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Presidente do Sinduscon-BA traça panorama da construção civil no estado Copa da Mundo: Boa para a Bahia, mas "nem tanto" Edição 23 Ano IV Set/Out 2014 ENTREVISTA TURISMO Fotomontagem: Renato Souza / Imagem: Manu Dias (Secom)

Revista Edição 23

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A Revista de negócios da Bahia

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Page 1: Revista Edição 23

Presidente do Sinduscon-BA traça panorama da construção civil no estado

Copa da Mundo: Boa para a Bahia, mas "nem tanto"

Edição 23Ano IVSet/Out 2014

ENTREVISTA TURISMO

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Page 2: Revista Edição 23

Em atenção à Lei Federal nº 4.591/64, informamos que todas as características e imagens deste empreendimento que estão nesta peça publicitária têm caráter meramente ilustrativo e promocional, por se tratar de bem a ser construído. Todas as ilustrações são representações artísticas, podendo sofrer alterações de cor, textura, acabamento e composição. Memorial de incorporação do empreendimento registrado na matrícula nº 2215 sob Nº R-5 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de Salvador. Responsável técnico: Engenheiro Gustavo Barretto de

Araújo Sarmento, CREA 34.754/D. Projeto arquitetônico: Cássio Lordelo Santana, CAU 42778-0. *Consultar disponibilidade.

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Page 3: Revista Edição 23

Em atenção à Lei Federal nº 4.591/64, informamos que todas as características e imagens deste empreendimento que estão nesta peça publicitária têm caráter meramente ilustrativo e promocional, por se tratar de bem a ser construído. Todas as ilustrações são representações artísticas, podendo sofrer alterações de cor, textura, acabamento e composição. Memorial de incorporação do empreendimento registrado na matrícula nº 2215 sob Nº R-5 do 7º Cartório de Registro de Imóveis de Salvador. Responsável técnico: Engenheiro Gustavo Barretto de

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Page 4: Revista Edição 23

4 Primeira Página

Caro Leitor,

Qual soteropolitano nunca passou pelo aperto de estar com horário marcado para um compromisso e ficar preso no trân-sito da capital baiana ou de sonhar ir para casa depois da jor-nada de trabalho e não conseguir chegar tão cedo ao destino por causa de algum engarrafamento? Especialistas concordam que a solução para a mobilidade urbana nas grandes metró-poles passa necessariamente por investimentos adequados no transporte coletivo. Os baianos, que esperaram mais de uma década por um metrô calça-curta, vibraram com a inauguração do novo modal de transporte, ainda que a plena operação do sistema vá demorar mais um pouco.

Desta vez, no entanto, a dificuldade não está nas acusações de superfaturamento da obra, mas, sim, na queda de braço entre o governo estadual e o municipal para ver quem fica com os louros do funcionamento do metrô. Aliás, desconfia-se que por trás da briga houvesse também a tentativa de prejudicar adversários políticos nas eleições deste ano. Enquanto isso, os moradores de Salvador convivem com um metrô que, além de curto, é “meia-boca”, já que só está funcionando parcialmente.

Para esclarecer os argumentos de cada esfera de poder sobre os prejuízos causados aos baianos, a Primeira Página traz uma matéria de capa especial com os representantes do estado e da prefeitura se acusando mutuamente. Leia e entenda os motivos de você ainda estar indo e voltando do trabalho de ônibus.

A entrevista desta vez é com o presidente do Sindicato da In-dústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos, que fala sobre a crise do setor no es-tado.

Esta edição traz ainda temas como saúde, turismo, franquias, transporte aéreo, indústria automobilística, energia e agrone-gócios. Tudo para você ficar bem informado sobre a economia brasileira, as oportunidades e as ameaças que rondam o seu negócio

Boa leitura!

EDITORIAL

Marivaldo Teixeira Diretor

Page 5: Revista Edição 23

5Primeira Página

22 28

08

Prefeitura e governo entram em impasse sobre a tarifa do metrô

Setor hoteleiro considera Copa do Mundo abaixodas expectativas

Carlos Henrique Passos fala sobre a situação da construção civil baiana

SUMÁRIO

MPT processa Eternit em R$ 2 bi por exposição ao amianto

4440 Consultoria fazprojeções para a safra de verão 2014/2015

Setor automotivo prevê queda de 10% na produção e 5,4% em licenciamentos

1412 Aeroportos baianos terão investimentos de R$ 548 mi até o fim do ano

26 Crise nos hospitais particulares deSalvador afetaatendimentos

Recessão técnica: a economia brasi-leira está realmente em queda?

38

Page 6: Revista Edição 23

6 Primeira Página

EXPEDIENTE

Revista bimestral, com distribuição dirigida aos meios empresarial e industrial

do estado da Bahia e de Sergipe.

Ano IV, Nº 23 | setembro / outubro | 2014

DIRETORMarivaldo TeixeiraDEPTO. JURÍDICO

Marcos Antônio da C. PintoGERENTE FINANCEIRASonia Mª. Cunha Teixeira GERENTE COMERCIAL

Viviane TeixeiraGERENTE DE MARKETING

Eliza TeixeiraGERENTE ADMINISTRATIVA

Soraya Teixeira Pinto JORNALISTA RESPONSÁVELJan Penalva (DRT/BA 3672)

REPÓRTERAlexandre Takei (DRT/BA2955)

PROJETO GRÁFICOGanesh BrandingDIAGRAMAÇÃO

Renato SouzaREVISÃO DE TEXTOS

Rita CanárioREVISÃO GERAL

Solon Cruz (DRT/BA 393)DEPTO. DE CIRCULAÇÃOJean Fabian Alves Silva

WEB DESIGNERAntonio Carlos da S. Sales

IMPRESSÃOJacográfica Serv. Gráficos Ltda.

CNPJ: 34.248.187/0001-69

A Revista Primeira Página é uma publicação bimestral, de propriedade daJacográfica Serviços Gráficos Ltda. Conceitos e opiniões emitidos em artigos

assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Próxima edição: dezembro 2014Para receber gratuitamente a revista Primeira Página, envie e-mail com o seu

endereço para [email protected]

Tel.: (71) 3288-0227 / (71) [email protected] | [email protected]

Av. Brigadeiro Mário Epinghaus, 33, Centro, Lauro de Freitas - Bahia. CEP 42.700-000

Page 7: Revista Edição 23

7Primeira Página

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Page 8: Revista Edição 23

8 Primeira Página

ENTREVISTA

Presidente do Sinduscon-BA traça panorama da construção civil no estado

O setor da construção civil passa por momentos delicados no Brasil, e a Bahia não é exceção: obras que se encerram sem novos lançamentos para manter o ritmo de crescimento e dimi-nuição do número de postos de trabalho dão o tom ao mercado imobiliário. Em entrevista exclusiva à revista Primeira Página, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos, fala sobre os desafios da atividade, que enfrenta um período de arrefecimento após uma crescente ao longo de anos.

Setor passou por arrefecimento no primeiro semestre

Foto

: Fo

tolia

Page 9: Revista Edição 23

9Primeira Página

Primeira Página – O setor da construção civil passou por um período de desa-quecimento no primeiro semestre de 2014. A que ra-zões o senhor atribui esse processo?Carlos Henrique Passos – Nós

atribuímos esse desaquecimen-

to, iniciado no segundo semestre

de 2012, ao encerramento de um

ciclo de crescimento iniciado em

2009/2010 e à redução de esto-

ques. Em 2014, houve o encerra-

mento de várias obras e muitos

projetos que deveriam ter sido ini-

ciados em 2013 foram adiados. Do

ponto de vista macro, o desempe-

nho da economia brasileira, com

crescimento negativo nos dois pri-

meiros trimestres deste ano, pro-

voca o desaquecimento do setor e

de toda sua cadeia produtiva.

No segmento de habitação social,

o programa Minha Casa, Minha

Vida também apresenta muitas

obras em fase final de acabamento

e conclusão. Como as novas con-

tratações de 2013 foram inferiores

às de 2012, haverá queda no volu-

me de negócios. Em 2014, o lança-

mento da terceira fase do progra-

ma traz boas perspectivas.

Quando analisamos o segmento

de obras públicas, percebemos o

início de muitas obras de infraes-

trutura, inclusive de mobilidade

urbana. São obras necessárias ao

desenvolvimento da Bahia, po-

rém, não são geradoras de tantos

empregos quanto as de construção

civil. O segmento de obras indus-

triais na Bahia, por sua vez, está

em baixa, devido à redução de ati-

vidades da Petrobras.

PP – Passados alguns me-ses do segundo semestre, quais as perspectivas para o restante do ano? CHP – O setor ainda não demons-

tra sinais de recuperação. As em-

presas de construção civil estão

lutando para manter o tamanho,

sem conseguir recuperar o que

perderam no primeiro semestre.

Embora a expectativa de aumen-

tar a perda de empregos não tenha

se consolidado, o que é um alento,

também não houve aumento da

atividade.

PP – Uma das grandes pre-ocupações da construção civil em Salvador é o seg-mento imobiliário, com muitas obras em fase de conclusão e sem novos lan-çamentos para manter o ritmo do mercado. Há pers-

pectivas de reverter essa si-tuação em 2015? CHP – Sim, há expectativas de re-

cuperação. Há um projeto de lei da

prefeitura que reduz as exigências

da Outorga Onerosa, decisão que,

ao diminuir o custo para novos

empreendimentos, poderá moti-

var as incorporadoras a fazerem

novos investimentos. Além disso,

o ano de 2014 deve ser encerrado

com estoque mínimo de imóveis,

o que levará o mercado a buscar

regular a oferta. Outro incentivo

ao setor é o IPTU Verde, cujo de-

creto está sob consulta pública,

que irá incentivar o investimen-

to em construções sustentáveis

com a possibilidade de ofertar aos

clientes imóveis com IPTU mais

baixo.

PP – É possível atribuir esse movimento a um pe-ríodo de desconfiança da população, que prefere não realizar investimentos vul-

O desempenho da economia

brasileira, com crescimento negativo nos

dois primeiros trimestres deste ano, provoca o

desaquecimento do setor e de toda sua cadeia produtiva.

Presidente do Sinduscon, Carlos Henrique Passos

Foto

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Page 10: Revista Edição 23

10 Primeira Página

tosos, como a compra de imóveis? CHP – Claro que sim. Toda vez

que a economia demonstra risco

de baixo crescimento ou recessão

é natural que o consumidor fique

mais apreensivo e adie investi-

mentos com valores mais altos,

como no caso dos imóveis.

PP – Por falar em descon-fiança, o que o senhor acha do temor de uma possível bolha imobiliária no Brasil?CHP – De maneira nenhuma isso

ocorrerá. O equilíbro de mercado

foi realizado nesse tempo. Faltam

lançamentos, mas, ainda assim,

temos um sistema imobiliário to-

talmente diferente do que existe

nos Estados Unidos. Há um con-

junto de variáveis que contribuem

para que não haja no Brasil uma

bolha imobiliária: o alto déficit

habitacional, a legislação e as exi-

gências para concessão de crédito

imobiliário.

PP – E quais foram os im-pactos no setor imobiliário, nos últimos anos, ante os impasses jurídicos em tor-no do PDDU?CHP – O principal impacto foi a

própria insegurança jurídica, que

contribuiu para que praticamente

não houvesse lançamentos imobi-

liários em Salvador desde o segun-

do semestre de 2012. Essa situação

acabou impactando toda a cadeia

produtiva, passando pelas empre-

sas de projetos, fornecedores de

material e prestadores de serviços.

