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GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO BETTEGA – EFM
Rua Visconde do Cerro Frio, 2010 - Novo Mundo – Curitiba
e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CURITIBA 2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
1. IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................................... 2
1.1 BIOGRAFIA DO PATRONO ............................................................................... 2
1.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO ................................................................................ 3
1.2.1 CRONOGRAMA DE AUTORIZAÇÕES .................................................... 3
1.3 LOCALIZAÇÃO DO COLÉGIO ........................................................................... 4
1.4 MODALIDADES DE ENSINO – 2010 ................................................................. 5
1.5 DEMANDA – 2010 .............................................................................................. 8
1.6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERAIS ................................................................ 8
1.7 PERFIL E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA ..................................................... 9
2. MARCO SITUACIONAL ........................................................................................... 11
2.1 APROVEITAMENTO DOS ALUNOS NO ANO DE 2010 .................................. 11
2.2 DADOS DO DESEMPENHO ACADÊMICO DA ESCOLA ................................. 12
2.3 DISCIPLINAS COM ALTAS TAXAS DE REPROVAÇÃO, POR SÉRIE, CICLO E
TURNO ................................................................................................................... 14
2.4 SÉRIES COM ALTAS TAXAS DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE ....................... 14
2.5 C0RPO DISCENTE ........................................................................................... 16
2.5.1 PROBLEMAS E NECESSIDADES DO CORPO DISCENTE .................... 18
2.6 CORPO DOCENTE ........................................................................................... 18
2.7 COMUNIDADE ESCOLAR ................................................................................ 22
2.8 PROGRAMAS ................................................................................................... 22
3. MARCO CONCEITUAL ............................................................................................ 29
3.1 FUNDAMENTOS POLÍTICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS ................ 29
3.1.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................... 31
3.1.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ...................................................................... 33
3.1.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ................................................................ 34
3.1.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ...................................................................... 35
3.1.5 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ................................................................. 36
3.1.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ....................................................... 38
3.1.7 CONCEPÇÃO DE TRABALHO ................................................................. 40
3.1.8 CONCEPÇÃO DE CULTURA ................................................................... 41
3.1.9 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA .......................................... 42
3.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO CRÍTICA ...... 44
3.2.1 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ..................................... 46
3.2.2 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO .............................................................. 48
3.2.3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO ................................................................. 49
3.2.4 PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO ........................................................ 52
3.2.5 PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO ................................................... 53
3.2.6 PROCESSO DE PROGRESSÃO PARCIAL ........................................... 54
3.2.7 PROCESSO DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ........................... 54
3.2.8 PROCESSO DE ADAPTAÇÃO ............................................................... 55
3.2.9 PROCESSO DE REVALIDAÇÃO E EQUIVALÊNCIA ............................. 55
3.2.10 PROCESSO DE FREQUÊNCIA ............................................................. 57
4. GESTÃO DEMOCRÁTICA ....................................................................................... 57
4.1 O QUE É GESTÃO DEMOCRÁTICA ................................................................ 57
4.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA LEGISLAÇÃO (CONSELHO ESCOLAR,
GRÊMIO, APMF, CONSELHO DE CLASSE...) ...................................................... 58
5. MARCO OPERACIONAL ......................................................................................... 64
5.1 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ................................................ 64
5.2 PROPOSTA DE PLANO DE TRABALHO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II ..... 66
5.3 PLANO DE AÇÃO DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS .................................... 68
5.4 PLANO DE AÇÃO DA BIBLIOTECA ................................................................. 77
5.5 PLANO DE AÇÃO DA SALA DE APOIO ........................................................... 78
5.6 PLANO DE AÇÃO DA SALA DE RECURSOS .................................................. 80
5.7 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ................................................................. 82
5.8 FORMAÇÃO CONTINUADA ............................................................................. 83
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA ...................................................................................... 85
6.1 DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE ....................................................... 85
6.2 DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA ................................................ 92
6.3 DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS ................................................ 98
6.4 DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ....................... 118
6.5 DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO ..................... 127
6.6 DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA ..................................... 131
6.7 DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA ............................................ 142
6.8 DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA ................................... 150
6.9 DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA ....................................... 170
6.10 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA –
ESPANHOL .................................................................................................... 187
6.11 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA –
INGLÊS .......................................................................................................... 198
6.12 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA ............... 209
6.13 DIRETRIZES CURRICULARES DE MATEMÁTICA .............................. 214
6.14 DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA ....................................... 234
6.15 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA ............................... 240
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 253
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 254
1
INTRODUÇÃO
„O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João Bettega – Ensino
Fundamental e Médio resultou da reflexão crítica da comunidade escolar acontecida
em reuniões com pais e alunos, conselhos de classe, e em pesquisas realizadas
durante os últimos meses.
Nosso Projeto Político Pedagógico tem como meta a melhoria da qualidade de
ensino, através de novas formas de organização e práticas pedagógicas, visando o
resgate da real função da escola, que é ensinar de forma coletiva e crítica.
Este trabalho será centrado no desenvolvimento do aluno, através das diversas
áreas de conhecimento com conteúdos significativos e contextualizados, eliminando a
ênfase à nota e exercitando uma prática avaliativa centrada na interação aluno-
professor. Essa prática não significa liberação do compromisso com o processo
avaliativo, mas, sim um maior comprometimento com a avaliação democrática.
Toda a comunidade escolar será envolvida, tendo como objetivo maior o resgate
da Escola Pública, onde cada um deve assumir a responsabilidade pela melhoria da
qualidade de ensino.
2
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1 Biografia do Patrono
João Bettega, patrono de nossa escola, era de nacionalidade italiana, nascido
na Província de Trento, na Itália, no dia 24 de março de 1864; filho do Senhor
Domênico Bettega e dona Angela Bettega.
Aos 14 anos veio para o Brasil, na companhia de seus pais. Com 17 anos começou
a trabalhar com erva-mate.
Casou-se com 19 anos de idade com a senhora Teresa Chemin Bettega e teve
14 filhos sendo: 9 homens: Domingos, Rodolpho, Leão Ermiro, José, Francisco, João
Batista, Fiovo, Lídio e Eurico; 5 mulheres: Angelina, Julina, Julia Maria, Margarida e
Alba.
Senhor João Bettega, nosso patrono, foi contador do Barão do Cerro Azul. Em
1896 João Bettega começou com as serrarias, quando fundou a primeira Colônia Nova
Tyril, em Piraquara, Estado do Paraná.
Fundou ainda outras serrarias em Rio da Várzea, Pangaré, São João do Triunfo,
Rancho das Táboas, Faxinal do Silva, Campo do Tenente e Porto Amazonas. Comprou
a fazenda Rio Grande, no atual Município de São José dos Pinhais, foi o primeiro a
instalar telefone que ia de Curitiba a Fazenda Rio Grande e o segundo a possuir carro
em Curitiba, e também o primeiro exportador de pinho brasileiro para a Argentina, onde
abriu uma casa de exportação de madeira, em Buenos Aires.
Vendo a necessidade de instrução e lazer para seus operários, fundou na
Fazenda Rio Grande de Janeiro, um curso de Homeopatia.
Era um homem muito religioso, severo, autoritário, mas possuía um grande
coração. Outra característica sua, era o valor que dava ao trabalho e tinha como lema:
“LABOR OMNIA VINCIT” (com trabalho o homem vence).
Como fruto de prova de seu trabalho incansável, temos hoje as indústrias J.
Bettega S/A que continuam a prestar serviços as comunidades, especialmente a
Curitiba, através de seus descendentes.
A semente plantada pelo italiano João Bettega no solo generoso e fértil de nossa
terra, germinou e por certo ainda dará muitos frutos.
3
E hoje, nós, reconhecendo o valor do trabalho por ele realizado, prestamos-lhe a
homenagem, escolhendo seu nome para patrono de nossa Escola, para que através de
seu exemplo de vida, possamos tê-lo como modelo para a juventude que aqui
formamos.
1.2 Histórico do Colégio
O Colégio Estadual “João Bettega” – Ensino Fundamental e Médio, foi
fundado em outubro de 1978, no governo de Jayme Canet Junior, situado na Rua
Visconde do Cerro Frio, s/n, bairro Novo Mundo, no município de Curitiba.
O nome “João Bettega” homenageia um antigo morador da região, de origem
italiana, proprietário de uma grande madeireira que tinha como lema “LABOR OMNIA
VINCIT” (com trabalho o homem vence).
O Estabelecimento tem por finalidade atuar no ensino fundamental no período
diurno e no ensino médio nos períodos diurno e noturno.
O Colégio Estadual “João Bettega” foi criado e autorizado a funcionar com o
nome “Escola Campo de Uberlândia” – Ensino de 1° Grau, conforme Decreto n° 5261
de 12 de julho de 1978, passando a integrar o Complexo Escolar “General Moreira
Couto” – Ensino de 1° e 2° Graus. Posteriormente, pela Resolução n°1633/78 de 04 de
outubro de 1978, passou a chamar-se “Escola João Bettega” – Ensino de 1° Grau.
Conforme a Resolução n° 146/83 de 20 de janeiro de 1983, o Complexo Escolar
“General Moreira Couto” – Ensino de 1°e 2° Graus, bem como os estabelecimentos
que o compunham, Escola “João Bettega” – Ensino de 1° Grau e outras, passaram a
denominar-se “Complexo Escolar “General Moreira Couto” – Ensino de 1° e 2° Graus e
Escola Estadual “João Bettega” – Ensino de 1° Grau.
Funcionaram na Escola Estadual “João Bettega” – Ensino de 1° Grau, desde a
data de sua criação até dezembro de 1984, Pré–Escola, 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª séries.
1.2.1 Cronograma de Autorizações
Ato Data Finalidade
Resolução 1088/83 08 de abril de 1983 Implantação de Classe Especial
4
Resolução 524/84 12 de fevereiro de 1985 Implantação de 7 série
Resolução 93/86 06 de janeiro de 1986 Implantação de 8 série
Resolução 5238/86 16 de dezembro de 1986 Reconhecimento do 1 Grau
Resolução 2281/93 27 de abril de 1993 Habilitação Assistente em
Administração
Resolução 2472/94 Início de 1993 Suspensão gradativa das séries
inicias
Resolução 512/94 02 de fevereiro de 1994 Suspensão da Classe Especial
Parecer 059/95 07 de abril de 1995 Implantação simultânea do Curso de
Assistente em Administração no
Ensino de 2º Grau.
Resolução 3000/97 30 de setembro de 1997 Reconhecimento do Curso Técnico
em Administração
Deliberação 001/96
e 13/97
24 de abril de 1997 Implantação do Projeto PAI-S
No ano de 1998, atendendo as disposições da LDB 9394/96 passou a
denominar-se Colégio Estadual “João Bettega” – Ensino Fundamental e Médio.
O Colégio, desde a sua fundação, é mantido pelo Governo do Estado do Paraná
e administrado em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação, nos termos da
legislação vigente, com o Núcleo Regional de Educação de Curitiba e Direção da
Escola, eleita pela comunidade escolar: corpo docente, funcionários, pais e alunos e
normatizado pelo Regimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo n° 178 de 25 de
maio de 1996.
1.3 Localização do Colégio
O Colégio Estadual João Bettega – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se no
Bairro Novo Mundo, à Rua Visconde do Serro Frio, 2010, próximo ao 13º Batalhão da
Polícia Militar.
5
Os primeiros moradores do bairro foram imigrantes que aqui se estabeleceram
como os Gritz, Gomes, Levix, Dudeck, Schier, originários da Alemanha, Itália, Polônia e
Espanha.
O nome do Bairro “Novo Mundo” deve-se ao imigrante, polonês Alfredo
Stengowski, e ao espanhol Joaquim Font que ao se estabelecerem no bairro,
denominaram suas casas comerciais de Velho Mundo e Novo Mundo, fatos estes
acontecidos no ano de 1909.
O bairro onde o Colégio localiza-se é residencial e comercial. Atualmente
oferece a infra estrutura básica à sua população contando com farmácias,
supermercados, lojas, agências bancárias, shopping, escolas, clínicas médicas,
transportes coletivo, tornando o bairro praticamente independente do centro da cidade.
A população é formada por diversos níveis sócio-econômicos: classe baixa,
média-baixa e média.
1.4 Modalidade de Ensino - 2010
O Estabelecimento de Ensino atende alunos de 5ª a 8ª série do Ensino
Fundamental e alunos de 1ª a 3ª série do Ensino Médio.
Possui 777 alunos matriculados e frequentando.
Quadro com o número de turmas e número de alunos:
Série Nº de turmas Turno Nº de alunos
5ª 5 T 144
6ª 4 T 123
7ª 4 M/T 129
8ª 3 M 116
1º 4 M/N 111
2º 3 M/N 80
3º 3 M/N 74
TOTAIS 26 - 777
6
Ensino Médio por Blocos
Tema /
Deman
- da
Justificati
va da
escolha
do tema
Material de
fundamenta-
ção da
discussão
O que consta
no marco
conceitual e
operacional
do PPP
O que
consta no
regimento
escolar
Alterações
propostas pelo
coletivo
escolar para os
documentos
Plano de ação 2010
Educaç
ão
Básica
–
Ensino
Médio
por
Blocos
.
Devido
ao fato da
implantaç
ão do
Ensino
Médio
por
blocos
em 2010
e a
necessida
de de
discussão
sobre
esse
tema.
Textos
Disponíveis
no Portal –
Educação
Básica em
Blocos
Índices de
Aprovação/
Reprovação/
evasão;
Disciplinas
com maior
índice de
reprovação;
Especificam
ente sobre o
Ensino
Médio não
consta nada.
Especifica
mente
sobre o EM
Blocos não
consta.
Alteração no
Regimento do
Sistema de
Avaliação da
Escola (de
bimestral para
trimestral);
Alteração no
Regimento
Escolar em
relação ao
Ensino Médio
por Blocos;
Alteração no
PPP – sistema
de avaliação e
Ensino Médio
por Blocos.
Troca de experiência entre
escolas que já tem EM
por Blocos
Propor grupo de estudos
com o tema EM por
blocos
Incentivar a participação
dos professores em
grupos de estudos e
cursos com
possibilidade de
avanços para
professores que não
tem possibilidade de
avanços
Adicionar a legislação dos
Desafios Educacionais
Contemporâneos e
Diversidade
Criar o grupo da
Diversidade na escola
para que haja a
implementação da
legislação junto a toda
comunidade escolar
selecionar alunos para a
inserção nos Programas
Mais Educação
Formar comissão para
implantação dos cursos
noturnos pós-médio.
7
A SEED propõe trabalho por blocos no Ensino Médio, contudo o embasamento
teórico ainda é superficial. Há a necessidade de maior aprofundamento teórico e
prático.
Toda mudança angustia. É uma novidade para todos: alunos, professores e
equipe. Estamos dispostos a realizar os enfrentamentos necessários, porém com certo
receio.
Inicialmente a proposta de turmas pares não foi atendida. Os professores estão
angustiados em relação às suas aulas para o 2º semestre.
Há relatos de experiências de outras escolas, que não foram positivas, mas
sabemos que sempre em algo novo há desafios.
Em relação à avaliação, os conteúdos serão trabalhados em 1 (um) semestre
mas os números de aulas será o mesmo com exceção de algumas disciplinas
(Português e Matemática) em que o número de aulas diminuiu, então que conteúdos
serão priorizados?
A – Como é possível realizar um trabalho de formação voltado para o desenvolvimento
humano dentro da escola?
Através do desenvolvimento ligado à fundamentação lógico-psicológica da
estruturação das disciplinas escolares.
Deve-se haver uma interação formativa entre os conceitos científicos e
espontâneos. O professor deve ser o mediador para que o aluno obtenha a apropriação
conceitual dentro de um saber sistematizado.
B – O trabalho com os conteúdos refletem os pressupostos contidos no PPP da
escola?
As ações pedagógicas de cada disciplina, a cada ano, vão se adaptando às
necessidades da comunidade escolar. A educação escolar deve ser um processo que
envolva diferentes elementos tais como: políticas, práticas, programas curriculares,
interações entre pessoas, ou seja, a escola se constitui em um local do socialização.
Os conteúdos devem ser trabalhados de acordo com a realidade do aluno,
sendo assim, o professor deve planejar e desenvolver seu trabalho de acordo com esta
realidade.
8
1.5 Demanda – 2010
Direçã
o
Equipe
Pedagógica
Docentes
Ens. Fund.
Docentes
Ens. Médio
Agente
Educacional II
Agente
Educacional I
02 6 23 16 06 6
1.6 Condições Físicas e Materiais
Conforme levantamento feito no final do ano de 2010, o espaço físico do Colégio
está distribuído da seguinte forma:
- Um salão;
- Uma sala para materiais de educação física;
- uma biblioteca;
- duas canchas esportivas: 1 coberta e 1 descoberta: espaços utilizados pelos
alunos nas aulas de Educação Física;
- 14 salas de aula, sendo 1 (uma) para Artes.
- 1 laboratório de Ciências, Física e Biológico;
- 1 sala de informática;
- 1 sala de apoio (Português e Matemática)
- 1 secretaria;
- 2 banheiros na secretaria;
- 1 sala de direção;
- 1 sala da equipe pedagógica;
- 1 sala de professores;
- 1 cantina;
- 1 cozinha;
- 1 pátio coberto;
- 1 almoxarifado;
- 2 banheiros de professores;
- 2 banheiros de funcionários;
- 4 banheiros para alunos.
9
1.7 Perfil e funcionamento da escola
1 Dados da Escola
Município: Curitiba NRE: Curitiba
Nome da escola: Colégio Estadual João Bettega - EFM
Endereço da escola: Rua Visconde do Cerro Frio, 1020.
E-mail: [email protected]
Telefone: ( 41 ) 3276-9731
Nome do diretor: Luiz Carlos Dangelo
Telefone Celular: ( 41 ) 9926-0871. Residencial: ( 41 ) 3598-0871
E-mail: [email protected]
2 Localização ( x ) área urbana
( ) área rural
( ) área urbana periférica
3 Nível e modalidade de ensino ministrado na escola
( ) educação pré-escolar ( ) educação especial
( ) ensino fundamental – 1º ao 5º ano ( x ) ensino médio
( ) ensino fundamental – 6º ao 9º ano ( ) alfabetização de adultos
( ) ensino fundamental – 1º ao 9º ano ( ) EJA – fase I
( ) ensino fundamental – 1ª a 4ª série ( ) EJA – fase II
( x ) ensino fundamental – 5ª a 8ª série ( ) EJA – Ensino Médio
( ) ensino fundamental – 1ª a 8ª série
4 Dependências escolares e condições de uso
Quantidade de dependências adequadas e inadequadas. Adequada é a
dependência cuja estrutura e organização, permitem sua plena utilização.
10
Inadequada é a dependência cuja estrutura e organização não permitem sua plena
utilização.
Dependências Quantidade
Condições de utilização O
q
u
e
e
s
t
á
i
n
a
d
e
q
u
a
d
o
?
Adequada Inadequada
Diretoria 1 X
Secretaria 1 X
Sala de professores 1 X
Sala da equipe pedagógica 1 X
Sala de recursos 0 -
Sala de leitura ou sala de apoio 1 X
Biblioteca 1 X
Sala de TV e vídeo 1 X
Sala de informática 1 X
Sala de multimeios 0 -
Sala de ciências / laboratório 1 X
Auditório - -
Sala de aula 14 X
Depósito material limpeza 1 X
Despensa 1 X
Refeitório 1 X
Recreio coberto 1 X
Quadra de esportes
des-
coberta
1 X
Quadra de esportes coberta 1 X
Cozinha 1 X
Área de serviço 1 X
11
Sanitário dos funcionários 1 X
Sanitário dos alunos 1 X
Vestiário dos alunos 0 -
Fonte: Direção
As dependências estão adaptadas para os alunos com necessidades educacionais
especiais (rampas, sanitários adaptados, portas alargadas, sinalização)?
Não
2 MARCO SITUACIONAL
2.1 Aproveitamento dos alunos no ano de 2009
Obs: A tabela está preenchida de acordo com a oferta (ano ou série)
12
Fonte: Ata de desempenho final.
Tabela do PDE-Escola 2010
2.2 Dados do desempenho acadêmico da escola:
Ensino Fundamental
Obs: Escala de 0 a 10
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA
PROGRAMA PDE ESCOLA – EXERCÍCIO 2010
Aproveitamento dos Alunos – Ano Base para Levantamento de Dados 2009
Série Mat Inicial Adm Após 31 Maio Afast Aband Afast Transf Mat Final Ap Média Ap C C Rep Tx Ap (%) Tx Rep (%) Tx Ab (%) Tx Ap C C (%)
Séries iniciais E.F.
1ª #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!
2ª #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!
3ª #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!
4ª #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!
Séries Finais E.F.
5ª 160 7 13 20 147 96 10 28 65,31% 19,05% 8,84% 6,80%
6ª 138 8 6 21 125 79 27 13 63,20% 10,40% 4,80% 21,60%
7ª 157 5 19 19 143 56 49 19 39,16% 13,29% 13,29% 34,27%
8ª 117 4 6 19 102 48 44 4 47,06% 3,92% 5,88% 43,14%
Ensino Médio
1ª 157 9 39 27 139 63 17 20 45,32% 14,39% 28,06% 12,23%
2ª 96 8 19 8 96 60 13 4 62,50% 4,17% 19,79% 13,54%
3ª 59 7 12 5 61 36 13 0 59,02% ,00% 19,67% 21,31%
LEGENDA
Mat Inicial = Matrícula Inicial
Adm Após 31 Maio = Admitidos Após 31 de Maio
Afast Aband = Afastados por Abandono
Afast Transf = Afastados por Transferência
Mat Final = Matrícula Final
Ap Média = Aprovados por Média
Ap C C = Aprovados por Conselho de Classe
Tx Ap (%) = Taxa de Aprovação em Porcentagem
Tx Rep (%) = Taxa de Reprovação em Porcentagem
OBS: O estabelecimento deverá preencher a tabela de acordo com a sua oferta.
IDEB OBSERVADO IDEB PROJETADO2005 2007 2009 2007 2009 2011
- 2,9 - 3,0 - 4,0 - 3,0 - 3,2 - 3,5
Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais
13
Ano 2009
INDICADORES
SÉRIE
5ª a 8ª Série
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª Geral
Taxa de Aprovação 65,31 63,2 39,16 47,06 53,68
Taxa de Reprovação 19,05 10,4 13,29 3,92 11,66
Taxa de Abandono 8,84 4,8 13,29 5,88 8,2
Fonte: Livro de Resultados Finais
Ensino Médio
Ano 2009
INDICADORES
SÉRIE 1ª à 3ª
1º 2º 3º Geral
Taxa de Aprovação 45,32 62,5 59,02 55,61
Taxa de Reprovação 14,39 4,17 0 6,18
Taxa de Abandono 28,06 19,79 19,67 22,5
Ficha-resumo 1 – funcionamento da escola - formulário PDE-Escola
14
2.3 Disciplinas com altas taxas de reprovação, por série, ciclo e turno:
Ensino Fundamental e Médio (2009)
Fonte: Mapa de Turmas e Disciplinas – PDE 2010
2.4 Séries com altas taxas de distorção idade-série:
a) Ensino Fundamental e Médio
Ano: 2009
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA
PROGRAMA PDE ESCOLA – EXERCÍCIO 2010
Disciplinas Críticas (Com Baixo Desempenho) no Ensino Fundamental e Médio - (Ano 2009)
Série Turma Turno DisciplinaNº Total de Alunos Nº de Alunos Reprovados Taxa de
na turma na disciplina Reprovação
Séries iniciais E.F.
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
Séries Finais E.F.T Geografia 147 20 13,61%
T Português 147 19 12,93%
T Matemáti. 147 21 14,29%T História 125 8 6,40%
T Matemáti. 125 12 9,60%
T Inglês 125 6 4,80%M/T Geografia 143 13 9,09%
M/T História 143 14 9,79%
M/T Matemáti. 143 14 9,79%
M Geografia 102 3 2,94%
M História 102 3 2,94%
M Matemáti. 102 3 2,94%
Ensino MédioM/N Física 139 13 9,35%
M/N Geografia 139 15 10,79%
M/N Matemáti. 139 14 10,07%M/N Física 96 2 2,08%
M/N Geografia 96 2 2,08%
M/N Português 96 2 2,08%#DIV/0!
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OBS: O estabelecimento deverá indicar as três disciplinas com maior índice de reprovação.
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
1º
2º
3º
4º
OBS: O 4º Ano refere-se as turmas de Educação Profissional.
15
Fonte: Censo Escolar
Situações que foram apontadas no instrumento de diagnostico do PDE que
devem ser superadas pela escola a médio e longo prazo.
Critério de
Qualidade
Escolar
Requisitos Características
Ensino e
Aprendizagem
Ensino e
Aprendizagem
Se há encaminhamentos específicos aos alunos que não
conseguem terminar as atividades no tempo de aula
Avaliação
contínua do
rendimento dos
alunos
Se os professores acompanham continuamente o
progresso dos alunos e sabem quantos e quais alunos
estão em dificuldades em cada disciplina/conteúdo;
Se há coleta de dados, arquivos e relatórios sobre o
desempenho dos alunos.
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBAPROGRAMA PDE ESCOLA – EXERCÍCIO 2010
Planilha – Distorção Idade Série - (Ano 2009)
Até Até Até Até Até Mais de Total de Alunos Taxa de
8 Anos 9 Anos 10 Anos 11 Anos 12 Anos 12 anos com Idade Superior Distorção
a Série Respectiva
1ª
2ª
3ª
4ª
Total
Até 12 Anos Até 13 Anos Até 14 Anos Até 15 Anos Até 16 Anos Mais de 16 Anos
5ª 147 37 21 3 2 63 42,86%
6ª 125 25 9 6 40 32,00%
7ª 143 36 22 6 64 44,76%
8ª 102 25 17 8 50 49,02%
Total 517 37 46 48 55 23 8 217 41,97%
Até 16 Anos Até 17 Anos Até 18 Anos Até 19 Anos Até 20 Anos Mais de 20 Anos
1º 139 28 16 6 1 1 2 54 38,85%
2º 96 19 9 3 3 2 36 37,50%
3º 61 8 4 4 2 18 29,51%
4º
Total 296 28 35 23 8 8 6 108 36,49%
Iniciais E.F Final
E.F Final Superior a Série Respectiva Distorção
Médio Final Superior a Série Respectiva Distorção
16
Critério de
Qualidade
Escolar
Requisitos Características
Gestão e
administração
escolar: Pais e
Comunidade
Comunicação
freqüente entre
corpo docente e
pais.
Se a escola promove eventos que permitam contato entre
pais e professores;
Se os pais comparecem e participam das reuniões para as
quais são convidados.
Resultados
Desempenho
acadêmico
dos alunos
Se os históricos acadêmicos recentes mostram melhora em
relação às médias nacionais/estadual/ regional;
Se os dados de desempenho demonstram elevação na taxa
de aprovação em todas as séries e disciplinas;
Desempenho
geral da escola
Se há evidências de que todas as ações propostas
estabelecidas nos planos de ação da escola são
integralmente cumpridas; Se os resultados da escola indicam o cumprimento de sua
função social em relação aos serviços prestados.
2.5 Corpo Discente
O Colégio Estadual “João Bettega” atende alunos, em sua maioria, com idade
entre 10 e 20 anos, com situação sócio-econômica e cultural heterogênea,
provenientes do bairro Novo Mundo (Vila Formosa), Portão e arredores.
A grande maioria dos alunos pertence às classes sociais D e E, e, uma pequena
parcela, C, cujas famílias possuem escolaridade básica e Ensino Fundamental
incompleto. Embora as famílias tenham uma renda baixa, variando entre R$ 300,00
(trezentos reais) e R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), sempre alguém trabalha
“fora” e são compostas por três a seis pessoas.
Aproximadamente 70% (setenta por cento) das famílias que colaboram na
construção do PPP apontaram que possuem moradia própria, sendo que 80% (oitenta
por cento) do total dos alunos moram a uma distância inferior a 1 (um) quilômetro da
Escola.
17
Em relação à preferência da escolha por este Colégio, aliado ao bom ensino
está à proximidade escola – moradia.
A Escola recebe a cada ano um novo contingente de crianças e adolescentes
que compõem e trazem consigo uma realidade já marcada. É inútil que os professores
tentem ignorar tais condições, pois situação: as crianças chegam já com diferentes
possibilidades, e as oportunidades que muitas vezes perderam devem contar com
condições necessárias de serem recuperadas.
Os alunos do Colégio Estadual “João Bettega” utilizam a escola como espaço
cultural, social e recreativo. Apresentam boa frequência escolar, entretanto parte
destes, são pouco interessados nas atividades escolares, demonstram baixo
rendimento e são socialmente e economicamente marginalizados. Eles reivindicam a
conservação do prédio, a higiene da escola e o uso do laboratório de informática.
Em relação à falta de disciplina, os alunos acreditam que atividades artísticas e
culturais, atividades extra-classe, viagens, palestras, etc., podem colaborar para a
diminuição da mesma. Na realidade, a indisciplina é um dos maiores problemas
enfrentados pela escola. Entretanto ela não deve ser concebida como um conjunto de
normas que o aluno deve obedecer, mas como algo mais profundo e mais amplo: a
disciplina aquela vivida pela comunidade educativa, e que se expressa nas atitudes de
seus membros, em suas motivações e no estilo de suas relações.
O problema da indisciplina não se limita somente ao aluno. Há necessidade do
envolvimento familiar. Para tanto, a escola oferecia, anualmente, a Escola de Pais,
entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que ofertava dez círculos de palestras com
assunto de interesse de todos os responsáveis. Foi uma grandiosa ajuda, pois conduz
à família a uma auto-avaliação e a uma perspectiva de melhora disciplinar do aluno, em
2009 este trabalho tem sido representado pelo Fórum que é uma atividade articulada
ao Programa Viva Escola.
A Escola representa para estes alunos, a oportunidade de obterem um ensino
que garanta condições de construir a cidadania, e o desenvolvimento de capacidades
para tomar decisões, fazer análises globalizantes, interpretar informações e participar
socialmente, a fim de serem capazes de interferir criticamente na realidade para
transformá-la.
Neste contexto o objetivo da Escola é ofertar um ensino de qualidade, com
ênfase na formação geral básica e fundamentalmente humana.
18
2.5.1 Problemas e Necessidades do Corpo Discente
No Colégio Estadual “João Bettega”, percebe-se que os problemas relacionados
à questão da indisciplina são ocasionados por:
a) Privações sociais e culturais: em virtude do momento econômico, uma parcela
significativa dos alunos ficam sozinhos, sem o acompanhamento dos pais, buscando
suprir esta necessidade de atenção e afeto;
b) resistência causada pela própria idade: a rebeldia de pré-adolescentes e
adolescentes frente às regras estabelecidas;
c) omissão da família: a transferência de responsabilidades para a escola como se esta
fosse efetivamente responsável por toda a formação do aluno;
d) falta de conhecimentos básicos e de valores.
Cabe a todos enquanto profissionais da educação, efetivar meios para amenizar
este quadro ou parte dele, trazendo a família para o interior, para que tome
conhecimento de que este processo todo depende de sua colaboração efetiva junto à
escola.
2.6 Corpo Docente
A elaboração do Projeto Político Pedagógico propõe apresentar uma visão geral
da escola, a partir de um conceito de educação, uma vez que toda a sua ação tem que
convergir, em última instância, para a efetivação do que seja compreendido por
educação.
Todos os aspectos que envolvem o comportamento humano hão de servir de
subsídios para que, efetivamente, o Projeto Político Pedagógico possa alcançar o seu
objetivo máximo, que é a educação.
Partindo do princípio que a escola pública somos nós, há necessidade de se
pensar coletivamente e inserirmos nessa realidade. Para articular os elementos de
cidadania, cultura, conhecimento e formação, é necessário que haja uma apropriação
dos conhecimentos científicos, de uma maneira formal para se enfrentar os desafios.
Para isso, é essencial que o professor se entenda como sujeito histórico, indivíduo
social, produzido na cultura e produtor de cultura.
19
Além dos professores que trabalham com essa realidade escolar, poucos são os
que conhecem o aspecto diário dessa escola – alunos que repetem, os que
abandonam a escola, os casos de “meu irmãozinho não veio porque não tem tênis”; os
que tomam café da manhã feito de mate cozido ou cevada e os que trazem os
cadernos manchados porque “caiu goteira dentro de casa, professor...”
Não se pode ficar de fora! Todos fazem parte de um país e se está cumprindo
uma função dentro dele, e a escola cumpre um papel determinado dentro da estrutura
social.
Deve-se trabalhar a diversidade no espaço escolar em suas diferentes
manifestações com o intuito da promoção da cidadania, lutando contra as
desigualdades através do fortalecimento dos laços culturais, das raízes históricas dos
diferentes grupos e a consciência das tradições.
Poucos avanços são percebidos nessa realidade escolar, pois esta
conscientização está em processo de formação. Aos poucos, a comunidade está
tomando conhecimento real e verdadeiro do Estatuto da Criança e do Adolescente, dos
direitos e principalmente deveres que nele se explicam, e em relação a sua cidadania e
a dos outros.
Para que o respeito à diversidade seja parte do cotidiano do aluno deve ser
realizados propostas de trabalho que assegurem o direito ao conhecimento,
contextualizando essa diversidade. O trabalho contemplando os Desafios Educacionais
contemporâneos, será realizado atendendo a legislação vigente.
Desafios Educacionais Contemporâneos
Os desafios educacionais contemporâneos se mostram relevantes para a
comunidade escolar na medida em que se voltam às experiências, práticas,
representações e identidades. Segundo a SEED, “Desafios Educacionais
Contemporâneos”, são demandas que possuem uma historicidade, por vezes fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos
movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade contemporânea”
(www.diaadia.pr.gov.br).
Os Desafios Educacionais Contemporâneos propõem um trabalho partindo das
seguintes temáticas:
20
Cidadania e Direitos Humanos: que visa à valorização das ações da cidadania,
buscando os princípios da dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de
direitos e fomentando a justiça social.
Educação Ambiental: pretende em processo de formação e a busca de informação
voltada para a preservação ambiental, qualidade de vida, compreensão das relações
entre e o homem e o meio biofísico verificação dos problemas relacionados a esses
fatores.
Educação Fiscal: tem como proposta estimular o cidadão a refletir sobre a função
sócio econômica dos tributos, possibilitar o conhecimento sobre administração pública,
incentivar o acompanhamento da aplicação dos recursos e criar condições para uma
relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.
Enfrentamento à Violência na Escola: Visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre o tema “violência”, transformando a escola em um espaço
onde o conhecimento substitui a força.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas: instiga educadores e educandos a conhecer
a legislação e debater assuntos como drogadição, vulnerabilidade, preconceito e
descriminação ao uso de drogas, narcotráfico, violência, influência de mídias e outros.
Diversidade
O Programa da Diversidade propõe um trabalho capaz de auxiliar na formulação
de políticas educacionais anti-racistas. Eles “... aliam atividades de valorização da
história e cultura da população negra brasileira ao conteúdo das disciplinas que
compõem a grade curricular dos vestibulares, possibilitando aos alunos(as) e
professores(as) uma identidade coletiva crítica e consciente, com proposições nítidas
de uma cidadania ativa no combate ao racismo, sexismo e outras formas de exclusão
existente na sociedade brasileira.” (MEC. 2007, p.11)
No Paraná, o Departamento da Diversidade da SEED inclui os seguintes núcleos
de Gênero e Diversidade, Educação Escolar Indígena, Relações Étnico - Raciais e
Afrodescendência, Paraná Alfabetizado e Educação do Campo. O Colégio Estadual
João Bettega estará desenvolvendo um trabalho de forma interdisciplinar a partir das
temáticas:
6. Gênero e Diversidade Sexual: que tem como objetivo garantir o acesso e a
permanência dos sujeitos da diversidade na escola, refletir sobre o preconceito, a
21
discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual e á identidade de
gênero; discutir os conhecimentos historicamente acumulados sobre saúde, prevenção
e direitos sexuais e reprodutivos da juventude.
6.2 Relações Étnico-Raciais e Afrodecendentes: objetiva implementar a Lei nº
10639, produzindo conhecimentos e valores que eduquem para a pluralidade étnico-
racial.
É preciso que se resignifique o papel da escola pública em nossa sociedade,
que ela deixe de ser concebida e concretizada como escola de todos e de pobres,
identificada, ainda como escola de baixa qualidade. Ela deve despertar no indivíduo a
percepção de agente transformador da realidade.
Dentro da escola algumas ações devem ser adotadas pelo coletivo para que
isso aconteça, como por exemplo, experiência com produção cultural isenta de
preconceitos, resgatando a história, discussão de valores e crenças e reflexão crítica
da cultura. Tudo isso suscita o repensar da vida, da sociedade contemporânea. Ver a
realidade com sentido crítico significa muito mais do que estar informado sobre os fatos
do presente ou do passado; significa ser capaz de interpretar seu sentido.
Proporcionar a formação contínua dos professores e funcionários, é essencial
para que todas as ações tenham sucesso, porque, infelizmente temos uma sociedade
desumana, injusta, violenta, com oportunidades, mas sem condições para efetivá-las
com má distribuição de renda, com desemprego, com segregação social, com acepção
de credos e pessoas, com falta de estrutura familiar e desvalorização dos bons
exemplos.
Procurar ajudar aos alunos a descobrirem que estão criando cultura, na medida
em que vêm a realidade e a expressam e se expressam. Parece simples dizer isso em
tão poucas palavras mas, realizá-lo é um trabalho lento e paciente, só assim
construiremos uma sociedade com coletividade, politizada, crítica, com segurança,
saúde, justa, que resgata valores éticos e morais, com melhor distribuição de renda,
inclusiva e com valorização do trabalhador.
LEGISLAÇÃO
Lei nº.10.639/03 e Deliberação 04/06 do CEE/PR (História e Cultura Afro Brasileira
e Africana);
Lei nº.11645/08 (História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana);
Lei nº.9795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental);
22
Lei nº.13381/01 (História do Paraná);
Lei nº.11343/06 (Sistema Nacional de Política sobre Drogas);
Lei nº.11733/97 e 11734/97 (Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST).
2.7 Comunidade Escolar
Diante da necessidade de se preparar para o mundo de trabalho, a comunidade
espera que a escola ofereça cursos profissionalizantes, além da formação para o
exercício da cidadania. Uma escola que supra as necessidades dos alunos; esteja à
sua disposição, valorize o respeito mútuo e ofereça boa qualidade.
A permanente qualificação dos profissionais de educação é essencial para a
garantia de todas essas necessidades, sendo que a participação dos alunos em
palestras, cursos e outras atividades extra-curriculares sejam igualmente ofertadas.
Nesse contexto, o Colégio Estadual “João Bettega” tem por objetivo oferecer
ensino de qualidade voltado não só para aquisição do conhecimento teórico e prático,
como também valores para construção de sua cidadania.
2.8 Programas
PROGRAMA VIVA ESCOLA - 2009
A escola integrou-se ao Programa Viva a Escola ao final de 2008, por meio da
adesão e do encaminhamento das propostas dos professores ao NRE/SEED. Este
programa prevê Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, que dá
condições aos professores, alunos e comunidade escolar de participação em diversas
atividades pedagógicas, conforme seus interesses, tais atividades buscam aumentar a
interação e integração dos alunos com a comunidade escolar e maior permanência na
escola.
São quatro as atividades previstas para serem desenvolvidas no colégio, as
quais são acompanhadas e coordenadas pela Equipe Pedagógica e Direção da escola;
conforme descrição a seguir:
23
1. Cultura Popular do Paraná
Esta atividade de Cultura regional que inicialmente é proposta pela Professora
Wilma Fontana de Souza, da disciplina de História, propõe uma articulação entre a
cultura regional e o contexto vivido pelos alunos, que resultará na produção de novos
conhecimentos, como também busca resgatar os alunos, através de diferentes práticas
de ensino voltadas à musicalidade, à dança e à representação, fazendo com que os
alunos se interessem não apenas pelo que é imposto pela mídia ou pelo grupo que os
cercam, mas também por outras culturas e conhecimentos que lhes dêem condições
de construir a cidadania, desenvolver capacidades, tomar decisões, fazer análises,
interpretar informações e participar socialmente transformando a sua realidade e a
sociedade em que vivem.
2. “Educando em comunhão: família e comunidade na escola, realidade e desafios”
Esta atividade de Fórum de Estudos e Discussões estruturado pela Professora
Roseli Albini Petersen, da disciplina de Língua Portuguesa, propõe integrar a família
com a escola e proporcionar a participação dos mesmos, ou seja, um trabalho
diretamente com as famílias através de reuniões, palestras, conversas pessoais de
orientação à família, junto com as visitas domiciliares.
3. Futebol Cidadão - Esportes
Esta atividade proposta pelo Professor Mércio Cabral dos Santos, da disciplina
de Educação Física, propõe possibilitar aos alunos, a vivência sistematizada de
conhecimentos/habilitades da cultura corporal, balizado por uma postura crítica, no
sentido de aquisição da autonomia necessária a uma prática intencional e permanente,
que considera o lúdico e os processos sócio-comunicativos.
