Referencial Aprender com a biblioteca escolar · 2020-03-30 · APRENDER COM A BIBLIOTECA ESCOLAR | Relatório de implementação: 2018-19 | 1 Aprender com a biblioteca escolar Relatório

ReferencialAprender com a biblioteca escolarRelatório de implementação2018-19

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REPÚBLICAPORTUGUESA EDUCAÇÃO

APRENDER COM A BIBLIOTECA ESCOLAR | Relatório de implementação: 2018-19 | 1

Aprender com a biblioteca escolarRelatório de implementação: 2018-19

Apresentação

A recolha de informação relativa à implementação do referencial Aprender com a biblioteca escolar na educação pré-escolar e no ensino básico, em 2018-2019, foi feita através de questões disponibilizadas na secção E da Base de Dados RBE.

São esses dados nacionais que agora se divulgam e que, por comparação com os de 2017-2018, serão objeto de reflexão sobre as medidas a tomar no sentido do aprofundamento e sustentabilidade da utilização do referencial.

Conteúdos

3Escolas envolvidas

4Intervenientes

6Distribuição das atividades pelas áreas de literacia

7Distribuição das escolas pela áreas de literacia

8Abordagem das áreas de literacia pelas escolas

10Articulação com o currículo ou com outras atividades

11Perceção dos intervenientes em relação aos impactos das atividades realizadas

14Conclusões





100+742469

Escolas que implementam o AcBE

Total BD AcBE

1824

Escolas envolvidas

O gráfico 1 mostra o número de escolas que implementaram o referencial, por comparação com aquelas que acedem anualmente à base de dados RBE. Considerando o universo destas escolas, apurou-se que 74% desenvolveram atividades com recurso a este documento orientador, o que se traduz num aumento de 9% relativamente ao ano passado.

Gráfico 1



Intervenientes

As respostas apontam para a participação global de 885.506 alunos (mais 230.242 que no ano passado), distribuídos pelos diferentes níveis, como ilustra o gráfico 2. .

Gráfico 2

Alunos

Pré-escolar 1.º ciclo 2.º ciclo 3 .º ciclo ES

8+27+23+25+1725%

23%

27%

8%17%



8+27+23+25+17Intervenientes

O gráfico 3 mostra a distribuição de docentes por nível de educação/ ensino. No total participaram 55.348 docentes (mais 13.837 que no ano passado).

Gráfico 3

Docentes

Pré-escolar 1.º ciclo 2.º ciclo 3 .º ciclo ES

7+25+23+29+1629%

23%

25%

7%16%



Distribuição das atividades pelas áreas de literacia

O gráfico 4 demonstra que a tendência verificada em anos anteriores se mantém.

A literacia dos media continua a ser claramente deficitária.

Gráfico 4

54+17+2929%

54%

Atividades por área de literacia

Leitura Media Informação

17%



Distribuição das escolas pelas áreas de literacia

O gráfico 5 refere-se às escolas em que foram desenvolvidas atividades em cada uma das áreas. Relativamente ao gráfico anterior, embora se mantenha a menor incidência na área da literacia dos media, aumentou substancialmente o número de escolas que desenvolveram atividades nessa área.

Gráfico 538+27+3535%38%

Escolas por área de literacia

Leitura Media Informação

27%



Abordagem das áreas de literacia pelas escolas

Observando o gráfico 6, verificamos que a abordagem de cada uma das áreas isoladamente se realizou apenas em 15% das escolas. Em contrapartida, 62% das mesmas realizou atividades envolvendo as três áreas. Daquelas que realizaram atividades cumulativamente em duas áreas, sobressaem os 18% que abordaram as literacias da leitura e da informação.

O gráfico 7 permite a comparação com os últimos três anos. Dela transparece que após a diminuição do número de escolas que abordam apenas uma das áreas e o grande aumento daquelas que trabalham as três, voltamos aos valores de 2016-2017 em que se destacam o trabalho cumulativo com as três áreas ou das literacias da leitura e da informação.

Gráfico 6

Escolas/ Área ou combinação de áreas de literacia

Apenas leitura

Apenas informação

Apenas media

Leitura e informação

Leitura e media

Informação e media

Leitura, informação e media

10+4+1+18+3+2+621068 | 62%

22 | 1%

177 | 10%

62 | 4%

320 | 18%

47 | 3%

31 | 2%



10+4+1+18+3+2+62

Gráfico 7

0

20

40

60

80

100

Informação Media Leitura e

informação

Leitura e

media

Informação e

media

Leitura informação

e media

Leitura

2015.16

2016.17

2017.18

2018.19

Abordagem das áreas de literacia Comparação 2015.16 a 2018.19



Articulação com o currículo ou com outras atividades

As 29 489 atividades identificadas distribuiram-se por várias áreas curriculares ou extracurriculares, como demonstra o gráfico 8. Salienta-se uma grande prevalência na articulação com a área de Línguas. Em segundo lugar, as áreas transversais, muito provavelmente a Educação para a Cidadania. A distribuição por áreas curriculares mantém percentagens muito semelhantes ao ano transato.

