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Instituto Belém

Visão O Instituto Belém pretende ser uma instituição de ensino superior associada à visão afetiva e comprometida da nossa igreja que se esforça para proclamar uma men-sagem centrada em Deus, que busca glorificar a Cristo, e ao Espírito Santo. Que se utiliza das Santas Escrituras para auxiliar na formação espiritual de homens e mulheres eq-uipando-os para cumprir os propósitos do Reino de Jesus Cristo no século 21 e forjar discípulos fiéis para ele de toda raça, tribo, língua, povo e nação.

Propomos espalhar o conhecimento de Deus, que desperta não apenas o intelecto, ou o conhecimento in-telectual, mas principalmente o amor e o desejo de viver numa intensa e apaixonante busca por Cristo. Esta é a razão da existência da nossa escola. E é esta a visão que desejamos compartilhar com todos.

AutorMoisés Carneiro

© Direitos Reservados ao Instituto Belém

PentateucoCurso Básico em Teologia

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Proibida a comercializaçãoAplicação no estudo deste livro Você deve estar perguntando qual a melhor maneira de es-tudar este livro e extrair o máximo possível de proveito. Ao pensar nisso, elaboramos alguns métodos que poderão lhe ser úteis.Seja Motivado Motivação é um princípio peculiar na vida de todos os que anseiam alcançar um objetivo. É impossível alguém atingir o ápice de um grande sonho sem ter em sua bagagem o item motivação. Muitos já iniciaram alguma coisa, mas só obtiveram o êxito aque-les que se mantiveram motivados até o final.

Seja motivado para orar, para ler, para meditar, para pes-quisar, para elaborar trabalhos e estudos bíblicos. Se sentir-se sem motivação busque-a através do Espírito Santo. Faça petições a Deus e leia sua Palavra, pois são fontes inesgotáveis para sua reno-vação, e por final procure mantê-la acesa até findar o curso. “Se não existe esforço, não existe progresso.” Fredrick Douglas

Seja Organizado e Disciplinado a) Ore a Deus ao iniciar seus estudos e peça que lhe ajude a ter um maior proveito do assunto em pauta. b) Estude em lugares reservados. c) Evite ambientes com sons, ruídos e falatórios. Pois você pode perder sua concentração no estudo. d) Procure adicionar outros importantes materiais à cada lição a ser estudada, como por exemplo:

• Bíblias de Estudos: se possível, com traduções que sejam difer-entes.• Dicionários.• Concordância Bíblica.

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Proibida a comercialização• Livros: cujos assuntos sejam relacionados ao tema de cada lição.• Lápis e bloco para anotações.

e) Leia e estude cada matéria durante a semana, reserve pelo menos 1 hora por dia para fazer isso.

f) Faça anotações, especialmente àquelas que lhe causarem dúvidas.

g) Responda aos questionários assim que terminar de es-tudar cada lição. Eles irão fortalecer o assunto em sua mente.

h) Reserve períodos da semana para você elaborar trabalhos voltados à matéria estudada em cada mês.

i) Formule perguntas ao professor, assim tanto você como ele fi-carão cada vez mais abalizados no aprendizado.

Em suma, todos esses itens elaborados cuidadosamente pelo departamento de pedagogia do IB, são de um valor ines-timável para você, desde que procure segui-los conforme se seg-uem.

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Índice

Introdução

Lição 1Visão Panorâmica de Gênesis..........................................................08

Lição 2Visão Panorâmica de Êxodo.............................................................27

Lição 3Visão Panorâmica de Levítico..........................................................41

Lição 4Visão Panorâmica de Números........................................................56

Lição 5Visão Panorâmica de Deuteronômio..............................................71

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Introdução

Pentateuco

Os cinco primeiros livros da Bíblia são conhecidos como Pentateuco. Esta palavra é formada pela junção de dois elementos gregos: penta (“cinco”) e teuco ou têuchos (“manuscrito”), ou seja: “manuscrito de cinco volumes”. São os cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Tam-bém chamado de Torá, uma palavra da língua hebraica com sig-nificado associado ao ensinamento, instrução, ou especialmente Lei, uma referência à primeira secção do Tanakh, i.e., os primeiros cinco livros da Bíblia Hebraica, da autoria de Moisés. Os judeus também usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para refer-ir o ensinamento judeu através da história como um todo. Neste sentido, o termo abrange todo o Tanakh (abreviatura que desig-na o nome da Bíblia Judaica), o Mishnah (repetição), o Talmud (doutrina da lei mosaica) e a literatura midrash (interpretação bíblica escrito por sábios judeus). Em seu sentido mais amplo, os judeus usam a palavra Torá para referir-se a todo e qualquer tipo de ensino ou filosofia. Gênesis registra o princípio de todas as coisas, como a criação do universo, dos animais, dos homens, e a formação da nação de Israel até sua estadia no Egito. Êxodo registra a libertação dos hebreus do Egito e as suas peregrinações no deserto durante quarenta anos. Levítico registra a vida religiosa dos israelitas, salientando os seus cerimoniais e a vida sacerdotal. Números registra a viagem dos hebreus para Canaã e os dois recenseamentos feitos entre eles nesse período.

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Proibida a comercialização Deuteronômio registra um compêndio de assuntos trat-ados entre os livros do Êxodo, Levítico e Números. As Leis da nação de Israel. Quando o Antigo Testamento foi traduzido em Alexan-dria, o que deu a origem a versão Septuaginta, a obra de Moisés passou a ser divida em cinco partes “livros” e entitulada de acordo com o seu conteúdo: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deu-teronômio. O Pentateuco é um conjunto bíblico-textual muito impor-tante da Palavra de Deus, é a base firme, o sustentáculo do restante das narrativas bíblicas que seguem. O livro de Gênesis, o primeiro, apresenta-nos o relato inspirado da criação e também acompanha a história do homem desde o Éden, através de grande parte da era patriarcal, até a morte de José (desde “no princípio” até 1657 a.C). O segundo livro, Êxodo, principia seu relato com a morte de José, depois narra o nascimento de Moisés durante a época de escravidão, sobre a libertação do povo de Deus da servidão egíp-cia e sobre a inauguração do pacto da Lei em Sinai; agrega ainda minuciosidades da construção do tabernáculo. Levítico, o tercei-ro livro, que engloba o período de aproximadamente trinta dias, apresenta valiosos relatos sobre o ministério levítico, desde a sua ordenação até seus regulamentos. O quarto livro, Números, fala dos censos feitos quando da peregrinação pelo ermo. Relata-nos também inúmeras informações de fatos ocorridos durante a per-egrinação de 40 anos e inclui muitas leis englobadas na estrutu-ra do pacto nacional. O último livro, Deuteronômio, cujo relato abrange o período aproximado de dois meses, informa partes do pacto da Lei e fornece muitas ordenanças necessárias para a nova geração de israelitas em posição nas planícies de Moabe, pronta para se apropriar da Terra da Promessa. Seus últimos capítulos mencionam a nomeação de Josué para assumir a liderança do povo hebreu após a morte de Moisés, seu grande líder.

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Proibida a comercializaçãoAutoria

A própria Bíblia dá provas contundentes que o Pentateu-co foi escrito por Moisés. Livros do Antigo Testamento citam-no como obra dele. (Josué 1.7-8; 23.6; I Reis 2.3; II Reis 14.6; Esdras 3.2; 6.18; Neemias 8.1; Daniel 9.11-13) Certas partes muito im-portantes do Pentateuco são atribuídas a ele (Êxodo 17.14; 24.4; Números 33.2; Deuteronômio 31.9-26). Os livros do Novo Testa-mento também estão de plena harmonia com os do Antigo. Falam dos cinco livros em geral como “a lei de Moisés” (Atos 13.39; 15.5; Hebreus 10.28). Quando se diz: “ler Moisés”, é o mesmo que ler o Pentateuco: II Coríntios 3.15: “E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles”). Finalmente, as palavras do próprio Jesus dão testemunho de que Moisés é o autor: “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele” (João 5.46; Mateus 8.4; 19.8; Marcos 7.10; Lucas 16.31; 24.27, 44).“Moisés, mais do que qualquer outro homem, tinha preparo, ex-periência e conhecimento que o capacitavam para escrever o Pen-tateuco. Considerando-se que foi criado no palácio dos faraós, “foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras” (Atos 7.22). Foi testemunha ocular dos ac-ontecimentos do êxodo e da peregrinação no deserto. Mantinha a mais íntima comunhão com Deus e recebia revelações especiais. Como hebreu, Moisés tinha acesso às genealogias bem como às tradições orais e escritas de seu povo, e durante os longos anos da peregrinação de Israel, teve o tempo necessário para meditar e es-crever. E, sobretudo, possuía notáveis dons e gênio extraordinário, do que dá testemunho seu papel como líder, legislador e profeta”.

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1 - Visão Panorâmica de Gênesis

Gênesis, a sementeira da Palavra de Deus, é a obra que inicia o Pentateuco. O termo Gênesis significa: “origem; começo; formação, nascimento”, conforme a designação da Septuaginta. Gênesis dá introdução à Bíblia toda. Narra o começo da criação, do homem, do pecado, da nação dos hebreus e da redenção. É chamado de “viveiro ou sementeiro da Bíblia” porque nele estão as sementes de todas as grandes doutrinas. É o livro que trata dos princípios. “sem o livro de Gênesis a Bíblia não só é incompleta, mas incom-preensível”. Gillis Gênesis está estreitamente ligado não só aos demais livros do Antigo Testamento, como também especialmente aos do Novo Testamento. Alguns temas tratados no livro de Gênesis, são inter-pretados no Novo Testamento, tais como: • a queda do homem, • a instituição do casamento, • o juízo do dilúvio, • a justiça que Deus imputa ao crente, • o contraste entre o filho da promessa e o filho da carne, e• o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos.

O registro de Gênesis abrange um período de pelo menos 2000 anos. Gênesis narra também o início da linhagem piedosa, desde a chamada de Abraão, quando Deus estabeleceu uma aliança com ele e prometeu-lhe multiplicar sua descendência até convertê-la em uma nação, a qual seria instalada em Canaã. Qual foi o motivo divino ao fazer tudo isto? Que Israel se constituísse em uma fonte

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de bênção para “todas as famílias da terra” (12.3). Isto é, Deus abençoa um povo para que, depois, este seja o veículo de bênção universal. Deus prometeu a Abraão que seus descendentes:• Herdariam a terra de Canaã;• Tornar-se-iam uma grande nação;• Por meio dele todas as nações seriam abençoadas;Gênesis responde às grandes perguntas da alma, como:• A eternidade de Deus;• De onde veio o homem;• Como surgiu o pecado?• Como pode o homem pecador voltar para Deus?• Como pode o homem agradar a Deus?• Como podemos ter poder com Deus e com os homens? Gênesis registra o fracasso do homem, e a providência da graça divina imediatamente após sua queda no Éden. Como Moisés recebeu as informações relatadas em Gêne-sis? O relato da criação, por exemplo, possivelmente foi escrito um pouco antes por Abraão, ou Noé, ou por Enoque. Outros relatos subsequentes talvez tenham sido obtidos diretamente por reve-lação divina, por transmissão oral. É possível também que Moisés possuísse documentos escritos preservados por seus antepassados como valiosos registros sobre as origens da humanidade. Quem escreveu Gênesis? É harmoniosa a posição entre cristãos e judeus que afirma ser Moisés o autor de Gênesis, que foi guiado pelo Espírito San-to para escrevê-lo. A história, ou o conteúdo do primeiro livro termina na verdade 300 anos antes de Moisés ter nascido. O que deixa bem claro que ele tenha recebido a revelação direta de Deus ou que em parte tenha se apropriado de registros históricos deixa-dos por seus antepassados. “todos os anos surgem provas, em escavações feitas no Egito e na Palestina, de escritos dos dias de Moisés e da verdade histórica do que está registrado no Pentateuco. Moisés foi edu-

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Proibida a comercializaçãocado no palácio de Faraó e foi educado em toda a ciência dos egíp-cios que incluía a profissão literária”. A autenticidade de Gênesis como parte do registro divino é demonstrada também pela sua harmonia interna, bem como sua completa concordância com o restante das Escrituras inspiradas. A sua franqueza denota um escritor que temia a Deus e amava a verdade, e escrevia sem hesitar sobre os pecados tanto da nação de Israel como das pessoas preeminentes nela. Acima de tudo, a exatidão invariável com que as suas profecias se cumpriram, con-forme será demonstrado mais para o fim desta lição marca Gêne-sis como exemplo notável de escrita inspirada por Deus. Gn 9.20-23; 37.18-35; Gl 3.8,16. A Criação (Gênesis 1-2) Gênesis começa com as seguintes expressões: “No princí-pio criou Deus os céus e a terra”. Enquanto a ciência remonta a criação dos céus e da terra, e a preparação da terra para habitação humana em bilhões de anos, Gênesis descreve com uma singular simplicidade. Os dias sucessivos da criação segundo a Bíblia foram:Primeiro dia: aparição da luz (dia e noite).Segundo dia: céu, atmosfera e mares.Terceiro dia: surgimento dos continentes e aparecimento da vegeta¬ção.Quarto dia: aparecem os corpos celestes que alumiam a terra.Quinto dia: os animais do mar e as aves.Sexto dia: os mamíferos e o homem.Sétimo dia: terminada a atividade criadora, Deus descansa.

Cada fase da criação preparou o caminho para a seguinte, e todas tinham o propósito de preparar o cenário para o ponto culminante: a criação do homem.“E disse Deus... E assim foi.” Ao falar Deus, infalivelmente se cum-pre a sua vontade. Acentua-se a perfeição do que Deus criou... “E viu Deus que era bom.” O resultado correspondeu perfeitamente

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à intenção divina. O grande propósito da criação era preparar um lar ou ambiente adequado para o homem. Gênesis apresenta Deus como o Criador dos céus e da ter-ra. Com palavras majestosas e bem-escolhidas, o primeiro capí-tulo passa a fazer um relato geral sobre a obra criativa no tocante a Terra. Isto se realiza em seis dias, ou seis períodos sucessivos que resultam no aparecimento da luz, do firmamento, da terra seca, dos luzeiros, dos peizxes e aves, dos animais e do homem. Deus dá a conhecer aqui a sua lei que governa as espécies, a barreira intransponível que impossibilita uma espécie evoluir em outra. Tendo feito o homem à Sua própria imagem, Deus anuncia seu propósito triplo para com o homem na terra: enchê-la de uma prole justa, subjugá-la e ter em sujeição a criação animal. O sé-timo “dia” é abençoado e declarado sagrado por Deus, que passa então a ‘descansar de todas as suas obras que tem feito’. A seguir o relato fornece uma vista de perto, ou ampliada, da obra criativa de Deus relativa ao homem. Descreve o jardim do Éden e sua lo-calização, declara a lei de Deus sobre a árvore proibida, fala sobre Adão dar nome aos animais e daí a respeito de Deus providenciar o primeiro casamento, formando uma esposa do próprio corpo de Adão e trazendo-a a este.

A Queda O casal Adão e Eva desfrutava de perfeito estado de in-ocência, gozando, ainda de livre arbítrio. Contudo, sob ardente tentação induzida pela serpente, a mulher não resistiu e comeu do fruto proibido, persuadindo seu marido a unir-se a ela em rebelião a Deus e, assim, o Éden acabou ficando profanado pela desobediência. Deus imediatamente indica o meio pelo qual seu propósito será realizado: E Deus passou a dizer à serpente: E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o cal-canhar (3.14, 15). O casal foi expulso do jardim, passando a viver

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em dor e labuta suada entre espinhos e abrolhos. Por fim, tem de morrer e retornar ao solo do qual fora tirado. Só a sua descendên-cia pode ter esperança na Semente prometida. O Caos do Pecado O caos do pecado se estende além do Éden. Caim, o primeiro filho varão nascido, torna-se o assassino de seu irmão Abel, fiel servo de Deus. Deus prescreve a Caim para a terra da Fuga, onde ele produz uma geração que mais tarde é exterminada pelo Dilúvio. Adão tem então mais um filho, Sete, que se torna pai de Enos; nessa época, os homens começam a invocar o nome de Deus hipocritamente. Adão morre aos 930 anos de idade. Dada a grande iniqüidade praticada entre os homens, Deus anun-cia o Dilúvio (5.6-11.9). Dá-se aqui a genealogia através de Sete. Entre estes descendentes de Sete destacam-se Enoque, que santi-fica o nome de Deus “andando com o verdadeiro Deus” (5.22). O próximo homem de fé notável é o bisneto de Enoque: Noé. Deus revelou a Noé seu plano de destruir a raça corrupta e de salvá-lo junto com sua família e, por ele, a humanidade inteira. Noé viria a ser o segundo pai da raça. Recebeu diretrizes para a construção de uma embarcação flutuante bem proporcionada que seria o veículo de escape. Segundo certos cálculos, a arca teria 135 m de comprimento, 22,50 m de largura e 13,50 m de altura e cor-responderia em tamanho a um transatlântico moderno. Constava de três pavimentos divididos em compartimentos e uma abertura de 45 cm de altura em volta, localizada entre espaços de parede na parte superior; acredita-se que tinha a forma de um caixão alon-gado. Alguns estudiosos calculam que a arca teria capacidade para 7.000 espécies de animais. Noé obedece prontamente, reúne dentro da arca a sua família de oito pessoas, juntamente com animais e aves; daí, no 600° ano de sua vida, começa o Dilúvio. O aguaceiro continua por 40 dias, sendo que mesmo os altos montes ficam cobertos por até 15 côvados (quase 7 metros) de água. Depois de um ano, quando

