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Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Portaria SAS/MS n o 56, de 29 de janeiro de 2010. (Republicada em 26.04.10) Hipotireoidismo Congênito 1 METODOLOGIA DE BUSCA DA LITERATURA Da busca realizada na base de dados Medline/Pubmed, utilizando-se a estratégia de busca com os termos “Congenital Hypothyroidism”[Mesh] e “Diagnosis”[Mesh] e “Therapeutics”[Mesh] e restringindo- se para estudos em humanos (crianças), publicados nos últimos 10 anos, resultaram 25 artigos. Todos os artigos foram revisados e identificados como de interesse para a elaboração deste protocolo. Também foram consultados livros-texto de Endocrinologia. 2 INTRODUÇÃO A tireoide, uma das maiores glândulas endócrinas, tem por função sintetizar os hormônios tireoidianos essenciais para o desenvolvimento e crescimento dos diversos órgãos e sistemas em humanos. O principal hormônio produzido pela tireoide é a tiroxina (T4). No entanto, o hormônio metabolicamente ativo é o tri-iodotironina (T3), que é produzido, principalmente, através de desiodação de T4 em tecidos periféricos. Apenas 20% da produção de T3 é proveniente da tireoide. A função tireoidiana é controlada basicamente por 3 mecanismos: eixo hipotálamo-hipófise-tireoide estímulo hipotalâmico através do hormônio liberador datireotrofina (TRH) que atua na síntese e liberação do hormônio estimulador da tireoide (TSH) pela hipófise anterior, o qual, por sua vez, promove a síntese e a secreção de hormônios tireoidianos; efeito de retroalimentação dos hormônios tireoidianos sobre a hipófise e o hipotálamo; autorregulação da síntese hormonal pela glândula tireoide, de acordo com a disponibilidade de iodo inorgânico. O hipotireoidismo refere-se à diminuição ou ausência de hormônios tireoidianos e se caracteriza por diminuição dos níveis séricos de T4 e T3, podendo ser classificado em: primário – quando a deficiência hormonal se deve à incapacidade, parcial ou total, da glândula tireoide de produzir hormônios tireoidianos; central – quando há deficiência de hormônios tireoidianos por falta de estímulo do TSH hipofisário ou do TRH hipotalâmico. O hipotireoidismo congênito tem incidência variável, ocorrendo de 1:1.800 1 a 1:10.000 2 nascidos vivos, na Grécia e na França respectivamente. No Brasil 3 , a incidência relatada é de aproximadamente 1 caso para cada 2.500 nascidos vivos. Nas regiões não deficientes em iodo (como no Brasil), as principais causas são ectopia tireoidiana (em torno de 60%), agenesia tireoidiana (em torno de 15%) e deficiência na síntese hormonal (em torno de 15%) 4 . Os casos de hipotireoidismo congênito central são mais raros, ocorrendo em cerca de 1:25.000 a 1:100.000 nascidos vivos 5 , sendo diagnosticados com base na aferição de T4 em conjunto com TSH. O Programa Nacional de Triagem Neonatal, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, realiza a detecção do hipotireoidismo congênito através da dosagem de TSH sérico em papel filtro. A importância do programa se justifica, uma vez que, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, crianças com hipotireoidismo congênito apresentam desenvolvimento mental e crescimento seriamente afetados 6 , sendo que o comprometimento da capacidade intelectual pode ser irreversível. Consultores: José Miguel Dora, Ana Luiza Maia, Bárbara Corrêa Krug e Karine Medeiros Amaral Editores: Paulo Dornelles Picon, Maria Inez Pordeus Gadelha e Alberto Beltrame Os autores declararam ausência de conflito de interesses. 409

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Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas

Portaria SAS/MS no 56, de 29 de janeiro de 2010. (Republicada em 26.04.10)

Hipotireoidismo Congênito

1 METODOLOGIA DE BUSCA DA LITERATURADabusca realizadanabasededadosMedline/Pubmed, utilizando-se a estratégia debusca com

os termos “Congenital Hypothyroidism”[Mesh] e “Diagnosis”[Mesh] e “Therapeutics”[Mesh] e restringindo-separaestudosemhumanos(crianças),publicadosnosúltimos10anos,resultaram25artigos.Todososartigosforamrevisadoseidentificadoscomodeinteresseparaaelaboraçãodesteprotocolo.Tambémforamconsultadoslivros-textodeEndocrinologia.

