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Revista Especial Bertioga 2010

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Edição Aniversário de Bertioga 2010

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Praia da Enseada

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O centro de adaptação de lentes de contato da Óptica & Relojoaria Nova Bertioga é um moderno centro de servi-ços dotado dos seguintes aparelhos: ceratômetro (mede a curvatura da córnea), lensômetro (mede o valor dioptrico das lentes), greens (aparelho com lentes graduadas para fazer a sobre-refração e indicar o tipo de lentes a adaptar ao paciente), além de uma tabela de optotipo luminosa para fazer o teste de acuidade visual. Tudo dentro dos padrões da ANVISA. E, até o final desse mês, a unidade irá receber um aparelho de última geração: o auto-refrator – modelo computadorizado, que realiza todas as funções dos aparelhos acima citados.

A maioria das pessoas pode usar lentes de contato, até aquelas que sofrem de astigmatismo e presbiopia. As lentes de contato representam um dos maiores avanços da última década na correção de problemas de visão, como miopia, astigmatismo e ceratocone (curvatura irre-gular da córnea), e podem ser usadas após cirurgia refra-tiva e de catarata.

Na miopia, as lentes de contato melhoram a qualidade da visão. Também, no astigmatismo e na associação des-tes erros de refração (miopia, hipermetropia e astigma-tismo), podem-se usar lentes de contato, alternado com o uso de óculos. Muitas pessoas ainda pensam que não existem lentes hidrofílicas (gelatinosas) para a compensa-ção do astigmatismo, e se privam de um grande benefício visual e estético.

Mas é preciso atenção na hora de adquirir as lentes de

contato. Somente o profissional especializa-do, contatólogo ou optometrista, pode dizer se o uso é ideal para a pessoa e qual o tipo mais adequado.

Estes profissionais oferecem o que há de melhor para a compensação do erro re-frativo (grau), visando, em primeiro lugar, a saúde ocular. É ele quem vai realizar testes avaliativos da condição ocular externa e tes-tes com as lentes. Será o responsável pelo processo de adaptação, ensino do manuseio correto, dos cuidados com as lentes, sua manutenção e produtos mais adequados para limpeza. E mais: no processo gradativo de adaptação realiza as revisões de acom-panhamento e verifica as condições da cór-nea, lágrimas e pálpebras.

Portanto, se você deseja fazer uso de lentes de contato, quer com grau ou estéti-cas (coloridas), lembre-se de procurar o pro-fissional habilitado e registrado no CROO-SP, evitando assim, riscos provenientes do mau uso das lentes que podem acarretar sérios problemas de visão (patologia).

Em Bertioga, este profissional está na Óptica & Relojoaria Nova Bertioga. “As lentes de contato pro-porcionam uma série de vantagens no campo da vi-são: compensa os defeitos de refração, como a mio-pia, hipermetropia, estigmatismos, entre outros”, diz

Monique Mirassol (CROO-SP nº 53.0817), e a profis-sional acrescenta: “É possível adaptar lentes somen-te para perto ou usar lentes de contato multifocal, a correção é ótima. Elas acompanham os movimentos oculares evitando todo tipo de limitações que, infeliz-mente, os óculos deixam a desejar, ou seja, liberdade de movimentos. Mas é preciso lembrar que o uso de lentes de contato não dispensa o uso dos óculos”, destaca.

O QUE É OPTOMETRIA ?Segundo o Instituto Brasileiro de Opto-

metria (IOB), optometria é a ciência especia-lizada no estudo da visão, especificamente nos cuidados primários e secundários da saúde visual, sendo o optômetra um profis-sional independente da área da saúde, com formação superior, que está habilitado a examinar e avaliar o sentido da visão. Cabe a ele identificar e compensar alterações visuais de origem não patológicas como: miopia, hipermetropia, presbiopia e astig-matismo, e ao se deparar com alguma pa-tologia encaminhar imediatamente para um médico-oftalmologista. Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, o profissio-nal desta área é bem requisitado pela po-pulação em vários países do mundo, como Alemanha, Austrália, Colômbia, Estados Unidos, dentre outros.

Não há no mundo um olhar como o seu.Cuide muito bem dele!A Óptica & Relojoaria Nova Bertioga está com novas instalações e a novidade é o seu completo centro de adaptação de lentes de contato, que tem como responsável técnica, a contatóloga e optometrista, Monique Mirassol Marinho da Silva, empresária no ramo óptico há mais de 10 anos e especialista em acuidade visual

A Óptica & Relojoaria Nova Bertioga surge para inovar o mer-cado de armações e lentes de contato em solo bertioguense. A loja, localizada na avenida Anchieta, 1506, conta com uma variedade de serviços, lentes de contato e armações para cor-reção de visão e óculos solares certificados pelos fabricantes, com 100% de proteção ultravioleta (UV), assim como relógios e alianças para compromisso, noivado e casamento. A empresária Monique Mirassol avalia como positiva a reinauguração da uni-dade. “Foi um sucesso, recebemos somente elogios”, disse, lem-brando que em sua loja, os bertioguenses agora também podem contar com completo serviços de manutenção e fabricação de jóias, pingentes, anéis, brincos e pulseiras, além de reparos em correntes de ouro, prata e consertos de relógios.

Variedade e qualidade em serviços

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Editorial

Em busca de um novo tempo

Se, 19 anos são considerados pouco tempo de vida para uma pessoa, quiçá para uma cidade! Mas, mesmo com tão pouco tempo de emancipação político-administrativa, Bertioga cresceu, na medida do possível, abraçou suas oportunida-des e, sem relegar sua vocação primeira, e privilegiada, de estar inserida na Mata Atlântica, alcançou o patamar de destaque das demais cidades da região.

Agora surge uma nova oportunidade, um novo rumo ligado às expectativas de exploração de petróleo na camada pré-sal da Bacia de Santos. Tema que vem me-xendo com a cabeça de muita gente, já que foi aberta uma verdadeira corrida para abocanhar fatias deste promissor mercado.

O momento exige discernimento e, acima de tudo, comprometimento com a ci-dade. Planejar cada passo, com a preocupação permanente de não cometer os mesmos erros de outras regiões é condição primeira, sem dúvida. Mas, na mesma proporção, é necessário estar atento aos prazos, a urgência e à profissionalização que este novo mercado impõe. Quem não se apressar e não estiver preparado, vai ficar de fora. É uma sentença!

Turismo, pesca, meio ambiente e construção civil são as vocações primeiras de Bertioga, indiscutivelmente. Mas é chegada a hora de ter iniciativa para alavancar outros setores, de forma a garantir o sustento e a qualidade de vida dos seus habi-tantes, que já beiram os 50 mil.

Diante deste panorama esperemos que todas as discussões sejam feitas de for-ma democrática e com pensamento na sociedade como um todo. Este é o caminho mais indicado, ou, talvez, o único caminho.

Eleni Nogueira

Jornal Costa NorteEdição especial de aniversário de

emancipação: Bertioga 19 anos

Maio de 2010

Diretor presidente

Reuben Nagib Zaidan

Diretora Administrativa

Dinalva Berlofi Zaidan

Edição e textos

Eleni Nogueira (MTb 47.477)

Fotos

Pedro Rezende (MTb 32.068)

Colaboração

Bruno Adriano,

Cristiano Pires e

Vinicius Berlofi Zaidan

Redação e publicidade

Av. 19 de Maio, 695, Jardim Albatroz,

Bertioga / SP - Fone: (13) 3317-1281

E-mail: [email protected]

Site: www.costanorte.com.br

EXPEDIENTE

Capa: Praça dos EmancipadoresFoto: Pedro Rezende

Foto Pedro Rezende

Capa

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9236Mais...

10 - Petróleo e gás

14 - Executivo

18 - Projeto

22 - Obras

26 - Habitação

30 - Meio ambiente

32 - Finanças

34 - Saúde

36 - Legislativo

38 - RPPN

42 - Saneamento

44 - Hilda Ribeiro

48 - Entrevista

54 - Itatinga

58 - História

60 - Arte

64 - Emancipação

66 - Norma Mazzoni

70 - Família Rodrigues

74 - Reserva Indígena

78 - Sesc

84 - Painel de fotos

88 - Dados

92 - Costa Norte

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A expansão do Porto de Santos - o maior da América Latina, em breve a ligação seca entre os municípios de Santos e Guarujá e a exploração de petróleo e gás na Bacia de Santos - o pré-sal são fatores que ditam o crescimento da Região Metropolitana da Baixada Santista.

“Toda a expansão de negócios e a geração de empregos faz dessa região uma das mais promissoras do Estado e o aquecimento está ocorrendo de forma gradativa e global, em praticamente todos os setores”, comenta o engenheiro civil Caio Matheus sócio da Matheus Construtora, que atua no mercado de construção civil em Bertioga.

Segundo o empresário, o momento é muito benéfico para o setor imobiliário na região com destaque para Bertioga, pois a tendência é que a mesma deixe de ser procurada somente como um atrativo para o turismo de veraneio e comece a ser mais procurada por pessoas que buscam um local para fixar residência.

Bertioga é a cidade que consegue a melhor equação de convívio homem-natureza na Região Metropolitana da Baixada Santista, pois toda sua exuberância de matas, trilhas, rios e cachoeiras além de sua enorme exten-são de praias são protegidas por lei com mais de 85% de seu território destinado à preservação permanente, fatores que estão chamando a atenção principalmente de empresários que buscam um local ideal para residir e investir.

“Temos a favor dos bons negócios a estabilidade econômica que o país vive principalmente a facilidade de crédito que foi aberto para o setor imobiliário com a redução da taxa de juros e a oportunidade de financiamen-tos. Investir em imóvel é garantia de retorno e valorização do dinheiro empregado”, comenta Caio Matheus que está otimista com o mercado e o aquecimento da região, tanto que neste ano estará lançando um novo empreendimento em Bertioga, dessa vez no conhecido e pitoresco Cantão do Indaiá, um local com natureza exuberante, mar com água tranquila e muito procurado para atividades náuticas.

“Eu acredito em Bertioga. É uma cidade promissora, que oferece ótima qualidade de vida”, comenta ao fazer um comparativo devido ao aumento pela procura de locais tranquilos no momento de escolher uma resi-dência. “Nossa cidade será a escolhida assim, como os residenciais que se formaram fora de São Paulo e hoje são ideais para se morar, porque oferecem tranquilidade”.

O empreendimento que será lançado pela Matheus Construtora trata-se do residencial Indaiá Home Club, um condomínio fechado com três prédios de 10 andares reunidos em uma área de aproximadamente 6.500m² de lazer, com variados itens como piscinas, saunas, academia, lan house, cinema, garage band, quadra po-liesportiva, espaço mulher, salão de jogos e festas, entre muitos outros atrativos. Também será um dos mais seguros e bem localizados da região.

“O Indaiá Home Club estará oferecendo a oportunidade de morar bem, em uma região arborizada e frente para o mar, no primeiro bairro com 100% da rede de esgoto tratado, além de fácil acesso pela rodovia Mogi-Bertioga e Rio-Santos. Outra facilidade é a oportunidade de financiamento direto com a construtora em até 60 meses”, diz o empresário Caio Matheus sobre o novo empreendimento do grupo.

Para conhecer alguns dos empreendimentos do Grupo Matheus Construtora ou saber mais sobre o novo lançamento no Cantão do Indaiá acesse o site www.matheusconstrutora.com.br, ou entre em contato pelo telefone (13) 3316-4343. Se preferir, pelo email [email protected].

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Petróleo e gás

Novo caminho a trilhar

Graças a exploração de petróleo e a investimentos que atingirão a marca de US$ 99 bilhões na Bacia de Santos até 2020, o mercado de trabalho e a geração de negócios na costa paulista prometem ser propor-cionalmente grandes.

Segundo estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), as atividades de ex-ploração e produção de petróleo e gás natural nesse reservatório serão responsáveis pela criação de apro-ximadamente 59 mil postos de trabalho na região, sendo que 13 mil serão gerados diretamente pela Pe-trobras. Aliado a isso, uma intensa movimentação da iniciativa privada vislumbra que grandes mudanças se avizinhem.

De Bertioga a São Sebastião a previsão é de um verdadeiro boom imobiliário, bancado, principalmente,

pela operação industrial e o início da operação da Uni-dade de Tratamento de Gás, em Caraguatatuba. Pre-visões futuras? Não! Esse novo tempo já começou!

Em Bertioga, o termômetro pode vir do setor de imóveis. O mês de abril bateu recorde de vendas na Riviera de São Lourenço, segundo Clóves Lemos, da Parceria Prime Consultoria de Imóveis. “Foi um índice de 80 a 95% maior que no mesmo período do ano passado. Sucesso total”, comemora, destacando que os três primeiros meses do ano também foram bons de vendas. Ele acredita que esta grande procura já é por conta da movimentação do mercado de petróleo e gás na região. “Bertioga, Guarujá e Santos são cida-des de moradia e estão sendo bem procuradas”, diz.

O engenheiro Ruben Del Rio Gonzalez, da Rubens Imóveis, que atua fora do eixo Riviera de São Louren-

Com reservas confirmadas de pelo menos 8 bilhões de barris de petróleo, o pré-sal brasileiro pode ser encarado como um enorme desafio, porém gerador de grandes oportunidades. Principalmente para os municípios localizados no litoral paulista. De Bertioga a São Sebastião a previsão é de um verdadeiro boom imobiliário, bancado, principalmente, pela operação industrial e o início da operação da UTG em Caraguatatuba. A contagem regressiva para entrar nesse potencial mercado já começou!

Área do Paço Municipal é alvo de interesse para receber aportes do setor, já que possui caracterís-ticas físicas e geográfi-cas favoráveis

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ço, também sentiu esse aquecimento. “Ainda estamos no quinto mês e já vendi mais do que no ano passado”, diz, ressaltando que, no seu caso, houve um aumento nos valores dos imóveis negociados e não na quantidade, ou seja, a procura foi por imóveis de alto padrão. “O bairro mais procurado é o Maitinga”, destaca.