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Noé finalmente pode conduzir sua família para fora da arca, seu primeiro ato é oferecer um grande sacrifício de agradecimento a Deus. O Senhor então profere uma bênção sobre Noé e sua família e ordena-lhes que encham a terra com sua descendência. A ordem expressa de Deus permite comerem carne, mas exige ab-stinência do sangue, que é a alma ou a própria vida da carne, e exige a execução de homicidas (Gn 9.4-6). O pacto de Deus de nunca mais trazer um dilúvio sobre a terra é confirmado com o aparecimento do arco-íris no céu. Mais tarde, Cão mostra desre-speito pelo profeta de Deus, Noé. Este, ao ficar sabendo disso, amaldiçoa a Canaã, filho de Cão, mas acrescenta uma bênção que mostra que Sem será especialmente favorecido e que Jafé também será abençoado. Noé morre aos 950 anos de idade. Babel (10-11) A população do mundo começa a crescer novamente. Os três filhos de Noé executam a ordem de Deus de multiplicar-se, produzindo 70 famílias, os progenitores da atual raça humana. Ninrode, neto de Cão, funda um reino e começa a edificar cidades. Nessa época, toda a terra fala uma só língua. Os homens, em vez de se espalharem sobre a terra, para a povoarem e a cultivarem, decidem construir uma cidade e uma torre com o cume nos céus, para fazerem um nome célebre para si mesmos. No entanto, Deus frustra a intenção deles confundindo-lhes a língua e, assim, os es-palha. A cidade é chamada de Babel (que significa “Confusão”). Abraão e sua chamada (12-24) Deus chama Abraão para mostrar sua graça e fazer surgir um povo eleito por meio de sua descendência. Traça-se a impor-tante linhagem de descendentes de Sem até o filho de Terá, Abrão, fornecendo-se também os elos cronológicos. Em vez de procurar fazer um nome para si mesmo, Abrão exerce fé em Deus. Aos 75 anos de idade, ele parte da cidade caldéia de Ur, às ordens de Deus, cruza o Eufrates a caminho da terra de Canaã, invocando

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o nome de Deus. Por causa de sua fé e obediência, chega a ser chamado de “amigo de Deus”, e Deus faz seu pacto com ele. (Tg 2.23; 2 Cr 20.7; Is 41.8) Deus protege a Abrão e sua esposa durante uma breve estada no Egito. De volta a Canaã, Abrão mostra sua generosidade e pacificidade, permitindo que seu sobrinho e co-adorador Ló selecione a melhor parte da terra. Mais tarde, socorre a Ló das mãos de quatro reis que o capturaram. Daí, retornando da luta, Abrão encontra Melquisedeque, rei de Salém, que, como sacerdote de Deus, abençoa a Abrão, e Abrão lhe paga dízimos. Mais adiante Deus aparece a Abrão, anunciando ser Ele o escudo de Abrão e amplia sua promessa pactuada revelando que numericamente a semente de Abrão tornar-se-á como as estrelas do céu. Abrão é informado de que sua semente sofrerá aflição por 400 anos, mas será libertada por Deus, com julgamento contra a nação causadora da aflição. Quando Abrão atinge 85 anos, sua esposa Sarai, ainda sem filhos, lhe dá Agar, sua serva egípcia, para que ele tenha um filho por meio dela. Nasce Ismael, que é con-siderado o possível herdeiro. Mas, as intenções de Deus são out-ras. Quando Abrão atinge 99 anos, Deus troca-lhe o nome para Abraão, e o de Sarai para Sara, e promete que Sara dará à luz um filho. Dá-se o pacto da circuncisão a Abraão, e ele imediatamente circuncida os de sua casa. A seguir, Deus anuncia a seu amigo Abraão a sua deter-minação de destruir Sodoma e Gomorra, por causa do grande pecado delas. Os anjos de Deus avisam a Ló e ajudam-no a fugir de Sodoma, junto com a esposa e duas filhas. A esposa, porém, demorando-se ao olhar com anelo para as coisas deixadas atrás, transforma-se em coluna de sal. As filhas de Ló, para terem de-scendência, embriagam o pai com vinho e, mediante relação sex-ual com ele, dão à luz dois filhos, que se tornam os pais das nações de Moabe e de Amom. Deus protege Sara de ser contaminada por Abimeleque, rei dos filisteus. Quando Abraão tem alcança 100 anos e Sara 90,

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nasce o herdeiro prometido, Isaque. Uns cinco anos depois, Is-mael, zomba de Isaque, o herdeiro, resultando em Agar e Ismael serem despedidos, com a aprovação de Deus. Alguns anos depois, Deus prova a Abraão, mandando que sacrifique seu filho Isaque num dos montes de Moriá. A grande fé de Abraão em Deus não vacila. Ele tenta oferecer seu filho e herdeiro, mas Deus o detém, suprindo-lhe um carneiro como sacrifício substituto. Deus mais uma vez confirma sua promessa a Abraão, dizendo que multipli-cará a semente de Abraão como as estrelas do céu e os grãos de areia da praia. Revela que essa semente tomará posse do portão de seus inimigos, e que todas as nações da terra certamente serão abençoadas por meio da Semente. Sara morre aos 127 anos de idade e é sepultada num cam-po que Abraão compra dos filhos de Hete. Abraão envia então o principal servo de sua casa para obter uma esposa para Isaque, do país de seus parentes. Deus conduz o servo à família de Betuel, filho de Naor, e fazem-se planos para que Rebeca retorne com ele. Rebeca vai de bom grado, com a bênção de sua família, e torna-se esposa de Isaque. Abraão, por sua vez, toma outra esposa, Quetu-ra, que lhe dá à luz seis filhos. Contudo, ele dá-lhes presentes e os despede, fazendo de Isaque seu único herdeiro. Daí, aos 175 anos, Abraão morre.

Jacó e seus 12 filhos (25.27-37.1)

Esaú (caçador), filho de Isaque e Rebeca, ao voltar da caça-da certo dia vendeu seu direito de primogenitura a Jacó, seu irmão, por um mero bocado de cozido. Além disso, casou-se com duas mulheres hititas (e mais tarde com uma ismaelita), que se tornou uma fonte de amargura para os pais dele. Ajudado por sua mãe, Jacó se disfarçou, fazendo-se passar por Esaú, a fim de receber a bênção de primogênito. Esaú, que não havia revelado a Isaque

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que vendera o direito de primogenitura, planejou então matar Jacó ao saber o que este fizera, de modo que Rebeca aconselhou Jacó a fugir para Harã, para o irmão dela, Labão. Antes de Jacó partir, Isaque o abençoou mais uma vez e instrui-o a não tomar esposa pagã, mas sim a alguém da família de sua mãe. Em Betel, a caminho de Harã, Deus lhe apareceu num sonho, reanimou-o e confirmou-lhe a promessa pactuada feita em relação a ele. Jacó trabalha para Labão em Harã, casa-se com as duas fil-has dele, Léia e Raquel. Embora este casamento polígamo lhe seja causado por meio dum truque de Labão, Deus abençoa-o, dando a Jacó 12 filhos e uma filha mediante as esposas e as duas servas delas, Zilpa e Bila. Deus cuida que os rebanhos de Jacó aumentem grandemente, e daí instrui-o a retornar para a terra de seus an-tepassados. É perseguido por Labão, mas eles fazem um pacto no lugar chamado Galeede e A Torre de Vigia. Prosseguindo a sua jornada, os anjos reanimam a Jacó e ele luta durante a noite com um anjo, que, por fim, abençoa-o e muda-lhe o nome de Jacó para Israel. Jacó providencia pacificamente um encontro com Esaú e viaja para Siquém. Ali, sua filha Diná é violentada pelo filho do chefe heveu. Os irmãos dela, Simeão e Levi, vingam-se, matando os homens de Siquém. Isto desagrada a Jacó, pois dá a ele, repre-sentante de Deus, má fama no país. Deus lhe diz para ir a Betel para erigir ali um altar. Na penosa viagem saindo de Betel, Raquel morre ao dar à luz para Jacó seu 12° filho, Benjamim. Rubem vio-lenta a serva de Raquel, Bila, mãe de dois filhos de Jacó e, por isso, perde o direito de primogenitura. Pouco depois, Isaque morre aos 180 anos de idade, e Esaú e Jacó o sepultam. Esaú e sua família se mudam para a região montanhosa de Seir, e a grande riqueza acumulada de Esaú e de Jacó impede-os de continuarem a morar juntos. Fornece-se a lista da descendência de Esaú, bem como a dos xeques e dos reis de Edom. Jacó con-tinua a morar em Canaã.

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De José ao Egito (37.2-50.26)

O menino José recebeu o favor de Deus e certos sonhos, e isso fez com que os seus irmãos mais velhos chegassem a odiá-lo. Tramam matá-lo, mas, em vez disso, vendem-no a certos merca-dores ismaelitas de passagem. Mergulhando a roupa listrada de José no sangue dum bode, apresentam-na a Jacó como prova de que o jovem de 17 anos fora morto por uma fera. José é levado para o Egito e vendido a Potifar, chefe da guarda de Faraó. O capítulo 38 faz um breve desvio para relatar o nascimen-to de Peres, filho de Tamar, que, por estratégia, faz com que Judá, seu sogro, realize o casamento que deveria ser realizado pelo filho dele com ela. Este relato frisa mais uma vez o extremo cuidado com que as Escrituras registram cada ocorrência que conduz à produção da Semente da promessa. O filho de Judá, Peres, torna-se um dos antepassados de Jesus. Lc 3.23,33. Nesse período o Senhor abençoa a José no Egito, e o torna grande na casa de Potifar. Contudo, as dificuldades o perseguem quando se recusa a vituperar o nome de Deus, não consentindo em fornicar com a esposa de Potifar, e ele é falsamente acusado e lançado na prisão. Ali é usado por Deus na interpretação dos sonhos de dois companheiros de prisão, o copeiro e o padeiro de Faraó. Mais tarde, quando Faraó tem um sonho que o deixa muito preocupado, a habilidade de José lhe é trazida à atenção, de modo que é imediatamente levado da masmorra na prisão à pre-sença de Faraó. Dando o crédito a Deus, José interpreta o sonho predizendo sete anos de fartura a serem seguidos de sete anos de fome. Faraó reconhece “o Espírito de Deus” sobre José, e nomeia-o primeiro-ministro para cuidar da situação. (Gn 41.38) José, ag-ora com 30 anos de idade, administra sabiamente, armazenando alimentos durante os sete anos de fartura. Daí, durante a fome mundial que se segue, ele vende os cereais aos povos do Egito e de

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outras nações que vêm ao Egito em busca de alimento. Com o tempo, Jacó envia seus dez filhos mais velhos ao Egito em busca de cereais. José reconhece-os, mas eles não. Reten-do a Simeão como refém, José exige que tragam seu irmão mais jovem na próxima viagem em busca de cereais. Quando os nove filhos retornam com Benjamim, José se revela, expressa seu per-dão aos dez culpados e os instrui a trazerem Jacó e a se mudarem para o Egito, para o bem deles durante a fome. Concordemente, Jacó, junto com 66 descendentes, muda-se para o Egito. Faraó dá-lhes a melhor terra, a terra de Gósen, para ali residirem. Ao se aproximar da morte, Jacó abençoa a Efraim e a Ma-nassés, os filhos de José, e daí chama junto de si a seus 12 filhos para lhes dizer o que lhes sucederá “na parte final dos dias” (49.1) Ele dá então, em pormenores, uma série de profecias, todas elas tendo desde então um cumprimento notável. Ele prediz que o ce-tro do domínio permanecerá na tribo de Judá até a vinda de Siló (que significa “Aquele de Quem É”; Aquele a Quem Pertence”), referindo-se plenamente ao Messias vindouro, a semente da mul-her (Gn 3.15), Jesus Cristo, que veio através da tribo de Judá (Ap 5.5). Jacó profetizou que todos os povos lhe seriam sujeitos (Ap 19.15) e que a “semente” teria grandes bênçãos espirituais. Depois de assim abençoar os cabeças das 12 tribos, e de dar ordens sobre seu próprio enterro futuro na Terra da Promessa, Jacó morre à idade de 147 anos. José continua a cuidar de seus irmãos e da família deles até à sua própria morte, à idade de 110 anos, tempo em que expressa sua fé no sentido de que Deus levará outra vez Israel para sua terra, e pede que também seus ossos sejam levados para aquela Terra da Promessa. Combinação de alguns textos de Gênesis com outros escritores Bíblicos:

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Textos de Princípio Referências de Gênesis Outros Escritores

1.27; 2.24 Santidade, caráter permanente Mt 19.4,5 do vínculo conjugal

2.7 O homem é alma 1 Co 15.45

2.22, 23 Chefia 1 Tm. 2.13; 1 Co 11.8

20.3 Errado o adultério 1 Co 6.9

28.7 Obediência aos pais Ef 6.1

Profecias Cumpridas e Paralelos Proféticos

12.1-3 Identificação da Semente e 22.15-18 (Descendente) de Abraão Gl 3.16, 29

14.18 Melquisedeque representa a Hb 7.13-15 Cristo

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16.1-4,15 Sentido figurativo de Sara, Agar, Ismael, Isaque Gl 4.21-31

17.11 Sentido figurativo da Rm 2.29 circuncisão

49.1-28 A bênção de Jacó Js 14.1 a 21.45 sobre as 12 tribos

49.9 Leão da tribo de Judá Ap 5.5

Outros textos usados pelos profetas, por Jesus e Pelos Dis-cípulos Em ilustração, em aplicação ou como exemplo provando adicionalmente a autenticidade de Gênesis: 1.1 Deus criou o céu e a terra Is 45.18 Ap 10.6

1.26 O homem criado à imagem 1 Co 11.7 de Deus

1.27 O homem criado, macho Mt 19.4; e fêmea Mc 10.6

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2.2 Deus descansou no sétimo dia Hb 4.4

3.1-6 A serpente enganou Eva 2 Co 11.3

3.20 Toda a humanidade procede do Atos 17.26 casal original

4.8 Caim matou Abel Jd 11; 1 João 3.12

4.9, 10 O sangue de Abel Mt 23.35

5-10-11 Genealogia Lc 3

5.21 Enoque Jd 14

5.29 Noé Ez 14.14; Mt 24.37

6.13, 17-20 Dilúvio Is 54.9; 2 Pd 2.5

12.1-3, 7 Pacto abraâmico Gl 3.15-17

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15.6 Fé de Abraão Rm 4.3; Tg 2.23

15.13, 14 Estada no Egito Atos 7.1-7

18.1-5 Hospitalidade Hb 13.2

19.24, 25 Sodoma e Gomorra destruídas 2 Pd 2.6; Jud. 7

19.26 Esposa de Ló Lc 17.32

20.7 Abraão, um profeta Sl 105.9,15

21.9 Ismael zomba de Isaque Gl 4.29

22.10 Abraão tenta oferecer Isaque Hb. 11.17

25.23 Jacó e Esaú Rm 9.10-13; Ml 1.2, 3

25.32-34 Esaú vende direito de Hb 12.16,17 primogenitura

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28.12 Escada de comunicação com o céu João 1.51

37.28 José é vendido ao Egito Sl 105.17

41.40 José é nomeado Sl 105.20 primeiro-ministro Sl 105.21

Questionário

Marque “C” para certo e “E” para errado

____ 1) - Os cinco primeiros livros da Bíblia são conhecidos como Pentateuco.

____ 2) - O termo Gênesis significa: “origem; começo; formação, nascimento”, conforme a designação da Septuaginta.

____ 3) - O registro de Gênesis abrange um período de pelo menos 2 bilhões de anos.

Assinale com “X” a alternativa correta

4) - Primeiro dia:___a. aparição da luz (dia e noite). ___b. surgimento dos continentes e aparecimento da vegeta¬ção.___c. aparecem os corpos celestes que alumiam a terra. ___d. céu, atmosfera e mares.

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5) – Ao falar Deus, infalivelmente se cumpre a sua vontade. Acen-tua-se a perfeição do que Deus criou:

___a. “E viu Deus as águas”.___b. “E viu Deus a terra”.___c. “E disse Deus”. ___d. “E viu Deus que era bom”.

6) - O Pentateuco reúne os seguintes livros:

___a. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.___b. Gênesis, Josué, Levítico, Juízes e Deuteronômio.___c. Jó, Números, Deuteronômio, Josué e Juízes.___d. Levítico, Números, Salmos, Jó e Deuteronômio.

7) – O casal Adão e Eva desfrutava de perfeito estado de inocên-cia, gozando, ainda de:

___a. Perfeita alegria.___b. Paz e comunhão.___c. Livre arbítrio.___d. Nenhuma alternativa está correta.

8) - Esaú significa:

___a. Lavrador. ___b. Caçador.___c. Pastor de Ovelhas.___d. Lutador.

9) – Ao se aproximar da morte, Jacó abençoa a:

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___a. Efraim e a Manassés.___b. Efraim e a Rúben.___c. Judá e a Manassés. ___d. Simeão e a Levi.

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II - Visão Panorâmica de Êxodo (1445-1405 a.C.)

Êxodo significa “saída” e a Versão Grega deu ao livro esse título porque ele narra o grande evento da história de Israel: a saída do povo de Deus do Egito.Êxodo é o elo indispensável que une de forma inseparável o Pen-tateuco. Continua a história dos hebreus iniciada no Gênesis no mesmo estilo inigualável deste e acentuando o elemento pessoal. É a figura de Moisés que domina quase todo o relato de Êxodo. Os assuntos do sistema sacerdotal e da lei de santidade iniciados em Êxodo, por sua vez, se desenvolvem em Levítico. Também a história da caminhada de Israel para a terra prometida, a qual constitui a maior parte de Números, encontra seu princípio em Êxodo. Finalmente, acha-se em Deuteronômio um eco tanto de Números como de Êxodo. Por isso ao livro de Êxodo se chama “O coração do Pentateuco”. “O relacionamento entre o Gênesis e o Êxodo é muito se-melhante à que existe entre o Antigo e o Novo Testamento. En-quanto Gênesis descreve a queda do homem em todas as provas e condições, Êxodo apresenta o socorro e livramento vindos da parte de Deus, para o seu povo que necessita de um redentor”. Moisés é o autor do livro de Êxodo, indicado pelo fato de ser Êxodo o segundo volume do Pentateuco. O livro em si reg-istra três casos em que Moisés faz um registro por escrito, sob a direção de Deus. (Êx 17.14; 24.4; 34.27) Segundo os versados em Bíblia, Westcott e Hort, Jesus e os escritores do Novo Testamento citam ou referem-se a Êxodo mais de 100 vezes, como quando Je-sus disse: “Não vos deu Moisés a Lei?” Êxodo foi escrito no ermo de Sinai, um ano depois de terem os filhos de Israel saído do Egito. Abrange o período entre a morte de José, até se erigir o tabernácu-lo da adoração de Deus, João 7.19; Êx 1.6; 40.17.

