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COLÉGIO ESTADUAL DOM BOSCO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Campo Mourão/Pr Dezembro/2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · O Projeto Político Pedagógico é um documento construído no coletivo, sua construção está muito bem definida pela educadora Izabel

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COLÉGIO ESTADUAL DOM BOSCO

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Campo Mourão/Pr

Dezembro/2010

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SumárioAPRESENTAÇÃO.....................................................................................................................41 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................5

1.1 Identificação.....................................................................................................................61.1.1 Atos Oficiais.............................................................................................................61.1.2 Atos Oficiais do Quadro Administrativo..................................................................7

1.2 Histórico ..........................................................................................................................71.2.1 Patrono......................................................................................................................71.2.2 Inventário da escola..................................................................................................71.3.1 Instalações................................................................................................................81.3.1.1 Salas de aula..........................................................................................................8

Distribuição das turmas .........................................................................................................91.6 Qualificação dos profissionais........................................................................................101.7 Diagnóstico sócio-econômico da comunidade...............................................................12

1.7.1 Caracterização da população..................................................................................122. OBJETIVOS ........................................................................................................................53

2.1 Objetivo geral.................................................................................................................532.2 Objetivos específicos......................................................................................................53

3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR..............................................554. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.............................................................565. ATO SITUACIONAL...........................................................................................................59

5.1 Descrição da realidade brasileira, do estado, do município e da escola.........................615.2 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente: reflexão teórico-prática...................................................................................................................................65

6. MARCO CONCEITUAL.....................................................................................................686.1 Concepção de sociedade.................................................................................................686.2 Concepção de homem....................................................................................................696.3 Concepção de cidadania.................................................................................................706.4 Concepção de educação..................................................................................................716.5 Concepção de conhecimento..........................................................................................716.6 Concepção de escola......................................................................................................736.7 Concepção de Tecnologia .............................................................................................736.8 Concepção de ensino-aprendizagem..............................................................................746.9 Concepção de avaliação.................................................................................................766.10 Critérios de organização interna da escola...................................................................776.11 Princípios da Gestão Democrática...............................................................................786.12 Capacitação continuada de educadores........................................................................806.13 Qualidade do ensino e aprendizagem...........................................................................816.14 O currículo da escola pública.......................................................................................826.15 Dinâmica do currículo.................................................................................................846.16 Reflexão sobre trabalho pedagógico............................................................................856.17 Princípios curriculares..................................................................................................866.18 Trabalho coletivo..........................................................................................................886.19 Prática transformadora.................................................................................................896.20 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico...................................91

7. MARCO OPERACIONAL...................................................................................................947.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico.......................................947.2 Concepção de gestão......................................................................................................957.3 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto................................................100

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7.4 Critérios para elaboração do calendário escolar...........................................................1017.5 Critérios para organização e utilização dos espaços educativos..................................1027.6 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor e razão por especificidades....................................................................................................................1037.7 Intenção de acompanhamento dos alunos que evadiram à escola................................1047.8 Diretrizes para a avaliação de desempenho do pessoal docente e não-docente; do currículo, das atividades extracurriculares e do Projeto Político Pedagógico....................105

7.8.1 Avaliação institucional.........................................................................................1057.9 Práticas avaliativas.......................................................................................................125

9. PROJETOS.........................................................................................................................145REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................147

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico é um documento construído no coletivo, sua construção está

muito bem definida pela educadora Izabel Alice Lelis,

Esse coletivo, contudo, deve ser entendido tanto no sentido mais amplo dos movimentos da categoria, como no sentido da escola enquanto “locus” por excelência do trabalho pedagógico. Chamo a atenção para esse aspecto, porque è a escola o espaço que possibilita o encontro sistemático de seus membros para a discussão e reflexão dos problemas e dificuldades que cada um enfrenta no seu cotidiano. As grandes transformações sociais e os desafios enfrentados pela sociedade atual são decorrentes de práticas do passado, nem sempre relacionadas ao respeito com o ser humano e muito menos para a construção de sua dignidade enquanto cidadão, tais posturas conduziram à necessidade de resgatar os valores morais, fazendo com que a própria escola assuma uma posição muito forte quanto o direcionamento do indivíduo que deseja formar.

Diante deste contexto, cabe à instituição educacional questionar e reorientar o processo

formativo de seus educandos, adequando sua estrutura e também a prática às novas exigências

sociais, através de debates que iniciaram nos grupos de estudos de formação descentralizada

dos profissionais da educação e pelo levantamento do perfil sócio-econômico da comunidade,

definindo assim quais serão as práticas pedagógicas a serem utilizadas para garantir uma

formação direcionada para os valores estabelecidos por esta realidade. Para tanto é necessário

que haja um referencial de base para formalizar e orientar os caminhos a serem percorridos, e

que ao mesmo tempo sirva de “norte” para a adequação da prática pedagógica.

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1 INTRODUÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico nasceu da exigência legal da implantação da nova Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n 9.394/96 (LDBEN). O teor da presente Lei tem

por escopo a autonomia da comunidade escolar em definir sua identidade e o conjunto

orientador de princípios e normas que iluminem a ação pedagógica cotidiana. Além, de

atender a Lei Complementar n 077/77-Estatuto do Magistério, a Deliberação n 14/ 99 – CEE,

a Deliberação n 16/ 99 – CEE e as Diretrizes Curriculares Estaduais.

Reconhecendo que um Estabelecimento de Ensino tem o seu papel na transformação da

sociedade, sendo também considerado agente de transformação, o projeto propõe dinamizar a

realidade escolar através de um trabalho educacional que possibilite a formação do homem

crítico, com visão clara de mundo, isto é, que passe do senso comum à consciência filosófica.

Capaz de conquistar o acesso ao conhecimento que o instrumentalize de forma a poder

inserir-se no mundo do trabalho e garantir a continuidade de seus estudos.

O Projeto Pedagógico serve para direcionar e dar indicações necessárias à organização do

trabalho pedagógico. A intenção, portanto, é conduzir ações sistemáticas de contínua reflexão

sobre processos da educação e revisão permanente dos objetivos pretendidos e das práticas em

desenvolvimento.

O compromisso educacional deste Estabelecimento de Ensino está vinculado com a

apropriação do conhecimento e a formação do cidadão (ã). Este pressuposto exige uma

reflexão sistemática sobre a prática pedagógica e possibilita compreendê-la nas suas

profundas relações, contribuindo para que o desempenho na condução do processo de ensino

e de aprendizagem tenha uma direção mais segura com base na explicitação da realidade.

O processo para a compreensão da realidade humana, base de toda organização curricular,

demanda da permanente reflexão sobre questões essenciais do cotidiano escolar: como que o

projeto político pedagógico deve ser tomado hoje no interior da nossa escola e ser capaz de

responder ao projeto de superação das atuais condições de vida dos alunos que nela vivem?

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Que compreensão devemos ter da realidade para propor um paradigma de currículo que tenha

significação enquanto proposta de mudança da comunidade escolar na direção da

consolidação dos princípios democráticos que devem orientar uma sociedade moderna?

1.1 Identificação

Colégio Estadual Dom Bosco Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

Rua Duque de Caxias, nº 938, Cep. 87.305-120. Campo Mourão – Paraná

Telefone e Fax (0_ _ 44) 3524.1061

Núcleo Regional de Ensino de Campo Mourão – 05

1.1.1 Atos Oficiais

Autorização De Funcionamento do Estabelecimento: DEC. 1377/75 D. O .E DE

30/12/75.

Reconhecimento Do Estabelecimento: RES. 788/82 D.O .E 26/03/82.

Reconhecimento Do Curso - Ensino Médio - RES. 867/85 D.O.E 27/03/85.

Ato De Renovação De Reconhecimento De Curso – Ensino Médio:RES. 2745/02

D.O .E 08/08/92.

Reconhecimento Do Curso Ensino Fundamental:788/82 D.O.E 26/03/82.

Ato De Renovação De Reconhecimento Do Curso: RES. 2727/02 D. O .E. 09/08/02.

Autorização de Funcionamento: Curso Técnico em Secretariado Subsequente – RES.

572/2006 - D.O.E 17/03/2006.

Autorização de Funcionamento: Curso Técnico em Informática, Integrado e

Subseqüente.

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1.1.2 Atos Oficiais do Quadro Administrativo

Diretor Geral: Claudia Regina Silva da Eira – RES - 5909/2008 DOE 24/12/08

Diretor Auxiliar: Hérico Fernando Maião - RES – 5909/2008 DOE 24///12/08

Secretária Geral: Vera Lúcia dos Santos Jandrey – PORT. 20/2009 DOE 21/01/2009

1.2 Histórico

1.2.1 Patrono

GIOVANE MELCHIOR BOSCO nasceu em 16 de agosto de 1815 em Becchi, perto de

Turim, norte da Itália. Aos 26 anos tornou-se padre da Igreja Católica onde revolucionou o

seu tempo com a dedicação que dispensava à educação dos jovens ficando conhecido como

“Dom Bosco”. Fundou uma congregação onde perpetuou sua obra.

1.2.2 Inventário da escola

Colégio Estadual Dom Bosco – Ensino Fundamental e Médio, localizado à Rua Duque de

Caxias, 938, fone (fax) (044) 3524-1061, Bairro Lar Paraná, Município de Campo Mourão,

tendo como Entidade Mantenedora o Governo do Estado do Paraná. Foi criado em 10/10/61

pelo Decreto nº 4.299 com a denominação de Grupo Escolar Dom Bosco. Em 1975 foi

autorizado seu funcionamento através do Decreto 1377/75 de 23/12/75 com o nome de Escola

Dom Bosco – Ensino de 1º Grau e o reconhecimento do curso veio com a Resolução nº

788/82 de 17/03/82. Em 1983 a SEED autorizou o Curso de 2º grau através da Resolução nº

940 de 14/03/83, tendo sido reconhecido através da Resolução nº 867/85 de 27/03/85

denominando-se Colégio Estadual Dom Bosco – Ensino de 1º e 2º grau. De acordo com a

Resolução 3120/98 de 31/08/98 houve mudança de nomenclatura, passando a denominar-se

Colégio Estadual Dom Bosco – Ensino Fundamental e Médio; No ano de 2005, foi iniciado as

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atividades da Educação Profissional, a qual obteve autorização de funcionamento para o

CURSO TÉCNICO EM SECRETARIADO SUBSEQUENTE pela Resolução 572/2006

D.O.E. em 17/03/2006, alterando também a denominação do Estabelecimento para Colégio

Estadual Dom Bosco. Ensino Fundamental, Médio e Profissional, estando em andamento o

processo de reconhecimento do curso.

No período letivo de 2009, foi solicitado a autorização de funcionamento do curso Técnico

em Informática, nas modalidades Integrada e Subseqüente, em 2010 iniciou o funcionamento

do mesmo.

1.3 Espaço físico

1.3.1 Instalações

1.3.1.1 Salas de aula

Salas de Aula Área (M²) Nº Alunos Finalidade

07 Salas 54 40 Aulas Teóricas

06 Salas 44 40 Aulas Teóricas

01 Sala 54 25 Programa Viva Escola

01 Sala 54 30 CELEM e Sala de Recursos

1.3.1.2 Laboratórios

01 Informática / SEED

01 Informática Proinfo / MEC

01 Ciências Físicas e Biológicas

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Distribuição das turmas

A distribuição será apresentada de acordo com os períodos de funcionamento do

Estabelecimento de Ensino.

Matutino

Ensino Série Nº de Turmas

Nº de Alunos

Ensino Fundamental

7ª8ª

0204

66128

Ensino Médio

1º 03 75

2º 02 62

3º 01 29

Técnico em Informática Integrado

1º 01 29

Sala de Apoio

De 5ª série

01 20 por disciplina (Ling. Portuguesa e Matemática)

Sala de Recursos

Atende em especial os alunos do Ensino fundamental com dificuldades de aprendizagem – média de 20 alunos são atendidos.

Vespertino

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Ensino Série Nº de Turmas

Nº de Alunos

Ensino Fundamental

5ª 06 184

6ª 05 153

7ª 02 58

CELEM 1º 01 34

Noturno

Ensino Série Nº de Turmas

Nº de Alunos

Ensino

Médio

1º 01 42

2º 01 58

3º 02 61

Técnico em

Secretariado

Subsequente

(semestral)

1º 02 85

2º 01 22

Técnico em Informática Subseqüente(semestral)

1º 01 39

2º 02 38

1.6 Qualificação dos profissionais

TABELA DE QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES

Escolaridade Quantidade

GRADUAÇÃO C/ LICENCIATURA 36

GRADUAÇÃO S/ LICENCIATURA 06

PÓS-GRADUAÇÃO 36TABELA DE QUALIFICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS E EQUIPE PEDAGÓGICA

Escolaridade Quantidade

1ª/4ª SÉRIE 04

5ª/8ª SÉRIE 07

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ENSINO MÉDIO 07

MAGISTÉRIO 01

GRADUAÇÃO C/ LICENCIATURA 08

GRADUAÇÃO S/ LICENCIATURA 01

PÓS-GRADUAÇÃO 05

TOTAL 33

TABELA DE VÍNCULO DOS PROFESSORES

Vínculo Quant.

QPM: Padrão da Escola 26

QPM: Padrão do Município 02

SC02 10

PSS 06

TOTAL 39

TABELA DE VÍNCULO DO QUADRO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

E PEDAGÓGICO

Vínculo Quant.

QPM: Padrão da Escola 26

QPPE 14

PEAD 03

CLAD 01

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1.7 Diagnóstico sócio-econômico da comunidade

1.7.1 Caracterização da população

O Colégio Estadual Dom Bosco. Ensino Fundamental e Médio atende a uma população de

nível sócio econômico média/baixo com predominância em seu trabalho da classe autônoma:

metalúrgico, motorista, pedreiro, mecânico, catadores de papel, diaristas, costureiras,

cabeleireiras ou de empregos instáveis.

O baixo poder aquisitivo da maioria das famílias, juntamente com o alto nível de desemprego

no país e no município, seguido de famílias numerosas, desenvolve um elevado grau de

descrença íntima motivando a inconstância e desmotivação da permanência dos educandos na

escola. Fato este que ocorre devido à maioria destes terem que ajudar no orçamento

doméstico, mesmo que com trabalhos pequenos de pouco rendimento, que, às vezes, torna-se

a única fonte de renda da família. Quando nesta situação aceitam atividades profissionais sem

vínculo empregatício no horário oposto de seus estudos contribuindo assim, para a elevação

do número de evasão escolar e repetência, acarretando prejuízo e desânimo no avanço da

aquisição do saber.

Nesta perspectiva a socialização do saber deverá superar os problemas sociais, alertando os

responsáveis quanto à importância e o compromisso em relação à participação e

acompanhamento escolar do educando, pois a função social da escola no contexto

contemporâneo é contribuir para a formação do cidadão crítico que seja capaz de refletir, de

agir e de criar outras formas de produção da vida, dar continuidade aos seus estudos e

ingressar no mundo do trabalho.

Dentro deste perfil social, se encaixam também aquelas pessoas que já concluíram o Ensino

Médio e que por fatores sociais e econômicos não conseguiram dar continuidade aos seus

estudos em nível superior e muito menos ter acesso à qualificação profissional para entrar no

mercado de trabalho. Pensando neste público, no ano de 2004, o Colégio Estadual Dom

Bosco fez uma solicitação junto a SEED (Secretaria de Estado da Educação) para a

implantação de uma nova modalidade de Ensino, que foi autorizada, pela Resolução 572/06

D.O.E 17/03/2006 , estando em andamento o processo de Reconhecimento do curso. O novo

Curso tem a finalidade de atender este público e também a necessidade do comércio local. O

Curso Técnico em Secretariado Subseqüente foi implantado no período noturno, trazendo

novas expectativas e esperanças profissionais para a comunidade e em 2010 foi autorizado o

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funcionamentos do Curso Técnico em Informática nas modalidades Integrado matutino e

Subseqüente para o período noturno. É importante salientar que os cursos atendem não só aos

moradores do bairro, como também de cidades vizinhas. O regresso às salas de aulas, com

conteúdo específico voltado para a prática profissional reverte à estatística levantada no

período diurno, quanto à assiduidade, dedicação e busca pelo saber, está influenciando

positivamente a nossa realidade.

Não é suficiente apenas analisar o fenômeno educativo do contexto social, mas é preciso saber

organizar o processo ensino-aprendizagem de acordo com as expectativas vislumbradas na

pesquisa onde se buscou delinear o perfil do aluno e do meio onde ele está inserido.

No que se refere à avaliação a Secretaria do Estado de Educação do Paraná (SEED), Núcleos

Regionais de Educação (NREs) dos municípios e educadores da rede estadual de educação, há

muito estão em estudos e pesquisas para o melhorar o processo avaliativo. São realizados

encontros semestrais para estudos, seminários, provocando debates, leitura de textos

pedagógicos, oferecendo espaço para relatos de experiências com bons resultados. O processo

avaliativo está amadurecendo no meio escolar, acompanhando as contínuas mudanças que

ocorrem num mundo globalizado, real.

Neste processo a escola terá como mais uma de suas funções primordiais harmonizar a

comunidade em seu contexto familiar desenvolvendo projetos inovadores como estímulo na

participação dos pais no processo educacional de seus filhos, para isto realizamos uma

pesquisa por amostragem com 340 alunos, abrangendo o ensino fundamental, ensino médio e

pós-médio, para conhecermos o perfil social.

Apresentação, análise e síntese dos dados do questionário:

1. Quanto a composição familiar por quantidade de pessoas

De 1 a 3 70

De 3 a 5 187

Mais de 5 67Fonte: Entrevista com Alunos

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Fonte: Entrevista com Alunos

2. Quanto à renda familiar

Menos de 1 salário 33

De 1 a 2 salários mínimos. 161

De 3 a 5 salários mínimos. 113Fonte: Entrevista com Alunos

Quantidade de Pessoas por Família

de 1 a 3de 3 a 5acima de 5

Média da Renda Familiar

Menos de 1 saláriode 1 a 2 salários mínimos.De 3 a 5 salários mínimos.

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Fonte: Entrevista com Alunos

Percebe-se que 57% das famílias são compostas de 03 a 05 membros, 22% de 01 a 03

integrantes e 21% são constituídas de mais de 05 integrantes, onde destas 52% ganham de 01

a 02 salários, 37% ganham de 03 a 07 salários e 11% ganham menos de 01 salário mínimo, o

que comprova o perfil econômico acima mencionado.

3. Situação da Residência

Própria 195

Alugada 66

Cedida 38Fonte: Entrevista com Alunos

Situação de Residência

PrópriaAlugadaCedida

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Fonte: Entrevista com Alunos

Quanto à moradia, 65% possuem casa própria, 22% moram em casa de aluguel e 13% por

convenção.

4. Residência beneficiada por:

Possui rede de esgoto 193

Não Possui rede de esgoto 64

Possui rede elétrica 257

Não Possui rede elétrica 6

Possui coleta de lixo 178

Não Possui coleta de lixo 13Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

Benefícios Residenciais

Possui  rede de esgoto   Não Possui  rede de esgotoPossui  rede elétricaNão Possui  rede elétricaPossui coleta de lixo Não  Possui coleta de lixo

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Os benefícios residenciais também são pontos a serem observados, pois dos entrevistados

37% possuem rede elétrica, 27% possui rede de esgoto, 25% possui coleta periódica de lixo.

Para melhor compreender as informações é importante apresentar também o percentual de

ausência de tais recursos, sendo 9% com a ausência de rede de esgoto, 2% não têm o

programa de coleta do lixo e 1% não tem rede elétrica.

5. Tempo de residência no bairro

Menos de 1 ano 68

de 1 a 5 anos 69

de 6 a 10 anos 49

de 11 a 15 anos 63

de 16 a 20 anos 29

Mais de 20 anos 12Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

Ao observar a história do desenvolvimento do bairro em que este Estabelecimento de Ensino

se localiza, nota-se um aumento significativo da população e também a permanência dos que

já habitavam no bairro. De acordo com os dados apresentados e que são relevantes, 23% são

moradores recentes, estão no bairro a menos de 01 ano, 24% são moradores de 01 a 05 anos,

17% têm um tempo entre 06 a 10 anos que moram no mesmo lugar, 22% já são moradores

Tempo de Residência no Bairro

     Menos de 1 ano     de 1 a 5 anos     de 6 a 10 anos     de 11 a 15 anos     de 16 a 20 anos     Mais de 20 anos

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mais antigos, pois o período de moradia está compreendido de 11 a 15 anos, 10% são

residentes de 16 a 20 anos e 4% residem a mais de 20 anos no bairro. São informações que

comprovam a satisfação dos moradores com o bairro e também os motivos pelos quais o

Bairro Lar Paraná é considerado o maior da cidade, sendo também o maior colégio eleitoral.

6. Profissão dos Pais dos Alunos

Profissão Quant.

Açougueiro 1

Administrador 5

Aposentado 25

Autônomo 84

Agricultura 7

Auxiliar Administrativo 1

Catador de papel 1

Cantor 2

Comerciante 3

Caminhoneiro 9

Desempregado 2

Eletricista 3

Funcionário Público 5

Funileiro 1

Garçom 1

Latifundiário 1

Motorista 21

Mecânico 6

Mecânico Industrial 1

Metalúrgico 15

Operador de Máquina 3

Policial Militar 5

Pintor de Carro 1

Pedreiro 17

Soldador 2

Serralheiro 3

Serviços Gerais 11

Taxista 2

Torneiro Mecânico 2

Tratorista 1

Vigia 2

Vendedor 2

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Fonte: Entrevista com Alunos

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Fonte: Entrevista com Alunos

7.Nível de Escolaridade dos Pais

Analfabeto 11

Ens. Fundamental Incompleto 118

Ens. Fundamental Completo 16

Ens. Médio Incompleto 5

Ens. Médio Completo 31

Curso Técnico 1

Graduação Incompleta 1

Graduação Completa 1Fonte: Entrevista com Aluno Fonte: Entrevista com Alunos

Quanto à questão profissional e escolaridade dos familiares de nossos alunos, ficou bem

destacada a diversidade de trabalho entre os sexos masculino e feminino, oferecendo-nos um

delineamento interessante: 84% dos homens (pais) desenvolvem atividade profissional como

autônomo, 25% estão aposentados, 21% são motoristas, o nível de escolaridade dos pais

Quadro de Profissão dos Pais

AçougueiroAdministradorAposentadoAutônomoAgriculturaAuxiliar AdministrativoCatador de papelCantorComercianteCaminhoneiroDesempregadoEletricistaFuncionário PúblicoFunileiroGarçomLatifundiárioMotoristaMecânicoMecânico IndustrialMetalúrgicoOperador de MáquinaPolicial MilitarPintor de CarroPedreiroSoldadorSerralheiroServiços GeraisTaxistaTorneiro MecânicoTratoristaVigiaVendedor

Nível de Escolaridade

Analfabeto

Ens. Fundamental IncompletoEns. Fundamental CompletoEns. Médio Incompleto

Ens. Médio CompletoCurso Técnico

Graduação Incompleto

Graduação Completo

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também é bastante diferenciado, 9% cursaram o Ensino Fundamental e 63% estão com o

curso incompleto. No Ensino Médio 16% concluíram curso e 3% não. Encontramos 1% de

graduados, 1% de graduandos, 1% técnico profissional, os 6% restantes se dizem analfabetos.

Informamos também que foram citados apenas os dados com maior percentual, mas que, no

entanto existem outras diversas profissões exercidas pelos pais.

8. Profissão das mães:

Profissão Quant.

Auxiliar Administrativo 1

Autônoma 3

Auxiliar de Serviço 19

Aposentada 10

Auxiliar de produção 1

Artesã 1

Balconista 5

Comerciante 2

Confeiteira 3

Costureira 17

Cantora 1

Cabeleiras 10

Do Lar 138

Doméstica 75

Diarista 12

Enfermeira 3

Operadora de Máquina 1

Professora 3

Teóloga 1

Vendedora 1

Zeladora 1Fonte: Entrevista

com Alunos

Quadro de Profissão das Mães

Auxiliar AdministrativoAutônomaAuxiliar de ServiçoAposentadaAuxiliar de produçãoArtesãBalconistaComercianteConfeiteiraCostureiraCantoraCabeleirasDo LarDomésticaDiaristaEnfermeiraOperadora de MáquinaProfessoraTeólogaVendedoraZeladora

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Fonte: Entrevista com Alunos

9. Nível de Escolaridade

Analfabeto 15

Ens. Fundamental Incompleto 131

Ens. Fundamental Completo 18

Ens. Médio Incompleto 17

Ens. Médio Completo 16

Curso Técnico 1

Graduação Incompleta 2

Graduação Completa 1Fonte: Entrevista Com Alunos

Já com as mulheres (mães) 45% desenvolvem

atividades em casa (do lar), 24% são empregadas domésticas, 6% costureiras, empatando com

a porcentagem de auxiliar de serviços gerais, Professora, enfermeira e teóloga 1%. O nível de

escolaridade se apresentou do seguinte modo: 10% com Ensino Fundamental completo e 66%

incompleto, 8% com Ensino Médio completo e 8% incompleto, 0,9% com graduação

completa e 1% incompleta, 1% com curso técnico profissional. 7% se consideram

analfabetas.

Os índices de escolaridade tanto dos pais como mães, apontam uma necessidade de

Quadro de Escolaridade das Mães

AnalfabetoEns. Fundamental IncompletoEns. Fundamental CompletoEns. Médio IncompletoEns. Médio CompletoCurso TécnicoGraduação IncompletaGraduação Completa

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desenvolver uma atividade em separado com os pais, considerando que o índice dos que se

“consideram” analfabetos é um pouco elevado, em se comparar com os programas de

alfabetização que são oferecidos a este público e é de fácil acesso.

Trata-se de famílias estruturadas, mas que sofrem problemas no que se refere ao item de

emprego, devido ao baixo nível de escolaridade, sendo um dado importante que revela a

preocupação que a comunidade hoje tem em relação à formação educacional de seus filhos.

10. Acham importante a opinião da família em relação a profissão que irá escolher

Sim 135

Não 50

Não Responderam 155Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista

Com Alunos

A família deveria

estar presente em

todos os momentos da vida do educando e principalmente no contexto escolar, porém 45%

dos alunos não responderam sobre esta questão, 40% consideram muito a opinião dos pais na

escolha de sua profissão e 15% não acham o parecer da família importante.

11. Ao terminar esta modalidade de ensino continuarão

Apenas estudando 73

Apenas trabalhando 61

Estudando e trabalhando 189

Não estudar mais 3

Já tem trabalho garantido 6

Não fará faculdade, porque não pode fazer o curso que gostaria.

0

Importância da Opinião da família em Relação a Profissão

S imNãoNão Responderam

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Vai descansar por um tempo. 21

Não resolvi ainda 197Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

Com limitado poder aquisitivo, mas dentro da realidade nacional, 58% dos alunos

continuarão estudando e trabalhando após o término de seus estudos, 23% pretende só estudar

e 19% só desenvolver uma atividade profissional.

Quanto da continuidade da aquisição de conhecimento e profissionalização através do curso

de graduação encontramos 87% de indecisão, 9% querem descansar por um tempo, 3%

possuem trabalho garantido só com o Ensino Médio.