2 INTRODUÇÃOAtireoide,umadasmaioresglândulasendócrinas,temporfunçãosintetizaroshormôniostireoidianos

essenciaisparaodesenvolvimentoecrescimentodosdiversosórgãosesistemasemhumanos.Oprincipalhormônioproduzidopelatireoideéatiroxina(T4).Noentanto,ohormôniometabolicamente

ativo é o tri-iodotironina (T3), que é produzido, principalmente, através de desiodação deT4 em tecidosperiféricos.Apenas 20% da produção deT3 é proveniente da tireoide.A função tireoidiana é controladabasicamentepor3mecanismos:

• eixohipotálamo-hipófise-tireoide–estímulohipotalâmicoatravésdohormônioliberadordatireotrofina(TRH)queatuanasínteseeliberaçãodohormônioestimuladordatireoide(TSH)pelahipófiseanterior,oqual,porsuavez,promoveasínteseeasecreçãodehormôniostireoidianos;

• efeitoderetroalimentaçãodoshormôniostireoidianossobreahipófiseeohipotálamo;• autorregulaçãodasíntesehormonalpelaglândula tireoide,deacordocomadisponibilidadede

iodoinorgânico.Ohipotireoidismorefere-seàdiminuiçãoouausênciadehormôniostireoidianosesecaracterizapor

diminuiçãodosníveisséricosdeT4eT3,podendoserclassificadoem:• primário–quandoadeficiênciahormonalsedeveà incapacidade,parcialoutotal,daglândula

tireoidedeproduzirhormôniostireoidianos;• central–quandohádeficiênciadehormôniostireoidianosporfaltadeestímulodoTSHhipofisário

oudoTRHhipotalâmico.O hipotireoidismo congênito tem incidência variável, ocorrendo de 1:1.8001 a 1:10.0002 nascidos

vivos,naGréciaenaFrançarespectivamente.NoBrasil3,aincidênciarelatadaédeaproximadamente1casoparacada2.500nascidosvivos.Nasregiõesnãodeficientesemiodo(comonoBrasil),asprincipaiscausassãoectopiatireoidiana(emtornode60%),agenesiatireoidiana(emtornode15%)edeficiêncianasíntesehormonal (em torno de 15%)4.Os casos de hipotireoidismo congênito central sãomais raros, ocorrendoemcercade1:25.000a1:100.000nascidosvivos5,sendodiagnosticadoscombasenaaferiçãodeT4emconjuntocomTSH.

OProgramaNacionaldeTriagemNeonatal,desenvolvidopeloMinistériodaSaúdeemparceriacomasSecretariasdeSaúdedosEstados,doDistritoFederaledosMunicípios,realizaadetecçãodohipotireoidismocongênitoatravésdadosagemdeTSHséricoempapelfiltro.Aimportânciadoprogramasejustifica,umavez que, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, crianças com hipotireoidismo congênitoapresentamdesenvolvimentomentalecrescimentoseriamenteafetados6,sendoqueocomprometimentodacapacidadeintelectualpodeserirreversível.

Consultores:JoséMiguelDora,AnaLuizaMaia,BárbaraCorrêaKrugeKarineMedeirosAmaralEditores:PauloDornellesPicon,MariaInezPordeusGadelhaeAlbertoBeltrameOsautoresdeclararamausênciadeconflitodeinteresses.

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Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

Oprognóstico depende, fundamentalmente, do tempodecorrido para a instituiçãodo tratamento, daseveridadedohipotireoidismoedamanutençãodosníveishormonaisdentrodanormalidade.Ohipotireoidismotransitório pode ocorrer nas mães durante a gravidez em razão de tratamento com iodetos, substânciasantitireoidianasouiodoradioativo6.