PP – Uma das críticas dos empresários do setor é que o custo da burocracia acar-reta grande aumento no preço final dos imóveis. Quais os principais entra-ves neste aspecto? CHP – No primeiro semestre des-

te ano, a Câmara Brasileira da

Indústria da Construção (CBIC),

entidade da qual o Sinduscon-BA

faz parte, a Associação Brasileira

de Incorporadoras Imobiliárias e

o Movimento Brasil Competitivo

apresentaram um estudo que ana-

lisou os gargalos burocráticos que

oneram e atrasam os empreendi-

mentos imobiliários no País. No

estudo, constatou-se que o exces-

so de burocracia chega a aumen-

tar em até 12% o valor final do

imóvel para o proprietário.

Esse acréscimo de custo repre-

senta desperdícios porque são ex-

cessos que irão elevar o preço de

venda do produto ou inviabilizar

a concretização do empreendi-

mento em face da incapacidade

do mercado absorver tais valores.

O atraso na aprovação de proje-

tos pelas prefeituras, a falta de

padronização dos cartórios, a fal-

ta de clareza nas avaliações das

licenças ambientais e mudanças

na legislação que atingem obras

O setor ainda não demonstra sinais de recuperação. As empresas de construção civil

estão lutando para manter o tamanho,

sem conseguir recuperar o que

perderam no primeiro semestre

Foto

: Fo

tolia

Page 11: Revista Edição 23

11Primeira Página

já iniciadas, como alterações nos

planos diretores e de zoneamento,

dificultam o desenvolvimento da

cadeia imobiliária.

Outro problema é a ausência de investimento das concessionárias estaduais de água e esgoto (no caso da Bahia, a Embasa), que ou inviabilizam o lançamento de em-preendimentos ou impõem custos em urbanização que oneram cons-trutores, incorporadores e, conse-

quentemente, consumidores.

PP – Qual a sua avaliação de desempenho do merca-do imobiliário no interior do estado?CHP – O mercado imobiliário

baiano ainda está muito localiza-

do nas cidades com mais de 100

mil habitantes. Com a chegada de

empresas de loteamentos nessas

cidades, houve um avanço para

municípios menores, mas esses

mercados enfrentam as mesmas

dificuldades da Região Metropoli-

tana de Salvador e sofrem com a

burocracia dos cartórios e a lenti-

dão dos licenciamentos.

PP – A respeito das obras do programa Minha Casa, Minha Vida, há perspecti-vas de novos contratos para 2015? Se sim, de quantas unidades?CHP – Sim, recentemente, em

reunião com a CBIC, o ministro

da Fazenda, Guido Mantega, e a

ministra de Planejamento, Miriam

Belchior, anunciaram a ampliação

do Minha Casa, Minha Vida em

mais 350 mil unidades a partir

de janeiro de 2015, garantindo a

continuidade dos investimentos e

a manutenção dos empregos. Ain-

da falta detalhamento do projeto

e a regionalização, para que as

empresas comecem a investir em

novos projetos.

PP – Existe algum receio dos empresários do setor quanto à continuidade do programa após as eleições? CHP – O setor acredita muito na

continuidade do Minha Casa, Mi-

nha Vida. Os três principais can-

didatos anunciaram metas para o

programa de pelo menos três mi-

lhões de unidades. Há o consenso

de que se trata de um mecanismo

que tem sido eficaz no combate

ao déficit habitacional brasileiro

e na manutenção de empregos.

Trata-se de uma questão social e

de potencial econômico em razão

de sua capilaridade na cadeia da

construção e em outros setores da

economia.

Há um conjunto de variáveis que contribuem para

que não haja no Brasil uma

bolha imobiliária: o alto déficit

habitacional, a legislação, as

exigências para concessão de

crédito imobiliário

Page 12: Revista Edição 23

12 Primeira Página

AVIAÇÃO

Aeroportos regionais baianos recebem R$ 548 milhões em investimentosOs governos federal e estadual investirão até o fim do ano R$ 548 milhões nas reformas dos aeroportos de Barreiras, Lençóis, Irecê e Teixeira de Freitas, além da construção de um aero-porto em Santo Antônio de Jesus. Os recursos fazem parte do “Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos”, do governo federal, e contemplam os terminais aéreos que pas-saram pelas fases de elaboração de cenários por projetistas e análise de estudos técnicos, seguindo agora para a licitação das obras.

Segundo o governador Jaques

Wagner, as ações para qualifica-

ção dos aeroportos no interior já

resultaram na ampliação da oferta

do transporte aéreo em Vitória da

Conquista, que tem 12 voos diá-

rios, e em Barreiras, com quatro.

Sob a gestão do Banco do Brasil, o

programa prevê investimentos de

R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos

regionais de todo o País. A meta

é garantir que 96% da popula-

ção brasileira tenha acesso a voos

com distância máxima de 100 qui-

lômetros de seus municípios.

Na Bahia, o aeroporto de Bar-

reiras receberá investimento de

R$ 56,1 milhões. Em Lençóis se-

rão investidos R$ 17,3 milhões e

em Irecê, R$ 39,9 milhões.

Foto

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anu

Dia

s

Os investimentos fazem parte do “Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos”, do governo federal

Page 13: Revista Edição 23

13Primeira Página

de recuperação da pista de pouso

e decolagem e requalificação do

terminal de passageiros. Para a re-

alização das reformas, o governo

estadual investiu R$ 5 milhões.

A Azul é a única empresa operan-

do nos dois aeroportos. Teixeira

de Freitas tem três voos semanais

para Salvador e Confins, em Mi-

nas Gerais. Além disso, os passa-

geiros podem viajar para outros 26

destinos, por meio de conexões.

A situação é semelhante em Feira

de Santana. O aeroporto da cidade

também conta com três voos por

Teixeira de FreitasOutros R$ 55,3 milhões foram des-

tinados à ampliação do terminal

de passageiros de Teixeira de Frei-

tas. Após a reforma, o aeroporto

passou a contar com sinalização

da pista de pouso e uma Seção

Contra Incêndio (SCI), auxiliada

por veículo, muro e cerca patrimo-

nial. Foram recuperados também

o balizamento noturno, as pintu-

ras das torres de iluminação do

pátio e o terminal de passageiros,

que foi completamente reformado.

Para os moradores, o terminal aé-

reo representa desenvolvimento.

“A população é beneficiada como

um todo. Teixeira de Freitas, que é

a décima cidade da Bahia, preci-

sa ser interligada a outras regiões.

Para o município, é um grande

avanço, muito bom para a indús-

tria e o comércio”, afirma o mora-

dor Djalma Ferreira.

Feira de SantanaO aeroporto de Feira de Santana

também já conta com uma nova

infraestrutura. Foram feitas obras

semana, para Salvador e Vitória

da Conquista, tendo o estado de

Minas Gerais como destino final.

Inicialmente a Azul fará apenas

transporte de passageiros. No en-

tanto, já está de olho no mercado

de transporte de cargas. “Temos

uma diretoria exclusiva para car-

gas, então, estamos trabalhando

fortemente para atender a esse

mercado. Certamente vamos ini-

ciar os trabalhos nesse segmento

também aqui em Feira de Santa-

na. A cidade tem potencial. São

aproximadamente 200 toneladas

de cargas transportadas por ano”,

pontua o porta-voz da empresa,

Ronaldo Veras.

IncentivosPara promover a expan-

são da aviação regional da

Bahia, o governo estadual

adotou uma política de in-

centivos, com redução do

ICMS cobrado no combus-

tível das aeronaves. As em-

presas aéreas que alcança-

rem dez ou mais municípios

no estado terão direito à alí-

quota do ICMS mais baixa,

de 7%. As demais alíquotas

seguem uma tabela gradu-

al, de acordo com o número

de municípios atendidos: a

alíquota fica em 10% para

empresas que chegarem a

oito ou nove municípios;

em 12%, para as que alcan-

çarem sete; e para as que al-

cançarem seis municípios, a

alíquota será de 14%.

A cidade tem potencial. São

aproximadamente 200 toneladas

de cargas transportadas por ano em Feira de

Santana”, pontua o porta-voz da

Azul.

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Page 14: Revista Edição 23

14 Primeira Página

AUTOS

Indústria automotiva registra quedas consecutivas em produção e vendas

A indústria automobilística brasileira está em crise. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que o fechamento de 2014 registre uma retração de 5,4% nos licenciamentos, de 10% na produção e de 29,1% nas exportações. Especificamen-te no segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias, a perspectiva é de queda de 12% nas vendas, baixa de 13,3% na produção e recuo de 10,3% com relação às exportações. Mesmo assim, o setor está surpreendentemente otimista.

A Anfavea prevê que 2014 termine com uma retração de 5,4% nos licenciamentos, 10% na produção e 29,1% nas exportações

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Page 15: Revista Edição 23

15Primeira Página

“As turbulências que pairaram so-

bre o setor no primeiro semestre

estão sendo superadas e o viés

agora é de crescimento. As ques-

tões de financiamento pelo PSI

(linha de financiamento do Banco

Nacional de Desenvolvimento),

que travaram a comercialização

de veículos pesados e máquinas

autopropulsadas no início do

ano, foram resolvidas. O acordo

com a Argentina foi assinado e

já está em vigor. As alíquotas do

IPI foram mantidas até o fim do

ano. São fatores que nos fazem

ter a convicção de que o segun-

do semestre será melhor que o

primeiro”, afirma à Primeira Pági-

na o presidente da Anfavea, Luiz

Moan Yabiku Júnior.

O gestor lembra que o cenário

pode ser ainda mais positivo se

houver oferta de crédito: “Ainda

há um cenário de forte restrição ao

crédito, que se for minimizado po-

derá funcionar como catalisador

do desempenho”, complementa.

Tributos Sobre a prorrogação das alíquo-

tas do IPI, a Anfavea acredita que

se o governo tivesse optado pelo

aumento do imposto haveria re-

dução da venda de 165,2 mil ve-

ículos leves nos últimos seis me-

ses de 2014. De acordo com Luiz

MoanYabiku Júnior, “se o IPI fosse

elevado, o panorama previsto para

o segundo semestre poderia ser

comprometido, pois sobre cada

ponto porcentual de aumento do

imposto incidiria um aumento no

preço de 1,1% e impacto de 2,6%

de queda no mercado, além de

elevar a carga tributária no veículo

brasileiro, que já é uma das mais

altas do mundo”.

O estudo sobre a carga tributária

do veículo brasileiro mostra que

28,1% do preço de um automóvel

flex com motorização entre 1000cc

e 2000cc são de impostos. Esse

número é maior, por exemplo, do

que os 18% de um veículo similar

na Itália, 7% nos Estados Unidos

e 9,9% no Japão.

A carga tributária nesse patamar,

considerando não só o veículo, mas

também a cadeia produtiva e a pós-

-produtiva, torna a indústria auto-

mobilística uma das mais importan-

tes para a economia do País: mesmo

com o IPI reduzido em 2013, a ge-

ração de tributos do setor naquele

ano, segundo estimativas da Anfa-

vea, foi de R$ 178,5 bilhões, o que

representa cerca de 12% do total de

tributos considerados.

Ainda há um cenário de forte

restrição ao crédito, que se for

minimizado poderá funcionar como catalisador do desempenho

Presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Júnior

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A produção no segmento de caminhões retraiu 22,7% no acumulado do ano

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Foto

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Page 16: Revista Edição 23

16 Primeira Página

Resultados de agostoA produção da indústria automo-

bilística em agosto cresceu pelo

segundo mês consecutivo, de

acordo a Associação. Os 265,9

mil veículos fabricados em agos-

to apontam alta de 5,3% sobre os

252,6 mil de julho deste ano. No

comparativo com o mesmo perío-

do do ano passado, quando foram

fabricados 342,8 mil produtos, a

indústria automobilística apresen-

tou queda de 22,4%. No acumula-

do do ano a retração foi de 18%:

2,08 milhões em 2014 contra 2,54

milhões em 2013.

