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As conquistas do passado, os esforços do presente e os projetos do futuro Conheça a trajetória desta instituição que se firmou como o porto seguro da suinocultura do Vale do Piranga Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018 revista Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018 revista

revista - assuvap.com · “Agro é tech, agro é pop, agro é tudo”. Com esse slogan, a Rede Globo veicula em rede nacional a cam - ... mais valorizados pelas empresas no recrutamento

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  • As conquistas do passado, os esforos do presente e os projetos do futuro

    Conhea a trajetria desta instituio que se firmou como o porto seguro da

    suinocultura do Vale do Piranga

    Rua Euclides da Cunha, 71Centro - 35.430-033Ponte Nova - Minas Gerais

    www.assuvap.com

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    (31) 3819-3900

    Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

    revist

    a

    Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

    revist

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  • A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltar ao seu tamanho original. Com esta frase, dita pelo clebre fsico alemo, Albert Einstein, iniciamos mais uma edio especial da Revis-ta Assuvap e Coosuiponte. A citao, destacada em uma de nossas palestras de capacitao, re-presenta o cerne dos nossos projetos para 2018. Aes que beneficiam toda a cadeia suincola, como a 10 Suinfest e o inovador sistema de pro-cessamento de dados da Bolsa de Sunos do In-terior de Minas (BSim), vm como conceitos que abrem novas portas para a suinocultura do Vale do Piranga, para tornar o setor competitivo como nunca fora.

    Nas pginas seguintes, conhea a fundo esse novo sistema que rege, a partir de agora, o fun-cionamento da BSim. E mais: os 20 anos de de-dicao da Coosuiponte pela suinocultura; as aes de marketing realizadas com apoio do Fun-do Nacional de Desenvolvimento da Suinocultu-ra (FNDS) e palestras de empresas parceiras que levaram conhecimento tcnico para gerentes e profissionais de granjas da nossa regio.

    Trouxemos, ainda, uma entrevista exclusiva com o produtor Manoel Lizardo, um dos pionei-ros da suinocultura em larga escala no Vale do Piranga. Com inovao e esprito empreendedor, na dcada de 80, Lizardo abriu sua mente s no-vas ideias, proporcionou, junto a outros produto-res vanguardistas, a evoluo da atividade a um patamar muito alm do seu tamanho original. A criao de porcos tornou-se a atividade a qual conhecemos hoje.

    Agora, convidamos a voc, leitor, que abra as prximas pginas para imergir no mundo da sui-nocultura do Vale do Piranga, um dos principais polos do pas.

    Boa leitura!

    Fernando da Silva ArajoPresidente da Assuvap

    Assuvap

    Diretor PresidenteFernando da Silva Arajo

    Diretor FinanceiroJoo Carlos Bretas Leite

    Diretor de Mercado e MarketingArmando Barreto Carneiro

    Diretora Tcnica / Meio AmbientePatrcia Morari Mendes

    Diretor SecretrioJos Miguel de Oliveira Fernandes

    Coosuiponte

    Diretor PresidenteJos Miguel de Oliveira Fernandes

    Diretor FinanceiroJoo Carlos Bretas Leite

    Diretor ComercialArmando Barreto Carneiro

    Diretor SecretrioFernando Gomes Martins

    Diretor PlanejamentoGeraldo Fialho de Rezende Filho

    Conselho Fiscal em ambas as entidadesEfetivosJos Nomio Gomes da CunhaLetcia Souza Vicente Araujo SilvaJos Joaquim de Oliveira Lopes

    SuplentesFernando Csar SoaresMauro Andr Braga MendesWelington Pereira Giardini

    Jornalista responsvelPedro Carvalho (19785/MG)

    Coordenao executivaPaula Gomides

    Projeto grficoOs3 Comunicao

    ImpressoGrfica D&M

    Tiragem150 unidades

    expe

    dien

    teeditorial

    3Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • Agro tech, agro pop, agro tudo. Com esse slogan, a Rede Globo veicula em rede nacional a cam-panha Agro: A indstria-riqueza do Brasil, desde o dia 16/2. A campanha destaca os vrios segmentos do agronegcio, dentre eles a suinocultura. Em um dos vdeos, o setor foi exaltado por gerar cerca de 600 mil empregos e produzir um alimento saudvel, expor-tado para 70 pases.

