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POPULAÇÃO RECLAMA DA ALTA DA TARIFA NA REGIÃO DE GOIÂNIA LEIA TAMBÉM A BRIGA POLÍTICA QUE ACABOU COM A INTEGRAÇÃO NA REGIÃO DE CURITIBA REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 5 • Nº 231 15 de Fevereiro de 2015 Impasse por conta do pagamento de subsídio faz com que metropolitanos deixem de aceitar cartão da URBS A BRIGA POLÍTICA QUE ACABOU COM A INTEGRAÇÃO NA REGIÃO DE CURITIBA

Revista InterBuss - Edição 231 - 15/02/2015

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 231 - 15/02/2015

POPULAÇÃORECLAMA DA ALTADA TARIFA NAREGIÃO DE GOIÂNIA

LEIA TAMBÉM

A BRIGA POLÍTICAQUE ACABOU COM AINTEGRAÇÃO NA REGIÃODE CURITIBA

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 231 15 de Fevereiro de 2015

Impasse por conta do pagamento de subsídio faz com que metropolitanos deixem de aceitar cartão da URBS

A BRIGA POLÍTICAQUE ACABOU COM AINTEGRAÇÃO NA REGIÃODE CURITIBA

Page 2: Revista InterBuss - Edição 231 - 15/02/2015

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

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O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Página 10

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Empresas deônibus do DFterão que devolverdinheiro ao GDFJustiça considera que pagamentode dívidas de empresas quequebraram é ilegal e dinheirodeverá ser devolvido 08

BRIGA ENTRE PODERES ACABA COM AINTEGRAÇÃO NA REGIÃO DE CURITIBA

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Populaçãoreclama da altada tarifa na regiãode GoiâniaTarifa do transporte público darede metropolitana deGoiânia subirá R$ 0,50 07

Modelo para o mundo está temporariamente paralisado

BRIGA ENTRE PODERES ACABA COM AINTEGRAÇÃO NA REGIÃO DE CURITIBA

Page 5: Revista InterBuss - Edição 231 - 15/02/2015

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 20

Página 10

ANO 5 • Nº 231 • DOMINGO, 15 DE FEVEREIRO DE 2015 • 1ª EDIÇÃO - 16h31 (S)

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

BRIGA ENTRE PODERES ACABA COM AINTEGRAÇÃO NA REGIÃO DE CURITIBA

PÔSTERCaio Apache Vip II 14

Wesley Araújo

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO Caio Millennium em sua primeira geração 26

COLUNISTAS Adamo BazaniSP terá passe livre metropolitano para estudantes 22

| Deu na Imprensa

Artigo: dezregras para umbom motoristade caminhãoVeja dez regras que fazem deum motorista um condutorcada vez melhor paratodos os segmentos 19

| Deu na ImprensaAutoSuecoabre mais umaconcessionáriaem São PauloNova unidade foi aberta nacidade de Barueri com focono pós-vendas 16

TEST-BUS

Modelo para o mundo está temporariamente paralisado

CURITIBA SEM INTEGRAÇÃOModelo para o mundo chega ao fim 10

EDITORIALO absurdo da desintegração de Curitiba 6

BRIGA ENTRE PODERES ACABA COM AINTEGRAÇÃO NA REGIÃO DE CURITIBA

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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REVISTAINTERBUSS Expediente

O transporte coletivo na região metropolitana de Curitiba, tido como um dos mais, senão o mais, organizado e efi-ciente do país, enfrenta um problema no mínimo absurdo em relação à sua integração tarifária. A partir de agora, não será mais possível usar um mesmo cartão para transi-tar entre ônibus das cidades da região met-ropolitana de Curitiba. Tudo aconteceu por conta de divergências políticas. Exatamente isso, políticas, as mesmas que prejudicam a vida do brasileiro a todo momento. Os problemas em relação ao pagamento de sub-sídio do sistema de transporte integrado da região colocaram o governador do estado do Paraná, Beto Richa, e o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, em rota de colisão. O mais curioso de toda essa história é de que até há alguns anos atrás, o sistema integrado era autossuficiente e não necessitava de subsí-dios. Porém, absolutamente do nada, houve o anúncio de que a tarifa passaria a ser sub-sidiada através de um acordo financeiro en-tre a prefeitura de Curitiba e o governo do

Estado, isso ainda em uma época em que os dois poderes eram aliados políticos. Como entraram partidos diferentes nas duas esferas do Executivo, as divergências começaram e até o momento não houve um acordo, obrig-ando aos órgãos responsáveis pelo gerencia-mento do sistema de transporte local a toma-rem as primeiras providências, e uma delas é o fim da aceitação do cartão da URBS no sistema metropolitano. O que ainda mais soa como absurdo é a forma de pagamento que já está sendo aceita nos ônibus metropolitanos: passes de papel. De acordo com a Comec, orgão que cuida dessas linhas, a medida é temporária até que seja implantado um sistema digital, com cartões, etc. Como que o sistema-mod-elo de Curitiba chegou a esse ponto arcaico? É impressionante a incompetência dos políti-cos locais nessa questão. Ninguém toma providência, nenhum dos dois lados cede para que haja o fechamento de um acordo que garanta a integração local. Todos con-tinuam intransigentes enquanto a população

A politicagem que fez adesintegração de Curitiba

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial é prejudicada e limitada a fazer os pagamen-

tos dos metropolitanos em passes de papel ou em dinheiro. Será que já não deveria ha-ver um plano em caso de ocorrências como essa? Agora será necessária a impressão de passe de papel para que seja feito um pali-ativo por incompetência dos políticos eleitos pelo povo? É uma situação lamentável que já se vêm arrastando desde o ano passado, e que resultou em algumas paralisações de motoristas e cobradores de ônibus da região, pois como houve atraso no pagamento do subsídio, os funcionários de algumas das empresas operadoras acabaram ficando sem o salário em dia, colocando muitos pais de família em situação complicada por não terem recebido seus proventos. Neste ano já tivemos uma paralisação e caso não se re-solva esse impasse o quanto antes, é muito provável que deveremos ter outras paralisa-ções, prejudicando ainda mais a população. Vamos aguardar os novos desdobramentos desse assunto e esperamos que medidas se-jam tomadas rapidamente para que a popu-lação não seja ainda mais prejudicada pelas irresponsabilidades dos governos municipal e estadual, até porque no período eleitoral os políticos são os primeiros a pedirem votos para os eleitores, que iludidos com promes-sas, fazem seus votos, mas agora no momen-to de resolver os problemas, nada é feito.

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• G1 GO [email protected]

A S E M A N A R E V I S T ADE 08 A 14 DE FEVEREIRO DE 2015

REVISTAINTERBUSS • 15/02/15 07

Usuários do sistemareclamam da alta de R$ 0,50 na tarifa; Preçoserá um dos mais altosdo país no setor

Tarifa na região de Goiânia sobe e vai a R$ 3,30 amanhã

G1 G

O

Destaque

ALTA • Tarifa do transporte em Goiânia será uma das mais altas do país a partir de amanhã

O reajuste na passagem do trans-porte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia, que passará de R$ 2,80 para R$ 3,30, a partir das 5h da próxima segunda-feira (16), pegou os usuários de surpresa na véspera do carnaval. De acordo com a Companhia Met-ropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), a alta de 17,85% foi definida após um estudo tarifário, aprovado pela Agência Goiana de Regulação (AGR). “Isso é um roubo, uma fa-cada no bolso da gente”, reclama a dona de casa Aparecida Pereira da Silva. A gari Olívia Maria dos Santos afir-mou que o valor atual já era alto. “Nossa, como fiquei surpresa. Antes era caro, imagina agora com R$ 0,50 a mais”, reclamou. A nova tarifa foi ratificada pela Câ-mara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), durante reunião realizada na manhã de sexta-feira (13). De acordo com a CMTC, a medida foi necessária depois que o governo estadual não cumpriu um acordo, firmado em abril do ano passado, para arcar com metade dos custos das passagens gratuitas. O pacto foi feito durante as dis-cussões para o último reajuste, ocorrido no dia 3 de maio do ano passado, quando a tarifa passou de R$ 2,70 para R$ 2,80. Na época, para evitar que a alta fosse ainda maior, o governo do estado anun-ciou um repasse mensal de R$ 4 milhões para cobrir 50% do custo das passagens gratuitas, que são usuários que têm direito a utilizar o transporte público sem pagar, como idosos, portadores de necessidades especiais e estu-dantes. No entanto, segundo a CMTC, o gov-erno não fez os aportes. Outra parte do acordo seria a deson-eração do Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS) do diesel a partir do mês de maio do ano passado. No entan-to, segundo a companhia, o benefício só foi

concedido em dezembro, ou seja, sete meses após o previsto.

