Resumo Manual de Pavimentação Do Dnit - Ok

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Manual que especifica e normatiza a metodologia deve ser adotado nos projetos e execução de conservação nas rodovias federais

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    RESUMO MANUAL DE PAVIMENTAO DO DNIT

    SOLOS RESIDUAIS

    O solo residual um material que no mostra nenhuma relao com a rocha que lhe deuorigem.

    SOLOS TRANSPORTADOS

    De um modo geral, o solo residual mais homogneo do que o transportado no modo deocorrer, principalmente se a rocha matriz for homognea. E sua ocorrncia se d emlugares restritos.

    Aluvionares ou aluvies:So os solos transportados pela ao da gua.

    Coluvionares ou Coluviais (tals): So os solos cujo transporte deve-se ao dagravidade

    Exemplos de tals

    DESCRIO DOS SOLOS

    Os solos sero identificados por sua textura (composio granulomtrica), plasticidade,consistncia ou compacidade, citando-se outras propriedades que auxiliam sua

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    identificao, como: estrutura, forma dos gros, cor, cheiro, friabilidade, presena de outrosmateriais (conchas, materiais vegetais, micas, etc).

    Avaliao exclusivamente da texturial

    IDENTIFICAO DOS SOLOS

    a) Teste Visual - consiste na observao visual do tamanho, forma, cor e constituiomineralgica dos gros do solo - teste que permite distinguir entre solos grossos e solosfinos.

    b)Teste do Tato - que consiste em apertar e friccionar, entre os dedos, a amostra de solo:os solos speros so de comportamento arenoso e os solos macios so decomportamento argiloso.

    c) Teste do Corte - que consiste em cortar a amostra com uma lmina fina e observar asuperfcie do corte: sendo polida (ou lisa), tratar-se- de solo de comportamento argiloso;

    sendo fosca (ou rugosa), tratar-se- de solo de comportamento arenoso.

    d) Teste da Dilatncia - (tambm chamado da mobilidade da gua ou ainda dasacudidela) - que consiste em colocar na palma da mo uma pasta de solo (em umidadeescolhida) e sacud-la batendo leve e rapidamente uma das mos contra a outra. Adilatncia se manifesta pelo aparecimento de gua superfcie da pasta e posteriordesaparecimento, ao se amassar a amostra entre os dedos: os solos de comportamentoarenoso reagem sensvel e prontamente ao teste, enquanto que os de comportamentoargiloso no reagem.

    e) Teste de Resistncia Seca- que consiste em tentar desagregar (pressionando com osdedos) uma amostra seca do solo: se a resistncia for pequena, tratar-se- de solo decomportamento arenoso; se for elevada, de solo de comportamento argiloso.

    FORMA DAS PARTCULAS

    A parte slida de um solo constituda por partculas e gros que tm as seguintes formas:a) esferoidais (Areias e Pedregulhosb) lamelares ou placides (argilas e siltes)c) fibrosas (tufas)

    PASSA RETIDA

    PEDRGULHO 3" 2,00mm (n10)

    AREIA 2,00mm (n10) 0,075 mm (n 200)

    AREIA GROSSA 2,00mm (n10) 0,42mm (n 40)

    AREIA FINA 0,42mm (n 40) 0,075 mm (n 200)

    SILTE 0,075 mm (n 200) 0,005 mm

    ARGILA 0,005 mm 0,001mm

    PENEIRATIPO DE SOLO

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    NDICES FSICOS

    Pesos e volumes componentes dos solos

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    PROPRIEDADES FSICAS E MECNICAS

    Permeabilidade: a capacidade que o solo tem de permitir a passagem de gua entresuas partculas, funo do ndice de vazios e medida atravs do coeficiente depermeabilidade (k), que a velocidade com que a gua passa por entre o solo.

    Capilaridade: a propriedade que os solos apresentam de poder absorver gua por aoda tenso superficial, inclusive opondo-se fora da gravidade. funo da granulometriadas partculas.

    Compressibilidade: a propriedade que os solos apresentam de se deformar, comdiminuio de volume, sob a ao de uma fora de compresso.

