veículo com baixo custo operacional para as aplicações severas, até os mais sofisticados, como o Express Articulado e o Low Entry”, explica o execu-tivo. Os veículos estão sendo incor-porados às frotas das empresas Belém Novo, Estoril, Gazometro, Navegantes,

Da Marcopolo | assessoria Nortran, Presidente Vargas, Sopal, Su-deste, VAP e VTC. Os ônibus Torino têm diferentes modelos de chassis, conforme as aplicações: Mercedes-Benz (OF 1721, O500U, O500M e O500MA); Volkswagen (VW17230 e VW17280), e Volvo (B290R e B340M). Os ônibus Torino são totalmente acessíveis, equipados com poltronas do tipo City Estofada, bilhetagem eletrônica e preparação para instalação de sistema de gravação de imagem. Com visual mo-derno e tecnologia aplicada a favor da funcionalidade, o modelo possui maior largura interna, o que garante amplo es-paço para circulação, novos conjuntos óp-

MercadoA GRANDE MATÉRIA

Todos os veículos são do modelo Torino nas configurações Low Entry, Express Articulado e Convencional. Oito chassis diferentes foram usados no encarroçamento

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Marcopolo entrega 238 novos ônibus paraPorto Alegre em três versões diferentes

ticos traseiro e frontal que incluem luz di-urna, que proporciona mais segurança no trânsito urbano, e painel de instrumentos com tela colorida de LCD de 3,5 polegadas.

Novo Torino Express Articulado Com comprimento total de 20,39 metros, o Torino Express articulado foi de-senvolvido para atender tanto ao padrão de vias segregadas básicas quanto dos sistemas BRT. O modelo apresenta visual moderno e tecnologia aplicada a favor da funcionalidade, conforto e segurança, com sistema multiplex redesenhado e pai-nel de instrumentos com tela colorida de LCD de 3,5 polegadas. Também conta com

novos conjuntos ópticos traseiro e frontal que incluem luz diurna, que proporciona mais segurança no trânsito urbano. O Torino Express foi concebido para oferecer conforto e segurança aos passageiros, menores custos operacional e de manutenção em relação aos mode-los exclusivos para sistemas BRT, além de mais ergonomia e praticidade para mo-torista e cobrador. O novo Torino Express possui, como diferenciais, a maior largura interna, com 2,55m, que permite amplo espaço para circulação, mais conforto e segurança.

Torino Low Entry

O Torino Low Entry tem con-cepção robusta, elevada confiabilidade e importante relação custo/benefício, atributos reconhecidos pelos operadores/empresários do setor de transporte ur-bano de passageiros. Atende a todas as exigências dos sistemas de transporte existentes no País e é equipado com sus-pensão pneumática e piso baixo, o que facilita o acesso para todos os passage-iros, sem a necessidade de elevador, e proporciona maior rapidez nas operações de embarque e desembarque, inclusive de passageiros com mobilidade reduzida e cadeirantes.Fotos: Júlio Soares e Gelson da Costa

Todos os veículos são do modelo Torino nas configurações Low Entry, Express Articulado e Convencional. Oito chassis diferentes foram usados no encarroçamento

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Os problemas da ViaçãoPiracicabana em BlumenauÔnibus velhos, sujos e quebrando com frequência. Esses foram osprimeiros dias da Viação Piracicabana na cidade de Blumenau. Aprefeitura local prometeu uma coisa para a população e na verdadeaconteceu outra. A InterBuss já havia adiantado que a frota era deônibus velhos. O assunto rendeu muito e deu o que falar nas redessociais e nos sites especializados.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

Mais um lote de empresasautorizadas a operar pela ANTTNa semana passada a ANTT divulgou um segundo lote de empresas queestá apta a operar em diversas linhas interestaduais e internacionais, eobviamente deu o que falar pois muitas empresas tradicionais ainda nãoapareceram em nenhuma lista, apesar que deverão ser feitas novasdivulgações nos próximos dias. O assunto rendeu muito nas redes sociaise nos sites especializados em transporte.

Rafael Xarão | Marcopolo Viale MBB OF-1722M

Tôni Cristian | Marcopolo Viaggio G7 1050 Volksbus 17 230 EOD

Sérgio Carvalho | Busscar Urbanuss Pluss Volvo B10MJoão Victor | Marcopolo Torino Volksbus 15 180

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Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

Mais um lote de empresasautorizadas a operar pela ANTTNa semana passada a ANTT divulgou um segundo lote de empresas queestá apta a operar em diversas linhas interestaduais e internacionais, eobviamente deu o que falar pois muitas empresas tradicionais ainda nãoapareceram em nenhuma lista, apesar que deverão ser feitas novasdivulgações nos próximos dias. O assunto rendeu muito nas redes sociaise nos sites especializados em transporte.

DICA DE COMUNIDADE

Viaje nas cores da UTILhttps://www.facebook.com/groups/grupo.viajeutil/

A FOTO DA SEMANA

Fábio Barbano MartinsCaio Alpha Volksbus 16 210 CO | Viação Athenas Paulista

Grupo criado para postagens de fotos e informações sobre os ônibus da empresa UTIL, que opera várias linhas pelo país. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para acessar.