3 ClassifiCaçãoEstatístiCaintErnaCionaldEdoEnçasEproblEMasrElaCionadosàsaúdE(Cid-10)

• E03.0Hipotireoidismocongênitocombóciodifuso• E03.1Hipotireoidismocongênitosembócio

4 DIAGNÓSTICO

4.1CLÍNICOOhipotireoidismocongênitopodeapresentar-secomhipotoniamuscular,dificuldaderespiratória,cianose,

icteríciaprolongada,constipação,hipotermia,bradicardia,anemia,sonolênciaexcessiva,livedoreticularis,chororouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanelas,mixedema, sopro cardíaco,macroglossia, dificuldade naalimentação, deficiente crescimento ponderoestatural, atraso na dentição, retardo namaturação óssea, pelesecaesemelasticidade,atrasodedesenvolvimentoneuropsicomotoreretardomental.

Asmanifestaçõesclínicassão,emsuamaioria, tardias,devendoodiagnósticoprecoceserrealizadoatravésdetriagemneonatal.

4.2LABORATORIALTriagemneonatalérealizada,conformeaPortariaGM/MSno822,de06dejunhode2001,pormeiode:• medidadeTSHemamostradesanguecolhidaempapelfiltro(testedopezinho),seguidademedidade

T4(totaloulivre)emamostradesoroquandoTSHfor>20mUI/lporradioimunoensaioou>15mUI/lporensaiosimunométricos.OsníveisdeTSHdecriançasnãoafetadassãomaisaltosduranteosprimeiros3diasapósonascimento(podendo,nesseperíodo,gerardiagnósticosfalso-positivos),normalizando-seapóso4odiadevida;

• medidadeT4emamostradepapelfiltro(quedeveráapresentarvalor>6mg/dl),seguidademedidadeTSHquandoovalordeT4forbaixo.

NoProgramadeTriagemNeonatal,osresultadosderastreamentopositivosdevemsempreserseguidosde dosagemdeT4 (total ou livre) e deTSHemamostra de sangue venoso, obtida comamaior brevidadepossível,paraconfirmaçãodiagnóstica.Arealizaçãodosexamesnestasequênciapermiteadetecçãodamaioriadoscasos.EstudorecentesugerequeautilizaçãodopontodecortedeTSHde10mUI/lnotestedopezinhoaumentasensivelmenteaidentificaçãodepacientescomhipotireoidismocongênito7.

Paraquesejadeterminadaaetiologiadohipotireoidismo,quenamaioriadasvezes(emtornode90%)éprimário,estáindicadaarealizaçãodeexamesdeultrassonografiaoucintilografiadatireoide6.Arealizaçãodestes exames não deve retardar o início da terapia de reposição hormonal.A determinação da causa dohipotireoidismodeveserpostergadaparaapósos3anosdevidadacriançaquandoasuspensãodalevotiroxinapode ser feita e a investigação complementada.Nos casosmais raros, de hipotireoidismo central (etiologiasecundáriaouterciária),avaliaçãocomtestefuncionaldeestímulocomTRHpodesernecessária.Recentemente,alguns estudos avaliaram a utilização deTSH recombinante humano (TSHrh) na investigação etiológica dohipotireoidismocongênito8,9.Entretanto, opequenonúmerodepacientesavaliadoseaausênciade critériosdefinidosaindasãolimitantesparaautilizaçãodofármaconapráticaclínica.

5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃOSerãoincluídosnesteprotocolodetratamentoospacientesqueapresentaremdiagnósticodehipotireoidismo

congênitoconfirmadoporexameslaboratoriais(TSH>15mUI/leT4totaloulivrenormaisoubaixos).

6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃOSerãoexcluídosdesteprotocolodetratamentoospacientescomTSHnormalecomT4totalabaixodovalor

dereferênciaqueapresentaremvaloresdeproteínacarreadoradehormôniostireoidianos(TBG-thyroxine binding

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Hipotireoidismo Congênito

globulin)abaixodovalordereferência,oquesignificaumresultadofalso-positivodehipotireoidismo(areduçãodeTBGlevaadosagensbaixasdeT4totalnosoro.Nestescasos,odiagnósticodeveserconfirmadoatravésdadosagemdeT4livre),eospacientescomintolerânciaaousodomedicamento.

