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Revista IES 3ª Edição

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Os vários paéis que interpretamos no dia a dia

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MOTIVAÇÃO...............................................04FELICIDADE A R$ 1.99Por Olga Bongiovanni

PNL...............................................................07PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA UMA FORMADE VIDA!-Márcia Dolores Resende

CAPITAL HUMANO......................................10 DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM- Valdizar Andrade

VENDAS.......................................................12 OFERTAR NÃO OFENDE. QUEM NÃO OFERTA, NÃO VENDE-Cesar Frazão

COACHING.................................................14 COACHING E A TRANSIÇÃO DE CARREIRA- Edson Harada

GESTÃO.......................................................17 O SEGREDO DO SUCESSO NAS SOCIEDADES- Sérgio Souza

CARREIRA....................................................21- Plinio Sergio Cerqueira Leite

RH E GESTÃO DE PESSOAS.........................23 PROMOVER SEM DESFALCAR: O DESAFIO DA SUCESSÃO- Sonia Jordão

TI...................................................................25 REDES SOCIAIS VENDEM!- Felipe Morais

NEUROCIÊNCIAS APLICADAS....................28 PROCRASTINAÇÃO: O PROBLEMA DE DEIXAR PARA AMANHÃ O QUE SE PODE FAZER HOJE.- Profa. Dra. Silvia Helena Cardoso

SUCESSO......................................................33 SOBRE CRÍTICAS E INTELIGÊNCIA- Bernardo Leite

ESTÁGIOS.....................................................35 SAIBA MAIS SOBRE A DEMANDA DO MERCADO DE TRABALHO- Seme Arone Júnior

Expediente

A E-Revista IES é uma publicação mensal.Ano 2 / nº 03 - 2013Publisher: Dr. Jô FurlanPresidente do Conselho Editorial: Bernardo LeiteChefe de Redação: Marília MonteiroDir. de Criação/Arte: Levi FerreiraArte/Diagramação: Jorge KavickiE-mails para a redação: [email protected] [email protected]ção: Mundial na InternetPublicação: Português, Acesso: Free (gratuito)

3º SETOR.......................................................37 A EXPERIÊNCIA DA ALEGRIA- Wellington Nogueira

SAÚDE E BEM-ESTAR....................................40 OS ALICERCES DO BEM ESTAR- Prof. Esp. Luís Otávio S. Moscatello

PAPO DE MULHER.......................................45 TODA MUDANÇA PODE SER BEM VINDA- Shirley Marya

COMUNICAÇÃO........................................48 VOICE DESIGN, O PODER DA PALAVRA FALADA APLICADA-Jorge Cury Neto RELACIONAMENTO HUMANO...................51 OS VÁRIOS PAPÉIS QUE INTERPRETAMOS NO DIA A DIA- Bernardo Leite

T&D..............................................................53 A EDUCAÇÃO CORPORATIVA NO BRASIL- Marcos Baumgartner

EDUCAÇÃO.................................................56 EI, VOCE ESTÁ ONLINE? - Sidinei Oliveira

QUALIDADE DE VIDA NO MEIO CORPORATIVO...59 É POSSIVEL TER UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL NAS EMPRESAS?- Dr. Alberto José N. Ogata

LIDERANÇA..................................................61 OS SEGREDOS DOS LIÍDERES INSPIRADORES - César Souza

IES INDICA....................................................64APRENDER SEMPRE!- Dr. Jô Furlan

DICAS DE SAÚDE...........................................66 FUJA DA MICOSE! - Dr. Cássio Hernandes

ÉTICA.............................................................69 A ÉTICA E A SUTENTABILIDADE COMO DIFERENCIAIS COMPETITIVOS - Roberto Belotti

EMPREENDEDORISMO.....................................71 O EMPREENDEDOR NO BRASIL - Prof. J.B.Duarte

LIVROS INTERESSANTES...................................73 INTELIGÊNCIA................................................74 TRANSFORMANDO SEU POTENCIAL EM AÇÃO - Dr. Jô Furlan

MEIO MIDIÁTICO...........................................76 UMA INOVADORA FORMA DE ARTE - Dr. Jô Furlan

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04||Motivação||

FELICIDADE A R$ 1,99Por Olga Bongiovanni

Minha vida é comum como a de milhões, minha histó-ria é igualmente de lutas

como da grande maioria das pessoas, mas fico surpresa quando recebo convi-tes para palestras e justamente o assun-to é “conte-nos sua trajetória”.

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do, ficam nas filas dos restaurantes badalados. Tudo isso para alimen-tar exemplos que nem se sabe se são os que se quer. Quem saberá? O meu colega de trabalho, que vai me olhar de olho torto por eu não ter ou não escolher o exemplo que ele acha o certo? Sua mãe ou seu pai?

“Compre ‘exemplos de felicida-de’ a 1,99 e não seja um excluído - ou pelo menos não se sinta assim”. Essa é a ditadura dos exemplos bons e felizes. Roupas que vestem sem você saber se tem seu estilo, comi-das que te fazem engolir sem saber se combinam com seu paladar. E dessa forma, sem perguntar, eles vão te preenchendo com o vazio.

Vazio de não sabermos o que so mos, para onde vamos, pois nem sa-bemos mais se devemos ir ou ficar.

Olga Bongiovanni é uma das mais conhecidas e re-speitadas profissionais no setor de comunicação.

Apresentadora se apaixonou pela rádio ainda menina. teve passagens pela Tv Aparecida e Tv Gazeta. Em novembro 2012 recebe uma proposta irrecusável para voltar à Tv Tarobá de Cascavel, emissora onde iniciou sua carreira. At-

ualmente apresenta diariamente o programa “Atuali-dades,” às 11hs10.www.facebook.com/olgabongiovanni.oficial

||Motivação||

Trajetória para servir de exemplo. Exemplo de quê? Mulher, jornalista, dona de casa, apresentadora, de ven-cedora? Escolham! Por que se hoje me tem como exemplo de um modelo fe-liz é por que um dia eu também segui um destes por aí. Agarrei-o com as duas mãos e fiz dele a minha verdade.

Pergunto isso porque quando agar-rei aquele exemplo lá atrás eu não sa-bia o trabalho que ele ia me dar. Eu me viciei no meu exemplo. Para mantê-lo comigo nessa trajetória eu passei a me exigir demais. Precisei ler tudo, assistir tudo o que anda pela web, não perder os noticiários, ficar sempre alerta.

Ainda há aqueles que, para não perder seu exemplo de vista vão para as academias, compram a bolsa que acabou de ser lançada, calçam o sapato do estilista disputa-

Por todos os exemplos que citei nesse texto digo: olhe para você, veja os sinais da sua vida, escute o seu gri-to de socorro e seja feliz do seu jeito!

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A PNL ou programaçãoo Neurol ingúíst ica entrou na minha vida, quando

eu estava em busca de novas abordagens para desenvolver uma grupo de executivos para um novo desaf io prof iss ional.

Então comecei minha trajetória para conhecer algo que até então tinha um certo preconceito pois que tinha vinculado a um tipo de auto ajuda.

Como tenho um principio que só falo que algo que conheço, iniciei meu cami-nho para conhecer melhor a PNL, através dos criadores e do material disponível John Grinder e Richard Bandler.

Programação NeuroliNguística: uma forma de vida

E verdadeiramente posso afirmar que mudei não só

minha visão do que é a PNL como da minha própria vida.

A PNL é uma metodologia que estuda a excelência humana para reproduzi-la para o maior número de pessoas, eu considero uma filosofia de vida que gera excelência!

Dentro da PNL o mapeamen-to dos modelos de excelência é essencial e reproduz i r esses modelos para diversas pessoas é a missão da PNL.

Tanto na área da comunicação,

educação e saúde, se alguém é ex-celente eo você também pode de-senvolver essa excelência!

Por Márcia Dolores Resende

||PNL||

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Essa é uma premissa básica da PNL, que todos somos capazes, basta objeti-var.

Quando tive acesso a esse co-nhecimento, descobri uma outra forma de viver e dar significado as minhas experiências de vida.

Na época eu tinha um quadro de alergia que me limitava muito, e que resolvi fazer uma estratégia para lidar com alergias, que mudou minha forma de pensar sobre minha saúde e minhas possibilidades.

Programamos nosso cérebro o tempo todo e nossa vida responde a essa influência. Basta lembrar os expe-rimentos do Dr. Masaru Emoto com a água , os cristais e o arroz.

Quando pensamos de uma forma imprimimos essa maneira em nosso mi-cro universo, ou seja os ambientes nos quais estamos inseridos.

Nosso pensamento programa nos-so cérebro e na PNL, somos donos da nossa programação, podemos con-duzir nossos pensamentos em sintonia com o que queremos nessa vida.

A Linguagem é uma grande in-fluenciadora de nossa mente, quando falamos algo programamos novamen-te nosso cérebro para o que estamos falando...

No estudo do Dr. Masaru Emoto, ele coloca a importância das pala-vras, e muitas vezes ninguém explica a razão de se dar tanta importância ao que falamos.

Quando você fala algo, seu cére-bro produz o que você falou, simples assim!

O cérebro é muito concreto, ele vais formar o que foi informa-do.

Então cuidar das suas palavras por uma razão simples: sincronizar o vocabu-lário aos objetivos.

Você será certamente alguém com mais sucesso ao fazer isso!

Afinal, como costumo lembrar e relembrar estamos aqui para vivermos o melhor que temos, viver mais ou me-nos é pouco saudável e a PNL é na mi-nha visão uma filosofia de vida, para que você tenha mais e o melhor da sua existência!

Espero que você se encante como eu e queira saber mais.

Márcia Dolores Resende é Psicóloga com especiali-zação voltada para a área de saúde( NLP Health

Certification) em PNL, habilitada em formar novos profissionais na PNL ( Trainer Advanced Trainer). Possui cer-tificações ICI e ICF – Master Coach-ing. Idealizadora e diretora do Instituto Saber que em 2010 se tornou Instituto de Thalentos,

www.institutodethalentos.com.br/

||PNL||

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anuncio Opus

09||PNL||

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10||CaPitaL HuMaNo||

DeseNVolVimeNto HumaNo e aPreNDiZagemPor Valdizar Andrade

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11||CaPitaL HuMaNo||

A busca incansável pelo conheci-mento vem se tornando cada dia mais indispensável para o exercí-

cio das nossas atividades técnicas e emocio-nais no contexto das empresas. É natural que os cursos de graduação, pós- graduação e outros de curta duração venham ocupando espaços de grande relevância para o apri-moramento do nosso capital intelectual no âmbito das corporações.

O desenvolvimento humano de forma sustentável está agregado a nosso potencial interno, capacidade de aprendizagem, nível de comprometimento e engajamento com aquilo que queremos. É impossível se desen-volver sem esses pré- requisitos. Hoje vivemos grandes desafios na área de gestão de pesso-as em decorrência das principais dificuldades apresentadas.

Os modelos de contratação, que nem sempre apresentam eficiência, tem como

principal dificuldade encontrar no mercado o capital intelectual preparado para desenvol-vimento das atividades, por ausência de habi-lidades técnicas ou emocionais. As nossas em-presas estão se tornando ao longo dos anos uma central de tratamento de questões de ordem emocional dos nossos colaboradores.

Treinar, hoje é um dos grandes desafios. O ser humano vem se tornando cada dia mais difícil de ser treinado. A grande maioria sabe que tem as informações necessárias para su-prir as dificuldades a nível teórico nas redes sociais, e isso desestimula os processos de aprendizagem, levando muitos(as) a chama-da zona de conforto.

Reter talento é outro desafio que enfren-tamos. O assédio por profissionais técnico e emocionalmente preparados vem aumentan-do a cada dia que passa. Esses profissionais não estão disponíveis no mercado, e se os queremos temos que buscar em alguma outra empresa, pois eles sempre estão colocados.

