PROCESSO CONSTRUTIVO EMvedação

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PROCESSO CONSTRUTIVO EM SISTEMAS DE VEDAO

SUMRIO INFORMAES TCNICAS E TECNOLGICAS....................................................3 O QUE ALVENARIA ?.....................................................................................3 TABELA 1........................................................................................................ 5 TABELA 2........................................................................................................ 5 TABELA 3........................................................................................................ 6 Tijolos Comuns ou Macios..............................................................................6 ALVENARIA EM BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO SIMPLES............................7 Tabela 4.......................................................................................................... 8 Materiais.........................................................................................................9 ALVENARIA EM TIJOLOS MACIOS CERMICOS..............................................10 ALVENARIA EM BLOCOS CERMICOS VAZADOS.............................................11 Bloco Estrutural:...........................................................................................12 Resistncia Compresso.............................................................................14 Tolerncias de Fabricao.............................................................................14 CONCRETO CELULAR.....................................................................................15 PAREDES DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL)............................................16 LIGAO ENTRE ESTRUTURA E PAREDES DE VEDAO.................................18 PREPARAO DE ARGAMASSAS....................................................................19 ABERTURA DE VOS PARA ESQUADRIAS E PORTAS.......................................21 Portas:..........................................................................................................25 Vos mnimos admissveis para cada dependncia.......................................25 COLOCAO DE VERGAS E CONTRA-VERGAS................................................26 ACABAMENTO...............................................................................................27 SISTEMAS DE VEDAES..............................................................................29 TERMINOLOGIA.............................................................................................35 AMARRAO DAS ALVENARIAS.....................................................................37 VERGA E CONTRA-VERGAS............................................................................40 2

ALGUMAS PARTICULARIDADES CONSTRUTIVAS.............................................41 Estabilidade da alvenaria..............................................................................46 A interao bloco-argamassa........................................................................46 INSTALAES ELTRICAS E HIDRULICAS EMBUTIDAS..................................47 PROCESSO DE EXECUO.............................................................................48 ALVENARIA COM BLOCOS DE VIDRO.............................................................51 CRITRIOS DE CONTROLE.............................................................................54 ELEMENTOS VAZADOS..................................................................................54 COBOG....................................................................................................... 57 GESSO ACARTONADO...................................................................................58 DIVISRIAS................................................................................................... 58 REFERNCIAS BIOGRFICAS..........................................................................61

INFORMAES TCNICAS E TECNOLGICAS O QUE ALVENARIA ?Elementos de construo civil resultantes da reunio de blocos slidos justapostos, unidos por argamassa ou no, destinados a suportar unicamente esforos de compresso, recebem o nome de alvenarias. Conjunto de paredes, muros e obras similares, composto de pedras naturais e/ou blocos ou tijolos artificiais, ligados ou no por argamassas. Tais blocos slidos podem ser: Pedras granticas ou de outro tipo de rocha. Tijolos de barro. Tijolos de concreto ou mesmo de vidro ou cermica.

Tipos de Alvenaria:1.Alvenaria de tijolos de barro. 2.Alvenaria de pedra seca. 3.Alvenaria de pedra argamassada. Alvenarias de Tijolos de Barro. So constitudas dos tijolos arrumados na vertical (no prumo), presos uns aos outros com argamassa, que um aglomerante formado de cimento e areia como principais3

ingredientes. O cimento da argamassa ao endurecer aglomera os tijolos, formando um conjunto destinado a resistir basicamente aos esforos verticais sobre o topo da parede.

Alvenarias de Pedra Seca. So aquelas constitudas de pedras de diversos tamanhos, arrumadas umas sobre as outras, sem aglomerante, sem argamassa, caladas com lascas da mesma pedra. Tais pedras devem ser grandes, achatadas, com faces planas e deve constituir paredes com espessura pelo menos igual a 1/5 da altura da parede. muito usada como muro de conteno de terras, permitindo, por no serem argamassadas, a sada de guas pelos interstcios entre as pedras.

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Alvenarias de Pedra Argamassada. So aquelas constitudas de pedras de- mo reunida por argamassa, que deve envolv-las completamente podendo ficar com a face da parede sem massa, aparecendo as pedras. Esse tipo de alvenaria muito usado para fundaes, embasamentos, ou muros de arrimo destinados conteno de terras.

TABELA 1Tonalidade dos Produtos Cermicos Tipos de ArgilaArgilas Vermelhas e AmarelasArgilas Refratrias

Produto Blocos, tijolos, telhas Tijolos refratrios Materiais sanitrios, pastilhas e azulejos Porcelanas

Argilas para Produtos de GrsArgilas Brancas

Fonte: A Tcnica de Edificar

TABELA 2Tipos de Alvenaria Tipo Estrutural Funo Suporta cargas, possibilitando a estabilidade estrutural da edificao.5

Vedao

Empregada na vedao e delimitao de reas, proporcionando proteo s intempries, isolamento trmico e acstico.

Fonte:A Tcnica de Edificar

TABELA 3Tijolos Macios Cermicos e Blocos Cermicos: Dimenses Comerciais (cm) 20x10x6 20x10x10 Categoria A B C Resistncia Compresso (Mpa ) 1,5 2,5 4,0

Tijolos Comuns ou MaciosCaractersticas de Qualidade Dimenses Comerciais (cm) n n n n x x x x 20 20 20 20 x x x x 20 25 30 40 Classe 10 15 25 45 60 70 100 Resistncia Compresso da rea bruta (Mpa) 1,0 1,5 2,5 4,5 6,0 7,0 10,0

Caractersticas de Qualidade 1. Regularidade de formas e dimenses ( melhor assentamento). 2. Arestas vivas e cantos resistentes. 3. Massa homognea ( sem perdas, trincas, cavidades ou impurezas ). 4. Cozimento uniforme ( produz som metlico quando percutido com martelo ).6

5. Facilidade de corte. 6. Resistncia compresso dentro dos limites da NBR 7170. 7. Absoro de gua de 18% a 20%. Materiais

ALVENARIA EM BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO SIMPLESO QUE BLOCO VAZADO?Elemento de alvenaria cuja seo transversal mdia til inferior a 75% da seo transversal bruta. 1 Seo Tranversal Bruta: rea total da seo transversal do bloco. 2 Seo Transversal til: rea da seo transversal do bloco, descontadas as reas vazadas. 3 Dimenses Nominais: medidas do bloco, indicadas pelo fabricante. 4 Blocos Modulares: blocos com dimenses coordenadas, para a execuo de alvenaria modular, isto , alvenaria com dimenses mltiplas do mdulo M=10cm.

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Tabela 4Designao M20 (Blocos de 20cm nominais) Largura (cm) 19 19 19 19 19 14 14 14 14 9 9 9 9 9 9 Altura (cm) 19 19 19 19 9 9 19 19 19 19 19 19 19 19 9 Comprimento (cm) 39 29 19 9 19 39 34 29 19 39 29 19 14 9 198

M15(Blocos de 15cm nominais)

M10(Blocos de 10cm nominais)

MateriaisO concreto constitudo de cimento Portland, agregados e gua. Ser permitido o uso de aditivo, desde que no acarretem efeitos prejudiciais devidamente comprovados por ensaios. Somente cimento que obedea s especificaes brasileiras para cimentos destinados preparao de concretos e argamassas so considerados. Os agregados podem ser areia e pedra ou escria d alto-forno, cinzas volante, argila expandida ou outros agregados leves que satisfaam a especificaes prprias a cada um desses materiais. Os blocos devero ser armazenados cobertos, protegidos de chuva, em pilhas no superiores a 1,5m de altura. No caso de armazenamento em laje, verificar sua capacidade de resistncia para evitar a concentrao de carga em reas localizadas. No pedido de fornecimento constaro as seguintes informaes, alm de outras: dimenses nominais do bloco, tipo de bloco (modelo e especificidade, conforme projeto executivo de arquitetura), se o transporte e a descarga esto ou no includos no fornecimento.

Condies EspecficasA amostra submetida aos ensaios ter de satisfazer os limites indicados abaixo: Resistncia compresso (valores mnimos): Mdia.....................2,5MPa Individual...............2,0MPa Absoro( valores mximos ): Mdia.................10% Individual...........15% Os ensaios previstos na alnea acima no sero necessrios quando os blocos se destinarem execuo de alvenaria no exposta s intempries ou umidade.