4. Clube da Ciência – Investigação Científica
Esta atividade idealizada pela Professora Simone Cordeiro Barbosa, da
disciplina de Ciências, visa integrar o processo de ensino com a pesquisa. Tem por
finalidade facilitar a produção de conhecimento e viabilização de tecnologia nas áreas
das ciências, em especial na área da Química e da Física que são disciplinas
consideradas complexas pelos alunos e, para isso, utiliza-se o fato de que essas áreas
lidam com uma enorme diversidade de materiais e transformações que permeiam a
vida cotidiana.
24
A execução desta afinidade tem o uso do laboratório de aulas práticas como um
elemento facilitador, já que essa forma de docência apresenta ótima aceitação
pelos(as) alunos(as), pois, estimula a curiosidade e desenvolve o interesse científico
dos mesmos.
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 2010
O programa Mais Educação, consiste em uma modalidade que viabiliza aos
alunos que participam do programa, a educação integral por meio de ações que
contribuam para a formação dos alunos. O qual dar-se-á por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o processo educacional
e melhorem o aprendizado dos alunos. Não se trata, portanto, da criação ou recriação
da escola como instituição total, mas da implicação e da articulação das diversas
instituições sociais que já atuam na garantia de direitos de nossas crianças e jovens na
co-responsabilidade por sua formação integral.” (Manual Mais Educação, 2008).
O Colégio pretende desenvolver 06 (seis) atividades, sendo que quatro delas,
são as mesmas do Programa Viva Escola e as outras 02 (duas) são: Inclusão Digital
(Informática e tecnologia da informação) e Meio Ambiente (Horta Escolar).
Assim como no Programa Viva Escola, todas as atividades serão coordenadas e
acompanhadas pela Equipe Pedagógica e diretiva do Colégio.
MOMENTO DE LEITURA
Justificativa
Considerando a rejeição visível à leitura demostrada pelos alunos de
Ensino Fundamental e Médio, esta atividade visa, através da exploração de todo
o material disponível, incentivar gradativamente a leitura sistemática de 15 min
por dia envolvendo toda a comunidade escolar. Esta atividade será designada
por MOMENTO DA LEITURA, onde todos participarão escolhendo o material de
leitura que mais interessar.
Os professores observaram que a atividade de leitura quando exigida dos
alunos e avaliada nos termos tradicionais de nota, tornava-se desinteressante,
perdendo seu espaço dentro e fora da escola, pela falta de relação com as
25
atividades preferidas dos alunos e distanciamento do tipo de texto e assunto por
eles preferidos.
Nesta atividade de leitura será enfatizada primordialmente a literatura arte
onde a linguagem se apresenta em sua dimensão simbólica, possibilitando
múltiplos níveis de leitura, oferecendo à criança a oportunidade de
descobrimento de suas capacidades intelectuais, alargamento da dimensão de
sua compreensão do universo e ordenação das experiências existenciais já
possuídas, assim como a expansão do domínio linguístico. Por possuir o dado
estável do conhecimento do lúdico, a criança joga-se na literatura como num
jogo interessante, vivência conflitos, desejos, explora sentimentos e emoções,
abrindo as margens da criatividade e leitura crítica do mundo.
Dinamizando a atividade da leitura, tencionamos despertar gradativamente
o interesse pelo ato de ler que se consolidará ao longo das séries do Ensino
Fundamental, resgatando, inclusive, o lúdico e prazeroso das atividades
escolares.
Através da leitura têm ainda a criança e o jovem convivência com variantes
regionais e sociais, com diversidades de pontos de vista e experiências culturais.
Têm acesso às variantes de normas e registros linguísticos, podendo dispor de
um repertório variado que usarão para seu benefício nas diversas situações da
vida.
Objetivo Geral
Vivenciar com as crianças e jovens o mundo mágico da palavra como
expressão artística para o deleite do espírito.
Objetivos específicos
Ler e formar leitores;
Modificar a forma de trabalho com a leitura;
Desenvolver o leitor polivalente e crítico;
Investir no aluno expondo-o a múltiplas possibilidades de leitura;
Transformar a leitura em hábito e interesse permanente;
Criar condições de ampliação de público e produtores culturais: o leitor assíduo
transforma-se em criador;
26
Envolver todos os segmentos da escola no circuito do livro para que se sais do
estágio em que só a elite tem acesso ao saber.
Fundamentação Teórica
Visto ser a escola provedora e detentora do conhecimento sistematizado,
está também impregnada de conotação de disciplina, obrigações, pragmatismo.
Trabalha-se a inteligência e o raciocínio, visando-se ao que a sociedade espera
do indivíduo. É excelente ser este cérebro, mas sobreposto a um ser que se
percebe em sua unidade e multiplicidade.
Nenhuma educação se faz sem a educação do espírito. Educar não é
plasmar, direcionar, mas despertar valores estéticos e éticos, conscientização
humana. Educar pela arte é humanizar. A técnica insere o homem no utilitário, a
cultura descobre o homem para o homem. “A literatura deve ser menos para
instruir que para sugerir e criar, menos para revelar o mundo exterior que para
exaltar o espírito, para libertá-lo, conduzi-lo”. (Lourenço Filho).
A literatura ruim (literatura de poder que reproduz o discurso de
dominação sobre o indivíduo) busca a acomodação, a delimitação, dizendo à
criança no que ela deve tornar-se, apresentando um mundo previamente
interpretado, através de uma linguagem linear, acabada, com a finalidade de
padronizar comportamentos e pessoas.
A literatura arte, no entanto, permite o rompimento com estas estruturas de
poder do código linguístico (legado pela sociedade burguesa), a formação do
pensamento crítico, uma leitura sempre nova da realidade do cotidiano. A
literatura forma o cidadão, ator e espectador de sua própria história. Permite-lhe
sentir, sentir-se, ser. A arte tem caminhos próprios que não se confundem com o
discurso utilitário, com didatismo e catequese. Consiste em ouvir a língua fora do
poder, revestida de uma essência sempre nova, no esplendor de uma revelação
permanente de linguagem.
A leitura é a mais fascinante forma de descoberta do indivíduo nas
relações de recreação e recriação entre ele e a obra. É um ato gratuito, é algo útil,
para a satisfação dos sentidos, como a musica, a pintura, e dança. Prazer,
liberdade e escola não podem ser compatíveis? Por que ver o livro somente
dentro da ótica do pragmatismo? “Se beleza é função, está aqui o único fator que
se pede à literatura” (Adélia Prado). A arte se auto-sustenta, não tem necessidade
27
de pretextos. Carece tão somente do aval de mestres esclarecidos que usem as
clássicas palavras: muito prazer!
Metodologia e/ou estratégias
É a partir do processo cognitivo, afetivo e sociocultural, onde se
entrecruza a busca da racionalidade e da lógica de determinado texto com a
busca da produção de sentido, que a leitura se constitui para o sujeito-leitor
como uma possibilidade de conhecimento, de prazer e vida.
Durante o momento da leitura todos os envolvidos no processo
pedagógico para com as suas atividades para leitura diária, obedecendo ao
calendário do Momento que cada dia será realizado num horário diferente para
não comprometer o trabalho dos professores nas disciplinas com menor carga
horária.
A alternância de critérios de seleção nas atividades de leitura permitirá que
um maior número de alunos passe a participar mais ativamente das práticas de
leitura.
Dinâmicas para aplicação de técnicas de Leitura
1. Correspondência com escritores, estudantes do contra-turno e escolas
vizinhas;
2. Dramatização com caracterização dos personagens e montagem dos cenários;
3. Narração das histórias de maneiras diferentes;
4. Pesquisas sobre os temas lidos;
5. Confecção de anúncios publicitários dos livros lidos e de que mais gostaram;
6. Ilustração de poemas;
7. Visita à bibliotecas e Faróis do Saber;
8. Banco de recortes;
9. Exposição de cartazes que retratem obras lidas;
10. Feiras de Livros;
11. Rodas de leitura e histórias;
12. Escrever, produzir, dirigir e encenar peças teatrais;
13. Criar uma biblioteca de classe.
28
Recursos materiais
Prioridade: Literatura – Arte
Canções, textos teatrais, H.Q. (histórias em quadrinhos), revistas, jornais,
informativos, livros, enciclopédias, dicionários, cartazes, faixas, etc.
Recursos humanos
Professores, alunos, bibliotecária, serventes, direção, orientação e
supervisão educacional, secretária, inspetores, merendeiras, assistentes
administrativos, recepcionista, mecanógrafo e outros.
Avaliação
Para avaliar o andamento e a eficácia do momento, o professor e demais
membros dos diferentes segmentos da escola, quando em contato com o aluno,
procuram o levantamento de opiniões, questionam pontos de vista, vivenciam o
dinamismo do espírito do livro na sala de aula, efetuando a troca contagiante das
experiências estéticas vivenciadas. Este compartilhar de descobertas deve ser “o
momento” de impulsão para a continuidade de um mergulho mais profundo no
mundo fantástico que está sendo vislumbrado.
Todos estão cientes de que o processo deve conduzir à fruição prazerosa
que a leitura proporciona. Os demais atributos vêm por acréscimo. Constatadas
as falhas quanto à obtenção desta fruição, faz-se necessário repensar o
processo, retomar posicionamentos, neutralizando toda e qualquer atitude que
comprometa negativamente esta atividade gratificante e enriquecedora, este
desafio saudável que leva inclusive a alterar os dados de um país cuja tradição
histórica não comporta o hábito de se ler por lazer e informação.
Faz-se necessárias, portanto, algumas pausas para a troca de informações
e discussões com os professores e equipe técnico-pedagógica para análise de
variedade de acervo da biblioteca, qualidade dos livros oferecidos, se realmente
são literatura – arte, isto é, plurissignificativa, multívoca e não didática e
moralizadora que tolheria ao jovem a possibilidade de múltiplas opções na
organização de seu mundo, depondo contra o alvo deste momento.
29
O aluno é orientado a analisar sua própria caminhada, seu interesse e
progresso, e também retomar posicionamentos toda vez que sentir que houve
interrupção ou queda no que tange à fruição prazerosa da leitura. Se não
conseguir fazer essa auto-análise sozinho, pedirá auxílio e sugestões a
professores e orientadores.
Com o intuito de incentivar a participação nesta atividade, o aluno poderá
obter um acréscimo na média de todas as disciplinas de até 1 ponto.
3 MARCO CONCEITUAL
3.1 Fundamentos Políticos, Filosóficos, Sociológicos
O modelo neo-liberal de sociedade vigente hoje influencia diretamente a
educação em que o “domínio privado dos meios de produção permite que uma
determinada classe social se aproprie dos frutos do trabalho humano, entre os quais se
inclui o conhecimento e os utilize conforme seus interesses”. (KLEIN, 2000).
Dentro desse contexto os trabalhadores passam a acreditar na ideia de que
cada indivíduo é responsável pela condição em que se encontra, ou seja, o Estado
passa a minimizar seu compromisso com o cidadão sobrepondo-se aos interesses do
capital.
Nessa sociedade capitalista tudo é transformado em mercadoria, inclusive o
próprio conhecimento, refletindo diretamente no ensino da escola pública, pois os
investimentos neste setor foram brutalmente cortados sendo os recursos destinados
prioritariamente para a manutenção do capital.
Por isso a escola pública encontra-se nesse estado de sucateamento. As
instituições escolares precisam dar conta de todas as funções que lhe são atribuídas,
utilizando o mínimo de recursos financeiros e humanos, gerando um processo que está
dificultando, a cada dia o acesso da classe trabalhadora ao conhecimento. É um círculo
vicioso, pois é o trabalhador que precisa do conhecimento real ofertado pela escola
pública para que possa lutar por uma sociedade mais justa, mas nessa perspectiva
neo-liberal é o conhecimento ideológico da classe dominante que é repassado nas
30
escolas, justamente para ocultar os verdadeiros mecanismos de exploração dos
trabalhadores, criando a falsa impressão de que não é possível superá-los. Um desses
mecanismos é a preocupação com o índice de aprovação, segundo Caldas (2004) a
pedagogia da aprovação não é necessariamente a pedagogia da aprendizagem, pois
quanto maior for o número de alunos aprovados, maior será a garantia de recursos
investidos por organizações internacionais como BIRD, UNESCO, FMI, etc., porém,
não há preocupação alguma em garantir aos alunos a aprovação em decorrência do
real aprendizado, e sim a aprovação pela aprovação, apenas com o objetivo de
distribuir a certificação escolar ao maior número de alunos, criando a ilusão de que o
trabalhador está tendo acesso a escola. Neves (1999) afirma que nesta década, de
acordo com o padrão neo-liberal de desenvolvimento mundial e nacional, o sistema
educacional redefiniu-se para formar um novo tipo de trabalhador, o que contribui para
a subordinação da escola aos interesses empresariais em favor da alimentação do
capitalismo. Reforçou a dualidade do ensino, e para a classe trabalhadora, restou, em
lugar da aquisição dos conteúdos científicos-tecnológicos as normas de conduta, ou
seja, o novo trabalhador deve ter as competências básicas para ser inserido no
mercado de trabalho (operar, acatar, adaptar-se, etc.).
Contrário a essa perspectiva o Colégio Estadual João Bettega entende que o
acesso à escola está diretamente ligado ao acesso ao conhecimento e que“ a luta pela
escola só tem sentido se ela de fato realizar seu papel de socializadora do
conhecimento”. (Klein, 2000)
Para isso é necessário em primeiro lugar ter definido para qual classe a escola
está voltada, para a classe trabalhadora ou para a elite. Segundo Saviani os ideólogos
da burguesia proclamaram a escola universal, gratuita e obrigatória, portanto, uma
escolaridade comum para todos”....” é preciso um mínimo de instrução para os
trabalhadores e este mínimo é positivo para a ordem capitalista, mas ultrapassando
esse mínimo, entra-se em contradição com essa ordem social”.
Com vistas a garantir a qualidade do ensino na escola pública, todos os esforços
possíveis serão realizados para promover a superação da classe trabalhadora
permitindo “uma formação democrática que, ao proporcionar valores e conhecimentos,
capacite e encoraje seus alunos a exercerem ativamente sua cidadania na construção
de uma sociedade melhor.” (Paro, 2001).
31
O Colégio Estadual João Bettega, reuniu o Conselho Escolar no dia três de
dezembro de dois mil e oito, onde ficou registrado em ata a deliberação da inclusão do
estágio não obrigatório do Ensino Médio no Projeto Político Pedagógico da escola.
3.1.1 Concepção de Sociedade
A sociedade é o agrupamento do pensamento de todos os homens ao longo da
história que interfere no coletivo deste pensamento e sofre a influencia da coletividade.
Assim, as partes influenciam o todo e este influencia as partes, portanto não podemos
pensar uma sociedade estática, mas uma sociedade em constante transformação.
A mídia é um instrumento dos grupos dominantes para sua perpetuação nesta
condição. Assim, cabe-nos questionar as informações transmitidas e a que propósito
elas servem: conservação ou transformação social, ou ainda, criar condições para a
resistência às ideologias do mercado, veiculados pela mídia.
Exatamente por não ser estática esta sociedade não deve aceitar nada como
inevitável ou historicamente dado, pois os homens fizeram suas relações, portanto
podem modificá-la.
Atualmente existe uma apologia do pensamento único. Os neoliberais afirmam
que qualquer sociedade que não seja esta baseada na exploração do homem pelo
homem, do lucro, da eficácia não é viável. A sociedade desta hegemonia difunde a
ideia de que não existe esperança fora do sistema. Que cada indivíduo deve proceder
numa espécie de “salve-se quem puder”. Um medo do amanhã. Uma sociedade da
exclusão, onde o discurso prega a maximização do lucro como única forma de se
chegar a uma sociedade mais justa, mas que na prática se tem visto a maximização da
miséria.
Na perspectiva neoliberal a sociedade é apenas um enorme supermercado,
onde uns são consumidores e outros mercadorias a serem comercializadas. Assim, a
escola se torna local privilegiado para transformar o sujeito em consumidor, trabalhador
e local de doutrinação para aceitar as diretrizes neoliberais. O discurso neoliberal
afirma que a competitividade é um dos principais objetivos da escola. Enquanto
instituição esta deve primar pela eficácia e competitividade, quanto deve preparar o
aluno para tal. Este educando se tornará assim um indivíduo em defesa de seus
32
próprios objetivos, incapaz de articular-se com outros indivíduos para um projeto de
sociedade cujos objetivos sejam coletivos.
Uma perspectiva diferente da neoliberal deve oportunizar a participação de
todos nas decisões que afetam a coletividade de forma democrática, uma democracia
de fato e não apenas no momento do voto, mas uma democracia participativa,
agregadora, onde assumam a postura de sujeitos das decisões e não como peões de
interesses particulares. Esta democracia deve dispor de instrumentos efetivos de
participação política nas decisões.
Nesta perspectiva democrática deve-se pensar em distribuição justa dos bens
socialmente produzidos, impedindo a exclusão social como tem ocorrido, onde dois
terços estão excluídos, muitas vezes da posse do mínimo necessário para sua
subsistência, enquanto o terço restante desfruta de mais do que necessita. Estas
mudanças devem ser acompanhadas de uma nova perspectiva da exploração do meio
ambiente e uma nova relação dessa sociedade com este. Uma nova relação do homem
com o homem, sem discriminações contra as minorias ou as diferenças, numa
perspectiva de que estas compõem o todo.
3.1.2 Concepção de Homem
O homem é um ser social, sua evolução o levou a agregar-se para superar as
condições dadas pela natureza. Assim, ao se agrupar, cria referenciais de conduta a
serem seguidas por todos os membros do grupo; estabelecem proibições e punições.
Criaram instituições como o Estado, para organizar os vínculos entre os grupos
humanos. Enfim o homem se organiza socialmente e isto o diferencia dos outros
animais. O homem também diverge dos outros animais por ser o único a realizar um
trabalho consciente. Ele é capaz de agir na natureza para transformá-la para atender
suas necessidades. A organização do trabalho levou o homem a explorar seu
semelhante em busca da acumulação de riquezas, onde muitos são alienados do fruto
do trabalho socialmente produzido em benéfico de outrem que detém os meios de
produção. Assim, aquilo que deveria ser a causa da consciência de sua condição de
homem (o trabalho), torna-se, em sua implementação, a causa da alienação de sua
condição humana.
33
Uma nova visão de homem deverá privilegiar as relações horizontais entre os
indivíduos, uma organização que recoloque o homem na plenitude de sua condição
humana. Isto só se dará se este se colocar na condição de sujeito, capaz de refletir
sobre suas ações cotidianas, articular um projeto comum para suas comunidades que
agreguem toda a diversidade, pois se o ser humano é um ser social, esta diversidade
compõe um todo que exige um projeto comum integrador desta diversidade. Quando o
indivíduo participa e elabora um projeto de sociedade, este estará agindo sobre as
relações socialmente produzidas e transformando-as, portanto estará deixando a
condição de objeto para tornar-se sujeito de sua própria história.
Na condição de sujeito que produz a história cotidianamente este indivíduo
deverá ser um investigador, pois deverá perceber sua realidade e produzir uma teoria
explicativa desta realidade que possa orientar a transformação da mesma. Somente é
possível pensar em sujeito a partir da coletividade de sujeitos, onde a produção da
história se faz coletivamente por meio da produção do conhecimento com significado
social.
3.1.3 Concepção de Educação
Sendo uma prática específica dos homens a educação atua no sentido de
interiorizar a exteriorização, ou seja, transmitir valores sociais, regras e conceitos
produzidos ao longo da história. Esta transmissão poderá ser feita de formas diferentes
seguindo as determinações de classe social, etnia ou religião, por exemplo. Esta
poderá ser usada para manter os valores existentes ou para mudá-los.
A educação ao longo da história tem sido usada para manter as diferenças
sociais, sendo utilizada pelas classes dominantes como instrumento de perpetuação de
sua condição privilegiada. Na atual conjuntura do sistema capitalista a educação
assume papel estratégico no projeto neoliberal, utilizando-se dos meios de
comunicação de massa para transmitir seus valores e conceitos. Além da transmissão
informal através dos meios de comunicação a ação neoliberal se utiliza da escola para
preparar os indivíduos para a competitividade do mercado de trabalho, usando o
argumento da qualidade e eficácia implementa políticas públicas de educação que
visem formar este novo ser social, consumidor, alienado, individualista, dócil,
competitivo, subserviente.
34
Na atual perspectiva neoliberal a educação não assumirá, portanto um papel
transformador da realidade, mas sim conservador. Exige-se, portanto uma educação
que questione seus métodos e os resultados deles provenientes.
Um modelo de educação transformadora exige participação de todos os
segmentos envolvidos na educação, um compromisso destes segmentos com a
transformação que exige a apropriação do conhecimento socialmente produzido ao
longo da história para a formação de um indivíduo reflexivo que seja um agente social
de transformação. Uma educação que propicie uma condição melhor de vida individual
e uma melhor convivência social e que prepare para o usufruto dos bens histórica e
socialmente produzidos. Essa educação deverá partir do conhecimento da realidade e
aproximando este do saber científico. “o trabalho educativo é o ato de produzir, em
cada indivíduo singular a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo
conjunto dos homens”. (Saviani)
A democratização das relações no ambiente escolar deverá contemplar o
diálogo que orientará a prática educativa segundo os anseios dos grupos sociais a que
deve servir. Não uma educação adaptativa, funcional, de treinamento e domesticação
do trabalhador, mas uma educação que tenha como preocupação fundamental o
trabalho em forma mais ampla, que aglutine as dimensões teóricas e práticas, um
trabalho de forma pensada, articulada e cujo produto seja socialmente apropriado. Este
trabalho será, portanto, educador para produzir um homem pleno de humanidade.
3.1.4 Concepção de Escola
A escola hoje está repleta de contradições. Entre elas pode-se apontar o
distanciamento que a mesma impõe em relação à realidade social. Esta escola
reproduz as desigualdades e injustiças da estrutura social cotidianamente em nossas
salas de aula. Sendo um instrumento de dominação ela reproduz a hierarquia social (os
que mandam e os que obedecem). Assim, as deliberações em geral partem de cima
para baixo, do poder público estabelecido (união, estados e municípios) para os
diretores, destes para os professores, funcionários e destes para os alunos. Neste
processo há uma reprodução das relações sociais de dominação, muitas vezes
expressas nos currículos escolares e na organização pedagógica e administrativa.
Nesta estrutura os professores passam a ser meros executores das políticas
públicas. Não lhes é conferido o tempo para a reflexão conjunta, nem dos professores
35
entre si, nem destes com a comunidade escolar. A escola, neste contexto deixa de ser
um local de discussão privilegiado e torna-se um local para o exercício e
implementação da dominação das elites sobre as massas. A escola no modelo
neoliberal prepara o aluno para a competitividade do mercado nacional e internacional.
O professor é um mero operário repetidor de tarefas, conteúdos e valores ditados pelas
relações de subordinação.
A escola que queremos deve privilegiar as relações horizontais de poder. Uma
constante ida e vinda da escola para a comunidade e desta para a escola. Uma
formulação conjunta da proposta pedagógica, onde os anseios da comunidade, de
ordem política, econômica ou social sejam contemplados e devolvidos como
instrumental de transformação dessa realidade. Assim, não tem como a escola ser
neutra, como aliás, nunca foi, mas sim um instrumento de transformação social.
Num contexto de escola democrática dever-se-á garantir o acesso ao saber
historicamente elaborado também como forma de superação das desigualdades
historicamente produzidas. A escola deve viabilizar as condições para a produção,
transmissão e assimilação destes conhecimentos, para isso, deve-se dosá-los e
sequenciá-los gradativamente, num currículo escolar organizado por disciplinas. Estes
conhecimentos escolares organizados em disciplinas não devem estar isoladas, mas
sim, integradas, buscando relações interdisciplinares, pois o conhecimento é em si
mesmo interdisciplinar.
A forma como se dá a seleção dos conteúdos a serem aplicados nas salas de
aula não refletem a realidade onde os educandos das classes não privilegiadas estão
inseridos, assim estes conteúdos distantes dificultam a assimilação resultando em
fracasso e muitas vezes na exclusão deste indivíduo da instituição. Esta exclusão
resulta também da classificação estabelecida nas escolas, pois o educando se sente
incapaz diante dos conteúdos apresentados.
A escola deve ainda contribuir na construção de valores e conceitos capazes de
instrumentalizar os educandos para a superação das desigualdades, superando a visão
de que escola boa é a escola que ensina muito, que informa, superando a visão de
quantidade pela qualidade. A superação desta escola não deve excluir nem a
informação, passo fundamental para a aquisição do conhecimento, mas também a
formação nas diversas áreas de conhecimento, pois a falta de conhecimentos e
informações é uma das causas da desigualdade entre ricos e pobres.
Acácia Zenaide Kuenzer afirma igualmente que para ser um agente social de
transformação é necessário que tenha conhecimentos e atitudes que abrangem
36
economia, administração, ecologia, saúde, comunicação, informática, contabilidade,
história, sociologia, línguas e outras áreas sem as quais este indivíduo não consegue
distinguir, opinar, argumentar e convencer.
A escola deve ser um ambiente propício às trocas, um espaço de encontros das
diferenças, da diversidade que compõem a totalidade, público no sentido de ser
compartilhado por todos os seguimentos sociais que nela se encontram, e,
principalmente inclusiva, onde o conhecimento é visto como um processo em eterna
construção, produzido coletivamente e de forma individual. Deve ainda unir as várias
disciplinas e ser contextualizado.
3.1.5 Concepção de Cidadania
Para falar de cidadania, é preciso dar uma introdução mais conceitual e não
simplesmente usar uma situação da população.
Hoje, muitos brasileiros estão reduzidos a uma triste condição. Reduzidos á
condição de catadores de lixo. A reciclagem de lixo virou um negócio altamente
rentável, principalmente para os que intermediam a venda. Não se questiona a
produção do lixo, mas se agradece a existência do mesmo, ainda que isto degrade a
natureza e a condição humana.
Como falar em cidadania sem superar a condição desumana em que vive
grande parte da população brasileira. Ser cidadão não é apenas ter direitos de
consumidor reconhecidos, mas principalmente ter direito a uma vida digna. Assim, o
exercício da cidadania passa pelo questionamento das condições em que vive a
maioria das pessoas a nossa volta. Esta postura questionadora deve estar atenta
também às políticas públicas que buscam atenuar as desigualdades criadas pelo
sistema capitalista. Programas paliativos têm substituído os serviços públicos em várias
esferas. Nossa história está cheia de exemplos de como somos determinados de fora
para dentro, de cima para baixo. Não decidimos nada e somos responsáveis por todos.
Devemos parar de nos curvar e exigir um projeto de nação que nos recoloque na
condição de sujeitos de nossa história, capaz de conduzir nosso próprio destino.
As organizações de bairro, os movimentos sociais, os grupos de defesa dos
direitos, entre outras instituições e organizações tem feito um grande papel na
explicitação do que é de fato cidadania. Estes movimentos questionam a própria
organização do sistema, pois no capitalismo o lucro e a concentração de riquezas,
37
entre elas a terra resultam na exclusão da posse para outros. Tais instituições abrem
espaço para a expressão de seus membros. Assim, somente na organização em
grupos, nas discussões, na ação pela mudança, na participação política é que nos
tornamos cidadãos plenos. Devemos questionar o presente, mudá-lo, fazê-lo funcionar
para garantir um futuro para nossos filhos e para o planeta.
A reconstrução do conceito de cidadania exige um processo de deseducação
dos pré-conceitos criados e veiculados ao longo de nossa história, preconceitos estes
que só podem ser desmontados ideologicamente. É preciso substituir o cidadão
consumidor por um cidadão crítico e auto-crítico, participativo, capaz de diálogo com
interlocutores de diferentes opiniões, indagador.
O exercício desta cidadania passa também pela escola, que deve estimular a
reflexão coletiva, o diálogo e a capacidade de questionar o poder público, seus gastos
e prioridades, pressionando para que o Estado funcione e funcione para todos, não
apenas para uma minoria de privilegiados, criando cidadãos de primeira e de segunda
classe, separando os que podem consumir dos que não podem como vigora hoje no
projeto neoliberal. Neste sentido, existe uma necessidade urgente de formação de
cidadãos capazes de defender a soberania nacional, capazes de formular uma
ideologia e os meios para concretizá-la, capazes de integrar elementos de várias
origens raciais, culturais e religiosas, evitando a xenofobia característica de alguns
regimes históricos de caráter nacionalista, já vistos ao longo da história e ainda evitar
que os recursos desta nação-potência que é o Brasil sejam apropriados por potências
estrangeiras ou apenas por uma minoria nacional cujo discurso de grandeza esconde
as desigualdades sociais extremas de nosso país.
3.1.6 Concepção de Conhecimento
Todo conhecimento está repleto de ideologia, expressa uma ideologia e foi
construído a partir de uma ideologia. Assim, o conhecimento pode estar a serviço de
todos, ou apenas de uma categoria social específica, sem levar em conta que o ser
humano adquire conhecimento a cada dia de sua vida, este é constituído por todos.
Existem várias formas de conhecimento que podem ser de ordem material ou
conceptual. Estas formas de conhecimento são produzidas socialmente e apropriados,
na maioria das vezes individualmente. Este conhecimento pode ter sua origem no
senso comum ou ser fruto de elaboração científica. A sociedade industrial criou uma
38
distinção entre o saber e o fazer, destinando ao trabalhador a segunda parte e ficando
com o capitalista burguês a primeira. Assim, destituído do saber, do conhecimento do
processo produtivo, o trabalhador tornou-se objeto, perdendo sua dimensão de sujeito,
visto aqui como aquele que detém o saber fazer.
A escola tem um papel importante na retomada do trabalhador de sua condição
de sujeito é necessário que a teoria e a prática sejam reaproximadas. É necessário que
o professor seja não apenas um mero retransmissor de informações, mas um agente
social de transformação, um estimulador do questionamento, um organizador de
debates, um investigador, pois sem ir à realidade dos alunos, sem estar com eles em
suas lutas não será capaz de produzir um verdadeiro conhecimento para orientá-lo em
sua prática cotidiana em sala de aula. Desta forma, o conhecimento se torna uma coisa
viva e ativa, pois gera uma proposta transformadora da realidade, aproxima o professor
da realidade dos alunos e estes do professor. A escola, deve ser o elo de ligação entre
o saber científico e o senso comum, devolvendo ao trabalhador o conhecimento que
lhe foi expropriado. Para Saviani, deve-se partir do empírico, passar-se pelo abstrato e
chegar-se ao concreto. Neste caso o conhecimento assume um papel transformador da
realidade, pois é fruto de observação da mesma, de formação de teoria explicativa
desta realidade, alicerçada não só na observação da realidade, mas na forma como os
membros desta comunidade vem esta realidade.
Para a implementação desta postura a cerca do conhecimento, é necessário que
o professor questione constantemente seus métodos, reflita sobre suas práticas e
sobre suas relações com seus educandos, pois, na prática educativa, estão presentes,
elementos da subordinação da prática pela teoria, do sujeito aluno pelo professor o que
lhe confere a condição de objeto.
Uma nova visão do conhecimento na escola implicaria, portanto uma mudança
da escola e da postura do professor que deixa de ser o elaborador, o programador e
passa a junto com os alunos programar, elaborar. Assim, o educando passa não só a
receber um conhecimento pronto e acabado, mas passa a participar da elaboração
deste conhecimento. Tal liberdade não se faz sem riscos, nem devem ser deixadas
entregues a si mesmas, mas devem se constituir sobre limites éticos, negociados entre
os educandos e as autoridades que com eles se relacionam.
A busca de um conhecimento ativo não deve impedir a assimilação de
elementos culturais consagrados. As tradições não devem ser abandonadas como se
fossem obsoletas, pois entre elas existem práticas que se firmaram como essenciais,
sendo, portanto, elementos fundamentais para a constituição do ser em sua esfera
39
humana. O conhecimento a ser produzido na escola pública deve pressupor a esfera
do senso comum, e uma esfera do saber erudito, metódico e sistematizado, próprio das
artes, da filosofia e da ciência.
É nessa última esfera de conhecimento que a escola deve centrar seus maiores
esforços, pois é este saber que sem ela a sociedade não pode se apropriar. A escola
nesta nova perspectiva deve produzir uma forma de conhecimento no educando que
seja vivenciada, pois sem isto, torna-se difícil a internalização do conhecimento que
permitirá a este indivíduo agir com liberdade de pensamento e com mobilidade
suficiente para ser, de fato, um sujeito e um agente de transformação da realidade.
Unindo liberdade e compromisso, teoria e prática, senso comum e saber científico.
Cabe salientar que nada se faz sem sacrifícios, não se adquire o habitus sem
sacrifícios, sem insistência e persistência. Requer salientar ainda, que a escola hoje,
parece estar apartada da sociedade e que a menos que se alie a escola à comunidade
onde esta está inserida será difícil que esta não veja na escola uma força externa que
tenta se impor a ela.
3.1.7 Concepção de Trabalho
Segundo Engels, o trabalho transformou o macaco em homem. Para os católicos
foi uma punição pelo pecado do primeiro homem. Para um calvinista o trabalho
distingue os escolhidos para a salvação dos que serão condenados, pois o pobre
invariavelmente é preguiçoso.
O trabalho para Marx é responsável pela geração de riqueza que, a despeito de
ser produzida pelo trabalhador é apropriada pelo capitalista, dono dos meios de
produção, das fábricas, das fazendas, etc. Assim, o trabalhador é visto como produtor
de lucro, gerador da mais valia. Na sociedade moderna, inspirada no modelo
neoliberal, o trabalhador deve ser utilizado como produtor de riqueza, ser competitivo e
consumidor de produtos. Os sindicatos de trabalhadores tiveram conquistas ao longo
da história, mas neste momento o “Estado de Bem Estar Social” deve ser removido
para garantir o aumento da acumulação capitalista, vista como única forma de
universalizar os frutos do progresso técnico obtido a partir do trabalho humano, que
neste momento também é expresso pelas máquinas, construídas à partir do trabalho
de homens e da acumulação de riqueza pelo capitalista.
40
Esta forma de organização do trabalho perpetua a condição do trabalhador de
apêndice das máquinas, de objeto, pois o aliena do fruto de seu trabalho.
Uma nova forma de organizar o trabalho deve ser empreendida para que se
resgate a humanidade do homem. Neste sentido é preciso restaurar a articulação dos
sindicatos livres.
A escola deve se constituir num instrumento deste resgate e o educador como
articulador deste processo, unindo pais, comunidade e escola para construir uma nova
forma de apropriação dos frutos do trabalho que seja mais justo.
Tal mudança pressupõe que o educador também seja visto como um
trabalhador, engajado num processo transformador, com teoria e práxis. Assim, o
trabalho do professor é identificar os elementos produzidos coletivamente pela
humanidade que deverão ser apropriados por seus educandos e as estratégias para
que estes objetivos sejam atingidos, para que este educando seja de fato um agente
social de transformação, além de um ser humano, pois o que o torna humano é o
trabalho, mas se ele não se apropria do fruto deste trabalho ele se torna alienado,
portanto este deve também transformar a sociedade onde vive, contribuir para melhorá-
la e deve estar preparado para esta tarefa apropriando-se do conhecimento
historicamente produzido ao longo da história.
É neste contexto que a inserção do estágio não obrigatório, disposto na Lei
11.788/2008 deve ser compreendido, ou seja, o papel do estágio a partir das relações
de trabalho.
Assim, tal possibilidade permite que o educando tenha contato direto com o
mundo do trabalho, sem entretanto, perder seu vínculo com a escola e com os
conhecimentos que nela se apropria. O estágio não obrigatório se torna um espaço de
ação concreta, de experimentação, onde o educando dará seus primeiros passos no
mundo da organização do trabalho, sustentado nos conhecimentos e conceitos que
estão sendo trabalhados dentro do ambiente escolar.
O Colégio Estadual João Bettega, representado por seu coletivo escolar, adota
como fundamento de suas ações educativas a Concepção Histórico Crítica.
3.1.8 Concepção de Cultura
A cultura seria a soma da produção de ideias, valores, símbolos, hábitos,
atitudes, ou seja, os saberes transmitidos de geração para geração. A cultura é o que
41
produziu o homem e é também o que ele produziu. Suas relações de poder, a arte, a
ciência, a linguagem.
Cada povo tem uma cultura distinta que está em constante relação com outras
culturas, apropriando-se destas e contribuindo para outras culturas. Deste ponto de
vista não existem culturas impermeáveis. Em nossa época, a da globalização, isto se
evidencia mais ainda. Existe uma intensa produção cultural para consumo. Estas
expressões de cultura, tais como o Hip Hop, transpõem barreiras e misturam-se com a
cultura de massa de outros países confundindo-se com estas e passando a ser vista
como expressão cultural própria. Esta produção de massa para alguns como Saviani
deveria aproximar a cultura popular produzida espontaneamente da cultura erudita.
Esta nova cultura deve incorporar elementos e ao fazê-lo deve escolher o que é
relevante do que não é.
Essa nova visão de cultura, que apropria, assimila, reinventa, deve também
aproximar os diferentes, deve incluir novos conceitos, novos valores, capazes de tornar
o homem mais humano. Aproximar a cultura de vários povos, abarcar numa totalidade,
as diferenças culturais de vários povos, não deve retirar destes elementos que lhes
distinguam, isto seria uma aculturação.
Toda cultura pode ser construída e reconstruída, portanto, a manifestação de
alguns interesses sempre pode se sobrepor. A apropriação de elementos da cultura
pode ser libertadora ou aprisionadora do ser. Uma nova mentalidade de cultura deve
respeitar a diversidade cultural, valorizar o popular e o erudito. A escola deve aproveitar
os novos espaços democráticos criados para motivar os educandos a mergulhar na
aquisição destes elementos culturais construídos coletivamente e socialmente.
3.1.9 Concepção de Ciência e Tecnologia
Durante muito tempo a ciência esteve impregnada de uma concepção de que só
o que pudesse ser provado através de um experimento, cujo resultado fosse repetido,
seria ciência. Assim, as ciências físicas e a matemática ganharam um status superior
às outras áreas da cultura humana, tais como a História ou a Geografia.
Uma nova visão sobre a ciência deve levar o indivíduo a compreender a relação
sujeito-objeto e compreender como o ser humano se relaciona com as coisas, com a
natureza, com a vida. A ciência é o saber metódico, sistematizado e não um saber
fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular. A escola deve garantir o acesso
42
a esse saber, que é produto da evolução humana, de contribuições de diversas
gerações. Este saber deve ser socializado até atingir a totalidade da população.
Enquanto disciplina acadêmica, esta (a ciência) deve ter lugar destacado no ensino.
Educar para a ciência só pode ser feito num clima de liberdade e constante estímulo,
uma metodologia reprodutivista, verticalizada, onde o aluno acumule conhecimentos
estáticos não formará indivíduos questionadores. É preciso uma nova ciência que se
fundamente na problematização. Tudo deve ser questionado. No processo de formação
deste educando, portanto, é possível que o mesmo questione a autoridade dos
professores. Este educando deve ser confrontado com sua realidade e questioná-la,
pois só assim poderá mudá-la. Assim, um sujeito de fato, uma ciência investigativa,
uma escola plural e aberta à participação da comunidade poderá ser estimuladora do
progresso desta ciência.
Um subproduto da ciência é a tecnologia, fonte, ao mesmo tempo, de
progressos e de sofrimentos. A ciência em sua evolução produziu a glicerina, a mesma
ciência, produziu a nitroglicerina. A tecnologia produziu a luz elétrica e alguns homens
a usam para provocar dor, torturar. Nesta perspectiva não existe tecnologia ruim, mas
pessoas que a usam para o mau. É preciso redirecionar a tecnologia para a libertação
humana de suas limitações, uma tecnologia que seja para todos, não apenas para
aqueles que por ela podem pagar, mas sim, uma tecnologia que agregue e não divida.
Hoje a tecnologia que produz carros modernos em pouco tempo também produz
desempregados, famintos, pais de família que perderam seus empregos em nome do
aumento do lucro. A mesma tecnologia que facilita a vida das pessoas ao permitir que
usem um caixa eletrônico também produz desempregados. A mesma tecnologia
produzida para permitir ao homem uma vida mais humana, hoje o afasta de sua
humanidade, corrompe-o, como os videogames, a televisão, utilizada como instrumento
de doutrinação ideológica, veículo para o consumismo. Enfim, a tecnologia tem sido
mal interpretada, como se fosse algo a pairar acima dos homens e como um produto
de trabalho dos homens deve contribuir para o bem público. A escola, neste sentido
assume o papel de educar um sujeito reflexivo, de livre pensar, com uma atitude
responsável, para tal a escola pública deve assumir em seu Projeto Político
Pedagógico um papel revolucionário que concretize uma ciência libertadora e uma
tecnologia voltada para a concretização dos direitos de um sujeito ativo, consciente e
crítico quanto ao uso desta ciência-tecnologia, numa sociedade mais justa, homogênea
quanto à distribuição dos recursos e diversificada quanto à sua constituição.
43
3.2 Concepção Pedagógica na Perspectiva Histórico-Crítica
A pedagogia histórico-crítica forma-se no final da década de 1970 quando havia
uma necessidade histórica de se fazer a crítica da então pedagogia oficial (pedagogia
reprodutivista), dada a falta de enraizamento histórico, e a seu forte caráter reprodutor.