Mas, ao contrário de Lemos, Ruben ainda acha cedo atribuir a alta nas vendas ao mercado de petróleo e gás. “Penso que o mercado imobiliário ainda não sentiu essa influência. Mas quando isso realmente se concretizar, a tendência é o aumento no preço dos imóveis”, afirma.

Recente pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) comprova a alta do setor. O resultado do levantamento aponta que a locação de casas e apartamentos aumentou 117,26%, e as vendas cresceram 24,07% entre janeiro e dezembro de 2009, no litoral paulista. “Esse desempenho positivo assinala possibilidade de maior crescimento ainda este ano, quando se espera que o Produto Interno Bruto te-nha expansão de até 6% e não deixe saudades do PIB de 2009, que teve queda de 0,2%”, avalia José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.

Cidade não quer ficar de foraEsse novo rumo que se descortina já gera expectativa

em Bertioga. Segundo o prefeito Mauro Orlandini, várias empresas ligadas ao setor estão interessadas em investir no município. E sem perder tempo, a prefeitura já deu o sinal positivo quanto à possibilidade de uso da atual sede do Poder Executivo, o Paço Municipal. A área de-tém localização e estrutura considerada privilegiada para o setor: fácil acesso ao mar, por meio das margens do rio Itapanhaú, boa localização e espaço adequado (70 mil

m²), ocupado por galpões de uma antiga indústria de pro-cessamento de sardinha.

Uma empresa, em particular, chegou a acenar nesse sentido, a Iesa Óleo e gás, prestadora de serviços de en-genharia, pintura, inspeção em plataformas e em terra e montagem de módulos para plataformas, que, inclusive, já atende a UTG de Caraguá.

Caso o negócio siga adiante, as estimativas iniciais da prefeitura dão conta da abertura de cerca de 1 mil empre-gos diretos. Em termos contábeis, o município prevê acrés-cimo de R$ 10 milhões anuais na arrecadação tributária.

Diante dessa possibilidade, os primeiros passos foram dados pelo Executivo, com a elaboração de Projeto de Lei que propõe mudança pontual no Plano Diretor do muni-cípio e tramita na Câmara Municipal. Se aprovado, o do-cumento permite a instalação de empresas de montagem de módulos e blocos para plataforma offshore e indús-tria naval voltada à exploração de óleo e gás, estruturas para funcionamento de helipontos e outras atividades não poluentes, pertencentes à cadeia petrolífera na cidade. Ele também altera o zoneamento do Paço Municipal, que passa para Zona de Suporte Náutico (ZSN-1), destinando ao uso de atividades náuticas, como marinas, garagens náuticas, estaleiros, píeres, atracadouros, empresas de montagem de módulos e plataformas offshore.

Há de se considerar o aproveitamento desta área, já que é sabido que Bertioga possui pouco espaço para crescer em sua área urbana, mesmo dentro dos 15% des-tinados à ocupação.

Estado prepara planejamento José Roberto dos Santos um dos responsáveis pela

elaboração do Planejamento Ambiental Estratégico do Litoral Paulista (PINO – Porto, Indústria, Naval e Offsho-re), que prepara um panorama geral da infraestrutura de cada um dos nove municípios da Baixada Santista e das cidades do Litoral Norte (Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatu-ba e São Sebastião), para receber investimento do setor de petróleo e gás, já adianta que Bertioga é uma das cidades

Lemos come-mora alta na venda de imó-veis e acredita que procura já é por conta da movimentação do setor de petróleo e gás

Ruben diz que houve aumento na procura por imóveis de alto padrão

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com o menor índice de possibilidades de ocupação por parte deste mercado. “A cidade tem muitas áre-as de conservação, inclusive a de Itaguaré, que está em discussão. A princípio sabe-se que Bertioga não tem muitas áreas disponíveis. É uma pena, porque esse é um mercado muito dinâmico e há muitas in-dústrias procurando. Estamos cruzando os dados do município e, em um mês, teremos a resposta sobre os espaços na cidade com essa vocação”, adianta José Roberto.

Segundo o técnico, o estudo é feito por meio do cruzamento das análises das regiões protegidas com as que, de acordo com Plano Diretor de cada muni-cípio, são destinadas para atividades econômicas. O próximo passo é avaliar quais destas têm vocação para receber investimentos do setor.

Luiz Carlos Rachid, coordenador do Prominp Ba-cia de Santo e assessor técnico da Agência Metropo-litana de Desenvolvimento (Agem), diz que Bertioga tem grande potencial para se inserir na era do pré-sal devido a sua posição estratégica entre os dois pólos já existentes (Baixada Santista e Litoral Norte). “Bertioga está localizada na área central da bacia pe-trolífera de Santos e tem vocação, inclusive para de-senvolver um importante pólo tecnológico, com olhar na criação de centro de inteligência do petróleo, com ênfase à preservação ambiental”.

Qualificação de mão de obraQue as oportunidades de emprego no setor de pe-

tróleo e gás vão surgir na região é certo. Mas é pre-ciso estar preparado. E para capacitar a mão de obra para este mercado promissor, o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás), oferece cursos básicos de capacitação voltados para a mão de obra operacional. Oferecidas para car-gos distintos como eletroeletrônica, instrumentação,

Empresa interessada em vir para a cidade atua na montagem de módulos de plataforma

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projetista, desenhista, eletricista, instrumentista, cozi-nheiro, padeiro, técnico em solda, pintor, entre outros, as aulas proporcionam um aporte para a região.

Luiz Carlos Rachid, coordenador do Prominp Ba-cia de Santos, acredita que a formação de profissio-nais está acompanhando a demanda de empregos oferecidos na região. “As coisas começaram a acon-tecer este ano. Daqui a dois ou três, a quantidade de postos profissionais será muito grande e, se continu-ar nesse ritmo, vamos estar bastante preparados”.

O Prominp dá cursos de qualificação profissio-nal, a fim de preparar jovens para as empresas que atuarão com petróleo e gás na região. Quatro ciclos desses cursos já foram realizados e, ainda este ano, deverá ser anunciado o quinto.

Os cursos são anunciados em editais e os inte-ressados devem se cadastrar no site www.prominp.com.br. Se a pessoa estiver desempregada e for de nível médio, tem direito a uma bolsa de R$ 300. Se for de nível técnico, R$ 600 e se for de nível supe-rior, R$ 900. O prefeito Mauro Orlandini, garantiu que havendo demanda de pessoas interessadas nestes cursos, a prefeitura irá disponibilizar transporte.

Em Bertioga, a primeira unidade particular a ofe-recer cursos ligados ao setor é a Microlins, com

aulas teóricas e visitas à usina de Cubatão. Se-gundo a orientadorea educacional Cleide Felício, a procura já é grande e 60 pessoas estão matricula-das, em duas turmas.

Cadeia de FornecedoresEm entrevista ao programa Café da Manhã, da TV

Costa Norte, em abril, José Luiz Marcusso, gerente-geral da Unidade de Negócios de Exploração e Pro-dução da Bacia de Santos, da Petrobras, revelou que a Petrobras gasta na região cerca de R$ 15 milhões, por mês com “despesas corriqueiras”, e desse total, apenas 10% são de empresas da região. Resumin-do, há oportunidades, também, para prestadores de serviços de diversas áreas, como, por exemplo, grá-fica, publicidade, confecção de uniformes, espaços para eventos, construção civil, entre outros.

Para entrar nesse filão, segundo Rachid, basta que o empresário faça sua inscrição no cadastro de fornecedores da Petrobras, no portal www.petrobras.com/pt/canaldofornecedor. Nele está disponível a re-lação dos documentos necessários ao cadastramen-to das empresas, de acordo com a sua categoria.

E no próximo dia 27, a Secretaria de Desen-volvimento do Estado de São Paulo, em parceria com a Agência Paulista de Promoção de Investi-mentos e Competitividade – Investe São Paulo, Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), AGEM-Agência Metropolitana da Baixada Santista e outras entidades da região promove-rá evento sobre as Oportunidades de Negócios no Setor de Petróleo e Gás Natural. No encontro, serão apresentados aos empresários da região os mecanismos de participação nos cadastros de fornecedores da Petrobras e do CadFor (Sistema de Cadastro de Fornecedores para o Segmento Brasileiro de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural da ONIP), formado por nove opera-doras internacionais que atuam na atividade pe-trolífera nacional. Maiores informações poderão ser obtidas no site www.agem.sp.gov.br além do portal www.redebs.org.br .

Rachid: “Bertioga está localizada na área central da bacia petrolífera de Santos e tem vocação, inclu-sive para desenvol-ver um importante pólo tecnológico”

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Executivo

A máquina vai andar, garante

Embora admita insatisfação com o produto final dos pri-meiros meses de seu governo, o prefeito Mauro Orlandini diz que tem motivos para uma avaliação positiva, principal-mente nas áreas de saúde e social, e defende que demora na apresentação de resultados foi por conta da mudança de estilo de gestão, já que muitos projetos tiveram que ser avaliados e contratos revistos. Por outro lado, garante que a “engrenagem está pronta para rodar” e que nos próximos meses, Bertioga terá muitas obras nas ruas. Acompanhe os principais trechos da entrevista.

Qual é a avaliação que o senhor faz de seu governo depois de um ano e quatro meses?

Estou contente com partes do governo e nem tanto com outras.

O senhor poderia explicar melhor?Quando a gente se propôs a candidatura foi funda-

mentado na experiência que eu havia adquirido duran-te a atuação na Associação Paulista de Municípios. En-tendi que o leque de conhecimentos adquiridos poderia

ser usado aqui. Mas claro que as coisas não aconte-cem no tempo e do jeito que a gente quer.

O que aconteceu?A maior dificuldade foi reordenar a casa. Parte se deve a

como a gente pegou a máquina, como ela estava andando. E por outro lado, por conta da mudança de paradigma, de estilo de governo que resolvemos implantar. Foi preciso um período de adaptação para avaliarmos projetos, rever contratos, uma tarefa bastante dedicada que atrasou muitas obras que já de-veriam ter começado. E as pessoas, não só em Bertioga, têm como parâmetro se uma administração vai bem ou não, as obras. Mas acredito que nos próximos meses vai ter bastante obra na rua. A engrenagem vai começar a rodar.

Nesse período de ajustes há pontos positivos a ressaltar?Sim. Na saúde fomos buscar uma ferramenta que já havia

dado certo em outras cidades, com a contratação da Funda-ção do ABC. Ela administra o Pronto-Socorro e o Hospital e deixa a Secretaria de Saúde livre para cuidar da prevenção e não da doença. Costumo dizer que tenho duas secretarias,

Depois de um ano e quatro meses à frente da administração pública de Bertioga, prefeito Mauro Orlandini faz uma breve avaliação de seu governo e mostra otimismo quanto a inserção do município nas questões voltadas a petróleo e gás

Orlandini

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uma da saúde e outra da doença. Estou bastante contente com o atendimento e os frutos já começam a aparecer.

Na área social, estou muito feliz com a ativa participação da comunidade nas atividades voltadas a esportes e aos cursos de arte e cultura, como teatro, balé e pintura. Temos 5 mil inscritos, ou seja, 10% da população - se considerar-mos uma população de 50 mil habitantes. Essa atuação vai enriquecer o conhecimento dessas crianças, o que certa-mente resultará num futuro melhor. Isso vai de encontro com o tema da nossa campanha: o resgate da auto-estima.

E agora, depois da casa ordenada, obras em vias de sair do papel, quais são as prioridades?

Agora é hora de consolidar a questão do zelar da alma. Vamos trabalhar na ampliação e construção de novas cre-ches e de mais escolas; ampliar os cursos de esportes e cultura para mais bairros; elaborar projetos voltados a por-tadores de necessidades especiais, pois ainda estamos capengando nessa área e, também, construir um clube educacional para receber crianças de várias escolas, com atividades no contra turno do horário escolar, para promover uma interação entre elas.

Setor de petróleo e gás, quais são as expectativas e o

que está sendo feito nesta área?Estamos em cima do tempo, não é coisa de futuro é

agora! Bertioga ficou afastada desse assunto por muito tempo. Não participou de nenhuma tratativa, enquanto to-das as outras cidades estavam se preparando. Elas cor-reram atrás desse novo tempo.

Quando assumimos começamos a buscar essa alternati-va e vimos que é muito sólida. Estamos convencidos de que é a solução para Bertioga, pois vai possibilitar um ponto de partida para a estabilidade da população.

Bertioga já tem a característica do meio ambiente e do turis-mo, mas isso sozinho não se sustenta, é preciso fazer um tripé entrando no setor de apoio ao mercado de petróleo e gás.

E já dá para falar em geração de emprego no setor?Num primeiro momento não há como uma empresa

já se instalar na cidade com mão-de-obra exclusiva-mente local, isso é uma crescente. O que nós temos que fazer é promover cursos, para num espaço de tem-po curto, possibilitar que nossos filhos possam partici-par desse tema novo.

Enquanto isso não acontece, é nítido que as pessoas que vierem atuar nessa área vão alugar casas, gerar novos empregos, movimentar o comércio e, consequentemente, aquecer a economia local. Mesmo que ainda não seja o ide-al, já é um bom começo.

Qual o andamento em relação a formação de mão-de-obra local?

Ainda esse ano vamos instalar uma Escola Técnica (Etec), do governo estadual. A curto prazo, vamos dis-ponibilizar algumas salas e começar com poucos cursos. Mas, num segundo momento, depois de acertada a situa-ção da compra da Pousada Marjoly, teremos capacidade para oferecer 1.500 vagas em três turnos, provavelmente a partir do ano que vem.

