RAPEL BÁSICO

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  • 8/16/2019 RAPEL BÁSICO

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    FMU – FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

    RENATO MARIANO

    RAPEL BÁSICO

    Manual de Técnicas, Segurança e Equipamentos

    SÃO PAULO2011

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    FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas

    Renato Mariano

    RAPEL BÁSICO

    Manual de Técnicas, Segurança e Equipamentos

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

    como exigência para obtenção do titulo latu sensude Esportes e Atividades de Aventura da FMU –Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo.

    Orientadora: Profa. Monica de Campos Pinheiro

    São Paulo

    2011

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    Renato Mariano

    RAPEL BÁSICO

    Técnicas, Segurança e Equipamentos

    Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado como exigência paraobtenção do titulo latu sensu deEsportes e Atividades de Aventurada FMU – FaculdadesMetropolitanas Unidas de SãoPaulo.

     _____________________________________________

    Profa. Monica de Campos Pinheiro

    FMU – Orientador

     _____________________________________________

    Profo. Luciano A. Bernardes

    FMU – Orientador

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    Este trabalho é dedicado a todas aspessoas que se interessam pela prática

    da técnica vertical – rapel e que desejamsempre ampliar seus conhecimentos.

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    Agradeço a tudo e a todos, que dealguma maneira contribuíram para arealização deste trabalho, em especialminha família que me apoiou em todas asdificuldades encontradas.

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    “A mente que se abre a uma idéia jamaisvoltará ao seu tamanho normal”.

    Albert Einstein

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    Resumo

    Este trabalho refere-se a elaboração de um manual básico e estudo sobre a técnicavertical – Rapel. Pela falta de fontes necessárias, deu-se inicio a pesquisa sobre asorigens e a evolução apresentada na técnica do rapel. Hoje, o rapel é considerado aparte mais perigosa no montanhismo, com grande indice de acidentes. No Brasil orapel ainda é considerado uma simples técnica derivada do montanhismo, nãosendo tratado com a devida importancia, demonstrando aos seus praticantes osperigos oferecidos e a grande variação de técnicas e conhecimentos exigidos emuma mesma atividade, com peculiaridades distintas, podendo aumentar comotambém reduzir a segurança do praticante. O intuito da criação deste manual édemontrar, através da falta de fontes necessárias para aprimorar a técnica do Rapel,

    que a atividade em si não depende apenas de um simples nó na ponta de umacorda qualquer, que pode ser utilizada para efetuar a descida. Neste manual básicofoi juntada uma grande quantidade de informações não encontradas em outraspublicações, incluindo algumas construções dos nós mais utilizados no Rapel, tendocomo destaque, também a experiência do autor.

    Palavras-Chave: Rapel, Técnicas Verticais, Atividades Radicais, Segurança,Equipamentos de Rapel.

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    Abstract

    This study is the elaboration of a basic manual and study of the vertical technique -Rappel. For lack of necessary supplies, has begun research on the origins andevolution of the technique presented in rappelling. Today, the rappel is consideredthe most dangerous part in mountaineering, with high accident rates. In Brazil, therappel is still considered a simple technique derived from the mountain, not beingtreated with due importance, demonstrating its practitioners to the dangers andoffered wide range of skills and knowledge required in the same activity, withdifferent peculiarities, but also may increase reduce the safety of the practitioner. Thepurpose of this manual is shown by the creation, through lack of supplies needed toimprove the technique of Rappel, the activity itself depends not only on a simple knot

    at the end of a rope or other, which can be used to make the descent. This primerwas attached a great deal of information not found in other publications, includingsome of us more buildings used in the Rappel, with the highlight, also the author'sexperience. 

    Keywords: Rappelling, Vertical Techniques, Extreme Activities, Safety EquipmentRappelling.

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    Índice de FigurasFigura 1. Rapel Positivo ....................................................................................................... 20Figura 2. Rapel Negativo ..................................................................................................... 20Figura 3. Rapel Guiado ........................................................................................................ 21

    Figura 4. Rapel Australiano.................................................................................................. 21Figura 5. Rapel Militar .......................................................................................................... 22Figura 6. Rapel de Resgate ................................................................................................. 22Figura 7. Rapel Auto-Segurado ........................................................................................... 23Figura 8. Rapel Simultâneo.................................................................................................. 23Figura 9. Rapel Clássico ou em "S" ..................................................................................... 24Figura 10. Rapel de Helicóptero .......................................................................................... 24Figura 11. Ancoragem em Árvores ...................................................................................... 27Figura 12. Ancoragem em Rocha ........................................................................................ 27Figura 13. Chapeletas, Spits, Parabolts, Entaladores .......................................................... 28

    Figura 15. Ancoragem Humana ........................................................................................... 29Figura 14. Placas de Ancoragem ......................................................................................... 29Figura 16. Meios de Fortuna ................................................................................................ 30Figura 17. Proteção para Ancoragens ................................................................................. 30Figura 18. Tipo de montagem de ancoragem (ângulos). ...................................................... 31Figura 19. Ângulos para Ancoragens ................................................................................... 31Figura 20. Fitas tubulares e Anéis de fitas. .......................................................................... 37Figura 21. Cadeirinhas ......................................................................................................... 38Figura 22. Capacetes ........................................................................................................... 38Figura 23. Luvas de proteção individual. .............................................................................. 38

    Figura 24. Maillon’s .............................................................................................................. 39Figura 25. Mosquetões. ....................................................................................................... 39Figura 26. Resistência do Mosquetão .................................................................................. 39Figura 27. Freios descensores. ............................................................................................ 40Figura 28. Freio ATC. .......................................................................................................... 40Figura 29. Descensor RIG ................................................................................................... 41Figura 30. Plaqueta Gi-gi. .................................................................................................... 41Figura 31. Gri-gri .................................................................................................................. 41Figura 32. Rack ................................................................................................................... 41Figura 33. Dressler STOP .................................................................................................... 42Figura 34. Simple ................................................................................................................. 42Figura 35. Tibloc .................................................................................................................. 42Figura 36. Ascensor de Punho ............................................................................................. 43Figura 37. Crow ................................................................................................................... 43Figura 38. Pantin ................................................................................................................. 43Figura 39. Propriedades e características dos nós. ............................................................. 45Figura 40. Azelha ................................................................................................................. 46Figura 41. Oito / Figura de oito ............................................................................................ 47Figura 42. Oito duplo ........................................................................................................... 47Figura 43. Oito guiado ......................................................................................................... 48Figura 44. Oito duplo de alças duplas .................................................................................. 48

    Figura 45. Lais de guia ........................................................................................................ 49Figura 46. Pescador duplo ................................................................................................... 50Figura 47. Nó de fita ............................................................................................................ 50

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    Figura 48. Rosendahl ou zeppelin........................................................................................ 51Figura 49. Volta do fiel ......................................................................................................... 51Figura 50. Borboleta alpina ou borboleta ............................................................................. 52Figura 51. Prusik .................................................................................................................. 53

    Figura 52. UIAA ................................................................................................................... 53Figura 53. Volta do salteador ............................................................................................... 54Figura 54. Nó direito ............................................................................................................ 54Figura 55. Escota ................................................................................................................. 54Figura 56. Cadeirinha de bombeiro ...................................................................................... 55Figura 57. Bachmann ........................................................................................................... 55Figura 58. Caminhoneiro (carioquinha) ................................................................................ 56Figura 59. Catau .................................................................................................................. 56Figura 60. Fator de queda ................................................................................................... 57

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    Sumário

    Introdução ............................................................................................................................ 14

    1. História do rapel............................................................................................................ 16

    1.1. A origem do rapel ...................................................................................................... 161.2. O rapel ...................................................................................................................... 18

    1.3. Estilos de rapel .......................................................................................................... 19

    1.3.1. Rapel positivo ........................................................................................................ 19

    1.3.2. Rapel negativo ....................................................................................................... 20

    1.3.3. Rapel guiado ......................................................................................................... 20

    1.3.5. Rapel debreável .................................................................................................... 21

    1.3.6. Rapel australiano ................................................................................................... 21

    1.3.7. Rapel militar ........................................................................................................... 22

    1.3.8. Rapel de resgate ................................................................................................... 22

    1.3.9. Rapel auto-segurado ............................................................................................. 23

    1.3.10. Rapel simultâneo ................................................................................................... 23

    1.3.11. Rapel Clássico ou em “S” ...................................................................................... 24

    1.3.12. Rapel de Helicóptero ............................................................................................. 24

    2. Ancoragens .................................................................................................................. 25

    2.1. Ancoragem – Linha Européia .................................................................................... 252.2. Ancoragem – Linha Americana ................................................................................. 25

    2.3. Sistemas de ancoragem ............................................................................................ 25

    2.3.1. Ancoragens naturais .............................................................................................. 26

    2.3.1.1. Árvores .............................................................................................................. 26

    2.3.1.2. Rochas ............................................................................................................... 27

    2.3.2. Ancoragens fixas ................................................................................................... 28

    2.3.2.1. Chapeletas ......................................................................................................... 28