Peso Mdio Do bloco de 9 x 19 x 39 : 10,7 kg Do bloco de 14 x 19 x 39 : 13,6 kg Do bloco de 19 x 19 x 39 : 17,3 kg

GeneralidadesAlguns fabricantes fornecem blocos de concreto tipo aparente, em que uma das superfcies se apresenta totalmente lisa ou com relevos decorativos. Os fabricantes fornecem meio-bloco, canaleta e meia-canaleta para complementar a montagem das paredes sem necessidade de quebrar blocos inteiros. A utilizao bsica dos blocos vazados de concreto simples em alvenaria de vedao, mas predomina ainda o uso da alvenaria armada estrutural. Os blocos so utilizados tambm para construo de muros de arrimo e de divisa e podem ser assentados com argamassa preparada na obra ou argamassa industrializada. Para paredes de vedao, o trao indicado 1:0,5:4,5 de cimento, cal e areia. Para paredes estruturais, os traos so determinados pelo calculista, que tambm indicar a ferragem e o graute a serem colocados em furos de determinados blocos das paredes.9

ALVENARIA EM TIJOLOS MACIOS CERMICOSO tijolo macio de barro cozido, tambm chamado tijolo comum, fabricado com argila, conformado por prensagem, sendo a seguir, submetido secagem e queima. As medidas padronizadas em milmetros so as seguintes:

Comprimento 19,0 19,0

Largura 9,0 9,0

Altura 5,7 4,0

A resistncia compresso dever ser: Categoria MPa A 1,5 B 2,5 C 4,0 So utilizados basicamente em paredes de vedao ou como paredes portantes em pequenas estruturas. Antes de serem usados, os tijolos tm de ser molhados com a finalidade de evitar que absorvam gua da argamassa. No podem, no entanto, ser encharcados, pois isso acarretar aparecimento de eflorescncias. Os tijolos macios precisam ser assentados com juntas de amarrao. Em tempo seco, ser procedida a molhagem freqente da alvenaria para impedir a evaporao rpida da gua. Recomenda-se evitar qualquer dano alvenaria, por choques ou batidas violentas, enquanto em processo de secagem. O trao recomendado da argamassa de assentamento 1:2:8 de cimento, cal e areia.

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ALVENARIA EM BLOCOS CERMICOS VAZADOS

O bloco deve trazer a identificao do fabricante, sem que prejudique seu uso. Ele ser fornecido em lotes constitudos de blocos de mesmo tipo e qualidade, essencialmente fabricados nas mesmas condies. A unidade de compra o milheiro. Os blocos so classificados como de vedao ou estruturais. Eles no podem apresentar defeitos sistemticos, como trincas, quebras, superfcies irregulares, deformaes e no uniformidades de cor. Tm ainda de atender s prescries das normas tcnicas quanto resistncia compresso, planeza das faces, desvio em relao ao esquadro e s dimenses. Os blocos que apresentarem defeitos visuais no ato da descarga precisam ser rejeitados, separando-os do restante do lote (carga do caminho). Se for constatado que os blocos esto mal queimados (teste de som ou tambor de gua), o lote ser rejeitado. Quanto s dimenses nominais, o lote ser aceito somente se o comprimento, a largura e a altura dos blocos atenderem especificao da tabela a seguir, com tolerncia de 3mm (3mm para mais ou para menos). Os blocos que forem receber acabamento em gesso, alm de atender variao dimensional mdia indicada, devero tambm seguir 11

variao individual com limite de 3mm e serem armazenados em pilhas no superiores a 2m de altura. tambm recomendado que os blocos no fiquem sujeitos umidade excessiva, inclusive provocada por chuvas. No caso de armazenamento em lajes, necessrio verificar sua capacidade de resistncia para evitar sobrecargas. Do pedido de fornecimento constaro, entre outras: dimenses nominais do bloco, tipo de bloco (modelo e especificidade, conforme projeto executivo de arquitetura), aviso esclarecendo se o transporte e a descarga sero feitos pelo fornecedor. O peso do bloco de vedao de 10cm x 20cm x 20cm de 2,5kg. Sua resistncia ao fogo : O bloco de vedao de 9cm de largura resiste a 105min. O bloco de vedao de 14cm de largura resiste a 175min. Os blocos cermicos de vedao so utilizados em paredes de prdios de apartamentos, residncias, edifcios para fins comerciais ou outros quaisquer, interna e externamente. Os blocos cermicos estruturais so usados principalmente na alvenaria estrutural como paredes portantes, em prdios de at 5 andares. Em alvenaria de vedao, os blocos cermicos devem ser assentados, quando no houver controle mais rigoroso quanto ao atendimento s normas tcnicas, com argamassa de trao 1:2:9(cimento, cal e areia, em volume). Dentre os tipos de bloco de vedao, os mais comuns so de seis, oito ou ainda nove furos iguais, sendo este ltimo mais recomendado por apresentar trs furos x trs furos, o que permite a abertura de rasgos, para embutimento de tubulao, na profundidade que atinge apenas uma linha de furos, permanecendo intacto as outras duas, o que facilita manter a estabilidade da parede.

Bloco Estrutural:

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So blocos projetados para suportar outras cargas verticais alm da do seu prprio peso, compondo o esqueleto estrutural da edificao. Podem ser classificados em comuns e especiais: Blocos Estruturais Comuns: so os de uso corrente, classificados conforme sua resistncia compresso (definida na prxima tabela). - Blocos Estruturais Especiais: podem ser fabricados em formatos e dimenses especiais acordados entre as partes. Nos quesitos no explicitados no acordo, tm de prevalecer as condies das normas tcnicas.

Caractersticas VisuaisOs blocos no podem apresentar defeitos sistemticos, tais como: trincas, quebras, superfcies irregulares ou deformaes, que impeam seu emprego na funo especificada.

Caractersticas GeomtricasFormas: os blocos de vedao e estruturais comuns devem ter a forma de um paraleleppedo retngulo. Existem blocos cermicos com furos na horizontal e blocos com furos na vertical. Dimenses Reais: as dimenses reais dos blocos so determinadas empregando rgua ou trena metlicas com graduao de 1mm. Determinao das Dimenses: medir 24 blocos, colocados lado a lado, com uma trena metlica, com aproximao de 2mm. Se por alguma razo, for impraticvel medir os 24 blocos dispostos em uma fila, a amostra pode ser dividida em 2 filas de 12 blocos ou 3 filas de 8 blocos, que so medidas separadamente. necessrio posteriormente somar os valores obtidos em qualquer dos casos e dividir esse resultado por 24, para obter a dimenso real mdia dos blocos. Determinao do Desvio em Relao ao Esquadro: preciso medir o desvio em relao ao esquadro entre as faces destinadas ao assentamento e ao revestimento do bloco, empregando um esquadro metlico de (900,5)o e uma rgua metlica com graduao de 1mm.13

Determinao da Planeza das Faces: deve-se determinar a planeza das faces destinadas ao revestimento pela flecha na regio central de sua diagonal, usando rguas metlicas com graduao de 1mm.

Resistncia CompressoA resistncia compresso mnima dos blocos de vedao ou estrutural, relacionada com a rea bruta, atender aos valores indicados na tabela abaixo:

TABELA 5Classe Resistncia Compresso na rea Bruta (MPa) 10 1,0 15 1,5 25 2,5 45 4,5 60 6,0 70 7,0 100 10,0 Fonte: A Tcnica de Edificar

Tolerncias de FabricaoAs tolerncias mximas de fabricao para os blocos so as indicadas na tabela a seguir:

TABELA 6Dimenso Largura(L) Altura(H) Comprimento(C) Desv. Relao Flecha Tolerncia ( mm ) 3 3 3 3 3

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CONCRETO CELULAR

O chamado concreto celular , na realidade, uma argamassa ou uma pasta celular. As clulas so obtidas pela introduo de ar ou de gs na pasta ou na argamassa de areia fina e cimento. A areia pode ainda ser substituda por cinzas volantes e o cimento, pela cal. As clulas assim formadas no se comunicam entre si. O concreto celular pode ser produzido em indstria e fornecido sob a forma de blocos ou preparado no prprio canteiro de obras. A produo da argamassa celular, baseada na introduo de ar ou outro gs na pasta de cimento (ou de cal), uma vez misturada com a areia ou outro material silicoso, forma, quando endurecido, um produto celular uniforme. A introduo do ar na pasta pode ser feita de vrias maneiras:

Pela formao de gs por meio de reao qumica dentro da argamassa, durante seu estado lquido ou plstico. Por meio da introduo de ar mediante o adicionamento de uma espuma estvel (semelhante usada para extino de incndio), ou, ainda, pela agitao da pasta.

O concreto celular autoclavado especificamente um produto resultante da reao qumica entre cal, cimento, areia e p de alumnio que, a partir da cura em vapor a alta presso gera silicato de clcio, que um composto qumico estvel. As principais caractersticas do concreto celular autoclavado, que o tornam um material de interesse para a construo predial, so o seu bom desempenho trmico e acstico, a sua boa resistncia ao fogo e a sua baixa massa especfica que permite significativos ganhos quanto s cargas na estrutura e nas fundaes. O concreto celular autoclavado utilizado na forma de blocos e painis: em paredes de vedao, em paredes com funes estruturais; no preenchimento de lajes nervuradas e pr-moldadas, na forma de15

blocoscanaleta, painis para lajes; vergas e contravergas e ainda como agregado grado para enchimento e isolamento. A densidade da argamassa celular tratada em autoclave (industrialmente) geralmente varia entre 400 kg/cm3 e 800 kg/cm3.