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Canal de Bertioga

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Desenvolvimento

Um projeto de

A revitalização da orla da praia faz parte de ambicioso plano de desenvolvimento turístico da cidade. Primeira etapa, já com verba aprovada pelo Dade, depende agora dos processos de licitação

Se algo nos remete ao ideal de uma praia per-feita, sem dúvida é a infraestrutura da orla de sua cidade. Além do mar imenso e verde para nadar, e das areias claras e fofas para se estirar ao sol, nada melhor do que um espaço ao ar livre para passear, pedalar, correr, paquerar, ou apenas rela-xar e admirar o ir e vir das pessoas.

E Bertioga pode entrar para o rol das cidades que oferecem esse privilégio a quem a frequenta. Com as-sinatura de um dos mais renomados arquitetos brasi-leiros, Ruy Ohtake, o projeto de revitalização da orla tem a audaciosa proposta de ser o primeiro jardim com intervenção artística à beira-mar do país.

A ideia é criar um grande tapete verde, dotado dos mais diversos equipamentos turísticos por toda a orla, desde o Jardim Veleiros (área central) até Boracéia (na divisa com São Sebastião), totalizando 33 km.

Orçada em R$ 6,5 milhões, a primeira etapa da obra, que se estende do Forte até o loteamento Vila Agaó, com equipamentos turísticos simples (veja qua-dro ao lado) já recebeu o sinal positivo do Departa-mento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias (Dade), órgão que libera recursos para equipamentos turísticos, desde que haja projetos e que estes sejam aprovados.

O pacote técnico desta primeira etapa, com orça-mentos e aprovações legais, como da Cetesb e Ibama, entre outros, foi aprovado, e a liberação do recurso, no valor de R$ 7 milhões, publicada no Diário Oficial do Estado, dia 27 de março último. A verba disponibiliza-

Ruy Ohtake apresenta projeto de revitalização da orla

Plano contempla caminhos para pedestres e áreas para atividades físicas

FuturoFuturo

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da é referente aos recursos do Dade 2008 e 2009.Agora, segundo a arquiteta chefe da Seção de

Habitação e Planejamento da prefeitura, Daniela Teixeira Mariano, o próximo passo é iniciar o proces-so de licitação para a escolha da construtora. “Essa etapa leva cerca de 90 dias, e a empresa ganhadora tem mais um prazo de 30 dias para iniciar as obras. Estamos tentando finalizar todo esse processo an-tes das eleições para iniciar ainda este ano. Depois de começada a obra, a previsão de entrega é de um ano e meio”, revelou.

Etapa seguinteUm pouco mais arrojada, a segunda etapa do pro-

jeto, que abrange o trecho entre o Forte São João e o Jardim Veleiros, conta com estruturas de grande porte, como shopping, marina e iate clube, e propõe, ainda, o deslocamento do atracadouro da balsa e mercado de peixe, a serem recuados para o lado mais próximo ao Jardim Veleiros.

Apresentada oficialmente pelo arquiteto Ruy Ohtake, dia 16 de março, deve demorar um pouco mais para sair do papel, já que o orçamento do cus-to da obra (que não inclui o shopping e o iate clube) e demais detalhes técnicos, ainda estão em fase de elaboração.

Mas há razões para acreditar que a coisa vai andar. De acordo com Daniela Teixeira, a proposta do projeto está aprovada dentro do plano de trabalho de projetos turísticos para o estado de São Paulo e deve receber os R$ 5 milhões do Dade 2010, previsto para Bertioga. “O Dade também já autorizou a apresentação do pa-cote técnico desta segunda etapa, isto inclui Cetesb e Ibama”, informou Daniela Mariano.

A arquiteta adiantou que agora sua equipe trabalha no cálculo do custo da obra, que deve ser apresen-tado dentro do pacote técnico. “Essa etapa deve ter seu processo concluído, só a partir de dezembro e va-mos ver se há a viabilidade de destinar os recursos do Dade 2011 para esta fase do projeto”, revelou.

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Primeira etapa vai do Forte até loteamento Vila Agaó

R$ 6,5 milhõesEm fase de licitação- Caminhos para pedestres /ciclovia - Quiosques / áreas para atividades de crianças e adultos- Duas pistas de skate - Anfiteatro - Estações de apoio aos banhistas / duas torres guarda-vidas- Estacionamento / paisagismo / acessibilidade esculturas metálicas com motivos de fauna e flora

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Segunda etapa vai do Forte São João até o Jardim Veleiros

2ª etapaEm orçamento- Shopping / marina (parceria público-privada)- Iate clube- Dois atracadouros- Pátio para estacionamento- Jardim das esculturas - Boulevar

Projeto prevê construção de equipamentos com parceria público-privada

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Desenvolvimento

com nova roupagemPortal de entrada, ciclovia,

prolongamento e boulevard estão entre as principais intervenções

do projeto que deve dar novo visual para uma das principais vias de

acesso da cidade

Avenida 19 de Maio

Eduardo Pereira: “No primeiro ano a prioridade da prefeitura foi Edu-cação e Saúde, agora é Obras”

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Diz um velho provérbio popular que “a primeira impressão é a que fica”, e quem vive ou visita Ber-tioga, há de concordar que a sua entrada principal, a avenida 19 de Maio, não é lá muito atrativa. Con-dição que pode estar com os dias contados, pois um projeto de reurbanização dessa importante via de acesso está em andamento.

O plano de revitalização contempla um portal de entrada no início da avenida, duas áreas contínuas de estacionamento, em linha reta, sob o canal, e ciclovia no canteiro central, até a Avenida Anchieta. A infraes-trutura prevê pavimentação da via, melhorias na rede de iluminação e microdrenagem.

A previsão de investimento é de R$ 3,7 milhões. Sendo R$ 1,2 milhões de recursos próprios da prefei-

tura e o restante de repasses do Estado. Segundo o vice-prefeito e responsável pela Secretaria de obras, Eduardo Pereira, o projeto aguarda resposta do De-partamento de Apoio de Desenvolvimento das Estân-cias (Dade). Para os proprietários de imóveis, caberá a contrapartida de adequar as calçadas de acordo com o novo visual proposto.

A remodelação da via de acesso ao centro da ci-dade e um dos principais corredores comerciais do município, prevê um boulevard, na área próxima à praia, com jardins e acesso para pedestre, em fase de licitação da obra.

O prolongamento da 19 de Maio, no trecho entre a avenida Anchieta e a praia da Enseada, também deve ter continuidade em breve, conforme informou Eduardo

Plano de revitalização contempla duas áreas contínuas de estacionamento, em linha reta, sob o canal, e ciclovia no canteiro central

Continuidade da segunda pista da avenida Anchieta está orçada em R$ 33 milhões

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Pereira. “A paralisação está sob processo jurídico e a nos-sa intenção é relicitar a obra para concluir essa fase”.

Qualidade para receberO antigo sonho de construção de uma rodoviária

na cidade também pode estar prestes a se realizar. Para tanto, a prefeitura aguarda a liberação de ver-ba, no valor de R$ 1 milhão, também proveniente de emenda da deputada Haifa Madi, para iniciar o pro-cesso de licitação da obra.

De acordo com Eduardo Pereira, o projeto, que conta com seis baias para ônibus, guichês para venda de pas-sagens, estacionamento, ponto de táxi e lojas de conve-niências, já foi protocolado na Secretaria de Estado de Planejamento e Economia e, inclusive, já houve vistorias no local – uma área no bairro Vista Linda, ocupada pelo campo de futebol do Clube Beira Rio.

Ainda voltado para a qualidade dos serviços de trans-porte na cidade, Eduardo Pereira, revelou que está em estudo a implantação de três terminais de ônibus nas re-giões mais distantes e de divisa, como Caiubura e Bo-racéia, por exemplo. “Também estamos planejando uma reavaliação do sistema de transporte coletiva”, informou.

Avenida Anchieta Outro projeto de urbanização para a região central da

cidade, de acordo com Eduardo Pereira, é a continuida-de da segunda pista da avenida Anchieta. Orçada em R$ 33 milhões (verba oriunda de empréstimos da CEF,

segundo Eduardo Pereira), a obra prevê serviços de drenagem e microdrenagem e a construção de segunda pista desde o trecho da avenida 19 de Maio até o Jardim Indaiá, mas com pavimentação, por enquanto, prevista apenas até o Jardim Rio da Praia. “As obras de drena-gem nesta via, é importante para toda a cidade porque vai possibilitar o escoamento das águas de chuvas”.

O bairro Jardim Vista Linda, no trecho entre a avenida Anchieta e a Thomé de Souza, também está dentro da programação de reurbanização. “Temos um cronograma de obras para o bairro no valor de R$ 650 mil, sendo R$ 500 mil do estado e R$ 150 mil de contrapartida do município”, informou o secretário.

Eduardo Pereira ressaltou que há projetos de pavimen-tação e macrodrenagem para os bairros Indaiá, Vila Agaó, Rio da Praia e Balneário Mogiano, além de reconstrução da avenida João Ramalho. O custo destes projetos é de R$ 90 milhões e a solicitação de verba, segundo Pereira, já foi protocolada junto ao governo federal.

Ainda segundo o vice-prefeito e responsável pela pasta de obras, estes um ano e meio de governo foi des-tinado para a organização da casa. “Fizemos revisão de contratos, contenção de despesas e agora estamos con-seguindo dar início a projetos pontuais, principalmente com verbas de emenda de parlamentares, já que com recursos próprios não havia condições”, destacou acres-centando que a secretaria tem projetos preparados para 2011. “No primeiro ano a prioridade da prefeitura foi Edu-cação e Saúde, agora é Obras”, garantiu.

Secretaria prepara estudo para implantação de três terminais de ônibus nas regiões mais distantes e de divisa do centro

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Habitação

Muito mais que estar entre quatro paredes, é preciso viver com qualidade de vida, e isso requer infraestrutura social: áreas de convivência, espaços de lazer, proximidade com centros de serviços, escolas, além de água e esgoto tratados

Em Bertioga, cidade com uma demanda habi-tacional para cerca de 1.500 famílias, segundo a Secretaria Municipal de Planejamento e Habi-tação, felizmente, já há projetos de moradia que atendem a esses princípios.

Um bom exemplo vem da reurbanização do bairro Vicente de Carvalho II, um projeto modelo do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Ur-bano). Ele engloba 400 moradias (96 apartamentos e 304 sobrados) , destinadas às famílias que residem atualmente em áreas de mangue, ou previstas para receber arruamento e rede de água ou esgoto. Ou-

tras 172 unidades serão reformadas (foto acima).O que chama a atenção, nesse caso, é o excelen-

te trabalho de planejamento proposto para o bairro como um todo, que prevê a construção de quadras esportivas, pista de skate, ciclovia, paisagismo, aces-sibilidade, além de espaços destinados para constru-ção de creche, escola e centro comunitário. O toque de modernidade encontra-se nas redes de gás enca-nado e fiação elétrica e telefônica subterrâneas.

Toda a área de mangue degradada será recupera-da. “Nosso principal objetivo é fazer com que o bairro se integre econômica, turística e socialmente ao mu-

O sonho de morar bem

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nicípio de Bertioga”, ressalta Assunta Viola, gestora de projetos da CDHU.

Experiência contaBertioga tem mais 1878 unidades habitacionais,

com valor social agregado, em construção. E, nesse caso, o construtor é de casa. Fala-se aqui do enge-nheiro João Senhor, da Geoteto, empresa pioneira na cidade e responsável pela construção do primeiro pré-

João Senhor: “Para projetos como estes, voltados à demanda popular, em primeiro lugar está o aspecto social”

dio de Bertioga, o condomínio Buritis.Agora, em parceria com a prefeitura e a Caixa Eco-

nômica Federal, por meio do programa ‘Minha Casa Minha Vida’, a empresa investe na construção de condomínios populares, com casas assobradadas para famílias com renda de zero a 3 salários mínimos (atende a cadastro da prefeitura), e edifícios para fa-mílias com renda de 6 a 10 salários mínimos (direto com a construtora).

No loteamento Citymar, por exemplo, serão cons-truídos os condomínios Portal de Aquários I (528 uni-dades) e Aquários II (592 unidades), destinados a fa-mílias com cadastro na prefeitura. Os projetos contam com quadras esportivas, áreas de lazer infantil, espa-ços cobertos para churrasqueira e cozinha, áreas ver-des, e áreas públicas destinadas para a construção de creche, escola, comércio básico e centro comunitário. “Para projetos como estes, voltados à demanda popu-lar, em primeiro lugar está o aspecto social. É preciso um planejamento adequado, voltado à realidade da cidade”, diz João Senhor.

Entre os pontos positivos desse novo modelo de parceria, segundo Daniela Mariano, chefe da Seção de Habitação da prefeitura de Bertioga, ressalte-se que a prefeitura consegue atender a demanda habita-cional do município, sem fazer uso de áreas públicas. “A construtora entra com a área, onde são construídas as casas e a infraestrutura de água, esgoto, calçada, áreas verdes e de lazer. Enquanto a prefeitura dispo-

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Daniela Mariano ressalta que parceria possibilita atender demanda habitacional sem fazer uso de áreas públicas

nibiliza áreas para construção de creche, escola, co-mércio básico e centro comunitário”, explica.

Ainda segundo Daniela, outra vantagem é o sis-tema de tratamento de esgoto próprio, que também irá atender ao conjunto de prédios do Citymar. “Por isso, incentivamos a empresa a investir neste bairro. A intenção já era a de levar todos os serviços para essa região afastada”.

Os condomínios do bairro Citymar estão em fase final de negociação, assim que aprovados, a Geoteto terá 12 meses para entregar. Com um prazo tão curto, o engenheiro João Senhor já pensa em uma estraté-gia para dinamizar as obras. “Vamos contratar mão de obra local e, de preferência, do próprio cadastro ha-bitacional, se houver profissionais qualificados. Eles trabalham com mais carinho, pois sabem que estão construindo seu próprio lar”, frisa.