    Elasticidade: a propriedade que os solos apresentam de recuperar a forma primitiva,cessado o esforo deformante.

    Contratilidade e Expansibilidade: So propriedades caractersticas da frao argila.Contratilidade a propriedade dos solos terem seu volume reduzido por diminuio deumidade. Expansibilidade a propriedade de terem seu volume ampliado por aumento deumidade.

    Resistncia ao Cisalhamento:A ruptura das massas de solo d-se por cisalhamento.

    Grfico cisalhamento

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    CARACTERSTICAS DOS SOLOS

    GRANULOMETRIA

    Para as partculas de solo maiores do que 0,075 mm (peneira n 200 da ASTM) o ensaio feito passando uma amostra do solo por uma srie de peneiras.Para as partculas de solomenores do que 0,075 mm utiliza-se o mtodo de sedimentao, este mtodo baseadona lei de Stokes, a qual estabelece uma relao entre o dimetro das partculas e a suavelocidade de sedimentao.

    Granulometria uniforme (curva-A); bem graduada (curva-B); mal graduada (curva-C)

    LIMITES DE CONSISTNCIA

    Limites de Atteberg

    IP=LL-LP

    NDICE DE GRUPO (IG)

    o valor numrico, variando de 0 a 20, que retrata o duplo aspecto de plasticidade egraduao das partculas do solo. O IG calculado pela frmula:

    IG = 0,2 a + 0,005 ac + 0,01 bdonde,

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    a= %que passa na #200 menos 35 (varia de 0 a 40)b= %que passa na #200 menos 15 (varia de 0 a 20)c= LL menos 40 (varia de 0 a 20)d= IP menos 10 (varia de 0 a 10)

    EQUIVALENTE DE AREIA (EA)

    a relao entre a altura do nvel superior da areia e a altura do nvel superior da suspensoargilosa, numa proveta com soluo de cloreto de clcio, em condies estabelecidas nomtodo.

    NDICE DE SUPORTE CALIFRNIA (CBR)

    O ensaio de CBR consiste na determinao da relao entre a presso necessria paraproduzir uma penetrao de um pisto num corpo-de-prova de solo, e a presso

    necessria para produzir a mesma penetrao numa brita padronizada.

    Aparelho do ensaio de CBR

    COMPACTAO DOS SOLOS

    Compactao a operao da qual resulta o aumento da massa especfica aparente deum solo, pela aplicao de presso, impacto ou vibrao, expulsando ar da massa.

    Linhas de timos lugar geomtrico do espao, formado pelas umidades timas dascurvas produzidas por diferentes energias de compactao aplicada.Curvas de saturao relacionam o peso especfico seco com a umidade, em funo do

    grau de saturao.

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    Grfico de compactao com linha de timos e curva de saturao

    Ensaio de Compactao

    Proctor normal consiste em compactar uma amostra dentro de um recipiente cilndrico,com aproximadamente 1000 cm3, em trs camadas sucessivas, sob a ao de 25 golpesde um soquete, pesando 2,5 kg, caindo de 30 cm de altura. O Proctor modificado realizado em cinco camadas, sob a ao de 25 golpes de um peso de 4,5 kg, caindo de 45cm de altura, maior energia de compactao.

    Controle da Compactao

    Para comprovar se a compactao est sendo feita devidamente, deve-se determinarsistematicamente a umidade (speedy) e a massa especfica aparente (frasco de areia) domaterial. No atingido o GC desejado a material ser resolvido e recompactado.

    RESILINCIA DOS SOLOS

    Por definio, o Mdulo de Resilincia (MR) de solos a relao entre a tenso-desvio,

    aplicada repetidamente em uma amostra de solo e a correspondente deformao especficavertical recupervel ou resiliente. Resilincia a capacidade de um material absorver energiaquando deformado elasticamente e liber-la quando descarregado, retornando configuraoinicial.

    Fatores que influenciam a deformao resiliente dos solos granulares: nmero derepeties da tenso-desvio, histria de tenses, durao e frequncia do carregamento;nvel de tenso aplicada. Nos solos finosso: nmero de repeties da tenso-desvio ehistria de tenses, durao e frequncia de aplicao das cargas, umidade e massa

    especfica de moldagem, tixotropia dos solos argilosos; nvel de tenso.