    2.3.2.2. Spits ................................................................................................................... 28

    2.3.2.3. Parabolts ............................................................................................................ 28

    2.3.2.4. Entaladores ........................................................................................................ 28

    2.3.2.5. Placa de ancoragem .......................................................................................... 29

    2.3.3. Ancoragens Humanas ........................................................................................... 29

    2.3.3.1. Meios de Fortuna ............................................................................................... 29

    2.3.4. Proteção para ancoragens ..................................................................................... 30

    2.3.5. Montagem da ancoragem ...................................................................................... 30

    3. Cordas .......................................................................................................................... 31

    3.1. História das cordas ................................................................................................... 31

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    3.2. Construção das cordas ............................................................................................. 32

    3.3. Estrutura das cordas ................................................................................................. 33

    3.3.1. Corda Torcida ........................................................................................................ 33

    3.3.2. Corda Trançada (cordões paralelos entre si) ......................................................... 333.4. Materiais constitutivos das cordas ............................................................................. 33

    3.4.1. Poliolefinas ............................................................................................................ 33

    3.4.2. Poliéster ................................................................................................................ 33

    3.4.3. Poliamida ............................................................................................................... 34

    3.5. Tipos de cordas ......................................................................................................... 34

    3.5.1. Dinâmicas .............................................................................................................. 34

    3.5.2. Estáticas ................................................................................................................ 34

    3.5.3. Dry ......................................................................................................................... 34

    3.6. Diametro (bitola) da corda ......................................................................................... 34

    3.7. Resistência das cordas ............................................................................................. 35

    3.8. Cuidados com a corda .............................................................................................. 35

    3.9. Manutenção da corda ................................................................................................ 36

    3.9.1. Como inspecionar a corda ..................................................................................... 36

    3.9.2. Acondicionamento da corda .................................................................................. 36

    3.10. Cor da corda .......................................................................................................... 373.11. Vida útil .................................................................................................................. 37

    4. Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos ........................................................ 37

    4.1. Fitas (PETZL, 2010) .................................................................................................. 37

    4.2. Cadeirinha (Bouldrier) (PETZL, 2010) ....................................................................... 38

    4.3. Capacete ................................................................................................................... 38

    4.4. Luvas ........................................................................................................................ 38

    4.5. Equipamentos metálicos ........................................................................................... 39

    4.5.1. Malha rápida (maillons) ......................................................................................... 39

    4.5.2. Mosquetão ............................................................................................................. 39

    4.6. Descensores (PETZL, 2010) ..................................................................................... 40

    4.6.1. Freio oito ............................................................................................................... 40

    4.6.2. ATC ....................................................................................................................... 40

    4.6.3. RIG ........................................................................................................................ 41

    4.6.4. Gi-Gi ...................................................................................................................... 41

    4.6.5. GRI-GRI ................................................................................................................ 41

    4.6.6. Rack ...................................................................................................................... 41

    4.6.7. Dressler STOP ...................................................................................................... 42

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    4.6.8. Simple ................................................................................................................... 42

    4.7. Ascensores ............................................................................................................... 42

    4.7.1. Tibloc ..................................................................................................................... 42

    4.7.2. Ascensor de punho ( JUMAR ) .............................................................................. 434.7.3. Blocante Ventral ( Crow ) ....................................................................................... 43

    4.7.4. Pantin ( Ascensor de pé ) ...................................................................................... 43

    5. Nós ............................................................................................................................... 43

    5.1. Definição ................................................................................................................... 44

    5.1.1. Terminologia .......................................................................................................... 44

    5.1.1.1. Nó (knot) ............................................................................................................ 44

    5.1.1.2. Dobra (Bend) ..................................................................................................... 44

    5.1.1.3. Volta (Hitch) ....................................................................................................... 44

    5.1.2. Categorias ............................................................................................................. 44

    5.1.2.1. Ponta ................................................................................................................. 45

    5.1.2.2. Junção ............................................................................................................... 45

    5.1.2.3. Deslizar e aderir ................................................................................................. 45

    5.1.2.4. Meio ................................................................................................................... 45

    5.1.2.5. Controle de carga ............................................................................................... 45

    5.2. Propriedades ............................................................................................................. 455.2.1. Adequação ............................................................................................................ 46

    5.2.2. Segurança ............................................................................................................. 46

    5.2.3. Estabilidade ........................................................................................................... 46

    5.2.4. Força ..................................................................................................................... 46

    5.3. Tipos de nós ............................................................................................................. 46

    5.3.1. Azelha simples ...................................................................................................... 46

    5.3.2. Oito / Figura de oito ............................................................................................... 47

    5.3.3. Oito duplo .............................................................................................................. 47

    5.3.4. Oito Guiado ........................................................................................................... 47

    5.3.5. Oito duplo de alças duplas ..................................................................................... 48

    5.3.6. Laís de guia ........................................................................................................... 49

    5.3.7. Laís de guia com duas voltas ................................................................................ 49

    5.3.8. Pescador duplo ...................................................................................................... 49

    5.3.9. Nó de fita ............................................................................................................... 50

    5.3.10. Rosendahl ou Zeppelin .......................................................................................... 51

    5.3.11. Volta do fiel ............................................................................................................ 51

    5.3.12. Borboleta alpina ou borboleta ................................................................................ 52

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    5.3.13. Prusik .................................................................................................................... 52

    5.3.14. UIAA (União Internacional das Associações de Alpinismo) .................................... 53

    5.3.15. Volta do Salteador ................................................................................................. 53

    5.3.16. Nó direito ............................................................................................................... 545.3.17. Escota ................................................................................................................... 54

    5.3.18. Cadeirinha de bombeiro......................................................................................... 54

    5.3.19. Bachmann ............................................................................................................. 55

    5.3.20. Caminhoneiro (carioquinha) ................................................................................... 55

    5.3.21. Catau ..................................................................................................................... 56

    6. Fator de queda e Força de Choque .............................................................................. 56

    6.1. Fator de Queda ......................................................................................................... 56

    6.2. Força de Choque ...................................................................................................... 57

    7. Montando o rapel .......................................................................................................... 57

    7.1. Regras básicas ......................................................................................................... 58

    7.1.1. Preparando o rapel ................................................................................................ 58

    7.1.2. Para começar ........................................................................................................ 58

    7.1.3. Metodologia para realizar vários lances de rapel seguidos .................................... 59

    7.1.4. Maior fricção .......................................................................................................... 59

    7.1.5. Aumentar a segurança .......................................................................................... 597.1.6. Parar no meio da corda ......................................................................................... 59

    7.1.7. Identificar por onde continuar a descida ................................................................ 59

    7.1.8. Finalizando o rapel ................................................................................................ 60

    8. Segurança .................................................................................................................... 60

    8.1. Dicas de segurança................................................................................................... 60

    9. Conclusão ..................................................................................................................... 60

    10. Bibliografia ................................................................................................................ 62

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    Introdução

    Com uma geografia diversificada, o Brasil é um país que possibilita as mais variadaspráticas de esportes. Com isto, várias novas categorias estão aparecendo e, o Brasil

    se destacando por suas belezas naturais, esta deixando de lado a velha história deser o país do futebol e do samba.

    Atividades como mergulho, surf, sandboard – nacional, skate, entre outras, já estãocrescendo.

    Alguns destes esportes, considerados radicais por oferecerem um risco maior queos esportes em geral, tornam-os mais emocionantes, pois envolve seus praticantesem situações extremas, exige maior preparo físico e emocional, fazendo muito bema saúde, segundo especialistas.

    Como envolve maior risco, estes esportes radicais necessitam de maior cuidado comas técnicas, segurança e os equipamentos utilizados.

    Especificamente, exemplificaremos a estrutura por trás da técnica vertical conhecidacomo Rapel.

    Há quem ame e quem odeie o rapel. Há quem trate o rapel como esporte em si,mesmo não sendo. No entanto, é interessante salientar que o rapel é uma técnicaderivada do Montanhismo, e que foi adaptada para diversas outras áreas.

    Não é necessário ser um montanhista para praticar o rapel. Bastam apenas algunsconhecimentos básicos para iniciar e fazer uso desta técnica.

    É daí que surge o termo “rapelar”. Uma palavra muito ouvida e comum nasatividades de aventura e que causa grande hegemonia entremontanhistas/escaladores e os “rapeleiros”. Muitas vezes isto ocorre devido àfacilidade de praticar esta técnica, e o pouco treinamento que os rapeleirosdemonstram ter para uma atividade que possui grande risco de vida.

    As informações básicas necessárias são facilmente encontradas nas redes sociais.

    Porém, nenhuma literatura técnica nacional é encontrada referente ao assunto.Visto desta forma, este trabalho visa reunir a maior quantidade de informaçõestécnicas, os meios de segurança, bem como os equipamentos necessários para sepraticar o rapel, que consiste em utilizar uma corda, equipamentos de descida(cadeirinhas, descensores, etc.) para que se faça descida de áreas com difícilacesso, mesmo sendo apenas para lazer e de uma forma básica.