Também em parceria com a CEF, a Geoteto é responsável pela construção do condomínio Portal de Áquilas, no Rio da Praia (20 unidades); Portal de Dourados, no Parque Estoril (196 unidades); Portal de Fênix, no Rio da Praia (72 unidades / destinadas a funcionários públicos) e o Portal de Centauros, no Maitinga, (72 unidades / para funcionários públicos), os dois últimos ainda em fase de aprovação. Para mais informações sobre os empreendimentos, o tele-fone da Geoteto é (13) 3317 3040.

Obras do Portal de Dourados, no Parque Estoril

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Meio ambiente

Sinal positivo para o

Com sua caprichosa geografia, Bertioga tem um grande desafio pela frente: aliar o desenvolvi-mento que se projeta para o município e região, com a responsabilidade de manter preserva-dos 85% do seu território.

A adequação da cidade às diretrizes do programa Município Verde, é visto pelo atual secretário de meio ambiente, Rogério Leite dos Santos, como um bom pas-so nesse sentido. “Recebemos o selo este ano. Mas essa certificação não é permanente. Agora, precisamos botar os projetos em prática para garantir a

Projetos voltados para garantir continuidade da certificação Selo Verde Azul, e convênio com Cetesb para dinamizar procedimentos de licenciamento são os destaques da área ambiental da cidade

desenvolvimentosustentável

Rogério Leite chama a comunidade para conhecer

projetos voltados às dire-trizes do Selo Verde Azul

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permanência dessa distinção para a cidade”. Para atender as dez diretrizes ambientais do programa

Selo Verde Azul, a Secretaria de Meio Ambiente da cida-de desenvolveu 74 projetos e um extenso cronograma de atividades. Entre as prioridades estão os voltados para o congelamento e reversão de áreas de invasão, replantio de mata ciliar, incentivo às habitações sustentáveis e política municipal de resíduos sólidos - esta em fase de edital para contratação da empresa responsável pela elaboração do plano de gerenciamento.

Rogério Leite informou que os projetos vêm sendo apre-sentados e discutidos nas reuniões do Condema. “È impor-tante a comunidade participar desse momento. Alguns pro-jetos vão, inclusive, precisar de participação voluntária”.

Autonomia para licenciarPor outro lado, Rogério destaca a atual autonomia da

cidade para a execução de licenciamento e fiscalização de atividades de impacto ambiental local. Depois de 10 anos, o convênio foi reativado em março, após assinatu-ra entre a prefeitura e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. “Já realizamos as etapas de treina-mento de nossa equipe, tanto na parte administrativa, quanto em campo, para atuarem nessa área”, declarou Rogério Leite.

O secretário ressaltou que, agora, a cidade irá ganhar agilidade na expedição de licenciamentos. “O período de liberação pode ser reduzido pela metade do tempo, de-pendendo do tipo de empreendimento”.

Outro ponto positivo aguardado com expectativa é a posição do estado quanto a solicitação de adendo no con-vênio para a autonomia da secretaria municipal, também no licenciamento de áreas urbanas que tenham resquí-cios de vegetação, ou “aglomerados de árvores”, como prefere Rogério. Medida que, de acordo com o secretário, irá agilizar os processos de construção na cidade.

Secretaria aguarda resposta para autonomia no licenciamento de áreas urbanas

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Administração

Otimismo nas finanças

É com esse entusiasmo que o atual secretário de Administração e Finanças, Francisco José Ro-cha, avalia a situação financeira do município, e garante que novo modelo administrativo deve bai-xar as despesas internas e liberar mais recursos para investimentos.

Com uma arrecadação de R$ 160 milhões e ape-nas R$ 60 mil de precatório, segundo Francisco Ro-

“Essa prefeitura é abençoada, não tem precatórios, a dívida pública é baixíssima e a arrecadação está muito acima da média de outros municípios com as mesmas características. Nunca vi um orçamento tão bom de trabalhar”

Sem dívidas, Bertioga agora precisa de investimento para se desenvolver

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cha, a prefeitura de Bertioga só tem um problema, o alto custo interno que, segundo o secretário, “consome a ar-recadação”. “Da forma como a receita foi conduzida até agora, a capacidade de investimento é zero. Estamos traba-lhando na readequação desse formato administrativo”, disse.

Entre as frentes de trabalho da se-cretaria está o contingenciamento do orçamento, de acordo com a receita, e a gestão compartilhada com as demais secretarias de governo. “Cada secretário fará a sua gestão de acordo com a ver-ba disponibilizada. É ele que deve ver as prioridades de sua secretaria e, assim, evitar a sobra de saldos. Esse é um pro-cesso de maturação, onde cada qual é responsável pelos seus gastos”, disse.

O secretário destacou que no ano passado houve uma sobra de saldo no valor de R$ 16 milhões. “Isso equivale a 10% do orçamento atual, é muito di-nheiro, o certo é passar com zero”. O saldo refere-se a valores vinculados às

secretarias e que só podem ser gastos para aquilo que foram destinados. Caso não sejam utilizados no período, voltam para os cofres públicos até que sejam executados.

De acordo com José Francisco, a sua pasta também trabalha na elaboração de um novo Código Tributário, na revisão cadastral de imóveis e da Planta Genéri-ca de Valores, que devem estar prontos até a segunda quinzena de outubro.

José Francisco assumiu a pasta de Administração e Finanças de Bertioga há três meses. É economista e já admi-nistrou sete prefeituras, sendo as maio-res Diadema e Osasco. Com toda essa experiência ele destaca os números de Bertioga. “São R$ 160 milhões de arre-cadação para um município com 50 mi-lhões de habitantes, isso significa uma percapita de 3,5 mil por habitante. E a ci-dade não tem dívida, é maravilhoso. Não tem município com esse nível. Agora só precisamos diminuir o custeio e partir para o investimento”.

Francisco Rocha: “Da forma como a receita foi conduzida até agora, a capacidade de investimento é zero. Estamos trabalhando na readequação desse formato administrativo”

Elaboração de um novo Código Tributário, revisão cadastral de imóveis e da Planta Genérica de Valores fazem parte do pacote de mudanças da secretaria

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“Foi muito difícil para mim. Era a primeira vez que eu ficava doente e internado. Numa noite estava aflito, per-cebi uma televisão no quarto feminino. A enfermeira me viu e disse: você é santista, né?”, só balancei a cabe-ça, porque não estava falando, devido à inflamação na garganta. Ela trouxe uma televisão e assistimos ao jogo do meu time. Fiquei maravilhado com a atenção”, conta Paulo Marcos de Oliveira, 58, um dos 250 pacientes in-ternados no Hospital Bertioga FUABC, mensalmente.

E é com esse espírito, que a Fundação do ABC vem desenvolvendo a humanização e o acolhimento como re-ferência no atendimento.

Para ouvir e atender os anseios da população, a equi-

Saúde

Humanização: um novo conceito de atendimento

Atenção, carinho e respeito. Equipe da Fundação do ABC trabalha motivada em atender sua própria comunidade

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Atenção e carinho no atendimento

pe do Hospital Bertioga conta com enfermeiros de triagem e acolhimento, serviço de apoio ao usuário, recepcionistas, assistentes sociais e ouvidoria, além da equipe de médicos e para-médicos, somando cerca de 300 profissionais, a maioria de Bertioga.

“É necessário que todos tenhamos a respon-sabilidade social de entender que nosso bom trabalho não repercutirá só para a instituição ou para a administração pública, mas, principal-mente, para o resguardo de nossa comunidade, nossa família e nossos amigos”, afirma o supe-rintendente do Hospital Bertioga Dr. Jurandyr José Teixeira das Neves.

Trabalho de equipe“O espírito de equipe também é essencial,

aliado ao comprometimento e orgulho do nos-so local de trabalho”, afirma o superintendente. “Seguramente não podemos fazer tudo que é necessário na área da saúde, mas, a Fundação do ABC, junto com o prefeito Orlandini, que acre-ditou na nossa proposta, está trabalhando para oferecer sempre o melhor dentro desta gestão”, explica Dr. Jurandyr. “Assim que terminarem as reformas do Pronto Socorro, centro cirúrgico e enfermaria, comandada pela Secretaria de Obras e de Saúde, poderemos oferecer muito mais para a população de Bertioga”, conclui.

A FUABC administra desde setembro de 2009 o Pronto Socorro, Hospital e Ambulatório de Es-pecialidades Cirúrgicas, os únicos da Cidade. A taxa administrativa ajuda a sustentar três facul-dades (medicina, enfermagem e farmácia) que são exemplos de formação acadêmica, além de difundir seus conceitos e conhecimentos de prá-tica médica para Bertioga.

O santista Paulo Marcos: “Fiquei maravilhado com a atenção”

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Legislativo

Superlotação na Câmara

Quem chama a atenção para o problema é o presidente do Legislativo bertioguense, o vereador Antônio Rodrigues Filho. “Precisamos com urgência de uma nova sede, para que possamos dar melhor andamento aos trabalhos administrativos e ao aten-dimento ao público”, diz.

De acordo com Rodrigues, nos últimos 17 anos o volume de trabalhos dos vereadores “foi multiplicado por dez”. Por outro lado, a comunidade, também, tem se mostrado mais participativa. O resultado é a super-lotação nos escritórios administrativos e a falta de es-

Com maior volume de trabalhos e de participação da comunidade nas sessões, sede do Legislativo já não atende demanda do município, que pode contar com 15 vereadores, a partir da próxima eleição municipal

Sede da Câmara já não atende demanda de trabalhos

Toninho Rodrigues quer novo endereço

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paço, principalmente, para atender as solenidades e audiências públicas.

“Da forma como estamos, o munícipe não tem privacidade para falar com o vereador, os escri-tórios não comportam o volume de trabalho e de pessoal e ainda estamos atrapalhando a melhor distribuição da ‘Praça da Saúde”, resume o pre-sidente da Câmara, referindo-se à Praça Vicente Molinari, composta pelo PS e hospital local.

O presidente da Câmara lembra que a partir da próxima eleição municipal, em 2012, o número de vereadores da casa pode passar de nove para 15 e adianta que o Legislativo já precisa aumentar o corpo de funcionários, mas que só terá previsão de um próximo concurso a partir do meio do ano. “Há demanda, mas até nisso a falta de espaço atrapa-lha, onde vou colocar mais pessoal?”, indaga.

Rodrigues revela que pediu com urgência para que o prefeito agilize a compra de uma nova sede para a Câmara, mas ressalta que não há imóveis com esse perfil na cidade, e sugere que seja construída uma sede única para os três poderes do município - Executivo, Legislativo e Judiciário. “È preciso que seja um prédio mo-derno, que atenda as necessidades de cada um, sem improvisos. A única área que vejo com essa capacidade, é a da garagem”, ressalta o verea-dor que permanece como presidente da Câmara até o final deste ano.

Falta espaço para a participação dos munícipes

Média é de até três departamentos em

uma única sala

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Meio ambiente

Fazenda Acaraú: a Mata Atlântica é a nossa praia

A região de Mata Atlântica onde está inserida a Fa-zenda Acaraú, área particular de 1.580ha, representa uma área de restinga bem conservada em Bertioga, onde são desenvolvidos, desde 1999, projetos ambien-tais de estudos e manejo de fauna e flora e também do solo e da água, com o envolvimento de biólogos, enge-nheiros agrônomos e florestais, geólogos, geógrafos, economistas, advogados, arquitetos, entre outros.

Entre as atividades, está o monitoramento de ani-mais quanto ao seu comportamento, deslocamento e sobre o estudo dos hábitos silvestres. É grande a diversidade da fauna identificada pelo Centro de Manejo de Animais Silvestres. São 270 espécies de aves, 70 de mamíferos, 35 de répteis, 40 de anfíbios, 114 de invertebrados, 25 de peixes - e certamente há muito que estudar e descobrir. “O trabalho realizado na Fazenda Acaraú, de soltura de animais, é de qua-lidade, seriedade e competência indiscutíveis, tudo acompanhado por profissionais altamente qualifica-dos”, diz Lafaiete Alarcon, diretor do Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Itutinga-Pilões.

O viveiro de produção de espécies da Mata Atlân-tica é outro trabalho a ser destacado. Conta com 109 espécies nativas, e capacidade para produzir anual-mente 150 mil mudas. No local também são realiza-das pesquisas com a vegetação, sobre época de pro-dução de flores e frutos e identificação de matrizes para coleta de sementes.

Tudo o que é produzido é plantado nas áreas mais degradadas da própria fazenda para “enriquecer” a vegetação e gerar mais alimento à fauna. “É funda-mental estreitar os laços entre o Parque Estadual e

Área rural da propriedade, onde estão localizados viveiros e centro de manejo de animais silvestres, está em vias de ser declarada Reserva Particular do Patrimônio Natural - a RPPN Hercules Florence. Depois de reconhecida pela Fundação Florestal será a segunda maior reserva particular do litoral do estado de São Paulo, com 948ha

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Monitoramento estuda comportamento, deslocamento e hábitos da fauna local

a Fazenda Acaraú, para disseminação do conheci-mento nos projetos realizados. As ações de manejo de flora e fauna são realizadas de forma exemplar, contribuindo sem dúvida alguma para conservação”, ressalta Edson Lobato, diretor do Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo São Sebastião.

A Fazenda está dividida em duas partes: uma rural, que corresponde a 1.080ha ou dez milhões e oitocen-tos mil metros quadrados, e outra urbana, de 500ha ou cinco milhões de metros quadrados. Na área rural da propriedade, onde estão localizados os viveiros e o centro de manejo de animais silvestres, está sendo criada uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, a RPPN Hercules Florence, de 948ha, ou nove mi-lhões quatrocentos e quarenta e oito mil metros qua-drados, que, depois de reconhecida pela Fundação Florestal, será a segunda maior reserva particular do litoral do estado de São Paulo. A RPPN é de iniciativa voluntária do proprietário e tem caráter perpétuo, ou seja, uma área legalmente e ambientalmente protegi-da para essa e para as futuras gerações.

Soltura de animais silvestres

Desde 2002 licenças são dadas pelo governo fe-deral, por meio do IBAMA, para a criação de uma Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS). Em consequência da seriedade do trabalho, a proprieda-de tornou-se referência nacional.