PAREDES DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL)

Os painis de gesso acartonado, utilizados em paredes internas de edifcios, so sistemas produzidos em gesso e estruturados por folhas de papelo em ambas as faces. As paredes (Drywall) so estruturadas por montantes de chapa dobrada de ao galvanizado, distanciados ao longo de um plano vertical conforme medida do painel. Essa estrutura revestida em ambas as faces com painis de gesso acartonado, sendo o espao modular entre os montantes preenchido com material que assegura, parede, melhor desempenho acstico, trmico e antechamas (em geral mantas de l de vidro ou de l de rocha). Os painis partem da concepo de industrializao integral do sistema de vedao embutindo as instalaes eltricas e hidrulicas, em uma caracterstica de componentes terminados, que exigem apenas e to somente operaes de montagem no canteiro de obras, o que dispensa a utilizao de gua, areia, tijolos, cal, cimento e mo-de-obra artesanal. Quando utilizado em paredes molhveis, os painis recebem um tratamento qumico no seu revestimento e agregao de produtos qumicos base de silicone mistura do gesso. O tratamento das juntas entre os painis feito por meio de preenchimento com massa plstica especial (aplicada com esptula), recoberto por tira de papel tambm especial. A montagem dos painis feita mediante:16

Demarcao e colocao das guias; Assentamento dos montantes metlicos; Corte dos painis e sua fixao nos montantes por meio de parafusos, em uma das faces da parede; O preenchimento dos vos com manta de l de vidro ( ou similar ); Assentamento dos painis na outra face da parede e por fim o tratamento das juntas entre os painis.

O acabamento das paredes pode ser executado em pintura ltex ou com revestimento de papel de parede, laminado, azulejos, etc.. O sistema fornecido com todos os acessrios, como perfis, cantoneiras, apoios, parafusos, massa de rejunte e fita adesiva. Tambm so fornecidas as ferramentas adequadas montagem dos painis, como tesouro, alicate aplicador, alavanca de manobra de painel, faca retrtil e outras. Os painis de gesso acartonado apresentam uma srie de caractersticas de utilizao e implicam mudana drstica de tcnica construtiva. Os principais aspectos que caracterizam essa nova tecnologia so: Versatilidade para diferentes formas geomtricas das paredes.

Capacidade de atendimento de diferentes necessidades em termos de desempenho acstico a partir de tipos especficos de painis. Possibilidade de reduo de cargas na estrutura e nas fundaes e de reduo das sees estruturais com ganhos de reas teis.

Capacidade de obteno de solues racionalizadas para os demais subsistemas instalaes (com acesso para manuteno). Elevao da produtividade: pela continuidade de trabalho proporcionada: pelas operaes de montagem, com elementos de grandes dimenses em relao aos blocos; pela repetio de operaes resultante da modulao; pela eliminao de perda de materiais e de tempo no produtivo de mo de obra.

Incremento da velocidade de execuo da obra, com a eliminao de etapas de trabalho e liberao para a fase de acabamento em curto espao de tempo.

Possibilidade de obteno de ganhos diversos pela reduo dos prazos de obra custos financeiros, velocidade de vendas, etc..

Vantagens Leveza Ganho de rea til17

Esttica Resistncia Mecnica Isolao Trmica Isolao Acstica Resistncia ao Fogo Facilidade na Instalao Garantia

Ferramentas bsicas para montagem dos sistemas de parede de gesso acartonado: Trena ou metro de madeira. Cordo para demarcao. Prumo de face. Faca retrtil (para corte da placa). Cordo de nilon (para alinhamento). Serrote de ponta e comum (para corte da placa). Dispositivo para tirar nvel (dois tubos transparentes graduados). Tesoura. Nvel (vertical e horizontal). Plaina (para desbaste das bordas da placa). Esptulas Levantador de placa. Desempenadeira. Agitador de massa (para mexer as massas em p, adaptvel furadeira). Parafusadeira (com alta rotao: 4000RPM, regulagem de profundidade, ponta magntica, variao de velocidade e inverso de rotao).

LIGAO ENTRE ESTRUTURA E PAREDES DE VEDAOUm dos problemas mais srios que se apresentam para as paredes de vedao a deflexo de vigas e lajes. Nesse sentido, muito poder ser feito, retardando ao mximo a montagem das paredes. Para que as deflexes dos andares superiores no sejam transmitidas aos andares inferiores, a elevao das paredes dever ser feita do topo para a base do prdio;18

quando isso for impossvel, o travamento (encunhamento) das paredes dever ser efetuado a posteriori (no mnimo aps decorridas duas semanas do assentamento dos tijolos). Um problema que se tem verificado crtico o do destacamento entre paredes e pilares. A prtica construtiva considerou que essa ligao tem de ser feita com o emprego de argamassa, tomando o cuidado de chapiscar previamente o pilar e de nele chumbar alguns ferros de espera. O destacamento entre pilares e paredes poder ser recuperado mediante a insero de material flexvel (massa plstica ou outro) no encontro parede/pilar. Nas paredes revestidas, no caso de destacamento provocado por retrao da alvenaria, poder-se- empregar tela metlica leve, como por exemplo, tala para estuque (tambm chamada tela preta ou tela deploy, que vendida nas larguras de 60 cm ou 1m. confeccionada de chapa preta de ao, recortada longitudinalmente e depois estirada, de modo a dar grande aderncia s argamassas; esmaltada para diminuir a oxidao), embutida na nova argamassa a ser aplicada e traspassando a junta(fissura) aproximadamente 20cm para cada lado. A platibanda, em funo da forma geralmente alongada, tende a comportar-se como muro de divisa; normalmente, surgiro fissuras verticais regularmente espaadas, caso no tenham sido convenientemente projetadas juntas ao longo da platibanda. A movimentao trmica diferencial entre a platibanda e o corpo do edifcio poder resultar ainda no destacamento da platibanda e na formao de fissuras inclinadas nas extremidades desse corpo.

PREPARAO DE ARGAMASSASA eficincia de uma argamassa seja para alvenaria, revestimento ou piso, depende da qualidade da cal e areia, como tambm da aplicao de traos certos para cada servio especfico. O costume nas obras usar alguns poucos traos diferentes para uma variedade de servios, adicionando uma quantidade maior ou menor de cimento. Por esse motivo enumerada uma multiplicidade de servios com a indicao dos traos recomendados para as argamassas a serem aplicadas na sua execuo.

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Os Constituintes:1 Cimento: deve ser de fabricao recente, indicadas as quantidades em sacos de 50kg. 2 Cal: com poucas excees de obras menores, usa-se quase exclusivamente cal

hidratada, em sacos de 20kg.3 Areia: j que os diversos tipos de aplicao das argamassas usam-se areia limpa de

granulao fina, mdia, grossa ou mdia comum, contendo um pouco de argila e impureza, a quantidade a ser usada tambm depende do grau de umidade da areia, nas dosagens das argamassas. Abaixo esto as designaes dos diversos tipos de areia: G = grossa M = mdia F = fina (peneirada) C = comum L = lavada As argamassas devem ser preparadas mecnicas ou manualmente quando a quantidade for insuficiente para justificar o uso de um misturador. O amassamento precisa ser contnuo e durar um minuto e meio, a contar do momento em que todos os componentes da mistura, inclusive a gua, tenham sido lanados no misturador. O amassamento manual feito em masseiras, tabuleiros ou superfcies planas impermeveis e resistentes. Misturam-se normalmente a seco os agregados, revolvendo-se os materiais com p, at que a mescla adquira colorao uniforme. D-se ento mistura forma de cone e adiciona-se, paulatinamente, a gua necessria no centro da cratera assim formada. O amassamento processado com o devido cuidado para se evitar perda de gua ou segregao dos materiais, at se conseguir uma massa homognea de aspecto uniforme e consistncia plstica adequada. Sero preparadas quantidades de argamassa na medida das necessidades dos servios a executar em cada etapa, de maneira a evitar o endurecimento antes do emprego. As argamassas contendo cimento devem ser usadas dentro de duas horas e meia, a contar do primeiro contato do cimento com gua. Nas argamassas de cal, contendo pequena proporo de cimento, a sua adio se realiza no momento do emprego. No utilizar argamassa que apresente vestgios de endurecimento. expressamente vedado reamassla. No admitido mesclar o cimento Portland com gesso, dada a incompatibilidade desses materiais. Argamassas de gesso necessitam de um aditivo retardador de pega.

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ABERTURA DE VOS PARA ESQUADRIAS E PORTASO que so esquadrias?So peas destinadas a guarnecer os vos de passagem, ventilao e iluminao, ou seja, vos de portas, portes, janelas e grades. Janelas: So dispositivos destinados a controlar a entrada de luz natural, a renovao de ar do compartimento, impedir a entrada de chuva e de pessoas estranhas. Tendo em vista atender melhor a esta ou aquela necessidade, podemos classific-las como se segue: Janelas: De guilhotina De eixo vertical lateral (mais comum) De eixo horizontal Basculante De correr Persiana Material das Janelas Madeira Ferro Alumnio Vidro Temperado

TIPOS DE JANELASJanela de Guilhotina : Este tipo de janela constitudo de duas folhas, com movimento vertical, sendo a posio regulada por meio de contrapeso, mola ou borboleta. muito usada em prdios de apartamentos, combinada com persiana.

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Fonte: Manual do Construtor

Janela de Eixo Vertical : o tipo de janela mais usual em residncias pequenas e econmicas. So confeccionadas com uma, duas e mais folhas, conforme o vo da janela. Possuem geralmente uma parte com vidro e outra com veneziana em cada folha. Pelo lado de dentro um postigo serve para fechar a entrada de ar e luz, cobrindo a parte de vidro e veneziana. A veneziana serve para permitir a entrada de ar e simultaneamente impedir a entrada de chuva pela janela.

Janela de Eixo Horizontal: uma janela extremamente simples, colocada geralmente bem alta, quase altura do forro.

