17
Frank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica fundida para suporte de dentes artificiais, destinada a restabelecer as seguintes principais funções orais: • Mastigação • Estética • Fonética • Prevenção da inclinação, migração ou extrusão dos dentes remanescentes • Estabilização de dentes enfraquecidos • Balanceio muscular no complexo oro-facial A PPR é conhecida como “a prótese que estraga os dentes”. Alguns estudos relatam que cerca de 50% das PPRs realizadas não são utilizadas pelos pacientes, porque eles não se "acostumam" com elas. Isto resulta da falta de planejamento biomecânico correto, da falta de preparo da boca para receber a prótese e da qualidade técnica insatisfatória das próteses parciais removíveis, em geral. O planejamento não é obtido por fórmulas matemáticas, mas por princípios biológicos e muito bom senso. (Dr. Cláudio Kliemann) É difícil prever o comportamento exato das reações biológicas frente ao tratamento realizado. Quando se aplica uma força sobre uma estrutura não-viva, o problema é saber se ela suportará, ao passo que se for aplicada a mesma força sobre uma estrutura viva, o problema é outro: como reagirá? (Dr. Todescan) A experiência clínica do dentista e laboratorial do protético são fatores de real importância, porque não é possível determinar leis rígidas e precisas para as ciências biológicas, tais como as usadas nas ciências exatas. Frank Kaiser

Prótese Parcial Removível - · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

  • Upload
    lenhi

  • View
    241

  • Download
    5

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Prótese Parcial

Removível

Frank Kaiser

A PPR é conhecida como “a prótese que estraga os dentes”. Alguns estudos relatam quecerca de 50% das PPRs realizadas não são utilizadas pelos pacientes, porque eles não se"acostumam" com elas.

Isto resulta da falta de planejamento biomecânico correto, da falta de preparo da boca parareceber a prótese e da qualidade técnica insatisfatória das próteses parciais removíveis, em geral.

O planejamento não é obtido por fórmulas matemáticas, mas por princípios biológicos emuito bom senso. (Dr. Cláudio Kliemann)

É difícil prever o comportamento exato das reações biológicas frente ao tratamentorealizado.

Quando se aplica uma força sobre uma estrutura não-viva, o problema é saber se elasuportará, ao passo que se for aplicada a mesma força sobre uma estrutura viva, o problema éoutro: como reagirá? (Dr. Todescan)

A experiência clínica do dentista e laboratorial do protético são fatores de real importância,porque não é possível determinar leis rígidas e precisas para as ciências biológicas, tais como asusadas nas ciências exatas.

DefiniçãoEstrutura metálica fundida para suporte de dentes artificiais, destinada a restabelecer as

seguintes principais funções orais:

• Mastigação• Estética• Fonética• Prevenção da inclinação, migração ou extrusão dos dentes remanescentes

• Estabilização de dentes enfraquecidos• Balanceio muscular no complexo oro-facial

Frank Kaiser PPR no Laboratório 1

Page 2: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

PPR no Laboratório Frank Kaiser2

ClassificaçõesA classificação dos desdentados ajuda-nos a estabelecer regras de planejamento e de

desenho. Ela tem uma função didática e serve como meio de comunicação entre profissionais,facilitando a explicação de casos clínicos conhecidos.

Temos 64.534 combinações de desdentamento possíveis para cada arco (Cummer 1921), e32.000 possibilidades de desenho (DeFranco, 1984).

Existem muitas diferentes classificações, como por exemplo a classificação universal, aclassificação funcional, a classificação mecânica, a classificação biomecânica, a classificaçãotopográfica, porém somente algumas delas têm uma real aplicação no dia-a-dia do laboratório.

Classificação topográfica (Kennedy 1925)A mais utilizada, tem a vantagem da visualização imediata do caso, facilitando e

sistematizando planejamento e desenho das futuras peças protéticas.

Classe I: Classe II: Classe III:• Desdentado posterior • Desdentado posterior •Desdentadobilateral unilateral intercalar

Classe IV:• Desdentado anterior

Classe I: Classe II:

• Modificações • Modificações

Classe III:

• Modificações

A Classe IV não admite modificações, pois, se existisse maisde um espaço protético, enquadrar-se-ia em uma das outras trêsClasses.

As classes de Kennedy se escrevem com letras romanas

Page 3: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Princípios biomecânicosUma PPR em função deve respeitar os três princípios biomecânicos seguintes:

RetençãoÉ a resistência às forças que atuam

sobre uma prótese no sentido cérvico-oclusal, durante a mastigação de alimentospegajosos.