Superar os desafios impostos pelo merca-do é um fator relevante no contexto do de-senvolvimento humano. Saber que podemos melhorar cada dia mais, tendo como foco o desenvolvimento do nosso intelecto agrega-do ao nosso estado emocional.

Tentar desassociar as habilidades técni-cas, conhecimento formal e equilíbrio emo-cional é utópico.

Valdizar Andrade é administrador de empresas, Es-pecialista em Gestão de Pessoas e Dinâmica de

Grupos, Mestre em Comportamento Organizacional, Master e Trainer em Programação Neurolinguistica, The Coach Clinic e Professional & Self Coach, Hipnólogo com Certificação Internacionala. É autor do livro

Caminhos para o Sucesso.www.valdizarandrade.com.br

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12||veNdas||

Ouço muitos vendedores e em-presários reclamarem dos baixos ganhos, que as vendas estão

fracas, o mercado parado, etc.Sabemos que as coisas não estão fáceis

e a concorrência cada vez maior, disputando cliente a cliente, e com isso, a venda se torna cada vez mais difícil. Mas o verdadeiro pro-blema não é esse, o fato é que a maioria dos vendedores está parada, reclamando, arru-mando um monte de desculpas para justificar os fracassos e esperando um milagre.

Precisamos de menos desculpas e mais resultados, menos desculpas e mais trabalho. A maior parte dos problemas na empresa é resolvida com vendas. Se a venda entrar, o dinheiro resolve quase tudo numa empresa. Mais do que nunca é hora de se mexer, de ir

Por Cesar Frazão

atrás e não ficar parado esperando o cliente vir comprar. Se o vento acabou, reme!

Alguns dias atrás a funcionária de uma ví-deo locadora me deu um esplêndido exem-plo de como todos devem reagir em vendas: ela ligou para minha residência e ofereceu alguns vídeos para eu assistir no final de se-mana. Confesso que não pensava em alugar vídeos, mas a sugestão me agradou, fui até a locadora e o fiz. E ela cumpriu seu objetivo.

Imaginei, então: se ela estivesse parada no balcão olhando a locadora vazia e recla-mando do fraco movimento, nada teria acon-tecido!

E na sua empresa, estão esperando a cri-se passar ou criando oportunidades?

Mexa-se. Ofertar não ofende e quem não oferta não vende.

Boas vendas e sucesso!

César Frazão é Formado em Administração de RH é especializado em Vendas para Mercados Competi-

tivos pela BELL SOUTH ATLANTA (EUA) e em Formação de instrutores de Treina-mento pela USP. Autor do Livro “Como Formar, Treinar e Liderar Equipes de Vendas”, eleito pelos assinantes e lei-tores da revista Venda Mais O melhor livro de vendas em 2007.

www.cesarfrazao.com.br/

oFertar Não oFeNDe. Quem Não oFerta, Não VeNDe

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14||CoaCHiNg||

O que fazer quando a carreira não está indo na direção desejada? Procurar outro lugar para traba-

lhar? Mudar de área? Abrir um negócio e ser dono do próprio nariz?

Em todos os três casos existem riscos, mas uma coisa é certa. É preciso promover mu-danças!

As pessoas podem mudar de empre-go e levar com elas as mesmas questões para nova empresa. Pode ser que em um primeiro momento, as coisas tomem seu rumo, mas os mesmos problemas deixa-dos no emprego anterior podem emergir como sujeira deixada debaixo do tapete.

O COaChing e a TransiçãO de CarreiraPor Edson Harada

A segunda opção é mudar de área, mas será que é fácil fazer isso? Depende! Mudar de área implica em um novo aprendizado, criar novas competências para lidar com novos problemas. Pode ser desafiador, mas requer disciplina, foco, persistência e muita coragem.

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15||CoaCHiNg||

Edson Harada é desenvolvedor de soluções e fer-ramentas para desenvolvimento pessoal, organiza-

cional atende como master coach pela Phrisma Consultoria e é Comentarista do Programa Intervalo Empresarial na Bandnews. É MBA em e-management pela FGV e Bacharel em Ciência da Computação pela PUC-SP.www.phrisma.com.br

www.edsonharada.com.br

O resultado de tudo isso, permite ao cliente construir uma base mais sóli-

da para sustentar o novo degrau a ser alcan-çado, pois o cliente desenvolve competências naturalmente durante o processo, tornando sua carreira e suas decisões mais sustentáveis.

A terceira opção é muito procurada por pessoas na fase dos trinta aos cinquenta anos. Tornar-se dono do seu nariz e ser livre para fa-zer o que quiser. A ideia é romântica e possí-vel, mas a prática requer cuidados. As pessoas se esquecem de alguns detalhes quando co-locam seus sonhos e suas emoções antes da avaliação dos riscos. Por exemplo, esquecem--se de dois steakholders impiedosos. De um lado o governo com seus tributos, leis e regras, do outro o mercado, senhor absoluto da mis-são do seu negócio.

Como o coaching pode ajudar nisso?Nas mudanças e nas transições

de carreira, o processo de coaching redirecio-na os rumos do cliente para onde realmente o cliente deseja. O Coach estabelece uma parceria com o seu cliente para que ele pos-sa analisar os fatos, buscar soluções, traçar es-tratégias, avaliar riscos e tomar decisões mais claras sobre as questões inerentes à mudança.

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17||gestão||

Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quatro entre 10 empresas encerram as ativi-

dades no primeiro ano de atividade por diver-sos motivos, e um deles é devido às divergên-cias entre sócios, trazendo prejuízos e gerando preconceitos sobre sociedades.

o segreDo Do sucessoNas socieDaDesPor Sérgio Souza

Para fugir das armadilhas é necessário que a opção pela sociedade seja estudada minuciosamente, com racionalidade, sem precipitação, analisando cada detalhe, pois a sociedade envolve pessoas e personalida-des diferentes, com origens diferentes e por isso possuem percepções e crenças próprias sobre um mesmo tema.

A afinidade pessoal, o interesse comum, a confiança e o respeito mútuo são condições bastante favoráveis para o sucesso do empre-endimento, mas isso não é garantia de que o negócio irá prosperar.

O mais importante é que todas as vari-áveis e o modus operandi da organização sejam discutidos e documentados antes do início das atividades da empresa e, caso um dos sócios não seja apenas investidor, é muito importante que as competências sejam com-pletares, para que não haja sobreposição de atividades.

Os consultores João Humberto de Azeve-do e Tânia Mendes no artigo “Sócios, parcei-ros ou rivais?” escrito para a REVISTA BRASILEI-RA DE ADMINISTRAÇÃO (novembro/dezembro 2008), enumeram alguns cuidados que de-vem ser observados para a criação de uma sociedade:

- Verificar se efetivamente o projeto traça-do pressupõe a existência de uma sociedade.

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Às vezes uma firma individual é o melhor ca-minho;

- Analisar como o sócio pode agregar va-lor ao empreendimento, que pode ser técni-co, de disponibilidade, de tempo e também de capital;

- Conhecer o histórico do futuro sócio, por onde ele passou, os laços desenvolvidos e os propósitos do presente e do futuro;

- Avaliar melhor se é mesmo necessário um sócio ou se você tem competência técnica e administrativa para tocar o negócio sozinho;

- Deixar as coisas bem delineadas e com-binar todos os detalhes que envolvem um em-preendimento;

- Definir com clareza a divisão de tarefas, obrigações, atividades, direitos de benefícios;

- Elaborar um contrato detalhado, que descreve com minúcias as atividades comuns da empresa e da sociedade;

||gestão||

- Definir o pró-labore e a participação nos resultados do empreendimento.

Minha experiência, como executivo de grandes corporações, quando pude viven-ciar a rigidez dos órgãos fiscalizadores, suge-re que, além dos cuidados elencados acima, existam regras claras de Governança Corpo-rativa para preservar a estrutura da empresa.

Além disso, efetuar reuniões periódicas entre os sócios e lideranças da empresa para

avaliação de metas e resultados. Caso seja necessário, implementar revisões, tanto das metas, quanto das políticas estabelecidas, pois as mudanças de cenário são uma reali-dade no mundo de hoje e a empresa precisa evoluir para acompanhar as transformações, para não ser pega de surpresa.

Como exemplo de sucesso de sociedades que deram certo, podemos citar o Grupo Vo-torantim que, mesmo com divergências entre pensamentos dos sócios, foi eleita pela IMB Business School e pelo Combard Odier Darier Hentsch Bank como a melhor empresa familiar do mundo em 2005.

Para atingir este sucesso, a empresa de-senvolveu um modelo de governança corpo-rativa que assegura à família controladora, posições estratégicas no Comitê Executivo e alocam profissionais não familiares à frente das unidades de negócio. Desta forma, a gestão não será comprometida, pois as metas e resul-tados estarão acima dos interesses pessoais.

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O sucesso das empresas está sujeito às in-certezas do mercado, à economia e outras variáveis não controláveis. Porém, se os sócios garantirem que tais fatores - que estão sob suas responsabilidades - funcionem, metade do su-cesso já estará garantido.

Portanto, sucesso na sua próxima sociedade!

Paulo Sérgio de Souza é administrador de empre-sas com MBA Executivo pelo INSPER e Consultor Especialista em Gestão de Grandes Corporações. Vice - presi-dente da Universidade da Inteligência.www.alcandor.com.brwww.universidadedainteligencia.com.br

||gestão||||gestão||||gestão||

Não podemos esquecer que uma socie-dade empresarial deve ser sempre encarada como trabalho e, que vaidades, interesses pessoais, interferência de familiares, falta de comprometimento com o negócio e etc., são comportamentos que não combinam com o sucesso da carreira profissional. Portanto, para que você tenha sucesso na sua empreitada é indispensável que o seu comportamento seja o de uma pessoa de sucesso, ou seja: muito trabalho.

Lembre-se que a empresa é uma PESSOA JURÍCA e os sócios, apesar de donos, estarão sempre subordinados à instituição. Para a so-ciedade dar certo é fundamental que os só-cios tenham determinação e maturidade para cumprir à risca tudo o que foi combinado e contratado antes do início das atividades da empresa.

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Gerenciar a carreia é um exercício constante, cheio de dúvidas, ansie-dades e incógnitas intermináveis.

Iniciamos sob a pressão da sociedade, sem maturidade suficiente para tamanha es-colha: com 16, 17 anos prestamos o vestibular, mas como podemos decidir algo que que-remos ser sem saber o que é? Quantos não mudam radicalmente de profissão depois de anos na mesma experiência?

Eu, por exemplo, deixei de ser controler / superintendente para ser headhunter, profis-sões sem conexão alguma, porque é no meio da carreira é que surgem as dúvidas.

Minha recomendação é que se tenha

Medicina Direito

||Carreira||

Carreira: Que rumo tomar?Por Plinio Sergio Cerqueira Leite

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mendação é simples e se dá nesta ordem:

Apostarmos em uma atividade mais próxi-ma aos nossos desejos

Aprofundarmos nos estudos: primeira ou segunda faculdade, formação complemen-tar - sem medo de errar;

Iniciarmos nosso preparo e adequação profissional em estágios e primeiros empregos, necessariamente em paralelo à formação ou complementação acadêmica;

Fazer um exercício de humildade: acei-tar com resiliência, mas com antenas ligadas. Sem perder qualquer oportunidade de apren-dizado:

- Em função da tarefa que nos foi dele-gada, por mais simplória e sem valor que seja;

- Por observação do ambiente, nossos pares, nossos superiores, e todos aqueles com quem interagimos (incluindo os que não no-

||Carreira||

persistência e resiliência. Pode parecer pouco atrativa, talvez óbvia, mas é a mais eficaz:

Persistência: Não há como atingir um ob-jetivo sem muita transpiração;

Resiliência: É a capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. É uma combi-nação de fatores que propiciam ao ser huma-no condições para enfrentar e superar suas dificuldades e aguardar com sabedoria, pon-deração e inteligência sua curva de aprendi-zado e maturidade.