    O rapel pode ser perigoso e apresenta riscos – como qualquer atividade,especialmente quando praticado por pessoas inexperientes. Geralmente, os

    acidentes em montanhas acontecem durante o rapel. As possíveis causas giram emtorno das ancoragens, que podem ser mal feitas e, também, do esquecimento daprecaução sobre o fim da corda. Mas, existe também, a teoria de que o montanhista,

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    após o ato de conquista do cume, e já relaxado, esteja propenso a esquecer dasegurança necessária na descida.

    Nosso intuito não é formar nenhum praticante de rapel. Muito menos formar

    quaisquer “expert” em rapel. É apenas juntar todas as informações necessárias paraque qualquer praticante, desde o iniciante ao avançado, possa colher informações efazer bom uso das mesmas, tornando sua atividade mais segura.

    São estas informações que juntamos neste trabalho; as técnicas utilizadas, os meiosde seguranças e os equipamentos necessários para que o rapel seja feito com baseem normas, hoje muito comentadas no mundo da aventura, pela ABETA –Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura.

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    1. História do rapel

    1.1. A origem do rapel

    O rapel surgiu de adaptações técnicas do montanhismo para se fazer a

    descida de locais de difícil acesso, onde se utilizavam de cordas e a própria roupapara efetuar o atrito, controlando e freando a descida. O rapel “nasceu” em meadosde 1876 a 1879 (GUERRA, 2008), quando o montanhista Jean Charlet Stranton1 decidiu conquistar o monte Frances Pettit Dru – um monte rochoso e com partescobertas por neve na região de Chamonix. Não existem relatos de que a invençãoatribuída a Stranton seja verídica, porem muitos estudiosos atribui a ele estaatividade que se tornou muito comum no meio dos Esportes Radicais.

    A “invenção” do rapel se deu pelo fato de que havia a necessidade deretornar ao solo após uma via de difícil escalada, e este retorno deveria ser seguro,daí a origem da palavra francesa rappel, com tradução livre para “chamada”, ou“retorno”. Quando, em 1876, Stranton tentava conquistar o monte Pettit Dru, umadifícil via o fez desistir de tal feito, por não ter a possibilidade de efetuar a descida.Após deveras tentativas, e em 1879, com seus amigos Prosper Payot e FredericFolliguet, que desenvolveram a técnica do rapel utilizando uma corda de algodão ecomo elemento de atrito para frear a descida, o próprio corpo, com as roupas emforma de proteção. Após atingirem o cume, utilizavam a técnica passando a cordaao redor das saliências que algumas rochas apresentavam e, efetuavam a descida.O último a chegar ao final do lance recuperava a corda, puxando-a, para iniciar uma

    próxima descida (FRAILE, 1991). Com isto, Stranton e seus companheirosmontanhistas conquistaram em 1879 o Pettit Dru, e desenvolveram a técnica dorapel, que se aprimora a cada dia, com equipamentos que oferecem maiorsegurança para sua execução.

    Nos primeiros anos, o rapel era feito com uma corda envolta ao corpo domontanhista, aproveitando o atrito da corda nas roupas utilizadas, não possuindo amesma segurança, e nem equipamentos de controle da descida, sendo umaatividade que não oferecia nenhum conforto e tampouco a mesma segurança decomo se pratica com os equipamentos atuais. Posteriormente adaptaram anéis decordas colocados nas pernas para posicionar o praticante em forma de uma cadeira,sentado, e a corda por dentre um anel metálico, onde o atrito ocorria. Uma fonte queatribui à criação da técnica do Rapel a Jean Charlet Stranton é a obra “A história daescalada em montanhas” (Tradução livre de: “A History of Mountain Climbing”), deRoger Frison-Rocheand e Sylvain Jouty – de 1996, França (pág. 302).

    Em um texto muito tímido, a técnica do rapel fica citada como criação domédico Jean Michel Paccard e o garimpeiro Jacques Balmat, atribuindo seu inventoa conquista do Mont Blanc em 1786 (PEREIRA & ARMBRUST, 2010)

    1 Guia de montanha francês (1840 – 1925)

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    Com o uso da tecnologia, o famoso escalador Pierre Altain resolveusimplificar as coisas, e criou o primeiro equipamento descensor, onde a corda já nãomais passava em alguma parte do corpo do praticante, gerando mais conforto esegurança para a técnica (FRAILE, 1991).

    O Rapel moderno de utilização “esportiva” é derivado do Rapel Tático (Rapelcom manobras especiais de ação militar). Os Britânicos, mais especificamente oSAS (Special Air Service) - unidade de forças especiais contra-terror do exército,foram os responsáveis pelo desenvolvimento e aplicação tática da técnica de Rapel.Esta é uma das forças especiais mais bem treinadas e especializadas nessa técnica,sendo muito respeitada e servindo de referência para praticamente todas asunidades militares especiais do mundo. Quando destacamos “esportiva”, prendemo-nos ao fato de que o rapel não é considerado um esporte no Brasil, e sim uma

    técnica (ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2006). Técnica esta quesurgiu em meados dos anos 1990, quando espeleólogos utilizaram-na para efetuaras explorações em cavernas (TURISMO, Ministério, 2008).

    Hoje, ainda não reconhecido como esporte, o rapel é muito utilizado comoatrativo turístico em atividades de aventuras e esportes radicais, onde em algunsminutos um instrutor ensina as técnicas básicas da descida, equipa o turista com osequipamentos de proteção individual e coloca-o para efetuar a descida em locais jápreparados para a atividade. Com o aperfeiçoamento e a criação de equipamentospara facilitar esta atividade, ela vem se popularizando em meios turísticos, em forma

    de atrativo para pessoas que querem sentir a adrenalina de descer em locais quenunca imaginariam conseguir descer. A sensação de uma descida de rapel parauma pessoa que não possui capacitação ou mesmo sem o conhecimento da técnica,faz com que a adrenalina e a tensão elevem de forma que, ao final, a pessoal sinta-se realizada com o feito (TURISMO, Ministério, 2008).

    No entanto, pela facilidade aparente da técnica, muitas pessoas acabamaprendendo nas redes sociais, com pessoas incapazes de passar as corretasformas de segurança da técnica, e colocam em risco a própria vida sem ter oconhecimento do que se esta fazendo. Ainda falta a cultura e a disciplina para

    observar os procedimentos de segurança a fim de evitar acidentes.

    É por este fator que a técnica do rapel causa transtornos em meio aosmontanhistas, escaladores, alpinistas e rapeleiros. A falta do conhecimento datécnica do rapel, de forma segura, eleva o índice de acidentes, que já é consideradoo pior deles no rapel, devido ser a hora mais preocupante ao praticante, pois elepode estar fazendo o rapel por diversos fatores – a dificuldade de alcançar o localdesejado, um temporal, entre outros – que, juntamente com o cansaço do praticantepodem levar a fatalidade pelo descuido de quaisquer itens de segurança.

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    1.2. O rapel

    Rapel é uma palavra de origem francesa, que significa “Chamada” (NUÑEZ,2001). O seu significado provém da chegada do escalador ao solo, tendo que

    recuperar, ou “chamar” a corda utilizada para a descida.O rapel é uma popular técnica de descidas com cordas, talvez a mais

    conhecida entre os montanhistas e afins. Nascida nas montanhas é empregada emdiversas áreas, tanto profissional quanto recreativas, podendo ser utilizada emambientes controlados ou naturais.

    Para a ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo eTurismo de Aventura, o rapel é definido como “técnica de descida em corda utilizando equipamentos específicos”. Já NUÑEZ (2001), acrescenta a palavra

    “especial”, sendo explicado como “técnica especial de descida em corda”.Outro conceito importante que devemos considerar sobre o rapel, citado pelo

    Ministério do Turismo (2008), diz “ser uma técnica vertical de descida em corda. Porextensão, nomeiam-se, também, as atividades de descida que utilizam essatécnica”.

    Depois de uma ascensão, tanto na escalada, como numa caminhada, sequisermos efetuar uma descida de forma segura e, também, muito prática, épossível fazer através da técnica do rapel. Muitas vezes, a única forma de voltar ao

    solo é “rapelando”.Para que seja feito um rapel de qualidade, é necessário confiar no material

    utilizado, e também no conhecimento e montagem, com perfeição, da via. ParaLUEBBEN (2000), “um erro e seremos história”.

    GUERRA (2008), já instrui o uso do rapel quando não é mais possível adescida por trilhas ou qualquer outra forma.

    O rapel, por ser uma técnica que oferece riscos, só deve ser realizadotomando as devidas precauções de segurança, utilizando equipamentos específicos

    e inicialmente deve ser feito acompanhado de um instrutor experiente. “A maiorparte dos acidentes envolvendo altura ocorre por falha humana” (Bombeiros Militar,2006).