Frank Kaiser

Plano fron

Plano horizontal

SuporteÉ a resistência às forças que atuam

sobre uma prótese no sentido ocluso-cervical, durante a mastigação de alimentosduros.

EstabilidadeÉ a resistência às forças que atuam

sobre uma prótese no plano horizontal,decorrentes de contatos oclusais em planosinclinados.

MicromovimentosDurante a mastigação, a inserção ou a remoção, as próteses parciais removíveis e as selas

sofrem dois tipos de movimentos: rotação e translação.

A rotaçãoÉ o movimento de um corpo em torno

de um de seus eixos.

A translaçãoÉ o movimento de deslizamento de

todas as partes de um corpo.

Estes dois movimentos podem ocorrer simultaneamente, em três planos.O planejamento adequado visa a impedir esses movimentos.

PPR no Laboratório 3

tal

Plano sagital

Page 4: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

4

GramposEquadores

O equador do dente, por analogia com o equador terrestre, é uma linha imagináriacorrespondente à maior circunferência da coroa.

O equador anatômico do dente é o maior contorno de cada dente consideradoindividualmente.

O equador protético é o equador em relação a todos os dentes, considerando um mesmoeixo de inserção e as diferentes inclinações dos dentes entre si.

Equador

Área expulsiva

Área retentiva

Forma do grampoA medida ideal do grampo prevê que ele seja afilado, meia-cana, adelgaçando-se

suavemente até atingir a metade de sua espessura inicial, na área da ponta ativa.

Partes do grampoA ponta ativa, delgada e flexível, tem a função de retenção. Secundariamente, o corpo do

grampo, mais espesso e menos flexível, tem a função de estabilização da prótese.

Equador

Corpo

Ponta ativa

Ponta ativa

Apoio

Braço de oposição

Corpo

Sem dificultar a remoção voluntária da prótese, os grampos devem ser suficientementeretentivos para que a prótese não seja deslocada por esforços funcionais normais.

A indicação do tipo de grampo a ser utilizado depende do tamanho e da localização dosespaços desdentados, do grau de inclinação dos dentes suportes e da retenção disponível.

O volume dos freios labiais, a estética e o conforto do paciente, são igualmentedeterminantes. A estética é um fator que deve ser sempre levado em consideração, desde quenão comprometa a funcionalidade da prótese.

PPR no Laboratório Frank Kaiser

Page 5: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Grampos circunferenciaisGrampo circunferencial de Ackers ou “GCA”

O grampo circunferencial de Ackers é indicado para molares, pré-molares e eventualmentecaninos, nos casos da Classe III de Kennedy.

O braço de oposição, rígido, é indicado para todos os tipos de grampos e não deve invadir aárea retentiva. Ele segue a linha do equador sem nunca ultrapassá-la.

Grampo de ação posterior (Back-action ou Nally & Martinet)

O nome “Ação posterior”, ou “Back-action”, vem do fato de que este tipo de grampo dá umacerta flexibilidade, uma “ação” nas selas posteriores, através do conector maior.

Dentro da família dos grampos circunferenciais, o Nally & Martinet é o grampo maisindicado para extremidades livres, casos da Classe I e II de Kennedy.

Grampo M.D. (Mesial, Distal) ou Equipoise

Sobre caninos ou pré-molares, o MD é o grampo mais discreto da família dos gramposcircunferenciais.

Indicado para a Classe III ou IV de Kennedy, o grampo MD precisa de uma retenção distalsuficiente, e não pode ser indicado numa extremidade livre.

Vista distal

Mesial Distal

Grampo Geminado, Ackers Duplo ou Bonwill

O grampo geminado pode ser considerado como uma combinação de dois gramposcircunferencial de Ackers, com a particularidade de criar uma retenção anterior e outra posterior.

Frank Kaiser PPR no Laboratório 5

Page 6: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

6

Grampo de Ney n°1

O grampo de Ney n°1 possui uma retenção vestibular e outra lingual.

Grampos a Barra (por ação de ponta)Grampo de Roach (T)

O grampo de Roach é indicado sobre pré-molares na Classe III de Kennedy.Roach idealizou cinco formas básicas de grampos a barra, dando-lhes nomes de acordo com

a forma: T, U, L, I, C.

Grampo “C”Grampo “L” Grampo “I”

Grampo “U”

Grampo “T”

Grampo RPI ou API (Apoio, Placa proximal, Grampo em forma de I)

O grampo API é o grampo a barra mais indicado para casos de extremidade livre. Devido aseus três componentes, ele dá uma certa flexibilidade nas selas através do conector maior, funçãosimilar ao grampo de ação posterior.

