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Publicação mensal da Mozmedia • Setembro 2014 • Nº 79 • Ano 06 • 200 Mt

Revista Capital 79

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Publicação mensal da Mozmedia • Setembro 2014 • Nº 79 • Ano 06 • 200 Mt

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MAIS À FRENTENA INOVAÇÃOO Banco mais premiado de Moçambique ganhou mais um prémio. O Millennium bim venceu o prémio de melhor internet banking para particulares em Moçambique, atribuido pela Revista Global Finance. É o reconhecimento da nossa constante aposta na inovação para servir cada vez melhor todos os nossos Clientes.

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Publicação mensal da Mozmedia • Setembro 2014 • Nº 79 • Ano 06 • 200 Mt

30 Bolsa de Valores atrai empresas para Mercado de Capitais

Ao completar 15 anos de vida, a Bolsa de Valores enfrenta um sério desafio: incentivar as empresas a aderir ao Mercado de Capitais. Como tal, aquela organização decidiu implementar um programa de educação financeira e partiu à luta. A BVM tem vindo a sensibilizar as empresas no sentido de se financiarem via Bolsa de Valores.

32 Lisboa soma e segue, Maputo num sono profundo

Armando Guebuza levou consigo 30 empresários nacionais a Portugal. A iniciativa surge numa altura em que Moçambique regista uma balança comercial desfavorável em relação àquele país europeu. Nesse sentido, o desafio para os homens de negócio nacionais passa pela criação de condições que proporcionem a melhoria deste cenário.

40 Assim se forjam as Superbrands

Os promotores do movimento Superbrands Moçambique garantem que a terceira edição da Superbrands já está na forja. Em Setembro, decorre a primeira selecção das marcas para 2015, mas nenhuma das candidatas irá passar na avaliação se não obedecer aos exigentes critérios estabelecidos pelo Conselho Superbrands. Este ano, foram 14 as super-marcas eleitas e a revista CAPITAL foi uma delas.

54 ENH incrementa investimento na pesquisa e exploração

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos-ENH, uma instituição detida 100% pelo Estado moçambicano, vai mobilizar cerca de 5.5 biliões de dólares norte-americanos dos 45 necessários para a materialização do projecto de gás natural liquefeito na bacia do Rovuma e do estudo para as quatro unidades de liquefação.

Sumário

Destaques

Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., 1ª Rua Perpendicular nº 15 - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – [email protected] – Director Geral: André Dauane – [email protected] – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: Belizário Cumbe - [email protected], Sérgio Mabombo – [email protected], Gildo Mugabe - [email protected] – Secretariado Administrativo: Indira Mussá – [email protected]; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Celso Zaqueu; Gettyimages.pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - Tradução: Nuno Santos; Paginação: Arlindo Magaia – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – [email protected], Raúl Kadzomba - [email protected] ; – Distribuição:Ímpia– [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

Dossier

Tema de Fundo

Actual

Bolsa de Valores atrai empresaspara Mercado de Capitais

Revista Capital é eleitaSuperbrand 2014

UX rumaa Silicon Valley

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4 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

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Editorial

Bem-vindo

Foco economia

Gestãoempresarial

PerspectivaHidrocarbonetos

Estilos de vida

Lisboa soma e segue,Maputo num sono profundo

Empresas B2B investem mais na relação com o cliente, no entanto a maioria não recebe metade do retorno desse investimento

ENH incrementa investimento na pesquisa e exploração

Aquele je nesais quoi!

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A Capital - enquanto marca - assume um posicionamento distinto no Mercado, na medida em que produz informação que gera conhecimento. Na essência, a revista moçambicana – enquanto publicação especializada em Economia e Negócios - não procura apenas informar, mas igualmente

formar e orientar o seu público-leitor para a concretização de projectos, garantindo uma noção clara sobre o comportamento da economia no País e no Mundo.Assim sendo, empresários, empreendedores, investidores, analistas e consultores, sabem que podem contar com uma marca credível que reflecte valores que passam pela defesa de uma informação especializada, um bom conhecimento do mercado e um Networking pró-activo.Ser uma Superbrand (após a distinção recebida) acarreta uma responsabilidade acrescida porque o elenco da Capital sabe que não basta chegar à categoria de Superbrand ou de Supermarca, mas que é preciso sobretudo mantê-la e honrá-la em todos os aspectos. Trata-se de uma postura que é assumida, em equipa, com um olho no Mercado e outro no Produto. Uma atenção que parte de uma prática assídua em prol da qualidade. Hoje, a qualidade da revista Capital baseia-se na produção de um conteúdo de reconhecido interesse público, que enverga uma roupagem moderna, ou um design gráfico agradável e apetecível. Aliás, informar é considerada uma arte na Capital e o desafio passa por ajustar essa ideia ao tratamento jornalístico de um conteúdo essencialmente objectivo e rigoroso.Por outro lado, e como marca de informação económica, a Capital lida de perto com inúmeras outras marcas a quem deve o seu maior respeito, através da publicidade ou da celebração de parcerias. Marcas que contam com a revista para reforçar os seus próprios níveis de identificação, fidelização e notoriedade. No fundo, a Capital participa do seu esforço de comunicação e contribui para o seu nível de exposição, adicionando-lhe os predicados do networking. Ao passo que são essas mesmas marcas (algumas delas consideradas ‘super’, ou as melhores) que contribuem sobremaneira para enriquecer a revista com factos e notícias interessantes, assim como para dar uma visão do País, da Região e do Mundo em termos económicos.Nesta edição, a CAPITAL apresenta uma capa propositadamente atípica. Trata-se da capa que foi concebida para o livro da Superbrands, uma publicação que apresenta as melhores marcas de Moçambique deste ano.c

CAPITAL: Além de marca, é Superbrand

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 5

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Contents

Property and Edition: Mozmedia, Lda., 15- 1ª Rua Perpendicular-Coop, – Telephone: +258 21 416186 | Fax:+258 21 416187 – [email protected] – Managing Director: André Dauane – [email protected] – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Belizário Cumbe - [email protected], Sérgio Mabombo – [email protected], Gildo Mugabe - [email protected] – Administrative Secretariat: Indira Mussá – [email protected]; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Celso Zaqueu, Marco P. Nicolau; Gettyimages.pt, Google.com; – Illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - Translation: Nuno Santos;Page make-up: Arlindo Magaia – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – [email protected], Raúl Kadzomba - [email protected]; – Distribution: Ímpia – [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

31 Stock Exchange attracts firms into the Capital Market

When turning 15 years old, the Stock Exchange faces a serious challenge: stimulating firms into the Capital Market. As such, the organization went ahead with its decision to implement a financial education program. The BVM has been advising firms into financing themselves via the Stock Exchange.

34 Lisbon scores and moves on, Maputo fast asleep

Armando Guebuza carried along 30 national businessmen to Portugal. The initiative comes at a time when Mozambique registers an unfavourable trade scale against the European State. Hence, the challenge for national businessmen entails the establishment of an environment conducive to the improvement of this scenario.

42 This is how the Super-brands is forged The promoters of the Mozambique

Super-brand Movement assure that the third edition of the Super-brands is already in the making. The first selection of the 2015 brands takes place in September; however, no candidates will go through the evaluation if not complying with the criteria established by the Super-brands Council. For this year, there were 14 super-brands elected, and the Capital Magazine was one of them.

56 ENH augments investment in research and exploration

The National Hydrocarbons Company – ENH, an institution owned 100% by the Mozambican State, will source roughly 5.5 billion American dollars out of the 45 necessary for the materialization of the liquefied natural gas project in the Rovuma basin as well as towards the research for the four liquefaction sites.

Highlights

Background Theme

Current

Stock Exchangeattracts firms into the Stock Market

The Capital Magazine is elected a 2014 Super-brand

UX en routeto Silicon Valley

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Dossier

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Publicação mensal da Mozmedia • Setembro 2014 • Nº 79 • Ano 06 • 200 Mt

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CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 9

BusinessManagement

CAPITAl Magazine · Março 2013 9

Editorial

Welcome

As a trademark - the Capital takes on a distinct position in the Market, as it produces information which generates knowledge. In essence, the Mozambican magazine – as a publication specialized in the Economy and Business – seeks not only to inform, but to also to guide its

readers towards the materialization of projects, by providing them a clear notion of the economic trends in the country, and worldwide. Hence, businessmen, entrepreneurs, investors, analysts and consultants, know they may count with a credible brand that reflects values, which include supporting specialized information, good market knowledge and proactive networking.Being a Super-brand (following the awarded distinction) entails increased responsibility, and the Capital Administration is au fait with the fact that making into the category is not an end, there is need to uphold and honor it holistically. It’s a posture owned by the team, whilst keeping one eye in the Market and the other on the product. This aattention results from a consistent pursuit of quality. Today, the quality of the Capital Magazine is based on the production of renowned public interest content, dressed with modern flair or delightfully tantalizing graphic design. Ought to mention, in fact, that such is a culture at Capital and thus the challenge involves adjusting such idea to a media-based handling of an essentially objective and rigorous content. On the other hand, and as a brand for economic information, the Capital closely interacts with numerous brands of note, through commercials or established partnerships. These are brands which count with the magazine to reinforce their own levels of identity, loyalty and notoriety. In the end, the Capital partakes in their communication effort and contributes for their level of exposure by adding networking predicates. Yet in fact, it’s the very same brands (some of which considered “super” or the best ones) which greatly contribute to furnish the magazine with facts and interesting news, as well providing an economic snapshot of the country, the region and the world. In this edition, the CAPITAL portrays a cover page deliber-ately atypical. It’s the cover page conceived for the Super brands book, a publication introducing this year’s best brands of Mozambique.c

CAPITAL: besides being a trademark, it’s also a Super-brand Economy Focus

Lisbon scores and moves on, Maputo fast sleep

B2B Companies Spending More to Improve their Customers’ Experience But Large Majority are Likely Wasting Up to Half of Their Investments, Accenture Study Finds

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HidrocarbonsPerspective

Life Style

ENH augments investment in research and exploration

That particularje ne sais quoi!

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REEMBOLSO DOS SETE MILHÕES LONGE DO DESEJADODos 8.7 biliões de meticais alocados pelo Governo central desde 2006 a esta parte, apenas 30% do valor foi reembolsado pelos mutuários. Como tal, o Ministério da Administração Estatal vai investir mais na capacitação dos conselhos consultivos distritais, por forma a saberem lidar com o fenómeno que se está a tornar “normal”.

PESADELO EM TETE Os activos da Rio Tinto, adquiridos em 2011 à australiana Riversdale por 3.9 biliões de dólares, foram vendidos por apenas 50 milhões de dólares, isto é, 80 vezes menos que o valor da compra. Um comunicado divulgado pela Rio Tinto aponta que a empresa chegou a um acordo de venda que inclui a mina de carvão de Benga e outros projectos na província de Tete com a International Coal Ventures Private Limited, uma empresa indiana.

COISAS QUE SE DIZEM

EM AlTA

EM BAIXA

Capitoon

COMÉRCIO ENTRE CHINA E CPLP EM CRESCIMENTOO comércio entre a China e os países de língua portuguesa atingiu 64.680 milhões de dólares no período de Janeiro a Junho, montante que representa um acréscimo homólogo de 6,83%, de acordo com dados divulgados pela China. Este valor inclui exportações chinesas para os oito países de língua portuguesa no montante de 20.463 milhões de dólares e importações que atingiram 44.216 milhões de dólares,

gerando um saldo comercial negativo para a China de 23.753 milhões de dólares.

COLHEITA REDUZ INSEGURANÇA ALIMENTARA maior parte das famílias rurais de Moçambique dispõe actualmente de segurança alimentar garantida ou insegurança alimentar aguda mínima devido a uma colheita superior à média, de acordo com a FEWS Net, uma organização financiada pelos Estados Unidos da América.

O ARREPENDIMENTO QUE SAI CARO... O presidente do Conselho de Administração do Corredor de Desenvolvimento Integrado do Zambeze, Abdul Carimo, entende ter sido um erro estratégico o investimento na construção do porto de Quelimane. Carimo revela que, no futuro, aquela infraestrutura só poderá servir para pesca. Carimo considera muito oneroso manusear carga no porto de Quelimane, uma situação que não facilita a importação de mercadorias ao empresariado local.

Abdul Carimo, PCA do Corredor de Desenvolvimento Integrado do Zambeze, in “O País”.

BELICISMO NOS CAMPOS DE FUTEBOL “Toda a gente viu e nós temos imagens do presidente do Sporting de Monapo exibindo a sua pistola no momento em que o público invadiu o campo tentando agredir o árbitro. É estranho que ninguém tenha reportado isso e o assunto não foi chamado à discussão na tal reunião. Veja-se o perigo. Até temos pessoas civis armadas dentro do estádio”.

Abdul Hanane, presidente do Benfica de Nampula, in “O País”.

12 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

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Capitoon

In HIGH

In lOW

THINGS BEING SAID

COMMERCE BETWEEN CHINA AND CPLP SCALING UPTThe trade between China and the Portuguese Speaking Countries reached the mark of 64.680 million dollars through the period of January to June; an amount which represents a homologous growth of 6.83%, as published by China. This amount includes Chinese exports to the eight Portuguese speaking countries, for the amount of 20.463 million dollars, and exports that reached 44.216 million dollars, thus generating a

negative balance for China, on the amount of 23.753 million dollars.

HARVEST REDUCES FOOD INSECURITYAs reported by FEWS Net, an organization financed by the United States of America, the majority of Mozambican rural families have currently guaranteed food security, or at least minimally acute food insecurity, as a result of a harvest season above average.

REGRET THAT COMES EXPENSIVE... “The Chairman of the Board of Directors of the Zambeze Integrated Development Corridor, Abdul Carimo, considers the investment for the construction of the Quelimane port to have been a strategic error. Carimo discloses that in future, such infrastructure will only serve for fishing. He considers much pricey to handle cargo in the port of Quelimane, a situation which does not favour the local businessmen into importing merchandise.

Abdul Carimo, CBD of the Zambeze Integrated Development Corridor, in “O País”.

WARMONGERING IN SOCCER FIELDS “Everyone saw and we have images of the President of Sporting de Monapo pulling his gun when the crowd invaded the pitch to assault the referee. It’s curious that no one reported it and the matter was never brought up in the so called meeting. Behold the danger. We now have armed civilians inside the stadium.

Abdul Hanane, president of Benfica de Nampula, in “O País”.

REFUNDING OF THE SEVEN MILLION FAR FROM THE DESIRED

From the 8.7 billion Meticais allocated by the Central Government since 2006 to date, only 30% of the amount was refunded by the borrowers. As such, the Ministry of State Administration will invest more on empowering the district consultative councils, such that they are able to better deal with the phenomena which tend to become “common”.

NIGHTMARE IN TETE The assets from Rio Tinto, acquired in 2011 for 3.9 billion dollars from the Australian firm Riversdale, were sold for only 50 million dollars, meaning 80 times less than the purchase cost. A communiqué released by Rio Tinto points that the company settled for a sale agreement which includes the Benga coal mine and other projects in the province of Tete, along with the Indian firm International Coal Ventures Private Limited.

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aCtual

Gildo Mugabe (texto e fotos)

A UX Information Technologies, uma empresa moçambicana que opera na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) vai representar Moçambique num programa de incubação de empresas com a duração de três meses, na mítica Silicon Valley, sita na baía de São Francisco, nos Estados Unidos da América.

UX ruma a Silicon Valley

O Vale do Silício, ou simples-mente Silicon Valley, em inglês, é uma região onde se encontram implantadas várias empresas com o objectivo de gerar inovações

científicas e tecnológicas nas áreas dos circuitos electrónicos, eletró-nica e informática. É justamente nesta incubadora que uma empresa de jovens moçambicanos far-se-á presente, pela primeira vez.A ideia é mostrar ao mundo que existem moçambicanos que desenvolvem ideias ao nível da Silicon Valley, embora com recursos e oportunidades diferentes.Aliás, Tiago Coelho, sócio da UX Infomation Technologies, refere: “Fazemos tecnologias ao mais alto ‘standard’ e eles vão reconhecer que, mesmo estando aqui, com realidades e soluções diferentes, podemos fazer produtos que rivalizam com os deles”.

Convém recordar que a selecção desta empresa para a Silicon Valley surge no âmbito da realização da primeira Feira de Tecnologia no país, denominada MozTech.Esta competição, organizada pela Leadership Business Consulting e os seus parceiros, tinha como objectivo, identificar e premiar start-ups moçambicanas, com elevado potencial de mercado na área das tecnologias de informação.Após a devida triagem, foi seleccionada a UX Information

Technologies, empresa que lançou a 1 de Maio de 2012 o website emprego.co.mz e que actualmente conta com mais de 16 mil visitantes.Frederico Silva, co-fundador da UX, acrescenta que este tipo de iniciativa é de extrema relevância para a promoção do sector das TICs e para a criação de um ecossistema de start-ups, um conceito que define projectos ou empresas promissoras com baixo custo e altamente escaláveis. Esta distinção permitirá aos vencedores refinar o seu plano de negócios, criar uma rede de contactos valiosa com peritos, potenciais parceiros, clientes e fornecedores bem como apresentar o negócio a empresas de Capital de Risco de Silicon Valley - um local único de empreendedorismo e inovação no mundo. Refira-se que a Silicon Valley é a maior aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta no mundo, onde se encontram empresas como a Apple, Microsoft, entre outras não menos famosas. Esta será a primeira vez que uma empresa moçambicana desta dimensão integra este ambiente. Resta saber o que fará a UX após três meses de intenso conhecimento no terreno.c

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CuRRENt

Gildo Mugabe (text and photos)

The UX Information Technologies, a Mozambican firm operating in the field of Information and Communication Technologies (ICTs) will represent Mozambique in a firms’ incubation program, which will last for 3 months, venued at the mythical Silicon Valley, located at the San Francisco Bay in the United States of America.

UX en route to Silicon Valley

The Vale do Silício, in Por-tuguese, or just the Silicon Valley in English, is a region where various firms are implanted with the objective of generating scientific and

technological innovations in the field of electronic circuits, electro-tech-nology and computers. It’s exactly in that incubator that a firm owned by young Mozambicans will be present for the first time. The idea is to show the world that there are Mozambi-cans that develop ideas at the level of the Silicon Valley, although with different resources and opportuni-ties. In fact, Tiago Coelho, shareholder of the UX Information Technologies, refers that: “we produce technology at the highest standard and they will

reckon that despite being here, with different realities and solutions, we can make products that rival theirs”. It’s recalled that the selection of this firm for the Silicon Valley unfolds from the first technology fair in the country, named MozTech. The competition, organized by the Leadership Business Consulting and its partners, had the objective of identifying and award Mozambican start-up firms with elevated market potential in the field of information technologies. Following the due short listing, the UX Information Technologies was selected. The firm launched the website emprego.co.mz in May 2012 and currently registers over 16 thousand visitors. Frederíco Silva, co-founder of the UX,

adds that this type of initiative is of extreme relevance for the promotion of the ICTs industry and for the creation of a start-ups ecosystem, a concept which defines promising projects or enterprises with low cost and highly scalable. This distinction will enable winners to refine their business plans, create a network of valuable contact with experts, potential partners, clients and suppliers as well as offering business to Risk Capital Firms from the Silicon Valley – a unique worldwide site for entrepreneurship and innovation. This will be the first time that a firm of this dimension is part of such environment. It remains to be known what the UX will do following three months of intense field knowledge.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 17

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Page 19: Revista Capital 79

Briefing MuNDO

OS CINCO países emergentes, os mais notáveis no mundo, decidiram bater de frente com o Ocidente. Criaram um banco de desenvolvi-mento, uma indicação clara de que poderão abandonar o FMI e o Banco Mundial. Os BRICS demonstraram insatisfação perante a sua posição na ONU. Querem mais protagonismo, pois no final de contas representam nada mais, nada menos do que 2.400 biliões da população global. Estarão os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a criar uma nova ordem mundial alternativa à Europa e aos Estados Unidos da América? As últimas decisões dos BRICS, tomadas na cimeira de Fortaleza, validam este ponto de vista. Os BRICS decidiram criar um banco de desenvolvimento e um fundo anti-crise, como forma de mostrarem o seu descontentamento em relação à actuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).O banco de desenvolvimento, que terá sede em Xangai na China, terá um capital avaliado em 50 biliões de dólares. Já o fundo de

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2,30%19,00%

6,50%1,30%

21,10%

6,70%4,40%

30,70%

2,50%7,70%

54,29%

6,00%2,00%

18,40%

Brasil

Rússia

Índia

China

África do Sul

Inflação

CReSCImento

InveStImento do PIB

fonte: declaração Conjunta da v Cimeira dos BRICS (2014)

198,7100

1.180

487,6

1.330

816,2

Brasil Rússia Índia China Áfricado Sul

População(milhões)

forças de trabalho(milhões)

14175,4 50

17,7

fonte: declaração Conjunta da v Cimeira dos BRICS (2014)

2.422

3.380

1.940

9.310

Brasil Rússia Índia China Áfricado Sul

384

PIB (em biliões de USd)

fonte: declaração Conjunta da v Cimeira dos BRICS (2014)

BRICS criam uma nova ordem mundial contingência está fixado em 100 biliões de dólares, segundo a declaração conjunta do encontro de Fortaleza, no Brasil, que versou sobre o “Crescimento inclusivo: Soluções Sustentáveis”.No mesmo documento pode ler-se que o primeiro presidente do banco será indiano e o presidente do Conselho de nacionalidade brasileira. O fundo de contingência vai servir para ajudar os países a evitar “pressões de liquidez de curto prazo, promover a cooperação entre os BRICS, fortalecer a rede global de segurança financeira e complementar os acordos internacionais existentes.”O Banco e o Fundo são vistos como contra-pesos para o Ocidente, dominado pelo BM e pelo FMI. As nações BRICS dizem que o BM e o FMI necessitam de mais reformas para os países emergentes obterem mais direitos de voto.c

Volkswagen estudacompra da Fiat

DEPOIS de ter comprado dois gigantes produtores de camiões - a Scania e a MAN -, de ter integrado a Porsche, e de ter adquirido a Ducati, Lamborghini, Bugatti e Bentley, o Grupo Volkswagen (VW) está a preparar a sua próxima “mega-compra”: nada mais, nada menos que o Grupo Fiat-Chrysler, segundo a revista alemã “Manager Magazin”. Para a Volkswagen, a máquina industrial da Fiat ia aumentar as marcas do Grupo VW com a Fiat e Alfa Romeo, enquanto a estrutura da Chrysler, nos EUA, iria contribuir para melhorar a penetração dos produtos VW no gigantesco mercado automóvel norte-americano. Do lado italiano, os proprietários (as famílias Elkann e Agnelli) querem manter a Ferrari e alienar a produção das restantes marcas.c

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Briefing MuNDO/WORlD

As discussões que emergiramda CimeiraTODAS as discussões da cimeira dos BRICS giraram em torno de uma

indagação central: como proporcionar aos seres humanos e aos meios naturais melhorias, respeitando os limites legais e legítimos multilaterais e plurilaterais, sem abdicar do crescimento económico?Compreendendo a sua importante fatia no cenário internacional, os emergentes, de forma legítima, exigem mais protagonismo em todas as matérias, com destaque para a recuperação económica, governação global, representatividade multilateral, preservação do meio e a resolução de conflitos. Os BRICS exigem, igualmente, maior protagonismo na Organização das Nações Unidas, onde pretendem que seja reestruturado o Conselho de Segurança, como a Alemanha e o Japão têm defendido.c

DESTAQUE

O BANCO de desenvolvimento dos cinco países emergentes, os mais notáveis, tem capital autorizado de 100 biliões de dólares, mas vai arrancar com metade deste valor (50 biliões), que será dividido por todos os países membros em partes iguais. A instituição financeira terá sede em Xangai, na China, e um escritório na África do Sul. Sabe-se que o Conselho de governadores será comandado pela Rússia e o Conselho de Administração pelo Brasil.c

SABIA QUE...? Mais de 10 mil BMW da série 3, do modelo E46, fabricados entre Maio de 1999 e Agosto

de 2006, estão a ser recolhidos pela marca em Portugal para proceder ao arranjo de um problema no funcionamento dos airbags do passageiro.