Focando em uma carreira, podemos vi-venciar sua rotina e adquirir uma maturidade que permitirá a identificação de novos valo-res e mostrará novos horizontes e alternativas, para que consigamos afirmar nossa escolha, ou mudar.

No início ou meio de carreira, minha reco-

tamos por terem atribuições de menor impor-tância), ou seja, visão 360 graus permanente;

- Aceitação à condição: ainda não so-mos presidentes, ainda não somos o talento que esperamos ser e talvez não atingiremos este ponto, até porque estamos cumprindo uma etapa, talvez não a definitiva.

Sempre há tempo para gerenciar a car-reira e virar, mas cada virada precisa ser pla-nejada. Na dúvida não hesite, lance mão de um Coach!

Plinio Sergio Cerqueira Leite é Administrador de Em-presas, Especializações: Interim Management, Head-

hunting / Executive Search, Gestão de ambientes corporativos; Fusões & Aquisições; Planejamento societário / tributário.É sócio da CL Executive Search & In-terim Management, empresas espe-cializadas na linha de executive search,

headhunting e Interim Management.www.clsearch.com.br

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23||rH e gestão de Pessoas ||

Promover sem desfalCar: o desafio da suCessão

Por Sonia Jordão

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A organizações precisam se preo-cupar com a sucessão daqueles que ocupam cargos estratégicos.

Nas empresas, há pessoas que são indispensá-veis, que são verdadeiros talentos, as estrelas do time. Para manter esse profissionais, muitas vezes essas pessoas especiais precisam ser tra-tadas de forma diferenciada, mas também é preciso ter outros profissionais que possam substituí-las, se necessário.

Quando surge a necessidade de troca de alguém, seja ela por aposentadoria, do-ença ou promoção, ocorre um processo de transição. Tal processo pode ou não ser pro-blemático, tudo depende da forma como a sucessão é conduzida e da conscientização de que a mudança é inevitável.

Como promover alguém sem que esse profissional faça falta à equipe? É preciso pre-parar a sucessão para que ela não seja trau-mática, nem traga prejuízos para a empresa. Para isso, é necessário investir num programa de capacitação de sucessores.

||rH e gestão de Pessoas ||

Contudo, esse programa só será eficaz se for planejado e se todos tiverem consciência de sua importância. Planejar a sucessão é ga-rantir a continuidade das atividades com qua-lidade. Um bom planejamento visa à escolha e preparação adequada dos sucessores, à realização de um plano de desligamento gra-dual da função. É importante identificar as competências que precisam ser trabalhadas nos sucessores. Nesse programa, não só os conhecimentos técnicos devem ser valoriza-dos, as habilidades também precisam ser tra-balhadas. Os futuros sucessores devem estar preparados para assumir as atividades com competência.

Quando o sucedido é o proprietário, é bom que este veja a necessidade de formar o seu sucessor e seja um coach para a pessoa

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A

Arte de liderar – Vivenciando mudan-ças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explo-sivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

www.soniajordao.com.br

que ele acredita que terá a capacidade de dar continuidade ao seu projeto. Como um bom coach, sua tarefa principal é conduzir o sucessor a obter o melhor de si. Uma tran-sição bem sucedida pode significar um novo começo. Inúmeras organizações sobrevivem por décadas, quando a sucessão acontece com sucesso.

As pessoas são o que se tem de mais importante em qualquer negócio. Entretanto, as empre-

sas precisam andar independentemente de-las. Já que por mais importante que sejam, a saída de um ou mais profissionais não pode desestruturar a empresa.

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25||ti||

De forma direta e indireta também! Talvez a visão da venda indireta esteja bloqueando as ações de

várias marcas, pois os gestores temem que um post no Facebook não gere venda ime-diata e por isso não tem como ter ROI (return on investment, ou retorno sobre investimento

Redes sociais vendem!em português), logo não tem como justificar o investimento no canal. Sinceramente? Blá blá blá do mercado. Como se calcula o ROI efetivo de um comercial na TV ou anúncio de revista? Só por que a web é 100% mensurável é preciso ter tudo atrelado ao ROI? Nem sem-pre. Indicação também vende! E Muito!

Se há décadas a propaganda boca-a--boca é que mais dá resultado, imagina como isso é potencializado nos tempos de hoje, com 1 bilhão de pessoas no Facebook, por exem-plo. E como as marcas devem se ater a isso? Certa vez eu assisti a um vídeo – que até passo para meus alunos – onde mostra que na Ingla-terra 50% dos acessos a web vem do Face-book. Esse dado já é interessante, mas tem um comentário nessa parte do vídeo que eu acho fantástico “imagina o que isso representa con-tra ou a favor das marcas”. Dá para imaginar?

O brasileiro é ávido por conteúdo: quer saber sempre mais e tem nas redes uma das suas principais fontes de informação. Em bre-ve será a principal, uma vez que vivemos a era onde os veículos de comunicação estão usando – e isso só tende a aumentar – as redes para disseminar conteúdo. Se o brasileiro quer saber mais, ele pesquisa mais, ele lê mais; in-fluencia e é mais influenciado. Querem saber tudo sobre marcas e produtos que compram e quando essas informações os deixam tran-quilos, não só compram como indicam: “com-prei o produto X e recomendo”. Frase que

Por Felipe Morais

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Felipe Morais é especialista e autor do livro Plane-jamento Estratégico Digital. Coordenador do MBA em

Marketing Digital e MBA de Ecommerce da Faculdade Impacta de Tecnologia. Autor do blog do planejamento www.plannerfe l ipemorais .b logspot.com. Consultor de planejamento e e-com-merce com passagens por agências e empresas como TV1.com, Tesla, Neoga-

maBBH, Ponto Frio e Gotcha.(@plannerfelipe) www.impacta.com.br

pode gerar uma série de vendas do produto para pessoas que a sua marca não impactou e que não estão na sua Fan Page.

Pesquisas apontam que, 49% das pessoas entendem que a reputação da marca é um dos principais fatores para a decisão de com-pra. Reputação de marca é dada pelo con-sumidor. Não adianta investir milhões em cam-panhas, se os consumidores estão insatisfeitos, pois eles vão reclamar da marca nas redes e isso vai gerar uma reverberação enorme. Pode não atingir o mesmo número de pesso-as que a campanha na Rede Globo falando

bem da marca atingirá, mas a qualidade da mensagem é maior, porque são pessoas fa-lando com pessoas.

Quando o consumidor tenta se aprofun-dar sobre um produto, ele está ao mesmo tempo vivendo o mundo da marca e criando uma experiência diferenciada. Se o trabalho de conteúdo estiver bem feito, as chances de compras são maiores. Pessoas compram quando estão seguras, para estar seguro o consumidor tem que estar sem dúvidas sobre a compra. Por exemplo, qual a melhor TV para comprar: LED, Plasma ou LCD? A resposta é óbvia para os fabricantes, mas os leigos vão atrás de informação, e leigos entende-se pes-soas que não sabem nada de tecnologia!

A Zappos, loja online da Amazon, lançou um serviço de recomendação de produtos via Pinterest. Segue a linha da Amazon, que den-tre seus pilares de crescimento, sempre apos-tou na opinião das pessoas sobre os produtos para ajudar nas vendas. O projeto PinPoiting

||ti||

mostra recomendações de produtos basea-dos em posts no Pinterest, cuja interação tam-bém é presente.

Mais uma vez, pessoas indicando produ-tos para pessoas por meio das Redes Sociais. Elas vendem, basta saber a dinâmica das re-des, sempre baseadas em relacionamento!

Parceria

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28||NeuroCiêNCias aPLiCadas||

Procrastinação é definida como o com-portamento de substituir atividades importan-tes e de alta prioridade, com atividades que definitivamente são menos importantes para o futuro do procrastinador. A palavra em si vem do latim procrastinatus: pro- (à frente) e crasti-nus (de amanhã).

Ela afeta todos nós em algum grau. É co-mum que as pessoas eventualmente adiem atividades que consideram obrigatórias ou desagradáveis. Mas, se um simples pensamen-to sobre deveres importantes que tem que ser feito hoje provocar o ato de fazer algo mais trivial e atraente, a pessoa pode estar procras-tinando. Pelo menos 20% das pessoas poster-gam rotineiramente coisas importantes que poderiam fazer imediatamente. Isso põe em

Procrastinação: o Problema de deixar Para amanhã o que se Pode fazer hojePor Profa. Dra. Silvia Helena Cardoso

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O que ocorre no cérebro do Procrastina-dor?

Em essência, é uma batalha entre a parte impulsiva e emocional do cérebro chamada sistema límbico, que atua no nível subcons-ciente, e a parte do cérebro que controla o pensamento lógico, atenção, raciocínio e to-mada de decisão, comandada pelo córtex pré-frontal, a região consciente do cérebro.

É instintivo que o ser humano busque coi-sas que lhe dão prazer, mas o córtex pré-fron-tal, área mais evoluída e unicamente humana, controla os impulsos e age como um bloquea-

risco uma carreira, prejudica financeiramente, afeta relacionamentos e até a saúde, como nos casos em que adiamos consultas médi-cas, limpeza da casa, etc.

A aversão a determinadas atividades é uma das principais razões deste comporta-mento. Muitas vezes ele está relacionado à falta de projetos que realmente nos motivem e mostrem nossos objetivos e metas.

A procrastinação também se origina da ansiedade e baixa auto-estima.

Muitas vezes, procrastinadores protelam por medo do fracasso, receio de cometer um erro ou de não lidar bem com o sucesso. Ou-tro elemento psicológico são os automatismos embutidos em suas ações. Querem mudar, mas não conseguem porque estão fortemen-te arraigadas aos hábitos, que são processos cerebrais não conscientes que levam a pa-drões comportamentais que frequentemente ocorrem automaticamente.

dor mental contra as distrações que o resto do cérebro cria. Impulsivos são proteladores em potencial; no meio de uma atividade impor-tante, distraem-se com as ‘tentações’.

No córtex cerebral encontram-se substân-cias neurotransmissoras que agem não só no processo da atenção, foco e tomada de de-cisões, mas antes, no prazer da recompensa que aqueles atos vão lhe proporcionar.

A expectativa do prazer daquelas ações é o que nos motiva a executar determinada ação, e quem promove isso é o neuotrans-missor dopamina. A dopamina está na base biológica da motivação em buscar o prazer. Indivíduos com concentrações diminuídas de dopamina tendem ao adiamento de tarefas que não oferecem recompensa imediata.

O córtex pré-frontal é quem determina também a maioria dos traços de personali-dade. Se alguma coisa estiver errada no pré--frontal, então neste caso, haverá problemas

||NeuroCiêNCias aPLiCadas||

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com foco. Por exemplo, um traço de persona-lidade fortemente ligado à procrastinação é a conscienciosidade – ou melhor, a falta dela. Uma pessoa altamente conscienciosa é orga-nizada e cuidadosa. Porém, alguém que não apresenta esse traço tem alta probabilidade de procrastinar.

Como resolver o problema

O primeiro passo é entender e se cons-cientizar sobre o problema. Depois é preciso passar por uma modificação comportamen-tal, e então usar métodos sistemáticos para se motivar, planejar e aplicar, para que se consi-ga cumprir todas as atividades que vão levar a uma melhor produtividade.

Crie intenções de implementação cro-nologicamente determinadas, ou seja, que especificam onde e quando você fará deter-minada coisa. Então, em vez de colocar uma meta, defina uma estratégia cronológica, por

ex., hoje inicio a primeira etapa do planeja-mento do projeto A incluindo os tópicos M, N, O. Amanhã devo continuar com os tópicos P e Q.