Dessa forma passou a realizar as atividades de levantamento, procedimentos de soltura e moni-toramento de animais oriundos de apreensões do IBAMA, prefeitura e Polícia Ambiental, recupera-ção e reintrodução de animais atropelados e mane-jo em projetos licenciados, os quais são destinados pelos órgãos oficiais.

Já foram catalogadas 270 espécies de aves na região

Saiba maiSO que é uma RPPN?

Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma a área de domínio privado a ser especialmente prote-gida, em caráter perpétuo, por iniciativa de seu pro-prietário, mediante reconhecimento do Poder Públi-co. Isso por ser considerada de relevante importância pela sua biodiversidade, ou pelo seu aspecto paisa-gístico, ou ainda por suas características ambientais que justifiquem ações de proteção, conservação, educação e pesquisa.

Quem foi Hercules Florence?O homenageado com o nome da RPPN da Fa-

zenda Acaraú “foi um dos personagens mais interes-santes do Brasil do século XIX, e talvez o estrangeiro mais notável estabelecido na província de São Paulo em sua época.”, segundo Pedro Corrêa do Lago, em Iconografia Paulistana do Século XIX. Francês, che-gou ao Brasil em 1824 e no ano seguinte engajou-se na famosa expedição Langsdorff.

A expedição teve a duração aproximada de quatro anos, atravessou as províncias de São Paulo, Mato Grosso e Grão Pará, retornando à capital do império em 13 de maio de 1829. Hercules Florence era dese-nhista e realizou trabalhos científicos nos domínios da botânica, zoologia, geografia, etnografia, história, astronomia, economia, estatística, linguística e mi-neralogia. Suas pesquisas científicas culminaram na descoberta isolada da fotografia no Brasil.

Área da Fazenda Acaraú tem características para ações de proteção, conservação, educação e pesquisa

Comitiva internacional em visita à Fazenda Acaraú

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Qualidade de vida

Saneamento acompanha crescimento da

Bertioga registra umas das maiores taxas de crescimento da Baixada Santista, se-gundo dados da Fundação Seade, e os números, em relação ao saneamento, tam-

bém mostram esse caminho. Nos últimos 10 anos, somente em ligações de água, foi registrado um crescimento superior a 100%, passando de cerca de 10 mil

para as atuais 24 mil ligações, de acordo com a superintendência da Unidade de Negócio da Sabesp na Baixada Santista.

Segundo a assessoria de imprensa da Sabesp, os recursos emprega-

Nos últimos dez anos, as ligações de água em Bertioga passaram de cerca de 10 para 24 mil ligações, segundo a superintendência da Sabesp. A rede de tratamento de esgoto também foi ampliada e o desafio atual é conscientizar a população sobre a importância

de ter sua residência ligada ao sistema

cidade

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dos nos últimos três anos em vários programas da estatal na cidade passaram dos R$ 66 milhões, com obras de ampliação da cobertura de rede de esgoto e implantação de uma Estação de Tratamento de Água em Boracéia.

Dentro do Programa Onda Limpa, foi inaugurada a Es-tação de Tratamento de Esgoto ETE Saturnino de Brito, no bairro Jardim Vista Linda, no começo do ano, e que já iniciou as ligações domésticas. “Este é um momento mui-to importante para a cidade, porque mais que dobramos a capacidade de tratamento de esgoto, o que possibili-tará acompanhar todo esse desenvolvimento”, explica o superintendente da Unidade de Negócio da Sabesp, na Baixada Santista, Joaquim Hornink Filho.

Ele destaca como fundamental, principalmente, para garantir a balneabilidade das praias, a realização das li-gações domésticas. “A Sabesp fez grandes investimentos para atender diversos bairros que não tinham cobertura de rede de esgoto. Agora, é preciso que a população faça a sua parte, fazendo as adaptações internas e as ligações domiciliares”, avalia.

Para acompanhar os próximos passos do desenvolvi-mento do município, a Unidade de Negócios da Sabesp anuncia para o período de 2010 a 2014 uma série de in-vestimentos para o município. Ao todo, devem ser empre-gados mais R$ 68 milhões, com a construção de estações de tratamento de água e esgoto, estações elevatórias e ampliação das ligações domiciliares de água e esgoto.

De acordo com o superintendente, a meta da empresa é elevar a coleta de esgoto e a distribuição de água a 100% da população. “Temos como uma das principais diretrizes

chegar a universalização do sistema de saneamento. Essa condição representa mais qualidade de vida à população, uma das preocupações da Sabesp. E será um dos pilares de crescimento de uma cidade que possui grande área de preservação ambiental”, destaca Hornink.

cidade

Estação de Tratamento de Esgoto Saturnino de Brito, no bairro Jardim Vista Linda

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História

Um sonhoquedeu certo!

Implantado em 1979, por meio de parceria entre as empresas Praias Paulista, Companhia Fazenda Acaraú e Sobloco Construtora, o maior empreendimento imobiliário da região nasceu do sonho de um homem que enxergava longe, José Aparecido Ribeiro, que já na década de 1950 acreditou no potencial da região para receber um centro turístico de primeiro mundo.

Sonho esse acompanhado de perto por Hilda Ri-beiro, uma mulher entusiasta das causas sociais,

dedicada e de grande personalidade. “Eu era muito companheira do Dr. Ribeiro, meu marido. Era um ho-mem muito empreendedor e tudo que ele idealizava acontecia. Foi quando encontrou a Sobloco, as em-presas se associaram e tudo aconteceu”.

Ela lembra com carinho dos primeiros passos que deu em solo bertioguense e da força de seu esposo na realização de um ideal. “Estive pela primeira vez em Bertioga há mais de 50 anos. Íamos para uma casinha, no Indaiá, no meio do mato, com luz de lam-

A Riviera de São Lourenço é um dos maiores patrimônios de Bertioga e Hilda Ribeiro, da empresa Praias Paulistas, uma das pioneiras no premiado projeto, assinou definitivamente o seu nome na história da cidade

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pião, sem as menores condições de conforto. Minhas filhas eram pequenas, uma de colo e atravessávamos o canal de canoinha, geralmente à noite”, lembra.

Hilda Ribeiro conta que seu esposo, José Apare-cido Ribeiro, olhou aquela praia durante 30 anos, já com a ideia de transformá-la em uma região turística. “Não tinha nada, não tinha ninguém, éramos somente nós. Sinto um enorme orgulho do Ribeiro, em como ele sentiu que sua ideia daria certo. Deve estar orgu-lhoso na eternidade”.

A Riviera de São Lourenço tem participação ine-gável no avanço de Bertioga em termos urbanísticos. Um ícone que se destaca, sobretudo, pela proposta de convivência harmoniosa entre a manutenção da quali-dade de vida e a preservação ambiental, condição que lhe conferiu muitos títulos nacionais e internacionais. “Meu desejo é que Bertioga continue crescendo cada vez mais”, diz Hilda Ribeiro.

Fundação 10 de AgostoAmante da arte e da música, Hilda Ribeiro foi uma

das primeiras presidentes da Fundação 10 de Agosto, entidade civil, de direito privado e sem fins lucrativos, que tem como principal característica o incentivo à cultura e ao profissionalismo, com sede na Riviera de São Lourenço.

À frente da entidade deu início ao projeto da Or-questra e do Coral da Fundação 10 de Agosto. Sob a supervisão do maestro Paulo Sérgio Gabriel, a or-questra foi responsável pela iniciação e formação

musical de muitas crianças, adolescentes e jovens de Bertioga, inclusive com a participação em festivais no ano de 2000.

Hilda Ribeiro também introduziu a marchetaria - arte da utilização de sobras de madeira para a confecção de pequenos objetos, e a luteria - arte de confecção de instrumentos musicais como cavaquinhos e violi-nos, no cronograma de cursos da fundação.

Alunos da Orquestra no aniversário da Fundação 10 de Agosto, em 2003. A música é uma das paixões de Hilda Ribeiro

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Riviera de São Lourenço

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Entrevista

Sob o olhar do

Luiz Carlos Pereira de Almeida é paulistano e engenheiro civil formado pela Escola Politécnica de São Paulo. Em 1958, fun-dou a Sobloco Construtora S/A, empresa que hoje se destaca no campo do desenvolvimento urbano em todo o país. O plane-jamento é a base principal de seus empreendimentos, que vão além da construção civil e representam importante fator de de-senvolvimento nas cidades onde estão inseridos. Aqui, ele fala um pouco dos primeiros passos da Riviera de São Lourenço e sua visão do momento atual de Bertioga.

No final dos anos 1970 o senhor foi um pioneiro, ao aceitar o desa-fio de seus parceiros (Praias Paulista e Fazenda Acaraú) de desbravar Bertioga e construir o que veio a ser batizada pela Sobloco como Riviera de São Lourenço. Como foi esse processo?

Naquela ocasião o que se apresentava para mim era uma espécie de sonho, já que se tratava de projeções sujeitas a muitas condicionantes econômicas, técnicas, políticas, ambientais e mercadológicas.

Quais foram os passos definitivos para alcançar esse patamar? E os principais parceiros?

Uma vez traçados os objetivos, a palavra dali para frente foi Per-severança. O Plano precisava estar lastreado no que deveria ser melhor para a sociedade, para se alcançar a melhor qualidade de vida com a tecnologia de ponta. Parceiros com certeza viriam. Inves-

Luiz Carlos Pereira de Almeida, diretor superintende da Sobloco Construtora, reforça a importância do desenvolvimento sustentável para a cidade e pontua que é preciso enquadrar o fenômeno da existência de petróleo ao longo do litoral norte de São Paulo, dentro das características do município

planejadorexímio

“O fenômeno da existência de petróleo ao longo do litoral norte de São Paulo é irreversível e suas consequências são inexoráveis”

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timentos propriamente atraídos não iriam faltar! Não se tratava de planos de curto prazo e isto, como condicio-nante, tornava o sonho com cara de viável, de factível, de realizável.

Chegamos aos tempos da preocupação permanente com o meio ambiente, mas naquela época, não era bem assim. Como foi criar um projeto já com essa visão de futuro?

Naquela época a sinalização a respeito da atenção às questões ambientais já era clara. Só não via quem não estivesse acompanhando as manifestações cons-tantes vindas dos Países do primeiro mundo. O Plano, antes de tudo, precisava se caracterizar pela forma com que iria tratar o meio ambiente. Não havia tratamento de esgotos no nosso litoral! Isto não poderia continuar. As praias de nosso Estado eram sempre vítimas de fal-ta de água tratada! Isto precisava ser corrigido! Os pro-cessos de drenagem nas ocupações ao longo de nossa Costa eram deficientes. Os processos da coleta de lixo e do destino do entulho precisavam ser mais atendidos! Tudo isto era preciso pesar no planejamento! E foi o que aconteceu.

O que o senhor ainda espera desse megaprojeto? O processo de ocupação urbana se caracteriza

especialmente pelo seu dinamismo, pela sua evo-lução, pela busca do aperfeiçoamento. A técnica evolui, as aspirações humanas evoluem, os hábitos mudam. Tudo isto nos impõem constante atenção e vigilância. Há sempre muito que fazer. Muito que melhorar!

O que a Riviera representa para a Sobloco?A Sobloco tem a Riviera de São Lourenço como motivo de

orgulho e de realização. Os desafios não cessam e a disposi-ção para enfrentá-los cresce dia a dia.

Quantos empregos diretos a Riviera gera hoje em Bertioga? Existe uma previsão para quando ela esti-ver concluída?

Sobre os empregos criados, estamos na casa das deze-nas de milhares, se contarmos aqueles da construção civil. Outros empregos crescem muito, a medida do crescimento da Riviera. Tudo ainda vai crescer muito.

Bertioga possui 85% de seu território destinado à pre-servação permanente, o senhor vê isso como fator im-peditivo do seu pleno desenvolvimento? Como conciliar esses dois termos na prática?

Bertioga tem tudo para se desenvolver e se consolidar como um grande destino turístico, de nível internacional. Sua proximidade com a capital e sua natureza exuberante confe-rem à cidade grande atrativos para investimentos. Por outro lado, o município tem o desafio de compatibilizar o seu cresci-mento com todo o respeito às questões ambientais. O índice de 85% de preservação não é impeditivo ao crescimento da cidade, desde que haja incentivos e regras claras para quem for empre-ender no município, de forma a gerar receitas e empregos.

A cidade chega aos seus 19 anos de emancipação político-administrativa, é tempo suficiente para se estru-turar enquanto município?

Bertioga é um município novo, porém, com muita história. Nestes últimos 19 anos cresceu e conquistou muitas vitórias. Uma delas é o Selo Verde Azul, um importante certificado das preocupações ambientais da cidade. O importante é não perder o foco do desen-volvimento sustentável, ou seja, o desenvolvimento econômico com respeito ao meio ambiente. Desenvol-vimento é a melhora do nível do bem estar das pesso-as - elevar os padrões de vida, melhorar a educação, a saúde e a igualdade de oportunidades. Uma política absolutamente preservacionista não aponta para o

exímioConstruir a Riviera de São Lourenço foi um grande desafio

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desenvolvimento. Investir na educação ambiental, prover a cidade de todos os requisitos para a ma-nutenção de suas riquezas naturais – saneamento básico, água e esgoto -, criar programas de redução de consumo e de gestão de resíduos são algumas das frentes de trabalho.

A região vive um momento de expectativas quanto à futura movimentação da indústria de petróleo e gás. Sendo o senhor um homem com visão de futuro, onde acha que Bertioga se encaixa nesse mercado? Quais se-riam os investimentos certeiros para não ficar de fora?

Bertioga vai contribuir dentro de suas caracte-rísticas e possibilidades para o progresso verti-ginoso que está para acontecer. O fenômeno da existência de petróleo ao longo do litoral norte de São Paulo é irreversível e suas consequências são inexoráveis. Resta a todos nós, responsáveis pelo desenvolvimento econômico da região, pro-curar enquadrar esse fenômeno dentro das carac-terísticas do município.

