Relatório - Dudu - Estância São Crispim - Versão final

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIAAGR 99003 ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO SUPERVISIONADO

EDUARDO JESUS MARTINS 134330

ESTNCIA SO CRISPIM

Porto Alegre, Junho de 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIAAGR 99003 ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO SUPERVISIONADO

Eduardo Jesus Martins

RELATRIO DE ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO SUPERVISIONADO

Orientador de estgio: Eng. Agro. Fernando Adauto Loureiro de Souza. Tutor de estgio: Eng. Agro. Prof. Dr. Carlos Nabinger

COMISSO DE ESTGIOS: Professora Lcia Brando Franke Depto. de Plantas Forrageiras e

Agrometeorologia (Coordenadora) Professora Mari Bernardi Depto. de Zootecnia Professor Elemar Antonino Cassol Depto. de Solos Professor Josu Sant Ana Depto. de Fitossanidade Professor Lair Ferreira Depto. de Horticultura e Silvicultura Professor Paulo Henrique de Oliveira Depto. de Plantas de Lavoura Professor Fbio de Lima Beck Departamento de Solos

Porto Alegre, Junho de 2009. 2

APRESENTAO O interesse em realizar o estgio na rea da pecuria de corte provem justamente no menor conhecimento nesta rea somado ao grande interesse que tenho em poder ingressar neste campo de trabalho futuramente. Por ser criado nas Misses, onde as lavouras de gros tomam conta da paisagem, tive pouco contado com a pecuria propriamente dita, baseada em grandes escalas de produo, em manejos mais tecnificados e sendo o carro chefe da propriedade. A regio de realizao do estgio historicamente marcada por ser uma das grandes produtoras de terneiros e criadores de gado de corte do Estado do Rio Grande do Sul. No presente relatrio constam as atividades realizadas na Estncia So Crispim, localizada em Lavras do Sul/RS, durante o meu estgio curricular obrigatrio.

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SUMRIO

Item 1. 2.

Ttulo do Item

Pgina

Introduo ....................................................................................................... 5 Descrio do Meio Fsico e Socioeconmico de Lavras do Sul ..................... 6

2.1. Caracterizao do Clima ................................................................................ 7 2.2. Caracterizao do Solo da Regio ................................................................. 7 2.3. Caracterizao das principais espcies forrageiras da regio ....................... 9 3. 4. 5 6 Descrio da Instituio ................................................................................ 10 Estado da Arte .............................................................................................. 11 Descrio da Propriedade ............................................................................ 13 Atividades Realizadas no Estgio ................................................................ 14

6.1. Levantamento do Manejo Geral da Propriedade ......................................... 14 6.2. Anlise Econmica ....................................................................................... 20 6.3. Manejo Dirio do Rebanho ........................................................................... 21 6.4. Manejo Espordico do Rebanho .................................................................. 22 6.5. Outras Atividades ......................................................................................... 24 7. 8. 9. Concluses .................................................................................................. 25 Anlise Crtica do Estgio ............................................................................ 26 Anlise Crtica Geral do Estgio ...................................................................27

10. Referncias Bibliogrficas ........................................................................... 28 11. Apndice ............................................................................................. 30

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INTRODUO Embora a tradio e a fora da pecuria de corte no Rio Grande do Sul seja reconhecida nacional e internacionalmente, so visveis as carncias nesta rea, principalmente no que diz respeito ao aparato tcnico disponvel, onde quem domina a gerncia da maioria das propriedades so profissionais despreparados e sem conhecimento agronmico suficiente para obter o mximo sucesso na atividade. A atividade Pecuria de Corte foi a escolhida, para a realizao do estgio, por esta ser a atividade mais tradicional do Estado do Rio Grande do Sul, e que contempla a produo animal (gado de corte) e a produo vegetal (pastagens), onde, conhecendo o dia-a-dia do campo e da propriedade possvel ter uma viso mais ampla e holstica do cenrio agropecurio do RS. O estgio foi realizado na Estncia So Crispim, de propriedade de Fernando Loureiro de Souza Agropecuria Ltda., localizada no primeiro distrito de Lavras do Sul, entre o Passo do Jacques e a Nazria, nas pontas do Camaqu a 18 Km da sede do municpio, na estrada que liga ao municpio de So Gabriel, no Estado do Rio Grande do Sul. A durao do estgio foi de 2 meses, no perodo de 01 de janeiro a 28 de fevereiro de 2009, totalizando aproximadamente 300 horas de estgio. O municpio de Lavras do Sul conhecido como a terra do terneiro de qualidade, com a logomarca, Na terra do ouro, terneiros de qualidade. O objetivo deste estgio foi aprimorar e adquirir conhecimentos em manejo e produo de bovinos de corte, com nfase no manejo das pastagens, naturais e cultivadas.

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DESCRIO DO MEIO FSICO E SCIO-ECONMICO DE LAVRAS DO SUL O estgio foi realizado na Estncia So Crispim, localizada no municpio de Lavras do Sul, pertencente regio fisiogrfica denominada de Campanha Meridional, na fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul (Figura 1). Os municpios limtrofes so Bag, Dom Pedrito, Caapava do Sul, So Gabriel, Santa Margarida do Sul e Vila Nova do Sul. E a distncia at a Capital de 320 km.

Figura 1. Mapa do Estado do Rio Grande do Sul com destaque no municpio de Lavras do Sul (Fonte: Wikipdia, 2009).

Caracterizao do clima 6

O clima da regio, que compreende o municpio de Lavras do Sul, segundo a classificao de Keppen, corresponde a um clima mesotrmico, tipo subtropical, da classe Cfa 2 (Moreno, 1961). A precipitao mdia anual de 1550 mm, onde a distribuio da precipitao durante o ano de aproximadamente 34% no inverno, 25% na primavera, 25% no outono e 16% no vero. Contudo, podem ocorrer chuvas torrenciais de 150 mm em 24 horas, bem como perodos secos que freqentemente ocorrem entre os meses de novembro a maro. A temperatura mdia anual de 17,3 C, sendo a mdia da temperatura mxima 23,8 C e a mdia da temperatura mnima 11,8 C. A ocorrncia de geadas se d entre os meses de abril a novembro, com maior incidncia de junho a agosto (Comunicao Pessoal, 2009). A freqncia de anos considerados secos maior na metade sul do Estado, sendo que na Campanha Meridional, a freqncia mdia de anos secos pode atingir 20%. Nessas regies do Estado ocorrem as mais intensas e extensas estiagens, como mostram as sries histricas de observaes meteorolgicas (Berlato, 1992). Alm disso, no ms de dezembro os riscos de deficincia hdrica chegam a 60%, ou mais, em grande parte da regio da Campanha (Leivas, 2006).

Caracterizao dos principais solos da regio A maioria dos solos do municpio de Lavras do Sul pertence a Unidade de Mapeamento Pinheiro Machado (Brasil, 1973), designado como sendo um RLd4, ou seja, Neossolo Litlico Distrfico, de origem grantica (Streck et. al.,2002). So solos de formao recente, apresentam o horizonte A assentado sobre a rocha parcialmente alterada (horizonte C). Apresentam baixa saturao por bases (