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    CLASSIFICAO DOS SOLOS

    CLASSIFICAO TRB (ANTIGO HRB)

    Nesta classificao, os solos so reunidos em grupos e subgrupos, em funo de sua

    granulometria, limites de consistncia e do ndice de grupo.

    Tabela padro TBR

    De A1 a A7 a granulometrias vai diminuindo e a plasticidade aumentando.

    SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAO DE SOLOS

    O SUCS baseia-se na identificao dos solos de acordo com as suas qualidades detextura e plasticidade. Neste sistema, consideram-se as seguintes caractersticas dossolos: percentagens de pedregulhos, areia e finos, forma da curva granulomtrica,

    plasticidade e compressibilidade.

    GRFICO DE PLASTICIDADE

    E um diagrama cartesiano com (LL) em abcissas e o (IP) em ordenadas, onde traadasduas linhas, uma reta inclinada, chamada linha "A", e a outra vertical com LL = 50. A linha"A" representa a fronteira emprica entre as argilas sem matria orgnica. A LL=50 h

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    nessa regio uma superposio das propriedades dos solos, nessa regio os solos soclassificados como limtrofes.

    Grfico de plasticidade

    Terminologia usada pela SUCS

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    CLASSIFICAO DOS AGREGADOS

    CARACTERSTICAS TECNOLGICAS

    As caractersticas dos agregados que devem ser levadas em conta nos servios depavimentao, so as seguintes:a) Granulometriab) Forma (avaliada pelo ndice de forma)c) Absoro de gua (ensaios de absoro de gua)

    d) Resistncia ao choque e ao desgaste (A resistncia ao choque avaliada pelo ensaioTreton e a resistncia ao desgaste pelo ensaio Los Angeles)e) Durabilidade (ensaio de durabilidade)f) Limpezag) Adesividadeh) Massa especfica aparentei) Densidade real e aparente do gro

    AGLOMERANTES HIDRULICOS: a principal propriedade de, por ao da gua empropores e condies adequadas, apresentar os fenmenos de pega e endurecimento.O tempo de pega funo do ndice de hidraulicidade: quanto maior o ndice de

    hidraulicidade, tanto mais rpida a pega do aglomerante.

    CAL: A cal viva obtida pela calcinao de rochas calcrias, a hidratao (H2O) da calviva denomina-se extino da cal. A cal extinta utilizada em misturas com gua e areia eutilizada na obra o endurecimento realizado atravs da reao de carbonatao (CO2). Aextino e dar por reao exotrmica e com ganho de volume, esses efeitos so maioresna cal clcica quando comparada com a cal magnesiana.

    A fabricao se dar a temperaturas de 850 1200C. Temperaturas inferiores causam sobcozimento e superiores causam vitrificao.

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    Propriedades

    Plasticidade:Capacidade de se espalhar facilmente sob o risco da colher de pedreiro. Calmagnesiana so mais trabalhveis que as clcicas.

    Retrao: A carbonatao se realiza pela reduo de volume, razo pela qual estarsujeita a aparecimento de trincas.

    Rendimento: Cal clcica apresenta melhores rendimentos que a variedade magnesiana.

    Endurecimento: O endurecimento se dar com o contato com o CO2 logo de fora paradentro, por isso recomenda-se que camadas sucessivas devem distar 10 dias umas dasoutras.

    CAL HIDRATADA: Moda a cal viva completamente misturado com a gua necessria,separa-se a cal hidratada da no hidratada por peneiramento ou outro processo. Paradeterminar a qualidade da cal hidratada necessrio que o produto sofra alguns ensaios,so eles: Penetrao da agulha (consistncia), plasticmetro de Emey (plasticidade).

    CAL DOLOMTICA: Produzida a partir de calcrios dolomticos, maior expanso,hidratao lenta restando xido de magnsio livre, o qual sua hidratao posterior, por suaexpanso confinada pode provocar fissuras.