David Alen, em seu livro Getting Things

Done, apresenta o método com as iniciais do título do livro: Método GTD, que tem se mos-trado eficaz para a produtividade pessoal. Já tem a versão em português cujo título é Pro-dutividade Pessoal. Mas de nada adiantará métodos organizacionais se antes você não modificar seus pensamentos e atitudes.

Silvia Helena Cardoso é Pesquisadora, professora, escri-tora, produtora e empresária. Mestre e Doutora em Ciên-

cias pela USP, Pós-Doutora em Informática Biomédica pela UNICAMP. Coordenadora do Instituto da Ciência da Felicidade. Es-pecialista em neuroeducação, aplicações das neurociências na memória, cognição e emoções. Editora chefe da revista Cére-bro Mente

www.silviacardoso.com.br

Em suma, procrastinar é adiar coisas pro-dutivas e necessárias que alguém poderia estar oferecendo à sociedade. É importante pensar que os grandes realizadores nos ramos da arte, ciência, comércio, indústria mostra-ram seu trabalho em determinados momentos de suas vidas. Se eles conseguiram, qualquer um é capaz, afinal, todos somos seres inteli-gentes e experientes. Basta ter uma mente rica em conhecimentos, organização e entu-siasmo para transferi-lo para o mundo exterior.

||NeuroCiêNCias aPLiCadas||

Parceria

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Bla!||suCesso||

soBre CrÍtiCas e iNteliGÊNCiaPor Luciano Pires

Um dos principais atributos para quem almeja o sucesso é forma como lida com críticas. Aliás, os

bem sucedidos sabem que receber uma críti-ca de uma pessoa inteligente é mil vezes me-lhor que receber um elogio de um idiota.

Neste tempos de internet, criticar e ser criticado parece ter se tornado um esporte nacional. Ou mundial. Jamais se viu a crítica utilizada com tanta sem-cerimônia. Parece que todo mundo tem opinião, inclusive sobre

aquilo que não sabe! Confesso que me assus-to com o nível dos comentários que recebo no Facebook, Twitter e outras mídias sociais.

Isso me lembra da história do violinista no-rueguês, Ole Bull, que tocava violino desde os 4 anos de idade e, após algum tempo na uni-versidade estudando com professores media-nos, decidiu partir começar a realizar concer-tos. Na Itália, um crítico de um jornal de Milão escreveu que “Ole é um músico mal treinado.

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Bla!Bla!

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Bla!

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Bla!Se ele for um diamante, certamente está em estado bruto, sem polimento.”.

Ole leu o texto e viu-se diante de duas possibilidades: ficar nervoso ou aprender com a crítica. Decidiu pela segunda, dirigiu-se até a sede do jornal e pediu para ver o crítico que, com espanto, o recebeu.

Ole passou a tarde conversando com o velho jornalista de 70 anos que apontou suas falhas e deu conselhos sobre como fazer para melhorar a performance. Após a con-versa, Ole cancelou o restante dos concertos e mergulhou em seis meses de estudo, dessa vez com professores de alto gabarito. Após semanas, dias e horas de estudo, sentiu-se fir-me para prosseguir com os concertos e, aos 26 anos de idade, transformou-se numa das maiores sensações da Europa.

Examinando a história, podemos apren-der sobre forma e conteúdo.

||suCesso||

Luciano Pires é nascido em Bauru, SP, em 1956, formado em Comunicação. Também cursou Mar-

keting para Executivos na Fundação Getúlio Vargas. Fundador do pop-ular portal - www.portalcafebrasil.com.br, com conteúdos focados nas questões da educação e da luta contra o emburrecimento do Brasil.Es-

creveu e publicou seis livros, entre eles o Brasileiros Pocotó e o Diário de Um Líder. www.lucianopires.com.br

Primeiro: o crítico foi duro, mas não foi des-respeitoso. E Ole, sabendo da inteligência do crítico, entendeu que aquela opinião, apen-sar de negativa, mostrava um caminho. E hu-mildemente buscou os conselhos de quem sa-bia muito sobre o assunto.

Fosse hoje, seguindo o modismo da inter-net, talvez o crítico escrevesse que Ole era “um músico medíocre, ruim e sem futuro”. E Ole provavelmente escolheria ficar nervoso e ignorar, ou atacar o crítico, perdendo a chan-ce de mergulhar num processo de refinamen-to de sua arte.

Os “críticos de tudo” da internet ainda não entenderam que a crítica bem sucedida é uma atividade que exige inteligência para combinar forma com conteúdo. Não perce-beram que, com sua grossura e ignorância, estão treinando quem gera e publica ideias, a não aceitar críticas.

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Seme Arone Junior, 45 anos, é Presidente do Nube - Nú-cleo Brasileiro de Estágios. Cursou Administração de Em-

presas com ênfase em RH e Engenharia Eletrônica pela Mauá, se especializou em Máster Vendas pela ESPM, Gestão Estra-tégica em Comunicação pela USP e MBA Executivo pela BBS – Virgínia (EUA) e foi Presidente da Abres - Associação Brasileira

de Estágios.www.nube.com.br/

||estágios||

saiBa mais soBre a demaNda do merCado de traBalhoPor Seme Arone Junior

Escolher a profissão não é tarefa fácil e exige muita responsabilidade na decisão final. Os estudantes, muitas

vezes, se vêem perdidos diante da infinidade de profissões existente.

Por isso, inúmeras universidades america-nas ajudam com testes de carreira, baseados em habilidades e competências dos futuros alunos. A intenção é unir a aptidão do jovem, com as áreas onde ele terá mais sucesso pro-fissional. Uma maneira eficiente de evitar a evasão dos seus futuros formandos.

Nesse contexto, um dos quesitos mais ava-liados ao se pensar em um futuro é a remune-ração. Mas, por que algumas carreiras pagam mais?

A grande resposta está na lei de oferta e demanda. Por exemplo, no Brasil, segundo dados do Inep/Mec, são mais de 1,1 milhão

de alunos ingressantes na área de Administra-ção. Embora o ramo tenha uma diversidade de campos, se comparado ao número de engenheiros em sala de aula, é possível per-ceber a distorção na formação e orientação pré-acadêmica no país.

Apesar de 420 mil se matricularem em cur-sos de engenharia (Inep/MEC), apenas uma média de 38 mil se formam todo ano. Um nú-mero baixo, levando em conta o fato de ser preciso pelo menos mais 55 mil, segundo a Co-ppe/UFRJ.

Fora a necessidade constante de enge-nheiros na história do mercado de trabalho em nosso país, alguns campos surgiram e es-tão em alto aquecimento, transformando a carreira em um dos ramos mais valorizados. Áreas como petroquímica, agronegócios,

construção civil e automobilística, são exem-plos claros disso.

Portanto, no momento de escolher uma profissão, é plausível ter em mente essas ten-dências. Para facilitar na decisão final, o Nube fez uma pesquisa referente aos estágios mais bem pagos no país. Você pode ter acesso ao estudo, em uma leitura complementar dispo-nível no blog da IES.

Boa sorte e sucesso!

Parceira

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37||3º setor||

Doutores da Alegria é uma organização pioneira em levar a arte do palhaço, por meio da paródia do palhaço que se veste de mé-dico - o besteirologista –, a hospitais brasileiros.

Iniciei essa ideia inspirado por um progra-ma que participei - o “Clown Care Unit”, em Nova Iorque, lançado em 1986 pelo ator Mi-chael Christensen. Em 1991, resolvi tentar aqui no Brasil um projeto parecido, enquanto ex--colegas faziam o mesmo na França (Le Rire Medecin) e Alemanha (Die Klown Doktoren).

Os preparativos deram um trabalho da-nado, mas valeu: em setembro daquele ano, numa luminosa iniciativa do Hospital e Mater-nidade Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo (hoje Hospital da Criança), teve início o

A EXPERIÊNCIA DA ALEGRIA Por Wellington Nogueira

nosso programa, que se ampliou, passando a contar também com um núcleo de formação e pesquisa. Hoje o Doutores da Alegria atua nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Reci-fe, e já realizou mais de 900 mil visitas a crian-ças hospitalizadas.

Em mais de vinte anos de atuação, cons-tatamos por meio de pesquisas que o traba-lho de intervenção artística constante, reali-zado com técnica, vvv e rigor artístico, gerou um impacto positivo nos hospitais, inspirando mudança de atitudes e posturas positivas no público atendido: pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde.

Ao mesmo tempo em que construímos fortes laços nos hospitais, ampliamos o nosso

leque de atuação para que um maior núme-ro de pessoas conhecesse a experiência da alegria. Alcançamos os teatros, as empresas e criamos uma Escola que compartilha nossa vivência.

Foto: Thiago França

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experiência de alegria em meio à adversida-de da internação. E esse caminho só aconte-ce quando ent em contato com aquilo que está bom, com o nosso lado mais saudável.

Entendo que, para a construção de um mundo sustentável, resgatar essa dimensão da alegria no trabalho pode acelerar as trans-formações sociais que tanto queremos alcan-çar. O que fazemos para o mundo é o reflexo do que fazemos para nós, portanto, temos ru-mos para corrigir se quisermos viver um futuro saudável.

||3º setor||

A máscara do palhaço é a nossa matéria--prima. Segundo o psiquiatra Carl Jung, “é im-possível viver a vida da mesma forma após um bom encontro com o palhaço”. A figura tem como função principal quebrar fluxos; o que nos tira da zona de conforto e mostra novas maneiras de olhar a vida e de se relacionar com ela.

Essa capacidade transformado-ra ajuda a reinventar a realidade. Então por que também não aplicar isso ao mundo corporativo?

A grande maioria das pessoas que traba-lham em empresas está em busca de alterna-tivas para se ter um ambiente de trabalho sau-dável - assim como um paciente internado no hospital quer estar saudável! Pautados pela Besteirologia, acreditamos que a alegria é de-corrente do desafio constante de se criar uma

Wellington Nogueira é Ator formado pela Academia Americana de Teatro Dramático e Musical de Nova

Iorque. É fundador e coordenador geral do Doutores da Alegria – Arte, Formação e Desen¬volvimento, organização ganha-dora do Prêmio Criança, outorgado pela Fundação Abrinq, três vezes reconhecida pela Divisão Habitat da ONU como uma

das 40 Melhores Práticas Globais e também ganhadora do “Prêmio Cultura e Saúde”, concedido em junho de 2009 pelo Programa Cultura Viva, iniciativa conjunta dos Ministérios da Cultura e Saúde. www.doutoresdaalegria.org.br

A partir dessa consciência, o traba-lho pode se tornar o grande recurso para exercermos o nosso propósito de vida. E podemos nos perguntar todos os dias: como tornar melhor a vida das pessoas à minha volta? Está aí uma boa forma de exercitar a alegria!

Foto: Thiago França

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40||saúde e BeM-estar||

Os alicerces dO bem-estarPor Prof. Esp. Luís Otávio S. Moscatello (Tavicco)

A evolução do homem moderno tem trazido modificações expres-sivas no âmbito sócio-cultural. Os

últimos dois séculos estabeleceram alterações importantes nos hábitos dos cidadãos, prin-cipalmente nas grandes metrópoles, onde as pessoas vivem em um ambiente, no qual novos elementos surgiram e se transformaram em uma realidade composta por: ritmo de tra-balho mais volumoso e intenso, sedentarismo, má alimentação, entre outros fatores.

Juntamente com a proliferação des-tes fatores, apareceram doenças (patologias)

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e distúrbios relacionados, tais como estresse, síndrome do pânico, depressão, coronariopa-tias, diabestes e obesidade. Estas manifesta-ções derivam de aspectos genéticos, porem podem ser sensivelmente disparadas pelos maus hábitos de alimentação, sono e inativi-dade física.