Na soma dos oito meses já trans-

corridos, o licenciamento mos-

trou decréscimo de 9,7%, quando

confrontadas as 2,23 milhões de

unidades deste ano com as 2,47

milhões de 2013. As vendas em

agosto deste ano, com 272,5 mil

unidades, recuaram 7,6%, quan-

do comparadas com julho, que

registrou 294,8 mil unidades. Já

na análise com agosto de 2013, o

emplacamento encolheu 17,2% –

foram 329,1 mil naquele período.

Para Luiz MoanYabiku Júnior, o

resultado de agosto foi menor que

a expectativa, pois o mercado re-

agiu mais em razão de questões

políticas do que com a atividade

econômica. “Os recentes aconte-

cimentos e discussões no âmbi-

to político geraram um ambiente

conturbado, com impactos na

confiança dos empresários, dos

consumidores e, consequente-

mente, na redução do fluxo nas

concessionárias. Além disso, as

medidas de aumento da liquidez

no mercado começaram a surtir

efeito apenas na última semana”.

As exportações de autoveículos

fecharam agosto com 31,7 mil

unidades, baixa de 7,5% ante as

34,2 mil de julho, e de 50,6% em

relação a agosto do ano passado.

No acumulado do ano, 235,4 mil

produtos saíram do País, o que

significa retração de 38,1% contra

as 380,5 mil de 2013.

Caminhões e ônibusO licenciamento de caminhões

no mês de agosto ficou 12,8%

inferior no comparativo com o

de julho – 10,8 mil unidades e

12,4 mil, respectivamente – e

18,3% menor do que de agosto

do ano passado, quando foram

comercializados 13,2 mil produ-

tos. O acumulado do ano aponta

recuo de 14,2%: foram 87,8 mil

este ano e 102,4 mil em 2013. A

produção nesse segmento retraiu

22,7% no acumulado do ano,

com 100,3 mil unidades em 2014

ante 129,7 mil do ano anterior.

Apenas em agosto, quase 12 mil

unidades deixaram as linhas de

montagem, representando uma

queda de 2,9% frente as 12,3 mil

Se o IPI fosse elevado, o

panorama previsto para o segundo

semestre poderia ser comprometido,

pois sobre cada ponto porcentual de aumento do

imposto incidiria um aumento no preço de 1,1% e impacto de 2,6%

de queda no mercado

Estudo mostra que 28,1% do preço de um automóvel flex com motorização entre 1000cc e 2000cc são de impostos.

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Page 17: Revista Edição 23

17Primeira Página

de julho e de 35% em relação às

18,4 mil de agosto de 2013.

Já as exportações em agosto, com

1,5 mil caminhões, representam

aumento de 19,6% frente as 1,2

mil de julho e baixa de 49,6%

contra as 3 mil do oitavo mês de

2013. De janeiro a agosto, as ex-

portações estão 26,3% inferiores:

foram 12,1 mil em 2014 e 16,4 mil

em 2013.

O segmento de ônibus apresentou

estabilidade no licenciamento, ao

se comparar agosto e julho, ambos

com 2,2 mil unidades. Na análise

com agosto de 2013, as vendas di-

minuíram 24,3%, quando foram

negociados 2,9 mil ônibus. O vo-

lume licenciado nos oito meses de

2014, de 17,8 mil unidades, mos-

trou uma baixa de 16,5%, quando

comparadas com as 21,3 mil do

ano passado.

A fabricação de chassis de ônibus

cresceu 44,7%, no comparativo de

agosto com julho deste ano – 4,1

mil unidades e 2,8 mil. Na análise

com agosto do ano passado, quan-

do 3,3 mil unidades foram fabrica-

das, a alta é de 25,4%. No acumu-

lado do ano, o setor produziu 26,2

mil ônibus, 8,4% abaixo das 28,6

mil do ano passado. Até agosto, a

indústria de autoveículos expor-

tou 4,5 mil ônibus, o que significa

redução de 23,8% em comparação

com as 5,9 mil do ano passado.

Máquinas agrícolas erodoviáriasAs 1,3 mil máquinas autopropul-

sadas exportadas em agosto repre-

sentam estabilidade com relação

ao mês anterior. Na comparação

com as 1,5 mil de agosto do ano

passado, a baixa foi de 13,4%. No

acumulado, a queda foi de 7%:

9,2 mil este ano e 9,9 mil no ano

passado.

Os recentes acontecimentos

e discussões no âmbito

político geraram um ambiente

conturbado, com impactos na

confiança dos empresários, dos consumidores e,

consequentemente, na redução do fluxo nas

concessionárias

Assim como as exportações, as

vendas internas de máquinas

agrícolas ficaram no mesmo ní-

vel, no comparativo de agosto

contra julho, com 6,5 mil, mas

apresentando queda de 17,1%,

na análise com o mesmo período

do ano passado, quando foram

vendidas 7,8 mil máquinas. O vo-

lume de produtos comercializa-

dos até agosto deste ano atingiu

45,8 mil unidades, significando

uma redução de 18,9% contra as

56,5 mil de 2013.

A produção no segmento ficou

8,4% abaixo em agosto contra ju-

lho: foram 8,1 mil e 8,8 mil uni-

dades. Decréscimo de 11,8% foi

apresentado nos resultados da

indústria neste mês, no compara-

tivo com agosto de 2013, quando

foram produzidas 9,1 mil máqui-

nas. Nos oito primeiros meses de

2014, a baixa foi de 14,6% – 57,3

mil este ano e 67 mil em 2013.

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Page 18: Revista Edição 23

18 Primeira Página

TRÂNSITO

Concessionária combate motorista que burla o pedágioO motorista que tenta burlar o pa-

gamento da tarifa de pedágio está

cometendo uma infração de trân-

sito grave, prevista no artigo 209

do Código de Trânsito Brasileiro

(CTB). A sanção para essa infra-

ção é a perda de cinco pontos na

carteira nacional de habilitação

(CNH) e multa de R$127. Além

das polícias rodoviária, estadual

e federal, vários órgãos possuem

autoridade para expedir autos de

infração do trânsito, como é o

caso dos departamentos de gestão

rodoviária e das secretarias muni-

cipais de trânsito.

Diariamente, a Concessionária Bahia

Norte (que administra as rodovias

do Sistema BA-093) flagra usuários

tentando evitar o pagamento da ta-

Bahia Norte passou a propor ações judiciais contra os motoristas que tentam evitar o pagamento da tarifa

Foto

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ivul

gaçã

o

rifa de pedágio, ao passarem pela

cabine de cobrança quase colados

ao fundo dos carros à sua frente. Há

também situações que acabam ge-

rando acidentes de trânsito.

Para coibir esse tipo de atitude, a

Bahia Norte passou a propor ações

judiciais contra os motoristas que

tentam escapar da tarifa.

De acordo com o assessor jurídi-

co da Concessionária Bahia Nor-

te, Francisco Ribeiro, “o Poder

Judiciário baiano já se mostrou

sensível ao tema, proferindo, li-

minarmente, decisões no sentido

de aplicar multas diárias aos usu-

ários que reincidirem nessa in-

fração de trânsito, usufruindo do

serviço público sem o devido pa-

gamento de sua tarifa”, explica.

As ações que estão sendo ajuizadas

visam não só reparar os danos cau-

sados, mas também servir como

medida educativa. No primeiro

momento serão propostas ações

contra os maiores reincidentes dos

últimos três anos, cujas passagens

foram registradas no sistema de pe-

dágio da concessionária.

Nos estado de São Paulo e no Pa-

raná, por exemplo, esse procedi-

mento já é comum. Em abril de

2013, a justiça paranaense reali-

zou uma audiência de conciliação

coletiva envolvendo 15 processos

contra 15 motoristas que fugiram

reiteradamente ao pagamento da

tarifa de pedágio.

Page 19: Revista Edição 23

19Primeira Página

Há 22 anos na busca de novos desafiosfocando a Excelência e a Qualidade na

Prestação de Serviços

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Page 20: Revista Edição 23

20 Primeira Página

ENERGIA

Brasil levará dez anos para superar atual crise do setor elétrico

O setor elétrico vive hoje não so-

mente uma, mas duas crises: uma

financeira e outra de seca nos re-

servatórios. Esta é a opinião do

vice-presidente da Associação

Brasileira dos Comercializadores

de Energia (Abraceel), Paulo Ce-

sar Tavares.

“O que vemos hoje é uma grande

explosão de preços. E os caixas

das distribuidoras estão quebra-

dos. Se somarmos os subsídios

dados em 2013 com os subsídios e

custos das distribuidoras em 2014,

os gastos chegam a aproximada-

mente R$ 56 bilhões, sendo que

os cerca de R$ 35,5 bi das distri-

buidoras vão ser repassados para

os consumidores em forma de ta-

rifa e os outros R$ 21 bi serão pa-

gos pelos contribuintes em forma

de impostos”, explica Tavares.

Para o vice-presidente da Abra-

ceel, o ideal seria que todos es-

ses gastos fossem repassados na

conta de energia, para promover

o uso racional da energia elétrica.

“Para se ter uma ideia, o Plano

Nacional de Eficiência Energé-

tica (PEE) é de R$ 400 milhões.

Quer dizer, 100 PEEs representam

aproximadamente R$ 40 bilhões,

ou seja, seria necessário um sé-

culo e meio de Planos de Eficiên-

cia Energética para se chegar ao

valor gasto até agora com a crise.

É preciso, no mínimo, uma dé-

cada para amortizar tudo”, diz.

“Em termos de preço, estamos

vivendo como se já tivéssemos

um racionamento de energia”,

complementa.

De acordo com o presidente da

Associação Brasileira das Empre-

sas de Serviços de Conservação de

Energia (ABESCO), Rodrigo Aguiar,

a desestruturação do setor elétrico,

seja na geração, transmissão e dis-

tribuição, é muito clara. “Indepen-

dentemente de quem seja o próxi-

mo presidente, será necessário usar

novas ferramentas para destravar a

situação em que o setor elétrico se

encontra hoje. E a eficiência ener-

gética é uma dessas ferramentas,

seja porque o custo de geração

é mais barato ou porque reduz a

carga do sistema elétrico, o que ga-

rante a possibilidade de redução do

custo da energia”, finaliza.

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Page 21: Revista Edição 23

21Primeira Página

EMPREENDEDORISMO

Micro e pequenas empresas já respondem por 27% do PIB brasileiroOs pequenos negócios respon-

dem por mais de um quarto do

Produto Interno Bruto brasileiro.

Juntas, as cerca de 9 milhões de

micro e pequenas empresas no

País representam 27% do PIB, um

resultado que vem crescendo nos

últimos anos. Os dados inéditos

foram revelados pelo Sebrae. “O

empreendedorismo vem crescen-

do muito no Brasil nos últimos

anos, e é fundamental que cresça

não apenas a quantidade de em-

presas, mas sua participação na

economia”, afirma o presidente do

Sebrae, Luiz Barretto.

Em 1985, o IBGE calculou em 21% a

participação dos pequenos negócios

no PIB brasileiro. Como não havia

uma atualização desse indicador

desde então, o Sebrae contratou a

Fundação Getúlio Vargas para, uti-

lizando a mesma metodologia, ava-

liar a evolução das micro e pequenas

empresas na economia brasileira.

Em 2001, o percentual cresceu para

23,2% e em 2011 atingiu 27%.

Micro e pequenas empresas são as

principais geradoras de riqueza no

Comércio no Brasil, respondendo

por 53,4% do PIB desse setor. No

PIB da Indústria, a participação

das micro e pequenas (22,5%) já

se aproxima das médias empresas

(24,5%). No setor de Serviços,

mais de um terço da produção

nacional (36,3%) tem origem nos

pequenos negócios.

