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Revista Atelier das Artes 6º Edição

Revista 6ta. Ediçao

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A Revista - Atelier Das Artes é uma publicação trimestral, onde encontrará varias sugestões e técnicas nas mais diversas áreas do Artesanato.

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Page 1: Revista 6ta. Ediçao

Revista Atelier das Artes 6º Edição

Page 2: Revista 6ta. Ediçao

Editor Atelier das Artes

[email protected]

Revista Trimestral

6ª Edição Fevereiro 2012

Correcção e Elaboração textos:

Sofia Ramalho

Débora Rodrigues

Administração

Hugo Tadeu

Carolina Tadeu

Sofia Caixeirinho

Design Gráfico e Montagem

Carolina Tadeu

Elaboração de Passo a Passo

Sofia Ramalho

Teresa Violante

Sara Castelo de Carvalho

Convidados Especiais

Carlos Neves

Aline de Carvalho

Propriedade Fórum – Atelier das Artes

Foto: Carlos Neves

Edito

rial

Page 3: Revista 6ta. Ediçao

Foto: Carlos Neves

Estamos de regresso com mais uma Edição da Revista - Atelier das Artes. Uma Edi-

ção em que o Romantismo e o Amor são a palavra de ordem, não estivéssemos nós

na época mais romântica do ano.

Neste Edição terão oportunidade de conhecer um pouco mais da Vila do Amor -

Óbidos, que faz anualmente, por esta altura, o Festival mais doce do País: o Festi-

val do Chocolate. O itinerário começa pela Vila, passando pelo Festival e termina

com as iguarias típicas desta região, uma bela proposta para o Jantar do Dia dos

Namorados para surpreender a sua cara-metade.

Os já habituais Passos-a-passos também têm lugar de destaque, onde mais uma

vez, são apresentados trabalhos de fácil execução e muito mimosos para oferecer a

aquela pessoa especial.

Mais uma vez são entrevistados artistas de renome, onde as suas artes se desta-

cam pela diferença e pelo espectacular. Um mundo de fantasia por onde vale a pe-

na vaguear.

Esperamos que esta Edição seja mais um sucesso e que gostem dela tanto como

nós.

Até á próxima.

AArtes

Page 4: Revista 6ta. Ediçao

Arte - Casca de Ovo

Eva

Mini Álbum

Pirografia

Page 5: Revista 6ta. Ediçao

Especial Brasil

( Débora Rodrigues)

( Carolina Tadeu)

( Sofia Ramalho)

(Débora Rodrigues)

Eva

Page 6: Revista 6ta. Ediçao

Eco

nomi

a

Atelier das Artes 10 6

As novas leis do mercado de trabalho

Para esta edição da revista Atelier das Artes reservámos um tema bastante actual. As novas

reformas das leis do trabalho. Devido à crise económica e financeira, e a solicitações da

própria Troika, urge tomar-se medidas de flexibilização laboral.

Durante todo este ano serão implementadas novas medidas que prometem alterar a vida

laboral de todos os portugueses, prevendo-se que estejam em vigor durante, pelo menos

os próximos, 2 anos.

As medidas são:

Redução do número de folgas e a possibilidade de se trabalhar ao Sábado, sendo estas

remuneradas e não compensadas em dias de folgas. Esta medida terá que ser acorda-

da entre a entidade empregadora e o trabalhador;

Trabalhar em dias feriados passa a ser remunerado a metade do valor estipulado actu-

almente;

As pontes feitas nos feriados podem valer um desconto no ordenado e/ou nos dias de

férias do trabalhador;

Passa a existir um banco de horas do trabalhador, que não pode exceder as 150 horas

anuais;

As horas para além do horário de trabalho, não serão pagas, mas poderão ser com-

pensadas em diminuição do tempo de trabalho diário;

Cidadãos no desemprego que aceitem trabalhos onde a remuneração é menor de que

o valor do subsídio de desemprego, passam a ganhar 50 por cento deste subsídio para

além do seu salário mensal, nos primeiros 6 meses, e 25 por cento nos seguintes;

O valor máximo do subsídio de desemprego desce de 1257 euros para 1048 euros e o

período máximo de atribuição passa para 18 meses. No entanto, existe uma excepção

para desempregados com mais de 50 anos. De forma a minorar os custos associados

ao desemprego das pessoas mais velhas, os subsídios foram alargados até 26 meses;

Os trabalhadores independentes, isto é, a recibos verdes, passam a usufruir de subsí-

dio de desemprego sempre que se encontrem desempregados após passarem 80 por

cento ou mais de recibos a uma entidade;

Os casais desempregados e famílias monoparentais beneficiarão de um aumento de 10

por cento sobre os seus subsídios;

Economia

Page 7: Revista 6ta. Ediçao

Economia

7 6º Edição

No segundo semestre deste ano, para os candidatos, acederem a subsídios de de-

semprego, necessitam de ter descontado pelo menos 12 meses;

Abolição de 4 feriados (2 civis e 2 religiosos);

A medida que está a gerar mais controvérsia é a possibilidade das entidades patro-

nais poderem despedir um trabalhador se este mostrar redução contínua da sua pro-

dutividade e da qualidade do seu trabalho. Esta medida será acompanhada de instru-

mentos de ajuda ao trabalhador de forma a melhorar o seu desempenho no local de

trabalho;

O trabalhador será responsabilizado e sancionado por todos os danos intencionais que

confira ao seu material laboral;

A antiguidade no posto de trabalho deixa de ser tida em conta na hora quando há

despedimento;

Segundo o governo, de forma a alinhar Portugal com a média europeia, nos novos

contratos, as indemnizações por despedimento passam, a partir de Novembro, de 20

dias por ano de trabalho para 8 a 12 dias;

Finalizando, para 2013 prevê-se uma redução de 3 dias ao período de férias.