Tôni Cristian | Marcopolo Viaggio G7 1050 Volksbus 17 230 EOD

Sérgio Carvalho | Busscar Urbanuss Pluss Volvo B10M

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SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FOTOS DA SEMANA

Rafael CaldasComil Campione Invictus 1200 MBB O-500RSD | Novo Horizonte

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasMascarello Gran Via Volksbus 15.190 OD | Rio Cachoeira

Douglas AndrezBusscar El Buss 340 Scania S113 | Viação Paraúna

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Expresso União

Weiller AlvesMarcopolo Paradiso G6 1200 Scania K420 | São Geraldo

Weiller AlvesMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K360 | Progresso

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UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420 | São Geraldo

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Rota

Rafael CaldasComil Campione 3.25 Volksbus 17 230 OD | Príncipe

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K380 | Transbrasiliana

Weiller AlvesMarcopolo Ideale 770 Volksbus 17 230EOD | Sideral

Weiller AlvesMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Águia Branca

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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NOVIDADE

Tecnologia reduz uso de óleo lubrificante no motor A nova tecnologia idealizada pela empresa prevê a utilização de camisas de cilindro com revestimento externo de níquel, que promove uma maior aderência metalúrgica (maior área de contato) entre o ferro fundido do cilindro e o bloco de alumínio, e reduz o consumo de óleo lu-brificante. O aumento da transferência de temperatura entre a câmara de combustão e os canais de refrigerante do bloco do motor vem de uma maior aderência do ci-lindro com o bloco, diminuindo sua distor-ção. Uma grande distorção do cilindro tem como consequência o aumento o consumo de óleo. Assim como o desenvolvimento de uma tecnologia dessa relevância exigiu altos conhecimentos de engenharia, com-provar a sua eficácia demandou o uso de equipamentos de alta acuracidade. Como esse é um tipo de medição que requer avançados níveis de precisão, as conclusões sobre a validade da nova tecnologia só pu-deram ser realmente comprovadas nas in-stalações do Centro Tecnológico da MAHLE, em Jundiaí, interior de São Paulo, por meio do uso do Lubrisense - um espectrômetro de massa que tem condição de avaliar em tempo real o consumo de óleo lubrificante de um motor que esteja em processo evolu-tivo -, equipamento que só conta com seis unidades em atividade em todo o mundo e somente uma na América Latina. Os testes foram feitos a partir de um mesmo motor - moderno e produzido em série por uma montadora - e com cami-sas semelhantes, porém, revestidas e não revestidas de níquel. A redução do con-sumo de óleo feita pelos métodos usuais de medição existentes no País mostrou um valor médio absoluto de economia da or-dem de 35%, mesma grandeza apresentada pelo Lubrisense. Porém, o consumo de óleo medido em tempo real pelo Lubrisense tem a vantagem de apontar em que condições de utilização do motor ele é mais eficiente. Com o Lubrisense ficou demon-strado que os maiores índices de economia, que chegaram a até 75% nos testes com

motor com a nova camisa com revestimen-to de níquel, ocorriam em altos regimes de giros e de torque. Um dado extremamente relevante para a indústria fabricante do motor. Ou seja, além dos valores totais de economia, o Lubrisense tem a capacidade de mostrar, a cada momento, o consumo instantâneo do óleo lubrificante. O equipa-mento pode produzir um abrangente mapa do dispêndio de óleo do motor em função da variação da rotação e do torque aplicado. Outra vantagem do uso do Lubris-ense na detecção da introdução das novas tecnologias diz respeito ao menor tempo de avaliação que é necessário para se obter es-sas conclusões, que pode ser até 80% menor em relação aos métodos anteriormente uti-lizados. Portanto, a nova tecnologia de re-vestimento do cilindro se mostrou robusta para novas aplicações reduzindo as distor-ções dos cilindros, o que proporciona com-binação de designs de menor atrito ainda

Da Mahle | assessoria

mais agressivos, contribuindo também com redução de consumo de combustível.

Sobre o Tech Center de Jundiaí A unidade brasileira do Centro de Tecnologia da Mahle, um dos dez exis-tentes ao redor do mundo, é fruto de in-vestimentos da ordem de R$ 100 milhões. O Tech Center de Jundiaí trabalha com o desenvolvimento de todos os produtos do portfólio global da Mahle e é o responsável mundial pelas linhas de anéis de pistão e filtros para aplicações em motores flexíveis. Em suas instalações trabalham 297 cola-boradores entre técnicos, graduados, pós-graduados, mestres e doutores. Está insta-lado em uma área de proteção ambiental permanente de 125 mil m2, e seu principal foco é o desenvolvimento de componentes e soluções tecnológicas para motores de combustão interna, visando à redução de atrito, de emissões e do consumo de com-bustível.

Mercado

Mahle desenvolve um revestimento de níquel nas camisas para motores comblocos de alumínio que reduz em 35% o consumo de óleo lubrificante no motor

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