    Dentre as atividades onde o rapel é aplicado, podemos citar os trabalhos emaltura, de áreas remotas ou de difícil acesso, pintura de fachadas, bem como asdescidas de cânions, cachoeiras, montanhas e, não obstante, as atividades lúdicasrecreativas de descidas em paredes de escaladas, entre outras. Outra aplicaçãomuito interessante para o rapel foi a registrada pelo II Premio Jovem Cientista doFuturo 2001, promovido pelo CNPq, onde alunos do 2º ano do Ensino Médioutilizaram o rapel para ensinar Física aos alunos do 1º ano.

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    Freqüentemente o rapel é utilizado por gosto. Existem várias formas de sepraticar o rapel, e nos próximos capítulos, exemplificaremos as formas maisconhecidas e utilizadas para a prática da técnica, não diferenciando o leigo dopraticante, formando apenas um manual de referência de estudo para quaisquerpessoas interessadas em aprofundar seus interesses em aprendizagem.

    Mas afinal, o que é o rapel? A definição mais completa do rapel encontradaem no livro “How to Rapel” de Craig Luebben fala em uma técnica que provem deuma variação do montanhismo, considerada uma das inovações, de descida pormeio de corda, na qual a pessoa desliza controladamente até o solo. Vale à penaressaltar que, como não existem fontes seguras de seu início, seguiremos com ainformação que aparece na maioria dos históricos sobre a técnica, onde atribuiremossua criação a Jean Charlet Stranton e seus companheiros montanhistas da região

    de Chamonix (França), Prosper Payot e Frederic Folliguet.Como técnica, o rapel é utilizado basicamente por três esportes: a escalada,

    a espeleologia (exploração de cavernas) e o canionismo (rapel em cachoeiras), nãosendo considerado como esporte no País. É interessante mostrar que se trata deuma técnica muito perigosa, apresentando riscos, especialmente se não forsupervisionada por um instrutor experiente. De fato, montanhistas vêem o rapelcomo a parte mais perigosa durante uma escalada, e uma porcentagem muitoelevada dos acidentes já relatados, classificados como “acidentes escalando”,ocorreram realmente no rapel desta escalada (GUERRA, 2008). Destacamos,

    infelizmente, o último destes acidentes relatados, como o experiente alpinistaBernardo Collares2, nos Andes. Geralmente estes acidentes ocorrem pelo excessode confiança, imprudência, negligência, desconhecimento ou até pela poucafamiliarização com os equipamentos utilizados, que, conseqüentemente, acarretamem uso inadequado. Segundo um relatório apresentado por Pedro Lacaz Amaral, “...a grande maioria dos acidentes se deve ao despreparo dos praticantes...”.

    1.3. Estilos de rapel

    O rapel utiliza, geralmente, um freio oito ou ATC como equipamento de

    descida pela corda. Assim, surgiram diversos estilos distintos de se efetuar umadescida segura, porem com aplicações distintas (Forças Armadas de Granada,1999).

    1.3.1. Rapel positivo

    É rapel positivo, quando o praticante desce pela parede, com suas costasvoltadas para o solo e o seu pé em contato com a parede (rocha ou neve), ecaminha para baixo enquanto deixa a corda deslizar controladamente pelo sistemade frenagem. Em momento algum o praticante perderá o contato de seu pé (ForçasArmadas de Granada, 1999).

    2 Bernardo Collares – Presidente da Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro e Vice-Presidente da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada.

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    Figura 1. Rapel Positivo 

    1.3.2. Rapel negativo

    Diferentemente do rapel positivo, é quando o praticante desce por um local,geralmente iniciado por um platô, com sua costa voltada para o solo e o seu pé ficasem nenhum contato com a parede, deixando a corda deslizar controladamente pelosistema de frenagem. Neste caso, o praticante não mantém contato com a paredeonde esta efetuando a descida (Forças Armadas de Granada, 1999).

    Figura 2. Rapel Negativo 

    1.3.3. Rapel guiado

    O rapel guiado é montado com duas vias, uma para o freio (a de descida) eoutra para a guia, clipando um mosquetão ou uma polia a ela. Geralmente montadopara desviar de obstáculos, ou para que a descida seja feita por uma trajetóriaespecífica (LUEBBEN, 2000).

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    Figura 3. Rapel Guiado 

    1.3.4. Rapel ejetável 

    O rapel ejetável é uma técnica que diz respeito à facilidade de recuperar acorda devido à forma de ancoragem utilizada (GUERRA, 2008). Esta técnica éutilizada em situações em que a corda não possui tamanho suficiente para continuara descida em outro obstáculo ou lance, bem como quando não se faz necessáriodeixar a corda no local.

    1.3.5. Rapel debreável

    Esta técnica é utilizada quando é necessário o gerenciamento do atrito emque não seja possível proteger a corda em toda sua extensão, possibilitando aredução de sobrecarga em um único ponto (GUERRA, 2008).

    1.3.6. Rapel australiano

    No rapel australiano, o praticante fica de frente para o solo, caminhando navertical, ao invés de suas costas (LUJÁN, 1995). Este tipo de rapel é muito maisperigoso e exige certa capacidade para sua perfeita execução, e é muito utilizadonas Forças Armadas, por posicionar o praticante com vistas ao solo.

    Figura 4. Rapel Australiano 

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    1.3.7. Rapel militar

    Freqüentemente, no rapel militar, os soldados utilizam as formas de rapelmisturadas. Técnicas do rapel positivo, negativo e australiano são utilizadas, onde o

    principal objetivo é a velocidade da descida. É acrescentado “jumps”3

     para que estavelocidade aumente (Bombeiros Militar, 2006).

    Figura 5. Rapel Militar 

    1.3.8. Rapel de resgate

    Em um rapel de resgate, um Socorrista executa o rapel com outro praticante

    (vitima ou ferido), pendurado em sua cadeirinha ou outra forma, porem na mesmacorda e utilizando técnicas de rapel misturadas (rapel guiado, debreável, etc.).Existem várias outras formas para se executar o rapel de resgate, mas isto ocasionagrande desgaste e stress sobre a corda e a ancoragem, e só deve ser feito para ocaso de emergências (Bombeiros Militar, 2006).

    Figura 6. Rapel de Resgate 

    3 “Jumps”- do ingles Saltar.

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    1.3.9. Rapel auto-segurado

    Utilizado quando não existe auxilio de um segurança em solo, onde opraticante irá efetuar a descida sozinho com a ajuda de técnicas de segurança e nós

    específicos a fim de preservar o controle da sua descida (LUEBBEN, 2000).

    Figura 7. Rapel Auto-Segurado 

    1.3.10. Rapel simultâneo

    É um rapel utilizado por alguns montanhistas para descer a partir de torresde pedras, onde eles não podem criar uma ancoragem segura. Neste rapel, coloca-se a corda passando por estas torres de pedras, e cada montanhista utiliza umaextremidade da corda para efetuar o rapel ao mesmo tempo (LUJÁN, 1995). É um

    rapel muito perigoso e exige muita coordenação entre os praticantes, que precisamefetuar a descida juntos, para que não ocasione a queda do companheiro.

    Figura 8. Rapel Simultâneo 

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    1.3.11. Rapel Clássico ou em “S”

    Pouquíssimo utilizado nos dias atuais é a origem do rapel. Este estilo derapel não utiliza nenhum equipamento de segurança ou mesmo descensor. O

    praticante necessita apenas utilizar a corda envolta ao seu corpo, em um formato de“S”, utilizando suas roupas como proteção, para causar o atrito entre o corpo e acorda, controlando sua descida. Esta técnica, hoje, só é utilizada em casos em quese perca o equipamento descensor, devido ao grande risco que oferece aopraticante, bem como a grande necessidade de uma boa proteção no ombro epescoço (FRAILE, 1991).

    Figura 9. Rapel Clássico ou em "S" 

    1.3.12. Rapel de Helicóptero

    O rapel de helicóptero, nada mais é do que uma técnica utilizada emresgate, onde o praticante irá efetuar um rapel negativo a partir do esqui daaeronave (Forças Armadas de Granada, 1999). Esta técnica exige um bomsincronismo, caso seja feita por duas pessoas ao mesmo tempo (uma em cada ladoda aeronave), mantendo o equilíbrio da aeronave, sendo muito similar ao rapelsimultaneo.

    Figura 10. Rapel de Helicóptero 

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    2. Ancoragens

    Para se praticar um bom rapel, é necessário que se faça uma “via” queofereça muita segurança, juntando todo o equipamento utilizado, com o que há de

    melhor em fixação da corda no local onde se pretende efetuar a descida. Considera-se ancoragem, o sistema de amarração ou fixação de uma corda ou indivíduo a umponto. Antes de utilizar uma ancoragem, é fundamental comprovar que ela estejasólida, devendo contar sempre com uma boa ancoragem natural ou, ao menos, duasartificiais confiáveis (AMGA - Asociación Estadounidense de Guías de Montaña).

    A ancoragem, segundo o Manual Técnico dos Bombeiros (2006), possuiduas abordagens e linhas diferentes de execução, sendo elas a Linha Européia e aLinha Americana.