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Janela Basculante: um tipo de janela muito usado em cozinhas, banheiros, varandas, reas fechadas, depsitos, etc. So normalmente fabricadas de ferro e totalmente envidraadas. H tambm basculantes fabricadas de alumnio com melhor aparncia que as fabricadas de ferro.

Janela de Correr: Atualmente muito usada principalmente as fabricadas de alumnio ou mesmo de madeira. Combina dispositivos usados em outros tipos. Uma ou mais folhas so livres de deslizar na horizontal, abrindo e fechando mais ou menos o vo. Possui, s vezes, partes de veneziana e partes basculantes.

Persiana: Esta mais um dispositivo de controle que uma janela. Serve principalmente para controlar a entrada de luz. geralmente combinada com uma janela de correr em prdios de apartamentos ou escritrio. As persianas so fabricadas por firmas especializadas. Podem ser levantadas ou abaixadas por meio de uma cinta de lona. Na parte superior fica uma caixa onde a persiana se enrola quando suspensa. Constitui-se de rguas horizontais articuladas uma aps a outra, as quais correm em um trilho de ferro. As janelas de madeira so mais baratas, porm exigem muito mais manuteno que as de alumnio, que no precisam de pintura, principalmente se confeccionadas de alumnio anodizado. As janelas de ferro so muito boas, porm no resistem bem ao tempo principalmente em beira de praia. A tabela a seguir fornece os valores de reas mnimas23

de aberturas, comunicando diretamente com o exterior destinadas iluminao e ventilao naturais.

Dependncias Compartimentos Habitveis: Dormitrios Salas Lojas e sobrelojas Salas de comrcio Locais de reunio Compartimentos no Habitveis: Salas de espera Cozinhas Armazenagem Copas Banheiros Lavatrios Cmaras escuras Garagens Depsitos de Frigorficos Vestirios Coletivos Casas de Mquinas

reas Mnimas de Janelas 1/6 da rea da dependncia

1/8 da rea da dependncia

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Portas:Tm a funo de guarnecer as aberturas feitas entre compartimentos ou para o exterior, permitindo controle de fechamento e abertura. A parte mvel da porta chama-se folha. A dimenso de uma porta est vinculada ao tamanho daquilo que tem que passar atravs dela. A porta de uma casa de mquinas deve permitir a passagem da maior pea que tenha que ser removida inteira para reparos, se for necessria.

PortasMaterial Usado:

De madeira

De alumnio

De ferro De bronze De vidro temperado

Tipos de Funcionamento: Eixo vertical lateral Eixo vertical central De correr

De enrolar (de ao)

Basculante (de garagem) Tipo Construtivo:

Almofadas lisas Almofadas rebaixadas Prancheta (tipo apartamento) Veneziana Macho e fmea De ao com postigo envidraado De vidro temperado

Vos mnimos admissveis para cada dependnciaFonte: Manual do Construtor25

DEPENDNCIAS Lojas e sobrelojas Circulaes comuns Salas, vestirios coletivos e salas de comrcio. Negcios e atividades profissionais. Dormitrios, copas, cozinhas e reas de servio cobertas. Banheiros, lavatrios e sanitrios. Garagens

LARGURA MNIMA DA PORTA

1,10m de vo 0,80m de vo

0,70 ou 0,80m de vo 0,60 ou 0,70m de vo 2,50m de vo

Como regra, a porta de entrada de uma residncia sempre maior e mais forte. Sobre o vo de portas e janelas, h sempre necessidade de uma pea que suporte a alvenaria que, de outra maneira, ficaria sem apoio, tendendo a cair ou pelo menos rachar. Essa pea, normalmente de concreto armado, chama-se verga. A porta, da mesma maneira que a janela fixa-se parede atravs de uma guarnio que serve para permitir sua articulao, fechamento e tranca, alm de dar composio esttica.

COLOCAO DE VERGAS E CONTRA-VERGASJanelas e portas so as partes mais sensveis de uma construo e esto sujeitas a rachaduras e trincas. Isso ocorre porque a estrutura da casa toda apoiada na fundao e existe o risco dos vos quebrarem a transmisso de um elemento para o outro. As vergas servem para evitar esse tipo de problema. Trata-se de um tipo de viga que instalada em cima e tambm embaixo das janelas e portas da casa. Quando as vergas esto situadas sobre os vos, o peso da alvenaria, que superior, no deforma a esquadria. J, quando elas so colocadas sob os vos, distribuem as cargas de maneira uniforme para a alvenaria inferior. Para vos de portas e janelas, use uma verga na primeira fiada de blocos acima do vo, que pode ser pr-moldada ou feita no local. Essa verga deve ter, no mnimo, 20 cm a mais para cada lado do vo. Ao escorar as frmas das vergas, elas devem ser concretadas no prprio local. Os blocos-canaleta servem como opo para a frma da verga e tambm podem ser usados como cinta de amarrao.26

Quando os vos so maiores que 2,40m, a verga transformada em uma viga, com armadura e concretagem, para que possa suportar o peso da carga. Neste caso, as vergas devem ultrapassar a medida em 30 cm de cada lado. Se as aberturas forem sucessivas e muito prximas, o ideal que se faa a juno de todas as vergas, pois, alm de mais seguro, bem mais econmico.

ACABAMENTOA etapa do acabamento envolve alguns procedimentos, os quais sero enumerados abaixo:1. Para obras que no exijam estrutura em concreto armado, a alvenaria no pode

servir de apoio direto para as lajes, necessrio prever uma cinta de amarrao em concreto armado sob a laje e sobre todas as paredes que dela recebam cargas.2. Para obras com estrutura de concreto armado, a alvenaria tem de ser interrompida

abaixo das vigas ou lajes. Esse espao ser preenchido aps 7dias, de modo a garantir o perfeito travamento entre a alvenaria e a estrutura (encunhamento ou aperto). Para obras com mais de um pavimento, o travamento da alvenaria, respeitado o prazo de 7 dias, s pode ser executado depois de a alvenaria do pavimento imediatamente acima ter sido levantada at igual altura, sendo certo que, no caso da alvenaria do ltimo pavimento, o encunhamento s deve ser executado aps ter sido concludo o telhado ou a isolao trmica da laje de cobertura impermeabilizada.3. Os vos de porta e janela tm de atender s medidas e localizao previstas no

projeto de execuo da arquitetura.4. preciso ser somadas, medida do projeto para os vos das esquadrias, as folgas

necessrias para o encaixe do marco (batente) ou contramarco.5. As folgas existentes entre a alvenaria e a esquadria devem ser preenchidas com

argamassa de cimento e areia. 6. Recomenda-se a fixao das esquadrias, de medidas comuns, conforme segue: -Marco ou contramarco de porta: um ponto de cada montante (perna), a cerca de 40 cm do piso, e outro ponto, a cerca de 40 cm da travessa superior. Opcionalmente, pode-se fixar em mais de um ponto de cada perna, meia altura dos dois pontos obrigatrios acima mencionados.

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-Marco de janela: um ponto em cada montante, a cerca de 30 cm do peitoril, e outro ponto, a cerca de 30 cm da verga; nas travessas horizontais inferior e superiores, um ponto na metade do vo.7 Sobre o vo de portas e janelas, deve-se moldar vergas ou colocar vergas pr

moldadas. Igualmente, sob o vo de janelas necessrio ser moldadas ou colocadas contra vergas.8 As vergas e contra vergas precisam exceder a largura do vo pelo menos 20 cm de

cada lado e ter altura mnima de 10 cm. Quando os vo forem relativamente prximos e na mesma altura, aconselha-se uma verga contnua sobre todos eles.9 A argamassa de assentamento deve ser plstica e ter consistncia para suportar o

peso dos tijolos e mant-los no alinhamento por ocasio do assentamento.10 Para evitar perda da consistncia e plasticidade da argamassa, ela ser preparada

em quantidade adequada sua utilizao.11 Em caso de distncias longas de transporte, podem-se misturar a seco os materiais

da argamassa, adicionando gua somente no local do seu emprego.12 As juntas de assentamento de argamassa precisam ser no mximo de 1 cm e nunca

podem conter vazios.13 Caso seja necessria a abertura de rasgos (sulcos) na alvenaria para embutimento

das instalaes, eles s podem ser iniciados aps a execuo do travamento (encunhamento) das paredes. Os sulcos necessrios podem ser feitos com disco de corte ou com ponteiro e talhadeira bem afiados. A demarcao tem de ser verificada antes do incio do levantamento da alvenaria, e comprovada aps as paredes erguidas, necessitando estar de acordo com as dimenses do projeto. Nessa verificao podem ser empregados instrumentos com a preciso de trenas e esquadros de obra.14 Ser verificada periodicamente a planeza da parede durante a elevao da

alvenaria, e comprovada aps a alvenaria erguida, no podendo apresentar distoro maior que 0,5cm. Sugere-se executar a verificao com rgua de metal.15 Tambm precisa ser verificado periodicamente o nvel das fiadas durante a

elevao da alvenaria e comprovado aps a parede erguida. Essa verificao pode ser feita com mangueira plstica transparente que tenha dimetro maior ou igual a 13 mm.

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SISTEMAS DE VEDAESTem funo de dividir e definir os ambientes internos, suportar e proteger as instalaes da edificao e criar condies de conforto, privacidade e segurana.