Este movimento era internacional e neste período as escolas passam a
representar a chamada “rebelião social” lideradas pelos estudantes universitários, que
eram alimentados por ideologias de esquerda, neste caso, basicamente o marxismo.
Porém a constatação principal deste movimento foi o de verificar que as
pedagogias existentes perpetuavam as relações de dominação vigente.
Depois disto é que os movimentos começam a buscar mudar as bases da
sociedade. “Assim perceberam que não era a cultura que modificava a sociedade e sim
a sociedade é que modifica a cultura” (Saviani).
A pedagogia histórico-crítica, em cuja base está a contribuição de Marx é
fundamentada na dialética histórica, expressa no materialismo histórico, que procura
compreender e explicar o todo desse processo, abrangendo desde a forma como são
produzidas as relações sociais e suas condições de existência até a inserção da
educação nesse processo. Isto é, Saviani diz: “vejo a práxis como uma prática
fundamentada teoricamente”. A prática é o ponto de partida e o ponto de chegada.
A apropriação do conhecimento produzido socialmente é direito de todo
homem, na medida em que proporciona ao indivíduo a tomada de decisões de
forma mais consciente. Para tanto, a abordagem histórico-crítica, proposta por
Demerval Saviani, pressupõe a compreensão a história no contexto da
determinação das condições materiais da existência humana, nesta concepção
dialética da história, busca-se a compreensão da educação escolar tal como ela
se manifesta no presente “entendida esta manifestação presente como resultado
de um longo processo de transformação histórica” (Saviani). Esta teoria crítica é
aquela que leva em conta os determinantes sociais da educação, em
contraposição às teorias não críticas, que acreditam que a educação tem o poder
de determinar as relações sociais.
O compromisso da educação passa a ser a transformação da sociedade, e
não a sua manutenção. Nesse sentido, há a necessidade de especificar a função
da escola, que é a transmissão do conhecimento, pois corre-se o risco de desviar
44
o foco para questões secundárias, convertendo-a numa “agência de assistência
social” (Saviani)., ou então a implantação de projetos e de trabalhos tematizados
de acordo com datas comemorativas sem ter ligação nenhuma com o que é
nuclear, ou seja curricular, as atividades extracurriculares devem enriquecer as
curriculares e não substituí-las.
É papel da escola a transmissão do conhecimento, denominado saber
sistematizado. Ele deve ser organizado dentro do período letivo para que o aluno possa
evoluir, para que passe a compreender as relações sociais e possa adquirir
instrumentos para agir na sociedade.
A finalidade da escola deve determinar os métodos e processos de ensino-
aprendizagem, para que os alunos possam apreender tais conteúdos, “as formas de
tornar assimiláveis os conteúdos estão intimamente relacionadas com a concepção e
conteúdos de cada área do conhecimento como também suas formas de ensino”.
(Currículo Básico, p.17).
Segundo Krug e Rocha é papel da escola efetivar uma organização que possa
contribuir para a diversidade de aprendizagens manifestadas pelos educandos, ou seja,
significa oportunizar a todos, a aprendizagem, ao mesmo tempo em que dá respostas
às necessidades diferenciadas que cada um traz, uma vez que nem todos os
educandos conseguem realizar as aprendizagens no mesmo ritmo e condições, pois se
encontram em diferentes momentos de sua socialização, possuem informações,
vivências, riquezas que a escola precisa resgatar.
Os saberes dos alunos devem ser levados em conta, pois muitas vezes
relacionam-se a problemas sociais da comunidade, que podem estar articulados aos
conteúdos.
De acordo com essas considerações é oportuno destacar que é
fundamental construir uma nova prática no que se refere ao ato de ensinar e de
aprender.
É preciso definir quais conteúdos e que abordagem dos conteúdos é
necessária para a classe trabalhadora e as condições concretas necessárias para
o desenvolvimento efetivo do ensino-aprendizagem dos conteúdos. O que
precisa ser ensinado não é qualquer conhecimento, mas o conhecimento teórico-
prático voltado para o desenvolvimento da sociedade, para sua transformação.
(Klein, 2004 p.49).
45
Dessa forma, os conteúdos escolares não podem se constituir em roteiros
repetitivos e métodos produtores de procedimentos indiferenciados e atitudes
conformistas. Os conteúdos escolares, são resultados de um exercício de
cognição de homens sobre a realidade, a fim de compreender e apreender um
certo conjunto de informações que são instrumentos culturais, necessários para
que os educandos progridam na sua formação global e não como uma atividade
com fim em si mesma. Segundo Klein (2000 p.49), “os alunos devem ter acesso
ao máximo de conhecimentos, da forma mais ampla, mais exitosa e no menor
tempo possível.”
As atividades planejadas, não podem ter um fim em si mesmas, serem
realizadas porque são interessantes ou apenas para variar a opção metodológica, mas
deve constituir-se visando com que o aluno ou grupo avance em seu desenvolvimento.
Mais do que nunca, o professor deve exercer seu papel dentro da escola, que
lançando mão de recursos fará com que seu aluno realmente aprenda, pois é para isso
que ele está na escola: para realmente aprender de forma que o conhecimento que ela
adquire na escola seja capaz de modificar sua visão de mundo. Portanto é inadmissível
que os conteúdos apenas sejam repassados, página após página, sem que haja
reflexão e vínculo com a realidade.
3.2.1 Concepção de Ensino e Aprendizagem
Com base na abordagem materialista dialética da análise da história
humana, o desenvolvimento psicológico do homem é parte do desenvolvimento
geral dos seres humanos. Para Vygotsky “o aprendizado está voltado para a
assimilação de fundamentos do conhecimento científico“ (p. 95).
Descobrir as relações reais entre o processo de desenvolvimento e a capacidade
de aprendizado do aluno é primordial e essencial para desenvolver uma pedagogia da
apropriação daquilo que foi construído pela humanidade, cabendo ao professor o papel
importante de instrumentalizar o aluno nesse processo.
O processo ensino-aprendizagem na escola difere-se do processo de
educação em sentido amplo. Na instituição escolar o aluno precisa entender as
bases dos estudos científicos. Neste processo ele parte de suas próprias ideias e
46
significados para se encaminhar por novos caminhos da análise intelectual, das
comparações e do estabelecimento de relações lógicas. Os conceitos prévios
que os alunos apresentam sobre determinados assuntos são transformados. A
escola constitui-se o local onde o aluno pode ter a oportunidade de aprender de
forma sistematizada e intencional, o que a sua realidade não dá conta de explicar.
Na perspectiva da concepção do desenvolvimento de Vygotsky, a aprendizagem
organiza-se por níveis, como uma “ espiral “. O primeiro nível chamado de real é
caracterizado pelo conhecimento e atividades, que o indivíduo consegue realizar
sozinho (desenvolvimento mental prospectivo). O segundo nível, ou nível proximal,
caracteriza-se por situações de aprendizagem que o indivíduo não pode desenvolver
independentemente, fazendo-o somente com ajuda, e o terceiro nível, o nível potencial
é o que se espera que o indivíduo venha a assimilar. Sendo assim, se considerarmos a
perspectiva de Vygotsky, estaremos defendendo uma metodologia que privilegia a
mudança, coloca professores e alunos como participantes ativos da própria existência
e vinculado às condições materiais de sua época, capazes de aprender com os outros
e com o passado, imaginar e planejar o futuro.
Para Vygotsky, o desenvolvimento intelectual resulta da relação com o mundo,
que se compõe dos processos de interações que fornecem as condições para a
atividade do pensamento, as quais possibilitam o processo de construção da
aprendizagem. Dentre essas interações que ocorrem no espaço escolar, as mais
favoráveis para aprendizagens significativas são as interações no trabalho cooperativo
e coletivo, pois é nele que, os alunos podem confrontar os seus pontos de vista a fim
de tomar estes processos possíveis de se efetivarem, o espaço escolar deve oferecer
as oportunidades necessárias ao pleno desenvolvimento dos alunos. Portanto,
conhecendo o nível de desenvolvimento dos alunos, a escola deve dirigir o ensino para
os níveis de desenvolvimento que os alunos ainda não atingiram, para que possa
avançar em sua compreensão de mundo.
Ao adotarmos esta abordagem teórica, estaremos reconhecendo o
desenvolvimento como algo que avança por meio de conteúdos socialmente
elaborados pelo conhecimento humano e de estratégias cognitivas necessárias
para a internalização desses conteúdos. Também Paulo Freire reconhece a
aprendizagem como ferramenta que permite no decorrer de seu processo; que o
homem aproprie-se das condições de reflexão dos fatos e sobre os fatos da
realidade que o cerca; levando o homem a ser o sujeito de sua própria história.
Valoriza todos os conhecimentos que partem da análise da realidade do
47
cotidiano do homem e acredita que o homem instrumentalizado pela capacidade
de análise crítica tenha acesso ao conhecimento acumulado históricamente e
dele partindo, atue em sua própria realidade construindo-a e transformando-a.
Então a aprendizagem ocorre quando “ o homem se vê sujeito “.
O processo de ensino aprendizagem é vivo e confunde-se com a própria
existência do sujeito; assim aquele que ora educada à medida em que se envolve no
processo também será educado (educador / educando).
Para Paulo Freire a educação é a prática da liberdade; é o movimento pelo qual
o homem liberta-se da opressão. O conhecimento é uma ferramenta de libertação, e
esta ocorre por meio da reflexão e da ação sobre o meio vindo assim a conquistar sua
independência.
Segundo Paulo Freire “ a educação problematizadora se faz, assim um esforço
permanente através do qual os homens vão percebendo, criticamente, como estão
sendo no mundo, com quê e em quê se acham “. Deste modo podemos afirmar que a
educação / aprendizagem cumpre sua função fundamental quando humaniza mulheres
e homens.
Paulo Freire afirma que embora sabendo que estejamos vivendo em meio a
muitas desigualdades sociais, nenhuma mudança profunda na sociedade poderá
acontecer sem se levar em conta a educação; que, por sua vez, não deve esperar os
desdobramentos econômicos e políticos para mudar.
Para Paulo Freire a educação pode transformar as pessoas em sujeitos para
que eles sintam-se e evolvam-se nesta tarefa / missão de transformar a realidade;
fortalecendo o homem enquanto sujeito e cidadão que conhece sua realidade e nela se
insere de forma crítica e atuante seja na vida social seja na vida política.
3.2.2 Concepção de Avaliação
Do ponto de vista teórico-metodológico esta instituição está em busca de uma
prática pedagógica que se efetive em direção à superação da concepção de avaliação
enquanto instrumento de seleção, rotulação, classificação, controle e de exclusão, pois
como afirma LUCKESI (1995) “tradicionalmente, a avaliação tem como elementos a
seletividade, a discriminação, a classificação através das notas, a rotulação,
preparando para exames”. Ao enfatizar tal necessidade de superação desta
concepção de avaliação, desponta-se também o desafio aos envolvidos na
48
organização do trabalho pedagógico da escola, que é o de romper com os modelos
tradicionais, objetivando uma avaliação mais coerente com a visão de uma educação
emancipadora, alicerçada no processo de ensino e aprendizagem.
O que pressupõe entendê-la como parte integrante de todo o processo
educacional, ou seja, coerente com as concepções de sociedade, homem, educação,
escola, conhecimento, cultura, trabalho, ensino e aprendizagem explicitadas neste
PPP, bem como pautada na intervenção e investigação da aprendizagem.
Como também a avaliação segue definições legais estabelecidas pela
LDBEN/96 que em seu artigo V preconiza que o rendimento escolar deve observar os
critérios de desempenho, ou seja, a avaliação deve ser “continua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre eventuais provas finais”.
Nesta perspectiva , cabe ressaltar que o conceito de avaliação precisa estar
articulado ao conteúdo e a metodologia, como também aos critérios que permitam
enfatizar esta estreita relação, ou seja, delimitar o que é essencial para permitir a
reflexão necessária sobre o processo de ensino e aprendizagem, seja quanto aos
critérios alcançados ou aos critérios que não foram atingidos, concordando com
LUCKESI ao dizer que: “a avaliação tem por finalidade o diagnóstico para tomada de
decisões, sempre com vistas à aprendizagem dos alunos, de forma que o professor
cumpra com sua tarefa de ensinar e a escola cumpra com sua função social”. Desta
forma a avaliação pode ser também um instrumento eficaz para a possibilidade de uma
educação emancipatória.
Conforme o Regimento Escolar da Escola
3.2.3 Processo de Avaliação
Art. 105 - A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
Art. 106 - A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
49
Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art. 107 - A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
Art. 108 - Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico.
Art. 109 - A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
Art. 110 - O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art. 111 - Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
Art. 112 - Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art. 113 - A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art. 114 - A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
Art. 115 - A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, oportunizando ao educando
demonstrar o conhecimento adquirido em um segundo momento.
Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de
estudos e os conteúdos da disciplina.
Art. 116 - A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art. 117 - Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida
escolar.
50
Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Art. 118 - A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência.
Art. 119 - Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),
observando a frequência mínima exigida por lei.
Art. 120 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual
ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados
ao final do ano letivo.
Art. 121 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula
zero) em cada disciplina.
Art. 122 - A média trimestral e a bimestral será obtida através da utilização de diversos
instrumentos tais como atividades diárias, trabalhos individuais e em grupo, pesquisas,
resumos, experimentos em laboratórios, relatórios, testes, provas, entre outros.
Art. 123 - A média trimestral e a bimestral será obtida pela soma do resultado das
avaliações realizadas, sendo expressas em uma escala de o (zero) a 10,0 (dez).
Parágrafo Único – Os trimestres apresentam pesos distintos, sendo que o primeiro tem
peso dois (2), o segundo, peso três (3) e o terceiro, peso cinco (5).
Art. 124 - Para efeito de cálculo da média para aprovação, serão aplicadas as
seguintes fórmulas:
ENSINO FUNDAMENTAL:
1º T X 2 + 2º T X 3 + 3º T X 5 ≥ 6,0
10
51
ENSINO MÉDIO DE BLOCOS:
Média semestral: 1º BIM + 2º BIM ≥ 6,0
2
Art. 125 - A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Art. 126 - Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
3.2.4 Processo de Classificação
Art. 82 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais
ou informais, podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o
aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
Art. 83 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
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Art. 84 - É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental.
3.2.5 Processo de Reclassificação
Art. 85 - A reclassificação, é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando
em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos
compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que
registre o seu Histórico Escolar.
Art. 86 - Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola
aprová-lo ou não.
Art. 87 - A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou
seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, afim de obter
o devido consentimento.
Art. 88 - A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe
do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas
da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade
da reclassificação.
Art. 89 - Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
Art. 90 - O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Art. 91 - O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará
a Pasta Individual do aluno.
Art. 92 - O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à
SEED.
Art. 93 - A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
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3.2.6 Processo de Progressão Parcial
Art. 99 - A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subseqüente e concomitantemente às séries seguintes.
Art. 100 - O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
3.2.7 Processo de Aproveitamento de Estudos
Art. 127 - Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados.
Parágrafo Único - A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no
estabelecimento de ensino de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de
cálculo da carga horária total do curso.
Art. 128 – O aproveitamento de estudos de uma disciplina para outras supostamente,
iguais ou abrangentes, porém, com nome diverso, somente poderá ser realizado
mediante cotejo dos conteúdos programáticos de uma e outra.
Parágrafo Único - É vedado o aproveitamento de estudos nos cursos integrados ao
Ensino Médio.
3.2.8 Processo de Adaptação
Art. 129 - A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular,
para que o aluno possa seguir o novo currículo.
Art. 130 - A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum.
Parágrafo Único - Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma
Língua Estrangeira Moderna.
Art. 131 - A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo.
Art. 132 - A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito,
elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
Parágrafo Único - Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de
54
resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório
Final.
3.2.9 Processo de Revalidação e Equivalência
Art. 133 - O estabelecimento de ensino realizará a revalidação de estudos completos
cursados no exterior referente ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.
Art. 134 - O estabelecimento de ensino, para a equivalência e revalidação de estudos
completos, observará:
I. as precauções indispensáveis ao exame da documentação do processo, cujas peças,
quando produzidas no exterior, devem ser autenticadas pelo Cônsul brasileiro da
jurisdição ou, na impossibilidade, pelo Cônsul do país de origem, exceto para os
documentos escolares encaminhados por via diplomática, expedidos na França e nos
países do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL;
II. a existência de acordos e convênios internacionais;
III. que todos os documentos escolares originais, exceto os de língua espanhola,
contenham tradução para o português por tradutor juramentado;
IV. as normas para transferência e aproveitamento de estudos constantes na
legislação vigente.
Art. 135 - Alunos que estudaram em estabelecimentos de ensino brasileiros sediados
no exterior, desde que devidamente autorizados pelo Conselho Nacional de Educação,
não precisam se submeter aos procedimentos de equivalência e revalidação de
estudos.
Parágrafo Único - A documentação escolar do aluno oriundo de escola brasileira
sediada no exterior deverá conter o número do parecer do Conselho Nacional de
Educação que autorizou o funcionamento da escola no exterior e o visto consular.
Art. 136 - Para proceder à equivalência e revalidação de estudos completos, o
estabelecimento de ensino seguirá as orientações contidas nas instruções emanadas
da Secretaria de Estado da Educação.
Art. 137 - O estabelecimento de ensino expedirá certificado de conclusão ao aluno que
realizar a revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental.
Art. 138 - A matrícula no Ensino Médio somente poderá ser efetivada após a
revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental.
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Art. 139 - A matrícula do aluno proveniente do exterior, que não apresentar
documentação escolar, far-se-á mediante processo de classificação, previsto na
legislação vigente.
Art. 140 - A matrícula de alunos oriundos do exterior, com período letivo concluído após
ultrapassados 25% do total de horas letivas previstas no calendário escolar, far-se-á
mediante classificação, aproveitamento e adaptação, previstos na legislação vigente,
independentemente da apresentação de documentação escolar de estudos realizados.
Art. 141 - O estabelecimento de ensino, ao realizar a equivalência ou revalidação de
estudos, emitirá a respectiva documentação.
Art. 142 - Efetuada a revalidação ou declarada a equivalência, o ato pertinente será
registrado junto ao NRE e os resultados integrarão a documentação do aluno.
Art. 143 - O aluno oriundo de país estrangeiro, que não apresentar documentação
escolar e condições imediatas para classificação, será matriculado na série compatível
com sua idade, em qualquer época do ano.
Parágrafo Único - A escola elaborará plano próprio para o desenvolvimento dos
conhecimentos necessários para o prosseguimento de seus estudos.
3.2.10 Processo de Frequência
Art. 101 - É obrigatória, ao aluno, a frequência mínima de 75% do total da carga horária
do período letivo, para fins de promoção.
Art. 102 - É assegurado o regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento
pedagógico do estabelecimento de ensino, como forma de compensação da ausência
às aulas, aos alunos que apresentarem impedimento de frequência, conforme as
seguintes condições, previstas na legislação vigente:
I. portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismos ou outras
condições mórbidas;
II. gestantes.
Art. 103 - É assegurado o abono de faltas ao aluno que estiver matriculado em Órgão
de Formação de Reserva e que seja obrigado a faltar a suas atividades civis, por força
de exercícios ou manobras, ou reservista que seja chamado para fins de exercício de
apresentação das reservas ou cerimônias cívicas, do Dia do Reservista.
Parágrafo Único – As faltas tratadas no caput deste artigo deverão ser assentadas no
Livro Registro de Classe, porém, não serão consideradas no cômputo geral das faltas.
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Art. 104 - A relação de alunos, quando menores de idade, que apresentarem
quantidade de faltas acima de 50% do percentual permitido em lei, será encaminhada
ao Conselho Tutelar do Município, ou ao Juiz competente da Comarca e ao Ministério
Público.
4 GESTÃO DEMOCRÁTICA
4.1 O que é Gestão Democrática
Gestão Democrática é o processo político através do qual, as pessoas na escola
discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham,
acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento
da própria escola. Este processo, sustentado no diálogo e na alteridade, tem com base
a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a
normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a
garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.
Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos têm mais
chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade a respeito
da atuação da escola. Ampliando o número de pessoas que participam da vida escolar,
é possível estabelecer relações mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e
comunidade escolar.
Quando pais e professores estão presentes nas discussões dos aspectos
educacionais, estabelecem-se situações de aprendizagem de mão dupla: ora a escola
estende sua função pedagógica para fora, ora a comunidade influencia os destinos da
escola. As famílias começam a perceber melhor o que seria um bom atendimento
escolar, a escola aprende a ouvir sugestões e aceitar influências.
É importante que as pessoas participem da discussão, em igualdade de
condições, sem ter receio de expor posições contrárias. A manipulação de reuniões, na
condução de decisões que privilegiam grupos ou mesmo, interesses pessoais, pode
gerar situações em que o autoritarismo surge, com máscaras de gestão democrática.
57
4.2 Gestão Democrática na Legislação
CF/88:
Art.206: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da Lei.
LDB/96 – LEI 9394/96
Art. 3º.: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino.
Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas de GD (...):
I – participação dos profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica;
II – participação das comunidades escolar e local, em conselhos escolar ou
equivalente.
Art. 15: Os sistemas de ensino asseguração às escolas progressivos graus de
autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira.
Deliberação 16/99, CEE/PR:
Art. 4º - A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos corpos docente e
discente, pais de alunos, funcionários e especialistas, todos protagonistas da ação
educativa em cada estabelecimento de ensino.
§ Único: A organização institucional de cada um desses segmentos terá seu
espaço de atuação reconhecido pelo regimento escolar.
Art. 5º - A Direção Escolar tem como principal atribuição coordenar a elaboração e a
execução da proposta pedagógica, eixo de toda a qualquer ação a ser desenvolvida
pelo estabelecimento.
Art. 6º - A gestão escolar da escola pública, como decorrência do princípio
constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção,
um colegiado.
58
- Conselho Escolar
É o órgão responsável pelo estudo e planejamento, debate e deliberação,
acompanhamento, controle e avaliação das principais ações do dia-a-dia da escola
tanto no campo pedagógico, como administrativo e financeiro.
De acordo com a Regulamentação do Conselho Escolar, selecionamos alguns
parágrafos que explicitam o seu papel:
§ 1º - O órgão colegiado de direção será deliberativo, consultivo e fiscal, tendo
como principal atribuição estabelecer a proposta pedagógica da escola, eixo de toda e
qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.
§ 2º - O órgão colegiado de direção será constituído de acordo com o princípio
da representatividade, devendo abranger toda a comunidade escolar, cujos
representantes nele terão, necessariamente, voz e voto.
§ 3º - Poderão participar do órgão colegiado de direção representante dos
movimentos sociais organizados, comprometidos com a escola pública, assegurando-
se que sua representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado.
- Grêmio Estudantil
É o órgão máximo de representação dos estudantes a serviço da ampliação da
democracia na escola, através das suas funções de representação e organização dos
alunos, contribui para a efetivação de uma educação emancipatória e transformadora.
- A.P.M.F. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários que buscam a
integração dos segmentos escolares, para discutirem as políticas educacionais e o
Projeto Político-Pedagógico da escola Pública, contribuindo para a melhoria da
qualidade de ensino.
59
- Conselho de Classe
É um órgão colegiado, presente na organização da escola, em que os
professores das diversas disciplinas, juntamente com a direção, equipe pedagógica e
alunos representantes de turma, se reúnem para refletir, avaliar e propor ações no
acompanhamento do processo pedagógico da escola.
O Conselho de Classe difundido em muitas escolas precisa ser superado. A
visão do Conselho de Classe apenas para definir se o aluno irá passar de ano ou não,
já não cabe mais dentro de uma visão progressista de educação. Esta mudança exigirá
tempo e maturidade dos envolvidos de forma a obter novas perspectivas e estabelecer
uma relação mais efetiva com o processo de avaliação do ensino.
O Conselho de Classe, constitui em uma das etapas de fundamental importância
dentro da prática pedagógica da escola e tem como objetivo principal propor soluções e
encaminhamentos diante das situações levantadas, buscando a melhoria da qualidade
de ensino.
Visto numa perspectiva democrática, o Conselho de Classe pressupõe a
participação de todos os envolvidos no processo pedagógico: direção, equipe
pedagógica, professores de todas as áreas e alunos, para discutir, refletir e avaliar a
prática pedagógica.
No momento do conselho de classe são levantadas pelos professores, as
dificuldades encontradas no processo pedagógico com a turma de forma geral, pois,
entende-se que o aluno, inserido em uma sala de aula, participa ativamente das
relações sociais que ali surgem e, portanto, sua aprendizagem também está
relacionada com as mediações existentes entre e com os colegas. São levantadas
também questões relacionadas ao processo de aprendizagem especificamente de cada
aluno. Para se discutir o trabalho pedagógico em sua especificidade, discutindo o
próprio resultado do aluno, a própria relação que tem sido estabelecida entre aluno,
professor e conteúdo, num momento de análise e decisão para a tomada de novos
rumos deste mesmo processo para orientar as novas relações próximas e futuras.
Ao se discutir o processo de aprendizagem do aluno, cada professor tem
oportunidade de avaliar o percurso até então percorrido com o intuito de traçá-lo
novamente se for necessário, ou permanecer com ele. O que se quer dizer com isso, é
que, questionamentos do tipo “o que este aluno já aprendeu, e o que é necessário
fazer para que o aluno continue aprendendo?” É um momento para cada professor
60
repensar o encaminhamento metodológico adotado, os critérios de avaliação e definir
ações para serem tomadas em conjunto pela escola, no enfrentamento das
dificuldades apresentadas, “a diversidade dos depoimentos de pessoas que dominam
conteúdos diversos, pelos enfoques pedagógicos variados, que articulados, poderiam
trazer à tona a riqueza da totalidade orgânica do processo de ensino, numa busca
comum por soluções e pela construção de propostas alternativas de trabalho”.
(DALBEN, 1995).
O Conselho de Classe também prevê a participação do educando. Como o
aluno caracteriza-se como sujeito central deste processo, ele precisa ter a participação
ativa nestas reuniões; ele precisa ter conhecimento dos critérios pelos quais está se
submetendo e dos parâmetros utilizados nas avaliações. Inicialmente a participação
dos alunos se dá em forma de pré conselho, realizando-se reuniões com as turmas,
afim de, discutir questões pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem, que são
levadas posteriormente ao Conselho de Classe.
O trabalho junto aos professores se dá em dois momentos: o pré conselho e o
conselho. O pré conselho é o momento onde se atua junto aos professores das
disciplinas para fazer o levantamento das dificuldades da turma, formas de avaliação,
encaminhamentos metodológicos utilizados, perfil da turma, pontos positivos,
lideranças, dificuldades, etc. Este levantamento poderá ser feito através de ficha de pré
conselho, preferencialmente junto à equipe pedagógica. A partir destas fichas será
organizado então o Conselho de Classe, com todo o encaminhamento descrito
anteriormente. Posteriormente, no pós conselho, ocorrerá o retorno das informações
aos alunos, uma espécie de devolutiva.
- O Papel Político dos Dirigentes
A função do diretor é a de coordenar o trabalho geral da escola, lidando com os
conflitos decorrentes especialmente das relações de poder, mas encaminhando e/ou
solucionando os problemas desse cotidiano objetivando sempre o melhor para o
desenvolvimento da função pedagógica da escola.
“A escola é uma instituição de natureza educativa. Ao diretor cabe, então, o
papel de garantir o cumprimento da função educativa que é a razão de ser da escola.
Nesse sentido, é preciso dizer que o diretor de escola é antes de tudo, um educador;
antes de ser administrador ele é um educador” (Saviani, 1996, p.208).
61
O diretor de escola ocupa posição importante na estrutura do ensino público,
uma vez que responde pela articulação da escola com a comunidade em que se insere
e, também com a rede que compõe o sistema de ensino. Além disso, e acima de tudo,
deve garantir o bom funcionamento da escola, visando o melhor atendimento
pedagógico aos alunos.
- Mecanismos da Gestão Democrática:
- Eleições diretas de Diretores:
É o processo pelo qual a comunidade escolar se manifesta e escolhe
democraticamente, quem será o dirigente do estabelecimento.
1. Representantes de Turma:
O aluno eleito representa a turma em todos os momentos: participa dos
conselhos de classe, faz a defesa dos interesses da turma, apresenta os problemas
e reivindica soluções.
- Eleição de representantes:
Dando continuidade ao processo de gestão democrática desenvolvido em
nossa escola e baseado em nossa concepção de educação que visa à
formação do sujeito, do ser crítico e atuante; elaboramos o espaço de
representatividade do aluno na figura do representante de classe.
Podem participar deste processo todos os alunos regularmente matriculados e
que apresentem disposição para desenvolver as tarefas que fazem parte da função.
O processo de escolha se dá no início do ano letivo e é organizado por
pedagogos e professores que subsidiam o mesmo.
O objetivo da Eleição de Representantes de turma é a de promover junto à
escola, a efetiva participação do corpo dos alunos nas diversas atividades nela
desenvolvidas. É a abertura do espaço para a atuação dos alunos.
62
O representante de classe é o elo que faz a ligação entre o corpo discente e
docente e a direção / equipe pedagógica. Ele deve participar de reuniões, assembléias,
conselhos de classe, solenidades e demais eventos que requeiram a presença dos
alunos via representação.
Também ao aluno representante caberá a função de consulta, argumentação,
defesa e repasse dos interesses diversos dos representados..
Assim, como repasse de assuntos e temas discutidos em reuniões gerais e
também as respectivas decisões tomadas.
Cada sala lança a candidatura dos alunos interessados em vir a ser o
representante e após a inscrição faz-se a apresentação de suas propostas.
A eleição do aluno representante ocorre em data agendada de acordo com o
calendário escolar, via eleição direta. Cada aluno terá direito a um voto; que poderá ser
secreto ou não. Os candidatos que obtiverem maior número de votos serão os eleitos
isto é o primeiro representante e o primeiro vice-representante que atuam juntos.
Os representantes de classe receberão no decorrer do ano letivo, formação
continuada permitindo-lhes, fortalecer o conhecimento da função além de apoio
da equipe pedagógica para o melhor desenvolvimento de sua tarefa de
representar um grupo.
5 MARCO OPERACIONAL
Diante da análise realizada no decorrer da elaboração deste documento,
destacamos como necessidade e organização que devem ser atendidas em nossa
programação a curto e médio prazo estabelecidos nos planos e metas de ação as
seguintes:
5.1 Plano de Ação Equipe Pedagógica
Princípio Orientador:
63
“Assegurar uma educação de qualidade que promova a igualdade e
permanência do aluno na escola visando seu desenvolvimento.”
Objetivo:
Atuar na gestão pedagógica, criando as condições necessárias ao trabalho pedagógico
escolar; prática docente e discente.
Ações:
As ações a seguir articulam o trabalho pedagógico da escola:
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e momentos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico-didático;
Participar na elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais da escola;
Coordenar a organização do espaço-tempo escolar, intervindo na elaboração do
calendário letivo;
Coordenar a hora atividade;
Apresentar propostas, alternativas, sugestões e ou críticas que promovam o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o Projeto Político
Pedagógico;
Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao coletivo
de professores
Orientar a comunidade escolar, integrando-a ao processo pedagógico, numa
perspectiva transformadora;
Articular projetos que promovam a interação escola/comunidade;
Acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos;
Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou dificuldades;
Mediar situações de conflito na interação aluno/professor e aluno/aluno,
favorecendo a atitude dialógica;
Organizar e coordenar reuniões com os pais, inclusive de entrega dos boletins;
64
Coordenar eleições de representante de classe;
Assegurar o cumprimento do P.P.P. junto com a Direção.
Orientação quanto ao desenvolvimento do trabalho pedagógico, dos inspetores
junto aos alunos;
Organizar e coordenar pré conselho e coordenação do Conselho de Classe;
Acompanhamento, elaboração e execução do processo avaliativo e da recuperação
paralela;
Junto a Secretaria articula o trabalho pedagógico e vice-versa.
Além das ações acima, pretende-se no início de cada ano letivo, promover uma
“Aula Inaugural” para os alunos, onde serão apresentadas as normas e rotina do
Colégio.
5.2 Proposta de Plano de Ação dos Agentes Educacionais I e II
A profissionalização torna-se estratégica para a escola e a valorização dos
funcionários da educação, torna-se condição imprescindível para que os espaços
administrativos, de infraestrutura, meio ambiente, alimentar e de multimeios didáticos,
com as ações e reflexões do todos na escola, ganham movimento para que de fato
expressem uma interação e planejamento educativo.
As competências e habilidades primordiais requeridas dos educadores apontam
a possibilidade da apropriação produzida e transmitida pela educação com os objetivos
de:
Valorizar e refletir o seu papel na escola como condição para a construção de
novos conhecimentos e modo de agir;
Identificar as diversas funções educativas presentes na escola;
Compreender o papel do educador escolar;
Reconhecer e construir identidade profissional e educativa;
65
Contudo, para que na escola ou em outros espaços de trabalhos pedagógicos, é
necessário que, além das competências gerais, outras habilidades e competências
específicas sejam apropriadas.
AGENTE EDUCACIONAL I
Alimentação e infraestrutura
Ações
- Possuir conhecimento prático e teórico do manejo de horta domiciliar e escolar;
- Preparação do cardápio escolar de alto valor nutritivo, de baixo custo, com valor
regionalizado e sazonal;
- Conhecer os princípios das dietas alimentares, composição de nutrientes e
qualidades adquiridas para a alimentação escolar;
- Dominar técnicas de relações humanas com crianças, adolescentes e adultos no
sentido de acompanhá-los em sua educação alimentar;
- Possuir habilidades para dialogar com os profissionais das diversas áreas
educacionais;
- Possuir conhecimentos teóricos e práticos para o manejo dos equipamentos
necessários para a manutenção e conservação do ambiente escolar;
- Desenvolver percepções necessárias para identificar as disfunções dos espaços
físicos relacionando-os aos fins educacionais e à proposta pedagógica da escola;
- Compreender as questões ambientais no contexto da educação para a cidadania e
para o trabalho;
- Compreender as questões de segurança na escola, no contexto de seu espaço
geográfico e do seu Projeto Político Pedagógico.
Agente Educacional II
Princípios orientadores
66
Os funcionários têm seu princípio orientador baseado na documentação escolar,
prestação de suporte aos professores, equipe pedagógica e direção, sendo
responsável por toda parte burocrática e atendendo os alunos em suas necessidades
como: biblioteca, xerox, transferências, matrícula, declarações, manipulação e
atualização do arquivo ativo e inativo, além de manter atualizados os registros
escolares dos alunos no sistema informatizado.
Ações - Técnico Administrativo - Secretaria
- Ter em mãos em tempo hábil toda a documentação solicitada pela direção,
pedagogos e alunos, tendo em vista que os documentos devem estar arrumados de
maneira a facilitar esse trabalho;
- Atender às solicitações do NRE, e repassá-las na íntegra aos demais, sempre que
necessário;
- Estabelecer um bom relacionamento entre funcionários, professores e alunos, para
facilitar o trabalho em equipe;
- Prestar atendimento de qualidade à comunidade escolar, alunos, professores,
direção, equipe pedagógica e NRE;
- Organizar a legislação básica, os amparos legais, leis, decretos, resoluções,
pareceres, deliberações federal e estadual, que possuam subsidiar ações pedagógicas
e administrativas;
- Refletir sobre a importância do funcionário, para o bom desempenho do
estabelecimento;
- Estar ciente de seu papel de educador, trabalhando com alunos;
- Interagir com professores, equipe pedagógica e demais funcionários, com objetivo de
cumprir as tarefas necessárias;
- Cumprir horários e estar informado sobre as atividades realizadas pelos alunos.
Ações – Técnico Administrativo - Biblioteca
- Interagir com professores, equipe pedagógica e demais funcionários, com objetivo de
cumprir as tarefas necessárias;
- Estar ciente de seu papel de educador, trabalhando com alunos;
67
- Manter a arrumação e correta organização dos livros;
- Prestar auxilio ao aluno e comunidade nas pesquisas em geral;
- Fazer a informatização de acervo bibliográfico e cadastro informatizado de alunos;
- Criar no espaço da biblioteca a Leitura cotidiana, como forma de participação social
tais como: a hora do conto, leitura visual, e outras que se intercalem e se completem
com a intenção de formar diferentes formas de manifestação cultural e social.
5.3 Plano de Ação Laboratório de Ciências
1) Princípios orientadores:
Formar conceitos a partir de aulas práticas, estas não devem ser apenas
conclusivas, pois deve-se estimular o aluno a fazer investigações, procurando
relacioná-las ao seu cotidiano (realidade) fazendo proposições e provocações. As
investigações devem ser feitas com base na Metodologia científica.
2) Objetivos:
Propor o estudo de problemas reais da nossa região;
Levar o aluno a aprender e apreender através de instrumentos na prática;
Instigar o aluno, provocando-o para uma atitude de curiosidade e busca ante os
fatos e fenômenos do dia-a-dia;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir
de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.
3) Ação:
A partir dos aspectos estudados / investigados na própria realidade, o professor
orienta para o estado daquele conhecimento em termos globais, até mesmo
comparando tecnologias mais e menos avançadas nos diferentes países e, mais uma
vez, relacionando com políticas públicas, pobreza e riqueza, níveis de desenvolvimento
social, econômico, científico e tecnológico.
68
Assim, podemos utilizar em nossas aulas práticas: jogos, simulações, debates,
júris simulados, projetos de investigação e de ação comunitária, entrevistas, palestras,
visitas a órgãos públicos da administração municipal, estadual ou federal, a museus e
indústrias, pesquisas na internet, documentos (livros, revistas, jornal, peças de arquivo,
manuais, linhas do tempo...), filme etc.
4) Detalhamento
O ideal é que a escola seja equipada e tenha um laboratório de Ciências, Física,
Química e Biologia, é importante pois algumas aulas práticas podem ser feitas em sala
de aula (demonstração), mas existem certos tipos de atividades em que o ambiente
deve ser adequado (com pias, bancadas, armários, materiais...), o espaço onde possa
deixar o material de investigação acontecendo, sem que atrapalhe as aulas de outro
professor e que as observações possam ser feitas de uma maneira mais adequada.
O material que temos em nosso laboratório está listado a seguir.
Temos o material necessário para trabalhar com nossos alunos na sala do
laboratório e ainda durante esse ano foi adquirido uma grande quantidade de material
que nos viabiliza a utilização do mesmo para o ano de 2010.
Laboratório de Ciências
Objetivos:
Elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e ideias para
resolver problemas:
- como por exemplo, nosso ambiente contém componentes naturais que
normalmente são estudados pela física e pela química; possui também seres vivos
como plantas, animais e nós mesmos (seres humanos) estudados pela biologia;
- outros exemplos – Sexualidade, drogas, gravidez na adolescência...
Laboratório de Física
Objetivos:
- Realização de experimentos e práticas;
69
- Comprovação de conhecimentos teóricos (cálculo de velocidade, noção de espaço
e tempo...).
- Construção e montagem de material de baixo custo para as aulas práticas.
Laboratório de Química
Objetivos:
- Subsidiar as atividades das disciplinas de caráter teórico-prático;
- Servir de suporte para as aulas teóricas (funções ácidos, bases, sais...);
- Desenvolver os conhecimentos práticos.
Laboratório de Biologia
Objetivos:
1. Realização de experimentos e práticas;
2. Comprovação de conhecimentos teóricos e investigação científica;
3. Treinamento, manipulação e produção e uso de material;
4. Construção e montagem de material de baixo custo.
5) Professoras responsáveis: Simone Cordeiro Barbosa
MATERIAIS DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS, BIOLOGIA, FÍSICA E QUÍMICA
1 - EQUIPAMENTOS
70
1 Acervo geológico 1
2 Agitador magnético 1
3 Balança digital 2
4 Balança mecânica (braços iguais) 2
5 Binoculo 3
6 Esqueleto Humano – 1,68 cm - em resina, c/ rodas 2
7 Estação metereológica 1
8 Lupa de mão 10
9 Manta aquecedora 1
10 Mapas de Anatomia Humana 8
11 Microscópio Binocular 2
12 Microscópio Estereoscópio 1
13 Medidor de pH (pHmetro portátil) 1
14 Relógio de Sol 1
15 Torso bissexual c/ 42 cm e 14 peças 1
2 - REAGENTES
71
Nº ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL QTDE UNID.