7 CENTRO DE REFERÊNCIAConformedefinidonaPortariaGM/MSno822,osServiçosdeReferênciaemTriagemNeonatal

Acompanhamento eTratamento deDoençasCongênitasTipo I, II ou III– grupo em que se incluiohipotireoidismocongênito–sãoosresponsáveispela triagemdospacientesassimcomoporseutratamentoeacompanhamento.

8 TRATAMENTOOhipotireoidismocongênitoéumadasprincipaiscausaspreveníveisderetardomental.Mesmo

quando diagnosticado precocemente, se não tratado e acompanhado de forma adequada, podemocorrercomplicaçõesirreversíveis,comoprejuízosnodesenvolvimentomentalenocrescimento.

Ensaio clínico sobre hipotireoidismo congênito, avaliando como desfecho desenvolvimentomentalepsicomotor(atravésdotestedeBayley,aos10eaos30mesesdevida),comparoutratamentodehipotireoidismocongênitoprecoce(antesdos13diasdevida)outardio(depoisdos13diasdevida)comautilizaçãodedoseelevada(>9,5µg/kg/dia)oubaixa(<9,5µg/kg/dia)delevotiroxina,formando,assim,4gruposcomparativos10.Oestudodemonstrouque,empacientescomhipotireoidismocongênitograve,apenasotratamentoprecocecomdoseselevadasdelevotiroxinaresultouemdesenvolvimentomentalepsicomotornormais10.Empacientescomhipotireoidismoleve,apenasogrupocomtratamentotardio e com dose baixa de levotiroxina não apresentou escores de desenvolvimento mental epsicomotoresnormais10.Oestudosugerequeainstituiçãoprecoceecomdoseelevadadelevotiroxinapareceserotratamentomaisadequadoparapacientescomhipotireoidismocongênito11.

8.1 FÁRMACOLevotiroxina:comprimidosde25,50e100µg

8.2 ESQUEMA DE ADMINISTRAÇÃOCom boa absorção por via oral e meia-vida de aproximadamente 7 dias, a levotiroxina é

administradaemdoseúnicadiária.Atéomomento,nãofoidemonstradaqualquervantagemdaadiçãodeT3aotratamentocomlevotiroxinanohipotireoidismocongênito12.

Adosedelevotiroxinavariadeacordocomaidadeeopesocorporaldopaciente6,13.Criançasmais jovens necessitam de doses maiores do que crianças maiores e adultos. Em neonatos, otratamentoiniciacomdosesde10-15µg/kg/dia6.Otratamentoinicialdohipotireoidismocongênito,comdoseselevadasdelevotiroxina(aproximadamente50mg/diaparaneonatos)proporcionanormalizaçãorápidadafunçãotireoidiana,semacarretarriscoparaospacientes14,15.Adosedofármacodeveserajustadaperiodicamentedeacordocomoscontroleslaboratoriais(veritemMonitorização)6.AsdosesdereposiçãoestãoindicadasnaTabela1.

tabela1-dosesdereposiçãodelevotiroxinaIdade Dose(µg/kg/dia)

0-28dias 10-151-6meses 7-107-11meses 6-81-5anos 4-66-12anos 3-513-20anos 3-4

Adultos 1-2

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Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

8.3 TEMPO DE TRATAMENTOO tratamento deve sermantido por toda a vida. Nos casos em que há suspeita de hipotireoidismo

neonataltransitório,apósos3anosdeidadeotratamentopodesersuspensoporumcurtoperíododetempocomoobjetivodereavaliarafunçãotireoidiana.

8.4 BENEFÍCIOS ESPERADOSOtratamentodohipotireoidismocongênitolevaàrecuperaçãodoganhoponderoestaturalemelhorado

desenvolvimentoneuropsicomotor6.Osbenefíciossãomaioresquandootratamentoéiniciadoprecocementeecomdosesadequadasdelevotiroxina10.