PPR no Laboratório Frank Kaiser

A

P

I

Grampo em “I”

Placa proximalApoio

Page 7: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Grampo de Ney n°2

O grampo de Ney n°2 pode ser comparado a um grampo de Roach “T” lingual e outrovestibular sobre molar.

O grampo de Ney n°2 é indicado sobre molares isolados e coroas clínicas curtas emdesdentados da Classe IV de Kennedy.

Grampos diversosGrampo de contenção

Os grampos de contenção, ou “unhas-de-gato”, têm como função principal a estabilizaçãode dentes com mobilidade.

Grampo contínuo de Kennedy

Este grampo é indicado sobre o cíngulo dos dentes anteriores, na Classe I ou II de Kennedy,e como contenção de dentes com mobilidade.

Outra função importante do grampo contínuo de Kennedy é atuar como retentor indireto,impedindo o deslocamento cervico-oclusal da prótese, causado por alimentos pegajosos.

Frank Kaiser PPR no Laboratório 7

Page 8: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

8

ApoiosA função principal dos apoios é a de assegurar que uma parte, ou a totalidade, das cargas

exercidas sobre os dentes artificiais durante a mastigação seja transmitida aos dentes suportes.Os nichos preparados na boca, pelo dentista, e destinados a receber os apoios da prótese,

devem ser feitos em forma de colher, para distribuir as forças oclusais em direção à raiz.Dentes naturais são aptos a receber cargas axiais e não laterais.O planejamento da prótese parcial removível leva em consideração dois tipos de apoios.

Apoios diretosOs apoios diretos, são localizados

diretamente ao lado dos espaçosdesdentados. Eles são utilizados para atransmissão de forças aos dentes suportes.

PPR no Laboratório

Apoios indiretosOs apoios indiretos, são localizados

distantes dos espaços desdentados,utilizados para neutralizar os movimentosde rotação da prótese.

Localização dos apoiosA determinação da localização dos apoios diretos e indiretos está relacionada com a

localização dos espaços protéticos e a linha de fulcro da prótese.

Espaço desdentado intercalar

Os espaços desdentadas intercalaresreceberão um suporte direto, por meio deapoios diretos.

Extremidades livres

Desdentados da Classe I ou II deKennedy receberão apoios indiretos.

Dente isolado

Com a função de restabelecer pontosde contato proximais, os dentes pilaresisolados receberão um apoio duplo, ou seja,dois apoios diretos.

Espaço desdentado intercalar estendido

Espaços desdentados estendidosfuncionam da mesma maneira queextremidades livres. Usam-se apoiosindiretos para evitar torque direto sobredentes suportes.

Frank Kaiser

Page 9: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Apoio oclusal

Apoio oclusal simples

Frank Kaiser

Apoio oclusal duplo

Apoio oclusal geminado

Apoio de cínguloO apoio de cíngulo é o apoio mais indicado sobre caninos. Ele tem prioridade de indicação

sobre os apoios incisais quando as características anatômicas do cíngulo são favoráveis.

Apoio incisalA única indicação do apoio incisal é sobre os dentes anteriores. Pouco utilizado, ele tem a

grande desvantagem de criar uma alavanca muito grande sobre os dentes suportes.Outro aspecto negativo deste grampo é a estética desfavorável.

MacroapoioO macroapoio restabelece o equilíbrio,

evitando o deslocamento dos dentes opostos, enormalizando a curva de Spee.

PPR no Laboratório 9

Page 10: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

10

SelasAs selas são os elementos da prótese parcial removível propostos para preencher os espaços

protéticos, suportar e unir os dentes artificiais entre si.Elas também podem ter a função de transmissão das forças mastigatórias sobre a

fibromucosa.

Resiliência dos suportesA resiliência da membrana periodontal dos dentes naturais é 4 a 20 vezes menos depressível

que a fibromucosa do rebordo alveolar.Os implantes não têm resiliência. Uma resiliência pode ser obtida através dos elementos

protéticos.1,3 mm

0,1 mm0,01 mm

AlíviosUm espaço mínimo de 0,5 mm será deixado sob as redes metálicas, para que a resina tenha

uma resistência adequada.

Na presença de implantes ou noplanejamento de futura colocação de implantes,será deixado um espaço maior, de 2 a 3 mm,embaixo das retenções.

Dentes artificiais isolados são sempre maisfrágeis que um grupo de dentes, por causa dopouco volume de resina que os envolve.