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Proibida a comercialização Considerando que os eventos de Êxodo ocorreram cerca de 3.500 anos atrás, há surpreendente quantidade de evidências arqueológicas e outras evidências externas que atestam a exatidão do registro. Nomes egípcios são usados corretamente em Êxodo, e os títulos mencionados correspondem às inscrições egípcias. A arqueologia mostra que os egípcios costumavam permitir que estrangeiros residissem no Egito, mas os egípcios se mantinham separados deles. As águas do Nilo eram usadas para banho, o que faz lembrar a filha de Faraó banhar-se ali. Foram encontrados tijo-los feitos com e sem palha. Além disso, a existência de magos era um destaque no apogeu do Egito. Êx. 8.22; 25; 5.6, 7, 18; 7.11. Grandes e suntuosos monumentos mostram que os faraós dirigiam pessoalmente seus condutores de carro para as batalhas, e Êxodo indica que o faraó dos dias de Moisés seguiu este cos-tume. Quão grande deve ter sido a sua humilhação! Mas, por que é que os antigos registros egípcios não fazem menção da estada dos israelitas no seu país, nem da calamidade que se abateu sobre o Egito? A arqueologia tem mostrado ser costume a nova dinastia egípcia apagar dos registros anteriores qualquer coisa que fosse desfavorável. Jamais registravam derrotas humilhantes. Os golpes contra os deuses do Egito como o deus Nilo, o deus-rã e o deus-sol que desacreditavam tais deuses falsos e mostravam que Deus é supremo, não seriam apropriados para a história duma nação orgulhosa Êx 14.7-10; 15.4. Depois de Moisés prestar 40 longos anos de serviço como pastor sob a direção de Jetro, isto o familiarizou com as condições de vida e com os locais de água e alimento naquela região, tornan-do-o assim bem habilitado para liderar o Êxodo. Não é possível traçar o roteiro exato do Êxodo hoje, pois não é possível localizar com certeza absoluta os vários locais mencionados no relato. No entanto, a autenticidade do relato de Moisés não depende da con-firmação de arqueólogos com respeito aos vários locais ao longo do caminho. Êx 15.23, 27. A narração da construção do tabernáculo nas planícies

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Proibida a comercializaçãodiante do Sinai enquadra-se nas condições locais. Certo erudito disse: “Na sua forma, estrutura e nos materiais, o tabernáculo pertence na sua inteireza ao ermo. A madeira empregada na es-trutura se encontra ali em abundância.” Seja nos nomes, costumes, religião, lugares, geografia, ou nos materiais, as evidências exter-nas acumuladas confirmam o relato inspirado de Êxodo, que tem agora cerca de 3.500 anos. Muitos textos bíblicos fazem referência constantemente ao Êxodo, mostrando seu sentido e valor proféticos. Cerca 900 anos depois, Jeremias escreveu sobre “o verdadeiro Deus, o Grande, o Poderoso, cujo nome é Deus dos exércitos”, que passou a tirar do Egito a seu povo Israel “com sinais e com milagres, e com mão forte e com braço estendido, e com coisa muito espantosa”. (Jr 32.18-21) Cerca de 1.500 anos depois, Estêvão baseou grande parte de seu emocionante testemunho, que levou a seu martírio, nas informações de Êxodos (Atos 7.17-44). A vida de Moisés nos é citada como exemplo de fé, em Hebreus 11.23-29, e Paulo faz outras referências freqüentes a Êxodo, apresentando exemplos e advertências para nós hoje. (Atos 13.17; 1 Co 10.1-4, 11, 12; 2 Co 3.7-16) Tudo isso nos ajuda a ver como as partes da Bíblia se in-terligam, cada trecho contribuindo, proveitosamente, para a rev-elação do propósito de Deus.

A chamada de Moisés

Deus comissiona a Moisés, frisando Seu próprio Nome (Êxodo 1.1-4.31). Depois de mencionar os filhos de Israel que de-sceram ao Egito, Êxodo registra a morte de José. Com o tempo, surge outro rei no Egito. Quando vê que os israelitas continuam a ‘multiplicar-se e a tornar-se mais fortes numa proporção extraor-dinariamente grande’, ele adota medidas repressivas, inclusive tra-balhos forçados, e tenta reduzir a população masculina em Israel, ordenando a destruição de todos os meninos recém-nascidos. (1.7) É sob tais circunstâncias que nasce um filho a um israelita

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Proibida a comercializaçãoda casa de Levi. Este filho é o terceiro da família. Quando tem três meses de idade, sua mãe esconde-o numa arca de papiro entre os juncos, à margem do rio Nilo. Ele é encontrado pela filha de Faraó, que se afeiçoa ao menino e o adota. A própria mãe dele torna-se sua ama-de-leite e, assim, ele é criado num lar israelita. Mais tarde, é levado para a corte de Faraó. Recebe o nome de Moi-sés, que significa “Retirado [isto é, salvo da água]”. Êx 2.10; Atos 7.17-22. Este Moisés interessa-se pelo bem-estar de co-israelitas. Mata um egípcio que maltrata um israelita. Por isso ele tem de fu-gir, de modo que chega à terra de Midiã. Ali casa-se com Zípora, filha de Jetro, o sacerdote de Midiã. Com o tempo Moisés torna-se pai de dois filhos, Gersom e Eliézer. Daí, aos 80 anos de idade, depois de ter passado 40 anos no ermo, Moisés é comissionado por Deus a um serviço especial, em santificação do nome de Deus. Certo dia, pastoreando o rebanho de Jetro, perto de Horebe, o “monte do verdadeiro Deus”, Moisés vê um espinheiro arder sem se consumir. Quando ele vai investigar, um anjo de Deus dirige-lhe a palavra, falando-lhe do propósito de Deus de fazer com que Seu povo, os “filhos de Israel, saia do Egito”. (Êx. 3:1, 10) Moisés será usado como instrumento de Deus para libertar Israel da es-cravidão egípcia. Atos 7:23-35. Pela primeira vez, Deus revela o real significado de seu nome, relacionando-o com o seu propósito específico e esta-belecendo-o como memorial. Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: “EU SOU me enviou a vós. E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração. Vai, ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, apare-ceu-me, dizendo: certamente vos tenho visitado e visto o que vos tem sido feito no Egito; e tenho dito: Far-vos-ei subir da aflição do

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Proibida a comercializaçãoEgito para a terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu, para uma terra que mana leite e mel” Êx 3.14, 15, 17. O Senhor fala a seu servo Moisés que faraó não permitirá que o seu povo saia livre, mas que Ele terá de primeiro golpear o Egito com todos os Seus maravilhosos atos. Arão, lhe é dado como porta-voz e eles recebem três sinais para realizar, a fim de convencer os israelitas de que vêm em nome de Deus. A caminho do Egito, o filho de Moisés tem de ser circuncidado para impedir uma morte na família, o que faz lembrar a Moisés os requisitos de Deus (Gn. 17.14). Moisés e Arão reúnem os anciãos dentre os filhos de Israel e os põem a par do propósito de Deus de tirá-los do Egito e levá-los para a Terra Prometida. Realizam os sinais, e o povo crê.

A mão de Deus contra o Egito (5-10)

Moisés e Arão se apresentam a Faraó e anunciam que o Senhor, Deus de Israel, disse: “Deixa meu povo ir.” Em tom zombeteiro, o orgulhoso Faraó replica: “Quem é Deus, que eu deva obedecer à sua voz para mandar Israel embora? Não conheço Deus, e ainda mais, não vou mandar Israel embora.” (5.1,2) Em vez de libertar os israelitas, impõe-lhes tarefas mais pesadas. Contudo, Deus renova as suas promessas de libertação, ligando isto outra vez com a san-tificação de seu nome: “Eu sou o Senhor ... deveras mostrarei ser Deus para vós . . . eu sou o Senhor” 6.6-8. O milagre que Moisés efetuou na presença do grande Faraó, fazendo com que Arão lance no chão seu bastão para se tornar uma cobra grande, é imitado pelos sacerdotes-magos do Egito. Embora as cobras deles sejam engolidas pela grande cobra de Arão, o coração de Faraó fica obstinado. Deus passa então a desferir dez pesados golpes sucessivos sobre o Egito. Primeiro, seu rio, o Nilo, e todas as águas do Egito se transformam em sangue. Daí, sobrevém-lhes uma praga de rãs. Estes dois golpes são imita-

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Proibida a comercializaçãodos pelos sacerdotes-magos, mas não o terceiro golpe, de borra-chudos sobre os homens e os animais. Os sacerdotes do Egito são forçados a reconhecer que isto é “o dedo de Deus”. Contudo, Faraó não quer mandar Israel embora 8.19. Os três primeiros golpes atingem tanto os egípcios como os israelitas, mas, do quarto em diante, só os egípcios são atin-gidos, permanecendo Israel separado sob a proteção de Deus. O quarto golpe são grandes enxames de moscões. Daí, vem a pes-tilência sobre todo o gado do Egito, sendo seguida de furúncu-los e bolhas sobre homem e animal, de modo que nem mesmo os sacerdotes-magos conseguem fazer face a Moisés. Deus deixa outra vez que o coração de Faraó fique obstinado, declarando-lhe mediante Moisés: “Mas, de fato, por esta razão te deixei em ex-istência: para mostrar-te meu poder e para que meu nome seja declarado em toda a terra.” (9.16) Moisés anuncia então a Faraó o golpe seguinte, “uma saraiva muito forte”, e aqui a Bíblia registra pela primeira vez que alguns dentre os servos de Faraó temem a palavra de Deus e agem em conformidade com ela. O oitavo e nono golpes uma invasão de gafanhotos e uma escuridão sombria vêm em rápida sucessão, e o obstinado e furioso Faraó ameaça a Moisés de morte se este procurar ver a sua face outra vez 9.18.

A morte dos primogênitos (11-13)

“Vou trazer mais uma praga sobre Faraó e sobre o Egito” a morte dos primogênitos (11.1). Ordena que o mês de abibe seja o primeiro mês para Israel. No décimo dia, eles têm de tomar um cordeiro ou um cabrito macho de um ano de idade, sem mácula e no décimo quarto dia, abatê-lo. Naquela noite têm de pegar o sangue do animal e esparrinhá-lo sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta, e daí permanecer dentro de casa e comer o ani-mal assado, do qual nenhum osso deve ser quebrado. Não devem ter fermento dentro de casa, e precisam comer às pressas, vestidos e preparados para a jornada. A Páscoa é para servir de recordação,

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Proibida a comercializaçãouma festividade para Deus através de suas gerações. Esta será se-guida pela Festividade dos Pães Asmos, de sete dias. O significado de tudo isso deve ser plenamente ensinado aos seus filhos. (Mais tarde, Deus dá instruções adicionais sobre estas festividades e or-dena que todos os primogênitos de Israel, tanto dos homens como dos animais, sejam santificados a ele). Israel seguiu a orientação divina e quando foi à meia-noite, Deus feriu todos os primogênitos do Egito, preservando os pri-mogênitos de Israel. “Saí do meio do meu povo”, grita Faraó. E ‘os egípcios começam a pressionar o povo’ para que saia rapidamente. (12.31, 33) Os israelitas não saem de mãos vazias, pois pedem aos egípcios, e recebem, artigos de prata e de ouro, bem como roupas. Marcham para fora do Egito em formação de batalha, em número de 600.000 varões vigorosos, junto com suas famílias e grande grupo misto de não-israelitas, bem como grande número de ani-mais. Isto marca o fim dos 430 anos desde que Abraão cruzou o Eufrates para entrar na terra de Canaã. Esta é, deveras, uma noite digna de ser comemorada Êx 12.40, Gl 3.17.

A impoluta travessia (13-15)

O povo se conduzia em direção a terra da promessa de-baixo duma coluna de nuvem de dia e de noite por meio duma coluna de fogo, Deus conduz Israel para fora pelo caminho de Su-cote. Faraó mais uma vez fica obstinado, perseguindo-os com seus selecionados carros de guerra e, segundo ele imagina, encurralan-do-os no mar Vermelho. Moisés revigora o povo, dizendo: “Não tenhais medo. Mantende-vos firmes e vede a salvação da parte de Deus, que ele realizará hoje para vós.” (14.13) Deus faz então que o mar recue, formando um corredor de escape, pelo qual Moisés conduz com segurança os israelitas para a margem oriental. As poderosas hostes de Faraó precipitam-se atrás deles e acabam sen-do apanhadas e afogadas nas águas que voltam. Que santificação culminante do nome de Deus! Que grande motivo para regozijar-

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Proibida a comercializaçãose nele! Esse regozijo é então expresso no primeiro grande cântico de vitória da Bíblia: “Cante eu a Deus, porque ficou grandemente enaltecido. Lançou no mar o cavalo e seu cavaleiro. Minha força e meu poder é o Senhor, visto que ele me é por salvação... Deus reinará por tempo indefinido, para todo o sempre” 15.1-2,18.

A entrega da Lei (15-34)

Seguindo a coluna que os guiava sob a direção de Deus, Israel viaja em direção do Sinai, o monte do verdadeiro Deus. Quando o povo resmunga a respeito das águas amargas de Mara, Deus faz com que a água se torne doce para eles. De novo, quando resmungam por falta de carne e de pão, Deus lhes fornece co-dornizes, à noitinha, e o adocicado maná, como orvalho no solo, de manhã. Este maná servirá de pão para os israelitas durante os próximos 40 anos. Também, pela primeira vez na história, Deus ordena a observância de um dia de descanso, ou sábado, fazendo com que os israelitas colham duas vezes a quantidade de maná no sexto dia e não o suprindo no sétimo. Produz também água para eles em Refidim, e luta por eles contra Amaleque, ordenando a Moisés que registre Seu julgamento de que Amaleque será com-pletamente eliminado. Jetro, o sogro de Moisés, trouxe então a esposa e os dois filhos de Moisés. É agora tempo de melhorar a organização em Israel, e Jetro contribuiu com alguns conselhos bons e práticos. Aconselhou Moisés a não levar toda carga sozinho, mas a designar homens capazes e tementes a Deus para julgarem o povo, quais chefes de grupos de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. Moisés fez isso, de modo que assim só os casos difíceis lhe são apresentados. Israel, em menos de três meses acampa no deserto do Si-nai. Ali, Deus promete: “E agora, se obedecerdes estritamente à minha voz e deveras guardardes meu pacto, então vos haveis de tornar minha propriedade especial dentre todos os outros pov-os, pois minha é toda a terra. E vós mesmos vos tornareis para

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Proibida a comercializaçãomim um reino de sacerdotes e uma nação santa.” O povo promete solenemente: “Tudo o que Deus falou estamos dispostos a fazer.” (19.5,6,8) Após um período de santificação para Israel, Deus de-sce no terceiro dia sobre o monte, fazendo-o fumegar e tremer. Então o Senhor entrega os mandamentos ao líder do povo hebreu. Estes frisam a devoção exclusiva a Deus, proibindo outros deuses, a adoração de imagens e tomar o nome de Deus indig-namente. Ordena-se aos israelitas a prestar serviços seis dias e, daí, guardar um sábado a Deus, e a honrar pai e mãe. Leis contra o assassinato, o adultério, o furto, o falso testemunho e a cobiça completam as Dez Palavras. Daí, Deus apresenta-lhes decisões judiciais, instruções para a nova nação, abrangendo escravidão, assalto, ferimentos, compensação, roubo, danos causados por incêndio, adoração falsa, sedução, maltratar viúvas e órfãos, em-préstimos, e muitos outros assuntos. São dadas as leis sobre o sábado e providenciam-se três festividades anuais para a adoração de Deus. Moisés escreve a seguir as palavras de Deus, oferecem-se sacrifícios e metade do sangue é aspergido sobre o altar. O livro do pacto é lido ao povo e, quando este novamente atesta sua dis-posição de obedecer, o restante do sangue é aspergido sobre o liv-ro e todo o povo. Deste modo, Deus faz o pacto da Lei com Israel, através do mediador Moisés Hb 9.19,20. Por um espaço de 40 dias e noites, ele recebe muitas in-struções sobre materiais para o tabernáculo, pormenores de sua mobília, especificações detalhadas sobre o próprio tabernáculo e o modelo para as vestes sacerdotais, incluindo a lâmina de ouro puro, com a inscrição “A santidade ao Senhor”, sobre o turbante de Arão. A investidura e o serviço do sacerdócio são pormenori-zados, e faz-se lembrar a Moisés que o sábado será um sinal entre Deus e os filhos de Israel “por tempo indefinido”. Moisés recebe então as duas tábuas do Testemunho, escritas pelo “dedo de Deus” Êx 28.36; 31.17, 18. No ínterim, o povo se impacienta e pede a Arão que faça um deus que vá adiante deles. Arão consente, fazendo um bezerro

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de ouro, que o povo adora no que Arão chama de “festividade para Deus” (32.5). Deus fala de exterminar a Israel, mas Moisés intercede pelo povo, embora despedace as tábuas na sua própria ira ardente. Os filhos de Levi tomam então o lado da adoração pura, matando a 3.000 dos foliões. Deus também traz praga sobre eles. Depois que Moisés implora a Deus para que este continue a guiar seu povo, diz-se-lhe que obterá um vislumbre da glória de Deus, e ele é instruído a lavrar duas tábuas adicionais em que Deus escreverá outra vez as Dez Palavras. Quando Moisés sobe ao monte pela segunda vez, Deus declara-lhe então o nome de Deus, à medida que Ele vai passando: “o SENHOR, Deus misericordio-so e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade, preservando a benevolência para com milhares.” (34.6,7) Daí, declara os termos de seu pacto, e Moisés o escreve, conforme o temos hoje em Êxodo. Quando Moisés desce nova-mente do monte Sinai, a pele de seu rosto emite raios, por causa da glória revelada de Deus. Por causa disso, ele tem de pôr um véu sobre o rosto. 2 Co 3.7-11.

O tabernáculo – uma casa móvel ao Senhor (35-40)

Por meio de seu servo Moisés, o Senhor orienta seu povo que se encontra no deserto, dizendo-lhes que os de coração dis-posto têm o privilégio de contribuir para o tabernáculo e os de coração sábio o privilégio de trabalhar nele. Pouco depois, Moisés é informado: “O povo está trazendo muito mais do que o serviço requer para a obra que Deus mandou fazer.” (36.5). Sob a direção de Moisés, trabalhadores cheios do Espírito de Deus passam a edi-ficar o tabernáculo e a fazer os acessórios dele e todas as vestes dos sacerdotes. Um ano depois do Êxodo, completa-se o tabernáculo, que é erigido na planície diante do monte Sinai. Deus revela a sua aprovação, cobrindo a tenda da reunião com a sua nuvem, e en-chendo o tabernáculo com a sua glória, de modo que Moisés não

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Proibida a comercializaçãoconsegue entrar na tenda. Esta mesma nuvem de dia, e um fogo de noite, indicam que Deus guia a Israel durante todas as suas viagens. Termina aqui o registro de Êxodo, sendo o nome de Deus gloriosamente santificado mediante as Suas obras maravilhosas, realizadas a favor de Israel.