9 MONITORIZAÇÃOOacompanhamentodospacientesdeveincluiravaliaçãoclínicadodesenvolvimentoponderoestaturale

neuropsicomotorecontrolelaboratorialdafunçãotireoidiana.Otratamentoémonitorizadolaboratorialmentepormeiodadeterminaçãodasconcentraçõesplasmáticas

deTSH.Seuobjetivoéassegurarcrescimentoedesenvolvimentoadequados,mantendoosvaloresdeTSHdentrodosvaloresdereferência(idealmenteentre0,5-2,0mUl/l).

Afrequênciadamonitorizaçãodeveserbaseadaemdadosclínicoselaboratoriais,conformeosugeridonaTabela26.

tabela2-Monitorizaçãolaboratorial2a4semanasapósiniciartratamentocomlevotiroxinaAcada1-2mesesnosprimeiros6mesesdevidaAcada3-4mesesdos6mesesaos3anosdevidaAcada6-12mesesapósos6anosdevidaEm4semanasapósqualquermudançanadose

10 ACOMPANHAMENTO PÓS-TRATAMENTOOtratamentodevesercontínuoaolongodavida,comintervaloentreconsultas,levandoemconsideração

osdadosclínicosearealizaçãodeexameslaboratoriais,conformesugeridonoitemMonitorização.

11 REGULAÇÃO/CONTROLE/AVALIAÇÃO PELO GESTORDevem ser observados os critérios de inclusão e exclusão de pacientes neste protocolo, a duração

eamonitorizaçãodo tratamento,bemcomoaverificaçãoperiódicadasdosesprescritasedispensadas,eaadequaçãodeusodomedicamento.

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Skordis N, Toumba M, Savva SC, Erakleous E, Topouzi M, Vogazianos M, et al. High prevalence of congenital

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3. deCarvalhoTM,dosSantosHP,dosSantosIC,VargasPR,PedrosaJ.Newbornscreening:anationalpublichealthprogrammeinBrazil.JInheritMetabDis.2007;30(4):615.Epub2007Aug10.

4. DevosH,RoddC,GagnéN,LaframboiseR,VanVlietG.Asearchforthepossiblemolecularmechanismsofthyroiddysgenesis:sexratiosandassociatedmalformations.JClinEndocrinolMetab.1999;84(7):2502-6.

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7. CorbettaC,WeberG,CortinovisF,CalebiroD,PassoniA,VigoneMC,etal.A7-yearexperiencewithlowbloodTSHcutoff levels forneonatalscreening revealsanunsuspected frequencyofcongenitalhypothyroidism.ClinEndocrinol(Oxf).2009;71(5):739-45.Epub2009May28.

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Hipotireoidismo Congênito

8. Fugazzola L, Persani L, VannucchiG, CarlettoM,MannavolaD, VigoneMC, et al. Thyroid scintigraphyandperchlorate testafter recombinanthumanTSH:anew tool for thedifferentialdiagnosisofcongenitalhypothyroidismduringinfancy.EurJNuclMedMolImaging.2007;34(9):1498-503.Epub2007Feb22.

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10. Bongers-Schokking JJ, Koot HM,Wiersma D, Verkerk PH, deMuinck Keizer-Schrama SM. Influence oftiminganddoseofthyroidhormonereplacementondevelopmentininfantswithcongenitalhypothyroidism.JPediatr.2000;136(3):292-7.

11. FisherDA.TheimportanceofearlymanagementinoptimizingIQininfantswithcongenitalhypothyroidism.JPediatr.2000;136(3):273-4.

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13. GrutersA,KrudeH.Updateon themanagementofcongenitalhypothyroidism.HormRes.2007;68(Suppl5):107-11.Epub2007Dec10.

14. JonesJH,GellénB,PatersonWF,BeatonS,DonaldsonMD.EffectofhighversuslowinitialdosesofL-thyroxinefor congenital hypothyroidismon thyroid functionand somatic growth.ArchDisChild. 2008;93(11):940-4.Epub2008May2.

15. OerbeckB,SundetK,KaseBF,HeyerdahlS.Congenitalhypothyroidism:noadverseeffectsofhighdosethyroxinetreatmentonadultmemory,attention,andbehaviour.ArchDisChild.2005;90(2):132-7.