1 Acetona 1 Fr
2 Ácido acético glacial comercial, frasco com 1000ml 1 Fr
3 Ácido clorídrico, frasco com 1000ml 0,5 Fr
4 Ácido sulfúrico (diluído a 25%), frasco com 1000ml 1 Fr
5 Alaranjado de Metila, frasco com 10 g 1 Fr
6 Álcool etílico a 70% GL, frasco com 1000ml 7,5 Fr
7 Alumínio em aparas, frasco com 200g 1 Fr
8 Azul de bromotimol, frasco com 20g 1 Fr
9 Azul de metileno aquoso a 2%, frasco com 100ml 1 Fr
10 Azul de metileno concentrado,frasco com 500ml 1 Fr
11 Bálsamo do Canadá, frasco com 100ml 1 Fr
12 Carbonato de Cálcio, frasco com 250g 2 Fr
13 Carbonato de Magnésio, frasco com 250g 1 Fr
14 Cloreto de Sódio sem iodo, pacote com 1000g 0,5 Pct
15 Cobre em asparas, frasco com 200g 1 Fr
16 D – glicose Anidra (Dextrose), frasco com 250g 1 Fr
17 Enxofre em pó, frasco com 200g 1 Fr
72
18 Estanho em aparas, frasco com 200g 1 Fr
19 Fenolftaleína (hidroalcoólica), frasco com 1000ml 1 Fr
20 Formol, frasco com 1000ml 5 Fr
21 Formol em pastilhas, frasco com 500g 1 Fr
22 Glicerina1000ml 1 Fr
23 Hidróxido de amônio, frasco com 1000ml 1 Fr
24 Hipoclorito de sódio 1000ml
25 Magnésio em aparas 200 g 1 Fr
26 Nitrato de prata, frasco com 25g 1 Fr
27 Papel de tornassol azul indicador universal 2 -
28 Papel de tornassol vermelho indicador universal 2 -
29 Peróxido de Hidrogênio, frasco com 1000ml 2 Fr
30 Soda cáustica1000ml 1 Fr
31 Sódio, pacote com 1000 g 1 Pct
32 Uréia, pacote com 1000g 1 Pct
33 Vaselina líquida, frasco com 100g 1 Fr
34 Zinco em aparas, frasco com 100g 1 Fr
73
3 – VIDRARIAS
Nº ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL QTDE UNID.
1 Almofariz 1 Un.
2 Balão volumétrico - 100ml 1 Un.
3 Balão volumétrico - 250ml 6 Un.
4 Balão volumétrico - 500ml 12 Un.
5 Balão volumétrico com rolha 6 Un
6 Bandeja quadrada plástico 50cm x 30cm 5 Un.
7 Bastão de Vidro, 6 x 300mm 15 Un.
8 Bico de Bunsen 2 Un.
9 Bureta - 50ml 1 Un.
10 Cabo de bisturi nº4 com 5 lâminas nº 20 a 24 5 Un
11 Condensador para destilação com serpentina 1 Un.
12 Condensador para destilação reto 1 Un.
13 Copo de Becker – 100 ml 7 Un.
14 Copo de Becker – 250 ml 18 Un.
15 Copo de Becker – 400 ml 2 Un.
16 Copo de Becker – 600 ml 6 Un.
74
17 Copo de Becker - 1000ml 1 Un.
18 Copo de Becker de plástico - 150ml 1 Un.
19 Erlenmayer – 50 ml 2 Un.
20 Erlenmayer – 100 ml 2 Un.
21 Erlenmayer – 125 ml 2 Un.
22 Erlenmayer – 250 ml 8 Un.
23 Erlenmayer – 500 ml 3 Un.
24 Erlenmayer – 1000 ml 2 Un.
25 Erlenmayer – 2000 ml 1 Un.
26 Escova para lavar tubo de ensaio 16 x 150mm 7 Un.
27 Funil analítico de haste longa 2 Un.
28 Funil de decantação com rolha e torneira - 250ml 6 Un.
29 Funil de vidro de haste curta liso, 60 mm 8 Un.
30 Garra universal 6 Un.
31 Imã cilíndrico, diâmetro 0,9cm x comprimento 4cm 1 Un.
32 Kitassato - 250ml 1 Un.
33 Lâminas para microscopia (caixa c/ 50) 2 Cx.
34 Lâminas para bisturi, nº 23 25 Un.
75
35 Lamínulas para microscopia, 20 x 20mm, caixa com 100 un. 2 Cx.
36 Lamparina álcool, de 100ml 8 Un.
37 Papel de Filtro 11cm de diâmetro, caixa com 100 unid. 2 Cx.
38 Pinça de madeira para tubo de ensaio 12 Un
39 Pinças inox de ponta fina e reta de 16cm 6 Un.
40 Pipeta graduada 2 ml 2
41 Pipeta graduada 5 ml 2
42 Pipeta graduada 10 ml 12 Un.
43 Pipeta volumétrica 5 ml 2 Un.
44 Pipeta volumétrica 25 ml 2 Un.
45 Pisseti (frasco lavador) 250ml 8 Un.
46 Placa de Petri 100 x 20 2 Un.
47 Proveta de vidro graduada 50 ml 3 Un.
48 Rolha de borracha nº 6, p/ balão de 125ml, com furo 7mm 1 Un.
49 Rolha de Borracha nº 7, com furo de 7mm 3 Un.
50 Rolha de Borracha para tubo 16 x 150mm, com furo 7mm 20 Un.
51 Rolha de Borracha para tubo 16 x 150mm, sem furo 20 Un.
52 Rolo de Pavio para lamparina 2 Metro
76
53 Suporte para tubos de ensaio 8 Un
54 Suporte universal 2 Un.
55 Tela de amianto 5 Un.
56 Termômetro escala externa – 10° C 9 Un.
57 Trena de aço com 2m 1 Un.
58 Tripé metálico 5 Un.
59 Tubo de ensaio 2,5 x 20 cm 5 Un.
60 Tubo de Ensaio, 16 x 150mm 50 Un.
61 Vidro de relógio 80 mm 2 Un.
5.4 Plano de Ação da Biblioteca
1) Finalidade
Estimular a pesquisa e a leitura para que o aluno instrumentalize-se e aproprie-se
do conhecimento historicamente construído.
2) Objetivos
Auxiliar nas várias dificuldades encontradas em nossos alunos do Ensino
Fundamental, em relação a Língua Portuguesa e demais disciplinas que envolvem o
pensamento linguístico – problemas de ortografia, interpretação e oralidade, daí a
necessidade de dinamizar o uso da Biblioteca.
3) Ação
77
Cada professor poderá criar situações em que os alunos possam operar sobre a
própria linguagem, reconhecendo e transformando, através de leituras e pesquisas
diversificadas, paradigmas próprios da fala de sua comunidade linguística,
regularizando-os e adequando-os aos diferentes usos linguísticos, levantando
hipóteses sobre as condições contextuais e estruturais em que se apresentam. Para
tanto, será de fundamental importância que o professor e funcionário da Biblioteca
estejam em sintonia com os assuntos a serem pesquisados e/ou leituras e obras de
autores a serem pesquisados pelos alunos, para que o local caracterize-se por um
espaço vivo, dinâmico que propicia um efetivo saber.
Porém, torna-se utópico falar em ambiente dinâmico para um efetivo saber se a
Instituição não se preocupar com a aquisição de materiais projetados para esta
finalidade.
4) Detalhamento
Há pouca leitura de nossos clássicos literários por nossos alunos e, sobretudo
uma total indiferença, devido ao pouco tempo que se tem em sala de aula para
aprofundar-se em cada autor, ou ler um livro do mesmo, por exemplo.
Com mais exemplares na Biblioteca, será possível trabalhar de forma
sistemática as Escolas Literárias estudadas em cada ano do Ensino Médio, bem como
fazer referências imediatas sobre cada autor, o que hoje, torna-se difícil.
É de fundamental importância que a Instituição, adquira coleções de livros das
mais diversas categorias e níveis de leitura, para que, desde as séries iniciais, até o
final do Ensino Médio, os alunos encontrem na Biblioteca os materiais de sua busca,
para que não haja com isso um desestímulo.
A biblioteca está sendo informatizada. Os livros estão sendo catalogados e os
alunos cadastrados no sistema, o que facilitará todo o processo de pesquisa e
empréstimo, assim como, o controle e cuidado dos mesmos.
5) Sugestões de encaminhamento
a) Tendo em vista que a Instituição é de caráter público gratuito, deve-se criar uma
forma de pagamento que incentive o aluno positivamente, caso o aluno extravie
algum livro, o bibliotecário, juntamente com a Direção do Estabelecimento deve
encontrar uma maneira para a reposição do mesmo, respeitando-se a situação
78
econômica do indivíduo, podendo como forma do “pagamento”, realizar um trabalho
orientado sob a Supervisão do Bibliotecário.
5.5 Plano de Ação Sala de Apoio
A Sala de Apoio à Aprendizagem é uma ação pedagógica para o enfrentamento
dos problemas relacionados ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática e às
dificuldades de aprendizagem percebidas nos alunos matriculados na 5ª série do
ensino fundamental, bem como possibilita considerar o tempo escolar dos alunos das
5ª séries com defasagens de aprendizagem na leitura, escrita e no cálculo.
O funcionamento da Sala de Apoio à Aprendizagem ocorre no horário contrário
ao qual o aluno está matriculado, ou seja, as 5ª séries são ofertadas no turno da tarde
e o apoio à aprendizagem se dá no turno da manhã.
Até o ano letivo de 2008 o Colégio possuía uma turma de apoio à aprendizagem,
em 2009 ampliou-se a demanda ofertando atendimento a duas turmas para a disciplina
de Língua Portuguesa e duas turmas para a disciplina de Matemática, cada turma
atende 15 (quinze) alunos. Já em 2010, estamos com uma turma de português e uma
turma de matemática.
A) Princípios orientadores
- garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos,
considerando o processo de democratização e universalização do ensino;
- considerar o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
- Avaliar de forma diagnóstica, contínua e cumulativa, visto que é necessário
observar os avanços e as necessidades diferenciadas de aprendizagem dos alunos.
Objetivos:
Os objetivos e princípios encontram-se fundamentados na LDB 9394/96 e na
Resolução nº 208/04 – SEED.
79
Implementar uma ação pedagógica, em conjunto com a SEED, que visa o
enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino de Língua Portuguesa e
Matemática e às dificuldades de aprendizagem identificadas nestas disciplinas.
Estender o tempo escolar dos alunos de 5ª série com defasagem de aprendizagem
na leitura, na escrita e no cálculo.
B) Ação
a) atendimento aos alunos de 5ª série com dificuldades de aprendizagem em Língua
Portuguesa e Matemática. Este atendimento ocorre em contra turno;
b) desenvolvimento de trabalho diferenciado e metodologias adequadas às
necessidades individuais dos alunos, pelo professor;
c) Planejamento adequado da sala de apoio à aprendizagem, orientado pela equipe
pedagógica;
d) Organização de reuniões sistemáticas com os professores regentes e de sala de
apoio à aprendizagem;
e) Definição de cronograma de atendimento aos alunos, por disciplina;
f) Avaliação conjunta, para emitir parecer sobre o desempenho escolar dos alunos.
C) Detalhamento:
a sala de apoio à aprendizagem funciona em contra turno;
não deve exceder a 15 (quinze) alunos;
são contempladas as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática;
- a carga horária das disciplinas é de 4 horas/aula semanais, conforme a instrução nº.
022/2008- SUED/SEED que define critérios para a abertura da demanda de horas-aula.
o desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem, ocorre ao final
de cada semestre por meio de relatório.
A inserção e saída dos alunos, dá-se, mediante Termo de Compromisso, com o
conhecimento dos pais.
O aluno pode ser desligado sempre que se perceber que suas dificuldades foram
sanadas.
O desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem ocorre ao final
de cada semestre por meio de relatório.
80
D) Condições:
equipe de professores com formação adequada ao atendimento dos alunos em sala
de apoio à aprendizagem;
espaço físico adequado e específico à sala de apoio à aprendizagem;
E) Recursos materiais:
- quadro, giz, apagador, prateleira...
- materiais pedagógicos: textos, revistas, livros, jogos e outros.
Responsáveis: Equipe Pedagógica
Docentes da Sala de Apoio à aprendizagem.
5.6 Plano de Ação Sala de Recursos
Compreende-se que a inclusão social somente se efetivará se a pessoa tiver a
garantia de acesso ao espaço comum e ao convívio em sociedade, e a mesma for
orientada a aceitar as diversidades presentes na sociedade. Neste contexto, se inclui o
respeito às especificidades inatas a cada um, garantir oportunidades de
desenvolvimento com qualidade, Amparados pelas Diretrizes Nacionais para a
Educação especial na educação Básica – Política Educacional/2001.
Isto posto, a escola deve preparar-se e se adequar às mudanças de
paradigmas da sociedade, reestruturando os ambientes e resgatando valores, e ainda
devem repensar as práticas educativas e avaliativas.
Estas medidas se fazem necessário para atender as necessidades dos
alunos, proporcionando harmonia no convívio de todos.
Dentre os encaminhamentos voltados a atender necessidades especiais do
alunado pode-se destacar a implantação das salas de recursos nos
estabelecimentos de ensino, seguindo critérios estabelecidos pelo pelos
gestores do sistema educacional que também é responsável por disponibilizar e
81
alocar profissionais graduados e com especialização para o atendimento
complementar ao trabalho pedagógico do ensino regular.
É um direito de todos os alunos que necessitam de uma
complementação e precisa ser aceito por seus pais ou
responsáveis e ou pelo próprio aluno. O atendimento educacional
especializado deve ser oferecido em horários distintos das aulas
da escola comum, com outros objetivos, metas e procedimentos
educacionais. As ações do atendimento educacional são definidas
conforme o tipo da deficiência (MEC/SEESP, 2005, p. 9).
O atendimento de sala de recursos tem como amparo a constituição Federal/88
na LDEBEN 9.394/96; na lei 10,172/01 que aprova o PNE; na lei 7.853/89, regulamenta
pelo decreto 3,298/99 que as pessoas com deficiência na tem o direito a inserção
social.
Diante destas Resoluções faz necessária a abertura, da sala de recursos no
período da manhã e tarde, para atendimento do aluno no contra turno. Para o
adequado funcionamento o espaço físico deve ser objeto de preocupação já que este
deve ser e é destinado para o atendimento, com espaço físico destinado a estes alunos
e atendimento individual ou em pequenos grupos.
Deve ainda ser objetivo de preocupação o desenvolvimento de um trabalho
integrado em que ocorra a interação do professor do ensino regular e família.
O trabalho desenvolvido pelo professor de sala de recursos deve favorecer
novas metodologias, direcionadas a aprendizagem de habilidades, valores,
planejamentos capazes de proporcionar o desenvolvimento pessoal-escolar.
Promovendo um trabalho direcionado a construção e reconstrução do conhecimento,
objetivando a aprendizagem do aluno respeitando suas necessidades individuais.
5.7 Laboratório de Informática
A informática entrou na educação com a necessidade de transpor as fronteiras
do educador convencional, oportunizando uma renovação na forma de trabalhar os
conteúdos programáticos, convertendo a aula num espaço real de interação, de troca
de resultado, adaptando os dados à realidade dos alunos.
82
Antes de mais nada, devemos compreender que existe uma sociedade da
informação mais homogênea, globalizada. As ideologias bem como aspectos da
política poderão dar lugar à ciência e à tecnologia, não representando uma ruptura com
o passado, mas a sua continuação sob uma forma nova: a tecnologia.
Mais do que nunca, caberá ao Governo – para eficácia e sucesso de todo o
esforço – a manutenção da informação de toda esta tecnologia, uma ligação com a
linguagem.
O Laboratório atual da PR Digital, possui 20 computadores, onde somente 16
estão funcionando. Mesmo contando com apoio dos acessores técnico e pedagógico
da PR Digital, que dão todo o suporte para o bom funcionamento do laboratório, ainda
enfrentamos dificuldades quanto a aquisição de peças para a manutenção, pois os
equipamentos já estão fora de linha.
Estamos aguardando a instalação de 18 computadores da PROINFO, podendo
então, ampliar o atendimento aos professores e alunos. Todo professor deverá elaborar
um plano de aula, quando desejar utilizar o laboratório.
Faz-se necessário a aplicação da informática em todos os setores da vida
moderna. Porém, muitos de nossos alunos não têm ainda conhecimentos nesta área,
tornando ainda mais difícil, pois não contamos com um laboratorista permanente que
possa auxiliar o professor durante a aula.
Hoje a falta de impressoras para a finalização dos trabalhos dos alunos é algo
latente, pois as existentes, já são utilizadas nos diversos ambientes do colégio.
Com o Laboratório de Informática funcionando, será possível trazer para a sala
de aula experiências de vida de todo o mundo.
Com a Internet, alunos podem experimentar juntamente com seus professores
notícias em tempo real, pesquisar assuntos polêmicos, e os próprios professores
poderão contar com um número cada vez maior de ferramentas que despertem nos
alunos o prazer de aprender.
A Informática atua no sentido de deixar o aluno mais preparado para o mercado
de trabalho, haja vista a necessidade cada vez maior do conhecimento dessa
tecnologia.
A Informática poderá auxiliar o profissional a:
A) Motivar o trabalho de pesquisas;
B) Buscar na internet ajuda para que possa desenvolver novos conhecimentos;
C) Possibilitar resoluções de problemas;
83
D) Desenvolver a criatividade dos alunos;
E) Viabilizar a criação de projetos interdisciplinares.
5.8 Formação Continuada
A formação continuada é uma das políticas públicas que viabilizam a qualidade
da aprendizagem de todos os alunos.
A formação continuada abrange os seguintes seguimentos da escola:
professores, pedagogos, diretores, funcionários, conselheiros, alunos representantes
de turma.
É efetivada através de capacitações, onde são feitas leituras, discussões,
palestras e seminários; reuniões pedagógicas, conselhos de classe, realizados no
espaço escolar. São ofertados diversos cursos, simpósios, palestras, seminários,
capacitações etc., fora da escola, o qual todos tem participado, conforme sua
necessidade e disponibilidade.
No início do ano letivo, a escola estabelece o cronograma das atividades de
formação continuada, definidas por ela.
PROFUNCIONARIO
O colégio conta com 05 funcionários já concluintes do Profuncionário.
O Profuncionário integra o Programa Nacional de Valorização dos Profissionais
da Educação. Este curso objetiva desenvolver ações capazes de criar estruturas
promotoras da valorização dos profissionais da educação, com foco nos funcionários
das escolas públicas, com vistas a reverter à dívida histórica do Estado brasileiro com
este segmento.
Direcionado aos funcionários com o ensino médio concluído ou em fase de
conclusão, utiliza instrumentos da educação à distância e também de encontros
presenciais. O objetivo geral é promover a habilitação profissional técnica em nível
médio nas áreas de Secretariado Escolar, Multimeios Didáticos, Alimentação Escolar e
Meio Ambiente e Manutenção da Infra-estrutura Escolar.
A proposta pedagógica do Profuncionário visa contribuir para a formação técnica
e pedagógica dos funcionários lotados nas escolas, colaborando para a construção da
84
identidade profissional desse segmento, para a elevação do padrão de qualidade dos
serviços prestados pela escola e para a democratização da escola como espaço
público. As competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores
da sociedade democrática.
O curso possui uma carga horária de 1260 horas e é composto por três blocos.
O primeiro constitui-se da formação pedagógica, com 360 horas; o segundo da prática
supervisionada, com 300 horas; e o terceiro da formação técnica, com 600 horas. O
curso é oferecido nas modalidades: A distância (80%) e presencial (20%).
Com relação aos funcionários do Colégio Estadual João Bettega, 75% dos
funcionários QFEB já concluíram ou estão fazendo o curso relativo a área 21.
Relativas à Área 21 na Educação Profissional
Parecer CNE/CEB nº 16, aprovado em 3 de agosto de 2005: Proposta de
Diretrizes Curriculares Nacionais para a área profissional de Serviços de Apoio Escolar;
Resolução CNE/CEB Nº5, de 22 de novembro de 2005: Inclui, nos quadros
anexos à Resolução CNE/CEB nº 4/99, de 22/12/1999, como 21ª Área Profissional, a
área de Serviços de Apoio Escolar.
6 PROPOSTA PEDAGÓGICA
6.1 DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE
OBJETIVOS GERAIS
O ensina da arte vem viabilizar ao educando um conhecimento amplo e
interativo nas diferentes linguagens artísticas e culturais de nossa sociedade e por isso
faz-se necessário criar condições de aprendizagem para que o educando através de
materiais, instrumentos e contextualização na área de arte, possa adquirir o
85
conhecimento estético do objeto artístico, no desenvolvimento da criação. Propiciar ao
educando o conhecimento histórico e as produções artísticas no mundo, no Brasil e
seu dia a dia, apropriando-se do conhecimento para o fazer e o criar nas diversas
áreas das artes visuais, dança, música e teatro e assim aplicá-las a seu favor.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Diante das diretrizes curriculares apresentadas pelo governo do Estado do
Paraná, o encaminhamento metodológico no estudo de arte busca uma teorização do
estudo nas diferentes áreas da arte no conhecimento da História da Arte nos diversos
períodos dos fatos e conhecimentos levando o educando a sentir e perceber, tendo
acesso à leitura de obras de arte e seus criadores, contemplando também as áreas de
música, teatro, dança e artes visuais, nas séries do ensino fundamental e médio,
propiciando a apropriação do educando no fazer artístico, práticas de produção.
Nas artes visuais a produção artística dos grandes mestres, pintores, escultores,
arquitetos, na História da Arte do mundo, das Américas, no Brasil e no Paraná.
Na área de dança promover o conhecimento da dança clássica, seus elementos
as mudanças de ritmos ocorridos através dos tempos, no cinema, no teatro e na dança
moderna, na dança folclórica no Brasil e no Paraná.
Na área de música, a composição da musical, os grandes compositores que
fizeram parte da história musical, os elementos que compõem a musicalização, levar o
educando e ensinamento dos diferentes ritmos, as grandes mudanças no mundo,
instrumentos musicais e a improvisação e a música popular brasileira.
Na área do teatro possibilitar ao educando experiências novas de aprender
através de suas expressões corporais, aguçando a memorização, a criatividade, a
socialização bem como o conhecimento da história do teatro, seus diversos elementos
e técnicas, o teatro no mundo e no Brasil.
AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de arte será processual e contínua na aprendizagem
do educando, na apropriação do aluno dos conteúdos apresentados e estudados em
sala de aula com os critérios de avaliação: participação do aluno; apresentação de
trabalhos; trabalhos em grupo e individual; utilização de materiais adequados.
86
A recuperação de estudos será através da apresentação de trabalhos práticos e
em sala de aula.
Conteúdos por Séries
5ª Série / 6º Ano
- Elementos de linguagem visual: ponto, linhas, texturas, simetria, volume, composição;
- Cores primárias, secundárias e terciárias;
- Cores neutras, quentes e frias;
- Círculo cromático e decomposição da luz branca;
- Introdução a arte figurativa e abstrata;
- Arte na Pré-história;
- Arte Egípcia;
- Arte Greco-Romana;
- Introdução à História do Teatro;
- Os elementos de linguagem teatral: ator, espaço cenográfico, sonoplastia, figurino;
- Introdução a Dança: a música Folclórica, de Salão;
- Elementos do Movimento Corporal: aceleração, rotação, formação, coreografia;
- Introdução a Música: elementos formais, timbre, ritmo, altura, intensidade;
- Construção de instrumentos musicais com sucata: improvisação musical;
Conteúdos por Séries
6ª Série / 7º Ano
- Fundamentos da linguagem visual: claro-escuro, monocromia e policromia, texturas,
contrastes, movimento, peso e equilíbrio;
- Arte figurativa e abstrata em variados momentos da História da Arte;
- Concretismo;
- Introdução ao bidimensional e tridimensional;
- Escultura e objeto de arte;
- Moda e sociedade;
- Letras e números;
- História em Quadrinhos;
87
- Expressionismo;
- Surrealismo;
- Arte moderna no mundo e no Brasil;
- Introdução ao Teatro: espaço cenográfico, expressões corporais, expressões vocais,
gestuais e faciais;
- Técnicas teatrais: jogos, improvisação e mímica;
- A Música na história da humanidade: gêneros folclóricos, indígena, popular e étnico;
- Construção de instrumentos de corda: monocórdio;
- A Dança: movimento corporal, espaço;
- Dança e gêneros: folclórica, popular e étnica; Paranaense, Africana, Indígena;
Conteúdos por Séries
7ª Série / 8º Ano
- Elementos formais: linhas, formas, texturas;
- História da Arte: o abstrato e o figurativo;
- Impressionismo e Renascimento: a figura humana, gêneros da pintura, retrato e auto-
retrato,
- Perspectiva;
- Publicidade e comunicação visual no dia a dia: designers, cartazes, letras e números;
- Escultura e objeto de arte;
- A pintura no século XX;
- Gravura: gravuristas e trabalhos;
- Elementos teatrais: personagens, maquiagem, sonoplastia, roteiro;
- Jogos Teatrais: expressões corporais;
- Dança: moderna, expressões corporais, a dança africana;
- As composições: coreografias, sonoplastias, improvisação;
- A Música: melodia, harmonia, ritmo;
- A música na história do Paraná: artistas paranaenses
Conteúdos por Séries
8ª Série / 9º Ano
88
- Elementos formais: linha, forma, textura, volume, cor e luz;
- A arte nos países latinos: bidimensional, tridimensional, técnicas de pintura e
esculturas;
- Construções geométricas: ângulo, bissetriz, concordâncias reta-arco, arco-arco;
- Construção de arcos: orientais e ocidentais;
- Construção de ovais: regulares e irregulares;
- Construção de espirais: 2, 3, 4, 5 centros, giro direita e esquerda;
- Construção de polígonos e equivalência de área;
- Colagens;
- As cores;
- Esculturas;
- Pinturas;
- Elementos formais da Música: altura, duração, timbre, ritmo;
- Música Popular Brasileira, música Contemporânea;
- Elementos de composição: dramaturgia, sonoplastia, iluminação, figurino;
- Jogos teatrais: Diversidade sexual (preconceito), Teatro do Oprimido; Teatro do
Absurdo;
- Elementos formais: movimento corporal;
- Dança moderna, Dança Contemporânea; Performance;
Conteúdos por Séries
1ª Série – Ensino Médio
- Área Música: Contextualização;
- Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade;
- Elementos de composição: ritmo, melodia, harmonia, técnicas vocais, instrumental,
improvisação e gênero clássico, popular, folclórico;
- Movimentos: música Popular Brasileira, música Paranaense, música Popular;
- Área Artes Visuais: Contextualização;
- Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz e sombra;
- Elementos de composição: bidimensional, tridimensional, figura e fundo, abstrato e
concreto, contrastes, perspectiva, simetria, estilização;
- Técnicas de pintura, desenho, modelagem, colagem, escultura, história em
quadrinhos, gêneros de paisagens, natureza morta, o cotidiano, histórica;
89
- Movimentos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira;
- Área Teatro: Contextualização;
- Elementos formais: Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais,
ações;
- Elementos de composição: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímicas, ensaio,
roteiros, encenações e leitura dramática.
- Gêneros: Tragédia, comédia, drama, mídias, diversidade sexual ( preconceito),
cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção e produção;
- Temas teatrais: prevenção no uso indevido de drogas, educação ambiental, a
preservação de rios e mares, fauna e flora, educação fiscal no modelo de compra e
vendas, o uso e aplicação de impostos;
- Área Dança: Contextualização;
- Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço;
- Elementos de composição: kinesfera, fluxo, peso, salto e queda, giros, rolamento,
movimentos articulares, lento, rápido, moderado, aceleração e desaceleração,
deslocamento e direção, planos, improvisação, coreografias;
- Gêneros: espetáculos, indústria cultural, moderna, étnica, folclórica, populares e
salão;
- Movimentos: Pré-História; Greco-Romana; Medieval; Renascimento e Dança
Clássica;
Conteúdos por Séries
2ª Série – Ensino Médio
- Área Música: Contextualização
- Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade;
- Elementos de composição: ritmo, melodia, harmonia, técnicas vocais, instrumental,
improvisação e gênero clássico, popular, folclórico;
- Movimentos: a Indústria Cultural, música Engajada, música de Vanguarda;
- Área Artes Visuais: Contextualização;
- Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz e sombra;
- Elementos de composição: bidimensional, tridimensional, figura e fundo, abstrato e
concreto, contrastes, perspectiva, simetria, estilização;
90
- Técnicas de pintura, desenho, modelagem, colagem, escultura, história em
quadrinhos, gêneros de paisagens, natureza morta, o cotidiano, histórica;
- Movimentos: Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda;
- Área Teatro: Contextualização;
- Elementos formais: Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais,
ações;
- Elementos de composição: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímicas, ensaio,
roteiros, encenações e leitura dramática.
- Gêneros: Tragédia, comédia, drama, mídias, diversidade sexual (preconceito),
cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção e produção;
- Temas teatrais: prevenção no uso indevido de drogas, educação ambiental, a
preservação de rios e mares, fauna e flora, educação fiscal no modelo de compra e
vendas, o uso e aplicação de impostos;
Área Dança: Contextualização;
- Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço;
- Elementos de composição: kinesfera, fluxo, peso, salto e queda, giros, rolamento,
movimentos articulares, lento, rápido, moderado, aceleração e desaceleração,
deslocamento e direção, planos, improvisação, coreografias;
- Gêneros: espetáculos, indústria cultural, moderna, étnica, folclórica, populares e
salão;
- Movimentos: Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena;
Conteúdos por Séries
3ª Série – Ensino Médio
- Área Música: Contextualização
- Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade;
- Elementos de composição: ritmo, melodia, harmonia, técnicas vocais, instrumental,
improvisação e gênero clássico, popular, folclórico;
- Movimentos: música Ocidental, música Oriental, música Africana, música Latino-
Americana;
- Área Artes Visuais: Contextualização;
- Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz e sombra;
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- Elementos de composição: bidimensional, tridimensional, figura e fundo, abstrato e
concreto, contrastes, perspectiva, simetria, estilização;
- Técnicas de pintura, desenho, modelagem, colagem, escultura, história em
quadrinhos, gêneros de paisagens, natureza morta, o cotidiano, histórica;
Movimentos: a Indústria Cultural, Arte Contemporânea, Arte Latino-Americana;
- Área Teatro: Contextualização;
- Elementos formais: Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais,
ações;
- Elementos de composição: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímicas, ensaio,
roteiros, encenações e leitura dramática.
- Gêneros: Tragédia, comédia, drama, mídias, diversidade sexual (preconceito),
cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção e produção;
- Temas teatrais: prevenção no uso indevido de drogas, educação ambiental, a
preservação de rios e mares, fauna e flora, educação fiscal no modelo de compra e
vendas, o uso e aplicação de impostos;
- Área Dança: Contextualização;
- Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço;
- Elementos de composição: kinesfera, fluxo, peso, salto e queda, giro, rolamento,
movimentos articulares, lento, rápido, moderado, aceleração e desaceleração,
deslocamento e direção, planos, improvisação, coreografias;
- Gêneros: espetáculos, indústria cultural, moderna, étnica, folclórica, populares e
salão;
- Movimentos: Indústria Cultural, Hip Hop, Dança Moderna, Vanguarda, Dança
Contemporânea.
6.2 DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Biologia é uma ciência, que tem como objetivo estudar e compreender os mais
diversos tipos de manifestações denominada “vida”, sabendo diferenciar algo que não
92
se manifesta, ou seja, é inanimável e sua importância nos outros que se manifestam
como um todo.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Levar o aluno a compreender que todos fazemos parte do meio, não somos o
centro, mas um conjunto.
Fazer como que compreenda tudo o que nos envolve e saber do conhecimento
para vivência todas as situações diárias e aproveitá-las.
Fazer com quem o aluno se interesse pela biologia, vendo nela algo, da qual ele
faz parte e tem necessidade de saber.
CONTEÚDOS
1ª ano
Estudo da Vida
* Diversidade biológica – a) abiótico – biótico.
Citologia
* Partes específicas da célula;
* Membrana (aspectos morfo-fisiológicos);
* Citoplasma (aspectos morfo-fisiológicos);
* Núcleo (aspectos morfo-fisiológicos).
Células procarióticas e eucarióticas
Células haplóides e diplóides
Divisão celular
* Mitose e Meiose.
Processos da fogacitase, pinocitase e exocitase.
93
Histologia
* Tecido Epitelial (características e funções);
* Tecido Conjuntivo (características e funções)
(conjunto cartilaginoso, ósseo, adiposo e sanguíneo);
* Tecido Muscular (características e funções);
* Tecido Nervoso (características e funções);
* Tecidos Vegetais;
* Tecidos de proteção (características e funções);
* Tecidos de revestimento (características e funções);
* Tecidos de assimilação (características e funções);
* Tecidos de condução (características e funções).
Gametogênese
* Morfo-fisiologia dos gametas e gônadas;
* Os vários tipos de óvulos (alécitos, heterolécito, alolécito);
* A formação do zigoto.
Ciclo Biogeoquímico
* Ciclo da água;
* Ciclo do carbono;
* Ciclo do Nitrogênio;
* Ciclo do Cálcio;
* Ciclo do fósforo.
Teoria da Evolução
* Teoria de Darwin;
* Teoria de Lamarck;
* Seleção Natural;
* Homologia, Analogia.
2ª Ano
Classificação dos Seres Vivos
* Características dos seres vivos conforme a presença ou ausência da célula;
94
* Vírus: seres à parte (aspectos gerais);
Os Reinos e suas características
* Reino Monera;
* Morfologia, fisiologia;
* Níveis de organização celular, hábitat, reprodução, digestão, excreção,
respiração:
* Bactérias saprofitas e patogênicas;
* Bactérias na indústria e no ecossistema;
Reino Protista
* Morfologia / fisiologia;
* Níveis de organização celular, habitat, reprodução, digestão, excreção,
respiração.
* Patologias relacionadas aos protozoários.
Reino Fungi
* Morfologia / fisiologia
* Níveis de organização celular, hábitat, reprodução, digestão, excreção,
respiração;
* Os fungos no ecossistema.
Reino Vegetal
* Morfologia / fisiologia
* Briófitas (características gerais)
* Pteridófitas (características gerais)
* Angiospermas (características gerais)
* Gimnospermas (características gerais)
* A raíz e o caule (características e funções)
* A folha e a flor (características e funções)
Reino Animal
* Morfologia / fisiologia
* Níveis de organização e complexidade
95
Os invertebrados
* Características gerais;
* Anelídeos, moluscos, artrópodes, etc.
Os vertebrados
* Características gerais;
* Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Poluição Ambiental
* Efeito estufa, camada de ozônio, eutrofização, radiação, chuva ácida.
Cadeia e Teia Alimentar
* Relações ecológicas;
* Produtores, consumidores e decompositores.
3ª Ano
Genética
* Gens e hereditariedade;
* 1ª e 2ª Lei de Mendel;
* Síndromes na Genética;
* Engenheria genética.
Morfologia e fisiologia humana
* Nutrição (classificação alimentar, tabela nutricional e calórica).
Digestão
* Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características);
* patologia.
Respiração
* Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características);
* patologia.
Circulação
96
* Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características);
* patologia.
Ósseo
* Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características);
* patologia.
Endócrino
* Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características);
* patologia.
Linfático
* Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características);
* patologia.
Nervoso
* Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características);
* patologia.
D.S.T.
* Prevenção;
* Formas de contágio.
Drogadição
* Classificação das substâncias;
* Efeitos no organismo e consequências bio-psico-sociais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Discussão em grupo;
Relatórios quanto ao conteúdo trabalhado;
Seminários com participação coletiva;
Análises criticas concretas e não concretas dos temas abordados.
97
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Fazer com que o educando compreenda teoricamente o conteúdo para utilizá-lo na
pratica;
Relatórios em equipes ou individuais;
Avaliação escrita e/ou de apresentação;
Feira de Ciências;
Trabalhos científicos individuais.
6.3 DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Ciência está presente no homem e à sua volta o tempo todo, mesmo antes da
descoberta do fogo, o homem usava técnicas para caçar com instrumentos criados por
ele mesmo, com materiais disponíveis na natureza, satisfazendo suas necessidades
diárias. Com a descoberta do fogo, o homem aprendeu a conservar seus alimentos por
um espaço de tempo maior, descobriu-se também uma maneira de fermentar os
alimentos...
As descobertas e os progressos continuaram e continuam em todos os campos
da atividade humana: como na medicina, na informática, no campo da astronomia e
tantos outros.
Mas por que será que o ensino de Ciências está associado à necessidade de
memorização de tantas nomenclaturas? Existe uma razão histórica, ligada ao ensino
do século XIX, quando o professor detinha o conhecimento de verdades absolutas e as
repassava aos alunos impassíveis e inativos, os quais, por sua vez, deveriam registrar
e decorar as informações, sem ter consciência clara do processo histórico da
construção do conhecimento como um saber coletivo da humanidade, ou da relação
desse conhecimento com suas vidas.
As Ciências Naturais, talvez sejam uma das áreas do conhecimento que tenham
sofrido mais mudanças, e isso reflete no ensino. Na área de Ciências Biológicas, por
exemplo, temos a prática descritiva e organizadora da zoologia e da botânica,
98
passando pela ação polêmica biologia molecular, e da clonagem, da ecologia e da
preservação do ambiente.
O ensino atual de Ciências Naturais tem como ponto fundamental os conteúdos
estruturantes (astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade) que
promovem a capacidade do estudante construir seu próprio conhecimento,
identificando problemas, elaborando hipóteses para explicá-los, planejando e
executando ações para investigar, analisar e interpretar os dados e propor soluções.
O ensino de Ciências tornou-se potencialmente mais eficaz para a
aprendizagem do aluno, pois tem como base o pluralismo metodológico, ou seja,
apresenta diversos métodos de ensino, como: contextualização, problematização,
pesquisa, atividade experimental, lúdico entre outros.
Segundo as DCE's de 2008, essas novas reflexões têm como partida o fato de
ciência não utilizar um único método para todas as suas especialidades, o que gera,
para o ensino de Ciências, a necessidade de um pluralismo metodológico que
considere a diversidade dos recursos pedagógicos/tecnológicos disponíveis e a
amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na escola.
OBJETO DE ESTUDO
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Entende-se por Natureza o conjunto de
elementos integradores que constitui o Universo, em toda sua complexidade. Ao
Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,
resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,
movimento, força, campo, energia e vida.
OBJETIVOS GERAIS
1 - O papel da educação em ciências no ensino fundamental é o de promover
reflexões sobre a natureza e suas relações com a tecnologia e a sociedade
contemporânea, promovendo aos estudantes oportunidades de compreensão e
apropriação desses recursos.
99
2 - O aprendizado é proposto de forma a propiciar aos alunos o desenvolvimento
de uma compreensão do mundo, que lhes dê condições de continuamente colher e
processar informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar
decisões, ter atuação positiva e crítica em seu meio social.
Para isso, o desenvolvimento de atitudes e valores, é tão essencial quanto o
aprendizado de conceitos e de procedimentos. Nesse sentido, é responsabilidade da
escola e do professor promover o questionamento, o debate, a investigação, visando o
entendimento da ciência como construção histórica e como saber prático, superando as
limitações do ensino passivo, fundado na memorização de definições e de
classificações sem qualquer sentido para o aluno.
CONTEÚDOS
5ª Série:
* Astronomia:
Conhecendo o Universo: sistema solar e Terra;
As ciências e os cientistas.
* Matéria:
Ar: componentes e propriedades do ar;
Atmosfera;
A água (constituição, ciclo, importância entre outros).
* Biodiversidade:
Os seres vivos: o que é a vida;
Organização dos seres vivos;
Distribuição de água no planeta Terra;
Biociclos;
Ecossistemas do biociclo terrestre;
Regiões dos oceanos e mares.
O ambiente dos seres vivos: ecossistema e biodiversidade.
* Sistemas biológicos:
100
A água e o ar na sobrevivência dos seres vivos;
Doenças causadas pelo ar e pela água.
* Energia:
A água como fonte de energia;
Fotossíntese.
6ª Série
* Astronomia:
2. Sistema solar (revisão).
3. Ciclos da água.
* Biodiversidade:
As plantas;
Os órgãos vegetativos das plantas (raiz, caule e folha);
Os órgãos reprodutores das angiospermas (flor e semente);
Os seres vivos: invertebrados inferiores e superiores;
Vírus;
Os seres vivos: vertebrados;
Animais vertebrados (peixes);
Animais vertebrados (anfíbios, répteis, aves e mamíferos);
* Energia:
1) Fotossíntese;
2) Sistemas biológicos: Respiração, circulação, excreção, temperatura,
alimentação, sentidos e sistema nervoso dos peixes.
3) Uso da água como fontes de energia.
4) Estudo da energia;
5) As formas, a conversão e a conservação de energia.
* Sistemas biológicos:
101
Respiração, circulação, excreção, temperatura, alimentação, sentidos e sistema
nervoso dos anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
A água nos organismos (importância e função).
Relações ecológicas;
Controle biológico.
* Matéria:
Composição química da água e suas propriedades;
Estudo da matéria e suas propriedades;
Origem e uso de alguns materiais.
Unidades de medidas (SI).
7ª Série
* Astronomia:
Origem e evolução do universo.
* Matéria:
Constituição da matéria.
* Sistemas biológicos:
A célula;
Os tecidos no corpo humano;
A morfologia e a fisiologia dos seres vivos.
Digestão e sistema digestório.
Respiração e sistema respiratório;
Circulação e sistema cardiovascular;
Elementos figurados do sangue;
- Sistema circulatório;
- Funções de relação (cinco sentidos);
- Funções de coordenação (cérebro, glândulas endócrinas);
- Funções de reprodução, desenvolvimento, hereditariedade, sexualidade,
gênero, diversidade sexual e terapia gênica;
102
Inteligência artificial
A saúde geral do ser humano.
* Biodiversidade:
Tecidos, órgãos e sistemas dos vertebrados;
Funções vitais.
Seres vivos: Excreção e sistema urinário e sistema locomotor;
Degradação do ambiente;
O ambiente urbano
Educação ambiental.