“Os dados demonstram a impor-

tância de incentivar e qualificar os

empreendimentos de menor porte,

inclusive os microempreendedores

individuais. Isoladamente, uma

empresa representa pouco, mas

juntas são decisivas para a eco-

nomia”, considera Barretto, lem-

brando que os pequenos negócios

também empregam 52% da mão

de obra formal e respondem por

40% da massa salarial brasileira.

Segundo ele, os principais motivos

para o bom desempenho dos pe-

quenos negócios na economia do

País são a melhoria do ambiente

de negócios, o aumento da esco-

laridade da população e a amplia-

ção do mercado consumidor, com

o crescimento da classe média.

Presidente do Sebrae, Luiz Barretto

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Page 22: Revista Edição 23

22 Primeira Página

TURISMO

Copa do Mundo divulga a Bahia, mas fica aquém do esperado pelo setor hoteleiroDurante a Copa do Mundo de 2014, Salvador ganhou a fama de ser uma sede “pé-quente”, garantia de futebol de qualidade, já que a cidade registrou o maior número de gols do even-to (24), com uma média de quatro tentos por partida. Mas, passada a euforia futebolística, surge a questão: quais foram os ganhos duradouros para a cidade e o estado? Segundo o secretário estadual para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa), Ney Campello, o legado vai muito além das goleadas. “O evento projetou a Bahia e o Brasil de forma positiva para o mundo inteiro, o que trará frutos para o turismo nos próximos anos. Ganhamos também em credibilidade, pois mostramos que somos capazes de assumir e honrar compromissos inter-nacionais com eficiência”, argumenta.

Arena Fonte Nova: Custo de R$ 591,7 milhões e maior aprovação entre os torcedores durante a Copa do Mundo

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Page 23: Revista Edição 23

23Primeira Página

Outro legado da Copa foram as

obras de infraestrutura e mobili-

dade, como as reformas do porto e

aeroporto de Salvador e a inaugu-

ração da primeira linha do metrô.

Segundo o secretário, também me-

receram destaque a revitalização

do Centro Histórico e da estrutura

esportiva do estado, com destaque

para a Arena Fonte Nova. O está-

dio custou R$ 591,7 milhões, dos

quais R$ 323,6 milhões foram fi-

nanciados pelo Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômica e So-

cial (BNDES) e R$ 268,1 milhões

são recursos estaduais. Segundo

pesquisa feita pelo Portal UOL, a

arena teve a maior aprovação en-

tre os torcedores, com nota 9,7, de

um total de 10. O estádio registrou

um público total de 300.674 pes-

soas em seis jogos, uma média de

50.112 torcedores por partida.

Não obstante o sucesso da Copa

do Mundo, a cidade também foi

alvo de críticas nos meses que an-

tecederam o evento. A principal

queixa diz respeito aos atrasos na

entrega de obras de infraestrutu-

ra e mobilidade urbana, como o

porto e o aeroporto de Salvador,

este último com alguns pontos

ainda por concluir. “A Copa do

Mundo poderia ter trazido resul-

tados ainda melhores, em termos

de infraestrutura, se não tivesse

havido certa lentidão na realiza-

ção das obras. Faltou um pouco

mais de proatividade do governo,

em todas as esferas, para que o

planejamento fosse mais exito-

so”, admite Campello.

Impactos na hotelariaSegundo o presidente da Asso-

ciação Brasileira da Indústria de

Hotéis da Bahia (ABIH-BA), José

Manoel Cambeses Filho, foram

construídos nos últimos três anos

oito novos hotéis em Salvador,

que receberam um investimento

de aproximadamente R$ 150 mi-

lhões. Com essas obras, o setor

hoteleiro da capital ganhou 6 mil

novos leitos de um total de 9 mil

unidades criadas em todo o esta-

do. “Foi um evento importante,

pois tivemos a oportunidade de

nos mostrar para todo o mundo

enquanto destino turístico. Além

disso, adquirimos uma experiên-

cia que não possuíamos na orga-

nização de megaeventos interna-

cionais. Esse foi o grande legado

da Copa para o trade turístico

baiano”, opina.

De acordo com uma pesquisa da

Federação Baiana de Hospedagem

e Alimentação feita nos 31 gran-

des e médios hotéis de Salvador

durante a Copa do Mundo, a ci-

dade teve uma ocupação hotelei-

ra média de 63,37% no mês de

junho, melhor desempenho dos

últimos 14 anos. Apesar de se

mostrar contente com os resulta-

dos para a hotelaria, o presidente

da ABIH-BA afirma que esperava

números mais expressivos. “Nos-

sa estimativa era alcançar uma

média de 90% de leitos ocupados,

mas como o torcedor costuma

acompanhar seu time aonde quer

que ele vá, tivemos semanas mui-

to boas alternadas com outras nas

A Copa do Mundo poderia ter

trazido resultados ainda melhores em termos de

infraestrutura, se não tivesse havido certa lentidão na realização das

obras

Secretário da Secopa, Ney Campello

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Page 24: Revista Edição 23

24 Primeira Página

quais a cidade esvaziava por não

haver jogos. Este foi um fator com

o qual não contávamos”, assume.

Ainda segundo o presidente da

ABIH-BA, um revés com a Ma-

tch – agência de viagens oficial

da FIFA – contribuiu para que os

resultados da hotelaria baiana na

Copa do Mundo ficassem aquém

do esperado. Diversos hotéis de

Salvador firmaram contrato com

a empresa e reservaram parte sig-

nificativa dos seus leitos. No en-

tanto, em 20 de abril, data limite

para desistência, a companhia

devolveu grande parte dos quar-

tos reservados. “Em alguns casos

a desistência chegou a 50% do

número contratado. A solução en-

contrada pelos hotéis foi adotar

estratégias de marketing alterna-

tivas, como vender nas redes so-

ciais, além de oferecer preços mais

baixos. A Copa saiu relativamente

barata para muita gente”, afirma.

A Copa em números Ainda de acordo com a pesqui-

sa da Federação Baiana de Hos-

pedagem, dos 17.906 turistas

entrevistados, 9.766 (54,54%)

eram do Brasil e 8.140 (45,46%)

estrangeiros, vindos de 83 países

(18,9% dos EUA, 10,1% da Ale-

manha, 6,23% da França, 5,50%

da Suíça e 3,87% da Inglaterra).

Segundo dados do Ministério

do Turismo, em parceria com a

Fundação Getúlio Vargas (FGV),

a Bahia foi o terceiro estado que

mais emitiu viajantes durante

a Copa: foram 220.021 pessoas

entre turistas (que pernoitam no

destino) e excursionistas (que re-

tornam no mesmo dia). São Pau-

lo liderou a lista, com 858.825

viajantes, seguida pelo Rio, com

260.527 pessoas. Segundo a pes-

quisa, 95% dos turistas estrangei-

ros afirmaram que desejam retor-

Em alguns casos a desistência chegou a 50% do número

contratado. A solução encontrada

pelos hotéis foi adotar estratégias

de marketing alternativas, como vender nas redes sociais, além de oferecer preços mais baixos. A Copa saiu

relativamente barata para muita

gente

Presidente da ABIH-BA, José Manoel Cambeses Filho

nar ao Brasil em outro momento.

Durante a Copa do Mundo, a Se-

copa e a Bahiatursa promoveram

exibições públicas das partidas

em diversos bairros de Salvador,

pelos quais passaram um total de

82,4 mil pessoas. Além da capital,

outros 30 municípios baianos re-

ceberam estrutura para a exibição

dos jogos.

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Secopa e Bahiatursa promoveram exibições públicas dos jogos

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Page 25: Revista Edição 23

25Primeira Página

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Page 26: Revista Edição 23

26 Primeira Página

SAÚDE I

O fechamento do Hospital Espanhol no mês de setembro dá um diagnóstico claro: a saúde dos hospitais particulares de Salvador vai mal. Com a desativação da unidade, a capital per-deu de uma só vez 270 leitos, 60 deles de UTI e 12 de UTI neonatal. O imóvel foi transforma-do em bem de utilidade pública pelo Decreto Estadual 15.425/2014, uma maneira encontrada para evitar que seja utilizado para outros fins que não a saúde. Para o presidente da Associa-ção dos Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Ricardo Costa, pode-se falar em uma crise na saúde privada. “Nota-se uma piora gradativa nos últimos cinco anos, com consequências diretas para a população, como falta de leitos e emergências lotadas, com média de quatro a seis horas de espera para atendimento no pronto-socorro”, conta.

Hospitais particulares enfrentam crise econômica em Salvador

Com o fechamento do Hospital Espanhol, Salvador perde 270 leitos, 60 deles de UTI e 12 de UTI neonatal

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Page 27: Revista Edição 23

27Primeira Página

De acordo com Costa, a situação

não se restringe à Bahia e é ainda

mais aguda quando se trata das

maternidades, que tiveram cerca

de 3 mil leitos fechados em todo o

País nos últimos dez anos. O pre-

sidente da Ahseb destaca a baixa

remuneração dos planos de saúde

como um ponto determinante para

a atual crise da saúde particular.

“Todo ano eles fazem um reajuste

no valor do plano para o usuário,

mas não há repasse. Ano passado,

por exemplo, o reajuste para pes-

soa física foi de 9% e o nosso, de

6%. A média da remuneração dos

planos de saúde pela diária de en-

fermaria está em torno de R$100.

Com isso, temos que oferecer um

leito, cinco refeições, material ade-

quado, assistência profissional. É

complicado remunerar um hospi-

tal com tão pouco”, queixa-se.

Outro fator que representa um en-

trave para o setor é a falta de aju-

da governamental, sobretudo com

incentivos fiscais. O presidente da

Ahseb destaca ainda a falta de li-

nhas de crédito especializadas para

oferecer financiamentos aos hospi-

tais. Para ele, frente a este conjunto

de dificuldades, o empresariado se

sente relutante em investir na saú-

de privada. “É um setor importante,

que gera aproximadamente 100 mil

empregos diretos na Bahia. Hoje em

dia temos desconto de IPI para pro-

dutos da linha branca, indústrias do

setor automotivo que ganham terre-

no, isenção de impostos por 10 anos

e facilidades no financiamento, mas

a saúde não recebe nenhum desses

benefícios”, afirma.

Soluções à vistaO superintendente executivo do

Hospital da Bahia, Marcelo Zollin-

ger, faz coro à afirmativa de que a

saúde privada passa por um mo-

mento delicado, com desequilíbrio

entre a remuneração dos planos

de saúde e os investimentos ne-

cessários para manter e melhorar

a estrutura hospitalar. Destaca, no

entanto, que erros gerenciais em

algumas instituições contribuem

para piorar a situação. A solução,

por sua vez, passa diretamente

pelo diálogo com as partes en-

volvidas. “É preciso buscar uma

parceria com os planos e as ope-

radoras, no sentido de restabelecer

valores de diárias e taxas que com-

pensem o setor, além de um diálo-

go permanente com fornecedores,

trazendo-os para perto e buscando

alternativas conjuntas de sobrevi-

vência mútua”, defende.

Para o presidente da Ahseb, deve-

-se melhorar a comunicação entre

instituições de saúde e planos,

mas também é necessário sensibi-

lizar os governantes e obter ajuda

econômica junto ao estado, com

linhas de financiamento e incen-

tivos fiscais. Apesar de a saúde

particular se encontrar na UTI,

Costa se mostra otimista. “Acredi-

to que a situação vai mudar. Che-

gamos a um ponto tão ruim que

estamos perto do fundo do poço.

É preciso que os governantes en-

tendam que isso precisa mudar.

Um governante atuante deve fa-

cilitar a vida dos hospitais. Não

é justo que outros setores da eco-

nomia tenham tantos incentivos e

nós, não”, argumenta.