12. Gostam de estudar?

Sim 274

Não 37Fonte: Entrevista Com Alunos

Quadro de pretenção após a conclusão do Ensino

Apenas estudandoApenas trabalhandoEstudando e trabalhandoNão estudar mais Já tem trabalho garantidoNão fará faculdade, porque não pode fazer o curso que gostaria.Vai descansar por um tempo.Não resolvi ainda

Gostam de Estudar

Sim          Não

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Fonte: Entrevista Com Alunos

13. Tem o hábito de estudar fora de horário de aula, em casa.

Sim 180

Não 86Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista Com Alunos

Estudam fora do Horário

SimNão

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O gosto pela aquisição e ampliação do saber foi de 88% das 03 modalidades de Ensino,

oferecido por esta instituição, destes 68% complementam seus estudos em casa, nos horários

mais adequados as suas realidades e 12% dos alunos afirmam não gostarem de estudar.

14. Horários de Preferência para estudar

Manhã 63

Tarde 48

Noite 65

No tempo livre 8Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

15. Principais motivos da escolha desta escola

Escolheram esta escola por que

Perto de casa 170

É a melhor escola 74

Pelo curso 40

Preferência de Horário para Estudar

ManhãTardeNoiteNo tempo livre

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Os pais escolheram 30

Está acostumado com o colégio 27

Por ser gratuito 12

Projeto Rexona 1

Por ser um colégio tranquilo 1Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

15. Satisfação com a escola

Sim 265

Não 47Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista Com Alunos

16. Motivo da Satisfação

Bons Professores 4

Gratuidade 15

Curso Responde Expectativas 12

Organização 9

Motivos pelos quais estudam nesta escola

Perto de casaÉ a melhor escolaPelo cursoOs pais escolheramEstá acostumado com o colégioPor ser gratuitoProjeto RexonaPor ser um colégio tranquilo

Satisfação com a Escola

SimNão

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Amizades 6

Escola de Boa Qualidade 174

Projeto Rexona 30

Espaço Esportivo 15Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista Com Alunos

Constatou-se que 85% dos alunos estão satisfeitos com a escola e afirmam que a mesma é de

boa qualidade.

Destacaram também como positivo os projetos que são desenvolvidos, ficando evidenciado o

Projeto Rexona de Voleibol, que se trata de uma parceria da Secretaria de Estado de Educação

com o Centro de Excelência do Voleibol Rexona-Ades, que não objetiva apenas o esporte,

mas também o trabalho social. E como ponto negativo 24% demonstrou preocupação com a

segurança, devido o alto nível de violência que tem apresentado na região.

Foi possível perceber também que devido à localização do colégio no bairro ser mais

centralizada, 49% das matrículas efetuadas são de alunos que moram próximo, 21%

consideram a melhor escola e 11% pelo curso ofertado.

17. Principais Necessidades de Melhoria

Melhorar Conteúdos 2

Aulas mais Criativas 10

Indisciplina 10

Pontos Positivos da Escola

Bons ProfessoresGratuidadeCurso Responde ExpectativasOrganizaçãoAmizadesEscola de Boa QualidadeProjeto RexonaEspaço Esportivo

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Falta Segurança 11

Falta Aula de Informática 6

Professor Estressado 4

Falta de Material Pedagógico 2

Limpeza e Organização 2Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista Com Alunos

Na pesquisa existem reivindicações no que se refere a: melhorias nas instalações, na

manutenção e limpeza, melhoria do acervo da biblioteca, disciplina e mais cursos

direcionados a profissionalização, laboratório de informática. Neste item sobre a informática

confirmamos como o colégio está cumprindo com seu papel, pois, já é realidade este

laboratório, faltando somente demanda específica autorizada pela SEED e fixada na grade

curricular.

Entende-se assim que a função da escola é, antes de qualquer coisa, corresponder às

esperanças que sua comunidade nela deposita, partindo da realidade de seus alunos,

incrementando-a com o saber científico estabelecido e a ela retornando de forma

transformada. Assim o ponto de partida e de chegada do fazer escolar é o contexto do aluno.

18. Principal Dificuldade Para Estudar

Necessidades de Melhorias

Aulas mais CriativasIndisciplinaFalta SegurançaFalta Aula de InformáticaProfessor EstressadoFalta de Material PedagógicoLimpeza e Organização

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Motivos EF/Vespertino

Não vejo razão para estudar. 01

Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase nada

13

não respondeu 11

Tem dificuldade(s) na(s) matéria(s) 91

Não tem Dificuldades 03

A Disciplina não Condiz com a Realidade 11Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista Com Alunos

Motivos EF/Matutino

Não vejo razão para estudar. 0

Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase nada

02

Não respondeu 01

Tem dificuldade(s) na(s) matéria(s) 34

Não tem Dificuldades 0

A Disciplina não Condiz com a Realidade 0Fonte: Entrevista com alunos

Dificuldade Para Estudar - Vespertino

Motivos

Não vejo razão para estudar. Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase  nada                  não respondeu

Tem dificuldade(s)  na(s) matéria(s)  Não tem DificuldadesA Disciplina não Condiz com a Realidade

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Fonte: entrevista com alunos

As dificuldades nas disciplinas são de 67%, um percentual bastante alto em vista às 800

horas/aula e 200 dias letivo oferecidos para o processo de ensino e aprendizagem. Os 14%

que se apresentaram com déficit de atenção também é um fato importante devido à idade

cronológica dos alunos e o alto nível de reprovação. Por conta disto revela-se como mais uma

questão a ser estuda e debatida entre a comunidade escolar. É outra função primordial da

escola será voltar-se sobre si mesmo e tentar refletir sobre suas práticas pedagógicas, na

busca de melhor qualidade.

A função da escola é conhecer seus alunos, responder positivamente as suas esperanças,

ansiedade e voltar-se a ele.

Sobre as disciplinas oferecidas nos cursos ensino fundamental, médio e profissionalizante,

achamos de grande importância destacar a dificuldade em que os alunos reconhecem

encontrar:

Técnico em Secretariado Subseqüente - noturno

Motivos TSS

Não vejo razão para estudar. 0

Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase nada

08

Não respondeu 20

Dificuldade para estudar - Matutino (E.F.)

Não vejo raz ão para estudar.

Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase  nada                  não respondeu

Tem dificuldade(s)  na(s) matéria(s)  Não tem Dificuldades

A Disc iplina não Condiz com a Realidade

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Tem dificuldade(s) na(s) matéria(s) 32

Não tem Dificuldades 02

A Disciplina não Condiz com a Realidade 03Fonte: Entrevista com alunos

Fonte: Entrevista com alunos

No curso técnico subseqüente foi levantado que 49% dos cursistas têm dificuldades, 5%

dizem que as disciplinas não condizem com a realidade e 3% não encontram nenhuma

dificuldade nas matérias, 31% não responderam, 12% afirmam ter dificuldade de

concentração.

19. As disciplinas com mais dificuldade foram:

Disciplina Percentual

1º - Matemática comercial 61%

2º - Redação Comercial 15%

Principais Dificuldades de Estudar TSS

Não vejo razão para estudar. Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase  nada                  não respondeu

Tem dificuldade(s)  na(s) matéria(s)  Não tem Dificuldades

A Disciplina não Condiz com a Realidade

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3º - Todas as disciplinas 12%

4º - Informática 8%

5º - Legislação 4%

Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

Ensino Fundamental: alunos de 5ª a 7ª séries no período vespertino, foi observado que 71%

dos alunos encontram dificuldade em alguma disciplina. A falta de concentração é justificada

por 10% deles e 8% justificam que a disciplina não condiz com a sua realidade.

20. As disciplinas apontadas no Ensino Fundamental se apresentam nesta ordem:

Disciplina Percentual

1º - Matemática 32%

2º - História 23%

3º - Língua Portuguesa 17%

Disciplinas de maior dificuldades - TSS

1º - Matemática comercial2º - Redação Comercial3º - Todas as disciplinas4º -  Informática5º -  Legislação

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4º - Geografia 12%

5º - Inglês 5%

6º - Ciências 4%

7º- Literatura Infanto-Juvenil 3%

8º - Educação Física 2%

Fonte: Entrevista Com Alunos

Fonte: Entrevista com alunos

Confirmamos o aumento para 92% de alunos nas 8ªs séries que encontram dificuldade em

alguma das matérias, o item - falta de concentração diminui para 5% e não responderam a

questão 3%.

21. As disciplinas apontadas no Ensino Médio se apresentam nesta ordem:

Disciplina Percentual

1º - Matemática 77%

2º - História 10%

3º - Ciências 5%

4º - Geografia 2%

Disciplinas de maior dificuldade - Ens. Fund.

1º - Matemática2º - História3º - Língua Portuguesa4º - Geografia5º - Inglês6º - Ciênc ias7º- Literatura Infanto-Juvenil8º - Educação F ísica

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5º - Educação Física 2%

6º - Inglês 2%

Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

No ensino médio, período matutino 70%, dizem ter dificuldade em alguma matéria. Quanto à

concentração 21% apresentam dificuldades e 2% acham que as disciplinas não condizem com

a realidade.

Motivos EM/Matutino

Não vejo razão para estudar. 03

Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase nada;

13

Não respondeu 0

Tem dificuldade(s) na(s) matéria(s) 43

Não tem Dificuldades 01

A Disciplina não Condiz com a Realidade 01Fonte:

Entrevista com

Alunos

Disciplina de maior dificuldade - Ens. Médio

1º - Matemática2º - História3º - Ciênc ias4º - Geografia5º - Educação Física6º - Inglês

Dificuldades para Estudar - Matutino (E.M.)

Não vejo raz ão para estudar. Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase  nada;não respondeu

Tem dificuldade(s)  na(s) matéria(s)  Não tem Dificuldades

A Disc iplina não Condiz com a Realidade

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Fonte: Entrevista com Alunos

Não houve muita diferença do percentual de dificuldade no ensino médio noturno onde 63%

têm dificuldades nas matérias, 29% com dificuldade de concentração e 4% relatam que as

disciplinas não condizem com sua a realidade.

Motivos EM/Noturno

Não vejo razão para estudar. 01

Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase nada

08

Não respondeu

Tem dificuldade(s) na(s) matéria(s) 18

Não tem Dificuldades

A Disciplina não Condiz com a Realidade 01Fonte: Entrevista com alunos

Dificuldades para Estudar - Noturno (E.M.)

Não vejo razão para estudar.

Não consigo me concentrar, perco muito tempo e não aprendo quase  nada                  não respondeu

Tem dificuldade(s)  na(s) matéria(s)  Não tem Dificuldades

A Disciplina não Condiz com a Realidade

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Fonte: Entrevista com alunos

22. As disciplinas em que alunos apresentam maiores índices de dificuldades no Ensino

Médio Noturno são:

Disciplina Percentual

1º - Física 28%

2º - Química 25%

3º - Matemática 20%

4º - História 6%

5º - Todas as disciplinas 9%

6º - Biologia, Inglês e Geografia 3%

Fonte: Entrevista com Alunos

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Fonte: Entrevista com alunos

E no Ensino Médio Diurno foram:

Disciplina Percentual

1º - Matemática 33%

2º - Física 24%

3º - Química 16%

4º - Biologia 15%

5º - Língua Portuguesa 6%

6º - Todas as disciplinas 4%

7º - Inglês 4%

8º - História 3%

Disciplinas por Índices de Dificuldades -(E.M. - Noturno)

2º - Química3º - Matemática4º - História5º - Todas as disciplinas6º -  Biologia, Inglês e Geografia

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Fonte: Entrevista com alunos

Quadro Demonstrativo das Disciplinas por Período.

Disciplinas Tarde E.M.

Manhã

E.F.

Manhã

E.M.

Noite

secretariado

Língua Portuguesa 23 06 01 16

Matemática 44 31 31 07

História 30 04 02

Geografia 16 02 01 01

Ciências 05 02

Ed. Física 03 01

Ed. Artística 02 04

Redação Comercial

Inglês 06 04 02 01

Literatura 04 02

Física 23 10

Biologia 15 01

Química 16 09 01

Legislação 02

Informática 03

Todas 03 02

Não tem Dificuldades 03 01 Fonte: Entrevista com Alunos

Disciplinas por índices de Dificuldades - E.M (Matutino)

1º - Matemática2º - Física3º - Química4º - Biologia5º - Língua Portuguesa6º - Todas as disciplinas7º - Inglês8º -  História

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Nas especificidades de cada área do Ensino Fundamental, Médio e Pós Médio, a área exata se

destacou quanto à dificuldade de compreensão dos alunos seguido da disciplina de História e

Língua Portuguesa.

23. Sugestões dos alunos para que a escola se torne mais interessante

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Dinâmicas em grupo 32

Três aulas de educação física por semana 04

Feiras e Exposições de Trabalhos 30

Maior Incentivo à leitura 04

Professores mais participativos e criativos 14

Aula de reforço escolar. 06

Escola mais participativa e atrativa 46

Sem sugestão 02

Não Opinaram 146

Projetos culturais que envolvam todos 24

Professores mais legais e menos mal humorados 08

Campanha de Valorização da Escola 04

Apoio para Fanfarra 02

Mais atividades Físicas e esportivas 40

Muito mais disciplina dos alunos 12

Teoria e prática 60

Arrumar o quadro 02

Recreio mais longo 06

Fazer uma reforma geral na escola 08

Maior Interesse dos Alunos 22

Não entendi 08

Aumento de Carga Horária 02

Diferenciar as matérias 04

Atendimento Odontológico 02

Aulas de informática 34

Que não tivesse reprovação 02

Mais trabalhos de pesquisa com assuntos atuais 30

Língua espanhola 02

Aulas de música e teatro. 32

Professores com a mesma metodologia de ensino 02

Estrutura de materiais didáticos para T.S. S. 06

Respeito mútuo 12

Está bom 12

Lanchonete e piscina na escola 02

Mais quadras de esporte 02

Ensino Profissionalizante 04

Arrumar a Quadra de Esporte 06Fonte: Entrevista com Alunos

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Fonte: Entrevista com Alunos

24. Que sugestão você daria para melhorar o ensino na escola

Atividades Sugeridas pelos alunos

Dinâmicas em grupoTrês aulas de educação física por semanaFeiras e Exposições de TrabalhosMaior Incentivo à leituraProfessores mais participativos e criativosAula de reforço escolar.Escola mais participativa e atrativaSem sugestão

Não OpinaramProjetos culturais que envolvam todosProfessores mais legais e menos mal humoradosCampanha de Valorização da EscolaApoio para  FanfarraMais atividades Físicas e esportivasMuito mais disciplina dos alunosTeoria e práticaArrumar o quadroRecreio mais longo

Fazer uma reforma geral na escola

Maior Interesse dos AlunosNão entendi

Aumento de Carga Horária

Diferenciar as matériasAtendimento Odontológico

Aulas de informáticaQue não tivesse reprovação

Mais trabalhos de pesquisa com assuntos atuaisLíngua espanholaAulas de música e teatro.

Professores com a mesma metodologia de ensinoEstrutura de materiais didáticos para T.S.SRespeito mútuoEstá bom

Lanchonete e piscina na escolaMais quadras de esporteEnsino ProfissionalizanteArrumar a Quadra de Esporte

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Professores mais Dinâmicos e Aulas mais Interativas 78

Professores mais Qualificados e Participativos 50

Professores mais compreensivos 46

Excluir alunos indisciplinados 12

Começar às 19 horas as aulas 02

Palestras sobre motivação 06

Consertos e Reparos 24

Mais participação dos pais 06

Maior presença do diretor em sala de aula 02

Os alunos respeitarem mais os professores 22

Melhorar a higiene da escola 04

Ensino mais rígido 30

Mais professores 06

Número menor de alunos nas salas 02

Melhores salários aos professores 02

Atividades Culturais 46

Valorizar o Esporte 07

Investir na Informática 74

Mais inspetores de alunos 14

Os alunos não faltarem às aulas 12

Mais segurança 12

Mais matriculas 02

Laboratórios. 06

Palestras 18

Atividades de Grupos 18

Incentivar a leitura 06

Não precisa mudar nada 38

Gincana 04

Aulas de Ensino Religioso 02

Mais projetos, que envolvam a comunidade 02

Festas 03

Ambiente Escolar Melhor 03

Relação Teoria e Prática 02

Materiais Pedagógico e didático específico para o T.S.S. 08

Mais disciplina dos alunos 24

Aumentar o Tamanho das Carteiras 04

Maior Presença do Diretor em Sala de Aula 06

Melhorar o material de pesquisa da Biblioteca 08

Não responderam 44

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Os alunos não saírem da sala na troca de professores 02

Língua estrangeira no T.S. S. 02

Reforço de Conteúdo 10

Professores Faltarem Menos 16Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

Entendemos a crítica como incentivo à melhoria da prática pedagógica, dos aspectos

organizacionais, físicos e de formação humana, como também em relação à segurança e saúde

de todos os segmentos da comunidade escolar.

24. Atividades que poderiam ser desenvolvidas por familiares na escola

Tem interesse 56

Sugestões de Melhorias

Professores mais Dinâmicos e Aulas mais InterativasProfessores mais Qualificados e ParticipativosProfessores mais compreensivosExcluir alunos indisciplinadosComeçar às 19 horas as aulasPalestras sobre motivaçãoConsertos e ReparosMais participação dos pais

Maior presença do diretor em sala de aulaOs alunos respeitarem mais os professoresMelhorar a higiene da escolaEnsino mais rígido

Mais professores Número menor de alunos nas salasMelhores salários aos professores

Atividades Culturais

Valorizar o EsporteInvestir na Informática

Mais inspetores de alunosOs alunos não faltarem as aulas Mais segurançaMais matriculas

Laboratórios.

Palestras

Atividades de GruposIncentivar a leituraNão precisa mudar nadaGincanaAulas de Ensino ReligiosoMais projetos, que envolvam a comunidadeFestas

Ambiente Escolar Melhor

Relação Teoria e PráticaMateriais Pedagógico e didático específico para o T.S.S.Mais disciplina dos alunosAumentar o Tamanho das CarteirasMaior Presença do Diretor em Sala de AulaMelhorar o material de pesquisa da BibliotecaNão responderamOs alunos não saírem da sala na troca de professoresLíngua estrangeira no T.S.SReforço de ConteúdoProfessores Faltarem Menos

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Não tem Interesse 222

Não respondeu 19

Não se interessam 52

Na cozinha 200

Esporte 3

Informática 4Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

25. Alunos que pretendem cursar o Ensino Superior

Responderam sim 290

Responderam não 8

Não respondeu 10

Já cursou 1

Acreditam que é válido Cursar 104

Acham que não é válido 282Fonte: Entrevista

com Alunos

Atividades a serem desenvolvidas por familiares

Tem interesseNão tem InteresseNão respondeuNão se interessamNa cozinhaEsporteInformática

Pretendem cursar o Ensino Superior

Responderam sim                   Responderam nãoNão respondeuJá cursouAcreditam que é válido CursarAcham que não é válido

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Fonte: Entrevista com Alunos

26. Perspectivas quanto ao Curso Superior

Números de alunos que acreditam que, se concluir a faculdade, terão uma profissão e

um futuro garantidos e então poderá parar de estudar.

104

Números de alunos que acreditam que, se concluir a faculdade, não terão uma

profissão e um futuro garantidos.

282

Não respondeu 05Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

Quanto à possibilidade de cursar ou não o Ensino Superior 42% dos entrevistados

Perspectiva quanto ao Curso Superior

Número de alunos que acreditam que, se conc luir a faculdade, terão uma profissão e um futuro garantidos e então poderá parar de estudar.Número de alunos que acreditam que, se conc luir a faculdade, não terão uma profissão e um futuro garantidosNão respondeu

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responderam que sim e apenas 1% que não pretendem. Dos que acreditam ser válido cursar o

Ensino Superior foram 15% e 41% acreditam que não é válido para suas realidades esta

modalidade de ensino.

No Ensino Profissionalizante encontramos 1% de alunos graduados. Conclui-se que o Ensino

Médio e Pós-Médio ainda representa um fator preponderante na preparação para o ingresso no

mercado de trabalho.

26. Acompanhamento escolar de pais e/ou responsáveis

Acompanham constantemente seu rendimento escolar 211

Somente quando são convidados a comparecer na escola. 78

Não respondeu 25

A Família Participa 150

Família não participa 131Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

27. Motivos que levam os pais a participarem das atividades programadas pela escola

Indisponibilidade de Horário 45

Importante Acompanhamento 112

Acompanhamento Escolar dos pais

Acompanham constantemente seu rendimento escolarSomente quando são convidados a comparecer na escola.Não respondeuA Família ParticipaFamília não participa

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Não acha interessante 09

Quando convidados Participam 04

Trabalham 16

Porque a escola dá mais incentivo para estudar 02

A escola não convoca 02

Não mora com os Pais 03

A escola não tem atividade familiar 09

Escola e família deve andar juntas 02

Não opinou 60

Pais não gostam da escola 01

Família não se preocupa 04

Valoriza o Trabalho 04

Mora Distante 02

Gostam de Participar 04Fonte: Entrevista com Alunos

Fonte: Entrevista com Alunos

A participação dos pais ou responsáveis nas atividades escolares é de suma importância, por

este motivo fomos pesquisar e registramos que 36% gostam de acompanhar constantemente o

rendimento escolar de seus filhos, 25% tem um certo grau de interesse pelas atividades de

seus filhos e 13% só se manifestam quando convidados. As famílias que não participam

Motivos pelos quais os pais participam das atividades da escola

Indisponibilidade de HorárioImportante Acompanhamento Não acha interessanteQuando convidados ParticipamTrabalhamPorque a escola dá mais incentivo para estudarA escola não convocaNão mora com os PaisA escola não tem atividade familiarEscola e família deve andar juntasNão opinouPais não gostam da escolaFamília não se preocupa Valoriza o TrabalhoMora DistanteGostam de Participar

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devido algum motivo não relatado foi de 22% e 4% não responderam.

Quando questionados como poderiam participar mais na escola, seus interesses, que

mudanças apontam como necessárias a grande maioria não respondeu 41%, 16% justificaram

que é por falta de tempo devido atividades profissionais e 22% não quiseram opinar.

Ainda tomando a escola como integrante, mas não única responsável pelo processo educativo

como um todo, tentou-se incentivar a participação dos pais na escola perguntando qual a

atividade que escola poderia desenvolver para que participassem e 71% revelaram que

poderiam ajudar nas atividades da cozinha, 2% não souberam responder, 1% no esporte e

26% não opinaram.

28.Habilidades de Alunos e Familiares

Não respondeu 159

Matemática 12

Ler 1

Organização de eventos 6

Futebol 6

Cozinhar 6

Religioso 4

Doces 1

Práticas esportivas 7

Encanador 1

Limpeza 4

No que souber 6

Em matemática 1Fonte: Entrevista com Alunos

29. Atividades de Interesse a Serem Desenvolvidas

Tem interesse 56

Não tem Interesse 222

Não respondeu 19

Não se interessam 52

Na cozinha 200

Esporte 3

Informática 4Fonte: Entrevista com Alunos

Habilidades de Alunos e familiares

Não respondeuMatemáticaLerOrganização de eventosFutebolCozinharReligiosoDocesPrática esportivasEncanadorLimpezaNo que souberEm matemática

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Fonte: Entrevista com Alunos

30. Você que gostaria que a escola

ofertasse

Festas 161

Atividades Esportivas 139

Culturais 116

Reuniões 83

Outras 27

Não Optou 7Fonte: Entrevista com Alunos

Outra solicitação presente na pesquisa refere-se às atividades que não constam no calendário

escolar como: festas, atividades esportivas e atividades culturais. A comunidade escolar vê a

escola como centro de seu lazer.

Atividades de Interesse dos Alunos

Tem interesseNão tem InteresseNão respondeuNão se interessamNa cozinhaEsporteInformática

Atividades que gostariam de ter

FestasAtividades EsportivasCulturaisReuniõesOutrasNão Optou

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Este resultado confirma uma reclamação antiga de professores e corpo administrativo. Uma

grande parte dos pais remete seus filhos à escola, mas não acompanham a vida escolar deles.

A escola parece ser um território no qual grande parte dos pais passa a responsabilidade da

formação a professores, equipe pedagógica e corpo administrativo tornando-se um sério

problema, pois a pouca participação dos pais na vida escolar de seus filhos cria um obstáculo

de difícil transposição, principalmente aos professores, quando estes se vêem em situações

que exigem sejam estabelecidos e reforçados contratos e parcerias entre família e escola na

superação das dificuldades que vão surgindo ao longo do processo.

A indisponibilidade de horário, sempre justificada para a ausência dos pais nos encontros com

os professores, para esclarecimentos do processo ensino/aprendizagem de seus filhos e

também nas atividades culturais programadas para a comunidade, traz prejuízo no objetivo

primordial que é a formação de uma escola ativa, participativa, colaboradora na sociedade que

está inserida.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Melhorar a qualidade da educação, de forma a promover uma formação integral do indivíduo,

buscando estratégias para que desenvolvam a criticidade que emana do pensamento reflexivo,

bem como garantir o acesso, a permanência e o sucesso do aluno na escola.

2.2 Objetivos específicos

• Promover a extensão, aberta à participação da população, visando a difusão das

conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e

tecnológica resultante da ação educativa;

• Proporcionar a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que

constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de

publicações ou de outras formas de comunicação.

• Instigar o estudo dos problemas locais, bem como o progresso da comunidade no

aspecto sócio-político-econômico, do Município, Estado e do País;

• Desenvolver a educação profissional no nível técnico e humanizado;

• Incentivar a colaboração com o poder público na solução dos problemas locais,

objetivando o desenvolvimento da comunidade;

• Contribuir para o fortalecimento da paz, da solidariedade, da luta pelos direitos

humanos, da cidadania e da consolidação da democracia.

• Promover a reflexão sobre as diversas áreas do conhecimento, dos problemas do

mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados

à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade.

• Solicitar e viabilizar a formação continuada dos profissionais da educação, em

parceria com mantenedora;

• Atender os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem acentuada de forma

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diferenciada através da sala de apoio e sala de recursos;

• Garantir a continuidade e participação das atividades na Agenda 21 Escolar.

• Contribuir para tornar o Programa “Preservar para Transformar” uma prática efetiva

na escola;

• Garantir o ensino da história e das culturas afro-brasileiras, africanas e indígenas em

todas as disciplinas.

• Garantir o acesso aos conhecimentos das ciências, cultura, tecnologia e trabalho por

meio de uma educação básica e profissional.

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3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

Para nortear as tomadas de decisões desta proposta, efetuou-se pesquisa na qual se pretendeu

delinear o perfil do aluno, do professor e da equipe pedagógica deste estabelecimento. Este

será o nosso norte. A partir dele delinear-se-á a ação da escola, seus rumos, objetivos,

sistematizações contínuas e reflexivas no processo educativo, com vistas à formação do

cidadão participativo.

O ponto comum na discussão da comunidade foi que a escola deve propiciar oportunidades

para que o aluno seja valorizado na sua individualidade como agente potencial e autônomo do

conhecimento, com capacidade de construí-lo e construir-se através de atos reflexivos e

contínuos. Tais objetivos serão alcançados pelo estímulo e abertura da escola às iniciativas

nas quais os sujeitos do conhecimento (aluno e professor), possam exercitar uma postura

autônoma frente a ele, percebendo-se como sujeitos que aprendem constantemente.