Conclusão

O segundo livro que forma o Pentateuco, Êxodo, elucida-nos de modo valioso a Deus como o grande Libertador, Organi-zador e Cumpridor de seus propósitos magníficos, e firma a nossa fé nele. Tal fé aumenta ao passo que estudamos as muitas referên-cias a Êxodo no Novo Testamento, indicando o cumprimento de muitas características do pacto da Lei, a garantia da ressurreição, a provisão de Deus de sustentar seu povo, e precedentes para as obras cristãs de assistência, conselhos sobre consideração pelos pais e os requisitos para se ganhar a vida. Por fim, a Lei foi re-sumida em dois mandamentos sobre mostrar amor a Deus e ao próximo Mt 22.32 Êx 4.5; João 6.31-35 e 2 Co 8.15 Êx 16.4, 18; Mt 15.4 e Ef 6.2 Êx 20.12; Mt 5.26,38,39 Êx 21.24; Mt 22.37-40. Segundo afirma o escritor aos Hebreus 11.23-29, lemos sobre a fé de Moisés e seus pais. Pela fé partiu do Egito, pela fé cel-ebrou a Páscoa e pela fé conduziu a Israel através do mar Vermel-ho. Os israelitas foram batizados em Moisés e comeram alimento espiritual e beberam bebida espiritual. Aguardavam a rocha espir-itual, o Cristo, mas, ainda assim, não obtiveram a aprovação de Deus, pois puseram Deus à prova e tornaram-se idólatras, for-nicadores e murmuradores. Paulo explica que isto tem aplicação para os cristãos hoje: “Ora, estas coisas lhes aconteciam como ex-emplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já che-garam os fins dos sistemas de coisas. Conseqüentemente, quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.” 1 Co 10.1-12; Hb. 3.7-13. A maior parte do acentuado significado espiritual de Êx-

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Proibida a comercializaçãoodo, juntamente com sua aplicação profética, é fornecida nas car-tas paulinas, e em especial na carta aos Hebreus, capítulos 9 e 10. “Pois, visto que a Lei tem uma sombra das boas coisas vindouras, mas não a própria substância das coisas, os homens nunca podem, com os mesmos sacrifícios que oferecem continuamente, de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam.” (Hb 10.1) Estamos, pois, interessados em conhecer a sombra e entender a realidade. Cristo “ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente”. Ele é descrito como “o Cordeiro de Deus”. Nenhum osso deste “Cordeiro” foi quebrado, como também não foi no prefigurativo. O apóstolo Paulo comenta: “Cristo, a nossa páscoa, já tem sido sacrificado. Conseqüentemente, guardemos a festividade, não com o velho fermento, nem com o fermento de maldade e iniqüi-dade, mas com os pães não fermentados da sinceridade e da ver-dade.” Hb 10.12; João 1.29 e 19.36 Êx 12.46; 1 Co 5.7,8 Êx 23.15. O Senhor Jesus tornou-se Mediador dum novo pacto, as-sim como Moisés fora mediador do pacto da Lei. O contraste entre estes pactos é também explicado claramente pelo apóstolo Paulo, que fala do ‘documento manuscrito de decretos’, que foi tirado do caminho mediante a morte de Jesus na cruz. O Jesus ressuscitado, qual Sumo Sacerdote, é “servidor público do lugar santo e da ver-dadeira tenda, que Deus erigiu, e não algum homem”. Os sacer-dotes sob a Lei prestavam “serviço sagrado numa representação típica e como sombra das coisas celestiais”, segundo o modelo que fora dado por Moisés. “Mas, Jesus obteve agora um serviço público mais excelente, de modo que ele é também o mediador dum pacto correspondentemente melhor, que foi estabelecido legalmente em promessas melhores.” O antigo pacto tornou-se obsoleto e foi eliminado como código que administrava a morte. Os judeus que não entendiam isso são descritos como tendo suas percepções embotadas, mas, os crentes que entendem que o Israel espiritual está sob o novo pacto podem ‘com rostos desvelados refletir como espelhos a glória de Deus’, estando adequadamente habilitados como ministros do pacto. Com a consciência purifi-

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Proibida a comercializaçãocada, estes podem oferecer seu próprio “sacrifício de louvor, isto é, a declaração pública do seu nome”. Cl 2.14; Hb 8.1-6,13; 2 Co 3.6-18; Hb 13.15; Êx 34.27-35. O livro de Êxodo exalta o nome e o governo de Deus, apontando para a gloriosa libertação da nação cristã, o Israel espiritual, a quem se diz: “Vós sois raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Porque vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus.” O poder de Deus, segundo demonstrado em ajuntar seu Israel espiritual, tirando-o do mundo, a fim de engran-decer o seu nome, não é menos milagroso do que o poder que demonstrou a favor de seu povo no antigo Egito. Em suma, baseando-se nas Escrituras, é possível afirmar que a nação formada sob a direção de Moisés apontava para uma nova nação que seria formada sob a direção de Cristo, e para um reino que nunca será abalado. Por isso, somos incentivados a ‘pre-star a Deus serviço sagrado com temor piedoso e espanto rever-ente’. Assim como a presença de Deus cobria o tabernáculo no ermo, da mesma forma ele promete estar eternamente presente entre os que o temem: “Eis que a tenda de Deus está com a hu-manidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles... Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” Êxodo é deveras parte essencial e proveitosa do registro da Bíblia.

Questionário

Marque “C” para certo e “E” para errado

____ 10) - Êxodo significa “chegada” e a Versão Grega deu ao livro esse título porque ele narra o grande evento da história de Israel: a chegada do povo de Deus.

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____ 11) - Moisés é o autor do livro de Êxodo, indicado pelo fato de ser Êxodo o segundo volume do Pentateuco.

____ 12) - Moisés e Arão se apresentam a Faraó e anunciam que o Senhor, Deus de Israel, disse: “Deixa meu povo ir.”

____ 13) - O povo se conduzia em direção a terra da promessa debaixo duma coluna de nuvem de dia e de noite por meio duma coluna de fogo, Deus conduz Israel para fora pelo caminho de Su-cote.

____ 14) - O Senhor Jesus tornou-se Mediador dum novo pacto, assim como Moisés fora mediador do pacto da Lei.

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III - Visão Panorâmica de Levítico(1445-1405 a.C.)

Levítico é o terceiro livro da Bíblia. Segundo a enciclopé-dia livre Wikipédia, os judeus chamam-no Va-Yikra ou Vaicrá (E chamou). Basicamente é um livro teocrático, isto é, seu caráter é legislativo; possui, ainda, em seu texto, o ritual dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário litúrgico entre outras normas e legislações que regu-lariam a religião. O termo Levítico vem da Septuaginta grega, através do “Leviticus” da Vulgata latina. Este nome é apropriado, embora os levitas sejam mencionados apenas de passagem (em Levítico 25.32,33), pois o livro consiste principalmente em regulamentos para o sacerdócio levítico, escolhido da tribo de Levi, e em leis que os sacerdotes ensinavam ao povo: “Pois, são os lábios do sacerdote que devem guardar o conhecimento e da sua boca devem as pes-soas procurar a lei.” (Ml 2.7) No texto hebraico, o livro é chamado segundo a sua expressão inicial, Wai•yiq•rá´, literalmente: “E ele passou a chamar.” Entre os judeus posteriores, o livro era também chamado de Lei dos Sacerdotes e Lei das Ofertas. Lv 1.1. Moisés escreveu Levítico. “Estes são os mandamentos que Deus deu a Moisés.” (Levítico 27.34) Há uma declaração similar em Levítico 26.46. As evidências apresentadas anteriormente, de que Moisés escreveu Gênesis e Êxodo, comprovam também que ele escreveu Levítico, visto que o Pentateuco evidentemente era originalmente um só rolo. Além do mais, Levítico é ligado aos livros precedentes por meio da conjunção “e”. O mais forte teste-munho de todos é que Jesus Cristo, bem como outros servos in-spirados de Deus, citam freqüentemente as leis e os princípios de Levítico ou referem-se a eles e os atribuem a Moisés. Lv. 23.34, 40-43 Ne 8.14, 15; Lv 14.1-32 Mt 8.2-4; Lv 12.2 Lc 2.22; Lv 12.3

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João 7.22; Lv 18.5 Rm 10.5. Conquanto o livro de Êxodo termina quando se erige o tabernáculo “no primeiro mês, no segundo ano, no primeiro dia do mês”. O livro de Números (que se segue imediatamente ao re-lato de Levítico) começa com Deus falando a Moisés “no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da saída deles da terra do Egito”. Segue-se, portanto, que não poderia ter passado mais de um mês lunar para os poucos eventos de Levítico, consistindo a maior parte do livro em leis e regulamentos. Êx 40.17; Nm 1.1; Lv 8.1-10.7; 24.10-23. É provável que ele fosse guardando um registro dos even-tos ao passo que iam ocorrendo, e que escreveu as instruções de Deus à medida que as recebia. Isto é implícito na ordem de Deus a Moisés de escrever a condenação dos amalequitas logo após Israel tê-los derrotado em batalha. Ademais, certos assuntos no livro sugerem que foi escrito logo. Por exemplo, ordenou-se aos israeli-tas trazer animais que desejassem usar para alimentação à entrada da tenda de reunião, para serem abatidos. Esta ordem teria sido dada e registrada pouco depois do estabelecimento do sacerdócio. Muitas instruções são dadas para a orientação dos israelitas du-rante a sua viagem no ermo. Êx 17.14; Lv 17.3, 4; 26.46. Era o propósito e desígnio de Deus ter uma nação santa, e um povo santificado, colocado à parte para Seu serviço. Desde os dias de Abel, homens fiéis de Deus vinham oferecendo sacrifí-cios a Deus, mas foi primeiro à nação de Israel que Deus deu in-struções específicas sobre ofertas pelo pecado e outros sacrifícios. Estes, segundo explicado em pormenores em Levítico, deixaram os israelitas cientes da excessiva pecaminosidade e incutiu-lhes na mente quão desagradáveis isto os tornava aos olhos de Deus. Tais regulamentos, como parte da Lei, serviram como aio conduzindo os judeus a Cristo, mostrando-lhes a necessidade de um Salvador, e, ao mesmo tempo, serviam para mantê-los como povo separado do resto do mundo. Em especial as leis divinas sobre pureza ceri-

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monial serviram para este último objetivo. Lv 11.44; Gl 3.19-25. Israel se dirigia pelo escaldante deserto como uma nova nação caminhando para uma nova terra, e o Senhor lhe dirigia corretamente. Ainda não passara um ano desde o Êxodo, e os padrões de vida do Egito, bem como as suas práticas religiosas, ainda estavam vivos na mente deles. O casamento entre irmão e irmã era comum no Egito. Praticava-se a adoração falsa em honra de muitos deuses, alguns deles sendo deuses animais. Agora esta grande congregação estava a caminho de Canaã, onde a vida e as práticas religiosas eram ainda mais degradantes. Mas, observe de novo o acampamento de Israel. Engrossando a congregação havia muitos egípcios puros ou mestiços, uma multidão mista que vivia bem no meio dos israelitas e que nascera de pais egípcios e fora criada e instruída segundo os costumes, a religião e o patriotismo dos egípcios. Muitos destes, sem dúvida, até bem pouco antes, na sua terra, entregavam-se a práticas detestáveis. Quão necessário é que recebam agora orientações pormenorizadas de Deus! Levítico traz em sua inteireza a marca da inspiração div-ina. Meros humanos não poderiam ter formulado as suas leis e seus regulamentos sábios e justos. Os seus estatutos relativos à alimentação, doenças, quarentena e tratamento de cadáveres rev-elam um conhecimento de fatos que os homens da medicina, do mundo, só vieram a conhecer milhares de anos mais tarde. A lei de Deus sobre animais impuros para alimentação protegeria os is-raelitas durante a sua viagem. Ela os protegeria contra a triquinose provinda de porcos, a febre tifóide e paratifóide de certos tipos de peixe e infecções provindas de animais encontrados mortos. Estas leis práticas visavam orientar a religião e a vida deles, para que permanecessem como nação santa e atingissem e habitassem a Terra Prometida. A história mostra que os regulamentos for-necidos por Deus resultaram em os judeus levarem considerável vantagem sobre outros povos em questões de saúde. A realização das profecias e das prefigurações contidas em

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Levítico prova adicionalmente a sua inspiração. Tanto a história sagrada como a secular registram o cumprimento dos avisos de Levítico sobre as conseqüências da desobediência. Entre outras coisas, predisse que mães comeriam seus próprios filhos, por causa da fome. Jeremias indica que isto se cumpriu na destruição de Jerusalém, em 607 a.C., e Josefo conta que isso aconteceu tam-bém na destruição posterior da cidade, em 70 d.C. A promessa profética de que Deus se lembraria deles, se eles se arrependessem, cumpriu-se no retorno deles de Babilônia, em 537 a.C. (Lv 26.29, 41-45; Lm 2.20; 4.10; Ed 1.1-6) Como testemunho adicional da in-spiração de Levítico, há as citações que outros escritores da Bíblia fazem dele como sendo Escritura inspirada. Além dos textos cit-ados anteriormente para provar que Moisés é o escritor, queira consultar Mt 5.38; 12.4; 2 Co 6.16 e 1 Pd 1.16. O livro de Levítico apresenta a santidade do Senhor. Este tema percorre Levítico, que menciona este requisito mais do que qualquer outro livro da Bíblia. Os israelitas deviam ser santos porque Deus é santo. Certas pessoas, lugares, objetos e períodos foram reservados como santos. Por exemplo, o Dia da Expiação e o ano do Jubileu foram reservados como períodos de observância especial na adoração de Deus. Há um lugar especial também em Levítico para o derrama-mento de sangue, isto é, o sacrifício de uma vida, desempenhava no perdão dos pecados. Os sacrifícios de animais limitavam-se aos animais domésticos e limpos. Para certos pecados, requeria-se a confissão, a restituição e o cumprimento de uma penalidade, além do sacrifício. Para outros pecados, a penalidade era a morte. As leis e normas para o povo A maior parte do livro consiste em escrita legislativa, grande parte dela sendo também profética. No todo, o livro segue um esboço tópico, e pode ser dividido em oito partes, que seguem uma ordem sucessiva bastante lógica. Regulamentos sobre sacrifícios (1.17,38). Os diversos

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sacrifícios caem em duas categorias gerais: de sangue, consist-indo em bovinos, ovelhas, cabritos e aves; e exangues, consistin-do em cereais. Os sacrifícios de sangue devem ser apresentados como ofertas (1) queimadas, (2) de participação em comum, (3) pelo pecado ou (4) pela culpa. Os quatro tipos de oferta têm as seguintes três coisas em comum: o próprio ofertante tem de trazer o animal à entrada da tenda de reunião, colocar as mãos sobre ele e daí o animal tem de ser abatido. Depois da aspersão do sangue, é preciso dar destino à carcaça segundo a espécie de sacrifício. Consideremos agora os sacrifícios de sangue, um por vez. (1) As ofertas queimadas podem consistir num novilho, cordeiro, cabrito, rola ou pombo, dependendo das posses do ofer-tante. Têm de ser cortadas em pedaços e, com exceção da pele, a oferta toda tem de ser queimada sobre o altar. Em caso de rola ou de pombo, a cabeça tem de ser truncada com a unha, mas não decepada, e o papo e as penas removidos. 1.1-17; 6.8-13; 5.8. (2) O sacrifício de participação em comum pode ser de um macho ou uma fêmea dos bovinos ou dos rebanhos. Só as partes gordurosas serão queimadas sobre o altar, certas porções cabendo ao sacerdote e o resto devendo ser comido pelo ofertante. É chamado apropriadamente de sacrifício de participação em co-mum, pois, mediante ele, o ofertante participa de uma refeição, ou tem comunhão, por assim dizer, com Deus e com o sacerdote 3.1-17; 7.11-36. (3) Exige-se uma oferta pelo pecado para pecados não in-tencionais, ou pecados cometidos por engano. O tipo de animal oferecido depende de quem é o pecado que será expiado do sacer-dote, do povo como um todo, dum chefe ou duma pessoa comum. Diferentes das voluntárias ofertas queimadas e de participação em comum para indivíduos, as ofertas pelo pecado são obrigatórias 4.1-35; 6.24-30. (4) As ofertas pela culpa são exigidas para expiar a culpa pessoal devido à infidelidade, à fraude e ao roubo. Em certos ca-

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sos, a culpa requer que se confesse e se faça um sacrifício segundo as posses da pessoa. Noutros, exige-se a compensação equivalente à perda e mais 20 por cento, bem como o sacrifício de um car-neiro. Nesta parte de Levítico, que trata das ofertas, proíbe-se en-fática e repetidamente o comer sangue 5.16.7; 7.1-7,26,27; 3.17. Os sacrifícios exangues têm de ser de cereais e são ofer-ecidos quer assados inteiros, quer pilados ou em farinha fina; pre-parados de vários modos, tais como assados, grelhados ou fritos em gordura. Devem ser oferecidos com sal e azeite e, às vezes, com olíbano, mas têm de estar totalmente isentos de fermento ou mel. Em certos sacrifícios, uma parte pertencerá ao sacerdote. 2:1-16.

O sacerdócio (8-10)

Havia chegado então o tempo para uma grande ocasião em Israel, a investidura do sacerdócio. Moisés cuida disso em todos os pormenores, como Deus lhe ordenara. “E Arão e seus filhos pas-saram a fazer todas as coisas que Deus ordenara por meio de Moi-sés.” (8.36) Depois dos sete dias ocupados com a investidura, há um espetáculo milagroso e fortalecedor da fé. A assembléia inteira está presente. Os sacerdotes acabam de oferecer sacrifício. Arão e Moisés já abençoaram o povo. Daí, veja! “A glória de Deus apare-ceu ... a todo o povo. E desceu fogo de diante de Deus e começou a consumir a oferta queimada e os pedaços gordos sobre o altar. Quando todo o povo chegou a ver isso, irromperam em gritos e prostraram-se sobre as suas faces.” (9.23, 24) Deveras, Deus é dig-no da obediência e da adoração deles! Contudo, há transgressões da Lei. Por exemplo, os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, oferecem fogo ilegítimo perante Deus. “Saiu então fogo de diante de Deus e os consumiu, de modo que morreram perante Deus.” (10.2) A fim de oferecerem sacrifícios aceitáveis e gozarem da aprovação de Deus, tanto o povo como os sacerdotes têm de seguir as in-struções de Deus. Logo depois, Deus dá o mandamento de que os

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sacerdotes não devem tomar bebidas alcoólicas enquanto servem no tabernáculo, dando a entender que a embriaguez talvez tenha contribuído para a transgressão dos dois filhos de Arão.