    Para que uma ancoragem seja segura e confiável, o praticante deve dispor esaber como melhor utilizar alguns equipamentos, tais como fitas tubulares,entaladores, pítons, plaquetas, grampos de expansão, etc. Deve saber, também,como escolher um ponto de ancoragem principal e um secundário (reserva ou backup). A ancoragem principal e a reserva devem estar sempre alinhadas e com omínimo de folga entre si para evitar abrasões e trações excessivas na corda, casohaja uma eventual falha da ancoragem principal.

    2.1. Ancoragem – Linha Européia

    A ênfase deste rapel se dá em utilizar cordas mais leves e com um diâmetromenor, onde as ancoragens são feitas com base na divisão dar carga entre dois oumais pontos (equalização).

    A visão deste tipo de abordagem é sempre utilizar equipamentos mais leves,de fácil transporte. No entanto, é necessário manter atenção e cuidado no momentode montagem, preservando a corda.

    2.2. Ancoragem – Linha Americana

    O rapel feito com base nesta linha utiliza cordas de maior diâmetro e

    resistência ao atrito, utilizando ancoragens pré-existentes e, geralmente, robustas,não se preocupando muito com desgaste da corda ou mesmo, com a necessáriautilização de proteções.

    2.3. Sistemas de ancoragem

    O que nos leva a escolher a técnica utilizada no tipo de ancoragem quevamos empregar no rapel, deve sempre levar em consideração a resistência dospontos de ancoragem utilizados e, também, a localização dos pontos de ancoragementre si.

    Temos, ainda segundo o Manual Técnico dos Bombeiros (2006), três formasde ancoragens que devem ser utilizadas:

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    1. Ponto-Bomba;2. Back Up;3. Equalização.

    A ancoragem à Prova de Bomba, mais conhecida como Ponto-Bomba, temesta denominação, devido ao local de ancoragem possuir tamanha resistência, quedispensa qualquer outro sistema secundário.

    O sistema Back Up possui esta terminologia, devido à utilização de umsegundo ponto de ancoragem utilizado, visando aumentar a segurança de todo osistema.

    Já a equalização, é utilizada quando não existe um único ponto suficiente(ponto-bomba), ou mesmo quando o posicionamento do ponto de ancoragem não é

    favorável ao local que desejamos nos direcionar.

    2.3.1. Ancoragens naturais

    São consideradas ancoragens naturais, locais onde não existe a açãohumana para a criação de pontos de fixação para a corda. As ancoragens naturaissão mais rápidas e, caso deva-se abandonar algum equipamento na parede, são asmais baratas de todas.

    2.3.1.1. Árvores

    Segundo Luebben (2000), são excelentes pontos de ancoragem.Enfatizamos que é necessária uma análise destas árvores, considerando que asmesmas estejam vivas e bem enraizadas, possuindo resistência suficiente paraagüentar o peso necessário para o rapel.

    Um diâmetro seguro da árvore, para que se considere a mesma como umbom ponto de ancoragem, deve ser de ao menos vinte e cinco centímetros.

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    Figura 11. Ancoragem em Árvores 

    2.3.1.2. Rochas

    O mesmo Luebben (2000) considera que rochas ou pontas de rochas são asancoragens mais satisfatórias, pois se vale de um elemento natural da parede.

    Uma rocha, para ser um considerado um bom ponto de ancoragem, deve ser

    bastante sólida.

    Figura 12. Ancoragem em Rocha 

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    2.3.2. Ancoragens fixas

    São equipamentos fabricados, geralmente, em aço, inox ou duro alumínio,que devem ser fixados na parede, e devem seguir atentamente as especificações de

    fixação dos fabricantes.

    2.3.2.1. Chapeletas

    São bastante confiáveis se forem instaladas conforme especificações dofabricante, e tem sua resistência variada dependendo do modelo utilizado, dofabricante e da qualidade do material de sua fabricação.

    Existem vários tipos de chapeletas, e diversas formas, como argolas,simples, com corrente e de conexão frontal.

    2.3.2.2. SpitsSão equipamentos parecidos com uma bucha, que possuem uma rosca

    interna. São colocados na rocha com auxilio de um batedor (martelo) e depois decolocados, não podem mais ser removidos.

    2.3.2.3. Parabolts

    Diferente dos spits, eles são um tipo de parafuso que fica com a roscaexposta. São colocados na rocha com o auxilio de uma furadeira manual ou abateria, e assim como os spits, depois de colocados, também não podem ser

    removidos.

    2.3.2.4. Entaladores

    São equipamentos parecidos com placas metálicas, que possuem um cabode aço ou conexões com fitas, para que se fixe em fissuras de boa qualidade darocha.

    Os entaladores, tanto com cinta, como com cabo, constituem boasancoragens para se confiar quando se efetuar o rapel, desde que estejam bemencaixadas em fissuras sólidas das rochas (Luebben, 2000).

    Figura 13. Chapeletas, Spits, Parabolts, Entaladores 

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    2.3.2.5. Placa de ancoragem

    Placa metálica que facilita a distribuição de várias linhas de ancoragem,distribuindo os esforços e facilitando a visualização, organização e manipulação dos

    equipamentos empregados, também utilizados em operações de resgate napreparação de macas para convergência dos tirantes.

    2.3.3. Ancoragens Humanas

    Utilizada muito em situações de improvisação, é feita com dois ou maishomens posicionados como ponto de ancoragem, adotando-se os princípios deequalização, devendo sempre observar o limite de carga e o posicionamento estáveldos homens que dividirão o esforço (Bombeiros Militar, 2006).

    Figura 15. Ancoragem Humana 

    2.3.3.1. Meios de Fortuna

    Conceito retirado do Manual Técnico dos Bombeiros (2006) baseia-se emutilizar mobiliários e outros objetos como ponto de ancoragem em situaçõesextremas, sempre atentando a sua resistência física e, também, adotando“obrigatoriamente” (grifo do autor) ancoragens adicionais de segurança (back up).

    Figura 14. Placas de Ancoragem 

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    Figura 16. Meios de Fortuna 

    2.3.4. Proteção para ancoragens

    Dependendo do local onde será feita a ancoragem, deve-se providenciaruma proteção para a corda, fitas ou mosquetões que serão utilizados. Estasproteções podem ser industrializadas ou feitas com pedaços de mangueira,carpetes, lonas ou quaisquer outros materiais, que, mesmo que improvisados,evitam o contado dos equipamentos com rochas, quinas vivas, entre outras, nãoocasionando o desgaste desnecessário destes equipamentos (ERA - EsportesRadicais e Aventuras Ltda., 2010).

    Vale frisar que nem sempre uma proteção é necessária. Tudo dependerá deanálise prévia do local onde será efetuada a ancoragem.

    Figura 17. Proteção para Ancoragens 

    2.3.5. Montagem da ancoragem

    Todas as ancoragens ou instalações para rapel precisam combinar e mantera carga distribuída no ponto de ancoragem. Abaixo utilizaremos uma tabela retiradado manual da AMGA – Asociación Estadounidense de Guias de Montaña, quedemonstra os ângulos de ancoragem e seu potencial risco (LUEBBEN, 2000). Nestatabela temos a força que cada ancoragem necessita agüentar para uma carga de4,5kN. Aumentar ou reduzir a carga sobre as ancoragens resultará em um aumento

    ou redução proporcional sobre cada uma destas ancoragens.

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    Figu

    Ângulo (A) Nó o0o.

    30o.60o.90o.120o.150o.175o.

    Tabela 1. Referencia de ângul

    3. Cordas

    3.1. História das

    Há séculos, as

    adicionando melhor tecqualidade.

    a 18. Tipo de montagem de ancoragem (ângulos).

    fitas independentes (kN) Triang2,22,32,63,14,58,651

    de ancoragem e sua resistência.

    Figura 19. Ângulos para Ancoragens

    ordas

    cordas evoluem juntamente com a

    nologia em seu desenvolvimento, so

    31

    lo americano (kN)3,13,64,55,88,617

    102

    civilização, sempre

    ando resistência e

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    torna responsável por 80% (oitenta por cento) de sua resistência. A capa recobre aalma, protegendo-a contra a abrasão e outros agentes agressivos, sendoresponsável pelos 20% (vinte por cento) restantes da resistência da corda (PETZL,2010).

    Todas as cordas podem ser confeccionadas com o mesmo material, massuas estruturas podem ser diferentes.

    3.3. Estrutura das cordas

    3.3.1. Corda Torcida

    Esta estrutura é totalmente desaconselhável para a técnica vertical por nãooferecer segurança e falta de resistência a abrasão. Possui uma construçãoclássica, constituída de centenas de filamentos retorcidos entre si, que dão origem

    as pernas, que, por sua vez, são torcidas umas as outras, em sentido oposto ao daprimeira operação, dando origem a corda. Tem características mais rígidas, sendomelhores para amarração e ancoragem e com menor índice de desgaste e podemser emendadas a materiais distintos as suas características, como o cabo de aço(ERA - Esportes Radicais e Aventuras Ltda., 2010).