Investigação: Débora Rodrigues

Para: Atelier das Artes

Page 8: Revista 6ta. Ediçao

Atelier das Artes 10 8

Eva

* Folha de EVA vermelha com flores ou cora-

ções

* Folha de EVA vermelha

* Folha de EVA preta

* Folha de EVA branca

* Folha de EVA cor á escolha

* Enchimento

* Tesoura

* Lápis

* Cola para EVA

* Caneta preta

Material necessário:

Como Fazer:

Fazer os moldes do

coração, pernas, braços e

olhos e passá-los para a

EVA.

Cortar todas peças. Colocar a parte de fora

do coração com o estam-

pado virado para cima.

Virar esta peça, ficando a

parte lisa para cima, e colar

os bracinhos.

Centralizar o coração

mais pequeno, colocando

-o por cima do coração

maior e colar.

No fim dos bracinhos cola-

dos, colar o outro coração

com o estampado virado

para cima e deixar uma

pequena abertura no fun-

do.

Passo a Passo executado por :

Sofia Ramalho

Em: Artes da Sofy

Page 9: Revista 6ta. Ediçao

6º Edição 10 9

Aproveitar e fazer a boca do

nosso coração com caneta

preta.

Passo a Passo

Montar os olhos e colá-

los.

Colocar enchimento no

coração mas de modo a

que a EVA não vinque

nem rebente de lado. No

final, colar essa abertura.

Escrever uma mensagem

a gosto.

Colar a mensagem na

ponta dos bracinhos. Colar as pernas como in-

dica a figura.

Colar o coração em cima

das pernas.

E por fim temos o nosso

coração pronto.

Page 10: Revista 6ta. Ediçao

Foto: Sofia Ramalho

Page 11: Revista 6ta. Ediçao
Page 12: Revista 6ta. Ediçao

Eva

Atelier das Artes 10 12

Page 13: Revista 6ta. Ediçao

Molde

6º Edição 10 13

Page 14: Revista 6ta. Ediçao

Entrevista

Atelier das Artes 10 14

Os trabalhos que apresentamos nesta edição são

da autoria de:

Carlos Neves

Arte - em casca de ovo

AArtes: Conte-nos como foi que en-

trou para este mundo do Artesanato.

Carlos Neves: Entrei para o mundo do ar-

tesanato devido à situação económica do

país. Fui electricista durante 20 anos, por

conta própria e devido à falta de trabalho

tive de abandonar o ofício e dedicar á es-

cultura em ovos, que até então era um me-

ro hobby.

AArtes: Quando e como começou o in-

teresse pela por esta arte?

Carolos Neves: Aprendi esta arte na Rho-

desia, agora Zimbabwe, com uma vizinha

que esculpia em ovos de avestruz á nava-

lha. Agora possuo máquinas que dão para

desenvolver outro tipo de trabalhos. As

avestruzes têm poucos anos em Portugal,

cerca de 10 a 12 anos. Assim, antigamen-

te, eram os amigos que sabiam que fazia

este tipo de trabalhos, que me traziam tais

ovos para eu esculpir.

AArtes: Enquanto profissional/artista

como se definiria?

Carlos Neves: Defino-me como um dos

100 de todo o mundo, dos 25 que se dedi-

cam a isto a tempo inteiro, e dos 10 me-

lhores! Como uma artista conhecida me diz

“a minha arte ofusca a dos outros”.

AArtes: A sua dedicação a esta arte

tem correspondido com as expectati-

vas?

Carlos Neves: É complicado esta arte cor-

responder às expectativas. É difícil entrar

no mercado e cativar clientes. Com isto,

posso dizer que não tem correspondido às

minhas expectativas.

AArtes: Os seus trabalhos são previa-

mente pensados ou vai tomando forma

á medida que avança?

Carlos Neves: Uns trabalhos são pensa-

dos, e outros vão tomando formas e con-

tornos à medida que os vou trabalhando.

AArtes: Que tipo de material utiliza nas

suas peças?

Carlos Neves: Uso tudo o que é casca de

ovo, embora esta técnica possa ser utiliza-

da noutros materiais.

Conv

idad

o E

spec

ial

Foto Carlos Neves

Page 15: Revista 6ta. Ediçao

15 6º Edição

Arte em casca de ovo AArtes: Em media quanto tempo leva

para fazer uma peça?

Carlos Neves: Cada peça tem o seu tem-

po e depende bastante dos tipos de materi-

ais. Posso levar 45 minutos em ovo de gali-

nha, ou vários meses em ovo de avestruz.

Posso também parar e depois voltar a pe-

gar na peça, por achar que lhe falta algo.

AArtes: Acredita no artesanato como

fonte de rendimento ou de prazer e te-

rapia?

Carlos Neves: Acredito e sei que dá como

fonte de rendimento e de terapia. Fonte de

rendimento como algo óbvio. Quando se

está a esculpir numa casca de ovo tudo que

nos rodeia desaparece. Ou se está absorvi-

do na tarefa ou não. Na Austrália, quem faz

este tipo de artesanato são as senhoras de

idade e em lares. Pelo que dizem, até se

esquecem que têm dores, pois estão tão

concentradas que não dão pelos males que

sofrem.

AArtes: Trabalha num atelier? Descre-

va o ambiente em que desenvolve as

suas obras de arte.

Carlos Neves: Não tenho atelier, como

costumo dizer ainda não passei a fase da

garagem. Mas estou só, num ambiente es-

curo, onde a única luz que tenho direcciona

-se sobre o meu trabalho, e não dá para

ter nada que me desperte os sentidos do

que estou a fazer. Não posso embalar ao

som de música, posso distrair-me e lá se

vai o trabalho. O grau de concentração é

muito elevado, trabalha-se com espessuras

de 1,25 mm a 0,035 mm, não dá para

emendar ou reconstruir. Mas é uma reali-

zação em cada corte que dou, e procura-se

sempre mais e mais, daí as longas horas

sem se dar pelo passar do tempo. Só, por

vezes, quando a vista começa a cansar, é

que noto que é tempo de fazer uma pausa.

AArtes: Quais são as principais carac-

terísticas focadas pelos seus clientes

quando lhe pedem a realização de um

trabalho?