Leis sobre a pureza (11-15)

Estes capítulos tratam da pureza cerimonial e higiênica. Certos animais, tanto domésticos como selvagens, são impuros. Todos os corpos mortos são impuros e tornam impuros a todos os que neles tocam. O nascimento duma criança também traz im-pureza e requer separação e sacrifícios especiais. Algumas doenças da pele, como a lepra, também causam impureza cerimonial, e a limpeza tem de ser aplicada não só a pessoas, mas também à roupa e às casas. Requer-se o isolamento. A menstruação resulta também em impureza. Requer-se a sepa-ração nestes casos e, no restabelecimento, em adição, a lavagem do corpo ou a oferta de sacrifícios, ou ambas.

O dia da expiação (16.1-34)

Evidentemente este é o tema notável do livro de Levítico, pois contém as instruções para o dia mais importante para todo o Israel, o Dia da Expiação, ocorria uma vez por ano, no décimo dia do sétimo mês. É um dia para afligir a alma (com toda a proba-bilidade com jejum) e não se permitirá nenhum trabalho secu-lar. Começa com a oferta de um novilho pelos pecados de Arão e sua família, a tribo de Levi, seguida da oferta de um bode pelo restante da nação. Depois da queima do incenso, parte do sangue dos dois animais tem de ser trazida, por sua vez, para o Santíssimo do tabernáculo, a fim de ser aspergido perante a tampa da Arca. Mais tarde, as carcaças dos animais têm de ser levadas para fora do acampamento e ser queimadas. Neste dia tem de se apresentar também um bode vivo diante de Deus, e sobre ele tem de se de-

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clarar todos os pecados do povo, após o que tem de ser conduzido para fora, para o ermo. Daí, dois carneiros tem de ser oferecidos como ofertas queimadas, um para Arão e sua família, e outro para o restante da nação.

Estatutos diversos (17-20)

Estes capítulos apresentam muitos estatutos para o povo. Proíbe-se outra vez o sangue, numa das mais explícitas de-clarações sobre sangue que existe nas Escrituras. (17.10-14) O sangue pode ser usado apropriadamente no altar, mas não para consumo. Proíbem-se práticas detestáveis, como incesto, sodo-mia e bestialidade. Há regulamentos para a proteção dos aflitos, dos humildes e dos estrangeiros, e dá-se o mandamento: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” (19.18) Resguarda-se o bem-estar social e econômico da nação, e os peri-gos espirituais, tais como a adoração de Moloque e o espiritismo, são proscritos, sob pena de morte. Deus frisa outra vez a necessi-dade de seu povo manter-se separado: “E tendes de mostrar-vos santos para mim, porque eu, Deus, sou santo, e estou passando a separar-vos dos povos para vos tornardes meus.” 20.26.

O sacerdócio e as festividades (21-25)

Aqui, Levítico trata principalmente da adoração formal de Israel: os estatutos que governam os sacerdotes, as suas qualifi-cações físicas, com quem podem casar-se, quem pode comer coi-sas sagradas e os requisitos quanto a animais sadios que devem ser usados em sacrifícios. Ordenam-se três festividades nacionais sazonais, proporcionando ocasiões de alegria perante Deus, vosso Deus (23.40). Como um só homem, a nação voltará assim a sua atenção, louvor e adoração a Deus, fortalecendo a sua relação com ele. Essas são festividades para Deus, santos congressos anuais. A

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Proibida a comercializaçãoPáscoa, juntamente com a Festividade dos Pães Asmos, é marcada para o início da primavera; o Pentecostes, ou a Festividade das Semanas, em fins da primavera; e o Dia da Expiação, juntamente com a Festividade das Barracas, ou Recolhimento, de oito dias, no outono. O capítulo 24 preocupa-se em apresentar uma instrução relativa ao pão e ao azeite a serem usados no serviço do tabernácu-lo. Segue-se ali o incidente em que Deus decide que todo aquele que abusar do “Nome” sim, o nome Senhor, tem de ser morto por apedrejamento. Declara a seguir a lei da punição de igual por igual: “Olho por olho, dente por dente.” (24.11-16, 20) No capítulo 25, acham-se regulamentos sobre o sábado de um ano, ou ano de repouso, a ser comemorado a cada 7 anos, e o Jubileu, a cada 50 anos. Neste 50° ano, deve-se proclamar a liberdade em todo o país, e as propriedades hereditárias vendidas ou cedidas durante os úl-timos 49 anos devem ser restituídas. Dão-se leis que protegem os direitos dos pobres e dos escravos. Nesta parte, o número “sete” aparece destacadamente o sétimo dia, o sétimo ano, festividades de sete dias, um período de sete semanas, e o Jubileu, a vir depois de sete vezes sete anos.

Os resultados da obediência e da desobediência (26.1-46)

O livro de Levítico atinge o seu clímax no capítulo 26. Deus alista aqui as recompensas pela obediência e os castigos pela desobediência. Ao mesmo tempo, apresenta a esperança para os israelitas se estes se humilharem, dizendo: “Vou lembrar-me, em seu benefício, do pacto dos antecessores que fiz sair da terra do Egito sob os olhares das nações, para mostrar-me seu Deus. Eu sou o Senhor.” 26.45.

Outros estatutos (27.1-34)

Levítico termina com instruções sobre o manejo das ofer-

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tas votivas, sobre o primogênito para Deus e sobre a décima parte que é santificada para Deus. Daí, vem o breve colofão: “Estes são os mandamentos que Deus deu a Moisés como ordens para os filhos de Israel, no monte Sinai.” 27.34.

Conclusão

Sendo Levítico parte das Escrituras inspiradas, ele é de grande proveito para os cristãos hoje. É ajuda maravilhosa para se ter apreço por Deus, seus atributos e seus modos de tratar as suas criaturas, conforme demonstrou tão claramente para com Is-rael sob o pacto da Lei. Levítico declara muitos princípios básicos que sempre vigorarão, e contém muitos modelos proféticos, bem como profecias, cuja consideração fortalece a fé. Muitos de seus princípios são declarados outra vez no Novo Testamento, alguns deles sendo citados diretamente. Sete pontos de realce são consid-erados abaixo.

A soberania de Deus

Ele é o Legislador, e nós, como criaturas suas, temos de prestar-lhe contas. De direito, ele nos ordena que o temamos. Como So-berano Universal, ele não tolera rivalidade, seja esta em forma de idolatria, de espiritismo ou de outras formas de demonismo Lv 18.4; 25.17; 26.1; Mt 10.28; Atos 4.24. O nome de Deus

O seu nome precisa ser mantido sagrado, e não nos atrevemos a trazer opróbrio sobre ele mediante palavras ou ações. Lv 22.32; 24.10-16; Mt 6.9.

A santidade de Deus

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Visto que ele é santo, seu povo precisa também ser santo, isto é, santificado ou separado para o Seu serviço. Isto inclui mantermo-nos separados do mundo ímpio que nos cerca. Lv. 11.44; 20.26; Tg 1.27; 1 Pd 1.15, 16.

A excessiva pecaminosidade do povo

Foi Deus quem determinou o que é pecado, e nós precisamos precaver-nos dele. O pecado sempre requer um sacrifício de ex-piação. Além disso, requer também da nossa parte a confissão, o arrependimento e corrigir a situação ao máximo possível.

A santidade do sangue

Visto que o sangue é sagrado, não pode ser ingerido. O único uso permitido do sangue é como expiação pelo pecado. Lv 17.10-14; Atos 15.29; Hb 9.22.

Relatividade da culpa e da punição

Havia diferentes punições para os pecadores. Quanto mais eleva-do o cargo, maiores eram a responsabilidade e a penalidade pelo pecado. O pecado deliberado era punido de modo mais severo do que o pecado não intencional. As penalidades variavam muitas vezes segundo a capacidade do infrator de pagá-las. Este princípio de relatividade se aplicava também nos campos que não fossem de pecado e de punição, como na impureza cerimonial. Lv 4.3, 22-28; 5.7-11; 6.2-7; 12.8; 21.1-15;Lc12.47,48; Tg 3.1; 1 João 5.16.

Justiça e amor

Resumindo os nossos deveres para com o próximo, Levítico 19.18

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diz: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” Isto abrange tudo. Torna proibitivo mostrar parcialidade, roubar, mentir ou caluniar, e requer que se mostre consideração para com os inca-pacitados, os pobres, os cegos e os surdos. Lv 19.9-18; Mt 22.39; Rm 13.8-13. Também, provando que Levítico é notavelmente provei-toso para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça na congregação cristã, há as repetidas refer-ências feitas a este livro por Jesus e seus apóstolos, notavelmente Paulo e Pedro. Estes trouxeram à atenção os muitos modelos proféticos e as sombras das coisas por vir. Segundo observou Pau-lo: “A Lei tem uma sombra das boas coisas vindouras.” Delineia uma ‘representação típica e sombra das coisas celestiais’. 2 Tm 3.16; Hb 10.1; 8.5. O tabernáculo, o sacerdócio, os sacrifícios e em especial o anual Dia da Expiação são ricos em tipologia. A carta aos He-breus, ajuda-nos a identificar as partes correspondentes espirituais destas coisas, em relação com a “verdadeira tenda” da adoração de Deus. (Hb 8.2) O principal sacerdote, Arão, representa a Cristo Jesus “como sumo sacerdote das boas coisas que se realizaram por intermédio da tenda maior e mais perfeita”. (Hb 9.11; Lv 21.10) O sangue dos sacrifícios de animais prefigura o sangue de Jesus, que obtém “para nós um livramento eterno”. (Hb 9.12) O com-partimento mais recôndito do tabernáculo, o Santíssimo, onde o sumo sacerdote entrava apenas uma vez por ano, no Dia da Ex-piação, para apresentar o sangue sacrificial, é “cópia da realidade”, o “próprio céu”, para o qual Jesus ascendeu, “para aparecer agora por nós perante a pessoa de Deus”. Hb 9.24; Lv 16.14, 15. O sacrifício de Cristo é tipificado pelas próprias vítimas, animais sadios e sem mácula oferecidos como ofertas queima-das ou pelo pecado, estes representam o sacrifício perfeito e sem mácula do corpo humano de Jesus Cristo. (Hb 9.13, 14; 10.1-10; Lv 1.3) É interessante que o autor considera também a caracterís-

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tica do Dia da Expiação, em que as carcaças dos animais das ofer-tas pelo pecado eram levadas para fora do acampamento e quei-madas. (Lv 16.27) “Por isso, Jesus também sofreu fora do portão. Saiamos, pois, a ele, fora do acampamento, levando o vitupério que ele levou”. (Hb 13.12, 13) Mediante tal interpretação inspirada, os procedimentos cerimoniais, esboçados em Levítico, assumem importância maior, e podemos começar, deveras, a compreender quão maravilhosamente Deus fez ali sombras que inspiram res-peito, indicando as realidades que só poderiam ser esclarecidas mediante o Espírito Santo. (Hb. 9:8) Tal entendimento correto é vital para os que querem tirar proveito da provisão para a vida que Deus faz mediante Cristo Jesus, o “grande sacerdote sobre a casa de Deus”. Hb 10.19-25. Conforme à casa sacerdotal de Arão, Jesus Cristo, qual Sumo Sacerdote, tem subsacerdotes associados consigo. Fala-se a respeito destes como sendo “sacerdócio real”. (1 Pd. 2.9) Levítico indica claramente e explica o trabalho de expiar pecados feito pelo grande Sumo Sacerdote e Rei de Deus, bem como os requisitos exigidos dos membros de sua casa, dos quais se fala como sendo ‘felizes e santos’, e ‘sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinando com ele por mil anos’. Que bênção esse trabalho sacerdotal realizará em restaurar humanos obedientes à perfeição, e que felicidade esse Reino celestial trará, restaurando a paz e a justiça! Certamente, devemos todos agradecer ao Deus santo. Deveras, Levítico se une de modo maravilhoso a “toda a Escritura” em dar a conhecer os propósitos do Reino de Deus Ap 20.6.

FESTAS DE ISRAEL (Lv 23) Festa Mês do ano sagrado Dia Mês do ano solar (atual)* Páscoa (Êx12.1-4; Lv 23.5)

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1 (Abibe) 14 Março-Abril * Pães Asmos (Ex 12.15-20;Lv 23.6-8) 1 (Abibe) 15-21 Março-AbrilPrimícias (Lv 23.9-14)1 (Abibe) 3 (Sivã) 16 6 Março-Abril Junho-Julho * Semanas (Colheitas ou Pentecostes) (Êx 23.16; 34.22; Lv 23.23-25) 3 (Sivã) 6 (50 dias após a colheita da cevada) Maio-JunhoTrombetas (Rosh Hashanah) (Lv 23.23-25)7 (Tisri) 1 Setembro-OutubroDia da Expiação (Yom Kippur) (Lv 16;23.26-32) 7 (Tisri) 10 Setembro-OutubroTabernáculos (Tendas ou Colheita) (Êx 23.16; 34.22; Lv 23.33-36) 7 (Tisri) 15-22 Setembro-Outubro * Festas principais, para as quais todos os israelitas adultos, do sexo masculino, tinham a obrigação de viajar ao templo de Je-rusalém

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Questionário

Marque “C” para certo e “E” para errado

____ 15) - Levítico é o terceiro livro da Bíblia. Segundo a enciclo-pédia livre Wikipédia, os judeus chamam-no Va-Yikra ou Vaicrá (E chamou)

____ 16) - Era o propósito e desígnio de Deus ter uma nação san-ta, e um povo santificado, colocado à parte para Seu serviço.

____ 17) – O dia da Expectação evidentemente é o tema mais notável do livro de Levítico, pois contém as instruções para o dia mais importante para todo o Israel, que ocorria duas vez por ano, no décimo dia do sétimo mês.____ 18) - A Páscoa, juntamente com a Festividade dos Pães As-mos, é marcada para o início da primavera.

____ 19) - O livro de Levítico atinge o seu clímax no capítulo 16. Deus alista aqui as recompensas pela obediência e os castigos pela desobediência.

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IV - Visão Panorâmica de Números

Enquanto Êxodo tratou da saída dos filhos de Israel do Egito, e Levítico da implantação da Legislação como base para uma sociedade peregrina à caminho de uma pátria, o livro de Números procura apresentar os fatos ocorridos no período da jor-nada dos israelitas pelo deserto. Como disse o apóstolo Paulo: “E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.” (1 Co 10.6) O vívido registro de Números inculca em nós que a sobrevivência depende de san-tificar o nome de Deus, de lhe obedecer em todas as circunstân-cias e de mostrar respeito pelos seus representantes. Seu favor não resulta de bondade ou de mérito de seu povo, mas de Sua grande misericórdia e graça. A palavra “Números” se refere à numeração das pessoas, efetuada primeiro junto ao monte Sinai e, mais tarde, nas planícies de Moabe, segundo registrada nos capítulos 1 4 e 26 de Números. Este nome vem do título Numeri, na Vulgata latina, e se deriva de A•rith•moí na Septuaginta grega. Contudo, os judeus chamam esse livro mais apropriadamente de Bemidh•bár, que significa “No Ermo”, ou “No Deserto”. A palavra hebraica midh•bár indica um lugar descampado, desprovido de cidades e povoados. Foi no ermo, ao sul e ao leste de Canaã, que ocorreram os eventos de Números. É evidentemente que Números fazia parte do volume quíntuplo original, que incluía os livros de Gênesis a Deuteronô-mio. O primeiro versículo (1.1) começa dando continuidade com o que precede. Assim, deve ter sido escrito por Moisés, o escritor dos registros precedentes. Isto também fica claro da declaração no livro de que “Moisés registrava”: “Estes são os mandamentos e as decisões judiciais que Deus ordenou aos filhos de Israel por meio de Moisés.” Núm. 33.2; 36.13.

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Proibida a comercialização O povo de Israel havia saído do Egito um pouco mais de um ano antes. Iniciando o relato no segundo mês do segundo ano depois do Êxodo, Números abrange os próximos 38 anos e nove meses. (Nm 1.1; Dt 1.3) Embora não se enquadrem nesse período, os eventos relatados em Números 7.1-88 e 9.1-15 são incluídos como informações de fundo. As partes iniciais do livro foram, sem dúvida, escritas à medida que os eventos se desenrolavam, mas é evidente que Moisés não poderia ter completado Números senão perto do fim do 40° ano no ermo. O relato não deixa nenhuma dúvida quanto sua autenti-cidade. A respeito da terra geralmente árida pela qual viajavam, Moisés disse que se tratava dum “grande e atemorizante ermo”, e, mesmo em nossos dias, os dispersos habitantes se locomovem constantemente em busca de pastos e água. (Dt 1.19) Ademais, as instruções detalhadas a respeito do acampamento da nação, da ordem de marcha e dos sinais de trombeta para governar os as-suntos do acampamento atestam que o relato foi realmente escrito “no deserto”. Núm. 1.1. Até mesmo o temeroso relatório dos espias, quando retor-naram de sua expedição a Canaã, no sentido de que “as cidades fortificadas são muito grandes”, é confirmado pela arqueologia. (13.28) As descobertas atuais têm revelado que os habitantes de Canaã daquele tempo haviam consolidado seu domínio mediante uma série de fortificações que se estendiam pelo país em diversos lugares, desde a baixada de Jezreel, no Norte, até Gerar, no Sul. Não só eram as cidades fortificadas, mas eram em geral construí-das no cume de colinas, com torres que se elevavam acima de suas muralhas, tornando-as muitíssimo impressionantes para pessoas como os israelitas, que haviam residido por gerações na terra pla-na do Egito. É natural que as nações do mundo procurem encobrir os seus fracassos e a magnificar as suas conquistas, mas, o relato de Números narra, com honestidade que denota verdade histórica, que Israel foi totalmente derrotado pelos amalequitas e pelos

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cananeus (14.45). Admite francamente que o povo mostrou falta de fé e tratou a Deus sem respeito (14.11). Com notável candu-ra, Moisés, profeta de Deus, expõe os pecados da nação, de seus sobrinhos e de seu próprio irmão e irmã. Tampouco poupa a si mesmo, pois fala da ocasião em que deixou de santificar a Deus, quando se supriu água em Meribá, de modo que perdeu o privilé-gio de entrar na Terra Prometida 3.4; 12.1-15; 20.7-13. Que o relato é parte genuína das Escrituras, que são in-spiradas por Deus e proveitosas, se evidencia de que quase todos os seus principais eventos, bem como muitos pormenores, são di-retamente citados por outros escritores da Bíblia, muitos dos quais destacam a importância deles. Por exemplo, Josué (Js. 4.12; 14.2), Jeremias (2 Reis 18.4), Neemias (Ne 9.19-22), Asafe (Sl 78.14-41), Davi (Sl 95.7-11), Isaías (Is 48.21), Ezequiel (Ez 20.13-24), Osé-ias (Os 9.10), Amós (Amós 5.25), Miquéias (Mq 6.5), Lucas, no seu registro sobre o discurso de Estêvão (Atos 7.36), Paulo (1 Co 10.1-11), Pedro (2 Pd 2.15, 16), Judas (Jd 11) e João, ao registrar as palavras de Jesus à congregação de Pérgamo (Ap 2.14), citam do registro de Números, como fez o próprio Jesus Cristo João 3.14. A princípio, o relato de Números é mais do que de valor histórico. Ele salienta que Deus é o Deus de ordem, que requer de suas criaturas devoção exclusiva. Isto é vividamente inculca-do na mente do leitor, ao passo que observa o recenseamento, a provação e a peneiração de Israel, e vê como o proceder desobedi-ente e rebelde dessa nação é usado para frisar a necessidade vital de se obedecer a Deus. A narrativa foi preservada para o proveito das gerações futuras, segundo Asafe explicou, “para que pusessem a sua confi-ança no próprio Deus e não se esquecessem das práticas de Deus, mas observassem os próprios mandamentos dEle” e que “não se deviam tornar como seus antepassados, uma geração obstinada e rebelde, uma geração que não preparara seu coração e cujo es-pírito não era fidedigno para com Deus” (Sl 78.7,8). Vez após vez,

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Proibida a comercializaçãoos eventos de Números foram mencionados nos salmos, que eram cânticos sagrados entre os judeus, de modo que eram repetidos com freqüência como sendo de proveito para a nação (Salmos 78, 95, 105, 106, 135, 136).