    3.3.2. Corda Trançada (cordões paralelos entre si)

    A corda trançada possui filamentos trançados uns aos outros, que depoissão recobertos por uma capa, geralmente de fibra sintética. Neste caso, a corda

    possui a parte interna (alma) e a externa (capa), onde sua resistência é medida porsua composição interna, sendo apenas protegida pela parte externa. Possuicaracterística mais macia, melhorando seu manuseio. Porem, como possui umacapa externa, pode esconder defeitos ou mesmo o rompimento interno. Suasuperfície lisa pode dificultar a fixação de nós, tornando-os ineficazes (PETZL,2010).

    3.4. Materiais constitutivos das cordas

    3.4.1. Poliolefinas

    São cordas constituídas de polipropileno e polietileno, que não absorvemágua e são empregadas quando a propriedade de flutuar é importante. Porém,possui uma degradação muito rápida com os efeitos dos raios UV, devido a suabaixa resistência à abrasão, ou mesmo pela sua pequena resistência a suportarchoques e baixo ponto de fusão. Isto faz com que estas cordas sejam utilizadasapenas para o salvamento aquático, não sendo indicadas para a prática do rapel(Catalogo cuerdas Roca, 2001).

    3.4.2. Poliéster

    São cordas com fibras de alta resistência quando úmidas possuem boaresistência a abrasão e aos raios UV, e em alguns casos, até a ácidos e outrosprodutos químicos. Entretanto, não suportam forças de impacto ou cargas contínuas

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    tão bem quanto às fibras de poliamida. Estas cordas são muito utilizadas emambientes industriais (ERA - Esportes Radicais e Aventuras Ltda., 2010).

    As cordas de Poliéster geralmente são mais fortes que o nylon quando

    molhadas. Algumas empresas fabricam cordas de poliéster com grande densidade.Estas cordas “Estáticas” possuem pouca elasticidade e grande maleabilidade (PACI- Professional Association Climbing Instructions, 2010).

    3.4.3. Poliamida

    Possui boa resistência a abrasão, maior resistência a tração do que opoliéster, mas perde sua resistência quando úmido, recuperando-a ao secar. Suaresistência ao impacto chega a ser excelente e é a mais indicada para o uso naprática do rapel (Catalogo cuerdas Roca, 2001).

    3.5. Tipos de cordas

    3.5.1. Dinâmicas

    São cordas de alta elasticidade, usadas para o fim esportivo da escalada,em rocha ou gelo. Por sua elasticidade, consegue absorver melhor o impacto emcaso de queda do escalador, sem transferir muito a força do choque, evitandolesões. Este tipo de corda se torna inviável para o uso em resgate ou espeleologia,pois o fato de se alongar pode atrapalhar no trabalho (PETZL, 2010).

    3.5.2. Estáticas

    São cordas de baixa elasticidade, usadas em espeleologia, rapel, operaçõestáticas, segurança industrial e até, em salvamentos. Não são cordas indicadas parasituação de queda, por não absorver com eficácia a força de choque. Estas cordassão construídas com uma alma de Nylon de baixo estiramento, onde seus cordõesinternos – necessariamente contínuos, efetuam a maior resistência do esforço. Paragarantir que não haja uma grande elasticidade, os cordões são paralelos entre si,não sendo torcidos como nas cordas dinâmicas (PETZL, 2010).

    Estas são as cordas utilizadas para a prática do rapel (grifo do autor).

    3.5.3. Dry

    Devido à necessidade de utilização em locais ermos, como a escalada emgelo, glaciares ou locais muito úmidos, foi criado cordas que se mantenham secas.Para que a corda se mantenha seca, um banho químico é dado na mesma,mantendo-a seca, permitindo até que a mesma flutue. Este tratamento químicotambém agrega uma maior resistência à abrasão. No entanto, perde total efeito apósa sétima lavagem da corda (Lyon Equipment Limited, 2001).

    3.6. Diametro (bitola) da corda

    Como a corda é equipamento básico para qualquer atividade em altura, seupeso é algo relevante na escolha da mesma. Quanto maior o diâmetro, mais pesada

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    Em superfícies abrasivas, é necessário que haja uma proteção para evitar ocontato da corda a esta superfície. Ainda nestas superfícies, evite pisar na corda, oumesmo arrastá-la.

    É necessário evitar o contato com areia. Os pedriscos podem ficar alojadosentre as fibras, danificando-as.

    Produtos químicos como graxa, solventes, combustíveis, entre outros,devem ser evitados de forma geral. Mesmo aquela intenção de fazer algum tipo demarcação na corda com uma caneta deve ser evitada. Para isto existem canetasespecificas (PETZL, 2010).

    Não se deve deixar a corda pressionada, ou “mordida” por muito tempo.Aqui, destacamos os nós utilizados, quando tensionados, devem ser desatados

    quando findar o uso da corda, evitando que suas fibras criem marcas e fiquem“viciadas”, perdendo a resistência, bem como evitar que a mesma fique sob fortetensão durante períodos prolongados.

    3.9. Manutenção da corda

    A vida útil de uma corda não pode ser apenas definida pelo tempo de uso.Geralmente, se os cuidados necessários forem tomados, a vida útil de uma corda éde 5 (cinco) anos, proporcionando a mesma segurança. Mas, para que ela tenhaesta vida útil, diversos fatores influenciam para que se possa mante-la de forma a

    usá-la com segurança. Sua manutenção dependerá da freqüência de uso, tipos deequipamentos a que foi submetida o seu uso, velocidade de descida, tipo eintensidade de carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios UV,entre outros.

    Sua avaliação dependerá de uma inspeção visual e tátil continua, bem comode seu histórico de uso.

    3.9.1. Como inspecionar a corda

    A inspeção de uma corda deverá ser feita em todo seu comprimento,

    observando quaisquer irregularidades como caroços, encurtamento ouinconsistência. Se existirem sinais de abrasão, cortes em sua capa, queimaduras etambém, não menos importantes, os fios da capa estejam desfiados, deve-seinutilizar aquela parte da corda, a fim de manter a integridade de sua finalidade – asegurança (Bombeiros Militar, 2006).

    3.9.2. Acondicionamento da corda

    Como todo material sintético, a corda deverá ser mantida em local seco eprotegido de raios UV, bem como da umidade. Normalmente são enroladas eguardadas em mochilas, apropriadas ou não (Bombeiros Militar, 2006).

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    3.10. Cor da corda

    Escolher uma corda colorida, hoje não é apenas questão de gosto.Dependendo da função de sua utilização, a cor da corda necessariamente precisa

    ser diferente do ambiente a qual é submetida. Alem do ambiente, uma capa colorida,diferente da alma (geralmente branca) possibilita que o praticante esteja alerta aospossíveis desgastes ou rupturas.

    Quando, em situações de resgate, utilizam mais de uma corda, suas coresdistintas possibilitam maior facilidade em seu manuseio, distinguindo linhasindividuais (Forças Armadas de Granada, 1999).

    3.11. Vida útil

    Infelizmente, não se pode preestabelecer uma vida útil para as cordas, pois

    dependem de muitas variáveis (incluindo cuidados pessoais e de utilização) queafetam diretamente este prazo. Todas as cordas estão sujeitas a intempéries evulneráveis as forças destrutivas, podendo apresentar falhas por serem descuidadasou mesmo, as que já foram submetidas às extremas cargas de impacto.

    Uma corda deve ser aposentada sempre que apresentar cortes, desgastessignificativos, após uma grande queda ou quando contaminada por agentesquímicos. Mas, em todo caso, se houver quaisquer duvidas sobre sua integridade,não se deve utilizá-la em hipótese alguma (ERA - Esportes Radicais e AventurasLtda., 2010).

    4. Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos

    4.1. Fitas (PETZL, 2010)

    As fitas tubulares podem ser fechadas por nó ou costuradas. De forma geral,destinam-se a facilitar ancoragens, de modo bastante prático e funcional,preservando a corda. Todo material têxtil sofre desgaste tanto pela abrasão, quantopela deterioração por raios ultravioletas (raios solares). Devem ser trocada toda vezque as linhas da costura começarem a puir ou quando sua coloração começar aaparentar uma tonalidade desbotada (queimada pelo sol).

    Figura 20. Fitas tubulares e Anéis de fitas. 

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    4.2. Cadeirinha (Bouldrier) (PETZL, 2010)

    As cadeirinhas (bouldrier’s) são feitas geralmente de fitas planas.

    É o equipamento que o praticante veste, responsável por sustentar seupeso. Na cadeirinha ficam presos o aparelho de descida, que será acoplado à corda,e outros equipamentos que possam ser úteis. Existem vários tipos de cadeirinhas.As específicas para verticais são feitas de forma que o centro de gravidade dopraticante fique na altura do quadril, para maior facilidade nas manobras, em funçãodo bom posicionamento.

    Bouldrier completo: além da parte que vai da cintura e nas pernas, écomposto também por fitas que envolvem o tronco do praticante.