Justificativas Por conta do não subsídio das pas-sagens gratuitas, a CMTC diz que teve que “modificar a estrutura de custo fixada original-mente no contrato de concessão”. “Todo ser-viço tem um custo. No ano passado, se a gente não tivesse considerado essa entrada extra de receita, que foi comprometida pelo governo do estado, a tarifa não seria de R$ 2,80, seria um pouco maior. O que estamos fazendo agora é recompor o que não foi feito antes”, justificou a presidente da CMTC, Patrícia Veras. O órgão ressaltou, ainda, que neste ano a operação do transporte coletivo “rece-berá o incremento de mil viagens diárias” e as empresas esperam cumprir a meta de colocar 300 veículos novos em circulação. Procurada, a AGR confirmou, em nota, que recebeu o estudo de aumento da tarifa feito pela CMTC. O órgão resaltou que “compete soberanamente à Câmara Delibera-tiva de Transportes Coletivos estabelecer a política pública de regência da Rede Metro-politana de Transportes Coletivos, sendo, ai-nda, de sua competência exclusiva, tendo por base estudos e projetos técnicos elaborados pela CMTC”. Além disso, a AGR destacou que “foi apresentado incremento de oferta de ser-viços aumentando em mais de mil viagens, a majoração da parcela do poder concedente de 1% para 2%, além do reequilíbrio econômi-

co-financeiro em razão das gratuidades dos serviços públicos de transporte coletivo”. A promotora Leila Maria Lopes, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que acompanha os reajustes do transporte cole-tivo na capital, considerou a alta “abusiva”. “Um aumento de R$ 0,20 ainda é uma coisa que pode ser absorvida. Mas R$ 0,50 é muito na renda de um trabalhador, que não teve o salário mínimo tão aumentado assim”, disse.Leila garantiu que, logo após o feriado de carnaval, vai questionar a CMTC e a AGR sobre o aumento. Ela ainda ressaltou que a informação sobre o reajuste não poderia ter sido divulgada sem um prazo mínimo de 15 dias. “Eu vou entrar com um pedido de sus-pensão, para que as pessoas tomem conhe-cimento, pois não tem como fazer o anúncio em uma sexta-feira para valer já na próxima segunda”, explicou.

Protestos No ano passado, após o reajuste de R$ 0,10 na tarifa dos ônibus, uma série de protestos foram realizados em Goiânia. Em um deles, no dia 8 de maio, manifestantes reclamaram do aumento e das más condições do transporte. Revoltados, atearam fogo a um veículo coletivo. Na ocasião, um grupo de cerca de 30 pessoas encapuzadas abordaram o veícu-lo, obrigaram o motorista e os passageiros a descerem, e incendiaram o ônibus. A Polícia Militar foi acionada e dispersou o grupo. Nin-guém foi preso.

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Viações do DF terão quedevolver dinheiro ao governo

A S E M A N A R E V I S T A

PARALISAÇÃO • Ônibus do Grupo Amaral, sob intervenção, e greve em dezembro de 2014

• G1 DF@terra. com.br

15/02/15 • REVISTAINTERBUSS08

Distrito Federal

O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal julgou inconsti-tucional a lei que autorizava o GDF a pagar dívidas trabalhistas de empresas rodoviárias que operavam o sistema antes da licitação do transporte público. A decisão foi tomada em novembro do ano passado. Cabe recurso. Quando propôs a lei, o GDF estimava repas-sar até R$ 120 milhões às empresas. A sentença tem efeito retroativo, o que significa que pelo menos seis empresas que receberam repasses do Executivo (Pio-neira, São José, Riacho Grande, Planeta, Ci-dade Brasília e Satélite) terão que devolver os valores recebidos. Ao G1, a assessoria de cinco empresas informou que não foi notifi-cada da decisão, mas que irá recorrer. A as-sessoria não divulgou o valor da dívida. O G1 não conseguiu contato com a empresa Riacho Grande. Em nota, a Secretaria de Mobilidade informou ao G1 que está apurando ações e valores envolvidos durante a vigência da lei até ela ser considerada inconstitucional. A pasta afirmou que irá se manifestar somente após realizar levantamento “com dados rela-tivos a pagamentos, e a quem foram feitos, das dívidas trabalhistas com as empresas de ônibus do DF”. Em informações prestadas ao cole-giado, a mesa diretora da Câmara Legislativa do DF defendeu na época do julgamento a legalidade da norma. A Câmara afirmou que o Executivo já teria quitado toda a dívida trabalhista dos rodoviários, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público do Trabalho da 10ª Região. Em 22 de outubro de 2013, deputa-dos distritais aprovaram a lei 5.209/13, que permitia ao GDF pagar a despesa de R$ 120 milhões de rescisão de contrato de cobrador-es e motoristas das empresas de ônibus que estavam deixando o sistema depois que cinco empresas venceram licitação para operar na capital. Na ocasião, foi aprovada ainda a ab-ertura de crédito suplementar ao orçamento do DF no valor de R$ 54 milhões para o paga-mento da primeira parcela de indenização aos trabalhadores. O acerto previa 13º proporcio-nal, período de férias vencidas, férias propor-

cionais e a multa sobre o FGTS. Em novembro do mesmo ano, a Procuradoria-geral de Justiça do Distrito Federal entrou com uma ação direta de in-constitucionalidade (ADI), com pedido de liminar, contra a lei distrital. Um mês depois, em dezembro de 2013, o conselho concedeu liminar suspendendo os efeitos da lei, que foi questionada em duas ADIs ajuizadas pelo MP e pela Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal.

Intervenção Duas empresas que operavam no sistema de transporte coletivo antes da licita-

ção feita pelo GDF – Viação Amaral e Viplan – não devem precisar reembolsar o Executivo com o valor das rescisões. As duas empresas sofreram intervenção – a operação das com-panhias foi assumida pela TCB, empresa do GDF. Nas duas empresas, o GDF che-gou a injetar R$ 70 milhões. No caso do Grupo Viplan, o governo pagou cerca de R$ 15 milhões a aproximadamente 3 mil rodoviários da empresa. Para o Grupo Amaral, o gasto foi de cerca de R$ 55 mil-hões com a assunção (nome técnico para intervenção) de três empresas de transporte coletivo do grupo.

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REVISTAINTERBUSS • 15/02/15 09

Minas Gerais

Imagine uma balada dentro de um ônibus. Sucesso em várias cidades no Brasil e no mundo, como São Paulo, Rio de Janeiro e Nova Iorque, a união entre festa e passeio pela cidade foi a inspiração do empresário Felippe Augusto, de 21 anos, para criar um ônibus especial, que está chamando a atenção por onde passa em Belo Horizonte. O Boate Bus, como é conhecido, possui toda a estru-tura de uma casa de shows, com a vantagem de oferecer um verdadeiro “city tour”. As festas realizadas no ônibus vão desde aniversários infantis a despedidas de solteiro. Segundo o empresário, a ideia de cri-ar a “balada sobre rodas” em Belo Horizonte surgiu de experiências anteriores, em que trabalhou com transporte de pessoas para ro-deios e micaretas. “Minha família possui uma empresa de transportes e eu fazia o traslado para micaretas e outras festas. Como as pes-soas começavam a festa durante a viagem, resolvi unir as duas coisas”, lembra Felippe Augusto. O empresário conta que o projeto começou em janeiro de 2014, e foram dez meses até que o simples ônibus se transfor-masse em um verdadeiro espaço de even-tos. O processo de transformação envolveu

desde a montagem dos equipamentos até a regularização do veículo junto ao Detran. “Foi um processo complicado por que, além da estrutura, foi necessário conseguir alguns laudos para garantir a segurança dos ocu-pantes do ônibus, inclusive do Inmetro”, ex-plica.

Balada dentro de ônibus vira sensação em grandes cidades• Uai@terra. com.br

Com capacidade para 42 passage-iros, o Boate Bus promove aproximadamente 12 eventos por mês. Na contratação do ser-viço, o cliente pode escolher o tempo da festa, o trajeto a ser percorrido e os pontos de para-da para fotos, além de serviços extras, como buffet personalizado e DJ.

DIVERSÃO • Ônibus pode acompanhar serviços extras de buffer personalizado e de DJ

Dois ônibus quebram por dia em Manaus• D24AM@terra. com.br Em média, dois ônibus apresentam pane nas ruas de Manaus, por dia, segundo le-vantamento realizado pela equipe de reporta-gem do DEZ MINUTOS no Twitter do Insti-tuto Municipal de Fiscalização e Engenharia do Trânsito (Manaustrans), onde ficaram reg-istradas 732 ocorrências, no ano passado. O Sindicato das Empresas de Trans-porte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que o número pode ser maior que o registrado, pois, segundo a asses-soria de comunicação do sindicato, as infor-mações são de exclusividade das empresas e não são repassadas aos órgãos. Somente na tarde do último dia 10, a equipe de reportagem constatou que três ônibus estavam parados, em virtude de uma pane, no Terminal 3 (T3), na Cidade Nova,

zona norte de Manaus. “É uma vergonha. Moro no bairro Zumbi, na zona leste de Manaus. Todos os dias, pego três coletivos. De vez em quando, o ônibus não aguenta de tanta gente e ‘prega’”, afirmou o eletri-cista João César Timbiras, 28, ressaltando a dificuldade de pegar outro veículo quando há pane mecânica. “Hoje, vivemos em um siste-ma desorganizado e defasado. O mais engra-çado é que ninguém faz nada há tanto tempo que já até perdi as esperanças de melhora”, desabafou. Trabalhando no ramo de transporte há quase uma década, a motorista Elizabeth de Oliveira, 30, estima que a pane de um só ônibus pode prejudicar cerca de mil passage-iros. “Um ônibus pode levar até 500 passage-iros por turno. A minha linha, por exemplo, possui oito coletivos. Se um quebra por dia, mais de mil passageiros podem ser prejudi-

cados. Mesmo sendo realocadas para outros coletivos, há pessoas que perdem compro-missos e outras responsabilidades”, avaliou. A motorista explicou que os ônibus operam em dois turnos, de sete horas cada um, com uma hora para intervalo. “Algumas linhas realizam de três a cinco viagens por turno. No trajeto que eu opero, levo, em mé-dia, uma hora e meia para realizar a viagem completa. Em horários de pico, são quase duas horas de viagem”, explicou. Elizabeth destacou, ainda, a super-lotação nos veículos, que chegam a compor-tar cem passageiros nos horários de maior movimentação. “Na legislação, alguns co-letivos têm capacidade para 32 passageiros sentados e até 30 em pé. Porém, nos horários com maior fluxo de pessoas, o ônibus pode chegar a comportar mais de cem passageiros. A minha responsabilidade fica dobrada”.