    Com a iniciativa, a suinocultura projetada para mais de 100 milhes de telespectadores por dia, va-lorizando a qualidade da carne suna para o consu-midor brasileiro, uma vez que j reconhecida mun-dialmente pela sua segurana alimentar.

    Os vdeos da campanha esto previstos para se-rem veiculados at junho deste ano e, no total, so 52 segmentos do agronegcio a serem apresentados. O contedo pode ser conferido na pgina do G1.

    Presente em nosso cotidiano nas mais diver-sas circunstncias, notadamente no ambiente empresarial, o trabalho em equipe se mostra condi-o essencial para o sucesso pessoal e da organiza-o como um todo.

    Saber trabalhar em equipe , pois, um dos requisitos mais valorizados pelas empresas no recrutamento e seleo de pessoal e eleva, substancialmente, o ndi-ce de empregabilidade daqueles que possuem habili-dade para tal.

    A ideia principal que rege o trabalho em equipe facilmente percebida quando observamos esse comportamento o resultado da soma dos v-rios esforos individuais em torno de um objetivo comum.

    Entender as diferenas entre um e outro, bem como as caractersticas essenciais, as boas prticas e os comportamentos inadequados para o trabalho em equipe, nos faz mais preparados para compreender e contribuir com os objetivos do mesmo, de maneira natural, construindo um ambiente cooperativo.

    Rede Globo veicula campanha que valoriza a suinocultura

    A importncia do trabalho em equipe no ambiente cooperativo

    4 Assuvap . Coosuiponte

  • Primeira sede da Coosuiponte, em Ana Florncia (1998)

    Quem chega na Coosuiponte hoje, encontra um espao amplo, moderno, com um vasto leque de produtos, servios especializados e 23 pro-fissionais capacitados. A instituio um porto seguro para suinocultores da regio do Vale do Piranga e uma referncia do setor, garantia de competitividade e produo eficiente para as granjas. E no nenhum exagero qualific-la como uma das maiores cooperativas do agro-negcio mineiro. No Anurio de Informaes Econmicas do Sistema Ocemg de 2017, a Coo-suiponte aparece na nona colocao, entre as 113 cooperativas mineiras do ramo agropecurio, na categoria Sobra mdia por associado.

    No dia 22 de abril, a instituio comemorou seu vigsimo aniversrio. Para chegar at aqui, foram muitos desafios enfrentados com dedica-o e trabalho duro por parte dos colaboradores e cooperados.

    O incioA histria da cooperativa teve incio nos anos

    90. poca, a suinocultura j era expressiva na regio, o setor se mantinha firme e em constan-te crescimento, apoiado pelo slido alicerce da Assuvap. Crescia a produo e a qualidade dos sunos era notria. Mas, ainda assim, a vontade de desenvolver tornou a cooperativa uma neces-sidade. Estabelecia-se, em Ponte Nova/MG, no

    dia 22 de abril de 1998, a Cooperativa dos Sui-nocultores de Ponte Nova e Regio, para pro-porcionar mais competitividade de mercado ao setor.

    At ento, alguns suinocultores exerciam um grupo de compras denominado UNIDEZ. Essa foi a primeira experincia e comprovou um ganho em competitividade. Contudo, era preciso mais coletividade e melhor acesso s novas tecnolo-gias. A Coosuiponte surgiu, em Ana Florncia, com apenas trs colaboradores e um propsito: tornar-se uma central de compras que orientas-se os produtores na aquisio de insumos e me-dicamentos necessrios, minimizando os custos da produo.