ALVENARIAS DE VEDAOSo paredes que no tem funo de comportar outras cargas verticais alm do seu prprio peso e pequenas cargas de ocupao.

Figura 01- Alvenaria singela com blocos cermicos 06 furos

Figura 02- Alvenaria dobrada com blocos cermicos 06 furos

Figura 03- Alvenaria singela com blocos cermicos 08 furos29

Figura 04- Alvenaria dobrada com blocos cermicos 08 furos

Figura 05- Alvenaria com tijolos cermicos macios e faco

Figura 06- Alvenaria singela com tijolos cermicos macios

Figura 07- Alvenaria dobrada com tijolos cermicos macios

Figura 08- Alvenaria com tijolos cermicos macios em fogueira30

Figura 09- Alvenaria singela de bloco de argamassa de cimento sem funo estrutural.

Figura 10- Amarrao com grampos 1 fiada

Figura 11- Amarrao com Grampos 2 fiada

Figura 12- Amarrao com Grampos

Figura 13- Amarrao com Tela

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Figura 14 Amarrao de Painis com Armadura 1 FIADA

Figura 15 Amarrao de Painis com Armadura 2 fiada

Figura 16- Amarrao de Painis com Armadura

Figura 17 Amarrao de Painis com Blocos - 1 fiada

Figura 18 Amarrao de Painis com Blocos 2 fiada

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Figura 19- Amarrao de Painis com Blocos Figura 01

Figura 20 Amarrao de Painis com Blocos Figura 02

Figura 21- Fixao com Ancoragem

Figura 22- Blocos de Vidro com lance de Vergalho

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Figura 23- Detalhe de Bloco de Vidro 01

Figura 24- Detalhe de Bloco de Vidro 02

Figura 25- Detalhe de Bloco de Vidro 03

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Figura 26- Alvenaria de bloco cermico 06 furos em sumidouros

TERMINOLOGIAAlvenaria a Faco ou CuteloSistema de assentamento dos blocos ou tijolos de maneira que a espessura da parede coincida com sua menor dimenso. Em um tijolo de dimenses de 4,0cm x 9,0 cm x 17,0 cm, a espessura da parede seria de 4,0 cm (Vide figura 05).

Alvenaria Singela ou vezSistema de assentamento em que a espessura da parede coincide com a dimenso intermediria do bloco ou tijolo. No exemplo anterior, a espessura seria de 9,0 cm (Vide figura 04). No caso de alvenaria com blocos cermicos 06 e 08 furos, que no podem ser assentados com os furos voltados para fora, consideram-se como assentamento singelo aquele que confere a parede a espessura de 9,0 cm (Vide figura 01 e 03).

Alvenaria Dobrada ou 1 vezSistema de assentamento em que a espessura da parede coincide com a maior dimenso do bloco ou tijolo. No exemplo anterior, a espessura seria de 17,0cm (Vide figura 05). No caso de alvenaria com blocos cermicos 06 e 08 furos, que no podem ser assentados com os furos voltados para fora, consideram-se como assentamento dobrado aquele que confere parede a espessura de 13,0 e 19 cm respectivamente (Vide figura 02 e 04).

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Alvenaria em FogueiraSistema de assentamento em que os tijolos so dispostos em termos, de forma que a espessura da parede seja a soma de um comprimento mais uma largura do tijolo utilizado. No mesmo exemplo, a espessura seria de 17,0 cm + 9,0 cm + 0,1 cm de junta = 27,0 cm (Vide figura 08).

Alvenaria AparenteAlvenaria que, depois de concluda, no recebe qualquer tipo de revestimento, apresentando como acabamento a superfcie dos tijolos ou blocos. Nestes casos, as juntas devem ser rebaixadas e apresentar uma espessura constante, para efeito esttico.

EscantilhoRgua de madeira ou metal bem alinhadas, com comprimento igual ao p-direito(distncia do piso ao teto) do pavimento, graduada com distncias iguais altura nominal do bloco ou tijolo a ser empregado, acrescido da espessura da junta, que

serve de galgas para o assentamento.

VergaViga de concreto armado colocada sobre as aberturas nas alvenarias, tais como, vos de portas e janelas, com a funo de sustentar os elementos construtivos sobre elas, evitar o surgimento de trincas na alvenaria e impedir a transmisso de esforos para as esquadrias, quando existirem.

Contra-verga ou Verga InferiorViga de concreto armado colocado sob as aberturas de janelas, com a funo de evitar o surgimento de trincas na alvenaria.

Juntas AmarradasSistema de execuo das alvenarias em que as juntas verticais entre blocos ou tijolos de fiadas consecutivas so dispostas de uma maneira desencontrada.

Juntas a PrumoSistema de execuo das alvenarias em que as juntas verticais entre blocos ou tijolos de fiadas consecutivas so dispostas de uma maneira coincidente e contnua. (Figura 28)

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Figura 1. Junta Amarrada

Figura 2. Junta Prumo

AMARRAO DAS ALVENARIASA amarrao das paredes de alvenaria dever ser feita em todas as fiadas, de forma a se obter um perfeito trespasse.

Figura 3. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig. 01

Figura 4. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 0237

Figura 5. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 03

Figura 6. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede

Figura 7. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 05

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Figura 8. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 06

Figura 9. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 07

Figura 10. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 08

Figura 11. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 09

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Figura 12. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 10

Figura 13. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 11

Figura 14. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 12

Figura 15. Amarraes das Fiadas e Canto de Parede fig 13

VERGA E CONTRA-VERGASA presena de vos nas alvenarias exige a construo de vergas e contra-vergas de modo a se distribuir da melhor forma os esforos concentrados na regio dos vos. As vergas so pequenas vigas de concreto que sustentam as cargas sobre elas depositadas (cargas localizadas sobre o vo) e redistribuem estas cargas nas regies laterais aos vos.40

As contra-vergas so peas similares s vergas e simtricas a elas em relao aos vos. As cargas concentradas pelas vergas nas regies adjacentes aos vos de caixilhos so novamente redistribudas pelas contravergas nas regies abaixo das mesmas. As vergas e contra-vergas podem ser moldas in loco ou prmoldadas, sendo que a segunda situao a mais comumente utilizada. Em situaes particulares as vergas e contra-vergas podero ser substitudas pelo assentamento de canaletas posteriormente preenchidas (no caso de alvenarias de blocos de concreto).

Figura 16. Vergas e Contra-Vergas

ALGUMAS PARTICULARIDADES CONSTRUTIVASFixao das paredes aos componentes estruturaisO detalhamento das ligaes dos painis de alvenaria estrutura depende das caractersticas de deformabilidade da estrutura e do grau de vinculao entre paredes e estrutura, previsto no projeto estrutural. So registradas trs possibilidades: a) Estrutura rgida: A alvenaria funciona como travamento da estrutura, devendo trabalhar rigidamente ligada a ela. Deve apresentar desempenho mecnico superior s alvenarias de vedao somente. O encunhamento ou aperto executado com o auxlio de cunhas pr-fabricadas de concreto ou tijolos cermicos inclinados, preenchendo um espaamento mnimo de 15cm entre o topo da alvenaria e as vigas ou lajes. A solidarizao lateral dos painis pode ser efetuada atravs de ferro-cabelo nos pilares.

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b) Estrutura altamente deformveis: A alvenaria no funciona como travamento e est envolta por estrutura altamente deformvel ( prticos de grandes vos, lajes do tipo cogumelo, etc). As juntas entre os componentes estruturais e da alvenaria sofrem intensas solicitaes, devendo ser executadas com materiais bastante deformveis, capazes de absorver as movimentaes da estrutura sem transmiti-las s paredes. Para paredes revestidas, recomenda-se o uso de telas sintticas em toda a extenso da junta ou junta de movimentao para impedir o surgimento de fissuras. C) Pouco deformvel: A alvenaria no funciona como travamento e a estrutura pouco deformvel. Inclui a grande maioria dos edifcios convencionais. As ligaes devem ser executadas: as laterais confeccionadas durante a elevao das paredes, com a prpria argamassa de assentamento, deixando-se folga superior 30 a 40 mm para fixaes horizontais superiores. A principal recomendao evitar o encunhamento precoce e rgido das paredes, para que estas no sejam afetadas pelas movimentaes higromtricas dos componentes estruturais ou pelas deformaes oriundas do carregamento da estrutura: deve-se iniciar a fixao superior das paredes com argamassa de mesmo trao da de emboo interno (contendo resina PVA ou expansor), aps executadas 50% das alvenarias, quando grande parcela das deformaes (da alvenaria e da estrutura) tenham j ocorrido. Esta dever se dar em lotes de, no mnimo, trs pavimentos, a partir dos pavimentos superiores para baixo e tendo sido concludo outro grupo de, pelo menos, trs pavimentos acima deste. Estes procedimentos associados utilizao de argamassas devidamente dosadas (capazes de absorver movimentaes diferenciadas entre a alvenaria e a estrutura sem apresentar ruptura: argamassas resilientes ou elstica) so suficientes para assegurar o desempenho satisfatrio das paredes.