Para se combater esta tendência, to-dos nós precisamos tomar consciência de uma série de informações que podem mudar a qualidade de nossas vidas, favorecendo uma vida mais saudável, feliz e fundamental-mente que te faça se sentir bem hoje e ama-nhã.

Ao se falar em bem-estar, fala-se de mudança, transformação,... Muitas vezes, estas palavras pe-

sam e podem gerar uma resistência natural a qualquer tipo de mudança de hábito. Para isto, existem alguns passos progressivos que se-guramente ajudarão você a superar etapas e paulatinamente, aumentar o seu nível de qua-lidade de vida, bem-estar e produtividade em

||saúde e BeM-estar||

todas as coisas em que você se propuser a re-alizar em sua vida.

Neste capítulo, iremos abordar um conjunto de fatores que interferem entre si e alicerçam o bem-estar. O conhecimento des-tes fatores poderão nos ajudar a compreender melhor a extensão dos mesmos na mudança de habito para uma vida melhor.

Segue abaixo, um diagrama dos fato-res relacionados à promoção do bem-estar:

sono

As pessoas normalmente conseguem usu-fruir os benefícios do sono, dormindo entre seis e oito horas por noite. Juntamente com a du-ração, a qualidade do sono também interfe-re na boa recuperação e descanso do corpo humano.

Algumas dicas e recomendações

importantes para a “higiene do sono” seguem abaixo:

• Procurar se envolver com atividades relaxantes nas horas que antecedem o mo-mento do sono;

• Praticar atividades físicas;• Fazer refeições mais leves na parte da

noite;• Evitar a ingesta de bebidas alcoólicas

e produtos a base de cafeína;• Evitar o excesso de preocupações à

noite;• Procurar ambientes com pouca lumi-

nosidade, pois eles estimulam a liberação de mediadores químicos que favorecem a esti-mulação do sono.

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42||saúde e BeM-estar||

Nutrição BalanceadaA seleção de nutrientes adequados são

imprescindiveis para o bom funcionamento do corpo. O equilibro entre ingesta de car-boidratos (elementos energéticos), Proteinas (construtores) e gorduras deve ser administra-dos diariamente de 3 a 6 refeições diárias.

exercício físico orientado

O corpo humano foi desenvolvido após milhares de anos, ao longo da evolução, para realizar atos motores caracterizados como bá-sicos, assim como se deslocar (caminhar, cor-rer), saltar e arremessar. Apresentamos uma ampla condição motora, possibilitada por inú-meras articulações, mobilizadas pela contra-ção de músculos, gerando assim movimentos e gestos que variam entre os níveis de coorde-nação, complexidade motora e força. Nós fo-mos “moldados” pela necessidade, que nossa interação com o meio ambiente nos propor-

cionou, no sentido de utilizar o nosso aparelho locomotor para cumprir tarefas indispensáveis para nossa sobrevivência, além da realização de diversas funções.

atitude mental Melhorar o seu nível de bem-estar

está sensivelmente relacionado à mudança de comportamento e aumento do nível de consciência, do que realmente é importante ser feito e mudar, a fim de que determinados efeitos possam ser refletidos de maneira positi-va em nossas vidas.

Um dos aspectos mais importantes para que esta mudança de comportamento consciente aconteça é a atitude mental. Cul-tivar uma atitude mental que seja positiva em relação à vida facilita a preparação para se submeter modificações do dia-a-dia nas áre-as relacionadas em nosso diagrama do bem--estar.

Atividades relacionadas a “sentir-se bem”

Em um mundo onde cada vez mais temos afazeres que ocupam quase todo o nosso dia com trabalho e itens obrigatórias do dia-a-dia, torna-se necessário tentar equilibrar com atividades que você realmente goste e que te façam sentir-se bem. A busca de um “hobby” pode ser uma boa solução. Descobrir as coisas que realmente nos fazem bem está no escopo do bem-estar.

medicina preventiva Boa parte das doenças, antes de se

manifestarem, apresentam marcadores espe-cíficos que sinalizam, antecipando e alertan-do a ocorrência de patologias. Consultar um médico, fazendo os exames regulares propos-tos, funcionará de maneira eficiente na profi-laxia.

A medicina tem evoluído no sentido de

cada vez mais utilizar procedimentos tanto através da medicina clássica quanto em áreas mais recentes, que apresentem um foco pre-

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ventivo. Entre elas se destacam áreas como a medicina esportiva, ortopedia, anti-aging e biomolecular.

aspecto emocional Estar emocionalmente equilibrado é

uma busca da maioria das pessoas. São mui-tos os fatores que podem interferir no estado emocional. A sobrecarga de preocupações, tensões e pressão podem gerar o “stress”. Para isto, desenvolver mecanismos ou situações que possam controlar o nível de “stress”, deve funcionar na minimização de fatores que afe-tam negativamente a sensação de bem-estar no presente e influenciam este quadro no fu-turo.

Estar bem consigo próprio, lidar melhor com os relacionamentos interpessoais, organi-zar prioridades e se conhecer cada vez melhor auxiliarão a equilibrar o aspecto emocional.

aspecto espiritual De uma maneira variada de manifes-

tações, as religiões exercem um ambiente através do qual o individuo tem acesso a in-formações que o permitem aprofundar seus sentimentos de fé, credulidade e esperança. Independentemente das convicções religio-sos, as pessoas desenvolvem historicamente a fé. Este sentimento possivelmente carregue o maior mistério da vida, tendo sido demonstra-do por um verdadeiro estilo de vida, onde o relacionamento com Deus ocupa um espaço fundamental.

O nível de conforto, esperança e felici-dade das convicções espirituais, apresentam uma participação relevante na promoção do bem-estar.

Prof. Esp. Luís Otávio S. Moscatello (Tavicco) Educador Físico, Pós-Graduado em treinamento esportivo, Dire-

tor Pedagógico e de conteúdo do Fit-ness Brasilb;Diretor Executivo da Advisor Personal Training _ empresa prestadora de serviço em Personal Training e Con-sultoria em qualidade de vida; Personal Trainer desde 1987, foi um dos introdu-tores do conceito de programação de

treinamento personalizado no Brasil; Professor de di-versos cursos de especialização.Autor dos softwares Running for Wellness, MTF1 e www.treinamentoindividualizado.com.br;

||saúde e BeM-estar||

Considerações finais:

O segredo do sucesso parece estar na busca e manutenção do equilíbrio entre os fatores que estruturam os alicerces do Bem--estar, adaptando estes conceitos com bom--senso à sua realidade, sempre respeitando a sua individualidade e evitando o exagero de qualquer um destes aspectos.

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45||PaPo de MuLHer||

ToDA MuDAnçA poDE sER bEM vInDA

Todo inicio de ano fazemos planos e mais planos e acabamos aos pou-cos não os colocando em prática. Mas vejam que interessante, temos

aqui duas imagens verdadeiras de que isto não é bem a verdade e, se realmente quisermos colo-car nosso sonho em prática mudando literalmen-te nossas vidas, casa e trabalho, basta o ponta-pé inicial.

Montar um planejamento estratégico é o pri-meiro passo, mas isso parece mais um trabalho empresarial, coisa que chefe pede, não é mes-mo? Agora procure lembrar que fazemos isto naturalmente e sem perceber.

Um exemplo é quando vamos viajar nas fé-rias: temos nosso trabalho, filhos, marido, animal de estimação e tantas outras coisas do dia a dia. Para facilitar a organização, costumamos elabo-rar uma listinha de tudo o que temos que fazer até a data da viagem - sem contar que a vida

Por Shirley Marya

fissionais, mães, filhas, donas de casa, esposas e muito mais, que tiveram a ousadia de mudar “radicalmente” suas vidas neste início de ano.

Alguns poderiam ter dito ou pensado “Que loucas, saírem de São Paulo para morar no inte-rior”, mas de acordo com elas foi uma opção de vida, já que conseguem conciliar tudo da mes-ma forma como faziam antes; pois a internet cria

continua.Separar a roupa de cada um, verificar o que

fazer com o cachorro, se as contas estão todas pagas, se conseguimos deixar tudo ajeitado no escritório, e por aí vai. Isso com certeza é um pla-nejamento estratégico com o objetivo de se ter uns dias de férias sem muitos problemas.

Nossas convidadas desta edição são pro-

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a proximidade entre pessoas e empresas, então porque não melhorar ainda mais a qualidade de vida?

Juliana é advogada, tem 32 anos e vendeu seus apartamentos em São Paulo para construir uma casa em um condomínio a 40 km da ca-pital. Na verdade, como ela diz, seu marido foi quem a construiu, porque ela só queria estar lá quando tudo já estivesse pronto. Juliana diz que não tem tino para construção, nem paciência e tempo para lidar com os pedreiros - ainda mais porque suas filhas de um ano e meio, gêmeas, ocupam muito seu tempo.

Mesmo um pouco distanciada da família, essa opção de vida gerou um modo diferente de enxergar as coisas. Em nossa conversa ela diz que onde estão agora o sol é diferente, o ar é outro, não se vê poluição e a vista do entardecer da sacada de sua sala compensa qualquer sa-crifício que tenham feito para estar lá.

O local é realmente um pequeno paraíso e eles sabem que as adversidades continuam sendo muitas, mas consigo ver nesta família uma concordância de opiniões que os fazem superar e continuar seu propósito de fazer com que essa

Shirley Marya é Empresária, formada em Comércio Ex-terior e Marketing e atua no mercado de Palestras,

Seminários e Workshops há 20 anos. Di-retora executiva da Futurus – Palestras e Palestrantes, uma das mais tradicionais empresas do setor.www.palestrasepalestrantes.com.brwww.futurus.com.br

*Mande sua sugestão ou história de mulheres notáveis!

||PaPo de MuLHer||

mudança seja construtiva e saudável em todos os setores da vida deles.

Andrea, empresária, 41 anos teve que co-meçar novamente muitas coisas “do zero”: co-locou sua casa a venda, pagou uma multa por devolver antecipadamente as salas onde tinha seu escritório e começou a ver escola para o seu filho numa cidadezinha que fica a 80 km de São Paulo, onde optou morar.

Ela me diz que nesta mudança conseguiu experimentar muitas coisas que estavam meio adormecidas como: disciplina, vontade, paciên-cia, administração do dinheiro e muita persistên-cia.

Em 30 dias na nova cidade, já está inteirada

e fazendo parte da comunidade. Os vizinhos fo-ram dizer que ela e sua família eram bem vindas.

Agora falando sério, isso até parece coisa de filme, não é mesmo?

Ao final de nossa conversa ela explica que tudo tem valido muito a pena e já deveria ter fei-to isso há mais tempo, só não consegue enten-der porque demorou tanto.

Realmente, acabei nosso papo passeando pela cidadezinha e pude notar as diferenças de comportamento das pessoas locais. Nesse ca-minho muitos me cumprimentaram como se já fossemos velhos amigos e me fizeram sentir parte de um todo. Tive a certeza de que as mudanças sempre podem ser bem vindas independente-mente de onde estivermos.

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Voice design, o poder da palaVra falada aplicada

||CoMuNiCação||

Por Jorge Cury Neto

Voice design é uma nova área da comunicação dedicada ao estudo e a pesquisa sobre o poder

da palavra falada aplicada, abran-gendo desde a idealização, criação, desenvolvimento, configuração, con-cepção, elaboração e especificação do uso dos recursos da voz para fins

comunicacionais.