Ninguém poderá responder isoladamente pelas pres-sões políticas e econômicas que vão ser geradas por essa nova riqueza. Cabe a todos que se envolvem com o desenvolvimento da região zelar pelo município, buscan-do um equilíbrio no sentido de identificar as prioridades a serem impostas já que as precipitações movidas por in-teresses escusos ou imediatos poderão causar prejuízos irreparáveis a toda região.

E para os jovens, se o senhor pudesse dar um con-selho, uma orientação sobre o futuro no mercado de trabalho da região, qual seria?

Educação, retidão de princípios e muita persistência.Empreendimento vai além da construção civil, representa importante fator de desenvolvimento da cidade

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Vila de Itatinga

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Centenário

Itatingaemfesta

História, arquitetura, turismo e meio am-biente se fundem quando o tema é Itatinga. Incrustada na encosta da Serra do mar, em terras da antiga Fazenda Pelaes, a pito-resca vila, composta de 70 casas - com os padrões da arquitetura inglesa da época -, escola, posto médico, auditório, clube de futebol, padaria e capela, foi construída no século passado, para abrigar funcionários da usina hidrelétrica de Itatinga, inaugurada em 10 de outubro de 1910.

A usina foi uma das primeiras do gênero

Um dos maiores patrimônios de Bertioga, a Usina de Itatinga completa 100 anos em 10 de outubro próximo. E para comemorar a data, a Companhia Docas do Estado de SãoPaulo (Codesp) programou uma série de ações durante todo o ano

Pitoresca vila, com padrões da arquitetura inglesa da época, foi construída para abrigar funcionários da usina

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no Brasil e até hoje fornece 2/3 do total da energia consumida pelo porto de Santos. E para comemorar o centenário dessa grande obra da engenharia, a Co-desp preparou uma série de atividades que se prolon-ga durante todo ano, inclusive com a participação de funcionários e ex-funcionários.

De acordo com Wagner Moreira Gonçalves, coor-

denador da Comissão do Centenário de Itatinga, da Codesp, a programação conta com visitas à vila, de-nominadas “de volta ao passado”, destinadas a funcio-nários e ex-funcionários da usina; lançamento do livro “Itatinga Patrimônio Cultural”, da doutora em arquite-tura, Ana Luisa Howard de Castilho, com lançamento previsto para outubro, e uma exposição itinerante de

Usina foi uma das primeiras do gênero no Brasil

Estande temático da Codesp, na Feira Intermodal, em abril, na Capital, homenageou a usina

Usina fornece 2/3 do total da energia consumida pelo Porto de Santos

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fotos da vila, em Santos e Bertioga (datas e lo-cais não definidos).

Ainda como parte das comemorações, o vilarejo passa por reforma. As casas estão sendo pintadas com suas cores originais (paredes amarelas e janelas verdes) e os telhados e rede hidráulica e elétrica re-cuperadas. “As duas casas principais ficarão abertas para exposição”, destaca Wagner.

Programação animadaDepois de reformada, a vila também recebe parte

da programação: uma festa junina, no dia 29 de junho; o tradicional aniversário do clube, dia sete de setem-bro, e a festa do centenário, dia 10 de outubro.

Uma missa campal, na Capela Nossa Senhora da Conceição, padroeira da vila, dia oito de dezembro, encerra a programação do centenário.

Wagner Moreira destaca que a festa do centenário, dia 10 de outubro, será a maior do ano, inclusive com um show. “Será aberta para autoridades, funcionários, ex-funcionários e pessoas que frequentam a vila. Um presente para a comunidade”.

Atividades na vila

29/06 – Festa Junina07/07 – Aniversário do Clube Itatinga10/10 – Festa do centenário08/12 – Missa campal

O vilarejoatualmente

funciona apenas como

ponto turístico monitorado

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História

Gente de Itatinga“Não existe obra sem pessoas”, com esta cer-

teza, a funcionária pública Elaine Amorim Justo Nehme leva à frente seu trabalho de registrar em livro de contos, os usos, costumes e crenças das famílias que habitaram a vila de Itatinga até mea-dos da década de 1990.

Histórias reais de muitos bertioguenses, e de quem passou por suas vidas, como a da professora Cleide Negreiros, que lecionou na vila, de 1970 a 1990. Aposentada, hoje vive em Marilândia, Goiás, mas enviou seu depoimento pessoal, onde fala so-bre seu convívio com os moradores locais, desde o preconceito inicial, pois era negra, até a aceitação e o carinho dos pais e alunos.

Elaine fez parte de uma das turmas da antiga professora e lembra de uma Cleide muito rígida, mas competente na mesma proporção. “Quem estudava com ela, chegava a Bertioga extrema-mente preparada”, elogia.

Com o entusiasmo de quem registra sua própria origem, Elaine já fez 30 entrevistas com famílias antigas da vila. O estudo antropológico revelou, por exemplo, que no período de 1910 a 1930, a vila foi habitada exclusivamente por imigrantes; de 1930 a 1950 teve início a chegada de pessoas vindas do li-toral norte, especialmente de Ubatuba e Caraguata-tuba; a partir de 1950, começam os entrelaçamentos. Já a partir da década de 1990 tem início o final de um

ciclo, com os últimos aposentados deixando a vila com as suas famílias.

Doce rotinaEntre tantos depoimentos e lembranças, ela

se emociona ao fechar os olhos e descrever, em detalhes, minúcias da rotina diária da antiga vila:

O bonde passando na

ponte dos xaxins, o bater de tapetes nas janelas, o sino

da capela às 18hs, o toque

das sirenes da usina às 22hs. Sons

do cotidiano, detalhes da

rotina de quem teve a felicidade

de viver na bucólica vila de

Itatinga

Elaine empenhada em registrar a história de sua gente

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Haroldo Ramos, pai de Elaine, foi operador de máquina na usina

Turma de 1993 da professora Cleide Negreiros. Elaine é a terceira ao alto (da direita para a esquerda)

“O barulho do bonde na ponte dos xaxins, os tapetes sendo batidos nas janelas, o sino da igreja às 18hs - quando as crianças saiam cor-rendo para rezar o terço, e a hora do silêncio - às 22h as sirenes da usina tocavam e todo mundo se recolhia para dormir”. Abre os olhos, agora marejados de lágrimas, e não é preciso dizer mais nada.

Elaine Amorim nasceu em Itatinga e lá viveu até os 19 anos. Faz parte da terceira geração de uma família que participou da história de Itatinga. Ela conta que foi seu bisavô, Agostín Ramos, quem colocou a pedra fundamental de construção da capela. “Três gerações da minha família estão ligadas a Itatinga, então por que na minha teria que acabar? Precisava fazer alguma coisa, por isso pensei no livro. Acredi-to que o estudo e registro do passado servem como alicerce do futuro”, diz.

O livro, ainda sem nome definido, será ilus-trado com fotos antigas, pessoais e doadas pelas famílias entrevistadas, e atuais, do fotó-grafo Du Zuppani. A escritora também aguarda aprovação pela Lei Rouanet (Lei Federal de incentivo à cultura).

A pequena Elaine, aos quatro anos, infância feliz

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Arte

Lembranças em tela“Quando o bonde parava na vila, todos corriam para a janela, para ver quem estava chegando”

A frase é do pintor bertioguense San-dro Bueno Justo e retrata uma das doces lembranças de infância que ele irá per-petuar em tela, em homenagem aos 100 anos de Itatinga. O quadro fará parte de uma exposição especial (local ainda não definido), em outubro, com telas de sua autoria, todos com imagens da antiga vila e da usina.

O primeiro quadro do artista com essa temática foi a capela Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira de Itatinga, que ele retratou quando tinha apenas 12 anos de idade. Sandro nunca mais parou de pintar a vila.

A usina, o bonde, as cachoeiras, ca-sas... Toda a beleza da antiga vila in-glesa, pelos olhos de quem passou a infância correndo por suas matas. “Já perdi as contas de quantos quadros já pintei com esse tema. Pinto o meu pas-sado, a minha gente”, diz.

O artista viveu na vila até os 12 anos, depois se mudou, por problemas de saú-de. Sua família tem forte ligação com o lugar. O bisavô, o avô e o pai, Ademir Ra-mos Justos, foram funcionários da usina.

Mesmo depois de ir morar em Santos,

Sandro lembra que todos os finais de se-mana, a família voltava à vila para passear e rever parentes e amigos. Foi assim du-rante toda a infância e juventude. “Acabei fi-xando moradia em Bertioga quando passei no primeiro concurso público, em 1993”.

Sandro é só emoção ao falar de Itatin-ga. “Lembro de quando as calçadas eram lavadas com escovão, ficava tudo brilhan-do. As festas, os bailes, a convivência das pessoas, era tudo muito bonito”, conta.

A arte figurativa mostra bem os sen-timentos do artista. “Na tela o passado fica para sempre. Sigo a filosofia de Be-nedicto Calixto, de deixar uma marca de sua época, um legado para a pintura”.

O pintor não se esquece de uma frase de seu avô, ao acordar pela manhã e ver, na sala, um dos quadros que ele (Sandro) havia finalizado durante à noite: “Andei muitos quilômetros para chegar num lu-gar, construir família e ganhar um neto que me levou de volta para o passado”. O quadro tinha a imagem de um dos carros-chefes do artista, o bonde e a Maria fuma-ça. “Eles são um símbolo de trabalho, de força, uma ligação muito forte com o meu avô”, ressalta o artista.

Capela e Maria Fumaça são os temas prediletos do artista

Sandro prepara exposição em homenagem ao centenário

Chegada do bonde à vila causava curiosidade nos moradores

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História

Marco da emancipaçãoVermelho, na forma de duas colunas em tamanhos

diferenciados. A menor tem um furo no centro, em sua parte superior, enquanto a maior é adornada com um emblema. Mas, quais os significados desses símbolos?

Quem explica é Eunice Olsen Lobato, secretária do movimento de emancipação que elevou a cidade à ca-tegoria de município, dia 19 de maio de 1991.

Ela nos convida para uma volta ao passado, mais precisamente ao meio da década de 1980, quando teve início o segundo movimento pela emancipação. Foi nessa época, que o então administrador da subprefei-tura de Bertioga, pertencente a Santos, o atual prefeito Mauro Orlandini, desenhou aquele que seria o símbolo da luta pela independência do município, para ilustrar as camisetas dos membros da Comissão Organizadora da Emancipação, presidida por Licurgo Mazzoni.

Parte desta imagem, as colunas, acabou eternizada no Brazão e na Praça dos Emancipadores. As colunas têm duas leituras: na primeira, representam barcos. O do lado esquerdo homenageia os pescadores e o da direita a vela esportiva.

Na segunda leitura, as velas dos barcos são colu-

nas e ilustram dois momentos vividos na história da luta pela emancipação. A menor, com um furo no cen-tro da base superior, representa o primeiro movimen-to, o de 1958 - quando de um total de 256 eleitores, apenas 219 participaram do pleito, rejeitando o des-membramento. “O movimento furou, não deu certo. Por isso o furo”, ressalta Eunice Lobato.

A maior, com o emblema da campanha da comis-são ao centro, representa a vitória do segundo movi-mento. Em 19 de maio de 1991, dos 3925 eleitores que compareceram ao plebiscito, 3698 disseram sim! A cor vermelha representa o sangue, a luta de quem participou desta batalha.

Segundo Eunice Lobato, durante a construção do monumento, em sua parte inferior, foi inserido um tubo de PVC lacrado contendo objetos pesso-ais de membros da Comissão Organizadora, como óculos, canetas e relógios, entre outros. Eunice de-positou um lenço de rosto, primeiro presente de seu marido, quando namorados, e uma carta aos filhos. “Com o lenço enxuguei muitas lágrimas de alegria e tristeza. Na carta peço perdão a meus filhos, por tê-

Quem não conhece a história de Bertioga, pode nem se dar conta da importância do monumento que pontua o centro da Praça dos Emancipadores, na confluência entre as avenidas 19 de Maio e Anchieta

Monumento homenageia a luta e perseverança dos emancipadores

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los deixados muitas vezes. Mas, digo que, em com-pensação deixava para eles uma cidade e que sem luta não há vitória”, conta.

Eunice Lobato é guardiã das atas, livros e anota-ções daquele período. Entre eles, um livrinho com ru-bricas de personagens importantes no cenário político nacional como Orestes Quércia, Luiz Inácio Lula da Silva, Fleury Filho, Guilherme Afif Domingos e Jarbas Passarinho, entre outros.

Cronologia

1948Começa o primeiro movimento pela emanci-

pação, liderado por Aldo Moraes, Humberto da Silva Piques, Névio Oliveira Caldas, Epifânio Caldas e membros da família Costábile.

1958Dia 7 de dezembro - primeiro plebiscito. De

um total de 256 eleitores, apenas 219 participa-ram do pleito, rejeitando o desmembramento.

197929 de março – surge um novo clamor popular

pela autonomia política do município.

1981Movimento ganha força com a criação da As-

sociação Comercial, Industrial e Pesqueira de Bertioga.

1985 13 de fevereiro – é fundada a sociedade Mo-

vimento de Autonomia e Emancipação de Bertio-ga, desarticulada um ano depois, permanecendo Licurgo Mazzoni, Pérsio Dias Pinto, Jerônimo de Souza Lobato e Eunice Olsen Lobato.

1988Comissão Organizadora da Emancipação ga-

nha força após a Constituição Federal.

199119 de maio, dia do Sim! 3925 eleitores compareceram ao plebiscito:

3698 foram favoráveis; 179 votaram contra; 21 votaram em branco e 27 anularam o voto.

199203 de outubro – acontece a primeira eleição

municipal da Cidade.

19931º de janeiro – José Mauro Dedemo Orlandini

toma posse.