BMW recolhe mais de 10 mil carros em Portugal

FACTOS & NÚMEROS

BRICS criam seu próprio Banco de Desenvolvimento

THE five most notable emerging countries in the world have decided to tackle on the West. They

have created a development bank, thus being a clear indication that they may drop the IMF and World

BRICS creates a new world order Bank. The BRICS have demonstrated their dissatisfaction with their position in the UN. They claim for increased prominence, after all they represent more or less a 2.400 billion of the world population. Would the BRICS (Brazil, Russia, India, China, South Africa) have created a new world order alternative to Europe and the United States of America? The last decisions from BRICS, endorsed at the Fortaleza Summit, undoubtedly come to validate this standpoint. The BRICS have created a development bank and a counter-crisis fund, as means of showing their displeasure with the actuation of the International Monetary Fund (IMF) and World Bank (WB). The development bank, to be based in Shanghai, China, will have a Corporate Capital calculated in 50 billion dollars. Following the

20 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

5,91%2,30%

19,00%

6,50%1,30%

21,10%

6,70%4,40%

30,70%

2,50%7,70%

54,29%

6,00%2,00%

18,40%

Brasil

Russia

India

China

South africa

InflatIon

GRowth

GdP InveStment

SoURCe: v BRICS Summit Joint declaration (2014)

Page 21: Revista Capital 79

2.422

3.380

1.940

9.310

Brasil Rússia Índia China Áfricado Sul

384

GdP (in billion USd)

SoURCe: v BRICS Summit Joint declaration (2014)

198,7100

1.180

487,6

1.330

816,2

Brasil Russia India China South africa

Population(million)

labor force

(million)

14175,4 50

17,7

SoURCe: v BRICS Summit Joint declaration (2014)

Briefing WORlD

DID YOU KNOW...? Over 10 thousand 3 series BMW, model E46 manufactured between May 1999 and August

2006 are being recalled by the firm in Portugal, as to ensure the repair of some air-bags’ functioning fault in the passenger seat.

BMW recalls over 10 thousand cars in Portugal

The discussions broughtup in the summit

ALL the discussion in the BRICS summit gravitated on a central query: how to provide improvements to human beings and natural resources, while respecting the legitimate multilateral and plurilateral legal limitations, yet not forsaking economic growth. By understanding their important role in the international scenario, and with all due legitimacy, the emerging countries claim for enhanced protagonism in all fronts, particularly in economic recovery, global governing, multilateral representation, environmental preservation and conflicts’ resolution. The BRICS equally demand an amplified role in the United Nations Organization, which they additionally suggest, seconded by Germany and Japan, that the Security Council is restructured.c

HIGHLIGHT

THE development bank of the five most notable emerging countries has an authorized capital of 100 bil-lion dollars but will however kick-start with half the amount (50 bil-lion), which will be split among all member countries in equal shares. The financial institution will be based in Shanghai, China, as well as with an Office in South Africa. It’s also known that the Governing Body will be headed by Russia, and the Adminis-tration Board by Brazil. c

FACTS & NUMBERS

BRICS create their owndevelopment bank

Fortaleza meeting joint declaration, in Brazil, which parlayed over “Inclusive Growth: Sustainable Solutions”, the contingency fund was fixed at 100 billion dollars. The same document refers that the first president of the bank will be an Indian national and the president of the Administration Board to be a Brazilian national. The contingency fund will serve to help countries avoiding “short term liquidity pressures, promote cooperation between the BRICS, reinforce the global network of financial security and complement existing international agreements.” The bank and the fund are regarded as counter weight to the west, which is dominated by the WB and the IMF. The BRICS nations argue that the WB and the IMF need additional reforms so that emerging countries obtain further voting.c

Volkswagen assesses acquisition of FiatAFTER purchasing two trucks

manufacturing giants – Scania and MAN -, having integrated Porsche and acquired Ducati, Lamborghini, Bugatti and Bentley; according to the German magazine “Manager Magazin”, the Volkswagen Group (VW) is now preparing its next “mega-acquisition”: none other than the Fiat-Chrysler Group.

For the Volkswagen, the industrial apparatus of Fiat will enhance the brands in the VW Group, bringing on Fiat and Alfa Romeo, while the Chrysler structure in the USA, will help towards further penetration of VW products into America’s gigantic automobile market. On the Italian side, the owners (Elkann and Agnelli families) want to keep Ferrari and alienate the production of the remaining brands.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 21

Page 22: Revista Capital 79

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Page 23: Revista Capital 79

Briefing ÁFRICa

Exportações de petróleo em Angola registam a pior queda desde 2011

AS EXPORTAÇÕES de petróleo de An-gola caíram 9,6% de Janeiro a Maio deste ano, para 237,4 milhões de barris, registando a maior queda des-de 2011, segundo um relatório do Banco Português de Investimento (BPI).De acordo com a análise do gabine-te de estudos do BPI, baseada em dados do Ministério das Finanças de Angola, as exportações de petróleo “atingiram os 45,5 milhões de barris em Maio, registando uma queda de 7,2% face a Abril e uma diminuição de 11,2% face ao mesmo mês de 2013.No documento, os economistas do BPI sublinham que, “em termos acumulados desde o início do ano, as exportações de petróleo chegaram aos 237,4 milhões de barris, caindo 9,6% face ao volume exportado no mesmo período do ano anterior”.Angola exportou, nos primeiros qua-tro meses deste ano, 192 milhões de barris, o que contrasta com os 211,5 milhões exportados no mesmo pe-ríodo do ano passado, uma queda de 11,8% nas receitas do Estado.c

PSA Peugeot-Citroënvai produzir carrosna nigéria

O CONSTRUTOR automóvel francês PSA Peugeot-Citroën anunciou que vai começar a produzir carros na Ni-géria no segundo trimestre deste ano, depois da assinatura de um acordo de montagem e venda de veículos com a PAN Nigeria Limited, a 11 de Julho. Um comunicado da firma indica que esta vai começar a montar o modelo 301 Sedan em pequena quantidade, numa fábrica dirigida pela PAN Nige-ria Ltd na cidade de Kaduna. Este veículo será produzido a partir de kits semi-montados de peças sobres-salentes expedidas da fábrica da Peugeot em Vigo, na Espanha. A com-panhia nigeriana poderá igualmente montar o Peugeot 508 e o Peugeot 308, segundo fontes da empresa. O acordo entre as duas empresas está em conformidade com a nova política de desenvolvimento da in-dústria automóvel. Política essa intro-duzida pelo Governo nigeriano para incentivar a produção de veículos de menor custo para a classe média em pleno crescimento, criar empregos, transferir a tecnologia, as competên-cias e incentivar a produção local.c

nigéria pronta para a moeda única na CEDEAO

A NIGÉRIA, maior economia de África, é o único país que cumpriu, até ao mo-mento, os quatro critérios primários de convergência requeridos para atingir a proposta da moeda única para os 15 países-membros da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). De acordo com o jornal Vanguard, que cita a vice-governadora do Banco Cen-tral da Nigéria, Sarah Alade, a Nigéria cumpriu todos os critérios exigidos para instaurar uma moeda comum para o bloco regional, que será chamada “eco”. “É importante lembrar que a data limite para que os países da zona monetária oeste-africana atinjam a integração mo-netária foi marcada para 1 de janeiro de 2015. Por sua vez,  a abordagem do ren-dimento reajustado sob a égide da CE-DEAO foi agendada numa cimeira dos Chefes de Estado e de Governo para substituir a abordagem de duas vias para a integração monetária na CEDEAO a 1 de janeiro de 2020”, disse Alade. A responsável afirmou ainda que os quatro critérios necessários para a con-vergência, que a Nigéria cumpriu, com-preendem uma taxa de inflação de um dígito no final de cada ano e um défice orçamental não superior a 4% do PIB. Os outros requisitos são um défice de financiamento do Banco Central acima de 10% do imposto sobre o rendimen-to do ano antecedente e dos pagamen-tos externos brutos que possam cobrir as importações para, no mínimo, três meses. De referir que a Libéria e a Serra Leoa cumpriram três dos quatro critérios.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 23

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Page 24: Revista Capital 79

24 AGOSTO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.78

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Page 25: Revista Capital 79

Briefing ÁFRICa/aFRICa

Mugabe ataca OcidenteO PRESIDENTE do Zimbabwe, Robert Mugabe, no seu estilo

habitual, acusou os países ocidentais de enfraquecer os esfor-ços do seu Governo no domínio agrícola ao conceder impor-tantes subvenções aos seus agricultores e manter as sanções impostas ao seu regime por violações dos direitos humanos “infundadas”. Robert Mugabe declarou que os ocidentais se mobilizam contra o seu Governo e tentam sabotar a agricultura zimba-bweana, durante a Cimeira Mundial sobre Segurança Alimen-tar, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) na Itália. O que se constata é que uma série de crises alimentares se abateu sobre o Zimbabwe, nos últimos anos, fundamental-mente devido às controversas reformas do seu presidente. Aliás, mais de quatro milhões de Zimbabweanos sobreviveram graças aos víveres distribuídos pelas agências internacionais, nomeadamente pelo Programa Alimentar Mundial (PAM). Mas Mugabe ainda assim insurge-se contra o Ocidente.c

DESTAQUE

Oil exports in Angola register worse downfall since 2011

ACCORDING to a report from the Portuguese Investment Bank (BPI), oil exports in Angola have dropped 9.6% from January to May this year, down to 237.4 million barrels, and thus registering the worse downfall since 2011.Following the analyses from the BPI research office, based on data from the Angolan Ministry of Finance, ex-ports reached 45.5 million barrels in May, and thus a 7.2% drop against April, and an 11.2% drop against the same month in 2013. In the docu-ment, BPI economists underscore that “in cumulative terms, from the beginning of the year, oil exports have reached 237.4 million barrels and thus a 9.6% downfall compared to the volume in the same period during the

PSA Peugeot-Citroën will manufacture cars in nigeria

THE French automobile manufac-turer Peugeot-Citroën announced that as from the second trimester this year, will start manufacturing cars in Nigeria, following the endorsement of an agreement with PAN Nigeria, for the assemblage and sale of vehicles, firmed on July 11th. A communication from the firm indicates that they will start assembling the model 301 Se-dan in small quantities, all in a fac-tory headed by PAN Nigeria Ltd in the city of Kaduna. This vehicle will be manufactured from semi-assembled kits and spare parts expedited from the Peugeot Factory in Vigo, Spain. According to company sources, the Nigerian firm may also assemble the Peugeot 508 and the Peugeot 308.

previous year”. In the first four months of the year, Angola exported 192 million barrels against the 211.5 million exported during the same period in the previ-ous year; hence an 11.8% drop in the State’s revenue.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 25

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Page 26: Revista Capital 79

Briefing aFRICa

The agreement between the firms is in conformity with the new auto-mobile industry development policy. Such policy was introduced by the Nigerian government in order to stimulate the production of lower cost vehicles for the thriving middle-class, generate jobs, transfer technol-ogy, competencies and promote local production.c

nigeria ready fora common currency in CEDEAO

NIGERIA, the largest economy in Africa, is the only country which has so far complied with the four primary requirements to meet the proposal for a common currency among the 15 member states of the Community of Wet African States (CEDEAO). Accord-ing to the Vanguard newspaper, which quotes the deputy governor of the Nigeria Central Bank, Sarah Alade, Nigeria complied with all the required criteria towards the establishment of a common currency for the regional block, to be called “eco”. “It’s important to remember that the deadline for countries in the West African monetary zone to achieve mon-etary integration was established for the 01st of January 2015. In turn, the approach over the readjusted income,

THE Zimbabwean president, Robert Mugabe, in his usu-al style, accused western countries of weakening the efforts of his gov-ernment, in the agricultural sector, by means of grant-ing important sub-ventions to its farm-ers and maintaining imposed sanctions to his regime over “unfounded” viola-tions of human rights. Robert Mugabe declared that during the Food Security World Summit held in Italy, promoted by the United Nations Organization for Food and Agricul-ture (FAO), westerners have mobilized against his Government and try to sabotage the Zimbabwean agriculture. It’s then noticed that a series of food crises have fallen over Zimbabwe in the recent years, mainly due to the controversial reforms of its president. In fact, over four million Zimbabweans survive thanks to supplies distrib-uted by international agencies such as the World Food Programme (WFP). Nevertheless, Mugabe still rises against the West.c

under the auspices of CEDEAO, was put in place in a summit for heads of state and government, in order to replace the two way approach towards CEDEAO monetary integration by 01st January 2020”, uttered Alade. The official also affirmed that the four required criteria for the conver-gence, and which Nigeria has com-plied to, entail a one digit inflation rate at the end of each year and a budgetary deficit not higher than 4% of the GDP. The other requirements are a funding deficit from the Central Bank above 10% of the previous year’s income tax, and gross external

payments that may cover importa-tions, for at least three months. It’s further referred that Liberia and Si-erra Leone have met three of the four requirements.c

Mugabe attacks the West

HIGHLIGHT

26 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

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Page 27: Revista Capital 79

Briefing MOÇaMBIQuE

LAM com novos dirigentes em clima de descrédito

A LAM - Linhas Aéreas de Moçambique - nunca foi a mesma, desde o fatídico acidente do voo TM 470, na Namíbia, a 30 de Novembro de 2014.Informações sobre atrasos ou cancelamento de voos começaram a alimentar as páginas dos principais jornais da praça. Para piorar a situação, em Abril passado foi publicada uma notícia dando conta que um Bombardier Q400, da mesma empresa, tocou, durante a aterragem, com a cauda numa das pistas do Aeroporto Internacional Oliver Tambo, em Joanesburgo, na África do Sul.Em Junho deste ano, um aparelho da LAM, de marca Embraer, saído

de Maputo com destino a Tete, foi forçado a recuar no meio da viajem devido a uma avaria. Os passageiros ficaram em pânico, um dos quais chegou a receber tratamento hospitalar.Perante os factos, os donos da LAM tinham que agir, os utentes precisavam voltar a confiar na LAM, a única que faz ligações com parte importante das capitais províncias do país. Há quem diga que a resposta veio tarde, mas a verdade é que no dia 12 de Junho a companhia de bandeira nacional anunciou a queda de Carlos Jeque, presidente do Conselho de Administração da LAM, nomeado para o cargo em Junho

de 2013. Para o lugar de Jeque os accionistas indicaram Silvestre Valente Sechene.Pouco mais de um mês depois da saída do político Carlos Jaque, chegou a vez de Marlene Manave. A administradora-delegada foi, também, exonerada e para o seu cargo foi nomeado, pelos accionistas, Iacumba Ali Aiuba que até à data era coordenador da Comissão dos Assuntos Económicos e Tarifas do Conselho Nacional de Electricidade e administrador não-executivo do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique.Os desafios do novo executivo da LAM passam, de acordo com o Instituto de Gestão de Participações do Estado, pela identificação das fontes de financiamento em condições favoráveis para a concretização do Plano Estratégico, e o retomar da operação intercontinental tendo em vista vôos para a China e Portugal, e não só.Com a remodelação do Conselho de Administração das Linhas Aéreas de Moçambique espera-se uma melhoria dos serviços prestados pela empresa, cuja marca surge agora associada ao descrédito dos seus utiizadores.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 27

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Multinacionais podem estar a “aldrabar” o Estado

O CENTRO de Integridade Pública (CIP) diz que mesmo no cenário mais optimista, as primeiras receitas para o Estado provenientes da exportação de Gás Natural Liquefeito da bacia do Rovuma só entrarão nos cofres daqui a cinco anos, ou seja, a partir de 2019. Porém, o CIP entende que essa receita do Estado já está em risco devido às despesas de exploração inflacionadas,

que não estão a ser monitoradas nem auditadas, adequadamente, pelo Governo. Isto acontece, segundo o elenco de Adriano Nuvunga, porque no sistema de partilha de produção que governa as concessões da Bacia do Rovuma, a divisão dos lucros do gás entre o Estado e as empresas só começa depois da recuperação de custos pelas

empresas. Isto quer dizer que quanto maior forem as despesas, mais tempo o Estado terá de esperar pela sua parte dos dividendos. O que preocupa é que a experiência de outros países em desenvolvimento ricos em recursos, sugere que as empresas petrolíferas internacionais declaram despesas inflacionadas e/ou não elegíveis, reduzindo assim a parte

Page 28: Revista Capital 79

Briefing MOÇaMBIQuE/MOZaMBIQuE

THE LAM – Mozambique Airlines – has never been the same after the fateful crash of the flight TM 470 in Namibia, on the 30th November 2013. Information on delays and cancelation of flights are now feeding the headlines of major

newspapers. To make matters worse, an article was published last May informing that a Bombardier Q400 from the same company had its tail scratching the runway during landing at the Oliver Tambo International Airport in Johannesburg, South

LAM with new management yet with an environment of discredit

Africa. In June this year, an Embraer aircraft from LAM, which left Maputo destined to Tete, was forced to return in the middle of the flight due to a malfunction. Passengers were in panic and one was even submitted to medical care. Given the facts, the owners of LAM would have to act as passengers ought to trust LAM again, considering that it’s the only one connecting an important part of the provincial capitals in the country. There are those who argue that the response came rather too late, but the truth of the matter is that on the 12th June, the national flag company announced the fall of the LAM Chairman of the Board of Directors, Carlos Jeque, who had been nominated to the post in June 2013. For Jeque’s replacement, the shareholders indicated Silvestre

28 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

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exploração

700 milhões de USd

2012

Infraestruturae gasoduto

2,5 a 3 biliões de USd

desenvolvimento de Poços

1,2 a 2 biliões de USd

Infraestruturade liquefação

8 a 10 biliões de USd

GÁS natURal: noção da eStRUtURa do CaPItal neCeSSÁRIo

do lucro do Estado.Os Contratos de Concessão para a Exploração e Produção de Moçambique incluem provisões claras para a supervisão das despesas de exploração por parte do Estado. As empresas devem apresentar um plano de exploração que inclui custos previstos para aprovação, no início do

ano, e uma declaração de recuperação de custos, com uma lista das despesas declaradas, no fim de cada ano. Todavia, a pesquisa do CIP sugere que estes processos não estão a ser seguidos de forma rigorosa e que declarações com despesas inflacionadas estão a ser aceites sem uma análise rigorosa.