    CIMENTO PORTLAND

    a)Cimento Portland comum (CPI e CPIS)- obtido pela moagem de clnquer Portland

    ao qual se adiciona a quantidade necessria de uma ou mais formas de sulfato de clcio.

    b)Cimento Portland composto (CPII) - definido de modo semelhante ao CPI, sendoque, durante a moagem permitido adicionar a esta mistura, matrias pozolnicos,escrias de alto forno e/ou materiais carbonticos e sensivelmente maiores de que em a ).

    c)Cimento Portland de alto-forno (CPIII)- obtido pela mistura homognea de clnquerPortland e escria de alto-forno, modos em conjunto ou em separado.

    d) Cimento Portland pozolnico (CPIV) - obtido pela mistura homognea de clnquerPortland e materiais pozolnicos, modos em conjunto ou em separado.

    e) Cimento Portland de alta resistncia inicial (CPV ARI): o aglomerante hidrulicoque atende s exigncias de alta resistncia inicial, obtido pela moagem de clnquerPortland, constitudo em sua maior parte de silicatos de clcio hidrulicos.

    MODALIDADES E CONSTITUIO DE PAVIMENTOS

    CLASSIFICAO DOS PAVIMENTOS

    Flexvel: aquele em que todas as camadas sofrem deformao elstica significativa sob ocarregamento aplicado. Exemplo tpico: pavimento constitudo por uma base de brita (britagraduada, macadame) revestida por uma camada asfltica.

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    Semi-Rgido: caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante, como porexemplo, por uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfltica.

    Rgido:aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relao s camadas

    inferiores. Exemplo tpico: pavimento constitudo por lajes de concreto de cimento Portland.

    BASES E SUB-BASES FLEXVEIS E SEMI-RGIDAS

    Tipos de Bases e Sub-bases

    BASES E SUB-BASES GRANULARES

    Estabilizao Granulomtrica: So as camadas constitudas por solos, britas de rochas,de escria de alto forno, ou ainda, pela mistura desses materiais. Estas camadas,puramente granulares, so sempre flexveis e so estabilizadas granulometricamente.Quando se utiliza uma mistura de material natural e pedra britada tem-se as subbases ebases de solo-brita.Quando se utiliza exclusivamente produtos de britagem tm-se as sub-bases e bases debrita graduada ou de brita corrida.

    Macadame Hidrulico e Seco: Consiste de uma camada de brita de graduao aberta de,que, aps compresso, tem os vazios preenchidos pelo material de enchimento; a

    penetrao do material de enchimento promovida pelo espalhamento na superfcie,seguido de varredura, compresso e irrigao (no caso de macadame hidrulico).

    BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS (COM ADITIVOS)

    Solo-cimento: uma mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e gua;O teor de cimento adotado usualmente da ordem de 6% a 10%, so consideradas rgidas.

    Solo Melhorado com Cimento: Adicionam-se pequenos teores de cimento (2% a 4%),visando primordialmente modificao do solo no que se refere sua plasticidade e

    sensibilidade gua, sem cimentao acentuada, so consideradasflexveis.

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    Solo cal- uma mistura de solo, cal e gua e, s vezes, cinza volante, uma pozolonaartificial. O teor de cal mais freqente de 5% a 6%, considerada semi-rgida.

    Solo melhorado com cal- uma mistura de solo, cal e gua e, s vezes, cinza volante,uma pozolona artificial, considerada flexvel.

    Solo-betume - uma mistura de solo, gua e material betuminoso. Trata-se de umamisturaconsiderada flexvel.

    REVESTIMENTOS

    Tipos de revestimentos

    REVESTIMENTOS FLEXVEIS BETUMINOSOS

    Revestimentos Betuminosos por Penetrao Invertida

    So os revestimentos executados atravs de uma ou mais aplicaes de materialbetuminoso, seguida(s) de idntico nmero de operaes de espalhamento e compressode camadas de agregados com granulometrias apropriadas.Conforme o nmero de camadas tem-se os intitulados, tratamento superficial simples,

    duplo ou triplo. O tratamento simples, executado com o objetivo primordial deimpermeabilizao ou para modificar a textura de um pavimento existente, denominadocapa selante.Revestimentos por Mistura

    Pr-misturado a Frio - Quando os tipos de agregados e de ligantes utilizados permitemque o espalhamento seja feito temperatura ambiente.Pr-misturado a Quente - Quando o ligante e o agregado so misturados e espalhadosna pista ainda quentes.