Amazonas

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15/02/15 • REVISTAINTERBUSS10

ÔNIBUS DA REGIÃO METROPOLITANA • Impasse entre estado do Paraná e prefeitura de Curitiba faz com que gestão de tarifa seja separada. Passageiros de 13 cidades vizinhas à capital e que formam a RIT terão de possuir dois vales diferentes. As transferênciasgratuitas entre ônibus metropolitanos e municipais urbanos continuam. Foto: Fernando Trilha Júnior.

IMPASSE POLÍTICO ACABACOM INTEGRAÇÃO EM CURITIBA• Adamo Bazani@terra. com.br

Sistema integrado da região metropolitana de Curitiba será desmontado, aomenos temporariamente, por conta de impasse no pagamento de subsídios

C U R I T I B A S E M I N T E G R A Ç Ã O

Os desentendimentos políticos entre o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba em relação aos subsídios para a integração entre as linhas metropolitanas de 13 cidades e as municipais da capital paranaense fizeram com que a gestão das tarifas de ônibus, que antes era de responsabilidade da empresa mu-nicipal Urbs (Urbanização de Curitiba S.A.), fosse separada. Por causa disso, o pagamento das passagens nos ônibus metropolitanos integra-dos será diferente em relação aos ônibus mu-nicipais de Curitiba. Essa era uma das princi-pais características da RIT – Rede Integrada de Transporte. O Cartão-Transporte da Urbs, que antes era aceito em todos os ônibus da RIT, a partir deste sábado, dia 14 de fevereiro de 2015, não deveria mais valer nos ônibus met-ropolitanos integrados, porém uma ação do Ministério Público conseguiu uma prorroga-ção (leia mais adiante). Ele continua sendo aceito apenas nos ônibus urbanos municipais. Os passageiros da região metropol-itana devem pagar a tarifa de R$ 3,30 com dinheiro ou com um passe de papel, que é comercializado na sede da Metrocard - Rua Benjamin Constant, 148, no centro de Curi-tiba. O vale de papel também pode ser com-prado em um dos terminais metropolitanos. A Metrocard é a empresa que ger-encia a venda dos cartões metropolitanos das linhas não integradas, pertencente às com-panhias de ônibus. Mas agora, passa a ser responsável pela comercialização de toda a bilhetagem eletrônica das linhas metropolitanas, sejam integradas ou não. Segundo a Comec – Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, órgão do governo do estado do Paraná, a integração en-tre as linhas continua, mas o passageiro terá de portar dos bilhetes, dependendo em qual ônibus for realizado o embarque. Por exemplo, na ida, a partir de um

dos 13 municípios que formam a RIT com destino a Curitiba, o passageiro tem de pagar com o Vale-Transporte Metropolitano, no caso de linha integrada. Em um dos terminais do sistema, ele pode continuar a viagem num ônibus municipal sem pagar nova tarifa. Na volta, de Curitiba para uma de-stas cidades, o mesmo passageiro que pegar um ônibus municipal deve pagar com o Cartão-Transporte da Urbs e no terminal em-barcar gratuitamente em qualquer linha met-

ropolitana integrada. As cidades que formam a RIT são: Almirante Tamandaré, Pinhais, São José dos Pinhais, Araucária, Contenda, Colombo, Campo Magro, Campo Largo, Bocaiúva do Sul, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Piraquara e Fazenda Rio Grande. Ainda de acordo com a Comec, o vale de papel é uma solução temporária até a implantação de um sistema de bilhetagem eletrônica com cartão somente para as linhas

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REVISTAINTERBUSS • 15/02/15 11

ÔNIBUS DA REGIÃO METROPOLITANA • Impasse entre estado do Paraná e prefeitura de Curitiba faz com que gestão de tarifa seja separada. Passageiros de 13 cidades vizinhas à capital e que formam a RIT terão de possuir dois vales diferentes. As transferênciasgratuitas entre ônibus metropolitanos e municipais urbanos continuam. Foto: Fernando Trilha Júnior.

IMPASSE POLÍTICO ACABACOM INTEGRAÇÃO EM CURITIBASistema integrado da região metropolitana de Curitiba será desmontado, aomenos temporariamente, por conta de impasse no pagamento de subsídios

metropolitanas. Esta bilhetagem será operada pelas empresas de ônibus e pela Metrocard. O gerenciamento dos recursos é de responsabi-lidade da Comec. Em nota, o presidente da Coorde-nação da Região metropolitana de Curitiba (Comec), Omar Akel, responsabiliza a prefei-tura da capital pela “desintegração” na gestão das tarifas. “A mudança exigirá um período de adaptação, mas temos que adotar esse novo

modelo por conta da decisão de Curitiba, de acabar com a integração financeira ... Esta-mos adotando essas medidas com um obje-tivo maior, que é o de manter a integração e o valor da passagem”, disse Akel na nota. A prefeitura de Curitiba, até a con-clusão desta reportagem, não havia se mani-festado sobre o a bilhetagem, mas alfinetou a Comec em relação à redução do trajeto de algumas linhas de ônibus metropolitanas. “Para garantir que passageiros da Região Metropolitana continuem a contar com integração do transporte – o que significa chegar ao destino final sem pagar nova passa-gem –, a Urbs vai promover no próximo sába-do (14) alterações na operação de ligeirinhos que atendem usuários de Araucária, Campo Largo, Colombo e São José. As mudanças são necessárias em função da decisão da Comec de reduzir a extensão das linhas metropoli-tanas integradas desses quatro municípios e estão sendo informadas aos usuários por meio de cartazes e mensagens nos painéis eletrônicos nos terminais, estações e ônibus de Curitiba. As quatro linhas metropolitanas que passarão a fazer trajetos mais curtos a partir de sábado (14) atendem, por dia, 82 mil passageiros. O mais carregado deles é o Colombo/CIC que transporta por dia 35,8 mil passageiros e tem um trajeto, ida e volta, de 43,2 quilômetros. A segunda linha mais car-regada é a Curitiba/Araucária, que atende 19,9 mil passageiros por dia, com um trajeto total de 54,9 quilômetros. O Barreirinha/São José transporta por dia 17,5 mil passageiros e faz um trajeto total de 43,1 quilômetros. O Campo Largo/Curitiba atende 8,1 mil pas-sageiros com um trajeto de 54,7 quilômetros. A decisão da Comec representa, na prática, um corte na oferta do transporte metropoli-tano integrado, com a redução do trajeto. A linha São José/Boqueirão terá uma extensão de 7,2 quilômetros, enquanto a linha Barreir-inha/São José tem 43,2 quilômetros. O tra-jeto da Araucária/Capão Raso será reduzido de 54,9 para 39,5 quilômetros. A Colombo/Cabral fará um trajeto de 18 quilômetros, en-quanto a Colombo/CIC faz 53,2 quilômetros. A linha Campo Largo/Curitiba será reduzida de 54,7 para 49,8 quilômetros.” – diz a Urbs em nota. POLITICAGEM: Esta é a causa para a continuação do uso de um bilhete ap-enas na RIT, como ocorria até agora. As empresas de ônibus não são re-sponsáveis por estas mudanças e os passage-iros perdem a praticidade de ter apenas um cartão para todas as linhas integradas. A solução de dois vales, segundo a Comec, é para garantir as integrações gratui-tas. Enquanto o governador do Paraná,

Beto Richa, e o prefeito, Luciano Ducci, ambos do mesmo partido, PSDB, estavam concomitantemente no poder, não havia dis-cussões apesar de já existirem distorções quanto ao financiamento do sistema, princi-palmente das integrações entre metropolita-nas e municipais. Foi só Gustavo Fruet, do PDT, opositor político de Beto Richa, ganhar as eleições, que as rusgas entre estado e mu-nicípio começaram. Não somente na área de transportes, mas o setor de mobilidade foi um dos principais panos de fundo. Pesquisa de origem e destino enco-mendada pelo governo do Paraná, com con-cordância da prefeitura, realizada pela Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP, Universidade de São Paulo, revelou que a demanda dos passageiros das linhas metropolitanas era de 31% e os custos de op-eração, de 27,82%. Portanto, somente estas linhas, sem as integrações com as urbanas municipais, não eram deficitárias como ale-gava a Urbs, da prefeitura. Na prática, como todo o dinheiro era centralizado no órgão municipal, mesmo os recursos sendo estaduais, não eram usados apenas para as metropolitanas e acabavam sendo destinado às urbanas municipais. Enquanto governo e prefeitura eram do mesmo partido, a distorção passava. Agora com a rivalidade política, o governo quis corrigir o erro. A prefeitura não aceitou e anunciou a separação do sistema municipal da RIT do ponto de vista financeiro. Duas propostas da Comec de redução de subsídios foram rejeitadas pela Urbs.