Comissão Organizadora da

EmancipaçãoLicurgo Mazzoni, deputado federal Mauricio

Najar, Antonio Duarte, Antonio Purita, Gerônimo

de Souza Lobato, Eunice Olsen Lobato, Irene

Vaz de Pinto Lyra, Pércio Dias Pinto, Abelardo de

Araújo Barros, José Nunes Viveiros, Paulo Sérgio

Martinez, Sérgio Pastori e mais 129 fundadores.

Eunice Lobato é a guardiã de documentos do movimento pró-emancipação

Símbolo da campanha pela independência de Bertioga

Jornal da época convoca bertioguenses para o dia do Sim!

Rubrica de Luiz Inácio Lula da Silva, deputado federal na época, em apoio ao movimento de emancipação

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História

Amor à primeira vista

Norma Mazzoni, hoje com 77 anos, relembra sau-dosa e feliz a trajetória que a fez chegar e ficar por aqui. Uma das primeiras professoras de Bertioga, Norma formou-se em 1950, mas só começou traba-lhar dois anos depois, no colégio Lurdes Ortiz, na Ponta da Praia, em Santos.

O pai não aprovava. “Ele era funcionário da Al-fândega, trazia trabalhos para casa e queria que eu ajudasse. Mas eu gostava muito de criança e fui so-zinha, com a cara e a coragem”.

Registrada como professora eventual, Norma conta que batia ponto todos os dias, mas não dava aulas, porque as professoras fixas não faltavam. Foi assim até 1955, quando surgiu a vaga para lecionar em Bertioga. “Eu já havia estado na vila e gostado muito, foi amor à primeira vista, por isso aceitei”. Uma escolha que mudaria sua vida para sempre.

Assim, no dia 1º de abril de 1955 ela e mais duas professoras chegaram à antiga vila de Santos para lecionar na escola que funcionava onde hoje é a

O dia era 1º de abril, o ano 1955. Data em que os olhares de Norma Mazzoni e Licurgo Mazzoni se cruzaram pela primeira vez. Ela, uma professora recém-chegada de Santos para lecionar em Bertioga. Ele, um paulistano que havia acabado de chegar à cidade com o pai (Coriolano Mazzoni) para instalar a primeira casa de materiais de construção do antigo vilarejo, a Viga Mestra. O casamento deu certo!

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Casa da Cultura. “Ficávamos a semana inteira aqui e só retornávamos aos sábados, o acesso era difícil”, diz, lembrando que as professoras que davam aulas no Indaiá e São Lourenço tinham que pegar carona com o caminhão do lixo, entre estes bairros e o centro, de onde saia a barca para Santos.

Norma enfrentou todas as dificuldades e lecionou por 26 anos. “Não tem um dia que eu saia de casa e não encontre um ex-aluno meu. É muito gratificante”. Hoje ela está fora das salas de aula, agora é uma atle-ta. Joga dama, bocha, xadrez e pratica tai-chi-chuam, no Grupo Vivência.

Para sempreNo primeiro dia em que chegou à cidade, Norma

conheceu o seu marido Licurgo Mazzoni. Na mesma data, a família dele inaugurou a Viga Mestra, loja de materiais de construção que durante dez anos foi úni-ca do gênero na região. “Eles gostavam demais daqui e ajudaram muita gente a construir, vendiam os mate-riais com prestações módicas”, diz Norma.

Também foi da família o primeiro cinema da cidade, o Cine Umuarama, na rua Pedro Góes, com apresen-tações de filmes duas vezes por semana. “Ficava Norma: “È preciso mais amor a terra”

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lotado, porque era bem baratinho”, lembra Norma. O cinema fechou em 1962 por conta dos aumentos dos impostos e alto preço dos filmes.

O nome Licurgo Mazzoni entrou para a história da cidade e nomeia, inclusive, o píer de pesca localizado no Canal de Bertioga. E não é por pouco: o pai de Licurgo foi por duas vezes subprefeito de Bertioga e Licurgo Mazzoni um incansável na luta pela Emanci-pação do município.

Como presidente da Comissão de Emancipação político-administrativa de Bertioga, em 1991, Licur-go Mazzoni não mediu esforços para ver o sonho concretizado. Mas, infelizmente, faleceu dois anos depois da conquista.

Norma, que acompanhou todo o processo de de-senvolvimento político da cidade, diz que a emanci-pação foi muito boa, mas tem suas ressalvas. “Pode-ríamos estar melhor. Bertioga tem tudo para ser uma potência, mas até agora não houve muita ação, prin-cipalmente no turismo”, opina e acrescenta: “é preciso mais amor a terra”.

História

Formatura da turma de professoras

de 1950, em Santos.

Norma Mazzoni, na época com

18 anos, é a terceira no alto da foto

Formatura da Escola Isolada Vicente de Carvalho (atual Casa da Cultura), em 1963, na presença do então prefeito José Gomes

Turma de 1972 do Colégio Delfino Stockler de Lima, com a professora Norma

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História

Pioneirismo no Indaiá

Antônio Rodrigues é o personagem principal de uma histó-ria repleta de dignidade, perseverança, honestidade e amor a família, que será contada em livro escrito por sua filha mais velha, a pedagoga Marly Rodrigues. No livro, ainda sem nome e data de lançamento, constarão depoimentos dos cin-co filhos e de amigos, entre eles Antônio Ermírio de Moraes.

O ex-político, aliás, marca o início da história da família Rodrigues na cidade. Foi na casa do pai de Antônio Ermí-rio (Ermírio de Moraes) que a mãe de Antônio Rodrigues foi trabalhar quando chegou na antiga vila de Santos, vinda de Guarujá. Antônio Rodrigues, com apenas sete anos, traba-

O nome Rodrigues é bem conhecido em Bertioga. Pudera, há 80 anos o patriarca dessa família, Antônio Rodrigues, que chegou à cidade com apenas cinco anos de idade, vive no bairro Indaiá. Onde criou raízes, filhos e fez história

A pura expressão de quem está satisfeito com a vida

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lhou na casa do empresário como jardineiro, onde fi-cou por nove anos e criou laços de amizade com a família dos patrões.

Depois de tentar, sem sucesso, seguir o exército, Antônio Rodrigues montou o armazém Santo Antônio no bairro Indaiá, um dos primeiros comércios da ci-dade. Nele, trabalhou por 50 anos, período em que fez muitos amigos, garantiu o sustento da família e os estudos dos filhos, todos com formação universitária. “Naquela época era muito bom. Tenho até hoje paco-tes de dinheiro antigo que guardava no colchão e que

desvalorizaram porque esqueci de trocar. Agora, as crianças ficam brincando com eles”, diz sorrindo.

Com o sucesso do comércio, Antonio Rodrigues acabou tornando-se uma pessoa bem sucedida para os padrões do bairro naquela época: foi o primeiro a possuir rádio (de bateria), televisão, luz e carro – um Ford 29, carinhosamente apelidado de ramoninha. “Todos os vizinhos vinham em casa para ouvir rádio e assistir televisão. Com o meu carro socorri muita gen-te”, conta ao lembrar das pessoas que chegavam à sua casa, a qualquer hora, com doentes para serem

Antônio e Cleonice Rodrigues com os filhos Marly, Wilson, Toninho, Rosely e José Carlos. Família unida!

O Ford 29, carinhosamente apelidado de ramoninha, era a ambulância local

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Antônio Rodrigues com o pequeno Antônio Rodrigues Filho

levados ao posto de saúde, no centro da cidade. Assim, os Rodrigues gravaram o seu nome na his-

tória da cidade. Embora tenha um dos filhos atuando como vereador pelo quinto mandato consecutivo, An-tônio Rodrigues garante que “nunca gostou de políti-ca”. Mas, afirma que participou de algumas reuniões para a Emancipação e que a luta valeu a pena. “Ber-tioga está boa, bonita, tem tudo”, resume.

Bodas de diamanteDia 20 de maio a família Rodrigues estará em festa.

É que o casal Antônio Rodrigues e Cleonice Rodrigues completa 60 anos de união. “Gosto muito da minha mulher, ela me trata muito bem, é um amor eterno. Juntos criamos uma família muito unida e feliz”, conta Rodrigues com a calma, o sorriso e a serenidade do dever cumprido.

As filhas Marly e Rosely resumem as bases com que o casal formou a família. “Ele soube nos passar os seus maiores valores: humildade, responsabilidade e honestidade”, diz Marly. A arquiteta Cleonice comple-ta: “Ele nos passou só coisas boas como perseveran-ça, união e a dar importância para os estudos e para a família”, afirma com orgulho.

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Cultura

Índios daqui

Terra Indígena Ribeirão Silveira, localizada na divisa com São Sebastião, ocupa uma área territorial de 8.500 hectares (em processo de demarcação física e homologação). Habitada por 110 famílias, num total de 400 pessoas, é um dos patrimônios de Bertioga. Conheça alguns traços dessa população

PreservaçãoA terra indígena abriga três viveiros para a produção de mudas de palmeiras

juçara, açaí, açaí anão e pupunha. Também são cultivadas plantas ornamentais. Em 2002, a trabalho de reflorestamento de palmito juçara na comunidade re-cebeu o Prêmio Gestão Pública e Cidadania da Fundação Getúlio Vargas e da Fundação Ford, dentre 980 iniciativas de todo o Brasil, em reconhecimento pela preservação do meio ambiente.

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Índios daqui

HabitaçãoA reserva conta com 59 moradias de ma-

deira, cobertas com palha de piaçava, infra-estrutura de saneamento básico e rede de energia elétrica. Todas as ocas contam com o sistema de energia elétrica e em cinco delas foram instalados sistemas de energia solar.

ReligiãoA Religião ocupa papel espe-

cial em todas as esferas da vida social dos Guarani. O ponto prin-cipal da compreensão do seu sis-tema religioso é a noção de alma humana, que está vinculada às crenças sobre a concepção.

Os Guarani manifestam sua vivência religiosa por meio da reza (Porarahêi), de forma coleti-va ou individual. A idéia mítica do fim do mundo e a cura das do-enças realizadas pelo Xamã, são outros elementos fundamentais da religião Guarani, que incenti-va a crença na existência da vida após a morte.

Existe na Terra Indígena Ribei-rão Silveira três Opy (casas de reza) onde são ouvidas as pala-vras (porahei) proferidas pelos xa-mãs e realizados os rituais como o batismo do milho, funerais, rituais de cura, casamentos, etc. No mês de janeiro é realizado o Nhemon-garaí (cerimônia onde as crianças recebem o nome).

EducaçãoEscola da rede municipal mantida pela prefeitura de

Bertioga, atende 75 alunos, distribuídos na pré-escola e 1º ao 5º ano. A da rede Estadual atende 71 alunos, distribuídos na 5ª, 6ª e 7ª e 8ª série e 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio. O corpo docente é formado por 10 profes-sores não indígenas e cinco professores indígenas que ministram a alfabetização na Língua Materna.

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SaúdeA comunidade conta com um consultório odontológico

e Unidade de Saúde, mantida pela Fundação Nacional de Saúde e prefeitura de São Sebastião, dotado de um enfer-meiro padrão, auxiliar de enfermagem, dois agentes indí-genas de saúde, motorista, médico pediatra e clínico geral, com atendimento duas vezes por semana.

SobrevivênciaO padrão de consumo da comunidade está ligado à renda obtida por meio da

confecção de artesanato e venda de flores artesanais, principalmente na tempo-rada. O alimento vem, no geral, do cultivo de pequenas plantações familiares de banana, mandioca, batata doce e milho; a criação de pequenos animais, como galinhas; a caça e a pesca.

Fonte: Márcio José Alvim – técnico indigenista da [email protected].

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Página 78 | Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2010 | Edição especial de aniversário de emancipação | Bertioga 19 anosPágina 00 | Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2009 | Edição especial de emancipação: Bertioga 18 anos

Cultura

Convite ao entretenimentoParceira de sempre, a Colônia de Férias Ruy Fonseca, o Sesc-Bertioga, incentiva a cultura junto a comunidade de Bertioga com rica programação em sua unidade e na Casa da Cultura, durante todo o ano

Hoje, dia 19 de maio, aniversário da Cidade, é dia de apreciar a gostosa melodia do show “Quinteto em Branco e Preto & Demônios da Garoa”, na Praça de Eventos, no centro. Já nos dias 22 e 23, o entreteni-mento fica por conta da Virada Cultural Paulista, com atividades no palco montado na Praia da Enseada, em frente ao Sesc-Bertioga, na Praça de Eventos e na Luiz Melodia em apresentação promovida pelo Sesc-Bertioga

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Casa da Cultura. E tem mais: dia 26, prepare o fôlego para participar do Dia do Desafio “Você se mexe e o mundo mexe junto”.

Notou que há muito que fazer em sua cidade? Par-te dessa movimentação cultural se deve ao incentivo à cultura, promovido pela Colônia de Férias Ruy Fon-seca, o Sesc-Bertioga, que desde a sua chegada por aqui, em 31 de outubro de 1948, abre as portas para a comunidade bertioguense.

Ainda na área da cultura, entre as parcerias reali-

Inaugurada em 1948, unidade do Sesc-Bertioga incentiva a cultura

Música é Cultura têm programação permanente aos sábados

Programação de maio

19 – Show na Praça de Eventos22/23 – Virada Cultural Paulista25 – Dia do Desafio22/29 - Música é Cultura

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Dia do Desafio é oportunidade para se mexer

zadas com a prefeitura, o Sesc Bertioga desenvolve, em conjunto com a Secretaria de Educação e Desen-volvimento Cultural de Bertioga, por meio da Casa da Cultura, o projeto Música é Cultura (avenida Thomé de Souza, 130, praia da Enseada), desde 2001.

A programação acontece semanalmente nas noi-tes de sábado, sempre com músicos integrantes de importantes grupos de câmara e orquestras paulistas, que apresentam ao público um repertório musical de múltiplos autores, períodos, escolas e origens.