    Produzir o suno bem e com custos cada vez menores era uma necessidade, pois o preo de venda era ditado pelo mercado, lembra o ge-rente geral, Jlio Mrcio Natali, que colabora-dor da cooperativa desde a sua fundao. E foi com o apoio de todo o setor que a instituio se estabeleceu, cresceu e contribuiu para o desen-volvimento da atividade na regio.

    Equipe da Coosuiponte na segunda sede, bairro Mrio Fontoura (2006)

    20 anos de dedicao pela suinocultura

    5Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • Assuvap e Coosuiponte juntam foras

    No ano de 2004, a Assuvap e a Coosuiponte se reorganizam e comeam a atuar de maneira conjunta. Com a ajuda do Sebrae, as duas en-tidades ficam mais fortes e passam a ocupar a mesma sede, na rua Mrio Fontoura, transfe-rindo-se, em 2007, para a sede atual, na rua Euclides da Cunha, Centro de Ponte Nova. O novo local proporcionou o crescimento da co-operativa, oferecendo melhor espao fsico e estrutura. Um grande ganho para a suinocul-tura, que hoje ocupa posio de representati-vidade econmica na regio do Vale do Piranga. E com as duas entidades trabalhando juntas , o poder de compra dos suinocultores elevou, os custos reduziram e o resultado foi o aumento da

    competitividade setorial.

    Unio: a grande marca dessa

    histriaO esprito de coopera-

    tivismo realmente fez a diferena. Com a criao da cooperativa, do Fri-gorfico Saudali, sempre com o apoio da Assuvap, a regio se firmou como

    o maior polo de suinocul-tura independente do Bra-

    sil e referncia na produo de sunos de boa qualida-

    de. Somos respeitados como suinocultores em nvel nacional.

    Nosso suno, produzido na regio, considerado o melhor do Brasil, lembra

    o produtor Armando Barreto Carneiro, duran-te entrevista para o documentrio institucional dos 30 anos da Assuvap.

    199819992000

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    90101

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    Com trabalho srio e transparente, a Coosuiponte

    foi ganhando a confiana dos for-necedores e dos produtores. O resulta-do foi o salto no quadro de cooperados: em 1998, iniciando com 13 produtores e 26 mil matrizes, alcanou, neste ano, a marca de 120 cooperados (de estados como Minas, Esprito Santo e Bahia)

    e um plantel de, aproximada-mente, 80 mil matrizes.

    Nmero de Cooperados:

    6 Assuvap . Coosuiponte

  • Porto seguro Desde ento, a instituio mantm todos os

    seus princpios, valores e a misso de agrupar suinocultores, satisfazendo suas necessidades na aquisio de produtos e servios, aumentan-do a sua competitividade. E foi trabalhando assim, com mxima funcionalidade e parceria de vrios fornecedores, que essa cooperativa es-pecializada em sunos tornou-se a base para o produtor, referncia em atendimento pelo seus servios e preos.

    Desse passado e presente de realizaes, a Coosuiponte se motiva para continuar avanan-do, dia aps dia. E fica a certeza de que essa his-tria no h de parar por aqui. O prximo passo ser a construo da sua nova sede, no Distrito Industrial de Ponte Nova, local que ser o novo alicerce da suinocultura do Vale do Piranga.

    Sede atual da Coosuiponte, no Centro de Ponte Nova (2018)

    Compra direta:Implantada como o novo mtodo para aquisio de mercadorias, atravs dela, o cooperado adquire maiores volumes a preos competitivos diretamente dos for-necedores. A iniciativa atende aos inte-resses coletivos e vem colhendo frutos, com aprovao de quem j a utiliza. Para usufruir, entre em contato atravs do e-mail [email protected] ou ligue 31 3819-3902.

    Campanha promocional :Tambm um diferencial que a Coosui-ponte apresenta ao seu cooperado. Men-salmente, o setor de vendas prepara ofer-tas de produtos em parceria com o setor de compras e empresas parceiras. O resultado um maior giro das mercadorias, aumento na participao dos produtores e aproxi-mao das empresas fornecedoras.