COMO VAI FUNCIONAR OSISTEMA DE DOIS TIPOSDE VALE-TRANSPORTE NA RIT? A Comec distribuiu um folheto com perguntas e respostas para tentar responder as principais dúvidas dos passageiros sobre a necessidade de portar dois vales diferentes. O conteúdo é o seguinte:“Em virtude do processo de separação da TARIFA Metropolitana e Urbana de Curitiba, o Vale Transporte será diferente para os dois sistemas a partir do dia 14/02/2015 (sábado) - - A integração metropolitana irá acabar?Não.- Haverá mudanças nas Linhas Metropolita-nas Integradas?Sim. Algumas linhas terão trajetos modifi-cados, o que será informado pela COMEC e pelas empresas que operam as linhas. Qual tipo de Vale Transporte será aceito nas linhas metropolitanas integradas?Temporariamente será necessária a utilização

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HISTÓRICO • Sistema integrado da grande Curitiba tem décadas e sempre foi um grande sucesso. Na foto de Fábio Dardes, datada de 1981, um ônibus do sistema integrado da região

C U R I T I B A S E M I N T E G R A Ç Ã Ode um Vale Transporte de Papel até a im-plantação de uma bilhetagem eletrônica mais moderna.- Utilizo o transporte metropolitano integra-do. Como devo proceder no pagamento da passagem?Nos ônibus, tubos e terminais INTEGRA-DOS identificados com “M“ serão aceitos so-mente o Vale Transporte de Papel e dinheiro. Em São José dos Pinhais poderá ser aceito cartão transporte VEM- Como e onde eu consigo o Vale Transporte de Papel?O Vale Transporte de Papel poderá ser ad-quirido na Metrocard (Rua Benjamin Con-stant, 148 – Centro-Curitiba) ou então nos terminais metropolitanos.O Cartão Transporte da URBS (Linhas Urba-nas) será aceito nos ônibus, tubos e terminais metropolitanos integrados?Não. Assim como o Vale Transporte de Papel não será aceito nos ônibus, tubos e terminais urbanas integradas.O Vale Transporte de Papel terá validade?Sim. Em função de ser uma solução tem-porária, apenas para mudança do sistema de bilhetagem eletrônica atual, o prazo de vali-dade estará impresso em cada Vale Trans-porte de Papel.Haverá mudanças nas Linhas Metropolitanas Não Integradas?Não.” Na página do Facebook (https://www.facebook.com/pages/Cartaometrocard/1043884805625175?fref=nf) , a Metrocard diz como as empresas empregadoras que compraram créditos que para os funcionários que moram na região metropolitana devem proceder com a mudança:As empresas que fornecem Vale Transporte para seus funcionários podem efetuar a com-prar junto a Metrocard e pedir que seus fun-cionários façam a retirada fracionada na Me-trocard?Não. Os lotes de Vale Transporte Temporário de Papel devem ser adquiridos na Metrocard e devem ser retirados de uma vez só vez.E meus créditos do Cartão Transporte (URBS) o que faço com eles?Os créditos do Cartão Transporte (URBS) po-dem ser utilizados nos ônibus, tubos e termi-nais URBANOS de Curitiba.Posso trocar meus créditos do Cartão Trans-porte (URBS) por Vale Transporte Tem-porário de Papel?Não.Posso recuperar meu saldo de créditos do Cartão Transporte (URBS) por dinheiro?Procure informações junto a URBS ou ligue 156;Por que está havendo esta mudança?Em função da mudança de gestão da Rede In-tegrada de Transporte Metropolitana.

A partir de agora a Bilhetagem das Linhas Metropolitanas INTEGRADA será sempre desta forma?Não. Trata-se de uma solução temporária para transição dos sistemas de bilhetagem.Após o período de transição poderei trocar o Vale Transporte Temporário de Papel por dinheiro?Não. Haverá um prazo para que todos os Vales Temporários de Papel sejam utiliza-dos.”

READEQUAÇÃO DAS LINHAS Em nota, a Urbs informa como serão as alterações das linhas e como o passageiro deve proceder. “Ligeirinho Colombo/CIC – por de-cisão da Comec, a partir de sábado vai termi-nar no Terminal Cabral. Para que o usuário que embarcou em Colombo consiga chegar ao mesmo destino na CIC, passando pelo mesmo trajeto, a Urbs vai colocar em opera-ção a linha CIC/Cabral, a partir do Terminal Cabral. Ligeirinho Barreirinha/São José – da mesma forma, para atender os passageiros que se deslocam no trajeto entre a Barreirinha e o município de São José dos Pinhais, a Urbs vai implantar o Ligeirinho Barreirinha/Gua-dalupe, que faz parada nas estações tubo Pre-feitura, Comendador Fontana e Círculo Mili-tar, onde é possível pegar o ônibus Boqueirão Centro Cívico e, no terminal Boqueirão, fazer a integração para São José. Esta alteração também foi necessária para garantir o deslocamento, com integração, dos usuários da linha metropolitana Barreir-inha/São José que, segundo anunciado pela Comec, também fará um trajeto bem menor a partir do próximo sábado, fazendo a ligação apenas de São José ao Terminal Boqueirão. Ligeirinho Araucária/Curitiba – esta linha também será encurtada pela Comec. Deixará de vir até o centro de Curitiba para terminar no Terminal Capão Raso. Com isso será de-sativada a estação Rui Barbosa, na Desem-bargador Westphalen, quase esquina com Visconde de Guarapuava. Em função da mu-dança feita pela Comec, o ligeirinho Curitiba/Araucária não vai mais parar na estação tubo Vila Guaira. Ligeirinho Campo Largo/Curitiba – também o teve a extensão da linha reduzida pela Comec, passando a ter ponto final no Terminal Campina do Siqueira e não mais na estação Hospital Militar, na rua Vicente Machado. Como este era o único ônibus que parava nessa estação, ela será desativada.” Outras alterações de trajetos de linhas devem ser realizadas nas próximas se-manas.

INTEGRAÇÃO FOI UMA

DAS MARCAS NO SISTEMA Apesar de a integração continuar, com o passageiro pagando uma tarifa mesmo usando mais de um ônibus, seja metropoli-tano integrado ou municipal urbano de Cu-ritiba, a existência de um cartão para todo sistema era uma das marcas da RIT - Rede Integrada de Transporte. Desde os anos de 1980, o sistema era integrado fisicamente, com a Urbs gerencian-do o sistema de transportes de Curitiba já em 1986. As integrações tarifárias foram implan-tadas aos poucos: 05/04/1996 - Almirante Ta-mandaré; 11/05/1996 – Pinhais; 17/07/1996 - São José dos Pinhais; 20/07/1996: Ar-aucária, 20/07/1996 – Contenda; 21/09/1996 -Colombo; 06/03/1997 - Campo Magro; 12/04/1997 -Campo Largo; 01/07/1997 - Bo-caiúva do Sul; 19/04/1998 - Rio Branco do Sul; 19/04/1998 – Itaperuçu, 01/07/1999 – Piraquara, 02/09/2000: -Fazenda Rio Grande.Era um cartão só para todas estas cidades e essa foi uma das principais características por décadas do sistema de Curitiba e região metropolitana: andar por 14 municípios com

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HISTÓRICO • Sistema integrado da grande Curitiba tem décadas e sempre foi um grande sucesso. Na foto de Fábio Dardes, datada de 1981, um ônibus do sistema integrado da região

o mesmo valor, de forma integrada. Isso gan-hou até mais destaque que os corredores de ônibus e as estações-tubo.