Ligaes de juntas verticais e horizontais estrutura:Juntas horizontais inferiores, o concreto dever ser apicoado e ter sua superfcie umedecida, quando do assentamento, para permitir a perfeita aderncia da argamassa. Juntas horizontais superiores, a ltima fiada dever ter um espaamento constante entre viga ou laje, com as dimenses compatveis ao tipo de fixao horizontal. Juntas verticais dever ser chapiscado com argamassa industrializada prpria para chapisco com desempenadeira dentada, formando sulcos de 6 mm, ou chapisco rolado utilizando com rolo para textura acrlica, aplicado na superfcie do concreto que ficar em contato com a alvenaria.

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Juntas verticais com estruturas metlicas, a amarrao entre a alvenaria e as colunas metlicas devero ser feitas pr meio de barras de ao CA 50, com dimetro de 5 mm, soldadas nas colunas a cada 40 cm e engastadas na argamassa de assentamento da alvenaria. Colocar uma lmina de isopor 5 mm entre a coluna e a alvenaria. Juntas com a superfcie superior metlica dever ser soldada uma tira de chapa na parte inferior da estrutura com, no mnimo, 3nmm de espessura e 25 mm de largura, no eixo da alvenaria, em todo seu comprimento. O respaldo da alvenaria dever ficar entre 25 mm e 60 mm da superfcie metlica, sendo esse espao preenchido com argamassa de assentamento. Paredes externas de vedao, a alvenaria dever ser fixada aos pilares de concreto com barras de ao CA 50, com dimetro de 5 mm dobrada em forma de U, ou com tela de ao galvanizada de malha quadrada (15 x 15) mm e dimetro do fio de 1,5mm. No caso de ferro dobrado em U, deve se furar previamente os pilares com furadeira eltrica e broca de 6 mm, e executar o chumbamento com adesivo base de epx. Utilizando-se telas metlicas, a fixao deve ser feito com pinos de ao pr meio de sistema de fixao plvora. Juntas de movimentao Movimentos diferenciais na alvenaria devem ser esperados e seus efeitos controlados: tanto os decorrentes de aes externas movimentaes da estrutura, principalmente quando de esforos internos prpria parede provocados pela variao dimensional dos blocos e/ou juntas de assentamento. Os defeitos danosos da deformao da alvenaria traduzem-se, normalmente, no aparecimento de fissuras especialmente em panos muito extensos ou paredes rigidamente fixadas estrutura. As solues apresentadas no projeto devem, portanto, adequar-se s caractersticas de deformabilidade da alvenaria, de modo a que ocorram os movimentos, sem prejuzos substanciais ao conjunto. O comprimento mximo recomendado para panos contnuos de alvenaria varia em funo das caractersticas de seus componentes, de suas condies de contorno e das influncias climticas, devendo ser limitado atravs da insero de juntas de controle, cuja funo ser permitir os movimentos relativos entre as partes por elas determinadas, absorvendo seus efeitos. Quando no previstas ou indevidamente dispostas, elas sero autoconformadas sob a forma de fissuras ou trincas. Os limites recomendados para o comprimento de panos contnuos de alvenaria de blocos cermicos, sem encunhamento rgido, so: Espessura das Paredes Paredes Cegas Paredes com Aberturas43

(cm) 10 15

(m) 10,00 14,00

(m) 7,50 10,50

Para alvenarias que funcionem como travamento da estrutura ou envolvidas por estruturas muito deformveis, ou ainda, constitudas por componentes muito suscetveis s variaes ambientais, estes valores devem ser redimensionados. Outras situaes que impes a existncia de juntas de controle so a presena de juntas de dilataes na estrutura, necessrio sua correspondncia nas paredes ou descontinuidade na altura ou espessura da parede posicion-las na transio dos panos. Juntas verticais no preenchidas O no preenchimento das juntas verticais na alvenaria de vedao em blocos cermicos tem basicamente um objetivo: o de absorver as deformaes a que a alvenaria estar sujeita principalmente aquelas com origem nas deformaes da estrutura reticulada de concreto armado, de modo a evitar fissuras na prpria alvenaria. No preenchendo as juntas verticais possibilita-se que haja uma dissipao, nestas juntas, das tenses induzidas pelas deformaes intrnsecas da alvenaria (retrao e expanso higrotrmicas, deformao lenta, etc) e extrnsecas a ela (deformaes da estrutura reticulada). Desde modo, as juntas abertas (na preenchidas) funcionam como efetivas juntas de trabalho, disseminadas por todo pano da alvenaria de vedao, sendo que cada uma delas dissipa uma pequenssima parcela de deformao total. Esta parcela proporcional quantidade de juntas abertas no pano considerado e intensidade das tenses induzidas. Em outras palavras, com esta tcnica pretende-se que todas as deformaes da alvenaria e da estrutura sejam dissipadas em incontveis juntas de trabalho espalhadas pelos panos de alvenaria.

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Figura 17. Tipos de Juntas entre Fiadas de Bloco Amarrao entre fiadas de alvenaria Preferencialmente, deve-se adotar a amarrao denominada a meio-tijolo ou a meiobloco, termo indicativo de que as juntas verticais de assentamento esto posicionadas a meia dimenso dos blocos das fiadas adjacentes. Para obteno deste aparelho deve ser especificada a utilizao dos sub-mdulos que promovero a compensao nas dimenses dos componentes, permitindo a propagao das juntas a meio-bloco, a partir do ponto de conjugao de painis de alvenaria. Este aparelho apresenta melhor desempenho mecnico, se comparado com aparelhos de juntas a prumo ou de juntas posicionadas a dimenses inferiores metade do componente utilizado. Deve-se evitar a adoo destas solues, restringindo-as a pequenos trechos de paredes, inferiores a 40 cm, onde no seja possvel a amarrao a meio-bloco. Nestes casos, deve-se atentar para que no haja solicitaes que possam comprometer o desempenho do painel, tais como rasgos para embutir as tubulaes.45

Estabilidade da alvenariaCondies para que a largura do bloco (Ib) satisfaa a estabilidade da alvenaria. at 25, no h necessidade de cuidados especiais entre 26 e 34, a alvenaria deve ser cuidadosamente estudada quanto deformao e estabilidade. 35 a alvenaria deve ser obrigatoriamente estruturada.

Figura 18. Estabilidade da Alvenaria

A interao bloco-argamassaAs propriedades da alvenaria so, em essncia, dependentes das caractersticas dos componentes constituintes e da adequada interao bloco-argamassa. Esta interao, ou seja, a ao mtua entre os blocos e as juntas de argamassa a responsvel pela obteno de um produto considerado homogneo, coeso e monoltico, a partir de produtos isolados. Simplificadamente esta ao designada por aderncia bloco-argamassa. A aderncia bloco-argamassa praticamente s mecnica, por ao de penetrao da argamassa na superfcie porosa e irregular do bloco. O fenmeno da aderncia pode ser assim explicado: Quando se coloca a argamassa sobre uma superfcie absorvente, parte da gua de amassamento, que contm em dissoluo ou em estado coloidal os componentes do aglomerante, penetra nos poros e canais da base. No interior destes poros se produzem fenmenos de precipitao do hidrxido de clcio ou dos gis de cimento ou de ambos.46

Com a pega, estes precipitados intra-capilares exercem uma ao de travamento de argamassa base conseguindo-se assim a aderncia. fundamental ento que a argamassa ceda gua ao bloco ou tijolo e que a suco seja contnua. Se a quantidade de gua cedida for muito intensa em um tempo muito curto o fluxo interrompido pela impossibilidade da argamassa continuar fornecendo gua. Com a interrupo do fluxo a ao de penetrao prejudicada pela descontinuidade entre os cristais endurecidos no interior dos poros e os que endurecem na argamassa. Os principais fatores que influem na aderncia bloco-argamassa so: a) Qualidade das argamassas: capacidade de reteno de gua; b) Qualidade dos blocos: velocidade de absoro (suco inicial): condies da superfcie (partculas soltas, textura, etc); c) Qualidade de mo-de-obra: tecnologia de assentamento e preenchimento completo da junta, intervalo de tempo entre o espalhamento, intervalo de tempo entre a mistura e o uso da argamassa, etc; d) Condies de cura.

INSTALAES ELTRICAS E HIDRULICAS EMBUTIDASOs cortes na alvenaria para a colocao de tubos, eletrodutos, caixas e elementos de fixao em geral, devero ser executados com a utilizao de disco de corte, para evitar danos e impactos que possam danific-la; Aps a colocao da tubulao, sero realizados dos testes na rede hidrulica e passagem de sondas nos eletrodutos, sero preenchidos todos os buracos e aberturas com argamassa de assentamento, pressionada firmemente, de modo a ocupar todos os vazios.

FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS: Colher de pedreiro; Fio marcador (traante); Prumo de face com 700 gr; Lpis de carpinteiro; Rgua de alumnio 2,00m; Linha de nylon; Rgua de nvel-prumo; Nvel Trena de ao 3/4 x 10m;47

Broxa de nylon; Rolo de textura ou desempenadeira dentada 6mm para chapisco industrializado; Prendedor de linha de nylon; Vassoura de piaava; Escova de ao; P de bico quadrado; Balde plstico; Esquadro metlico 0,80 x 1,00m; Palheta de madeira; Bisnaga para aplicao de argamassa; Bancada (andaime); Escantilho metlico telescpico; Carrinho para transporte de blocos e ou massa; Caixote plstico ou metlico para argamassa; Suporte metlico telescpico provido de rodas para apoio do caixote; Argamassadeira de eixo horizontal para mistura de argamassa industrializada no andar; Serra eltrica manual ou serra de bancada com disco diamantado para corte de blocos; Furadeira eltrica com broca de videa 6mm.