A estrutura conceitual do voice de-

sign está sustentada numa metodologia

multidisciplinar centralizada na oralida-

de. a partir de uma curadoria realizada

em diversas áreas do conhecimento,

entre as quais, a linguística, semiótica,

programação neurolinguística, filosofia,

fisiologia, antropologia, acústica, sono-

ridade, musicalidade, psicanálise, hip-

nose, dublagem, entre outras, que por

sua vez está balizada num paralelismo

fundamentado nos pressupostos do

design gráfico e do design instrucional,

considerando os seus elementos estrutu-

rais, como cor, repetição, alinhamento e

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proximidade, aplicados analogamente

aos vários aspectos da voz.

O voice designer utiliza os diversos

recursos disponíveis pela voz, como

entonação, ritmo, harmonia, altura,

amplitude, volume, frequência, inten-

cionalidade, num sistema de sonoriza-

ção vocal, capaz de atribuir diversas

funcionalidades cognitivas e estéticas

aos processos de comunicação, que

permita o controle sobre diferentes pa-

râmetros eletroacústicos de qualquer

fonte sonora, acústica ou gravada,

materializado pelo desenvolvimento

de interfaces presenciais ou virtuais,

analógicas ou digitais, orientadas por

uma intenção ou objetivo de interati-

vidade e colaboratividade, visando

Jorge Cury Neto é Jornalista com mais de 40 anos de carreira no rádio e na televisão. Fundador da agência

de notícias Central de Radiojornalismo que em 2008 foi incorporada a Web-combrasil. Coordenador do núcleo de pesquisa e estudo sobre comunicação verbal com ênfase na oralidade que deu origem ao surgimento da nova

área da comunicação designado voice design. www.jorgecuryneto.com.br

oferecer soluções comunicacionais e

relacionais eficazes.A área da comunicação que trata

do voice design é uma atividade estra-tégica responsável pela manipulação, criação e organização dos seus elemen-tos cognitivos e estéticos da comunica-ção sonorizada. Ela é capaz de ativar os diversos estímulos sensoriais para fins de fixação efetiva da mensagem, de reten-ção eficaz do conhecimento, atrelando a racionalidade aos vários planos emo-cionais gerados em diferentes perspecti-vas de difusão de voz.

||CoMuNiCação||

Jorge Cury Neto em treinamento com o Voice Design

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51||reLaCioNaMeNto HuMaNo ||

O título parece fazer referencia á figura de ator, onde as “perso-nas” (máscaras usadas no teatro

grego) se multiplicam em razão das diferentes necessidades de adaptação social no meio em que vivem. Mas as “personas” não pres-supõem a multiplicidade de personalidades e sim de comportamentos.

os vários PaPéis Que iNterPretamos No dia a diaPor Bernardo Leite

Indiscutivelmente somos forçados a man-ter diferentes comportamentos em diferentes graus de exigência social. Não podemos nos comportar de mesma maneira em todos os ambientes.

Esse é um fator de adaptação, caracterís-tica essencial e diferencial da raça humana, que tem efetiva responsabilidade pela perpe-tuidade da espécie.

Page 52: Revista IES 3ª Edição

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samos interpretar vários papéis no “teatro da vida”, mantendo nossos princípios e valores que estabelecem nossa individualidade. Essa consciência, mesmo com a necessidade de adaptação aos diferentes ambientes, nos permite manter a coerência e a firmeza para enfrentar adversidades. Esse é um ponto fun-damental na aceitação da nossa individua-lidade e, como é esperado, de nossas quali-dades e defeitos. Só poderemos assumir uma postura mais segura e objetiva se pudermos aceitar-nos. Afinal, conhecer necessidades é o primeiro passo para o desenvolvimento.

Bernardo Leite é Psicólogo com especialização em Administração de Empresas. Professor de pós gradu-

ação e M.B.A em diversas universi-dades. Especialista em comportamento organizacional. Um dos precursores do Feedback no Brasil, coautor da teoria da Liderança Comportamental. Autor do Best Seller: Dicas de Feedback. Um dos coordenadores do livro Ser Mais

Inovador em RH. Coordenador do portal Empreender Melhor. www.bernardoleite.com.br

sermos aceitos pelas personagens de um de-terminado ambiente. Isso é, jogamos o jogo.

E então, quem somos? E como está a nos-sa aceitação de nós mesmos?

Sem dúvida não temos várias personalida-des (pelo menos não normalmente).

Somos sempre, a mesma pessoa. Essa constatação é determinante para que pos-

Então, exercemos uma ação de adapta-ção que podemos chamar de “efeito cama-leão”, isto é, nos tornamos parecidos com o meio em que estamos.

Por exemplo: no ambiente profissional nos é exigido maior concentração, foco e, na maior parte dos casos, certa contenção de ânimo e sociabilidade.

Se estamos entre amigos adotamos, nor-malmente, um comportamento mais descon-traído e, até, brincalhão. Por vezes pessoas que nos conhecem em um desses ambientes estranham o nosso comportamento no outro ambiente.

Na família podemos ser mais autênticos. E assim em outros ambientes em nome da ne-cessidade de adaptação e aceitação. Sim este é outro componente, a aceitação. Fre-quentemente nos comportamos de forma a

||reLaCioNaMeNto HuMaNo ||

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Por Marcos Baumgartner

Assumida por um grande número de empresas como um fator de-terminante de competitividade,

as ações de Educação Corporativa têm rece-bido crescentes investimentos, fortalecendo, ao longo desses anos, a percepção da impor-tância conferida à qualificação das pessoas como diferencial para o sucesso das empre-sas brasileiras.

Em geral, busca-se na ação de Educação Corporativa a difusão dos valores, das políti-cas e dos processos que compõem a identi-dade corporativa das empresas, a formação, qualificação e certificação profissional para os níveis técnico-operacionais, a educação continuada na formação de técnicos e espe-cialistas para garantir o processo de inovação tecnológica e ampliação da sua expertise e, a formação e o desenvolvimento contínuo dos líderes, garantindo a sustentabilidade das estratégias e resultados empresariais.

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Em vários casos – hoje considerados de re-ferência – o planejamento das ações educa-cionais é realizado com base no diálogo entre as áreas de negócios e as áreas de Recursos Humanos, resultando em projetos que tradu-zem um conjunto de ações – individuais ou de grupo – para cada etapa de formação, con-junto esse alinhado aos objetivos estratégicos dessas empresas.

A crença no valor das pessoas e na ca-pacidade de desenvolvimento de cada indi-víduo tem sido um dos valores fundamentais da Educação Corporativa, viabilizada por meio de um forte processo educacional, que abranja todo o quadro de funcionários, em todas as posições e atividades desenvolvidas, buscando por meio do total alinhamento es-tratégico, auxiliar as pessoas em seu autode-senvolvimento, incentivando-as à constante busca do aprimoramento.

Sob bases sólidas e valores enraizados, a educação corporativa no Brasil, nos últimos

||t&d||

Marcos Baumgartner é Publisher da Revista T&D In-teligência Corporativa. . Psicólogo, com especiali-

zação em Psicologia das Organizações. Diretor Executivo da Associação Bra-sileira de Educação Corporativa – AEC Brasil. Idealizador e Gestor da “Visionary Leadership Community”, comunidade Ibero Americana de líderes em Recur-sos Humanos e Educação Corporativa

.Membro do Conselho Consultivo do Programa de Estudos em Gestão de Pessoas – PROGEP, da Facul-dade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo aecbrasil.com.br/

10 anos, tem encontrado, nas suas diversas formas de privilegiar o crescimento pessoal e profissional, caminhos que levam as empresas a uma contínua busca de metodologias e fo-cos de ação que permitam uma rápida dis-seminação e compartilhamento de conheci-mentos, estendendo, assim, a eficácia de suas ações também para a cadeia produtiva.

Estes são avanços extraordinários dos quais precisamos nos orgulhar, pois falar em Educação Corporativa é tratar de um proces-so essencial para organizações diferenciadas que adotaram como filosofia de gestão: 1) a crença de que seus profissionais têm consci-ência das próprias possibilidades de ascensão na carreira; 2) de que o fazem norteados pelo preparo, desenvolvimento e comprometimen-to pessoal e, finalmente; 3) que não há outra solução para o sucesso do negócio senão aquela baseada no desenvolvimento integral e no aproveitamento competente dos talen-tos internos

“...auxiliar as pessoas em seu autodesenvolvimento, incentivando-as à constante busca do aprimoramento.”

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55||eduCação||

Um dos maiores desafios que os jo-vens tem enfrentado atualmente é o de conseguir definir com clareza

o que, em sua vida, é de domínio público e o que deve permanecer discretamente reser-vado aos círculos privados. O tema é sempre muito debatido e isso reflete a intensidade desse desafio, por isso, creio que devemos es-tar atentos a alguns pontos:

Ei, você Está online?

Por Sidnei Oliveira

É indispensável estar conectado – as redes sociais definem todas as manifes-tações de interação de agora em diante. Ter uma presença, um posicionamento em redes sociais tornou-se absolutamente indispensá-vel para qualquer pessoa ou corporação que queira participar do mercado. Tornou-se um risco muito grande manter uma posição de omissão.

Contato não é relacionamento – no mundo digital, os relacionamentos atin-gem um grau de complexidade tão grande que somente através das redes é possível dar conta de tantos contatos. Todos querem se conhecer, ou, pelo menos, manter uma fina camada superficial de conexão que permita se atualizar sobre a vida de outras pessoas, contudo, não se pode confundir as coisas.

Por sidinei oliveira

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SIdinei Oliveira é formado em Marketing e Admin-istração de Empresas, expert em Conflitos de Ger-

ações, Geração Y e Z, desenvolvimento de Jovens Talentos e Redes Sociais au-tor de vários livros sobre Liderança e Ad-ministração. É sócio-fundador da Kantu Educação Executiva, Vice-presidente do Instituto Atlantis de preservação ambiental e membro do conselho de

administração da Creditem Cartões e do Fórum de Líderes Empresariais.

www.sidneioliveira.com.br

||eduCação||

O principal filtro é você – o que vemos e deixamos de ver é reflexo de nosso comportamento online e acontece como re-sultado direto dos contatos que adicionamos a nossa rede de relacionamento e do que de-cidimos curtir e compartilhar.

– não podemos ignorar que temos um controle parcial sobre nossa presença virtu-al. Mesmo quando não divulgamos nossas informações, outras pessoas fazem isso e nos envolvem através de marcações e curtidas, divulgando nosso status, nossos comporta-mentos e nossa presença em diversos locais e situações.

Sua opinião te define – toda a tec-nologia que surgiu nos últimos vinte anos afe-tou completamente o sistema cognitivo das pessoas e o maior impacto que se observa é na comunicação. Tudo que você fala, co-menta, compartilha e curte agora é parte de sua personalidade e será usado para definir quem você é.

Vivemos um tempo em que as conexões assumiram conceitos sociais profundos e no qual se busca o desenvolvimento de ferra-mentas que permitam suprir a intensa expec-tativa por comunicação e relacionamento.

Por isso, o melhor é cuidar de sua a vida online, pois precisaremos estar preparados para cenários que ainda não existem, usando tecnologias que ainda não foram inventadas para resolver problemas que ainda não sabe-mos que serão problemas.

a vida online é pública

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58||QuaLidade de vida No Meio CorPorativo||

Por Dr. Alberto José N. Ogata

A concepção de estratégias para os programas de promoção da saúde deve ter como ponto de

partida a identificação dos fatores de risco para doenças. Na verdade, os maiores e reais obstáculos para a melhoria da saúde são os comportamentos individuais e sociais, asso-ciados às expectativas e a cultura de cada grupo. As escolhas são determinantes do po-tencial humano para saúde ou doença.

É possível ter um estilo de vida saudável nas empresas?