CRÉDITOS VÁLIDOS POR SEIS MESES Os créditos do Cartão-Transporte da Urbs adquiridos até o dia 06 de fevereiro de 2015, quando houve o reajuste nas tarifas, serão aceitos pelos ônibus metropolitanos integrados por mais seis meses. As próximas compras, no entanto, para as linhas inte-gradas da região metropolitana, não podem mais ser pelo Cartão Transporte da Urbs. Diante dos possíveis transtornos ocasionados aos passageiros pela separa-ção da gestão da tarifa metropolitana inte-grada da tarifa municipal urbana de Curitiba que fazem parte da RIT – Rede Integrada de Transporte, o Ministério Público do Es-tado do Paraná, pela Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo e Promotoria de Justiça e Defesa do Consumidor, convocou uma reunião urgente entre a Urbs – Urban-ização de Curitiba S.A., empresa da pre-feitura da capital paranaense, e a Comec

–Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, do governo do estado. A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira após um acordo entre os órgãos. A Comec e a Metrocard, empresa de bilhetagem da região metropolitana perten-cente às companhias de ônibus, anunciaram nesta semana que a partir de sábado, os ôni-bus metropolitanos integrados só aceitariam como pagamento dinheiro vivo ou um passe de papel transitório até a implantação de um novo sistema de bilhete metropolitano, que contemple as linhas integradas da RIT. O passe de papel continua sendo co-mercializado na sede da Metrocard, que fica à Rua Benjamin Constant, 148, no centro de Curitiba, e nos terminais metropolitanos. Mas com o prolongamento da pos-sibilidade do uso do Cartão-Transporte Urbs nas linhas metropolitanas, não é mais ne-cessário correr para adquirir os passes de pa-pel e haverá mais tempo para os passageiros se adaptarem. Em nota, o promotor e Justiça de Defesa do Consumidor, Maximiliano Ri-

beiro, diz que o acordo garante “os direi-tos dos consumidores que adquiriram ante-cipadamente as passagens, confiando que poderiam utilizá-las em todo o sistema, um princípio constitucional”. Os créditos do Cartão-Transporte Urbs adquiridos após 06 de fevereiro, no en-tanto, não serão aceitos nos ônibus metropol-itanos integrados, sendo necessário o paga-mento em dinheiro ou com o vale de papel. O passageiro terá de possuir dois ti-pos de vale se tem créditos comprados a par-tir do dia 06. Para ir de uma das cidades da RIT até Curitiba, em um ônibus metropoli-tano integrado, paga com um passe (tran-sitório) ou cartão eletrônico (futuramente) da Comec/Metrocard. Em um terminal, ele pode continuar pegando gratuitamente um ônibus municipal de Curitiba para continuar o trajeto. Da capital para uma das cidades da RIT, este mesmo passageiro deve pagar a tarifa do ônibus municipal com o Cartão-Transporte da Urbs e no terminal embarca gratuitamente num ônibus metropolitano in-tegrado.

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REVISTAINTERBUSSWESLEY ARAUJOCONSÓRCIO TRANSBUS • CURITIBA/PR

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AutoSueco foca no pós- vendas contra variações Com objetivo de expandir a sua cobertura no Estado de São Paulo, a Auto Sueco, rede exclusiva de caminhões e ôni-bus da Volvo da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Região de Campinas e Baixada San-tista, inaugurou a sua mais uma unidade: a sede de Barueri. Instalada no km 22 da Rodovia Cas-telo Branco, no sentido do interior, a conces-sionária conta com 25.000m² de área total, que incluem 33 boxes para manutenção, sendo 9 para serviços rápidos, 18 boxes para reparação mecânica e 6 Boxes PIT STOPs, exclusivos para troca de óleo. Mercado complicado – Com a mu-dança nas regras do financiamento via Fina-me PSI, as concessionárias poderão enfrentar um período de redução no volume das vendas. “Realmente, as regras do Finame PSI muda-ram. Porém, o cliente ainda poderá financiar até 90% do valor do veículo, mas com taxas mais altas, o que poderá impactar o mercado nesse começo”, avalia Fernando Ferreira, di-retor Executivo da Auto Sueco São Paulo. “A mudança das condições do Fina-me era uma necessidade do governo federal, pois estava praticamente insustentável mant-er as condições que vinham sendo praticadas. As taxas eram quase ‘negativas’ e, portanto, alguma alteração já era esperada”, analisa Ferreira. Uma forma de combater as adver-sidades do mercado e manter a operação da sua rede de concessionárias ainda rentável é através dos serviços de pós-vendas. “O pós-vendas é uma área fundamental e que pode compensar parte da queda das vendas. Por

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

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isso, vale apena inaugurar essa nova conces-sionária em Barueri”, afirma o executivo. Segundo Ferreira, até o final do ano, quando a nova concessionária estiver em “ve-locidade cruzeiro”, a área de pós-vendas desta unidade representará de 15% a 20% do fatura-mento de todo o pós-vendas das nove casas do grupo. “Procuramos eixos em que não estamos presentes e com grande fluxo de caminhões Volvo. No caso, a região da rodovia Castelo Branco era o único grande eixo em que não estávamos presentes”, comenta Ferreira. A unidade será equipada com eq-uipamentos modernos de diagnósticos para dinamizar os diversos tipos de atendimentos. Além da venda de veículos novos e semino-vos, pneus e peças, a unidade estará integrada a uma rede de pós-venda forte e eficiente em serviços de mecânica, mecatrônica, reforma e

na negociação de planos de manutenção. Nova sede – Conforme revelado em novembro do ano passado, a Auto Sueco São Paulo deverá inaugurar na segunda quinzena de março a sua nova sede, instalada em um terreno de mais de 22.000 m² de área total, sendo cerca de 6.300 m² de área construída e mais de 10.000 m² de pátio, situada na região de Jaraguá, na capital paulista. Seu acesso será feito pela rodovia Anhanguera no sentido interior. Ferreira ainda informa que as novas instalações foram planejadas para aumentar a capacidade das oficinas, bem como pro-porcionar a satisfação com os atendimentos das equipes de vendas e pós-vendas da em-presa. Dessa forma, a unidade contará com 26 boxes de trabalho e outros 06 boxes para PIT STOP´s exclusivos para troca de óleo.

• Do Site da Transpo [email protected]

Lion Air compra Airbus com Rolls-RoyceTranspo Online

A Lion Air, companhia aérea da Indonésia, adquiriu três aeronaves Airbus A330ceo equipadas com o propulsor Trent 700, da Rolls-Royce, em uma negociação estimada em R$ 382,2 milhões. “Ficamos impressionados com o histórico de desem-

penho do Trent 700, e depois de uma aval-iação completa das nossas opções, o motor foi a escolha natural para essa importante expansão de frota”, disse Rusdi Kirana, di-retor executivo do Grupo Lion. “Estamos muito felizes em dar as boas-vindas à Lion Air, uma companhia aérea em rápido crescimento que atende a

um mercado dinâmico, à família Trent dos operadores. Essa é mais uma demonstração da continuidade da demanda do mercado, tanto pelo A330ceo quanto pelo Trent 700, que oferece uma economia excepcional para os operadores”, afirmou Francisco Itzaina, presidente da Rolls-Royce para América do Sul.

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Caio Induscar participa defeira nos Estados Unidos Em janeiro, a encarroçadora Caio In-duscar participou da feira UMA Show (Unit-ed Motorcoach Association / Associação dos Operadores de Ônibus), em Nova Orleans, Estados Unidos. O evento é a maior feira do setor de ônibus de turismo e rodoviário daquele país. Em seu estande, a Caio expôs os no-vos rodoviários Giro 3600 II (S 3645), Solar 3400 (S 3436), e uma unidade do Giro 3600, todos montados sobre chassis Freightliner, montadora estadunidense do grupo Daimler. Os três modelos recebem itens como Sistema Elétrico e porta USB em cada dupla de poltronas, toalete, ar condicionado, pré-aquecedor e calefação completa, vidros especiais com saída de emergência, assen-tos com cinto retrátil de 3 pontos e demais acessórios de segurança, requeridos pelas autoridades. Participaram do evento os seguintes profissionais: Maurício Cunha (diretor In-dustrial); Simonetta Pucciarini da Cunha

Transpo Online

(diretora de Marketing); Antonio Robinson Volante (gerente Geral Industrial); Luis Ri-cardo Mori (gerente de Logística, Fabricação e Infraestrutura); Rafael Bressiani (Design);

Sr. Klaus Von Winckler (responsável pela Exportação, nos EUA); e a ABG (Alliance Bus Group), detentora de 13 pontos de distri-buição da Caio nos Estados Unidos.

• Do Site da Transpo [email protected] Os 80 ônibus da chinesa Golden Drag-on, entregues a um cliente de Israel na semana passada, foram equipados com o propulsor Cur-sor 9 Euro VI da FPT Industrial. O fornecimento dos motores marca o começo de uma parceria de longo prazo entre chineses e italianos. Para se ter uma noção do tamanho da Golden Dragon, trata-se da maior fabricante de ônibus da China, tendo uma produção an-ual de 23.000 ônibus médios e pesados, além d e 20.000 ônibus leves. A empresa dispõe de 530 pontos de atendimento na China e mais de 80 centros de atendimento pelo mundo. O motor Cursor 9 de 8,7 litros, com a avançada geração Euro VI, entrega potências entre 228 kW (310 cv) e 265 kW (360 cv),

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possui o sistema Common Rail de última ge-ração, que oferece maior flexibilidade na in-jeção de combustível, melhorando o consumo de combustível. O propulsor adota o exclusi-vo sistema SCR de alta eficiência (HI-eSCR), que reduz os níveis de NOx em mais de 95% por meio da redução catalítica seletiva, sem

a necessidade de recirculação de gases de es-cape (EGR), enquanto a matéria particulada é reduzida por meio de um filtro de partículas de diesel. A combinação do sistema HI-eSCR com o Cursor 9 traz um excelente consumo de combustível e intervalos de manutenção de destaque no mercado.

Golden Dragon exporta 80 ônibus Euro VI para Israel

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• Do Site da Transpo [email protected]

Santos F.C. vai percorrer o país em caminhão de reality Um novo Reality Show deverá ser a principal sensação da televisão brasileira a partir de abril deste ano. Isso, porque o San-tos Futebol Clube terá um caminhão que irá percorrer diversas cidades brasileiras em bus-ca de um novo “Menino da Vila”. A imple-mentadora Truckvan, também especializada em unidades móveis, é a primeira grande parceira do SFC neste ousado projeto que irá trabalhar com o sonho de milhões de jovens brasileiros: o de virar jogador de futebol em um dos times de futebol mais reconhecidos do planeta. A carreta, fornecida pela Truckvan, transportará parte da história do Peixe, sendo um Memorial das Conquistas itinerante, além de ser parte da estrutura do novo Reality Show. A estreia do programa coincide com o mês de aniversário de 103 anos do Santos FC.