    4.3. Capacete

    Equipamento de proteção individual que deve serleve, proporcionar bom campo visual e auditivo, possuir

    aberturas de ventilação e escape de água, suportes paraencaixe de lanternas de cabeça e, principalmente, bonsresistência e amortecimento contra impactos, além de umafirme fixação à cabeça, através de ajuste à circunferência docrânio e da jugular. Assim como os demais equipamentos de

    segurança, deve ser inspecionado constantemente,observando-se trincasse deformidades, os sistemas de ajusteà cabeça, assim como as condições de fivelas e velcros.

    4.4. LuvasConfeccionadas em diversos materiais como couro, tecido, elanca, vaqueta,

    com ou sem reforço na palma. Dependendo do tipo do rapel e qual descenssorutilizado, a utilização de luvas não será necessária.

    Figura 21. Cadeirinhas 

    Figura 22. Capacetes 

    Figura 23. Luvas de proteção individual. 

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    abertos mesmo com carga. Ao contrário, mosquetões para salvamento não devemser abertos com carga, devem suportar cargas mais elevadas e ter maior aberturapara utilização conjunta com outros equipamentos e para prender macas ouestruturas de grande diâmetro ou espessura.

    Ao inspecionar o mosquetão, observe toda sua estrutura procurandodetectar deformidades, amassamentos ou trincas. Observe ainda o alinhamentoentre o bloqueio e o corpo do mosquetão e a tensão da mola da dobradiça.Igualmente, qualquer material metálico que sofra uma queda importante, deve serdescartado.

    4.6. Descensores (PETZL, 2010)

    4.6.1. Freio oito

    Freio bastante difundido para práticas verticais, devido ao seu baixo custo

    dependendo do modelo, de funcionamento simples, leve, robusto e compacto.

    Confeccionado em aço ou duralumínio e nos formatos convencional ou desalvamento (com orelhas).

    Alguns modelos têm como características torcer ou torcer menos a corda,dissipar mal o calor, não permitir a graduação do atrito e necessitar ser removido domosquetão para a passagem da corda. Comparando-se o oito convencional ao desalvamento, o segundo tem melhor dissipação de calor, não permite a formação donó boca de lobo e possibilita a realização de outra variação de trava em função dasorelhas.

    4.6.2. ATCO ATC tem a mesma finalidade do freio oito, apesar de diminuir os danos à

    corda, custar mais que o oito.

    É usado apenas para pequenas decidas, pois sua área de contato com acorda é maior, o que faz com que ele esquente mais rápido.

    Figura 27. Freios descensores. 

    Figura 28. Freio ATC. 

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    4.6.3. RIG

    O equipamento é projetado para o acesso de especialistas paratrabalhos em altura utilizando cordas. Ele permite que o usuário seposicione e pare facilmente quando necessário, usando a alça parabloquear a corda. Este descendente é compacto e intuitivo de usar, parafazer descidas suaves. Este equipamento foi concebido paradesempenhar as funções essenciais e esperadas de um descensor.Uma vez que é mais bem adaptado para o uso profissional, eleefetivamente substitui descensores como o gri-gri e o Stop, e também

    pode ser utilizado como ascensor juntamente com um ascensor depé ou estribo. Este dispositivo é para usuários que já possuem uma

    experiência considerável.

    4.6.4. Gi-Gi

    A Plaqueta Gi-gi é fabricada em alumínio de alta resistência (Duro alumínio)com capacidade para 22KN e para serutilizada com cordas de 8 a 12 mm dediâmetro. Esta plaqueta apresentavárias funções, sendo as principais:assegurar 1 ou 2 participantes de uma

    cordada simultaneamente, ascensõescombinando a GI-GI com umdispositivo de bloqueio automático eum estribo, blocante em sistemas de resgate, descensor para rapel e descensor decargas. 

    4.6.5. GRI-GRI

    Aparelho de segurança descensor auto-blocante, que permite fazer descidascontroladas para a execução de trabalhos onde haja

    a necessidade de fazer paradas no meio da descida.Equipamento muito utilizado na prática de escaladafazendo a segurança ao primeiro ou do segundoescalador.

    4.6.6. Rack

    Descensor linear metálico com barretes móveis em alumínio maciço ouaço inox que apresenta as vantagens de não torcer a corda, não necessitar ser

    Figura 29.Descensor RIG 

    Figura 30. Plaqueta Gi-gi. 

    Figura 31. Gri-gri 

    Figura 32. Rack 

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    desconectado da ancoragem para a passagem da corda, dissipando melhor o calore permitindo a graduação do atrito da corda ao freio durante sua utilização (à medidaque são aumentados ou diminuídos os barretes). 

    4.6.7. Dressler STOP

    Sistema auto-blocante para corda simples de 9 a12 mm, considerado um dos mais seguros aparelhos dedescida por muitos praticantes de atividade vertical. Osistema auto-blocante funciona quando é largada aalavanca. Sua colocação na corda, não há necessidaderetirar da cadeirinha, graças a sua pastilha desegurança.

    4.6.8. Simple

    O Simple é um freio similar ao stop, mas a velocidade da descida écontrolada variando seu aperto na corda livre daextremidade por não ter a alavanca de controle porpressão. 

    4.7. Ascensores

    São aparelhos mecânicos usados para subir em cordas fixas. Todospossuem o mesmo princípio básico, quando submetidos à tração (força para baixo)estrangulam e travam-se na corda, liberando a tração voltam a correr para cima.Para esse processo precisa-se de dois blocantes sendo que um deles unidos a suacadeirinha.

    4.7.1. Tibloc 

    O Tibloc Petzl é extremamente pequeno e leve,especialmente quando comparado à sua versatilidade epraticidade em manobras de corda. O Tibloc funciona como umdispositivo de bloqueio mono-direcional em uma única cordacombinado com um mosquetão. A posição correta de corda e seumanejo são extremamente simples e intuitivo, mas em qualquer

    caso, um desenho sobre o Tibloc se indica o posicionamento

    correto.

    Figura 33. Dressler STOP 

    Figura 34. Simple

    Figura 35. Tibloc 

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    4.7.2. Ascensor de punho ( JUMAR )

    Ascensor tipo bloqueador de punho para ascensão em cordas de materialtêxtil, corpo fabricado em duralumínio, empunhadura

    emborrachada de desenho ergonômico e gatilhobloqueador fabricado em aço inox e duro alumínio. Possuídois pontos para conexão de mosquetões sendo um pontoduplo na parte superior e outro ponto simples na parteinferior abaixo da corda, também possuí orifício paraevacuação de lama, água ou neve. Capacidade deutilização em cordas com diâmetro de 8 a 13 mm e

    existem dois tipos de ascensores, direito e esquerdo.

    4.7.3. Blocante Ventral ( Crow )

    Blocante ventral para ascensão é fabricado emalumínio de alta resistência (duro alumínio) para uso emcordas de 8 a 12 mm de diâmetro. Ideal para espeleologia etrabalhos verticais. 

    4.7.4. Pantin ( Ascensor de pé )

    Bloqueador de pé que ajuda a progressão em cordas. Complemento doCROLL (Ascensor de peito ou ventral). Utilizadosomente no pé direito. O PANTIN mantém o corpo emposição vertical, facilitando à subida e sendo menoscansativo. Se solta da cordafacilmente após seu uso.

    5. Nós

    Utilizados com a finalidade de unir cordas, fazer ancoragens, amarraremsolteiras e outras situações, um nó necessita de uma criteriosa analise sobre seuuso. É necessário conhecer fatores como força de blocagem, facilidade de atar e

    desatar o nó, sua resistência e a quantidade de resistência que a corda perde com autilização de determinado nó, devem ser levados em consideração na hora daescolha.

    Figura 36. Ascensor de Punho 

    Figura 37. Crow 

    Figura 38. Pantin 

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    5.1.2.1. Ponta

    São nós feitos nas pontas das cordas, ou perto delas. Ou, ainda, nós quecriam uma conectividade com alguma ponta quando feito.

    5.1.2.2. Junção

    São nós utilizados para unir duas pontas de cordas (mesma corda oudistinta).

    5.1.2.3. Deslizar e aderir

    Utilizados para que se consiga um controle do que se pretende, atuando deforma segura.

    5.1.2.4. Meio

    Nós feitos no meio da corda, sem que haja a necessidade de reajustá-lo oureposicioná-lo. Geralmente são nós que equalizam o sistema de ancoragem,facilitando e mantendo uma maior resistência.

    5.1.2.5. Controle de carga

    Estes nós permitem que a carga seja controlada pela desvinculação gradual,possuindo uma liberação mais devagar, lenta.

    5.2. Propriedades

    Existem 4 (quatro) fatores que influenciam no desempenho dos nósutilizados, e que devemos respeitar quando escolhermos qual nó utilizaremos. Énecessário conhecer cada nó e seu desempenho, para que se faça uma boaescolha. Um nó ideal deve possuir a maior quantidade de propriedades possível.

    Um nó bem feito garante uma vida útil maior para a corda, e, também melhoreficiência, tornando seu trabalho mais seguro.

    Segundo MANZKE & CHESSMAN, devemos manter, alem da escolha dosnós, uma margem de segurança de 20 a 30% maior que o peso especificado pelo

    fabricante, diminuindo o risco de ruptura.