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59||QuaLidade de vida No Meio CorPorativo||

Alberto José N. Ogata é médico, presidente da Asso-ciação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), mem-

bro do Comitê de Responsabilidade So-cial (CORES) da FIESP, coordenador do Laboratório de Inovação Assistencial da OPAS-ANS e autor de livros sobre gestão de programas de qualidade de vida e bem-estar.

www.abqv.com.br

O conhecimento de que a saúde é fun-damentalmente comportamental e que um estilo de vida saudável pode ser uma manei-ra eficaz para se evitar muitas doenças, levou profissionais de saúde a se voltar para o estu-do e entendimento do comportamento hu-mano na tentativa de encontrar abordagens eficazes que poderiam influenciar as escolhas individuais e coletivas.

A compreensão dos comportamentos sob uma perspectiva mais ampla e abrangente torna possível se levar a propostas de interven-ções e programas de mudanças eficientes. En-tender esse processo implica em lembrar que os comportamentos são multidimensionais e, como tal, intervenções que envolvam a sua mudança não podem considerar apenas um aspecto específico desse comportamento. É preciso considerar toda a ampla complexi-dade que o assunto exige para resultados efi-cientes e definitivos.

O conhecimento dos modelos de mudan-ça de comportamento e a sua utilização nos programas e ações possibilitarão a melhores resultados na redução de fatores de risco e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

A questão que surge é: se as pessoas preferem viver e ter saúde a morrer, porque elas continuam colocando suas vidas à prova com comportamentos de risco para a saúde? A resposta não é simples. Informação pura e simples sobre uma doença e suas formas de prevenção, não tem sido suficiente para a melhoria dos comportamentos relacionados à saúde e do estilo de vida do indivíduo. Não se consegue atingir resultados significativos de melhoria da saúde de uma pessoa e das comunidades em geral, apenas transmitindo conceitos e informações.

É preciso se aprofundar no fato de que, principalmente no que diz respeito às doen-ças crônicas, o enfrentamento eficiente exige mudanças radicais na forma de abordagem do problema, sendo que o seu principal fator envolve as escolhas individuais de estilo de vida, sendo esta, sem dúvida, a melhor forma de intervir com resultados positivos.

Parceria

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60||LideraNça||

Se desejamos construir famílias mais felizes, empresas mais saudáveis e comunidades mais solidárias, preci-

samos mudar a forma de pensar sobre como exercemos a Liderança. As competências que foram aplicáveis durante os últimos 50 anos já não são mais tão úteis no mundo volátil em que vivemos. Infelizmente, estamos formando líderes para uma realidade que já não existe mais.

Os segredOs dOs líderes inspiradOresPor César Souza

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César Souza é o presidente do Grupo Empreenda e um dos mais respeitados consultores no tema Liderança, Estratégia e Cli-entividade. Autor de diversos best sell-ers, dentre eles “Você é o Líder da Sua Vida” e “A NeoEmpresa”www.empreenda.com.br

||LideraNça||

A escassez de líderes no mundo empre-sarial é um fato. As empresas não conseguem formar líderes na quantidade nem na qualida-de que necessitam para executar suas estra-tégias, alavancar sua expansão e aproveitar o bom momento da economia. O que fazer? Uma saída é tentar aprender com a prática daqueles a quem chamo de “Líderes Inspira-dores”. Esse novo tipo de líder se destaca por cinco práticas:

Define com clareza o Rumo, o Propósito Comum. Oferece às pessoas aquilo que mais desejam: uma bandeira, um significado para suas vidas. Acreditam que as pessoas estão dispostas a oferecer o melhor de si, desde que se identifiquem com uma Causa, um Porquê para o seu cotidiano.

Forma outros líderes, não apenas seguido-res: Desenvolve em torno de si pessoas capa-zes de exercer a liderança quando necessá-rio. Cria mecanismos, atitudes e posturas que estimulam o desenvolvimento do líder que

existe dentro de cada um com quem convive. Valoriza e forma outros líderes, seu maior lega-do para o futuro da organização.

Cuida do todo não apenas da parte: Atua onde faz diferença. Não comanda ape-nas uma equipe de subordinados dentro das paredes de uma empresa. Exerce a liderança também “fora”, para cima e para os lados: lidera clientes, parceiros, comunidades, in-fluencia chefes, colegas, acionistas.

Faz mais que o combinado: Não basta “bater metas”. Surpreende pelos resultados. Sabe compatibilizar o hoje com o amanhã. Garante o presente enquanto constrói o futu-ro.

Inspira pelos valores: Constrói um mapa de atitudes em torno de valores que são ex-plicitados, disseminados e praticados. Cria um clima de ética, integridade, confiança, res-peito, transparência, aprendizado contínuo, inovação, paixão e humildade. Educa pelo exemplo. Prima pela coerência entre o que diz e o que faz. Lidera a si mesmo antes de pretender liderar os outros.

E você? Quais desses pontos você já pra-tica? Quais precisa praticar mais?

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63||ies iNdiCa ||

Quando Bruno Perin (juntamente com Inae Ramos), idealizador dessa ideia me apresentou o

projeto, fiquei impressionado com sua impor-tância e simplicidade. Tive o privilégio de ser um dos primeiros entrevistados.

“Será que tá certo” é uma dessas ideias que surgem pra trazer conhecimento de forma clara, divertida, objetiva e didática. Contribuir para o desenvolvimento de nossos jovens com dicas de grandes personalidades do mundo corporativo e do mercado em geral. Ouvir as dicas de quem já trilhou um caminho notável. Aqui não damos o peixe, mas ensinamos dicas especiais para pescar.

Será que tá certo?Aprender Sempre!

Com o intuito de promover e estimular atitudes empreendedoras mais conscientes e ousadas, nasce o “Será que tá Certo?”, gran-de movimento apoiado por empresários e universidades, que irá agregar conteúdo de qualidade para informar e instruir estudantes e recém-formados que queiram desenvolver ideias inovadoras.

A iniciativa surgiu após a identificação da preocupação que professores demonstraram em relação a universitários que continuamen-te expõem apatia ou desconhecimento das carreiras escolhidas. A ideia surgiu a partir de uma primeira palestra que aconteceu em uma instituição de ensino superior em Santa Maria (RS), a qual gerou impacto em alunos que se sentiram interessados e entusiasmados.

Será que tá certo?

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O projeto, idealizado por Bruno Pe-rin, um dos maiores talentos bra-sileiros, contará com ferramen-

tas online para a divulgação de ações e terá seu pilar no YouTube com depoimentos, dicas e conselhos de profissionais com experiência e sucesso no mercado, além de um blog, uma fan page no Facebook e Twitter, para divulgar os vídeos e gerar discussões e debates entre

||ies iNdiCa ||

os participantes do manifesto e do público em geral.

Para gerar um contato físico maior com os participantes, uma palestra intitulada “Esteja preparado para a selva do mercado”, minis-trada pelo porta-voz do movimento Perin, po-derá ser solicitada por instituições de ensino superior para levar aos alunos uma visão práti-ca dos novos desafios e responsabilidades do mercado.

Entre os integrantes do grupo estão Alex Born, considerado o pai do neuromarketing e um dos mais experientes e requisitados confe-rencistas da atualidade, Amalia Sina, conside-rada uma das executivas mais bem sucedidas da sua geração, Jorges Nahas, fundador do O Melhor Da Vida, Nicole Barros, Diretora de Comunicação da NB Press, e Malte Huffman, diretor de marketing da Dafiti, entre muitos ou-tros nomes respeitáveis.

Saiba mais em: www.seraquetacerto.com.br

e www.facebook.com/

seraquetacer to

Dr. Jô Furlan Publisher

Page 65: Revista IES 3ª Edição

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Nas micoses profundas, os fungos disseminam--se através da circulação sanguínea e linfática. Podem infectar a pele e órgãos internos, como pulmões, intestinos, ossos ou sistema nervoso.

Como se pega?Os fungos podem ser encontrados no chão,

em animais e no próprio homem. O contato com os fungos é inevitável e a transmissão se dá de vá-rias formas. Durante o verão, o aumento do suor favorece o surgimento das micoses da pele. Há-bitos higiênicos são importantes para se evitá-las

||diCas de saúde||

A especialidade médica derma-tologia é talvez a que apresente o maior número de patologias. É

um grande desafio diagnosticar e tratar as le-sões (tumorais, fúngicas, inflamatórias e etc.) pois se apresentam de várias formas, muitas vezes semelhantes entre sí.

Na prática dermatológica as lesões causa-

das por fungos - mais conhecidas como a micose - são muito frequentes. É fundamental que todos sejam orientados quanto aos cuidados para evitar a contaminação que ocorre em grande quanti-dade principalmente no verão.

Fiz um guia prático para que você saiba o que é, e como pode previnir-se para manter sua pele saudável e longe dos fungos:

Fuja da micose Por Dr. Cássio Hernandes

Micose é o nome dado a doenças causa-das por fungos. Existem mais de 230 mil tipos de fungos, mas apenas 100 causam micose. Como eles estão em toda parte, praticamente todas as pessoas ficam expostas a eles. Quando encon-tram condições favoráveis, como umidade e ca-lor excessivos, os fungos se reproduzem e podem desencadear a infecção.

Nas micoses superficiais ,os fungos ficam na camada externa da pele, ao redor de pêlos ou unhas, alimentando-se de uma proteína chama-da queratina. Cerca de 30% da população mun-dial tem problemas causados por micoses super-ficiais

o que é micose?

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tratamentoExistem medicamentos rápidos e eficazes

para o tratamento das micoses. A automedica-ção, geralmente com produtos inadequados, dificulta o tratamento. Siga corretamente a pres-crição médica e tome os cuidados para evitar a reinfecção.

- Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés.

- Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo.

- Evite contato prolongado com água e sa-bão.

- Não use objetos pessoais (roupas, cal-çados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas.

- Não ande descalço em pisos constan-temente úmidos (lava pés, vestiários, saunas).

- Observe a pele e o pelo de seus ani-mais de estimação (cães e gatos). Qualquer alteração como descamação ou falhas no pelo procure o veterinário.

- Evite mexer com a terra sem usar luvas.

-Use somente o seu material de manicu-re (alicates de cutículas, tesouras, lixas,...).

- Evite usar calçados fechados o máxi-mo possível. Opte pelos mais largos e ven-tilados.

- Use sempre meias de algodão.

- Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de baixo. Prefira sempre tecidos leves como o algodão.

Dr Cássio Hernandes é médico especialista em der-matologia, é referência no tratamento clínico e es-

tético dentro de sua área de atuação. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro do Conselho da Universidade da Inteligência.

www.cmanaliafranco.com.br

||diCas de saúde||

Como evitar as micoses de pele?

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68||étiCa||

a Ética e a susteNtaBiliDaDe como DiFereNciais comPetitiVos Por Roberto Belotti

A ética pode ser definida como a par-te da filosofia que trata da moral e obrigações do homem. É o estudo

dos costumes considerados como moralmente certos ou errados. Todos nós nos deparamos com dilemas morais todos os dias. Mas o que é o certo e o errado? Certo é qualquer ato que seja coe-rente com as normas da moralidade, equitativo e justo.

Nestes últimos anos, a discussão sobre ética vem ganhando espaço nas empresas, instituições de ensino, órgãos públicos, meios de comunica-ção e organizações não governamentais em nos-so país. Com o advindo do processo de globali-zação da economia, os avanços tecnológicos, maior acesso ao mundo das informações e con-

sequentemente um consumidor mais atualizado e crítico, iniciou-se um processo de maior exigência e fiscalização da sociedade em relação ao com-portamento ético das organizações.

Os recentes escândalos financeiros em cor-porações estrangeiras ou não, levaram a popu-lação a verificar quais as relações estabelecidas entre as organizações e seu público, sejam funcio-nários, clientes, fornecedores, governo, imprensa, concorrentes, comunidade/meio ambiente. Nun-ca se exigiu tanto em relação ao comportamento da organização a ter uma conduta socialmente responsável, que mais do que um diferencial, é uma questão de sobrevivência.