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MAN com dimensionamento elétricoTranspo Online

A MAN Latin America tornou-se a primeira montadora do continente a pro-mover o dimensionamento elétrico completo de um caminhão em fase de testes, sendo que o primeiro modelo avaliado foi VW Delivery 8.160. A avaliação aconteceu em laboratório especializado do fornecedor Delphi, em Jam-beiro (SP), com acompanhamento da área de Engenharia e Qualidade Assegurada da MAN Latin America. Dessa forma, a montadora espera antecipar possíveis problemas elétricos ainda em fase de desenvolvimento, com uma rica coleta de dados, assegurar a proteção de to-dos os circuitos e realizar testes investigativos para análises de melhorias. A iniciativa tam-bém poderá gerar uma redução de até 10% nos custos de material para futuros projetos, nesta primeira fase. “Foram dois anos de estudos que nos possibilitaram readequar sistemas e desen-volver novas diretrizes, agregando valor ao produto. A iniciativa nos posiciona de forma positiva frente a um mercado com demandas crescentes de atualizações e inovações téc-nicas. O próximo passo é atender às demais

famílias de veículos Volkswagen e MAN”, destaca Gastão Rachou, vice-presidente de Engenharia, Estratégia do Produto e Gerencia-mento de Portfólio da MAN Latin America. Como é feito – O teste é realizado de maneira estática e engloba todo o sistema elétrico do veículo, que abrange mais de mil pontos de medição entre as áreas interna (cab-

ine) e externa do caminhão. As condições são fundamentadas nas relações de demanda ver-sus capacidade, que permitem identificar ocio-sidades tanto na utilização de energia, quanto em materiais da arquitetura elétrica do veículo, e simular curtos-circuitos em todos os pontos para avaliar o grau de proteção e segurança do chassi

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Cada vez mais as empresas de trans-porte são obrigadas a oferecerem, além dos ser-viços tradicionais, serviços diferenciados e que agreguem valores aos seus clientes. Um ponto fundamental em qualquer transportadora é a qualidade dos motoristas que conduzem seus veículos. Os motoristas representam a transporta-dora perante o cliente, perante o cliente do clien-te, perante a sociedade, e de certa forma, perante a lei. Quando um motorista mal educado entra na planta de um cliente para carregar, ele é a própria transportadora. A mesma coisa ocorre quando ele chega ao destino. No caso de ocorrer um aciden-te, a sociedade enxerga que o acidente foi com o veículo da transportadora “tal”. A transportadora é corresponsável pelos atos de seus motoristas, respondendo perante a lei. O motorista é o maior responsável por causar a boa ou a má impressão da transportadora que ele representa. Portanto, ele é um ponto de atenção. Pouco adianta um SAC absolutamente competente e rápido, um co-mercial que entenda e atenda as necessidades do cliente, quando um motorista põe tudo a perder. Abaixo, as 10 melhores práticas, na minha visão, para cuidar e desenvolver os motor-istas. Lembre-se, a prática leva à perfeição.1- Regras, procedimentos de segurança e apresentação Regras e procedimentos de segurança dizem respeito à condução dos veículos com ên-fase na direção defensiva. Estas regras devem ser claras e disponíveis em forma de manual, que por sua vez deve ser esmiuçado no treinamento ini-cial de todos os motoristas e deve estar disponív-el e com fácil acesso, de preferência dentro de cada cabine. A reciclagem do treinamento deve ser obrigatória, com prazo definido pela empresa e deve incluir todos os motoristas. Os motoristas devem ser encorajados a manter uma aparência sadia, com uniformes limpos, cabelos e unhas cortadas e barba feita.2- Recrutamento e contratação O recrutamento de motoristas deve in-cluir, além das tradicionais pesquisas junto aos órgãos de proteção de crédito e seguradoras, o prontuário da CNH, que inclui pontuação e aci-dentes. A pesquisa deve também incluir emprega-dores anteriores. Escolhidos os profissionais para contratação, estes só devem dirigir após receberem todos os treinamentos, e a certeza de amplo enten-dimento das regras da empresa. Eles devem assi-nar cópias de manuais e procedimentos recebidos para formalizar. As cópias devem ser arquivadas junto aos registros de cada motorista.3- Regras para a condução de veículos Regras para condução de veículos de-vem ser claras e descritas em manual, que deve ser mantido na cabine. Se for o caso, antes da par-

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Artigo: 10 regras para um bom motoristaTranspo Online

tida, deve ser entregue ao motorista o itinerário de viagem, constando ponto de partida e de des-tino, descrevendo a rota a ser seguida com pontos de atenção. Os locais de parada também devem ser citados no itinerário. Os horários de trabalho e de parada precisam estar claros para o motorista, de forma a não haver dúvidas. Outro ponto impor-tante diz respeito a regras de velocidade permitida. O acompanhamento deverá ocorrer através de discos de tacógrafo e relatórios gerados pelos ras-treadores dos veículos. Medidas disciplinares de-verão ser tomadas em caso de violação às regras.4- Regras operacionais e procedimentos Para que os motoristas tenham sucesso, é fundamental que o pessoal operacional conheça as regras que eles terão que seguir, quantas horas ele poderá rodar e se existe algum contratempo com o veículo. Os Supervisores Operacionais precisam se envolver com a questão de melhores práticas dos motoristas.5- Orientação e treinamento Nenhum motorista deve começar a dirigir qualquer veículo da empresa até a con-clusão da orientação e da “certificação”. A ori-entação deve incluir a formação de condução defensiva, normas de segurança, políticas e práticas da empresa, horas de direção permi-tidas, inspeção veicular, e de fixação de carga. Um teste real de condução, acompanhado de um profissional qualificado, ajudará a determinar os pontos que devem ser enfatizados no desenvolvi-mento profissional. A empresa também deve manter reuniões regulares, focando temas como, qualidade, segurança, direção defensiva, direção econômica e outras que achar interessante, inclu-sive de cunho pessoal como questões de saúde e família. Todos os treinamentos deverão ser reg-istrados e cada participante deverá receber certi-ficado, cuja cópia devera ser anexada junto aos registros de cada participante.6- Retenção de motoristas e reconhecimento Ótimo, você conseguiu atrair e de-senvolver motoristas. Seus profissionais são os melhores do mercado, seus clientes não cansam de elogiar, mas, e agora, como mantê-los? Da mesma forma que as más condutas devem ser corrigidas, as boas devem ser recompensadas. Salário é importante, porém, não é a única forma de reter motoristas. Um programa de recompen-sas baseado em metas atingíveis, que podem incluir manutenção dos veículos, limpeza, mé-dias de consumo, regularidade e obediência aos horários, aparência pessoal e trato com os clien-tes, por exemplo, pode recompensar em valores ou prêmios, incluindo a destinação dos melhores veículos aos melhores motoristas, isso dá status a eles. Outra prática importante diz respeito à ent-revista de desligamento, podendo assim entender e corrigir as causas que levam os motoristas a de-

ixarem a empresa.7- Investigação e acompanhamento de acidentes Todos os acidentes devem ser inves-tigados, e ter suas causas determinadas, assim como sua causa raiz. Se possível, os fatores de risco também deverão ser levantados, permitindo uma ampla análise, de forma a impedir eventos futuros através do tratamento e correção das cau-sas básicas. Os motoristas envolvidos, dependen-do da gravidade do acidente, devem ficar afasta-dos de suas atividades até completa elucidação, podendo gerar desde um novo treinamento, até punições mais severas. Também deverá ser feita análise se houve violação às normas e procedi-mentos da empresa.8- Regras de jornada de trabalho As regras de jornada de trabalho de-verão ser minuciosamente explicadas e deverá haver acompanhamento para evitar violação. A não observância das regras de jornada de trab-alho poderá causar desde acidentes, até passíveis trabalhistas, portanto, merece atenção.9- Regras e práticas de manutenção Os motoristas deverão receber trein-amento de forma a fazer as checagens rotineiras, serem capazes de identificar possíveis prob-lemas, bem como de saber as causas das falhas e formas de correção. Todo veículo deverá possuir os registros de manutenção apontando data do evento, descrição dos serviços, quilometragem na data, peças utilizadas, previsão de revisão dos serviços tanto em data como em quilometragem, valor gasto e quem foi o responsável. Desta for-ma, é possível programar manutenções futuras e valores gastos ou futuros. Lembre-se: seus veícu-los são outdoors ambulantes, caminhões limpos passam impressão de seriedade.10- Código de ética, conduta e medidas disciplinares Por fim, a empresa deve expor de forma clara quais são seus princípios e valores, qual é a sua missão e visão, seu código de ética, e quais são as medidas disciplinares. Deve haver registros das ocorrências, principalmente no que se refere a acidentes, jornada de trabalho, trata-mento de colegas de trabalho e clientes, uso não autorizado de equipamentos e atividades ilegais ou inseguras. Você deve analisar e procurar en-tender em quais destes pontos você tem lacunas, podendo assim, corrigi-los ou aperfeiçoa-los. A decisão de mudar necessita partir da direção da empresa, e deve de certa forma, contagiar a todos. Qualidade é algo que se nota, portanto, você não precisa dizer que possui, seu cliente vai notar. * José Augusto Dantas é especialista em transportes, com forte atuação em grandes empresas do setor. Em 2013, participou do lend-ário “Projeto BR-101: De Ponta a Ponta”, junto com a equipe do portal Transpoonline, que teve como parceira a Mercedes-Benz.