    Os de graduao densa em geral no requerem capa selante, que obrigatria nos degraduao aberta.

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    REVESTIMENTOS RGIDOS

    O concreto de cimento, ou simplesmente "concreto" constitudo por uma misturarelativamente rica de cimento Portland, areia, agregado grado e gua, distribudo numacamada devidamente adensado. Essa camada funciona ao mesmo tempo como

    revestimento e base do pavimento.

    SEO TRANSVERSAL DO PAVIMENTO

    Camadas do pavimento

    NOTA DE SERVIO: o conjunto de dados numricos destinados a definir, em planta e

    em perfil, o desenvolvimento do pavimento. Assim numa nota de servio constaro todosos elementos que possibilitem a marcao de uma das camadas do pavimento visandosua execuo. Ser necessrio dados de superlargura e superelevao (varia com avelocidade e o raio).

    ESTUDOS GEOTCNICOS

    Na execuo dos estudos geotcnicos para o Projeto de Pavimentao so feitos osseguintes ensaios:a) Granulometria por peneiramento com lavagem do material na peneira de 2,0 mm (n 10)e de 0,075 mm (n 200);

    b) Limite de Liquidez;c) Limite de plasticidade;d) Limite de Construo em casos especiais de materiais do subleito;e) Compactao;f) Massa especfica Aparente "in situ";g) ndice Suporte Califrnia (ISC)h) Expansibilidade no caso de solos laterticos.

    ESTUDO DO SUBLEITO

    O reconhecimento dos solos do subleito feito em duas fases:

    a) Sondagens no eixo e nos bordos da plataforma devendo estas, de preferncia, seremexecutadas a 3,50 m do eixo.

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    b) Realizao dos ensaios.

    As distncias entre os furos de sondagem variam de 100 a 200m, podendo ser inferior nocaso de variao brusca nos tipos dos solos. A profundidade varia de 0,60 a 1,00mpodendo ser de 1,50m nos ps dos taludes para verificar o NA e eventuais rochas.

    Os materiais para efeito de sua inspeo expedita no campo, - sero classificados deacordo com a textura, nos seguintes grupos: Bloco de Rocha, Mataco e Pedra de Mo,pedregulho, areia, silte e argila.

    Para os ensaios de caracterizao (granulometria, LL e LP) coletada, de cada camada,uma amostra representativa para cada 100 m ou 200 m. Para os ensaios de ndice SuporteCalifrnia (I.S.C.) retira-se uma amostra representativa de cada camada, para cada 200 mde extenso longitudinal.

    ESTUDO DAS OCORRNCIAS DE MATERIAIS PARA PAVIMENTAO

    feito em duas fases com base nos dados de geologia e pedologia da regio isto :

    Prospeco Preliminara) Inspeo expedita no campo;b) Sondagens; ec) Ensaios de laboratrios.

    Prospeco definitiva

    Distribuio dos furos de sondagemUma ocorrncia ser considerada satisfatria para a prospeco definitiva, quando osmateriais coletados e ensaiados quanto a:a) Granulometriab) Limite de Liquidez LL.;c) Limite de plasticidade LP;d) Equivalente de Areia;e) Compactao;f) ndice de Suporte Califrnia.

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    As exigncias para os materiais de reforo do subleito, sub-base e base estabilizada, soas seguintes:Para reforo do subleito: caractersticas geotcnicas superiores a do subleito,demonstrados plos ensaios de ISC e de caracterizao (Granulometria, LL, LP).Para sub-base granulometricamente estabilizada: ISC 20 e ndice do Grupo IG = Opara

    qualquer tipo de trfego.Para base estabilizada granulometricamente:a) Limite de Liquidez mximo: 25%b) ndice de plasticidade mximo: 6%c) Equivalente de Areia mnimo: 30%

    No que se refere s pedreiras, ser obedecido o que recomenda a Norma ABNT 6490/85(NB-28/68), para "Reconhecimento e Amostragem para Fins de Caracterizao dasOcorrncias de Rochas".A coleta de amostras de rochas para serem submetidas aos ensaios correntes de:a) Abraso Los Angeles

    b) Sanidadec) AdesividadeQuando for necessrio, os ensaios correntes podero ser complementados plos examesde Lmina e de Raio X do material coletado.

    DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

    PAVIMENTO FLEXVEL - MTODO DO DNER

    Para os materiais integrantes do pavimento so adotados coeficientes de equivalnciaestrutural tomando por base os resultados obtidos na Pista Experimental da AASHTO.

    Exigncias para uso de solos nas camadas do pavimento

    Trfego - O pavimento dimensionado em funo do nmero equivalente (N) deoperaes de um eixo tomado como padro (8,2t), durante o perodo de projeto escolhido.

    Relao de espessura mnima nmero N

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    Acostamento - No se dispe de dados seguros para o dimensionamento dosacostamentos, sendo que a sua espessura est, de antemo, condicionada da pista derolamento, podendo ser feitas redues de espessura, praticamente, apenas na camadade revestimento.

    A pavimentao por etapas especialmente recomendvel quando, para a primeira etapa,pode-se adotar um tratamento superficial como revestimento; na segunda etapa aespessura a acrescentar vai ser ditada, muitas vezes, pela condio de espessura mnimade revestimento betuminoso a adotar.

    INTERFERNCIAS COM O MEIO AMBIENTE

    Em consonncia com o disposto na Constituio Federal, a execuo de obras ou deatividades potencialmente causadoras de significativa degradao do meio ambientedepender da elaborao de EIA e respectivo RIMA, a serem submetidos aprovao dorgo estadual competente, e o IBAMA em carter supletivo, o licenciamento das

    atividades modificadoras do meio ambiente.

    ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

    Segundo a resoluo CONAMA n 001/86 o EIA - Estudo de Impacto Ambiental devercontemplar, os seguintes tpicos principais:

    a) Diagnstico ambiental da rea de influncia do empreendimento: que compreendeo conhecimento dos componentes ambientais e suas interaes, procurando caracterizar omeio ambiente antes da obra;b) Identificao dos impactos: esta atividade feita considerando o empreendimentocom suas alternativas sobre o meio ambiente, conhecido atravs do diagnstico;c) Previso e mensurao dos impactos: o chamado prognstico, onde se procuraprever e caracterizar os impactos sobre seus diversos ngulos e, a partir de ento, suasmagnitudes so analisadas, atravs de tcnicas especficas;d) Interpretao e avaliao dos impactos:a interpretao estabelece a importncia decada um dos impactos em relao aos fatores ambientais afetadose) Definio das medidas mitigadoras e de compensao e do programa demonitorizao dos impactos;f) Comunicao dos resultados:os resultados obtidos nas atividades anteriores devemser apresentados de forma objetiva e adequada sua compreenso.

    O instrumento de comunicao dos resultados o que se denomina de RIMA - Relatriode Impacto Ambiental.De acordo com o Decreto n 88.351/83, so trs as licenas que o proponente deverequerer junto ao rgo ambiental:

    LICENA PRVIA (LP): Deve ser pedida na fase preliminar do planejamento da atividade;ao expedi-la o rgo licenciador discriminar os requisitos bsicos a serem atendidos peloempreendedor nas fases de localizao, instalao e operao.

    O rgo ambiental ou empreendedor deve fazer publicar, no Dirio Oficial do Estado e nosjornais de grande circulao na regio do empreendimento. Caso julgue necessrio, o

    rgo ambiental poder promover audincia pblica ou aceitar pareceres ou fornecerinformaes s prefeituras e entidades de sociedade civil sobre o empreendimento

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    Cabe lembrar, que o RIMA um documento pblicopara esclarecimentos sociedade edeve ficar disponvel para outros rgos de governo e para as prefeituras municipais eacessvel ao pblico durante o perodo da anlise tcnica.