O mundo capitalista e a sociedade consu-mista tendem a nos empurrar para a desonestida-de. Aumentar uma nota para compensar outros gastos, prometer ao cliente algo que não possa ser cumprido e achar que tudo isto é uma con-duta normal. O profissional, empregado ou não,

precisa ter uma norma de conduta ética a ser se-guida. Este é um valor importantíssimo para o vín-culo com os clientes e buscar sua lealdade, pois ajustam seu desempenho aos princípios morais da conduta humanas geralmente aceitas pela socie-dade e por ele mesmo. Fácil de imaginar que ela tem um peso significativo em seu desempenho frente aos clientes.

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Felizmente, as organizações concluíram que hoje, a sua credibilidade é conquistada apenas com uma prática efetiva de valores éticos no res-peito ao consumidor, meio ambiente, comunida-de e uma transparência de relações nos seus mais diversos públicos.

Não basta que as empresas apresentem produtos e serviços com qualidade, elas de-vem mostrar que estão engajadas na pro-teção do meio ambiente contribuindo para responsabilidade social e sustentabilidade. Dessa maneira, não são apenas empresas legais, mas tem sua legitimidade endossada pelo consumidor e comunidade, fortalecendo assim sua governança corporativa com uma ética empresarial baseada e praticada em valores.

A atitude ética não se verifica apenas em projetos socialmente responsáveis, mas através de um comportamento ético que permeie todos os processos decisórios da empresa. Todos têm papel preponderante

como agente na disseminação desta trans-parência ética em sua corporação.

A ética pode não ser o caminho mais rápido para o sucesso, porém sem ela o fracasso é emi-nente. Agir dentro das normas morais implica em realizar boas práticas de convivência entre todos, e a médio e longo prazo, dará melhores retornos econômicos. Temos na reflexão de Samuel P. Ginder uma grande lição: “Se o comportamento ético fosse simplesmente seguir as regras, podería-mos programar um computador para ser correto”.

Engenheiro e Advogado, especialista em Administração de Pessoas e Psicologia do Tra-balho pela UFPR e Mestre em Administração e Recursos Humanos pela Universidade de Ex-tremadura (Espanha). professor de Cursos de pós-graduação em várias instituições de ensi-no, entre as quais a Universidade Federal do Paraná e o Grupo OPET, consultor empresarial, Master em PNL . Autor do DVD, “Professores Motivados, Resultados Extraordinários”.

Roberto Belotti Engenheiro e Advogado, especialista em Administração de Pessoas e Psicologia do Tra-

balho pela UFPR e Mestre em Admin-istração e Recursos Humanos pela Uni-versidade de Extremadura (Espanha). professor de Cursos de pós-graduação em várias instituições de ensino, entre as quais a Universidade Federal do Paraná e o Grupo OPET, consultor em-

presarial, Master em PNL . Autor do DVD, “Professores Motivados, Resultados Extraordinários”.

www.robertobelotti.com.brwww.facebook/robertobelottipalestrante

||étiCa||

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70||eMPreeMdedorisMo||

o emPreeNdedor No Brasil Por Prof. J.B.Duarte

O Empreendedorismo é uma ativida-de existente desde o surgimento do homem: da caça ao comércio ele-

trônico, passando pelo escambo, empreendedo-res sustentaram suas famílias desde então.

Especialmente no Brasil, 3º maior país empre-endedor do mundo, responsável por 99% das em-presas locais, 40% da massa salarial, 25% do PIB e 52 % da mão obra em atividade, é o segmento que dá seu apoio produtivo ao restante 1% das multinacionais aqui instaladas.

Quando falamos em empreendedor, esta-mos falando na coragem que o BARBEIRO tem em manter um pequeno negócio e nem se dá conta de que é ele o responsável pela boa aparência do executivo que comanda uma certa indústria química, ou ainda o cuidado do MECÂNICO cuja precisão de um trabalho bem feito no carro do MÉDICO garante sua segurança durante o trajeto até o consultório e assim nas mais diversas áreas.

A exemplo do Marco Antonio da Work Motor, que iniciou as atividades em 1995 com 2 sócios, 1 funcionário e 2 clientes, hoje fortemente atuante no mercado, conta com 40 funcionários aten-dendo 2500 clientes, entre eles empresas como a DELPHY e Grupo D’Paschoal. Para isto, além da sua formação acadêmica, incorporou uma série de outras competências para gerir o seu negócio. Empreendedores que desenvolvem as compe-tências e habilidades necessárias para gerir sua empresa tem um resultado mais positivo.

||eMPreeMdedorisMo||

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Como facilitador por 10 anos em trei-namentos do SEBRAE para mais de 11.000 empreendedores, tenho rela-

tos de vários casos com crescimento significativo, substituição da área de atuação, e outros toman-do a decisão de voltar ao mercado de trabalho antes de extinguir o dinheiro investido.

Minha preocupação é a efetiva aplicação dos conhecimentos adquiridos em cursos, no dia a dia da empresa, pois às vezes não é tão simples a implantação do aprendizado - não por conta da falta de entendimento, mas por ausência de comportamentos adequados a cada situação, seja em vendas, com sua equipe ou na produção e demais setores.

||eMPreeMdedorisMo||

Prof. J.B. Duarte é Coach de Executivos, Empreende-dores e equipes, Palestrante, Especialista em Me-

dicina Comportamental, Administrador de Empresas . Diretor geral da FÊNIX Aprendizagem- Autor do livro: “Empreendedor a par-tir do zero” (ainda na impressão), Co-autor do livro SER + com Coaching. - Fa-

cilitador de Treinamentos para o SEBRAE durante 11 anos.www.fenixaprendizagem.com.br

alGuNs ''seGredos'' do emPreeNdedorismo

1º. Autodesenvolvimento e crescimento profissional passará a atuar sobre os negócios e pessoas envolvidas,

sejam familiares, colaboradores, clientes, fornecedores e con-correntes.

2º. Buscar continuamente informações antes e depois de iniciar, e estar certo da disposição

para vencer os muitos obstáculos que surgirão.

3º. Inovar constantemente Esteja pronto para colocar essa ação em prática, independente do momento em que se encontra.

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72||Livros iNteressaNtes||

Aprendiz de Samurai – Uma história real, Max Trombini. Editora Évora

Geração Y –

O nascimento de uma nova versão de líderes,

Sidnei Oliveira. Editora Integrare

Inteligência do Sucesso – A nova inteligência que explica a ciên-

cia do sucesso, Dr. Jô Furlan. Editora Universi-dade da Inteligência

O poder da atitude - Como empresas com profissionais

extraordinários encantam e transformam clientes em fãs, Alexandre Slivnik. Gente

Editora

Livros interessantes

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73||iNteLigêNCia||

Transformando seu poTencial em ação Por Dr. Jô Furlan

Até onde podemos ir? Até que pon-to podemos aumentar ou melhorar nossa inteligência? Talvez tenhamos

feito essa pergunta desde o primeiro momento em que começamos perceber diferenças de ca-pacidades entre os seres humanos, muito antes de existir a palavra inteligência. A observação de pessoas mais capazes que outras em determina-das tarefas fez com que fossemos olhando essas pessoas de forma diferente e dando a elas certo destaque.

O que você gostaria de ouvir do professor de seus filhos na escola: “Ele é um bom aluno, disci-plinado e educado”, “Ele é um aluno brilhante, agitado e rebelde”, ou “Ele é um aluno brilhante, disciplinado e educado”?

Acredito que, com pequena margem de erro, todos nós desejamos a terceira opção. Mas nasce aÍ um grande desafio: como estimular o talento incentivando também disciplina e bom comportamento?

Na ansiedade de repetir um modelo que em muitos casos deu certo, tentamos relembrar histórias e condutas de nossos pais, mesmo que na época não tenhamos concordado com isso. Ainda lembro-me da frase tantas vezes repetida pela de minha mãe: “quando você tiver um filho vai ver como é diferente!”.

Dona Genny foi professora primária de 1° e 2° ano. Alfabetizou centenas de crianças e a extre-ma dedicação à profissão consumiu sua saúde emocional, tendo que se aposentar antecipa-damente. Ela era aquele tipo de professora que se o aluno fosse mal, chamava os pais na escola; se eles não aparecessem, ia à casa da criança, ajudava a resolver o problema da família como brigas do casal, por exemplo; arranjava emprego aos alunos, levava ao médico, e assim por diante, mas sempre exigindo o máximo de compromisso dos pais com a educação de seus filhos.

O curioso é que décadas depois, me vejo dedicado à educação, relembrando algumas

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74||iNteLigêNCia||

das máximas de minha mãe - algumas que passei a discordar e outras que adotei:

Na verdade ocupa sim, e o mais importante é usar o que sabemos e aprendemos, saber por saber não basta. Quanto maior o grau de conhe-cimento, maior a responsabilidade com a socie-dade. O conhecimento deve ser compartilhado sempre!

Mas ela sempre foi uma grande defensora do comprometimento, da paixão, do amor. Como isso transformou a minha existência. Ensinava com carinho e dedicação e isso fazia com que sua mensagem fosse ouvida. Dureza e disciplina sem perder a ternura. Sempre muito exigente, prota-gonizou episódios curiosos da minha educação. Ainda me lembro de que eu era a única criança/adolescente que quando tirava nota 9 ou 9,5 vol-tava apreensivo pra casa, pois já sabia a pergun-ta que minha mãe faria: “Por que você não tirou 10?”.

Pode parecer um exagero, mas hoje com quase meio século de idade não consigo encon-trar formas de agradecer minha mãe por ter sido tão exigente comigo. Recentemente em um arti-

go sobre liderança usei a seguinte expressão “O líder é aquele que ajuda as pessoas a sua volta fazerem mais do que elas imaginavam conseguir, ele as ajuda a se superar buscando um patamar superior“. Dona Genny foi mais que uma professo-ra, ela foi uma líder para inúmeras crianças que, como eu, trilhavam o caminho da escola.

“Somente o constante confronto com a res-ponsabilidade gera resultado”

Aprendi a lição: sempre podemos estudar mais, nos dedicar mais, realizar mais, enfim melho-rar. Vamos trabalhar para construir cabeças que acreditem em resultados superiores.

É possível criar Uma sociedade realmente comprometida com a educação e com aprimo-ramento do capital humano, assim poderemos trabalhar para construir uma nação mais inteli-gente, prospera e sustentável.

Lembre-se: não importa quão inteligente você é, mas sim o quanto você pode realizar com sua inteligência.

Cabe a cada educador, pai, professor e pro-fissional escolher o caminho que transforma so-nhos em realidade, desafios em aprendizagem e educação numa poderosa ferramenta de trans-formação humana.

Dr. Jô Furlan é Médico, professor e pesquisador na área de Neurociências do Comportamento, 1º Treina-

dor Comportamental do Brasil, confer-encista internacional, um dos precur-sores da Medicina Comportamental na America do Sul. Autor de diversos livros, áudiobooks e Dvds entre eles o Best seller Inteligência do Sucesso. Cri-ador das Pílulas de Motivação® , Fun-

dador da Universidade da Inteligência . Suas áreas de formação incluem – PNL. Coaching, Mentoring, Hip-nose e terapias breves.www.drjofurlan.com.br e www.universidadedainteligencia.com.br

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A criatividade humana e o talento são a resposta exata para as pessoas que du-vidam do nosso poder de transformar a realidade.

Uma forma inovadora de arte

||Meio MidiátiCo||

Sim, podemos encontrar novos caminhos para construir um mundo melhor. Essa artista usa as mãos e a areia numa placa de vidro iluminada para passar a sua men-sagem ao mundo.

Há mensagens de fé, indignação, revolta, paixão, amor e esperança. Existem diversos vídeos dela no youtube.Clique na imagem e Aproveite o Show!

Redação IES

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