Os riscos para a receita do Estado resultante de despesas de exploração inflacionadas são significativos, mas não se comparam ao risco de despesas inflacionadas durante a fase de desenvolvimento, que deverá começar em 2015 e que envolverá dezenas de milhões de dólares.c

Page 29: Revista Capital 79

Briefing MOZaMBIQuE

THE Centre for Public Integrity (CIP) argues that still at the best possible scenario, the first government income deriving from the exportation of liquefied natural gas in the Rovuma basin, will only enter the coffers five years from now, in other words, as from 2019. Hence, CIP perceives that the referred government income is already at risk due to inflated exploration costs which are not being properly monitored or audited by the Government. According to Adriano Nuvunga’s administration, this happens because the production income sharing system which governs the Rovuma Basin Concessions or the distribution of

gas profits between the state and enterprises will only start after the cost recovery by the latter. Meaning that the higher the expenses, the more the state will have to wait for its share of the dividends. What is more concerning is that from the experience of other developing countries rich in resources, it’s suggested that international oil firms declare those inflated expenses and/or not eligible, and thus reducing the share of the Government’s profit. The Concession Contracts for the Exploration and Production in Mozambique include clear provisions for the supervision of exploration expenses by the state. Companies have to present an exploration plan

Valente Sechene. Roughly a month after the politician Carlos Jeque stepped down it was Marlene Manave’s turn. The delegated administrator was also sidelined and shareholders named Iacumba Ali Aiuba for her place, who acted as the coordinator for the Commission of Economic Affairs and Tariffs in the National

Electricity Board as well as non-executive administrator in the Mozambique National Institute of Communications. According to the Institute for the Management of Government Shares, the challenges of the new LAM administration include the identification of funding sources favourable for the materialization

of the Strategic Plan and resume overseas operations with sight on flights to China, Portugal and other. With the restructured Board of Directors at LAM, it’s expected that improved services are delivered by the company whose brand remains currently associated to the discredit from its users.c

Multinationals may be “cheating” the State

which includes the costs projected for the approval at the beginning of the year, as well as a cost recovery declaration with a list of declared expenses at the end of each year. However, the research from CIP suggests that these processes are not being followed rigidly and that declarations of inflated expenses are being accepted with no scrutiny or rigorous analyses. The risks for the state’s revenue resulting from inflated exploration expenses are substantial but are yet not comparable to the risk of inflated expenses during the development phase, which should start in 2o15, and will involve hundreds of millions of dollars.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 29

exploration

700 million USd

2012

Infrastructure and pipeline

2,5 to 3 billion USd

development of drillings

1,2 to 2 billion USd

Infrastructure and liquefaction

8 to 10 billion USd

natURal GaS: notIon of the StRUCtURe of the ReQUIRed CaPItal

Page 30: Revista Capital 79

DOSSIER

A Bolsa de Valores de Moçambi-que (BVM) está em festa, não é para menos, completa 15 anos desde a sua criação. Durante esse tempo, foram financiados, através da BVM, 76 títulos existentes

naquela instituição. A Bolsa registou um volume de negócios crescente, falando--se actualmente de um financiamento que totaliza os 33 biliões de meticais.Ao mesmo tempo, cerca de 34 títulos estão cotados actualmente, desdobrando-se em obrigações de tesouro, obrigações corporativas, papel comercial e acções. Não obstante a dinâmica demonstrada, o mercado accionista ainda constitui o principal desafio na Bolsa. Isto porque apenas quatro empresas se encontram realmente cotadas por aquele organismo, nomeadamente, a Cervejas de Moçambique, a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, a CETA Construções e a Empresa Moçambicana de Seguros EMOSE.“Pela natureza do nosso mercado e pelo desenvolvimento do nosso país, há um grande desafio de podermos incentivar as empresas com vista a aderirem na Bolsa de Valores, daí que há um trabalho

intensivo que a Bolsa está a fazer dentro da implementação do seu programa de educação financeira, revela Glória Janeiro, da Direcção de Operações da BVM. No âmbito do mesmo esforço, a equipa da BVM tem vindo a agendar e a participar em visitas em empresas. “Temos colocado à disponibilidade das empresas aquelas que são as alternativas de financiamento via Bolsa de Valores, e vamos esperar as respostas”, adianta Glória Janeiro. Segundo consta, tudo depende da decisão dos accionistas em abrir o seu capital social para que haja mais intervenientes no mercado de capitais.Quanto às instituições financeiras, Glória Janeiro revelou que estas preferem apostar nas obrigações do tesouro, nomeadamente, o Standard Bank, BIM, MOZABANCO, BCI, entre outros.“As empresas que operam no ramo de mineração estão interessadas em investir no mercado de capitais e em se financiar pela mesma via, e a Bolsa de Valores vai desempenhar um papel fundamental para que isso se materialize”, concluiu, deixando em aberto o sector da energia, que promete tornar-se economicamente ainda mais vigoroso.c

Gildo Mugabe (texto)

Ao completar 15 anos de vida, a Bolsa de Valores de Moçambique enfrenta um sério desafio no que toca a incentivar as empresas a aderir ao Mercado de Capitais. Perante o mesmo, aquela organização tutelada pelo Ministério das Finanças decidiu implementar um programa de educação financeira e partiu à luta, tendo vindo a sensibilizar as empresas no sentido de se financiarem via Bolsa de Valores.

Bolsa de Valoresatrai empresas para Mercado de Capitais

“Temos colocado à disponibilidade das

empresas aquelas que são as alternati-

vas de financiamento via Bolsa de Valores,

e vamos esperar as respostas”

30 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Page 31: Revista Capital 79

DOSSIER

Stock Exchangeattracts firms intothe Stock Market

Gildo Mugabe (text)

“we have made available to firms all finance options through the stock exchange and are currently awaiingt

feedback”

The Mozambique Stock exchange (BVM) is in a party mood and it’s not for less, as it completes 15 years since its establishment. During the time, 76 existing claims

were financed by the BVM. The stock exchange registered an ascending business volume which is currently estimated at a funding of 33 billion meticais. Simultaneously, over 34 claims are quoted annually and which are broken down into treasury bonds, corporate bonds, commercial role and shares.Nonetheless the demonstrated dynamics, the shareholder market still remains the main challenge for the stock exchange. This is so because only four firms are indeed

When turning 15 years old, the Mozambique Stock Exchange faces a serious challenge in stimulating companies into adhering to the Capital Market. Given that, this organization under the patronage of the Ministry of Finances, went ahead with its decision to implement a financial education program and has since then been raising awareness among firms so they finance themselves through the stock exchange.

quoted by the institution, namely; the Mozambique Brewery, the Mozambican Hydrocarbons Company, the CETA Constructions and the Mozambique Insurance Company – EMOSE.

“Given the nature of our market and our country’s development, there is a huge challenge to stimulate firms into adhering to the stock exchange, and therefore an intensive effort being waged by the stock exchange within

the implantation of its financial education program”, reveals Glória Janeiro, from the BVM Operations Directorate. In view of this effort, the BVM team has been scheduling and visiting companies. “we have made available to firms all finance options through the stock exchange and are currently awaiingt feedback”, added Glória Janeiro. As it stands, it all depends on the decision of shareholders in opening their social capital so that more role players enter the stock market. Regarding the financial institutions, Glória Janeiro disclosed that these prefer to wager on treasury bonds, namely; the Standard Bank, BIM, Mozambanco, BCI and others. “The companies operating in the mining industry are interested in investing in the stock market and finance themselves through the same source, and the Stock Exchange will therefore play a major role for its materialization”, she concluded, leaving aside the energy sector which promises to become more economically spirited.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 31

DR

Page 32: Revista Capital 79

Belizário Cumbe (Texto)

Foco ECONOMIa

Lisboa soma e segue,Maputo num sono profundo

32 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Balança Comercial Moçambique-Portugal

Armando Emílio Guebuza efectuou uma visita de trabalho a Portugal e levou consigo 30 em-presários nacionais. A iniciativa surge numa altura em que Moçambique regista uma balança comercial desfavorável em relação àquele país europeu. Nesse sentido, o desafio para Gue-buza e para os homens de negócio nacionais passa pela criação de condições que proporcio-nem a melhoria deste cenário.

Nos últimos três anos Portugal foi o terceiro maior investi-dor em Moçambique, depois da África do Sul e da China. Porém, é o País que mais fornece emprego aos mo-

çambicanos, com as suas empresas a criarem cerca de 34 mil postos de

trabalho.Em 2013, as empresas da terra do rand investiram 364 milhões de dóla-res, em novos projectos, de seguida a segunda maior economia do mundo injectou 229 milhões de dólares e Portugal não foi para além de 171 milhões.

De olhos postos no futuro, o Presi-dente da República, Armando Emílio Guebuza, efectuou, em Julho, uma visita de trabalho àquele país eu-ropeu com objectivo de reforçar a cooperação, em vários sectores, as-sim como abrir portas para que mais empresários portugueses invistam

DR

Page 33: Revista Capital 79

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 33

em Moçambique.Na opinião do estadista moçambi-cano, a “pérola do índico” já não é apenas uma terra de sonhos e espe-rança, mas sim um País que está a ser construído pedra a pedra, por isso apresenta uma série de oportunida-des para o empresariado luso criar parcerias.Já para Passos Coelho, primeiro-mi-nistro luso, o desbloqueio da linha de financiamento de 134 milhões de euros para a cooperação empresarial, durante a visita, testemunha a vonta-de de Portugal de continuar a sensi-bilizar os investidores internacionais a escolherem Moçambique como destino de investimentos.Para este governante, o que engra-dece as parcerias empresariais entre Moçambique e Portugal é a capacida-de, competitividade e qualidade dos produtos que cada pais oferece.

País continua a comprar mais do que vende

Armando Guebuza voltou de Portugal confiante, certo que o caminho a ser percorrido será de honras e glórias para os dois países. Mas os números que descrevem as tocas comerciais entre as duas nações mostram que Moçambique deve ser esforçar para melhorar o seu desempenho.É que, dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) indicam que as vendas de Portugal a Moçambique, no que diz respeito ao comércio de bens, cresceram mais de 200%, de 2009 para 20013, saindo de cerca de 180 milhões de euros para aproxima-damente 326 milhões.No mesmo período, as importações (vendas de Moçambique àquele país europeu) cresceram 50%, tendo saído de quase 43 milhões de euros para cerca de 63 milhões de euros. Este cenário traduz um saldo positivo

para Portugal, fixado em 263 milhões de euros, como se pode ler nos da-dos da AICEP.Se compararmos os dados relativos aos meses de Janeiro e Fevereiro do ano em curso, com os do período ho-mólogo de 2013, o cenário prevale-ce. Em 2013 Portugal exportou, para Moçambique, o equivalente a 46.4 milhões de euros, durante o período em análise, valor que decresceu para 43.9 milhões este ano.No sentido inverso, nos primeiros dois meses de 2013 Moçambique vendeu o equivalente a 13 milhões de euros, valor que no mesmo perío-do do ano em curso decresceu para os marginais 2.5 milhões.Em relação ao comércio de serviços, Moçambique continua deficitário. Enquanto as vendas de Portugal para Moçambique cresceram de 42.8 milhões de euros, em 2009, para 106 milhões de euros, em 2013, as exportações da “pérola do índico” para a terra de Camões subiram de 23 milhões de euros, em 2009, para 56.4 milhões em 2013.Neste contexto, o défice comercial de Moçambique, em 2009, foi de 19.7 milhões de dólares, enquanto que em 2013 fixou-se em 50.4 milhões.Porém, é importante notar que estes números fizeram do país o 19º clien-te de Portugal em 2013, o melhor lugar dos últimos seis anos.

Exportadores e os produtos

De 2008 para 2012, o número de empresas portuguesas que expor-tam para Moçambique mais do que dobrou.Há seis anos, 1.316 operadores eco-nómicos venderam os seus produtos a Moçambique, entre bens e serviços, número que cresceu para 1.378, em 2009. No ano seguinte, em 2010, mais 202 companhias juntaram-se ao

grupo, subindo para 1.580.Em 2011 o número de exportadores já era de 2.040 e um ano depois, em 2012, registou um crescimento de 637 empresas, disparando para 2.677 empresas. Portugal vende a Moçambique sobre-tudo máquinas e aparelhos e metais comuns. Em conjunto, estes dois grupos de produtos representaram, em 2013, 49,2% do total comercia-lizado a este país africano, com a primeira rubrica a pesar 120 milhões de euros, o que representa uma fatia de 36,8%. Os dois grupos tiveram um compor-tamento muito positivo em 2013, crescendo 10,5% e 24,5%, respecti-vamente.Máquinas e metais são sinónimo de materiais de ferro fundido e aço, bull-dozers, niveladoras, pás mecânicas, fios e outros condutores, isolados para usos eléctricos, cabos e fibras ópticas. Deste conjunto, as constru-ções em ferro e aço foram o produto que mais cresceu no ano passado, fixando-se em 45%.Da análise do Instituto Nacional de Estatísticas resulta claro que apenas os sete principais grupos de produ-tos têm alguma expressão numérica. O oitavo lugar da lista é ocupado pelos produtos agrícolas, que repre-sentaram, em 2013, uns insignifican-tes 9,8 milhões de euros.c

DR

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ECONOMY focus

34 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Lisbon scores and moves on, Maputo fast sleep

Mozambique–Portugal Trade Scale

Belizário Cumbe (text)

Armando Emílio Guebuza conducted a work visit to Portugal and carried along 30 national businessmen. The initiative comes at a time when Mozambique registers an unfavourable trade scale against that European State. Hence, the challenge for the national businessmen entails the establishment of an environment that enables the improvement of this scenario.

DR

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CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 35

In the last three years, Portugal was the major investor in Mozambique, followed by South Africa and China. Hence, it’s the country that mostly offers employment to Mozambicans, where its firms created some 34 thou-sand jobs. In 2013, the firms from the land of the Rand have invested 364 million dol-lars in new projects, followed by the second largest economy in the world, which invested 229 million dollars, while Portugal did not exceed 171 millions. With the future in sight, the President Armando Emílio Guebuza conducted a work visit to that European country in July, with the objective of reinforcing the cooperation in various sectors, as well as opening doors such that even more Portuguese businessmen invest in Mozambique. According to the Mozambican head of state, the pearl of the Indian Ocean is not anymore a mere land of dreams and hopes but rather a country that is being built rock upon rock and therefore offer-ing an array of opportunities that the Luso business community may use to establish partnerships. Now, for Passos Coelho, the Luso Prime-minister, the disbursement of 134 million Euros for entrepreneurial cooperation, during the visit, reflects the willingness of Portugal to con-tinue mobilizing investors such that they pick Mozambique for an invest-ment destination. For this Govern-ment official, the crucial aspects in the successful business partnership between Mozambique and Portugal are its capacity, competitiveness and the quality of products offered by each country.

The country continues to buy more than it sells

Armando Guebuza returned from Portugal confident and certain that

the road ahead will be that of hon-ours and glories for both countries. However, the numbers that describe the commercial trade between the two nations suggest that Mozambique still needs to work hard to better its performance. The matter is that, as far as the trade of goods is concerned, data from the Agency for the Development and Foreign Commerce of Portugal (AICEP) indicate that the sales from Portugal to Mozambique have grown in more than 200% from 2009 to 2013, thus moving from 180 million Euros to ap-proximately 326 millions. The exports in the same period (sales from Mozambique to that European country) grew 50%, having shifted from nearly 43 million Euros to roughly 63 million Euros. This sce-nario reflects a positive balance to Portugal, fixed at 263 million Euros, as it’s read in the data from AICEP. Should we compare the data pertain-ing the months of January and Febru-ary this year, against the homologous period in 2013, the scenario prevails. In 2013 Portugal exported to Mozam-bique the equivalent of 46.4 million Euros during the referred period and in the current year this figure dropped to 43.9 millions. On the contrary, during the first two months of 2013, Mozambique sold the equivalent of 13 million Euros and the amount since dropped to the mar-ginal 2.5 millions through the same period. With regards to the trade of services, Mozambique continues in deficit. While sales from Portugal to Mozambique have grown from 42.8 million Euros in 2009, to 106 million Euros in 2013, the exports from the pearl of the Indian Ocean to the land of Camões have soared from 23 mil-lion Euros in 2009 to 56.4 millions in 2013. In this context, the trade deficit for Mozambique in 2009 was 19.7 million dollars, while in 2013 it was fixed at 50.4 millions. However, it’s

important to note that these numbers have placed the country as the 19th best client of Portugal in 2013, being the best position in the last six years.

Exporters and the products

From 2008 to 2012 the number of Portuguese firms that exported to Mozambique has more than doubled. Six years ago, 1.316 economic opera-tors sold their products to Mozam-bique, being goods and services, and the number increased to 1.378 in 2009. In the following year, in 2010, 202 more firms joined the group and added up to 1.580. In 2011 the num-ber of exporters had reached 2.040 and a year later, in 2012, it registered a further growth of 637 firms, thus shooting to a total number of 2.677 firms. Portugal sells to Mozambique mainly machines, devices and common met-als. All together these two groups of products represented in 2013, 49.2% of the total trade to this African coun-try, where the first item weighed 120 million Euros and therefore reflecting a slice of 36.8%. The two groups had a very positive behaviour in 2013, having grown 10.5% and 24.5%, respectively. Machines and metals are synonymous of iron and steel materials, bulldoz-ers, graders, mechanical shovels, wires and other conductors isolated for electric usage, cables and optic cables. From this group, iron and steel based constructions were the product that grew the most during last year, and fixed at 45%. From the analyses of the National In-stitute of Statistics it’s clear that only the seven main groups of products have had a numeric expression. The eighth in the list is occupied by agri-cultural products which represented in 2013, a mere 9.8 million Euros.c

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Millenium-Bim: Mais prémios, maior notoriedade

O Millennium-bim é o maior banco do país. Ao longo dos seus 19 anos de história coleccionou várias distinções, e só este ano já conta com mais duas. Primeiro foi o prémio “Melhor Banco de Moçambique 2014” no âmbito dos Euromoney Awards for Excellence, agora foi considerada uma Superbrand.O caso não é para menos, o “bim” tem a maior rede de balcões no país, o maior número de clientes e desenvolve produtos e serviços inovadores.O compromisso com o país, a proximidade junto dos moçambicanos, a inovação, a promoção de um espírito visionário e uma conduta transparente e socialmente responsável contribuem para que o Millennium-bim seja o banco nacional mais premiado a nível nacional e internacional e o único que faz parte dos 100 maiores de África.

Banco ÚNICO: Inovar sim, mas com execlência

Este ano foi considerado um dos

cinco Bancos mais Inovadores de África pela revista African Banker, concretizando parte dos seus desafios que passam por ser um banco focalizado no cliente, com serviços de excelência, personalizado e inovador. Estamos a falar do Banco Único também considerado uma Superbrand, embora esteja no mercado há apenas três anos.Este banco é Único em muitos aspectos, o mais relevante é o facto de ter sido construído do zero, sem um alinhamento pré-determinado com qualquer marca internacional e nacional e por se ter tornado, em pouco tempo, uma marca de referência no mercado.

Índico Seguros: Novo no mercado, mas com muita atitude

A Índico Seguros, que opera no mercado há três anos, foi eleita Superbrands 2014, a única do sector no grupo de 14 companhias que constam na publicação, este ano.Ruben Chivale, administrador-delegado da Empresa, diz ser gratificante para a Índico Seguros fazer parte das Superbrands, visto que opera num mercado onde a concorrência é forte e há tantas

outras seguradoras de renome com décadas de existência.Ser uma Superbrands adiciona valor à Indico Seguros e aumenta a auto-estima dos seus colaboradores, mas o responsável reconhece que a empresa sente-se, por isso, pressionada a manter e a melhorar os seus serviços, acompanhando o cliente em todas as etapas da sua vida (tanto pessoal como empresarial. Afinal de contas, em parte, foi a sua relação com o cliente que terá ditado a distinção. Nós vamos ao encontro das necessidades do cliente, procuramos entender as necessidades de cada cliente, por isso, temos que trabalhar e encontrar soluções individualizadas”, refere Chivale.

MCel: Um gigante com uma fatia de 40% do mercado

A mCel dispensa apresentações. É apenas a maior operadora de telefonia móvel do país, com cerca de cinco milhões de clientes e tem praticamente 40% da quota do mercado. São estes dados mais do que suficientes para dizer que a Moçambique Celular é mesmo uma Superbrand.

Belizário Cumbe (texto)

Foco MaRCaS

Marcas empenhadas num branding de excelênciaA Capital seleccionou 5 Superbrands, entre as 14 premiadas, para apresentar seus valores, inovação e comunicação, vantagens competitivas e mercados em que actuam. As marcas escolhidas foram o Millennium-bim, Banco Único, Índico Seguros, Moçambique Celular (mCel) e a 2M, produzida pela empresa Cervejas de Mocambique, sendo que numa próxima edição abordaremos o branding das restantes.

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Sendo um mercado onde apenas um terço da população tem acesso a serviços de telefonia móvel, ainda existe muita “mata para desbravar”, mas a mCel está na linha da frente. 2013 foi o ano em que a Moçambique Celular tornou as telecomunicações móveis mais acessíveis aos moçambicanos, apostando em preços baixos e no fácil acesso aos equipamentos de voz e de dados.

2M: Tudo que é bom

É a paixão da juventude moçambicana, e companheira fiel de muitas e longas noites. Estamos a falar da 2M, a cerveja nacional com 49 anos de vida.A empresa Cervejas de Mocambique, que produz a cerveja, diz que a marca representa tudo que é bom. Representa a união, o convívio

ECONOMY focus / BRaNDS Focus

Millenium-Bim: More awards, more prominence

The Millennium-Bim is the largest bank in the country. Along its 19 years of history, it has gathered sev-

eral distinctions and this year alone it counts with two more. First was the award for the “the best bank of Mozambique in 2014”, in view of the Euromoney Awards of Excellence, and it’s now considered a super-

brand. No less could be expected as Bim has the widest network of branches in the country, the largest number of clients and develops innovative products and services.

Brands committedto excellent branding

Belizário Cumbe (text)

From the 14 awarded ones, the Capital selected 5 super-brands to present their values, inno-vation and communication, competitive advantages and the markets in which they operate. The selected brands were Millennium-BIM, Banco Único, Índico Seguros, Moçambique Celular (mCel) and the 2M, a product of Mozambique Breweries; while in a future occasion we will bring up the branding of the remaining ones.