* Energia:
Alimento e nutrientes;
Oxigênio.
8ª Série
*Sistemas biológicos:
- A importância dos alimentos para uma boa saúde (revisão).
- Efeitos da radiatividade nos organismos;
- Efeitos das bombas atômicas nos organismos;
- Poluentes e tóxicos, com seus efeitos biológicos.
* Matéria:
Estrutura do átomo, elemento químico, átomo e íon;
Substâncias químicas e misturas;
Alotropia;
Separações dos componentes de misturas.
Ligações químicas;
Reações químicas;
Radiatividade;
A história do computador;
A linguagem binária.
103
* Energia:
Movimento, repouso e referencial;
Movimento Uniforme;
Movimento Uniforme Variado;
Forças ao nosso redor;
Forças combinadas;
Alavancas;
Roldanas;
Conceito de calor e temperatura;
Transferência de calor;
Ligações químicas (fabricação de armas nucleares).
Ondas, som e luz;
Eletrização, condutores e isolantes, correntes elétricas, resistores, consumo de
energia elétrica e seus geradores.
* Biodiversidade:
- Biotecnologia, transgênicos e projeto genoma.
- Evolução.
- O ambiente e a poluição.
* Astronomia:
7. Poluição na atmosfera e aquecimento global.
METODOLOGIA
Na disciplina de Ciências é fundamental a postura metodológica, no modo da
socialização do saber. Os conteúdos científicos não devem ser transmitidos como
verdade, dogmas ou atos de fé. É fundamental apresentar a história da ciência,
favorecendo reflexões e questionamentos das ideias subjacentes a ela.
A Ciência deve levar o jovem à compreensão do mundo que o cerca, abordando
não somente os fatos e princípios científicos, como oferecendo condições para que ele
possa tomar posição com relação a esses fatos, analisar as implicações sociais da
ciência e da tecnologia.
104
É fundamental que se incentive o aluno a realizar pesquisas contínuas no
sentido de se atualizar nos conhecimentos biológicos, acompanhando o progresso
dessa ciência e os avanços tecnológicos, que a cada dia oferecem novas alternativas
de solução para os problemas da humanidade. Discutindo e avaliando as atualidades
científicas, os jovens poderão exercitar o senso crítico, fazer uma análise criteriosa das
questões do seu cotidiano; e assim procurar exercer sua cidadania.
É necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em
sua complexidade de relações conceituais, não dissociadas em áreas de conhecimento
físico, químico e biológico. Estas devem ser exploradas com atividades experimentais,
estabelecer relações interdisciplinares sempre que possível e abordar contextos
tecnológicos, sociais, culturais, éticos e políticos.
É importante observar que os conteúdos trabalhados em cada série deverão ser
flexíveis, no sentido de proporcionar ao aluno uma maior adaptação à sua região. Mas,
sempre favorecendo a aquisição do conhecimento científico, onde o professor deve
estimular o aluno a fazer leituras e pesquisas em livros, artigos de divulgação científica,
jornais e revistas, bem como debates, atividades em grupo entre outros.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação não é mais considerada um momento final do processo de ensino.
Uma conotação mais abrangente tem sido concebida.
A avaliação deve fornecer informações sobre o que foi aprendido pelos alunos.
Ela possibilita verificar se os objetivos foram alcançados e informa seu desempenho,
avanço e dificuldades, essa avaliação deve ser contínua e cumulativa.
Cabe ao professor selecionar os conteúdos que serão avaliados, bem com a
utilização de diferentes recursos, como: avaliações escritas e/ou orais, elaboração de
relatórios e trabalhos, produção e interpretação de textos, entre outros, para que essa
ocorra sem prejuízo ao educando. Far-se-á a recuperação paralela das avaliações
realizadas em sala de aula.
LEGISLAÇÃO
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira
105
Afim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em meio
ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os direitos
enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a
identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus
povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas.
Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se
refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e
política, pertinentes à História do Brasil.
Dessa forma, o trabalho em Ciências com a história e cultura afro-brasileira se
torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de
forma interdisciplinar ou não.
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
“precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido
de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de
formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”.
(Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78).
Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Prevenção ao uso Indevido de
Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e
biológicos, sendo de forma interdisciplinar ou não.
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental
Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se
apresenta como uma matriz indispensável para:
a) definição de usos permitidos ou proibidos;
b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação
ambiental;
c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas;
d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e,
especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental;
106
e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente;
f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do
desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação
Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos
Temáticos da Diversidade, p. 72).
Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Ambiental se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e ambientais, sendo de
forma interdisciplinar ou não.
- Educação Fiscal
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da
Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função sócio econômica dos
tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública,
incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e
criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão”
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287).
Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Fiscal se torna pertinente
na medida em que se volta aos aspectos científicos e econômicos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
- Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de
Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
conhecimento toma o lugar da força”.
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90)
Dessa forma, o trabalho em Ciências com o enfrentamento a violência contra a
criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos
biológicos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não.
- Gênero e Diversidade Sexual
107
Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade
na educação básica deverão:
1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos
utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de
gênero e de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de
circulação.
2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade
e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e
homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço
pedagógico, livre e seguro para todos e todas.
3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os
sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de
gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar.
4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagógico
incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de
linguagem sexista, homofóbica e discriminatória.
5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas.
(http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=
390&Itemid=49)
Dessa forma, o trabalho em Ciências com Gênero e Diversidade se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos biológicos, sociais e políticos,
sendo de forma interdisciplinar ou não.
CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE/6ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
ASTRONOMIA
Universo
Sistema solar
Movimentos
Terrestres
Movimentos
celestes
Astros
Os conteúdos específicos da
disciplina de Ciências,
selecionados a partir de critérios
que levam em
consideração o desenvolvimento
cognitivo do estudante, o número
de aulas semanais, as
características
regionais, entre outros, devem ser
abordados considerando aspectos
essenciais no ensino de Ciências; a
história da ciência, a divulgação
O professor de Ciências precisa
estabelecer critérios e selecionar
instrumentos a fim de investigar a
aprendizagem significativa sobre:
•O entendimento das ocorrências
astronômicas como fenômenos da
natureza.
•O reconhecimento das características
básicas de diferenciação entre estrelas,
planetas, planetas anões, satélites
naturais, cometas, asteroides, meteoros
e meteoritos.
108
científica e as atividades
experimentais.
A abordagem desses conteúdos
específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos
escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de
Ciências e de seu objeto de estudo
(o conhecimento científico que
resulta da investigação da
Natureza), levando em
consideração que, para tal
formação conceitual, há
necessidade de se valorizar as
concepções alternativas dos
estudantes em sua zona cognitiva
real e as relações substantivas que
se pretende com a mediação
didática.
Para tanto, as relações entre
conceitos vinculados aos
conteúdos estruturantes (relações
conceituais), relações entre os
conceitos científicos e conceitos
pertencentes a outras disciplinas
(relações interdisciplinares), e
relações entre esses conceitos
científicos e as questões sociais,
tecnológicas, políticas, culturais e
éticas (relações de contexto) se
fundamentam e se constituem em
importantes abordagens que
direcionam o ensino de Ciências
para a integração dos diversos
contextos que permeiam os
conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem
auxiliar na prática pedagógica dos
professores
de Ciências, ao fazerem uso de
problematizações,
contextualizações,
interdisciplinaridade, pesquisas,
•O conhecimento da história da ciência,
a respeito das teorias geocêntricas e
heliocêntricas.
•A compreensão dos movimentos de
rotação e translação dos planetas
constituintes do sistema solar.
•O entendimento da constituição e
propriedades da matéria, suas
transformações, como fenômenos da
natureza.
•A compreensão da constituição do
planeta Terra, no que se refere à
atmosfera e crosta, solos, rochas,
minerais, manto e núcleo.
•O conhecimento dos fundamentos
teóricos da composição da água
presente no planeta Terra.
•O entendimento da constituição dos
sistemas orgânicos e fisiológicos como
um todo integrado.
•O reconhecimento das características
gerais dos seres vivos.
•A reflexão sobre a origem e a
discussão a respeito da teoria celular
como modelo explicativo da
constituição dos organismos.
•O conhecimento dos níveis de
organização celular.
•A interpretação do conceito de energia
por meio da análise das suas mais
diversas formas de manifestação.
•O conhecimento a respeito da
conversão de uma forma de energia em
outra.
•A interpretação do conceito de
transmissão de energia.
•O reconhecimento das particularidades
relativas à energia mecânica, térmica,
luminosa, nuclear, no que diz respeito a
possíveis fontes e processos de
irradiação, convecção e condução.
•O entendimento dessas formas de
energia relacionadas aos ciclos de
matéria na natureza.
109
leituras científicas, atividade em
grupo, observações, atividades
experimentais, recursos
instrucionais,
atividades lúdicas, entre outros.
•O reconhecimento da diversidade das
espécies e sua classificação.
•A distinção entre ecossistema,
comunidade e população.
•O conhecimento a respeito da extinção
de espécies.
•O entendimento a respeito da
formação dos fósseis e sua relação
com a produção contemporânea de
energia não renovável.
•A compreensão da ocorrência de
fenômenos meteorológicos e
catástrofes naturais e sua relação com
os seres vivos.
MATÉRIA Constituição da
matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de
organização
Celular
ENERGIA Formas de energia
Conversão de
energia
Transmissão de
energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos
Seres vivos
Ecossistema
Evolução dos
seres vivos
110
ASTRONO
-MIA
Universo
Sistema solar
Movimentos
Terrestres
Movimentos
celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição
da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGIC
OS
Níveis de
organização
Celular
ENERGIA Formas de
energia
Conversão de
energia
Transmis-são
de energia
BIODIVER
-SIDADE
Organiza-ção
dos Seres
vivos
Ecossiste-ma
Evolução dos
seres vivos
Os conteúdos específicos da
disciplina de Ciências, selecionados a
partir de critérios que levam em
consideração o desenvolvimento
cognitivo do estudante, o número de
aulas semanais, as características
regionais, entre outros, devem ser
abordados considerando aspectos
essenciais no ensino de Ciências; a
história da ciência, a divulgação científica
e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos
específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos
escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de Ciências e
de seu objeto de estudo (o conhecimento
científico que resulta da investigação da
Natureza), levando em consideração
que, para tal formação conceitual, há
necessidade de se valorizar as
concepções alternativas dos estudantes
em sua zona cognitiva real e as relações
substantivas que se pretende com a
mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos
vinculados aos conteúdos estruturantes
(relações conceituais), relações entre os
conceitos científicos e conceitos
pertencentes a outras disciplinas
(relações interdisciplinares), e relações
entre esses conceitos científicos e as
questões sociais, tecnológicas, políticas,
culturais e éticas (relações de contexto)
se fundamentam e se constituem em
importantes abordagens que direcionam
o ensino de Ciências para a integração
dos diversos contextos que permeiam os
conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar
na prática pedagógica dos professores
de Ciências, ao fazerem uso de
problematizações, contextualizações,
interdisciplinaridade, pesquisas, leituras
científicas, atividade em grupo,
observações, atividades experimentais,
recursos instrucionais, atividades lúdicas,
entre outros.
* O professor de Ciências precisa estabelecer critérios
e selecionar instrumentos a fim de investigar a
aprendizagem significativa sobre:
•O entendimento das ocorrências astronômicas como
fenômenos da natureza.
•O reconhecimento das características básicas de
diferenciação entre estrelas, planetas, planetas anões,
satélites naturais, cometas, asteroides, meteoros e
meteoritos.
•O conhecimento da história da ciência, a respeito das
teorias geocêntricas e heliocêntricas.
•A compreensão dos movimentos de rotação e translação
dos planetas constituintes do sistema solar.
•O entendimento da constituição e propriedades da
matéria, suas transformações, como fenômenos da
natureza.
•A compreensão da constituição do planeta Terra, no que
se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais,
manto e núcleo.
•O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição
da água presente no planeta Terra.
•O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e
fisiológicos como um todo integrado.
•O reconhecimento das características gerais dos seres
vivos.
•A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da
teoria celular como modelo explicativo da constituição dos
organismos.
•O conhecimento dos níveis de organização celular.
•A interpretação do conceito de energia por meio da
análise das suas mais diversas formas de manifestação.
•O conhecimento a respeito da conversão de uma forma
de energia em outra.
•A interpretação do conceito de transmissão de energia.
•O reconhecimento das particularidades relativas à energia
mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a
possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e
condução.
•O entendimento dessas formas de energia relacionadas
aos ciclos de matéria na natureza.
•O reconhecimento da diversidade das espécies e sua
classificação.
•A distinção entre ecossistema, comunidade e população.
•O conhecimento a respeito da extinção de espécies.
•O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua
relação com a produção contemporânea de energia não
renovável.
•A compreensão da ocorrência de fenômenos meteoroló-
gicos e catástrofes naturais e sua relação com os seres
vivos.
CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE/7ºANO
111
CONTEÚ-
DOS
ESTRUTURA
NTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
ASTRO-
NOMIA
Astros
Movimentos
Terrestres
Movimentos
celestes
MATÉRIA
Constituição da
matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia
e fisiologia
dos seres vivos
ENERGIA Formas de
energia
Transmissão
de energia
BIODIVER-
SIDADE
Origem da
vida
Organização
dos Seres vivos
Sistemática
Os conteúdos específicos da disciplina de
Ciências, selecionados a partir de critérios
que levam em consideração o
desenvolvimento cognitivo do estudante, o
número de aulas semanais, as
características regionais, entre outros,
devem ser abordados considerando
aspectos essenciais no ensino de
Ciências; a história da ciência, a
divulgação científica e as atividades
experimentais.
A abordagem desses conteúdos
específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos
escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de Ciências e
de seu objeto de estudo (o conhecimento
científico que resulta da investigação da
Natureza), levando em consideração que,
para tal formação conceitual, há
necessidade de se valorizar as
concepções alternativas dos estudantes
em sua zona cognitiva real e as relações
substantivas que se pretende com a
mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos
vinculados aos conteúdos estruturantes
(relações conceituais), relações entre os
conceitos científicos e conceitos
pertencentes a outras disciplinas (relações
interdisciplinares), e relações entre esses
conceitos científicos e as questões sociais,
tecnológicas, políticas, culturais e éticas
(relações de contexto) se fundamentam e
se constituem em importantes abordagens
que direcionam o ensino de Ciências para
a integração dos diversos contextos que
permeiam os conceitos científicos
escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na
prática pedagógica dos professores de
Ciências, ao fazerem uso de
problematizações, contextualizações,
interdisciplinaridade, pesquisas, leituras
científicas, atividade em grupo,
observações, atividades experimentais,
recursos instrucionais, atividades lúdicas,
entre outros.
• O professor de Ciências precisa estabelecer critérios
e selecionar instrumentos a fim de investigar a
aprendizagem significativa sobre:
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e
seleciona instrumentos a fim de investigar
aprendizagem significativa sobre:
•A compreensão dos movimentos celestes a partir do
referencial do planeta Terra.
•A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites
e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial
Terra
•O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre,
as estações do ano e os movimentos celestes no tocante
à observação de regiões do céu e constelações.
•O entendimento da composição físico-química do Sol e a
respeito da produção de energia solar.
•O entendimento da constituição do planeta Terra
primitivo, antes do surgimento da vida.
•A compreensão da constituição da atmosfera terrestre
primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da
vida.
•O conhecimento dos fundamentos da estrutura química
da célula.
•O conhecimento dos mecanismos de constituição da
célula e as diferenças entre os tipos celulares.
•A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos
processos de conversão de energia na célula.
•As relações entre os órgãos e sistemas animais e
vegetais a partir do entendimento dos mecanismos
celulares.
•O entendimento do conceito de energia luminosa.
•O entendimento da relação entre a energia luminosa
solar e sua importância para com os seres vivos.
•A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a
radiação ultravioleta e infravermelha.
•O entendimento do conceito de calor com energia térmica
e suas relações com sistemas endotérmicos e
ectotérmicos.
•O entendimento do conceito de biodiversidade e sua
amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema
e os processos evolutivos.
•O conhecimento a respeito da classificação dos seres
vivos, de categorias taxonômicas, filogenia.
•O entendimento das interações e sucessões ecológicas,
cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos.
•O conhecimento a respeito das eras geológicas e das
teorias sobre a origem da vida, geração espontânea e
biogênese.
112
CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE/8ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
ASTRONO-MIA
MATÉRIA
SISTEMAS
BIOLÓ-
GICOS
ENERGIA
Origem e evolução
do Universo
Constituição da
matéria
Célula
Morfologia e
fisiologia e
fisiologia dos
seres vivos
Os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências,
selecionados a partir de
critérios que levam em
consideração o
desenvolvimento cognitivo
do estudante, o número de
aulas semanais, as
características regionais,
entre outros, devem ser
abordados considerando
aspectos essenciais no
ensino de Ciências; a
história da ciência, a
divulgação científica e as
atividades experimentais.
A abordagem desses
conteúdos específicos deve
contribuir para a formação
de conceitos científicos
escolares no processo
ensino-aprendizagem da
disciplina de Ciências e de
seu objeto de estudo
(o conhecimento científico
que resulta da investigação
da Natureza), levando em
consideração que, para tal
formação conceitual, há
necessidade de se valorizar
as concepções alternativas
dos estudantes em sua
O professor de Ciências
precisa estabelecer critérios
e selecionar instrumentos a
fim de investigar a
aprendizagem significativa
sobre:
• A reflexão sobre os
modelos científicos que
abordam a origem e a
evolução do universo
• As relações entre as
teorias e sua evolução
histórica.
• A diferenciação das
teorias que consideram um
universo inflacionário e teorias
que consideram o universo
cíclico.
• O conhecimento dos
fundamentos da classificação
cosmológica (galáxias,
aglomerados, nebulosas,
buracos negros, lei de Hubble,
idade do Universo, escala do
Universo).
• O conhecimento sobre
o conceito de matéria e sua
constituição, com base nos
modelos atômicos.
• O conceito de átomo,
íons, elementos químicos,
substâncias, ligações
químicas, reações químicas.
113
BIODIVERS
IDADE
Formas de
energia
Evolução dos
seres vivos
zona cognitiva real e as
relações substantivas que
se pretende com a
mediação didática.
Para tanto, as relações
entre conceitos vinculados
aos conteúdos estruturantes
(relações conceituais),
relações entre os conceitos
científicos e conceitos
pertencentes
a outras disciplinas
(relações interdisciplinares),
e relações entre esses
conceitos científicos e
as questões sociais,
tecnológicas, políticas,
culturais e éticas (relações
de contexto) se
fundamentam e se
constituem em importantes
abordagens que direcionam
o ensino de Ciências para a
integração dos diversos
contextos que permeiam os
conceitos científicos
escolares.
Todos esses elementos
podem auxiliar na prática
pedagógica dos professores
de Ciências, ao fazerem
uso de problematizações,
contextualizações,
interdisciplinaridade,
pesquisas,
leituras científicas, atividade
• O conhecimento das
leis da conservação da
massa.
• O conhecimento dos
compostos orgânico e
relações destes com a
constituição dos organismos
vivos.
• Os mecanismos
celulares e sua estrutura,
de modo a estabelecer um
entendimento de como esses
mecanismos se relacionam no
trato das funções celulares.
• O conhecimento da
estrutura e funcionamento dos
tecidos.
• O entendimento dos
conceitos que fundamentam
os sistemas digestório,
cardiovascular, respiratório,
excretor e urinar
• Os fundamentos da
energia química e suas fontes,
modos de transmissão e
armazenamento.
• A relação dos
fundamentos da energia
química com a célula (ATP e
ADP).
• O entendimento dos
fundamentos da energia
mecânica e suas fontes,
modos de transmissão e
armazenamento.
• O entendimento dos
fundamentos da energia
nuclear e suas fontes, modos
114
em grupo, observações,
atividades
experimentais, recursos
instrucionais, atividades
lúdicas, entre outros.
de transmissão e
armazenamento.
• O entendimento das
teorias evolutivas.
CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE/9ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
ASTRONOMIA
MATÉRIA
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
ENERGIA
BIODIVERSIDADE
Astros
Gravitação universal
Propriedades da matéria
Morfologia e fisiologia e
fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança
genética
Formas de energia
Conservação de energia
Interações ecológicas
6.4 DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
115
Coloca-se como necessidade a compreensão da Educação Física enquanto
processo educacional no interior do processo histórico de desenvolvimento da
sociedade; e, a partir deste entendimento, estabelecer quais os limites e possibilidades
de atuação da Educação Física no processo de transformação social. (GUILHERMETI,
1991, p.15).
Os conteúdos são integrados, os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo são
vistos de uma forma globalizada, visando à expressividade corporal do aluno, dentro de
uma formação crítica.
A Educação Física desenvolve valores como educação para a saúde; educação
para o lazer; meio de promoção cultural; instrumento contra a discriminação e exclusão
social; fator para a cultura da paz; meio de consciência ambiental.
A partir desses valores, de que forma a Educação Física pode contribuir com a
aprendizagem? Levando-se em conta de que o objeto de estudo da Educação Física é
o movimento humano, e é através deste que as pessoas podem se comunicar e se
relacionar com o meio (noção espaço-temporal, percepção, atenção...) e com outras
pessoas, além de conhecer-se a si próprio (esquema corporal). Assim, o
desenvolvimento motor está altamente relacionado ao desenvolvimento cognitivo e
sócio-afetivo, sendo que deficiências em algum destes três aspectos podem causar
déficits de desenvolvimento nos demais. É por meio da exploração do ambiente físico,
através de seus movimentos básicos, que a criança inicia seu processo de
aprendizagem, relacionando-se com situações, objetos e pessoas.
Não se pode, portanto, tentar dissociar o aspecto motor do desenvolvimento dos
demais aspectos. Uma criança que não tenha desenvolvido de maneira correta sua
lateralidade, por exemplo, terá sérias dificuldades de definição da dominância homo-
lateral de algum hemisfério cerebral, o que poderá acarretar problemas na escrita e na
leitura, em fases de alfabetização. O não desenvolvimento de aspectos como equilíbrio,
ritmo, coordenação motora, esquema corporal, noção espacial, dentre outros; aspectos
esses desenvolvidos geralmente na educação infantil e nas séries iniciais; pode
acarretar inúmeros prejuízos na vida futura de qualquer ser humano, indo além do
campo educacional, adentrando inclusive na sua relação com o mundo do trabalho.
Outros conteúdos da Educação Física Escolar, também são essenciais na formação do
indivíduo, pelos valores que são trabalhados nestes conteúdos, como, por exemplo, os
jogos e as brincadeiras tradicionais, que possuem objetivos pedagógicos que auxiliam
na formação do indivíduo, objetivo como: trabalhar a ansiedade; rever os limites;
116
desenvolver a capacidade de realização; desenvolvimento da autonomia; aprimorar a
coordenação motora; desenvolver a organização espacial; melhorar o controle
segmentar (eficiência mecânica); aumentar a atenção e a concentração; desenvolver
antecipação e estratégia; trabalhar a discriminação auditiva; ampliar o raciocínio lógico;
desenvolver a criatividade; desenvolver o ritmo corporal, etc.
O conteúdo esportivo, apesar de introduzido na escola com objetivos
ideológicos, se bem trabalhado com coerência, competência e alguns cuidados com a
competitividade e a seletividade, pode desenvolver capacidades e habilidades motoras;
condicionamento físico-orgânico; capacidade de raciocínio; formação de valores e
comportamentos, que reforçam a moral; a sociabilização; tomadas de decisão; auto-
superação, perda da timidez; motivação e auto-realização.
As lutas, a dança e o folclore, também possuem enorme valor na formação do
aluno crítico, no sentido do desenvolvimento da expressão corporal; do conhecimento
histórico das atividades culturais e folclóricas; da criatividade; do ritmo corporal; dos
movimentos naturais; dos aspectos afetivos (sensibilidade); harmonia e equilíbrio
psicológico.
Dentro desses conteúdos, pode haver uma integração entre a Educação Física e
a Pedagogia no sentido de que a finalidade principal das duas áreas, como já foi dito
anteriormente, é a formação global do indivíduo em todos seus aspectos. Conteúdos
como a recreação, os jogos, as brincadeiras, as danças, lutas, o folclore e atividades
complementares como acantonamento, passeios, etc; além da própria
psicomotricidade, podem ser trabalhados em conjunto por pedagogos e profissionais
de Educação Física, numa troca de conhecimentos específicos de cada área, numa
integração que só vem a trazer benefícios para ambos os lados, para a Educação e,
principalmente para o aluno.
Cabe esclarecer que a expressão cultura corporal não pressupõe uma visão
fragmentada do homem "porque é difícil imaginar uma atividade humana que não seja
culturalmente produzida pelo homem, assim como é difícil imaginar uma atividade
cultural manifesta que não seja corporal. O sentido do termo corporal, na perspectiva
apresentada, é de unidade/totalidade, na medida em que as produções intelectuais ou
cognoscitivas e sócio-afetivas são materializadas e difundidas corporalmente"
(Resende & Soares, 1995:11).
Para o desenvolvimento da proposta políticos pedagógicos, partem dos
pressupostos de que:
117
• a cultura corporal (corpo, ludicidade, saúde, desportivização, lazer, diversidade e
mídia) nos dão as multiplas possibilidades de intervenção pedagógica no cotidiano
escolar.
• cabe a escola socializar os indivíduos com o patrimônio científico e cultural produzido
historicamente pela humanidade, de modo que os homens possam adquirir a
autonomia necessária a sua interação e intervenção no processo de construção e
direção da sociedade;
• assim, como a cultura artística (dança, pintura, artes cênicas, arquitetura, etc.), a
cultura corporal deve ser um dos conhecimentos/habilidades a ser tratado
pedagogicamente no contexto formal.
• História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos da educação Básica no
contexto dos estudos e atividades, que proporciona diariamente, também as
contribuições histórico–culturais dos povos indígenas e dos descendentes asiáticos e
europeus.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino da Educação Física, na perspectiva da cultura corporal, possibilita aos
alunos a vivência sistematizada de conhecimentos/habilidades da
cultura corporal, balizada por uma postura crítica, no sentido da
aquisição da autonomia necessária a uma prática intencional e
permanente, que considere o lúdico e os processos sócio-
comunicativos respeitando-se na diversidade, na perspectiva do
lazer, da formação cultural e da qualidade coletiva de vida.
Necessário também é desvelar o conjunto orgânico de valores
sociais, morais, éticos e estéticos subjacentes a cultura corporal
identificados com a formação de uma cidadania humanista e
democrática, em crítica àqueles que reproduzem a marginalização,
os estereótipos, o individualismo, a competição discriminatória, a
intolerância com as diferenças, dentre outros valores que reforçam
as desigualdades, o autoritarismo. Educação das relações étnico-
raciais e diversidade impõe aprendizagem entre brancos e negros e
demais segmentos sociais, trocas de conhecimento, quebra de
118
desconfiança, projeto conjunto para contribuição de uma sociedade
justa, igual e equânime.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Esporte;
- Jogos e brincadeiras;
- Ginástica;
- Lutas;
- Dança.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª série
ESPORTES (Coletivos e Individuais)
JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos, brincadeiras, cantigas de roda, jogos
inteletivos e jogos cooperativos)
DANÇA (Danças folclóricas)
GINÁSTICA (Ginástica geral e rítmica)
LUTAS (Lutas de aproximação)
6ª série
ESPORTES (Coletivos e Individuais)
JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e
jogos cooperativos)
DANÇA (Danças folclóricas e modernas)
GINÁSTICA (Ginástica geral e rítmica)
LUTAS (Judô)
7ª série
ESPORTES (Coletivos e Individuais)
119
JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e
jogos cooperativos e jogos dramáticos)
DANÇA (Danças criativas, circulares e modernas)
GINÁSTICA (Ginástica geral e olímpica)
LUTAS (Capoeira)
8ª série
ESPORTES (Coletivos, individuais e radicais)
JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e
jogos cooperativos e jogos dramáticos)
DANÇA (Danças criativas, circulares e modernas)
GINÁSTICA (Ginástica geral e olímpica)
LUTAS (Karatê e esgrima)
Ensino Médio
ESPORTES (Coletivos, individuais e radicais)
JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e
jogos cooperativos e jogos dramáticos)
DANÇA (Danças folclóricas, criativas, circulares e dançcas de salão)
GINÁSTICA (Ginástica geral e rítmica)
LUTAS (Karatê e luta olímpica)
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª a 8 série
ESPORTE - futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futsal; futevôlei; atletismo;
natação, tênis de mesa, skate e carrinho de rolemã.
120
JOGOS E BRINCADEIRAS – Pular elástico; 5 marias; mãe pega; mãe da rua; stop;
amarelinha;bulica; bets; peteca; corrida de sacos; jogo do pião; caçador; policia; ladrão;
gato e rato; adoletá; cap; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos
de jó; lenço atrás; dança da cadeira; dama; trilha; xadrez, improvisação; imitação;
mímica; futpano; volençol; gato mia; olhos de águia; cadeira livre.
DANÇA - fandango; quadrilha; dança de fitas; frevo; samba de roda; batuque; baião;
cuá fubá; ciranda; carimbó; valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote;
bolero; salsa; tango; break; funk; qualidades de movimento; improvisação; atividades
de expressão corporal; contemporâneas; folclóricas e sagradas.
GINÁSTICA - solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas;
corda; arco; bola; maças; fita; alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada;
step; core board; pular corda; pilates; malabares; tecido; trapézio; acrobacias;
trampolim; balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante ponte.
LUTAS – Judô, luta olímpica; karatê; esgrima e capoeira e capoeira
METOLOGIA
- A Educação Física, no sentido dos fins da educação nacional, deve ser entendida
como uma disciplina curricular de enriquecimento cultural corporal, fundamental à
formação da cidadania dos alunos, calcada num processo de socialização de valores
sociais, morais, éticos e estéticos que consubstancia princípios humanistas e
democráticos;
- O planejamento das atividades de ensino-aprendizagem devem ser abertos e
continuamente reelaborados em função da dinâmica dos conflitos e das dificuldades de
ensino, baseados nos conteúdos estruturantes, básicos e específicos, de
aprendizagem e de convívio social que emergem no decorrer das aulas e nas
atividades vinculadas à educação física. Deve, também, ser centrado num efetivo
121
processo de co-decisão, em que o professor decide e sistematiza a proposta de
programa a ser desenvolvido, a partir da mediação entre as experiências e
expectativas concretas reveladas pelos alunos e as suas necessidades de
enriquecimento e emancipação sócio-cultural;
- A organização das aulas, voltados para o esporte, dança, ginástica e jogos e
brincadeiras; deve romper com as características dos modelos tradicionais de
estruturação em partes, bem como o caráter de terminalidade, que condiciona sua
dinâmica processual e impõe um direcionamento pragmático à consecução de
objetivos considerados imediatos (geralmente definidos em termos comportamentais e
subordinados a condições e a critérios rígidos e uniformes de desempenho);
- Ações pedagógicas claras do por que devemos optar por este ou aquele método de
dar aulas ou avaliar até que ponto nossos alunos estão conseguindo caminhar na
direção da proposta que identifica o que se pretende do ensino e que tipo de aluno
queremos formar.
- As aulas devem ser norteadas por objetivos que evidenciem, claramente, a ação ou
conjunto de ações efetivas e essencialmente esperadas dos alunos, em função da
tematização da aula ou sequência de aulas planejadas numa dinâmica participativa,
desvinculando-os de preocupações técnico-burocráticas tais como formulação em
termos operacionais e a contemplação dos fragmentados domínios da aprendizagem
(psico - motor, cognitivo e afetivo - social);
- Os procedimentos de ensino devem ser abertos às experiências de ação-reflexão dos
alunos acerca das habilidades e conhecimentos referentes à cultura corporal, na
perspectiva do conflito e da solução de problemas, processos esses que viabilizam as
experiências de constatação, análise, hipotetização, experimentação e avaliação dos
temas problematizadores e desencadeadores das ações inerentes ao processo ensino-
aprendizagem;
- A sistemática de ensino do conhecimento/habilidades da cultura corporal deve iniciar
pela (a) problematização, apresentação e justificativa dos objetivos a serem atingidos,
(b) levantamento (discussão e prática) das experiências, expectativas e dificuldades
dos alunos, (c) transmissão sistematizada do conhecimento/habilidade, de modo a
aumentar e/ou aprofundar o repertório de experiências e reflexões dos alunos sobre a
temática em foco, (d) avaliar, em conjunto com os alunos, o nível de aprendizagem, em
função dos objetivos proclamados e no sentido de nortear a decisões a serem
tomadas;
122
- Considerando que as metodologias de ensino devem estar sempre subordinadas à
relação objetivo/conteúdo de ensino e as características da turma, o professor poderá
optar, conforme as situações de ensino, por diferentes tipos de intervenção:
- A relação professor-aluno seja dialógica, onde o professor é o responsável pela
mediação dos conflitos que emergem da interação do aluno com o meio social e
cultural da aula, provocando um ambiente de reflexão, trocas e decisões supridoras
das situações problemas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
“Considera-se na avaliação que o patrimônio cultural que se expressa nas
possibilidades corporais, no acervo de conhecimentos sobre a cultura corporal, se
diferencia de acordo com a condição de classe dos alunos”.(SOARES, Coletivo de
autores, 1992, p. 105).
- A avaliação do ensino-aprendizagem deve ter um caráter participativo, cuja função é
de um diagnóstico continuado, no sentido de apontar o nível das mudanças qualitativas
e quantitativas no processo ativo de apropriação dos conhecimentos, habilidades e
esforço crítico e criativo dos alunos, bem como no processo de identificação e
superação dos conflitos inerentes ao ensino-aprendizagem;
A avaliação é essencial ao processo de ensino-aprendizagem. No contexto da
cultura corporal, sua função primordial é de contínuo diagnóstico. Entendemos que o
professor de Educação Física deverá estar a todo o momento identificando, refletindo e
tomando decisões acerca das experiências do ensino-aprendizagem.
A avaliação da Educação Física não deve ter o caráter somativo, ou seja,
conferir notas e conceitos que impliquem na aprovação ou reprovação dos alunos. No
entanto, esta concepção não dispensa o professor da necessidade de submeter os
alunos a diferentes técnicas e instrumentos de medida/avaliação (avaliações teóricas e
praticas, provas, trabalhos, testes de esforço) no sentido de constatar e fornecer
informações sobre o grau de assimilação dos conhecimentos/habilidades que foram
socializados.
O elenco de conhecimentos a serem apresentados não esgotam as
possibilidades de recorte e seleção de conteúdos de ensino, na perspectiva da cultura
corporal a ser transmitida. Em primeiro lugar, porque existe manifestações e
123
expressões da cultura local; em segundo lugar, porque todo conhecimento é provisório,
o que justifica a necessidade de orientar os alunos a desenvolver a noção de
historicidade para que possa perceber e compreender que a produção humana
(qualquer que seja) representa apenas um estágio da humanidade - ou seja, não
existiam em determinadas épocas e serão superados em outras.
Na perspectiva da cultura corporal, os tipos de conhecimento/habilidades não
são abandonados, mas re-significados em termos temáticos e de objetivos. No entanto,
considerando as teorias o desenvolvimento e aprendizagem, não podemos prever ou
pré-determinar o momento adequado de ensinar determinados
conhecimentos/habilidades a alguém.
Em cada contexto escolar específico, pode ser que as equipes de professores
de educação física, com o tempo, consigam identificar e estruturar, por séries, uma
tendência referencial de interesses e de necessidades em relação aos
conhecimentos/habilidades a serem privilegiados no ensino da educação física. No
entanto, isto dificilmente assegurará uma padronização do que ensinar em cada série.
Obviamente, as temáticas aqui descritas possuem níveis de complexidade
diferenciados. Assim, o professor deve decidir pelos conteúdos de ensino que serão
privilegiados, balizado pelas necessidades, pelas expectativas motivação, pelo nível de
desenvolvimento e pela realidade social do seu grupo de alunos, no sentido de fazer
cumprir a função da escola e os objetivos específicos da Educação Física.
Legislação
- Lei 39-03 – História e Cultura Afro-Brasileira
- Prevenção ao Uso Indevido e Drogas
- Lei 9799-95 – Educação Ambiental
- Educação Físcal
- Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente.
- Gênero e Diversidade Sexual
Referências
DIRETRIZES Curriculares da Educação Básica – Educação Física; Paraná – 2008.
Coletivo de Autores.Metodologia do Ensino da Educação Física.São Paulo; Cortez,
1992.
124
BRASIL. Lei nº 5692, 11 de agosto de 1971. Fixa as Diretrizes e bases para o
ensino de primeiro e segundo graus, e dá outras providências, Diário Oficial da
Republica Federativa do Brasil, 12 agosto 1971.
Parametros Curriculares Nacional.
6.5 DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino religioso proposta pela SEED, visa abordar o fenômeno
religioso, contribui para a sua formação da cidadania e construção do conhecimento
historicamente produzido pela humanidade. Este ensino promove a reflexão e a
informação, propiciando aos estudantes a possibilidade de interagir positivamente uns
com os outros de modo respeitoso no convívio social.
O objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso é o “ sagrado” com foco no
fenômeno religioso e a diversidade religiosa.
A possibilidade de estudar as diferentes manifestações do sagrado
possibilitando análise e compreensão como núcleo da experiência religiosa que vai ser
identificada e traduzida nas diferentes esferas das religiões.
As expressões do sagrado diferem de cultura a cultura, e sua compreensão
influencia o homem religioso em suas ações e em seu cotidiano dentro dos diferentes
aspectos de sua vida e em consequência da vida do grupo.
Nessa perspectiva permite que os educandos possam refletir e entender como os
grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado. E,
ainda compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar,
estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no
entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, passando a
entender a diversidade de nossa cultura marcada pela religiosidade.
125
OBJETIVO GERAL
Proporcionar ao aluno a compreensão do fenômeno religioso analisando e
compreendendo o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que o
contextualiza no universo cultural.
CONTEÚDOS
O Ensino Religioso, assim como as demais áreas do conhecimento, que são
discutidas ao longo do Ensino Fundamental, contribuem para o desenvolvimento do
sujeito. É ofertado o ensino que domine a leitura, a escrita, as artes e também o
desenvolvimento das capacidades de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e valores.
Estes conteúdos visam permitir que os educandos se tornem capazes de
entender os movimentos específicos da religiosidade das diversas culturas,
contribuindo para o desenvolvimento humano em sua coletividade.
Conteúdos Estruturantes:
A paisagem religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
CONTEÚDOS BÁSICOS
Baseados no conteúdo estruturante, que se reflete no conceito de Sagrado, os
conteúdos básicos nele estarão alicerçados. Esta organização partirá das
manifestações religiosas menos conhecidas ou até desconhecidas para depois chegar
às que já são de conhecimento do aluno.
5ª séries
- Respeito à diversidade religiosa
126
- Lugares Sagrados
- Textos Sagrados orais e escritos
- Organizações Religiosas
6ª séries
- Símbolos religiosos
- Organizações religiosas
- Ritos
- Festas religiosas
- Vida e morte
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª série
- Lugares Sagrados em diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo,
Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras
(Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03).
- Textos Sagrados orais e escritos das diferentes concepções religiosas: Budismo,
Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-
brasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03).
- Estudo das especificidades de cada concepção religiosa analisando as semelhanças
em seus conjuntos de princípios e valores: respeito à diversidade religiosa.
- Como se organizam algumas concepções religiosas, seus princípios e valores:
organizações religiosas**
6ª série
- Símbolos religiosos de diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo,
Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras
(Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03).
- Ritos de diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo,
Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras (Candomblé,
Umbanda – cf. Lei 39/03).
127
- Festas religiosas de diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo,
Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras (Candomblé,
Umbanda – cf. Lei 39/03).
- A concepção de vida e morte em diferentes concepções religiosas: Budismo,
Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-
brasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03).
- Como se organizam algumas concepções religiosas, seus princípios e valores:
organizações religiosas**
** Ao estudar as organizações religiosas, seus princípios e valores, analisa-se como as
diferentes religiões entendem e explicam as questões referentes a:
a) relação entre homem e natureza (cf. Lei 9799/95);
b) relações e valores humanos (amor/caridade X violência) – enfrentamento à violência;
c) relações entre homem e mulher e seus respectivos papéis sociais e individuais –
gênero e diversidade sexual;
d) uso e prevenção ao uso indevido de drogas a partir de valores como o amor próprio
e o auto-respeito, bem como da análise das relações e papéis sociais dos indivíduos;
e) consumo e trabalho (abordagem para a educação fiscal);
f) difusão das diferentes religiões que compõem a religiosidade no Estado do Paraná e
o respeito pela diversidade de religiões existentes no estado (cf. Lei 07/06).
METODOLOGIA
A prática pedagógica desenvolvida na sala de aula fomenta o respeito às
diversas manifestações religiosas ampliando e valorizando o universo cultural dos
alunos.
Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da
disciplina, sem desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do
conhecimento.
Para contribuir efetivamente com o processo de formação dos educandos,
utilizam-se análise de textos, aulas expositivas, atividades escritas e plásticas, reflexão
e interpretação de textos.