Carlos Neves: O que está em "moda"

são os Presépios e o Santo António. Muito

sinceramente, são peças que não me sedu-

zem, mas são as mais procuradas. Umas

dão-me gozo fazer, outras não tanto.

Quando me pedem alguma peça, - nunca

me pediram nada de especial-, pode ser

alto-relevo, baixo-relevo, corte puro, eu

depois vejo o que ficará melhor.

AArtes: Na sua família existem outros

artesãos?

Carlos Neves: Por enquanto não tenho

seguidores na família, nem nesta arte, nem

noutra.

AArtes: Como faz para conseguir ven-

der os seus trabalhos ?

Carlos Neves: Vendo os meus trabalhos

em feiras e na internet.

Foto Carlos Neves

Page 16: Revista 6ta. Ediçao

Entrevista AArtes: Qual é a sua formação? Fre-

quentou algum curso específico ou fa-

culdade?

Carlos Neves: Tenho o 9º ano português

e o 12º ano inglês. Resumindo, quando re-

gressei de África, recuei nos estudos.

AArtes: Na sua opinião o que deveria

ser feito para que as pessoas aderis-

sem mais à compra de peças artesa-

nais e por quem?

Carlos Neves: O artesanato em Portugal

está mal e vai continuar mal até as pessoas

aderirem mais às compras.

Nesta pergunta vou ser muito crítico. Pura

e simplesmente os órgãos que nos tutelam

não funcionam.

Podemos fazer tudo menos artesanato

mas, logo que façamos descontos, mais

tarde ou mais cedo é-nos atribuída uma

carteira profissional como artesãos. Contra

mim falo.

Não reconheço nessas entidades pessoas

capazes e com saber suficiente para avaliar

o meu trabalho e me poder atribuir uma

carteira profissional.

Toda a gente organiza "feiras de artesana-

to" embora muitas delas, considere que só

se encontra autênticas contrafacções arte-

sanais oriundas da China, revenda, etc

Confundem artesanato com artigos regional

ou tradicional, embora possam estar alia-

dos, de artesanais têm poucos. Por exem-

plo: na área da cortiça conheço 1 ou 2 se-

nhores que fazem carros, castelos, e algu-

mas coisas mais, com cortiça. Quem anda

em feira de artesanato com chapéus de

chuva, malas, malinhas, etc, como Artesa-

nato??? Isto não é artigo artesanal.

E digo mais. As feiras de artesanato estão

mal porque fizeram delas feira de artesana-

to, regionais, artes decorativas contempo-

râneas, etc… No meu entender, façam fei-

ras, sim, para todos, mas separadas, assim

quem vai comprar sabe para onde vai e o

que vai encontrar.

Ou é feira de artesanato ou, pura e sim-

plesmente, não o é. E deixo outra questão:

quem regula as feiras?

Enquanto isto acontecer, caminhar-se-á de

mal para pior. Tem de haver uma grande

filtragem, senão, não estou a ver como se-

rá o futuro.

AArtes: Para terminar, tem algo a

acrescentar a esta entrevista?

Carlos Neves: Bem hajam mais entrevis-

tas, e bem divulgadas, para que todos sai-

bam com que linhas se traçam os caminhos

do artesanato.

Entrevista Realizada por:

Soledade Lopes

Para: Atelier das Artes

Atelier das Artes 10 16

Page 17: Revista 6ta. Ediçao

Foto: Carlos Neves

Entrevista Realizada por:

Soledade Lopes

Para: Atelier das Artes

Page 18: Revista 6ta. Ediçao

Foto: Soledade Lopes

Foto: Carlos Neves

Page 19: Revista 6ta. Ediçao

Foto: Soledade Lopes

6º Edição 10 11 Foto: Carlos Neves

Page 20: Revista 6ta. Ediçao

Foto: Carlos Neves

Page 21: Revista 6ta. Ediçao

Porque são os pequenos gestos que fazem a

diferença.

http://abelhita-pequenosgestos.blogspot.com/

Telefone: 91 735 73 10

email: [email protected]

Vencedora Desafio

Super Blog

Blog: http://cantinho-da-cor-

artesdecorativas.blogspot.com

Traga a ideia e deixe o resto comigo

Trabalho executado por : Bárbara dIAS

Em: BD Artes Decorativas

Blog: http://bdartesdecorativas.blogspot.com

Criações da Mina

Blog: http://criacoesdamina.blogspot.com/

E-mail: [email protected]

Page 22: Revista 6ta. Ediçao

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Em: Cantinho da Cor

Trabalho executado por:

Sofia Caixeirinho

Em: Atelier Arco Íris

Trabalho executado por: Bárbara

Dias

Em: BD Artes Decorativas

Trabalho executado por:

Teresa Violante

Em: TEARTES

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por:

Sílvia Marques

Em: SM Bijuteria

Atelier das Artes 10 22

Trabalho executado por: Marina

Ribeiro

Em: Criaçoes de Mina

Page 23: Revista 6ta. Ediçao

Trabalho executado por:

Cláudia Sofia

Em: Oasis Das Contas

Trabalho executado por: Bárbara

Dias

Em: BD Artes Decorativas

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Em: Cantinho da Cor

Galeria de Trabalhos

23 6º Edição

Trabalho executado por:

Teresa Violante

Em: TEARTES

Trabalho executado por:

Samantha Gomes

Em: Samy Art’s

Trabalho executado por: Marina

Ribeiro

Em: Criaçoes de Mina

Page 24: Revista 6ta. Ediçao

Não se sabe ao certo, quando e onde surgiu, ou mesmo quem inventou a Arte Reborn, ao

redor do mundo ouve-se diferentes versões e várias pessoas que declaram-se “criadoras”

desta arte. O que na verdade se sabe é que desde os primórdios da humanidade o homem

já tentava reproduzir a sua própria imagem e semelhança, e a partir daí também surgiu a

ideia de fabricar bonecas cada vez mais realísticas.

A restauração ou repintura de bonecas sempre existiu, inclusive no pós- guerra, onde as

mães restauravam os brinquedos dos seus filhos. Agora não podemos afirmar que este se-

ria o “princípio” da Autêntica Arte Reborn, já que a restauração de bonecas utilizavam-se

materiais e técnicas bem diferentes.