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e o estilo de vida moçambicano, vibrante, social, caloroso, optimista e divertido.A 2M, a cerveja mais consumida no país, é produzida em três fabricas, em Maputo, Beira e Nampula, e antes de ser Superbrand 2014 já tinha sido distinguida com o prémio Mercatus

da SABmiller, por excelência em termos de Marketing em 2004.A 2M destaca-se, igualmente, como patrocinadora do Moçambola, a principal liga de futebol do país, assim como da Copa 2M - um evento de futebol de praia.c

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The commitment with the country, the proximity to the Mozambicans, innovation, the promotion of a visionary spirit and a transparent and socially responsible conduct, contribute that the Millennium-Bim becomes the national bank with the most awards at national and interna-tional spheres, and the only one to be part of the top 100 ones in Africa.

Bank ÚNICO:

This was considered by the maga-zine African Banker as one of the five most innovative banks in Africa, when achieving part of its challenges which entail being a bank focused on the client with services of excellence, personalization and innovation. We are talking about the Bank Único which is also considered a Super-brand, although only operating in the market for three years.This bank is unique in many aspects and the most relevant one is that it was built from scratch, with no pre-determined alignment with any na-tional or international brand and for having become a brand of reference in the market, in such a short period of time.

Índico Seguros: New in the market but with lots of attitude

The Índico Seguros which operates in the country for three years was elect-

ed a Super-brand in 2014 and being the only one of its industry to feature among the 14 firms nominated for this year’s publication. The delegated administrator of the firm, Ruben Chivale, says that it’s re-warding for Índico Seguros to be part of the Super-brands considering that it operates in a competitive market and there are many other insurance firms of high repute, with decades of existence in the market.While being a Super-brand adds value to Índico Seguros and elevates the self esteem of its partners, the manager also acknowledges that the firm therefore feels pressured to maintain and improve its services and taking the client through all the stages of their lives (both at personal and business capacity).In fact, it was its relation with the client which determined the distinc-tion. “We go the extra mile to meet the needs of the client and seek to under-stand the needs of each client; as such, we have to work and find personalized solutions” utters Chivale.

MCel: A giant with a 40% market share

The mCel requires no introduction. It is simply the largest operator of mobile telephony in the country with roughly five million clients and holds nearly 40% of the market quota. This data is more than enough to affirm that the Moçambique Celular is in-

deed a Super-brand. Being a market where only one third of the population have access to mobile telephony services, there is still a long path to be forged, and the mCel leads the way. 2013 was the year when the Moçambique Celular made mobile telecommunications even more accessible to Mozam-bicans by waging in lower prices and easier access to voice and data devices.

2M: All that is good

It is the passion of Mozambican youths and faithful partner in many long nights. We’re talking about the 2M, a national beer now 49 years old. The company Mozambique Brewer-ies which produces the beverage says that the brand represents all that’s good. It represents unity, so-cialization and Mozambican lifestyle, vibrant, social, warmth, optimism and fun. The 2M, the mostly consumed beer in the country, is produced in three factories; in Maputo, Beira and Nampula and far before it became a Super-brand it was already distin-guished with the Mercatus Award from SABmiller for its marketing ex-cellence in 2004.The 2M equally stands out for being the sponsor of the Moçambola, the main football league in the country as well as the 2M Cup, which is a beach football event.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 39

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Belizário Cumbe (texto) . Superbrands (fotos)

Assim se forjamas Superbrands

Os promotores do movimento Superbrands Moçambique, Patrícia Aquarelli e Miguel Proença, congratulam-se pela

excelência da segunda edição da iniciativa e garantem que a terceira já está na forja. Setembro é o mês marcado para a

primeira selecção das marcas, mas nenhuma das candida-tas irá passar se não obedecer aos exigentes critérios esta-belecidos pelo Conselho Superbrands. Este ano foram 14 as

sagradas super-marcas e a CAPITAL foi uma delas.

tEMa DE FuNDO

40 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Já são conhecidas as Su-perbrands 2014. Patrícia Aquarelli e Miguel Proença, organizadores da iniciativa e gestores da empresa Play-ground, dizem que para se

ser uma Superbrand ou Supermarca,

é preciso que as empresas ofereçam produtos e serviços com excelên-cia, apresentem um benefício claro e diferenciador, cumpram as suas ‘promessas’, criem notoriedade, e as-sumam uma escala de valores defini-dos, permanecendo fieis à mesma.Mas como foram escolhidas as Su-perbrands? Patrícia Aquarelli revelou que o primeiro passo consistiu na selecção de 1.100 potenciais marcas com notoriedade no mercado. Pos-teriormente, a mesma foi entregue a um Conselho formado por 11 pro-fissionais de diferentes áreas, com destaque para a banca e a imprensa, com profundos conhecimentos sobre o mundo das marcas e a disciplina do branding, e a listagem foi então redu-zida a 200 Supermarcas.No entanto, do universo de 200 marcas seleccionadas apenas 14 aceitaram constar na publicação. Por quê? Miguel Proença diz que existem marcas que chegaram a afirmar que nós ainda não nos consideramos uma Superbrand. A estas empresas, o

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CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 41

televisivo, com a duração de 15 minu-tos, que tinha como foco principal a publicação das marcas associadas.

Superbrands em outros pontos do MundoA publicação Superbrands 2014 em Moçambique conta com 14 empresas, mas em outras partes do mundo o nú-mero de marcas que participa na ini-ciativa é bem maior. Em Portugal, por exemplo, a média de participação é de 30 empresas. Angola começou com 15, mas agora pode-se orgulhar por movimentar 35 marcas em torno do movimento. Já o Brasil conta com 40 participações. Trata-se de mercados onde as marcas são maduras e familia-rizadas com este tipo de iniciativas.

Em junho de 2015 sai a terceira ediçãoÉ verdade que ainda estamos na ressaca da segunda edição da Super-brands 2014, mas o Miguel Proença revelou que o seu elenco já está a trabalhar na próxima, que sai em Ju-nho de 2015. É que, apartir de agora a iniciativa bem como a publicação que é editada sobre as Supermarcas deixa de ser bienal, e passa a anual.O responsável garante que o Conselho Superbrands vai continuar a apertar o cerco no sentido de garantir qua-lidade nesta iniciativa, uma vez que já está a ganhar espaço no mercado transformando-se num dos principais instrumentos de consulta para muitos homens de negócio.c

responsável deixa um aviso: Se conti-nuarem a pensar desta maneira, nunca chegarão a ser Supermarcas. É que é um privilégio fazer parte des-ta elite. Segundo Patrícia Aquarelli, um estudo realizado em 48 países pela Superbrands revela que 74% pessoas que vêem o selo num determinado produto, compram-no imediatamente e 60% dos inquiridos associam-no mesmo à garantia de qualidade.Trata-se de marcas que obedecem rigorosamente os seguintes critérios: domínio do mercado, longevidade, goodwill, fidelização e aceitação.Porém, é importante notar que, por vezes, há produtos ou serviços que acabam se destacando mesmo sem estar no mercado por muito tempo, ou seja, sem obedecer ao critério da longevidade, de acordo com Proença. Esse foi o caso da Índico Seguros, que segundo o promotor da Superbrands investiu nos recursos humanos, na diversificação de serviços, assim como na qualidade.

Revista Capital é eleita Superbrand 2014A revista Capital é um daqueles pro-dutos que não deve nada a ninguém, preenchendo todos os requisitos. Domina o mercado, existe há seis anos, é fiel e aceitável em termos de qualidade. De acordo com Patrícia Aquarelli, a Capital foi a primeira revista de eco-nomia e negócios a surgir no mercado moçambicano. Muitas publicações do género surgiram e desaparece-ram, mas a Capital continua firme e a difundir informações credíveis, com uma periodicidade certa.A revista Capital tem aceitação, reco-nhecimento, e destaca-se como a prin-cipal publicação na área de negócios, concluiu Aquarelli.É importante destacar que a grande novidade da iniciativa, para o presen-te ano, foi a criação de um programa

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Belizário Cumbe (text) . Superbrands (photos)

BaCKGROuND tHEME

This is how thesuper-brands is forged The promoters of the Mozambique Super-brands movement, Patrícia Aquarelli and Miguel Proença may eulogize themselves for the excellence of the second edition of the initiative as they also assure that the third one is already in the making. The first selection of the brands is scheduled for the month of September and no candidates shall go through if not complying with the requirements established by the Super-brands Council. This year, 14 were the elected super-brands, and the Capital is among them.

The 2014 super-brands are already disclosed. The orga-nizers of the initiative and managers of the firm Play-ground, Patrícia Aquarelli and Miguel Proença, advise that to

become a Super-brand it’s necessary that firms offer products and services with excellence, present a clear and differentiated advantage, fulfil their promises, create visibility and take on a scale of defined values while

also remaining faithful to them. How were these Super-brands selected? Patrícia Aquarelli revealed that the first step consisted on the selection of 1.100 potential brands with good visibility in the market.

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Afterwards, it was handed over to the Council which is composed by 11 professionals from different industries, particularly in the banking and media industries, and with in-depth knowledge of the brands’ world and its inherent discipline. The nominees were then shortlisted to 200 brands. Meanwhile, from the universe of 200 selected brands, only 14 agreed to feature in the publication. Why? Miguel Proença explains that there were brands which stated that “we still don’t see ourselves as a Super-brand”. To these firms, here is a piece of advice from this manager: “Should they continue thinking like this, then they will never make it as a Super-brand”. The point is that it’s a privilege to be part of this elite. According to Patrícia Aquarelli, an assessment carried out by the Super-brands in 48 countries revealed that 74% of the people who see the seal in a specific product immediately buy it, while 60% of the interviewees associated it to a quality assurance. It’s about brands that rigidly comply with the following criteria: market command, longevity, goodwill,

faithfulness and acceptance. However, according to Proença, it’s important to note that there are products and services which, at times, stand out, despite not being in the market for a long time; in other words, without fulfilling the principle of longevity. That was the case with Índico Seguros which invested on human resources, diversification of services as well as in quality, referred by the Super-brands promoter.

Capital Magazine elected a Super-brand 2014 The Capital Magazine is one of those products which owe nothing to no-body, as it fulfils all the requirements. It dominates the market, it’s operating for more than six years; it’s faithful and acceptable in terms of quality. According to Patrícia Aquarelli, the Capital was the first economy and business oriented magazine that came up in the Mozambican market. Many similar publications came up and vanished, yet the Capital stands firm and disseminating credible information at consistent periodicity. “The Capital magazine has acceptance, acknowledgement and

stands out as the main publication in the field of business”, concluded Aquarelli.

It is important to highlight that the major aspect with the initiative, through the current year, was the creation of a 15 minute television program which aimed particularly at the publication of associate brands.

Super-brands in other parts of the worldIn Mozambique, the publication Super-brands 2014 counts with 14 firms. However, in other parts of the world the number of firms taking part in the initiative is a lot bigger. In Portugal for instance, the average participation is for 30 firms. Angola started with 15 but can now take pride to be handling 35 firms within the movement. As for Brazil, there are now 40 participants. It’s all about markets where brands are mature and well familiar with this type of initiatives.

The third edition is scheduled for June 2015It’s a fact that we are still on hangover and recovering from the Super-brands 2014 second edition; however, Miguel Proença revealed that his team is already working for the next one, which should be out in June 2015. The thing is that from now on, the initiative as well as the publication that lists the super-brands will no longer be biannual but will instead be annual. The manager assures that the Super-brands Council will continue to close-in in order to secure the best quality with this initiative, considering that it’s gaining terrain in the market and fast becoming one of the main instruments for consultation by many businessmen.c

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tEMa DE FuNDO

Helga nunes (texto)

Produtos e desenvolvimentos futurosAo longo dos seus seis anos de existência no Mercado, a revista Capital – agora eleita Superbrand 2014 - teve o mérito de poder contar com o auxílio inestimável de centenas de empresas e instituições que acreditaram no projecto editorial e que confiaram na Marca Capital

para energizar a sua imagem, apostando na inserção publicitária e na celebração de parcerias.Ao longo desse tempo, a Capital estabeleceu elos de confiança com um público altamente exigente, pelo que procurou, edição a edição, melhorar o seu conteúdo com um leque de rubricas mais atractivo e abrangente. A aposta foi feita em parcerias inteligentes no sentido

Revista Capital é eleita Superbrand 2014A marca Capital, recentemente distinguida como Superbrand 2014, é uma referência em Moçambique no que diz respeito à informação económica. Existe há mais de seis anos e vem publicando mensalmente notícias, dossiers e análises, que são verdadeiras ferramentas de trabalho para empresários, empreendedores, decisores e líderes de opinião. O seu percurso revela uma preocupação constante com a qualidade, o rigor e a objectividade do conteúdo e com as expectativas dos seus leitores.

de atribuir mais-valias às suas páginas, dando voz a uma série de especialistas (economistas, gestores, diplomatas, juristas e analistas, entre outros). A equipa da Capital procurou também melhorar o formato, o design gráfico e a qualidade das imagens e da capa, como forma de tornar as suas páginas mais atractivas. Ou seja, procurou a qualidade a todo o custo.Sempre com o foco orientado nos seus leitores, aponta como grandes conquistas: a fidelização da audiência; a capacidade de adaptação da marca ao Mercado e à Concorrência e o reconhecimento público por parte dos seus pares.No futuro, a Capital procura, estrategicamente, atingir um target mais alargado, bem como apresentar soluções ajustadas às expectativas de uma audiência não só nacional como internacional, daí a sua aposta numa versão bilingue que junta a língua portuguesa à inglesa; nos temas ligados à energia e nas plataformas digitais, garantindo outros suportes de comunicação.

44 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

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2007 – Início da actividade da revista Capital, através da constituição de uma holding criada por empresários moçambicanos. Os mentores do projecto pretendiam desenvolver um meio de comunicação social que divulgasse notícias sobre economia e negócios, bem como apontamentos analíticos e comentários fundamentados na inteligência de mercado.

2009 – A Capital aposta num reforço da sua equipa de jornalistas, fotógrafos e designers. A revista aumenta o seu número de páginas e o seu leque de rubricas, com opiniões de especialistas.

2011 - A revista Capital celebra uma parceria com o diário económico Oje, de Portugal, que prevê troca de conteúdos. À margem desse entendimento, ambas vêm editando uma revista “Investir em Moçambique” que faz a resenha económica de Moçambique, sobretudo, perante os olhos dos leitores em Portugal e transmite a visão de empresários e investidores lusos acerca de Moçambique. Por outro lado, a partilha de informações tem vindo a ser uma prática recíproca, no dia a dia.

2012 – A publicação passa a ser

bilingue, em Julho, contendo uma versão em português e outra em inglês.

2013 – A Capital aposta num rebranding e ganha um prémio no Best Media Awards.

2013 – A revista é sagrada uma das Superbrands de Moçambique.

2014 – Realização de eventos de carácter académico, com a participação de oradores especialistas em Economia e Finanças (Capital Negócios), em parceria com a União Nacional de Estudantes (UNE).c

Detalhes de um percurso

MercadoQuando a revista Capital começou a ser publicada em 2007, o mercado a que se destinava – o moçambicano – era ainda aberto e não comportava uma concorrência directa. Hoje, e apesar de já contar com alguma concorrência, a quota de mercado que a Capital assume representa uma grande fatia, pois a publicação é distribuída em todas as capitais de província do País, contando com inúmeros parceiros. Por outro lado, a revista vem, paulatinamente, fidelizando uma grande parte dos leitores porque aproveita canais de distribuição fora do vulgar como aviões, autocarros, certames, entre outros recursos.

ComunicaçãoA revista Capital tem vindo a reforçar a sua imagem nos media above the line com uma postura

que passa mais por informar do que por divulgar ou promover. Ou seja, as campanhas publicitárias que fez, até ao momento, na TV têm tido em atenção o próprio core da revista: informar. Assim sendo, a estratégia seguida pela Capital é a de publicitar a sua informação, e que os seus anúncios funcionem como o espelho de cada edição. Ao mesmo tempo, e numa aposta nos meios bellow the line, a equipa da revista tem vindo a participar em eventos de reconhecido prestígio e em iniciativas que comungam uma forte ligação ao meio económico.

Vantagens competitivasDesde 2007 que o percurso da Capital vem sendo reconhecido pelos seus anunciantes, pelos seus pares e por especialistas em comunicação e marketing. Para gáudio da sua equipa, desde 2008 que a revista é uma das parceiras estratégicas

do Mozambique Fashion Week – um movimento moçambicano de recorte internacional dedicado à Moda. E, em 2013, além da Capital ser distinguida como uma Superbrand, ganha igualmente um prémio de design, em Outubro, no concurso Best Media Design. Além do reconhecimento enquanto revista de prestígio, a Capital possui excelentes relações com organismos ligados à área económica e possui um bom leque de especialistas na sua carteira de cronistas e entrevistados. Nesse sentido, trata-se de uma publicação, cujo foco passa por informar com propriedade sobre a economia do país e analisar as suas implicações não só em África como no resto do Mundo.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 45

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Helga nunes (text)

The Capital Magazine is elected a 2014 Super-brandAs far as economic information is concerned, the brand Capital, which was recently awarded a 2014 Super-brand, remains a reference in Mozambique. It exists for over six years and has been publishing monthly articles, dossiers and analyses which are real tools for business-men, entrepreneurs, decision makers and opinion leaders. Its trajectory reveals a constant concern with quality, rigidity and content objectivity as well as with the expectations of its readers.

46 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Products and future developmentsThrough the six years of existence in the market, the Capital magazine – now a 2014 Super-brand – has had the privilege to count on the priceless support of hundreds of firms and institutions which waged on the editorial project, and trusted on the Capital brand to energize their image, while venturing into commercial insertions in order to establish further partnerships. Through this period, the Capital established a bond of trust with a demanding audience, for which she sought, in each edition, to improve its content with an increasingly attractive and inclusive range of articles. The wager was made through smart partnerships towards adding further value and offering a voice to a number of specialists (economists, managers, diplomats, attorneys, analysts, among others). The Capital team has also sought to improve the layout, graphic design, the quality of images and the cover-page, as means of ensuring its pages

BaCKGROuND tHEME

are even more attractive. In other words, it sought the best quality, by all means. With the focus always oriented to its readers, its major achievements include the loyalty from the audience, the brand’s capacity to

adapt to the market and competition, as well as public recognition by its peers. In future, the Capital seeks to strategically reach a broader targets, as well as presenting solutions adjusted to the expectations of the

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CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 47

national and international audiences, hence the publication of bilingual editions which bring together Portuguese and English languages such as in energy oriented topics, as well as in digital platforms, and thus securing diverse communication support.

The Market When the Capital first hit the public in 2007, the Mozambican market, to which it was destined, was still open and did not offer any direct competition. Nowadays, although there is some competition, the market-share held by Capital represents a substantial chunk, considering that the publication is distributed through all provincial capitals of the country and across numerous partners. On the other hand, the magazine has been slowly securing the loyalty of its readers as it uses unusual outlet channels such as airplanes, buses, events and other

resources.

Communication The Capital magazine has been reinforcing its image among the “media above the line”, with a posture that gravitates more in informing as opposed to mere publishing or promoting. In short, the TV adverts carried out so far, have taken into account the very core essence of the magazine: which is to inform. Hence, the strategy followed by the Capital is the advertisement of its information, where the adverts work as reflectors of each edition. In parallel, and while waging on “below the line” resources, the magazine has been participating in popular and prestigious events, through initiatives which share a solid connection with the economic environment.

Competitive advantages Since 2007, the trajectory of the

Capital has been acknowledged by its announcers, peers, communication and marketing specialists. For the delight of its team, the magazine has been one of the strategic partners of the Mozambique Fashion Week since 2008 – it is a Mozambican movement of international repute and dedicated to fashion. In 2013, besides being distinguished as a Super-brand it was equally awarded a design prize during the competition Best Media Design, in October. Besides the acknowledgement as a prestigious magazine, the Capital counts with excellent relations with economic based organizations, as well as with a number of specialists in its collection of chroniclers and interviewees. In that regard, it remains a publication which takes command in informing over the country’s economy as well as analysing its implications in Africa and worldwide.c

2007 – Launch of the Capital magazine through the establishment of a holding created by Mozambican entrepreneurs. The mentors of the project intended to develop a social communication tool to publish economic and business related information, as well as analytical notes and comments with fundament on market intelligence. 2009 – The Capital wages on reinforcing its team of journalists, photographers and designers. The magazine increases the number of pages and articles, by bringing in the opinion of specialists;

2011 – The Capital Magazine establishes a partnership with the Daily Economic Publication Oje, from Portugal, which aims at the exchange of information content. Besides this agreement, both firms have been editing the magazine “Investir em Moçambique” which brings on the economic review of Mozambique, particularly for readers in Portugal, and shares the vision of entrepreneurs and businessmen over Mozambique. On the other hand, information sharing has been a reciprocal practice, on a daily basis;

2012 – The publication becomes bilingual in July and thus having a

version in Portuguese and another in English;

2013 – The Capital wages on a re-branding and is granted a prize in the Best Media Awards;

2013 – The magazine is nominated as one of the Super-brands of Mozambique;

2014 – Carried out academic events with the participation of guest speakers and specialists in Economics and Finances (Business Capital), in partnership with the National Students Union (UNE). c

Track record details

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CESUL: Uma espinha dorsal sem corpo nem energiaO Governo moçambicano, através do Ministério da Energia, continua a envidar esforços no sentido de materializar o projecto da Linha de Transporte de Energia Tete-Maputo, mais con-hecido por CESUL ou ”Espinha Dorsal”, três anos após o seu lançamento.