Nota-se uma piora gradativa nos

últimos cinco anos, com consequências

diretas para a população, como

falta de leitos e emergências

lotadas

Presidente da Ahseb, Ricardo Costa

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Page 28: Revista Edição 23

28 Primeira Página

TRANSPORTES

Tarifa e integração do metrô reacendem briga entre estado e municípioA disputa entre governo e prefeitura por conta do transporte público ganhou mais um capí-tulo: o adiamento da operação comercial do metrô devido à não integração do modal com o sistema de ônibus. De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Se-dur), o fato se deve à inobservância, pela prefeitura, das condições de contrato do programa e do prazo estabelecido no convênio intrafederativo firmado com o governo. “Tal fato, além de prejudicar a população que utiliza transporte público, ensejará diminuição significativa da demanda, o que pode comprometer a sustentabilidade do serviço. Assim, o Estado não pode autorizar, de forma responsável, o início da operação comercial”, afirma o secretário da Sedur, Manuel Ribeiro.

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Page 29: Revista Edição 23

29Primeira Página

O começo da operação comer-

cial, inicialmente previsto para o

dia 15 de setembro, foi marcado

para 31 de outubro, quando a co-

brança passa a ser adotada, em

caráter experimental, com tarifas

mais baixas, até a inauguração da

Estação de Pirajá. De acordo com

o secretário municipal de Urbanis-

mo e Transporte (Semut), Fábio

Mota, o Município tem cobrado

do governo estadual alguns dados

para viabilizar a integração. “Nós

ainda não obtivemos resposta do

governo nem da concessionária

CCR-BA sobre quantas pessoas as

estações de integração comportam

e quantos passageiros o metrô

pode transportar em cada estação.

São informações fundamentais

para fazermos o planejamento das

linhas de ônibus de forma integra-

da”, explica.

Tarifa é motivo de discussãoOutro impasse que ronda o metrô

de Salvador é o valor da tarifa. De

acordo com Mota, a administra-

ção municipal entende que o pre-

ço da passagem de metrô deve

ser proporcional ao tamanho do

trecho em operação. A tarifa de

R$ 3,10 para o metrô e R$ 3,90

para metrô e ônibus, prevista no

contrato, é considerada excessi-

va para o momento. “Nós temos

hoje um trecho muito pequeno

de metrô em funcionamento,

de aproximadamente 5,6 km.

Ainda não foi concluída sequer

a primeira fase do metrô, de 13

km, que liga as estações Pirajá e

Lapa. Em minha opinião, o me-

trô só deveria funcionar de for-

ma comercial quando chegasse

à estação Pirajá, mas estamos

dispostos a fazer a integração,

contanto que isso não cause pre-

juízos à população”, afirma.

A Sedur, entretanto, esclarece que

as tarifas de R$ 3,10 e R$ 3,90 se

referem ao sistema metroviário em

sua totalidade, com os 40 km pre-

vistos nas linhas 1 (Lapa – Pirajá)

e 2 (Lapa – Aeroporto). Até lá, a

proposta do governo é operar com

tarifas mais baratas. “A população

de Salvador poderá comprar um

bilhete no valor de R$ 2,20, sendo

R$ 1,10 para pagamento aos ôni-

bus e R$1,10 para o metrô. Assim,

o usuário que utilizar apenas o

metrô pagará a tarifa de R$1,10,

e quem utilizar o sistema integra-

do ônibus-metrô pagará R$2,20”,

afirma o secretário estadual.

Fábio Mota rebate afirmando que

a prefeitura aguarda receber a pro-

posta do governo em caráter ofi-

Nós ainda não obtivemos resposta

do governo nem da concessionária

CCR-BA sobre quantas pessoas

as estações de integração comportam e quantos

passageiros o metrô pode

transportar em cada estação

Secretário da Semut, Fábio Mota

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Page 30: Revista Edição 23

30 Primeira Página

cial e considera a tarifa de R$ 2,20

pela integração condizente com

o tamanho do metrô, mas ques-

tiona a forma como a tarifa seria

viabilizada no que diz respeito

aos ônibus. “A prefeitura não tem

subsídio nenhum na tarifa do sis-

tema rodoviário de Salvador. Pre-

cisamos saber mais detalhes sobre

essa proposta, pois não há como

bancarmos a remuneração dos

ônibus”, argumenta.

De acordo com nota técnica pu-

blicada no site da Sedur em 11 de

setembro, a integração será reali-

zada mediante bilhete único me-

tropolitano, já em discussão no

âmbito da Entidade Metropolita-

na, e haverá subsídio nas tarifas,

como já ocorre em outros estados.

Disputas anterioresA queda de braço dos transportes

entre município e estado começou

em julho, quando o governador

Jaques Wagner emitiu um ofício

à prefeitura pedindo a suspensão

do processo de licitação do Sis-

tema de Transporte Coletivo de

Salvador (STCO). A justificativa

foi de que o projeto não teria sido

levado à Entidade Metropolitana e

apresentava dez equívocos técni-

cos que deveriam ser revistos. Na

época, Mota afirmou não reconhe-

cer a entidade, posição que sus-

tentou em sua entrevista à revista

Primeira Página. “Nós entende-

mos que essa instituição, da forma

como foi constituída, não tem legi-

timidade para tratar dos interesses

de nossa cidade, principalmente

no que diz respeito ao transporte

público, que é assunto de compe-

tência dos municípios”, afirma.

O partido Democratas (DEM) en-

trou com uma Ação Direta de In-

constitucionalidade contra a lei

que criou a Entidade Metropoli-

tana e também com uma liminar,

pedindo urgência no julgamento

da ação. O ministro do Supremo

Tribunal Federal (STF), Celso de

Mello, indeferiu a liminar e deu ao

governador Jaques Wagner e à As-

sembleia Legislativa do Estado da

Bahia um prazo de dez dias para

se manifestarem sobre o assunto.

“Com a decisão, o objeto irá a jul-

gamento pelo plenário em 2015.

Até lá, a Entidade Metropolitana

mantém sua condição legal, fato

reconhecido por onze dos treze

municípios da Região Metropolita-

na de Salvador e pelo Governo do

Estado da Bahia”, afirma Ribeiro.

A Entidade Metropolitana da Re-

gião Metropolitana de Salvador foi

criada em junho de 2014, com a

finalidade de instituir diretrizes

sobre o planejamento, a organi-

zação e a execução de funções

públicas de interesse comum dos

municípios que a compõem. Entre

as suas pautas prioritárias estão o

Plano Diretor de Desenvolvimen-

to Metropolitano, mobilidade e

transporte coletivo, saneamento e

habitação popular.

A Entidade Metropolitana mantém sua

condição legal, fato reconhecido

por onze dos treze municípios

da Região Metropolitana de Salvador e pelo

Governo do Estado da Bahia

Foto

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o

Secretário da Sedur, Manuel Ribeiro

Page 31: Revista Edição 23

31Primeira Página

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Page 32: Revista Edição 23

32 Primeira Página

População de Salvador está 47% acima do peso, diz pesquisaA pesquisa Vigilância de Fatores

de Risco e Proteção para Doenças

Crônicas por Inquérito Telefôni-

co, do Ministério da Saúde, reve-

lou que 47% dos soteropolitanos

estão acima do peso e 15% são

obesos. Mesmo com esse resul-

tado, Salvador ocupa apenas a

penúltima colocação no ranking

de obesidade entre as 27 capitais

brasileiras pesquisadas. A capital

baiana também aparece abaixo

das médias nacionais, que regis-

traram 50,8% de brasileiros acima

do peso e 17,5% obesos.

“Esses números refletem uma mu-

dança gradativa de consciência

dos soteropolitanos, que passaram

a incluir alimentos mais saudáveis

em suas dietas", destaca a nutri-

cionista Cláudia Facioli. Os dados,

entretanto, ainda não são conside-

rados ideais pela especialista: "O

brasileiro, de modo geral, conti-

nua comendo de forma inadequa-

da. A má alimentação e o seden-

Apesar do número expressivo de pessoas acima do peso e obesas, Salvador ainda está abaixo das médias nacionais

SAÚDE II

Foto

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Page 33: Revista Edição 23

33Primeira Página

tarismo, aliados ao fator genético,

ainda são os principais responsá-

veis pela obesidade e pelo excesso

de peso", destaca Cláudia.

PrevençãoSobre os métodos de tratamento

da obesidade, doença associada a

males como diabetes e hiperten-

são, a nutricionista afirma que a

prevenção ainda é o melhor remé-

dio. "Existem intervenções, como

a cirurgia bariátrica, que são efi-

cazes no combate à doença. Mas

o melhor mesmo é evitá-la com

exercícios físicos, acompanhamen-

to médico e alimentação saudável.

Sempre recomendo consumir, em

porções dosadas, produtos orgâ-

nicos, shakes, sucos, chás, enfim,

alimentos com pouco teor de gor-

dura e que forneçam os nutrientes

necessários ao organismo", finali-

za a nutricionista.

Senado x AnvisaO Senado suspendeu em setembro

a resolução da Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (Anvisa)

que proibia a venda e prescrição

de medicamentos que contêm an-

fetaminas usadas no controle da

obesidade. Com a aprovação, o

projeto vai à promulgação. A re-

solução de 2011 da Anvisa proibia

a fabricação, importação, expor-

tação, manipulação, prescrição e

o comércio de remédios com as

substâncias femproporex, anfepra-

mona e mazindol na fórmula. Os

senadores aprovaram um projeto

de Decreto Legislativo sustando os

efeitos da resolução.

O líder do PT, senador Humberto

Costa (PE), posicionou-se contra e

defendeu a permanência da reso-

lução. “Essa resolução da Anvisa

não foi tirada do bolso do colete.

Ela surgiu após estudos profundos

e detalhados acerca desses medi-

camentos", disse Costa.

Já para a senadora Vanessa Gra-

zziontin (PCdoB-AM), integrante

da Comissão de Assuntos Sociais

do Senado, a Anvisa agiu de ma-

neira excessiva ao proibir a co-

mercialização e prescrição desses

inibidores de apetite. Ela defendeu

que, em vez da proibição, a Agên-

cia deveria editar uma norma mais

rigorosa para a prescrição e o uso

do medicamento. "Nós reconhece-

mos que o Brasil tem um consumo

exagerado, além do necessário,

desse tipo de medicamento. Isso,

obviamente, traz transtorno à saú-

de das pessoas, no entanto, há pa-

cientes que necessitam desse tipo

de medicamento e que são preju-

dicados com a proibição", disse.

A endocrinologista Rosana Rado-

minski, da Sociedade Brasileira

de Endocrinologia e Metabologia,

disse à Agência Brasil que a libe-

ração de emagrecedores ampliará

a lista de remédios disponíveis nas

farmácias e facilitará a identifica-

ção do mais adequado para o pa-

ciente. Ela explicou que a Agência

Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa) tirou do mercado remé-

dios consolidados, que eram uma

opção para obesos que não se da-

vam bem com outros tratamentos.

“Vamos ter mais opções de trata-

mento para os pacientes, o que é

muito bom, principalmente para

aqueles de baixo poder aquisitivo.

Há pacientes que não se dão bem

com os medicamentos tomados

como primeira opção e que ficam

sem ter um tratamento adequado”,

explicou a especialista, acrescen-

tando que os anfetamínicos cus-

tam em média de R$20 a R$25.