Recentemente, por volta do final dos anos 80, lançou-se no mercado bonecas bebé fabrica-

das em vinil com formas e aspectos muito parecidos com bebés recém-nascidos reais.

Alguém em algum lugar teve a brilhante ideia de desmontar uma dessas bonecas, prova-

velmente, uma da marca espanhola Berjusa ou Berenguer, pintando-a por dentro e por fo-

ra, recriando assim uma aparência com detalhes e tom de pele muito mais real e natural.

A partir dos anos 90, com a chegada da internet, as imagens desses bebés ganharam o

mundo e passaram a conquistar milhares de admiradores e coleccionadores que chegaram

a pagar pequenas fortunas em leilões por esses bebés.

A constante busca de aperfeiçoamento e realismo gerou um enorme seguimento voltado

para a Arte Reborn, hoje existem os chamados moldes ou kit Reborn fabricados exclusiva-

mente para essa arte, não sendo mais necessário desmontar e nem remover a tinta e aces-

sórios de fábrica.

Um dos mais renomados fabricante de kits reborns, Pat Secrist da Secrist doll Co., passou a

usar o termo “Famosos , pois refazer (re-doing) o bebê já não era mais preciso, utilizando

o kit em “branco” fabricado por ele. Mas é muito comum ouvir-se ambos os termos quando

se refere à Arte.

Com o crescimento e expansão da arte Reborn através da Internet, muitas pessoas se inte-

ressaram em aprender sobre como criar um bebé quase real. Infelizmente a Arte Reborn foi

e vem sendo destorcida por alguns. Técnicas falsas de pintura foram expostas de forma

que ensinasse a forma do mais “fácil e simples” em criar um bebe quase real.

O resultado a muito que se encontra em sites de comercialização livre, é o que podemos

chamar de bonecas “maquiadas”, justamente por pessoas que aprenderam técnicas com-

pletamente fora do padrão e da integridade da Arte Reborn e que em muitas vezes estão

longe de serem chamados de Autênticos Bebés Reborn, causando frustração e decepção

para alguns coleccionadores que os adquirem.

Por esse motivo, com o crescimento e a expansão da Arte Reborn, deve crescer também a

exigência do público consumidor para que a Arte Reborn continue sendo vista com respeito

e admiração das pessoas no mundo inteiro.

Arte Reborn

Atelier das Artes 10 24

Page 25: Revista 6ta. Ediçao
Page 26: Revista 6ta. Ediçao

AArtes: Conte-nos como foi que en-

trou para este mundo do Artesanato.

Aline de Carvalho: Aos 10 anos aprendi a

fazer croché e a pintar em panos de pratos

com a minha mãe, depois interessei-me

por pintura em telas, mas sempre para

passar o tempo, mas quando conheci a arte

reborn apaixonei-me perdidamente.

AArtes: Quando e como começou o

interesse por esta arte?

Aline de Carvalho: Fez dois anos, desco-

bri a arte pela internet e conheci pessoas

ligadas ao meio reborn, como estava relaci-

onado com pintura e bebés, as minhas

grandes paixões, fiquei fascinada.

AArtes: Enquanto profissional/artista

como se definiria?

Aline de Carvalho: Apenas uma curiosa,

satisfeita pelo trabalho que desenvolvo e

do encanto que um bebé reborn provoca

nas pessoas.

AArtes: A sua dedicação a esta arte

tem correspondido com as expectati-

vas?

Aline de Carvalho: Acredito que sim, pois

estou agradecida por

esta gerar sonhos.

AArtes: Os seus trabalhos são previa-

mente pensados ou vai tomando forma

há medida que avança?

Aline de Carvalho: Os bebés são idealiza-

dos pelas futuras mães, que os imaginam e

lhes passam a dar vida, escolhendo a cor

dos olhos, a cor dos cabelos, o tom de pe-

le, manchas entre outros detalhes, mas

existe também as réplicas que são feitas a

partir de fotos de bebés de verdade e são

eternizadas através dos bebés reborn, que

tem o peso e o tamanho de um bebé de

verdade.

AArtes: Que tipo de material utiliza nas

suas peças?

Aline de Carvalho: É tudo importado, uso

diversos tipos de materiais, por exemplo:

tintas, vernizes, cabelos semelhantes ao de

um recém-nascido, olhos de acrílico ou vi-

dro, vinil e imãs, entre outros.

Entrevista Os Trabalhos que apresentamos nesta edição são

da autoria de:

Aline de Carvalho

Arte Reborn

Atelier das Artes 10 26

Page 27: Revista 6ta. Ediçao

AArtes: Em media quanto tempo leva

para fazer uma peça?

Aline de Carvalho: Depende de cada be-

bé, mas geralmente leva entre 20 a 30 di-

as, a parte mais demorada é o implante do

cabelo, pois é colocado fio a fio para dar

um ar de realismo igual a uma cabeça de

um bebé de verdade.

AArtes: Acredita no artesanato como

fonte de rendimento ou de prazer e te-

rapia?

Aline de Carvalho: Particularmente acre-

dito que é um mistura de tudo, já que o ar-

tesanato é uma riqueza que temos em di-

versas culturas que deve ser cultivada e

valorizada diariamente, usamos como tera-

pia e que se torna prazerosa a partir do re-

sultado alcançado.

AArtes: Trabalha num ateliê? Descreva

o ambiente em que desenvolve as suas

obras de arte.

Aline de Carvalho: O meu ateliê é a mi-

nha casa, o meu cantinho, onde desenvolvo

os bebés que são feitos com muito cuidado

e carinho para as suas futuras mães.

AArtes: Quais são as principais carac-

terísticas focadas pelos seus clientes

quando lhe pedem a realização de um

trabalho?

Aline de Carvalho: Todas as mães salien-

tam as veias nos bebés, as manchas de

nascença, o peso do bebé, os cabelos, to-

dos querem pentear os bebés e querem os

bebés em tempo recorde.

AArtes: Na sua família existem outros

artesãos?