Epis / Epis: Capacete; Bota de segurana; Luva ltex ou luva qumica; Cinto de segurana tipo pra-quedista (quando executar em andaimes, beirais, varandas e poos de elevador); culos de segurana; Protetor facial; Protetor auricular; Colocadas em periferias de poos de elevadores, vo de escadas, prima de ventilao.

PROCESSO DE EXECUOAlvenaria de vedao em estrutura de concreto armadoServios preliminares: Anlise dos projetos;48

Prever a colocao dos EPCs em periferias de poos de elevadores, vo de escadas, peitoris (Conforme condies da NR 18); Verificar a concluso dos elementos estruturais de referncia (pilares e vigas); Certificar se vergas e contra-vergas de concreto esto fabricadas e curadas; Executar o chapisco sobre a estrutura de concreto que ficar em contato com a alvenaria; Observar a transferncia dos eixos principais do edifcio, para o pavimento de trabalho; Prever as ligaes alvenaria pilar em que devero ser colocados ferros-cabelos e tipo de Encunhamento; Verificar se as marcaes esto concludas esquadro, alinhamento, nivelamento (equipe treinada especificamente para esse fim); Assegurar que os blocos, argamassas e equipamentos estejam distribudos nos andares; Limpeza do andar removendo matrias soltas, pregos, pontas de ao sobressalentes e outros materiais sobre a laje; Marcao da alvenaria: Mapear a laje com nvel alemo ou aparelho de nvel a laser, identificando o ponto mais alto, que ser tomado como nvel de referncia para definir a cota da primeira fiada. Varrer cuidadosamente o alinhamento da fiada de marcao e borrifar gua utilizando uma broxa. Eventuais falhas no nivelamento da laje devem ser corrigidas com enchimento na primeira fiada; Definir a posio das paredes a partir dos eixos principais, garantindo o nivelamento da primeira fiada, o esquadro entre as paredes as dimenses do ambiente; Distribuir os blocos da fiada de marcao, sem argamassa de assentamento, definindo o tamanho dos blocos a serem cortados, e cort-los previamente utilizando serra eltrica manual no prprio andar ou de bancada em uma central localizada no trreo; Os vo para a colocao de portas devero possuir folga compatvel com o processo de colocao de batentes; Execuo da alvenaria: Galgar as fiadas da elevao nos escantilhes e marcar as posies indicadas para fixao do ferro-cabelo; Abastecer o pavimento e os locais do andar onde sero executadas as alvenarias com a quantidade e tipos de blocos necessrios execuo do servio;

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Quando utilizando bloco cermico estes devero ser previamente molhados, devendo estar midos quando do assentamento; A argamassa de assentamento usada para elevao da alvenaria pode ser industrializada ou convencional. Utilizando-se argamassa industrializada, sua preparao deve ser feita com uma Argamassadeira de eixo horizontal localizada no prprio andar. Em geral, uma Argamassadeira suficiente para atender a trs andares simultaneamente; Em se tratando de argamassa convencional fabricada na obra, definido o trao, essa argamassa deve ser preparada em uma central de produo localizada no trreo; recomendado que a argamassa seja aplicada com uma bisnaga tipo confeiteiro, formando cordes de cerca de 15 mm de dimetro, dos dois lados do bloco, em suas laterais. Deve-se atentar ao trao da argamassa utilizada, a fim de evitar problema de produtividade e trabalhabilidade com a bisnaga. Outra forma eficiente de obter os cordes de argamassa a aplicao com palheta (desempenadeira estreita de madeira em mdia de 40 x 7 cm); Assentar os blocos de cada extremidade aplicando argamassa na face dos blocos e dos pilares. Pressionando firmemente o bloco contra o pilar chapiscado, obedecendo s galgas do escantilho; Com os escantilhes prumados e as galgas niveladas uma com a outra, a linha de nylon deve estar fixada e esticada entre elas; Assentar os blocos intermedirios usando a linha de nylon como referncia de alinhamento e nvel; Ao atingir-se uma altura que dificulte a continuao do servio, deve-se posicionar cavaletes metlicos com suporte metlicos ou madeira, possibilitando a continuao dos trabalhos durante a elevao; Durante a elevao, deve-se atentar para a correta espessura das juntas horizontais, que deve ser de 8 a 14 mm. A amarrao paredes deve feita preferencialmente por meio de intertravamento, com comprimento mnimo equivalente a um tero da altura do bloco. Nas aberturas de janelas, garantir o alinhamento dos vos observando a modulao da alvenaria. Utilizar o fio de prumo da fachada quando este j estiver instalado; As vergas e contra-vergas devem ser assentadas obedecendo ao trespasse e medidas dos vos. Fixao da alvenaria:

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Recomenda-se que alvenaria seja fixada com bisnaga, empregando-se argamassa com o mesmo trao utilizados na fase de elevao ou espuma de polyuretnica. A espessura do vo para fixao deve ser de 1,5 a 3 cm. A execuo da fixao deve ser retardada ao mximo, iniciando-se o servio pela alvenaria dos pavimentos superiores em direo aos inferiores. A condio ideal que a estrutura e a fase de elevao estejam completamente concludas; Em paredes internas, deve-se garantir o total preenchimento da largura do bloco (no se aplica a blocos com furos verticais). Em paredes externas, preencher dois teros da largura do bloco pelo lado interno da parede e o espao restante pelo lado externo durante o chapiscamento da fachada.

Figura 19:Esquema geral de final de marcao de alvenaria, utilizando ferro-cabelo com barra dobrada em forma de U

ALVENARIA COM BLOCOS DE VIDROElementos Vazados de Vidro Sero assentados conforme os procedimentos adotados para alvenarias de blocos de vidro (Especificao Alvenarias de Vedao). O assentamento dever seguir a seguinte seqncia: O primeiro bloco ser assentado sobre uma cinta de nivelamento executada com argamassa. Para assentamento e rejuntamento de blocos de vidro Fermaglass. (fig.20)51

Figura 20 Sero conferidos os nveis vertical e horizontal da pea assentada. (fig. 21)

Figura 21 Os demais blocos da fiada sero assentados, seguindo o alinhamento e os nveis definidos. Sero separados por espaadores plsticos, responsveis pela anuteno da espessura das juntas. Nas juntas entre blocos devero, ainda, ser deixadas barras de ao CA 25 4,8mm (3/16), para fins de amarrao. (fig. 22

Figura 22

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A segunda fiada ser assentada, mantendo-se juntas a prumo e tomando-se o cuidado de colocar barras de ao tambm nestas juntas e de mant-las separadas com a utilizao dos espaadores, garantindo os alinhamentos horizontal e vertical. Apesar do uso dos espaadores, todos os cuidados adotados para uma alvenaria convencional devero ser tomados, no sendo dispensada a utilizao do prumo, da rgua, do nvel de pedreiro e da linha. (fig.23)

Figura 23 Antes que a argamassa segue, os blocos devero ser limpos com uma esponja limpa, para no arranhar o vidro. (fig. 24)

Figura 24 Depois de seca a argamassa, as partes aparentes dos espaadores devero ser removidas. Em caso de execuo de juntas coloridas, deixe-as com profundidade disponvel suficiente (aproximadamente 5 mm) para receber o rejunte colorido, que dever ser aplicado 72 horas aps o assentamento. (fig.25)

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Figura 25

CRITRIOS DE CONTROLEAs alvenarias de vedao, em tijolos ou blocos, sero executadas de maneira a se obter um paramento correto, de acordo com as seguintes diretrizes: O tipo de tijolo ou bloco, a sua espessura e a sua locao devero obedecer s dimenses e aos alinhamentos determinados no projeto; As paredes devero ser perfeitamente alinhadas e aprumadas, tanto nos paramentos verticais quanto nos cantos. A verificao dever ser peridica, durante o levantamento com comprovao aps sua concluso. Para tal, dever ser utilizada uma rgua de metal ou de madeira, posicionando-a em diversos pontos da parede. No sero admitidas distores superiores a 0,5 cm. As juntas verticais do tipo mata-junta devero ser aprumadas;

ELEMENTOS VAZADOSDefinioCompreende a execuo de fechamentos com elementos vazados cermicos, de concreto ou de vidro. Os elementos vazados podem ter formas e dimenses variadas, podendo ser aplicados em qualquer paramento em que se deseje permitir a passagem de iluminao e ventilao.

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Figura 26. Elemento vazado cermico, regular, 17,0 x 17,0 cm

Figura 27. Elemento vazado cermico, irregular, 17,0 x 17,0 cm

Figura 28. Elemento vazado cermico, irregular, 18,0 x 18,0 cm

Figura 29. Elemento vazado cermico, regular, 23,0 x 10,0 cm55

Figura 30. Elemento vazado de argamassa de cimento, regular, 20,0 x 20,0 cm

Figura 31. Elemento vazado de argamassa de cimento, regular, 30,0 x 30,0 cm

Figura 32- Elemento vazado de argamassa de cimento, regular, tipo escama, 50,0 x 50,0 cm

Figura 33. Elemento vazado de vidro, regular, 19,0 x 19,0 cm56

COBOGNome comercial dos elementos vazados que tem origem nas iniciais dos sobrenomes dos engenheiros que o desenvolveram, ou seja, Coimbra, Boeckmann e Gis. Em algumas regies chamado, popularmente, de combog.