    Premix prprio:A Coosuiponte possui uma equipe tcnica de formulao de premixes nas mais va-riadas fases da produo, contando com matrias-primas de alta qualidade e ofere-cendo assistncia ao cooperado.

    Outros servios:A cooperativa tambm possui uma rea de relacionamento no site que possibili-ta agendar atendimento, fazer pedido de compras e conferir a lista de preos de pro-dutos. Tambm possui um laboratrio de anlise de micotoxinas a servio do coope-rado, dentre outras facilidades.

    Servios em destaque

    7Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • Associados e cooperados da Assuvap e Coosuiponte se reu-niram, em 1/3, na sede das instituies para a Assembleia Geral Ordinria (AGO), realiza-da anualmente. Entre os tpicos da reunio, foram apresentadas e aprovadas as aes para o ano de 2018 e a prestao de contas de 2017.

    Os principais projetos, e que traro ganhos para a suinocul-tura regional, so a continuida-de da Bolsa de Sunos do Interior de Minas (BSim) e dos eventos e servios ligados ao meio am-biente, alm da 10 edio da Suinfest, marcada para os dias 24, 25 e 26 de julho.

    FNDSO Fundo Nacional de De-

    senvolvimento da Suinocultu-ra (FNDS) tambm foi tema de destaque. Associados e coope-rados aprovaram a participao das instituies e a destinao de R$44.712,00 ao projeto, que visa diversas aes no m-bito da produo, indstria e comrcio.

    O FNDS foi criado pela As-sociao Brasileira dos Criado-res de Sunos (ABCS), em 2014, para garantir sustentabilidade e tecnificao da suinocultura.

    Prestao de contas

    Na oportunidade, foi apro-vada a prestao de contas da

    Associados e cooperados aprovam aes para 2018

    8 Assuvap . Coosuiponte

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    L.BR.MKT.AH.2017-07-20.0553

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    diretoria da Coosuiponte, com parecer do conselho fiscal, re-ferente ao exerccio encerrado em dezembro de 2017.

    Parte da sobra, o valor de R$394.911,96 ser rateado en-tre os cooperados, em partes diretamente proporcionais aos servios usufrudos no perodo e pago at maio 2018.

    Novo Conselho Fiscal

    Tambm foi eleito e em-possado o Conselho Fiscal da Coosuiponte, com mandato at agosto de 2019. So os efeti-vos: Welington Pereira Giar-dini, Jos Joaquim de Oliveira Lopes e Jos Nomio Gomes da Cunha. Os suplentes so: Sebastio Moreira Machado, Letcia Souza Vicente Arajo Silva e Fernando Csar Soares.

    Sede prpriaOutro tema relevante foi a

    construo da sede prpria da Coosuiponte. De acordo com Jlio Mrcio Natali, gerente das instituies, j esto fina-lizadas as obras de infraestru-tura do novo Distrito Indus-trial (DI) de Ponte Nova/MG, local que abrigar a nova sede. O prximo passo o desmem-bramento das reas em cart-rio, sob responsabilidade da prefeitura.

    9Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • Como Funciona a BSim

    10 Assuvap . Coosuiponte

  • 11Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • O laboratrio de anlise de micotoxina da Coosuiponte vol-tou a receber novas amostras no dia 18 de fevereiro, aps um pe-rodo em que esteve fechado para treinamento e adaptao do novo tcnico aparelhagem. Desde ento, o servio vem satisfazen-do as necessidades dos coopera-dos com anlise e resposta de re-sultados dentro do prazo de cinco dias teis, respeitando a poltica da Coosuiponte de atender bem o seu cooperado, visando agilidade e eficincia no atendimento.

    O novo responsvel pelo ser-vio o colaborador Gilberto Silva de Almeida, que faz uma mdia de 50 anlises por ms de produtos como milho, sor-go, farelo de soja e raes di-versas. At o momento, mais de 20 cooperados j usufruram do servio.