Aline de Carvalho: A minha mãe ensinava

a todos os filhos um pouco de tudo, ela

acreditava que tínhamos que saber de tudo

na vida, costurar, cozinhar, pintar, bordar

etc.

AArtes: Como faz para conseguir ven-

der os seus trabalhos ?

Aline de Carvalho: Uso a internet como

ferramenta de trabalho é a divulgação prin-

cipal e os correios que levam os bebés até

às suas futuras mães.

AArtes: Qual é a sua formação? Fre-

quentou algum curso específico ou fa-

culdade?

Aline de Carvalho: Sou assistente social,

formada pela universidade Tiradentes e es-

pecializada nas artes por curiosidade.

AArtes: Na sua opinião o que deveria

ser feito para que as pessoas aderis-

sem mais à compra de peças artesa-

nais e por quem?

Aline de Carvalho: Acredito que o artesa-

nato é uma grande riqueza pelos seus de-

talhes, mas esta pode delimitar um público

restrito que conhece a sua grandiosidade,

infelizmente falta que as autoridades com-

petentes, reconheçam a valorização das su-

as culturas e incentivem também como

fonte de rendimento.

AArtes: Para terminar, tem algo a

acrescentar a esta entrevista?

Aline de Carvalho: Quero agradecer a to-

dos pelo carinho e a oportunidade de ser

convidada para participar com uma entre-

vista e mostrar um pouco do meu artesa-

nato com a arte da técnica reborn.

Especial Brasil

Entrevista Realizada por:

Carolina Tadeu

Para: Atelier das Artes - Especial Brasil

27 6º Edição

Page 28: Revista 6ta. Ediçao
Page 29: Revista 6ta. Ediçao
Page 30: Revista 6ta. Ediçao
Page 31: Revista 6ta. Ediçao
Page 32: Revista 6ta. Ediçao
Page 33: Revista 6ta. Ediçao

Morada. Rua Paiã 2-B, Odivelas

2675-495 Odivelas

Telefone: 210 158 763

http://www.atelierarcoiris.blogspot.com/

email: [email protected]

http://www.4pontosdecor.com/

Vencedora Concurso

De Natal

Trabalho executado por : Ana Augusto

Em: 4 Pontos de Cor

Blog: http://www.4pontosdecor.com/

Blog: http://te-artes.blogspot.com/

Page 34: Revista 6ta. Ediçao

Pirografia - Passo a Passo Material necessário: * Pirógrafo.

Peça a ser trabalhada (neste

caso um porta-chaves de ma-

deira em forma de coração).

* Argola para porta-chaves

* Desenho pretendido

Papel químico.

* Lápis de cor (daqueles que

os miúdos usam na escola).

* Verniz

* Pincel

Como Fazer:

Atelier das Artes 10 34

Transferir o desenho com pa-

pel químico ou desenhar à

mão livre .

Contornar o desenho com

o pirógrafo.

Insistir mais, onde se pre-

tende cor mais intensa

(mais queimado) ou traços

mais largos.

Mudar de ponteira para pe-

quenos detalhes ou dese-

nhos diferentes (trabalhar

com as diversas ponteiras

do pirógrafo, consoante o

gosto ou o desenho que se

pretende).

Colorir as partes pretendi-

das com os lápis de cor,

consoante o gos to

(opcional).

Finalizada a peça, passar

verniz com o pincel, deixar

secar.

Terminar colocando a ar-

gola no porta-chaves.

Passo a Passo executada por :

Teresa Violante

Em: TEARTES

Page 35: Revista 6ta. Ediçao

NOTA: A pintura com os lápis de cor é opcional, ao natu-

ral, só com o colorido dos diversos tons de queimado,

também fica muito bonito.

Teresa Violante

Page 36: Revista 6ta. Ediçao

Galeria de Trabalhos

Atelier das Artes 10 36

Trabalho executado por:

Teresa Violante

Em: TEARTES

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Em: Cantinho da Cor

Trabalho executado por: Marina

Ribeiro

Em: Criaçoes de Mina

Trabalho executado por:

Sara Castelo de Carvalho

Em: Os pequenos gestos da Abelhita

Trabalho executado por:

Samantha Gomes

Em: Samy Art’s

Trabalho executado por:

Sílvia Marques

Em: SM Bijuteria

Page 37: Revista 6ta. Ediçao

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por: Bárbara

Dias

Em: BD Artes Decorativas

Trabalho executado por: Marina

Ribeiro

Em: Criaçoes de Mina

37 6º Edição

Trabalho executado por:

Teresa Violante

Em: TEARTES

Trabalho executado por: Marina

Ribeiro

Em: Criaçoes de Mina

Trabalho executado por:

Sara Castelo de Carvalho

Em: Os pequenos gestos da Abelhita

Page 38: Revista 6ta. Ediçao

Mini Álbum Material necessário:

Como Fazer:

* Base de corte; Bisturi; Dobradeira;

Tesoura; Régua de corte; Cola para

Scrapbooking (Do Crafts); Fita cola du-

pla face; Cortador de cantos; Fitas dec-

orativas; Pérolas; Botões; Cartão

prensado; Cartolina para Scrapbooking

(Papermania) ; Folhas de papel decora-

tivo para Scrapbooking (Papermania);

Almofadas de relevo (Stix2); Pré-

cortados Sixxiz, Mariane Design;

Pounches Martha Stewart; Flores para

Repetir o processo para

fazer a segunda capa do

mini álbum, ou seja a

contracapa.

Começar por cortar a

folha de cartão prensado

em tamanho A6. Esta

representa uma das ca-

pas do álbum.

Escolher um ou dois pa-

péis decorativos a gosto,

para a capa e cortar na

mesma medida e cola-se

um em cada verso do

cartão.

Para fazer as folhas interio-

res, ou seja, as páginas do

nosso mini álbum, utiliza-se

papel decorativo de 220

gramas, em tamanho A5.

Dobra-se ao meio, transfor-

mando-o num bloco A6.

Com a fita-cola de dupla

face cola-se os dois lados

para reforçar a página.