Gildo Mugabe (texto)

uP-GRaDE

48 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Há sensivelmente três anos, ou seja, no dia 24 de Novembro de 2011, Moçambique e o mundo testemunharam o lançamento daquele que é o maior projecto de rede

eléctrica em alta tensão após a inde-pendência nacional.Também conhecido por “espinha dorsal”, a rede vai viabilizar vários projectos de produção hidroeléctrica e térmica em curso no Vale do Zambeze assim como outros emergentes, assegurando o transporte da energia eléctrica a ser produzida para potenciais centros consumidores nacionais e para a região Austral de África, num custo avaliado em aproximadamente dois biliões de dólares norte-americanos.Este projecto tem sido apontado como uma infra-estrutura estratégica para o desenvolvimento da rede de distribuição de energia eléctrica no país. Por outro lado, o CESUL é aguardado com uma enorme expectativa no seio dos moçambicanos, pois vai, acima de tudo, dinamizar e incrementar o desenvolvimento da economia

nacional.E mais, espera-se que a construção da “espinha dorsal” venha a fomentar o desenvolvimento de importantes projectos de produção de energia. Projectos como a barragem de Mpanda Nkuwa, com um potencial de produção de 1.500 mega watts, que o Executivo considera prioritário, inclusive para o próprio avanço do CESUL.Volvidos três anos após o seu lançamento, tudo indica que dentro em breve as obras para a sua construção poderão iniciar. Aliás, depois de várias multinacionais, como a sul-africana Eskom, a francesa EDF e a brasileira Electrobras, terem manifestado o seu interesse em desenvolver este empreendimento, finalmente, foi confirmado o grupo China State Grid Corp como principal financiador.

Uma grande obra de engenharia

Neste momento, e segundo o

ministro da Energia, Salvador Namburete, os parceiros estão a discutir os pormenores, tendo em conta que se trata de um projecto muito sensível que envolve um grande investimento e diversos parceiros nacionais e internacionais.Em termos de engenharia, irá consistir na construção de 1.340 km de linha em corrente alternada de 400 kV e cerca de 1.250 km de linha em corrente contínua de 500 kV, com capacidade para escoar cerca de 3.100 MW, incluindo a construção de oito subestações e a ampliação de duas, que irão permitir o fornecimento de energia eléctrica ao longo das linhas. Durante a fase de construção, que terá uma duração aproximada de 4 anos, será capitalizada a utilização de mão-de-obra local intensiva, na ordem dos 3.600 trabalhadores, enquanto na da operação, serão empregues mais de 100 trabalhadores em regime permanente.c

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CESUL: A spinal cord without a body or energy Three years after its launch, the Mozambican Government through the Ministry of Energy, continues to make efforts towards materializing the Project Tete–Maputo Energy Trans-portation Line, known as CESUL or ‘Spinal Cord’.

Gildo Mugabe (text)

uP-GRaDE

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 49

Exactly three years ago, on the 24th of November 2011, to be precise, Mozambique and the world witnessed the launch of that which is the country’s larg-est project of high voltage elec-

tric power network, after the national independence. Also known as “spinal cord”, the net-work will enable various hydroelectric and thermal projects currently under-way in the Zambeze valley, as well as other emerging ones, and thus secur-ing the transportation of electric power produced for potential commercial centres in the country, as well as for the Southern African region, at an ap-proximate cost of two billion dollars. This project has been pointed as a strategic infrastructure for the devel-opment of the country’s electric power distribution network. On the other side, the CESUL is expected with enormous anticipation among Mozambicans as it will above all, energize and incre-ment the development of the national economy. Additionally, it is expected that the construction of the “spinal cord” comes to stimulate the development of important energy production proj-ects. Projects such as the Mpanda Nkuwa dam, with the potential for the production of 1.500 mega watts, considered as a priority by the govern-ment, including the advance of the CESUL itself.

Three years down the line after its launch, it all suggests that the con-struction works may soon get started. In fact, after many multinationals such as the South African Eskom, the French EDF and the Brazilian Electrobras, manifested their interest in carrying out with this undertaking, it was finally confirmed that the Group China State Grid is the main funder.

A huge engineering un-dertakingAccording to the Ministry of Energy, Salvador Namburete, the partners are now discussing the details while taking into account that it is a sensitive proj-ect which involves a huge investment

and several national and international partners. In terms of the engineering aspect, the project will establish a 1.340km stretch in 400kV of alternate power and roughly 1.250km stretch in 500kV of continuous power, with the capacity to outflow 3.100MW, includ-ing the construction of eight substa-tions as well as the enlargement of two other ones, which will cater for the supply of electric power through the lines. During the construction phase, which will last for approximately 4 years, the use of intensive local labour will be capitalized, for some 3.600 labourers, while an additional 100 la-bourers will be permanently employed during the operational phase.c

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Endodontics is a specialty of dentistry that in-volves the diagnosis, prevention and treatment of problems affecting the dental pulp, root canals and periapical tissues (inner part of the tooth). The endodontic treatment, also called root canal, is indicated in a general way when the inflamed

pulp presents with pain (pulpitis) on teeth which have deep cavities, fracture or infections involving the root, and can cause cysts or abscesses. This treatment involves removing pulp tissue, with subsequent filling with a filling material, thus, and simultaneously, preserving the tooth and health of periapical tissues. In recent years there has been a revolution in knowledge regarding endodontic treatment, with the update on biological knowledge and technological advances. With the aid of new technologies we can increase the accuracy of treatment as well as reduce the time of treatment (instrumentation with automated files instead of hand files). At DENTAL CARE, we use the latest equipment such as motors for mechanized endodontics - Reciproc® System

combined with digital dental radiog-raphy, thereby providing less working time and greater patient comfort, com-bined with a much higher success rate compared to conventional endodontic treatment.c

1- Endodontia convencional (limas manuais)2- Endodontia mecanizada

Dental Care - Clínica Dentária Maputo - Telefones: 21303386/ 820201198/ 846641443 | Matola: Telefones: 21720727/ 822958267/ 849517391Email: [email protected]

Endodontia mecanizada – um tratamento conservador numa era moderna

Mechanized endodontics- aconservative treatmentin modern era

A Endodontia é a especialidade da Medicina Dentária que envolve o diagnóstico, prevenção e tratamento dos problemas que afectam a polpa dentária, os canais radiculares e os tecidos peria-picais (parte interna do dente).O tratamento endodôntico, também designado

por tratamento de canal ou desvitalização, é indicado em de um modo geral, quando a polpa se apresenta inflamada, com dor (pulpite), em dentes que apresentem cáries profunda/fratura, ou infecções que envolvam a raiz, provocando a formação de abcessos ou quistos. Este tratamento consiste na remoção do tecido da polpa e dos canais radiculares, e no alargamento destes com subsequente preenchimento com um material obturador, permitindo assim, e simultaneamente, a conservação do dente e a saúde dos tecidos periapicais.Nos últimos anos houve uma revolução nos conhecimentos com relação a tratamento de endodontia, tanto pela atualização nos conhecimentos biológicos quanto nos avanços tecnológicos.Com o auxilio de novas tecnologias é possível aumentar a precisão do tratamento assim como reduzir o tempo de tratamento (instrumentação dos canais com limas mecanizadas em vez de limas manuais).Na DENTAL CARE, utilizamos equipamentos de última geração, como os motores para endodontia mecanizada – Sistema Reciproc® aliada à radiografia digital de baixa potência, proporcionando desta forma menor tempo de trabalho e conseqüentemente maior conforto ao paciente, aliado a uma taxa de sucesso muito superior comprado ao sistema convencional de tratamento de canal.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 51

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52 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

PlataFORMa EMPRESaRIal

O Projecto de Desenvolvim-ento de Irrigação Susten-tável (PROIRRI) financiado pelo Banco Mundial, que irá desenrolar-se ao longo de cinco anos, visa aumentar a

produção alimentar dos pequenos agricultores e elevar a produtividade das explorações agrícolas nas provín-cias de Sofala e Zambézia na região centro de Moçambique.Na sequência deste projecto, a produção alimentar irá passar de uma colheita anual para uma colheita e meia. Prevê-se que no final do projecto, o rendimento de arroz por hectare aumente da actual tonelada por ano para quatro toneladas. Considerando os 3.000 hectares, o projecto irá resultar numa produção anual de 12.000 toneladas de arroz. Infra-estrutura e sistemas de irrigaçãoA Royal HaskoningDHV irá conceber, implementar novos regadios e reabilitar e melhorar infraestruturas de irrigação existentes para o benefício de seis mil pequenos produtores. O gestor do projecto PROIRRI no Ministério da Agricultura

de Moçambique, Eugénio Nhone, afirma: “Com este projecto é nosso intuito promover e assegurar o auto-emprego, maior produção, incremento da produtividade e sustentabilidade da cultura do arroz, enquanto garantimos a segurança alimentar e um mercado regular para o arroz”. Outros benefícios incluem a redução da emissão de carbono, eficiência energética, criação de emprego e a transferência de competências. O projecto destina-se a organizar os produtores e identificar os mercados para a produção sustentável do arroz. Manuel Jossefa, sociólogo agrário na Royal HaskoningDHV, explica que: “Nos casos em que tal seja adequado, serão integradas novas tecnologias bem como novas aplicações das tecnologias de irrigação existentes, tendo em mente que os beneficiários são pequenos produtores que utilizam o trabalho manual. Este facto limitará, por exemplo, o recurso à mecanização. O projecto apresenta muitos desafios, nomeadamente as longas distâncias entre os centros de produção e a confirmação dos

direitos fundiários às associações de pequenos agricultores, o que implica estabelecer vínculos com diversas partes interessadas”.

O projecto será implementado ao nível distrital e tem em consideração aspectos relacionados com a produção do arroz, a colheita e a transformação pós-colheita, incluindo a venda.

O consórcio é liderado pela Royal HaskoningDHV e constituído pela Universidade de Wagningen da Holanda e pelas empresas Umhlaba da África do Sul e Resiliência de Moçambique e pela ONG Kulima de Moçambique.c

Royal HaskoningDHV seleccionadapara um importante projectode segurança alimentar em MoçambiqueConcepção e implementação de regadios totalizando 3.000 hectares de irrigação para a cultura de arroz para seis mil pequenos agricultores

O Ministério da Agricultura de Moçambique adjudicou ao consórcio liderado pela Royal Hasko-ningDHV um contrato como Fornecedor de Serviços de Consultoria para um Projecto de Irrigação no valor de 5,4 milhões de dólares norte-americanos, o qual envolve a concepção e a implemen-tação de um projecto de irrigação para a produção de arroz numa superfície de 3.000 hectares.

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The World Bank-funded Sus-tainable Irrigation Devel-opment Project (PROIRRI), which will run for five years, seeks to increase small-scale agricultural food pro-

duction and raise farm productivity in central Mozambique. As a result of the project, food production will increase from once a year harvest to one and a half harvests a year. By the end of the project, rice yield per hectare will increase from the current one ton a year to four tons a year. Considering the 3,000 hectares, the project will result in 12,000 tons of rice production per year. Irrigation schemes and infrastructureRoyal HaskoningDHV will de-sign and implement new and rehabilitated irrigation schemes and improve existing irrigation infrastructure for the benefit of six thousand small-scale farm-ers. PROIRRI project manager at the Mozambique Ministry of

Agriculture Mozambique Mr Eugénio Nhone said: “With this project we aim to promote and ensure self-employment, higher production, increased productivity and sustainability of the rice crop, while guaranteeing food security and a regular market for rice.” Other benefits include reducing carbon footprint, energy efficiency, job creation and skills transfer. The project is expected to run until 2017 and will be concentrated in the provinces of Sofala and Zambezia. The project is designed to organise producers and identify markets for the sustainably produced rice. Mr Manuel Jossefa, agricultural sociologist at Royal HaskoningDHV, explains: “Where appropriate, new technologies and applications of existing irrigation technologies will be incorporated, bearing in mind that the beneficiaries are small producers using manual labour. This limits the use of mechanisa-tion for example. The project has many challenges, not least the long distances between centres

and confirming land rights to small farmer associations, which involves establishing links with various stakeholders”.The project will be implemented at district level and considers all aspects related to rice production, harvesting and post-harvesting processing including sale. The consortium consists of Royal HaskoningDHV, Dutch Wageningen University & Research centre, South African engineering firm Umhlaba, Mozambican engineer-ing firm Resiliência, Mozambican NGO Kulima and Mozambican NGO Eco-Micaia.c

Royal HaskoningDHVawarded big food security project in MozambiqueDesign and implementation of 3,000ha rice irrigation for six thousand small-scale farmers

The Mozambique Ministry of Agriculture has awarded a Royal HaskoningDHV-led consor-tium the US$5.4 million Irrigation Services Provider contract which entails the design and implementation of a 3,000 hectares rice irrigation project.

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Gildo Mugabe (texto e fotos)

Perspectiva HIDROCaRBONEtOS

ENH incrementa investimento na pesquisa e exploraçãoA Empresa Nacional de Hidrocarbonetos-ENH, uma instituição detida 100% pelo Estado moçambicano, vai mobilizar cerca de 5.5 biliões de dólares norte-americanos dos 45 neces-sários para a materialização do projecto de gás natural liquefeito na bacia do Rovuma e do estudo para as quatro unidades de liquefação.

De acordo com Nelson Ocu-ane, presidente do Conselho de Administração da ENH, para além deste projeto, o destaque vai ainda para os investimentos na área

da imobiliária através da empresa nacional dedicada à logística e para o desenvolvimento de uma infraestrutura portuária em Pemba, cujo investimento atinge numa pri-meira fase os 150 milhões de dólares norte-americanos, mas que poderá ascender a 1 bilião.A empresa está, neste momento, a desenvolver um estudo para a construção de um gasoduto norte-

sul num investimento estimado em cerca de 5 biliões de dólares norte-americanos e um outro estudo de viabilidade para o desenvolvimento de uma planta de produção de combustível a partir de gás natural, cujo investimento poderá oscilar entre 6 e 8 biliões de dólares.“Temos um projecto concreto que, neste momento, se encontra em paralelo com o Banco Nacional de Investimento (BNI) e em estreita colaboração com a Bolsa de Valores de Moçambique e que consiste na colocação de 20% da participação no projeto de desenvolvimento da base logística de Pemba. Esta base vai

ter características específicas para a indústria e pensamos - numa primeira fase - proceder com o investimento de 150 milhões de dólares”, refere Ocuane. O mesmo sublinha que para este projeto um dos grandes desafios passa por saber quando é que os moçambicanos poderão começar a participar pois há vários correntes. “Uns podem entrar no início. Outros acham que se deve desenvolver o projecto para depois se fazer a colocação. Mas é um debate que deve ser conduzido pelas equipas técnicas abalizadas na matéria, disse o PCA da ENH.

Gás natural com farturaNeste momento, segundo Nelson Ocuane, a ENH participa em todas as áreas de concessão e, actualmente, existem cerca de 11. Os investimentos estão concentrados principalmente em duas áreas: na bacia do Rovuma que é a área 1, cujo operador é Anadarko e a área 4 que é operada pela ENI. Nos dois campos foram descobertas enormes quantidades de gás natural, que ascendem a 170 triliões de pés cúbicos.“Os investimentos realizados neste momento na área de pesquisa são de cerca de 4 biliões de dólares. De referir que se trata de um investimento a

DR

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Perspectiva HIDROCaRBONEtOS/ Hydrocarbons PERSPECtIVE

risco, um investimento sem esperança de retornos imediatos senão depois da descoberta e da exploração do gás natural”, avança. Neste investimento, a parte da responsabilidade da ENH é de cerca de 450 milhões de dólares. Para a produção de gás natural foram investidos cerca de dois milhões de dólares e as reservas actuais são estimadas em 3.5 triliões de pés cúbicos.

Como os moçambicanos podem participar do negócioA primeira oferta pública de venda foi realizada tendo por base o gás natural de Pande e Temane. “Com o projeto de Pande e Temane,

fizemos a primeira oferta pública de venda (OPV) para privados nacionais, pessoas singulares e empresas moçambicanas. Este foi o início, mas um dos nossos grandes desafios é garantir o envolvimento de moçambicanos em investimentos no sector dos hidrocarbonetos e a OPV visava trazer os moçambicanos como investidores. Da colocação feita, tivemos uma participação acima daquilo que estávamos à espera, mas só absorvemos o equivalente a 10% de participações”, frisou Ocuane.Contudo, e segundo o representante máximo da ENH, existe uma segunda possibilidade de colocação, dado que a estruturação do projecto de Pande e Temane foi executada de tal forma que 5% deste fosse alocado

ao IFC com vista a alavancá-lo. Aliás, o objectivo é que esta participação depois seja colocada em Bolsa para que os moçambicanos mais uma vez participem. E mais, neste momento a ENH está a desenhar um projecto com vista à participação do empresariado local na prestação de serviços, durante a materialização do projecto da Bacia do Rovuma, sendo que para tal vai ser necessário que sejam criados produtos à medida. Ou seja, desde os serviços mais complexos aos menos complexos.De referir que a ENH foi construída para ser o braço do Governo na pesquisa, produção e comercialização de gás natural e petróleo.c

According to Nelson Ocuane, the Chairman of the Board of Directors of ENH, apart from this project, the highlight also goes to investments in the real estate industry

through the national firm dedicated to the logistics and development of a port infrastructure in Pemba, and which has an investment of 150 million American dollars for its first phase, and which may then ascend

to 1 billion. The firm is currently car-rying out a study for the construction of a north-south pipeline for a total investment estimated in roughly 5 billion American dollars, and another viability assessment for the develop-ment of a fuel production site based on natural gas, and for which the investment may vary between 6 and 8 billion dollars. “We have a tangible project which at this point and time is being handled by the National Investment Bank (BNI)

in close collaboration with the Mo-zambique Stock Exchange, and which aims at the disbursement of the 20% share towards the participation in the project for the development of a logistics base in Pemba. This base will have specific characteristics for the industry and we thinking of – at first – to proceed with the investment of 150 million dollars”, utters Ocuane. The speaker underlines that one of the biggest challenges for this proj-ect involves ascertaining when can

ENH augments investment in research and exploration The National Hydrocarbons Company – ENH, an institution owned 100% by the Mozambican State, will source roughly 5.5 billion American dollars out of the 45 necessary for the materia-lization of the liquefied natural gas project in the Rovuma basin as well as towards the re-search for the four liquefaction sites.

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Page 57: Revista Capital 79

MOZV A L U E R S

• Avaliação de Património e imobilizado (imóveis, equipamentos e agrícola);

• Projectos de Arquitectura e Urbanismo;

• Consultoria estratégica nestes sectores;

• Construção Civíl e Fiscalização;

• Estudos Económicos e de Viabilidade;

• Estudos na área de Energia e Ambiente.

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Maputo-Moçambique

Page 58: Revista Capital 79

Mozambicans start participating, as there are many applicants. “Some may enter in the beginning while oth-ers believe that the project should first be developed and then the disburse-ment. It is however a debate that needs to be conducted by the technical teams with better command of the subject”, said the ENH CBD.

Plenty of natural GasAccording to Nelson Ocuane, the ENH participates in all 11 concession sites currently available. The investments are mainly concentrated to two sites: the Rovuma basin which is site 1 and operated by Anadarko and site 4 which is operated by ENI. Gargantuan quantities of natural gas were discov-ered in both sites which go beyond the 170 trillion cubic feet. “The investments made so far in the research field amount to roughly 4 billion dollars. It is noted that it is an investment of risk, considering that

there is no expectation of immediate returns, not until the discovery and exploration of natural gas”, he further hints. In this investment, the share of responsibility for the ENH is roughly 450 million dollars. For the produc-tion of natural gas, some two million dollars were invested and the current reserves are estimated in 3.5 trillion cubic feet.

How can Mozambicans participate in the business? The first public sales offer was car-ried out taking into account the Pande and Temane natural gas. “With the Pande and Temane project we made the first public sales offer for the national private sector, individu-als and Mozambican firms. This was just the beginning as one of our major challenges is to guarantee the involve-ment of Mozambicans in investments in the field of hydrocarbons, and for that end, the OPV aimed at bringing

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Mozambicans as investors. From the disbursement made, we had a partici-pation beyond our expectation, yet we only absorbed the equivalent of 10% of the shares”, said Ocuane. However, still according to the top one of ENH, there is a second pos-sibility for the disbursement, taking into account that the structuring of the Pande and Temane Project was carried out in such a way that 5% of the disbursement was allocated in the stock exchange, in order for Mo-zambicans to participate. Additionally, ENH is currently draft-ing a project aimed at the participa-tion of the local business community in the provision of services during the implementation of the Rovuma Basin Project, and for that, it will be necessary that specific products are purposefully created. In other words, from the least complex services to those more complex ones. It is re-ferred that the ENH was established to become the Government’s hand in research, production and trade of natural gas and oil.c

DR

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ConferênCia e exposição sobre responsabilidade soCial empresarial

19 – 20 março 2015 Maputo • MoçaMbique

‘’CSR Moçambique: Promovendo a inclusão social e a prosperidade!”

OrganizadO pOr OrganizadO pOr

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Page 60: Revista Capital 79

Informação Económica Mensal Economia Moçambicana / Mozambican Economy

Fáusio MussáEconomista do Standard Bank

Mercados/Markets StaNDaRD BaNK

60 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Inflação

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) - Moçambique registou pelo terceiro mês consecutivo em Julho, uma descida mensal de preços, desta vez de -0.04% m/m (mês a mês), devido essencialmente à descida do custo dos alimentos em Maputo.