128
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não tem a mesma orientação que
a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de notas e/ou conceitos; não se
constitui como objeto de reprovação. Mas, a avaliação não pode deixar de ser um dos
elementos integrantes do processo educativo e acontece na forma de participação nas
aulas, entrega de atividades desenvolvidas em sala de aula, trabalhos individuais e em
grupos, verificação nos cadernos e apresentações orais.
6.6 DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de filosofia é um espaço para a criação de conceitos , unindo a filosofia
e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de filosofia, levando
a o aluno pensar para pensar para obter melhores resultados na vida.
Como seria o nosso mundo sem o conhecimento? A partir da curiosidade, própria do
ser humano, o conhecimento é impreinsidível, necessário e quase obrigatório. Nós
pensamos muito, indagamos muito, questionamos muitas coisas, quem sou? de onde
vim? Para onde vou?. Se não tivéssemos à nossa disposição os livros, os jornais,
noticiários, a mídia à nossa disposição, faríamos perguntas e nós mesmos
responderíamos acordo com a nossa visão de mundo. poderíamos acertar ou errar. A
curiosidade nos leva à fonte do conhecimento, assim como a sede nos leva a fonte de
água.
A filosofia foi por muito tempo relegada a um lugar de pouco destaque como
disciplina. No Brasil, desde o período histórico denominado de era Vargas, marcado
pelo desenvolvimento industrial do país onde se privilegia a educação técnica e
profissional, culminando com seu banimento total no período da Ditadura Militar com a
lei LDB 5692/71. Após uma década da redemocratização da política nacional, por meio
da LDB 9394/96 em seu artigo 36, a filosofia recebe referência como condição
129
fundamental para o desenvolvimento da cidadania, mas apenas agora ocorreu sua
implantação definitiva com o estatuto de disciplina curricular do ensino médio.
Após esta breve apresentação histórica do caminho trilhado pela filosofia
compete justificar sua relevância. A filosofia, diferente do conhecimento artístico e
científico, caracteriza-se por promover a elaboração do pensamento abstrato, crítico,
rigoroso e global, possibilitando a passagem de uma visão do mundo infantil, mítica e
heterônoma para uma visão de mundo adulta, racional e autônoma.
Deve-se considerar a filosofia como uma práxis que tem como objeto de estudo
o pensamento e o conhecimento humanos sobre a realidade. Sua tarefa consiste em
pensar não qualquer problema, mas aqueles com significado existencial, histórico e
social. Estudar e e analisar a realidade presente a partir da tradição filosófica, de forma
a superar a visão imediatista e superficial do senso comum, possibilitando a
transformação do mundo, eis a nobre tarefa da filosofia.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A filosofia tem por objetivo a investigasção de problemas históricos relacionados
aos valores epiistemológicos, políticos, éticos e estéticos que constituem o que se
denomina realidade, criando conceitos e dando novas significações a esta realidade,
desvelando, assim, discursos falaciosos e ideologisantes.
Proporcionar o desenvolvimento do estilo filosófico no aluno via discussões
críticas e criativas com o intuito de formar cidadãos conscientes da importância de seu
papel como agente transformador da história.
A filosofia, como disciplina curricular deve relacionar o conjunto de
conhecimentos produzidos e transmitidos pelos textos filosóficos com a realidade em
que se insere o aluno, de modo a formular uma abordagem contemporânea e
contextualizada de problemas filosóficos como requisito para a formulação de seus
próprios conceitos na construção de um discurso filosófico próprio.
Espera-se, potanto que o aluno adquira capacidade de interpretação e
contextualização de textos filosóficos, produçaõ de textos analíticos, críticos e
coerentes, e desenvolvimento de uma atitude questionadora dos valores, normas e
padrões atribuídos ao conjunto de significantes do real.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
130
Os conteúdos devem ser trabalhados de forma temática, ou seja, apresentar a
filosofia , de forma que o aluno tenha uma visão de totalidade e não fragmentada do
saber.
É interessante também desenvolver a capacidade de pensar no aluno, para que
ele possa pensar melhor, melhorando com isso sua maneira de posiciona-se frente os
desafios do dia a dia.
Desta forma, podemos abordar conteúdos que desperte no aluno o interesse
pela filosofia, contando também com a abertura, a fim de adaptar estes conteúdos à
realidade de escola e, particularmente do aluno.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 1º ANO
Conceituação de filosofia.
O que é filosofia
Filosofia Grega
Saber mítico
Relação Mito e Filosofia
Atualidade do mito
Teoria do conhecimento
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 2ºANO
Idade Média
Renascimento.
Correntes filosóficas.
Ética
Filosofia Política
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 3º ANO
Filosofia e ciência
Filosofia da idade Moderna
Filosofia contemporânea
Filosofia ciência e religião
Estética- pensar a beleza
131
CONTEÚDOS EXPECÍFICOS - 1º ANO
O que é filosofia
O que se pretende com o ensino de filosofia.
Conceituação de filosofia.
Ordem e desordem.
Visão de mundo: Como cada ser humano enxerga o mundo.
Origem da filosofia.
Filosofia e filosofar
A mitologia e filosofia e suas influências no mundo grego.
A filosofia grega. A partir da natureza dar explicações do mundo
Filósofos da natureza: Tales de mileto, Anaximandro, Heráclito e Demócrito
A origem de todas as coisas.
Filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles
Conhece-te a ti mesmo
Só sei que nada sei
A possibilidade do conhecimento
o Problema da verdade.
O conhecimento da lógica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 2º ANO
Mito da caverna
Comentários e aprofundamento e atualizações sobre o mito da caverna.
O mundo das idéias
A lógica de Aristóteles.
Escada da natureza
Um problema chamado conhecimento.
O conhecimento como justificativa teórica.
As fontes do conhecimento
Correntes filosóficas: O helenismo, o estoicismo, os epicureus, o neoplatonismo.
A filosofia na idade média. Idade das luzes ou trevas?
Influência da Igreja no pensamento da idade média
Patrística e pensamento dos santos padres.
132
Santo Agostinho
São Tomas de Aquino
Escolástica importância das escolas católicas.
A filosofia no período do renascimento
Ética e moral
Pluralidade da ética
Razão desejo e vontade
Liberdade autonomia do sujeito.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 3º ANO
Filosofia moderna.
Correntes filosóficas modernas
Concepção de ciência
Contribuições e limites da ciência
Ciência e ideologia
Ciência e ética
Diferenciar filosofia, ciência e religião.
Estética
Natureza da arte
Estética e sociedade
Pensar a beleza
METODOLÓGIA DA DISCIPLINA
A abordagem teórico-metodológico deve ocorrer mobilizando os estudantes para
o estudo da filosofia sem doputrinação e dogmatismo.
O ensino de filosofia deverá dialogar com o universo do estudante, a ciência, a
arte, a história, a cultura a fim de problematizar e investigar os conteúdos estruturantes
e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica tomando como
referência os textos clássicos e seus comentadores. Para isso promover-se à reflexões
individuais e coletivas, leituras e debates, produções de textos argumentativos,
momentos de investigação.
133
O trabalho com os conteúdos se dará em quatro momentos (CF. DCE de
filosofia para o ensino médio):
Sensibilização: instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o
conteúdo filosófico a ser desenvolvido;
Problematização: A partir do conteúdo em discussão, professor e alunos levantam
questões, identificam problemas e investigam o problematizar
Investigação: Análise do problema, recorrendo-se à história da filosofia e aos clássicos,
bem como aos seus comentadores, para que o aluno interaja com diferentes maneiras
de pensar, compreender e resolver os problemas filosóficos;
Criaçao de conceitos: Formulação de conceitos e discurso filosófico próprios. O
objetivo deste momento é permitir a relação entre o passado e o presente,
compreendendo que a filosofia e que os filósofos pensaram e o modo como
solucionaram os problemas nos ajudam também a pensar os nossos problemas
sociais. Ao final do processo o estudante estará apto a elaborar conceitos
fundamentados em ideais e argumentos filosóficos lógicos, coerentes, críticos e
cirativos.
O ensino de filosofia está necessariamente ligada à atividade reflexiva do aluno
que aprende enquanto interroga e age posicionando frente aos temas, e que, também
requer do estudante compromisso consigo mesmo , com o outro e com o mundo.
Aulas expositivas e dialogadas.
Leitura e interpretação de texto, ou seja, documentos considerados como fontes
primárias.
Contextualização dos conteúdos trabalhados.
Elaboração de síntese em grupo.
Reflexões críticas.
Problematização dos temas para se chegar ao conteúdo estruturante.
RECURSOS
Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e por isso
utilizaremos o mais adequado ao conteúdo que será apresentado.
Quadro de giz
Jornais
Revistas
Dinâmicas em grupos
134
Vídeos
Músicas
Retro-projetor
Exercícios de fixação
Visitas monitoradas em órgãos públicos e privados
TV Pendrive
AVALIAÇÃO
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos, elaborando respostas aos problemas solicitados
e investigados.
A avaliação será contínua, progressiva, sem caráter classificatório e sim como
parte do processo ensino aprendizagem, considerando as ações da prática diária do
aluno como: participação em sala, cumprimento de seus deveres, respeito ao próximo
produções individuais e coletivas.
Partindo do pressuposto que a avaliação é contínua, a nota será o resultado de
diversas formas de avaliação tais como: atividades realizadas no caderno, trabalhos de
pesquisas, trabalhos em grupos, provas formais e participação em sala.
Processos de Avaliação
As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas pois as avaliações tradicionais
levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo professor o qual
acaba levando a reprovação do aluno.
A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao professor a
identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se for necessário,
retomar os objetivos de ensino propostos.
A recuperação será paralela aos conteúdos trabalhados, contínua e dinâmica, tal
como a avaliação, enfatizando os aspectos quantitativos em detrimento dos
quantitativos.
Instrumentos
Provas sem ou com consultas
Atividades escritas
Trabalho de pesquisa
Apresentações orais
135
Produção de cartazes
Interpretação de músicas e filmes
Participações em debates
Trabalhos em grupos
LEGISLAÇÃO
1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira
A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em
meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os
direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a
identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus
povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas.
Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se
refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes à História do Brasil.
Dessa forma, o trabalho com a filosofia e cultura afro-brasileira se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
1. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
“precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido
de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de
formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”.
(Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78).
Dessa forma, o trabalho em Filosofia com a Prevenção ao uso Indevido de
Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos,
sendo de forma interdisciplinar ou não.
1. Lei 9799/95 – Educação Ambiental
136
Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se
apresenta como uma matriz indispensável para:
a) definição de usos permitidos ou proibidos;
b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação
ambiental;
c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas;
d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e,
especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental;
e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente;
f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do
desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação
Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos
Temáticos da Diversidade, p. 72).
Dessa forma, o trabalho filosofia com a Educação Ambiental se torna pertinente
na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
1. Educação Fiscal
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da
Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos
tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública,
incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e
criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão”
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287).
Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Fiscal se torna pertinente
na medida em que se volta aos aspectos históricos e econômicos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
1. Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de
Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
137
conhecimento toma o lugar da força”.
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90)
Dessa forma, o trabalho em filosofia com o enfrentamento a violência contra a
criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos
históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não.
1. Gênero e Diversidade Sexual
Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade
na educação básica deverão:
1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados
nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e
de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação.
2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em
sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência
sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um
espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas.
3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os
sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de
gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar.
4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico
incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize
de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória.
5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das
licenciaturas.
(http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i
d=390&Itemid=49)
Dessa forma, o trabalho em História com Gênero e Diversidade se torna pertinente na
medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais e políticos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
1. Lei 07/06 História do Paraná
O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do Paraná
nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino,
138
objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das
possibilidades de valorização do nosso Estado.
Dessa forma, o trabalho com a Filosofia se torna pertinente na medida em que
se volta aos aspectos históricos, sociais, políticos econômicos e culturais, sendo de
forma interdisciplinar ou não.
6.7 DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e,
por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza,
entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível.
Ressalta-se que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do
Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos
elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade
observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir
subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com
o interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus.
Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e,
com ela, o início do estudo dos movimentos. Entretanto, apesar dos estudos e
contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e os chineses, entre outros, as
pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o período do Renascimento,
a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à
Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150 d. C.) e à Física de Aristóteles (384-322
a.C.).
Não é objetivo da Física apenas transmitir conhecimento, mas possibilitar a
formação crítica do indivíduo, valorizando desde a abordagem de conteúdos
específicos até suas implicações históricas. Isto ocorre quando o aluno consegue
desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na
139
sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com
temas do cotidiano que se articulam com outras áreas do conhecimento.
O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de
ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o
senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida.
CONTEÚDOS
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Movimento
• Momentum e
inércia
• Conservação de
quantidade de
movimento
• Variação da
quantidade de
movimento =
Impulso
• 2ª Lei de Newton
• 3ª Lei de Newton
e condições de
equilíbrio
• Finalidade da Física
• SI (Sistema
Internacional de
Unidades)
• Trajetória
• Posição escalar
• Deslocamento e
caminho percorrido
• Velocidade escalar
média e instantânea
• Movimento uniforme
• Função horária das
posições
• Gráfico do movimento
uniforme
• Aceleração escalar
média
• Tipos de movimento
(acelerado e retardado)
• Movimento
uniformemente variado
• Equação de Torricelli
• Gráfico do movimento
uniformemente variado
• Queda de corpos
(lançamento vertical para
cima e para baixo)
• Vetores
• Lançamentos (oblíquo
e horizontal)
• Movimento circular
• Força
• Equilíbrio
• formule uma visão geral da ciência (Física), presente no
final do século XIX e compreenda a visão de mundo dela
decorrente;
• compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos
movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros
modelos físicos e outros princípios (entre eles o da
Incerteza);
• perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a
necessidade de redefinir o conceito de massa inercial,
espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico
da mecânica clássica: trajetória;
• compreenda o conceito de massa (nas translações) como
uma construção científica ligada à concepção de força,
entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma
resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante
de movimento e o momentum como uma medida dessa
resistência (translação);
• compreenda o conceito de momento de inércia (nas
rotações) como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro,
relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição
dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a
diminuição do momento de inércia implica num aumento de
velocidade de giro e vice-versa;
• associe força à variação da quantidade de movimento de
um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da
velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à
concepção de massa e inércia;
• entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade
de movimento, etc.) como dependentes do referencial e de
natureza vetorial;
• perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que
acontecem devido à conservação de uma grandeza ou
quantidade, neste caso a conservação da quantidade de
movimento translacional ou linear;
140
• Princípio da inércia
• Princípio fundamental
da Dinâmica
• Princípio da ação e
reação
• Força de atrito
• compreenda, além disso, a conservação da quantidade de
movimento para os movimentos rotacionais;
• perceba que os movimentos acontecem sempre uns
acoplados aos outros, tanto os translacionais como os
rotacionais;
• perceba a influência da dimensão de um corpo no seu
comportamento perante a aplicação de uma força em pontos
diferentes deste corpo;
• aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático,
identificado na 1ª lei de Newton e as noções de equilíbrio
estável e instável.
• reconheça e represente as forças de ação e reação nas
mais diferentes situações.
• Energia e o
Princípio da
Conservação da
energia
• Trabalho de uma força
• Potência
• Energia cinética e
potencial
• Teorema da energia
cinética
• Energia potencial
gravitacional e elástica
• Energia mecânica total
• Impulso de uma força
• Teorema do Impulso
• Estática
• Hidrostática
• Empuxo
• conceba a energia como uma entidade física que pode se
manifestar de diversas formas e, no caso da energia
mecânica,
em energias cinética, potencial elástica e potencial
gravitacional;
• perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à
transformação/variação de energia;
• compreenda a potência como uma medida de eficiência de
um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que
rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia,
indicada pela
grandeza física potência.
Gravitação
• Leis de Kepler
• Lei da gravitação
universal
• Aceleração da
gravidade
• associe a gravitação com as leis de Kepler;
• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa
inercial, do ponto de vista clássico.
• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano
tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral.
• Leis da
• Temperatura e calor
• Escalas termométricas
• Equação termométrica
• Dilatação (linear,
superficial e volumétrica)
• Unidades de
quantidade de calor
• Calor sensível e latente
• Calor específico
• Capacidade térmica de
um corpo
• Princípio da igualdade
e troca de calor
• Mudanças de fase
• compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo
construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos
com comportamento definido como ideal e fundamental para
o desenvolvimento das idéias na termodinâmica;
• formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um
líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações
físicas;
• entenda o conceito de temperatura como um modelo
baseado nas propriedades de um material, não uma medida,
de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;
• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o
calor como uma das formas de energia, o que é fundamental
para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica;
• compreeenda a primeira lei como a manifestação do
141
Termodi-
nâmica
Termodinâmica:
• Lei zero da
Termodinâmica
• 1ª Lei da
Termodinâmica
• 2ª Lei da
Termodinâmica
• Curvas de aquecimento
e resfriamento
• Transmissão de calor
• Lei de Boyle-Mariote
• Lei de Gay-Lussac
• Lei de Charles
• Equação geral dos
gases perfeitos
• Primeiro princípio da
termodinâmica
• Segundo princípio da
termodinâmica
Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua
construção no contexto da termodinâmica e a sua
importância para a Revolução Industrial a partir do
entendimento do calor como forma de energia;
• associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de
um fluxo de calor.
• compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor
específico como propriedade de um material identificável no
processo de transferência de calor.
• identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os
irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de
energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico
deve ser compreendido como tão universal quanto o de
conservação de
energia e sugere um estudo da entropia;
• compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em
processos espontâneos e artificiais, como uma medida de
desordem e probabilidade;
Eletromag-
netismo
• Carga, corrente
elétrica,
campo e ondas
eletromagnéticas
• Força
eletromagnética
Equações de
Maxwell: Lei de
Gauss para
eletrostática/Lei
de Coulomb, Lei
de Ampère, Lei de
Gauss magnética,
Lei de Faraday)
• Princípios da
eletrostática
• Condutores e isolantes
• Processos de
eletrização
• Eletroscópio
• Força elétrica
• Campo elétrico
• Trabalho e potencial
elétrico
• Capacidade de um
condutor
• Associação de
condensadores
• Corrente elétrica
• Efeitos da corrente
elétrica
• Estudo dos resistores
• Reostatos
• Associação de
resistores
• Medidores elétricos
• Geradores e receptores
• Circuitos elétricos
• Substâncias
magnéticas
• Campo magnético
• compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias,
definições, leis e conceitos que a fundamentam.
• compreenda a carga elétrica como um conceito central no
eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos
estão ligados a alguma propriedade da carga.
• compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo
de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na
presença de outra carga. Assim, a ideia de campo deve ser
entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-
se que o estudante entenda
essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no
eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador
da interação entre cargas;
• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis
que fornecem a base para a explicação dos fenômenos
eletromagnéticos;
• entenda o campo como uma entidade física dotado de
energia;
• apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e
o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das
propriedades elétricas dos materiais;
• associe a carga elétrica elementar à quantização da carga
elétrica;
• conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por
exemplo, a resistividade e a condutividade;
• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que
aparecem associados ao campo;
142
• reconheça as interações elétricas como as responsáveis
pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas
pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e
propriedades dos gases;
• compreenda a força magnética como o resultado da ação
do campo magnético sobre a corrente elétrica;
• entenda o funcionamento de um circuito elétrico,
identificando os seus elementos constituintes;
• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas
formas de manifestação de energia, como a nuclear e a
eólica.
• compreenda a potência elétrica como uma medida de
eficiência de um sistema elétrico;
• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física
relacionada à transformação/ variação de energia elétrica.
• A natureza da
luz e
suas propriedades
• Velocidade da luz
• Princípio da óptica
geométrica
• Princípio da
propagação retilínea da
luz
• Princípio da
reversibilidade dos raios
de luz
• Princípio da
independência dos raios
de luz
• Reflexão da luz
• Associação de dois
espelhos planos
• Espelhos esféricos
• Refração da luz
• Leis da refração
• entenda o propósito do estudo da luz no contexto do
eletromagnetismo;
• conceba a luz como parte da radiação elétromagnética,
localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que
manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de
partícula,
dependendo do tipo de interação com a matéria;
• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode
ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a
alteração da densidade do meio, além do processo de
reflexão, no qual
a luz é desviada sem mudança de meio;
• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total,
reflexão difusa, dispersão e absorção da luz, dentre outros
importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos
que
ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um
ou outro se sobressai;
• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por
exemplo: a formação do arcoíris, a percepção das cores, a
cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos
estudados;
• compreenda a luz como energia quantizada que, ao
interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos
que são típicos de
partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de
ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja,
entenda a luz a partir do comportamento dual;
• extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à
matéria, como por exemplo, ao elétron.
143
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As tendências metodológicas tendem tocar diferentes maneiras de ensinar física
como: a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a
utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que
eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a
compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos
epistemológicos encontrados.
Sendo assim, é necessário ter diversos meios como materiais manipulativos,
articulados com as reflexões dos alunos sobre as situações que se deparam e a
análise do erro como hipótese de construção do conhecimento, trabalhando a física de
forma contextualizada, integrada e relacionada com outros conhecimentos, fazendo
com que o aluno compreenda e interprete situações, apropriando-se de linguagens
especificas, ou seja, letrar-se fisicamente.
AVALIAÇÃO
Historicamente, as práticas avaliativas têm sido marcadas pela pedagogia do
exame em detrimento da pedagogia do ensino e da aprendizagem (Luckesi, 2002).
Como o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve acontecer ao
longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos
metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a
relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a
compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça, é preciso que o professor
estabeleça critérios de avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções
no processo ensino-aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da
avaliação é proporcionar ao aluno novas oportunidades de aprender e possibilitar ao
professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as
dificuldades de cada aluno (Abrantes, 1994, p.15).
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades
devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
144
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
4. Compreende, por meio de leitura, o problema proposto;
5. Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
6. Encontra meios diversos para a resolução de um problema;
7. Realiza o retrospecto da solução de um problema;
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
8. Partir de situações-problemas internas ou externas à disciplina;
9. Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
10. Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
11. Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
12. Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando e abstraindo.
LEGISLAÇÃO
O professor dentro dos conteúdos abaixo trabalhará as questões referentes à:
- Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira;
- Prevenção ao Uso indevido de Drogas;
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;
- Educação Fiscal;
- Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente;
- Gênero e Diversidade Sexual;
Todos os conteúdos acima citados (Legislação) serão trabalhados em sala de
aula, através de levantamentos de dados e pesquisas entre outras atividades
necessárias para a abordagem dos temas, estas atividades poderão ser trabalhadas de
forma interdisciplinar ou não.
145
6.8 DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Geografia é considerada uma ciência social e o seu objeto de estudo volta-se
para a compreensão e organização do espaço geográfico, entendido como aquele
produzido e apropriado pela sociedade e sua relação com o meio (sustentabilidade
ambiental), composto por objetos – naturais, culturais e técnicos - e ações pertinentes a
relações socioculturais e político – econômicas. Objetos e ações estão inter-
relacionados (SANTOS, 2000).
De acordo com Santos, os objetos que interessam a Geografia não são apenas
objetos móveis, mas também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de
rodagem, um porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso
são objetos geográficos. Esses objetos são do domínio tanto do que se chama a
Geografia Física como do domínio do que se chama a Geografia Humana e através da
história desses objetos, isto é, da forma como foram produzidos e mudam, essa
Geografia Física e essa Geografia Humana se encontram.
Dessa perspectiva, os objetos geográficos são indissociáveis das ações humanas,
ainda que sejam objetos naturais. Mas o que são as ações?
Ação é o próprio homem. Só o homem tem ação, porque só ele tem objetivo,
finalidade.[...]
As ações humanas não se restringem aos indivíduos, incluindo, também, as
empresas, as instituições.[...] As ações resultam de necessidades, naturais ou
criadas. Essas necessidades materiais, imateriais, econômicas, sociais, culturais,
morais, afetivas é que conduzem os homens a agir e levam a funções . Essas
funções, de uma forma ou de outra, vão desembocar nos objetos. [As ações]
conduzem à criação e ao uso dos objetos, formas geográficas [...] As duas categorias,
objeto e ação, materialidade e evento, devem ser tratadas unitariamente. Os eventos,
as ações, não se geografizam indiferentemente. [...] O espaço geográfico deve ser
considerado como algo que participa igualmente da condição do social e do físico, um
misto, um híbrido. (SANTOS, 2000).
146
É no espaço geográfico – conceito fundamental da ciência geográfica – que se
realizam as manifestações da natureza e as atividades humanas. Compreender a
organização e as transformações sofridas por esse espaço é essencial para a
formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em que vive. É
impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos que ocorrem
no mundo, sem conhecimentos geográficos. Na sociedade atual o processo de
construção do espaço geográfico é marcado por grandes avanços científicos e
tecnológicos, que invadem o cotidiano dos seres humanos e transformam a maneira de
como se organizam e interagem. Em contrapartida tem-se como resultado desse
processo, a desigualdade social, a dominação econômica, o consumismo e os
impactos ambientais.
Nesse contexto, o ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente,
buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, cabendo à
geografia a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do
espaço.
O estudo da Geografia exige que o aluno assuma uma atitude de
questionamento, dúvida e curiosidade com o objetivo de encontrar respostas para
questões nucleadoras que envolvem a vida social e atenda as suas necessidades do
ponto de vista do conhecimento, da habilidade do pensamento, permitindo que testem
a partir da complexidade das relações sociais presentes no mundo, a longicidade de
suas ideias e do ponto de vista afetivo e social para que possam identificadas em sua
problemática pessoal e existencial algumas idéias e dificuldades comuns.
OBJETIVOS GERAIS
A Geografia atual procura auxiliar na formação de cidadãos conscientes,
participantes e dotados de opinião própria; na análise e comparação de fatos ocorridos
em diversos locais e em diferentes épocas, para compreensão da configuração sócio -
espacial dos dias atuais; na visão interdisciplinar dos fatos e fenômenos do espaço
geográfico e na aplicação e reconhecimento em sua vida e dos seus conceitos.
Para isso se faz necessario
Analisar o espaço geográfico local, regional e mundial, tendo como subsídio a
cartografia.
147
- Possibilitar a conscientização, por parte do aluno, como agente participante
das transformações do espaço geográfico.
Criar condições para que o aluno aprofunde os seus conhecimentos dos
conceitos básicos da Geografia, entendendo as diversidades e mudanças que
acontecem no mundo, tornado-o capaz de pensar esse mundo e perceber-se
como parte integrante dele.
O aluno deverá identificar as particularidades de uma paisagem, lugar ou
território no espaço geográfico, reconhecendo os fenômenos aí encontrados,
determinando o processo de sua formação e o papel da tecnologia dos grupos
humanos que habitam ou já habitaram esse determinado lugar, paisagem ou
território; comparar os fenômenos geográficos e reconhecer as semelhanças e
diferenças existentes entre eles, explicando por que elas existem.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de Geografia deve propiciar ao aluno uma compreensão de espaço em
sua totalidade – distância, localização, semelhanças, diferenças, atividades e sistemas
de relações – visando o desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade e
formação do raciocínio a respeito do espaço.
A problematização dos temas de estudo deverá permitir a análise, a discussão
e a crítica e fazer o aluno tomar consciência de seu papel de agente social,
estimulando atitudes para o exercício da cidadania.
Portanto, a aprendizagem será efetiva quando o conteúdo trabalhado em sala
de aula for articulado com o conhecimento que o aluno traz consigo, a partir da sua
vivência.
CONTEÚDOS - ENSINO FUNDAMENTAL
5ª Série / 6º Ano
Conteúdos Estruturantes
148
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos Específicos
Espaço natural e geográfico.
Paisagens cultural e natural.
Orientação: como se orientar.
Aprendendo a localizar: coordenadas geográficas.
A representação do espaço.
Introdução à Cartografia: mapas, escalas, plantas; linguagem cartográfica:
convenções cartográficas e gráficos.
Os movimentos da Terra.
Fases da Lua.
A natureza e o trabalho humano/Educacao Fiscal
A natureza é a fonte da vida.
Trabalho humano/História e Cultura Afro-Brasileira.
A natureza é transformada em produto pelo trabalho humano.
O mercado consumidor e a sociedade de consumo.
149
Revoluções industriais: impactos nas sociedades e na natureza.
A agropecuária e as condições ambientais: clima, solo, relevo/Educacao
Ambiental.
O extrativismo mineral e o meio ambiente: minerais e rochas.
6ª Série / 7º Ano
Conteúdos Estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural, transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaçogeográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
Conteúdos Específicos
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
150
A expansão do espaço geográfico.
A estrutura da população/História e Cultura Afro-Brasileira.
A técnica e a população/ Genero e Diversidade Sexual.
Migrações populacionais.
Atividades econômicas/ Educacao fiscal.
Urbanização.
Conhecendo o nosso país.
Regiões brasileiras: macro-regiões e regiões geoeconômicas.
Região Norte.
Região Nordeste.
Região Sudeste.
Região Sul/História do Paraná.
Região Centro-Oeste.
7ª Série / 8º Ano
Conteúdos Estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
151
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Conteúdos Específicos
O Continente Americano.
Espaço geográfico.
Colonização do Continente Americano.
Povos nativos da América.
Política: a América hoje.
Paisagens naturais.
Estrutura Geológica.
Hidrografia das Américas.
Exploração dos recursos naturais/Educacao Ambiental.
Produção de energia.
Impacto ambiental.
Industrialização e trabalho/Educacao Fiscal
Desenvolvimento urbano/Prevencao ao Uso indevido de Drogas.
Estados Unidos e o poder do Capitalismo.
Produção agropecuária.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)/Enfrentamento a Violencia contra a
criança e o adolescente.
Blocos Econômicos das Américas.
8ª Série / 9º Ano
Conteúdos Estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
152
Conteúdos Básicos
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais/ Educação Fiscal.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)
organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
Conteúdos Específicos
Diversidade cultural.
Globalização/Prevencao ao Uso Indevido de Drogas/Genero e Diversidade
Sexual.
Desenvolvimento da tecnologia.
Mercadorias: transporte e comércio/Educacao Fiscal.
Exploração dos recursos naturais/Educacao Ambiental.
Impactos ambientais.
Crescimento populacional do Mundo.
Movimentos migratórios.
Geopolítica no Mundo: fronteiras.
Conflitos étnicos.
Blocos Econômicos.
O Continente Europeu: político, físico, clima.
Guerra Fria.
O fim da União Soviética.
O Continente Africano.
153
Apartheid/Historia e Cultura Afro-Brasileira.
O Continente Asiático: político, físico, clima/Educacao Ambiental.
Conflitos na Ásia/Genero e Diversidade Sexual.
Desenvolvimento industrial.
Oceania: político, físico, clima, indústria.
DIRETRIZES DO ENSINO MÉDIO
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Inúmeros autores têm se dedicado a re-significar a Geografia nos níveis de
ensino e pesquisa. Nestas diretrizes considera-seque o ensino deve subsidiar os
alunos a pensar e agir criticamente, de modo que se ofereçam elementos para que
compreendam e expliquem o mundo. Assim, cabe à Geografia prepará-los para uma
leitura crítica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos
que imprimem passividade aos indivíduos.
Como espaço privilegiado de análise e produção de conhecimentos, a escola
deve subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que se
tornem sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca. Por
isso, é tarefa do professor e dos alunos terem uma atitude investigativa de pesquisa,
recusarem a mera reprodução da interpretação do mundo, feita por outros, e
assumirem seu papel de agentes transformadores da realidade.
Sobre a teoria e o ensino da Geografia, acrescenta-se que sua relevância está
no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o
espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender
um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos de Geografia, com
os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar a
diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. A
função da Geografia na escola é desenvolver o raciocínio geográfico, isto é, pensar a
realidade geograficamente e despertar uma consciência espacial.
Espera-se que o professor empreenda uma educação que contemple a
heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual,
154
quando a velocidade dos deslocamentos dos indivíduos, instituições, informações e
capitais determina a configuração do espaço geográfico.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma crítica e
dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligadas, em
coerência com os fundamentos teóricos propostos.
A partir dos conteúdos estruturantes, recomenda-se que se amplie a
abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em
diferentes materiais didáticos.
No Ensino Médio os quatro conteúdos estruturantes serão o ponto de partida e
de chegada para a seleção e organização dos conteúdos específicos por série, ou seja,
para a construção da proposta curricular.
Recomenda-se que os conteúdos específicos sejam organizados numa
sequência que parta da atual ordem mundial e problematize as relações de poder, as
relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporais que contribuíram para
essa constituição do espaço geográfico.
Esse ponto de partida pode se articular, na sequência, com a discussão
regional. O professor pode abordar os diversos critérios de regionalização do espaço
geográfico até a formação dos atuais blocos regionais e selecionar outros conteúdos
específicos que envolverão também aspectos socioambientais e culturais dos diversos
recortes espaciais em análise que devem incluir o Brasil e o Paraná.
Questões geográficas relacionadas ao atual período histórico poderão ser
enfocadas a seguir para que os conceitos básicos da Geografia – lugar, território,
paisagem, região, sociedade, natureza e rede – sejam tratados de maneira mais
complexa.
Essa recomendação de sequência de abordagem de conteúdos apresenta, em
linhas gerais, uma possibilidade de organização de conteúdos a serem distribuídos e
tratados ao longo do Ensino Médio.
É importante que seja preservada a dinâmica do fazer pedagógico por meio da
qual os quatro conteúdos estruturantes serão fundamentais para compreender tanto
quanto possível o maior número de aspectos que constituem o espaço geográfico.
AVALIAÇÃO
155
No decorrer do processo de ensino-aprendizagem, a avaliação se dará de
acordo com a L. D. B. (Lei Diretrizes de Bases da Educação) de forma contínua e
cumulativa.
A avaliação deverá ter uma finalidade diagnóstica, proporcionando elementos
para identificar os problemas que estão inviabilizando ou dificultando a consecução dos
objetivos, com vistas à preposição e realização de ações capazes de corrigir ou
eliminar tais problemas.
A avaliação processual deverá ocorrer levando em consideração:
- Os diversos níveis de complexidade que um mesmo conteúdo contém;
- Que a mesma aconteça diariamente e não em momentos exclusivos;
- A necessidade de definições claras de objetivos da escola, dos conteúdos,
meios e processos adequados para a avaliação;
- O emprego de diferentes recursos e instrumentos avaliativos;
- A concepção de avaliação enquanto situação de aprendizagem, o que implica
que as produções dos alunos serão avaliadas observando-se três procedimentos:
constatação, reflexão e superação do problema;
- Que a constatação do erro faz-se necessário considerando a intrínseca do
conteúdo; a possibilidade de dedução e generalização equivocada do conceito; as
dificuldades impostas pela competência lingüística do aluno; ausência de pré-
requisitos;
- A necessidade de tomada de decisões pertinentes e promoção de ações
concretas de reordenação das condições de execução do processo pedagógico.
METODOLOGIA
Nossa proposta de trabalho procura ver o educando como um ser humano que
vive imerso numa enorme quantidade de informações, sendo que muitas delas são de
cunho geográfico.
Segundo Cordeiro (2002. p 26), a geografia tornou-se uma fonte importante do
conhecimento como ciência social, implicando diretamente nas transformações
mundiais, que se dão, no caráter da espacialidade de toda prática social onde há uma
dialética entre o homem e o lugar, pois este espaço contribui para a formação do ser
humano, contudo isto provoca alterações e transforma o espaço.
156
Essa dialética deve ser compreendida pelos alunos para que possam tomar
consciência de que eles e toda a sociedade são agentes no espaço, ou seja, são
sujeitos das transformações ocorridas no lugar onde vivem, ou não. Este espaço se
refere tanto à realidade micro (sua rua, seu bairro e a região), quanto na macro (sua
cidade, seu estado, país e continente), sendo necessário analisar suas estruturas.
Diante dessa dialética existente, tendo o homem como sujeito do processo de
transformação do espaço, faz-se necessário à aplicação de uma proposta de ensino e
aprendizagem sócio-construtivista, da qual o aluno é ativo, por sentir-se sujeito desse
processo, que o professor também seja ativo, porque é ele quem faz a mediação do
aluno com o objeto, tendo como base importante à observação, localização, relação,
compreensão, descrição, expressão e representação, promovendo a auto-reflexão do
aluno.
Nesse contexto, considera-se, o aluno como um agente social que se apropria
do conhecimento historicamente elaborado e que ativamente pode reconstruí-lo pelo
aprendizado e pelo exercício de cidadania. Nesse processo, o educando constrói os
conceitos geográficos e não simplesmente os recebe prontos.
Assim, como os educando, o professor de Geografia também esta exposto a
essa grande quantidade de informações. Então destacamos sua importância como
problematizador que cria situações de aprendizagem ligadas à vida cotidiana do aluno.
Nesse sentido, instiga-o a interpretar, analisar, levantar hipótese, propor soluções e
representar as dinâmicas do espaço geográfico.
O papel do professor de Geografia também é importante em relação às
precauções que devem ser tomadas quando ao uso de recursos tecnológicos nos
processos de ensino e aprendizagem, já que eles são veículos da mídia. Embora, no
que diz respeito à Geografia, a mídia possibilite ao educando conhecer paisagens e
vivências de outras localidades e aprofundar as mediações de seu lugar com o mundo,
relacionado o que acontece em nível local com o global, pode também induzir
determinados modos de pensamentos e atitudes. Assim, é necessário que o professor
auxilie o aluno na leitura das ”entrelinhas” das notícias, reportagens e outras situações
apresentadas por esses meios, desenvolvendo assim o pensamento critico.
Procuramos basear o trabalho proposto nos recentes avanços teóricos e
metodológicos voltados para a construção do conhecimento que resultaram em vários
artigo, livros e propostas curriculares.
157
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Durante o andamento dos processos de ensino e aprendizagem da geografia é
necessário verificar a validade da prática pedagógica e se os objetivos estão sendo
alcançados e, se preciso redirecionar o trabalho e as estratégias desse processo.
Entendemos que a avaliação permite confirmar as condições em que se
encontram os elementos envolvidos no processo. Para isso, o professor pode utilizar
vários instrumentos de avaliação para obter informações sobre o nível de aprendizado
dos alunos, entre eles: observações do processo; registro do empenho de cada aluno e
aplicações de atividades envolvendo os objetivos que se pretende atingir.
Com base nesse entendimento esta proposta de trabalho permite a avaliação
constante de forma que dê ao professor pistas concretas do caminho que o educando
esta fazendo para observar, descrever, comparar, interpretar, sintetizar, formular
hipóteses, analisar e propor soluções no contexto dos conhecimentos construídos com
o estudo da Geografia.
Atualmente faz-se necessário o resgate e a valorização do contexto psico-sócio-
cultural do educando e a disciplina de educação artística tem um papel importante
neste caminho já que pode preparar o educando para a leitura e a utilização das
ferramentas que bombardeiam, amplamente, nossa sociedade no dia-a-dia.
E diante dos novos rumos que a educação tem tomado é possível perceber a
presença marcante que a disciplina de educação artística tem tomado em vários
aspectos, tais como: a ligação que se pode fazer com as demais disciplinas devendo
envolver linguagens variadas e valorizar o meio em que o educando está inserido.
Nossa proposta visa permitir ao educando a preparação, a leitura e a aplicação
dos signos que permeiam o meio psico-sócio-cultural de nossa sociedade atual, o que
lhe amplia largamente as formas de comunicação.
CONTEÚDOS - ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
158
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnicocientífica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
1ª Série
Conteúdos Específicos
Os continentes: planisfério, planisfério físico, mapa mundi político e perfil de cada
continente.
159
Caracterização do espaço brasileiro: dimensão, localização geográfica e fusos
horários.
A organização político-administrativa e a divisão regional do Brasil
Os complexos regionais brasileiros: Amazônica, Nordeste e Centro-Sul.
Geopolítica
Brasil: ocupação e expansão do território e fragmentação política.
Território e territoriedade no espaço urbano
A globalização e os blocos econômicos regionais: União Européia, Nafta e Bloco
do Pacífico.
Outros blocos econômicos: Alca, Mercosul, Pacto Andino, CEI, Caricon, Aladi,
MCCA, Sade, Comesa, Asean e Anzcerta.
Recurso natural: água doce
A poluição das águas dos mananciais, oceanos e mares.
Paisagem e espaço geográfico
2ª Série
Conteúdos Específicos
A urbanização da humanidade
Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras
Migrações no mundo e no Brasil
Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas
O Islamismo e os conflitos entre o Oriente e o Ocidente.
Perfil do Oriente Médio e o conflito entre Judeus e Árabes.
Crescimento demográfico
População brasileira: distribuição e estrutura
Introdução ao tema: dimensão econômica da produção do/ no espaço.
A atividade industrial no mundo e no Brasil.
Aspectos econômicos, políticos e sociais:das lojas de departamentos, dos
hipermercados e fast food.
Redes
3ª Série
Conteúdos Específicos
Sistemas: sócio-econômico-político (capitalismo e socialismo).
Sociedade de consumo
160
A questão da fome
Introdução temática dimensão sócio-ambiental.
Atividades humanas e impactos ambientais.
Destruição da natureza: erosão, desertificação e salinização
O lixo urbano e os impactos ambientais causados pela população.
A poluição do ar: inversão térmica, “ilhas de calor”, chuva ácida, efeito estufa,
destruição da camada de ozônio e aquecimento global.