Com a ajuda da guilhoti-

na, cortar um pedacinho

da folha de forma a uni-

formiza-la e a que esta

fiquei ligeiramente mais

pequena que a capa.

Passo a Passo executado por :

Sara Castelo de Carvalho

Em: Os pequenos gestos da Abelhita

Atelier das Artes 10 38

Page 39: Revista 6ta. Ediçao

Passo a Passo

Depois deste fechado, faz-

se uma dobra conforme

ilustrado na imagem, cri-

ando duas alturas.

Cortam-se os lados do

envelope, para desta

forma abrir as bolsas do

álbum.

Cola-se o envelope, agora

as bolsas do álbum, à pági-

na que já tinha sido criada.

Usam-se envelopes para

criar bolsas nas páginas do

álbum. Começa por fechar-

se o envelope, pela marca

que se encontra na figura,

de modo a torna-lo o mais

pequeno possível.

Decorando a gosto com

fitas e pré cortados.

De forma a reforçar o

envelope e a decorar o

mesmo, cola-se na parte

frontal das duas frentes

um papel decorativo a

gosto e acerta-se as

pontas com a guilhotina.

Ficando assim com duas

bolsas para colocar foto-

grafias, ou mensagens.

Utilizam-se os furadores deco-

rativos para decorar as pági-

nas e a capa. (Repetimos este pro-

cesso de criação de páginas e bolsas

quantas vezes necessárias, ou seja, quan-

tas páginas desejar que o álbum tenha.

De forma a criar diversidade no álbum

pode fazer-se algumas páginas sem bol-

sas, apenas com o espaço para colar uma

fotografia ou escrever uma mensagem.)

Utilizam-se os cortado-

res Sizzix e Mariane De-

signs para fazer umas

etiquetas tag, previa-

mente moldadas, con-

forme a imagem.

39 6º Edição

Page 40: Revista 6ta. Ediçao

Mini Álbum

Passa-se à decoração da

capa do álbum, com a aju-

da de um pounche pode

fazer-se algumas flores.

Utiliza-se a fita-cola de

dupla face para ajudar a

decorar a capa com as

folhas perfuradas.

E com a ajuda de flores, pérolas, fitas, pré-cortados e papéis decorativos decora-se a gos-

to a capa, as páginas e a contracapa.

Para finalizar este mini álbum,

atam-se umas fitinhas de cetim

nas argolas para lhe dar um ar

mais amistoso.

Agora passa-se à perfuração

das capas e das páginas para

colocar as argolas. Com um

furador faz-se os primeiros

furos nos locais que pretende-

mos e de seguida, com a aju-

da de um lápis, marcam-se

todas as páginas e a contra -

capa, para que os furos fi-

quem todos no mesmo nível.

Depois da capa e contra

capa, e todas as pági-

nas estarem furadas,

colocam-se as argolas.

Numa das etiquetas tag

colam-se, no início do

mini álbum, as almofa-

das de relevo com uma

mensagem.

Atelier das Artes 10 40

Page 41: Revista 6ta. Ediçao

A vantagem destes mini álbuns é que pode ir-se adicionando e retirando páginas, e construindo bol-

sas segundo a sua necessidade e a utilidade mais desejada.

Page 42: Revista 6ta. Ediçao

http://astralhasdasol.blogspot.com/

Vencedora Concurso

Patchwork Embutido http://artesebijuxdadiana.blogspot.com/

Telefone: 91 258 21 12

email: [email protected]

http://dehartes-artesanato.blogspot.com/

Trabalho executado por : Lurdes Ribeiro

Em: Magia das Cores

Blog: http://magiadascores2010.blogspot.com

http://bdartesdecorativas.blogspot.com/

http://www.artesdamiudapintinhas.blogspot.com/

email: [email protected]

Page 43: Revista 6ta. Ediçao

Óbidos Óbidos é uma vila do distrito de Leiria, que

se situa na região Centro Oeste. É sede de

município com 142,17 km² de área e 10

875 habitantes (de acordo com os dados

de 2001) e está subdividido em 9 freguesi-

as.

Este nome tem origem no termo latino

oppidum, significando «cidadela», «cidade

fortificada». Os Romanos e Visigodos mar-

caram presença nesta vila. Nas suas proxi-

midades ergue-se a povoação romana de

Eburobrittium.

Em 1148 é tomada aos Mouros, e recebido

a primeira carta de foral (que visava esta-

belecer um Concelho e regulamentar limi-

tes e privilégios) em 1195, sob o reinado

de D. Sancho I.

D. Dinis ofereceu Óbidos a sua esposa D.

Isabel como prenda de casamento e esta

Vila ficou a pertencer assim a Casa das Ra-

inhas. Acolheu inúmeras rainhas de Portu-

gal, designadamente Urraca de Castela,

Rainha Santa Isabel, Filipa de Lencastre,

Leonor de Aragão, Leonor de Portugal, e

muitas outras, deixando todas elas, benefí-

cios á Vila.

Em 1527, viviam 161 habitantes na vila, o

que corresponderia a cerca de 1/10 da po-

pulação do município. A área amuralhada

era já nessa época idêntica à actual, ou se-

ja: 14,5 hectares.

Esta Vila, com o terramoto de 1755, sofreu

alterações no aspecto do casco e no seu

traçado árabe e medieval. Foi também pal-

co das lutas da Guerra Peninsular e da Re-

volta do 25 de Abril ficando ligada ao movi-

mento heróico dos capitães de Abril.

Foi de Óbidos que nasceu o concelho das

Caldas da Rainha, anteriormente chamado

de Caldas de Óbidos.

A 16 de Fevereiro de 2007, o castelo da

cidade recebeu o diploma de candidata co-

mo uma das sete maravilhas de Portugal.

Esta Vila é muito rica em Monumentos,

destacando-se o Castelo que é talvez o

mais conhecido de todo o país. De origem

árabe, foi ampliado e reparado várias vezes

depois da conquista pelos cristãos. Com o

terramoto de 1755 ficou muito danificado,

e no século XX, já em ruínas, foi recupera-

do para instalar a primeira Pousada do es-

tado Português em edifício histórico.