A cidade de Maputo apresentou uma deflação mensal de -0.43% m/m, mantendo o comportamento sazonal dos últimos 3 anos, contrastando com as inflações mensais de 0.06% m/m na Beira e 0.43% m/m em Nampula.

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Inflação Mensal (Maputo Monthly Inflation)

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Inflation

Mozambique CPI (Consumer Price Index) recorded for the third consecutive a monthly deflation of -0.04% m/m (month on month) in July, mainly attributed to an ease in food prices in Maputo.

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Inflação Mensal Moç.(Moz M/M Inflation)

2012 2013 2014

Maputo recorded a monthly deflation of -0.43% m/m, maintaining the seasonal behavior of the past 3 years, contrasting with Beira and Nampula, which recorded monthly inflations of respectively 0.06% m/m and 0.43% m/m.

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Em termos anuais, a inflação do país aumentou 0.20pp-pontos percentuais para 2.95% a/a (ano a ano) em Julho, com a média a descer 0.14pp para 3.39%, mantendo-se historicamente baixa. Na cidade de Maputo, barómetro da inflação do país, o IPC anual e médio caíram 0.09pp e 0.21pp, respectivamente, para níveis de 2.37% a/a e uma média de 3.32%.

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Inflação - Maputo (Maputo Inflation)

anual (Y/Y)média (average)

A estabilidade dos preços administrados e da moeda, a par de preços deprimidos dos comodities no mercado internacional têm permitido manter a inflação a níveis abaixo do objectivo do Governo de médio prazo de 5.6%.

As nossas projecções indicam uma tendência de aumento da inflação típica do último trimestre do ano, mas insuficiente para coloca-la acima do objectivo do Governo, prevendo-se que essa tendência ascendente se mantenha em 2015. A necessidade de ajustar alguns dos preços administrados a par da possibilidade de ocorrência do fenómeno natural “El Nino” com provável impacto negativo sobre a agricultura, constituem os principais riscos para a inflação em 2015.

Mercado Monetário

Este ambiente de inflação relativamente estável tem permitido ao Banco Central, manter uma política monetária neutra, com a sua taxa de juro de referência de empréstimos overnight aos bancos comerciais, FPC, inalterada no actual mínimo histórico de 8.25% desde Outubro de 2013, após cortes no total de 825pb (pontos base) desde Agosto de 2011.

A taxa de juro prime média de financiamento praticada pelos bancos comerciais manteve-se inalterada em 14.94% desde o início do ano, após ter caído 420pb desde 2011, com as taxas de juro médias de depósito a prazo e de financiamento estáveis em torno dos 10% e 21%, respectivamente, níveis considerados elevados.

Previsão (Forecast)

At an annual basis, Mozambique’s inflation increased 0.20pp-percentage to 2.95% y/y (year on year), with an average of 3.39%, down 0.14pp on previous month, remaining historically low. In Maputo city, the country’s inflation barometer, CPI eased 0.09pp and 0.21pp, respectively, to an annual figure of 2.37% and an average of 3.32%.

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Inflação Moçambique (Moz Inflation)

anual (Year on Year)

media (average)

Pre

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ast)

The stability of local administered prices and currency, together with depressed international commodity prices, helped to keep local inflation below Government’s medium term target of 5.6%.

Our projection indicates that inflation is likely to keep an increasing during the last quarter of 2014 but remaining below Government target, an upward trend that is likely to prevail during 2015. The need to adjust some of the administered prices, together with the possibility of occurrence of “El Nino” climate effect, the later with expected negative impact on agriculture’s output remains the main risks for inflation during 2015.

Money Market

This low inflation environment allowed Central Bank maintain a neutral monetary policy stance, with its overnight reference lending interest rate (FPC) being kept unchanged at an historic low level of 8.25% since October 2013, following cuts totaling 825 bps (basis points) since August 2011.

Commercial banks’ average prime lending rates remained unchanged at an average of 14.94% since the beginning of the year, after falling 420bps since 2011, with deposit interest rates averaging near 10% and lending interest rates around 21%, being considered “high”.

Some countries tried to reduce borrowing costs by limiting their net interest margins, others by fixing maximum limits for deposit interest rates or lending interest rates. Mozambique’s adjustment of interest rates has been driven

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Taxas de Juro (mercado primário)(Primary market interest rates)

FPC BT 91d (TB) FPD

Em alguns países, as autoridades monetárias procuraram baixar o custo de financiamento por meio de regulamentação, que fixa um limite para as margens que os bancos comerciais podem praticar, noutros casos fixou-se um limite para a taxa de juro dos depósitos ou para a taxa de juro do financiamento. Moçambique tem privilegiado um ajustamento das taxas de juro por via das condições de mercado, o que em nossa opinião reduz o risco de se introduzirem distorções aos preços de mercado.

Após uma correcção para cima para reflectir condições de mercado ao longo do ano 2013, após ter atingido um nível induzido historicamente baixo de 2.51% em Novembro de 2012, as taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro (BT’s) mantiveram-se estáveis em 2014, fechando o mês de Julho a níveis de 5.35% a 91 dias, 6.63% a 182 dias e 7.26% a 364 dias, reflectindo a estabilidade das restantes taxas de juro do mercado monetário.

Dados referentes ao mês de Julho indicam um abrandamento da expansão anual da massa monetária (M3), em linha com as metas da política monetária, para 17.6% a/a, contra 23.4% a/a em igual período de 2013 devido essencialmente à contracção dos depósitos em moeda externa de -1.4% a/a, com os depósitos em moeda nacional e as notas e moedas em circulação a manterem um crescimento robusto de 25% cada um.

O crédito à economia também abrandou ao registar uma expansão de 24.7% a/a, contra 32.1% a/a em igual período de 2013. A desaceleração do crédito deveu-se essencialmente a uma menor expansão do financiamento em moeda externa, de 5.1% a/a, com o crédito em moeda nacional a manter um forte crescimento de 30.7% a/a.

O mercado monetário continua a apresentar um elevado rácio de transformação de depósitos em financiamento de 91.7% em moeda nacional, o que explica em parte a forte pressão sobre a liquidez e a manutenção das taxas de juro a níveis elevados.

by market conditions, which in our opinion reduces the risk of price distortions in the market.

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Agregados Monetarios e Taxas de Juro (%)Monetary Agregates & Interest Rates (%)

y/y change Credito a Economia (Credit to Economy)y/y change M3Taxa de Juro Credito (Lending Interest Rates)Taxa de Juro Depositos (Deposit Interest Rates)

Following induced low levels reaching an historic low of 2.51% in November 2012 and an upward correction towards market conditions during most of 2013, Treasury Bills (TB’s) interest rates remained stable this year, closing July at 5.35% for the 91 day tenor, 6.63% at 182 days and 7.26% at 364 days, reflecting the stability of most of the interest rates in the money market.

Data reported to July indicates a slower growth of money supply (M3) in line with Central Bank targets at 17.6% y/y, from 23.4% during the same period of 2013, mainly attributed to a contraction in foreign currency deposits of -1.4% y/y, with local currency deposits and notes & coins in circulation maintaining a strong growth, both at 25% y/y.

Private sector credit extension also grew at a slower pace of 24.7% y/y, from 32.1% y/y during the same period of 2013. This deceleration was mainly due to lower growth in foreign currency lending of 5.1% y/y, with local currency lending maintaining the momentum with an expansion of 30.7%, y/y.

The money market continued to show a high conversion ratio from deposits into lending of 91.7% in local currency, which partially explains the strong pressure on commercial banks liquidity and the maintenance of high interest rates.

Capital Markets

Capital markets also showed stable long-term interest rates, with latest Government Bonds (OT2014) with a tenor of 3 years being placed at an initial interest rate of 9.88%, the same as the one of last year’s Government Bond issue.

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Mercado de Capitais

O mercado de capitais também apresenta uma estabilidade de taxas de juro de longo prazo, com a mais recente colocação de Obrigações do Tesouro (OT’s2014), com a maturidade de 3 anos, a apresentar um yield inicial de 9.88%, igual ao da última colocação de OT’s em 2013.

Com uma capitalização bolsista de MT37.4 biliões (U$1.2billiões), dos quais 40% representando OT’s, a actividade na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) em Julho resumiu-se à colação pelo Governo da quarta série das OT2014 no montante de MT370 milhões (U$11.9 milhões), mantendo-se a estratégia de colocar montantes reduzidos em cada série para não pressionar a liquidez do mercado e evitar uma subida da taxa de juro.

Mercado Cambial

Contrastando com a instabilidade política vivida desde o reinício em Março de 2013 de confrontos armados entre a Renamo e o exército Governamental, que felizmente parecem ter chegado ao fim, com a recente assinatura do acordo de paz, o Metical manteve-se estável face às principais moedas de troca internacional, com apreciações mensais de 0.4% m/m, 2.5% m/m e 1% m/m face ao Dólar, o Euro e Rand, respectivamente, fechando o mês de Julho a níveis de MZM/USD 30.52, MZM/EUR 40.89 e MZM/ZAR 2.85, ao nível do mercado cambial interbancário, o que representa, perdas anuais de 2.2% a/a e 3.6% a/a contra o USD e EUR e ganhos de 5.6% a/a face ao ZAR.

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Esta estabilidade cambial resulta em grande medida da continuidade dos fortes influxos de investimento estrangeiro, sobretudo no sector dos recursos naturais, que tem permitido ao Banco Central, fornecer regularmente divisas ao mercado, e manter um nível de Reservas Internacionais Líquidas (RIL’s) crescente, de U$3.23 mil

accoes (Shares)

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ot's (Government

Bonds)40%

obrigacoes de Bancos

(Bank Bonds)

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Bonds)2%

Papel Comercial (Comercial

Paper)4%

BVM: Capitalizacao Bolsista (Market Capitalization)

With a market capitalization of MT37.4 billion (U$1.2bn) of which 40% representing Government Bonds, the July activity at Mozambican Stock Exchange (BVM) evolved around the placement of the fourth series of 2014 Government bonds OT2014 totaling MT370 million (USD11.9 million), with the strategy of low placement amounts at each series being kept to avoid liquidity pressures and avoid an interest rate increase.

Foreign Exchange Market

Contrasting with the political instability characterized by the restart in March 2013 of an armed confrontation between Renamo forces and the Government army which fortunately seems to have ended, with the recent signature of peace agreement, the Metical remained stable during most of this period, closing July with monthly appreciations of 0.4% m/m, 2.5% m/m and 1% m/m to the US Dollar, the Euro and Rand, closing, respectively at MZM/USD 30.52, MZM/EUR 40.89 and MZM/ZAR 2.85, at interbank money market, which represents annual losses of 2.2% y/y and 3.6% y/y to the USD and EUR and gains of 5.6% y/y to the ZAR.

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Taxas de Cambio (variação % anual)Foreign Exchange Rates (y/y %change)

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milhões em Julho, que representa uma expansão anual de 34.7% a/a e um rácio de cobertura de importações de 4.5 meses.

O aumento mensal de RIL em Julho na ordem dos U$54.4 milhões deveu-se essencialmente ao efeito positivo dos desembolsos da ajuda externa de U$91.7 milhões, às entradas líquidas de divisas a favor de projectos do Estado de U$59.9 milhões, a compras de U$7.1 milhões e às remessas de mineiros de U$3.3milhões, que compensaram as vendas de divisas do Banco Central no mercado cambial interbancário de U$22.9 milhões, os pagamentos do serviço de dívida externa de U$10.3 milhões e perdas cambiais potenciais de U$22.2 milhões.

As perspectivas de estabilidade política e de desenvolvimento dos projectos de gás natural da Bacia do Rovuma permitem manter expectativas de continuidade do investimento directo estrangeiro e de estabilidade cambial, essencial para o que o país cumpra com os principais indicadores de estabilidade macroeconómica.

Actividade Económica

O país caminha a passos largos para as eleições presidenciais e parlamentares agendadas para o dia 15 de Outubro, com o mês de Agosto, que antecede o início da campanha eleitoral, caracterizado por uma forte actividade legislativa, onde se destacam a aprovação pelo Parlamento da “Lei da Amnistia” para facilitar a reconciliação nacional e o fim do conflito armado, a revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE), com aumento da despesa em 3.4% (cerca de U$260 milhões) para dentre outros, permitir o aumento dos gastos eleitorais, a “Lei de Petróleos”, a “ Lei do Regime Fiscal da Actividade Mineira”, e a “Lei do Regime Fiscal dos Petróleos”, esta última para permitir ao Governo, negociar com os operadores da Area1 (representados pela Anadarko) e Area4 (representados pela ENI), as condições que marcarão o quadro regulamentar necessário para o desenvolvimento dos projectos de gás natural liquefeito (LNG) da bacia do Rovuma.

Para além de um quadro regulamentar que seja favorável ao desenvolvimento desses projectos de LNG, o país deverá ser capaz de mobilizar recursos financeiros iniciais superiores a U$23biliões, representando um dos maiores projectos de investimento em África, num mercado mundial de LNG com uma oferta em forte expansão e uma procura limitada, o que poderá tornar difícil o estabelecimento de contratos de fornecimento de longo prazo que permitam a realização do investimento necessário.

Estes desenvolvimentos permitem perspectivar que a economia moçambicana acelere o forte ritmo de crescimento do PIB dos últimos anos, sendo a estabilidade política uma condição indispensável.c

This currency stability reflects the strong foreign direct investment inflows into the country, mainly into the natural resources sector, allowing Central Bank to supply regularly the market with foreign exchange and maintain a growing level of Net International Reserves (NIR) which closed July at $3.23 billion, representing an annual growth of 34.7% and 4.5 import cover months.

The July increase in NIR of U$54.4 million reflects essentially the positive effect of foreign aid disbursements of U$91.7 million, the net increase of foreign exchange to Government projects of U$59.9 million, purchases of U$7.1 million and miners remittances of U$3.3 million, which compensated for the Central Bank sales of foreign currency in the interbank market of U$22.9 million, external debt payments of U$10.3 million and potential foreign exchange losses of U$22.2 million.

The prospects of political stability, together with expected development of natural gas projects in the Rovuma basin increases the likelihood of continuation of strong foreign direct inflows and currency stability, which is critical for the country to continue to maintain macroeconomic stability.

Economic Activity

As we get closer to the start of the political campaign for presidential and parliamentary elections scheduled for the 15th October, we have noticed in August an increased parliamentary activity, with the approval of the “Amnesty Law” to facilitate the end of the armed conflict, the approval of “General Government Budget” increase by 3.4% (nearly U$260million) to enable among others, an increase in elections expenditure, the approval of “Oil Law”, the approval of “Mining Fiscal Regime” and the approval of “Oil Fiscal Regime”, the last being the one that setup the boundaries for the Government to negotiate with the concessionaires of Rovuma Basin Area 1 (leaded by Anadarko) and Area 4 (leaded by ENI) conditions needed for the development of their LNG (Liquefied Natural Gas) projects.

Apart from being able to establish the legal framework that enables the LNG exploration, the country needs to mobilize initial minimum investment amounts in excess of U$23billion, which represents one of the largest single investment projects in Africa, with an LNG market characterized by an increasing supply and limited demand, which might make difficult the signing-off of long-term off-take agreements needed for the investment to proceed.

These developments increase the prospects of an acceleration of Mozambique’s GDP strong growth rates, with political stability remaining a key component.c

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NotaEste documento foi preparado com base em informação de fontes que o Grupo Standard Bank acredita e são confiáveis. Apesar de todo o cui-dado ter sido tomado na elaboração deste documento, nenhum ana-lista ou membro do Grupo Standard Bank fornece qualquer garantia ou aceita qualquer responsabilidade sobre a informação contida neste documento. Todas as opiniões, previsões e estimativas contidas neste documento podem ser alteradas após a sua publicação e a qualquer momento, sem aviso prévio. O desempenho histórico não é indicativo de resultados futuros. Os investimentos e estratégias discutidos aqui podem não ser adequados para todos os investidores ou qualquer gru-po particular de investidores. Este documento foi elaborado para efei-tos informativos, apenas para clientes do Standard Bank ou potenciais clientes e não deve ser reproduzido ou distribuído a qualquer outra pessoa sem o consentimento prévio de um membro do Grupo Standard Bank. O uso não autorizado deste documento é estritamente proibido. Ao aceitar este documento, concorda ser guiado pelas limitações que existem ou que venham a existir. Copyright 2013 Standard Bank Group. Todos os direitos reservados.

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Anexo (Appendix): Indicadores Macroeconómicos (Macroeconomic Indicators)

Indicadores (Indicators) Unidade (Unit) Escala 2011 2012 2013 2014(*) 2015(*) 2016(*) 2017(*) 2018(*) 2019(*)(scale)

PIB nominal (Nominal GDP)** MZN 10^9 385,0 424,3 470,5 528,0 603,0 689,0 784,0 894,0 1.017,0PIB nominal (Nominal GDP)** USD 10^9 14,2 14,4 15,7 17,6 19,5 22,2 25,3 28,8 32,8PIB real (Real GDP)** MZN 10^9 339,7 363,7 390,8 423,3 458,0 495,5 534,7 577,4 621,9PIB real (Real GDP)** variação % (% change) 7,4 7,1 7,4 8,3 8,2 8,2 7,9 8,0 7,7

PIB per capita (Per capita GDP) USD 635,3 605,1 644,7 702,8 756,0 841,2 932,0 1.034,8 1.146,2

População (Population) habitantes (Inhabitants) 10^6 22,3 23,8 24,4 25,0 25,7 26,4 27,1 27,9 28,6

Inflação média (Average Inflation) - Maputo variação % (% change) 10,4 2,1 4,2 3,4 5,6 5,6 5,6 5,6 5,6

Taxa de câmbio media (Average exchange rate) MZN/USD 28,8 28,3 29,9 30,0 31,0 31,0 31,0 31,0 31,0Taxa de câmbio fdp (End of period exchange rate) MZN/USD 27,1 29,5 30,0 31,0 31,0 31,0 31,0 31,0 31,0

Taxa de juro da FPC (fdp-fim de periodo) por cento (percentage) 15,0 9,5 8,25 8,25(Central Bank overnigth lending rate, end of period)

Taxa de juro prime média do mercado por cento (percentage) 19,1 15,5 14,97 13,25(Market average prime lending rate)

Deficit da conta corrente (Current account deficit) % do PIB (% of GDP) % -21,1 -44,3 -37,5 -45,5 -45,1 -41,0 -47,7 -46,7 -40,6 Exportacoes de bens (Exports of goods) USD 10^9 3,1 3,9 4,1 4,8Importacoes de bens (Imports of goods) USD 10^9 -5,4 -7,9 -8,5 -7,9 Reservas Internac. Brutas (Gross Int. Reserves) USD 10^9 2,4 2,6 3,0Cobertura importacoes exc.g.p. (Import cover excl. meses (months) 5,2 4,8 4,8

M3, massa monetária (M3, money supply) variação % (% change) 8,2 28,7 16,3 18,5 15,3 15,2 15,1 15,1 15,2Crédito a economia (Private sector credit ext. variação % (% change) 4,6 18,3 28,7 20,7 16,4 16,3 16,5 16,4 16,4Base monetaria (Reserve money) variação % (% change) 8,5 19,7 15,7 17,0 15,1 14,9 14,9 15,0 15,1

Receita Fiscal (Fiscal Revenue) (***) MZN 10^9 79 96 120 156Despesa Total (Total Expenditure) (***) MZN 10^9 142 163 196 249Deficit Global (Global Deficit) (***) MZN 10^9 -63 -67 -76 -94 Receita Fiscal (Fiscal Revenue) (***) % of GDP % 20,6 22,5 25,6 29,5Despesa Total (Total Expenditure) (***) % of GDP % 36,8 38,4 41,7 47,2Deficit Global (Global Deficit) (***) % of GDP % -16,3 -15,9 -16,1 -17,7 Fontes (Sources): Standard Bank, Banco de Moçambique, Governo de Moçambique, INE, FMINotas notes: (*) dados a cinzento indicam previsão, estimativa (grey data indicates forecast, estimate) (**) Ano base do PIB alterado de 2003 para 2009 em Jul2014 (GDP base year changed from 2003 to 2009 during July2004) (***) Orçamento Geral do Estado (Government Budget)

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GEStÃO EMPRESaRIal

Empresas B2B investem mais na relaçãocom o cliente, no entanto a maioria não recebe metade do retorno desse investimento

66 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

A grande maioria das orga-nizações business-to-busi-ness (B2B) têm aumentado o número de iniciativas para melhorar a experiên-cia dos seus clientes, no

entanto muitas delas não con-seguem obter o máximo retorno desse investimento. Esta é uma das conclusões de um novo estudo da consultora Accenture, baseado numa pesquisa efectuada junto de 1.458 executivos das áreas de vendas e serviço ao cliente de organizações B2B em 13 países. Este estudo da Accenture indica ainda que 76% das empresas in-quiridas poderão estar a perder até metade do seu investimento em iniciativas ineficazes de expe-riência de cliente. Os executivos inquiridos referem que os clientes empresariais têm vindo a demons-trar comportamentos cada vez mais semelhantes aos dos consumidores individuais, particularmente na for-ma como se relacionam, interagem e adquirem produtos e serviços aos seus fornecedores. Com um conhe-cimento cada vez maior do mercado (impulsionado também por uma maior facilidade no acesso à infor-mação), expectativas mais elevadas para com os seus fornecedores e uma maior sensibilidade ao factor preço.Tendo em conta este contexto, 43% dos executivos de organizações B2B tencionam no próximo ano aumen-tar o investimento em programas de experiência de clientes em pelo

menos 6%. Contudo, mais de me-tade dos inquiridos admite que os seus programas nesta área regista-ram pouco, nenhum ou um retorno negativo no que respeita à retenção de clientes (55%) e ao crescimento global das receitas (52%).Intitulado “B2B Customer Experience: Start Playing to Win and Stop Playing Not to Lose”, este estudo da Accen-ture revela o sentido, escala e o su-cesso das iniciativas desenvolvidas pelas empresas B2B junto dos seus clientes com objectivo de melhorar a experiência do cliente em todos os pontos de contacto, desde as ven-das, marketing e serviço ao cliente. “A relação entre a organização e o seu fornecedor mudou”, afirma Robert Wollan, global Managing Director da

área de Sales and Customer Services da Accenture. “Os clientes empre-sariais revelam agora um compor-tamento idêntico ao do consumidor final. Sabem mais sobre os serviços que oferecemos, esperam mais solu-ções customizadas e são mais sensí-veis ao factor preço. As organizações dizem conhecer este facto mas a larga maioria não está a desenvolver nem a executar de forma efectiva as alte-rações necessárias a esta mudança. Esse facto provoca uma quebra nos resultados e a perda de oportunida-des. Obter um melhor desempenho na experiência de cliente para as empre-sas B2B pode ser determinante no seu sucesso, mas muitas delas estão a agir de forma a “não perder” em vez de apostarem em “ganhar”.