    De acordo com o gerente ge-ral da Assuvap/Coosuiponte, J-lio Mrcio Natali, o objetivo do laboratrio disponibilizar um servio gratuito de anlise de micotoxina para os cooperados e criar um banco de dados do mi-lho de cada regio. O coopera-do, com uma anlise do produto que est chegando em sua gran-ja, pode negociar melhor com os fornecedores e, no caso de ra-es, ele pode intervir para me-lhor-las, completa o gerente.

    FuncionamentoO laboratrio possui equipa-

    mentos novos que trazem a ra-pidez de resposta, com capaci-dade de fazer at 90 anlises por vez. O servio gratuito para os cooperados, que podem enviar amostras de matrias-primas como milho, sorgo e raes, de segunda quarta. Na quinta, so feitas todas as anlises re-cebidas durante a semana e os resultados so enviados na sex-ta via e-mail.

    Laboratrio de anlise de micotoxina da Coosuiponte: eficincia e resposta em cinco dias

    12 Assuvap . Coosuiponte

  • Em meio ao mar de montanhas moldadas pelo tempo, cortadas pelo sinuoso rio de cor turva que d nome ao Vale do Piranga, encima-se a pequena cidade de Santa Cruz do Escalvado, a pouco mais de 30 km de Ponte Nova/MG. l, em seus arre-dores, o nosso destino: a Fazenda das Laranjeiras, uma das suinoculturas mais antigas da regio.

    O sol coberto por nuvens carregadas e o cheiro da terra molhada, indicara uma pancada de chu-va recente, que ainda assim no impedira o fluxo contnuo de caminhes em uma estrada de terra que liga a fazenda rodovia. Veculos transpor-tando uma variedade de produtos, matria-prima que abastece e torna possvel a produo do

    vida ao caminho; movimento que reflete a rotina energtica e dinmica da granja. Sinnimo de pro-gresso. Ao lado, a natureza exibe sua formosura, embelezando os olhos; ressoando a gua que toca a pedra, uma pequena cachoeira ladeada pelo ver-de de plantas nativas.

    Em poucos minutos de percurso, levantam--se entre os montes as primeiras construes da granja. Estruturas antigas que guardam, em seu interior, o segredo da produo eficiente, a inova-o e o que h de mais tecnolgico no mercado. O proprietrio o sr. Manoel Lizardo, 82, associado da Assuvap desde a fundao (29 de julho de 1985). Esposo da sra. Maria da Penha e pai de quatro fi-lhos, este suinocultor, cujo regozijo resplande-ce nos olhos, conta seu pioneirismo, os primei-ros passos para a suinocultura tecnificada a qual conhecemos.

    A histria da granja e da produo de sunos em larga escala na regio comea nos anos 80. Foi em um Fiat 147 que Manoel Lizardo e mais dois companheiros, Tarcsio Arajo e o veterinrio L-cio Salgado, pegaram a estrada em direo ao sul

    Nossa terraDo pontap inicial modernidade: conhea uma das primeiras granjas do Vale do Piranga

    13Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • do pas atrs de informaes sobre a atividade suincola. Na poca, o Banco do Brasil finan-ciou 22 novas granjas na regio, sendo uma das primeiras, a Fa-zenda das Laranjeiras. Foi quan-do a criao de porcos passou a ser suinocultura industrial.

    Antes de comear com a granja eu tirava leite, lembra Lizardo. Eu sempre procurei uma outra atividade, pois o leite gerava menos renda, meus me-ninos estavam pequenos e eu precisava bancar seus estudos. Fiz esse financiamento para por 60 matrizes; acabei colocando 125 de uma vez, conta o produ-tor. Segundo ele, a viagem trou-xe as tecnologias novas do mer-cado. Trouxemos uma evoluo tcnica. Tive a felicidade de co-nhecer isso e implantei aqui na regio (...) e assim eu comecei com a minha suinocultura.

    Hoje, a granja de Lizardo tem nmeros relevantes: 1350 ma-trizes, 21 a 22 mil animais em ciclo completo e gera empre-go para cerca de 60 funcion-rios, que trabalham em diversas funes na fazenda. Tamanho crescimento tem motivo: a vi-so empreendedora. Quem cria porco, diz Lizardo, tem uma mania de molhar cimento, ento voc sempre aumenta. No sou s eu, so todos, explica.