As divisões do Livro

O livro de Números se divide logicamente em três partes. A primeira delas, findando no capítulo 10, versículo 10, abrange eventos que ocorreram enquanto os israelitas ainda acampavam junto ao monte Sinai. A parte seguinte, concluindo com o capítulo 21, narra o que sucedeu durante os seguintes 38 anos e mais um ou dois meses, enquanto se achavam no ermo e até chegarem às planícies de Moabe. A parte final, até o fim do capítulo 36, tem a ver com os eventos nas planícies de Moabe, enquanto os israelitas se preparavam para entrar na Terra Prometida. Os israelitas já estão na região montanhosa do Sinai por cerca de um ano. Aqui eles foram moldados numa organização bem entrosada. Às ordens de Deus, faz-se agora um recenseamen-to de todos os homens de 20 anos de idade ou mais. As tribos var-iam em tamanho, segundo se revela, de 32.200 varões vigorosos em Manassés a 74.600 em Judá (Nm 1.26,27,34,35), totalizando 603.550 homens aptos para servir no exército de Israel, além dos levitas, das mulheres e das crianças um acampamento composto provavelmente de três milhões de pessoas ou mais. Sustentar tão grande número de pessoas no deserto, demandava um milagre permanente. A tenda de reunião está situada, juntamente com os levitas, no centro do acampamento. Em lugares designados, de cada lado, acampam os outros israelitas, em divisões de três tribos, cada tribo tendo recebido instruções quanto à ordem da marcha, isto é, quando o acampamento precisa locomover-se. Deus emite as instruções, e o registro diz: “Os filhos de Israel passaram a fazer segundo tudo o que Deus mandara a Moisés.” (2.34) Obedecem a Deus e mostram respeito por Moisés, o representante visível de

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Deus. Os levitas foram colocados à parte para o serviço de Deus. Foram divididos em três grupos, segundo a descendência dos três filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari. As posições no acampa-mento e as responsabilidades de serviço foram determinadas con-forme se descreve o capítulo 4 de Números. Para que o acampamento seja mantido puro, dá-se in-struções sobre pôr de quarentena os que adoecem, fazer expiação pelos atos de infidelidade, resolver casos em que um homem sus-peite da conduta da esposa, e sobre assegurar a conduta correta dos que são colocados à parte por voto a fim de levar uma vida de nazireu para Deus. Visto que o povo tem de levar sobre si mesmo o nome de seu Deus, precisa comportar-se em harmonia com os Seus mandamentos. Em Números 7.1, 10, Moisés fala a seguir das contribuições de materiais, feitas pelos 12 maiorais do povo, por um período de 12 dias, desde a inauguração do altar. Não houve competição nem a procura de glória pessoal nisso; cada qual contribuiu exata-mente aquilo que os outros contribuíram. Todos precisam reter em mente que, acima desses maiorais, e acima do próprio Moisés, está Deus, que dá instruções a Moisés. Nunca devem esquecer a sua relação com Deus. A Páscoa deve fazê-los lembrar-se de sua maravilhosa libertação do Egito feita por Deus, e eles a celebram aqui no deserto na ocasião determinada, um ano depois de par-tirem do Egito. O Senhor, através de uma nuvem que cobre o tabernáculo da tenda do Testemunho, de dia, e por meio de aparecimento do fogo ali, de noite continua a conduzir a nação nas suas viagens. Quando a nuvem se locomove, a nação se locomove. Quando a nuvem permanece sobre o tabernáculo, a nação permanece acam-pada, seja por poucos dias seja por um mês ou mais, pois o relato nos diz: “Acampavam-se à ordem de Deus e partiam à ordem de Deus. Cuidavam da sua obrigação para com o Senhor segundo

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Sua ordem mediante Moisés.” (Nm 9.23) Quando se aproxima o tempo de partirem do Sinai, providenciam-se toques de trombeta tanto para reunir o povo como para dirigir as diversas divisões do acampamento na jornada pelo deserto. Fatos importantes relatados no deserto (10.11-21.35). Por fim, no 20° dia do segundo mês, Deus faz erguer a nuvem de so-bre o tabernáculo, deste modo dando sinal para que Israel parta da região do Sinai. Com a arca do pacto de Deus no meio deles, rumam a Cades-Barnéia, uns 240 quilômetros ao norte. Enquanto marcham durante o dia, a nuvem de Deus paira sobre eles. Toda vez que a Arca parte, Moisés ora a Deus para que este se levante e disperse seus inimigos, e toda vez que ela vem a descansar, ele ora a Deus para que volte “às miríades dos milhares de Israel” 10.36. De qualquer modo, aparecem dificuldades no acam-pamento. Na viagem para o norte, para Cades-Barnéia, há pelo menos três ocasiões de queixas. Para reprimir a primeira mani-festação, Deus envia fogo para consumir alguns do povo. Daí, a “multidão mista” faz Israel lamentar-se de que não mais tem como alimento peixe, pepino, melancia, alho-porro, cebola e alho do Egito, mas apenas maná. (11.4) Moisés fica tão angustiado que pede a Deus que o mate em vez de deixá-lo continuar a servir de condutor e guia para todo aquele povo. Deus, mostrando consid-eração, retira do espírito de Moisés e coloca-o sobre 70 anciãos, que passam a ajudar Moisés como profetas no acampamento. Daí vem carne em abundância. Como já sucedera antes, um vento da parte de Deus traz codornizes do mar, e o povo gananciosamente se apodera de grande suprimento, estocando-o egoisticamente. A ira de Deus se acende contra eles, abatendo muitos por causa do desejo egoísta deles Êx 16.2, 3, 13. As dificuldades continuam. Deixando de reconhecer devi-damente seu irmão mais novo, Moisés, como representante de Deus, Miriã e Arão o criticam por causa de sua esposa, recém-chegada ao acampamento. Exigem mais autoridade, comparável

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à de Moisés, embora o homem Moisés fosse o mais manso de todos os homens (Nm. 12.3). O próprio Deus corrige o assunto, revelando que Moisés ocupa uma posição especial e ferindo com lepra a Miriã, a provável instigadora da queixa. Foi só mediante a intercessão de Moisés que ela mais tarde se restabeleceu. Logo ao se chegar a Cades, o grande povo de Israel acampa no limiar da Terra Prometida. Deus instrui Moisés a enviar espias para fazer reconhecimento do país. Entrando pelo Sul, eles viajam para o Norte, até a “entrada de Hamate”, caminhando centenas de quilômetros em 40 dias. (13.21) Quando retornam com alguns dos ricos frutos de Canaã, dez dos espias argumentam sem fé que seria tolo ir contra um povo tão forte e tão grandes cidades fortificadas. Calebe tenta acalmar a assembléia com um relatório favorável, mas sem êxito. Os espias rebeldes lançam medo no coração dos israelitas, afirmando que se trata duma terra que “consome os seus habitantes” e dizendo: “Todo o povo que vimos no meio dela são homens de tamanho extraordinário.” À medida que queixas de rebelião se espalham no acampamento, Josué e Calebe rogam: “Deus está conosco. Não os temais.” (13.32; 14.9) Mas, a assem-bléia passa a falar em apedrejá-los. O Senhor Jeová então intervém diretamente, dizendo a Moisés: “Até quando me tratará este povo sem respeito e até quan-do não depositarão fé em mim, em vista de todos os sinais que realizei entre eles?” (14.11) Moisés lhe implora que não destrua a nação, visto que o nome e a fama de Deus estão envolvidos. Deus decreta, então, que Israel continuará a vagar pelo deserto até que todos os que foram registrados entre o povo, de 20 anos ou mais, tenham morrido. Dos varões registrados, apenas Calebe e Josué terão permissão de entrar na Terra da Promessa. É em vão que o povo tenta subir por sua própria iniciativa, apenas para sofrer ter-rível derrota às mãos dos amalequitas e dos cananeus. Que preço elevado paga o povo pelo desrespeito para com Deus e seus leais representantes!

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Na verdade, eles têm muito a aprender no tocante à obe-diência. Apropriadamente, Deus lhes dá leis adicionais, que de-vam tal necessidade. Ele lhes informa que, quando entrarem na Terra Prometida, será preciso fazer expiação pelos erros, mas os deliberadamente desobedientes precisam ser eliminados sem fal-ta. Assim, quando um homem é apanhado ajuntando lenha em violação da lei sabática, Deus ordena: “O homem, em falta, deve ser morto.” (15.35) Como lembrete dos mandamentos de Deus e da importância de obedecer a eles, Deus instrui que usem franjas nas orlas das vestimentas. Não obstante, irrompe outra vez a rebelião. Corá, Datã e Abirão e 250 homens de destaque na assembléia se reúnem em oposição à autoridade de Moisés e Arão. Moisés leva a questão perante Deus, dizendo aos rebeldes: Tomai porta-lumes e incenso e apresentai-os perante Deus, e deixai que ele escolha. (16.6,7) A glória de Deus aparece então a toda a assembléia. Ele executa velozmente o julgamento, fazendo com que a terra se abra e trague as famílias de Corá, Datã e Abirão, e envia fogo para consumir os 250 homens, inclusive Corá, que oferecem o incenso. Logo no dia seguinte, o povo passa a condenar a Moisés e a Arão por aquilo que Deus fez, e novamente Ele os flagela, eliminando 14.700 que-ixosos. Com isso, Deus ordena que cada tribo apresente um bastão perante ele, inclusive um bastão com o nome de Arão para a tribo de Levi. Demonstra-se, no dia seguinte, que Deus escolheu Arão para o sacerdócio, pois apenas o bastão dele apresenta flo-res plenamente desabrochadas e dá amêndoas maduras. O bastão há de ser preservado na arca do pacto “como sinal para os filhos da rebeldia”. (Nm 17.10; Hb 9.4) Depois de instruções adicionais para o sustento do sacerdócio por meio de dízimos e sobre o uso da água de purificação com as cinzas de uma vaca vermelha, o relato nos leva outra vez a Cades. Ali Miriã morre e é sepultada. Bem próximo ao limiar, há um passo para poder entrar

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na Terra Prometida, a congregação murmura ao seu líder Moisés, por causa da falta de água. E Deus considera isso como altercação com Ele, e aparece na sua glória, ordenando a Moisés que tome o bastão e faça sair água do rochedo. Será que nessa ocasião Moisés e Arão santificam a Deus? Em vez disso, Moisés golpeia duas vezes o rochedo com ira. O povo e seu gado obtêm água para beber, mas Moisés e Arão deixam de dar o crédito a Deus. Embora a jornada no ermo esteja quase no fim, ambos incorrem no desagrado de Deus e se lhes informa que não entrarão na Terra Prometida. Arão morre mais tarde no monte Hor e seu filho Eleazar assume os de-veres de sumo sacerdote. A nação de Israel ainda permanece peregrina, vira para o leste e procura atravessar a terra de Edom, mas é repelida. Ao faz-er um grande desvio em volta de Edom, o povo entra outra vez em dificuldade, queixando-se de Deus e de Moisés. Estão fartos do maná e têm sede. Por causa de sua rebeldia, Deus envia-lhes ser-pentes venenosas, de modo que muitos morrem. Por fim, quando Moisés intercede, Deus instrui-o a fazer uma serpente de cobre e colocá-la numa haste de sinal. Os que foram mordidos, mas que fitam a serpente de cobre, são poupados com vida. Rumando para o norte, os israelitas são impedidos, respectivamente, pelos reis beligerantes Síon, dos amorreus, e Ogue, de Basã. Eles derrotam a ambos em batalha, e Israel ocupa os seus territórios ao leste do vale. Fatos em Moabe (22-36)

Tendo como alimento o desejo de entrar em Canaã, os isra-elitas se reúnem então nas planícies desérticas de Moabe, ao norte do mar Morto e ao leste do Jordão, defronte de Jericó. Vendo este vasto acampamento espraiado diante deles, os moabitas sentem temor mórbido. Seu rei Balaque, consultando os midianitas, man-da chamar a Balaão para que este use de adivinhação e amaldiçoe

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a Israel. Embora Deus diga diretamente a Balaão: “Não deves ir com eles”, ele quer ir (22.12). Ele quer a recompensa. Por fim vai mesmo, mas o que acontece é que ele é interceptado por um anjo e a sua própria jumenta fala miraculosamente para o repreender. Quando finalmente Balaão chega a proferir declarações sobre Is-rael, o Espírito de Deus o impele, de modo que os seus quatro di-tos proverbiais profetizam apenas bênçãos para a nação de Deus, predizendo até que uma estrela sairá de Jacó e um cetro surgirá de Israel para subjugar e destruir. Tendo enfurecido a Balaque com o seu fracasso em amaldiçoar a Israel, Balaão procura obter o favor do rei, sugerindo que os moabitas usem as mulheres de seu povo para engodarem os homens de Israel a participar nos ritos licenciosos relaciona-dos com a adoração de Baal (31.15,16). Aqui, bem na fronteira da Terra Prometida, os israelitas começam a cair vítimas da crassa imoralidade e da adoração de deuses falsos. Quando a ira de Deus se acende num flagelo, Moisés exige punição drástica dos malfei-tores. Quando Finéias, filho do sumo sacerdote, vê o filho dum maioral trazer uma midianita para a sua tenda, dentro do próprio acampamento, ele vai atrás deles e os mata, ferindo a mulher pelas suas partes genitais. Assim se faz parar o flagelo, depois de 24.000 terem morrido. Depois, o Senhor diz a Moisés e a Eleazar que façam um novo recenseamento do povo, conforme se fizera quase 39 anos antes, junto ao monte Sinai. A contagem final mostra que não houve aumento nas suas fileiras. Pelo contrário, há 1.820 homens a menos registrados. Não resta nenhum dos que foram registrados junto ao Sinai para o serviço do exército, exceto Josué e Calebe. Conforme Deus indicara que sucederia, todos eles haviam mor-rido no ermo. Deus dá a seguir instruções relativas à divisão da terra como herança. Repete que Moisés não entrará na Terra da Promessa, por ter deixado de santificar a Deus junto às águas de Meribá (20.13; 27.14). Josué é designado sucessor de Moisés.

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Por meio de Moisés, Deus a seguir lembra Israel da im-portância de Suas leis sobre sacrifícios e festividades e da serie-dade dos votos. Faz também com que Moisés ajuste contas com os midianitas, por causa de sua participação em seduzir Israel no tocante a Baal de Peor. Todos os varões midianitas são mortos em batalha, juntamente com Balaão, e só são poupadas as moças virgens, 32.000 destas sendo levadas cativas juntamente com o saque que inclui 808.000 animais. Nem sequer um israelita morre na batalha, segundo se informa. Os filhos de Rubem e de Gade, que são criadores de gado, pedem para estabelecer-se no território ao leste do Jordão, e, depois de concordarem em ajudar na con-quista da Terra Prometida, o pedido é concedido, de modo que essas duas tribos, juntamente com metade da tribo de Manassés, recebem como posse esse rico planalto. Ao relembrar dos lugares de parada que perdurara du-rante a viagem de 40 anos no deserto, o texto direciona outra vez a atenção na necessidade de obediência a Deus. Deus lhes dá aquela terra, mas eles têm de tornar-se Seus executores, ex-pulsando os habitantes depravados e adoradores de demônios e destruindo todo vestígio de sua religião idólatra. Descrevem-se em pormenores as fronteiras da terra que Deus lhes dá. Ela deve ser dividida entre eles por sortes. Os levitas, que não têm herança tribal, devem receber 48 cidades, 6 das quais têm de ser cidades de refúgio para o homicida não intencional. O território tem de per-manecer dentro da tribo, nunca devendo ser transferido a outra tribo por meio de casamento. Se não houver herdeiro masculino, então as filhas que recebem uma herança por exemplo, as filhas de Zelofeade têm de casar-se dentro de sua própria tribo. (27.1-11; 36.1-11) Números conclui com estes mandamentos de Deus por intermédio de Moisés e estando os filhos de Israel prestes a finalmente entrar na Terra Prometida.