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fluxogramadetratamentoHipotireoidismoCongênito

Paciente com diagnóstico de hipotireoidismo congênito

Possui critérios de inclusão para

tratamento com levotiroxina?

Exclusão do PCDT

Possui algum critério de exclusão?

Não Sim

Exclusão do PCDT

Sim Não

Manter o esquema de tratamento. Avaliar TSH regularmente.

Houve resposta terapêutica?Sim Não

Critérios de inclusão: ✓ TSH > 15 mUI/l✓ T4 total ou T4 livre normais ou

baixos, de acordo com os valores de referência do método

Critérios de exclusão:✓ TSH normal com T4 total baixo e✓ thyroxine binding globulin (TBG) baixa – neste caso o

diagnóstico deve ser confirmado com dosagem de T4 livre

✓ intolerância ao uso do medicamento

Tratamento com levotiroxina

Apresentou TSH dentro do valor de referência?

Sim

Revisar a adesão ao tratamento e, se

necessário, ajustar a dose de levotiroxina.

NãoMonitorização: (TSH):✓ 2 a 4 semanas após iniciar o tratamento✓ a cada 1-2 meses nos primeiros 6

meses de vida✓ a cada 3-4 meses dos 6 meses aos

3 anos de vida✓ a cada 6-12 meses após os 3 anos

de vida✓ em 4 semanas após qualquer

mudança na dose✓ avaliação clínica do desenvolvimento ponderoestatural

e neuropsicomotor

Diagnóstico: clínico, laboratorial

Dose de acordo com a idade:0 - 28 dias: 10 - 15 µg/kg/dia1 - 6 meses: 7 - 10 µg/kg/dia7 - 11 meses: 6 - 8 µg/kg/dia1 - 5 anos: 4 - 6 µg/kg/dia6 - 12 anos: 3 - 5 µg/kg/dia13 - 20 anos: 3 - 4 µg/kg/diaAdultos: 1 - 2 µg/kg/dia

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Hipotireoidismo Congênito

fluxogramadedispensaçãodelevotiroxinaHipotireoidismoCongênito

Cuidador solicita o medicamento.

Possui receita médica atual e a dose está de acordo com PCDT?

Orientar o cuidador.

Não Sim

Realizar entrevista farmacoterapêutica inicial

com o farmacêutico.

Orientar o cuidador.

Dispensação a cada mês de tratamento

Entrevista farmacoterapêutica de monitorização

Paciente apresentou alteração do TSH que necessite modificar a dose

do medicamento ou eventos adversos significativos?

Dispensar e solicitar parecer do médico assistente.

Dispensar.

Sim Não

Dose de acordo com a idade:0 - 28 dias: 10 - 15 µg/kg/dia1 - 6 meses: 7 - 10 µg/kg/dia7 - 11 meses: 6 - 8 µg/kg/dia1 - 5 anos: 4 - 6 µg/kg/dia6 - 12 anos: 3 - 5 µg/kg/dia13 - 20 anos: 3 - 4 µg/kg/diaAdultos: 1 - 2 µg/kg/dia

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Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

fichafarmacoterapêuticaHipotireoidismoCongênito

1DADOS DO PACIENTENome:___________________________________________________________________________________Cartão Nacional de Saúde:_____________________________ RG:_________________________________Nomedocuidador:_________________________________________________________________________Cartão Nacional de Saúde:_____________________________ RG:_________________________________Sexo:oMasculinooFemininoDN:_____/_____/______Idade:______Peso:_______Altura:_______________Endereço:________________________________________________________________________________Telefones:________________________________________________________________________________Médicoassistente:__________________________________________________CRM:___________________Telefones:________________________________________________________________________________

2AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA 2.1 Podeamãedopacientetersidoexpostaduranteagravidezaiodetos,afármacosantitireiodianosouaiodo

radioativo?onãoosimgPossibilidadedehipotireoidismocongênitotransitório(otratamentodeveserrealizadoatéos4anos

deidade)

2.2 FoifeitodiagnósticoatravésdeProgramaNacionaldeTriagemNeonatal(testedopezinho)?onãogComqueidadefoidiagnosticado?__________________________________________________osim