Uma retenção adicional, em forma de pino retentivo, será colocada em tais casos.Dentes artificiais anteriores receberão um pino retentivo em cada elemento, mesmo que

sejam vários dentes unidos.

PPR no Laboratório Frank Kaiser

Page 11: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Finish line (linha de acabamento, de término)A junção entre metal e resina deve ser muito bem definida, tanto na superfície externa como

na superfície interna da prótese.

Oclusal metálicaA falta de espaço deixa a resina muito fina, sem resistência às forças matigatórias. Nestes

casos, a realização de oclusais metálicas seria uma solução.Estas oclusais metálicas não são necessariamente dentes maciços, mas podem ter o lado

vestibular em resina, melhorando assim a estética (Veneer).

Conectores menoresAlém de unir os apoios e os grampos nas selas e nos conectores maiores, eles servem de via

de transmissão das cargas oclusais para os dentes suportes, por meio dos apoios.Eles têm também a função de estabilizar a prótese, e de guiá-la durante sua inserção e

remoção.

Conectores menores diretosOs conectores menores diretos são localizados ao lado dos espaços protéticos.

Conectores menores indiretosOs conectores menores indiretos são localizados distantes dos espaços protéticos.

Frank Kaiser PPR no Laboratório 11

Page 12: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

12

Conectores maioresOs conectores maiores são os elementos encarregados de conectar os outros componentes

da prótese entre si, de maneira a constituir um corpo único.Pode-se comparar o conector maior ao chassi de um automóvel, garantindo a rigidez e o

bom funcionamento de todas as demais partes do veículo.

Superior

Placa palatina simples

Indicada para desdentados da Classe IIIou IV de Kennedy.

PPR no Laboratório

Placa palatina ampla

Mais estendida que a placa palatinasimples, ela é indicada para desdentados daClasse I e II de Kennedy, quando a prótese émucodentossuportada (maior suporte pelamucosa).

Placa palatina em forma de ‘U’

Indicada para desdentados de todas asClasses, na presença de tórus palatino, oupalato muito profundo.

Barra palatina

Os riscos de quebra tornam a barrapalatina não muito recomendável.

Placa palatina unilateral

Realizada somente sob exigência eresponsabilidade do dentista e do paciente.

Este tipo de prótese não possuiestabilidade, tem pouca retenção. É fácil deengolir.

Placa palatina chapeada (chapeado

palatino)

As placas palatinas chapeadas sãomuito usadas para conter dentes commobilidade, quando a prótese estiver na suaposição de assentamento final.

Frank Kaiser

Page 13: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Barra combinada anterior-posterior

A barra palatina combinada anterior-posterior pode ser indicada para qualquerClasse de Kennedy.

Frank Kaiser

Placa palatina completa

A única indicação da placa palatinacompleta é para desdentados totais.

Grade retentiva ou ‘micro mesh’

A grade retentiva metálica é um reforçoeficiente para a prótese total.

InferiorA barra lingual, em forma de meia pêra, pode ser diminuída na espessura, mas deverá ser

aumentada em altura para ter a rigidez adequada.A distância mínima a respeitar entre o limite superior da barra lingual e o colo dos dentes

anteriores ou posteriores é de 4 mm.

Barra lingual simples

Indicada para os desedentados de todasas Classes de Kennedy.

Barra lingual simples com o grampo

contínuo de Kennedy

Além de ser um excelente estabilizador,o grampo contínuo de Kennedy serve dereforço para uma barra lingual estreita.

PPR no Laboratório 13

Page 14: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

14

Barra lingual chapeada ou laminar

A barra lingual chapeada é utilizadacomo estabilizador de dentes anteriorescom problemas periodontais e dá rigidez aoconector maior, quando houver pouca alturadisponível, devido a um tórus ou a um freiolingual alto.

PPR no Laboratório

Barra lingual unilateral

Realizada somente sob exigência eresponsabilidade do dentista e do paciente.

Este tipo de prótese não possuiestabilidade, tem pouca retenção. É fácil deengolir.

Conector maior dentário ou de cíngulo

O conector maior dentário é umasolução para freio lingual alto, presença detórus lingual ou pouca altura.

Indicado para desdentados da Classe IIIde Kennedy, próteses dentossuportadas.Contra-indicado sobre dentes commobilidade.

Conector maior labial

Pouco encontrado, o conector maiorlabial é indicado na presença de dentesmuito inclinados lingualmente,especialmente pré-molares inferioreslinguovertidos.

Placa lingual completa

A única indicação da placa lingualcompleta é para desdentados totais.

Mantém precisão em sua forma, ereforça eficientemente uma prótese total.