Conclusão

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Jesus se referiu a Números em diversas ocasiões, e seus apóstolos e outros escritores da Bíblia demonstram claramente quão significativo e proveitoso é seu registro. O autor da carta aos Hebreus comparou especificamente o fiel serviço de Jesus ao de Moisés, que está registrado principalmente em Números. (Hb 3.1-6) Também, nos sacrifícios animais, e em aspergir as cinzas da novilha vermelha, de Números 19.2-9, vemos outra vez retratada a provisão muito maior da purificação mediante o sacrifício de Cristo Hb 9.13, 14. Similarmente, Paulo mostrou que fazer sair água do rochedo no ermo é repleto de significado para nós, dizendo: “Cos-tumavam beber da rocha espiritual que os seguia, e essa rocha sig-nificava o Cristo.” (1 Co 10.4; Nm 20.7-11) Apropriadamente, o próprio Cristo disse: “Quem beber da água que eu lhe der, nunca mais ficará com sede, mas a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que borbulha para dar vida eterna.” João 4.14. O Senhor Jesus também fez alusão direta a um incidente registrado em Números, que prefigurou a maravilhosa provisão que Deus fazia por intermédio dele. “Assim como Moisés ergueu a serpente no ermo”, disse ele, “assim tem de ser erguido o Filho do homem, para que todo o que nele crer tenha vida eterna” João 3.14,15; Nm. 21.8, 9. Uma das razões que levaram o povo de Deus vagar por 40 anos no deserto foi a falta de fé. O autor da carta aos Hebreus deu forte admoestação sobre esse ponto: “Acautelai-vos, irmãos, para que nunca se desenvolva em nenhum de vós um coração iníquo, falto de fé, por se separar do Deus vivente; mas, persisti em exor-tar-vos uns aos outros cada dia.” Por causa de sua desobediência, por causa de sua falta de fé, aqueles israelitas morreram no ermo. “Façamos, portanto, o máximo para entrar naquele descanso [de Deus], para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediên-cia.” (Hb 3.7-4.11; Nm 13.25-14.38) Advertindo contra os homens

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ímpios, que falam injuriosamente das coisas sagradas, Judas se referiu à ganância de Balaão por recompensa e à fala rebelde de Corá contra Moisés, servo de Deus. (Jd 11; Nm 22.7, 8, 22; 26.9, 10) Balaão foi também mencionado por Pedro como sendo al-guém que “amava a recompensa de fazer injustiça”, e pelo glorifi-cado Jesus, na sua revelação por intermédio de João, como sendo alguém que pôs diante de Israel uma pedra de tropeço de idolatria e de fornicação. Certamente, a congregação cristã hoje deve ser acautelada contra tais ímpios 2 Pd 2.12-16; Ap 2.14. No tempo que surgiu imoralidade entre os irmãos de corínto, Paulo escreveu-lhes a respeito do desejo de coisas prejudi-ciais, referindo-se especificamente a Números. Admoestou: “Nem pratiquemos a fornicação, assim como alguns deles cometeram fornicação, só para caírem, vinte e três mil deles, num só dia.” (1 Co 10.6, 8; Nm 25.1-9; 31.16) Que dizer da ocasião em que as pessoas se queixaram de que obedecer aos mandamentos de Deus acarretava dificuldade pessoal e de que estavam descontentes com a provisão do maná feita por Deus? Sobre isso, Paulo diz: “Nem ponhamos Deus à prova, assim como alguns deles o puseram à prova, só para perecerem pelas serpentes.” (1 Co 10.9; Nm 21.5, 6) Daí, Paulo continua: “Nem sejamos resmungadores, assim como alguns deles resmungaram, só para perecerem pelo destruidor.” Quão amargas foram as experiências de Israel por resmungarem contra Deus, seus representantes e suas provisões! Estas coisas que “lhes aconteciam como exemplos” devem servir de advertên-cia clara a todos nós hoje, para que possamos continuar a servir a Deus na plenitude da fé. 1 Co 10.10,11; Nm 14.2, 36, 37; 16.1-3, 41; 17.5, 10. O livro de Números fornece também o fundo histórico, que serve para se entender melhor muitas outras passagens da Bíblia. Nm 28.9,10 Mt 12.5; Nm 15.38 Mt 23.5; Nm 6,2-4 Lc 1.15; Nm 4.3 Lc 3.23; Nm 18.31 1 Co 9.13,14; Nm 18.26 Hb 7.5-9; Nm 17.8-10 Hb 9.4.

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Todo o conteúdo registrado em Números é inspirado por Deus, e é proveitoso para nos ensinar a importância da obediência a Deus e do respeito por aqueles que ele fez ministros entre seu povo. Mediante exemplo, reprova a transgressão, e mediante ac-ontecimentos de significado profético dirige nossa atenção Àquele que Deus proveu qual Salvador e Líder de seu povo hoje. Supre um elo essencial e instrutivo no registro, que conduz ao estabel-ecimento do justo reino de Deus, às mãos de Jesus Cristo.

Questionário

Assinale com “X” a alternativa correta

20) - Enquanto Êxodo tratou da saída dos filhos de Israel do Egito, e Levítico da implantação da Legislação como base para uma so-ciedade peregrina à caminho de uma pátria, o livro de Números procura apresentar os fatos ocorridos no período da jornada dos israelitas:

___a. Pelo campo. ___b. Pelo deserto.___c. Pelo vale. ___d. Todas as alternativas estão corretas.

21) – A princípio, o relato de Números é mais do que de valor histórico. Ele salienta que Deus é:

___a. O Deus de controle.___b. O Deus de compromisso. ___c. O Deus de regulamentos.___d. O Deus de ordem.

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22) - A Logo ao se chegar a Cades, o grande povo de Israel acampa no limiar da:

___a. Terra Prometida. ___b. Terra de Canaã. ___c. Terra que mana leite e mel.___d. Todas as alternativas estão corretas.

23) – Ao relembrar dos lugares de parada que perdurara durante a viagem de 40 anos no deserto, o texto direciona outra vez a aten-ção na necessidade de:

___a. Cumprimento da lei.___b. Obediência a Deus.___c. Desobedecer a Deus.___d. Nenhuma alternativa está correta.

24) - Bem próximo ao limiar, há um passo para poder entrar na Terra Prometida, a congregação murmura ao seu líder Moisés, por causa:

___a. Da falta de água. ___b. Da falta de alimento.___c. De sombra.___d. Todas as alternativas estão corretas.

25) – Uma das razões que levaram o povo de Deus vagar por 40 anos no deserto foi:

___a. A lentidão do povo.___b. O desejo de se alimentar com a comida do Egito.___c. A falta de fé.___d. Nenhuma alternativa está correta.

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V - Visão Panorâmica de Deuteronômio (Cerca de 1405 a.C.)

O Pentateuco se encerra com o livro de Deuteronômio, este que contém uma mensagem dinâmica para o povo de Deus. Depois de vaguearem pelo ermo por 40 anos, os filhos de Isra-el achavam-se então no limiar da Terra da Promessa. O que os aguardava? Quais seriam os problemas peculiares a enfrentar do outro lado do Jordão? O que teria Moisés a dizer finalmente à nação? Podemos também perguntar-nos: Por que é proveitoso para nós hoje saber a resposta a essas perguntas? A consequência se acha nas palavras que Moisés proferiu e assentou por escrito no quinto livro da Bíblia, Deuteronômio. Em-bora repita muitas coisas dos livros precedentes, Deuteronômio é importante por notáveis razões próprias. Como assim? Acrescen-ta ênfase à mensagem divina, tendo sido fornecida numa época da história do povo de Deus em que os israelitas realmente neces-sitavam de liderança dinâmica e direção positiva. Estavam prestes a entrar na Terra Prometida sob um novo líder. Necessitavam de encorajamento para ir avante, e, ao mesmo tempo, necessitavam de advertências divinas para habilitá-los a adotar o proceder cor-reto, que lhes proporcionaria as bênçãos de Deus. Por causa dessa obrigatoriedade, Moisés foi movido po-derosamente pelo Espírito de Deus a exortar Israel de modo fran-co a mostrar obediência e fidelidade. Através do livro inteiro, ele sublinha que Deus é o Senhor Altíssimo, que exige devoção ex-clusiva e deseja que seu povo ‘o ame de todo o coração, de toda a alma e de toda a força vital’. Ele é “o Deus dos deuses e o Sen-hor dos senhores, o Deus grande, poderoso e atemorizante, que não trata a ninguém com parcialidade, nem aceita suborno”. Ele não tolera nenhuma rivalidade. Obedecer a Deus significa a vida, desobedecer significa a morte. A instrução de Deus, dada em

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Deuteronômio, era precisamente a preparação e o conselho que Israel necessitava para as tarefas gigantescas à frente. É também a espécie de admoestação que necessitamos hoje, para que con-tinuemos a andar no temor de Deus, santificando o seu nome no meio de um mundo corrupto. Dt 5.9, 10; 6.4-6; 10.12-22. O nome Deuteronômio deriva-se do título da tradução grega Septuaginta, que significa “segundo”, “lei.” Significa, por-tanto, “Segunda Lei; Repetição da Lei”. Vem da tradução grega da frase hebraica em Deuteronômio 17.18, corretamente traduzida ‘cópia da lei’. Não obstante o significado do nome Deuteronô-mio, este livro da Bíblia não é uma segunda lei, tampouco é mera repetição da Lei. Em vez disso, é uma explicação da Lei, que ex-orta Israel a amar e a obedecer a Deus na Terra Prometida em que entraria em breve 1.5. Já que o Pentateuco é o quinto rolo, ou volume, o escri-tor deve ter sido o mesmo que o dos quatro livros precedentes, a saber, Moisés. A declaração inicial identifica Deuteronômio como sendo “as palavras que Moisés falou a todo o Israel”, e expressões posteriores, tais como “Moisés escreveu ... esta lei” e “Moisés es-creveu este cântico”, provam claramente que ele foi o escritor. O nome dele aparece quase 40 vezes no livro, em geral como a autor-idade para as declarações feitas. A primeira pessoa, referindo-se a Moisés, é usada predominantemente em todo o livro. Os versícu-los concludentes foram acrescentados depois da morte de Moisés, com toda a probabilidade por Josué ou pelo sumo sacerdote El-eazar 1.1; 31.9, 22,24-26. Em que período ocorreram os fatos contidos em Deuter-onômio? O próprio livro declara no início que, “no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês,... Moisés falou aos filhos de Israel”. Ao se completar a narrativa em Deu-teronômio, o livro de Josué continua o relato três dias antes da travessia do Jordão, que se deu “no décimo dia do primeiro mês”. (Dt 1.3; Js 1.11; 4.19) Isto deixa um período de dois meses e uma

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semana para os eventos de Deuteronômio. Entretanto, 30 dias deste período de nove semanas foram reservados para prantear a morte de Moisés. (Dt 34.8) Isto significa que, a bem dizer, todos os eventos relatados em Deuteronômio devem ter ocorrido no 11° mês do 40° ano. Perto do fim daquele mês, deve ter-se pratica-mente completado também a escrita do livro, ocorrendo a morte de Moisés em princípios do 12.° mês do 40° ano, em cerca de 1405 a.C.. As evidências que comprovam a autenticidade dos primei-ros quatro livros do Pentateuco aplicam-se igualmente a Deuter-onômio, o quinto livro. É também um dos quatro mais citados livros do Antigo Testamento no Novo Testamento, sendo os out-ros Gênesis, Salmos e Isaías. Há 83 de tais citações, e apenas seis dos livros das Escrituras Gregas Cristãs deixam de fazer alusão a Deuteronômio. No Novo Testamento, encontramos o próprio Jesus dan-do o mais convincente testemunho da autenticidade de Deuter-onômio. No início de seu ministério, foi tentado três vezes pelo Diabo, e três vezes replicou: “Está escrito.” Onde estava escrito? No livro de Deuteronômio (8.3; 6.16, 13) que Jesus citava como autoridade: “O homem tem de viver, não somente de pão, mas de cada pronunciação procedente da boca de Deus.” “Não deves pôr o Senhor, teu Deus, à prova.” “É ao Senhor, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.” (Mt 4.1-11) Mais tarde, quando os fariseus vieram prová-lo com res-peito aos mandamentos de Deus, Jesus citou em resposta “o maior e primeiro mandamento”, de Deuteronômio 6.5. (Mt 22.37, 38; Mc 12.30; Lc 10.27) O testemunho de Jesus atesta irrefutavelmente a autenticidade de Deuteronômio. Além disso, os fatos e as declarações narradas no livro es-tão em perfeita harmonia com a situação histórica e com o contex-to. As referências feitas ao Egito, a Canaã, a Amaleque, a Amom, a Moabe e a Edom correspondem à época, e os nomes de lugares

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são declarados com exatidão. A arqueologia continua a apresentar prova sobre prova da integridade dos escritos de Moisés. Henry H. Halley escreve: “A Arqueologia, ultimamente, vem falando tão alto que está causando uma reação decidida em prol do ponto de vista conservador, de que Moisés escreveu o Pentateuco. A teoria de que a escrita era desconhecida nos dias de Moisés já foi pelos ares, de modo completo. E cada ano, no Egito, Palestina e Meso-potâmia, estão-se escavando evidências tanto em inscrições como em camadas de terra, de que as narrativas do Antigo Testamen-to tratam de verdadeiros fatos históricos. E os ‘eruditos’, decid-idamente, estão tomando atitude de maior respeito para com a tradição referente à autoria de Moisés.” Assim, mesmo a evidência externa vindica Deuteronômio e todo o Pentateuco como sendo genuínos e autênticos escritos de Moisés, profeta de Deus.

Discursos de Moisés

A narrativa de Deuteronômio compõe-se principalmente de uma série de discursos que Moisés proferiu perante os filhos de Israel, nas planícies de Moabe, defronte de Jericó. O primeiro destes discursos termina no capítulo 4, o segundo vai até o fim do capítulo 26, o terceiro continua até o fim do capítulo 28, e um outro discurso se estende até o fim do capítulo 30. A seguir, depois de Moisés tomar providências finais, em virtude da aproximação de sua morte, incluindo comissionar a Josué como seu sucessor, ele escreve um belíssimo cântico de louvor a Deus, seguido de bênção sobre as tribos de Israel.

O Primeiro discurso de Moisés (1-4)

O primeiro discurso estabelece a introdução histórica daquilo que vem em seguida. Primeiro, Moisés recapitula os fiéis tratos de Deus com o Seu povo. Moisés manda este ir tomar posse

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da terra prometida a seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó. Relembra como Deus, no início da viagem pelo ermo, coordenou a atividade desta comunidade teocrática, fazendo com que Moisés selecionasse homens sábios, discretos e experientes para agirem como chefes de grupos de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. Havia uma organização extraordinária, supervisionada por Deus, ao passo que Israel ‘ia marchando através de todo aquele grande e atemorizante ermo’ 1.19. O discurso de Moisés lhes traz a memória o pecado de rebelião que cometeram, quando deram ouvidos ao relatório dos espias que haviam voltado de Canaã e queixaram-se, dizendo que Deus os odiava por tê-los tirado do Egito, segundo o acusaram, só para os abandonar às mãos dos amorreus. Por demonstrarem falta de fé, Deus declarou àquela geração má que nenhum dentre eles, exceto Calebe e Josué, veria aquela boa terra. Com isso, agi-ram novamente de modo rebelde, ficando agitados e fazendo a sua própria investida independente contra o inimigo, só para serem rechaçados e dispersos pelos amorreus como um enxame de abel-has. Caminharam através do ermo, indo em direção ao mar Vermelho, e, no decorrer de 38 anos, morreu toda a geração dos homens de guerra. Deus ordenou-lhes então que passassem para o outro lado e tomassem posse do país ao norte do Arnon, di-zendo: “Neste dia principiarei a pôr o pavor de ti e o temor de ti diante dos povos debaixo de todos os céus, os quais ouvirão a notícia a teu respeito; e ficarão deveras agitados e terão dores semelhantes às de parto, por tua causa” (2.25). Síon e sua terra caíram às mãos dos israelitas, e daí o reino de Ogue foi ocupado. Moisés assegurou a Josué que Deus lutaria por Israel do mesmo modo, para derrotar todos os reinos. Daí, Moisés perguntou a Deus se ele próprio poderia de alguma forma entrar na boa terra, além do Jordão, mas Deus continuou a recusar isto, dizendo-lhe que comissionasse, encorajasse e fortalecesse a Josué.

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Este discurso dá uma atenção especial à Lei de Deus, ad-vertindo contra aumentar ou diminuir Seus mandamentos. A desobediência trará calamidades: “Apenas guarda-te e cuida bem da tua alma, para que não te esqueças das coisas que teus olhos vi-ram e para que não se afastem de teu coração todos os dias da tua vida; e tens de dá-los a conhecer a teus filhos e a teus netos” (4.9). Quando Deus lhes declarou as Dez Palavras em circunstâncias temíveis, em Horebe, não viram nenhuma forma. Será desastroso para eles voltarem-se agora para a idolatria e adorarem imagens, pois, conforme Moisés diz: “O Senhor, teu Deus, é um fogo consu-midor, um Deus que exige devoção exclusiva.” (4.24) Foi ele quem amou a seus antepassados e os escolheu. Não há outro Deus nos céus acima ou na terra embaixo. Moisés exorta à obediência a Ele, “para que prolongues os teus dias no solo que O Senhor, teu Deus, te dá, para sempre” 4.40. Quando Moisés acabou de concluir este poderoso discur-so, passou a escolher, ao leste do Jordão, a Bezer, Ramote e Golã como cidades de refúgio.