Para que a prática escolar possa realizar-se dentro destes pressupostos faz-se necessário que

os professores tenham perfis que correspondam ao aluno que se pretende formar. Assim como

o aluno, o professor é um agente de conhecimento em contínua formação. Deve ter por

princípio fundamental uma prática pedagógica embasada em conhecimento científico, voltada

para a interdisciplinaridade, a contextualização, a sensibilidade, a solidariedade no trato com

os alunos, respeito à heterogeneidade, que seja estimulador e mediador do conhecimento

autônomo e reflexivo do aluno para que este alcance a formação do pensamento crítico e

independente.

Estas perspectivas de aluno e professor, de comunidade que gera seu próprio fazer histórico,

só poderão realizar-se dentro de um ambiente escolar que privilegie a prática da democracia

que é a condição essencial para que se alcance a verdadeira promoção de uma política

educativa voltada para a busca da solução dos reais problemas da comunidade escolar.

Embasados no conhecimento de que o homem é um ser social que se individualiza, a prática

filosófica deverá ser o exercício constante de todo indivíduo, com o objetivo comum do seu

desenvolvimento integral.

A ação da escola sendo sistematizadora do saber deverá permitir que este desenvolvimento se

faça de forma democrática agradável e responsável entre os agentes do processo educativo ao

possibilitar a transformação da sociedade, por meio da educação permanente e à inserção no

mundo do trabalho.

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Portanto, o espaço escolar deverá atender aos ideais preconizados pela sociedade

contemporânea democrática, os quais estabelecem direitos e deveres para todos os cidadãos.

4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A escola como espaço democrático e privilegiado do saber, a partir dos pressupostos da nova

Lei de Diretrizes e Bases, vem incorporar um novo paradigma no qual o centro é o direito de

aprender. Esta nova visão tem seus princípios descritos no Art. 3º e na Constituição Federal o

Art. 206, no que se refere às bases do ensino:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V. valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.1998).

VI. gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII. garantia de padrão de qualidade. (Constituição Federal, 1988)

Art.3º

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,

a arte e o saber; III.Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. Coexistência de instituições públicas e provadas de ensino. VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII. Valorização do profissional da educação escolar; VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação

dos sistemas de ensino; IX. Garantia de padrão de qualidade, valorização da experiência extra-

escolar; X. Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

XI.No que se refere ao papel do docente este terá a função primordial de zelar

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pela aprendizagem dos alunos. Esta incumbência vem melhor especificada no Art. 13 da lei que reza:

Os docentes incumbir-se-ão de:

I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

III.Zelar pela aprendizagem dos alunos; IV. Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento; V. Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

VI. Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. (LDBEN, 1996)

Ao dar ênfase especial no direito de aprender por meio da qualidade do ensino, esta proposta

tem por preocupação básica o desenvolvimento de ações reflexivas para que o aluno possa

exercer sua autonomia, compromisso, responsabilidade e criticidade. Partindo do pressuposto

que o conteúdo científico, o saber sistematizado e acumulado historicamente apropriado é de

relevante importância para a atuação na prática social.

Nossa atenção estará voltada para a construção do conhecimento por meio de uma prática

contextualizada e interdisciplinar. Entendendo a contextualização como vinculação dos

conhecimentos à vida real do cidadão, e a interdisciplinaridade como o estabelecimento de

uma intercomunicação efetiva entre as disciplinas, por meio do enriquecimento das relações

entre elas.

Ao final Educação Básica o aluno deverá sair com os conhecimentos necessários para se

inserir na vida cidadã e com condições de profissionalizar-se ou prosseguir os estudos. Para

que esta intenção se concretize na prática, é preciso que se tenha presente que os conteúdos

devem contribuir para a formação crítica do educando.

Tais pressupostos exigem um currículo integrado, vivo, que proporcione ao educando a

oportunidade de conhecer, fazer, relacionar, aplicar e transformar o conteúdo que venham a

contribuir para a construção do conhecimento, para tanto é preciso:

• Domínio da leitura e da escrita;

• Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas;

• Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações;

• Capacidade de compreender e atuar em seu entorno social;

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• Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada e vinculada

pelos meios de comunicações;

• Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo.

Ao educador caberá: a mediação, construção e reconstrução dos conhecimentos científicos

junto aos educandos.

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5. ATO SITUACIONAL

O processo educacional sofre alterações à medida que o conhecimento e a tecnologia

transformam as relações sociais.

Deparamo-nos com um Brasil que enfrenta profundas desigualdades sociais, econômicas e

culturais. Vivenciando um processo histórico de disputa de vários interesses sociais

divergentes e contraditórios.

Diante deste quadro encontra-se a escola pública que tem por função social formar o cidadão,

isto é, construir conhecimentos, atitudes e valores que o tornem um “homem” solidário,

crítico, ético e participativo.

Para isso é indispensável socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado, como

patrimônio universal da humanidade, fazendo com que esse saber seja criticamente

apropriado pelos estudantes, que já trazem consigo o saber popular, o saber da comunidade

em que vivem e atuam. A apropriação deste saber é um elemento decisivo para o processo de

democratização da própria sociedade.

A escola pública torna-se um lugar privilegiado para o exercício da democracia participativa,

consciente e comprometida com os interesses da maioria socialmente excluída ou dos grupos

sociais privados dos bens culturais e materiais produzidos pelo trabalho dessa mesma

maioria.

Enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que contribua efetivamente para a

construção de uma cidadania emancipadora requer autonomia e participação coletiva. É

fundamental que a escola tenha seu projeto político pedagógico, resultante de uma análise

crítica da realidade local e nacional. Tendo como característica sua singularidade, permitindo

a participação na elaboração, acompanhamento, execução e avaliação por todos os membros

da comunidade escolar.

Nesse processo de construção do Projeto Político Pedagógico da escola, caberá aos membros

da comunidade escolar debater, tornar claros os objetivos e os valores a serem coletivamente

assumidos, definindo prioridades, contribuindo para a organização do currículo escolar, para a

criação de um cotidiano de reuniões de estudo e reflexões contínuas, que inclua

principalmente a avaliação institucional do trabalho escolar.

Por meio deste processo, combate-se a improvisação das práticas cotidianas que se mostram

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incompatíveis com os objetivos, com as prioridades definidas e com a qualidade social da

educação que se pretende alcançar.

A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da

palavra. “Ser cidadão, como dizia PAULO FREIRE, é o ser político, capaz de questionar,

criticar, reivindicar, participar, ser militante e engajado, contribuindo para a transformação de

uma ordem social injusta e excludente”.

Cabe a escola definir o tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de

sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer

nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar.

Idealizar, executar e redimensionar o Projeto Político Pedagógico significa:- agir de forma

intencional com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente;

estabelecer as transformações desejáveis na prática educativa escolar; estabelecer os

mecanismos necessários para que essa transformação aconteça e ter um instrumento mediador

para efetivação da relação teoria-prática.

O presente Projeto Político Pedagógico é instrumento de planejamento coletivo, resgatando a

unidade do trabalho escolar e garantindo que não haja divisão entre os que planejam e os que

executam.

A construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dom Bosco, na prática,

está amparado por concepções teóricas sólidas com base no aperfeiçoamento e a formação dos

seus agentes. Assim, serão rompidas as resistências em relação às novas práticas educativas.

Os agentes educativos são atraídos por essa proposta, pois só assim teremos uma postura

comprometida e responsável. Trata-se, portanto, de conquista coletiva de um espaço para o

exercício da autonomia.

O exercício da autonomia parte da ação reflexiva coletiva do seu papel junto à comunidade.

Conquistando a autonomia estabeleceremos a identidade da escola e, buscaremos superar os

problemas da comunidade a qual pertencemos e conhecemos bem.

Autonomia no processo educativo significa atender as necessidades da comunidade e manter a

perspectiva da sociedade como um todo.

Autonomia implica também responsabilidade e comprometimento com as instituições que

representam à comunidade, para que haja participação e compromisso de todos.

Autonomia no processo escolar não significa descaso político ou descompromisso do poder

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público, dando margem a este se eximir de suas obrigações, e sim o compromisso de garantir

os recursos financeiros para a execução do Projeto Político Pedagógico.

O Projeto Político Pedagógico resultará na construção de uma escola democrática, com

qualidade social e no reconhecimento da educação como prioridade local e nacional.

5.1 Descrição da realidade brasileira, do estado, do município e da escola

No século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente necessidade de mudar a

realidade da educação do país, fato que mostra essa necessidade conforme consta nos

Cadernos Temáticos do PEE (Plano Estadual de Educação), é a persistência no índice de

analfabetismo, repetência e evasão. Isso explica o atraso do Brasil na área educacional, pois

há um número expressivo de brasileiros que se encontram a margem da sociedade, mesmo

tendo uma das maiores economias do mundo. Temos uma economia consolidada, aberta ao

mercado internacional, com um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade no

campo, mas contraditoriamente existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta

miséria resultado da absurda concentração de renda a uma minoria e a globalização da

economia que acabou favorecendo os grandes investidores de capital estrangeiro.

Em todo o mundo, o desempenho da educação/escolaridade depende em parte das

características da família, da escola, dos professores, do ensino que os alunos recebem e das

condições de vida, pois esse desempenho só irá atingir um patamar mais democrático se

houverem políticas públicas preocupadas com os interesses da classe trabalhadora.

A responsabilidade da mudança do quadro atual da educação brasileira depende em parte dos

educadores e da família, mais com maior grau cabe a responsabilidade dos governos em

relação a situação econômica social em que vivem a maioria dos brasileiros.

Nos últimos anos houve reformas na educação brasileira, entretanto estas reformas não foram

feitas com a participação efetiva da sociedade, sem envolver os grupos que atuam nas bases

educacionais, não chegou a se solidificar por não atender ao desenvolvimento necessário à

população marginalizada e excluída dos bens materiais e sócio-culturais produzidos pelos

homens no decorrer de sua história. .

Os índices apresentados pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no

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relatório “Situação da Adolescência Brasileira” (dez 2002), mostra a gravidade da situação do

ensino no país: 1,1 milhão (5,2%) de adolescente entre 12 e 17 anos ainda são analfabetos;

apenas 11,2% entre 14 e 15 anos estão matriculados no ensino médio (dados da versão

preliminar do Plano Estadual da Educação - PEE).

Quanto mais se falou em qualidade ensino, mais se fragilizaram as aprendizagens, mais se

perdeu a qualidade cognitiva.

As novidades organizacionais curriculares e pedagógicas (proposto pelo Plano Curricular

Nacional – PCN’s) não atenderam aos objetivos prioritários da educação no Brasil, nos

Estados e nos Municípios. Pelos resultados de pesquisas, discussões e reflexões com os

educadores, vêem-se na escola hoje, alunos terminando ensino fundamental e médio sem

apreenderem os conteúdos necessários para dar prosseguimento aos seus estudos. Ao invés de

solucionar questões pendentes da escolaridade como índices de evasão e repetência, distorção

idade/série, aprendizagem com qualidade, houve maiores preocupações em demonstrar

índices favoráveis a empréstimos junto às organizações internacionais.

Vemos hoje alunos chegando a 5ª série, sem conhecimentos básicos de leitura, escrita e

cálculo, acarretando sérias dificuldades no processo de ensino e aprendizagem. Existe

atualmente a possibilidade em oferecer a sala de apoio e de recursos para os alunos que

apresentam dificuldades na aprendizagem, no entanto, ainda não é realidade em todas as

escolas, tanto em relação aos Municípios como de Estado. Na nossa escola, temos sentido de

forma bastante acentuada dificuldades em lidar/trabalhar com essa realidade. Temos em

funcionamento: sala de apoio pedagógico e sala de recursos. Entretanto, entendemos que este

é um recurso paliativo, há necessidade de se refletir e investigar as práticas dos primeiros anos

do Ensino Fundamental. Questionamos como é possível para uma criança ou adolescente dar

prosseguimentos a seus estudos sem o domínio básico da leitura, da escrita e do cálculo.

Essa realidade é devido a um conjunto complexo de fatores a serem considerados, desde as

condições de trabalho, formação e remuneração dos professores, a difusão de teorias e

práticas pedagógicas com precário vínculo com as necessidades e demanda da realidade

escolar, flexibilizações das práticas avaliativas e falta de participação efetiva da família na

vida escolar dos filhos, apesar desse último fator pouco aparecer nas pesquisas.

Há necessidade de investir na luta contra a seletividade, à discriminação e o rebaixamento do

ensino das camadas populares, a marginalidade através da escola e engajar-se no esforço para

garantir a todos um ensino da melhor qualidade possível, nas condições históricas atuais,

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entendendo que duas coisas devem andar juntas na educação: a melhoria da prática

pedagógica e o compromisso social.

A educação conforme descrita na versão preliminar do PEE (Plano Estadual da Educação),

“precisa ser vista sob dois aspectos: como direito da população e como dever do estado

democrático”.

Neste sentido a população atendida pela escola pública deve fazer jus aos seus direitos junto

ao estado, fazendo garantir uma educação pública gratuita e de qualidade para todos,

independentes das características sócio-culturais e econômicas, a qual está inserida.

A inserção do aluno na escola por si só não garante os seus direitos, o que garante seus

direitos enquanto cidadão e a preocupação por parte dos governantes quanto ao acesso e

permanência na escola, gratuidade do ensino, formação de qualidade que lhe possibilite a

inserção no mundo social do trabalho, prosseguimento aos seus estudos, avançando de uma

modalidade à outra sem rupturas, além de poder compreender, e interferir na sociedade em

que vive.

De acordo com índices apresentados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa), a

educação básica vem apresentando uma significativa melhora no Estado do Paraná, entretanto

apresenta índices bastante preocupantes quanto à evasão e repetência, em especial na 1ª série

do Ensino Médio. Embora tenha diminuído nos últimos anos.

A preocupação atual é continuar trabalhando para diminuir os índices em relação à evasão e

repetência, como também melhorar a qualidade do ensino oferecido, para que os alunos que

estão cursando o Ensino Médio apresentem um desempenho melhor em todas às áreas do

conhecimento.

Alguns fatores são apresentados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa), como

principais causas do baixo desempenho escolar dos estudantes, a saber: os altos índices de

reprovação e abandono, a desigualdade social, a baixa renda da população e qualidade do

ensino, sendo apontado como o mais problemático na história da educação do Brasil.

Quanto à educação profissional, o diagnóstico feito para Plano Nacional da Educação (de

acordo com texto preliminar), não há informações precisas, no Brasil sobre a oferta de

formação para o trabalho, devido a sua oferta ser muito heterogênea. A heterogeneidade e

diversidade são vistas como aspectos positivos, pois permitem atender uma demanda muito

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variada, mas também há fatores preocupantes. O principal deles é que a oferta é pequena,

embora, atinja cerca de cinco milhões de trabalhadores, está longe de atingir a população de

jovens que precisa se preparar para o mundo do trabalho e adultos que precisam se readaptar.

Uma das metas bastante discutidas para a elaboração do PEE (Plano Estadual de Educação), é

a de garantir a continuidade e a expansão da oferta da Educação Profissional em sua forma de

organização curricular integrada e/ ou subseqüente ao Ensino Médio, a fim de contribuir para

a superação da dualidade estrutural na formação dos alunos desta modalidade de ensino.

Na nossa comunidade escolar hoje (2005), temos a oportunidade de oferecer o curso

profissionalizante Nível de Pós Médio Técnico em Secretariado Subseqüente, na área de

gestão, com 960 horas, na modalidade semestral, a de fim atender às necessidades de

formação continuada de alunos egressos do Ensino Médio que estavam fora do sistema

educativo, assim como pessoas de comunidade em geral, atendendo inclusive, pessoas e

outros municípios.

Neste sentido, também ofertamos o curso Técnico em Informática nas modalidades Integradas

e Subseqüentes com atividade iniciada em 2010, tem por objetivo a integração dos campos do

saber, a relação da teoria e prática, o trabalho manual e intelectual, a cultura técnica e geral.

Consequentemente tem sua base nos eixos da ciência, cultura, trabalho e tecnologia.

Vivemos numa sociedade em constante mudança e principalmente no que se refere à oferta de

trabalho, onde as pessoas precisam estar preparadas para dela fazer parte. Sendo assim,

percebemos a necessidade de propiciar as mesmas a aquisição do conhecimento tecnológica,

científica, sócio-cultural, político e econômico, tornando-os mais aptos a enfrentar novos

desafios e progredir no trabalho.

Em relação à Educação Especial, está consolidando-se sobre novos paradigmas que sinalizam

para a construção de uma sociedade inclusiva, orientada por relações de acolhimento à

diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na

equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da

vida.

Na área esportiva a escola mantém convênio com a Secretaria de Estado da Educação do

Paraná a partir da década de 80, passando por diferentes denominações. Neste ano, o

Programa Esporte Cidadão Unilever busca democratizar a prática do esporte, oportunizando a

todos os alunos o acesso com igualdade e qualidade, conscientes de seus direitos e deveres.

Visando a formação humana dos (as) alunos (as) , viabilizando ações que permitem intervir

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de forma efetiva na cooperação, na responsabilidade, no respeito as diferenças e na

autonomia.

A Educação Especial tem sido foco de discussão em todas as escolas tanto da rede municipal

como da rede estadual. Um dos objetivos é garantir atendimento de qualidade aos educandos

que apresentam dificuldades de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento

que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, não vinculadas a uma causa

orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou deficiências; atendimento aos

educandos que apresentam dificuldades de comunicação e sinalização demandando a

utilização de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis e com apoio da sala de recursos

que atende alunos (as) em contraturno.

Com objetivo de atender também as necessidades individuais e superação das dificuldades de

aprendizagem a escola oferece o Programa Sala de Apoio para alunos (as) das 5º séries nas

disciplinas de Português e Matemática a partir de 2006, em contraturno.

Quanto a Educação Ambiental, partimos da idéia que é compromisso de todos os educadores

trabalharem de forma interdisciplinar, visando a formação de conceitos, bem como, mudanças

de atitudes em relação ao meio. O tema está integrado a Agenda 21 Escolar realizado em

parceria com a comunidade e empresa, vinculado ao Programa “Viva Escola/PRESERVAR

PARA TRANSFORMAR” desde o ano de 2009, envolvendo alunos (as) do Ensino

Fundamental do período vespertino, em contraturno e com carga horária semanal de 4 horas

aula.

No que se refere a ampliar as possibilidades de acesso aos diferentes conhecimentos, a escola

oferece a partir deste ano (2010),aulas de Espanhol, através do CELEM ( Centro de Estudos

de Língua Estrangeira Moderna ) , com duração de dois anos , no período vespertino.

A cultura afrobrasileira, africana e nativa também tem seu espaço no processo ensino

/aprendizagem como fonte de conhecimento de valorização do ser humano,

independentemente das questões etnicorraciais, de gênero e sexual.

5.2 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente: reflexão teórico-prática

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“Al venir a la tierra, todo hombre tiene derecho a que se lê eduque, y después, en pago, el deber de contribuir a la educación de los demás.” José Martí

Viver e desenvolver-se implica em transformações contínuas que se realizam através da

interação dos indivíduos entre si e entre os indivíduos e o meio no qual se inserem.

Entendendo a produção e a apropriação do conhecimento como partes integrantes na

formação de todo educador, interessa-nos refletir sobre a forma como o educador participa do

processo de produção, apropriação e expropriação dos saberes produzido pela humanidade no

decorrer da história, assim como, entender sua relação com a história atual, construída no

cotidiano, no contexto educacional, político, social, a maneira como ocorre a articulação do

conhecimento historicamente acumulado com o conhecimento trazido pelo aluno.

Importa então tornar a escola como local de apropriação do conhecimento científico, por parte

de todos que dela participam. É urgente, portanto, pensar uma educação que venha de

encontro com os interesses da população da escola pública, com as condições reais de

trabalho, pois na maioria das vezes os projetos educacionais são articulados pela

mantenedora, sem a participação efetiva dos educadores e comunidade escolar. Alguns

projetos não condizem com a realidade social da qual a escola está inserida, não considera

suas características as dificuldades apresentadas, quando acabam depositando toda a

responsabilidade nos educadores, quanto aos altos índices de evasão e repetência. Além disso,

outros projetos que poderiam contribuir para a melhoria da qualidade do ensino acabam

esbarrando na burocracia e na falta de recursos.

A participação política dos educadores na discussão das políticas públicas, gestão democrática

e cursos de formação continuada não atendem a contento a todos os que trabalham pela

educação do Estado do Paraná, pois na maioria das vezes restringe-se aos professores

efetivos. É necessário que todos tenham acesso às informações, à participação, condições de

trabalho e salários dignos, para que possam sentir-se confortáveis, respeitados e valorizados

no seu trabalho.

A reflexão teórico-prática, da prática pedagógica é uma tarefa difícil, tendo em vista as

condições concretas do trabalho presentes na escola hoje, sabemos que muitas coisas precisam

ser feitas em nível de ensino e aprendizagem, ressaltamos a importância do papel da família

para o sucesso e permanência do aluno na escola, um dos maiores desafios da prática escolar.

Partindo do pressuposto de que o educador tem consciência do seu papel na sociedade, faz-se

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necessário refletir no coletivo escolar sobre a prática docente, tendo como ponto de partida à

possibilidade de torná-la mais autônoma, ou seja, menos submetida aos interesses sócio-

políticos onde predomina a competitividade, o individualismo, a submissão e a obediência

irrefletida.

Há ainda, a dificuldade em lidar com a prática real, no cotidiano da escola (alunos sem limites

e sem consciência do porquê estar na escola, falta de respeito com professores, colegas e

servidores em geral, salas numerosa, falta de material didático e para uso contínua, entre

outros), a alienação do trabalho, que em grande parte é fragmentado, devido a pouca

oportunidade de interação entre os professores o que, acaba interferindo de tal forma no

movimento, na possibilidade de intervir, caindo na obscuridade, ressaltando de forma

consciente e muitas vezes inconsciente a passividade, entre próprios educadores e até mesmo

em relação ao educando.

Portanto, para possibilitar mudança nessa situação é necessário questionar profundamente

sobre as nossas próprias posições filosóficas, epistemológicas, políticas e ideológicas, que

perpassam a prática escolar com o intuito de interferir positivamente no curso da educação

como um todo. Há uma distância bastante acentuada entre teoria e prática, os educadores de

maneira geral assinalam dificuldades em transpor a teoria para a prática, pois esbarra no aluno

real, com o ideal de aluno que todos gostariam de ter na escola (críticos responsáveis

colaboradores, disciplinados, desejosos em aprender entre outros tantos adjetivos). Ao

trabalhar com o aluno “real”, esses problemas, precisam ser enfrentados e resolvidos no

coletivo.

A escola precisa dar conta dessas questões para colaborar na construção de uma sociedade

justa e deverá consolidar seu espaço educativo que possibilite a compreensão e entendimento

das questões sociais, econômicas, políticas, as quais colaboram na formação dos (as) alunos

(as) e dos próprios trabalhadores da educação em cidadãos, transformando o meio em que

vivem.

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6. MARCO CONCEITUAL

O Projeto Político Pedagógico é concebido aqui como práxis – uma práxis refletida. A prática

como ponto de partida para a produção de novos conhecimentos.

Para termos a compreensão sobre a práxis educativa, bem como, cumprir os objetivos e metas

estabelecidas neste projeto, precisamos ter clareza das concepções: sociedade, homem,

cidadania, educação, conhecimento, escola, tecnologia, ensino-aprendizagem e avaliação na

construção de uma educação de qualidade para a nossa comunidade.

A partir do momento que temos conhecimento do que queremos - uma educação pública de

qualidade todos e todas que a ela procuram, será possível intervirmos conscientemente nas

práticas sociais a fim de que torná-la mais justa, democrática e igualitária.

6.1 Concepção de sociedade

Por mais que a escola se esforce em dar um retorno plausível à sociedade, ainda se depara nas

dificuldades que parecem ser intransponíveis como: preconceito, individualismo (provocado

pelo capitalismo desenfreado), conformismo tanto em relação a si como em relação ao

problema do outro, falta de segurança, competitividade exagerada e temor em manifestar-se,

expressar seu pensamento.

O modo como funciona a sociedade não pode limitar às aparências, é necessário compreender

as leis que regem o seu desenvolvimento, as leis históricos, ou seja, que as constituíram

historicamente. Vivemos numa sociedade heterogênea e fragmentada, marcada por profundas

desigualdades sociais de: classe, etnia, gênero, religião, e entre outras. Essa crescente

fragmentação do social, potência políticas conservadoras que interferem na política

educacional fazendo prevalecer os interesses políticos da classe dominante.

Entretanto, apesar de vivermos nessa sociedade desigual, queremos pensá-la e reconstruí-la de

forma diferente, por meio de ações que contribuam para o pleno desenvolvimento dos

cidadãos, viabilizando as informações para torná-los mais esclarecidos, que tenham

conhecimento de sua história e compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos

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não são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca construir

oportunidades de participação efetiva de todos os indivíduos que a compõem. E ainda, uma

sociedade que combata o individualismo, gerador do conformismo, onde o ser seja mais

importante que o ter, que a consciência da preservação ambiental, seja mais estimulada e

fortalecida do que a idéia do “progresso acima de tudo”, que as diferenças individuais e

coletivas sejam respeitadas e aceitas como parte integrante do todo social.

6.2 Concepção de homem

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas

necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas

relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência

destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho,

produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes formas através

de sua experiência com o mundo.

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, e se encontra com o

outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política,

garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas do mundo social.

Sendo assim, a sociedade, a família e a escola precisam preparar um homem transformador da

realidade na qual está inserido, partindo do pressuposto que ele é um ser histórico,

possibilitando-lhe à apropriação do conhecimento, dando-lhe condições para reescrever a sua

história de uma maneira crítica, construtiva, traçando metas e buscando alcançá-las , cuidando

do meio em que vive, tendo consciência da importância do desenvolvimento social e

ambiental sustentável e do respeito as diferenças individuais e coletivas.

Há caminhos: traçar objetivos e diretrizes que estimulem a consciência crítica, reflexiva,

participativa e transformadora, buscando a apropriação e domínio do conhecimento, assim

como o desenvolvimento do respeito às diferenças étnicas e culturais, orientação sexual,

opção religiosa, etc. efetivando o exercício da cidadania.

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6.3 Concepção de cidadania

A educação, de modo geral, encontra-se defasada em relação as necessidades contemporâneas

do homem. Por outro lado, a educação, como processo pedagógico sistematizado de

intervenção na dinâmica da vida social, é considerada hoje objeto de estudos científicos,

auxiliando na definição de estratégias políticas para o desenvolvimento das sociedades.

A educação pode disfarçar, legitimar ideologias, amenizar as contradições e os conflitos

sociais. Desmascarar e aguçar a consciência das contradições e contribuir para novas formas

de concepção de mundo.

Conseqüentemente, o não reconhecimento dos (das) outros (as) como seres humanos sujeitos

de direitos revelam as desigualdades sociais baseadas nas diferenças de etnias, gênero, idade,

classe social, ideologias, impregnam sentimentos e relacionamentos entre os "homens"

produzem práticas de exclusão, modos de gerir políticas, serviços sociais e modos de

governar.

As desigualdades sociais historicamente permitiram a uma grande massa de pessoas serem

desprovidas do mundo econômico, social, político e cultural.

Diante desse quadro, a prática educativa deve partir do princípio de oferecer um ensino de

qualidade social, vinculada à conquista da cidadania.

