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Reunião de casos
LUCAS MERTEN
Residente de RDI da DIGIMAX (R1)
www.digimaxdiagnostico.com.br/
CASO 1
História Clínica
• Identificação: RN de E. B., 2º dia de vida
• História fisiológica: RNAT; AIG; cesareana por DCP
• Queixa principal: Genitália ambígua (sem gônadas palpáveis)
Conduta diagnóstica• 1º passo: descartar a forma perdedora de sal da hiperplasia
suprarrenal congênita (controle seriado com Na+ e K+). NORMAL!!!
• USG de pelve
• USG de rins e vias urinárias NORMAL!!!
• Cariótipo
• Perfil para HSRC: 17-OHP; androstenediona; testosterona total; DHEA e DHEA-S.
Ultrassonografia de Pelve
Ultrassonografia de PelveBexiga repleta, com conteúdo anecogênico habitual.
Nota-se imagem alongada, com formato piriforme, localizada na pelve, que pode corresponder ao corpo uterino. Nota-se ainda no interior dessa imagem linha ecogênica, que pode corresponder ao eco endometrial.
Ovários não caracterizados.
Nota-se também imagem cilíndrica, que pode corresponder a pênis.
Testículos não caracterizados.
Ausência de líquido livre na pelve. Obs.: A correlação desses achados ao cariótipo é fundamental para maior elucidação diagnóstica.
Cariótipo
Perfil para HSRC• 17-OHP, androstenediona e testosterona total elevados
Genitália Ambígua Disrúrbios na determinação
gonadal:• Hermafroditismos verdadeiros• Disgenesias gonadais• Mosaicismos• Aneuploidias
Falha na diferenciação sexual (Pseudohermafroditismos):• Defeitos na síntese de
Testosterona • Insensibilidade androgênica• HSRC
Hiperplasia Suprarrenal Congênita
• Distúrbio autossômico recessivo na esteroidogênese adrenal, caracterizado pela deficiência de cortisol e aumento do ACTH, com consequente hiperplasia adrenal e acúmulo de metabólitos intermediários.
• A deficiência da enzima 21-hidroxilase é responsável por cerca de 90% dos casos e sua frequência varia de 1:15000 a 1:10000 nascidos vivos, dependendo da população estudada.
Genitália ambígua vs HSRC
Deficiência de 21-hidroxilase• Apresenta 3 formas clínicas:
1. Forma clássica virilizante simples (30%) Menino: puberdade precoce nos primeiros anos de vida Menina: pseudo-hermafroditismo feminino
2. Forma clássica perdedora de sal (60%) Desidratação, perda ponderal progressiva, vômitos, anorexia
distúrbios do ritmo cardíaco, dispneia Pode evoluir para óbito geralmente na 2ª semana (mais
comum em meninos)
3. Forma não clássica ou tardia (10%) Puberdade precoce com sinais de hiperandrogenismo
Deficiência de 21-hidroxilase
Deficiência de 21-hidroxilase
Deficiência de 21-hidroxilase• Achados laboratoriais:
– 17-OHP elevado (DIAGNÓSTICO!)– Androgênios adrenais aumentados– Cortisol baixo– Atividade de renina plasmática elevada (aldosterona baixa)– Baixos teores de sódio e valores elevados de uréia e potássio
“Teste do Pezinho”
• Fenilcetonúria
• Hipotireoidismo congênito
• Anemia Falciforme
• Fibrose cística
• Hiperplasia Adrenal Congênita
• Deficiência de biotinidase
CASO 2
História Clínica
• Identificação: A. M., feminino, 31 anos
• Queixa principal: Sangramento vaginal anormal e intenso, associado a dor em baixo ventre.
• H. P. P.: CP normal há 1 ano (ausência de células cervicais)
• Exame especular: tumoração friável, sangrante e exofítica do colo uterino.
• Conduta: biópsia e RNM da pelve
Dra. Nádia Aparecida Lorencette
Médica Patologista
Responsável Técnico
Dr. Ricardo hohmann camiña
Médico Patologista
Biópsia
RNM
RNMLesão expansiva de aspecto infiltrativo no colo uterino e com um discreto hipersinal heterogêneo em T2 e hipoimpregnação pela substância de contraste, acometendo principalmente a parede posterior, com aparente extensão para o fórnice posterior vaginal, medindo cerca de 4,7 x 2,7 x 2,7 cm. Sinais de infiltração da gordura do septo retovaginal e mínimo espessamento da parede anterior do reto com realce pela substância de contraste, podendo corresponder a infiltração neoplásica. Mínimo borramento da gordura adjacente ao colo uterino à direita, podendo corresponder a discreta infiltração do paramétrio direito. Endométrio fino, notando-se material hipointenso em T1 e T2 distendendo a cavidade endometrial compatível com hematocolpo.
Câncer de colo uterino
• É o terceiro câncer mais frequente no sexo feminino.
• Fatores de risco: HPV (16 e 18), sexarca precoce, múltiplos parceiros, história de DST, tabagismo, má-higiene genital, imunocomprometidas, entre outros.
• Tipos histológicos: Carcinoma epidermóide (80%); Adenocarcinoma (15%); Adenoescamoso (3-5%); Neuroendócrino.
• A principal via de disseminação é a por contiguidade (vagina, paramétrios, parede pélvica, bexiga e reto).
Câncer de colo uterino• Clínica: Só em estágios avançados!
SANGRAMENTO ANORMAL + DOR E CORRIMENTO VAGINAL
• Rastreio: CitologiaMS: - Iniciar entre os 25 e 64 anos, após a sexarca
- Realizar exame 1x/ano, até 2 resultados negativos consecutivos. Após, realizar a cada 3 anos.
• Diagnóstico: Histologia (Colposcopia + Biópsia)Citologia. Se alteração suspeita... Colposcopia. Se alteração suspeita... Biópsia. Se positiva... DIAGNÓSTICO
ESTADIAMENTO
Estadiamento e RNM
Obrigado