MTODO EXECUTIVOArgamassa de Assentamento e Espessuras das Juntas Para o assentamento de elementos vazados cermicos, de cimento ou de vidro, sero utilizados os traos de argamassas conforme a Especificao, com juntas de 1,0 cm. Nos casos de elementos vazados com forma irregulares, a argamassa de assentamento dever ser colocada apenas nos pontos de contato. As juntas de ligao entre elementos vazados e a parede devero ser uniformes e ter espessura de 10,0 cm.

Assentamento Os elementos vazados sero assentados como alvenarias convencionais. No assentamento de apenas um elemento vazado em abertura de parede, dever ser estendida uma camada de argamassa na parte inferior da abertura, nas laterais e na parte superior do elemento. A seguir, o cobog dever ser encaixado na abertura observando-se o preenchimento total das juntas com argamassa, seu alinhamento horizontal e vertical com a parede. Nos fechamentos que exigem mais um elemento vazado, estes devero ser assentados em fiadas horizontais consecutivas at o preenchimento do espao determinado no projeto. Antes de ser iniciado o assentamento, devero ser previamente marcadas e niveladas todas as juntas, de maneira a garantir um nmero inteiro de fiadas. O assentamento ser iniciado pelos cantos ou extremidades, colocando-se o elemento vazado sobre uma camada de argamassa previamente estendida. Entre dois cantos ou extremos j levantados, ser esticada uma linha que servir como guia, garantindo-se o prumo e a horizontalidade de cada fiada. Se a espessura do elemento vazado no coincidir com a da parede, o mesmo dever ser alinhado por uma das faces (interna ou externa) ou pelo eixo da parede, sendo que tais alinhamentos sero feitos de acordo com as indicaes detalhadas no projeto. Dever ser utilizado o prumo de pedreiro para o alinhamento vertical.57

CRITRIOS DE CONTROLEOs elementos devero ser apresentados Fiscalizao, para aprovao, antes de sua utilizao. Quanto aplicao, devero ser observados: A conformidade, em termos arquitetnicos, do elemento vazado com a indicao em projeto; A qualidade do elemento vazado; Alinhamento e o prumo das fiadas A espessura das juntas.

GESSO ACARTONADOO sistema de execuo de paredes de vedao internas com painis de gesso acartonado tem tradio de uso de um sculo, sendo emprego nos Estados Unidos, Europa, sia, frica, Amrica Latina e Japo. No Brasil, este sistema no tem tradio, porm, j comea a ser utilizado de maneira sistemtica por algumas construtoras, no Brasil. O sistema composto, basicamente, por chapas que tm o miolo de gesso estruturado com o carto de cada lado, formando uma chapa de grande resistncia. Em funo de solicitaes especficas, os fabricantes possuem placas especiais, como placas resistentes umidade e placas com maior resistncia ao fogo. Estas chapas so fixadas, normalmente, em estrutura metlica, composta de guias e montantes em ao galvanizado, utilizando-se parafusos especficos. Nas juntas verticais entre chapas utilizam-se fitas e gessos especiais para garantir o acabamento e o no surgimento de fissuras, conforme recomendaes dos fabricantes.

DIVISRIASDefinioCompreende o fornecimento e a execuo dos servios referentes instalao de paredes divisrias de todo e qualquer tipo de material, conforme especificaes e coordenadas do Projeto. As divisrias podem ser divididas em:58

Divisrias Leves Fabricadas em painis com placas de laminados de fibra de madeira ou papelo, tipo Eucatex, estrutura interna celular em colmia, macio com fibroroc ou compensado naval, perfis em ao zincado, alumnio anodizado ou pintado com epxi em p.

Divisrias Pesadas Fabricadas em granilite, mrmore, concreto celular etc. So utilizadas para separao se sanitrios, chuveiros ou vestirios.

PROCESSO DE EXECUOQuando no especificado um projeto, sero adotados os seguintes procedimentos: Divisrias Leves Devero ser fixadas atravs de perfis de alumnio ou ao, possibilitando reaproveitamento total quando desmontadas. Os perfis podero ter seo em L, X ou T, de acordo com o projeto especfico. A fixao das divisrias no piso, teto, ou em paredes de alvenaria ser feita atravs de parafusos com buchas, evitando-se a compresso dos painis ou dos montantes de fixao. A correo dos eventuais desnveis do piso ser obtida pelo emprego de suportes regulveis. Para colocao de vidros, sero utilizados perfis especiais para requadramento, com tubo flexvel (mangueira) de PVC para melhor vedao e para evitar vibraes.

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Figura 34. Detalhe de Montagem 1- Ventilao 2- Montantes sadas L-X-T 3- Vidro 4- Porta com esquadria de alumnio 5- Rodap removvel 6- Passagem de fiao 7- Remoo frontal 8- Fuso (acabamento de montante) 9- Nivelamento de piso Divisrias Pesadas Nas divisrias mais pesadas, aps o revestimento de pisos e paredes, fazer rasgo com mquina policorte com largura aproximadamente 1 cm superior espessura da placa e profundidade de 3 a 5cm para engaste da mesma. A placa dever estar aprumada e nivelada. Sua fixao ser procedida com argamassa comum ou argamassa colante, que dever preencher todos os vazios do rasgo. Como dosagem inicial da argamassa comum recomenda-se o trao 1:3, em volume, de cimento e areia grossa. O ajuste do trao da argamassa dever ser feito experimentalmente. Nos locais de engaste na parede e no piso, podero ser instalados elementos de arremates ou um rejuntamento adequado ao acabamento.60

Divisrias de Mrmore Artificial As placas divisrias tero, em seu trecho inferior, um recorte com 20 cm de altura, com vistas a facilitar a manuteno e a limpeza. O recorte deixar de existir quando a placa divisria for para uso em boxes de chuveiro. Os procedimentos de instalao sero os mesmos adotados para divisrias pesadas. Nas portas, sero utilizadas batentes de alumnio com a mesma altura da testeira, o que permitir guarnecer, em todo o comprimento, as respectivas arestas. A fixao dos batentes as testeira ser efetuada por parafusos atarracados em tacos de madeira embutidos no mrmore artificial.

CRITRIOS DE CONTROLEAs divisrias devero ter dimenses, forma e detalhes especficos, indicados no projeto. Divisrias Pesadas Devero ser fixadas com argamassa de cimento e areia mdia no trao 1:3. As placas divisrias devero ter as bordas e superfcies lisas e sem irregularidades.

Divisrias Leves O painel das divisrias leves devero ser fixadas com perfil de alumnio ou ao. O sistema construtivo dever possibilitar diversas modulaes. A montagem dever permitir a remoo frontal, sem deslocamento dos painis adjacentes. Dever ser previsto o reaproveitamento total dos painis, quando da desmontagem das divisrias.

REFERNCIAS BIOGRFICAS61

ABNT NBR 5711/82 Tijolo modular de barro cozido ABNT NBR 6460/80 Tijolo macio cermico para alvenaria verificao na resistncia a compresso ABNT NBR 7170/83 Tijolo macio cermico para alvenaria ABNT NBR 7173/82 Blocos vazados de concreto simples sem funo estrutural ABNT NBR 8041/83 Tijolo macio cermico para alvenaria formas e dimenses ABNT NBR 8042/83 Bloco cermico para alvenaria formas e dimenses ABNT NBR 8545/84 Execuo de alvenaria sem funo estrutural de tijolos e blocos cermicos ABNT NBR 05712 Bloco vazado modular de concreto ABNT NBR 07173 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem funo estrutural ABNT NBR 07184 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria determinao da resistncia compresso EDITORA PINI Caderno de encargos - Engenheiro Milber Fernandes Guedes CEHOP SE Companhia Estadual de Habitao e Obras Pblicas SEBRAI SINDUSCON CTE Qualidade na aquisio de materiais e execuo de obras - Roberto de Souza ABNT NBR 11673 Divisrias leves internas moduladas perfis metlicos ABNT NBR 11674 Divisrias leves internas moduladas determinao das dimenses e do desvio de esquadro dos painis ABNT NBR 11675 Divisrias leves internas moduladas- verificao da resistncia a impactos ABNT NBR 11676 Divisrias leves internas moduladas verificao do comportamento dos painis sob a ao da gua, do calor e da umidade ABNT NBR 11677 Divisrias leves internas moduladas determinao da isolao sonora ABNT NBR 11678 Divisrias leves internas moduladas verificao do comportamento sob ao de cargas provenientes de peas suspensas ABNT NBR 11679 Divisrias leves internas moduladas verificao da estanqueidade a gua proveniente de lavagem de piso ABNT NBR 11680 Divisrias leves internas moduladas determinao da resistncia compresso excntrica62

ABNT NBR 11681 Divisrias leves internas moduladas ABNT NBR 11683 Divisrias leves internas moduladas ABNT NBR 11684 Divisrias leves internas moduladas ABNT NBR 11685 Divisrias leves internas moduladas ELETROVIDRO ----------- Catlogo de Produtos

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