O projeto tem o objetivo de aumentar a oferta de produtos culturais e trazer à comunidade alguns pa-râmetros para a formação de uma consciência crítica, para que se tornem mais exigentes, e mais atentos à qualidade da arte. A entrada é franca e as apresenta-ções dão um novo movimento à área central da cida-de, nas noites de sábado.

No Ginásio do Sesc, a unidade promove espetácu-los mensais com apresentações de grupos teatrais, de dança e música, entre outros, sempre abertos a popu-lação. Segundo Fernanda Gonçalves, do setor de pro-gramação do Sesc, nas atividades realizadas no giná-sio, a capacidade é de aproximadamente 800 pessoas e na Casa da Cultura, a média de público frequente é de aproximadamente 60 pessoas por semana.

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História

Imagens que marcaram os primeiros

Candidatos à primeira eleição municipal, em 1992 Munícipes fazem boca de urna nas ruas

Orlandini comemora vitória na primeira eleição Licurgo Mazzoni, acompanhado de Sérgio Pastori e Pércio Dias Pinto, abre o primeiro desfile de aniversário, em maio de 1994

Cabos eleitorais comemoram vitória de Orlandini Inauguração da Praça dos Emancipadores, em dezembro de 1996

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Imagens que marcaram os primeirospassos de Bertioga enquanto município

Tensão na apuração dos votos. É a festa da democracia Primeiros mesários, orgulho de fazer parte da história

Primeio desfile do 19 de Maio Patrulheiros desfilam com o símbolo do grupo

Vereadores constituintes em uma das primeiras sessões da Câmara Primeira sede da Câmara Municipal, na área do Forte

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História

Imagens da antiga vila. Muitas histórias ainda estavam por vir

A propriedade do carro marca o período, Bertioga ainda pertencia a Santos Forte, em período de ocupação militar

Embarcações eram o único meio de transporte entre Bertioga e Santos Região do Canal de Bertioga

Acesso entre os bairros era feito à pé pelas praias Movimentação de passageiros na antiga barca

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Igreja São João Batista, em 1944 Prédio da atual Casa da Cultura, em 1945

Vista dos comércios da região do Canal de Bertioga Evento cívico na Escola Isolada Vicente de Carvalho, atual Casa da Cultura

Diná Rodrigues Martins, a Miss Luz Turistas da Colônia de Férias Ruy Fonseca, em 1948

Região do Canal de Bertioga, embarcações emolduram a paisagem

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EleitoresDe acordo com o Cartório Eleitoral de Santos, o nú-

mero de eleitores no município é de aproximadamente 36 mil, (números divulgados antes da transferência de títulos, finalizada no dia 05 deste mês).

Plebiscito19 de Maio de 1991. A população de Bertioga diz sim

à autonomia. Dos 3.925 votantes, 3.698 foram favorá-veis. Apenas 179 disseram não, 21 optaram pelo voto em branco e 27 pela anulação.

PraiasSão mais de 30 quilômetros dividi-

dos em cinco praias de águas claras e excelente balneabilidade. Ao longo da costa, as paisagens mesclam o verde da mata com o colorido ainda discreto de sua área urbana. As mais agitadas e com maior infra-estrutura são Ensea-da (Centro), São Lourenço e Boracéia (divisa com São Sebastião). Itaguaré e Guaratuba reservam a tranquilidade e o ar quase deserto de uma região fora do eixo do desenvolvimento.

BrasãoCriado em 22 de janeiro pela lei municipal 001/93, o Brasão de Armas de Bertioga simboliza que pertence a uma cidade (coroa de prata), onde existe mar, sol e que, a partir dela, vê-se o Cruzeiro do Sul. O monumento no ícone é uma referência ao Forte São João. As colunas laterais, representam o movimento de emancipação.

Estância BalneáriaDimensõesSão 483 km2 com 85% destinado a preservação permanen-te (Parque Estadual da Serra do Mar).

de Bertioga

ManguezaisUma das riquezas naturais de Bertioga. Considerados

berçários naturais da procriação de espécies marinhas, os manguezais são ecossistemas costeiros de transição entre os ambientes terrestre, fluvial e marinho e ocorre em regiões costeiras abrigadas e sujeitas aos regimes das marés. Nos Manguezais há caranguejos de várias espécies, aves aquáticas e gamboas que são braços de rios com fluxo e refluxo das marés. Os mangues estão entre os ecossistemas de maior produtividade, pois ga-rantem alimentos, proteção e condições de reprodução para animais de várias espécies.

Forte São JoãoA primeira fortale-za construída no

Brasil, erguida em paliçada de madei-

ra em 1532, é um dos pontos turísti-cos mais visitados

junto com o Parque dos Tupiniquins

Área territorialBertioga tem 491,70 km² (Dados de 2009 da Fundação Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). Desse total, 85% em Áreas de Preservação Permanente. Seu território cor-responde a 20,31% da área da Região Metropolitana da Baixada Santista, sendo o segundo maior município da Baixada. Tem 33,1 km de extensão de praias e um limite aquático de 46,15 km, li-nha de água da divisa com Santos-Caruara/Caiubura, no canal de Bertioga, até Boracéia, divisa com São Sebastião.

Densidade demográfica86,89 habitantes/km² (Dado Fundação Seade relativo a 2008)

Dados

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NomeA palavra origina do tupi. Buriquioca: Buriqui (macaco) – Oca (morada).

Morada dos macacos buriquis, espécie em abundância no Morro Buri-qui - hoje denominado Morro da Senhorinha, localizado a cerca de 500 metros da área do Forte São João. Com o passar dos tempos a palavra Buriquioca sofreu modificações por parte de portugueses e colonizadores até chegar a Bertioga.

Atividade econômica

A principal fonte de arreca-dação da cidade é a constru-ção civil, com aumento consi-derável nos últimos dois anos. Em seguida vem o turismo, com atividades de ecoturismo e meios de hospedagem. A pesca é outro setor que mo-vimenta a cidade por meio da pesca amadora, profissional, turismo de pesca e comércio especializado.

HidrografiaOceano AtlânticoCanal de Bertioga – começa junto à Praia da Enseada e termina em Santos, ao lado da Base Aérea – extensão aproximada de 30 km.Rio Itapanhaú – (afluente Jaguareguava) – área de drenagem 261,5 km2 (nasce em Mogi das Cruzes e Beritiba Mirim e desemboca no Canal de Bertioga).Rio Guaratuba – área de drenagem 128,7 km2 (nasce na cabeceira no alto da Serra do Mar e desemboca no mar, na Praia de Guara-tuba).Rio Itaguaré - área de drenagem 85,3 km (nasce na Serra do Mar e desemboca na Praia de Itaguaré).

Clima: TropicaltemperadoDistâncias aproximadasSão Paulo : 115 kmGuarujá: 38 kmSantos: 54 kmSão Sebastião: 85 kmMogi das Cruzes: 54 km

BandeiraCriada pela lei 027/03

e oficializada em 14 de setembro do mesmo ano, tem autoria do

então estudante Pablo Onate

Fuso Horário: UTC 3

Localização Caprichosamente posicionada entre o litoral norte e a Baixada Santista, com acesso pela Rodovia Rio-Santos e pela Rodovia Mogi-Bertioga.

Limites / TransporteNorte – Salesópolis, Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes. Acesso ao planalto pela Rodovia Mogi-BertiogaLeste – São Sebastião. Acesso pela Rodovia Rio-Santos (BR-101)Oeste – Santos. Acesso pela Rodovia Rio-Santos (BR-101)Sul – Guarujá e Oceano Atlântico. Acessos pelas rodovias Rio-San-tos (BR101) e Piaçaguera; serviço de ferry-boat, localizado na área central (Canal de Bertioga)

Hino

Progressista BertiogaÉs recanto acolhedorLindas praias, verdes matasPreservadas com amor

Entre a Serra e o oceanoE em teu belo litoralVivem fauna, flora, humanida-deEm equilíbrio natural

Teus encantos, que são tantosA natureza esculpiuCom as águas e os ventosNo teu solo tão gentil

És vibrante, BertiogaDe futuro promissorCom a fé e a ciênciaDos teus filhos, o labor

E da gente hospitaleiraFibra, raça e coraçãoTeus valentes pescadoresSão heróis e tradição

A beleza, a naturezaQue se vêm admirarPara tantos é BertiogaPara nós, é nosso lar

Autor : Miguel Roberto Moure

FaunaA região de Bertioga concentra

várias espécies de animais como onças, veados, bichos-preguiça,

tatus, bem como aves e peixes que formam a fauna local. Uma espécie

típica é a garça-branca-pequena que vive em pequenos grupos e

alimenta-se em rios, lagos, man-guezais e nas praias onde procura

peixes, sapos e caranguejos.

Trilhas EcológicasBertioga oferece inúmeras

opções de passeios ecológi-cos. Cerca de 10 trilhas são cadastradas pelo município,

embora ainda existam inú-meras a serem identificadas

e exploradas.

População

1991: 11.4731996: 17.0022000: 30.093 (Censo IBGE)2007: 39.091 (Censo IBGE)2009: 45.233 (Estimativa IBGE)

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Cultura

Conheça os

de Bertioga monumentos

Marco Zero da Cidade, localizado no Forte São João

Homenagem a inauguração do serviço de Ferry Boat, localizado no jardim do Canal de Bertioga

Monumento aos Expedicionários, localizado no jardim do Canal Praça do Trabalhador, localizada na avenida Anchieta (centro)

Estátua de Cunhambebe, localizada no Parque dos Tupiniquins

Page 90: Revista Especial Bertioga 2010

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Praça da Bíblia, localizada na avenida Anchieta (centro)

Marco Rotariano, localizado no Jardim do Canal

Busto de José Aparecido Ribeiro, na Riviera de São Lourenço

Marco da Paz, localizado no Jardim Rio da Praia (próximo ao Sesc)

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Desenvolvimento

Referência em

O ano de 1991 marca o início da história do Sis-tema Costa Norte de Comunicação, com a publi-cação do seu primeiro periódico, o Jornal Cidade de Bertioga, de circulação quinzenal. Com atuação ampliada, a edição 20 chega às bancas com a lo-gomarca Jornal Costa Norte.

A publicação passa então a ser semanal, a partir de 1993. Três anos depois, o veículo se reestru-tura, circula com páginas coloridas e a empresa expande os negócios com as transmissões da TV Costa Norte – Canal 48 UHF e Canal 6 da Vivax, suplementos especiais e a Revista Beach&Co.

Passados 19 anos, a empresa mantém o seu padrão de qualidade e mostra-se referência na região. Nesta semana de aniversário da cidade, o semanário Jornal Costa Norte chega a sua edi-ção de número 1075, tendo sempre o compromisso com a informação. Coincidência ou não, passados

19 anos, os temas abordados na 1ª publicação ain-da permanecem em pauta nos dias atuais do jor-nal. Exemplo é a manchete estampada na ocasião: “A morte alada - Dengue: é a hora da união para evitá-la”. A matéria já tratava de um alerta para o perigo da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que hoje continua a assombrar não só a região litorânea, mas todo o país. A falta de água foi outro tema abordado sobre o bairro Indaiá. Mas nem só de problemas tratava a tal edição. Eventos esportivos, implantação de novos serviços em Ber-tioga, dicas de saúde e entrevistas com políticos locais também preenchiam as páginas do primeiro periódico de Bertioga.

Um verdadeiro arquivo regional onde figuram fatos e imagens que fizeram a história do muni-cípio, o Jornal Costa Norte conquistou o seu es-paço junto aos leitores. Afiliada à TV Educativa,

Notícias, imagens, opiniões. Os acontecimentos de Bertioga e região são registrados há 19 anos pelo Sistema Costa Norte de Comunicação. Jornal, TV, revista e suplementos especiais, além de rica fonte de pesquisa para estudantes e profissionais variados. Um arquivo completo que retrata a evolução da cidade

Comunicação

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a TV Costa Norte também acompanha e registra as transformações de Bertioga. Desfiles, debates políticos, eventos e até, a apuração das eleições de outubro de 1996, que elegeu o segundo prefei-to, Luiz Carlos Rachid, foram transmitidos ao vivo pela emissora.

Um de seus destaques é o programa Café da Manhã, com transmissão ao vivo, diariamente, às 9 horas. Nele, o apresentador e diretor do Siste-ma Costa Norte de Comunicação, Ribas Zaidan, e os seus convidados, discutem assuntos variados de interesse da comunidade. Há 12 anos no ar, o arquivo do programa guarda curiosidades e perso-nagens do município.

Em janeiro de 2001, o Grupo publica a primeira edição da Revista Beach&Co, com linha editorial voltada, principalmente, ao meio ambiente, turis-mo, cultura, esporte, comportamento e curiosida-des da região. Em outubro deste ano, ela alcança a marca de 100 edições, sempre com o objetivo de aliar informação e entretenimento.

Outra marca do Sistema Costa Norte de Comu-nicação são os suplementos especiais. O primeiro foi sobre o aniversário da cidade publicado em maio de 1994. Depois vieram muitos outros ligados as áre-as de turismo, gastronomia e, também, voltados a campanhas de prevenção.

O especial 19 de Maio, em particular, criou uma marca, uma identidade ligada, principalmente, por conta da qualidade em registrar tudo o que diz res-peito ao município. O deste ano, com destaque para os aportes da indústria de petróleo e gás, traz a marca histórica de 96 páginas, um aumento propor-cional ao crescimento e amadurecimento da cidade e da própria empresa. “Somos uma empresa séria, uma referência, que representa a voz da população. Trabalhamos para manter a comunidade informada sobre os fatos que ocorrem na cidade e região”, diz Ribas Zaidan, diretor do Grupo.

Aniversário de 12 anos do programa Café da Manhã , da

TV Costa Norte

Edições 01 e 02, primeira e segunda versões do jornal (acima). Ao lado,

Jornal Costa Norte, revista Beach&Co e suplementos especiais de

aniversário da Cidade

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Entorno do Forte São João