Impactos ambientais nos ecossistemas brasileiros
Fontes de energia sob a ótica do desenvolvimento e da preservação ambiental.
Equilíbrio ecológico na agricultura.
Catástrofes naturais.
LEGISLAÇÃO
Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira
A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em
meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os
direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a
identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus
povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas.
Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a
que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos
Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação
da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à História do Brasil.
Dessa forma, o trabalho com a história e cultura afro-brasileira se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
161
Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
“precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido
de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de
formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”.
(Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78).
Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Prevenção ao uso Indevido de
Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e
biológicos, sendo de forma interdisciplinar ou não.
6) Lei 9799/95 – Educação Ambiental
Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se
apresenta como uma matriz indispensável para:
a) definição de usos permitidos ou proibidos;
b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação
ambiental;
c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas;
d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e,
especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental;
e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente;
f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do
desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação
Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos
Temáticos da Diversidade, p. 72).
Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Ambiental se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e ambientais, sendo de
forma interdisciplinar ou não.
Educação Fiscal
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da
Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos
tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública,
162
incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e
criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão”
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287).
Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Fiscal se torna pertinente
na medida em que se volta aos aspectos científicos e econômicos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de
Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
conhecimento toma o lugar da força”.
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90)
Dessa forma, o trabalho em Ciências com o enfrentamento a violência contra a
criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos
biológicos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não.
Gênero e Diversidade Sexual
Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade
na educação básica deverão:
1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados
nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e
de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação.
2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em
sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência
sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um
espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas.
3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os
sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de
gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar.
4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico
incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize
de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória.
163
5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das
licenciaturas.
(http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i
d=390&Itemid=49)
Dessa forma, o trabalho em Ciências com Gênero e Diversidade se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos biológicos, sociais e políticos,
sendo de forma interdisciplinar ou não.
6.9 DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde a Antiguidade tentou-se fazer da história o objeto de uma verdadeira
ciência, onde historiadores e filósofos buscaram encontrar e definir as leis da
História. Segundo Jacques Le Goff, essa busca sofreu uma falência significativa,
já que
“... a possibilidade de uma leitura racional a posteriori da história, o
reconhecimento de certas regularidades em seu decurso (fundamento de
um comparatismo da história das diversas sociedades e das diferentes
estruturas), a elaboração de modelos que excluem a existência de um
modelo único (o alargamento da história do mundo no seu conjunto, a
influência da etnologia, a sensibilidade para as diferenças e em relação
ao outro, caminham neste sentido) permitem excluir o retorno da história
a um mero relato”. (LE GOFF, 2003, p.10)
A história enquanto disciplina escolar, ao se integrar à área de ciências
humanas, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas,
situando-as nas diversas temporalidades, servindo como arcabouço, para a
reflexão sobre possibilidades ou necessidades de mudanças. Desta forma o
ensino de história deve visar a formação dos indivíduos ativos e pensantes na
164
sociedade, preocupados e envolvidos em questões sócio-ambientais, culturais,
econômicas e políticas, para assim compreender os processos da sociedade.
Segundo as Diretrizes Curriculares de História da SEED-PR,
“A história tem como objeto de estudo os processos históricos relativos
à ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a
respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não
consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas
ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja,
são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de
imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e
politicamente”. (PARANÁ, 2006, p.22)
A partir dos estudos da Escola dos Annales podemos realizar um
planejamento educacional voltado para as relações de poder, cultural e trabalho
para direcionar os conteúdos para os termos específicos.
OBJETIVO GERAL
A função do ensino desejável, no entender dos professores do ensino
fundamental e médio, deve dar conta de superar os desafios de desenvolver o
senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, socializando
a produção da ciência histórica passando a reprodução do conhecimento à
compreensão das formas de como este se produz, formando um homem político
capaz de compreender a estrutura do mundo da produção onde ele se insere.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conhecer realidades históricas singulares, distinguindo diferentes modos de
convivência nelas existentes :
Caracterizar e distinguir relações sociais da cultura com a natureza e trabalho,
em diferentes realidades históricas.
Localizar acontecimentos no tempo, dominando noções de medida e noções para
distinguí-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade.
165
Estabelecer relações entre acontecimentos e conceitos históricos no tempo.
Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares.
Identificar e analisar lutas sociais, guerras e revoluções.
Reconhecer as diferentes formas de relações de poder inter e intragrupos
sociais.
Compreender a diversidade cultural entre os povos, diferenciar propriedade de
posse, propriedade publica de privada e coletiva de individual.
Analisar conceitos antigos e contemporâneos sem cair no anacronismo.
Desenvolver análises econômicas e políticas.
Pesquisar a sociedade em sua totalidade e não buscando apenas o mito do herói
Investigar e analisar as correntes historiográficas, principalmente aquelas que
trabalham as mentalidades.
CONTEÚDOS
Os conteúdos devem ser trabalhados de forma temática, ou seja,
apresentar a história do Brasil em conjunto com a história européia e a história
do oriente, pois o aluno deve ter uma visão de totalidade e não aprender apenas
a história dos vencedores mas também a história dos vencidos e colonizados. É
necessário apresentar a história regional, indígena e afro brasileira.
É interessante também desenvolver as correntes historiográficas como a
nova história cultural pois, ela dá subsídios para analisar as relações culturais e
suas diferenças que no caso parte dos sujeitos históricos e suas representações
no espaço social, político e econômico dentro de uma temporalidade.
Desta forma, podemos abordar conteúdos que desperte no aluno o
interesse pela história, contando também com a abertura, a fim de adaptar estes
conteúdos à realidade de escola e, particularmente do aluno.
Vemos a importância de trabalhar os conteúdos estruturantes de forma
análoga de acordo com suas especificidades, ou seja, os temas específicos
apresentam várias relações, havendo a necessidade de trabalhar os três
conteúdos estruturantes ao mesmo tempo.
166
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
HISTÓRIAENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE/ 6OANO - Os Diferentes Sujeitos,
suas Culturas e suas Histórias
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
2. O historiador e a produção do conhecimento histórico.
3. Tempo e temporalidade.
4. Fontes e documentos.
5. Patrimônio material e imaterial.
6. Conceitos como Arqueologia, Antropologia e Etnologia.
7. A humanidade e a história.
8. Arqueologia do Brasil e do Paraná.
7) Povos indígenas do Brasil e do Paraná.
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações.
Teorias do surgimento do Homem na América.
Egito e Fenícios.
Hebreus e Persas.
- Gregos e Romanos.
- A Europa Feudal (Portugal e Espanha).
167
- O mundo Árabe.
- As Cruzadas.
- O fim da Idade Média.
ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE/ 7OANO -A Constituição Histórica do Mundo
Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
As Grandes Navegações.
A Chegada dos Europeus na América.
Incas, Maias e Astecas.
Os povos do Oriente.
Formação da sociedade americana e brasileira.
Expansão e consolidação do território brasileiro.
Renascimento
Absolutismo
Reforma e contra-reforma.
- O ciclo do açúcar
168
- O Brasil Holandês
- Os Bandeirantes.
- Colonização do território paranaense.
- O ciclo do ouro.
- Revoltas nativistas e nacionalistas.
- A cultura colonial.
- Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa.
- Diáspora africana.
- Trabalho escravo.
- Quilombos.
As conjurações mineira e baiana.
As revoluções inglesas no século XVII.
Os avanços das ciências.
A colonização inglesa da América do Norte.
O Iluminismo e seus filósofos.
A Independência dos Estados Unidos.
A Revolução Francesa.
- A ascensão de Napoleão Bonaparte.
- A expansão e queda do Império Napoleônico.
- A independência das colônias espanholas na América.
- A vinda da corte portuguesa para o Brasil.
- A administração joanina no Brasil.
- A Independência do Brasil.
ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE/ 8OANO - O Mundo do Trabalho e os
Movimentos de Resistência
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
169
CONTEÚDOS BÁSICOS:
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- A Revolução Industrial na Inglaterra.
4. O período regencial no Brasil.
5. As revoluções liberais na Europa.
6. O Segundo Império no Brasil.
7. A expansão dos Estados Unidos.
8. A unificação da Alemanha e da Itália.
9. A modernização do Japão.
10. Os movimentos nacionalistas.
11. A Segunda Revolução Industrial.
A Emigração Europeia.
A partilha da África e da Ásia.
O imperialismo na América Latina.
O fim da escravidão no Brasil.
A mão-de-obra europeia no Brasil.
A economia brasileira no final do século XIX.
A proclamação da República.
A primeira Guerra Mundial.
A estrutura política da República Velha.
Os movimentos sociais no Brasil.
A Revolução Mexicana.
As lutas contra o imperialismo na África e na Ásia.
A Revolução Soviética.
O movimento operário no Brasil.
A prosperidade econômica dos Estados Unidos.
170
A sociedade e a cultura da década de 1920.
A Semana de Arte Moderna e o tenentismo no Brasil.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE/ 9OANO – Relações de Dominação e
Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1. A Grande Depressão de 1929 e seus efeitos.
2. A ascensão do nazi-facismo na Europa.
3. O crescimento industrial da união Soviética.
4. A era Vargas no Brasil.
5. A Segunda Guerra Mundial.
- Os governos democráticos brasileiros entre 1945 e 1964.
- O golpe militar e a implantação da ditadura no Brasil.
- A Guerra Fria: O mundo dividido entre USA e URSS.
- A Descolonização da África.
- Os conflitos no Oriente Médio, Ásia e América.
- Os movimentos sociais dos anos 1960.
- A crise do petróleo e suas consequências.
171
- A redemocratização e a crise econômica do Brasil.
O governo de Fernando Henrique Cardoso.
O neoliberalismo e a globalização da economia.
O fim da Guerra Fria e da União Soviética.
O fundamentalismo islâmico.
De Collor a Lula
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO: 1OANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Tema 6: Cultura e religiosidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Arqueologia do Brasil e do Paraná.
Povos Indígenas do Brasil e do Paraná.
Contatos culturais entre indígenas e europeus.
Civilizações antigas orientais.
- Rupturas e permanências das sociedades orientais no mundo atual.
- Civilizações ocidentais.
A) Europa feudal (Portugal e Espanha).
172
ENSINO MÉDIO: 2OANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Tema 3: O Estado e as relações de poder
Tema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
B) Grandes navegações.
C) Chegada dos Europeus na América.
D) Incas, Maias e Astecas.
- Brasil colônia.
- Renascimento artístico e cultural.
- Absolutismo em Portugal e no Brasil.
- Economia açucareira.
- Colonização do Paraná.
- Economia mineradora.
- Ação dos Bandeirantes.
- Relação entre África e Europa.
- A escravidão no Brasil.
5. Revoltas coloniais brasileiras.
6. Revolução Inglesa.
7. Iluminismo.
8. Independência dos Estados Unidos da América.
9. Revolução Francesa.
173
- A vinda da Família Real para o Brasil.
- Império Napoleônico.
- Mudanças urbanas e culturais no Brasil.
- Independência das colônias espanholas.
- O ouro das Minas Gerais e os conflitos na colônia.
- Revoltas emancipacionistas.
ENSINO MÉDIO: 3O ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Tema 2: Urbanização e Industrialização.
Tema 5: Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e as revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
3) O Processo de Independência do Brasil.
4) Período Regencial.
5) Segundo Reinado no Brasil.
6) Revolução Industrial.
7) Expansão dos Estados Unidos da América.
8) Imperialismo.
b) Transição da política do Império para a República no Brasil (Fim da
escravidão).
c) Movimentos sociais (Canudos e Contestado).
d) Mão-de-obra europeia no Brasil.
e) Economia cafeeira.
174
- Primeira Guerra Mundial.
- Contexto político e economia no Brasil no período da Primeira Guerra.
- Revolução Russa.
- Movimento Operário no Brasil.
- Semana da arte moderna no Brasil.
- Crise de 1929.
- Regimes totalitários.
- Segunda Guerra Mundial e participação do Brasil.
- Era Vargas.
- Guerra Fria.
- Governos democráticos.
- Ditadura Militar no Brasil.
- Redemocratização do Brasil.
METODOLOGIA
A prática do professor de história visa desenvolver métodos adequados,
organizando a apreensão de conteúdos históricos onde o aluno, como um ser
pensante e crítico busque interagir com o professor o qual lhe apresenta de
forma clara o conteúdo e que desta forma ele possa perceber as mudanças
sociais políticas e culturais da sociedade onde ele está inserido. Desta forma, o
professor deve apropriar-se e adaptar as diversas formas metodológicas para
que todos os alunos, mesmo aqueles com problemas especiais consigam
adquirir o conhecimento histórico. Para tanto é necessário partir de uma
problematização do conteúdo para que se obtenha o melhor resultado.
Formas metodológicas
As formas metodológicas são importantes para que o aluno se interesse
pelo assunto. Com isso buscaremos desenvolver uma metodologia de trabalho
onde o aluno interaja com o conteúdo e desenvolva o seu raciocínio.
175
O aluno deve se apropriar dos fundamentos teóricos para que ele
desenvolva a prática de pensar historicamente.
- Aulas expositivas e dialogadas.
- Leitura e interpretação de texto, ou seja, documentos considerados
como fontes primárias.
- Contextualização dos conteúdos trabalhados.
- Elaboração de síntese em grupo.
- Reflexões críticas.
- Problematização dos temas para se chegar ao conteúdo estruturante.
RECURSOS
Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e por isso
utilizaremos o mais adequado ao conteúdo que será apresentado.
Quadro de giz
Jornais
Revistas
Dinâmicas em grupos
Vídeos
Músicas
Retro-projetor
Exercícios de fixação
Visitas monitoradas em órgãos públicos e privados
TV Pendrive
AVALIAÇÃO
A avaliação tem de ser uma ação que ocorra durante todo o processo de
ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos, caracterizando
como fechamento de etapas de trabalho, e terá que envolver não somente o
aluno, mas também o professor.
176
Será considerado como boa aprendizagem quando o aluno for capaz de
analisar interpretar e produzir textos de história, conseguindo estabelecer
relações entre o passado e o presente das experiências vividas em sociedade,
compreendendo os conteúdos estruturantes.
O professor precisa estabelecer relações entre continuidade / permanência
e ruptura / transformação nos processos históricos.
Serão avaliados a capacidade de discernimento frente a realidade atual ou
frente aos temas estudados. E também as capacidades de posicionar-se diante
de fatos presentes e suas relações com o passado.
Processos de Avaliação
As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas pois as avaliações
tradicionais levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo
professor o qual acaba levando a reprovação do aluno.
A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao
professor a identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se
for necessário, retomar os objetivos de ensino propostos.
Instrumentos
Provas sem ou com consultas
Atividades escritas
Trabalho de pesquisa
Apresentações orais
Produção de cartazes
Interpretação de músicas e filmes
Participações em debates
Trabalhos em grupos
Entrevistas
Interpretações de imagens
Relatórios de visitas monitoradas
E outras formas que ficam a critério dos professores
177
LEGISLAÇÃO
Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira
A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em
meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os
direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a
identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus
povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas.
Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se
refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes à História do Brasil.
Dessa forma, o trabalho com a história e cultura afro-brasileira se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
“precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido
de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de
formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”.
(Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78).
Dessa forma, o trabalho em História com a Prevenção ao uso Indevido de
Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos,
sendo de forma interdisciplinar ou não.
Lei 9799/95 – Educação Ambiental
178
Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se
apresenta como uma matriz indispensável para:
a) definição de usos permitidos ou proibidos;
b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação
ambiental;
c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas;
d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e,
especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental;
e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente;
f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do
desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação
Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos
Temáticos da Diversidade, p. 72).
Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Ambiental se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
Educação Fiscal
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da
Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos
tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública,
incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e
criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão”
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287).
Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Fiscal se torna pertinente
na medida em que se volta aos aspectos históricos e econômicos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de
Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
179
conhecimento toma o lugar da força”.
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90)
Dessa forma, o trabalho em História com o enfrentamento a violência contra a
criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos
históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não.
Gênero e Diversidade Sexual
Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade
na educação básica deverão:
1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados
nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e
de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação.
2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em
sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência
sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um
espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas.
3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os
sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de
gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar.
4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico
incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize
de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória.
5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das
licenciaturas.
(http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i
d=390&Itemid=49)
Dessa forma, o trabalho em História com Gênero e Diversidade se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais e políticos,
sendo de forma interdisciplinar ou não.
Lei 07/06 História do Paraná
O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do Paraná
nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino,
180
objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das
possibilidades de valorização do nosso Estado.
Dessa forma, o trabalho com a História do Paraná se torna pertinente na medida
em que se volta aos aspectos históricos, sociais, políticos econômicos e culturais,
sendo de forma interdisciplinar ou não.
6.10 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA -
ESPANHOL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
De acordo com a Constituição do Brasil (capitulo II, artigo 6), “a educação é um
direito de todos” e a sanção da lei 11.161 (05/08/05) o ensino do espanhol tornou-se
obrigatório. Isto nos da base para o ensino de uma Língua estrangeira e nos permite a
abordagem teórico-metodológica ocorre mobilizando os estudantes para o estudo da
língua espanhola ao ter uma leitura maior de mundo e do desejo de ampliar os
horizontes culturais, pelo fato de poder interagir com conteúdos, abordagens culturais
diversas que proporcionam o aprendizado de outra língua.
O ensino da língua espanhola deverá ser feito com qualidade e permitir ao aluno
a aquisição de outra língua através do processo continuo e permanente de estudo.
Podemos entender de forma geral que o que se quer é a formação cidadã e que
a língua apreendida permita entender as diversidades lingüísticas e culturais já
existentes, além de permitir uma nova leitura de mundo, do mesmo modo a leitura, a
oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto,
instrumento de comunicação e portanto, transformação.
Quando o aluno interage com outras culturas ele pode deduzir, analisar e
comparar estes conhecimentos com sua a própria cultura e a partir daí desenvolver
maior senso crítico, um agir mais seguro e confiante diante do mundo.
Pretende-se que ao conhecer outra língua, o acesso a informação por diversos
meios se amplie, e que o aluno tenha condições de ir a procura de informações,
181
instruções e consiga ampliar os meios para resolver as questões que o preocupam,
quebrando paradigmas existentes e criando novas maneiras de construir sentidos do
mundo, construindo significados para entender e estabelecer uma nova realidade e
compreender as diversidades lingüísticas e culturais que influenciarão de forma positiva
no aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua socialmente,
compreendendo as inter relações sócias e posicionando-se como sujeito.
LEGISLAÇÃO
O ensino da disciplina de Língua Estrangeira Moderna no caso a Língua
Espanhola, junto aos alunos do ensino médio por blocos deve ocorrer levando-se em
conta que tal disciplina está inserida em um contexto maior e bem detalhada junto as
Diretrizes Curriculares Educacionais. Ainda que se saiba que os conteúdos devam ser
priorizados, devemos buscar empenho para que sempre que possível, acrescentar e
incluir e considerar as questões ligadas a legislação de modo a garantir a ampla
discussão e reconhecimento do que segue:
Lei 39/03 – Historia e cultura Afro-brasileira
Segundo Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, O conteúdo programático incluirá o
estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro na área social, econômica e política pertinentes à História
do Brasil.
Assim a Língua Espanhola trabalhara com diversos textos apresentando estas
contribuições, como também discutindo e estudando noções de história sobre a
colonização e os escravos nos povos que foram colonizados pelos espanhóis.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Segundo o caderno Temático de prevenção ao Uso indevido de Drogas
“precisamos projetar um novo desenho de enfrentamento ao uso indevido de drogas,
trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e
implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção
ao uso Indevido de drogas – Cadernos Temáticos da Diversidade, p.78).
182
Fazer debates, pesquisa sobre países que liberam o uso de drogas, também as
chamadas drogas legais, álcool e cigarro principalmente, através de textos descritivos
e informativos, elaboração escrita em espanhol de conseqüências do uso de drogas,
apresentação em grupos.
Educação Fiscal
Segundo o site do Dia a Dia Educação do Paraná, “ A proposta da Educação
Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socioeconômica dos tributos,
possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o
acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar
condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão”
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287).
Fazer debates, encontrar noticias em jornais televisivos ou escritos de exemplos
de cidadão que fazem valer seus direitos de cidadão, procurar a essência da noticia
para ser expressa oralmente ou escrita dependendo do caso em espanhol, com ajuda
de dicionários, e gramática.
Lei 9799/95 – Educação Ambiental
Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se
apresenta como uma matriz indispensável para:
a) definição de usos permitidos ou proibidos;
b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação
ambiental;
c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas;
d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e,
especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental;
e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente;
f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do
desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação
Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos
Temáticos da Diversidade, p. 72).
Pedir para os alunos que atitudes são necessárias e favoráveis na preservação
e manutenção de nosso entorno, entrar em sites em espanhol que apresentem esta
temática, para depois discuti-la.
183
Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de
Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
conhecimento toma o lugar da força”.
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90)
Pesquisar como outras culturas enfrentam estes temas através de textos,
internet, jornais e revistas, comentar e discutir.
Gênero e Diversidade Sexual
Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na
educação básica deverão:
1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas
escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de diversidade
sexual e quando isso for constatado, retirá-lo de circulação.
2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e
diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e
homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço
pedagógico, livre e seguro para todos e todas.
3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os
sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de
gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar.
4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagógico incorpore a
categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de linguagem
sexista, homofóbica e discriminatória.
5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas.
(http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=
390&Itemid=49)
Apresentar textos e noticias de inclusão social, como outros países se
comportam socialmente e como tem superado preconceitos.
Lei 07/06 História do Paraná
O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do
Paraná nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino,
184
objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das
possibilidades de valorização do nosso Estado.
Trabalhar com os alunos para que apresentem os principais aspectos regionais
do Paraná e seus pontos turísticos relevantes.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A um tempo não muito distante, algumas décadas atrás aprender uma língua
estrangeira era privilégios para poucos, hoje essa realidade tem mudado
consideravelmente e o ensino de uma Língua Estrangeira é um direito de todo o
cidadão brasileiro amparado pela carta magna que é a constituição do Brasil, assim a
Língua Estrangeira Moderna norteia-se no sentido de que o desenvolvimento do
estudante deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita permitindo a
construção do conhecimento e a formação cidadã e, que a língua apreendida seja
caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades lingüísticas e
culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.
Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social
e, portanto instrumento de comunicação, interação e aprimoramento.
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
- Fonemas;
- Repetição de palavras;
- Léxico;
- Sintaxes;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
CONTEÚDOS BÁSICOS – 1º Ano Ensino Médio
ESCRITA:
- Tema do texto;
185
- Texto e contexto;
- Finalidade do texto;
- Interpretação de texto;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos formais;
- Elementos Informais;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbo/nominal.
ORALIDADE:
- Contexto;
- Fonemas;
- Expressões idiomáticas;
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Informação;
- Elementos extralingüísticos: sotaque, entonação, pausas, gestos,etc.
- Adequação do discurso ao gênero;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
CONTEÚDOS BÁSICOS – 2º Ano Ensino Médio
LEITURA
- Conteúdo temático;
- Tema do texto;
- Finalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Discurso direto e indireto;
186
- Informação;
- Léxico;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- Ambigüidade;
- Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
ESCRITA
- Contexto
- Conteúdo temático;
- Finalidade do texto;
- Tema do texto
- Temporalidade
- Informação;
- Intertextualidade;
- Discurso direto e indireto
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Concordância verbal e nominal;
- Semântica:
- figuras de linguagem;
- Expressões idiomáticas.
- Acentuação gráfica
- Ortografia
ORALIDADE
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Informação;
- Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas... ;
187
- Adequação do discurso ao gênero;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: regionalismos, coesão, coerência, repetição;
- Elementos semânticos;
CONTEÚDOS BÁSICOS – 3º Ano Ensino Médio
LEITURA
- Falsos cognatos;
- Palavras de diferente gênero;
- Conteúdo temático;
- Tema do texto;
- Finalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Discurso direto e indireto;
- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
- Informação;
- Situação;
- Léxico;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- Ambigüidade;
- Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- Expressões que denotam ironia e humor no texto;
ESCRITA
- Falsos cognatos;
- Palavras de diferente gênero;
- Contexto
- Conteúdo temático;
188
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Tema do texto
- Temporalidade
- Informação;
- Intertextualidade;
- Discurso direto e indireto
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Concordância verbal e nominal;
- Semântica:
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- Expressões idiomáticas.
- Acentuação gráfica
- Ortografia
ORALIDADE
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Informação;
- Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas... ;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: regionalismos, coesão, coerência, repetição;
- Elementos semânticos;
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
189
No decorrer do aprendizado de línguas estrangeiras se abrem infinitas
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e
construir significados por conhecer outras expressões culturais. Dessa forma, que o
ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio da compreensão da diversidade
lingüística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as
práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta o seu conhecimento prévio.
O uso dos diferentes gêneros textuais permite ao aluno que identifique as
diferenças
estruturais e funcionais, a autoria e ao público alvo é necessário pautar que na
realidade não existe uma cultura melhor que a outra, mas sim culturas diferentes.
Neste mesmo sentido a pronunciação de uma determinada região que fala espanhol
não é melhor ou certa, mas sim diferente.
Interpretação de textos de vestibulares com assuntos diversos e temas como
cultura Afro-brasileira, Drogas, violência contra o adolescente, diversidade sexual,
educação fiscal, entre outros serão abordados, de modo que o aluno possa conhecer,
expressar e defender, e construir formas de ver o mundo. Para tanto serão utilizados
recursos como; aulas expositivas principalmente no contexto de estruturas gramaticais,
debates, trabalhos em grupo, seminários, com o uso de recursos audiovisuais diversos
(vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia), uso de bibliografia diversa visando
facilitar o contato e a interação com a língua.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem devera ser diagnóstica, contínua, processual e
acumulativa, de modo a cumprir o seu verdadeiro significado, que é o de subsidiar e
garantir a construção da aprendizagem bem sucedida. Assim, os conteúdos
trabalhados serão sempre discutidos e abordados como forma de se chegar a elevação
do nível de conhecimento dos alunos.
Vários instrumentos serão utilizados como forma de diversificar e melhor atender
as particularidades dos alunos e das turmas, dentre eles, trabalhos escritos,
participações em atividades de canto, exercícios de pronuncia, teatro, ditado,
construção e representação de diálogos de diálogos que imitem a vida real, provas,
pesquisas, interpretações de textos, uso de material específico como revistas e jornais
estrangeiros, jornais digitais, dentre outros.
190
Serão utilizadas como referências as orientações que constam no regimento
interno da escola, assim como as expressas no Projeto Político Pedagógico do colégio
Estadual João Bettega, de modo a assegurar os objetivos propostos no mesmo.
6.11 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA –
INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.
Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e
estrutural do código lingüístico.
A língua concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado,
constrói significados e não apenas os transmite. O sentido da linguagem está no
contexto de interação verbal e não no sistema lingüístico. Além disso, ao conceber a
língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite-se
aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos no
mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como
atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a
cultura do ouro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade.
Assim, atuará sobre os sentidos passíveis e reconstruirá sua identidade como agente
social.
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina,
contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Ensinar e aprender
línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir
sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os
diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência
atingido.
As aulas de Língua Inglês se configuram como espaços de interações entre
professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no
dia-a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas
191
da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica
a respeito do papel das línguas na sociedade.
Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como meio
de progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular,
obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir
para formar aluno críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam
exploras as práticas de leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa
e a reflexão.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino de Língua Estrangeira Moderna , na Educação Básica, propõe superar
os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o
ensino desta disciplina. Desta forma espera-se que o aluno:
- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- vivencie formas de participação que lhe possibilitem estabeleces relações entre
ações individuais e coletivas;
- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural do país.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as
diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte
comum na seleção de conteúdos específicos.
Entende-se que o ensino da Língua Estrangeira deve considerar as relações que
podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o
reconhecimento da diversidade cultural.
Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de
comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – é também
inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades
locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros
conhecimentos.
192
Ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas
implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua
materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e
cognitiva.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE /BÁSICOS
Define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o
Discurso como prática social . A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de
leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Sob tal
pressuposto, o trabalho em aula deve partir de um texto de linguagem no contexto em
uso, sob a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo
e não pela mera prática de estrutura lingüísticas. Por sua vez, os conteúdos específicos
contemplam diversos gêneros discursivos, além de elementos lingüísticos- discursivos,
tais como: unidades lingüísticas que se configuram como as unidades de linguagem,
derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado, temáticas que se referem ao
objeto ou finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um
gênero, e composicionais, compreendidas como a estrutura especificados textos
pertencentes a um gênero (BAKHTIN, 1992).
Nestas diretrizes, optou-se por não estabelecer conteúdos por série. O professor
deve considerar a diversidade de textos existentes e a especificidade do tratamento da
língua estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer critérios para definir os
conteúdos específicos para o ensino.
No ato da seleção de textos, propõe-se analisar os elementos lingüístico-
discursivos neles presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas
objetivos de natureza lingüística, mas sobretudo fins educativos, na medida que
apresentam possibilidades de tratamento de assuntos polêmicos, adequados à faixa
etária e que contemplem os interesses dos alunos. A organização de conteúdos
específicos baseados apenas em itens gramaticais não é recomendável, já que
contraria a visão de língua em contexto. A gramática será tratada de modo
contextualizado.
Visto que na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o conteúdo estruturante é
o discurso como prática social, é a partir dele que advêm os Conteúdos Básicos: os
193
gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os
Conteúdos Básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de
circulação (cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa,publicitária, política,
jurídica, produção e consumo, midiática), de acordo com a Proposta Pedagógica
Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a
cada série. Os gêneros discursivos precisam ser retomados em diferentes séries,
respeitando-se o princípio da complexidade crescente. Eis alguns exemplos de gêneros
discursivos: bilhetes, cartão, convites, autobiografia, contos, fábulas, artigos, debate,
palestra, cartazes, mapas, caricatura, charge, entrevista,anúncio, e-mail, slogan,
abaixo-assinado, carta de emprego, contrato, depoimentos, bulas, placas, blog, chat,
torpedos, etc.
Conteúdos Básicos pertencentes às práticas da leitura, escrita e oralidade:
LEITURA
- identificação do tema
- intertextualidade
- intencionalidade
- léxico
- coesão e coerência
- funções das classes gramaticais no texto
- elementos semânticos
- recursos estilísticos (figuras de linguagem)
- marcas lingüísticas (pontuação, recursos gráficos)
- variedade lingüística
- acentuação gráfica
- ortografia
ESCRITA
- tema do texto
- Interlocutor
- finalidade do texto
- intencionalidade do texto
- intertextualidade
194
- condições de produção
- informatividade (informações necessárias para a coerência do texto)
- léxico
- coesão e coerência
- funções das classes gramaticais no texto
- elementos semânticos
- recursos estilísticos (figuras de linguagem)
- marcas lingüísticas (pontuação, recursos gráficos)
- variedade lingüística
- ortografia
- acentuação gráfica
ORALIDADE
- elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc...
- adequação do discurso ao gênero
- turnos de fala
- variações lingüísticas
- marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição
- pronúncia
Com relação aos conteúdos específicos da disciplina, estes deverão estar
presentes no Plano de Trabalho Docente, tendo em vista que o foco do trabalho da
LEM é o TEXTO, o gênero textual com suas peculiaridades e a análise lingüística
necessária à leitura, compreensão e produção textual.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas
questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas
do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula será o texto,
verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso. Serão abordados vários
gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero
estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação
195
presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois
de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática
para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.
Os alunos terão acesso a textos de várias esferas sociais: publicitária, jornalística,
literária, informativa, etc, para que possam identificar as diferenças estruturais e
funcionais, a autoria, o público a que se destina. O objetivo será interagir com a infinita
variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
A produção de um texto será feita a partir do contato com outros textos, que
servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.
Serão desenvolvidas atividades significativas, que explorem diferentes recursos e
fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca.
As discussões serão feitas em Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem
de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Essas
discussões servirão como subsídio para a produção textual em Língua Estrangeira.
O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua
solução despertará o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica
e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüístico-culturais e percebam as implicações
sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso – no qual se revele o respeito
às diferenças culturais, crenças e valores.
A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de
orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero,
planejamento,m articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada –
formal ou informal.
O ensino da Língua Estrangeira, através dos textos, será articulado com as
demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos, fazendo o
aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados
com a Língua Estrangeira.
Os conteúdos serão retomados em todas as séries,em diferentes graus de
profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.
Como recursos metodológicos serão utilizados materiais como: livros didáticos,
dicionários, vídeos, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, etc.
AVALIAÇÃO
196
A avaliação tem de ser uma ação que ocorra durante todo o processo de
ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos, caracterizando
como fechamento de etapas de trabalho, e terá que envolver não somente o
aluno, mas também o professor. Em relação à LEITURA, será avaliado no aluno
sua capacidade de: identificar o tema, realizar leitura compreensiva do texto,
localizar informações explícitas no texto , ampliar seu horizonte de expectativas,
ampliar seu léxico, identificar a idéia principal do texto. Em relação à ESCRITA,
será avaliado no aluno sua capacidade de: expressar as idéias com clareza,
elaborar e reelaborar texto atendendo as situações de produção propostas e a
continuidade temática,diferenciar o contexto de uso de linguagem formal e
informal, utilizar adequadamente recursos lingüísticos,usar recursos textuais
como coesão e coerência , informatividade, etc, Em relação à ORALIDADE, será
avaliado no aluno sua capacidade de: utilizar o discurso de acordo com a
situação de produção(formal/informal), apresentar suas idéias com clareza,
coerência, mesmo que na língua materna, utilizar adequadamente entonação,
pausas, gestos, e respeitar os turnos da fala.
Processos de Avaliação
As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas, pois, as avaliações
tradicionais levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo
professor o qual acaba levando à reprovação do aluno.
A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao
professor a identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se for
necessário, retomar os objetivos de ensino propostos.
Instrumentos
Provas sem ou com consultas
Atividades escritas
Trabalho de pesquisa
Apresentações orais
Produção de cartazes
Interpretação de músicas e filmes
Participações em discussões
197
Trabalhos em grupos
Interpretações de imagens
E outras formas que ficam a critério dos professores
LEGISLAÇÃO
Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira
A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em
meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os
direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a
identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus
povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas.
Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se
refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes à História do Brasil.
Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a História e cultura afro-
brasileira se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de
textos pré-selecionados.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
“precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido
de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de
formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”.
(Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78).
Dessa forma, o trabalho em Lingua Estrangeira com a Prevenção ao uso
Indevido de Drogas se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar ,
através de textos pré-selecionados.
198
Lei 9799/95 – Educação Ambiental
Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se
apresenta como uma matriz indispensável para:
a) definição de usos permitidos ou proibidos;
b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação
ambiental;
c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas;
d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e,
especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental;
e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente;
f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do
desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação
Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos
Temáticos da Diversidade, p. 72).
Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a Educação Ambiental se
torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos pré-
selecionados.
Educação Fiscal
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da
Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos
tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública,
incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e
criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão”
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287).
Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a Educação Fiscal se torna
pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos pré-
selecionados.
Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente
199
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de
Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
conhecimento toma o lugar da força”.
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90)
Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com o enfrentamento a violência
contra a criança e o adolescente se torna pertinente e será desenvolvido de forma
interdisciplinar, através de textos pré-selecionados.
Gênero e Diversidade Sexual
Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na
educação básica deverão:
1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados
nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de
diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação.
2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em
sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência
sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um
espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas.
3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os
sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de
gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar.
4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagógico
incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de
linguagem sexista, homofóbica e discriminatória.
5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas.
(http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i
d=390&Itemid=49)
Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com Gênero e Diversidade se
torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos pré-
selecionados.
Lei 07/06 História do Paraná
200
O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do Paraná
nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino,
objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das
possibilidades de valorização do nosso Estado.
Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a História do Paraná se
torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos pré-
selecionados.
6.12 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa remete-nos a uma reflexão sobre a linguagem.
Esta é resultante da interação entre o homem e a realidade social em que o mesmo
está inserido.
A linguagem é mais do que um simples sistema de regras. Segundo Nunan
(1989), ela pode ser encarada como um recurso dinâmico para gerar significados;
portanto, além de conhecimento, implica também habilidade. Isso significa que, em
termos de aprendizagem, precisamos distinguir entre “aprender o que” e “aprender
como”. Temos de discernir entre o conhecimento de várias regras gramaticais e a
capacidade de usá-las eficientene e apropriadamente para a comunicação.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa da SEED-PR,
“O ensino da Língua Portuguesa deve responder às exigências da face
moderna da sociedade brasileira contemporânea e, ao mesmo tempo, as
contradições postas pela face arcaica que garante ao estudante o efetivo
domínio das atividades verbais. Trata-se de superar a forma antiga de
ensino que repassa conteúdos gramaticais fragmentados e
descontextualizados e que só sabe trabalhar burocraticamente o ler, o
escrever, o falar.” (PARANÁ, 2006).
201
Portanto, o objeto de estudo da disciplina é a própria língua, numa concepção
sócio-interacionista ou o que a direciona, baseada nas diretrizes curriculares do Estado
do Paraná.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
LÍNGUA PORTUGUESA: 5ª SÉRIE/6ºANO A 8ª SÉRIE/9º ANO E ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura: discurso enquanto prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Os conteúdos básicos serão determinados pelos próprios professores,
contemplando as práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística.
LEITURA:
• Gêneros textuais discursivos;
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Discursos;
• Elementos composicionais do texto;
• Situcionalidade;
• Intertextualidade;
202
• Vozes sociais presentes no texto;
• Semântica;
• Marcas linguísticas.
ESCRITA:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discursos;
• Paragrafação;
• Marcas linguísticas;
• Relação de causa e consequência;
• Sintaxe;
• Polissemia.
ORALIDADE:
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Interlocutor;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas;
• Turnos de fala;
• Intertextualidade;
• Contexto de produção da obra literária;
• Elementos semânticos.
METODOLOGIA
203
A prática do professor de Língua Portuguesa visa desenvolver métodos
adequados, para que o aluno, como um ser pensante e crítico, busque interagir com o
professor, a qual lhe apresenta de forma clara o conteúdo. Desta forma, ele pode
envolver-se com a leitura, a produção e análise dos textos, não isolados, mas
contextualizados com a realidade.
Formas metodológicas
As formas metodológicas são importantes para que o aluno se interesse pelo assunto.
Desenvolver-se-á uma metodologia de trabalho onde o aluno interaja com o conteúdo
e desenvolva o seu raciocínio.
• Aulas expositivas e dialogadas;
• Leitura e interpretação de texto;
• Contextualização dos conteúdos trabalhados;
• Elaboração de síntese em grupo;
• Reflexões críticas.
RECURSOS
Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e para tanto,
utilizar-se-á o mais adequado ao conteúdo apresentado.
Quadro de giz;
Jornais;
Revistas;
Dinâmicas em grupos;
Vídeos;
Músicas;
Retro-projetor;
Exercícios de fixação;
TR Pendrive;
Datashow.
204
AVALIAÇÃO
A avaliação é formativa, ocorrendo durante todo o processo de ensino e
aprendizagem e não apenas em momentos específicos, caracterizando como
fechamento de etapas de trabalho, e terá que envolver não somente o aluno, mas
também o professor.
Será considerado como boa aprendizagem quando o aluno for capaz de analisar,
interpretar e produzir textos, conseguindo estabelecer relações entre o passado e o
presente das experiências vividas em sociedade.
Processos de Avaliação
As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas, pois aquelas tradicionais levam ao
desgaste do aluno e não à compreensão esperada pelo professor o que acaba levando
o aluno à reprovação.
Instrumentos
• Provas sem ou com consultas;
• Produção de textos;
• Atividades escritas;
• Trabalho de pesquisa;
• Apresentações orais;
• Produção de cartazes;
• Interpretação de músicas e filmes;
• Participações em debates;
• Trabalhos em grupos;
• Entrevistas;
• Interpretações de imagens;
• E outras formas que ficam a critério dos professores.
LEGISLAÇÃO
205
Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
Lei 9799/95 – Educação Ambiental.
Educação Fiscal.
Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente.
Gênero e Diversidade Sexual.
Lei 07/06 História do Paraná.
Dentro dos conteúdos elencados, os professores trabalharão as leis citadas
acima.
6.13 DIRETRIZES CURRICULARES DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Para que não haja uma ênfase exagerada na linguagem formal do ensino da
matemática é necessário que o professor tenha conhecimento histórico de como se
constitui a educação. Isso permitirá que o professor tenha clareza sobre seu papel
como profissional e sobre o seu compromisso político, em especial em um momento de
reestruturação curricular.
Os conteúdos e o tratamento que a eles deve ser dado assumem papel centra,
uma vez que é por deles que os propósitos da escola se realizam. Para que a
aprendizagem seja significativa se faz necessário que os conteúdos sejam analisados e
abordados, formando uma rede de significados, levando em conta sua relevância social
e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno.
O Ensino da Matemática deve propiciar ao aluno compreender a realidade em
que esta inserido, desenvolvendo suas capacidades cognitivas e sua confiança para
enfrentar desafios, de modo a ampliar os recursos necessários para o exercício da
cidadania, ao longo de seu processo de aprendizagem.