O Segundo discurso de Moisés (5-6)

O segundo discurso é uma solicitação para que Israel ouça a Deus que lhe falou face a face em Sinai. Note como Moi-sés repete a Lei com alguns ajustes necessários, adaptando-a as-sim à nova vida do povo do outro lado do Jordão. Não se trata de mera repetição dos regulamentos e das ordenanças. Cada palavra mostra que o coração de Moisés está cheio de zelo e de devoção a seu Deus. Ele fala para o bem daquela nação. O livro inteiro acentua a obediência à Lei uma obediência proveniente de um coração cheio de amor, não sob compulsão. Moisés volta a proferir os Dez Mandamentos, e diz a Israel que os observe, não se desviando nem para a direita nem para a esquerda, a fim de prolongar os seus dias na terra e se tornar nu-

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meroso. “Escuta, ó Israel: O Senhor, nosso Deus, é um só Deus” (6.4). Israel precisa amar a Deus de coração, alma e força vital, e deve ensinar a seus filhos e lhes falar dos grandes sinais e milagres que Deus realizou no Egito. Não deve fazer alianças matrimoniais com os cananeus idólatras. Deus escolheu Israel para se tornar sua propriedade especial, não por ser numeroso, mas porque o ama e guardará a declaração juramentada que fez a seus antepassados. Israel precisa evitar o laço da religião demoníaca, precisa destruir as imagens que se acham no país e apegar-se a Deus, que é real-mente “um Deus grande e atemorizante” 7.21. O Senhor abateu os israelitas por 40 anos no ermo, ensi-nando-lhes que o homem vive não só de maná ou de pão, mas de toda expressão que sai da boca de Deus. Durante todos aqueles anos de correção, a roupa deles não se gastou, tampouco os seus pés se incharam. Agora estão prestes a entrar na terra de riqueza e fartura! Entretanto, precisam guardar-se dos laços do materi-alismo e da justiça própria, e lembrar-se de que Deus é ‘o dador de poder para produzir riqueza’ e aquele que desapossa as nações más (8.18). Moisés recorda então as ocasiões em que Israel pro-vocou a Deus. Os israelitas precisam lembrar-se de que a ira de Deus se acendeu contra eles no ermo por meio de pragas, fogo e morte! Precisam lembrar-se de sua adoração desastrosa do bezer-ro de ouro, que resultou na ira ardente de Deus e em refazer ele as tábuas da Lei! (Êx 32.1-10, 35; 17.2-7; Nm 11.1-3, 31-35; 14.2-38) Certamente, precisam agora servir e apegar-se a Deus, que os amou por causa de seus antepassados e os tornou “como as estrelas dos céus em multidão” Dt 10.22. O povo de Deus necessita cumprir “o mandamento in-teiro”, e sem falta obedecer a Deus, amando-o como seu Deus e servindo-o de todo o coração e de toda a alma. (11:8, 13) Deus os amparará e os recompensará se lhe obedecerem. No entanto, pre-cisam aplicar-se e ensinar diligentemente a seus filhos. A escolha

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colocada diante de Israel é explicitamente declarada: a obediência conduz à bênção, a desobediência, à maldição. Não devem ‘seguir outros deuses’ (11.26-28) Moisés delineia a seguir leis específicas que têm a ver com Israel, ao passo que avança para tomar posse da Terra Prometida. São (1) leis relativas à religião e adoração; (2) leis relativas à administração da justiça, governo e guerra; e (3) leis que regulam a vida privativa e social do povo.

Religião e adoração (12-16)

No tempo em que os israelitas entrarem no país, todo vestígio da religião falsa seus altos, altares, colunas, postes sagra-dos e suas imagens precisa ser impreterivelmente destruído. Os israelitas precisam adorar unicamente no lugar em que o Senhor, seu Deus, escolher colocar o seu nome, e ali precisam regozijar-se nele, todos eles. Os regulamentos sobre o consumo de carne e sobre sacrifícios incluem lembretes constantes de que não devem comer sangue. “Apenas toma a firme resolução de não comer o sangue ... Não o deves comer, para que te vá bem a ti e a teus filhos depois de ti, pois farás o que é direito aos olhos de Deus.” (12.16, 23-25, 27; 15.23) Em seguida, Moisés condena bem nitidamente a idolatria. Israel não deve nem mesmo procurar informar-se so-bre os caminhos da religião falsa. Caso se prove que um profeta é falso, precisa ser morto, e os apóstatas mesmo que sejam parentes queridos ou amigos, sim, mesmo cidades inteiras precisam ser da mesma forma entregues à destruição. A seguir, vêm os regula-mentos sobre alimentos puros e impuros, pagamento dos dízimos e assistência aos levitas. Os interesses dos endividados, dos po-bres e dos escravos devem ser protegidos com amor. Finalmente, Moisés faz um retrospecto das festas anuais como ocasiões para agradecer a Deus as bênçãos concedidas: “Três vezes no ano, todo macho teu deve comparecer perante o Senhor, teu Deus, no lugar que ele escolher: na festividade dos pães não-fermentados, e na

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Proibida a comercializaçãofestividade das semanas, e na festividade das barracas, e ninguém deve comparecer perante Deus de mãos vazias.” 16.16.

Justiça, governo e guerra (16-20)

Moisés dá as leis referentes a juízes e autoridades. A justiça é coisa de suma importância, pois Deus detesta o suborno e o des-virtuamento do julgamento. Esboça-se o processo quanto a esta-belecer a evidência e regulamentar casos jurídicos. “Pela boca de duas ou três testemunhas deve ser morto aquele que há de mor-rer” (17.6). Declaram-se as leis relativas a reis. Fazem-se provisões para os sacerdotes e os levitas. O espiritismo é proscrito, visto ser ‘detestável para Deus’. (18:12) Olhando para o futuro distante, Moisés profetiza a vinda do Messias: “Um profeta do teu próprio meio, dos teus irmãos, semelhante a mim, é quem o Senhor, teu Deus, te suscitará a este é que deveis escutar” (18.15-19). Mas o falso profeta tem de ser morto. Esta parte conclui com leis relati-vas às cidades de refúgio e vingar sangue, bem como com qualifi-cações para isenção do serviço militar e regulamentos sobre guer-ra.

A vida privativa e social (21-26)

Os decretos que tratam a respeito à vida cotidiana dos is-raelitas são apresentadas em questões tais como encontrar uma pessoa que foi morta, casamento com mulheres capturadas, di-reito do primogênito, filho rebelde, pendurar criminosos na cruz, evidência da virgindade, crimes sexuais, castração, filhos ilegíti-mos, tratamento dado aos estrangeiros, medidas sanitárias, pagar juros e cumprir votos, divórcio, rapto, empréstimos, salários e respigas após a ceifa. O limite para fustigar um homem deve ser de 40 golpes. O touro não deve ser açaimado quando debulha. Esboça-se o procedimento no caso de casamento com cunhado. Devem ser usados pesos exatos, pois Deus detesta a injustiça.

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Ainda antes de terminar este discurso fervoroso, Moisés relembra como Amaleque golpeou pela retaguarda os israelitas exaustos que fugiam do Egito, e Moisés ordena a Israel: “Deves ex-tinguir a menção de Amaleque debaixo dos céus” (25.19). Quan-do entrarem no país, deverão oferecer com regozijo os primei-ros frutos do solo, e também os dízimos, com a seguinte oração de agradecimento a Deus: “Olha deveras para baixo desde a tua santa habitação, os céus, e abençoa teu povo Israel e o solo que nos deste, assim como juraste aos nossos antepassados, a terra que mana leite e mel” (26.15). Se cumprirem estes mandamentos de todo o coração e de toda a alma, Deus, de sua parte, os ‘porá alto acima de todas as outras nações que fez, resultando em louvor, e em fama, e em beleza, ao passo que se mostram um povo santo para o Senhor, teu Deus, assim como ele prometeu’. 26.19.

Terceiro discurso de Moisés (27-28)

No terceiro discurso, os anciãos de Israel e os sacer-dotes juntam-se a Moisés quando ele enumera extensamente as maldições da parte de Deus pela desobediência e as bênçãos pela fidelidade. Avisos funestos são dados sobre os temíveis resultados da infidelidade. Se Israel, como seu povo santo, continuar a dar ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, receberá maravilhosas bên-çãos, e todos os povos da terra verão que o nome de Deus é invo-cado sobre ele. Se, ao contrário, deixar de fazer isso, Deus enviará “a maldição, a confusão e a reprimenda” (28.20) Será acometido de doenças repugnantes, será flagelado pela seca e pela fome; seus inimigos o perseguirão e o escravizarão, e será espalhado e aniq-uilado da terra. Estas maldições, e ainda mais, lhe sobrevirão se não ‘cuidar em cumprir todas as palavras desta lei que se acham escritas neste livro, de modo a temer este glorioso e atemorizante nome, sim, o Senhor, teu Deus’. 28.58.

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Quarto discurso de Moisés (29-30)

O Senhor realiza uma aliança com Israel em Moabe. Este incorpora a Lei, conforme repetida e explicada por Moisés, o que servirá de guia para Israel ao entrar na Terra Prometida. O jura-mento solene que acompanha o pacto sublinha as responsabili-dades daquela nação. Finalmente, Moisés chama os céus e a terra como testemunhas, pois coloca diante do povo a vida e a morte, a bênção e a maldição, e exorta: “Tens de escolher a vida para ficar vivo, tu e tua descendência, amando ao Senhor, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a ele; pois ele é a tua vida e a longura dos teus dias, para morares no solo de que Deus jurou aos teus antepassados Abraão, Isaque e Jacó que lhes havia de dar” 30.19, 20.

O sucessor de Moisés (31-32)

O capítulo 31 relata que, depois de Moisés escrever a Lei e dar instruções relativas à sua leitura pública regular, ele comis-siona a Josué, dizendo-lhe que seja corajoso e forte, e, daí, relata que Moisés prepara um cântico comemorativo e completa a es-crita das palavras da Lei, bem como toma providências para que ela seja colocada ao lado da arca do pacto de Deus. Depois disso, Moisés enuncia as palavras do cântico perante a congregação in-teira como exortação final. Moisés inicia seu cântico, identificando a Fonte revig-orante das instruções que recebeu! “Meu ensinamento gotejará como a chuva, minha declaração pingará como o orvalho, como chuvas suaves sobre a relva, e como chuvas copiosas sobre a veg-etação. Pois declararei o nome de Deus.” Sim, atribua-se gran-deza ao “nosso Deus”, “a Rocha” (32.2-4). Torne-se conhecida a sua obra perfeita, seus justos caminhos, sua fidelidade, sua justiça e sua retidão. Foi vergonhoso Israel agir ruinosamente, embora

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Deus o cercasse num deserto vago e uivante, salvaguardando-o como a menina de seu olho e pairando sobre ele como a águia sobre seus filhotes. É graças a ele que seu povo engordou, e Deus o chamou de Jesurum, “Aquele Que É Reto”, mas os israelitas o incit-aram ao ciúme com deuses estranhos e se tornaram “filhos em que não há fidelidade”. (32.20). A vingança e a retribuição pertencem a Deus. É ele quem faz morrer e faz viver. Quando afiar a sua espada reluzente e a sua mão segurar o julgamento, tomará deveras ving-ança de seus adversários. Que confiança isto deve inspirar no seu povo! Conforme diz o cântico, atingindo o seu clímax, é tempo de alegrar-se: “Alegrai-vos, ó nações, com o seu povo” (32.43). Que poeta no mundo poderia compor uma obra que se aproximasse à beleza excelsa, ao poder e à profundidade de significado deste cântico em louvor a Deus?

A bênção final de Moisés (32-34)

Já no fim Moisés recebe instruções finais concernentes à sua morte, mas ainda não terminou o seu serviço teocrático. Primeiro, precisa abençoar a Israel, e, ao fazer isto, ele enaltece novamente a Deus, o Rei de Jesurum, como que resplandecendo com suas santas miríades. As tribos recebem bênçãos individuais, sendo citadas por nome, e daí Moisés louva a Deus como o Emi-nente. “O Deus da antiguidade é um esconderijo, e por baixo há os braços que duram indefinidamente” (33.27). Com coração cheio de apreço, ele fala então as suas palavras finais à nação: “Feliz és, ó Israel! Quem é semelhante a ti, um povo usufruindo salvação em Deus?” 33.29. Já no monte Nebo, logo após de ver a Terra Prometida, Moisés morre, e Deus o enterra em Moabe, não tendo sido con-hecido nem honrado o seu sepulcro até o dia de hoje. Ele viveu até à idade de 120 anos, mas “seu olho não se havia turvado e seu vigor vital não lhe havia fugido”. Deus o usou para realizar

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grandes sinais e milagres e, conforme relata o último capítulo, não se levantou “em Israel um profeta semelhante a Moisés, a quem Deus conhecia face a face” 34.7, 10.

Conclusão

O último livro do Pentateuco, Deuteronômio está em harmonia com tudo o que o precedeu em declarar e santificar o grande nome do Senhor Deus. Só ele é Deus, e exige devoção ex-clusiva, não tolerando rivalidade por parte de deuses-demônios da adoração religiosa falsa. No dia de hoje, todos os cristãos pre-cisam prestar séria atenção aos grandes princípios por trás da lei de Deus e obedecer-Lhe, a fim de evitarem Sua maldição, quando ele afiar a sua espada reluzente para executar vingança sobre seus adversários. O seu maior e primeiro mandamento precisa tornar-se o marco indicador nas suas vidas: “Tens de amar ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua força vital” 6.5. Os outros livros da Bíblia fazem constantes referências a Deuteronômio para aprofundar nosso apreço pelos propósitos di-vinos. Além de suas citações para responder ao Tentador, Jesus fez muitas outras referências a esse livro. (Dt 5.16 Mt 15.4; Dt 17.6 Mt 18.16 e João 8.17) Estas continuam até em Apocalipse, onde o glorificado Jesus adverte finalmente contra aumentar ou diminuir o rolo da profecia de Deus (Dt 4.2 Ap 22.18). O apóstolo Pedro faz referência a Deuteronômio ao encer-rar o seu poderoso argumento de que Jesus é o Cristo e o Profeta maior que Moisés que Deus havia prometido suscitar em Israel. (Dt 18.15-19 Atos 3.22, 23) Paulo faz referência a Deuteronômio quanto ao salário dos trabalhadores, investigação cabal que deve ser feita pelo depoimento de testemunhas e instrução dos filhos. Dt 25.4, 1Co 9.8-10 e 1Tm 5.17, 18; Dt 13.14 e 19.15, 1 Tm 5.19 e 2 Co 13.1; Dt 5.16, Ef 6.2,3.

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Todos os filhos de Deus dos tempos pré-cristãos receber-am instrução e encorajamento de Deuteronômio. Faremos bem em seguir o exemplo deles. Consideremos a obediência implícita de Josué, sucessor de Moisés, em entregar à destruição as cidades conquistadas, durante a invasão de Canaã, não tomando despojo como o fez Acã. (Dt 20.15-18 e Dt 21.23 Js 8.24-27, 29) Em obe-diência à Lei, Gideão eliminou os ‘medrosos e temerosos’ de seu exército. (Dt. 20:1-9 Jz 7:1-11) Foi por fidelidade à lei de Deus que os profetas em Israel e Judá falaram destemida e corajosamente, condenando aquelas nações relapsas. Amós fornece um excelente exemplo disto. (Dt 24.12-15 Amós 2.6-8) Deveras, há literalmente centenas de exemplos que ligam Deuteronômio com o restante da Palavra de Deus, mostrando assim que é parte integrante e provei-tosa de um todo harmonioso. O âmago do livro de Deuteronômio exala louvor ao So-berano Senhor Deus. O livro inteiro acentua: Adorem a Deus; rendam-lhe devoção exclusiva. Embora a Lei não mais vigore para os cristãos, os princípios por trás dela não foram ab-rogados. (Gl. 3.19) Quantas coisas podem os verdadeiros cristãos aprender deste dinâmico livro da lei de Deus, com o seu ensinamento pro-gressivo, sua franqueza e simplicidade de apresentação! Até mes-mo as nações do mundo reconhecem a excelência da lei suprema de Deus, pois incorporaram muitos dos regulamentos de Deuter-onômio nos seus próprios códigos de lei. A tabela acompanhante dá exemplos interessantes de leis a que recorreram ou aplicaram em princípio. Além do mais, esta explicação da Lei chama atenção para o Reino de Deus e aprofunda o apreço por ele. De que modo? O Messias, Jesus Cristo, quando estava na terra, conhecia bem esse livro e o aplicava, conforme revelam as citações precisas que fazia dele. Estendendo o domínio do seu Reino, governará segundo os justos princípios desta mesma “lei”, e todos os que irão abençoar-se nele como o “descendente” (semente) do Reino terão de obede-

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cer a estes princípios. (Gn 22.18; Dt 7.12-14) É benéfico e provei-toso começar a obedecer a esses princípios desde já. Longe de ser antiquada, esta “lei”, com 3.500 anos de existência, fala-nos hoje com voz cheia de força, e continuará a fazer isso no prometido e Reino de Deus. Continue a ser santificado o nome de Deus entre seu povo, ao passo que aplica todas as instruções proveitosas do Pentateuco, que tão gloriosamente atinge seu clímax em Deuter-onômio uma parte verdadeiramente inspirada e inspiradora de “toda a Escritura”!

ALGUNS PRECEDENTES JURÍDICOS EM DEUTERONÔMIO

I. Leis pessoais e familiares Capítulos e Versículos

A. Relações pessoais 1. Pais e filhos 5.16 2. Relações matrimoniais 22.30; 27.20, 22, 23 3. Leis sobre divórcio 22.13-19, 28, 29

B. Direitos de propriedade 22.1-4

II. Leis constitucionais

A. Habilitações e deveres 17.14-20 do rei

B. Regulamentos militares 1. Isenções do serviço 20.1, 5-7; 24.5 militar 2. Oficiais subalternos 20.9

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III. O poder judiciário

A. Deveres dos juízes 16.18, 20 B. Supremo tribunal de 17.8-11 recursos

IV. Direito penal

A. Crimes contra o Estado 1. Suborno, perversão 16.19, 20 da justiça 2. Perjúrio 5.20 B. Crimes contra os bons costumes 1. Adultério 5.18; 22.22-24 2. União ilícita 22.30; 27.20, 22, 23 C. Crimes contra a pessoa física 1. Assassínio e agressão 5.17; 27.24 2. Estupro e sedução 22.25-29

V. Leis humanitárias

A. Bondade para com os animais 25.4; 22.6, 7 B. Consideração pelos 24.6, 10-18 desafortunados C. Código de segurança 22.8 de edificações D. Tratamento de classes 15.12-15; 21.10-14; dependentes, incluindo 27.18, 19 escravos e cativos E. Provisões filantrópicas 14.28, 29; 15.1-11;

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Questionário

Marque “C” para certo e “E” para errado

____ 26) - O nome Deuteronômio deriva-se do título da tradução grega Septuaginta, que significa “segundo”, “lei.” Significa, portan-to, “Segunda Lei; Repetição da Lei”.

____ 27) - No Novo Testamento, encontramos o próprio Jesus dando o mais convincente testemunho da autenticidade de Deu-teronômio.

____ 28) – A narrativa de Deuteronômio compõe-se principal-mente de uma série de discursos que Moisés proferiu perante os filhos de Israel, nas planícies de Harã, defronte de Moabe.

____ 29) - Moisés inicia seu cântico, identificando a Fonte revig-orante das instruções que recebeu!

____ 30) - O âmago do livro de Deuteronômio exala louvor ao Soberano Senhor Deus. O livro inteiro acentua: Adorem a Deus; rendam-lhe devoção exclusiva.