O brasileiro, de modo geral,

continua comendo de forma

inadequadaFo

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Page 34: Revista Edição 23

34 Primeira Página

Brasil caminha para a liderança mundial em número de empresas do setor

O cuidado com a boa forma é um mercado promissor no Brasil. Segundo pesquisa do Sebrae, o País caminha para se tornar líder mundial em negócios voltados para a prática de atividades físicas, com um crescimento de 29% no número de empreendimentos entre 2009 e 2012. O mercado brasileiro só fica atrás dos Estados Unidos, onde a atividade cresceu apenas 0,7% no mesmo período. “O setor não está tão vulnerável às oscilações da macroeconomia, graças a vários fatores, como a popularização da prática de esportes, a cultura brasileira, que valoriza a boa aparência e forma física, o aumento da expectativa de vida da população e a nova com-posição de classes socioeconômicas no Brasil”, explica o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

ACADEMIAS

Número de empreendimentos cresceu 29% entre 2009 e 2012

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Page 35: Revista Edição 23

35Primeira Página

O Brasil conta com 21.760 negó-

cios no ramo, com média de uma

academia para cada 9,1 pessoas,

desempenho superior ao estadu-

nidense, de um estabelecimento

para cada 10,5 pessoas. Para o pre-

sidente da Associação Brasileira

de Academias (Acad), Mario Villas

Boas, o fenômeno se deve a fato-

res como a relação entre qualidade

de vida e atividades físicas, além

do reconhecimento do profissio-

nal de Educação Física. “Também

é possível destacar a formação das

redes de academias, que impulsio-

naram o mercado e fizeram com

que os pequenos e médios negó-

cios tivessem de se profissionali-

zar”, argumenta Villas Boas.

Profissionalização do mercadoO mercado de academias movi-

menta R$ 2,45 bilhões por ano e

conta com outros números expres-

sivos: são 2,8 milhões de alunos

matriculados e 317 mil vagas de

emprego direto para profissionais

de educação física. Apesar do

crescimento, o Brasil ainda ocupa

a 10ª posição mundial em termos

de receita, o que o Sebrae interpre-

ta como baixo nível de maturidade

na gestão dos empreendimentos.

“O segmento de academias atende

apenas 1,4% da população bra-

sileira. Isso demonstra um gran-

de potencial de mercado, mas as

academias precisam se profissio-

nalizar”, afirma o presidente do

Sebrae.

De acordo com o consultor do

Sebrae-BA, Fabrício Barreto, um

dos desafios do mercado de aca-

demias no quesito produtividade

é a falta de planejamento ade-

quado, devido ao fato de muitos

empreendedores possuírem o co-

nhecimento técnico em educação

física, mas não terem a expertise

necessária em gestão de negócios.

“As pessoas imaginam que podem

montar uma academia e não de-

senvolvem um plano para avaliar

fatores como os custos do empre-

endimento em comparação com

sua capacidade no que se refere

a número de alunos e geração de

receita. Por isso, muitas vezes, o

resultado acaba sendo aquém do

desejado”, explica.

Desafios do setorO empresário Manoelito Maga-

lhães, da Academia Espaço 10,

foge ao perfil citado por Barre-

to. Administrador de empresas

e especialista em marketing, ele

formou com seu sócio, Vinícius

Galvão, educador físico e fisiote-

rapeuta, a combinação entre ges-

tão de negócios e conhecimento

técnico. O resultado da parceria

são duas academias em Salva-

dor, com aproximadamente 1.100

alunos. Para Magalhães, um dos

grandes entraves das academias é

a alta carga tributária, juntamen-

te com alguns fatores inerentes

à atividade. “Temos de trabalhar

com um grande quadro de funcio-

O segmento de academias atende

apenas 1,4% da população brasileira. Isso demonstra um grande potencial de mercado, mas

as academiasprecisam se

profissionalizar

Empresários do setor apostam em serviços diferenciados para agregar valor às academias

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ra

Page 36: Revista Edição 23

36 Primeira Página

nários e o alto custo de energia

elétrica, para funcionar nos três

turnos. O preço do aluguel dos

imóveis também é muito caro,

assim como de equipamentos de

qualidade”, contabiliza.

Já o presidente da Acad afirma

que o principal desafio do mer-

cado de academias no Brasil é

sensibilizar a sociedade sobre a

necessidade de praticar atividades

físicas sob a orientação de profis-

sionais da área. “No Brasil, país

tropical com muitas áreas de lazer

ao ar livre, as pessoas têm o costu-

me de praticar esportes e se exer-

citar sem o acompanhamento de

um profissional, como é o caso de

quem corre na praia”, exemplifica

Villas Boas.

Soluções criativasPara driblar os obstáculos da ati-

vidade, os empresários do setor

recorrem a uma série de alterna-

tivas. Uma das mais comuns é de-

senvolver séries de exercícios que

não necessitem da estrutura e cus-

tos operacionais de uma academia

tradicional. “Existem cada vez

mais métodos alternativos e ino-

vadores que acontecem nas ruas e

praias, como os clubes de corrida

e treinos funcionais. Hoje esses

grupos de trabalho personaliza-

do apresentam um grande valor

agregado, maior do que o modelo

tradicional e com menor custo”,

explica o consultor do Sebrae-BA.

Segundo Magalhães, na hora de

conquistar o cliente, vale ofere-

cer todo tipo de serviço: personal

trainer, acompanhamento de nu-

tricionistas e fisioterapeutas, pila-

tes, artes marciais e massoterapia

são apenas alguns exemplos. A

venda de produtos como roupas

para treino e suplementos alimen-

tares também pode ajudar a com-

plementar a receita do estabele-

cimento. “Também é interessante

desenvolver uma estrutura para

atender externamente a condo-

mínios e empresas com ginástica

laboral, por exemplo”, cita o em-

presário.

Demografia das academiasno BrasilDas 21.760 academias no Brasil,

99,75% são micro ou pequenas em-

presas. No total, 68% (14.805) das

empresas do ramo estão concentra-

das em seis estados, três deles da

região Sudeste (São Paulo, Minas

Gerais e Rio de Janeiro) dois no Sul

(Rio Grande do Sul e Paraná) e um

no Nordeste (Bahia). São Paulo é o

estado que possui o maior número

de academias no País, com 6.349

empreendimentos.

Temos de trabalhar com um grande

quadro de funcionários e o alto custo de

energia elétrica, para funcionar

nos três turnos. O preço do aluguel

dos imóveis também é muito caro, assim como de equipamentos

de qualidade

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Page 37: Revista Edição 23

37Primeira Página

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Page 38: Revista Edição 23

38 Primeira Página

ECONOMIA

Após queda do PIB em dois trimestres consecutivos, o Brasil está em recessão técnica?

O anúncio do PIB brasileiro no se-

gundo trimestre de 2014 dividiu

opiniões sobre o País estar ou não

em uma recessão técnica. Há um

consenso entre diversos econo-

mistas de que o termo se refere a

um período de dois trimestres con-

secutivos com retração do PIB, o

que aconteceu realmente. O IBGE

divulgou que no último trimestre

a economia brasileira teve uma

queda de 0,6% e revisou o de-

sempenho do primeiro trimestre

para uma queda de 0,2% (contra

uma leve alta de 0,2% anunciada

anteriormente). O ministro da Fa-

zenda, Guido Mantega, rechaçou

a tese de o Brasil passar por uma

recessão técnica e considerou que

o fato “é meramente efeito esta-

tístico”, pois um desempenho po-

sitivo no terceiro trimestre pode

influenciar uma revisão dos dois

anteriores.

É a primeira vez que o Brasil repe-

te o desempenho de dois trimes-

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Page 39: Revista Edição 23

39Primeira Página

tres consecutivos de retração do

PIB desde o final de 2008, quando

o fenômeno foi impulsionado pela

crise econômica mundial. Para o

presidente do Conselho Regional

de Economia (Corecon-BA) e di-

retor de Indicadores e Estatísticas

da Superintendência de Estudos

Econômicos e Sociais da Bahia

(SEI), Gustavo Pessoti, o Brasil

não passa por uma recessão téc-

nica. “Considerar dois trimestres

de PIB negativo como recessão

é uma análise muito simplória e

uma leitura extremamente pessi-

mista da economia. Recessão im-

plica grandes elevações na taxa de

desemprego, na alta da inflação e

na queda do consumo e dos inves-

timentos”, explica.

O gerente de estudos técnicos da

Superintendência de Desenvol-

vimento Industrial (SDI) da Fe-

deração das Indústrias do Estado

da Bahia (FIEB), Ricardo Kawabe,

afirma que o termo recessão técni-

ca é uma convenção, mas que não

chega a impactar profundamente

a vida das pessoas. No entanto,

o economista adverte que o fenô-

meno deve ser encarado como um

sinal de alerta. “A situação atual é

bem diferente de uma recessão de

fato, mas sinaliza que algo na eco-

nomia está indo errado e medidas

precisam ser adotadas para rever-

ter a curva descendente. Se a si-

tuação persistir, fatalmente resul-

tará em um impacto negativo no

emprego, na renda, no consumo

e, por fim, na produção, formando

um ciclo vicioso”, adverte.

Razões para o arrefecimentoDe acordo com Kawabe, a desace-

leração do crescimento no Brasil

pode ser atribuída a um momento

de desconfiança do empresariado

em relação à economia, que aca-

ba por refletir em todos os setores

da sociedade. Para o economista,

o pessimismo se deve a fatores

como a conjuntura internacional

desfavorável e o desânimo gene-

ralizado da população no que diz

respeito à classe política. “O clima

de desconfiança ocasionou uma

forte queda nos investimentos

este ano, com impactos que vão

Considerar dois trimestres de PIB negativo como recessão é uma análise

muito simplória e uma leitura extremamente pessimista da

economia

além: quando as empresas inves-

tem menos, elas também contra-

tam menos. Apesar de ainda não

haver aumento do desemprego, já

é possível notar uma redução no

surgimento de novos postos de

trabalho”, afirma.

Segundo Pessoti, o final de 2014

aponta para o início da retomada

do ritmo da economia, principal-

mente a partir do último semestre,

quando é estimada uma leve recu-

peração. Tal momento deve se es-

tender pelo ano de 2015, que para

o presidente do Corecon-BA, será

marcado pela cautela e por taxas

de crescimento moderadas. “Será

um ano de arrumação de casa, de

rever questões como a diminuição

de gastos públicos. Também há

previsão de elevação de tarifas pú-

blicas, aumento do preço da ener-

gia e dos combustíveis, o que pode

induzir ao aumento da taxa Selic,

o que, por sua vez, significa um

ambiente ainda não tão convida-

tivo para a retomada dos investi-

mentos”, projeta.

Diretor de Indicadores e Estatísticas da SEI, Gustavo Pessoti

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Page 40: Revista Edição 23

40 Primeira Página

AGRONEGÓCIOS

Estudo indica tendências na produção de grãos para 2014 e 2015

O bom e velho feijão com arroz de todo dia será menos farto na temporada 2014/2015 do agronegócio. Estudo realizado pela consultoria SAFRAS & Mercado indica que a produção brasileira das commodities deve encolher: a redução será de 20%, no caso do feijão, e de 1%, no caso do arroz. Entretanto, o IBGE aponta que o crescimento geral da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas será de 2,8% em 2014, em comparação com o ano passado. Ainda de acordo com o IBGE, a área a ser colhida este ano deve ser de 56,2 milhões de hectares, um aumento de 6,4% em relação a 2013.

Consultoria SAFRAS & Mercado projeta retração para 2014-2015

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Page 41: Revista Edição 23

41Primeira Página

Entre as regiões, três deverão ter

aumento da safra em 2014. O

Centro-Oeste deverá ter a maior

safra, com 81,3 milhões de tone-

ladas (3,6% superior a 2013). São

esperados crescimentos também

no Nordeste (43%) e no Norte

(3,4%). Sul e Sudeste devem so-

frer quedas na produção de 0,4%

e 12,6%, respectivamente.

SojaDe acordo com a SAFRAS & Mer-

cado, a área a ser plantada com

soja na temporada 2014/15 de-

verá crescer 4% na comparação

com 2013/14, ocupando 31,213

milhões de hectares. Se o au-

mento for confirmado e o clima

se mostrar favorável, a produção

brasileira na próxima temporada

deverá bater recorde, somando

94,451 milhões de toneladas, com

crescimento de 9% sobre o total

colhido em 2013/14, de 86,623

milhões de toneladas.