206
“O Aluno deve aprimorar o fazer a partir do saber e aprimorar o saber a partir do
fazer” (Ubiratan D’Ambrósio), e o professor neste momento deve estimular o educando
a pensar, a trabalhar, a processar as informações, ao mesmo tempo, auxiliá-lo a avaliar
seus conhecimentos, identificando as diferentes formas de se demonstrar o
conhecimento, reconhecendo os limites e possibilidades pessoais no desenvolvimento
dos conteúdos, evitando situações de preconceitos e desrespeito que acontecem na
relação conhecimento/conteúdo. Valorizar o diálogo nas relações sócias e como
instrumento de cooperação, demonstrar disponibilidade para ouvir idéias e argumento
dos estudantes. Expressar valores através do conhecimento matemático, traduzindo a
realidade vivida em relações numéricas, fazendo o ensino-aprendizagem da
matemática de forma contextualizada, utilizando-se de situações concretas e
problemáticas, desenvolvendo no aluno uma visão de mundo permeado por valores.
OBJETIVOS
Valorizar a matemática como um dos agentes transformadores da sociedade.
Trabalhar o aluno a partir de sua realidade e possibilitando a este apropriação do
conhecimento elaborado, tornando um cidadão consciente e realizador.
Proporcionar condições para que o aluno desenvolva a capacidade de analisar,
relacionar, comparar, abstrair e generalizar.
Desenvolver a autonomia, as habilidades, de raciocínio, reflexão e expressão,
preparando-se para a vida pessoal e profissional.
Construir, compreender, aplicar e validar estratégias e procedimentos matemáticos
para resolver situações-problemas presentes em diversos contextos.
Utilizar as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos disponíveis
para ampliar seus conhecimentos.
Utilizar o conhecimento matemático para compreender, representar e agir sobre a
realidade.
Estabelecer conexões entre os diferentes temas matemáticos e entre estes temas,
o conhecimento de outras áreas do currículo.
Expressar-se oral, crítica e graficamente em situações matemáticas e valorizar a
precisão da linguagem e as demonstrações em matemática.
CONTEÚDOS
207
SÉRIE/ANO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO
5ª SÉRIE /6º
ANO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
• Sistemas de
numeração;
• Números
Naturais;
• Múltiplos e
divisores;
• Potenciação e
radiciação;
• Números
fracionários;
• Números
decimais.
* Sequência dos números
naturais;
* Números pares e ímpares;
* Operações básicas
envolvendo números
naturais, fracionários e
decimais;
* Operações inversas;
* Múltiplos e divisores;
* Mínimo múltiplo comum;
* Máximo divisor comum;
* Número primo e composto;
* Números mistos;
* Frações equivalentes;
* Representação de números
decimais;
* Comparação de números
decimais.
• Conheça os diferentes sistemas de
numeração;
• Identifique o conjunto dos números
naturais, comparando e reconhecendo
seus elementos;
• Realize operações com números
naturais;
• Expresse matematicamente, oral ou
por escrito, situações-problema que
envolvam (as) operações com números
naturais;
• Estabeleça relação de igualdade e
transformação entre: fração e número
decimal; fração e número misto;
• Reconheça o MMC e MDC entre dois
ou mais números naturais;
• Reconheça as potências como
multiplicação de mesmo fator e a
radiciação como sua operação inversa;
• Relacione as potências e as raízes
quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos.
GRANDEZAS
E MEDIDAS
• Medidas de
comprimento;
• Medidas de
massa;
• Medidas de área;
• Medidas de
volume;
• Medidas de
tempo;
• Medidas de
ângulos;
• Sistema
monetário.
* Perímetro de figuras;
* Área de regiões quadradas
e retangulares;
• Identifique o metro como unidade-
padrão de medida de comprimento;
• Reconheça e compreenda os diversos
sistemas de medidas;
• Opere com múltiplos e submúltiplos do
quilograma;
• Calcule o perímetro usando unidades
de medida padronizadas;
• Compreenda e utilize o metro cúbico
como padrão de medida de volume;
• Realize transformações de unidades
de medida de tempo envolvendo seus
múltiplos e submúltiplos;
• Reconheça e classifique ângulos
(retos, agudos e obtusos);
• Relacione a evolução do Sistema
Monetário Brasileiro com os demais
208
sistemas mundiais;
• Calcule a área de uma superfície
usando unidades de medida de
superfície padronizada;
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria
Espacial.
* Formas geométricas e
espaciais;
* Prismas retangulares;
* Cubos e pirâmides;
* Formas espaciais redondas
(esferas, cilindros e cones);
* Formas planas;
• Reconheça e represente ponto, reta,
plano, semirreta e segmento de reta;
• Conceitue e classifique polígonos;
• Identifique corpos redondos;
• Identifique e relacione os elementos
geométricos que envolvem o cálculo de
área e perímetro de diferentes figuras
planas;
• Diferencie círculo e circunferência,
identificando seus elementos;
• Reconheça os sólidos geométricos em
sua forma planificada e seus elementos.
209
SÉRIE/ANO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO
6ª SÉRIE /
7º ANO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e
Inequação do 1º
grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três
simples.
* Números positivos e
negativos;
* Números opostos ou
simétricos;
* Operações com números
inteiros e racionais;
* Potenciação e raiz
quadrada;
* Expressões numéricas;
* Números diretamente e
inversamente proporcionais;
* Grandezas diretamente e
inversamente proporcionais;
• Reconheça números inteiros em
diferentes contextos;
• Realize operações com números
inteiros;
• Reconheça números racionais em
diferentes contextos;
• Realize operações com números
racionais;
• Compreenda o princípio de
equivalência da igualdade e
desigualdade;
• Compreenda o conceito de incógnita;
• Utilize e interprete a linguagem
algébrica para expressar valores
numéricos através de incógnitas;
• Compreenda a razão como uma
comparação entre duas grandezas
numa ordem determinada e a proporção
como uma igualdade entre duas razões;
• Reconheça sucessões de grandezas
direta e inversamente proporcionais;
• Resolva situações-problema aplicando
regra de três simples.
• Extraia a raiz quadrada exata e
aproximada de números racionais;
• Reconheça números irracionais em
diferentes contextos;
• Realize operações com números
irracionais;
• Compreenda, identifique e reconheça
o número π (pi) como um número
irracional especial;
• Compreenda o objetivo da notação
científica e
sua aplicação;
• Opere com sistema de equações do 1º
grau;
• Identifique monômios e polinômios e
210
efetue suas operações;
• Utilize as regras de Produtos Notáveis
para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas.
GRANDEZAS
E MEDIDAS
• Medidas de
temperatura;
• Medidas de
ângulos.
* Temperaturas positivas e
negativas;
• Compreenda as medidas de
temperatura em
diferentes contextos;
• Compreenda o conceito de ângulo;
• Classifique ângulos e faça uso do
transferidor e
esquadros para medi-los;
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-
euclidianas.
* Localização de pontos no
plano;
• Classifique e construa, a partir de
figuras planas, sólidos geométricos;
• Compreenda noções topológicas
através do conceito de interior, exterior,
fronteira, vizinhança, conexidade, curvas
e conjuntos abertos e fechados.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
• Pesquisa
Estatística;
• Juros simples.
* Cálculo de juros;
* Porcentagem;
• Analise e interprete informações de
pesquisas estatísticas;
• Leia, interprete, construa e analise
gráficos;
• Calcule a média aritmética e a moda
de dados estatísticos;
• Resolva problemas envolvendo cálculo
de juros simples.
211
SÉRIE/ANO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO
7ª SÉRIE/
8º ANO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
• Números Racionais e
Irracionais;
• Sistemas de
Equações do 1º grau;
• Monômios e
Polinômios;
• Produtos Notáveis.
* Subconjuntos dos N;
* Raiz quadrada aproximada e
exata de números racionais;
* Localização dos números
racionais e irracionais na reta;
* Número PI;
* O número ;
* Resolução de um sistema de
equações do 1º grau com
duas incógnitas;
* Gráfico das soluções do
sistema de equações do 1º
grau;
* Monômios semelhantes ou
termos semelhantes;
* Operações com monômios;
* Redução de termos
semelhantes;
* Grau de um monômio e grau
dos demais polinômios;
* Operações com polinômios;
* Quadrado da soma e da
diferença de dois termos;
* Produto da soma pela
diferença de dois termos;
* Cubo da soma e da diferença
de dois termos;
* Divisão de polinômio por
monômio e polinômio por
polinômio.
• Extrai a raiz quadrada aproximada e
exata de números racionais;
• Reconheça números irracionais em
diferentes contextos;
• Realize operações com números
irracionais;
• Compreenda, identifique e reconheça o
número PI como um número irracional
especial;
• Opere com sistema de equações do 1º
grau;
• Identifique monômios e polinômios,
efetuando suas operações;
• Utilize a regra dos produtos notáveis
para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
• Medidas de
comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
* Perímetro de um polígono e
da circunferência;
* Área de figuras planas
(retângulo, quadrado, círculo,
trapézio, triângulo, losango,
paralelogramo);
* Volume de poliedros;
* Ângulos o.p.v.;
* Feixe de retas paralelas
• Calcule o comprimento da
circunferência;
• Calcule o comprimento e área de
polígonos e círculo;
• Identifique ângulos formados entre retas
paralelas interceptadas por transversal.
• Realize cálculo de área e volume de
poliedros.
212
interceptadas por transversal;
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não
euclidianas.
* Semelhança de triângulos;
* Soma dos ângulos internos
de um triângulo;
* Retas paralelas e
perpendiculares;
* Plano cartesiano (ponto e
pares ordenados);
* Fractais.
• Reconheça triângulos semelhantes;
• Identifique e some os ângulos internos
de um triângulo e de polígonos regulares;
• Desenvolva a noção de paralelismo,
trace e reconheça retas paralelas num
plano;
• Compreenda o Sistema de
Coordenadas Cartesianas, marque
pontos, identifique os pares ordenados
(abscissa e ordenada) e analise seus
elementos sob diversos contextos;
• Conheça os fractais através da
visualização e manipulação de materiais
e discuta suas propriedades.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
* Construção de tabelas e
gráficos;
* Densidade demográfica.
• Interprete e represente dados em
diferentes gráficos;
• Utilize o conceito de amostra para
levantamento de dados.
213
SÉRIE/ANO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO
8ª SÉRIE /
9º ANO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
• Números Reais;
• Propriedades dos
radicais;
• Equação do 2º
grau;
• Teorema de
Pitágoras;
• Equações
Irracionais;
• Equações
Biquadradas;
• Regra de Três
Composta.
* Potenciação com expoen-
tes inteiros (pos. e neg);
* Propriedades da
potenciação;
* Raiz quadrada (exata e não
exata) e raiz cúbica;
* Operações e comparações
com radicais;
* Racionalização de
denominadores;
* Potências com expoente
fracionários, enfatizando a
raiz quadrada;
* Reconhecimento de uma
equação do 2º grau com uma
incógnita e seus elementos;
* Raízes ou soluções de
equações do 2º grau
(completas e incompletas);
* Fórmula de resolução de
uma equação do 2º grau;
* Relações entre coeficientes
e raízes de uma equação do
2º grau;
* Equações biquadradas;
* Regra de Três composta;
* Demonstração do teorema
de Pitágoras;
• Opere com expoentes fracionários;
• Identifique a potência de expoente
fracionário
como um radical e aplique as
propriedades para a
sua simplificação;
• Extraia uma raiz usando fatoração;
• Identifique uma equação do 2º grau na
forma
completa e incompleta, reconhecendo
seus
elementos;
• Determine as raízes de uma equação
do 2º grau utilizando diferentes
processos;
• Interprete problemas em linguagem
gráfica e
algébrica;
• Identifique e resolva equações
irracionais;
• Resolva equações biquadradas
através das
equações do 2º grau;
• Utilize a regra de três composta em
situações problema.
GRANDEZAS
E MEDIDAS
• Relações Métricas
no Triângulo
Retângulo;
• Trigonometria no
Triângulo Retângulo.
* Elementos de um triângulo
retângulo;
* Altura de um triângulo
retângulo;
* Diagonal do quadrado;
* Classificação de triângulos
quanto aos ângulos e lados;
• Conheça e aplique as relações
métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo;
• Utilize o Teorema de Pitágoras na
determinação
das medidas dos lados de um triângulo
retângulo;
• Realize cálculo da superfície e volume
de
poliedros.
214
FUNÇÕES
• Noção intuitiva de
Função Afim.
• Noção intuitiva de
Função Quadrática.
* Representação gráfica de
uma função;
* Função afim;
* Função quadrática
(definição e gráfico);
• Dependência de uma variável em
relação à outra;
• Reconheça uma função afim e sua
representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da
função;
• Relacione gráficos com tabelas que
descrevem uma função;
• Reconheça função quadrática, sua
representação gráfica e associe a
concavidade da parábola com o sinal da
função;
• Analise graficamente as funções afim e
quadrática.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
* Razão entre segmentos
proporcionais;
* Número de ouro;
* Proporcionalidade entre
triângulos retângulos;
* Feixe de retas paralelas e
teorema de Tales;
* Figuras semelhantes e
congruentes;
* Semelhança de polígonos;
* Razão entre perímetros e
áreas de polígonos
semelhantes;
* Distância entre dois pontos
no plano;
• Verifique se dois polígonos são
semelhantes estabelecendo relações
entre eles;
• Compreenda e utilize o conceito de
semelhança
de triângulos para resolver situações-
problemas;
• Aplique os critérios de semelhança dos
triângulos;
• Aplique o Teorema de Tales em
situações-problemas;
• Noções básicas de geometria
projetiva.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
• Noções de Análise
Combinatória;
• Estatística;
• Juros Compostos.
* Frequência absoluta e
relativa;
* Média, moda e mediana;
* Medidas de tendência
central;
* Noções de probabilidade
• Desenvolva o raciocínio combinatório
por meio de situações-problema que
envolvam contagens, aplicando o
princípio multiplicativo;
• Descreva o espaço amostral em um
experimento aleatório;
• Calcule as chances de ocorrer um
determinado evento;
• Resolva situações-problema que
envolvam juros compostos.
SÉRIE/ANO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO
215
ENSINO
MÉDIO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
• Números Reais;
• Números
Complexos;
• Sistemas lineares;
• Matrizes e
Determinantes;
• Polinômios;
• Equações e
Inequações
Exponenciais,
Logarítmicas e
Modulares.
• Conjunto dos números
Naturais, Reais, Inteiros,
Racionais, Iracionais;
•Equação Linear;
• Equação Linear;
• Sistema Linear;
• Regra de Crammer
• Escalonamento de
Sistemas
• Tipos de matrizes;
• Matriz transposta;
• Igualdade de Matrizes;
• Operações com Matrizes;
• Matriz Inversa;
• Estudo dos determinantes;
• Cofator de um elemento;
• Teorema de Laplace;
• Regra de Sarrus
• Amplie os conhecimentos sobre
conjuntos numéricos e aplique em
diferentes contextos;
• Compreenda os números complexos e
suas operações;
• Conceitue e interprete matrizes e suas
operações;
• Conheça e domine o conceito e as
soluções de problemas que se realizam
por meio de determinante;
• Identifique e realize operações com
polinômios;
• Identifique e resolva equações,
sistemas de equações e inequações,
inclusive as exponenciais, logarítmicas e
modulares.
GRANDEZAS
E MEDIDAS
• Medidas de Área;
• Medidas de
Volume;
• Medidas de
Grandezas Vetoriais;
• Medidas de
Informática;
• Medidas de
Energia;
• Trigonometria.
* Área de figuras planas
(retângulo, quadrado,
paralelogramo, triângulo,
trapézio, círculo)
* Volume do prisma,
pirâmide, tronco de pirâmide,
cilindro, esfera, cone e tronco
de cone;
* Razões trigonométricas no
triângulo retângulo;
* Ângulos notáveis;
* Medidas de um arco e
comprimento de um arco;
* Círculo trigonométrico;
* Funções (seno, cosseno,
tangente, cotangente,
cossecante, secante);
* Gráfico das funções seno,
cosseno e tangente;
* Redução ao primeiro
quadrante.
• Perceba que as unidades de medidas
são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas e compreenda a
relações matemáticas existentes nas
suas unidades;
• Aplique a lei dos senos e a lei dos
cossenos de um triângulo para
determinar elementos desconhecidos.
FUNÇÕES • Função Afim;
• Função Quadrática;
* Plano e coordenadas
cartesianas;
• Identifique diferentes funções e realize
cálculos envolvendo-as;
216
• Função Polinomial;
• Função
Exponencial;
• Função
Logarítmica;
• Função
Trigonométrica;
• Função Modular;
• Progressão
Aritmética;
• Progressão
Geométrica.
* Domínio, contradomínio e
imagem de uma função;
* Raiz ou zero de uma
função;
* Função inversa;
* Características das funções
(função crescente ou
decrescente, coeficientes);
* Gráfico das funções;
* Estudo dos sinais das
funções;
* Inequações e sistema de
inequações;
* Sequência ou sucessão;
* Representação de uma
progressão;
* Termo geral de uma
progressão;
* Soma dos n termos de uma
progressão.
• Aplique os conhecimentos sobre
funções para resolver situações-
problema;
• Realize análise gráfica de diferentes
funções;
• Reconheça, nas seqüências
numéricas, particularidades que
remetam ao conceito das progressões
aritméticas e geométricas;
• Generalize cálculos para a
determinação de termos de uma
sequência numérica.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-
euclidianas.
* O ponto;
* Distância entre dois pontos;
* Ponto médio de um
segmento;
* Condição de alinhamento
de três pontos;
* A reta
* Equação geral da reta;
* Coeficiente angular da reta;
* Equação reduzida da reta;
* Equação paramétrica da
reta;
* Retas paralelas e
concorrentes;
* Ângulo entre duas retas;
* Distância entre ponto e
reta;
* Circunferência;
* Equação reduzida da
circunferência;
* Equação geral da
• Amplie e aprofunde os conhecimentos
de geometria Plana e Espacial;
• Determine posições e medidas de
elementos geométricos através da
Geometria Analítica;
• Perceba a necessidade das
geometrias não-euclidianas para a
compreensão de conceitos geométricos,
quando analisados em planos diferentes
do plano de Euclides;
• Compreenda a necessidade das
geometrias não-euclidianas para o
avanço das teorias científicas;
• Articule idéias geométricas em planos
de curvatura nula, positiva e negativa;
• Conheça os conceitos básicos da
Geometria Elíptica, Hiperbólica e
Fractal.
217
circunferência;
* Equação da parábola;
* Equação da elipse;
* Equação da hipérbole;
* Elementos do prisma,
pirâmide, cilindro, cone e
poliedros;
* Teorema de Euler;
* Poliedros de Platão.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
• Análise
Combinatória;
• Binômio de Newton;
• Estudo das
Probabilidades;
• Estatística;
• Matemática
Financeira.
* Princípio fundamental da
contagem;
* Fatorial;
* Arranjo, combinação e
permutação simples;
* Números binomiais;
* Triângulo de Pascal;
* Termo geral do Binômio de
Newton;
* Elementos do estudo das
probabilidades;
* Experimento aleatório,
espaço amostral e evento;
* Probabilidade condicional;
* Multiplicação de
probabilidades;
* Eventos independentes;
* População e amostra;
* Frequência absoluta e
relativa;
* Distribuição de frequência;
* Histogramas e polígono de
freqüências;
* Frequência relativa e
acumulada;
* Média aritmética;
* Variância;
* Desvio padrão;
* Moda;
* Porcentagem;
* Juros simples e composto;
* Lucro e desconto;
• Recolha, interprete e analise dados
através de cálculos, permitindo-lhe uma
leitura crítica dos mesmos;
• Realize cálculos utilizando Binômio de
Newton;
• Compreenda a idéia de probabilidade;
• Realize estimativas, conjecturas a
respeito de dados e informações
estatísticas;
• Compreenda a Matemática Financeira
aplicada ao diversos ramos da atividade
humana;
• Perceba, através da leitura, a
construção e interpretação de gráficos, a
transição da álgebra para a
representação gráfica e vice-versa.
218
219
LEGISLAÇÃO
O professor dentro dos conteúdos citados trabalhará as questões referentes à:
- Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira;
- Prevenção ao Uso indevido de Drogas;
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;
- Educação Fiscal;
- Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente;
- Gênero e Diversidade Sexual;
Todos os conteúdos acima citados (Legislação) serão trabalhados em sala de
aula, através de modelagem matemática, etnomatemática, levantamentos de dados
entre outras atividades necessárias para a abordagem dos temas, estas atividades
poderão ser trabalhadas de forma interdisciplinar ou não.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As tendências metodológicas tendem tocar diferentes maneiras de ensinar
matemática como: a resolução de problemas, a modelagem matemática, o uso de
mídias tecnológicas, etnomatemática e a história da matemática.
Sendo assim, é necessário ter diversos meios como matérias manipulativos,
articulados com as reflexões dos alunos sobre as situações que se deparam e a
analise do erro como hipótese de construção do conhecimento, trabalhando a
matemática de forma contextualizada, integrada e relacionada com outros
conhecimentos, fazendo com que o aluno compreenda e interprete situações,
apropriando-se de linguagens especificas, ou seja, letrar-se matematicamente.
Segundo George Polya, o professor deve ser mediador do processo de ensino-
aprendizagem do educando, deixando que busque outros meios para resolução de
problemas não apresentando um único conceito. Orientando, respeitando sua
especificidade. Tendo como principio o conhecimento já adquirido pelo educando.
O estudante deve adquirir tanta experiência pelo trabalho
independente quanto lhe for possível. Mas se ele for deixado
sozinho, sem ajuda ou com auxílio insuficiente, é possível que não
experimente qualquer progresso. Se o professor ajudar demais
nada restará para o aluno fazer. O professor deve auxiliar, nem
demais nem de menos, mas de tal modo que ao estudante caiba
uma parcela razoável do trabalho (2006, p.01).
220
O professor deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a ser o facilitador
deste processo, direcionando uma aprendizagem autônoma, motivando a pesquisa.
6.14 DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
1 - EMENTA
A Química vem sendo desenvolvida desde a antiguidade, primeiramente pelos
gregos e posteriormente por muitos alquimistas que buscam dia a dia novas
descobertas científicas.
Não se pode falar da história da química sem se reportar de fatos políticos,
religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza de pedras preciosas levou os
alquimistas a descobrirem a extração e tratamento de diversos metais.
O contexto histórico do feudalismo, representado por aglomerações urbanas
emergentes, pelas péssimas condições sanitárias, pela fome, pelas pestes, gerou um
desequilíbrio demográfico e problemas relacionados ao trabalho que também se
modificava estruturalmente.
Este conturbado momento histórico trazia a preocupação com a relação à mão
de obra produtiva e os estudos sobre substâncias minerais para a cura de todas as
doenças, sinônimo de vida eterna, enquanto buscas incessantes da humanidade.
Experimentos realizados por alquimistas descobriram a extração, produção e
tratamento de diversos metais, que possibilitaram o desenvolvimento do modo de
produção capitalista, a lógica das reações de produção e economia, como a cura de
algumas doenças.
No decorrer de nossa história, o desenvolvimento do ser humano como também
das civilizações, partiu das necessidades de cada cidadão por um processo de
definição dos seus objetivos e formas de trabalho com o intuito de melhor se adaptar às
221
características da sociedade moderna e aperfeiçoar o seu desempenho nessa
sociedade.
No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a
Química se consolidou como a principal disciplina associada aos efeitos resultados na
indústria Braverman (1987).
No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um grande
desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos e Inglaterra. Com o esclarecimento
da estrutura atômica, foi possível entender melhor a constituição e formação das
moléculas, em especial a do DNA.
Passada a Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo foram ainda
mais incrementadas no sentido de desvendar as suas características e o bombardeio
de núcleos com partículas aceleradas conduziu à produção de novos elementos
químicos.
A Química passou a ser considerada como disciplina na educação inicialmente
na França no governo de Napoleão III e no Brasil, as primeiras atividades de caráter
educativo envolvendo a Química, surgiram a partir do século XIX proveniente das
transformações de ordem política e econômica que ocorriam na Europa.
Considerando-se todo o percurso que a disciplina de Química percorreu em seu
trajeto educacional a preocupação atual central é resgatar a especificidade da
disciplina de Química, deixando de lado o modo simplista como era tratada nos PCN
onde era vista como área do conhecimento, recuperando a importância de seu papel
no currículo escolar. Por isso a ênfase dada na importância do estudo da história da
disciplina,m em seus aspectos epistemológicos,m buscando uma seleção de conteúdos
(estruturantes) que identifiquem a disciplina como campo do conhecimento que se
constituíram historicamente nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais das
diferentes sociedades. Esses são pressupostos considerados fundamentais para uma
abordagem pedagógica critica da disciplina de química, que ultrapasse a postura
subserviente da educação ao mercado de trabalho.
Na medida em que se vive num meio sobre o qual é possível agir, discutir,
realizar, avaliar, e onde são criadas condições para o crescimento do aluno e também
do professor é importante aproveitarmos as oportunidades apresentadas pela mídia,
analisando, criticando e refazendo o seu entendimento para o mundo.
Portanto a Química pode ser entendida como a ciência que estuda e também
utiliza as transformações que envolvem matéria e energia em constante renovação a
fim de nos trazer benefícios para toda a eternidade.
222
2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz
de refletir criticamente sobre o período histórico atual.
Analisar as mudanças dos conceitos relacionados a disciplina de química que tem
refletido nas áreas do conhecimento, percebendo que estamos diante de um processo
histórico com características, avaliações, questionamentos e respostas diversas para
cada momento.
Desenvolver valores sociais, morais e éticos, a fim de contribuir para a formação de
pessoas que aspiram a uma sociedade mais igualitária, solidária e democrática, e
ainda que desempenha um papel importante no desenvolvimento tecnológico do país.
Possibilitar ao alunado a leitura e interpretação de textos científicos; expressando-se
adequadamente de forma oral e escrita.
Trabalhar em grupo na resolução de problemas da nossa sociedade a fim de entender
a utilização da tecnologia do mundo que nos cerca, partindo do pressuposto de que o
aluno já detém um conhecimento historicamente constituído, de que a escola é o local
privilegiado para a aprendizagem, que possa utilizar-se dela a fim de tornar-se um
cidadão cada vez melhor.
3 - CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1º ANO
Matéria e energia, átomos e moléculas
- transformação da matéria
- separação das misturas
Estrutura atômica – modelo RUTHERFORD
Classificação periódica
223
Ligações químicas
Funções químicas inorgânicas
- Ácidos
- Bases
- Sais
- Óxidos
Reações químicas
- Combustão
- Explosão
- Enferrujamento
- Balanceamento
2º ANO
Grandezas químicas
- Massa atômica
- Massa molecular
Soluções
- Águas naturais
- Água potável
- Poluição das águas
- Água e vida
Termoquímica
- Produção e consumo de energia nas transformações químicas – térmica,
elétrica e nuclear.
224
Cinética química
- Rapidez das transformações químicas
- Temperatura
- Estado de agregação
- Concentração
- Catalisador
Equilíbrio químico – equilíbrio iônico: pH
- Controle e modificação do estado de equilíbrio químico – efeito da temperatura,
pressão e concentração e aplicações no sistema produtivo.
Eletroquímica
- Pilhas
- Eletrólise
- Potenciais de oxidação
- Metalurgia
3º ANO
Energia nuclear
Cadeias carbônicas
Funções e suas nomenclaturas
Hidrocarbonetos
- Petróleo e indústria petroquímica
- Hulha e carboquímica
- Ciclo do carbono
- Poluição atmosférica
- Biogás
Funções orgânicas
225
- Alcoois
- Fenóis
- Éteres
- Aldeídos
- Cetonas
- Ácidos carboxílicos
- Aminas
- Amidas
- Isomeria plana e espacial
- Reações orgânicas
4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Em toda História da Humanidade, nunca se viu o Homem com tamanho poder
de influenciar o meio em que vive, seja para melhor ou pior;
A Química trata de todas as substâncias que compõem o Universo e de todas as
mudanças por que passam, por isso é uma das ciências mais importantes;
O processo ensino aprendizagem se dá através do desenvolvimento dos fatos e
fenômenos que ocorrem no cotidiano, partindo do conhecimento prévio dos estudantes
numa seqüência que possa fluir naturalmente, aonde uma idéia vai puxando outra.
Assim, apresentando conceitos contextualizados historicamente, inter-relacionando-os
com descobertas científicas.
Como a concepção científica envolve um saber socialmente constituído e
sistematizado, a interdisciplinaridade se faz necessária a fim de relacionar as diferentes
disciplinas como, por exemplo, a matemática, dentre outras, para oportunizar a troca de
informações que são importantes a apreensão do aluno no que se refere a teoria a fim
de entender o cálculo o conceito como um todo.
Portanto, em Química devemos considerar o conhecimento do estudante, na
difícil e importante tarefa de trabalhar em conjunto com o aluno as bases do
conhecimento científico, possibilitando a compreensão dos fenômenos e fatos do
cotidiano e formando um cidadão critico.
226
5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de
interações recíprocas, no dia-a-dia no transcorrer da própria aula e não apenas de
modo pontual, portanto sujeita as alterações no seu desenvolvimento.
As avaliações em Química se sistematizada através de avaliações escritas e
orais, trabalhos escritos com a finalidade de gerar no aluno o espírito de procura de
informações, seminários com temas de grande discussão e que gerem diferentes
opiniões, palestras com assunto científico a fim de prover novas descobertas de
campo, trabalhos em sala com experimentos a fim de questionar os alunos quanto a
sua responsabilidade, aulas práticas ministradas por alunos com o intuito de
desencadear um processo relacional entre teoria e prática, também, utilizar
instrumentos de avaliação que contemplem outras formas de expressão como a leitura,
a interpretação de textos como também da tabela periódica.
6.15 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O ensino de Sociologia para o ensino médio se faz necessário para que os
alunos possam refletir sobre a realidade em que vivem, sobre o mundo e o
comportamento das pessoas, para que ele possa entender a sociedade. O mundo
contemporâneo leva-nos a questionar seus próprios condicionamentos características,
geradoras de graves problemas sociais, econômicos, políticos, demográficos, étnicos,
religiosos e ecológicos. Essa situação agrava-se ainda mais a crise do ensino, e pôr
isso essas novas dinâmicas de desenvolvimento econômico e social exigem uma
227
revisão das propriedades para a educação. Com tudo isto faz-se necessário introduzir
nos sistemas de ensino uma discussão sobre a ética, valores morais e cidadania,
dando nova dimensão às questões sociais que conquistaram espaço nos currículos
da escola pública.
Compreender a sociedade é analisar os comportamentos movidos pela
racionalidade dos sujeitos com relação aos outros é compreender o agir dos homens
que se relacionam uns com os outros. Com isto o aluno deverá entender a realidade e
os problemas sociais, questionando e buscando diferentes sentidos e de diversas
formas, respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência
coletiva.
O aluno deverá ter conhecimento sociológico suficiente para tentar explicar as
relações entre os acontecimentos complexos e diferenciados, unindo fenômenos
aparentemente dissociados, permitindo ao homem transpor os limites de sua condição
particular para percebê-la como parte de uma totalidade mais ampla que é o todo
social.
O conhecimento que o aluno deverá ir além das definição, classificação,
descrição e estabelecimentos de correlações dos fenômenos da realidade social. Ele
deverá interpretar a realidade em que vive, a partir destes conhecimentos, tendo uma
visão critica, posicionando diante da situação.
Para a seleção do conhecimento, que é tratado, na escola, por meio dos
conteúdos da disciplina concorrem tanto os fatores ditos externos, como aqueles
determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto as
características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do
sistema como os nives de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os saberes
acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e
abordagens em função de suas permanências e transformações.
Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no
processo de sociabilização e sistematização dos conhecimentos, não se pode
conceber esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o
aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares
são condição para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como
necessária para a compreensão da totalidade.
228
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Garantir aos alunos do ensino médio a compreensão crítica das mudanças
ocorridas no processo histórico brasileiro, a partir do binômio trabalho, emprego,
problematizando que o emprego passa pela precarização e não pela estabilidade,
ampliando o quadro de exclusão.
Compreender a sociologia como um conhecimento histórico e socialmente
determinado.
Perceber criticamente o processo de mundialização da economia e de inserção
do país no mercado internacional.
Compreender a crise do Estado como uma das expressões da reordenação do
funcionamento das democracias ocidentais.
Compreender o contexto em que vivemos, onde o mercado de trabalho é
extremamente exigente, onde somente os que estiverem super preparados é que
estarão com o emprego “garantido”.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Perceber os direitos e deveres do cidadão como fruto de uma construção social.
Entender o papel da comunidade, cidadania e minorias no processo de
desenvolvimento social.
Entender agrupamentos sociais.
Perceber como o sistema econômico interfere na sociedade.
Ver como funciona o sistema de classe na sociedade brasileira.
Conhecer como a cultura influencia no desenvolvimento social de um modo
geral.
Conhecer como funciona as instituições sociais.
229
Mostrar como a mudança social pode alterar a forma de vida da sociedade.
Desenvolver nos alunos a sensibilidade para entender está presente em nossa
sociedade.
Mostrar aos alunos o papel da escola e a importância do conhecimento, no
desenvolvimento pessoal, social e de inserção na vida da sociedade.
CONTEÚDOS
Os conteúdos devem ser trabalhados de forma temática, ou seja, apresentar a
sociologia dentro de um contexto histórico brasileiro pois o aluno deve ter uma visão
de conjunto compreendendo com isso a realidade em que vivemos.
É interessante também desenvolver no aluno o espírito crítico a respeito dos
assuntos pertinentes a vida do brasileiro no que diz respeito ao trabalho, as
desigualdades sociais e a política brasileira.
Desta forma, podemos abordar conteúdos que desperte no aluno o gosto pela
sociologia e a realidade brasileira em que vivemos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º ANO
Conceito de sociologia
O estudo da sociedade humana
Conceitos básicos para a compreensão da vida social
Pensamentos dos Clássicos
A socilogia como disciplina científica e curricular
Comunidade, cidadania e minorias
Agrupamentos sociais
Fundamentos econômicos da sociedade
230
2º ANO
Sociologia crítica: um recurso cientifico a serviço de ensino
Estratificação e mobilidade social
A cultura e indústria cultural
Socialização e controle social
Trabalho, produção e classes sociais
3º ANO
As instituições sociais e o processo de socialização
Mudança social
Poder política e ideologia
Direitos, cidadania e movimentos sociais
O subdesenvolvimento
Instituição escolar
Instituição religiosa
Instituição familiar
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
O conceito de sociologia
o senso comum
o que é ciência
o que é um ser alienado
Precursores da sociologia: Augusto Comte, Emile Durkhein, Max Weber Karl
Marx.
231
A Sociologia no Brasil
O ensino da Sociologia: da escola média à universidade brasileira
A Sociologia no Ensino Médio do Paraná
A Vida socializando
Conceitos básicos
Contatos primários
contatos secundários
Contatos primários e secundários
Sociabilidade
Contatos sociais
2º ANO
O ser humano é um ser que convive com os outros
Interação social
Relação social
Processos sociais
Cooperação
Competição
Conflito
Acomodação
Assimilação
A comunidade, suas características e trabalho
Sociedade comunitária
Sociedade societária
A tendência do hoje
A cultura do individualismo
Interpretação sociológica
232
Os singles
3º ANO
Histórico do surgimento da escola
fatores que contribuiram para o desenvolvimento da escola
Florestan Fernandes o estudo da tribo Tupinambás
Hoje será possível o mundo sem escolas
Terias explicativas sobre a realidade da escola
Paulo Freire o maior educador.
O Que são rituais
Poque estudar religião
Religião como instrumento de poderíamos
Fanatismo religiosos
Porque a igreja católica tem tanto poderíamos
Religiões do Oriente
Religiões africanas
Religiões do ocidente.
Instituição familiar
Tipos de famílias
Alguns conceitos de família
Arranjos familiares
CONCEPÇÃO METODOLÓGICA
O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se
estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as
relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o
233
desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a
sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e
esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se em teorias
originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos
ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas interpretações.
Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de
pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de
hoje. Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de
síntese teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a
contextualização histórica e política das teorias, seguindo o rigor metodológico que a
ciência requer.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de
ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por
posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais
concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação
transformadora do real.
A metodologia deve colocar o aluno como sujeito de seu aprendizado, que o
encaminhamento será a leitura, o debate a pesquisa de campo a análise de filmes,
com isso o aluno estará apto a relacionar a teoria com a prática vivida por ele. Quanto
à metodologia segue a dinâmica:
Aulas expositivas.
Textos complementares.
Estudos individuais, em grupos ou em duplas.
Filmes e teatros.
Trabalhos em grupos.
Plenário e apresentação.
Leitura de temas pertinentes ao conteúdo
RECURSOS
234
Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e por isso
utilizaremos o mais adequado ao conteúdo que será apresentado.
Quadro de giz
Jornais
Revistas
Dinâmicas em grupos
Vídeos
Músicas
Retro-projetor
Exercícios de fixação
Visitas monitoradas em órgãos públicos e privados
TV Pendrive
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem
da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham
os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras
possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao
selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,
compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou
escrita da sua percepção de mundo. Assim a avaliação em Sociologia busca servir
como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de
encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.
A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível médio
aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade social
devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas disciplinas
curriculares no Ensino Médio e, também da Sociologia, despertar a consciência.
A avaliação em sociologia será contínua, progressiva, sem caráter classificatório
235
e sim como parte do processo ensino aprendizagem, considerando as ações da prática
diária do aluno como: participação em sala, cumprimento de seus deveres, respeito ao
próximo produções individuais e coletivas.
Partindo do pressuposto que a avaliação é contínua, a nota será o resultado de
diversas formas de avaliação tais como: atividades realizadas no caderno, trabalhos de
pesquisas, trabalhos em grupos, provas formais e participação em sala.
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO
As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas pois as avaliações tradicionais
levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo professor o qual
acaba levando a reprovação do aluno.
A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao professor a
identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se for necessário,
retomar os objetivos de ensino propostos.
Instrumentos
- Provas sem ou com consultas
- Atividades escritas
- Trabalho de pesquisa
- Apresentações orais
- Produção de cartazes
- Interpretação de músicas e filmes
- Participações em debates
- Trabalhos em grupos
- Entrevistas
- Interpretações de imagens
- Relatórios de visitas monitoradas
- E outras formas que ficam a critério dos professores
-
236
LEGISLAÇÃO
Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira
A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em
meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os
direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a
identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus
povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas.
Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que
se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a
luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à História do Brasil.
Dessa forma, o trabalho com sociologia e cultura afro-brasileira se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos importantes na formação da cultura
brasileira.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
“precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido
de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de
formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”.
(Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78).
Dessa forma, o trabalho em História com a Prevenção ao uso Indevido de
Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos,
sendo de forma interdisciplinar ou não.
Lei 9799/95 – Educação Ambiental
Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental
se apresenta como uma matriz indispensável para:
a) definição de usos permitidos ou proibidos;
237
b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação
ambiental;
c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas;
d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente,
daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental;
e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente;
f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do
desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação
Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos
Temáticos da Diversidade, p. 72).
Dessa forma, o trabalho em sociologia com a Educação Ambiental se torna
pertinente na medida em que se volta aos aspectos imortantes na preservação do meio
ambiente.
Educação Fiscal
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da
Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos
tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública,
incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e
criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão”
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287).
Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Fiscal se torna pertinente
na medida em que se volta aos aspectos históricos e econômicos, sendo de forma
interdisciplinar ou não.
Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente
Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de
Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma
consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
conhecimento toma o lugar da força”.
(http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90)
238
Dessa forma, o trabalho em História com o enfrentamento a violência contra a
criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos
históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não.
Gênero e Diversidade Sexual
Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade
na educação básica deverão:
1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados
nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de
diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação.
2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em
sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência
sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um
espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas.
3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os
sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de
gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar.
4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico
incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de
linguagem sexista, homofóbica e discriminatória.
5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas.
(http://observatoriodamulher.org.br/site/index.phpoption=com_content&task=view&id=3
90&Itemid=49)
Dessa forma, o trabalho em sociologia com Gênero e Diversidade se torna
pertinente na medida em que se volta para a convivência com o diferente.
239
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção do Projeto Político Pedagógico vem possibilitando a toda a
comunidade escolar, a realização de uma profunda reflexão acerca da prática
pedagógica e de todas as questões que envolvem o cotidiano escolar.
240
Todo esse trabalho que visa a melhoria da qualidade da escola pública e o
acesso e permanência do aluno na escola, esbarra em muitos obstáculos pelo
caminho, assim como desenvolvimento deste Projeto também esbarrou. Uma das
questões principais que interferiram no trabalho foi a falta de tempo para estudos, pois
construir um texto desta natureza não é tarefa fácil, e muitas vezes faltam elementos
teóricos que precisam ser discutidos e aprofundados.
Temos clareza que este processo foi apenas iniciado durante o ano de 2005 e
está longe de ser esgotado. Ainda existem muitos pontos que precisam ser revistos e
discutidos e outros que ainda nem foram abordados e que serão contemplados durante
os próximos anos e revistos sempre que necessário.
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