“A cidadania é o direito a ter direito, pois a igualdade em dignidade e direitos dos seres humanos não é dado. É construído da consciência coletiva, que requer o acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público que permite a construção de um mundo comum através do processo de asserção dos direitos humanos". ( Hannah Arendt)

Portanto, a finalidade precípua da educação é colaborar para a aquisição do senso crítico no

(a) aluno (a) e possa transformar e atuar de forma contundente na construção de uma

sociedade justa. Vivenciando e estabelecendo relações entre direitos humanos e cidadania.

Conquistar o exercício da cidadania e lutar pela efetivação dos direitos humanos requer

conhecimentos culturais, históricos, econômicos e sociais. Reconhecendo cada indivíduo

como sujeitos de direitos.

Para que isto ocorra, a escola deve assumir o papel de meio transformador, vivenciando com

sua comunidade experiências e informações necessárias onde adultos, jovens e crianças

coletivamente saibam reivindicar seus direitos, consolidando uma sociedade democrática,

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justa, emancipada, alicerçada na liberdade e na autonomia das pessoas.

6.4 Concepção de educação

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os dentro da

história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e

nas suas relações de trabalho.

“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo

tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo

de trabalho”. (Saviani, 1992, p.19)

Pretendemos uma educação voltada para formação de um indivíduo crítico, participativo,

responsável, consciente de seus direitos e deveres, preparado para a vida. Um indivíduo capaz

de interagir com o outro e com o meio ambiente de forma equilibrada. Uma educação voltada

para a transformação social, sendo esta libertadora, crítica, humanitária e emancipatória, que

oportunize ao educando apropriação do conhecimento científico, político, filosófico e

artístico.

É por meio da educação que possibilitamos ao homem relacionar seus conhecimentos e

experiências com outros necessários e apresentados na escola, bem como adquirir

conhecimentos necessários para fazer a leitura da realidade do mundo, para agir sobre a

realidade de forma consciente e responsável.

Neste sentido, ressaltamos a necessidade da escola conhecer as experiências sociais, culturais,

políticas e religiosas, as quais influenciam diretamente na formação do "homem" como ser

social.

6.5 Concepção de conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a

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natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo

trabalho.

De acordo com Veiga (1995, p.27) o conhecimento pressupõe as concepções de homem, de

mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova

forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando,

portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a

escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho

nas suas relações.

A ciência é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo objeto de trabalho do

educador. À apropriação, reconstrução e construção do conhecimento é percebido quando há

manifestação de atitudes e comportamentos, frente às situações vividas na prática social, não

ocorre individualmente acontece no social, gerando mudança interna e externa no cidadão e

nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade. Nunca está pronto e acabado, e sim

em processo de reflexão-construção-reflexão.

Diante do exposto busca-se para nossa escola um conhecimento dinâmico, que desperte no

educando a necessidade de trocas de experiências, que o leve a buscar inovações

relacionando o conhecimento historicamente acumulado com as práticas sociais, instigando-o

a ousar e por em prática os conhecimento adquiridos, reconstruí-los se necessário for,

exercitando o senso crítico e autonomia, para tomar decisões e interferir no meio em que

vive.

É importante lembrar que o acesso ao conhecimento é direito de todos, cabendo a escola

valorizar os conhecimentos que os (as) alunos (as) já possuem e oportunizar situações de

aprendizagem que leve o educando a apropriar-se do saber historicamente acumulado pela

humanidade, por meio de ações que atendam a todos e todas que a ela procuram.

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6.6 Concepção de escola

A escola é uma das instâncias, que tem por função a elevação cultural dos seus educandos.

Têm uma função importante e significativa dentro da sociedade, pois é um lugar privilegiado

onde ocorre à troca de experiências entres seus componentes: alunos, professores,

funcionários, direção e comunidade escolar. É um ambiente pedagógico que tem como um de

seus objetivos favorecer o processo de ensino e aprendizagem, através da ação pedagógica

intencional e planejada por todos os integrantes que dela fazem parte.

“A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo e suas contradições, fornecendo-lhe instrumentos, por meio da apropriação dos conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade” (Luckesi, 1999, pg. 70).

Partindo desses pressupostos vemos a escola, como uma instância de ação, surgida das

necessidades de ações, necessidades históricas da humanidade, uma instância social que tenha

como finalidade educativa garantir ao educando à apropriação dos conhecimentos científicos,

artísticos, esportivos, políticos e filosóficos, o acesso, permanência e sucesso dos alunos, a

formação continuada dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, o trabalho coletivo e a

gestão educacional democrática.

Além disso, o espaço escolar deverá acolher toda comunidade, na qual está inserida,

democratizando informações por meio de palestras, cursos, seminários, projetos

desenvolvidos pela instituição educacional e órgãos governamentais ou privados que atendam

suas necessidades, possibilitando a consolidação da cidadania e justiça social.

6.7 Concepção de Tecnologia

O uso de tecnologias como apoio ao ensino e à aprendizagem vem evoluindo

vertiginosamente nos últimos anos, podendo trazer efetivas contribuições a educação.

Entretanto para evitar superar o uso ingênuo dessas tecnologias é fundamental conhecer as

novas formas de ensinar e aprender, bem como de produzir comunicar e representar

conhecimento, possibilitadas por esses recursos, que favoreçam a democracia e a integração

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social.

A integração entre tecnologias, linguagens e representações têm papel preponderante na

formação de pessoas melhor qualificadas para o convívio e a atenção na sociedade,

conscientes de seus compromissos para o contexto, a valorização humana e a expressão da

criatividade.

Nesta perspectiva, o cenário educacional requer do professor saber como usar

pedagogicamente tais recursos.

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas

também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes e deve ser entendida

como uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode

contribuir para o aumento das desigualdades, ou para inserção social se vista como uma forma

de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica não será

suficiente para o acesso de todos, da Escola Pública, sem que haja uma vontade e ação

política que possibilite investimento para que esses recursos tecnológicos (elementares e

sofisticados) existam e possam ser ferramenta que contribua para o desenvolvimento do

pensar, sendo um meio de estabelecer relações de ente o conhecimento científico, tecnológico

e sócio-histórico, possibilitando articular ação, teoria e prática.

6.8 Concepção de ensino-aprendizagem

Quando o educando começa a fazer parte da instituição educativa, sua experiência nela, o que

lhe é ensinado torna-se constitutivo de sua pessoa modificando-o continuamente. Isto

significa que todo o processo de ensino-aprendizagem se insere num contexto mais amplo da

construção do ser humano, porque a aprendizagem na escola se efetua como um processo

dinâmico, interligado a outras instâncias de apreensão e compreensão da realidade.

As experiências vividas na escola e fora dela são constituídas por ações e interações que

participam da formação e do desenvolvimento do educando.

O aluno apresenta um conhecimento que se constitui por estratégias específicas, que se

modificam, inclusive, em função dos conhecimentos adquiridos e das experiências

vivenciadas no interior da escola e fora dela.

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Para que ocorra de fato o ensino e a aprendizagem e que o conhecimento se construa nessa

relação, são necessárias duas condições: primeiramente que a nova informação seja passível

de ser compreendida pelo aluno, ou seja, precisa haver uma ligação possível entre aquilo que

o aluno já conhece com o que irá aprender. Em segundo lugar, que se estabeleça uma relação

ativa do aluno com o conteúdo a ser apreendido.

A ciência faz parte do cotidiano do aluno em qualquer idade, pois está na cultura, na

tecnologia, nos modos de pensar da sociedade de nossos dias. Todo aluno detém um

conhecimento, que está contido na teoria científica e que deve ser necessariamente articulado

com o conceito científico que se lhe pretende ensinar. Este conhecimento apresenta-se muitas

vezes de forma fragmentada de advindos do senso comum e o aluno deverá ser levado pela

ação do professor, a superar essa visão fragmentada para chegar à compreensão e apropriação

do conhecimento historicamente em todas as áreas.

O ponto de partida é a prática social, saberes que o aluno vivencia no seu cotidiano, através da

observação e das informações diversas. O aluno levanta hipóteses que deverão ser

transformadas em conhecimento formal através da ação pedagógica.

No processo de ensino-aprendizagem é imprescindível falar da necessidade de se cultivar uma

relação sadia, comprometida, responsável, afetiva e autônoma na relação professor-aluno. O

professor deverá ter autoridade pedagógica para conduzir o trabalho com seus alunos. A

relação do aluno-professor, na escola, é mediada, então pelo conhecimento formal. O

professor detém o conhecimento formal que o educando deverá apropriar-se e a interação

entre ambos deve ser ativa e participativa que permita e promova a apreensão conhecimento.

A ação pedagógica implica, portanto, numa relação especial em que o conhecimento é

construído e reconstruído, para tanto, exige do professor domínio dos conteúdos e suas

metodologias com utilização recursos didáticos adequados, os quais possibilitam o

desenvolvimento de seus educandos com qualidade social.

É igualmente importante que o professor não perca de vista o que a interação com o educando

tem um objetivo específico que é possibilitar-lhe apropriação do conhecimento. E isto, só

pode ser realizado pela ampliação de conceitos e transformação de significados que o

educando traz da prática social por meio de experiências extra e intra-escolares anteriores.

Portanto, nesta perspectiva que se dá a apropriação do conhecimento na escola. O indivíduo

que ensina, o indivíduo que aprende e o conhecimento, sendo que as múltiplas possibilidades

de interação entre eles serão sempre medidas pelas normas institucionais, o que dá

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especificidade à ação pedagógica.

Dentro deste contexto que se deve situar o aluno, procurando compreender a trajetória que ele

realiza em seu processo de constituição como sujeito histórico, capaz de transformar a

sociedade em que vive. A vivência do aluno na escola atende a objetivos específicos, mas as

experiências aí adquiridas são partes integrantes na vida do indivíduo, possibilitando uma

atuação mais efetiva na prática social.

6.9 Concepção de avaliação

Partimos da idéia que a avaliação é um processo amplo da aprendizagem, indissolúvel do

todo, que envolve responsabilidade do professor e do aluno, pensar avaliação no âmbito da

Educação Escolar, no campo da Educação de Direitos, nos leva pensar a sua função, o papel

social do professor, a razão da existência da Escola. Traz a discussão sobre a inclusão e

exclusão, privilégios e direitos, deveres e obrigações, que alunos queremos formar que escola

estamos construindo e para qual sociedade.

Transformar a prática avaliativa significa questionar a educação desde as suas concepções,

seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Significa mudanças

conceituais, redefinição de conteúdos, das funções dos docentes, entre outros.

Propõe-se uma reestruturação interna na escola quanto à sua forma de avaliação. Necessita-se,

sobretudo, de uma avaliação contínua, formativa e emancipatória, na perspectiva do

desenvolvimento integral do aluno. O importante é estabelecer um diagnóstico correto para

cada aluno e identificar as possíveis causas de seus fracassos e/ou dificuldades visando uma

maior qualificação e não somente uma quantificação na aprendizagem.

Pensamos que a avaliação processual e formativa – no sentido de melhoria do processo de

ensino-aprendizagem deveria ser inicial, para conhecer melhor o aluno, contínua para ajudar o

aluno durante o processo de ensino e final para julgar globalmente o resultado do processo

como um todo, em função dos objetivos previstos e conduzi-los de acordo com os resultados

apresentados.

A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar o aluno. Fundamenta-

se no processo de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e sociais, fundamenta-

se em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se

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atualizam o quando for preciso para que continue a aprender.

Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer

que ela se converte em ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem

do aluno e a qualidade do ensino.

Neste sentido, a avaliação estará presente durante todo o processo educacional e não somente

em períodos específicos. A avaliação atenderá os objetivos previamente estabelecidos e

cumprirá a função de diagnóstico. Avaliando todos os comportamentos envolvidos no

processo de aprendizagem.

Avaliar não é competência única do (a) professor (a), mas sim de todas as pessoas que

integram o processo educacional (alunos, pais e administradores).

Portanto, a concepção de avaliação numa visão emancipatória está apoiada em princípios e

valores comprometidos com a formação do "cidadão".

6.10 Critérios de organização interna da escola

A escola oferta no período matutino, Ensino Fundamental 7ª e 8ª séries, Ensino Médio !ª, 2ª e

3ª e Técnico em Informática Integrado – 1ªsérie. No período vespertino o Ensino

Fundamental com as 5ª, 6ª e 7ª séries. O período noturno funciona o Ensino Médio com 1ª, 2ª

e 3ª séries e o Pós Médio em Secretariado na modalidade Subseqüente.

Os alunos das 5ª séries que apresentam dificuldades acentuadas na aprendizagem são

atendidos em contraturno, através da sala de apoio que está em funcionamento desde o ano de

2004. No ano de 2005, a escola organizou o processo para funcionamento da sala de recursos,

a fim de atender alunos do Ensino Fundamental com transtornos de desenvolvimento global.

A autorização ocorreu no início do ano letivo de 2006, a qual continua em pleno

funcionamento.

Contamos também a partir deste ano letivo com uma professora de apoio à comunicação aos

alunos portadores de deficiência física e neuromotora.

A partir de 2009 no período matutino funciona duas vezes na semana em contraturno o

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Programa “Viva Escola - Preservar para Transformar”, atendendo alunos (as) das 5ª e 6ª séries

do período vespertino. A participação das atividades requer matricula com anuência dos pais

e/ou responsáveis.

Funciona também o Programa Esporte Cidadão Unilever com atividades semanais com uma

carga horária de 16 horas /aulas, atendendo alunos (as) na faixa etária entre 9 a 15 anos para a

prática de voleibol e de ações comunitárias tendo como critério de participação estar

regularmente matriculados na escola onde o programa é desenvolvido e freqüência nas aulas .

A diretora e vice-diretor contam com o apoio das instâncias colegiadas, da equipe pedagógica,

das coordenadoras dos cursos profissionalizantes, equipe da secretaria e de apoio,

A biblioteca e a secretaria funcionam em tempo integral, a equipe de apoio é distribuída de

forma a atender as necessidades da instituição, a fim de proporcionar um ambiente

organizado, limpo e agradável para todos que dela fazem parte.

Lembramos que a escola conta também com a equipe de cozinheiras, as quais têm a atribuição

de fazer as refeições diárias para os (as) alunos (as). Seguindo as orientações emanas da

SEED quanto ao armazenamento, preparo e consumo.

A partir deste segundo semestre foi implantado a Equipe Multidisciplinar, na qual participam

membros da comunidade escolar representando diversas categorias para coordenar e

desenvolver diferentes atividades relacionadas (estudo, reuniões, apresentações culturais...), a

cultura afrobrasileira ,africana e indígena.

Para que o Projeto Político Pedagógico se torne uma prática social e se efetive de fato é

necessário propiciar situações que lhe permitam aprender a pensar e a realizar o fazer

pedagógico de forma coerente. Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação

da intencionalidade da escola, pelo incentivo da autonomia dos trabalhadores da educação a

fim de seja possível contribuir para a formação de cidadãos participativos, responsáveis,

compromissados, críticos e criativos.

6.11 Princípios da Gestão Democrática

Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de decisões e

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informações, a preocupação com a qualidade da educação e com a relação custo-benefício, a

transparência (capacidade de deixar clara para a comunidade como são usados os recursos da

escola, inclusive os financeiros).

Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores, funcionários e outras

pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as decisões são tomadas pelos

principais interessados na qualidade da educação na escola, a chance de que dêem certo é bem

maior.

Os conselhos escolares, como mecanismos de participação da comunidade na escola, já estão

presentes em muitas escolas no país. A função dos conselhos é orientar, opinar e decidir sobre

tudo o que tem ver com a qualidade da escola (como participar da construção do projeto

político-pedagógico e dos planejamentos anuais, opinar sobre a organização e distribuição das

turmas, avaliarem os resultados da administração na busca de meios para solucionar os

problemas administrativos e pedagógicos, decidir sobre os investimentos prioritários).

Mas não será só nos conselhos que a comunidade participa da escola. Reuniões pedagógicas,

festas, exposições e apresentações dos alunos são momentos em que familiares representantes

de serviços públicos da região associações locais devem estar presentes. Como a democracia

também se aprende na escola, a participação deve se estender à todos os alunos, até mesmo as

crianças. Como cidadãos, eles têm direito de opinar sobre o que é melhor para eles e se

organizarem em colegiados próprios, como os grêmios.

Por fim, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso lidar com conflitos e

opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida, mas precisamos sempre dialogar com os que

pensam diferente de nós e, juntos negociar.

A Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange

dimensões: pedagógica, administrativa e financeira. Exige a compreensão em profundidade

dos problemas postos pela prática pedagógica. Visa romper com a separação entre concepção

e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e a prática. Busca resgatar o controle do

processo e do produto do trabalho pelos educadores. A socialização do poder propicia a

prática da participação coletiva, o que atenua o individualismo; da reciprocidade; que supera a

opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram

políticos educacionais da qual a escola é mera executora.

A Gestão Democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos

diferentes segmentos da escola nas decisões, ações administrativo-pedagógicas que nela são

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desenvolvidas.

A igualdade de oportunidades de participação requer, portanto, mais que a expansão

quantitativa de ofertas; requer a ampliação do atendimento com simultânea manutenção da

qualidade. Saviani nos alerta para o fato de que há desigualdade no ponto de partida, mas a

igualdade no ponto de chegada deve ser garantida pela mediação da escola. “Só é possível

considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a democracia

como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no ponto de chegada”.

(1982 p 63)

Para garantir o acesso e permanência do aluno na escola é preciso ter clareza a respeito das

diversidades da comunidade escolar, oferecer ambiente adequado para a inclusão dos alunos

com necessidades educacionais especiais, a diversidade, atender a todos, respeitando as

diferentes formas de aprender priorizar o conhecimento como forma de emancipação, através

de práticas pedagógicas que contemplem o aluno como centro do processo educativo. Criar

estratégias de inclusão para que todos que procuram a escola se sintam nela integrados.

6.12 Capacitação continuada de educadores

Garantindo os princípios e fins da educação nacional no art. 3º VII – “valorização do

profissional da educação escolar”. A formação continuada é um direito de todos os

profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão

funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas

também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores

articulado com as escolas e seus projetos.

Compete a escola:

• Proceder ao levantamento de necessidade de formação continuada de seus

profissionais;

• Elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos órgãos

centrais no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na avaliação

do referido programa.

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• Viabilizar a participação dos trabalhadores da educação em eventos de formação

continuada oferecida pelo órgão mantenedor como também por instituições privadas.

A formação continuada não deve se limitar aos conteúdos curriculares, mas se estender à

discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.

Todos os profissionais da escola são importantes para a realização dos objetivos do projeto

político-pedagógico. Os professores são responsáveis por aquilo que os especialistas em

educação chamam de transposição didática, ou seja, concretizar os princípios político-

pedagógicos em ensino/aprendizagem. Cada um dos demais profissionais tem um papel

fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas

também da vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola.

Tamanha responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio. Para tanto,

é importante que se garanta formação continuada aos profissionais e também outras

condições, tais como estabilidade do corpo docente, o que incide sobre a consolidação dos

vínculos e dos processos de aprendizagem, uma adequada relação entre o número de alunos,

salários condizentes com a importância do trabalho, espaços físicos e recursos didáticos

necessários às práticas pedagógicas de cada disciplina previstas na proposta curricular.

6.13 Qualidade do ensino e aprendizagem

A qualidade do processo de ensino e aprendizagem não depende apenas da escola, mas

principalmente de políticas públicas voltadas para a qualidade da Escola Pública. Entendemos

que para termos uma educação com qualidade é preciso que se garanta o acesso-permanência

do aluno na escola e a valorização dos profissionais da educação através de uma remuneração

digna e da oferta de cursos de formação continuada.

Enquanto escola há necessidade de se colocar o aluno como centro do processo educativo,

oferecendo um ensino que promova a interação entre aluno e o conhecimento, de modo a

possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais à sua transformação

enquanto síntese das múltiplas relações sociais. Compreendê-lo como um processo

sistemático de continuas e cumulativas mediações sociais, promovendo atividades que

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conduzem a reflexão-ação sobre a realidade, possibilitando um processo mais significativo de

apropriação-socialização-produção do saber.

Precisamos compreender a aprendizagem como: um processo dinâmico, cumulativo e

permanente de subjetivação do mundo objetivo produzido cultural e historicamente, processo

contínuo de apropriação do mundo pelo sujeito, por meio de suas múltiplas interações,

processo intra e intersubjetivo de apropriação de saberes-objetos, de domínio de atividades

“engajadas” no mundo e de regulação de suas relações com os outros e consigo mesmo.

A aprendizagem ocorre pelo/no processo de interação e mediação entre sujeitos, numa

construção coletiva do conhecimento.

Destacamos a idéia básica de aprendizagem como um processo em construção que se dá por

interação permanente do sujeito com o meio que o cerca. Meio esse expresso pela família,

depois pelo acréscimo da escola ambos permeados pela sociedade.

Uma educação com qualidade tem como objetivo diminuir e combater a evasão e repetência,

através de professores capacitados, valorizados e estimulados, cumprindo a sua nobre missão

de educar, dando especial atenção àqueles alunos que se mostram mais indisciplinados e que

apresentam maiores dificuldades no aprendizado, exercendo sua autoridade, estabelecendo

limites e responsabilidades, sem jamais deixar de respeitá-los; conselhos escolares realmente

participativos, representativos e atuantes que apóiem o desenvolvimento também dos projetos

voltados à comunidade escolar com recursos humanos e financeiros; instalações adequadas,

asseio, organização e segurança, enfim que haja um ambiente propício ao estudo e à

aprendizagem, no qual o aluno se sinta estimulado a permanecer e a aprender.

6.14 O currículo da escola pública

A proposta aqui sistematizada é resultado do trabalho coletivo de todos os profissionais da

Educação do Paraná no decorrer do ano de 2004/2005. Ela apresenta, neste momento, o

projeto político pedagógico possível e expressa o compromisso dos profissionais da educação

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com a melhoria da educação no sentido de responder às necessidades sociais e históricas, que

buscam a escola pública. Está sendo reconstruído nesse momento da educação pública por

todos aqueles que dela fazem parte, através de grupos dos estudos entre os profissionais da

educação.

Pensado como uma construção histórica e social, o currículo traduz os diferentes interesses

em disputa, produzindo e reproduzindo as relações sociais, desiguais, assimétricas, que

caracterizam as sociedades contemporâneas. Através dele é possível produzir, reafirmar,

negar ou silenciar identidades e diferenças sociais. Nesse sentido, o currículo se transforma

igualmente em um importante instrumento de negociação política entre os diferentes

envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.

Pensar currículo como resultado e caminho para o trabalho coletivo, implica percebê-lo como

prática social viva, dinâmica e processual traduzida, pelo conjunto de experiências produzidas

e vividas por professores e alunos.

A valorização dos saberes sociais trazidos dos meios familiares e sociais não deve ser

confundida como homogeneização dos papéis sociais, atribuídos à família e à escola. A escola

é um espaço específico de produção e transmissão de conhecimento. Um espaço que

estabelece relações privilegiadas com o saber. Um espaço, onde é possível para o educador e

para o educando estruturar e sistematizar os saberes plurais criados em outros lugares.

O currículo é percebido assim como o conjunto de representações que organizam em torno do

conhecimento escolar. Conhecimento esse produzido num espaço social com funções sociais

formativas e normativos, que precisam ser devidamente consideradas.

À escola e ao professor compete organizar, sistematizar e ensinar estes conhecimentos.

Facilitar aos alunos a construção de novas formas de leitura do mundo, no sentido de permitir

a esses alunos se situarem em um mundo por definição extremamente complexo e dinâmico.

Partimos da idéia que o currículo escolar e o resultado de escolhas intencionais que fazemos

dentro do imenso conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade, e que contém

princípios gerais que norteiam as nossas escolhas, compreendendo que há limites e

possibilidades para a escola na construção da sociedade que sonhamos.

O currículo engloba um conjunto de experiências coletivamente organizadas pela escola que

se responsabiliza e disponibiliza aos alunos, com o objetivo que o aluno aprenda algo. O eixo

do currículo em torno do qual ele gira, é o conhecimento escolar. A centralidade do currículo

é o conhecimento, pois a escola deve ensinar com qualidade, este é um pressuposto do qual

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partilhamos.

Apresenta às seguintes características:

1 – É um instrumento sistematizador, organizador do processo educativo. É através dele que

de materializa a ação educativa;

2 – Envolve ao mesmo tempo intenções (é um projeto político cultural para as jovens

gerações) e práticas, colocadas em ação para concretizar as intenções. Ele tem um caráter, um

futuro imaginado e os ideais políticos se expressam em cada decisão tomada;

3 – Como intenção ele é um conjunto de escolhas que ocorrem nas Secretarias de Educação,

nas escolas e vão até a sala de aula, em cada aula que se dá;

4 – O currículo gera efeitos, contribui para construção de identidades, deixa marcas. A marca

da instituição, do professor, do conhecimento apropriado por cada aluno, que irá lidar com

suas marcas de maneira diferente, mas que estão presentes;

As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva. Coletivamente devemos ter condições de

decidir o que se considera significativo para que os alunos aprendam como fazer para que ele

compreenda o mundo em que vive e transforme-o.

6.15 Dinâmica do currículo

Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar. Implica,

necessariamente, a interação entre sujeito que têm um mesmo objetivo e a opção por um

referencial teórico que o sustente. É uma construção social do conhecimento, pressupondo a

sistematização dos meios para que esta construção se efetive; transmissão dos conhecimentos

historicamente produzidos e as formas de assimilá-los. Portanto, produção, transmissão,

assimilação/apropriação são processos que compõe uma metodologia de construção coletiva

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do conhecimento escolar. Neste sentido, o currículo refere-se à organização do conhecimento

escolar.

“O contexto apropriado ao desenvolvimento de práticas curriculares que favoreçam o bom rendimento e a autonomia dos estudantes e, em particular, que reduzem os elevados índices de evasão e repetência de nossa escola.” (Aranouwtz e Geraux, 1992,22)

O currículo não é um elemento neutro, expressa uma cultura, a determinação do

conhecimento escolar, portanto, implica fazer uma análise crítica, tanto da cultura dominante,

quanto da cultura popular. Deve estar inserido no contexto social, uma vez que ele é

historicamente situado e culturalmente determinado. É organizado de forma disciplinar, no

entanto visa reduzir o isolamento das disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num

todo mais amplo possibilitando o trabalho interdisciplinar, o qual poderá ser desenvolvido por

meio de projetos com a mediação da equipe pedagógica.

6.16 Reflexão sobre trabalho pedagógico

“Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a

sua construção (Freire,1996)”.

O trabalho pedagógico é uma atividade eminentemente humana, que ocorre no interior da

escola, mas também fora dela, onde sujeitos com histórias diferentes se interagem e inter-

relacionam, buscando a ampliação e a apropriação de conhecimentos e experiências

significativas para a vida social, pessoal e política.

A escola é vista como uma instituição social que concretiza as relações entre educação,

sociedade e cidadania, sendo responsável pela formação de novas gerações.

A prática pedagógica constitui-se permanentemente, nunca está pronta e acabada, constrói-se

e reconstrói-se pela formação inicial e continuada dos profissionais da educação. Podemos

defini-la como uma prática social específica, de caráter histórico e cultural. Vai além da

prática docente, das atividades didáticas dentro da sala de aula, abrangendo os diferentes

protagonistas e aspectos do projeto pedagógico da escola, bem como, as relações com

comunidade e a sociedade em geral.