2.3 Possuioutrasdoençasdiagnosticadas?onãoosimgQuais?______________________________________________________________________

2.4 Fazusodeoutrosmedicamentos?onãoosimgQuais?Nomecomercial Nomegenérico Dosetotal/diaevia Datadeinício Prescrito

onãoosimonãoosimonãoosim

3MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTOavaliaçãoponderoestaturaleControledafunçãotireoidiana

1omês

2omês

3omês

4omês

5omês

6omês

7omês

8omês

9omês

10omês

11omês

12omês

DataIdadePesoAlturaTSH**periodicidade:4semanasapósoiníciodotratamento;acada1-2mesesnos6primeirosmesesdevida;acada3-4mesesdos6mesesaos3anosdevida;acada6-12mesesapósos6anosdevida;em4semanasapósqualquermudançadedose

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Hipotireoidismo Congênito

3.1 Apresentoualgumadoençanodecorrerdotratamento?nãosimgQuais?Data?____________________________________________________

3.2 Começouafazerusodealgummedicamento?onãoosimgQuais?Nomecomercial Nomegenérico Dosetotal/diaevia Datadeinício Prescrito

onãoosimonãoosimonãoosimonãoosim

3.3 Apresentousintomasqueindiquemeventosadversos?(preencherTabeladeRegistrodeEventosAdversos)nãogDispensarsimgPassarparaapergunta3.4

3.4 Necessitadeavaliaçãodomédicoassistentecomrelaçãoaoeventoadverso?nãogDispensarsimgDispensareencaminharcartaaomédicoassistente

TABELA DE REGISTRO DE EVENTOS ADVERSOS

Datadaentrevista Eventoadverso *Intensidade ♠Conduta

principaisreaçõesadversasjárelatadas:sintomasdehipertireoidismo-alteraçãodoapetite,diarreia,irregularidadedosbatimentoscardíacos,febre,tremores,dordecabeça,irritabilidade,nervosismo,dornaspernas,ansiedade,sensibilidadeaocalor,respiraçãocurta,sudorese,problemasnosono,vômitos,perdadepeso;sintomasdehipotireoidismo-alteraçõesdociclomenstrual,frio,constipação,dordecabeça,dormuscular,sono,cansaço,fraqueza,ganhodepeso,peleseca,outros*intensidade:(L)leve;(M)moderada;(A)acentuada♠Condutadocuidadorpararesoluçãodoeventoapresentado

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Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

TABELA DE REGISTRO DA DISPENSAÇÃO

1omês 2omês 3omês 4omês 5omês 6omêsDataNomecomercialLote/ValidadeQuantidadedispensadaPróximadispensação:(Necessitadeparecermédico:sim/não)Farmacêutico/CRFObservações

7omês 8omês 9omês 10omês 11omês 12omêsDataNomecomercialLote/ValidadeQuantidadedispensadaPróximadispensação:(Necessitadeparecermédico:sim/não)Farmacêutico/CRFObservações

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Hip

otir

eoid

ism

o C

ongê

nito

Hipotireoidismo Congênito

Guiadeorientaçãoaopacientelevotiroxina

EstE é um guia sobrE o mEdicamEnto quE você Está rEcEbEndo gratuitamEntE pElo sus.sEguindo suas oriEntaçõEs, você tErá mais chancE dE sE bEnEficiar com o tratamEnto.

o mEdicamEnto é utilizado no tratamEnto dE HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO.

1DOENÇA• Éumadoençaquepodeserdescobertaaonascer.Quandonãotratadalogodeinícioocorre

retardomentalefísico.

2MEDICAMENTO• Este medicamento garante o desenvolvimento normal da criança. Quanto mais cedo for

descobertaadoençaeiniciadootratamento,melhorseráoresultado.

3 GUARDA DO MEDICAMENTO• Guarde o medicamento protegido do calor, ou seja, evite lugares onde exista variação de

temperatura(cozinhaebanheiro).• Conserveoscomprimidosnaembalagemoriginal.