    LICENA DE INSTALAO (LI): Deve ser solicitada para iniciar-se a implantao doempreendimento. Seu requerimento ser instrudo com a apresentao do projeto deengenharia correspondente, sendo que o grau de detalhamento do projeto deve permitirque o rgo licenciador tenha condies de julg-lo do ponto de vista do controleambiental.

    LICENA DE OPERAO (LO): Deve ser requerida antes do incio efetivo dasoperaes, competindo ao rgo licenciador verificar a compatibilidade com o projeto e aeficcia das medidas mitigadoras dos impactos ambientais negativos; de seu corpoconstaro as restries eventualmente necessrias nas diversas avaliaes de operao.

    IMPACTOS AMBIENTAIS DE OBRAS RODOVIRIAS

    Diferentemente dos empreendimentos chamados pontuais, cujos efeitos potenciaisadversos ficam restritos a uma determinada rea, as estradas de rodagem provocamalteraes ao longo de extenses territoriais significativas, alm das reas de intervenode seu eixo, abrangendo dimenses regionais.

    CANTEIRO DE SERVIOS E INSTALAES INDUSTRIAIS

    Canteiro de Servios: a disposio fsica das fontes de materiais, edificaes econstrues necessrias para concentrar a estrutura e o apoio logstico indispensveis aogerenciamento e execuo da obra. No apoio logstico h que se considerar ascondies scio-econmicas das comunidades que sero influenciadas pela obra e ascidades mais prximas com bancos, hospitais, aerdromos e hotis.

    Todos os canteiros devem ter, por motivo de segurana e controle, uma nica entrada,com uma guarita em forma de portaria.

    Laboratrio: O laboratrio dever ser instalado em outra construo, e de prefernciaafastado da viade passagem de mquinas e veculos. Dever ter todo o equipamento einstrumental paraa realizao dos ensaios especificados para solos, betumes e concretos.

    Almoxarifado:A maior demanda no almoxarifado por peas, da procura-se constru-loperto da oficina. O almoxarifado deve ter boas condies de recepo e atendimento dosmateriais e peas, e prateleiras para estoque que permitam controle e fcil manuseio das

    peas.

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    Oficina Mecnica:A oficina mecnica deve ter uma quantidade de boxes compatvel como nmero demquina alocados obra. Normalmente os galpes tm estrutura metlica, ena sua localizao, deve-se levar em conta o nascer e por do sol e a direo dos ventosdominantes.

    ALOJAMENTOS: Muitos funcionrios da obra so transferidos, portanto residem no canteiro.Normalmenteso alojados em construes alongadas, com quartos para duas ou quatropessoas, circundados por alpendres, e com sanitrios e banheiros coletivos emconstruesapropriadas e separadas.

    INSTALAES DE PEDREIRAS E ESQUEMAS DE BRITAGEM

    Para produo de agregados grados e midos, visando a atender especificaes enormas tcnicas de projeto, o processo de reduo de dimetro dos agregados se faz por:Fase 1- Britagem Primria - Britadores de mandbulaFase 2- Britagem Secundria - Rebritadores de mandbula/girosfricos (rebritadores de

    cone)Fase 3- Britagem Terciria - Girosfricos (rebritadores de cone)Fase 4- Britagem Quartenria - Hidrocnicos, girosfricos rocha/rocha, ou moinhos debarra ou de bola

    Britador de mandbula

    Rebritador de cone

  • 5/25/2018 Resumo Manual de Pavimentao Do Dnit - Ok

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    Moinhos de barra ou de bola

    Alimentador vibratrio com Grizzly

    EXPLORAO DE PEDREIRA

    As rochas normalmente utilizadas para fins rodovirios so de origem gneas oumetamrficas.Na escolha de uma pedreira devem-se levar em considerao os seguintes fatores:Qualidade da rochaVolume aproveitvelEspessura do material inerteFacilidade do desmonteDistncia at a aplicaoImpedimentos legais e tcnicosRECEBIMENTO E ACEITAO DE OBRAS

    Ao ser concluda uma obra, deve ser providenciado o seu recebimento formalizado por

    Comisso de Recebimento, especialmente designada e constituda por, pelo menos, 3membros.