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É preciso criar espaços e momentos que garantam as condições necessárias para se trabalhar a

relação entre aspectos teóricos e práticas da ação docente, (exemplo: a avaliação), de modo

que o professor desenvolva a formação necessária relacionada aos seus instrumentos de

trabalho, em articulação com seus fundamentos pedagógicos.

Nesta perspectiva propõe-se um fazer pedagógico voltado para construção do conhecimento

no contexto escolar, feito a partir do encontro de diferentes saberes, saber do cotidiano que

alunos e professores trazem de suas vivências familiares e sociais, conceitos científicos,

artísticos, filosóficos e políticos que são construídos a partir do contato do aluno com o

conhecimento mediado pela ação do professor.

É nessas condições que o fazer pedagógico implica e exige a presença dos educadores e

educandos como criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e

persistentes. As experiências de aprendizagens dos educandos vão transformando-os em reais

sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente

sujeito do processo. Daí a importância do papel do educador, conforme coloca Freire, “o

mérito da paz que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar

conteúdos, mas também ensinar a pensar certo”.

6.17 Princípios curriculares

Uma concepção de currículo comprometida com melhoria da educação pública do Estado do

Paraná deve estabelecer princípios que:

1 – Propiciem ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas áreas do

conhecimento, que capacitem não apenas os educadores como também os demais sujeitos

escolares (discentes, funcionários e comunidade) a ler a realidade, interpretar, se posicionar e

influenciar sobre ela.

2 – Respeite e incentive a liberdade de pensamento, a discussão, a capacidade argumentativa,

o gosto e o reconhecimento da importância do debate na escola.

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3 – Organize os programas através de conteúdos socialmente significativos, permitindo

compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa

visão dialética do conhecimento.

4 – Possibilite praticar a resistência à sociedade capitalista e aos seus valores

desumanizadores de consumo, competição, desrespeito à vida e à natureza. Que possibilite

reconhecer e pratica a resistência aos valores dos países imperialistas e hegemônicos.

5 – Coloque os sujeitos escolares em movimento, mostrando a necessidade de participar dos

movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares.

6 – Crie o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação contínua e

atualizada – o gosto e o hábito de pesquisar e aprender – para desenvolver a autonomia

intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da dominação cultural

burguesa.

7 – Permita aos sujeitos escolares o domínio do conhecimento, o acesso e a fruição das

conquistas da humanidade, no campo das artes, dos esportes, das ciências, das letras e da

tecnologia.

8 – Permita aos sujeitos escolares conhecerem, valorizarem e vivenciarem as manifestações

populares, compreendendo as relações de interdependências entre as culturas e sem qualificar

uma delas como superior.

9 – Traga para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas pelas populações do

campo, das comunidades indígenas, das populações ribeirinhas e outras, rompendo com a

falsa dicotomia entre o popular e o erudito.

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10 – Possibilite a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade cultural,

para lutar contra a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual, contra os

portadores de necessidades especiais, entre outras.

11 – Incentive a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a participação coletiva

nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando os órgãos de representação

e a participação efetiva de todos.

12 – Assegure as alegrias do presente (e não apenas pensar nas promessas do futuro), pois

quando a escola consegue proporcionar o prazer de se aprender no momento atual, as crianças

e os jovens irão pressentir o prazer de aprender sempre.

6.18 Trabalho coletivo

As relações de trabalho na escola deverão ser firmadas nas atitudes de solidariedade, de

reciprocidade e participação coletiva, por isso todo o esforço de se criar e aprimorar uma nova

organização deve levar em consideração as condições concretas presentes na prática

educacional. Precisamos pensar e agir de forma a criar formas e relações de trabalho, com

espaços abertos à reflexão coletiva que favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre

os diferentes segmentos que compõem o universo escolar.

De acordo com Machado (p.30, 1989) “o processo de luta é visto como uma forma de

contrapor-se à dominação, o que pode contribuir para articulação de práticas

emancipatórias”.

O trabalho coletivo pressupõe a participação de todos os protagonistas da educação: alunos,

família, professores, funcionários e demais forças sociais. A autonomia social e política são

construídas, pela interação dos diferentes sujeitos envolvidos no processo educativo.

O conhecimento é visto como um processo de construção permanente; interdisciplinar e

contextualizado fruto da ação individual e coletiva dos sujeitos.

Pressupõe-se que para interferir e agir deforma crítica na construção do conhecimento é

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preciso respeitar e acolher a todos aqueles que ficaram à margem da escola.

A escola tem como função proporcionar uma educação de qualidade para todos, preparando-

os para o exercício da cidadania, para prosseguimento aos estudos e melhor formação pra o

mundo do trabalho, bem como agir na sociedade de forma crítica e ativa a fim de torná-la

democrática.

6.19 Prática transformadora

Conforme coloca Gasparin,

“A escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta à sociedade na qual está inserida, neste sentido, ela nunca é neutra, mas sempre ideológica e politicamente comprometida. Por isso, cumpre uma função específica, cabendo a nós educadores neste momento repensar a função da escola, e a finalidade dos conteúdos escolares”. (p.3, 2003)

Partimos da idéia que a função social da educação escolar é a formação do cidadão

participativo, responsável, crítico e criativo, através da apropriação, produção e socialização

de saberes acumulados historicamente pela humanidade.

Os conteúdos a serem ensinados precisam ser integrados e aplicados teórica e praticamente no

contexto social do educando. Desta forma a responsabilidade do educador é grande, assim

com a do aluno. Ambos são co-autores do processo de ensino-aprendizagem. Juntos devem

descobrir para que servem os conteúdos científico-culturais eleitos pela escola. O

conhecimento escolar apresenta um caráter teórico-prático. Implica que seja apropriado

teoricamente como um elemento fundamental na compreensão e na transformação da

sociedade.

Numa perspectiva de educação prática transformadora implica trabalhar os conteúdos de

forma contextualizada em todas as áreas do conhecimento humano. Que de acordo com

Gasparin (p.3, 2002), isso possibilita evidenciar aos alunos que os conteúdos são sempre uma

produção histórica de como os homens conduzem sua vida nas relações sociais de trabalho e

em cada modo de produção.

O fazer pedagógico nessa perspectiva é visto como uma forma que permite compreender os

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conhecimentos nas diversas faces que aparece dentro do social.

“Os conhecimentos científicos necessitam, hoje, ser reconstruídos em suas plurideterminações, dentro das novas condições de produção da vida humana, respondendo, quer de forma teórica, quer de forma prática, aos novos desafios propostos.” (Gasparin, p.3; 2002).

Essa nova forma pedagógica de agir exige que se privilegiem a contradição e a dúvida, o

questionamento; que se valorize a diversidade, e a divergência; que se interroguem as certezas

e incertezas, desvelando os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta e acabada.

O ponto de partida para abordagem pedagógica é a realidade social mais ampla. Aprender a

fazer a leitura crítica dessa realidade torna possível apontar um novo pensar e agir

pedagógicos.

Para o desenvolvimento dessa proposta pedagógica, toma-se como marco referencial

epistemológico à teoria dialética do conhecimento, tanto para fundamentar os pressupostos

teóricos metodológicos e planejamento de ensino-aprendizagem, como a ação educador-

educando.

A proposta pedagógica, derivada da teoria dialética do conhecimento segundo Gasparin

(p.6,2003), tem como primeiro passo ver a prática social dos sujeitos da educação. A tomada

de consciência sobre essa prática deve levar o professor e os alunos à busca do conhecimento

teórico que ilumine e possibilite refletir sobre o fazer prático cotidiano. A prática é aqui

também uma expressão da prática social geral, da qual o grupo faz assim como da prática

social global.

Gasparin diz que:

“o processo pedagógico deve possibilitar aos educandos, através do processo de abstração, a compreensão da essência dos conteúdos a serem estudados, a fim, de que sejam estabelecidas as ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade global, com a totalidade da prática social e histórica”. (p.3, 2003)

Este é o caminho que propicia aos alunos a passarem do conhecimento senso comum para o

conhecimento teórico-científico, levando a compreensão da realidade em todas as suas

dimensões.

A finalidade do ensino nessa concepção metodológica é de que ensino é retorno à prática para

transformá-la. O conhecimento teórico adquirido pelo educando deverá retornar à prática

social de onde se originou, visando agir sobre ela com entendimento mais crítico, elaborado e

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consciente, intervindo em sua transformação.

Para que essa prática de ensino se efetive é primordial que os educadores compreendam o seu

papel na sociedade, assim como a especificidade de sua profissão, que é trabalhar

conhecimentos historicamente acumulados com a participação dos educandos, a fim de que

possam entender, agir e interferir de forma positiva na sociedade para que possa torná-la

democrática.

6.20 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico

A escola é um espaço de transmissão, criação e recriação do conhecimento e também um

espaço político que tem como meta prepara o aluno através da instrumentalização filosófica,

artística e científica para agir em sociedade.

A escola pretende do ponto de vista pedagógico:

• Fazer, refazer, refletir, realimentar no coletivo o Projeto Político Pedagógico.

• Desenvolver nas horas atividades uma prática de integração e troca experiências.

• Proporcionar momentos de reflexão aos profissionais da educação no coletivo e

estudar temas pedagógicos das áreas do saber.

• Priorizar o pedagógico do que o administrativo – aluno como centro do processo –

qualidade na educação para todos.

• Reflexão sistemática da prática educativa como ponto de chegada.

• Auxiliar os docentes na sua prática, bem como orientá-los sobre os procedimentos

teóricos metodológicos indicados na matriz curricular e sobre as vantagens do plano

de trabalho docente:

• Apresentar aos alunos o roll dos conteúdos programáticos, para que possam preparar-

se com antecedência para as aulas.

• Aulas dinâmicas e com metodologias e recursos variados. Além dos recursos

metodológicos diferenciados há necessidade de estabelecer o vínculo

afetivo/emocional.

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• Auxílio na definição dos conteúdos para tratamento diferenciado quando necessário;

• Reflexão permanente no coletivo sobre: o que, como e porque se ensina determinado

conteúdo.

• Proporcionar um ambiente de vivência pedagógica onde se busca a coerência do saber

e do fazer, da teoria e da prática, avaliação e auto-avaliação, do que deve ser e do que

a realidade do trabalho permite fazer.

• Trabalhar com as crises e conflitos de forma positiva buscando compreender e

conhecer suas causas, para re-significação da vida, das práticas e das lutas, que afirme

o direito, a diferença e o dever de transformar o mundo, contra toda forma de

desigualdade e discriminação (sociais, políticas, culturais, religiosas, gênero, etnia,

portadores de deficiência...) – compreender e partilhar às práticas, os desafios e as

dificuldades concretas, é condição para intensificar a luta pela superação das crises e

conflitos que encontramos no interior da escola e fora dela.

• Gestão democrática e participativa em eventos políticos, sociais e culturais

relacionados com a luta pelos direitos humanos e conquista da cidadania.

• Superação do autoritarismo, com exercício permanente do diálogo.

• Organização coletiva do trabalho pedagógico, através da socialização de prática e

saberes.

• Formação continuada que propicie à reflexão teórico-prática sobre o todo da escola e

sua relação com a sociedade.

• Estimular uma relação de companheirismo entre educadores e alunos.

• Praticar a avaliação diagnóstica, formativa, contínua e crítica que contribua para a

qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

• Estabelecer uma avaliação emancipatória, voltada para a construção do sucesso

escolar e inclusão como princípio e compromisso social.

• Garantir que todos os alunos que nela ingressam tenham sucesso, oferecendo

tratamento pedagógico diferenciado para os que apresentam maiores dificuldades (sala

de apoio e de recursos).

• Refletir e rever o Conselho de Classe, partindo do pressuposto que o mesmo deve

constituir-se num espaço privilegiado de reflexão pedagógica avaliativa, cuidando

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para que a reflexão pedagógica prevaleça sobre qualquer outro aspecto.

• Trabalhar a diversidade cultural, diferenças étnico-racial, numa perspectiva de respeito

à singularidade do ser humano.

• Favorecer a inserção crítica de todas as camadas sociais durante o processo, vê-las

como pessoas e estar à disposição, antes de tudo ouvi-las na parceria desejada, pois a

relação recíproca de reconhecimento constrói a confiança mútua entre pais,

professores, direção, alunos e funcionários.

• Melhorar a estrutura física com recursos públicos, pleiteados junto ao governo com a

participação da comunidade bem como recursos pedagógicos para atendimento de

todos os alunos, inclusive os que apresentam necessidades educacionais especiais.

• Formar cidadãos ativos, capazes de apropriar-se dos conhecimentos científicos e

tecnológicos, para agir na realidade social, dar sentido às vidas individuais e coletivas,

conscientes da necessidade do respeito mútuo, solidariedade, responsabilidade, quanto

ao equilíbrio ecológico do planeta, capaz de recriar a paz, para reduzir a violência e

agir na construção de um projeto de viver coletivo atuando na sociedade a qual vive.

• Para valorização do espaço público (escola) preservando as instalações físicas e

mobiliárias, além de cultivar qualidade dos relacionamentos estabelecidos com seus

professores e colegas.

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7. MARCO OPERACIONAL

7.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico

Redimensionar a organização do trabalho pedagógico significa explicitar a identidade da

escola, a implementação e aprofundamento dos encaminhamentos teóricos /metodológicos

das diretrizes curriculares, respondendo os desafios de um novo estágio da evolução sócio-

antropológico e da prática social da educação.

O currículo se materializa pelo trabalho educativo-pedagógico em atividades de

aprendizagem, que são elementos mediadores de conceitos científicos e culturais.

Conseqüentemente, as atividades curriculares concretizam o trabalho coletivo, comprometido

com a escola pública de qualidade social. Este trabalho coletivo realiza-se na construção

compartilhada de uma identidade que define, expressa e impulsiona a diversidade, presente

nas características desse Projeto Político Pedagógico.

Redimensionar a organização do trabalho pedagógico significa também fazer a escola

diferente, que contemple um fazer didático-pedagógico que promova a satisfação de aprender

e a ruptura com a mesmice e a exclusão social.

O fazer didático-pedagógico nos leva a compreender o currículo não só como elemento

organizador das práticas escolares, mas num sentido mais amplo, como elemento mediador

entre a escola e a sociedade, aquele que possibilita a construção da ação pedagógica através

de interação entre os conhecimentos construídos na prática social e transmitidos, organizados

e transformados na prática escolar.

O currículo é marcado pela visão de mundo de uma determinada sociedade, a prática escolar

reflete essa visão, expressando-a idealmente (currículo formal), por meio das formas

concretas da ação dos agentes escolares (currículo em ação), das regras e normas explicitadas

que governam as relações que são estabelecidas em sala de aula.

Pensar na escola é unir o projeto político e o projeto pedagógico. Pensando pedagógico, tem-

se o saber do professor, determinador de sua identidade, que parte da integração curricular,

das disciplinas, da formação reflexiva profissional, suas experiências, sua cultura pessoal e a

observação do contexto ao qual está inserida a escola. Essa identidade deve estar de acordo

com a função da escola, que seria selecionar, separar e incorporar certos saberes sociais, que

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são transformados ou adaptados às formas e aos objetivos do ensino em conformidade com os

agentes escolares (projeto político), e a clientela. Sendo refletido na representação do

professor sobre o currículo.

O reflexo do currículo dependerá inicialmente de respondermos qual é a finalidade social dos

conteúdos escolares? Os conteúdos devem ser integrados e aplicados na teoria e na prática no

dia-a-dia do educando. O professor e aluno são co-autores do processo ensino-aprendizagem.

Descobrindo para que servem os conteúdos científicos e culturais propostos pela escola,

obtendo assim, um novo indicador da aprendizagem escolar, demonstrando o domínio teórico

do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais, compreendendo-as

e transformando a sociedade.

Os conteúdos trabalhados de forma contextualizada são analisados em suas múltiplas

dimensões como: conceituais, científicas, históricas, política e artística, são explicitadas e

apreendidas no processo ensino-aprendizagem. Significando a compreensão dos

conhecimentos em suas múltiplas faces dentro do todo social.

Esta forma de fazer o pedagógico apresenta-se como novo desafio o qual, privilegia

contradições, dúvidas, questionamentos e diversidades, tornando os conteúdos, saberes em

construção. Resultando da produção histórica de como os homens conduzem sua vida nas

relações sociais de trabalho em cada modo de produção.

Desse modo, a leitura crítica dessa realidade torna possível apontar um novo pensar e agir

pedagógico. Tendo como base o processo dialético do trabalho pedagógico o qual,

fundamenta a teoria da pedagogia histórico-crítica-social.

Neste contexto, a educação escolar, exige esforços redobrados e maior organização do

trabalho educacional, assim como, a participação efetiva da comunidade. Não basta apenas

preparar o aluno para níveis mais elevados de escolaridade, uma vez que ele precisa aprender

para compreender a vida, a si mesmo e a sociedade, como condição para ação competente na

prática da cidadania (aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser).

7.2 Concepção de gestão

O sentido democrático empregado para qualificar a condução de um processo de gestão está

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intimamente ligado aos valores da sociedade, da cultura da escola e, fundamentalmente, à

concepção de cidadania e do saber que se promove para o exercício de transformação da

escola e da sociedade. Não se pode desvincular a gestão democrática do processo pedagógico

mais amplo. A escola educa e forma o cidadão por suas relações pedagógicas.

O processo educacional tendo como base a democracia implica na co-gestão ligada ao

princípio da co-decisão.

A escola não é tão somente democrática pela sua ação administrativa, ela torna-se

democrática por sua ação pedagógica e essencialmente educativa.

No campo educacional, o sentido da democracia é social, todos têm direito ao acesso, com

igualdade de oportunidades e que seja oferecida uma educação de qualidade visando à

formação do cidadão como ser social-histórico e sujeito das relações.

Nesta perspectiva a escola é concebida como instância de articulação de projetos pedagógicos

partilhados pela direção, pedagogos, docentes, discentes, funcionários e comunidade, ou seja,

todos os cidadãos participantes do processo coletivo de fazer educação. Assim, a dimensão

política e pedagógica do projeto é indissociável como um processo permanente de reflexão e

discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua

intencionalidade.

Assumir coletivamente o fazer educação, significa conquistar a autonomia da escola como um

exercício da democratização de um espaço público. Delegando ao diretor e aos demais

agentes pedagógicos a possibilidade de dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem

servem. A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou

deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa, é capaz de permitir uma participação

realmente efetiva da comunidade, o que caracteriza como uma categoria eminentemente

democrática, exigindo de todos, compromisso de estar condicionado a um permanente desejo

de renovação.

Todavia, o Projeto Político Pedagógico ganha legitimidade quando é pensado, refletido,

rascunhado, analisado, criticado, revisto e reescrito por muitos, gerado e reconhecido por uma

comunidade escolar em que há necessariamente conflito de opiniões, divergências e interesses

em confronto.

Desta maneira, o presente Projeto Político Pedagógico, ao se constituir um processo

democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho

pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas

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e autoritárias.

A administração democrática, ao se firmar na decisão coletiva educacional, constitui-se em

efetivo espaço de comprometimento dos representantes da comunidade interna e externa com

o projeto pedagógico elaborado de forma compartilhada.

Neste sentido, o Regimento Escolar diz que a Gestão Escolar é o processo que rege o

funcionamento da escola, compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento,

execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas,

envolvendo a participação de toda comunidade escolar.

A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais

ou responsáveis e funcionários que protagonizam a ação educativa de cada categoria, as quais

estão descritas no Regimento Escolar (em anexo).

Sob a ótica da democracia participativa, o projeto é um meio de engajamento coletivo para

integrar ações dispersas, criar sinergias no sentido de buscar soluções, alternativas para

diferentes momentos do trabalho pedagógico-administrativo, mobilizando os protagonistas à

explicação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas, fortalecer

a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que a ação coletiva produza

seus efeitos.

A legitimidade do projeto político pedagógico está estreitamente ligada ao grau e ao tipo de

participação de todos os envolvidos com o processo educativo, o que requer reflexão,

pesquisa e pensar o cotidiano e na continuidade da ação. Isso implica compromisso político,

administrativo, pedagógico, pessoal e afetivo onde o grupo possa traduzir seus anseios em

situações reais. Significa resgatar a própria escola como espaço público, lugar de debate, de

diálogo, fundado na reflexão, na participação individual e coletiva de todos os seus membros,

conferindo-lhes o poder de decisão.

No poder de decisão e/ou no exercício do poder esta à essência da democracia. A qualidade

do exercício do poder está referida ao espaço de autonomia que fundamenta o ser cidadão e a

finalidade da instituição educacional. O poder é exercido por todos os atores sociais em todas

as suas ramificações da estrutura organizacional.

Na concepção democrática cidadã, a participação dos atores sociais deixa de ser mera

colaboração para tornar-se exercício de poder sobre aquilo que pertence a todos, onde todos

que são designados para um cargo não são "donos do poder", mas servidores da cidadania.

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Em coerência com esse fundamento democrático participativo do exercício do poder, os

representantes do Conselho de Classe, Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e

Funcionários e Grêmio Estudantil exercem suas atribuições como “delegação de serviço aos

interesses coletivos e de responsabilidade social”.

Destacamos que a autonomia da escola para experienciar uma gestão participativa está

prevista no Art. 17 da L.D.B. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que afirma:

“os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os

integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira

observada as normas gerais de direito financeiro público”.

A L.D.B. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) é mais precisa ainda nesse

sentido, no seu Art.14, quando afirma que:

“Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática de ensino público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades conforme os seguintes princípios”:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II – “participação das comunidades escolares locais em conselhos escolares ou equivalentes”.

Neste sentido, o Conselho de Classe é um órgão de natureza consultiva e deliberativa em

assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de

Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno

e os procedimentos adequados a cada caso. A composição, finalidades e atribuições estão

descritas no Regimento Escolar.

O Conselho Escolar é também um órgão colegiado composto por representantes da

comunidade escolar e local que tem como atribuição deliberar sobre questões político-

pedagógicas, administrativas, financeiras no âmbito da escola com normas de funcionamento

definidas no Regimento Escolar.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino busca integração

dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar, discutir a política educacional

representando os interesses da comunidade, com Estatuto definindo sua composição,

finalidades e atribuições ( com Estatuto próprio/registrado em cartório).

A Lei Federal n 7398 de 04/11/85 assegurou aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio

a organização de Grêmios Estudantis como entidades autônomas representativas dos

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interesses dos estudantes, com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e

sociais com Estatuto determinando normas de funcionamento, composição e suas atribuições.

Os membros atuais foram eleitos para o triênio 2009 a 2011.

Lembramos que a atuação consistente de diferentes instâncias colegiadas ocorre quando

buscamos construir na escola um processo de participação, baseado nas relações de

cooperação, no trabalho coletivo e no partilhamento do “poder” e por isso precisamos

exercitar a pedagogia do diálogo, do respeito às diferenças, garantindo a liberdade de

expressão, a vivência de processos de convivência democrática, a serem efetivados no

cotidiano, em busca da construção e concretização das metas estabelecidas nesse Projeto

Político Pedagógico.

As participações das instâncias colegiadas colaboram efetivamente para que a escola cumpra

sua função na formação das pessoas. Todos os membros são co-responsáveis pelo respeito e

pela valorização do saber do estudante e do patrimônio cultural da comunidade e, ao mesmo

tempo, pela construção coletiva, solidária e co-responsável desse respeito e dessa

valorização.

Trabalhar o saber nesta perspectiva fundamenta o compartilhamento, a democracia e a

construção de um mundo justo, de qualidade de vida digna para todas as pessoas. As

instâncias colegiadas devem zelar por esta educação básica, pública, gratuita, universal e de

qualidade social.

Nesse cenário, indagamos de que modo à escola pode se organizar para atender ao direito do

estudante de ter acesso a uma educação de qualidade?

É função da escola, formar o cidadão, assegurando o acesso e a apropriação do conhecimento

sistematizado, mediante a instauração de um ambiente propício às aprendizagens

significativas e às práticas de convivência democrática.

Dentre as ações próprias dessa função, estabelecemos meios que garantam o desenvolvimento

de atividades, em nível de escola, e o cumprimento das tarefas docentes consideradas

prioritárias, as quais viabilizem a execução desse projeto.

A execução do projeto, inicialmente depende de um conjunto de recursos que favoreçam o

acesso, permanência e desempenho, permitindo garantir um serviço educacional de

qualidade.

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7.3 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto

Os recursos disponibilizados atualmente pela escola são:

• Espaço físico adequado para alunos e professores nas salas de aula;

• Controle de número de alunos por turma é realizado de acordo com o espaço físico

disponível;

• Espaço físico para reuniões com professores e para hora-atividade;

• Instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias em bom estado de conservação;

• Área para atividades esportivas e culturais;

• Espaço físico para direção, equipe pedagógica e administrativa;

• Espaços específicos para biblioteca, laboratório de informática, laboratório de

Ciências, sala de apoio, sala de recursos, CELEM, sala de Educação Física (jogos),e

sala de vídeo;

• Mobiliários para todos os ambientes;

• Materiais didáticos, pedagógicos, esportivos, recursos tecnológicos e acervo

bibliográfico para uso dos alunos e professores;

• Os docentes com formação na área de atuação;

• Professores em número suficiente para atender às necessidades do currículo e das

turmas;

• Professores com hora atividade de acordo com sua carga horária semanal;

• Aos profissionais da educação, formação continuada ofertada pela mantenedora ao

longo do período letivo;

• Possui equipe de apoio como merendeiras, serventes, inspetor de alunos, bibliotecária

e equipe administrativa;

• As instâncias colegiadas instituídas e em funcionamento;

• Parcerias com diferentes segmentos organizados da sociedade, instituições de ensino

superior e poder público municipal e estadual;

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• Recursos financeiros do Fundo Rotativo (Governo Estadual), Programa Dinheiro

Direto na Escola (Governo Federal), e recursos próprios.

Além dos recursos humanos, físicos, materiais, financeiros e participação da comunidade,

outros mecanismos e instrumentos asseguram a qualidade de ensino, tais como: calendário

escolar, a organização interna, utilização dos espaços educativos, formação continuada e

valorização dos trabalhadores da educação.

7.4 Critérios para elaboração do calendário escolar

Na elaboração do Calendário Escolar devemos levar em consideração a Lei nº. 9394/96, que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e suas alterações, a Deliberação nº. 02/02 – CEE, que inclui, no período letivos, dias destinados às atividades pedagógicas e as resoluções da SEED quanto a organização do calendário de cada ano letivo.

Sendo assim, devemos lembrar que:

- são consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento anual;

- pode o estabelecimento considerar, como dias letivos de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente organizado, também em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo.