    ADEQUAÇAO

    SEGURANÇA

    ESTABILIDADEFOR A

    Figura 39. Propriedades e características dos nós. 

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    5.2.1. Adequação

    Refere-se a selecionar o nó que irá providenciar o melhor desempenhonuma necessidade particular. Cada nó apresenta uma vantagem e também uma

    desvantagem, porém são as qualidades que fará com que seja escolhido paradeterminada função.

    5.2.2. Segurança

    É uma forma discreta de cada nó. Um nó seguro será atado para que nãodeslize e falhe quando necessário. Quando feito, por mais que exista uma grandecarga sobre ele, sempre estará distribuindo de forma semelhante esta força empartes iguais do nó, não o sobrecarregando e, conseqüentemente levando- a falha.

    5.2.3. Estabilidade

    Uma propriedade distinta dos nós, precisa ser conhecida para que o nóresista a forças instáveis, mantendo sua forma. Junto com a segurança, são aspropriedades mais importantes para se manter a integridade da vida humana.

    5.2.4. Força

    É importante enfatizar que a força não é o fator mais importante a seconsiderar na escolha de um nó. No entanto, todo nó torna a corda menosresistente. Em outros termos, um nó cria uma concentração de “stress” na corda.Cada nó enfraquece a corda de forma distinta devido a sua forma, sempre

    relacionado à quantidade de voltas utilizadas e o grau de torção de sua estrutura.

    5.3. Tipos de nós

    5.3.1. Azelha simples

    Usado geralmente na ponta da corda, formando uma alça destinada apendurar algo ou suspender algo. Também é conhecido como nó cego (MANZKE &CHESSMAN).

    Figura 40. Azelha 

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    5.3.2. Oito / Figura de oito

    Não se sabe quando foi descoberto. No entanto, estima-se que é utilizado hámuito tempo por nossos ancestrais (PACI - Professional Association Climbing

    Instructions, 2010). Este nó é utilizado para manter uma ponta de conectividade,sendo fácil de amarrar é não se desfaz devido a cargas muito elevadas. Tambémmantém uma porcentagem razoável da resistência da corda. Por sua facilidade deconfecção e de desmonte, ele provavelmente é o nó mais conhecido entre o mundodas pessoas que utilizam uma corda.

    Figura 41. Oito / Figura de oito 

    5.3.3. Oito duplo

    Versão do nó oito, feito com a ponta da corda dobrada, criando uma alçamuito utilizada em ancoragens fixas, possuindo pequena perda de resistência dacorda (Bombeiros Militar, 2006).

    Figura 42. Oito duplo 

    5.3.4. Oito Guiado

    Conhecido por muitos outros nomes, o oito guiado é utilizado“principalmente” para conectar a cadeirinha a corda. É muito utilizado porescaladores e montanhistas que necessitam de segurança, estabilidade e uma forte

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    conexão ao seu equipamento. Quando feito, o oito guiado é muito seguro e elimina apossibilidade de ficar desalinhado.

    Figura 43. Oito guiado 

    5.3.5. Oito duplo de alças duplas

    Uma versão mais versátil do nó oito é utilizada para fazer ancoragensequalizadas, dividindo a carga de força entre os pontos de ancoragens que, mesmoindependentes, receberão a mesma carga de força com um pequeno ajuste da voltafeita pelo nó.

    Figura 44. Oito duplo de alças duplas 

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    Figura 46. Pescador duplo 

    5.3.9. Nó de fita

    Este nó é unicamente utilizado para unir as pontas das fitas tubulares devidopossuir a melhor combinação de resistência e força. A Segurança do nó de fitadependerá da superfície a que será submetida e ao material constitutivo da fita(geralmente nylon) (ASHLEY, 1979).

    Figura 47. Nó de fita 

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    5.3.10. Rosendahl ou Zeppelin

    Nó utilizado para unir duas cordas, onde permite a descensão mais longaquando necessário. Seu uso é muito recomendado para atividades temporárias,

    onde se faz necessário desfazer o nó com mais facilidade (Forças Armadas deGranada, 1999). É um nó que demonstra extrema segurança, e sua estrutura émuito resistente perante deformações, continuando sendo fácil desfazê-lo.

    Figura 48. Rosendahl ou Zeppelin 

    5.3.11. Volta do fiel

    Usado desde tempos ancestrais, é um nó ideal juntamente com sistemas deancoragem onde se exige rápidos ajustes e de tensão também. Estes ajustes podemser feitos sem desfazer o nó, o que salva um tempo significante em comparaçãocom outros nós utilizados (TURNER, 1995).

    Figura 49. Volta do fiel 

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    5.3.12. Borboleta alpina ou borboleta

    Este nó é utilizado quando a corda esta sujeita a cargas com possibilidadede três pontas, permanecendo estável e seguro. É um nó feito no meio da corda,

    tendo também uma finalidade alternativa como isolante temporário de sessõesdeterioradas da corda (ASHLEY, 1979).

    Figura 50. Borboleta alpina ou borboleta 

    5.3.13. Prusik

    Tem o nome de seu criador, Karl Prusik em 1931 (ASHLEY, 1979). O nóprusik possui diversas utilidades, incluindo algumas fora da área do montanhismo(unem-se cordas de guitarra temporariamente com este nó). No entanto, a utilização

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    mais comum no montanhismo, é a substituição do equipamento mecânico deascensão, por ser mais leve, ocupar menos espaço e, também, por ser mais barato.

    Figura 51. Prusik 

    5.3.14. UIAA (União Internacional das Associações de Alpinismo)

    Similar ao nó volta do fiel, é um nó descensor com o uso de um mosquetão(MANZKE & CHESSMAN). Geralmente este nó serve para substituir aparelhosmecânicos de descida.

    Figura 52. UIAA 

    5.3.15. Volta do Salteador

    Este nó, de grande risco ao praticante, é utilizado para descer de um ponto,facilitando a recuperação da corda ao termino da descida. É feito pelo meio dacorda, onde uma ponta suporta o peso do praticante, enquanto a outra ponta servirá

     – ao termino da descida – para que, com o lado corrediço, se desmanche o nó(MANZKE & CHESSMAN).

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    Figura 53. Volta do salteador 

    5.3.16. Nó direito

    Nó muito simples, utilizado para emendar cordas com diâmetros iguais(ASHLEY, 1979).

    Figura 54. Nó direito 

    5.3.17. Escota

    Este nó merece muita atenção, devido a sua grande utilidade. Serve paraunir cordas de diâmetros diferentes (ASHLEY, 1979).

    Figura 55. Escota 

    5.3.18. Cadeirinha de bombeiro

    Tem formato similar a uma cadeirinha utilizada em rapel, sendo adequada

    para descer pessoas sentadas apenas na corda quando não existe equipamentoadequado (MANZKE & CHESSMAN).

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    Figura 56. Cadeirinha de bombeiro 

    5.3.19. Bachmann

    É um nó blocante, utilizado para ascensão pela corda em escaladas

    (MANZKE & CHESSMAN). No rapel, este nó pode ser utilizado em momentos deauto-resgate ou emergências, onde o praticante necessita fazer ascensão.

    Figura 57. Bachmann 

    5.3.20. Caminhoneiro (carioquinha)

    É utilizado, também, em estiramento de cordas quando feito em rapel guiadoou mesmo em tirolesas (MANZKE & CHESSMAN). Este nó, quando mal utilizado,pode danificar a corda.

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    Figura 58. Caminhoneiro (carioquinha) 

    5.3.21. Catau

    Em necessidades de encurtar a corda ou reforçar parte danificada, o catau éo nó certo, mas apenas em situações de emergência (MANZKE & CHESSMAN).

    Figura 59. Catau

    6. Fator de queda e Força de Choque6.1. Fator de Queda

    O fator de queda exprime o grau da gravidade de uma queda, sendo arelação entre a altura de queda e o comprimento da corda disponível para absorvera energia da queda.

    Para o calculo do fator de queda, utilizamos a seguinte equação:

    Fator

    de

    Queda

    Altura

    da

    Comprimento

    da

    Corda

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    Saber calcular o fator de quedapossibilita prever as situações de maior

    risco. Como demonstrado acima, ocálculo é simples, bastando dividir aaltura da queda pelo comprimento dacorda. No primeiro desenho, opraticante subiu cinco metros, costurouum grampo, subiu mais cinco metros ecaiu. Ao todo foram dez metros dequeda, tendo dez metros de corda paraabsorver o impacto. No calculo, dez

    dividido por dez resulta num fator dequeda igual a um.

    No segundo desenho, o guia

    saiu da parada, subiu cinco metros ecaiu. Foram os mesmos dez metros dequeda, mas só havia cinco metros de corda para aborver o impacto. Dez dividido porcinco resulta em fator de queda igual a dois.

    O fator menor que um sempre pode ser considerado como baixo (DAFLON

    & DAFLON).

    6.2. Força de Choque

    A força de choque refere-se ao cálculo convencionado para saber a força emquilos (kg) que o equipamento sofrerá. Seu cálculo é feito através