Figura 1: Mapa de Óbidos

Figura 2: Castelo de Óbidos

43 6º Edição

Page 44: Revista 6ta. Ediçao

Óbidos

Atelier das Artes 10 44

A Igreja de São Batista também é um pon-

to de referência na Vila. Em 1309 foi cons-

truída pela Rainha Santa Isabel como le-

prosaria e com uma capelinha em homena-

gem a S. Vicente. Foi aumentada e remo-

delada ao longo dos séculos e em 1636 é

tornada sede da paróquia de S. João Batis-

ta do Mocharro (outrora sediada fora das

muralhas).

A Porta da Vila, a entrada principal foi

construída pelo Rei D. João IV como forma

de agradecimento a Nossa Senhora pela

protecção dada na Restauração da Inde-

pendência em 1640.

A Porta do Vale ou Senhora da Graça é a

porta de acesso á Vila pelo lado Nascente.

No seu interior está uma capela oratória

em homenagem á Nossa Senhora da Gra-

ça, restaurada no ano de 1727 em cumpri-

mento de uma promessa da filha de um

magistrado que morreu de amores contra-

riados por um jovem obidense.

A Rua Direita, a Rua Principal de Óbidos

liga a porta da Vila ao Paço dos Alcaides.

A Igreja de São Pedro foi construída na

época Medieval e da sua construção inicial

apenas conserva os vestígios do antigo

portal gótico na fachada.

Figura 3: Igreja de São Batista

Figura 4: Porta da Vila

Figura 5: Porta do Vale

Figura 6: Rua Direita

Page 45: Revista 6ta. Ediçao

45 6º Edição

Regiões e Costumes Nesta igreja foi sepultada a pintora Josefa

de Óbidos (1630-1684) e o Padre Francisco

Rafael da Silveira Malhão (1794-1860).

A Capela de São Martinho encontra-se de-

fronte á Igreja de São Pedro. Foi instituída

em 1331 pelo Padre Fernandes, beneficiado

da Sé de Lisboa.

A Igreja de Santa Maria é a Igreja matriz

de Óbidos e o principal templo desta Vila.

Não se conhece a data exacta da sua cons-

trução mas sabe-se que pertenceu às vá-

rias religiões que por ali passaram. No sé-

culo XV foi totalmente reformado pela Rai-

nha D. Leonor e as obras arrastaram-se

até ao século XVI. Supõe-se que foi forte-

mente atingida pelo terramoto de 1535,

pois em 1570 estava quase em ruínas. Foi

aí, que a Rainha D. Catarina e o Prior D.

Rodrigo Sanchez dão início a mais obras de

remodelação. Um século mais tarde é a vez

do Prior Doutor Francisco de Azevedo Ca-

minha fazer obras de remodelação, mudan-

do completamente o estilo artístico da

Igreja.

A Igreja de São Tiago foi mandada cons-

truir por D. Sancho I, em 1186, e era a

Igreja de uso da Família Real quando visi-

tavam Óbidos que a enriqueciam com

obras de arte. Com o terramoto de 1755 foi

completamente destruída e reconstruída

em 1772.

A Ermida de Nossa Senhora do Carmo situa

-se fora das muralhas e não se sabe quan-

do foi construída. Diz-se que foi um Monu-

mento em homenagem a Júpiter e foi sede

de paroquia de São João Batista.

Figura 7: igreja de São Pedro

Figura 8: Capela de São Martinho

Figura 9: Igreja de Santa Maria

Figura 10: Igreja de São Tiago

Page 46: Revista 6ta. Ediçao

Atelier das Artes 10 46

Óbidos Com o terramoto de 1755 teve que sofrer

obras de remodelação em meados do sécu-

lo XX por acção da Direcção Geral dos Edifí-

cios e dos Monumentos Nacionais.

O Santuário do Senhor Jesus da Pedra tam-

bém é um ponto de referência da Vila de

Óbidos. Inaugurado em 1747, está situado

na estrada das Caldas da Rainha. Arquitec-

tado pelo Capitão Rodrigo Franco, tem a

particularidade de unir um volume cilíndrico

com um polígono hexagonal, um jogo de

simetrias faz deste templo único no nosso

país e um local de grande devoção.

De todos os Templos que Óbidos tem para

nos mostrar, falta falar ainda da Ermida de

Nossa Senhora de Monserrate, situada em

Arrabalde, é um pequeno monumento com

um portal barroco, destaca-se pelo seu re-

vestimento de azulejos da primeira metade

do seculo XVII.

E para finalizar a visita pelos templos da

Vila, temos ainda o Pelourinho, símbolo do

poder Municipal, situado por cima do chafa-

riz da Praça Santa Maria; o Telheiro, situa-

do junto ao Pelourinho nesta Praça que ser-

viu de mercado até ao início do século XX;

e o Aqueduto, mandado construir pela Rai-

nha D. Catarina de Áustria e totalmente

custeado por ela.

Óbidos destaca-se também pela variedade

de eventos que organiza ao longo do ano,

como por exemplo: Óbidos Vila Natal, Fes-

tival do Chocolate, a Semana Santa, Maio

Barroco, a Temporada de Cravo, Junho das

Artes, o Mercado Medieval, a Semana In-

ternacional de Piano e o Festival de Ópera.

Figura 11: Ermida de Nossa Senhora do Carmo

Figura 12: Santuário do Senhor Jesus da

Pedra

Figura 13: Ermida de Nossa

Senhora de Monserrate

Figura 14: Pelourinho e Telheiro

Page 47: Revista 6ta. Ediçao

47 6º Edição

Regiões e Costumes

Figura 16: Festival do Chocolate

Iremos dar destaque ao Mercado Medieval

e ao Festival do Chocolate.

O Mercado Medieval começou no ano de

2002 e transforma-se por completo na épo-

ca medieval, recuando no tempo torna-se

no maior palco da história. O espaço envol-

vente “obriga” a que os visitantes se insi-

ram nas actividades e se envolvam na his-

tória.