A tendência de aumento da área

a ser plantada se baseia na co-

mercialização com preços remu-

neradores da safra anterior. “A

soja tende a ganhar áreas do mi-

lho na maior parte dos estados,

devido a condições mais favorá-

veis de preço”, confirma o ana-

lista de SAFRAS & Mercado, Luiz

Fernando Roque.

O analista destaca ainda a opção

dos produtores da Região Norte de

apostar na soja, com áreas novas

e também ocupando áreas de pas-

tagem. “É importante lembrar que

em muitos estados a alternativa

dos produtores tem sido diminuir

a área de verão do milho e plantar

mais o cereal na safrinha. A soja

ocuparia este espaço”, acrescenta

Roque.

Há ainda um “sentimento” posi-

tivo com relação à produtividade

da safra 2014/15, o que contribui

para as expectativas favoráveis.

“O ano é de El Niño, quando os

rendimentos, normalmente, são

superiores”, completa o analista.

Milho: área de verão em quedaA área a ser plantada com mi-

lho no Brasil, na safra de verão

2014/15, deverá recuar 6,1% na

comparação com a temporada

anterior, ocupando 5,143 mi-

lhões de hectares. Contando com

uma produtividade de 5.605 qui-

los por hectare, acima da obtida

no ano passado (4.880 quilos por

hectare), a produção da primeira

safra brasileira poderá subir de

26,744 milhões para 28,827 mi-

lhões de toneladas, com aumen-

to de 8%.

Segundo o analista de safras, Pau-

lo Molinari, a confirmação da ter-

ceira temporada de queda conse-

É importante lembrar que em muitos estados a alternativa dos produtores tem sido diminuir a área de verão do milho e plantar mais o cereal na safrinha. A soja

ocuparia este espaço

A área plantada de milho deverá recuar em 6,1% na safra de verão 2014/2015

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Page 42: Revista Edição 23

42 Primeira Página

cutiva na área de verão é resultado

da tendência de o produtor plantar

menos milho na primeira safra,

preferindo a soja, e cultivar mais

milho no inverno, principalmente

no Centro-Oeste.

“A relação de preços favorece a

soja. Mesmo assim, há dificul-

dade para um corte maior no

plantio do cereal. Algumas regi-

ões apresentam limitações, pois

a área já é baixa. No Rio Grande

do Sul e em Santa Catarina, os

preços do milho ainda são bons”,

indica Molinari.

O levantamento indica uma que-

da de 1% no plantio da segunda

safra, que ocuparia 7,95 milhões

de hectares. A produção poderia

chegar a 43,5 milhões de tone-

ladas. A safra total brasileira em

2014/15 está estimada inicial-

mente em 77,99 milhões de to-

neladas, contra 75,95 milhões do

ano anterior.

Molinari também alerta para al-

guns fatores que podem influen-

ciar o resultado final da safra. “Os

altos custos de produção podem

afetar o nível de tecnologia e os

estoques altos de milho pressio-

nam a safra nova”, diz, ressalvan-

do que o El Niño poderá garantir

uma produtividade superior à re-

gistrada em 2014. “Além disso, a

necessidade de rotação de cultura

mantém o milho no verão, em al-

gumas regiões”, finaliza.

Arroz: projeção de leve quedaA área plantada com arroz no Bra-

sil, em 2014/15, deverá sofrer um

leve corte (0,5%), na comparação

com o ano anterior, passando de

2,452 milhões para 2,440 milhões

de hectares.

Levando em conta a produtivi-

dade de 5,012 quilos por hectare

– 5,036 quilos no ano anterior –,

a produção brasileira deverá cair

1%, totalizando 12,230 milhões

de toneladas. No ano anterior, a

safra somou 12,35 milhões de to-

neladas.

“Esse cenário de quase estabilida-

de de área está influenciado pelos

preços atuais, que se encontram

maiores, se comparados com o

mesmo período do ano passado”,

informa o analista de SAFRAS &

Mercado, João Gimenez Nogueira.

Ele ressalva que alguns estados,

como Santa Catarina, um dos

maiores produtores do País, pos-

suem uma tendência de ligeira

queda, devido ao receio de que as

chuvas atrasem o plantio.

Em Tocantins, como ocorreu nos

últimos anos, há uma expectativa

de aumento da área plantada e da

produtividade, devido à maior uti-

lização da tecnologia nas lavouras

tocantinenses.

O Rio Grande do Sul, maior produ-

tor do cereal no Brasil, com quase

67% do total da produção, deverá

apresentar uma queda pouco sig-

nificativa, em torno de 1,113 mi-

lhão de hectares, devido ao leve

Esse cenário de quase estabilidade

de área está influenciado pelos

preços atuais do arroz, que se encontram maiores, se

comparados com o mesmo período do

ano passado

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Page 43: Revista Edição 23

43Primeira Página

aumento dos hectares disponíveis para outras culturas.

Feijão: corte consistente na primeira safraA área plantada com feijão na pri-meira safra deverá recuar 13,7% no Brasil, em 2014/15, ocupando 1,006 milhão de hectares. Na tem-porada anterior, o plantio ficou em 1,166 milhão de hectares.

Apostando em uma produtividade 5,5% inferior, de 1.033 quilos por hectare, a produção da primeira safra deverá cair 20,5%, totalizan-do 1,013 milhão de toneladas.

“A projeção de queda, em grande parte, reflete o atual cenário do mercado, que não apresenta mui-tas expectativas de mudança, reti-rando muito mercado de feijão de menor qualidade e sendo menos atrativo para os produtores, que

deverão apostar em outras cultu-

ras”, explica o analista de SAFRAS

& Mercado, Jonathan Pinheiro.

A produção recorde de feijão da

segunda safra 2013/14 reduziu os

preços abaixo do mínimo, provo-

cando queda em todos os estados

produtores.

Algodão: área também deverá ser menorOs produtores brasileiros deverão

plantar menos algodão na tempo-

rada 2014/15. Levantamento de

intenção de plantio de SAFRAS &

Mercado indica que a área plan-

tada deverá ficar em 1,109 milhão

de hectares, com queda de 4,3%

sobre a temporada anterior, quan-

do o plantio ocupou 1,158 milhão

de hectares.

Se for confirmado o aumento de

4,3% na produtividade, a produ-

ção brasileira deverá permanecer

praticamente inalterada, em torno

de 1,7 milhão de toneladas.

A projeção de queda, em grande

parte, reflete o atual cenário do mercado, que não apresenta muitas

expectativas de mudança,

retirando muito mercado de feijão de menor

qualidade e sendo menos atrativo

para os produtores, que deverão

apostar em outras culturas

“As expectativas do cotonicul-

tor brasileiro para a situação

do algodão em longo prazo não

têm apresentado muitos pontos

positivos. A baixa demanda da

indústria somada ao vasto de-

créscimo nos contratos de plu-

ma com Nova York gerou queda

mais acentuada do que o previs-

to nos preços brasileiros em bus-

ca da competitividade”, explica

o analista de SAFRAS & Merca-

do, Rodrigo Neves.

Segundo o analista, o aumento

de estoques brasileiros deve ser

uma consequência direta desse

mercado em queda, fazendo com

que esses produtores busquem

comercializar em um momento

mais interessante financeiramen-

te. “Os níveis de exportação, que

já estavam abaixo dos anos ante-

riores devido à ausência da China,

apresentaram mais um viés nega-

tivo com a concorrência de preços

norte-americanos”, completa.

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Page 44: Revista Edição 23

44 Primeira Página

JUSTIÇA TRABALHISTA

Eternit responde a processos no valor de R$ 2 bilhões por exposição ao amiantoA briga judicial entre ex-funcionários expostos ao amianto e a Eternit teve mais uma revira-volta. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o processo do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a companhia, que pede R$ 1 bilhão em danos morais coletivos pela exposição de trabalhadores de uma fábrica (Osasco - SP) fechada em 1993. “Esta ação resgata o princípio da dignidade dos ex-empregados expostos e contaminados pelo amianto e, para a sociedade, representa a sensação de punição do poluidor ambiental pelos danos causados ao meio ambiente e à saúde humana” afirma o procurador do Trabalho, Luciano Lima Leivas.

Usado para a fabricação de telhas, o amianto causa diversas doenças pulmonares

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Page 45: Revista Edição 23

45Primeira Página

O processo tramita na justiça pau-

lista desde agosto do ano passado,

mas foi suspenso por uma liminar

em dezembro, após questiona-

mentos da companhia. Com a cas-

sação da liminar, além da indeni-

zação bilionária, o MPT também

pede o pagamento de tratamento

médico aos ex-empregados que

não estejam inscritos em plano

de saúde custeado pela empresa.

Segundo avaliação feita pela Fun-

dação Jorge Duprat Figueiredo de

Medicina e Segurança do Trabalho

(Fundacentro), com mil ex-traba-

lhadores, quase 300 adoeceram

por contaminação do amianto.

Desses, 90 morreram entre 2000

e 2013, número que, segundo o

MPT, pode ser muito maior, já que

a Eternit ocultou ou dificultou a

ocorrência de inúmeros registros.

De acordo com Leivas, entre as

práticas de ocultação realizadas

pela Eternit estão o não preenchi-

mento de Comunicação de Aci-

dente de Trabalho (CAT) e o não

reconhecimento de placas pleurais

como doenças de trabalho. O pro-

curador também destaca a assina-

tura de acordos individuais com

trabalhadores tendentes à renún-

cia de serviços de diagnóstico di-

ferentes dos serviços da empresa

e o não envio de listagem de tra-

balhadores expostos para o SUS. A

Eternit, através de sua assessoria

de imprensa, afirmou que prefere

não comentar o assunto.

Processos na justiça do RioEm agosto deste ano, o Ministé-

rio Público do Trabalho do Rio de

Janeiro também entrou com uma

ação civil pública contra a Eternit,

cobrando o valor de R$ 1 bilhão

pela exposição dos trabalhadores

ao amianto em sua fábrica na ca-

pital fluminense, desde 1984. A

ação também pede a interdição de

vestiários, reparação de máquinas

e equipamentos e a convocação de

ex-trabalhadores para exames, por

meio de anúncios na mídia. "O MPT

entende que a Eternit deve adotar

todas as medidas de segurança e

saúde no trabalho, além de substi-

tuir o amianto, pois já há tecnologia

disponível no mercado para substi-

tuição desse agente por outros pro-

dutos”, defende a procuradora do

Trabalho Janine Milbratz Fiorot.

A ação é fruto de um inquérito

aberto no MPT em 2008, onde foi

constatado que a planta localiza-

da em Guadalupe, Zona Norte do

Rio, desobedecia às normas de se-

gurança e mantinha máquinas mal

conservadas, que deixavam vazar

a poeira do amianto. A mesma

investigação concluiu que a em-

presa não emitia Comunicação de Esta ação resgata o princípio da dignidade dos ex-empregados

expostos e contaminados pelo

amianto

Procurador do Trabalho, Luciano Lima Leivas

Amianto em seu estado natural

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Page 46: Revista Edição 23

46 Primeira Página

Acidente de Trabalho (CAT), com

casos de trabalhadores que adoece-

ram na década de 80 e só tiveram o

documento emitido este ano.

O amianto na BahiaMuitos dos ex-trabalhadores da

planta da Eternit em Simões Filho

também buscam reparação na jus-

tiça pela exposição ao amianto. É

o caso de Belmiro Silva dos San-

tos, 70, ex-empregado da compa-

nhia e presidente da Associação

Baiana dos Expostos ao Amianto

(ABEA). Belmiro se aposentou por

invalidez no início da década de

90, devido a problemas respirató-

rios, e em 1999 foi diagnosticado

com placas pleurais, doença pul-

monar decorrente da exposição ao

material. “Trabalhamos lá sem ter

nenhum tipo de informação. Dor-

míamos na fábrica, em cima de

sacas de amianto, sem ter noção

do risco que estávamos correndo.