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15/02/15 • REVISTAINTERBUSS20

R E D E S O C I A LTop 3 do OCD Holding no Facebook - Michel Soares

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

AILTON FLORÊNCIOMascarello Gran Via MBB OF-1722M - Empresa Auto Ônibus Santo AndréPublicada no perfil pessoal do autor

Nesta semana o colecionador Michel Soares publicou algumas fotos de seu acervo no grupo do OCD Holding no Facebook e selecionamos essas três acima, todas elas feitas na cidade de Angra dos Reis no estado do Rio de Janeiro. A primeira foto é a de um Irizar Century da empresa Reunidas Paulista. Logo depois vem um Marcopolo Torino da Senhor do Bonfim e finalizamos com um G7 da Viação Mimo. Parabéns pelas fotos!

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REVISTAINTERBUSS • 15/02/15 21

O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

1º • Novos articulados para Campinas

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

As primeiras fotos de um ônibus urbanoarticulado com a pintura da VB Transportes,da cidade de Campinas, deu o que falarnas redes sociais. O veículo, um CaioMillennium BRT sobre chassis VolvoB340M foi fotografado e teve as imagensespalhadas rapidamente pelas redessociais e pelos sites especializados. Acompra chamou a atenção, pois já éde público conhecimento que a empresadeverá encarroçar alguns veículos comchassi Volvo com carroceria Marcopolo,mas curiosamente veio essa da Caio.

2º • Novo Comil DDda UTILO mais novo ônibus de dois andares daUTIL está dando o que falar nas redessociais e nos sites especializados. A carroceria, um Comil, chamou a atenção, pois até o momento a empresa estavaadquirindo apenas carrocerias Marcopolopara seus veículos mais altos. Mais umavez, a pintura veio diferenciada, chamandoa atenção de todos os admiradores.

Nesta semana o colecionador Michel Soares publicou algumas fotos de seu acervo no grupo do OCD Holding no Facebook e selecionamos essas três acima, todas elas feitas na cidade de Angra dos Reis no estado do Rio de Janeiro. A primeira foto é a de um Irizar Century da empresa Reunidas Paulista. Logo depois vem um Marcopolo Torino da Senhor do Bonfim e finalizamos com um G7 da Viação Mimo. Parabéns pelas fotos!

Foto da GaleraRIO GRANDE DO NORTE TEMENCONTRO DE BUSÓLOGOS NAGARAGEM DA EMPRESATRAMPOLIM DA VITÓRIA

Na foto acima, seis colecionadores estiveram na garagem da empresa paraconhecer as instalações e os veículos mais de perto. A foto foi publicadaoriginalmente no site Busão de Natal. O evento aconteceu em janeiro.

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15/02/15 • REVISTAINTERBUSS22

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Nesta semana, sistemas de trans-portes considerados modelos de mobilidade ou novas soluções, pelo menos para o Bra-sil, ocuparam o noticiário de forma negativa. São informações que mexem com a gestão do dinheiro público e com a qualidade de vida e comodidade da população que paga passa-gens e impostos pesados para a qualidade dos serviços prestados. No Mato Grosso, os holofotes es-tiveram sobre o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, considerado um dos “micos” das ob-ras de mobilidade previstas para a Copa do Mudo. Segundo os engenheiros da Universi-dade Federal do Mato Grosso e uma audito-ria independente contratada pela atual gestão do governo do estado, pela relação custo X benefício, levando em conta a demanda e tra-jeto, um sistema de BRT – Bus Rapid Transit (corredores de ônibus de trânsito rápido) se-ria mais adequado que o VLT, que fazendo uma comparação superficial, é como se fosse um bonde moderno. O BRT, ainda de acordo com estes estudos, por R$ 500 milhões aten-deria perfeitamente a demanda da ligação entre Cuiabá e Várzea Grande. O VLT foi estimado pela Matriz de Responsabilidade da Copa em R$ 1,47 bilhão, mas, segundo a au-ditoria, deve ficar entre R$ 800 milhões e R$ 1,1 bilhão mais caro. Com apenas 30% das obras concluídas, já consumiu em torno de 64% dos recursos liberados. Há suspeita de adulteração de laudos técnicos para a troca do BRT pelo VLT no Mato Grosso e suborno a um juiz federal para liberação de licenças am-bientais, o que é apurado pela Justiça. A atual gestão do governador Pedro Taques diz que a tarifa seria entre R$ 6 e R$ 10 por passage-iro, o que traria a necessidade de subsídios. O governador da gestão passada, que escolheu o modal, Silval Barbosa, negou as acusações e classificou como “absurdo” o valor entre R$ 6,00 e R$ 10. Em Curitiba e Região Metropoli-tana, não é nenhum exagero dizer que a RIT – Rede Integrada de Transporte composta por corredores de ônibus BRT (Bus Rapid Tran-sit), estações-tubo que permitem embarque no mesmo nível do assoalho do ônibus e uma só tarifa em 14 municípios, está em crise. O Governo do Estado do Paraná e a Prefeitura de Curitiba não entraram em acordo sobre os subsídios das integrações entre os ônibus urbanos municipais e os metropolitanos. O único cartão que valia para as 14 cidades vai ser aceito apenas em ônibus municipais. Os

Não há um único meio de transporte que seja solução para tudo e problemas pontuaisnão devem ser generalizados dentro de um jogo de interesses

Opinião – Mobilidade Urbana:Não devemos confundir “alhos com bugalhos”

créditos adquiridos até dia 06 de fevereiro vão ser aceitos nos metropolitanos integrados por mais seis meses depois de intervenção do Ministério Público do Estado do Paraná. Mas a bilhetagem está sendo desmembrada e a RIT, que é considerada exemplo para o mun-do, terá bilhetes de papel para os ônibus met-ropolitanos em pleno ano de 2015. O sistema de vale de papel é transitório até a adoção de uma bilhetagem eletrônica própria das linhas metropolitanas. O passageiro, que antes com um cartão andava pelas 14 cidades, deve ter ao menos dois vales diferentes. O que ocorre é que desde 2012, havia uma distorção nos subsídios para as integrações metropolitanas e urbanas. De acordo com pesquisa de origem e destino da Fipe – Fundação Instituto de Pes-quisas Econômicas, da USP – Universidade de São Paulo, as linhas metropolitanas acaba-vam de certa forma pagando um prejuízo das linhas municipais. A distorção já era sabida antes mesmo da pesquisa, mas enquanto governador (Beto Richa) e prefeito (Luciano Ducci), ambos do PSDB, estavam ao mesmo tempo no poder, tudo ficava encoberto. Como Ducci não venceu as últimas eleições e Gus-tavo Fruet, do PDT, atual prefeito, é opositor de Richa, aí não houve mais acordo e ocor-reu a ruptura. Empresas de ônibus alegam crise financeira, passageiros reclamam dos serviços e greves de motoristas e cobradores por atrasos nos pagamentos se tornaram con-stantes. O Metrô em São Paulo e a CPTM – Companhia de Trens Metropolitanos quase diariamente registram pelo menos uma pane operacional suficiente para comprometer a rotina de centenas de milhares de paulistas e paulistanos de uma só vez. Além disso, as denúncias de cartel para modernização de trens marcam os transportes metropolitanos sobre trilhos em São Paulo. Com base em todas estas notícias e fatos, que não são meras invenções da imp-rensa que deve cumprir seu papel de infor-mar, dá impressão que nenhum sistema de transportes é bom. Mas o excesso de veículos particulares nas vias hoje é a causa da imobi-lidade, prejuízos financeiros e até mortes pela poluição do ar, comprovadamente. O Metrô de São Paulo é consid-erado o melhor do Brasil e um dos melhores da América Latina, mas tem grandes falhas e denúncias de corrupção. O VLT de Cuiabá, como é chamado, foi considerado por técnic-os inadequado e escolhido sob suspeitas de