Grade retentiva ou ‘micro mesh’

A grade retentiva metálica é um reforçoeficiente para a prótese total.

A realização deste tipo de estruturaexige três pontos de apoio para posicioná-laa uma distância de 0,5 mm do modelo, idealpara a prensagem do acrílico.

Frank Kaiser

Page 15: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Eixo de inserçãoO eixo de inserção é a trajetória que a PPR executa, desde o primeiro contato com os dentes

até a sua posição de assentamento final. Cada caso tem várias trajetórias de inserção possíveis.

Método de Roach ou dos três pontosA técnica dos três pontos é muito simples: deve-se marcar sobre o modelo 3 pontos,

formando um plano entre si. A trajetória de inserção será perpendicular a este plano.

Método de Roth ou das bissetrizesA técnica das bissetrizes leva em consideração o grau de inclinação do longo eixo dos

dentes suportes, para posicionar o modelo em duas direções: ântero-posterior e látero-lateral.

Método de Applegate ou das tentativasA técnica de Applegate consiste em equilibrar o melhor possível a altura do equador

protético de todos os dentes presentes no arco.O equador protético deve encontrar-se entre o terço cervical e o terço médio do dente.

Frank Kaiser PPR no Laboratório 15

Page 16: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

16

Planos-guiaOs planos-guia são desgastes paralelos de 2 a 3 mm, feitos pelo dentista no esmalte dos

dentes suportes. Eles podem ter várias indicações:

Reciprocidade dos grampos de retenção.

Diminuição dos ângulos mortos nos conectores menores.

Adequação da inserção do conector maior, na presença de dentes lingualizados.

Calibradores de retençãoTrês medidores de retenção podem ser utilizados para calibrar ou medir uma retenção.A calibragem de uma retenção depende da liga a ser utilizada. Para as ligas de Co-Cr por

exemplo, utilizadas em 95% da confecção das PPR, o grau de retenção ideal é de 0,25 mm.0,50 mm para as ligas de Ouro e 0,75 mm para fio ortodôntico.

PPR no Laboratório Frank Kaiser

Page 17: Prótese Parcial Removível -  · PDF fileFrank Kaiser PPR no Laboratório 1 Prótese Parcial Removível Definição Estrutura metálica

Frank Kaiser PPR no Laboratório 17

Referências recomendadas

BOREL, J. C. Manuel de prothèse partielle amovible. Paris: Masson, 1983.

CAESAR, H. H. La tecnica dello scheletrato. Villa Carcina: Editrice M.E.A., 1992.

De FIORI, S. R. Atlas de prótese parcial removível. 4 ed. São Paulo: Pancast, 1993.

DESPLATS, E. M.; KEOGH, T. P. Prótesis parcial removible, clínica y laboratorio. Madrid:Mosby/Doyma libros, 1995.

DITTMAR, K. Sistematiche moderne nella tecnica dello scheletrato. Villa Carcina: Teamworkmedia, 2000.

GRABER, G. Removable partial dentures. Stuttgart: Thieme Medical, 1988.

KLIEMANN, C.; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos,1999.

KRATOCHVIL, F. J. Partial removable prosthodontics. Philadelphia: Saunders, 1988.

MARXKORS, R. Die Einstückgussprothese. Dental Labor, n.49, p.707-715, p.1037-1050,p.1663-1670, p.1849-1856; n.50, p.193-202, Feb. 2001/2002.

McCRACKEN, W. L. Partial denture construction. 2 ed. St. Louis: Mosby, 1964.

McGIVNEY, G. P.; CASTLEBERRY, D. J. McCracken´s removable partial prosthodontics. 8 ed.St. Louis: Mosby Co., 1994.

MILLER, E. L.; GRASSO, J. E. Prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 1990.

NALLY, J.-N. La prothèse partielle amovible à chassis coulé, principes et techniques. 2 éd.Genève: Médecine et hygiène, 1979.

NALLY, J.-N. Materiaux et alliages dentaires, composition, applications et techniques. Paris:Julien Prélat, 1964.

PHILLIPS, R.W. Materiais dentários. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

TODESCAN, R. et al. Atlas de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 1998.

VIERLING, P. Etude comparative de la conception et du tracé des prothèses partielles

amovibles. Strasbourg, 1987. 222p. Thèse (Doctorat) Faculté de Chirurgie Dentaire deStrasbourg, Université Louis Pasteur.

ZACH, G. A. Advantages of mesial rests for removable partial dentures. J Prosthet Dent, v.33,n.1, p.32-35, 1975.