Mas a empresa já sabia”, afirma.

De acordo com ele, de 2003 até

março de 2014 foram contabili-

zados 63 óbitos de ex-trabalha-

dores da Eternit com suspeita de

doenças causadas pelo amianto,

sete deles de pessoas com ações

na justiça contra a empresa. A

maioria dos casos não obteve

confirmação da causa da doença

devido à falta de laudos médicos.

Segundo Belmiro, existem 33

processos de ex-empregados da

companhia na justiça trabalhista

de Simões Filho, tramitando em

diversas esferas.

Legislação sobre o amiantoNo Brasil, a extração, industriali-

zação, utilização, comercialização

e transporte do amianto crisotila

e dos produtos que o contenham,

em todo o território nacional, é

disciplinada pela Lei Federal nº

9055/95. O amianto é proibido

em 66 países (incluindo todas as

nações da União Europeia) e no

Brasil seu uso já foi banido nos es-

tados de São Paulo, Pernambuco,

Rio Grande do Sul e Mato Gros-

so, além de diversos municípios.

Na Bahia existe um projeto de lei

(16.035/2007) que visa proibir o

uso do material em todo o estado,

arquivado no dia 22 de maio de

2014.

Os riscos do amiantoO amianto é uma fibra natural

sedosa, ainda muito utilizada na

indústria devido a características

físico-químicas como resistência a

temperaturas, flexibilidade e dura-

bilidade. No entanto, sua inalação

por períodos prolongados faz com

as fibras se alojem nos pulmões,

causando diversas doenças. Entre

os males causados pelo amianto

estão as placas pleurais (espessa-

mento da pleura, membrana que

envolve o pulmão), a asbestose

(doença crônica pulmonar de ca-

ráter irreversível e progressivo) e

cânceres como o de pulmão, do

trato gastrointestinal e o meso-

telioma, que atinge a pleura e o

peritônio (membrana que cobre a

parede abdominal).

Trabalhamos lá sem ter nenhum

tipo de informação. Dormíamos

na fábrica, em cima de sacas de amianto, sem ter noção do risco que estávamos

correndo. Mas a empresa já sabia

Fábrica da Eternit em Simões Filho

Foto

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Page 47: Revista Edição 23

47Primeira Página

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FOTO E VÍDEO

Page 48: Revista Edição 23

48 Primeira Página

Design que faz a diferença na decoração

Presente na Casa Cor Bahia 2014, a Alfaiataria da Madeira prima por um trabalho requintado de marcenaria, utilizando material altamente sofisticado, capaz de conferir elegância e ex-clusividade aos mais diversos ambientes.

Quem não deseja ter uma resi-

dência com sua personalidade,

a começar por móveis exclusi-

vos? Conseguir imprimir a “nossa

cara” na decoração é uma tarefa

difícil, mas não impossível. Aliás,

é só dar uma conferida na expo-

sição Casa Cor Bahia 2014 e ter

acesso a dicas importantes de de-

coração para todos os ambientes.

A Alfaiataria da Madeira, marce-

naria que confecciona móveis de

madeira exclusivos e sob medida,

está com seus móveis expostos

na Sala de Jantar, todos assina-

ARQUITETURA E DESIGN

Foto

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Escritório produzido pelos arquitetos André Figueredo e Alex Galletti para Empório FG

Page 49: Revista Edição 23

49Primeira Página

dos pelo arquiteto Wesley Lemos.

Criada em 2011, a Alfaiataria da

Madeira tem à frente a dupla de

arquitetos André Figueredo e Alex

Galletti, que criaram a marcenaria

a partir da necessidade de oferecer

aos clientes móveis sofisticados,

elegantes e diferenciados. Um dos

seus diferenciais é a assinatura de

grandes nomes do design e da ar-

quitetura baiana e brasileira.

Com uma equipe formada por téc-

nicos de ponta, a Alfaiataria da

Madeira se distingue de muitas

marcenarias pelo trabalho artesa-

nal apurado e pelo uso de material

de qualidade, como a laca – tin-

tura que deixa o móvel sem im-

perfeições, com a superfície lisa e

homogênea.

Os móveis da Alfaiataria da Madei-

ra são ideais para cozinha, closet,

painéis, home theater, home office,

varanda e área gourmet. Todos os

produtos da marcenaria são feitos

sob medida e com design con-

ceitual, trazendo tendências das

grandes mostras e dos salões da

decoração e arquitetura mundiais,

principalmente o Salão Internacio-

nal do Móvel de Milão.

Mais uma exclusividade é que

outros arquitetos, designers e de-

coradores podem desenhar seus

móveis para que a Alfaiataria da

Madeira os produza. “Nesse tipo

de serviço, nossos profissionais

entram como engenheiros da

peça. Sendo assim, o móvel sai

em completa harmonia com a

proposta, perfeito e sem avaria”,

pontua Galletti.

MaterialPara a produção das peças, a Al-faiataria da Madeira utiliza o MDF e a madeira de demolição. No acabamento são utilizados ma-deirados exclusivos da Duratex – padrão de qualidade em insumos –, cortados a laser, na medida de cada projeto. Outro diferencial de acabamento é o uso de espelhos, vidros laqueados, couros, camur-ças e laca com brilho ou fosca. A marcenaria não abre mão tam-bém do uso de sistema especial de abertura da Blum, marca alemã de alta qualidade e tecnologia.

“Nossas peças sempre trazem

detalhes que fazem da Alfaiata-

ria uma marcenaria de alto nível,

cujas peças são produzidas sob

medida, a exemplo dos puxadores

com swarovski”, enfatiza Galletti.

Dentre os móveis produzidos pela

Alfaiataria da madeira, o desta-

que vai para as peças home, como

aparadores, buffets, adegas etc.,

móveis de decoração que com

conferem charme e beleza incom-

paráveis às nossas residências.

Um dos seus diferenciais é a assinatura de grandes nomes do design e da

arquitetura baiana e brasileira

Info

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Foto

: Luc

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Showroom de cozinha gourmet da Empório FG

Sala de reunião produzida pelos arquitetos André Figueredo e Alex Galletti para Empório FG

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50 Primeira Página

RH reunidoOrgulho define o sentimento que tomou conta de

Ana Claudia Athayde, presidente da Associação

Brasileira de Recursos Humanos na Bahia, em

setembro. A executiva esteve à frente do IX Con-

gresso de Gestão de Pessoas – o mais importante

evento do setor no Norte e Nordeste. Esta edição

do congresso discutiu o tema “Gestão de Pessoas:

passado, presente e futuro... Onde queremos estar e

quem queremos ser nos próximos 25 anos?” e con-

tou com a participação de especialistas de diversas

partes do Brasil, confirmando, assim, a importância

da Associação e o prestígio da gestora.

Arquitetos fazem upgradena UPBSofisticação. Esta é a palavra que resume a nova

sede da União dos Municípios da Bahia. A institui-

ção resolveu dar uma repaginada no prédio onde

está instalada e acertou em cheio. Não é pra menos.

Os responsáveis pelo upgrade foram nada menos

que os badalados arquitetos André Figueredo e Alex

Galletti, sócios e donos das empresas Empório FG,

Alfaiataria da Madeira e 3A do Brasil Arquitetura.

Mais investimentos na indústria navalToshimi Deguchi, diretor da Daihatsu para a

América do Sul, já está mexendo os pauzinhos

para implantar uma fábrica da empresa no Bra-

sil. E o melhor: a unidade pode vir para a Bahia.

Ele se encontrou com o secretário da Indústria

Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, para

assinar um acordo de intenções. “Estamos espe-

rando por novos negócios”, disse Deguchi.

NOTAS SOCIAIS

Page 51: Revista Edição 23

51Primeira Página

Page 52: Revista Edição 23

52 Primeira Página

Medalhistas baianosGustavo Gomes e Daniel Amaral encheram os baia-

nos de orgulho em setembro. Os dois ex-alunos dos

cursos técnicos do Senai conquistaram a medalha

de prata na Olimpíada do Conhecimento 2014, na

modalidade Mecatrônica. O evento é a maior com-

petição de educação profissional das Américas.

O torneio, promovido pelo Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial (Senai) a cada dois anos,

reúne estudantes de cursos técnicos e de forma-

ção profissional do Senai e do Serviço Nacional de

Aprendizagem Comercial (Senac).

Reunião de VIPsA nata da economia baiana esteve reunida em Ca-

maçari, em setembro, para a inauguração de uma fá-

brica do Grupo O Boticário no município. Estiveram

presentes ao evento o governador Jaques Wagner, o

prefeito de Camaçari, Ademar Delgado, o presiden-

te do grupo O Boticário, Artur Grynbaum, o diretor

de Operações do grupo, Giuseppe Musella, além de

representantes de instituições empresariais e do BN-

DES. A unidade começou a ser construída em 2012 e

recebeu R$ 380 milhões em investimentos.

Direto de MarteA Universidade Católica do Salvador realizou

uma palestra “de outro mundo” em outubro. A

instituição convidou a engenheira Nagin Cox, do

laboratório de propulsão a jato da agência espa-

cial americana, NASA, para falar da sua trajetó-

ria profissional e do papel das mulheres na ci-

ência. Cox trabalha atualmente no Mars Science

Laboratory (MSL), responsável pelo desenvol-

vimento do veículo Curiosity Rover, usado para

pesquisas em Marte. O veículo está no planeta

desde 2012. Para essa missão ela trabalhou como

engenheira de bordo assistente e hoje coordena

a equipe operacional do veículo.

Page 53: Revista Edição 23

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Page 54: Revista Edição 23

54 Primeira Página

Ambientalista irremediável, o fotógrafo Bel Saffe re-

alizou uma belíssima exposição fotográfica no Sal-

vador Norte Shopping, em outubro. A exposição

Bahia Cantos e Encantos exibiu imagens do Farol e

do Porto da Barra, da Ponta do Humaitá, do Mer-

cado Modelo, do balneário de Praia do Forte e de

paisagens paradisíacas da linda ilha de Boipeba. Bel

tem se destacado internacionalmente por utilizar a

técnica HDR, que realça as tonalidades das cores e

os contrastes da imagem, deixando-as com aparência

cada vez mais real.

Cantos e encantos baianos

Claudio Solrac e Carlos Ribeiro andam esbanjando

bom humor! O motivo de tanta alegria não é segredo:

a Translogistics Tecnologia Ambiental, empresa que

atua na área de Gestão Integral de Resíduos Indus-

triais, é uma das cinco pequenas e médias empresas

que mais crescem no Brasil e a campeã do Nordeste.

O crescimento anual entre 2011 e 2013, foi superior

a 100%, o que comprova o talento e motivação da

equipe comandada pelos irmãos. Os empresários es-

tiveram em São Paulo recentemente, onde foram pre-

miados pela revista Exame PME e Deloitte, por seu

excelente desempenho.

Empresa baiana é a que mais cresce

Rogério de Faria decidiu colocar um pouco mais de

peso sobre seus ombros. Ele é o novo presidente

do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aqueci-

mento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia (Sin-

dratar-BA). Com 30 empresas associadas, o sindi-

cato tem como meta dobrar o número de filiadas

até o final do mandato, em 2016. “Pretendemos

sensibilizar empresas também no interior do es-

tado, destacando a importância do associativismo

para a defesa de interesses comuns”, ressaltou Ro-

gério, que tem quase 30 anos de atuação no setor.

Novos diretores tomam posse

Page 55: Revista Edição 23

55Primeira Página

Page 56: Revista Edição 23

Primeira Página

56

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