fraudes. Curitiba e região metropolitana são o “berço do BRT no mundo” e o sistema é copiado em diversos países. O que está ocorrendo então? Em todos estes casos há fortes indí-cios de politicagem, desrespeito ao dinheiro público ou, no mínimo, incompetência para gerir e operar os serviços de mobilidade. O que a opinião pública não deve deixar é se induzir ao erro por oportunistas que usam estes fatos sem as análises sobre os contextos locais e jurídicos. Não é porque o VLT de Cuiabá está envolvido em denúncias graves de corrup-ção e direcionamento de opinião técnica, que todo o VLT é ruim e não serve para o Brasil. Não é porque a RIT em Curitiba e Região está em crise política e financeira que o BRT (cor-redores de ônibus) é um modelo defasado de transporte. Seria a mesma loucura que dizer que porque o Metrô de São Paulo dá pane, significa que não será necessário investir neste meio de transporte. Ocorre que como em qualquer atividade econômica, há grupos que vendem soluções: Há quem vende ônibus, há quem vende e reforma trens e VLTs e para as con-strutoras, quanto mais cara a obra, é melhor. Por isso, o meio de transporte a ser escolhido deve levar em conta se os custos de implantação e operação são justificados pela demanda que vão atender. Se esta demanda vai crescer, deixando o modal obsoleto, cri-ando a necessidade de novas obras e se tec-nicamente há condições de implantar o deter-minado modal. Não é uma conta fechada, pois deve-se levar em consideração obras externas à do modal em si, desapropriações e fatores como o câmbio. Mas em 2012, a UITP – União Internacional dos Transportes Públicos di-vulgou dados sobre cada modal que podem servir de parâmetros para a sociedade saber se o meio de transporte escolhido e pago pelo poder público é: 1) Insuficiente, 2) Adequado ou 3) Exorbitante. Não são dados absolutos e cada realidade deve ser observada, assim como atualizações, mas ajudam a melhor compreensão e são médias, podendo ser al-teradas de acordo com cada obra ou sistema. O importante é que quando se houve um escândalo, fraude ou crise em algum sistema de transporte, não se pode cair no oportunismo de vendedores de solução e gen-eralizar os modais. Por isso, na mobilidade não se pode trocar “alhos por bugalhos”

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A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou na noite desta quarta-feira, dia 11 de fevereiro de 2015, o passe-livre es-tudantil nos trens da CPTM, no Metrô, nos ônibus e trólebus da Metra do Corredor ABD e nos demais ônibus intermunicipais geren-ciados pela EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos. Ficaram de fora os ônibus suburbanos gerenciados pela Artesp – Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado de São Paulo, que aten-dem à boa parte do interior paulista. Terão direito ao passe livre, estu-dantes das redes públicas de ensino médio ou básico, estudantes de nível superior que contam com o Fies – Financiamento Estu-dantil ou Prouni e estudantes de universi-dades públicas ou em cotas raciais e sociais com renda familiar per capita até um salário-mínimo e meia, R$ 1300 como piso base de salário. A proposta também beneficia estu-dantes de cursos técnicos, tecnológicos e de pré-vestibulares dentro desta renda. Bolsistas do ensino médio não poderão contar com a gratuidade. Falta a sanção do governador Geral-do Alckmin e a definição de como conseguir os bilhetes e as cotas de passagens.

ACOMPANHE NOTA NA ÍNTEGRADA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “A Assembleia aprovou nesta quar-ta-feira, 11/2, por unanimidade, o Projeto de Lei 1/2015, do Executivo, que autoriza o governo a conceder isenção integral do paga-mento de tarifa aos estudantes do ensino fun-damental, médio e superior nos transportes públicos no âmbito da Secretaria dos Trans-portes Metropolitanos (Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM e Empresa Metropolitana de Transportes Urba-nos – EMTU). Foram também acolhidas as emen-das 2, 5, 9 e 10, todas na forma de subemen-da. A Emenda 2, do deputado João Paulo Rillo, líder do PT, inclui alunos dos cursos públicos e privados técnicos e tecnológicos, profissionalizantes e de pré-vestibular. A Emenda 5, também do deputado Rillo, de-fine a expressão “baixa renda”, constante do inciso II do artigo 2º: estudantes que tenham renda familiar per capita que não ultrapasse um salário mínimo e meio.

Emendas acolhidas Buscando o equilíbrio econômico-financeiro decorrente da concessão da isen-

Assembleia de São Paulo aprova passe livreestudantil para metropolitanos

ção integral, as emendas 9 e 10, do deputado Estevam Galvão, líder do DEM, autorizam o Executivo a abrir dotação orçamentária es-pecífica no orçamento vigente, alocando re-cursos necessários por meio de transposição, remanejamento ou transferência, para oferec-er compensação financeira às operadoras e ao gerenciador de serviços de transporte público de passageiros As bancadas do PCdoB e do PT manifestaram voto favorável às emendas re-jeitas na votação final (1,3,4,6,7,8 e 11).

O debate Luiz Cláudio Marcolino (PT) criti-cou o fato de apenas os estudantes das regiões metropolitanas serem beneficiados pela nor-ma. Rillo afirmou que a conquista não foi completa, já que diversos estudantes ainda não serão beneficiados pela isenção do paga-mento do transporte coletivo. Ele enfatizou que a aprovação decorre da luta dos estu-dantes, e não de iniciativa do governo. Leci Brandão, líder do PCdoB, também elogiou o movimento estudantil em favor do passe livre: “As emendas que aper-feiçoaram o projeto foram trazidas prontas por eles.” O presidente da Casa, deputado Chico Sardelli, agradeceu o empenho dos

deputados e dos líderes partidários para que o projeto fosse aperfeiçoado e aprovado rapi-damente.

Beneficiados A isenção beneficia estudantes dos ensinos fundamental e médio matriculados em escolas públicas, e de ensino superior matriculados em universidades e faculdades públicas, que comprovem baixa renda, ou que sejam bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni); ou financiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies); ou integrantes do Programa Bolsa Universi-dade – Programa Escola da Família; ou aten-didos por programas governamentais de cotas sociais. Antes da votação, representantes da União Estadual de Estudantes (UEE), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Municipal dos Estudantes Secundaris-tas (UMES), da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Fatec foram recebidos pelo presidente da Casa, deputado Chico Sardelli, em reunião do Colégio de Líderes partidários, para apre-sentarem suas reivindicações.”

GRATUIDADE • Assembléia aprova passe livre estudantil com atraso em São Paulo

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A S F O T O S D A S E M A N A

DIEGO ALMEIDA ARAUJOMarcopolo Torino MBB OF-1519 • TIL

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RODRIGO GOMESNeobus Mega Plus VW 17 230 OD E5 • Solemar

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OCD Holding • www.ocdholding.com

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI!Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

ADRIANO MINERVINOComil Campione DD MBB O-500RSD • UTIL

DIEGO ALMEIDA ARAUJOMarcopolo Torino MBB OF-1519 • Piracicabana

OCD Holding • www.ocdholding.com

DIEGO ALMEIDA ARAUJOMarcopolo Senior Midi MBB OF-1519 • Guaianazes

ADRIANO MINERVINOComil Campione DD MBB O-500RSD • UTIL

ADRIANO MINERVINOComil Campione DD MBB O-500RSD • UTIL

ADRIANO MINERVINOComil Campione DD MBB O-500RSD • UTIL

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

O primeiro modelo Caio Millennium

Em 1997, a encarroçadora Caio es-tava vendendo seu principal produto, o Caio Alpha, e o micro Carolina, além da versão suburbana do Alpha. Mas como a empresa viu que está faltando um produto Padron, mais robusto e maior que o Alpha para o seu catálogo, e também para alavancar ainda mais as vendas recuperando seu fôlego financeiro, a Caio criou seu produto, exclusivo para chassis com motor traseiro, e lembrando os monoblocos europeus de várias montadoras, o modelo Millennium. Lançado no final de 1997, inicial-mente foram vendidos para viações da cidade do Rio de Janeiro montado com sistema de ar-condicionado. Um ano depois, as Viações Campo Belo e São Luiz (hoje numa empresa só) adquiriu mais de 100 unidades. Outras empresas como a extinta CCTC de São Paulo, a ABC de São Bernardo

do Campo e a Eroles de Mogi das Cruzes também adquiriram este belo modelo, porém a ABC resolveu inativar precocemente seus ônibus cerca de seis anos depois, e pôs à venda bem antes de todos os modelos Vitória saírem de circulação. A CCTC não pôde quitar todos os seus ônibus, desfazendo cerca de após dois anos. A Eroles, depois Mito, se desfez por volta de 2003 para quitar suas dívidas patri-moniais. Mas mesmo assim, a Caio não ob-teve fôlego financeiro para continuar suas produções, e assim em maio de 1999 a mon-tadora pediu concordata. E no ano seguinte, mesmo com o lançamento do Apache S21, a Caio foi à falência. O grupo Ruas, que teve em sua frota 95% montada pela Caio, adquiriu todo o terreno e manufatura para evitar desval-orização de sua frota, mas com sua nova marca Induscar, mantendo a marca Caio.

Em 2001, já sob a administração do Grupo Ruas, a versão Millennium sofreu uma leve alteração, reforçando sua estrutura. Neste período, que vai até 2002, a Benfica Barueri, a Carris de Porto Alegre e várias empresas de Goiânia e Grande Curitiba ad-quiriam essa versão melhorada. Este ano, a estatal porto-alegrense Carris estará despedindo dos Millenniums. Ano passado, voltei para Porto Alegre e con-segui fotografar o carro 0006, um dos que com certeza fizeram história entre os entusia-stas locais. Atualmente nós os chamamos de Caio Millennium I. No final de 2003, depois de uma pausa nas vendas desse modelo, foi lançado uma nova versão do Millennium, inicial-mente vendidos para a Viação Santa Brígida para o corredor Pirituba-Lapa-Centro. E as-sim, a Induscar escreveu o seu segundo capí-tulo a partir daí.

FIM • Caio Millennium I da Carris, que este ano está saindo de circulação

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