- o estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei;

- o trabalho escolar dos docentes, relativo às atividades de reflexão, acerca de sua prática pedagógica, não pode ser contado como horas letivas, pois estas exigem a presença física dos alunos;

- garantindo as oitocentas horas, são consideradas as atividades de cunho pedagógico, desde que incluídas no Projeto Político Pedagógico da escola e exijam freqüência dos alunos sob efetiva orientação dos professores, podendo ser realizadas em sala de aula e/ou outros locais pedagogicamente adequados ao processo ensino-aprendizagem;

- o estabelecimento de ensino deve ofertar a todos os seus alunos, em todos os turnos de funcionamento, o mínimo de oitocentas horas anuais;

-os dias letivos destinados a formação continuada, replanejamento e reuniões pedagógicas são computados, porém sem carga horária para o aluno;

- os dias letivos destinados ao planejamento não são computados como dias letivos;

-garantindo as 800 horas determinadas por lei, é necessário que o turno noturno e as séries iniciais do Ensino Fundamental ofertem 200 dias com a presença do aluno e do professor e no turno diurno 192 dias com a presença do aluno e do professor. Nos casos em que houver prejuízo da carga horária deverá haver a complementação dessa carga;

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- a complementação da carga horária, quando necessário, poderá ser por meio de aulas normais; palestras, exibição de filmes, abordando temas contemporâneos; ou outras atividades definidas pela escola;

- qualquer interrupção no desenvolvimento do ano letivo programado, independentemente da razão, deverá ser resposta, tanto em termos de carga horária (mínimo de 800 horas ) como quanto ao número de dias letivos ( mínimo de 200 dias); neste caso, a escola comunicará ao NRE e encaminhará proposta de reposição do (s) dia (s) não trabalhados. Neste caso a reposição exige a presença física do aluno e do professor;

- o preenchimento do livro registro do professor deverá seguir o calendário escolar;

-a proposta de calendário da escola deverá ser analisado e aprovado pelo Conselho Escolar, devendo ser encaminhado ao NRE para homologação;

- o calendário escolar proposto pelo estabelecimento , após aprovado e homologado pelo NRE, não poderá sofrer alterações, salvo em casos excepcionais e com autorização da Superintendência da Educação.

É indispensável, na elaboração do calendário escolar, levar em consideração o período de

férias do corpo docente, de acordo com o Estatuto do Magistério em vigência.

O calendário escolar é o instrumento que marca o ritmo das atividades, da organização e das

condições para garantir de acordo com a lei o tempo de aprendizagem do estudante.

A partir do calendário escolar, a escola organizará as atividades escolares a serem

desenvolvidas ao longo do período letivo, as quais não se realizam exclusivamente em sala

de aula. Outros locais além dos oferecidos pela instituição de ensino, dependendo do

contexto, poderão ser utilizados para realizar o trabalho pedagógico de natureza teórica e/ou

prática.

7.5 Critérios para organização e utilização dos espaços educativos

A utilização dos espaços educativos será de acordo com os critérios abaixo descritos:

• Atender a proposta curricular;

• Implementação de projetos;

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• Horário do(s) professor(s);

• Rendimento escolar dos estudantes;

• Disponibilidade dos agentes colaboradores;

• Elaboração de calendário interno definindo as atividades da escola.

A utilização dos espaços é um incentivo às formas democráticas de convivência escolar.

Tendo por premissa o estabelecimento de condutas construídas coletivamente que auxiliem a

efetivação de práticas pedagógicas e considerando o ritmo individual do estudante para

aprendizagens intelectual, sociocultural, afetiva e ética.

7.6 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor e razão por especificidades

A organização das turmas e distribuição por professor (s), leva em consideração os fatores

descritos a seguir:

• A entidade mantenedora a escola definiu que o Ensino Fundamental, Médio e Técnico

Integrado em Informática serão ofertados em séries anuais e o Profissionalizante em

Secretariado em períodos semestrais;

• As modalidades de ensino ofertadas dependendo do período de atendimento (diurno e/

ou noturno) determinam uma carga horária para cada disciplina (base nacional e parte

diversificada), a ser cumprida no decorrer do ano letivo;

• A organização das turmas por período e modalidades depende inicialmente do número

de professores por disciplina e período, hora-atividade, lotação de padrão, aulas

extraordinárias, espaço físico para as salas de aula, número de alunos por turma,

orientações emanadas da entidade mantenedora da escola;

• No período matutino são ofertadas turmas de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 1ª

a 3ª Séries do Ensino Médio, curso Técnico em Informática Integrado – 1ª série, no

período vespertino as turmas de 5ª, 6ª e 7ª séries do Ensino Fundamental e no período

noturno 1ª a 3ª série do Ensino Médio e Ensino Profissionalizante Pós– Médio na

modalidade semestral-Secretariado

• A organização das turmas de sala de apoio,sala de recursos e CELEM segue as

orientações da entidade mantenedora;

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• A representante da equipe pedagógica deve sugerir ao Conselho Escolar análise de

outros critérios para formação das turmas com base nas informações dos membros do

Conselho de Classe, tais como: rendimento escolar, número de alunos por turma,

questões disciplinares, idade-série, acompanhamento familiar e outros.

A organização das turmas em séries será ponto de reflexão constante sobre os resultados

obtidos com essa prática pedagógica. Devemos considerar que a mesma favoreça as

articulações das atividades curriculares em relação ao tempo e ao espaço escolar. Garantindo

um tratamento igualitário à todos os alunos considerando suas diferenças, bem como, as

situações inclusivas (a escola possui um aluno portador de deficiência física).

Atender as diferenças individuais é assegurar o tempo pedagógico, definindo o currículo no

qual, o estudante tem direito à continuidade e terminalidade de estudos. Respeitando o ritmo e

o tempo e as experiências dos alunos. Afirma Freitas: “Não basta dar mais tempo para o

estudante aprender. É preciso exercer uma ação eficaz no tempo adicional que ele passa na

escola. A mera passagem de tempo não gera aprendizagem”. (2004.p.156). O tempo na escola

deverá ser dedicado à socialização e construção do conhecimento.

O maior desafio para a escola ao organizar as situações de aprendizagem, é, sem dúvida,

considerar a heterogeneidade dos alunos frente à garantia de acesso, permanência,

continuidade e terminalidade.

7.7 Intenção de acompanhamento dos alunos que evadiram à escola

Em virtude das condições econômicas e sociais desfavoráveis ou outros fatores, deparamo-

nos com alunos “evadidos”, excluídos em determinado momento da educação escolar.

A escola tem então papel preponderante para proporcionar a esse grupo a princípio

discriminado o acesso aos conhecimentos científicos e culturais.

A organização das atividades escolares deverá assegurar o tempo de aprendizagem necessário,

permitindo que cada um avance em seu ritmo, usando o tempo pedagógico de aprendizagens

significativas. Porém, não basta dar todo o tempo, é preciso que ele tenha ajuda igualmente

diferenciada para aprender (materiais diferenciados), oferecido pelas salas de apoio e / ou de

recursos, como formas apropriadas de auxílio disponíveis para lidar com alunos diferentes.

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A escola deve ficar atenta aos sinais que evidenciam que os estudantes estão sendo

respeitados em seu ritmo de aprendizagem, reorganizando o trabalho pedagógico,

independentemente de sua condição de “evadido”, “repetente” e / ou que se encontre em outra

situação semelhante.

A autonomia na condução das atividades pedagógica e administrativa da escola está vinculada

às diretrizes e normas do sistema público de ensino. Nesse sentido, a medida tomada pela

escola fortalece o processo formativo, por meio de condutas construídas coletivamente,

auxiliando no oferecimento de um clima favorável, de fato, as aprendizagens dos estudantes.

No entanto, reorganizar a prática pedagógica que leve em conta as diferenças e as

necessidades de cada estudante, têm como base de sustentação a verificação do rendimento

escolar, compreendendo a avaliação do aproveitamento e apuração da assiduidade, mediante

instrumentos previstos no regimento escolar e observadas as diretrizes da lei.

7.8 Diretrizes para a avaliação de desempenho do pessoal docente e não-docente; do currículo, das atividades extracurriculares e do Projeto Político Pedagógico

7.8.1 Avaliação institucional

Resgatar o papel da escola como base de toda a estrutura social, devendo primar pela oferta de

uma educação com qualidade social é responsabilidade de todos.

A escola como instituição educacional tem nesse Projeto Político Pedagógico, um instrumento

norteador de todo o processo educacional, explicitando seus valores, visão de futuro e

objetivos no qual o foco central é o aluno.

No entanto, a qualidade do processo educacional não se determina por leis. É impossível

administrá-la de fora para dentro. Ela precisa de identidade, métodos e diretrizes sem nunca

perder de vista seus fundamentos, princípios e seus fins.

A escola para atender a comunidade na qual está inserida necessita de autonomia, ou seja, que

tenha grau de independência e liberdade para coletivamente pensar, refletir, planejar,

estabelecer os processos de participação no dia-a-dia da escola e mensurar qualitativamente os

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resultados. Então, não sendo autonomia o resultado de atos e / ou resoluções decretadas, ela

precisa ser construída cotidianamente.

Garantir progressivos graus de autonomia é fundamental para a efetivação de processos de

gestão democrática. BARROSO (2001, p.18-23) aponta sete princípios para elaboração de um

programa de reforço da autonomia da escola:

• O reforço da autonomia da escola deve ser definido levando em conta as diferentes dimensões das políticas educativas. • A “autonomia da escola” é sempre uma autonomia relativa, uma vez que é condicionada pelos poderes públicos e pelo contexto em que se efetiva. • Uma política de reforço da autonomia das escolas não se limita a dispositivos legais, mas exige a criação de condições e dispositivos que permitam as autonomias individuais e a construção do sentido coletivo. • A “autonomia” não pode ser considerada como uma “obrigação” para as escolas, mas sim como uma “possibilidade”. • O reforço da autonomia das escolas não tem uma função em si mesmo, mas é um meio para que elas ampliem e melhorem as oportunidades educacionais que oferecem. • A autonomia é um investimento baseado em compromissos e implica melhoria e avanços para a escola. • A autonomia também se aprende.

Nessa perspectiva, a autonomia e a gestão democrática são espaços articulados construídos

diariamente, resultando da mobilização e do envolvimento de todos, partilhando o poder e o

compromisso com o aprendizado político desse processo que se efetiva no exercício de

construção cotidiana das diferentes formas de participação.

O Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação, desenvolve

ações a fim de garantir na escola, a autonomia, a partir da implementação das medidas abaixo

descritas:

1 – incentivo à organização e ao funcionamento das Associações de Pais, Mestres e Funcionários, Conselhos Escolares, Conselho de Classe e Grêmios Estudantis;

2 -_ repasse de recursos financeiros denominados “Fundo Rotativo”, diretamente às unidades de ensino, administrados pelas Associações de Pais, Mestres e Funcionários e Conselho Escolar;

3 - lei regulamentando a escolha do (a) diretor (a) de forma democrática.

A partir da elaboração desse Projeto Político Pedagógico, fundamentado na democracia

participativa, integra-se ao cotidiano escolar a Avaliação denominada Institucional, pois a

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escola é uma instituição pública de educação. Devendo cumprir sua finalidade explicita de

atender os anseios da coletividade e a ela deve servir. Conseqüentemente, avaliar a educação

pública é também avaliar a função da educação e o seu significado social.

A avaliação aqui proposta está centrada na formação humana, na mediação do saber

historicamente produzido e na construção da cidadania. Propõe o desafio de avaliar de forma

sistemática a prática escolar, na perspectiva de uma avaliação crítica e transformadora; fiel à

realidade educacional, processual e evolutiva, abrangente e articulada; formativa e

emancipadora e, principalmente, realizada coletivamente por todos aqueles que acreditam e se

comprometem com a construção de uma educação de qualidade para todos os alunos da

escola pública.

O ato de avaliar é intencionalmente pedagógico. A auto-avaliação não deve ser considerada

como premiadora ou punitiva. A auto-avaliação deve permitir enxergar-se e redefinir os

nossos rumos e trajetórias para o futuro. A auto-avaliação busca a qualidade no fazer

educação, pressupõe e exigem predisposição às mudanças.

A avaliação institucional significa ter disposição para avaliar e ser avaliado, para interpretar

as informações, para analisar suas causas e efeitos, para dar valor e significado aos fatos e,

acima de tudo, em decorrência dos resultados da avaliação, ter a disposição para mudar o que

deve ser mudado, aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado e construir o que deve ser

construído.

A Avaliação Institucional precisa ser um empreendimento que busque e possibilite a tomada

de consciência sobre a instituição, precisa ser um processo voltado à tomada de decisão, tanto

em nível da própria instituição quanto em nível da gestão do sistema e da formulação de

políticas públicas; não pode prescindir do caráter formativo e do aperfeiçoamento individual e

institucional, bem como da participação coletiva em todo processo avaliativo.

É necessário que a escola abra espaço para a reflexão, a reelaboração de seus rumos, avanços

em propostas, ações e perspectivas, promovendo, assim, a contínua melhoria do trabalho e das

condições ambientais e pedagógicas, de modo a criar experiências educacionais estimulantes

e mobilizadoras que oportunizem a comunidade escolar e a promoção humana.

A Avaliação Institucional tem como eixo central uma avaliação crítica, porque vai além da

descrição da realidade e expressa um esforço de compreensão desta; significativa, porque

deve explicitar os sentidos de se fazer educação pública; e transformadora, porque

compromete as pessoas que participam do processo educacional em melhorá-lo

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continuamente.

Sendo assim, percebe-se a necessidade de lutar para que se coloque em prática a seguinte

concepção avaliativa:

a - por uma avaliação crítica, transformadora, a serviço da educação que se pretende indutora

de avanços e melhorias no processo educacional;

b – por uma avaliação fiel à realidade educacional e a relevância social da educação, capaz de

captar a complexidade do sistema e ao mesmo tempo as particularidades da escola;

c – por uma avaliação abrangente e articulada que envolva todas as dimensões da escola, de

seus componentes e das relações entre eles;

d – por uma avaliação processual, evolutiva e participativa, que siga o caminho do

aperfeiçoamento contínuo da própria avaliação e que subsidie o aperfeiçoamento da gestão

educacional;

e – por uma avaliação responsável e conseqüentemente, apropriada por todos que participam

direta e indiretamente do processo educacional de maneira a ser utilizada para aperfeiçoá-la

sistematicamente;

f – por uma avaliação formativa e emancipadora, que vá além dos aspectos quantitativos e o

controle.

A auto-avaliação tem de levar em consideração os indicadores internos e externos.

Priorizando os indicadores internos que são relevantes para auto-avaliação institucional

possibilitando identificar, analisar e entender a realidade.

Os indicadores são sinais que revelam aspectos de determinada realidade e que podem

qualificar algo. Os indicadores de qualidade na educação variam de acordo com a expectativa

da comunidade em relação à instituição de ensino.

Estudos realizados sobre a educação sinalizam que a escola de qualidade tem as seguintes

características:

1 – efetividade do processo ensino-aprendizagem: organização e articulação do currículo; proteção do tempo de aprendizagem; práticas educativas efetivas dentro da sala de aula; estratégias diferenciadas de ensino; reforço da aprendizagem com deveres de casa frequentes; avaliação do desempenho e utilização dos resultados como base da avaliação dos programas e dos currículos; reconhecimento do sucesso acadêmico dos alunos por parte da comunidade escolar (diretor, pais, professores); avaliação e monitoramento do desempenho dos alunos e da escola.

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2- clima escolar tranqüilo e organizado, propício ao ensino e à aprendizagem: liderança, visão, disponibilidade de recursos, estabelecimento de alta expectativa em relação ao ensino; comunicação regular da escola aos pais e a comunidade; facilidade de contato com os professores e pais com o diretor; salas de aula bem organizadas; existência de normas e regulamentos escolares claramente definidas e assimiladas; metas acadêmicas e padrões acadêmicos claramente estabelecidos; comunicação das expectativas em relação ao desempenho para professores, alunos, pais e comunidade; ofertas de oportunidades para que os alunos possam exercer atividades que desenvolvam sua responsabilidade; conhecimento dos níveis anteriores de desempenho; reconhecimento do êxito acadêmico; confiança, cooperação e compromisso.

3 – envolvimento dos pais e da comunidade: cuidados com a saúde do aluno, como elemento de aptidão para a aprendizagem; comunicação frequente entre o corpo docente e pais sobre os objetivos da escola e da comunidade na gestão da escola; acompanhamento pelos pais da aprendizagem dos seus filhos.

4 – excelência dos recursos humanos: formação e experiência docente; capacidade de comunicação; estabilidade; dedicação de tempo integral; compromisso; desenvolvimento contínuo de todos profissionais da educação que trabalham na escola; capacidade de trabalho em grupo.

5 – gestão escolar: decisão colegiada; independência na captação e alocação de recursos; escolha do diretor por critérios técnicos; elaboração de um plano de desenvolvimento para a escola; trabalho conjunto; clareza dos objetivos; rotina administrativa definida; conhecimento e integração da missão da escola; gerenciamento científico dos processos.

6 – instalações e materiais: instalações adequadas da escola e das salas de aula; disponibilidade de livros e outros materiais de leitura para alunos e professores; disponibilidade de material escolar.

7 – liderança da direção: o (a) diretor (a) deve ter liderança, ser um líder educacional trabalhando para o alcance dos objetivos da escola.

8 – trabalho em equipe: toda a comunidade escolar deve trabalhar em conjunto para o alcance dos objetivos da escola.

9 – atratividade e segurança da escola: o pessoal técnico e administrativo deve criar uma atmosfera de ordem, de seriedade, de segurança e que seja atrativa, sem, no entanto, ser opressiva.

10- combate à evasão e à ausência escolar.

11- envolvimento dos pais na melhoria do programa educacional.

12- confiança no rendimento dos alunos: a equipe escolar deve acreditar que os alunos podem aprender e trabalhar firmemente nessa direção.

13- investimento nas atividades de aprendizagem: o calendário e as práticas do dia-a-dia de toda a equipe escolar ajudem os alunos a despender o máximo de seu tempo na escola em atividades de aprendizagem.

14- controle do progresso do aluno: o (a) diretor (a) e os professores controlam frequentemente o progresso dos alunos e usam essa informação para tornar o programa educacional mais efetivo.

15- programas especiais: organização de programas especiais para alunos com dificuldades de aprendizagem;

16- elaboração do Projeto Político Pedagógico: com a efetiva participação dos membros da comunidade escolar, definir metas, objetivos, cronogramas,

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responsabilidades, formas de acompanhamento e avaliação das ações previstas. (Documento do Ministério da Educação)

Os indicadores de qualidade na educação auxiliarão a comunidade escolar na avaliação e na

melhoria da qualidade da escola. Identificando os pontos fortes e fracos, a escola terá

condições de intervir para melhorar sua qualidade de acordo com os próprios critérios e

prioridades.

Nessa perspectiva, definimos elementos fundamentais nomeados de “dimensões”, os quais

serão considerados pela escola na reflexão sobre os resultados qualitativos obtidos vinculados

ao proposto nesse Projeto Político Pedagógico.

A dimensão interna avaliará a organização da escola, analisando o cumprimento de sua finalidade, nos seguintes aspectos:

a – condições físicas, materiais e de recursos;

b – profissionais da educação;

c – planejamento e prática pedagógica;

d – ambiente educativo;

e – mecanismos de decisão colegiada.

A dimensão externa analisará como a escola se integra e se relaciona com outros segmentos sociais. A avaliação abrangerá três pontos que são:

a – relação com outras instâncias do sistema;

b – relação com a comunidade;

c – canais de participação.

A avaliação institucional verificará em que medida a escola tem cumprido sua finalidade quanto ao acesso, permanência e aproveitamento escolar.

A avaliação institucional é um processo de descrição, análise de uma dada realidade objetivando transformá-la, provocar a crítica, de modo a libertar o sujeito dos condicionamentos deterministas. O compromisso principal é o de fazer com que as pessoas direta ou indiretamente envolvidas com a educação sejam construtores de sua própria história, bem como, sejam capazes de propor ações para transformá-la sempre que se fizer necessário.

Ressaltamos que toda a comunidade escolar deverá tomar conhecimento da auto-avaliação institucional e terão condições de discutir e decidir as prioridades de ação para melhorá-la.

A responsabilidade é de toda a comunidade: pais, mães, professores, diretor, alunos, funcionários, membros dos colegiados. Podendo também ocorrer participação dos funcionários do Núcleo Regional de Educação, representantes de órgãos públicos, universidades, enfim, toda a pessoa ou instituição que se relaciona com a escola e se mobiliza pela educação de qualidade social.

Reiteramos que nenhuma informação produzida por essa avaliação será divulgada publicamente ou utilizada em rankings ou para comparação com outras escolas. A decisão de utilizar os indicadores e de compartilhar os resultados da avaliação é da escola.

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Os indicadores de qualidade na educação serão utilizados como instrumentos flexíveis, os quais poderão ao longo do processo sofrer adaptações e alterações conforme as sugestões apontadas pelos participantes.

O processo de implantação da auto-avaliação institucional acontecerá de acordo com as etapas descritas abaixo:

I – o primeiro momento será a etapa de preparação, cabendo direção do estabelecimento de ensino sensibilizar os profissionais da escola, os membros dos colegiados e todas as pessoas que compõem o universo escolar para participarem de reunião onde será apresentada de forma minuciosa a proposta de auto-avaliação institucional e eleger uma comissão organizadora de todo o processo.

II – o segundo momento será a etapa de desenvolvimento, a comissão organizadora eleita terá sob sua responsabilidade coordenar todo o processo, com a incumbência de mobilizar a comunidade, divulgar as atividades propostas com antecedência, providenciar os materiais necessários, aplicar os questionários, tabulação e sistematização das respostas, pensar em estratégias de socialização dos resultados, definição das prioridades, organizar os espaços para reuniões dos grupos e a plenária final.

III – o terceiro momento será a etapa de consolidação, o processo em movimento e o dia da avaliação – neste momento estarão presentes diferentes atores (pais, funcionários, professores, alunos, direção, equipe pedagógica...), a fim de desencadear as discussões, debates e reflexões. Na seqüência, deve proporcionar estudos das respostas dadas aos instrumentos de apoio à auto-avaliação, com vistas à proposição de ações na busca da qualidade, que leva em conta as necessidades e os objetivos da comunidade de imediato, voltada para a formação humana do nosso aluno.

Certamente, a maioria das pessoas concorda com o fato de que a educação com qualidade é aquela em que os alunos apreendam coisas essenciais para a vida, como ler escrever, resolver problemas matemáticos, compreender onde são aplicados os conceitos científicos na prática social, conviver com os colegas, respeitar regras, trabalhar em grupo. Porém, quem pode definir bem e dar vida às orientações gerais sobre educação com qualidade, de acordo com os contextos socioculturais locais, é a própria comunidade escolar. Não existe conceito único para educação de qualidade para todos. Qualidade em educação é um conceito dinâmico, reconstruído constantemente. Cada segmento escolar tem autonomia para refletir, propor e agir na busca de uma educação com qualidade.

Lembramos que a Avaliação Institucional, ainda não faz parte da prática escolar desse estabelecimento de ensino, mas contemplada como um dos Planos de Ação da Escola, para tanto serão utilizados alguns indicadores, os quais estão especificados abaixo:

a – DIMENSÕES DO AMBIENTE EDUCATIVO– a escola é um espaço de ensino, aprendizagem e vivência de valores. Nela, os indivíduos se socializam, brincam e experimentam a convivência com a diversidade humana. No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantam a socialização e convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.

INDICADORES E PERGUNTAS

1..Amizade e solidariedade

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1.1 Quando alguém (professor, funcionário ou aluno) chega na escola

com algum problema pessoal, encontra pessoas dispostas a ajudar?

1.2 O ambiente da escola favorece a amizade entre todos (entre alunos e

alunos); entre professores e alunos; entre os professores?

2. Alegria

2.1 Os alunos gostam de freqüentar a escola?

2.2 As pessoas que trabalham na escola gostam do trabalho que fazem?

2.3 A escola promove festas com a participação de pais, alunos, professores e funcionários?

3. Respeito ao outro.

3.1 Os alunos tratam bem os professores e funcionários da escola?

3.2 Professores, diretores e funcionários se tratam bem e se respeitam?

3.3 As pessoas que trabalham na escola se sentem respeitadas e valorizadas por pais e alunos?

3.4 Pais e alunos que chegam para fazer matrícula, pedir informações ou saber sobre seus filhos são atendidos com atenção e respeito?

4. Combate à discriminação

4.1 Na escola todos são tratados com respeito e mantêm laços de amizade, não importando se são negros, brancos, indígenas, pessoas com deficiências homens ou mulheres, homossexuais ou não?

4.2 Quando os alunos têm atitudes preconceituosas ou discriminatórias (como fazer brincadeiras ou usar apelidos que humilhem seus colegas), isso é conservado na sala de aula ou em outro espaço da escola para que não aconteça mais?

4.3 A discriminação (atos preconceituosos contra pessoas, com deficiências, povos indígenas, mulheres, negros, homossexuais e outros) é assunto abordado durante as aulas como algo que prejudica as relações entre as pessoas e que é crime.

5. Disciplina

5.1 As regras de convivência da escola são claras, conhecidas e respeitadas por toda a comunidade escolar?

5.2 Os alunos participam da elaboração das regras de convivência na escola?

5.3 Todos (alunos, professores, diretor e demais profissionais da escola) que não cumprem as regras da escola são punidos da mesma maneira e com justiça?

6. Respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes.

6.1 Todos (alunos, professores, diretor, demais profissionais e pais) conhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e respeitam os direitos nele estabelecidos?

6.2 O ECA é abordado nas salas de aula ou em outras atividades realizadas na escola?

6.3 Os pais de crianças que não têm registro de nascimento recebem orientação na escola sobre a importância, a gratuidade e a forma de obter esse

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documento?

6.4 A escola acolhe crianças e adolescentes com deficiência nas mesmas salas de aula em que estudam os alunos sem deficiência? Esses alunos recebem o apoio de que necessitam?

B – DIMENSÕES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA-a escola deve realizar seu maior objetivo que é fazer os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia; é preciso focar a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, observando-os, conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrar interesses por eles, conhecer suas dificuldades e incentivar suas potencialidades; planejar as aulas com base em conhecimento sobre o que já sabem e o que precisam aprender.

INDICADORES E PERGUNTAS

1 . Proposta pedagógica definida e conhecida por todos.

1.1 A escola possui uma proposta pedagógica escrita (em forma de documento).

1.2 Os professores participaram ativamente da elaboração da proposta pedagógica da escola?

1.3 Todos os que trabalham na escola, pais e alunos conhecem a proposta pedagógica da escola?

1.4 A proposta pedagógica é atualizada periodicamente?

2. Planejamento.

2.1 Os professores planejam regularmente suas aulas?

2.2 Os professores trocam idéias entre si para planejar as aulas?

2.3 Os professores procuram saber o que os alunos aprenderam no ano anterior para preparar o planejamento do ano letivo?

2.4 Os professores ouvem e consideram opiniões e sugestões dos alunos para planejar as aulas?

2.5 O cumprimento do planejamento dos professores é acompanhado pela direção da escola?

3. Contextualização.

Professores e alunos realizam atividades de estudo do entorno da escola?

Professores e alunos desenvolvem atividades para resolver problemas identificados no entorno da escola?

A escola promove visitas no bairro e na cidade para que os alunos conheçam e aprendam a usar os equipamentos públicos da região (postos de saúde, hospitais, parques, praças, museus, bibliotecas, Conselho Tutelar, Vara da Infância).

4. Variedade das estratégias e dos recursos de ensino-aprendizagem. 4.1 São usados diferentes recursos pedagógicos (internet, jornais, revistas, livros diversos, obras de arte, filmes) em sala de aula? 4.2 Todos os alunos podem mostrar suas aprendizagens e seus trabalhos de formas variadas (oralmente, por escrito, utilizando de teatro, pintura, brincadeiras, outros)? 4.3As salas de aula são organizadas de acordo com o tipo de atividade realizada.

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5. Incentivo à autonomia e ao trabalho coletivo.

5.1 Os professores explicam de forma clara e simples os objetivos das matérias que estão sendo estudadas em sala de aula?