    Processo de expanso que no para: At a gestao j est

    mudando, continua Lizardo, j tenho aqui a gestao cole-tiva. Estamos preparando para entrar nas exigncias de bem--estar animal. Com o tempo, mudamos tudo, aproveitamos s as paredes e a cobertura. Baias j mudaram, tamanho, o cocho evoluiu muito, a maternidade tambm. Tecnologia, somada a gentica, que o faz alcanar o ndice de desmamado porca/ano em mais de 30; partos por ms, mais de 270 leites.

    Segundo ele, esses projetos de mudana, as ideias de me-lhorias na produo, saram em conversas de botequim. O sui-nocultor comunica muito, pro-cura conversar sobre os proble-mas e ns tnhamos a Climvet,

    que era um ponto de encontro. Quase todo suinocultor passa-va por l. Logo de tarde, depois que a gente fazia o movimento de rua (compra, banco, etc.), a gente seguia para um botequim. Ficvamos ali pondo as fofo-cas em dia. Ali surgia tudo: as brincadeiras, amizades, os pro-blemas e veio a tcnica junto. A ideia de implantar as novidades saiu dessas conversas de bote-quim, conta.

    Lizardo explica que, naquele tempo, a informao era mais difcil, viajava devagar. Com o passar dos anos e a chegada de meios de comunicao mais efi-cientes, o desenvolvimento da suinocultura deu novos saltos para o futuro. Hoje, eu acho

    14 Assuvap . Coosuiponte

  • que muito mais fcil pegar a tecnologia, as novidades. A sui-nocultura expandiu muito no Brasil e, hoje, voc tem alcance muito rpido a toda inovao, conta o produtor, utilizando como exemplo as recentes me-lhorias na granja: Consegui-mos reform-la todos os anos. Hoje, est tudo automatizado.

    O prximo passo j foi pla-nejado. A curto prazo, nosso projeto a climatizao, relata a filha Eliana, que tambm tra-balha na granja. A cada ano, a temperatura est subindo, isso nos preocupa muito. A clima-tizao na reproduo vai fazer muita falta. Estamos estudando isso, pondera.

    Assim como a gua que corre no leito de um rio, a suinocultu-ra tambm vive da renovao. Adaptao. Palavra chave para o sucesso e a busca pela produ-o sustentvel. Um dos gran-des avanos foi a utilizao de dejetos sunos para a fertirriga-o. Na Fazenda das Laranjei-ras, explica Lizardo, a tcnica j praticada. Temos tubulao, bomba, biodigestor e, comple-ta, lembrando-se dos desafios dirios da profisso: A suino-cultura desafio. Todo dia. Eu acho um trabalho muito bonito. impressionante o que a suino-cultura j fez, aqui, para benefi-ciar a regio.

    Lizardo tem razo.

    Do botequim BSim

    O comeo da bolsa foi no botequim, lembra Li-zardo. O pessoal ia para discutir com serieda-de, no tinha grupo fechado. Falvamos muitas informaes de mercado, diz o produtor, refor-ando que a primeira bolsa de sunos surgiu em Ponte Nova. Hoje, est mais profissional, a informao che-ga mais rpido (...). Com a bolsa daqui [a Bolsa de Sunos do Interior de Minas], se continuar com um trabalho srio, vai ser parmetro aqui na re-gio, diz Lizardo, aps fazer um apelo classe: O suinocultor tem que colaborar demais com essa bolsa, no s ir l no. Tem que participar com informao sria, completa.

    15Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • A Assuvap segue atuan-do para defender os interesses dos suinocultores, prover so-lues e difundir informaes. Em 15/3, a entidade apoiou a primeira palestra de 2018 na regio, realizada pela empresa Poly Sell, onde foram apresen-tadas alternativas para deze-nas de suinocultores e gerentes de granjas quanto s restri-es do uso de antibiticos na produo de sunos. O evento aconteceu na sede da associa-o, no Espao Interagir, em Ponte Nova/MG.