O Festival do Chocolate é o maior evento

organizado pela Vila e a palavra de ordem

é sem dúvida: chocolate

Com o sucesso do evento, as actividades

são cada vez mais e consequentemente a

melhor e maior qualidade é visível para

quem visita o evento todos os anos.

Já conta com vários concursos: Concurso

Internacional de Receitas de Chocolate,

Concurso Chocolatier Português do Ano,

Concurso Montras em Chocolate e o Con-

curso Ourives de Chocolate.

O ponto obrigatório do Festival é sem dúvi-

da a Exposição das Esculturas onde se po-

de ver as maiores obras de arte esculpidas

em chocolate.

Conta também

com Passagens de Modelos de chocolate,

demonstrações de vários chefs portugueses

de cozinha e Cursos de chocolateria.

Sem dúvida um óptimo pretexto para visi-

tar Óbidos!

Para além desta arte, Óbidos destaca-se

por outro tipo de arte: as verguinhas. Arte-

sanato de origem italiana que se foi per-

dendo ao longo dos anos, até que Bordalo

Pinheiro, numa das suas viagens o trouxe

de volta a Portugal. A Oficina das Artes, ou

como é mais conhecida – a Oficina do Bar-

ro ensina há 20 anos esta arte aos obiden-

ses.

Óbidos conta com uma rede de Museus e

Galerias onde podem ver toda a sua arte: o

Museu Principal, o Museu Paroquial, o Mu-

seu Abílio de Mattos e Silva, a Galeria No-

vaOgiva e a Galeria da Casa do Pelourinho.

Figuras 15: Mercado Medieval

Figura 17: Escultura em chocolate

Investigação: Sofia Ramalho

Para: Atelier das Artes

Page 48: Revista 6ta. Ediçao

Atelier das Artes 10 48

Óbidos - Gastronomia Carneiro Assado

Ingredientes:

1 carneiro médio

125 gr de margarina

100 gr de toucinho

4 cebolas

4 dentes de alho

2 folhas de louro

1 ramo de salsa

2,5 dl de vinho branco

1 colher de chá de colorau

500 gr de batatas para assar

sal

pimenta

Preparação:

Para o tempero do carneiro, picam-se duas cebolas, os alhos e o toucinho, juntam-se 50 gr

de margarina, colorau, 1 dl de vinho branco e tempera-se com sal grosso e pimenta.

Arranja-se o carneiro e barra-se com a mistura anterior.

Forra-se uma assadeira com as restantes cebolas cortadas em rodelas, e sobre elas coloca-

se o carneiro, o ramo da salsa e o louro. Deixa-se repousar assim durante 24 horas num

local fresco.

No dia seguinte, dá-se uma fervura nas batatas com casca, temperadas de sal, durante

poucos minutos. Quando terminada, escoa-se a água e deixa-se arrefecer um pouco e reti-

ra-se a pele às batatas.

Quando for para confeccionar o carneiro, este rega-se com o restante vinho e dispõem-se à

volta as batatas.

Espalha-se o resto da margarina cortada em cubos sobre o carneiro e as batatas.

Leva-se a assar no forno, regando, de vez em quando, com o molho que se vai formando.

Page 49: Revista 6ta. Ediçao

49 6º Edição

Regiões e Costumes Trouxas-de-ovos

Ingredientes:

1 L de água

1 kg de açúcar

11 gemas

1 ovo

Preparação:

Leve ao lume a água e o açúcar até obter uma calda em ponto de fio (para verificar o ponto

de fio, deve colocar uma gota da calda no polegar e outra no indicador, ao unir e afastar os

dedos, a calda deve formar um fio).

Bate-se conjuntamente as gemas e o ovo.

Ao preparado inicial, vão adicionando-se colheres de sopa da gemada anterior.

Uma a uma, deixam-se ferver em lume brando até ficarem bem passadas.

Retire com uma escumadeira.

Repita o processo até terminar as gemas.

Apare as trouxas de modo a ficarem quadradas, meta dentro de cada quadrado as aparas e

enrole.

Para finalizar regue as trouxas com a restante calda.

Page 50: Revista 6ta. Ediçao

Vencedora Concurso

De Fotografia

Óbidos - Gastronomia Lampreia de Ovos

Ingredientes:

300 gr de açúcar

6 gemas

1 dl de água

50 gr de amêndoa pelada e laminada

Fios de ovos

Drageias de chocolate ou fruta cristalizada (para enfeite)

Preparação:

Leve ao lume a água e o açúcar e deixe ferver até obter ponto pérola (para verificar o pon-

to pérola, examina-se se na extremidade do fio, que escorre da colher, se forma uma bola).

Retire do lume, espere que arrefeça um pouco e junte, aos poucos, às gemas previamente

batidas, mexendo rapidamente e sem parar.

Em seguida, junte a amêndoa e leve de novo ao lume para engrossar um pouco.

Numa travessa, disponha os fios de ovos, com a forma de lampreia e cubra-os com o cre-

me de ovos preparado.

Enfeite com fios de ovos e com frutas cristalizadas e/ou drageias de chocolate.

Atelier das Artes 10 50

Page 51: Revista 6ta. Ediçao

http://bijutariasilviamarques.blogspot.com/

Vencedora Concurso

De Fotografia

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Trabalho executado por : Sónia & Beta

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Page 52: Revista 6ta. Ediçao

10

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emai: [email protected]

Page 53: Revista 6ta. Ediçao

Agradecemos a todas as pessoas que gentilmente Colabo-

raram connosco nesta 6ta. Edição da

Revista Atelier das Artes

Carlos Neves

Arte - Em casca de Ovo

Blog

Aline Carvalho

Arte - Reborn

Contactos:

Blog

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E-mail

Teresa Violante

TEARTES

Blog

Sara Castelo de Carvalho

Os Pequenos Gestos da

Abelhita

Blog:

Sofia Ramalho

Artes da Sofy

Blog:

Debora Rodrigues

Deh Artes

Blog:

53 6º Edição

Agradecimentos

Page 54: Revista 6ta. Ediçao