DR

Page 67: Revista Capital 79

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 67

Cerca de 85% dos executivos con-sideram que a experiência global de cliente é “muito importante” nas suas prioridades estratégicas e cerca de 70% reconhecem que, nos próximos dois anos, a experiência de cliente será um factor ainda mais relevante na estratégia da sua orga-nização. O estudo da Accenture revela que as organizações B2B podem tipicamen-te ser classificadas em três segmen-tos, de acordo com a sua capacidade de planear e executar programas de experiência de cliente que condu-zam ao aumento das receitas anuais:LÍDERES: Grupo de organizações que colocam como prioridade a ex-periência de cliente e se destacam quer na definição quer na execução de uma estratégia de experiência e serviço ao cliente, contribuindo para a geração de um aumento médio de cerca de 13% nas receitas anuais. Apenas um quarto das empresas que participaram nesta pesquisa (24%) se qualificaria como “Líderes”.SEGUIDORES: Organizações caracte-rizadas por um desempenho mode-rado na experiência de cliente, que contribui para um aumento médio de cerca de 6% nas receitas anuais. Este grupo representa cerca de me-tade (48%) das empresas entrevis-tadas neste estudo. ÚLTIMOS: Este grupo, que represen-ta 28% da amostra do estudo, apre-sentou um decréscimo nas receitas, em parte devido a lacunas quer na estratégia da experiência de clien-te quer na capacidade de execução das mesmas. Este estudo da Accen-ture mostra ainda que os “Líderes” investem mais tempo e recursos do que os “Últimos” na melhoria da experiência de clientes, superando--os por isso a diversos níveis:

•• 92% dos “Líderes” têm a experiência de cliente como um processo formal end-to-end, integrando-a

em todas as interacções das funções de vendas, marketing e serviço ao cliente, comparando com menos de metade (46%) dos “Últimos”.

•• Existe maior probabilidade de os “Líderes” conside-rarem a experiência de cliente como um elemento central da sua estratégia e operações. 91% dos “Líderes” estabelecem uma ligação entre as aná-lises de desempenho, a compensação e os bónus das equipas de vendas e serviços com os resultados obtidos na experiência de cliente, comparando com 42% dos “Últimos”.

•• Os “Líderes” são mais propensos a centralizar a responsabilidade da ex-periência de cliente numa única função – 64% vs. 36% no grupo dos “Últi-mos”.

•• Os executivos das organi-zações consideradas “Lí-deres” estão praticamente 4 vezes mais propensos do que os “Últimos” em aumentar o orçamento da

área de experiência de cliente em mais de 6% no próximo ano fiscal – 78% vs. 20% respectivamente”.

“A diferença de desempenho entre os grupos de “Líderes” e “Últimos” é ainda maior do que o que seria ex-pectável, tendo em conta que ambos referiram o serviço ao cliente como uma prioridade estratégia”, afirma o executivo da Accenture. “A maioria não consegue colocar em prática o que tem planeado nem implementar alterações profundas nos processos. Uma das soluções pode passar por dar controlo, ou incluir no P&L os responsáveis pelas áreas de expe-riência de cliente, e fomentar-se uma verdadeira colaboração entre as áreas de vendas internas e externas, marketing, serviço ao cliente e parcei-ros externos. A análise da Accenture indica que a proximidade ao negócio é um preditivo do desempenho de experiência de cliente.”MetodologiaEste estudo, realizado no final de 2013, foi baseado num inquérito online realizado pela Accenture a 1.458 Chief Sales, Service e Cus-tomer Officers, Vice-Presidentes e Directores das áreas de vendas e serviço ao cliente em 20 sectores de actividade em 13 países.c

DR

Page 68: Revista Capital 79

BuSINESS MaNaGEMENt

B2B Companies Spending More to Improve their Customers’ Experience But Large Majority are Likely Wasting Up to Half of Their Investments, Accenture Study Finds

68 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

The overwhelming majority of business-to-business (B2B) or-ganizations are spending more on initiatives to improve their customers’ experience but many are not getting the most

return on those investments, accord-ing to new research from Accenture (NYSE: ACN). In fact, the study, based on a survey of 1,458 sales, service and customer executives of B2B com-

panies in 13 countries, suggests most (76 percent) may be wasting up to half of their investment on ineffective customer experience initiatives.  Accenture’s research indicates that executives believe their business customers increasingly are exhibit-ing consumer-like behavior in terms of how they view, interact with and buy from their suppliers; including their knowledge of the market, higher

expectations and greater price sensi-tivity. As a result, 43 percent of B2B supplier executives say they intend to increase spending on improving customer experience programs by 6 percent or more over the next fiscal year. However, more than half the re-spondents admit that their customer experience programs had achieved little, flat or negative return in terms of retaining customers (55 percent)

DR

Page 69: Revista Capital 79

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 69

and building global revenues (52 percent).  “B2B Customer Experience: Start Playing to Win and Stop Playing Not to Lose” explores the significance, scale and success of B2B companies’ initiatives to provide their business customers with a positive customer experience across all sales, marketing and service touch points. Eighty-five percent of B2B supplier execu-tives consider the overall customer experience they provide in sales and service to be ‘very important’ to their strategic priorities, and 70 percent recognize that, over the next two years, customer-experience related considerations will play an even larger role in the overall corporate strategy.  “The relationship between company and supplier has changed,” said Rob-ert Wollan, global managing director of Accenture’s Sales and Customer Services practice. “Business custom-ers are acting more like consumers. They know more about the services on offer, expect more customized solutions, and are more price sensi-tive. “Companies say they recognize this but the majority are not designing and executing the necessary changes effectively. This creates a drain on profitability and missed opportuni-ties. Getting B2B customer experience right increasingly determines market success, but too many companies are ‘playing not to lose’ rather than ‘play-ing to win.’”  Accenture’s study shows that B2B companies can typically be grouped into three broad segments according to their ability to plan and execute customer experience programs that deliver annual revenue growth:  Masters: This group prioritizes cus-tomer experience and excels at both defining and executing a customer service strategy, which helps them generate an average 13 percent an-

nual revenue growth.  Only about a quarter of the companies represented by the survey – 24 percent – would qualify as Masters, according to Ac-centure’s analysis.  Strivers:   Characterized by moderate customer experience performance, across either strategy, execution or both dimensions, Strivers are repre-sented by nearly half the companies represented by the survey – 48 percent.  According to Accenture, the results achieved by these companies in customer experience help to de-liver an average of 6 percent annual revenue growth.  Laggards:  According to Accenture, companies in this group, which represents 28 percent of the survey sample, produces a negative aver-age annual revenue growth figure of -1 percent, partly due to large performance gaps in their customer experience strategy and execution capabilities. The study found that Masters are more aggressively investing time and money in improving their customers’ experience than Laggards, and out-performing Laggards in several ways:

•• More than 9 out of 10 Masters companies (92 percent) have embedded customer experience delivery as a formal end-to-end business process that connects how customers interact and engage across sales, marketing and service functions, compared to just under half (46 percent) of Laggards.

•• Masters are more likely to make the customer experience a central element of their strategy and day-to-day operations. 91 percent of Masters link performance reviews,

compensation and bonuses to customer experience outcomes for their sales and service workforces, compared to less than half (42 percent) of Laggards.

•• Masters are also more likely to place responsibility for delivery of the customer experience in a centralized function that directly manages several other functions – 64 percent vs. 36 percent.

Executives in the companies categorized as Masters were nearly four times more likely than Laggards to say that they will increase their customer experience budget by more than 6 percent in the next fiscal year – 78 percent vs. 20 percent.

“The performance gap between the Masters and Laggards is more dramatic than you would expect, given both groups cite customer service as a strategic priority,” Wollan said. “Most are not willing to ‘walk the talk’ and make major changes. One place to get back on track is giving customer experience leaders control over, or close proximity to, the P&L; as well as fostering true collaboration across internal and external sales, marketing and service stakeholders, and external partners. Our analysis indicates that proximity to the P&L is one of the predictors of customer experience performance.”   Methodology Accenture conducted an online survey of more than 1,458 chief sales, service and customer officers, vice presidents, directors and managers from the sales and service functions across 20 industry subgroups and 13 countries. The Accenture study was fielded September 23rd to October 15th, 2013.c

Page 70: Revista Capital 79

“A minha relação com a PWC ajuda-me a criar o valor que procuro”

Esta é a promessa que fazemos aos nossos clientes, aos nossos colaboradores e às comunidades nas quais operamos.

Oferecemos uma amplitude de serviços para assessorar os nos-sos clientes, nas mais diversas áreas, para enfrentar desafios e potenciar o seu desempenho.

Local e internacionalmente, a PwC trabalha com as maiores orga-nizações mundiais e com grandes empreendedores.

A PwC é uma rede internacional e sustentada de prestação de ser-viços de elevado profissionalismo.

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PricewaterhouseCoopers Pestana Rovuma Hotel, Centro de Escritórios, 5.º andar, Caixa Postal 796, Maputo, MoçambiqueT: (+258) 21 350400, (+258) 21 307615/20, F: (+258) 21 307621/320299, E-mail: [email protected]

FISCalIDaDE PRICEWatERHOuSECOOPERS

IVA NOS CONTRATOSDE ARRENDAMENTO

No presente artigo, iremos

abordar a aplicação do IVA aos

contratos de arrendamento,

focando também as diferenças

existentes quando intervenham

pessoas singulares ou pessoas

colectivas. Quando relevantes para o tema,

faremos também breve referência a outros

impostos.

Regras gerais O Código do Imposto sobre o Valor

Acrescentado (CIVA), contém disposições

específicas sobre tributação do

arrendamento, de acordo com o tipo de

arrendamento em questão e a localização

da propriedade. Em primeiro lugar haverá

que distinguir se estamos perante um

arrendamento comercial ou residencial

e, em segundo lugar, se a propriedade se

encontra localizada numa área rural ou

urbana.

Esta relação contratual tem

implicações para as empresas quando

contratem arrendamentos com pessoas

singulares. O contrato de arrendamento

deverá ser assinado entre o proprietário do

imóvel e o seu inquilino (pessoa individual

ou colectiva).

O senhorio tem o dever de selar o

contrato. O imposto do selo para o efeito

é calculado com base na renda mensal.

Num contrato de arrendamento entre

particulares apenas existirá sujeição a

selo quando o contrato seja apresentado

perante qualquer entidade pública.

Arrendamento Comercial ou HabitacionalRegra geral, os contractos de

arrendamento para fins comerciais são

sujeitos a IVA, à taxa de 17%.

No entanto, o arrendamento

de um imóvel para fins habitacionais

(independentemente de o senhorio ser

pessoa individual ou pessoa colectiva), está

isento de IVA.

De igual modo, os arrendamentos

para efeitos de prossecução de oferta

comercial, industrial e de actividades de

serviços em áreas rurais (parte do território

nacional exterior aos perímetros dos

municípios, cidades, vilas e das povoações,

legalmente instituída) também estão

isentos de IVA.

Em síntese, sempre que um imóvel

for arrendado para outro fim que não a de

habitação e este estiver situado numa zona

urbana, é devido IVA.

Relação entre pessoa individual e pessoa colectiva

Assumindo que uma pessoa individual

celebrou contrato de arrendamento com

uma pessoa colectiva, é necessário ter

em conta que o respectivo contrato estará

provavelmente sujeito a IVA, desde que não

seja para fins de habitação.

Para o efeito, a pessoa individual é

70 SETEMBRO 2014

Page 71: Revista Capital 79

FISCalIDaDE PRICEWatERHOuSECOOPERS

IVA NOS CONTRATOSDE ARRENDAMENTO Romana Almeida *

obrigada a registar-se fiscalmente para

efeitos de IVA, tendo de cumprir com as

obrigações fiscais inerentes.

Dependendo do volume de negócios

anual (e.g. valor anual da renda), é

necessário ter em atenção o regime no qual

se enquadra o sujeito passivo (senhorio),

ou seja:

- Regime Normal (se a renda anual

for igual ou superior ao montante de MT

2,500,000.00). Neste regime, o senhorio

liquida IVA na factura ao inquilino, deduz o

IVA cobrado pelos seus fornecedores e paga

17% de imposto ao Estado;

- Regime de Tibutação Simplificada

(se a renda anual for igual ou superior a MT

750,000.00 e inferior ou igual ao montante

de MT 2,500,000.00). Neste regime, o

senhorio não liquida IVA na factura ao

inquilino, nem deduz o IVA cobrado pelos

seus fornecedores. O senhorio deve

entregar 5% do valor das rendas trimestrais

ao Estado. Nas facturas ou documentos

equivalentes deve ser feita menção “IVA –

Não confere direito à dedução”;

- Regime de isenção (se a renda

anual for inferior ao montante de MT

2,500,000.00). No regime de isenção, o

senhorio não liquida IVA ao inquilino. No

entanto, apesar de não aplicação de IVA,

deve ser feita menção da sua não aplicação

na factura ou documento equivalente “IVA –

Regime de Isenção”.

A taxa do IVA de 17% incide sobre o

valor da factura, o qual corresponderá

normalmente ao valor de uma renda. A

pessoa colectiva arrendatária deverá

empreender todos os esforços para obter

as facturas com todos os elementos

previstos no no 5 do artigo 27 do Código do

IVA.

Obrigações fiscaisAssumindo que o senhorio seja

pessoa individual, este poderá inscrever-

se junto da sua área Fiscal no Regime

do Imposto Simplificado para Pequenos

Contribuintes (ISPC).

De salientar que neste regime, o

sujeito passivo não é obrigado a manter

a sua contabilidade organizada. No

entanto, este é obrigado a emitir facturas

ou documentos equivalentes, sempre

que solicitado pelo comprador de bens e

serviços (“inquilino”). O modelo adequado

do livro de facturas é fornecido pela

Autoridade Tributária para os contribuintes

registados.

Nota finalUm contrato de arrendamento não

é suficiente para suportar um custo para

efeitos fiscais.

Os pagamentos devem ser suportados

com documentos fiscalmente aceites

(por exemplo, facturas e notas de débito).

Em caso de falta de emissão de factura

ou documento equivalente por parte do

senhorio para o inquilino, o sujeito passivo

não poderá deduzir o IVA cobrado pelos

seus fornecedores e consequentemente

este IVA suportado será um custo para

efeitos fiscais nas contas do senhorio.

Uma vez que os contratos de

arrendamento para fins comerciais estão

sujeitos ao IVA, no caso do imposto devido

não ser pago pelo sujeito passivo, haverá

responsabilidade solidária por parte do

inquilino, ou seja, pelo incumprimento da

obrigação de entrega do imposto liquidado

pelo senhorio, ou que devia ter sido

liquidado por este, a Administração Fiscal

pode responsabilizar solidariamente o

sujeito passivo inquilino.

Romana Almeida

[email protected]

Senior Consultant

PwC legal

Este artigo é de natureza geral e meramente

informativa, não se destinando a qualquer

entidade ou situação particular, e não subs-

titui aconselhamento profissional adequado

para um caso concreto. A Pricewaterhouse-

Coopers legal não se responsabilizará por

qualquer dano ou prejuízo emergente de

uma decisão tomada (ou deixada de tomar)

com base na informação aqui descrita.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 71

Page 72: Revista Capital 79

72 SETEMBRO 2014 · CAPITAl Magazine Ed.79

Page 73: Revista Capital 79

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 73

Page 74: Revista Capital 79

taxatION PRICEWatERHOuSECOOPERS

“A minha relação com a PWC ajuda-me a criar o valor que procuro”

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VAT IN RENTINGCONTRACT

In the current article, we will engage

on the application of VAT to renting

contracts while also focusing on

the existing differences whenever

intervening singular or collective

persons. Whenever relevant to the topic,

we shall also make a short reference to

other taxes.

General Rules The Valued Added Tax Code (CIVA) con-

tains specific provisions on the leasehold

taxing, in accordance to the type and loca-

tion of the property. First and foremost we

ought to determine whether we are dealing

with a commercial or residential lease, and

then, if the property is located in a rural or

urban area.

This contractual relationship has

implications to companies when contract-

ing houses from singular persons. The lease

agreement has to be signed between the

owner of the house and its tenant (singular

or collective person).

The landlord has the duty to seal the

contract. The tax seal for that end is calcu-

lated with basis on the monthly rent. In a

leasehold contract among individuals there

will only be subject to a seal whenever the

contract is presented before any public

entity.

Commercial or Residential lease

General rule, lease agreements aimed

for commercial purpose are subject to VAT,

at a rate of 17%.

Meanwhile, the renting of a house

for residential purposes (regardless if the

landlord is singular or collective person), is

exempted from VAT.

Equally, the rentals aimed for the

pursuit of a commercial, industrial and

services activities’ offer in rural areas (part

of the national territory outside the munici-

pal perimeter, cities, villages and legally

instituted settlements) are also exempted

from VAT.

In short, whenever a house is rented

for any other end which is not residential,

and it is located in an urban area, VAT is

owed.

Relationship between individual and col-lective person

Assuming that an individual person

celebrated a lease contract with a collective

person, there is need to take into account

that the referred contract may be subject to

VAT, as long as it is not aimed at residential

purposes.

For that matter, the individual person

is obliged to tax register herself for VAT

purposes and have to comply with inherent

fiscal obligations.

Depending on the volume of the an-

nual business (e.g. annual amount of the

rent) it is important to have in mind the

74 SETEMBRO 2014

Page 75: Revista Capital 79

taxatION PRICEWatERHOuSECOOPERS

VAT IN RENTINGCONTRACT Romana Almeida *

regime in which the passive subject (land-

lord) fits it, or in other words:

- Normal regime (if the an-

nual rent is equal or above the

amount of 2,500,000.00). In this

regime, the landlord settles

the VAT in the tenant’s invoice,

deducts the VAT charged by its

suppliers and pays 17% tax to

the state;

- Simplified Taxing Regime: (if the

annual rent is equal or above

the amount of 750,000.00 and

less or equal to the amount of

2,500,000.00). In this regime, the

landlord does not settle the VAT

in the tenant’s invoice and does

not deduct the VAT charged by

his suppliers. The landlord has

to deliver 5% of the amount of

the quarterly rents to the state.

In the invoices or correspond-

ing documents there has to be

mentioned “VAT – not subject to

deduction”;

- Exemption Regime (if the an-

nual rent is below the amount of

2,500,000.00). In the exemption

regime, the landlord does not

settle VAT to the tenant. How-

ever, despite not applying VAT

there has to be mentioned in the

invoice or corresponding docu-

ment that it’s not applicable “VAT

– Exemption Regime”

The 17% VAT tax falls over the amount

of the invoice, which will normally repre-

sent the amount of the rent. The collective

person tenant shall make all efforts to

gather the invoices with all the elements

established in the no5 of the article 27 of the

VAT Code.

Tax Obligations Assuming that the landlord is a singu-

lar person, he may register within his Fiscal

area under the Regime of the Simplified Tax

for Small Taxpayers (ISPC).

Noting that in this regime, the pas-

sive subject is not compelled to maintain

his accounting organized. However, he is

obliged to issue receipts or corresponding

documents whenever requested by the

buyer of goods and services (“tenant”). The

adequate model of the invoice books is sup-

plied by Revenue Authority to all registered

taxpayers.

Final Note A lease contract is not enough to sup-

port a cost for tax purposes.

Payments have to be supported with

documents fiscally accepted (for example,

invoices and debit notes). In the event of

failure to issue the invoice or equivalent

document from the landlord to the tenant,

the passive subject may not deduct the

VAT charged by his suppliers and therefore

this supported VAT will be a cost in the

landlord’s books, as far as tax purposes are

concerned.

Given that the lease contracts for

commercial purposes are subject to VAT, in

the event that the owed VAT is not paid by

the passive subject, there will be a solidar-

ity responsibility by the tenant, in other

words, for not complying with the obligation

of delivering the settled tax by the landlord

or what should have been settled by the

latter, the Fiscal Administration may hold

the passive subject tenant accountable by

means of solidarity.