5.2 As aulas são organizadas de maneira que todos os alunos possam fazer perguntas, conversar sobre os assuntos apresentados, defender suas idéias e mudar de opinião? 5.3 Os alunos têm oportunidade de propor, criar e realizar atividades na sala de aula e na escola como um todo? 5.4 A escola realiza feiras ou exposições das criações dos alunos (por exemplo, desenhos, poesias, invenções)? 5.5 Todos os alunos são incentivados e orientados para desenvolver trabalhos em grupo? 5.6 Todos os alunos dão incentivados e orientados para desenvolver pesquisas e experimentos?

6. Prática pedagógica inclusiva. 6.1 Alunos com deficiência recebem apoio individualizado? 6.2 No dia-a-dia da sala de aula, respeita-se o fato de que cada aluno precisa de um tempo diferente para aprender? 6.3 A escola cuida para que todos os alunos (negros, brancos, indígenas, pessoas com deficiência, ricos ou pobres, homens ou mulheres, homossexuais ou não) recebam a mesma atenção na sala de aula.

c – DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO - a avaliação é a parte integrante do processo educativo. Por meio dela o professor fica sabendo como está a aprendizagem dos alunos e obtém indícios para refletir e melhorar a sua própria prática pedagógica. Um bom processo de ensino-aprendizagem na escola inclui uma avaliação inicial para o planejamento do professor e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho (seja ela um tópico da matéria, ou um bimestre).

Quando pensamos em avaliação, estamos falando de algo muito mais complexo que uma prova. A avaliação deve ser um processo, ou seja, deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas. Os alunos podem ser avaliados, por exemplo, por um trabalho em grupo, pela observação de seu comportamento e de sua participação na sala de aula, por exercícios e tarefas de casa. Assim, o estudante pode exercitar e inter-relacionar suas diferentes capacidades, explorando seu potencial e avaliando sua compreensão dos conteúdos curriculares e seus avanços. Uma boa avaliação é aquela em que o aluno também aprende. A auto-avaliação - quando o aluno avalia a si próprio – é uma ótima estratégia de aprendizagem e construção da autonomia, facilitando a tomada de consciência de seus avanços, suas dificuldades e suas possibilidades. É importante também que os alunos ajudem a escolher os modos pelos quais, serão avaliados, o que traz o comprometimento de todos com a avaliação. Entretanto, a avaliação não deve se deter apenas na aprendizagem do aluno. Avaliar a escola como um todo e periodicamente é muito importante. Apoiar a comunidade escolar para que a avaliação seja um instrumento participativo para a melhoria da qualidade da educação. • INDICADORES E PERGUNTAS

1. Monitoramento do processo de aprendizagem dos alunos.

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1.1 Os professores observam a progressão dos alunos e quais suas principais dificuldades (por exemplo, corrigem trabalhos, circulam pela classe enquanto os alunos estão fazendo seus exercícios, incentivam os alunos a fazer perguntas e tirar dúvidas).

1.2 Durante as aulas, os professores fazem perguntas sobre pontos importantes da matéria para ver se os alunos entenderam o conteúdo?

1.3 Todos os alunos são informados sobre os conteúdos nos quais progrediram e em quais precisam estudar e avançar mais?

2. Mecanismos de avaliação dos alunos.

2.1 Os professores fazem uso de diferentes atividades para avaliar os alunos (provas, trabalhos, seminários, outros)?

2.2 A atribuição de notas é discutida entre todos os professores? 2.3 As decisões sobre a reprovação ou o reagrupamento de alunos são discutidas por todos os professores? Pais e mães participam dessas discussões?

3. Participação dos alunos na avaliação de sua aprendizagem.

3.1 Os alunos participam da definição e da organização dos meios de avaliação utilizadas pela escola?

3.2 Os alunos são orientados pelos professores a fazer a auto-avaliação (falar, escrever, expressar o que aprendem)? 3.3 Os professores dizem aos alunos por que esta ou aquela nota ou por que foram aprovados ou reprovados?

• 4. .A avaliação do trabalho dos profissionais da escola.

4.1 Existe na escola algum procedimento formalizado para avaliar o trabalho realizado durante o ano por todas as pessoas que ali trabalham?

4.2 Representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar (direção, coordenadores pedagógicos, professores, funcionários, alunos pais e mães) participam das avaliações das pessoas que trabalham na escola?

4.3 Caso esses momentos avaliativos existam, as pessoas costumam opinar sobre como melhorar os trabalhos realizados na escola?

5 Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação da escola e das redes de ensino.

5.1 A comunidade escolar (pais, diretor, demais funcionários, alunos, outros) é informada sobre as estatísticas educacionais produzidas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação) ou pela Secretaria de Educação sobre o desempenho da escola e da rede escolar da qual faz parte (tais como taxas de evasão, abandono, distorção entre idade e série, avaliações de aprendizagem, outros)? 5.2 O significado desses indicadores é discutido na escola (em sala de aula,

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reuniões de professores, de pais, reuniões pedagógicas, outros)? 5.3 Se esse tipo de discussão acontece, a comunidade escolar faz com que suas dúvidas e opiniões cheguem até aos órgãos responsáveis pela produção desses indicadores?

Descrever resumidamente a opinião do grupo sobre o indicador Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação da escola e das redes de ensino.

d – DIMENSÕES DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA – é caracterizada pelo compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade de educação e com relação custo - beneficio, a transferência (capacidade de deixar clara para a comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).

Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, funcionários e outras pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as decisões são tomadas pelos principais interessados na qualidade da educação na escola, a chance de que dêem certo é bem maior. Os órgãos colegiados regulamentam a participam da comunidade na escola. A função dos membros é orientar, opinar e decidir sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da escola (como participar da construção do projeto político-pedagógico e dos planejamentos anuais, avaliar os resultados da administração na busca de meios para solucionar os problemas administrativos e pedagógicos, decidir sobre os investimentos prioritários).

A gestão democrática implica em saber lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Precisamos sempre dialogar com os que pensam diferente de nós, e juntos negociar.

INDICADORES E PERGUNTAS

1 Informação democratizada

1.1 A direção consegue informar toda a comunidade escolar sobre os principais acontecimentos da escola?

1.2 As informações circulam de maneira rápida e precisa entre pais, professores, demais profissionais da escola, alunos e outros membros da comunidade escolar?

2. Conselhos escolares atuantes.

2.1 O conselho escolar é formado por representantes de toda a comunidade escolar (inclusive alunos) e sua composição é paritária, ou seja, possui o mesmo número de pessoas entre funcionários (incluindo professores) e não-funcionários?

2.2 O conselho escolar tem normas de funcionamento definidas e conhecidas por todos?

2.3 Os conselheiros recebem capacitação (cursos, participação em seminários, outros) para exercer sua função?

2.4 O conselho escolar tem à sua disposição informações sobre a escola em quantidade e qualidade suficientes para que possa tomar as decisões necessárias?

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2.5 O conselho escolar participa das definições orçamentárias da escola?

2. Participação efetiva de estudantes, pais, mães e comunidade em geral.

2.1 Há grêmios estudantis ou outros juvenis participando da tomada de decisões na escola e ajudando os alunos a se organizarem?

2.2 Existem espaços onde todos (alunos, diretor, funcionários, pais, mães, e outras pessoas da comunidade) possam discutir e negociar encaminhamentos relativos ao andamento da escola?

2.3 A direção presta contas à comunidade escolar, apresentando regularmente o orçamento da escola e seus gastos?

2.4. A comunidade escolar conhece e discute as dificuldades de gestão e de financiamento da escola?

2.5. Os pais participam de associações de apoio à escola, tais como associações de pais e mestres ou outras?

2.6. Os pais e as mães comparecem e participam ativamente das reuniões sobre a vida escolar dos alunos?

2.7. A escola mantém aberta aos finais de semana para que a comunidade possa usufruir o espaço (salas, pátio, quadras de esporte, biblioteca, outros)?

2.8. A escola elaborou o seu projeto político-pedagógico com a participação de toda a comunidade escolar (alunos, professores, pais, diretor, funcionários em geral, membros dos colegiados)?

2.9. Quando são realizadas atividades de confraternização com a comunidade (festas, gincanas, formaturas), garante-se a presença de todos, mesmo daqueles pais e alunos desprovidos de recursos financeiros?

3. Parcerias locais e relacionamento da escola com os serviços públicos.

3.1 A escola encaminha alunos para o serviço de saúde, conselho tutelar ou outros serviços públicos quando necessário?

3.2 A escola desenvolve atividades em parceria com os demais serviços públicos (como campanha contra a dengue, educação para a saúde bucal, campanha de matrícula, pesquisa sobre o acervo do museu)?

3.3 A escola tem parcerias com outras instituições (universidades, organizações da sociedade civil,empresas, fundações, associações, outros) para o financiamento de projetos ou para o desenvolvimento de ações conjuntas, como elaboração do projeto político-pedagógico, formação de professores, atividades pedagógicas, comemorações?

4. Tratamento aos conflitos que ocorrem no dia-a-dia da escola.

4.1 O diretor juntamente com professores, alunos e demais membros da comunidade escolar, procura resolver os conflitos que surgem entre as pessoas no ambiente escolar (brigas, discussões, outros), com base no diálogo e na negociação?

4.2 Os professores desenvolvem atividades para que os alunos aprendam a dialogar e a negociar?

Descrever resumidamente a opinião do grupo sobre o indicador tratamento aos conflitos que ocorrem no dia-a-dia da escola.

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5. Participação da escola nos programas de repasses de recursos financeiros para financiamento da escola.

5.1 A escola recebe recursos financeiros dos poderes executivos (estadual, federal) para pequenas despesas da escola?

5.2 A utilização dos recursos é discutida democraticamente e tem se dirigido aos problemas prioritários?

5.3 Participação em outros programas de incentivo à qualidade da educação dos governos federal e estadual.

5.4 A comunidade escolar conhece bem todos os programas das diversas esferas do governo que visam incentivar a qualidade da escola/ Façam uma lista de quais são eles e pesquisem se há outros.

5.5 Os materiais provenientes de programas governamentais de incentivo à qualidade da educação (como livros, televisão, vídeo, fitas de vídeo, computadores, internet, outros) estão organizados e disponíveis a todos que deles necessitam (alunos, professores, pais, mães, outros)?

E - DIMENSÕES DA FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA – todos os profissionais da escola são importantes para a realização dos objetivos do projeto político-pedagógico. Os professores são responsáveis por aquilo que os especialistas em educação chamam de transposição didática, ou seja, concretizar os princípios político-pedagógicos em ensino-aprendizagem. Cada um dos demais profissionais tem um papel fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas também da vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola. Tamanha responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio. Para tanto, é importante que se garanta formação continuada aos profissionais e também outras condições, tais como estabilidade do corpo docente, o que incide sobre a consolidação dos vínculos e dos processos de aprendizagem, uma adequada relação entre o número de alunos, salários condizentes com a importância dos trabalhos, etc.

INDICADORES E PERGUNTAS

1. Habilitação

1.1.Todos os professores que trabalham na escola têm habilitação (formação inicial) necessária para o exercício da função/

1.2. Os demais funcionários da escola também têm habilitação para o exercício de suas funções?

1.3. Se a resposta para alguma das duas perguntas foi negativa, a comunidade escolar reivindica oportunidades para que todos se habilitem para o exercício de seu trabalho?

2 .Formação continuada.

2.1.Todas as pessoas que trabalham na escola têm oportunidades de se atualizar e participar de cursos e ações de formação?

2.2. Os cursos e ações de formação correspondem às expectativas de quem participa?

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2.3. Os profissionais se mobilizam para reivindicar ou organizar as atividades de formação que lhes interessam?

2.4. Os professores e coordenadores pedagógicos sempre se reúnem para a discussão dos planos de aula e da proposta pedagógica e para a avaliação da prática (reuniões pedagógicas)?

2.5. Caso as reuniões pedagógicas aconteçam, elas ajudam a melhorar a prática pedagógica?

2.6. Professores e coordenadores pedagógicos participam de formações que os ajudam a trabalhar com alunos com deficiência, atuando de acordo com o paradigma “inclusivo”?

2.7. Professores e demais profissionais são remunerados pelo tempo dedicado ao trabalho pedagógico fora da sala de aula?

3 Suficiência da equipe escolar.

3.1.A escola dispõe da quantidade de professores de que realmente necessita?

3.2.O número de funcionários é suficiente para o bom funcionamento da escola?

3.3.A escola possui coordenadores pedagógicos em número suficiente?

3.4.A direção e os coordenadores pedagógicos têm tempo para se dedicar às questões pedagógicas?

4. Assiduidade da equipe escolar.

4.1 O trabalho da escola jamais é prejudicado por falta de professores, diretor e funcionários?

4.2 Caso haja falta de diretor, professores ou funcionários que esteja prejudicando o trabalho, o problema é discutido coletivamente por toda a comunidade escolar, inclusive pais e alunos? 4.3 Os professores começam e terminam as aulas pontualmente? 4.4 Os demais profissionais da escola também cumprem sua jornada com pontualidade? 4.5 As reuniões pedagógicas começam e terminam na hora marcada?

5 .Estabilidade da equipe escolar.

5.1 Os professores e demais profissionais da escola contam com um plano de carreira?

5.2 O diretor, os professores e demais funcionários estão a bastante tempo na escola?

5.3 Os dados sobre mudanças e substituições de profissionais a cada ano ou semestre são calculados e discutidos coletivamente, inclusive por pais e alunos?

F – DIMENSÕES DO AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR – os espaços educativos de qualidade são organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados, com flores e árvores, móveis, equipamentos e materiais didáticos adequados à realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de qualidade aos alunos, pais e a comunidade, além de boas condições de trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral na gestão do espaço escolar, é preciso estar atento para:

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_ o bom aproveitamento dos recursos existentes (muitas vezes o que se tem pode ser insuficiente, mas é preciso cuidar para que tudo o que se tem seja bem aproveitado).

_ uma organização que favoreça o convívio entre as pessoas, que seja flexível e conte com as condições suficientes para o desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem.

_ a qualidade dos recursos (ou seja, se esses recursos respondem às necessidades do processo educativo e do desenvolvimento da comunidade e se estão organizados, bem cuidados e bonitos).

Nesta dimensão, itens fundamentais para o ambiente físico escolar serão avaliados de acordo com os três indicadores:

1. Suficiência: disponibilidade de material, espaço ou equipamento quando deles se necessita. 2. Qualidade: adequação do material à prática pedagógica, boas condições de uso, conservação, organização,beleza,etc.3. Bom aproveitamento: valorização e uso eficiente e flexível de tudo o que se possui.

ITENS FUNDAMENTAIS PARA O AMBIENTE FÍSICO

1 – Caderno, lápis, borracha, lápis de cor e livros didáticos para os alunos.

1.1. Todos os alunos possuem caderno, lápis, borracha, lápis de cor e livros didáticos?

1.2. Os materiais acima citados são bem cuidados e estão em boas condições de uso?

1.3. Os alunos utilizam livros didáticos e outros materiais?

2. Acesso a internet.

2.1. A escola está conectada a internet?

2.2.Alunos e professores têm acesso à internet?

2.3. A conexão com a internet permite a realização de pesquisas com rapidez?

3. Banheiros.

.3.1. Há banheiros disponíveis para o uso de todos, inclusive de alunos com deficiência?

3.2..Os banheiros são limpos e estão em boas condições de uso?

3.3. Os lavabos são limpos e estão em boas condições de uso?

4. Lavabos

4.1. Há lavabos disponíveis para o uso de todos?

4.2. Os lavabos são limpos e estão em boas condições de uso?

4.3. Os lavabos são bem utilizados (sem ociosidade e sem uso restrito a um número muito pequeno de pessoas)?

5. Água filtrada ou tratada.

5.1.Há filtros ou algum tipo de tratamento de água que permitam a disponibilização de água potável a todos?

5.2 Os filtros ou bebedouros estão em boas condições de uso?

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5.3. Todas as pessoas que freqüentam a escola (alunos, professores, pais, outros) tomam água filtrada ou tratada na escola?

6. Carteiras para os alunos.

6.1 Há carteiras disponíveis para o uso de todos os alunos? 6.2 As carteiras estão em boas condições de uso? 6.3 As carteiras quebradas são rapidamente reaproveitadas?

7. Mesa e cadeira para o professor.

7.1. Há mesas e cadeiras para o professor nas salas de aula/

7.2. As mesas e as cadeiras do professor estão em boas condições de uso?

7.3. As mesas e as cadeiras quebradas são rapidamente reaproveitadas?

8 Pátio escolar.

8.1. Há pátio escolar no qual os alunos possam brincar?

8.2. O pátio é seguro e bonito?

8.3. O pátio é aproveitado para atividades recreativas e pedagógicas quando necessário?

9. Espaço para o ensino e prática de esportes.

9.1 Há espaço para o ensino e prática de esportes?

9.2. O espaço para o ensino e a prática de esportes responde as necessidades da escola?

9.3. O espaço para a prática de esportes é bem aproveitado por todos os alunos?

10. Materiais para uso do professor, como giz, quadro, livros, jogos, mapas.

10.1. Há giz, quadro, livros, materiais didáticos disponíveis para o uso do professor?

10.2. Esses materiais respondem às necessidades da prática pedagógica? Estão em boas condições de uso?

10.3. Os professores solicitam a aquisição de diferentes materiais?

11. Materiais didáticos: televisão, computador, videocassete,

DVD, aparelho de som, fitas de vídeo, outros.

11.1. Há televisão, computador, videocassete, aparelho de som, fitas de vídeo outros?

11.2 Esses materiais estão em boas condições e respondem à prática pedagógica? O conteúdo de vídeos, programas de TV e músicas utilizadas na escola respeitam a diversidade humana?

11.3. Os professores e alunos têm acesso a esses materiais?

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12. Salas de aula.

12.1 As salas de aula são suficientes para o número de alunos da escola?

12.2 As salas de aula são bonitas, arejadas, alegres e iluminadas?

12.3 As salas de aula permitem a organização do mobiliário de acordo com atividades diversas?

13. Pintura do prédio e do quadro-negro.

13.1 O prédio da escola está pintado?

13.2 A pintura do prédio e do quadro de giz está em boas condições?

13.3 As paredes são utilizadas de modo conveniente para expor trabalhos de alunos, materiais educativos, informações relevante sem provocar poluição visual?

14. Biblioteca.

14.1 Há espaço específico para pesquisas e leituras?

14.2 A biblioteca conta com acervo organizado, ambiente agradável, arejado, iluminado e bonito?

14.3 Qualquer pessoa (aluno, professor, funcionário, pai ou mãe) pode freqüentar a biblioteca ou ter acesso aos livros da escola?

15. Merenda escolar.

15.1. O espaço destinado à manipulação e armazenamento dos alimentos é adequado, obedecendo a um padrão de higiene?

15.2. O espaço do refeitório atende as necessidades da escola?

15.6. Os mobiliários, os utensílios, os aparelhos eletrodomésticos estão em bom estado de conservação?

16. Calendário letivo e agenda?

16.1 A escola elabora seu calendário letivo e interno de acordo com seu projeto político pedagógico?

16.2. Os calendários atendem as necessidades da escola quanto ao tempo de aprendizagem?

16.3 Os calendários são fixados em locais visíveis? Podem ser consultados por todos os interessados?

17. Plantas, árvores e flores.

17.1. Há plantas, árvores e flores na escola?

17.2. As plantas, árvores e flores da escola são bem cuidadas e bonitas?

17.3. Há atividades com os alunos para que aprendam cuidar de plantas, árvores e flores da escola?

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18. Tratamento do lixo.

18.1. Há lixeiras na escola/

18.2. As lixeiras estão espalhadas em toda a escola para facilitar o seu uso?

18.3. Há algum trabalho pedagógico sobre a destinação do lixo? A escola separa o lixo produzido e o encaminha para reciclagem?

19.Vias para acesso de pessoas com deficiência.

19.1.Há vias para acesso de pessoas com deficiência à escola (salas de aula, pátio, biblioteca, outros)?

19.2. As vias para acesso de pessoas com deficiência estão em boas condições de uso?

19.3. Essas vias são utilizadas adequadamente?

20. Nível baixo de ruído.

20.1. O nível de ruído é baixo?

20.2 O nível de ruído jamais atrapalha as atividades realizadas na escola?

20.3. São tomadas providências para evitar excesso de ruído?

21. Rede de esgoto.

21.1 A escola está ligada a um sistema de esgotamento sanitário?

21.1.2 As instalações de água e esgoto estão em boas condições de funcionamento?

22. Beleza.

22.1.A escola é bonita?

22.2 Há iniciativas para preservar e / ou melhorar a aparência da escola?

22.3.Questões relativas à estética do ambiente são discutidas pedagogicamente com a comunidade escolar?

G-DIMENSÕES DO ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA – um dos principais desafios atuais da nossa escola é fazer com que crianças, adolescentes e jovens nela permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos atendidos. Será que sabemos quem são aqueles que, na nossa escola, apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem? Sabemos quem são aqueles que mais faltam na escola? Onde e como eles vivem? Quais são as suas dificuldades? E os que abandonaram ou se evadiram? Sabemos o motivo? Estamos nos esforçando para trazê-los de volta à escola? Temos tratado essa situação com cuidado e carinho que ela merece? Ao responder a essas e outras perguntas relativas a esta dimensão, a comunidade escolar poderá discutir formas de a escola oferecer boas oportunidades de aprendizagem a todos os cidadãos.

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INDICADORES E PERGUNTAS.

1. Número total de falta dos alunos

1.1 A comunidade escolar calcula o número total de faltas dos alunos?

1.2 A comunidade escolar procura compreender as causas da falta dos alunos?

1.3 A escola possui alguma maneira de atender os alunos com maior número de faltas, buscando resolver esse problema?

2. Abandono e evasão.

2.1 Todas as crianças em idade escolar do entorno freqüentam a escola regularmente?

2.2 A comunidade escolar tem informações sobre a quantidade de alunos que se evadem ou abandonam a escola?

2.3 A comunidade escolar busca compreender as causas do abandono ou da evasão?

2.4 A escola adota alguma medida para trazer de volta alunos que se evadiram ou abandonaram a escola? Essas medidas têm gerado bons resultados?

3. Atenção aos alunos com alguma defasagem de aprendizagem.

3.1 No dia-a-dia, os professores dão atenção individual àqueles alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem?

3.2.A escola oferece oportunidades especiais para alunos que têm dificuldades de aprendizagem (como lições extras, grupos de reforço, solicitação de professores externos para a realização de debates ou aulas extras, mobilização de voluntários para apoio, exames de recuperação, outros)?

3.3.Caso atividades como estas sejam oferecidas, elas conseguem fazer com que os alunos melhorem seu nível de aprendizagem?

3.4. A escola faz algum tipo de agrupamento especial para atender adequadamente alunos com alguma defasagem?

3.5. Caso haja algum tipo de agrupamento especial, pode-se afirmar que, de fato, nessas turmas os alunos têm melhores condições de aprendizagem (atendimento mais individualizado, metodologias alternativas, outros)?

3.6. A comunidade escolar tem informações sobre a quantidade de alunos que são reprovados a cada ano?

3.7. A comunidade escolar sabe quais as disciplinas que mais reprovam e isso recebe atenção especial da direção, equipe pedagógica e direção?

3.8. A comunidade escolar busca compreender as causas das reprovações?

A avaliação institucional será realizada a cada ano, em virtude dos resultados o presente

projeto político pedagógico poderá sofrer alterações em seu plano de ação (redefinindo metas

e objetivos).

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7.9 Práticas avaliativas

Os mecanismos de avaliação permitem constatar, compreender, estudar, interpretar,

acompanhar, aperfeiçoar e intervir nos processos de construção do conhecimento, bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinariedade

dos conteúdos, de acordo com o currículo e os objetivos propostos pela escola.

A nota do bimestre e / ou semestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições na seqüência e

ordenação dos conteúdos.

A recuperação de estudos será de forma paralela ao longo da série e do período letivo ofertada

aos alunos de baixo rendimento escolar. Constituindo-se num conjunto integrado ao processo

de ensino, além de se adequar às dificuldades dos discentes.

O professor deverá oportunizar a recuperação de estudos através de pesquisas, dissertações,

provas, trabalhos individuais ou em grupos, atividades extraclasse e outras.

Cabendo também a escola oferecer oportunidades de participação em atividades realizadas em

contra - turno como os projetos desenvolvidos em diferentes áreas do conhecimento, além de

freqüentar as salas de apoio e / ou sala de recursos com materiais e metodologias

diferenciadas que atendam as necessidades de cada aluno.

Ressaltamos que a escola oferece matrícula com progressão parcial ao aluno reprovado em

três disciplinas, desde que preservada a sequência curricular e observadas as normas prescritas

no regimento escolar.

As normativas regimentais, no que se referem ao rendimento compreendendo avaliação

escolar, não são suficientes para atender aos direitos educacionais de oportunizar acesso,

terminalidade, continuidade e uma educação de qualidade social a todos. O ponto de partida é

a reflexão coletiva sobre que tipo de escola queremos construir? Para que sociedade? Para que

camadas da população vão trabalhar? Qual a concepção de homem? Qual a concepção de

mundo? Qual a concepção de conhecimento? Qual a concepção de cultura? Quem a avaliação

beneficia? A quem interessa? Traz que tipos de resultados? Quem é reprovado tem as suas

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condições melhoradas? Quais as alternativas para quem supostamente não mostre condições?

O que representa a nota mínima? Os instrumentos permitem um diagnóstico efetivo da

aprendizagem?

Essas concepções permeiam o presente Projeto Político Pedagógico, levam-nos a estabelecer

alternativas na busca por uma educação de qualidade e consequentemente com uma prática

avaliativa emancipadora.

Neste sentido identificamos alguns atributos da escola, a qual oferecerá uma educação de

qualidade resultante das práticas avaliativas emancipadoras, tais como:

• ser pluralista, porque admite correntes de pensamento divergentes com respeito à

diversidade, ao diferente;

• ser humanista, por identificar o homem como foco do processo educativo;

• ter consciência de seu papel político como instrumento para a emancipação, combate

às desigualdades sociais e desalienação dos trabalhadores;

• desenvolver o ser social em todas as suas dimensões: no econômico (inserção no

mundo do trabalho e da produção de bens e serviços); no cultural (apropriação,

desenvolvimento e sistematização da cultura popular e universal); no político

(emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e partícipe ativo na

construção do destino do grupo social ao qual pertence).

Ao focalizar o processo ensino-aprendizagem como o eixo do trabalho numa educação

emancipadora, que busca a transformação da realidade, o conhecimento passa a ser fruto de

uma construção coletiva, e assim, o aluno e professor ensinam e aprendem num movimento

de troca e crescimento mútuo. Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o

processo ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla: de um lado, o professor ensina e

aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético, isto é, permeado de

contradições e de mediações.

Nessa perspectiva, transformar a prática avaliativa é responder as questões educacionais em

suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocrática, mudanças

conceituais, redefinindo os pressupostos teóricos e metodológicos dos conteúdos, das funções

docentes entre outras.

Sendo assim, a avaliação contínua formativa deve prevalecer no processo ensino-

aprendizagem, visando o desenvolvimento integral do aluno, vislumbrando um diagnóstico

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individual de cada um, identificando seus sucessos, possíveis fracassos e / ou dificuldades

como meio de visualização qualitativa e não somente quantitativa.