Gráfico 8

Atividades por área curricular ou extracurricular

4+10+19+13+9+12+33Outras

4%

Áreas livres e facultativas

10%

Áreas curriculares transversais

19%

Expressões e Tecnologia

13%

Matemática e Ciências

9%

Ciências sociais e humanas

12%

Línguas

33% 2+1+51+46


Aprender com a biblioteca escolarRelatório de implementação: 2018-194+10+19+13+9+12+33

Perceção dos intervenientes relativamente ao impacto das atividades realizadas

A pergunta formulada na secção E da base de dados RBE foi: Considerando as áreas de literacia trabalhadas e as perceções dos intervenientes, decorrentes da implementação do referencial Aprender com a biblioteca escolar, sinalize o grau de concordância relativamente aos resultados.

(4 - Concordo totalmente; 3 - Concordo; 2 - Discordo; 1 - Discordo totalmente)

Os gráficos 9, 10, 11 e 12 dão conta dos resultados, permitindo verificar, relativamente a 2017-2018, um aumento da ocorrência de “Concordo totalmente” em cada uma das questões. O grau de concordância oscila entre 96 e 98% nas várias questões.

Gráfico 9

Melhoria das aprendizagens e do sucesso educativo2+1+51+4646%

1%

2 3 4

51%

1

2%



Gráfico 10

Aumento de conhecimentos/ capacidades nas áreas de literacia

Gráfico11

Desenvolvimento de atitudes e valores

2+1+51+461

46%

1%

51%

2 3 4

2%

2+1+37+6060%

1%

2 3 4

37%

1

2%

2+1+29+68



Gráfico12

Oportunidade de formação/ socialização e crescimento pessoal dos alunos

2+1+29+6868%

1%

2 3 4

29%

1

2%



Conclusões

Os dados e a sua análise permitem assinalar, em síntese:

- um crescimento da adesão das escolas, a nível nacional, à implementação do referencial Aprender com a biblioteca escolar;

- uma perceção muito positiva do impacto do trabalho realizado com o referencial;

- um envolvimento significativo dos destinatários e protagonistas centrais das suas ações (alunos e docentes de todos os níveis de ensino), destacando-se percentagens de utilização bastante equilibradas entre os três ciclos do ensino básico, continuando a mesma a ser claramente menor no pré-escolar;

- no 2.º ano de aplicação da versão alargada do referencial, uma percentagem de 17% de alunos (mais 3% que em 17-18) e 16% de docentes (mais 1% que em 17-18) envolvidos no ensino secundário não configura grande alteração relativamente ao ano transato; aparentemente, a realização mais alargada da experiência-piloto não teve o efeito de contaminação esperado e referido no relatório de 2017-18, pelo que se torna necessária uma atenção reforçada à aplicação do referencial neste nível de ensino, já que o domínio das competências previstas no mesmo são imprescindíveis para que os alunos terminem o ensino secundário com o perfil desejado;

- o envolvimento significativo dos professores bibliotecários na promoção das competências de literacia e hábitos de leitura;

- o desenvolvimento de atividades de literacia em articulação com várias áreas curriculares e extra-curriculares, continuando a verificar-se a necessidade de incentivar a colaboração com disciplinas como a Matemática e as Ciências;

- uma irregular distribuição das atividades pelas três áreas de literacia, mantendo-se assinalável e merecedora de atenção a carência na área da literacia dos media;

- embora se mantenha a prevalência de escolas que abordam as três áreas de literacia, a percentagem das mesmas diminuiu quase 30% relativamente ao ano transato, voltando aos valores de 2016-17; só a continuação da análise dos dados anuais permitirá verificar se se regista alguma tendência;

- Finalmente, é de assinalar o efeito do esforço persistente dos coordenadores interconcelhios no acompanhamento às escolas e através da formação realizada. A continuidade desse esforço e o encontrar de novas soluções e modalidades de apoio permitirão que, sem imposições contraproducentes, o recurso ao referencial nas práticas diárias das bibliotecas escolares se vá tornando cada vez mais natural, sobretudo num contexto de flexibilidade e da consequente dinamização de projetos em que se cruzam várias áreas do saber.



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