Romana Almeida

[email protected]

Senior Consultant

PwC legal

This article is of general nature and merely

informative, not destined to any entity or

situation in particular, and does not sub-

stitute adequate professional advice for a

specific case. The PricewaterhouseCoopers

legal will not be held responsible for any

damage or loss merging from a decision

taken (or not taken) with basis on the infor-

mation here described.c

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 75

Page 76: Revista Capital 79

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Page 77: Revista Capital 79

CAPITAl Magazine Ed.79 · SETEMBRO 2014 77

Por David Osborne

PaNORaMa

Reinventar instituições públi-cas é uma tarefa hercúlea. Para ser bem sucedida, dever--se-á encontrar estratégias que iniciem reacções em cadeia nos sistemas de uma

organização, tendo um efeito dominó que irá derrubar todos outros aspec-tos. Em suma, deve-se ser estratégico. Falando em estratégia, não me re-firo a planos detalhados mas sim a aplicação de pontos cruciais de alavancagem que se sobreponham à burocracia, e consequentemente mudando todo o resto. A reinvenção é uma luta a longo prazo. Ela requer um luta intensa e prolongada na arena política, nas instituições do Governo bem como na comunidade e socieda-de. Dada a natureza enorme da tarefa assim como os obstáculos a serem superados, o desafio do reinventor é equacionar poucos recursos em enormes mudanças. Ser estratégico significa usar os meios disponíveis para alterar dinâmicas subjacentes a um sistema ,de tal forma que mude o comportamento de todas pessoas envolvidas. A título de exemplo, a antiga Primeira Ministra Britânica Margaret Thatcher nao avançou com uma estratégia absoluta para reinventar o estado Britânico. Ele ascendeu ao poder em 1979 determinada a diminuir e privatizar várias funções, bem como forçar a que os burocrátas se tornem mais eficientes. Contudo, ao contrário

da sua contraparte americana Ronald Reagan, ela aprendeu com o falhanço da sua abordagem de “atolamento dos burocrátas”. Thatcher colocou uma equipa de funcionários públicos de confiança – a sua “unidade de eficiên-cia” – que veio para perceber os pro-blemas reais por de trás do desempe-nho do sector público. No seu nono ano de poder, eles articularam uma série de mudanças sistêmicas com as quais aplicaram a sua filosofia para as funções essenciais do Governo. Levou-lhes muito tempo a chegar lá e ainda assim cometeram vários erros ao longo do processo, embora tenham contudo conseguido encontrar varios aspectos chave de alavancagem: l• Privatização de funções que são melhor implementadas por empresas a operar em mercados competitivos; l• Separar funções políticas e de regulamentação (“orientação”) das funções de prestação de serviços e cumprimento (“alinhamento”);l• Acordos de desempenho multi--anuais entre departamentos e agên-cias operacionais, que por sua vez, partilhavam a flexibilidade gerencial com vista a uma maior eficácia e pres-tação de contas pelos resultados;l• Descentralização de autoridade para os departamentos responsáveis pela tarefa; l• Competição entre o público e o privado atravês da testagem do mer-cado e; l• Prestação de contas aos clientes

atravês de escolha, padrões de aten-dimento ao cliente e ressarcimento dos mesmos; Eu e meus colegas no Grupo de Es-tratégias Públicas notamos que estas mesmas ferramentas são usadas frequentemente, em todos os países, estados, províncias, cidades, campo ou distrito académico que se tenham proposto a uma reinvenção séria. Porquê? Porque estas são as ferra-mentas que transformam a estrutura sobre qual as organizações e pessoas funcionam. “é geralmente impossi-vel ordenar grandes organizações a efectuar mudanças difíceis em rotinas estabelecidas a longo prazo”, explica Ted Kolderie, um dos transformado-res que trouxe a escolha da escola publica para a América. “Contudo, é possível re-desenhar a estrutura ins-titucional sobre qual elas operam , de forma a que elas venham a entender estas mudanças como sendo neces-sárias e desejáveis, para o seu próprio interesse”. Dan Loritz, um dos co-conspiradores de Kolderie para a escolha da escola pública em Minnesota, usa uma ana-logia agrícola. “Um agricultor vai ao terreno e leva muito tempo para asse-gurar que a terra esteja devidamente preparada, retira toda erva daninha, planta o milho com todo cuidado e coloca herbicida suficiente para assegurar que nao haja mais ervas daninhas, acreditando que haverá água suficiente” afirma Dan Loritz. “E

Reinventando o Governo:

A Diferença queuma Estratégia Faz

Page 78: Revista Capital 79

se tudo estiver bem, o milho cresce por si”. Reinventores deveriam pensar como agricultores, argumenta Loritz. Se eles forem a criar as condições necessárias, os resultados virão de seguida.

Re-escrevendo o código genéticoPara expandir a metáfora agrícola, pensemos nos sistemas públicos como organismos: sistemas comple-xos, adaptáveis e vivos, que crescem e mudam ao longo dos tempos, e que eventualmente morrem. Os organis-mos são moldados pelo seu ADN: Aquelas instruções codificadas que determinam quem são e o que são. O ADN revela as instruções mais básicas e fundamentais para o desenvolci-mento da capacidade de resistência e o comportamento de um ser. Mude o ADN de um organismo e novas capacidades e comportamentos irão surgir; se muda-lo o suficiente, então uma outra forma de organismo po-derá desenvolver-se. Os organismos normalmente mudam muito devagar visto que o seu ADN dificilmente transforma-se, e algumas dessas mu-tações torna-os ainda melhor sucedi-dos no seu meio. O mesmo aplica-se para instituições públicas: normalmente elas desenvol-vem muito devagar. Sistemas públicos burocráticos são concebidos para serem estáveis. Contudo, chegamos a um ponto na história em que esta estabilidade é contra-produtiva . Nesta era de informação globalmente competitiva e de constantes mudan-ças, os sistemas que não se conse-guem adaptar estão condenados ao falahanço. Nesta situação, a solução é uma enge-nharia genetica: mudar o ADN dos sis-temas. A nossa pesquisa diz-nos que os elementos fundamentais do ADN do sector público são o propósito do sistema, seus incentivos, seus siste-

mas de prestação de contas, o poder da sua estrutura e a sua cultura. Todos reinventores de sucesso depararam--se com este entendimento básico: em como por de baixo da complexi-dade dos sistemas públicos existem algumas ferramentas fundamentais que permitem que as instituições funcionem como funcionam; que es-tas ferramentas foram desenvolvidas há muito tempo para criar padrões burocráticos de comportamento e pensamento; e que alterar as ferra-mentas – re-escrever o código genéti-co – desencadeia uma mudança que desdobra-se pelo sistema dentro. Nós agrupamos estes agentes fun-damentais de mudança em cinco estratégias básicas, em que cada uma inclui várias abordagens distintas e instrumentos diversos. Para cada fer-ramenta, desenhamos uma estratégia. Como forma de ajudar as pessoas a lembrar as estratégias, nós alocamos uma etiqueta a cada uma, que tem como inicial a letra C.

A Reinvenção poderá Funcionar em Países em Vias de Desenvolvimento? Independentemente do nome – a reinvenção do governo, a nova gestão pública, a reforma do estado – o novo paradigma que acabo de descrever emergiu primeiramente no mundo desenvolvido. Contudo, as realidades sociais, políticas e económicas enca-radas pelas nações em desenvolvi-mento são muito diferentes daquelas encontradas nos países que analizei. Em muitos aspectos são similares às condições encaradas pelos reforma-dores no mundo industrializado há 100 anos atrás. A corrupção e o trá-fego de influências estão geralmente enraizados. O apadrinhamento é ge-ralmente a norma: muitos conseguem empregos devido aos seus contactos e não pelas suas habilidades. O sector público é geralmente usado como o

empregador de último recurso para os desempregados. Em alguns países, os tribunais e departamentos da polícia não são completamente independen-tes do controlo político e por isso a penalização legal da corrupção torna--se difícil. Em tais países, os líderes deverão escolher e seleccionar as suas es-tratégias de reivenção com cuidado. Certamente haverão elementos de burocracia que poderão discartar com impunidade. E há muitos elementos de governação no século 21 – incluín-do competição, privatização e escolha do cliente – que poderão introduzir sem dissabores. De qualquer das formas, estas abordagens funciona-ram bem quando aplicadas nos EUA, mesmo no apogeu da era burocrática. Muitos elementos da governação burocrática foram inventados preci-samente para lidar com o problemas como a corrupção, apadrinhamentos e manipulação política de funcionários públicos. Muito da rigidez dos nossos sistemas administrativos centrais, desde e serviço público às aquisições, orçamento e finanças, foi desenvolvi-do para resolver esses problemas. As democracias em desenvolvimento poderão claramente usar o cerne, as consequencias e as estratégias do consumidor. Como poderão os governos descentralizar a autoridade se a corrupção e o apadrinhamento continuam a norma em seus países? Na minha óptica, a resposta depende em parte sobre que estratégias esses governos estariam interessados em adoptar. As melhores defesas contra vários tipos de corrupção são infor-mação complete, transparência, con-sequencias de desempenho e penali-zação de actividades ilegais. A estratégia de consequencias – par-ticularmente a competição admi-nistrada e gestão de desempenho – poderão somente ser eficazes se os sistemas de informação revelarem dados exactos sobre custos e qua-

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lidade. Contudo, parte do problema em países assolados pela corrupção e a quase inexistências sistemas de gestão de informação. Os gestores não conseguem detectar uma fraude assim que aconteça.Nisto, os reformadores no mundo em desenvolvimento deverão construir novos sistemas de gestão de informa-ção. Deverão também introduzir siste-mas de auditoria eficazes e fortalezer os seus sistemas de justiça de forma a que a corrupção seja agressivamente penalizada. Por último, eles deverão desfazer-se gradualmente das rédeas da burocracia, conforme mencionado anteriormente. Até que tenham sis-temas eficientes de controlo, os seus esforços para criar organizações de

alto rendimento vão-se deparar com um sucesso limitado. Contudo, mesmo no mundo em de-senvolvimento, o propósito, os incen-tivos, a prestação de contas, o poder e a cultura, são o ADN fundamental para todos sistemas públicos. Se forem codificados para burocracia, eles vão produzir resultados burocráticos. Se somente algumas peças desse ADN forem recodificadas, elas irão produ-zir conflitos internos. Para melhorar significativamente a eficácia de suas organizações, os reformadores deve-rão, ao longo dos tempos, recodificar todos os cinco. Um líder poderá gerar uma série de inovações sem neces-sariamente usar os cinco Cs, e ainda assim produzir melhorias graduais.

Contudo, ele não poderá criar um sistema de melhorias contínuas e de auto-renovação. Considere isto como a primeira regra da reinvenção: Sem novo ADN, nenhuma transformação.

David Osborne, um parceiro sénior da firma de consultoria “The Public Stra-tegies Group” (www.psg.us), é o autor ou co-autor de cinco livros, incluíndo Reinventing Government (1992) e The Price of Government (2004). Para mais detalhes sobre as estratégias, abor-dagens e ferramentas desenvolvidas aqui neste documento, veja Banishing Bureaucracy (1997) e The Reinventor’s Fieldbook (2000), ambos com co--autoria de Peter Plastrik.c

Os cinco CsFerramenta

Estratégia Abordagem

Propósito

Incentivos

Prestaçãode Contas

Poder

Cultura

A Estratégia Cerne

A Estratégiade Consequências

A Estratégiado Cliente

A Estraégiade Controlo

A Estratégia da Cultura

Gestão Estratégica

Gestão Estratégica

Empoderamento Organizacional

Escolha do Cliente

Mudança de Hábitos

Melhorar o Convés Desacoplamento

Competição Administrada Gestão EmpresarialGestão de Desempenho

Escolha CompetitivaGarantia de Qualidadeao Cliente

Empoderamento do Trabalhador Empoderamento da Comunidade

Tocando Corações Conquistando Mentes

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By David Osborne

PaNORaMa

Reinventing Government:

What a Differencea Strategy Makes

Reinventing public institu-tions is Herculean work. To succeed, you must find strat-egies that set off chain reac-tions in your organization or system, dominoes that will

set all others falling. In a phrase, you must be strategic. By strategy, I do not mean detailed plans. Rather, by strategy I mean the use of key leverage points to make fundamental changes that ripple throughout the bureaucracy, chang-ing everything else. Reinvention is large-scale combat. It requires intense, prolonged struggle in the political arena, in the institutions of government, and in the community and society. Given the enormity of the task and the resistance that must be overcome, the reinventor’s chal-lenge is to leverage small resources into big changes. Being strategic means using the levers available

to you to change the underlying dynamics in a system, in a way that changes everyone’s behavior. To use but one example, former British Prime Minister Margaret Thatcher did not start out with a full-blown strategy to reinvent the British state. She came into office in 1979 determined to make it smaller, privatize many functions, and force the bureaucrats to be more efficient.

But unlike her American counterpart, Ronald Reagan, she learned from the failure of her “jam the bureaucrats” approach. Thatcher put together a team of trusted civil servants—her “Efficiency Unit”—who came to un-derstand the real problems that lay behind public sector performance. In her ninth year in office they ar-ticulated a set of systemic changes that applied her philosophy to core

The Five C’sLever Strategy Approaches

Purpose The Core Strategy Strategic Management Clearing the Decks Uncoupling

Incentives The Consequences Strategy Managed Competition Enterprise Management Performance Management

Accountability The Customer Strategy Customer Choice Competitive Choice Customer Quality Assurance

Power The Control Strategy Organizational Empowerment Employee Empowerment Community Empowerment

Culture The Culture Strategy Changing Habits Touching Hearts Winning Minds

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government functions. It took them a long time to get there, and they made many mistakes along the way, but they managed to find a series of key levers:

•• privatization of functions better performed by busi-nesses operating in com-petitive markets;

•• uncoupling policy and reg-ulatory functions (“steer-ing”) from service-delivery and compliance functions (“rowing”);

•• multi-year performance agreements between de-partments and operational agencies, which exchanged managerial flexibility for heightened efficiency and accountability for results;

•• decentralization of author-ity to units responsible for work;

•• public-private competition, through “market testing;” and

•• accountability to customers through choice, customer service standards, and cus-tomer redress.

My colleagues and I in the Public Strategies Group have found these same levers used again and again, in every country, state, province, city, county, or school district that has un-dertaken serious reinvention. Why? Because these are the levers that change the framework within which organizations and people work. “It is usually not possible to command large organizations to make painful changes in long-settled routines,” explains Ted Kolderie, one of the reformers who brought public school choice to America. “It is possible, however, to redesign the institutional arrangement in which they operate, so that they come to perceive these changes as necessary and desirable, in their own interest.”1

Dan Loritz, one of Kolderie’s co-conspirators for public school choice in Minnesota, uses an agricultural analogy. “A farmer goes out and spends a lot of time making sure that the fields are just right, gets all of the weeds out, plants the corn with great care, puts enough herbicides on it to make sure that there aren’t any weeds, and hopes that there’s enough water,” he says. “And if ev-erything is right, the corn grows all by itself.”ii Reinventors should think like farmers, Loritz argues. If they create the right conditions, the results will follow.

Rewriting the Genetic Code To extend the agricultural meta-phor, think of public systems as or-ganisms: complex, adaptive systems that live, grow, change over time, and die. Organisms are shaped by their DNA: the coded instructions that determine who and what they are. DNA provides the most basic, most powerful instructions for developing an entity’s enduring capacities and behaviors. Change an organism’s DNA and new capacities and behav-iors emerge; change enough of the DNA and a different kind of organism evolves. Usually organisms change very slowly, as their DNA randomly mutates and some of these muta-tions make them more successful in their environments. The same is true for public insti-tutions: normally they evolve very slowly.Bureaucratic public systems were designed to be stable. But we have reached a point in history where this stability is counterpro-ductive. In today’s fast-changing, globally competitive Information Age, systems that cannot change are doomed to failure. In this situation, the solution is genetic engineering: change the system’s DNA. Our research tells us

“A instrução ou a orienta-çã My colleagues and I in the Public Strategies Group have found these same le-vers used again and again, in every country, state, province, city, county, or school district that has un-dertaken serious reinven-tion. Why? Because these are the levers that change the framework within whi-ch organizations and peo-ple work.”

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that the most fundamental pieces of public sector DNA are a system’s pur-pose, its incentives, its accountability systems, its power structure, and its culture. Successful reinventors have all stumbled across the same basic insights: that underneath the com-plexity of public systems there are a few fundamental levers that make institutions work the way they do; that these levers were set long ago to create bureaucratic patterns of think-ing and behavior; and that changing the levers—rewriting the genetic code—triggers change that cascades throughout the system. We have grouped these funda-mental levers of change into five ba-sic strategies, each of which includes several distinct approaches and many tools. For each lever, we have designated a strategy. And to help people remember the strategies, we have given each one a label that be-gins with the letter C.

Can Reinvention Work in Developing Nations? By whatever name—rein-venting government, the new public management, reform of the state—the new paradigm I have described has emerged primarily in the devel-oped world. But the social, political, and economic realities faced by developing nations are very different from those found in the countries I have analyzed. They are in many ways similar to the conditions faced by reformers in the industrialized world 100 years ago. Corruption and influence peddling are often widespread. Patronage is often the norm: many get jobs because of their connections, not their abilities. The public sector is often used as the employer of last resort for the un-employed. And in some countries, the courts and police departments are not fully independent of political

control, so legal prosecution of cor-ruption is difficult. In such countries, leaders must pick and choose their reinven-tion strategies with care. Certainly there are elements of bureaucracy they can discard with impunity. And there are many elements of 21st century government—including com-petition, privatization, and customer choice—they can introduce without qualms. After all, these approaches worked well in the U.S., when used, even in the heart of the bureaucratic era. But many elements of bureau-cratic government were invented precisely to deal with problems like corruption, patronage, and political manipulation of public employees. Many of the rigidities of our central administrative systems, from civil service to procurement to budget and finance, evolved to solve these problems. Developing democracies can clearly use the core, conse-quences, and customer strategies. As I noted above, the primary difficulty emerges with the control strategy. How should governments decen-tralize authority if corruption and patronage are still the norms in their countries? In my view, the answer de-pends at least in part on what other strategies these governments are willing to use. The best defenses against many types of corruption are full information, transparency, consequences for performance, and prosecution of illegal activity. The consequences strat-egy—particularly managed competi-tion and performance management—can only be effective if information systems reveal full and accurate information about costs and quality. Yet part of the problem in countries suffering from corruption is the al-most complete absence of manage-ment information systems. Managers

cannot detect fraud when it occurs. Hence reformers in the developing world must construct new management information sys-tems. They must also build effective auditing systems and strengthening their justice systems, so corruption is aggressively prosecuted corruption. Finally, they must loosen the bureau-cratic reins in stages, as I discussed earlier. Until they have alternative systems of control, their efforts to create high performing organizations will meet with limited success.

Even in the developing world, however, purpose, incentives, accountability, power, and culture are the fundamental DNA of every public system. If they are coded for bureaucracy, they will produce bureaucratic behavior. If only a few of these pieces of DNA are recoded, they will produce internal conflict. To dramatically improve their organiza-tions’ effectiveness, reformers must, over time, recode all five. A leader can generate a series of innovations without using the five C’s, producing gradual improvement. But he can-not create a continuously improving, self-renewing system. Consider this the first rule of reinvention: No new DNA, no transformation.

David Osborne, a senior partner at the consulting firm The Public Stra-tegies Group (www.psg.us), is the author or co-author of five books, including Reinventing Government (1992) and The Price of Government (2004). For more detail on the strate-gies, approaches and tools discussed in this paper, see Banishing Bureau-cracy (1997) and The Reinventor’s Fieldbook (2000), both co-authored with Peter Plastrik.c

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EStIlO DE VIDa

Aquele je ne sais quoi! O

Bistrô é um daqueles locais de puro prazer com um certo je ne sais quoi. O nome é afrancesado, o atendimento é moçambicano e o estilo de casa faz lembrar alguns

spots mediterrânicos, onde o que sobressai é o ‘à vontade’ de quem por lá passa. No fundo, quando se entra, o quintal invade por inteiro a imaginação e tempera - a gosto - a capacidade sensitiva dos visitantes com algumas delícias. Delícias que se bebem, comem e se admiram.Em termos decorativos, dá gosto ver o aproveitamento que se faz da reciclagem em abono do conforto. Algumas soluções, que passam pelo uso de paletes, fazem as vezes de mesas tout cour.Ao mesmo tempo, o espaço, ou os espaços (interno e externo), dão lugar ao artesanato e a bens que se destinam à saúde e ao bem-estar de quem lá vai. Deixe-se seduzir pelas cores, sabores, cheiros, toques e emoções dos objectos e propostas gastronómicas que o Bistrô tem para si.c

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EStIlO DE VIDa

That particularje ne sais quoi!

The Bistro is one of those places of total bliss, and just a particular je ne sais quoi. The name is French-ified, the service is Mo-zambican and the flair of

the house reminds of one of those Mediterranean spots where the laid-back chill out vibe of the peo-ple passing by is what really stands out the most.In essence, as soon as one walks

in, the backyard alone takes over all the imagination, and blends-in the visitors’ sensitive capacity with a few delights - to the taste. These are delights that may come as drinks, food or just for mere admiration. Now, when coming down to the decoration, it is just awesome to see the reclamation being made out of recycled items, in view of comfort. Some solutions for instance, involve the use of

pallets, and at they work as tout cour tables. On the other hand, the space itself, or perhaps the whole area, gives way to craftwork, and other goods that are aimed at the comfort and well-being of the people around there. Let yourself get carried away with the colours, flavours, touch and emotions that simply sprout from the tantalizing catering that the Bistro has in store for you.c

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