A análise qualitativa na avaliação formativa leva em consideração os aspectos cognitivos,

afetivos e relacionais os quais permeiam as aprendizagens significativas possibilitando que o

aluno continue a aprender.

Avaliação como parte do processo ensino-aprendizagem significa conhecer o aluno melhor e

ensinar melhor. Observando e registrando os dados diante de atividades pedagógicas

inovadoras, relevantes e significativas, considerando o tempo efetivo para que a aprendizagem

possa ocorrer.

Dar sentido a avaliação formativa é convertê-la em uma ferramenta pedagógica, contribuindo

para o desenvolvimento das capacidades dos alunos e da qualidade do ensino.

Dessa forma, as finalidades da avaliação são:

1- conhecer o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus

interesses, suas técnicas de trabalho;

2- constatar o que está sendo aprendido: o docente faz registros do acompanhamento do

estudante ou do grupo, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicas,

julgando o grau de aprendizagem considerando os conhecimentos, às atitudes e valores, às

aprendizagens socioafetivas e culturais;

3- adequar o processo de ensino: de acordo com os objetivos propostos ao aluno como ao

grupo e àqueles que apresentam dificuldades;

4- julgar, globalmente, o processo de ensino-aprendizagem: o docente realizará análise e

reflexão ao término de cada unidade sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos

previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados e se for o caso redirecionar sua

própria prática.

A avaliação será contínua e integrada ao fazer diário do professor, realizada em situações

normais, evitando a exclusividade de rotina das provas na qual o aluno é medido somente

naquela situação específica, abandonando-se tudo que foi realizado em sala e / ou outros

espaços educacionais antes da prova.

A postura avaliativa contínua do docente deve compreender as várias áreas de capacidade do

aluno, como a cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação, ética nos variados

componentes do currículo. A avaliação formativa é concebida como meio pedagógico para

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ajudar o aluno em seu processo educativo.

Segundo Hoffmann (2000), avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-

reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em

seu processo de aprendizagem, reflexão acerca do mundo, formando seres libertários e

participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.

Diante desse panorama avaliativo, a escola valorizará nas experiências educativas, o processo

de aprender a aprender, a formação das capacidades, o desenvolvimento da criatividade

pessoal e do reconhecimento do outro como sujeito, a criação de atividades que privilegiem o

conhecimento e, por fim, a possibilidade de verificar o desempenho dos alunos nas diversas

práticas escolares, para corrigir rumos e replanejar.

Importante também destacar que não existe processo avaliativo desvinculado da afetividade,

porque há uma dialética entre o afetivo e o cognitivo. Os indicadores de afetividade permeiam

a relação do aluno com seu desempenho.

Cabe enfatizar que na prática pedagógica o professor deverá observar o aluno quanto a:

1- o nível de aprendizagem;

2- a qualidade do conteúdo elaborado, da linguagem utilizada;

3- a sistematização e ordenação das partes, relacionadas à produção individual;

4- a qualidade da elaboração em conjunto com outros alunos;

5- a capacidade crítica, indicando a criatividade;

6- a capacidade de reconstrução própria e de relacionar os conteúdos das diversas áreas do

conhecimento;

7- as considerações e opiniões dos próprios alunos.

Dada a forma dinâmica e interdependente do trabalho educativo, não podemos esquecer que

os resultados do processo avaliativo interessam a cinco públicos:

1- ao aluno, que tem o direito de conhecer o próprio processo de aprendizagem para se

empenhar na superação das necessidades;

2- aos pais co-responsáveis pela educação dos filhos;

3- ao professor, que precisa avaliar a própria prática;

4- a equipe docente que deve garantir terminalidade e continuidade do percurso escolar do

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aluno;

5- as instâncias colegiadas co-responsáveis pela concretização das metas do Projeto Político

Pedagógico.

Em coerência com essa prática deve-se primeiramente informar o porquê e para que estudar

determinado conteúdo, estabelecendo normas de condutas na sala de aula.

Definindo as condutas os alunos terão condições de acompanharem seu próprio

desenvolvimento. Surgindo então a auto-avaliação, devendo o professor explicar por que e

para que realizar essa prática, e determinando em que aspecto cada um deve se avaliar. As

auto-avaliações podem ser orais ou escritas, onde o aluno expõe sua análise, discute com os

colegas, relata suas dificuldades e aquilo que não aprendeu.

A auto-avaliação é mais um instrumento para melhorar o trabalho docente e promover a

autonomia do aluno. Esse processo democrático coloca o aluno como sujeito da própria

educação, dando maior segurança ao professor, que teme ser injusto ou tendencioso.

Compreendendo a educação como prática social que visa o desenvolvimento de cidadãos

conscientes, autônomos e emancipados, a avaliação é fundamental como um processo

dialógico, interativo tornando o aluno também um ser crítico, criativo e participativo.

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8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

EIXO. OBJETIVO DETALHAMENTO CONDIÇÃO CRONOGRAMAGESTÃO DEMOCRÁTICA.

Consolidar a participação da comunidade no encaminhamento, discussão e avanços no processo educacional.

- Esclarecer aspectos legais dos órgãos colegiados quanto ao funcionamento e atribuições, preparando-os para o desempenho de suas funções;

- Possibilitar o acesso a informações, participação, aprovação e execução do projeto político pedagógico, bem como, da avaliação institucional.

-Manter parcerias com instituições públicas e privadas.

Realizar reuniões, organizar o espaço físico, providenciar o material de apoio, registrar, divulgar, publicar as ações.

- Realizar encontros com os órgãos colegiados, providenciar o espaço físico, material de apoio e registrar.

- Estabelecer parcerias visando o financiamento dos projetos da escola como também inserir os alunos no mercado de trabalho.

As reuniões serão realizadas mensalmente a partir do mês de fevereiro a novembro (o calendário será elaborado em comum acordo com todos os órgãos colegiados).

- As reuniões serão trimestrais.

- Reuniões com as instituições públicas e privadas no mês de fevereiro..

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- Desenvolver a socialização e a responsabilidade social, com ações inovadoras de organização das equipes nos processos de trabalho, construindo de forma coletiva as práticas de convivência em grupo;

- Aprimorar continuamente a participação e gestão coletiva assegurando a decisão colegiada dos assuntos relevantes da comunidade compartilhando o conhecimento produzido sobre gestão educacional e escolar.

- Estabelecendo as regras para participação, como representantes de segmentos dos órgãos colegiados e todos com objetivos comuns.

- Propor aos órgãos colegiados a elaboração de boletim informativo com linguagem acessível para manter a comunidade informada das questões relativas a escola e sobre os conhecimentos produzidos sobre gestão escolar.

- Elaboração do boletim informativo será mensal.

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- Garantir a autonomia política, pedagógica e administrativa da escola na gestão de seus processos organizacionais e educacionais, bem como, na aplicação dos recursos financeiros, conforme a necessidade da escola;

-Estabelecer normas de manutenção e preservação da escola;

- Definir atribuições e normas para escolha dos professores monitores e alunos representantes de turmas.

- Estabelecer em reunião específica com os órgãos colegiados a forma e prioridades para aplicação dos recursos financeiros da escola, bem como, informação à comunidade.

-Com os órgãos colegiados estabelecer as normas e divulga-las.

- Reunião com o corpo docente e discente estabelecendo as normas e atribuições dos monitores e representantes de turmas com a realização da auto-avaliação.

- Primeira reunião com os órgãos colegiados no mês de fevereiro.

- Primeira reunião dos órgãos colegiados no mês de fevereiro.

- Primeira reunião com o corpo docente e discente no mês de fevereiro.

EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA

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-Redimensionar qualitativamente o funcionamento do Conselho de Classe no que concerne à análise e tomada de decisão frente aos problemas enfrentados no processo ensino-aprendizagem, compartilhando responsabilidades e ações imediatas coletivas para solução dos mesmos;

- Implantar com apoio dos órgãos colegiados a “Escola Pais”, integrando-os efetivamente na vida escolar dos filhos/alunos na condição de co-responsáveis.

- Estabelecer com o corpo docente a realização do pré-conselho e a realização da auto-avaliação (dos docentes e discentes).

-Apresentar aos órgãos colegiados o projeto “Escola de Pais”, buscando apoio e participação efetiva dos membros como colaboradores na execução.

- Reuniões mensais.

- Reuniões mensais.

EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMAPROPOSTA PEDAGÓGICA.

- Garantir que a Educação Básica seja pautada como direito de todos pública, de qualidade social, gratuita, democrática, inclusiva, transformadora que respeita a diversidade cultural.

- Subsidiar tecnicamente o trabalho do professor quanto a utilização de metodologias adequadas a pedagogia histórico crítica, garantindo ao aluno o pleno domínio da leitura, da escrita, do cálculo e demais disciplinas por meio dos conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais.

- Assegurar ao corpo docente apoio técnico nos aspectos pedagógicos sobre o sistema de avaliação adotado pela escola

- Realizar pesquisas sobre a prática de ensino que enriqueçam a teoria pedagógica adequada aos alunos, por meio de leituras, participação em grupos, atividades culturais e outros.

- Com o corpo docente realizar análise do comportamento e desempenho dos alunos, atividades desenvolvidas,

- De acordo com a hora –atividade de cada professor.

- Reuniões mensais (pré-conselho) e hora-atividade com o corpo docente e com os pais e/ou responsáveis (Escola de Pais).

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com ênfase na avaliação formativa, recuperação paralela de estudos e auto-avaliação.

métodos, solução para os problemas apresentados e com os pais.

- Garantir o atendimento aos alunos com dificuldades e déficit de aprendizagem.

- Promover intercâmbio com outras unidades de ensino.

- Garantir o domínio e a análise crítica da fundamentação teórica que permeia a proposta pedagógica.

- Realizar os procedimentos normativos assegurando o espaço físicos, materiais e humanos para atendimento diferenciado nas salas de apoio e de recursos em contra-turno.

- Buscar, em conjunto com as equipes escolares, soluções e formas adequadas ao aprimoramento do trabalho pedagógico e à consolidação da identidade da escola. - Promover grupos de estudo para a revisão e aperfeiçoamento dos currículos, pressupostos teóricos,encaminhamentos ,metodológicos, conteúdos e avaliação.

- Do mês de abril a dezembro.

- No primeiro e segundo semestre.

- De acordo com o calendário escolar.

EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA- Viabilizar a política de inclusão, através da melhoria qualitativa do atendimento pedagógico, aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais.

- Assessorar tecnicamente o corpo docente com sugestões, textos e redimensionar o número de alunos por turma, de forma gradativa, levando em consideração a presença de alunos

- Durante todo o ano letivo, utilizando a formação continuada e a hora-atividade.

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- Eliminar práticas educativas elitistas, preconceituosas, discriminatórias e segregacionistas, reconhecendo a diversidade cultural e especificidades raciais e étnicas particularmente dos afro-descendentes.

com deficiências acentuadas que exijam atenção individualizada.

- Inserir em todas as disciplinas atividades pedagógicas, referentes à Cultura Afro-brasileira de acordo com as propostas do Projeto Político Pedagógico.

- Durante todo o ano letivo, de acordo com o calendário interno da escola..

EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO

CONDIÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

-Incentivar o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas que contribuam para formação do educando e também valorizem a construção do conhecimento como: Festival de Arte da Rede Estadual, Feirão do Livro, Com Ciência, Agenda 21 Escolar e outros.

- Criar mecanismos de divulgação e registro do trabalho pedagógico desenvolvido à comunidade em que a escola está inserida como :exposições, experimentos, pesquisas e outros.

-Avaliar com o corpo docente, diferentes medidas de acordo com cada projeto quanto aos aspectos operacionais e alcance dos objetivos.

- Definir com o corpo docente a coordenação das atividades, espaço físico, materiais, formas adequadas para apresentação de cada trabalho.

- Elaborar um calendário interno da escola visando a realização dos projetos.

- As atividades estarão previstas no calendário interno da escola.

-Equipe de direção, pedagógica e docente.

- Equipe de direção, pedagógica, corpo docente e órgãos colegiados.

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EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMAFORMAÇÃO CONTINUADA

- Garantir a oferta do Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante considerando a indissociabilidade entre o acesso, a permanência, a qualidade e a conclusão.

-Democratizar as informações sobre as políticas que norteiam o sistema educacional a todos os profissionais da educação.

- Viabilizar a participação dos profissionais da educação em cursos, seminários, grupos de estudo, projetos (previstos no projeto político pedagógico) e outros.

- Promover a formação continuada em serviço.

- Oportunizar a entidade representante da classe, momentos de esclarecimentos sobre questões pertinentes como: a carreira, salário, formação continuado-básica e outros.

-Incentivar a participação, promover e manter os profissionais da educação informados sobre a realização dos mesmos.

- Garantir a hora-atividade do corpo docente, visando o aperfeiçoamento profissional com acesso a textos, livros, periódicos internet e outros.

- No primeiro e segundo semestre.

- De acordo com o calendário escolar, interno e SEED.

- De acordo com a hora-atividade de cada professor.

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QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS, FUNCIONÁRIOS E ESPAÇOS.

-Proporcionar espaços educativos organizados, agradáveis que favoreçam o convívio social e com materiais disponíveis favorecendo a prática pedagógica com qualidade.

- Redimensionar as tarefas realizadas pelas equipes de apoio.

- Manter os espaços educativos limpos, organizados e com materiais adequados as atividades propostas como; salas de aula, biblioteca, laboratório de informática, laboratório de Ciências, Educação Física, apoio, recursos, vídeo e quadra de esportes.

- Distribuir as responsabilidades de acordo com um cronograma.

- Estabelecer com o corpo docente e discente normas para utilização e manutenção dos espaços educativos.

- De acordo com atividades administrativas.

- A utilização dos espaços educativos obedecerá calendário escolar.

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- Estabelecer com os órgãos colegiados um padrão mínimo para provimento dos espaços educativos com mobiliários, equipamentos e materiais.

- Readequar a quadra de esportes.

-Construir novos espaços educativos.

- Prover os espaços educativos com mobiliários e equipamentos como TV, vídeo, DVD e retro-projetor.

- Solicitar recursos financeiros para fechamento das laterais da quadra de esportes.

-Solicitar recursos financeiros para construção de dois espaços destinados as salas de apoio, recursos e ambiente.

- A cada ano prover 1/3 dos espaços educativos.

- Término da reforma no segundo semestre .

- Construir a cada ano um novo espaço.

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8.1 Plano de ação da equipe pedagógica/Coordenador de Curso

A equipe pedagógica é aquela que deve lançar novos desafios e colaborar na concretização de

uma escola pública, democrática e de qualidade social.

A equipe pedagógica deve ser competente, flexível, criativa, crítica, conhecedora das novas

tecnologias, que saiba trabalhar em equipe, que possua autonomia de pensamento, sociável,

que saiba compreender processos e incorpore novas idéias que tenha habilidade de gestão,

auto-estima etc.

A equipe pedagógica deve ser articuladora do processo ensino-aprendizagem, atuando em

sintonia com os profissionais da educação e comunidade escolar na discussão, elaboração,

execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico.

Eixo Norteador

Garantir a oferta do Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante considerando a

indissociabilidade entre o acesso, a permanência, a qualidade e a conclusão.

Objetivo

1. Oportunizar a participação dos profissionais da educação em debates e reflexões

permanentes sobre as políticas que norteiam o sistema educacional como grupos de estudo e /

ou capacitação descentralizada.

1 .1 Detalhamento.

1.1.1 Incentivar e promover a formação continuada em serviço dos profissionais da educação;

1.1.2 Solicitar com antecedência o material a ser utilizado, providenciando as cópias,

preparando o espaço físico, recursos tecnológicos e cronograma de divisão dos estudos;

1.1.3 Viabilizar a participação dos profissionais da educação em seminários e cursos

mantendo-os informados sobre a realização dos mesmos.

1.2 Responsável.

1.2.1 A responsabilidade pela organização, informações e fichas de inscrição será

compartilhada entre as profissionais que compõem a equipe pedagógica.

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1.3 Cronograma.

1.3.1 De acordo com o calendário escolar/SEED.

1.4 Condições.

1.4.1 Os recursos materiais, humanos e financeiros necessários serão de responsabilidade da

escola e SEED.

Objetivo

2. Garantir a hora-atividade do corpo docente, visando o aperfeiçoamento profissional e o

trabalho pedagógico.

2.1. Detalhamento.

2.1.1.Incentivo à utilização do espaço físico destinado a realização da

hora-atividade;

2.1.2. Manter o local agradável, mantendo a disposição livros, revistas,

textos e acesso a internet;

2.1.3. Viabilizar a troca de informações, planejamento e

Análise do rendimento escolar dos alunos entre os docentes;

2.1.4. Assessorar o corpo docente, quanto a elaboração de planos de recuperação de estudos

e metodologias a serem utilizadas;

2.1.5. Avaliar com o corpo docente diferente medidas e projetos quanto aos aspectos

operacionais e quanto ao alcance dos objetivos;

2.1.5. Articular a elaboração do calendário interno objetivando a realização dos projetos

propostos no projeto político pedagógico;

2.1.6. Assegurar o acesso e o fluxo de informações relativas ao trabalho em andamento, nos

diferentes níveis de ensino.

2.2.1. Responsabilidade.

2.2.2. A responsabilidade pela organização e execução será compartilhada pelas profissionais

que integram a equipe pedagógica.

2.3.1..Cronograma.

2.3.2. As atividades serão desenvolvidas semanalmente de acordo com as horas-atividade dos

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professores.

2.4.1. Condições.

2.4.2. Os recursos físicos, humanos, materiais e financeiros serão de responsabilidade da

escola e da entidade mantenedora.

Objetivo

3. Buscar permanentemente a “qualidade de ensino” e de valorização dos profissionais da

educação, desenvolvida por um processo crítico, discussão dos problemas e possibilidades de

solução, definindo de forma participativa as responsabilidades pessoais e coletivas,

garantindo o compromisso com a aprendizagem e a permanência do educando na escola.

3.1. Detalhamento.

3.1.1..Redimensionar qualitativamente o funcionamento do Conselho Escolar no que

concerne à análise e tomada de decisões frente aos problemas enfrentados no processo ensino-

aprendizagem, compartilhando responsabilidades e ações imediatas coletivas para solução dos

mesmos;

3. 1.2. Analisar permanentemente o rendimento escolar visando o atendimento das

necessidades individuais do educando;

3.1.3.Incentivar e subsidiar os professores monitores de cada turma quanto a realização da

auto-avaliação dos alunos antes da reunião do Conselho de Classe bimestral;

3.1.3. Prestar assessoramento ao corpo docente quanto a utilização de metodologias

adequadas a pedagogia histórico-crítica;

3.1.4. Proporcionar ao corpo docente apoio técnico, nos aspectos pedagógicos sobre o sistema

de avaliação adotada pela escola, observando o ritmo de desenvolvimento, o estilo e a

progressão de cada aluno frente a diferentes atividades e possibilitando a auto-avaliação

(aluno e do professor) numa perspectiva da avaliação emancipadora;

3.1.5. Realizar os procedimentos normativos os quais, viabilizam a participação do educando

com dificuldades de aprendizagem na sala de apoio, tendo tempo pedagógico diferenciado,

metodologias e materiais;

3.1.6. Reiterar a solicitação quanto ao funcionamento da sala de recursos para atendimento

dos alunos oriundos de classe especial e / ou que apresentem déficit de aprendizagem;

3.1.7. Elaborar material de apoio para subsidiar o trabalho do professor, garantindo ao aluno,

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o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo por meio dos conhecimentos científicos,

tecnológicos e culturais de modo que torne a escola mais atrativa;

3.1.8. Solicitar a aquisição de acervo bibliográfico, videoteca, materiais didáticos e o

funcionamento do laboratório de informática para atender as necessidades do corpo docente e

discente;

3.1.9.Colaborar na preservação, utilização e organização dos espaços educacionais destinados

ao laboratório de Ciências, sala ambiente das disciplinas de História / Geografia e Educação

Física;

3.1.10. Solicitar a participação de estagiários das diferentes instituições de ensino superior nas

atividades educacionais realizadas pela escola principalmente no que se referem às monitorias

nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa;

3.1.11. Buscar, em conjunto com as equipes escolares, soluções e formas adequadas ao

aprimoramento do trabalho pedagógico e à consolidação da identidade da escola;

3.1.12. Avaliar os impactos das medidas administrativas e pedagógicas implantadas;

3.1.13. Colaborar no desenvolvimento e aprimoramento da gestão pedagógica e

administrativa;

3.1.14. Identificar os impactos das diretrizes e medidas educacionais, objetivando a melhoria

do padrão de qualidade do ensino e aprendizagem;

3.1.15. Difundir os fundamentos e as teorias do processo de ensinar e aprender;

3.1.16. Divulgar o trabalho pedagógico desenvolvido à comunidade em que a escola está

inserida como: experimentos, pesquisas e outros;

3.1.17. Documentar todas as ações educativas visando preservar a história da instituição de

ensino, e também como subsidio aos avanços pedagógicos;

Analisar os problemas referentes à indisciplina, propondo alternativas coletivas;

3.1.19. Acompanhar o período de adaptação dos alunos das 5 séries com os colegas,

professores, horários, utilização do material escolar, uso dos espaços educativos e normas

regimentais;

3.1.20 Realizar estudos e pesquisas, trocando experiências profissionais, aprendendo e

ensinando com atitude participativa e de trabalho coletivo compartilhado;

3.1.21 Realizar estudos sobre a legislação pertinente a área educacional;

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3.2 Responsabilidade.

A responsabilidade será compartilhada pela equipe

pedagógica.

3.3. Cronograma.

As atividades serão desenvolvidas mensalmente.

3.4. Condições.

Os recursos humanos, materiais serão de responsabilidade da escola e apoio técnico do

N.R.E.

Objetivo

Garantir que a Educação Básica seja pautada como direito de todos pública, gratuita,

democrática, inclusiva, transformadora que respeita a diversidade cultural.

4.1. Detalhamento

4.1.1.. Incentivar e colaborar na realização de atividades pedagógicas que contribuam para

eliminar as práticas educativas elitistas, preconceituosas, discriminatórias, segregacionistas,

reconhecendo a diversidade cultural e especificidades raciais e étnicas.

4.1.2.. Viabilizar a política de inclusão, prestando assessoramento técnico ao corpo docente

para melhoria qualitativa do atendimento pedagógico dos alunos com necessidades

educacionais especiais;

4.1.3. Propor critérios para o redimensionamento do número de alunos por turma, de forma

gradativa, levando em consideração a presença de alunos com deficiência;

4.2.. Responsabilidade.

4.2.1.A execução das atividades será compartilhada pelas integrantes da equipe pedagógica.

4.3. Cronograma

4.3.1. As atividades serão realizadas mensalmente.

4.4. Condições.

4.4.1 Os recursos humanos, físicos, materiais e financeiros serão de responsabilidade da

escola.

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Objetivo

Consolidar a participação da comunidade escolar no encaminhamento, discussão, avanço,

execução e avaliação do processo educacional.

• Detalhamento.

5.1. Coordenar reuniões com a comunidade escolar para estudos sobre o Regimento

Escolar;

5.1.1.Participar das reuniões das instâncias colegiadas;

5.1.2 Incentivar as instãncias colegiadas na implementação da “Escola de Pais”, integrando-

os efetivamente na vida dos filhos na condição de co-responsáveis pelo processo educacional;

5.1.3. Compartilhar com os pais e alunos a responsabilidade na conservação e preservação do

espaço físico, mobiliários, equipamentos da escola, livros didáticos e paradidático;

5.1.4. Participar, subsidiar, colaborar e conduzir democraticamente suas práticas na realização

da avaliação institucional;

5.1.5. Assegurar aos pais dos alunos informações sobre o progresso e resultados escolares de

seus filhos;

5.1.6. Viabilizar o fortalecimento de canais de participação da comunidade no espaço escolar;

5.1.7. Coordenar atividades que promovam o fortalecimento da autonomia escolar;

5.1.8. Aplicar metodologias de trabalhos em grupo para desenvolvimento de processos

participativos de decisão, reconhecendo e respeitando as diferenças pessoais e as

contribuições dos membros da comunidade escolar.

5.2.1.Responsabilidade

5.2 2. A execução das atividades será compartilhada pelas integrantes da equipe pedagógica.

5.3.1. Cronograma.

5.3 2.. As atividades serão realizadas mensalmente.

5.4.3. Condições.

5.4.4. Os recursos humanos, materiais e financeiros serão da responsabilidade da escola.

O Plano de Ação da Equipe Pedagógica será avaliado mensalmente em reunião específica

com todas as integrantes da equipe e participação da equipe da direção.

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9. PROJETOS

A escola desenvolverá projetos em diferentes áreas do conhecimento, com conjunto de ações

contínuas e interligadas, voltadas para um objetivo de caráter educativos, social, cultural,

afetivo, e científico.

Em cada projeto constam as idéias, as intenções, a metodologias, os recursos e avaliação.

Os projetos que serão desenvolvidos são:

• Agenda 21 Escolar – Preservar para transformar

• Conhecendo o Paraná – Geografia e História do território paranaense

• Revitalização do Rio km 119 de Campo Mourão, da Nascente ( BR272) à Estrada da

Boiadeira (BR487).

• Aprender a Aprender Matemática Resolvendo Problemas

• Rexona

• Escola de Pais

• Brasil: Berço da África (Projeto em anexo)

• Incentivando a leitura e a oralidade

• Educação Fiscal (Projeto em anexo)

• Festival de Step dance

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ATA DE APROVAÇÃO

Ata de Apresentação e Aprovação do Projeto Político Pedagógico Biênio 2007/2008.

Aos vinte e seis dias do mês de Março de dois mil e sete, reuniram-se em uma das

dependências do Colégio Estadual Dom Bosco - Ensino. Fundamental, Médio e Profissional,

o Diretor Senhor Professor Benedito Garcia Filho, a Vice-Diretora Senhora Professora Maria

Inês Marcinko e membros do Conselho Escolar, abaixo nominados, para analisar as alterações

realizadas no Projeto Político Pedagógico de novembro de 2005, de acordo com as sugestões

elencadas pelo corpo docente e administrativo no período compreendido entre 07/02/07 à

09/02/2007. Sendo assim, (abaixo) digo, foram apresentadas para apreciação Conselho

alterações que em sua maioria foram mais correções estéticas devido as constantes mudanças

sugeridas pelo Núcleo Regional de Educação, que fazem parte da construção do Projeto.

Desta forma foram alterados alguns dados da capa do Projeto, dados de inventário da escola

que foram atualizadas com informações do ano de dois mil e sete, bem como acrescentados

alguns atos oficiais publicadas após a elaboração do Projeto: materiais de expediente e de

escritório que foram recebidos pela FUNDEPAR. Dentro os dados que foram atualizados,

também foi necessário alterar a formatação dos gráficos estatísticos para facilitar a

visualização e a compreensão dos mesmos. Dentro da proposta foi também acrescido o item

concepção de Cidadania e após estas alterações também houve mudança no sumário do

Projeto. O Conselho reunido depois de verificar as mudanças e perceber a necessidade das

mesmas, aprovou as alterações do Projeto Político Pedagógico por estar em conformidade

com a realidade da escola. Nada mais constar, eu Rosimeire Aparecida De Caíres lavrei a

presente Ata que vai por mim assinada e pelos demais membros do Conselho.

Campo Mourão, 26 de Março de 2007.

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ANEXOS