4 ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO• Ocomprimidodeveser ingeridodeestômagovazio,depreferênciapelamanhãenomesmo

horário.• Nãodêparaacriançanemmaisnemmenoscomprimidos,observeaquantidadeprescritapelo

médico.• Paraascriançasmuitopequenasoucomdificuldadedeengolir,ocomprimidopodesertriturado

edissolvidoempequenaquantidadedeáguaeatémesmomisturadocomalimentos.Nãoguardeomedicamentodissolvidoparaodiaseguinte.

5REAÇÕES DESAGRADÁVEIS• Apesar dos benefícios que o medicamento pode trazer, é possível que apareçam algumas

reaçõesdesagradáveis,taiscomodordecabeça,febre,suores,emagrecimento,irritabilidade,dornopeito,palpitação,insônia.

• Seobservarqueacriançaapresentoualgumdestesououtrossinais/sintomas,comunique-secomomédicooufarmacêutico.

• Maiores informações sobre reações adversas constam no Termo de Esclarecimento eResponsabilidade,documentoassinadoporvocêoupeloresponsávellegalepelomédico.

6USO DE OUTROS MEDICAMENTOS• Nãodêoutrosmedicamentosàcriançasemoconhecimentodomédicoouorientaçãodeum

profissionaldesaúde.Podeserperigosoàsaúde.

7REALIZAÇÃO DOS EXAMES DE LABORATÓRIO• A realização dos exames garante uma correta avaliação sobre a ação do medicamento no

organismo.Emalgunscasos,podesernecessárioajustaradoseouatésuspenderotratamento.

8OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES• Nãoindiqueouforneçaomedicamentoparaqualqueroutrapessoa.• Se fornecessáriaalgumacirurgia,comuniqueaomédico,poispodeserprecisomudançade

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Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

dosedomedicamentooususpensãodotratamento.• Paramelhorcontroledadoençaedotratamento,recomenda-sequesejamfeitasasdosagensdeTSH.

9PARA SEGUIR RECEBENDO O MEDICAMENTO• Retorneàfarmáciaacadamês,comosseguintesdocumentos:

- Receitamédicaatual- CartãoNacionaldeSaúdeouRG

10 EM CASO DE DÚVIDA• Sevocêtiverqualquerdúvidaquenãoestejaesclarecidanesteguia,antesdetomarqualqueratitude,

procureorientaçãocomomédicooufarmacêuticodoSUS.

11OUTRAS INFORMAÇÕES

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sE, por algum motivo, o mEdicamEnto não for utilizado,dEvolva-o à farmácia do sus.

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Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

Mauro Medeiros Borges MédicoHospital Alemão Oswaldo Cruz

Paulo Dornelles PiconMédicoConsultor do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Priscila Gebrim LoulyFarmacêuticaMinistério da Saúde

Rafael Selbach Scheffel MédicoConsultor do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Ricardo de March RonsoniFarmacêutico BioquímicoMinistério da Saúde

Roberto Eduardo SchneidersFarmacêutico BioquímicoMinistério da Saúde

Rodrigo Fernandes AlexandreFarmacêuticoMinistério da Saúde

Rodrigo Machado MundimFarmacêutico BioquímicoMinistério da Saúde

Vanessa Bruni Vilela BitencourtFarmacêutica BioquímicaMinistério da Saúde

Vania Cristina Canuto SantosEconomistaMinistério da Saúde

Ana Claudia Sayeg Freire Murahovschi Fisioterapeuta Ministério da Saúde

Bárbara Corrêa KrugFarmacêuticaConsultora do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques MédicoMinistério da Saúde

Guilherme GeibMédicoConsultor do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

José Miguel do Nascimento JúniorFarmacêuticoMinistério da Saúde

José Miguel DoraMédicoConsultor do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Karine Medeiros AmaralFarmacêuticaConsultora do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Liliana Rodrigues do AmaralEnfermeiraHospital Alemão Oswaldo Cruz

Luana Regina Mendonça de AraújoFarmacêuticaMinistério da Saúde

Maria Inez Pordeus GadelhaMédicaMinistério da Saúde

Mariama Gaspar FalcãoFarmacêuticaMinistério da Saúde

GRUPO TÉCNICO