    Para ministrar a palestra, fo-ram convidados os drs. Roberto

    Guedes e Carlos Junqueira, que falaram da importncia da qua-lidade intestinal e explicaram alguns mitos e verdades sobre o uso de probiticos, comparando o produto com os simbiticos enzimticos.

    Segundo Vanderson Camilo, diretor comercial da Poly Sell, o objetivo foi esclarecer sobre a questo do uso de probitico na produo industrial de su-nos. No se consegue ter uma produo de alto rendimento, diz, sem a utilizao de alguns componentes que permitam que os animais manifestem todo o seu potencial gentico. Isso tem

    sido feito, dentre outras coi-sas, com o uso de antibiticos. Mas isso est sendo restringi-do, ento estamos procurando novas alternativas para substi-tuir esses antibiticos a nvel de campo, explica.

    Os probiticos so a pri-meira linha de ataque no campo para substituir os antibiticos. O produto tambm importan-te, entre outras coisas, para a manuteno da integridade in-testinal do suno, completa o diretor, afirmando ter escolhido realizar a palestra no Vale do Pi-ranga por ser um polo nacional na produo de sunos.

    Poly Sell

    Associao apoiou dois eventos realizados por empresas parceiras do setor

    16 Assuvap . Coosuiponte

  • Max Agronegcios e Vetanco

    Interpretando o clebre f-sico alemo, Albert Einstein, o gerente tcnico comercial da Vetanco, Lucas Piroca, passou um recado, pouco antes de ini-ciar sua palestra para dezenas de suinocultores do Vale do Piran-ga: A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltar ao seu tamanho original, disse. A fra-se em questo foi de encontro ao tema debatido no evento - Fa-tores de risco e solues prticas na produo de sunos - rea-lizado pela empresa e pela Max Agronegcios no dia 22/3, em parceria com a Assuvap, no Es-pao Interagir.

    A palestra tratou dos fatores de risco em vrios pontos da pro-duo: matrias primas que so usadas, a resposta do mercado oferta e demanda, sade intesti-nal dos animais e os riscos para o sistema respiratrio. O objetivo, segundo Piroca, foi levar conhe-cimento de uma maneira bem prtica ao suinocultor, para que eles possam alcanar o melhor resultado na produo de sunos.

    Hoje, a produo de sunos exige um trabalho muito afina-do, diz o palestrante, so mui-tos detalhes que interferem no resultado final e, devido com-petitividade e o mercado atual,

    no temos margem para perder produtividade. Ento, a ideia do evento foi passar ferramentas que possam ser utilizadas pelo produtor para que eles melhorem a produo e a lucratividade, explica.

    Segundo ele, a regio do Vale do Piranga sem sombra de d-vidas o mais importante polo de produtores de sunos indepen-dentes do pas, o que motivou a Vetanco a realizar a palestra na Assuvap. A associao, por sua vez, apoia eventos que trazem contedos relevantes, novas tec-nologias e melhorem a competi-tividade da atividade no mercado.

    17Ano 2 . Ed 04 . Mar/Abr 2018

  • A suinocultura tem se mostrado um dos se-tores mais atuantes e unidos da agropecuria brasileira. A qualidade do produto e do trabalho desenvolvido por todos os elos da cadeia so re-ferncia e podem ser conferidos desde a granja at a carne suna que chega mesa do consumi-dor. Esse sucesso pautado a partir do trabalho desenvolvido pela ABCS, com o apoio de toda a cadeia e empresas do setor, por meio do Fun-do Nacional de Desenvolvimento da Suino-cultura (FNDS). Iniciativa ousada da entidade nacional em 2014, o FNDS teve na Assuvap, na Coosuiponte e no Frigorfico Saudali os seus primeiros parceiros institu-cionais e que, desde ento, se-guem apostando no trabalho conjunto e na efetividade de aes nacionais para trazer visibilidade e sustentabi-lidade para todo o setor.

    Criado para garantir a continuidade das aes de produo, indstria e comercializao realiza-das pela ABCS, o FNDS um modelo de autossufi-cincia para o seguimen-to do trabalho sistmico, gerido pela entidade com a colaborao financeira dos pro-dutores, frigorficos e empresas do setor de forma a perenizar sua atuao no agronegcio brasileiro junto a todas as entidades estaduais e regionais afiliadas. Atualmente, o Fundo conta com 766.427 matrizes, o que corresponde a 45% do plantel nacional.

    A atuao do FNDS em 2017 impactou dire-tamente na atividade suincola dos produtores

    associados Assuvap e ao Frigorfico Sauda-li, que atualmente contribuem com 60 mil ma-trizes. Ao todo, foram realizadas 29 aes de produo, indstria, poltica e marketing com

    FNDS: Um aliado para o crescimento da suinocultura mineira

    18 Assuvap . Coosuiponte

  • 915 consumidores, produto-res, profissionais de gran-ja e de indstrias capacitados com o apoio do FNDS. Sendo as mais importantes: no que tange poltica, a colaborao com o FNDS permitiu a atuao do setor em diversas reunies com representantes do Minis-trio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) para a construo de estratgias de adequao dos suinocultores quanto Instruo Normativa n 14, que trata de fbricas de rao animal com medicamen-to; no debate sobre o Plano Es-tratgico do Programa Nacional de Febre Aftosa; na tratativa da agenda de Bem-Estar Animal em 2017 e outros temas da es-fera poltica.

    A parceria possibilitou, ain-da, a primeira reunio entre a cadeia suincola e rgos am-bientais de Minas Gerais para debater a reduo dos impac-tos decorrentes da atividade no meio ambiente e as princi-pais dificuldades no processo

    de licenciamento ambiental de granjas ou de sua renovao. O tema ainda foi destaque na re-alizao do Encontro Abraves MG, que trouxe debates im-portantes para os suinoculto-res sobre o uso da gua na sui-nocultura e biossegurana na criao de sunos.

    O apoio do FNDS foi fun-damental para impulsionar a venda de carne suna do Saudali para novos pblicos em 2017. As cidades de Camaari e Salva-dor, ambas no estado da Bahia, foram palco de 12 eventos, en-tre eles treinamentos de cortes e palestras de saudabilidade que capacitaram 335 profissionais, que foram preparados para se-rem novos porta-vozes da qua-lidade, diversidade de cortes e saudabilidade da protena entre os consumidores baianos.

    Atenta a oportunidade de crescimento da presena da carne suna nos lares mineiros de Ponte Nova e regio, a As-suvap, por meio do FNDS, in-vestiu em aes estratgicas

    de marketing com foco em sa-de para apresentar as vantagens de inserir a protena na die-ta de pacientes em diferentes faixas-etrias.

    O FNDS atua tambm no mbito nacional criando dire-trizes e oportunidades nacio-nais para a carne suna. O ano de 2017 trouxe conquistas im-portantes, como a realizao da Semana Nacional da Carne Suna (SNCS), treinamentos de bem-estar animal em diversos estados brasileiros e atuao constante na esfera poltica na busca pela defesa dos interesses dos suinocultores nos poderes legislativo e executivo.

    A suinocultura resultado da nossa resilincia para ven-cer grandes desafios. um dos caminhos para nossa nao ser mais prspera e desenvolvi-da. um exemplo de trabalho conjunto e qualidade que faro nosso pas avanar. Seguindo na atuao conjunta, estaremos prontos para o amanh.

    Fonte: ABCS

    Alto desempenho para leites em sada de creche Preservao das Microvilosidades Melhora a taxa de Converso Alimentar Aumento em GPD

    Consulte-nos: (31) [email protected] | mcassab.com.br

    Aminocidos para funo intestinal

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  • As conquistas do passado, os esforos do presente e os projetos do futuro

    Conhea a trajetria desta instituio que se firmou como o porto seguro da

    suinocultura do Vale do Piranga

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